relatÓrio pronto

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UNIVAG CENTRO UNIVERSITÁRIO GPA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS CURSO DE AGRONOMIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE RESIDÊNCIA AGRONÔMICA REALIZADO NA EMPRESA AGRO-SOL SEMENTES JACKSON RODRIGO BELING 3,0 cm – 4 linhas em branco 3,5 cm – 5 linhas em branco 11,5 cm – 15 linhas em branco

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Page 1: RELATÓRIO PRONTO

UNIVAG CENTRO UNIVERSITÁRIO

GPA DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E BIOLÓGICAS

CURSO DE AGRONOMIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE RESIDÊNCIA AGRONÔMICA

REALIZADO NA EMPRESA AGRO-SOL SEMENTES

JACKSON RODRIGO BELING

Várzea Grande-MT

2011

3,0 cm – 4 linhas em branco

3,5 cm – 5 linhas em branco

11,5 cm – 15 linhas em branco

Page 2: RELATÓRIO PRONTO

JACKSON RODRIGO BELING

RELATÓRIO DE ESTÁGIO DE RESIDÊNCIA AGRONÔMICA REALIZADO NA

EMPRESA AGRO-SOL SEMENTES, CAMPO VERDE - MT

Relatório final de estágio residência agronômica apresentado ao UNIVAG Centro Universitário, como parte das exigências do GPA de Ciências Agrárias e Biológicas, curso de Agronomia, para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.

Orientadora: Prof. MSc. Dielle Carmo de Carvalho

Várzea Grande-MT

2011

3,0 cm - margem superior

+

4,0 cm – 6 linhas em branco

3,0 cm – 4 linhas em branco

3,0 cm – 4 linhas em branco

4,0 cm - 6 linhas em branco

Page 3: RELATÓRIO PRONTO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................4

1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO.....................................................6

1.1 LAVOURA.............................................................................................................61.1.1 Cultura da Soja..............................................................................................6

1.1.1.1 Dessecação da Área................................................................................61.1.1.2 Tratamento de Sementes.........................................................................61.1.1.3 Plantio e Adubação...................................................................................71.1.1.4 Controle de Plantas Daninhas..................................................................81.1.1.5 Controle de Pragas...................................................................................91.1.1.6 Controle de Doenças..............................................................................101.1.1.7 Colheita da Soja.....................................................................................11

1.1.2 Cultura do Milho............................................................................................131.1.2.1 Tratamento de sementes........................................................................131.1.2.2 Plantio.....................................................................................................141.1.2.3 Adubação................................................................................................141.1.2.4 Controle de Plantas Daninhas................................................................151.1.2.5 Controle de Pragas.................................................................................151.1.2.6 Controle de Doenças..............................................................................16

1.1.3 Cultura da Algodão.......................................................................................161.1.3.1 Dessecação da Área..............................................................................161.1.3.2 Tratamento de Sementes.......................................................................171.1.3.3 Plantio.....................................................................................................181.1.3.4 Adubação................................................................................................181.1.3.5 Controle de Plantas Daninhas................................................................191.1.3.6 Controle de Pragas.................................................................................201.1.3.7 Controle de Doenças..............................................................................22

1.1.4 Aplicação de defensivos...............................................................................23

1.2 UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE SEMENTES - UBS................................241.2.1 Coleta de Amostra.......................................................................................241.2.2 Monitoramento do Beneficiamento...........................................................251.2.3 Monitoramento do Ensaque.......................................................................251.2.4 Monitoramento da Armazenagem..............................................................26

CONCLUSÃO............................................................................................................27

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................28

1 linha em branco

Page 4: RELATÓRIO PRONTO

INTRODUÇÃO

O estágio residência foi realizado na Fazenda Cristalina, pertencente a

Sementes Campo Verde Ltda., com o nome fantasia de Agro-sol Sementes,

localizada a 21 km do município de Campo Verde – MT pela BR 070 Km 372 + 13

km à esquerda. Possui uma altitude privilegiada, em torno de 750 m, e uma boa

localização na região do estado e facilitando a distribuição de sementes de soja para

outras regiões produtoras.

O ramo da empresa é produção de sementes de soja, certificada ao Ministério

da Agricultura Pecuária e Abastecimento, é multiplicadora de sementes das

variedades da Fundação MT, Syngenta, Monsoy e Nideira empresa obtentora de

sementes genéticas e básica. Possui uma Unidade de Beneficiamento de Sementes

– UBS, com sistema de secagem, padronização e recurso de resfriamento de

sementes, sua capacidade de produção é de 300 mil sacos de sementes por safra.

Além da cultura da soja, a fazenda é licenciada para produzir sementes de milho

Agroeste via pivô, milho safrinha e algodão safrinha.

A área total da fazenda é de 1.367 ha, a empresa possui um sistema de

cooperados com outros produtores da região somando uma área de 10 mil ha para a

produção de sementes.

A preferência do estágio em propriedade rural com atividade direcionada a

produção de soja, algodão e milho safrinha, ocorreu devido à grande importância

econômica destas culturas no Estado do Mato Grosso.

Neste relatório estão relacionados os trabalhos e acompanhamentos

realizados entre os dias 15/12/2010 a 30/06/2011, incluindo os setores de lavoura e

unidade de beneficiamento de sementes.

O objetivo do estágio foi desenvolver e aprimorar características práticas na

atuação agronômica, contato com o produtor rural e oportunizar aos alunos

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Page 5: RELATÓRIO PRONTO

conhecer os procedimentos, atividades e todo o trabalho envolvido no campo,

agregando valores para a formação profissional e pessoal.

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Page 6: RELATÓRIO PRONTO

1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

1.1 LAVOURA

1.1.1 Cultura da Soja

1.1.1.1 Dessecação da Área

As plantas daninhas de maior infestação encontradas na fazenda foram:

Poaia-branca (Richardia brasiliensis), Capim-amargoso (Digitaria insularis), Pé-de-

galinha (Eleusine sp.) Erva-de-santa-luzia (Chamaesyce hirta), Guanxuma

(Malvastrum coromandelianum), Erva-de-touro (Tridax procumbens), Capim-colchão

(Digitaria horizontalis). Picão-preto (Bidens pilosa), Capim-carrapicho (Cenchrus

echinatus), Tiririca (Cyperus rotundus), Trapoeraba (Commelina benghalensis) e

Corda-de-viola (Ipomoea sp).

O controle destas plantas daninhas foi realizado entre 18 a 15 dias antes do

plantio, os produtos utilizados foram, Aurora (Carfentrazone-ethyl) na dose de 0,04

L/ha + Rondup WG (Glyphosate) na dose de 1,25 kg/ha e Clorimurom (Clorimuron)

na dose de 0,06 kg/ha + Rondup WG (Glyphosate) na dose de 1,25 kg/ha, de acordo

com a infestação de cada talhão.

1.1.1.2 Tratamento de Sementes

O tratamento das sementes com fungicidas e inseticidas oferece garantia de

melhor estabelecimento da população de plantas por controlar patógenos

importantes transmitidos pelas sementes, diminuindo a chance de sua introdução

em áreas indenes e controlar fungos e pragas existentes no solo. As condições

desfavoráveis à germinação e emergência da soja, especialmente a deficiência

hídrica, tornam mais lento esse processo, expondo as sementes por mais tempo a

fungos do solo, como Rhizoctonia solani, Pythium spp., Fusarium spp. e Aspergillus

spp. (A. flavus), entre outros, que podem causar a sua deterioração ou a morte da

plântula. (EMBRAPA, 2004).

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Page 7: RELATÓRIO PRONTO

O tratamento de sementes é fundamental na prevenção e no controle de

diversas pragas e doenças que se manifestam na fase inicial de desenvolvimento

das plantas e que podem inviabilizar a lavoura.

Para a realização desta atividade, foi utilizado um misturador, rotativo com

eixo excêntrico, onde se colocavam as sementes de soja e os produtos (Tabela 1).

Esses produtos antes de serem colocados na caixa do misturador, foram colocados

em um balde, e misturados para homogênizar a calda, na seguinte ordem:

Inseticida, fungicida e Micronutrientes para não haver uma reação química dos

produtos, o inoculante não foi misturado com os demais produtos, tendo uma caixa

separada no misturador. Dos produtos utilizados 600 ha foram tratado com Cropstar

(Thiodicarb + Imidacloprid) + Vitavax (Thiran+carboxin) e 737 ha foram tratados com

Standak Top (Fipronil, Piraclostrobina, Thiophanate methyl).

O tratamento de sementes foi realizado um dia antes do plantio, para

preservar as bactérias contidas no inoculante e o grafite foi colocado nas caixas da

plantadeiras de 3 a 5 g/kg de semente.

Tabela 1. Produtos utilizados para o tratamento de sementes de soja na fazenda.Produto Classe Ingrediente Ativo Dose

Cropstar Inseticida (Thiodicarb + Imidacloprid)300 g/100 kg de

sementesVitavax Fungicida (Thiran+carboxin) 200 mL/100 kg de

Como Micronutrientes Co: 1,0%; Mo: 17,5%120 g/100 kg de

sementes

 Biagro Inoculante(Bradyrhizobium elkanii)

Estirpe SEMIA 587 e SEMIA 5019

1 dose de 300 ml/100 kg de

sementes

 Standak top Inseticida/Fungicida(Fipronil, Piraclostrobina,

Thiophanate methyl)100 ml/100 kg de

sementes

1.1.1.3 Plantio e Adubação

A área total plantada de soja na Fazenda Cristalina foi de 1367 há (Tabela

2), com cinco variedades, sendo elas, AN 8279, AN 8500, Syn 9070 RR, Syn 9074

RR, M-Soy 7639 RR.

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Page 8: RELATÓRIO PRONTO

Foram utilizados para o plantio na fazenda três tratores John Deere 7505

com potência de 140 cv, duas plantadeiras de 12 linhas e uma de 11 linhas de

plantio.

A adubação foi efetuada de acordo com a interpretação dos resultados das

análises de solos. O Cloreto de potássio (K = 60%), conhecido como KCl, foi

aplicado a lanço 20 á 15 dias antes o plantio em todos os talhões na dose de, em

média, 143,6 kg/ha. Foi usado Fosmag na formulação 03-30-00, na linha de plantio

na média de 215 kg/ha.

Tabela 2. Relação das Variedades de Soja plantadas na fazenda.

Descrição Ciclo Variedade Área (há)

Pivô 01 Tardia AN 8279 118

Pivô 02 Tardia AN 8500 100

Pivô 03 Tardia AN 8279 120

Talhão 01 Precoce Syn 9070 RR 71

Talhão 02 Precoce SYN 9074 RR 93

Talhão 03 Precoce Syn 9070 RR 116

Talhão 04 A Precoce M-Soy 7639 RR 162

Talhão 04 B Precoce Syn 9074 RR 101

Talhão 05 A Precoce M-Soy 7639 RR 124

Talhão 05 B Precoce SYN 9074 RR 115

Talhão 06 A Tardia AN 8279 90

Talhão 06 B Tardia AN 8500 107

Talhão 07 Precoce Syn 9070 RR 48

Chácara Precoce M-Soy 7639 RR 2

Total     1367

1.1.1.4 Controle de Plantas Daninhas

Para o controle das plantas daninhas das cultivares convencionais, AN 8279

e AN 8500, as plantas daninhas encontradas nos talhões foram controladas com o

uso de pré-emergentes, Dual Gold (S-Metalocloro) na dose de 1L/ha + Gamit Star

(Clomazone) na dose de 1L/ha, no máximo 3 dias após a semeadura, após a

emergência da cultura as plantas daninhas foram controladas com os herbicidas

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Page 9: RELATÓRIO PRONTO

Flex (Fomesafen) na dose de 0,6 L/ha + Zaphir (Imazethapir) na dose de 0,25 L/ha

com 12 dias após a emergência e Cobra (Lactofen) na dose de 0,5 l/ha + Clorimurin

(Clorimuron) na dose de 0,035 kg/ha com 28 dias após a emergência, sendo feita

duas aplicações para as áreas de maior infestação de folhas largas.

Nas áreas de menor infestação de plantas daninhas, foi realizada apenas

uma aplicação para folhas largas com herbicida Flex (Fomesafen) na dose de 0,6

L/ha + Zaphir (Imazethapir) na dose de 0,25 L/ha com 28 dias após a emergência.

Para o controle das plantas daninhas de folha estreita foram controladas com

herbicida Podium S (Clethodim + Fenoxaprop-P-ethyl) na dose de 0,8 L/ha com 30

dias após a emergência nas áreas que foram feitas duas aplicação de folha larga e

aos 15 dias após a emergência nas áreas de uma aplicação de folha larga.

Com o uso de cultivares de soja transgênica, tecnologia Roundup Ready que

possui resistência ao ingrediente ativo gliphosate, as plantas daninhas encontradas

nos talhões da fazenda foram controladas com os herbicidas Glyphotal (Glyphosate)

na dose de 2 L/ha com 12 dias após a emergência e Roundup WG (Glyphosate) na

dose de 1,5 kg/ha com 25 dias após a emergência. Nos talhões que apresentaram

baixa população de plantas daninhas foi feito apenas a primeira aplicação, não

havendo a necessidade de realizar a segunda aplicação.

1.1.1.5 Controle de Pragas

Na produção de sementes a praga de maior relevância é o percevejo

marrom (Euschistus heros), que causa danos diretamente nos grãos, acarretando na

perda do vigor da semente, podendo até inviabilizar a mesma. Levando em

consideração isto, o nível de controle adotado para este inseto, foi de sua presença

no talhão, por este motivo foram realizados altos números de aplicações e que em

alguns casos não foram suficientes. Assim um fator que tem muita importância no

controle de qualidade de sementes. Os produtos utilizados para o controle de

percevejos foram: Cefanol (Acefato) na dose de 0,5 Kg/ha, Metafós (Metamidofós)

na dose de 0,8 L/ha, Pirephos (Fenetrothion+Esfenvalerate) na dose de 0,45 L/ha,

Aquila 750 (Acefato) na dose de 0,5 L/ha. A quantidade média de aplicações para

percevejo feita na propriedade foi de cinco, em que os produtos foram usados

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Page 10: RELATÓRIO PRONTO

alternadamente para não criar uma resistência do inseto ao princípio ativos dos

produtos.

O controle de lagartas foi realizado seguindo uma programação de

aplicações, em que alternava aplicações de inseticidas fisiológicos e inseticidas

específicos de contato e ingestão. Era feito amostragem no intervalo de três dias

utilizando o pano de batida em 10 pontos diferentes para estipular o percentual de

lagarta no talhão. No período vegetativo o nível de controle da falsa-medideira

(Pseudoplusia includens), que foi a principal lagarta de desfolha nesta safra, foi de

25% de desfolha ou 15 - 20 lagartas, e no período reprodutivo, fica entre 15% de

desfolha ou 10 - 15 lagartas. Também houve presença de Lagarta-das-maçãs

(Heliothis virescens) com maior severidade, pois além de comer folhas elas

atacavam as vagens, sendo adotado um nível de controle mais severo, de 1 a 3

lagartas durante todo ciclo da cultura.

A quantidade média de aplicações para lagarta foi de quatro aplicações de

inseticida, dentre eles: Lannate (Methomyl) na dose de 0,8 L/ha, Bazuka

(Methomyl+Metanol) na dose de 0,8 L/ha, Curyon (Profenofós+Lufenuron) na dose

de 0,3 L/ha e Match (Lufenuron) na dose de 0,3 L/ha.

Em alguns talhões houve ataques severos de mosca-branca (Bemisia

tabaci), e para o seu controle foi utilizado um inseticida orgânico a base de Nim, o

OrganicNim na dose 0,5 L/ha.

1.1.1.6 Controle de Doenças

Entre os principais fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos em

soja estão as doenças. Aproximadamente 40 doenças causadas por fungos,

bactérias, nematóides e vírus já foram identificadas no Brasil. Esse número continua

aumentando com a expansão da soja para novas áreas e como conseqüência da

monocultura. A importância econômica de cada doença varia de ano para ano e de

região para região, dependendo das condições climáticas de cada safra. As perdas

anuais de produção por doenças são estimadas em cerca de 15% a 20%,

entretanto, algumas doenças podem ocasionar perdas de quase 100%.(EMBRAPA

2004).

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Page 11: RELATÓRIO PRONTO

As doenças de maior importância na propriedade foram as seguintes:

Ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), Antracnose (Colletotrichum truncatum) e

Mancha-alvo (Corynespora cassiicola).

O controle da Ferrugem asiática na safra 2009/2010 apresentou maiores

problemas, a sua proliferação é rápida e severa, na safra 2010/2011 a fazenda não

teve problema com a Ferrugem asiática, devido ao fenômeno climático La Niña,

influenciando no regime de chuva, o início das maiores precipitações se deu quando

a cultura da soja já estava no final de seu ciclo.

As variedades de ciclo tardio apresentaram maiores problemas com a

Antracnose, por terem maiores pressões de infestações da doença.

Como padrão de controle de Doenças de Final de Ciclo (DFC) foi adotado

uma seqüência de aplicações, em que a primeira aplicação foi realizada no

florescimento (R1), a segunda 20 dias após a primeira sem presença de ferrugem na

região, a terceira e a quarta (se houvesse necessidade) aplicação com 18 e 15 dias,

respectivamente. Na propriedade foram realizadas, em média, duas aplicações para

ferrugem nas variedades precoces e três nas aplicações nas variedades tardias e

duas para antracnose por talhão. As aplicações de fungicidas para ferrugem foram

feitas preventivas, e também serviram para controlar outras doenças como Mancha

olho de rã, Mancha alvo e outras.

Para o controle de doenças foram realizadas com Opera (Epoxiconazol+

Piraclostrobina) na dose de 0,5 L/ha, Priori Xtra (Azostrobyna + Ciproconazol) na

dose de 0,3 L/ha, e com Streak 500 (Carbendazin) na dose de 0,5 L/ha.Todas as

aplicações de fungicidas foram feiras juntamente com um adjuvante Aller na dose de

0,05 L/ha.

1.1.1.7 Colheita da Soja

A colheita ocorreu entre janeiro de 2011 a março de 2011. As variedades de

ciclo precoce foram as primeiras a serem colhidas e, posteriormente, de ciclo tardio.

Durante a colheita, era feito uma amostragem de pré-colheita alguns dias

antes da área ser colhida e encaminhada para analises no Laboratório de Sementes

da empresa, esta amostra tinha por finalidade obter os níveis de danos por

11

Page 12: RELATÓRIO PRONTO

percevejo e por umidade, além de mensurar o percentual de umidade, considerado

um fator importante para o início da colheita.

Após a aprovação da área para semente, era iniciada a colheita, e todas as

condições de campo eram observadas como: temperatura de início da atividade,

ponto de inserção da primeira vagem, brilho das sementes, umidade das vagens que

favorece o desprendimento do grão, entre outros. Todas estas condições servem

como base para a regulagem das máquinas, seja ela na altura do molinete, abertura

do côncavo e rotação de trabalho. Dando preferência na utilização de colheitadeiras

com sistema axial, pois estas danificam menos a semente.

Também era realizado o Teste de Hipoclorito, este tinha o objetivo de

analisar o percentual de dano mecânico ocasionado pela colheitadeira. O teste era

feito no início da colheita, em que uma amostra de 200 g era retirada no momento

do descarregamento da colheitadeira no caminhão. Eram selecionadas 100

sementes e imersas na solução de hipoclorito (950 ml de água + 50 ml de água

sanitária) durante cinco minutos, após este período era feita a contagem das

sementes rompidas. A quantidade de sementes danificadas representava o

percentual de dano mecânico provocado pelo maquinário.

A empresa adotava a seguinte medida: para colheitadeiras com sistema

axial o limite tolerado para o teste de hipoclorito era de 4%, enquanto para

colheitadeiras com sistema de cilindros o limite era de 8%.

Quando era encontrados valores acima do tolerado, o responsável técnico

juntamente com o maquinista regulavam a altura do molinete, a abertura do côncavo

e a rotação de trabalho.

Em condição normal de colheita, as regulagens das maquinas são as

seguintes: abertura do côncavo de 7 a 8 e a rotação do cilindro de 440 a 460 Rpm

para as máquinas Case 2388 e com uma unidade abaixo de 18%.

Foram utilizadas três colheitadeiras Case, com sistema axial. Para produção

de sementes, os grãos colhidos nas margens dos talhões, no alto dos terraços e em

reboleiras de plantas daninhas eram destinadas para fins industriais. A produtividade

média da fazenda foi de 3.534 kg/ha ou 58.9 sc/ha.

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Page 13: RELATÓRIO PRONTO

1.1.2 Cultura do Milho

1.1.2.1 Tratamento de sementes

Todas as sementes de milho adquiridas para o plantio vieram tratadas com

inseticidas e fungicida (Tabela 3), mas foi estabelecida, pelo responsável técnico da

lavoura, a adição de mais um inseticida e fungicida (Tabela 4) devido a presença de

coró na lavoura. Durante o tratamento, foi utilizado um misturador, rotativo com eixo

excêntrico, onde se colocavam as sementes e os produtos mencionados. Após a

mistura, as sementes saíam do misturador com perfeita distribuição e cobertura. Os

funcionários envolvidos nesta operação faziam o uso de (EPI) Equipamento de

Proteção Individual.

Tabela 3. Produtos do tratamento de sementes de milho adquirido para o plantio.

Produto Classe Ingrediente Ativo Dose Alvo

Maxim XLFungicida

sistêmico de contato

Fludioxonil + Metalaxil-M

1,0 ml/kgPodridão do colmo

K-Obiol 25 EC

Inseticida de contato e ingestão

Deltametrina 0,08 ml/kg

Sitophtlus spp,

Tribolium spp,

Actellic 500 EC

Inseticida de contato e ingestão

Pirimifós-metílico 0,016 ml/kg

Caruncho dos

cereais, gorgulho e traça-

dos-cereais

Tabela 4. Produtos utilizados para o tratamento de sementes de milho na fazenda.

Produto Classe Ingrediente Ativo Dose AlvoStandak

TopInseticida/Fungicida

(Fipronil,Piraclostrobina, Thiofanato Methyl)

0.1 L/kg Coró

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Page 14: RELATÓRIO PRONTO

1.1.2.2 Plantio

O plantio ocorreu no período entre o dia 10 de janeiro a 25 de março de

2011. A área total plantada de milho safrinha na Fazenda Cristalina foi 812 ha

(Tabela 5), com seis híbridos, sendo eles: AS 1575, AS 1596, AG 9010 YD, AG 8088

VT-PRO, AG 7078 e AG 9040.

Para o plantio foram utilizados três tratores John Deere modelo 7505 de 140

cv para o plantio. As plantadeiras possuíam 8 linhas de distribuição e espaçamento

entre linhas de 0,7 m.

A regulagem da plantadeira foi realizada antes do início do plantio, em que

para a regulagem do adubo o trator percorria 50 metros de distância utilizando a

velocidade de plantio, de 7,5 km/h, e feita a pesagem de adubo. Para a regulagem

da semente o trator percorria uma distancia de 10 metros de distância utilizando a

mesma velocidade da regulagem do adubo, e era feita a contagem das sementes

deixadas no solo, de acordo com o número de sementes/m linear e kg de adubo/m a

plantadeira era regulada através das relações de catraca ou engrenagem.

A profundidade da semeadura foi de 4-5 cm, sendo conferida após o plantio

para detectar possíveis erros.

Tabela 5. Relação de híbridos de milho safrinha na fazenda Cristalina.

Descrição Híbrido Ciclo Densidade (Pl/ha) Área (ha)

Talhão 01 AG 8088 VT-PRO Precoce 60000 71

Talhão 02 AG 8088 VT-PRO Precoce 60000 93

Talhão 03 AS 1596 Precoce 60000 61

Talhão 04 AG 7078 Precoce 60000 101

Talhão 05 AS 1575 Precoce 56000 239

Talhão 06 AG 9040 Hiper Precoce 56000 197

Talhão 07 AG 9010 YD Hiper Precoce 60000 48 Total 812

1.1.2.3 Adubação

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Page 15: RELATÓRIO PRONTO

A adubação utilizada para o plantio de milho foi um formulado 06-16-16, na

dose de 120 kg/ha no sulco de plantio e de cobertura foi realizada apenas uma

parcela, sendo de 120 kg/ha de uréia, no estádio de quatro folhas.

As aplicações de uréia foram realizadas nas horas mais frescas do dia e

quando o dia apresentava-se nublado. A interrupção dos trabalhos somente ocorria

nas horas mais quentes, com temperaturas acima de 28°C, pois nestas condições

há possibilidades da uréia ser volatilizada ou causar queima nas folhas das plantas.

