relatorio parasitologia

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INTRODUÇÃO A maioria dos parasitos intestinais é diagnosticada pelo exame das fezes, embora outros materiais, como urina, escarro, secreções urogenitais, aspirados, tecidos, conteúdo duodenal e espécimes obtidos por biópsia, possam ser utilizados para a identificação de certas espécies. Os estágios usuais de diagnóstico são os ovos e as larvas de helmintos e os trofozoítos, cistos, oocistos e esporos de protozoários. O uso do micrômetro ocular deve ser uma prática padrão obrigatória no diagnóstico parasitológico. Para uma diagnose absoluta é necessário observar o parasito em um de seus estágios de evolução. O simples exame microscópico é, em muitos casos, suficiente para o diagnóstico. Entretanto, para a obtenção de melhores resultados será necessário o uso de técnicas de concentração, ou seja, processos mecânicos e/ou biológicos. . O tamanho é uma importante característica na identificação de ovos de helmintos, cistos e oocistos de protozoários. Os procedimentos microscópicos incluem o exame direto a fresco de preparações, técnicas de concentração, colorações permanentes, técnicas de cultivo e métodos e técnicas especiais para certas infecções. TÉCNICA SEM CONCENTRAÇÃO (MÉTODO DIRETO À FRESCO): os ovos e as larvas de helmintos são facilmente diagnosticados pelo exame direto a fresco de esfregaços sem coloração, enquanto que os diferentes estágios dos protozoários são somente observados com o auxílio de diferentes colorações temporárias. Os núcleos dos trofozoítos das amebas, como os dos cistos, são indistinguíveis ou invisíveis no exame direto de esfregaços salinos. Várias soluções corantes são indicadas para a preparação e o exame de esfregaços a fresco pelos métodos diretos: as colorações para cistos, para trofozoítos e para cistos e trofozoítos de protozoários. As soluções de iodo recomendadas para corar cistos, são a de Lugol, de Dobell e O’Connor23, de D’Antoni20 e de Donaldson24. As soluções de iodo não são usadas na coloração dos estágios vegetativos, desde que todos os organismos são mortos e distorcidos pelo corante. Princípio: Avaliar a carga parasitária dos pacientes infectados proporcionando um diagnóstico rápido dos espécimes nas infecções maciças, permitindo observar os trofozoítos vivos dos protozoários

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Page 1: relatorio parasitologia

INTRODUÇÃO

A maioria dos parasitos intestinais é diagnosticada pelo exame das fezes, embora outros materiais, como urina, escarro, secreções urogenitais, aspirados, tecidos, conteúdo duodenal e espécimes obtidos por biópsia, possam ser utilizados para a identificação de certas espécies. Os estágios usuais de diagnóstico são os ovos e as larvas de helmintos e os trofozoítos, cistos, oocistos e esporos de protozoários. O uso do micrômetro ocular deve ser uma prática padrão obrigatória no diagnóstico parasitológico. Para uma diagnose absoluta é necessário observar o parasito em um de seus estágios de evolução. O simples exame microscópico é, em muitos casos, suficiente para o diagnóstico. Entretanto, para a obtenção de melhores resultados será necessário o uso de técnicas de concentração, ou seja, processos mecânicos e/ou biológicos. . O tamanho é uma importante característica na identificação de ovos de helmintos, cistos e oocistos de protozoários. Os procedimentos microscópicos incluem o exame direto a fresco de preparações, técnicas de concentração, colorações permanentes, técnicas de cultivo e métodos e técnicas especiais para certas infecções.

TÉCNICA SEM CONCENTRAÇÃO (MÉTODO DIRETO À FRESCO): os ovos e as larvas de helmintos são facilmente diagnosticados pelo exame direto a fresco de esfregaços sem coloração, enquanto que os diferentes estágios dos protozoários são somente observados com o auxílio de diferentes colorações temporárias. Os núcleos dos trofozoítos das amebas, como os dos cistos, são indistinguíveis ou invisíveis no exame direto de esfregaços salinos. Várias soluções corantes são indicadas para a preparação e o exame de esfregaços a fresco pelos métodos diretos: as colorações para cistos, para trofozoítos e para cistos e trofozoítos de protozoários. As soluções de iodo recomendadas para corar cistos, são a de Lugol, de Dobell e O’Connor23, de D’Antoni20

e de Donaldson24. As soluções de iodo não são usadas na coloração dos estágios vegetativos, desde que todos os organismos são mortos e distorcidos pelo corante.