1.1.2.4 Controle de Plantas Daninhas

O controle das plantas daninhas: carrapicho de carneiro – (Acanthospermum

hispidum), erva de santa luzia (Chamaesyce hirta), picão preto (Bidens pilosa),

trapoeraba (Commelina benghalensis) e corda de viola (Ipomoea triloba) foi

realizado um dia após o plantio, utilizando-se 2,0 L/ha de Glifós Plus (Glifosato) e 1,0

L/ha de Dual Gold, um herbicida seletivo de pré−emergência do grupo químico

Cloroacetanilida. Após 15 dia de emergência foi aplicado o produto Atrazina Atanor

(Atrazina) na dose de 2 L/ha e Soberan (Tembotriona) na dose de 0,12 L/ha

juntamente com o adjuvante Aller na dose de 0,05 L/ha, este diminui a tensão

superficial, adesão na superfície foliar e facilita a penetração do herbicida,

diminuindo os efeitos das condições adversas como o estágio avançado das plantas

infestantes, lavagem pela chuva, evaporação e deriva.

1.1.2.5 Controle de Pragas

O monitoramento de pragas no milho safrinha era realizado 2 vezes por

semana. Para cada talhão era feito quatro a cinco pontos amostrais aleatoramente,

cada ponto era composto por duas linhas de cinco metros de comprimento, nele

realizava a contagem do total de plantas e de plantas atacadas por pragas, assim

obtinha o percentual de infestação por ponto. A partir desse levantamento era feito a

recomendação para aplicação de inseticida. Dentre as pragas encontradas, a

lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) se destacou com maior ocorrência.

Além dessa, ocorreu a presença de pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis) e

vaquinha (Diabrotica speciosa).

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Page 16: RELATÓRIO PRONTO

Para os talhões de milho convencional foram realizada duas aplicações de

inseticidas, a primeira foi realizada 15 dias após a emergência, quando já havia

sinais de ataque de lagarta, utilizando-se Lannate (Methomyl) na dose de de 0,8

L/ha um inseticida sistêmico e de contato, do grupo químico

metilcarbamato de oxima, e Match (Leferunom) na dose de 0,3 L/ha de ação

fisiológica do grupo químico Benzoiluréia e a segunda aplicação, foi realizada no

pré-pendoamento ( V10- V12), utilizando-se apenas um inseticida de ação

fisiológica, Match (Lufenuron) na dose de 0,3 L/ha. Para os híbridos de milho

Yieldgard, com tecnologia Bt e VT-PRO, foi realizado apenas uma aplicação no pré-

pendoamento (V10-V12), com um inseticida de ação fisiológica, sendo Match

(Lufernuron) na dose de 0,3 L/ha.

1.1.2.6 Controle de Doenças

Durante o ciclo, a cultura foi afetada pelos patógenos Mancha foliar

(Helminthosporium turcicum), Cercosporiose (Cercosporazeae maydise) e Mancha

de phaeosphaeria (Phaeosphaeria maydis).

Para o controle destas doenças foi realizada apenas uma aplicação de

fungicida em todos os talhões de milho no período do pré-pendoamento. O produto

utilizado foi Priori Xtra (Piraclostrobyna+ Ciproconazol) na dose de 0,5 L/ha

juntamente com adjuvante Aller na dose de 0,05 L/ha.

1.1.3 Cultura da Algodão

1.1.3.1 Dessecação da Área

As plantas daninhas de maior infestação encontradas nos talhões foram:

Leiteiro (Euphorbia heterophylla), Pé-de-galinha (Eleusine sp.), Erva-de-santa-luzia

(Chamaesyce hirta), Capim-colchão (Digitaria horizontalis). picão-preto (Bidens

pilosa), Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus), Tiririca (Cyperus rotundus),

Trapoeraba (Commelina benghalensis) e Corda-de-viola (Ipomoea sp).

16

Page 17: RELATÓRIO PRONTO

O controle destas ervas daninhas foi realizado entre 2 a 5 dias antes do

plantio, os produtos utilizados foram o Flumizyn (Flumioxazib) na dose de 0,05 Kg/ha

+ Gliphotal (Glyphosate) na dose de 3 L/ha em todos talhões.

1.1.3.2 Tratamento de Sementes

O tratamento de sementes é fundamental na prevenção e no controle de

diversas pragas e doenças que se manifestam na fase inicial de desenvolvimento

das plantas e que podem inviabilizar a lavoura.

Todas as sementes de algodão adquiridas para o plantio vieram tratadas

com inseticidas e fungicida (Tabela 6), mas foi estabelecida, pelo responsável

técnico da lavoura, a adição de mais um Fungicida, Inseticida e produto para

proteção das sementes de algodão, contra a ação fitotóxica do herbicida clomazone 

(Tabela 7). Durante o tratamento, foi utilizado um misturador, rotativo com eixo

excêntrico, onde se colocavam as sementes e os produtos mencionados. Após a

mistura, as sementes saiam do misturador com perfeita distribuição e cobertura. Os

funcionários envolvidos nesta operação faziam o uso de (EPI) Equipamento de

Proteção Individual.

Tabela 6: Produtos do tratamento de sementes de algodão adquirido para o plantio.

PodutoIngredinte

AtivoDose/20 Kg

sementeAlvo

Gaucho Imidacloprid 0.5 kg Pulgão e TripesPoncho Clotianidina 0.45 L Pulgão e Tripes

Euparen M 500 WP

Tolyfluanid 0.15 kgFusariose, Ramulose

Tombamento,

Derosal PlusCarbendazin +

0.6 LTombamento,

FusarioseThiran e Danping-off

Tabela 7: Produtos utilizados no tratamento de sementes de algodão na fazenda

Poduto Ingredinte AtivoDose/20

kg semente

Alvo

Priori Azoxystrobin 0.4 L Tombamento

Karate Zeon 250 CS Lambda-cialotrina 0.1 L Coró

Permit Star Dietholate 0.8 L Proteger de sementes

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Page 18: RELATÓRIO PRONTO

1.1.3.3 Plantio

O plantio ocorreu no período entre o dia 24 de janeiro a 14 de fevereiro de

2011 sobre resteva de soja. A área total plantada de algodão safrinha foi de 455 ha

(Tabela 8), com duas variedades, sendo elas Fiber Max 910 e Fiber Max 993.

Foram utilizados para o plantio na fazenda 3 tratores John Deere 7505 com

potência de 140 cv, três plantadeiras de cinco linhas de plantio, com espaçamento

de 0.76 m.

Tabela 8. Relação das Variedades de Algodão plantadas na fazenda.

Descrição Variedade Área (ha)

Pivô 01 Fiber Max 910 118

Pivô 03 Fiber Max 910 120

Talhão 04 Fiber Max 910 162

Talhão 03 Fiber Max 993 55

1.1.3.4 Adubação

A adubação foi efetuada de acordo com a interpretação dos resultados das

análises de solos. O Cloreto de potássio (K = 60%), conhecido como KCl, foi

aplicado a lanço 3 a 5 dias antes o plantio em todos os talhões na dose de, em

média, 130 kg/ha e na linha de plantio foi utilizado Fosmag na formulação 03-30-00

em média de 165 kg/há.

Também foi realizado a aplicação de Gesso, aplicado a lanço 5 dias antes

do plantio em todos os talhões na dose de 500 kg/ha. O interesse pelo uso de gesso

para diminuir o problema da acidez subsuperficial do solo, suprimento de cálcio e

redução da toxidez do alumínio no subsolo.

A adubação de cobertura foi realizada em três parcelas, sendo a primeira

aplicação utilizado Sulfato de amônia na dose de 180 kg/ha, realizado 25 dias após

a emergência, a segunda aplicação foi utilizado uréia + potássio na formulação 25-

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Page 19: RELATÓRIO PRONTO

00-25 na dose de 185 kg/ha, realizado 34 dias após a emergência e a terceira

aplicação foi utilizado uréia na dose de 180 kg/ha, 45 dias após a emergência. Para

a aplicação das coberturas foi utilizado um trator Jhon Derr 7505 com potência de

140 cv e um distribuidor de fertilizantes Hercules com capacidade de 10000 kg.

As aplicações de uréia foram realizadas nas horas mais frescas do dia e

quando o dia apresentava-se nublado. A interrupção dos trabalhos somente ocorria

nas horas mais quentes, com temperaturas acima de 28°C, pois nestas condições

há possibilidades da uréia ser volatilizada ou causar queima nas folhas das plantas.

Também foi feito a aplicação de micro e macro nutrientes via pulverização,

com os seguintes produtos: Manphós (N 157 g/L, P2O5 157 g/L, S 74,58 g/L, Cu 7,58

g/L, B 7,58 g/L, Mn 94,20 g/L e Zn 40,03 g/L), Fortune (N 256 g/L, P2O5 64 g/L, K2O

64 g/L Mo 1,28 g/L, Cu 0,64 g/L, B 2,56 g/L, Mn 2,56 g/L e Zn 6,40 g/L), Hidrofol

( Mn 134 g/L e S 84 g/L), e Acido Bórico (B 99.9 %), as aplicações destes produtos

foram feitas juntamente com os fungicidas e inseticidas. A tabela abaixo mostra as

datas das aplicações.

Tabela 9. Data de aplicação de Produtos FoliaresProduto/ Dose 1ᵃ Aplicação 2ᵃ Aplicação 3ᵃ Aplicação

Manphos (1,5 L/ha) +35 Dae 55 Dae #

Fortune (1,0 L/ha)

Hidrofol (1,0 L/ha) 45 Dae 65 Dae #

Ácido Borico (0.5 kg/ha) 55 Dae 65 Dae 80 DaeDae= Dias após a emergência.

1.1.3.5 Controle de Plantas Daninhas

Com o uso de cultivares de algodão convencional, as plantas daninhas

encontradas nos talhões foram controladas com o uso de pré-emergente, Gamit Star

(Clomazone) na dose de 0,75 L/ha aplicado no máximo 3 dias após a semeadura.

Após a emergência da cultura as plantas daninhas de folha larga e também tiguera

de soja, foram controladas com os herbicidas Envok (Trifloxysulfuron sodium) na

dose de 4 g/ha + Staple (Piritiobaque-sódico) na dose de 0,15 L/ha com 25 dias

após a emergência, sendo feita uma seqüencial para o Pivô 01 sete dias após a

primeira aplicação, devido maior infestação de folhas largas.

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Page 20: RELATÓRIO PRONTO

Após o controle das plantas daninhas de folha larga, as plantas daninhas de

folha estreita foram controladas com Select (Clethodim) na dose de 0,35 L/ha com

35 dias após a emergência.

Após a aplicação dos herbicidas teve uma nova infestação de plantas

daninhas, sendo necessário um novo controle, como as plantas de algodão já

estavam fechando as linhas a aplicação com pulverizador não conseguiria atingir as

plantas daninhas, a aplicação do herbicida foi realizado com jato dirigido. Os

produtos utilizados foram Atrazina Atanor (Atrazina) na dose de 2 L/ha + Flumizym

(Flumioxazib) na dose de 0,05 Kg/ha, juntamente com óleo mineral Assit na dose de

0,5 L/ha, utilizando bicos do tipo leque AVI 110 02, com volume de aplicação de 150

L/ha, com o auxílio de dois tratores Ford 7630.

O controle de plantas daninhas de forma geral foi bem sucedido, com

ressalva ao (pivô 1), por algumas plantas daninhas apresentarem resistência aos

herbicidas, como Leiteiro (Euphorbia heterophylla) e Picão-preto (Bidens pilosa),

sendo necessário a realização de uma capina manual.

1.1.3.6 Controle de Pragas

As pragas são um dos fatores mais importantes, que afetam diretamente a

produtividade da cultura, do plantio à colheita. As pragas de maior importância na

propriedade foram as seguintes: Lagarta rosca (Agrotis ipsilon), Pulgão do

algodoeiro (Aphis gossypii), Mosca branca (Bemisia tabaci), Tripes (Frankliniella

schultzei), Curuquêre (Alabama argillácea), Falsa medideira (Pseudoplusia

includens), Spodoptera (Sphodopetera Sp), Lagartas da maça (Heliothis virescens),

Ácaro rajado (Tetranychus urticae), Percevejo manchador (Dysdercus ruficollis),

Percevejo castanho (Scaptocoris castanea) e Bicudo do algodoeiro ( Anthonomus

grandis), por isso é necessário fazer um planejamento de controle e dos problemas

que possam vir a ocorrer na lavoura.

O monitoramento de pragas na cultura do Algodoeiro é uma ferramenta

fundamental para tomada de decisão e para se evitar índices elevados de prejuízo,

era feito amostragem no intervalo de três dias, caminhando em zig-zag por

diferentes pontos e avaliando um determinado numero de plantas de acordo com o

estágio da cultura, da emergência até os 40 dias de emergido avaliava-se 50 pontos

com 10 plantas por ponto, de 40 a 80 dias após a emergência 50 pontos com 5

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Page 21: RELATÓRIO PRONTO

plantas e após 80 dias de emergido 50 pontos com 2 plantas, para estipular o

percentual de pragas no talhão e o nível de controle.

O controle de pragas foi realizado seguindo as porcentagens de infestação

nas avaliações e uma programação de aplicação de inseticidas (Tabela 10), em que

alternava aplicações de inseticidas fisiológicos e inseticidas específicos de contato e

ingestão.

A quantidade média de aplicações para pulgão foi de cinco, para mosca

branca foi de três, lagartas foi de nove e ácaro rajado foi de quatro aplicações de

inseticidas. Para o controle de bicudo foi feito uma programação com baterias de

aplicação. Cada bateria foi realizada três aplicações de inseticidas com intervalo de

sete dias uma da outra, totalizando três baterias. A primeira foi realizada com 35

dias após a emergência, a segunda foi realizada com 75 dias após a emergência e a

terceira realizada com 125 dias após a emergência. Na propriedade foi a primeira

safra de algodão, porém, as pragas aparecem todo ano com muita intensidade, com

destaque para a lagarta Falsa medideira (Pseudoplusia includens) e Percevejo

castanho (Scaptocoris castanea), sendo realizado um levantamento e constatando a

presença de 20 a 40 percevejos por metro linear (Reboleiras), trazendo grandes

prejuízos, com uma opção de controle foi o uso de sulfato de amônia, para tentar

repelir o inseto, devido o enxofre.

Tabela 10: Produtos utilizados no controle das pragas de Algodão na Fazenda.Poduto Ingredinte Ativo Dose Alvo

Saurus Acetamiprid0.15 kg/ha

Pulgão, Tripes e Mosca Branca

Mospilan Acetamiprid0.15 kg/ha

Pulgão, Tripes e Mosca Branca

Lannate BR Metomyl 1 L/haLagata das Maças, Curuquerê

Falsa Medideira

Endossufam Endossufan 2,5 L/ha Bicudo, Curuquerê,

Pulgão e Ácaro Rajado

Pirephos ECFenitrothion +

0,45 L/haBicudo e

Esfenvalerate Falsa Medideira

Safety Etofenprox 0,5 L/ha Bicudo

Curacron 500 Profenofós 1 L/haCuruquerê, Lagarta das Maças,

Pulgão e Falsa Medideira

Curyon 550 ECLufenuron +

0,6 L/haCuruquerê, Lagarta das Maças,

Profenofós Pulgão e Falsa Medideira

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Page 22: RELATÓRIO PRONTO

Ferus Parathion Methyl 1,5 L/haLagarta das Maças e

Curuquerê,

Tracer Espinosade 0,08 L/haLagata das Maças, Curuquerê

Falsa Medideira

Premio Chlorantraniliprole 0,1 L/haCuruquerê, Lagarta das maças,Spodoptera e Falsa medideira

Mirza 480 SC Triflumuron 0.05L/ha Curuquerê e Spodoptera

Macth EC Lufenuron 0,3 L/haCuruquerê, Lagarta das maças,Spodoptera e Falsa medideira

Nufos 480 EC Clorpirifós 1 L/haCuruquerê, Spodoptera

e Lagarta Rosca

Afitrix Benfuracarb 0,45 L/haPulgão e

Mosca Branca

Zelus SC Clotianidina 0,5 L/ha Pulgão

Polo 500 SC Diafentiuron 0,5 L/haCuruquerê, Mosca brancaPulgão e Ácaro Rajado

Grimictin Abamectina 0,5 L/haCuruquerê, Ácaro Vermelho

Ácaro Rajado

Karate Zeon 250 CS Lambda-cialotrina 0,1 L/haBicudo, Curuquerê, SpodopteraLagarta das Maças e L. Rosada

Marshal Star Carbosulfano 0,45 L/ha Pulgão

1.1.3.7 Controle de Doenças

O cerrado brasileiro, apresenta amplas condições de clima favoráveis ao

desenvolvimento de doenças que afetam a cultura do algodoeiro. Algumas doenças

consideradas pouco expressivas nas regiões tradicionalmente produtoras

despontam no cerrado, podendo ocasionar perdas consideráveis à produção, caso

não sejam tomadas as medidas de controle necessárias em tempo hábil.

( EMBRAPA 2003).

As doenças de maior importância na propriedade foram: Ramularia

(Ramularia areola) e Ramulose (Colletotrichum gloeosporioides).

Como padrão de controle preventivo e curativo foi adotado uma seqüência

de cinco de aplicações de fungicida (Tabela 11), em que a primeira aplicação foi

realizada com 40 dias após a emergência, a segunda, terceira, quarta e quinta

aplicação 15 a 18 dias após a primeira com a presença de ramularia na cultura.

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Page 23: RELATÓRIO PRONTO

O controle da Ramularia apresentou maiores problemas no seu controle, a

sua proliferação é rápida e severa. Já em relação a Ramulose, não teve problema.

Todas as aplicações de fungicidas foram feiras juntamente com um adjuvante Aller

na dose de 0,05 L/há.

Tabela 11: Cronograma de aplicação de Fungicidas na cultura do algodão. Poduto Ingredinte Ativo Dose Alvo

1ᵃ Priori Xtra Azoxystrobin + Ciproconazol0.3

L/haRamulária e Ramulose

2ᵃ Score Difenoconazole0.3

L/haRamulária e Ramulose

3ᵃ Mertin + Metamitrona +0.5

L/haRamularia e

Cercobin 500 SC Thiophanate methyl0.6

L/haRamulose

4ᵃ Emerald Tetraconazole0.5

L/haRamulária e Ferrugen

5ᵃ Mertin + Metamitrona0.5

L/haRamulária e

Cercobin 500 SC Thiophanate methyl0.6

L/haRamulose

1.1.4 Aplicação de defensivos

Para a realização desta atividade foi utilizado um pulverizador Gladiador,

Stara Sffil, com capacidade de 2300 L, 27 metros de barra, Gps e piloto automático.

Para a aplicação de herbicidas o volume de aplicação utilizado foi de 76-100 L/ha

com um bico tipo leque AVI 110 02, para inseticidas e fungicidas o volume de

aplicação utilizado foi de 92-115 L/ha.

Também foram realizadas aplicações de inseticida e fungicida aéreas, por

uma empresa terceirizada, com volume de aplicação de 10 L/ha com bico do tipo

turbo atomizador.

No momento das aplicações também era observado todas as condições

climáticas, como, temperatura, unidade relativa e velocidade do vendo, aplicando

nos momentos mais favoráveis.

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Page 24: RELATÓRIO PRONTO

1.2 UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE SEMENTES - UBS

As atividades executadas neste setor acompanharam praticamente todo o

trajeto da semente de soja no seu beneficiamento, desde sua chegada da lavoura à

UBS até seu armazenamento como: Coleta de amostras, monitoramento do

beneficiamento, monitoramento do ensaque e monitoramento do aramazenamento.

1.2.1 Coleta de Amostra

As cargas de soja destinadas para semente antes de serem descarregadas

na moega, passava por uma conferencia visual da mesma, observando a quantidade

de grãos verdes, ardidos, quebrados, entre outros, e quando reprovada esta soja era

encaminhada para fins de indústria, essa aprovação era realizada pelo encarregado

da UBS ou do responsável técnico.

Após a aprovação da carga era realizada a coleta da amostra, composta por

seis pontos amostrais, com o auxílio de um coletor tipo Aste de 1,70 m de

comprimento. Com esta amostra, após a sua homogeneização, era mensurado o

percentual de impureza e umidade, quando o valor de impureza e umidade fosse

superior a 2% e 18%, respectivamente, estaria fora dos padrões pré-estabelecidos

para semente e o responsável técnico era comunicado sobre o resultado para definir

o destino da carga.

A cada três cargas de cada cultivar por cooperado, era formado uma

amostra de, aproximadamente, 500 g, para análise de pós-colheita realizada no

Laboratório de Sementes.

1.2.2 Monitoramento do Beneficiamento

Após a secagem, as sementes passavam por uma pós-limpeza e logo em

seguida pela mesa padronizadora, esta por sua vez separava a carga pelo tamanho

da semente através de peneiras diferentes.

Durante o processo de beneficiamento, a soja passava pela caixa de espiral,

onde as sementes redondas, consideradas de boa qualidade, desciam pelo canal

24

Page 25: RELATÓRIO PRONTO

central da espiral, e direcionadas para a caixa de espera das mesas densimétricas.

As sementes deformadas, de baixa qualidade, desviavam do canal, dirigindo para o

silo de descarte.

A mesa densimétrica é o próximo destino da semente após a espiral, nela a

soja era separada pelo seu peso, sendo que as sementes com maior peso ou maior

densidade são consideradas sementes de boa qualidade e eram direcionadas para a

caixa de resfriamento, enquanto as sementes com menor peso eram direcionadas

para o silo de descarte. A regulagem da mesa densimétrica era realizada quando

estava ligada, cada variedade possuía uma regulagem diferente, portanto era

necessário um monitoramento constante.

Era feito o acompanhamento da umidade das sementes nas mesas

densimétricas, em que era feita a amostragem de cada mesa densimétrica,

classificadas por peneira, e anotadas nas fichas suas respectivas umidades a cada

hora.

A UBS da empresa possui um resfriador dinâmico, com o objetivo de resfriar

a semente beneficiada para o ensaque. Este resfriador era ligado quando a sua

caixa resfriadora era cheia de sementes e desligada quando a temperatura do seu

interior alcançava os 15°C.

A técnica do resfriamento consiste na insuflação de ar frio através da massa

de sementes, e trazendo grandes benéficos no armazenamento da semente,

mantendo a qualidade física e nutricional dos grãos, evita do desenvolvimento de

fungos, manutenção do vigor e da germinação e garantia de uma semente de alta

qualidade.

1.2.3 Monitoramento do Ensaque

Após o processo de resfriamento as sementes eram transferidas para uma

caixa de armazenamento da balança, que possui um sistema eletrônico de

pesagem. No momento da pesagem realizava-se a verificação do ensaque das

sementes de variedades transgênicas e convencional, tomando o cuidado para que

não ocorresse troca de embalagens. Também era observado o peso de cada saco,

em que era de 40 kg.

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Page 26: RELATÓRIO PRONTO

A identificação do lote das sementes era realizada por uma impressora

posicionada na lateral da esteira com o foco na lateral do saco e com as devidas

informações do lote ensacado.

A balança possui um local de coleta de amostra de cada saco, assim tendo

uma amostra representativa de cada lote beneficiado, servindo para a realização de

analises de qualidade e testes de germinação.

1.2.4 Monitoramento da Armazenagem

A UBS possui duas Unidades de Armazenamento de Sementes – UAS, com

capacidade de armazenagem de, aproximadamente, 320 mil sacas. Era feito o

acompanhamento da temperatura e da umidade dos armazéns em três horários

diferentes do dia, com o auxilio de termômetro digital.

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Page 27: RELATÓRIO PRONTO

CONCLUSÃO

O estágio residência surge como uma oportunidade de conviver em meio a

cadeia do agronegócio e colocar em prática seus conhecimentos teóricos adquiridos

no curso de Engenharia Agronômica, tendo grande importância na formação

acadêmica, profissional e pessoal para a minha carreira. Todas as atividades e

desafios renderam compromissos com o futuro, consciência da ética profissional e

estímulos para seguir em frente com a potencial atividade agrícola do nosso estado.

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Page 28: RELATÓRIO PRONTO

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EMBRAPA SOJA. Tecnologias de Produção de Soja Região Central do Brasil 2009/2010. Londrina: Embrapa Soja, 2009.

SILVA, N.M. Seja o doutor de seu algodoeiro. Informações Agronômicas. Piracicaba: POTAFOS, 1996.

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