Princípio: Avaliar a carga parasitária dos pacientes infectados proporcionando um diagnóstico rápido dos espécimes nas infecções maciças, permitindo observar os trofozoítos vivos dos protozoários

TÉCNICAS COM CONCENTRAÇÃO:

MÉTODO DE LUTZ: A técnica de Lutz49 ou de Hoffman, Pons e Janer37 é um procedimento simples, indicado para a pesquisa de ovos, larvas e cistos. Fundamenta-se na sedimentação espontânea em água (combinação da gravidade e da sedimentação). Os ovos operculados e de esquistossoma são facilmente recuperados. O uso de grande quantidade de material fecal nesse processo, em contraste com as pequenas quantidades usadas em outras técnicas, favorece um diagnóstico satisfatório e seguro, mesmo quando o número de organismos presentes é pequeno. A grande vantagem da técnica de sedimentação em água para a concentração de cistos de protozoários e ovos e larvas de helmintos, no material fecal, é a necessidade mínima de vidraria, sendo dispensável o uso de reagentes e da centrifugação. A desvantagem desse processo de diagnóstico coprológico é a grande quantidade de detritos fecais no sedimento, dificultando, com freqüência, a preparação e o exame da lâmina.Princípio – sedimentação espontânea em água, utilizada para evidenciar ovos pesados de helmintos, ovos leves de helmintos e cistos de protozoários, quando a sedimentação for por um período de 24 horas (CIMERMAN,CIMERMAN, 1999).

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MÉTODO DE WILLIS (FLUTUAÇÃO EM SOLUÇÃO SATURADA DE NACL): fundamenta-se na dupla propriedade que apresentam certos ovos de helmintos de flutuarem na superfície de uma solução de densidade elevada e de aderirem ao vidro46. Este procedimento, simples e eficiente, está indicado para a pesquisa de ovos com densidade específica baixa, como os de ancilostomídeos e de Trichostrongylus orientalis, embora não seja recomendado para os ovos pesados de trematódeos, ovos de E. vermicularis e ovos inférteis de A. lumbricoides. Os cistos de protozoários se retraem, ficando irreconhecíveis.A técnica de Willis é a mais indicada para diagnóstico de estruturas leves, como cistos de protozoários e ovos de ancilostomídeos (REY, 2002).

OBJETIVOS

GERAL: compreender os métodos e técnicas de diagnóstico de parasitos

ESPECÍFICOS

Reconhecer os diferentes métodos e técnicas parasitológicas de diagnóstico Aprender a preparar lâminas nas técnicas sem concentração Identificar os elementos parasitários (ovos, cistos) Diferenciar técnicas sem concentração e com concentração

MATERIAIS E MÉTODOS

Método a fresco: Materiais: Material biológico (fezes); palito de churrasco; água destilada; lâmina; lamínula; base de unhaMetodologia: Inicialmente a amostra foi tocada 15x com o palito de churrasco e então esse palito foi colocado dentro de um tubo de ensaio que continha água destilada. Após a homogenização da solução, com outro palito de churrasco foi pegue alíquotas dessa solução e então foi colocada na lâmina. A 45º foi colocada a lamínula e então foi selada com a base terminando a confecção da lâmina. Foram confeccionadas 2 lâminas.

Método a fresco com lugol:Materiais: Material biológico (fezes); palito de churrasco; água destilada; lâmina; lamínula; base de unha; papel filtro; lugolMetodologia: Inicialmente a amostra foi tocada 15x com o palito de churrasco e então esse palito foi colocado dentro de um tubo de ensaio que continha água destilada. Após a homogenização da solução, com outro palito de churrasco foi pegue alíquotas dessa solução e então foi colocada na lâmina e então foi acrescentada 1 gota de lugol na lâmina. A 45º foi colocada a lamínula e então foi selada com a base terminando a confecção da lâmina. Foram confeccionadas 2 lâminas.

Método de Lutz:Materiais: Material biológico (fezes); palito de churrasco; gazes; cálice; liga; água destiladaMetodologia: No cálice, fazer um arranjo com as gazes em forma de cruz e em cima coloca a amostra (quantidade razoável) afim de formar uma trouxinha. Passa o palito de churrasco pelas gazes e fecha a trouxinha com uma liga. A trouxinha fica dentro do cálice segura pelo palito de churrasco e então coloca água destilada no cálice.

Obs: Na metodologia original desse método após esses passos descritos acima, esperaria 30 minutos e daria continuidade a metodologia, porém como o tempo da aula prática é limitados paramos nesse passo.

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Método de Willis:Materiais: material biológico (fezes); palito de churrasco; água destilada; lâmina; lamínula; base de unha; lugol; tubo falcon; solução de NaClMetodologia: Colocou-se 1 a 2 gramas da amostra dentro do tubo falcon e adicionou água destilada até o começo do rosqueamento do tubo. Com o palito de churrasco foi feita a homogenização do tubo. Colocou-se a lâmina tapando o tubo mas com uma pequena abertura para então pipetar solução de NaCl. A solução de NaCl é colocada até tocar a lâmina que está em cima do tubo. Depois de 5 min inverte a lâmina, coloca-se 1 gota de lugol, e depois a 45º coloca-se a lamínula e então sela com a base e termina a confecção da lâmina. Foi feita 1 lâmina.

RESULTADOS E DISCUSSÕES: