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REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SECRETARIA REGIONAL DA EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO
PROVAS E EXAMES DO ENSINO BÁSICO
E DO ENSINO SECUNDÁRIO
RELATÓRIO FINAL
ANO LETIVO 2011/2012
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
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FICHA TÉCNICA Título Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário Autoria Inspeção Regional de Educação Rua Recreio dos Artistas, 12 9700-160 Angra do Heroísmo Tel.: 295 217 760 Fax: 295 217 761 E-mail: [email protected]
Outubro de 2012 Coordenação Maria Dulce Mosca Nuno de Bettencourt Gomes
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
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Índice
Introdução 4
1 Objetivos …………………………………………………………………. 5
2 Âmbito da atividade ………………………...………………….………. 5
2.1 Metodologia ……………….…………………………………………... 6
3 Instrumentos de trabalho ………………………………………………. 7
4 Unidades orgânicas intervencionadas ………...…………………....... 8
5 Qualidade do serviço ……..……………………………………………. 11
5.1 Desvios no serviço das provas dos 2.º e 3.º ciclos ………..……… 11
5.2 Observações e recomendações ………………………………….… 17
5.2.1 Observações .……………………………………………….………. 17
5.2.2 Recomendações ………………….………………………………… 23
5.3 Desvios no serviço de exames ………………..……………………. 25
5.4 Observações e recomendações ……………………………….…… 31
5.4.1 Observações …………………………………………..……………. 31
5.4.2 Recomendações ……………………………………………………. 34
6 Conclusões ...……………………………………………………………. 35
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
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INTRODUÇÃO
A atividade de controlo Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino
Secundário, integrada no Plano de Atividades da Inspeção Regional de
Educação (IRE), para o ano de 2012, foi realizada no âmbito da missão e
atribuições da IRE, previstas no artigo 47.º do Decreto Regulamentar Regional
n.º 25/2011/A, de 25 de novembro, com o desiderato de contribuir para a
promoção, de modo contínuo e sistemático, da equidade e da qualidade do
sistema educativo regional e para a salvaguarda dos interesses dos seus
utentes.
Assim, para além de constituir esta atividade um instrumento de diagnóstico e
de regulação, promovendo a verificação da legalidade dos procedimentos
inerentes e relacionados com a aplicação das Provas do Ensino Básico e
Exames do Ensino Secundário, pretendeu contribuir para a indução de
estratégias de melhoria que facilitassem às unidades orgânicas a identificação
de fatores condicionantes da sua eficiência e eficácia, numa perspetiva de
obtenção de progressiva melhoria do seu desempenho ao nível da realização
do serviço de Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário.
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1 Objetivos
Constituíram objetivos desta atividade:
Controlar a aplicação das Provas e Exames do Ensino Básico e do
Ensino Secundário, de modo a garantir a sua realização em condições
de confidencialidade e de equidade;
Verificar a adequação das medidas e dos procedimentos adotados pelos
estabelecimentos de ensino, face aos normativos e aos contextos
específicos em que os exames decorram;
Contribuir para a melhoria da qualidade da organização dos
estabelecimentos de ensino no que respeita a todo o serviço inerente às
provas e exames nacionais.
2 Âmbito da Atividade
A atividade inspetiva no âmbito da realização das Provas Finais do Ensino
Básico, 2.º e 3.º ciclos, desenvolveu-se no decurso da 1.ª chamada e no âmbito
dos Exames Nacionais do Ensino Secundário foi realizada no decurso das 1.ª e
2.ª fases, através do controlo, pelos inspetores/equipas inspetivas, das
medidas organizativas/atividades inerentes à aplicação daquelas
provas/exames nas unidades orgânicas da Região Autónoma dos Açores.
O universo de intervenção compreendeu as unidades orgânicas do sistema
educativo regional - escolas básicas integradas, escolas básicas e secundárias
e escolas secundárias – e escola privada com autorização de funcionamento e
em regime de paralelismo pedagógico, porquanto obrigada ao cumprimento
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das orientações curriculares e do regime de avaliação estabelecido para o
sistema público.
Foram selecionadas para a realização da atividade 25 unidades orgânicas do
sistema educativo público e 1 estabelecimento privado de ensino, através da
conjugação dos seguintes critérios:
proporcionalidade regional;
tipologia das unidades a intervencionar;
unidades orgânicas com intervenção determinada em função de
solicitação da direção regional competente em matéria de administração
educativa.
2.1 Metodologia
A realização desta atividade de controlo pelas equipas inspetivas concretizou-
se através da seguinte metodologia:
Observação direta e análise documental do processo organizativo e
operativo, inerente à aplicação dos Provas e Exames do Ensino Básico
e do Ensino Secundário;
Realização de entrevistas ao Diretor/Presidente do Conselho Executivo
dos estabelecimentos de ensino intervencionados;
Preenchimento de Fichas de Registo de Informação;
Preenchimento das Fichas Síntese das observações realizadas;
Remessa às unidades orgânicas intervencionadas das Fichas Síntese
das observações realizadas;
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Elaboração do relatório final.
A equipa coordenadora, com vista à preparação e aferição de procedimentos a
adotar na realização da atividade, promoveu em 2012/06/08 uma reunião com
todos os inspetores envolvidos no processo; em 2012/06/27, ocorreu nova
reunião com o intuito de identificar eventuais constrangimentos registados na
realização da atividade e promover a sua superação nas atividades
subsequentes, através da adoção de estratégias concertadas.
Nas unidades orgânicas previamente selecionadas, os inspetores efetuaram
observação direta dos procedimentos desenvolvidos na preparação e aplicação
das provas/exames e procederam à análise das informações divulgadas a
alunos/encarregados de educação, efetuando ainda entrevistas com os
responsáveis pelos estabelecimentos de educação e de ensino, procurando,
assim, avaliar a execução:
Das medidas organizativas da competência do Diretor/Presidente do
Órgão Executivo;
Das atividades da competência do professor vigilantes/coadjuvantes;
Do serviço prestado pela unidade orgânica.
3 Instrumentos de trabalho
Na realização da atividade, de acordo com o respetivo roteiro, foram utilizados
pelos inspetores/equipas inspetivas os seguintes instrumentos de recolha e de
registo de informação (em anexo).
Ficha de Registo de Informação do Serviço de Exames (Anexo I);
Ficha de Registo de Informação do Serviço de Provas (Anexo II);
Ficha Síntese de Informação do Serviço de Exames (Anexo III);
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Ficha Síntese de Informação do Serviço de Provas (Anexo IV).
4 Unidades orgânicas intervencionas
No âmbito da atividade realizada, foi realizado um total de 31 intervenções em
unidades orgânicas do sistema educativo regional, incluindo 1 intervenção
realizada em estabelecimento privado, de acordo com a calendarização abaixo
apresentada:
Quadro 1
CALENDARIZAÇÃO DAS INTERVENÇÕES
18 de junho
EBS de S. Roque do Pico
ES Domingos Rebelo
ES da Ribeira Grande
Colégio Castanheiro
EBS Tomás de Borba
ES Jerónimo Emiliano de Andrade
19 de junho
ES Manuel de Arriaga
EBS de Nordeste
ES Vitorino Nemésio
ES Antero de Quental
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20 de junho
EBS da Madalena
ES da Lagoa
21 de junho
EBS das Lajes
EBI das Capelas
EBI da Maia
EBI da Praia da Vitória
ES Vitorino Nemésio
EBI de Angra do Heroísmo
EBI dos Arrifes
22 de junho
EBI dos Ginetes
EBI Canto da Maia
EBI Roberto Ivens
EBI da Horta
25 de junho
EBS de Vila Franca do Campo
13 de julho
EBS de Nordeste
EBS de Santa Maria
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As intervenções, do ponto de vista geográfico, distribuíram-se da seguinte
forma:
Quadro 2
Ilha N.º de Intervenções
São Miguel 17
Terceira 8
Pico 3
Faial 2
Santa Maria 1
16 de julho
ES das Laranjeiras
EBS Tomás de Borba
ES Vitorino Nemésio
18 de julho
ES Domingos Rebelo
ES da Lagoa
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5 Qualidade do Serviço
As Fichas de Registo de Informação do Serviço de Exames e do Serviço de
Provas (Anexos I e II) preenchidas nas unidades orgânicas pelos
inspetores/equipas inspetivas, contemplaram os critérios essenciais de
monitorização, decorrentes da NORMA 02/JNE/2012 - Instruções -
Realização, classificação, reapreciação e reclamação das Provas e
Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário, e possibilitaram, a partir
da análise do seu conteúdo, apreciar a qualidade do serviço desenvolvido
pelas diferentes unidades orgânicas do sistema educativo regional.
5.1 Desvios no Serviço de Provas dos 2.º e 3.º Ciclos
Os resultados da Ficha de Registo de Informação do Serviço de Provas,
preenchidas nas unidades orgânicas pelos inspetores/equipas inspetivas,
apresentam-se nos quadros subsequentes por prova, estando estruturados em
quatro áreas de controlo:
Medidas organizativas da competência do Órgão de Direção;
Atividades da competência do Secretariado de Exames;
Atividades da competência dos Professores Coadjuvantes;
Atividades da competência dos Professores Vigilantes;
Atividades da competência dos Assistentes Técnicos/Operacionais.
Assinala-se ainda o número de desvios registados nas unidades orgânicas
intervencionados relativamente a cada uma daquelas áreas de controlo
suprarreferidas.
O quadro 3 mostra a distribuição dos desvios registados por área de controlo.
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Quadro 3
ITENS DE OBSERVAÇÃO N.º DE
DESVIOS
1. Medidas organizativas da competência do Órgão de Direção
1.1 Divulgação por escrito da NORMA 02/JNE/2012 junto do Secretariado de Exames 1
1.2 Divulgação por escrito da NORMA 02/JNE/2012 junto dos Diretores de Turma 2
1.3 Divulgação por escrito da NORMA 02/JNE/2012 junto dos Professores Vigilantes 1
1.4 Afixação de resumo da NORMA 02/JNE/2012, em lugar bem visível, com razoável antecedência, 3
para conhecimento dos alunos (pontos 4, 5.6, 8, 9, 10, 12, 13, 19, 20, 21, 22, 24.2, 29, 30, e todo
o capítulo III)
1.5 Afixação da informação relativa às provas: modelos JNE nºs 08, 09, 09-A, 10, 10-A, 12, 13, 13-A 3
1.6 Afixação com antecedência das Informações Exame para conhecimento dos alunos 1
1.7 Afixação das pautas de chamada, rubricadas, com, pelo menos, 24 (1.º dia) ou 48 horas 0
(restantes dias) de antecedência relativamente ao início das provas
1.8 Afixação do ofício circular S-DGIDC/2011/13, de 20 de dezembro – Utilização de máquinas de 4
calcular
1.9 Nomeação do Secretariado de Exames com audição prévia do Conselho Pedagógico 5
1.10 Designação do Coordenador do Secretariado de Exames e seu substituto 1
1.11 Nomeação e convocação dos Professores Coadjuvantes por cada disciplina 0
1.12 Designação dos Professores Vigilantes e Vigilantes Substitutos 0
1.13 Designação do docente responsável pelo programa informático ENEB e do docente seu substituto 0
1.14 Nomeações/designações do serviço das provas finais formalizadas por escrito 5
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1.15 Observação das disposições previstas no CPA (art.º 44.º e ss.), relativas aos casos de 1
impedimento sobre familiares próximos com vista a garantir o princípio da imparcialidade
1.16 Reunião com os Professores Vigilantes e Coadjuvantes para aferição de procedimentos 0
1.17 Reunião com os assistentes técnicos dos serviços de administração escolar sobre as informações 3
a prestar aos alunos
1.18 Definição de critérios de distribuição de alunos pelas salas 1
1.19 Credenciação de professores para a receção e conferência dos sacos dos enunciados das provas 0
1.20 Criação de condições para cumprimento do dever de sigilo por parte dos Professores 1
Coadjuvantes durante a realização das provas
1.21 Criação de condições para a realização das provas dos alunos com NEE 0
1.22 Criação de condições de sigilo/segurança no estabelecimento de ensino relativas aos sacos 0
com os enunciados das provas
1.23 Criação de condições de sigilo/segurança no estabelecimento de ensino relativas às provas 0
realizadas, talões e números convencionais atribuídos
1.24 Supervisão sobre o regular cumprimento dos procedimentos de todos os intervenientes 2
2. Atividades da competência do Secretariado de Exames
2.1 Distribuição aos Professores Vigilantes da documentação e do material necessários para a 0
realização do exame
2.2 Cumprimento das normas em situação de ausência de documentos de identificação dos alunos 0
2.3 Entrega dos sacos dos enunciados aos Professores Vigilantes nas salas das provas, e confirmação 0
com estes, do cumprimento dos pontos 14.2 e 14.3 da NORMA 02/JNE/2012
2.4 Definição dos procedimentos, com os professores coadjuvantes, para a verificação do material 0
a usar pelos alunos
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2.5 Autorização para o Professor Coadjuvante/Vigilante ler aos alunos esclarecimentos do GAVE e 0
transcreve-los, na íntegra, no quadro da sala onde se realiza a prova
2.6 Verificação em todas as salas de exame do correto registo no quadro da hora de início e de 1
conclusão da prova
2.7 Receção das folhas de resposta, pauta de chamada e enunciados não utilizados, entregues 0
pelos vigilantes
2.8 Controlo, pelo Coordenador, do funcionamento do Secretariado de Exames 0
3. Atividades da competência do Professor Coadjuvante
3.1 Verificação e controlo, sempre que possível, antes do início da prova, do material específico a usar 0
pelos alunos durante a realização da prova
3.2 Transmissão e transcrição no quadro, na íntegra, de esclarecimentos aos alunos sobre o conteúdo 0
das provas, desde que autorizado pelo JNE
3.3 Informação aos alunos sobre gralhas tipográficas ou erros evidentes, mediante autorização do 0
Secretariado de Exames
3.4 Solicitação de pedidos de esclarecimento ao GAVE e ao JNE 0
4. Atividades da competência dos Professores Vigilantes
4.1 Chamada e distribuição dos alunos por ordem da pauta de chamada, 15 minutos antes da 0
hora marcada para o início da prova
4.2 Manutenção de lugar vago em caso de falta de aluno 0
4.3 Distribuição de um aluno por carteira, acautelando-se a conveniente distancia entre eles 0
4.4 Não utilização de sistemas de comunicação móvel, nas salas, por professores vigilantes 0
4.5 Verificação da inexistência junto dos alunos de suportes escritos não autorizados e de quaisquer 0
sistemas de comunicação móveis
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4.6 Colocação de objetos não estritamente necessários para a realização da prova junto à secretária 1
dos professores vigilantes, incluindo equipamentos de comunicação desligados
4.7 Registo no quadro da hora de início, de conclusão da prova e período de tolerância 2
4.8 Informação sobre o preenchimento dos cabeçalhos e demais instruções, procedimentos e 2
advertências
4.9 Verificação da identidade dos alunos face ao seu documento de identificação 0
4.10 Confirmação, antes da abertura dos sacos dos enunciados, da correspondência do código com 0
o código registado na pauta, bem como, da correspondências das fases indicadas
4.11 Distribuição dos enunciados de acordo com a norma a NORMA 02/JNE/2012 0
4.12 Leitura imediata aos alunos e transcrição no quadro, na íntegra, de esclarecimentos ou erratas 0
existentes nos envelopes contendo os enunciados
4.13 Verificação, após distribuição dos enunciados, do n.º de exemplares existentes face ao n.º 0
registado no exterior do saco
4.14 Papel de rascunho devidamente carimbado, datado e rubricado por um dos professores 5
vigilantes e entregue após distribuição dos enunciados
4.15 Verificação, durante a realização da prova, do correto preenchimento do cabeçalho da prova 3
4.16 Permanência dos alunos na sala de exame até ao fim do tempo regulamentar da prova 0
4.17 Vigilância dos alunos durante a realização da prova em condições de normalidade e qualidade 1
4.18 Aplicação da prova a alunos com NEE com observação dos procedimentos adequados 0
4. 19 Identificação de irregularidades ou fraudes pelos professores vigilantes 0
4.20 Recolha das folhas de resposta de acordo com a NORMA 02/JNE/2012 4
4.21 Entrega das folhas de resposta, da pauta de chamada e dos enunciados não utilizados ao 0
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5. Atividades da competência dos Assistentes Operacionais
5.1 Exercício de efetiva vigilância nas zonas envolventes das salas de prova 1
De acordo com o quadro 1, registaram-se, no total, 54 desvios ao nível das
diferentes áreas de controlo, no âmbito do serviço de provas realizado pelas
unidades orgânicas intervencionadas.
Ao nível das «medidas organizativas da competência do órgão de direção»,
registaram-se, no total, 34 desvios, relacionados com os diferentes itens;
registou-se maior incidência de desvios nos seguintes itens: 1.9 Nomeação do
Secretariado de Exames com audição prévia do Conselho Pedagógico (5
desvios); 1.14 Nomeações/designações do serviço das provas finais
formalizadas por escrito (5 desvios), 1.8 Afixação do ofício circular S-
DGIDC/2011/13, de 20 de dezembro – Utilização de máquinas de calcular (4
desvios).
Relativamente às «atividades da competência do secretariado de exames»,
registou-se somente a ocorrência de 1 desvio, relacionado o item 2.6
Verificação em todas as salas de exame do correto registo no quadro da hora
de início e de conclusão da prova.
No que se refere a «atividades da competência do professor coadjuvante» não
se verificou a ocorrência de quaisquer desvios.
Ao nível das «atividades da competência dos professores vigilantes»
registaram-se, no total, 18 desvios, relacionados com os diferentes itens;
registou-se maior incidência de desvios nos seguintes itens: 4.14 Papel de
rascunho devidamente carimbado, datado e rubricado por um dos professores
vigilantes e entregue após distribuição dos enunciados (5 desvios); 4.20
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Recolha das folhas de resposta de acordo com a NORMA 02/JNE/2012 (4
desvios).
Em relação à área de controlo «atividades da competência dos assistentes
técnicos/assistentes operacionais», registou-se apenas 1 desvio, relativamente
ao item 5.1 Exercício de efetiva vigilância nas zonas envolventes das salas de
prova.
5.2 Observações e recomendações
As Fichas de Registo de Informação da Aplicação das Provas incluíram um
espaço para observações e recomendações, no qual os inspetores registaram
situações de desvio ou aspetos considerados relevantes para a qualidade do
serviço desenvolvido pelas unidades orgânicas.
5.2.1 Observações
O quadro 4 apresenta, em síntese, as observações efetuadas pelos
inspetores/equipas inspetivas, registadas nas Fichas de Informação do Serviço
de Provas, dirigidas às unidades orgânicas intervencionadas.
Quadro 4
Os professores coadjuvantes, no decurso da prova, permaneceram numa
sala com acesso a telefone e a computador com ligação à internet para, de
acordo com o secretariado de exames, disporem de acesso a eventuais
informações do GAVE/JNE.
As mochilas dos alunos estavam penduradas nas cadeiras, tendo sido
retiradas pelos vigilantes já no decurso da prova; os estojos encontravam-se
em cima das mesas dos examinandos, situação que continuou até ao final
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da prova.
A folha de rascunho foi entregue aos alunos antes da distribuição dos
enunciados.
Às 7:55 horas, a porta da sala onde se realizava a prova estava fechada.
As provas foram entregues às 7:56 para preenchimento do cabeçalho
pelos alunos.
No decurso da prova, um dos vigilantes ausentou-se da sala, em tempo
inferior a um minuto, indo para o corredor, a cerca de 4 ou 5 metros de
distância, colocar um questão a um membro do secretariado de exames que
ali estava, regressando depois à sala, com a conivência daquele membro do
secretariado.
Em 3 salas, os professores vigilantes não rubricaram as folhas de
resposta.
Após a entrega das provas ao secretariado, que não as conferiu
imediatamente, veio mais tarde a verificar-se, aquando do processo de
anonimato, que as folhas de resposta não se encontravam rubricadas; em
face do sucedido, a presidente da comissão executiva instaladora determinou
que os membros do secretariado telefonassem aos vigilantes a pedir-lhes que
viessem rubricar aquelas folhas, o que sucedeu, sem qualquer chamada de
atenção àqueles docentes para as falhas cometidas no processo de
vigilância.
Não foi nomeado coordenador substituto do secretariado.
Não foi observado o despacho de nomeação dos restantes elementos.
Não se observaram as formalizações por escrito das nomeações do
secretariado de exames, dos coadjuvantes e das designações dos vigilantes
e vigilantes substitutos.
Uma das professoras coadjuvantes integrava também o secretariado,
sendo ainda a responsável pelo programa informático ENEB; o secretariado e
a presidente da comissão executiva instaladora foram advertidos que aquela
situação, nomeadamente por dispor aquela coadjuvante de acesso constante
a um pc com ligação à internet, enquanto responsável pelo ENEB, ser
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passível de transmitir uma perceção errada quanto às condições de
cumprimento de dever de sigilo a que se encontrava obrigada.
Numa sala, a hora de termo para a realização do 1.º caderno da prova
encontrava-se incorretamente registada no quadro.
Durante o tempo regulamentar da prova, um dos coadjuvantes pretendeu
ausentar-se da sala do secretariado para tomar o pequeno-almoço, situação
que afetaria a imagem de rigor e exigência que deve transparecer do
secretariado, por não assegurar o efetivo cumprimento do dever de sigilo a
que se encontrava obrigada.
Numa sala, estando já distribuído o enunciado e tendo a prova começado,
só após a intervenção do inspetor junto do secretariado é que as vigilantes
procederam à distribuição do papel de rascunho, rubricando-o e datando-o.
Numa sala, observaram-se papéis de rascunho de dois alunos que não se
encontravam rubricados e datados e noutra, o papel de rascunho foi
distribuído sem estar datado e rubricado.
Em duas salas foi dada autorização de saída aos alunos antes de estarem
integralmente recolhidas as folhas de resposta.
No decurso da segunda parte da prova, na sala do secretariado, as
professoras coadjuvantes declararam que os alunos não poderiam resolver
os exercícios x e y da prova e respetivas alíneas, pelo facto de não lhes ter
sido lecionada aquela matéria; alegaram que essa situação havia sido
comunicada à DREF, o que foi confirmado pela presidente da comissão
executiva instaladora.
Apesar da profusa divulgação efetuada através da página da escola na
internet e da plataforma digital, a divulgação por escrito da Norma
02/JNE/2012, em específico, junto do Secretariado de Exames, dos Diretores
de Turma e dos Professores Vigilantes, não foi efetuada.
Não foi efetuada afixação de resumo da Norma 02/JNE/2012 e dos
modelos JNE.
O secretariado de exames foi nomeado pelo órgão de gestão sem audição
do conselho pedagógico.
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As advertências feitas aos alunos cingiram-se ao preenchimento dos
cabeçalhos, à colocação dos objetos não estritamente necessários para a
realização da prova junto à secretária dos professores vigilantes, incluindo a
insistência para garantir que os telemóveis estavam desligados, e à utilização
do material de escrita.
O órgão de direção não nomeou um secretariado de exames, assumindo
ele próprio as funções inerentes a este cargo.
A supervisão que devia ser feita pelo conselho executivo relativamente ao
secretariado de exames não foi realizada pela não nomeação deste.
O órgão de direção não formalizou os casos de impedimento previstos no
Código do Procedimento Administrativo, relativos aos familiares próximos dos
alunos, com vista a garantir o princípio da imparcialidade.
O registo no quadro da hora de início, de conclusão da prova e período de
tolerância, nas três salas onde foi realizada a prova, foi feito pelo presidente
do conselho executivo, sobrepondo-se às funções dos vigilantes.
Em 2 salas, os vigilantes informaram os alunos que só distribuiriam as
folhas de rascunho mediante solicitação daqueles.
Apesar da circulação dos vigilantes nas suas salas e da verificação do
preenchimento dos cabeçalhos, não foram, por aqueles, identificadas
rasuras, pelo que, na recolha das provas, não houve procedimento em
conformidade com o disposto na nota do ponto 12 da Norma 2/JNE/2012.
As horas de início e de conclusão da prova não estavam corretamente
registadas no quadro.
A folha de rascunho, numa sala, foi entregue aos alunos antes da
distribuição dos enunciados.
Os alunos saíram da sala antes dos professores vigilantes terem recolhido
a totalidade das provas.
Não foi elaborado despacho ou ordem de serviço com a nomeação e
convocação dos professores coadjuvantes.
A presidente do Conselho Executivo informou que tinha transmitido as
informações necessárias aos assistentes técnicos, não tendo havido uma
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reunião sobre a matéria.
Em todas as salas, estavam registados a duração da prova e o tempo de
tolerância da mesma, mas apenas numa sala foi registada a hora de início e
fim da prova.
Foram entregues as folhas de rascunho carimbadas, mas não datadas, em
todas as salas. Apenas numa sala, as folhas de rascunho foram rubricadas
pelos vigilantes.
O órgão de direção não formalizou os casos de impedimento previstos no
Código do Procedimento Administrativo (CPA); o presidente do conselho
executivo, apesar de ter um filho a realizar prova do 9.º ano, entrou na sala
do secretariado de exames, tendo à sua guarda a chave do cofre, local onde
são guardadas as provas após a respetiva receção e antes de serem
levantadas pelas forças de segurança, assim como todos os registos/talões
de anonimato; foi advertido para não entrar na sala onde funcionava o
secretariado e, mesmo assim, voltou à sala por duas vezes.
Numa sala, as folhas de rascunho só foram distribuídas cerca de 15
minutos após o início da realização da prova.
Numa sala, não foi salvaguardada a adequada distância entre as carteiras.
A assistente operacional, na zona das salas de prova, não assegurou a
continuidade do ambiente de silêncio, aquando saída de alguns alunos,
enquanto decorria o prolongamento do tempo para a realização da prova.
Por informação dos atuais presidente e vice-presidente do conselho
executivo, no dia 13 de junho p.p. foi contatada a coordenadora da delegação
regional do júri nacional de exames, não tendo esta qualquer conhecimento
da constituição do secretariado de exames naquela escola; naquele contato,
a atual vice-presidente apresentou uma proposta de constituição do
secretariado de exames. No mesmo dia 13 de junho de 2012, à tarde, e
segundo os mesmos interlocutores, encontrava-se afixada na escola, pelo
conselho executivo anterior, uma convocatória para os docentes suplentes e
vigilantes, bem como uma lista com os docentes que iriam constituir o
secretariado de exames. Por sugestão da coordenadora da delegação
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
22
regional do júri nacional de exames, o atual conselho executivo foi informado
que seria aconselhável manter a constituição do secretariado de exames da
sua responsabilidade; ainda no mesmo dia, surge afixada pelo anterior
conselho executivo uma nova lista de constituição do secretariado de
exames. A lista definitiva respeitante ao secretariado de exames foi afixada
dia 14 de junho de 2012. Verificou-se a existência de uma convocatória para
uma reunião geral de exames, para o dia 15 de junho de 2012 pelas 16:30
horas. A tomada de posse do atual conselho executivo realizou-se no mesmo
dia pelas 16:15 horas, apenas na presença do presidente da assembleia de
escola, não tendo havido qualquer colaboração dos anteriores membros do
conselho executivo na transferência dos diversos dossiers do âmbito da
gestão da unidade orgânica. Apenas no dia 14 de junho a Norma
02/JNE/2012 foi distribuída aos docentes envolvidos no processo de exames.
Os elementos afetos ao secretariado de exames não frequentaram qualquer
ação de formação sobre o processo de exames. O atual conselho executivo
desconhece se algum docente frequentou alguma formação no âmbito dos
exames. Observou-se, ainda, que a escolha do local de funcionamento do
secretariado não foi a mais adequada, considerando que se situava no átrio
de entrada da escola, com acesso facilitado a qualquer elemento exterior ao
processo de exames. Após a entrega das provas pela PSP, os sacos das
provas encontravam-se na sala do secretariado, com acesso facilitado a
qualquer professor, aluno ou elemento externo à escola. Aquando da entrega
das provas realizadas, verificou-se que os professores vigilantes aguardaram
a sua vez no exterior da sala do secretariado, constatando-se o mesmo
acesso facilitado acima referido. Mais se verificou a existência do
funcionamento de uma sala de exame exclusivamente para dois alunos que,
segundo informação prestada, eram portadores de necessidades educativas
especiais, inexistindo qualquer evidência do constante do ponto 33.2 da
Norma 02/JNE/2012. O órgão de gestão assumiu funções na sexta-feira
anterior à data de início dos exames (18 de junho), não se tendo verificado a
presença de qualquer elemento do anterior conselho executivo.
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
23
5.2.2 Recomendações
O quadro 5 apresenta, em síntese, as recomendações efetuadas pelos
inspetores/equipas inspetivas, registadas nas Fichas de Informação do Serviço
de Provas, dirigidas às unidades orgânicas intervencionadas.
Quadro 5
Reforçar junto dos professores vigilantes a informação sobre as respetivas
competências, de forma a garantir o seu integral cumprimento, tendo em vista
a normalidade e a qualidade do serviço de vigilância das provas.
Assegurar as condições para o cumprimento do dever de sigilo por parte
dos professores coadjuvantes.
Afixar os modelos JNE, de acordo com o previsto na NORMA
02/JNE/2012.
Cumprir as condições estabelecidas na NORMA 02/JNE/2012
relativamente à nomeação do secretariado de exames.
Formalizar as nomeações/designações para o serviço de provas finais.
Evitar que o responsável pelo ENEB exerça funções de coadjuvante.
Divulgar por escrito a Norma 02/JNE/2012 junto do Secretariado de
Exames, dos Diretores de Turma e dos Professores Vigilantes.
Cumprir o determinado em «objeto e âmbito de aplicação», parágrafos 4, 5
e 7, a folhas 3, da Norma 02/JNE/2012 – afixação do resumo da citada
Norma e dos modelos JNE, respetivamente e ali especificados.
Aplicar o determinado no n.º 2.2., a folhas 5, da Norma 02/JNE/2012 –
audição do conselho pedagógico para a nomeação do secretariado de
exames.
Cumprir as disposições constantes do art.º 44.º e ss. do Código do
Procedimento Administrativo (CPA), formalizando os casos de impedimento,
relativos a familiares próximos dos alunos.
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
24
Realizar reuniões com os assistentes técnicos dos serviços de
administração escolar sobre as informações a prestar aos alunos no âmbito
das provas.
Formalizar as delegações de competências.
Criar ambiente de tranquilidade no espaço onde se realizam as provas.
Afixar o ofício circular S-DGIDC/2011/13, de 20 de dezembro, em
cumprimento do determinado na Norma 02/JNE/2012, no n.º 4.5.2. a).
Não designar para o serviço de prova, vigilância, docentes que tenham
lecionado neste ano letivo a disciplina sujeita a prova nesse dia.
Escolher adequadamente o local de funcionamento do secretariado de
exames, de modo a salvaguardar condições de operacionalidade e
segurança.
Garantir, após a entrega dos sacos de provas pela PSP, a segurança das
provas até à sua distribuição pelas salas.
Criar condições de segurança durante o processo de devolução das
provas ao secretariado de exames.
Proceder à avaliação o serviço de provas preparado e desenvolvido pela
unidade orgânica, de modo a evitar a ocorrência futura de desvios
relativamente às instruções para a realização das provas do ensino básico e
assegurar ou reforçar o rigor e qualidade que aquele serviço dever possuir
para garantir equidade a todos os alunos que realizam as provas finais do
ensino básico.
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
25
5.3 Desvios no Serviço de Exames
Esta atividade de controlo foi desenvolvida na 1.ª e 2.ª fases, tendo como
objetivo observar e avaliar o processo organizativo e operativo dos diferentes
intervenientes no serviço de exames, verificando-se o cumprimento das
instruções/orientações emanadas pelo Júri Nacional de Exames, pelo Gabinete
de Avaliação Educacional e pela Direção Regional da Educação e Formação.
Na 1.ª fase foram realizadas 15 intervenções e na 2.ª fase foram realizadas 7
intervenções.
Os resultados da Ficha de Registo de Informação do Serviço de Exames,
preenchidas nas unidades orgânicas pelos inspetores, apresentam-se no
quadro subsequente por itens de observação, através dos quais se pretendeu
avaliar a execução do serviço de exames, relativamente ao desenvolvimento
das:
Medidas organizativas da competência do Órgão Executivo;
Atividades da competência do Secretariado de Exames;
Atividades da competência dos Professores Vigilantes;
Atividades da competência dos Assistentes Operacionais.
Regista-se ainda o número de desvios observados nas unidades orgânicas
intervencionadas relativamente a cada um dos itens suprarreferidos. Os
desvios respeitam a situações de incumprimento relativamente ao definido na
NORMA 02/ES/2010 e das instruções/orientações emanadas pelo Júri Nacional
de Exames, pelo Gabinete de Avaliação Educacional e pela Direção Regional
da Educação e Formação.
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Quadro 6
ITENS DE OBSERVAÇÃO N.º DE
DESVIOS
1. Medidas organizativas da competência do Órgão de Direção
1.1 Divulgação por escrito da NORMA 02/JNE/2012 junto do Secretariado de Exames 0
1.2 Divulgação por escrito da NORMA 02/JNE/2012 junto dos Diretores de Turma 2
1.3 Divulgação por escrito da NORMA 02/JNE/2012 junto dos Professores Vigilantes 0
1.4 Afixação de resumo da NORMA 02/JNE/2012, em lugar bem visível e com razoável antecedência, 4
para conhecimento dos alunos (pontos 4, 5.6, 8, 9, 10, 12, 13, 19, 20, 21, 22, 24.2, 29, 30, e todo o
capítulo III)
1.5 Afixação da informação relativa aos exames: modelos JNE nºs 08, 09, 09-A, 10, 10-A, 12, 13, 13-A 3
1.6 Afixação com antecedência das Informações Exame para conhecimento dos alunos 3
1.7 Afixação das pautas de chamada, rubricadas com, pelo menos, 24 (1.º dia) ou 48 horas 1
(restantes dias) de antecedência relativamente ao início dos exames
1.8 Afixação do ofício circular S-DGIDC/2011/13, de 20 de dezembro – utilização de máquinas de 2
calcular
1.9 Nomeação do Secretariado de Exames com audição prévia do Conselho Pedagógico 1
1.10 Designação do Coordenador do Secretariado de Exames e seu substituto 0
1.11 Nomeação e convocação dos Professores Coadjuvantes por cada disciplina 0
1.12 Designação dos Professores Vigilantes e Vigilantes Substitutos 0
1.13 Designação do docente responsável pelo programa informático ENES e do docente seu 0
substituto
1.14 Nomeações/designações do serviço de exames formalizadas por escrito 0
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1.15 Observação das disposições previstas no CPA (art.º 44.º e ss), relativas aos casos de 0
impedimento sobre familiares próximos com vista a garantir o princípio da imparcialidade
1.16 Reunião com os Professores Vigilantes e Coadjuvantes para aferição de procedimentos 0
1.17 Reunião com os assistentes técnicos dos serviços de administração escolar sobre as 1
informações a prestar aos alunos
1.18 Definição de critérios de distribuição de alunos pelas salas 0
1.19 Credenciação de professores para a receção e conferência dos sacos dos enunciados das 0
provas
1.20 Criação de condições para cumprimento do dever de sigilo por parte dos Professores 1
Coadjuvantes durante a realização dos exames
1.21 Criação de condições para a realização de exames dos alunos com NEE 0
1.22 Criação de condições de sigilo/segurança no estabelecimento de ensino relativas aos sacos 0
com os enunciados das provas
1.23 Criação de condições de sigilo/segurança no estabelecimento de ensino relativas às provas 0
realizadas, talões e números convencionais atribuídos
1.24 Supervisão sobre o regular cumprimento dos procedimentos de todos os intervenientes 0
2. Atividades da competência do Secretariado de Exames
2.1 Distribuição aos Professores Vigilantes da documentação e do material necessários para a 0
realização do exame
2.2 Cumprimento das normas em situação de ausência de documentos de identificação dos alunos 0
2.3 Entrega dos sacos dos enunciados aos Professores Vigilantes nas salas de exame, e confirmação 0
com estes, do cumprimento dos pontos 14.2 e 14.3 da NORMA 02/JNE/2012
2.4 Definição dos procedimentos, com os professores coadjuvantes, para a verificação do material 0
a usar pelos alunos
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Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
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2.5 Autorização para o Professor Coadjuvante/Vigilante ler aos alunos esclarecimentos do GAVE e 0
transcrevê-los, na íntegra, no quadro da sala onde se realiza a prova
2.6 Verificação em todas as salas de exame do correto registo no quadro da hora de início e de 0
conclusão da prova
2.7 Receção das folhas de resposta, pauta de chamada e enunciados não utilizados, entregues 0
pelos vigilantes
2.8 Controlo, pelo Coordenador, do funcionamento do Secretariado de Exames 0
3. Atividades da competência do Professor Coadjuvante
3.1 Verificação e controlo, sempre que possível, antes do início da prova, do material específico 0
a usar pelos alunos durante a realização da prova
3.2 Transmissão e transcrição no quadro, na integra, de esclarecimentos aos alunos sobre o 0
conteúdo das provas, desde que autorizado pelo JNE
3.3 Informação aos alunos sobre gralhas tipográficas ou erros evidentes, mediante autorização do 0
Secretariado de Exames
3.4 Solicitação de pedidos de esclarecimento ao GAVE e ao JNE 0
4. Atividades da competência dos Professores Vigilantes
4.1 Chamada e distribuição dos alunos por ordem da pauta de chamada, 15 minutos antes da hora 0
marcada para o início da prova
4.2 Manutenção de lugar vago em caso de falta de aluno 0
4.3 Distribuição de um aluno por carteira, acautelando-se a conveniente distancia entre eles 0
4.4 Não utilização de sistemas de comunicação móvel, nas salas, por professores vigilantes 0
4.5 Verificação da inexistência junto dos alunos de suportes escritos não autorizados e de 0
quaisquer sistemas de comunicação móveis
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
29
4.6 Colocação de objetos não estritamente necessários para a realização da prova junto à 0
secretária dos professores vigilantes, incluindo equipamentos de comunicação desligados
4.7 Registo no quadro da hora de início, de conclusão da prova e período de tolerância 0
4.8 Informação sobre o preenchimento dos cabeçalhos e demais instruções, procedimentos e 4
advertências
4.9 Verificação da identidade dos alunos face ao seu documento de identificação 0
4.10 Confirmação, antes da abertura dos sacos dos enunciados, da correspondência do código 0
com o código registado na pauta, bem como da correspondência das fases indicadas
4.11 Distribuição dos enunciados de acordo com a NORMA 02/JNE/2012 0
4.12 Leitura imediata aos alunos e transcrição no quadro, na íntegra, de esclarecimentos ou erratas 0
existentes nos envelopes contendo os enunciados
4.13 Verificação, após distribuição dos enunciados, do n.º de exemplares existentes face ao n.º 0
registado no exterior do saco
4.14 Papel de rascunho devidamente carimbado, datado e rubricado por um dos professores 4
vigilantes e entregue após distribuição dos enunciados
4.15 Verificação, durante a realização da prova, do correto preenchimento do cabeçalho da prova 1
4.16 Permanência dos alunos na sala de exame até ao fim do tempo regulamentar da prova 0
4.17 Vigilância dos alunos durante a realização da prova em condições de normalidade e qualidade 0
4.18 Aplicação da prova a alunos com NEE com observação dos procedimentos adequados 0
4. 19 Identificação de irregularidades ou fraudes pelos professores vigilantes 0
4.20 Recolha das folhas de resposta de acordo com a NORMA 02/JNE/2012 2
4.21 Entrega das folhas de resposta, da pauta de chamada e dos enunciados não utilizados ao 0
Secretariado de Exames
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5. Atividades da competência dos Assistentes Técnicos/Operacionais
5.1 Exercício de efetiva vigilância nas zonas envolventes das salas de exame 0
Nas unidades orgânicas intervencionadas, no âmbito da realização dos
Exames Nacionais, registou-se um total de 29 desvios.
Ao nível das «medidas organizativas da competência do órgão de direção»
registaram-se, no total, 18 desvios, relacionados com os diferentes itens;
registou-se maior incidência de desvios nos seguintes itens: 1.4 Afixação de
resumo da NORMA 02/JNE/2012, em lugar bem visível e com razoável
antecedência, para conhecimento dos alunos (pontos 4, 5.6, 8, 9, 10, 12, 13,
19, 20, 21, 22, 24.2, 29, 30, e todo o capítulo III (4 desvios); 1.5 Afixação da
informação relativa aos exames: modelos JNE n.ºs 08, 09, 09-A, 10, 10-A, 12,
13, 13-A (3 desvios); 1.6 Afixação com antecedência das Informações Exame
para conhecimento dos alunos (3 desvios).
Relativamente às «atividades da competência do secretariado de exames» e
às «atividades da competência do professor coadjuvante», não se registaram
desvios.
Ao nível das «atividades da competência dos professores vigilantes»
registaram-se, no total, 11 desvios, relacionados com os diferentes itens;
registou-se maior incidência de desvios nos seguintes itens: 4.8 Informação
sobre o preenchimento dos cabeçalhos e demais instruções, procedimentos e
advertências (4 desvios); 4.14 Papel de rascunho devidamente carimbado,
datado e rubricado por um dos professores vigilantes e entregue após
distribuição dos enunciados (4 desvios);
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
31
Em relação à área de controlo «atividades da competência dos assistentes
técnicos/assistentes operacionais» não se registaram quaisquer desvios.
5.4 Observações e recomendações
As Fichas de Registo de Informação do Serviço de Exames incluíram um
espaço para observações e recomendações, no qual os inspetores/equipas
inspetivas registaram situações de desvio ou aspetos considerados relevantes
para a qualidade do serviço desenvolvido pelas unidades orgânicas.
5.4.1 Observações
O quadro 7 apresenta, em síntese, as observações efetuadas pelos
inspetores/equipas inspetivas, registadas nas Fichas de Informação do Serviço
de Exames.
Quadro 7
A professora coadjuvante do exame de Literatura Portuguesa chegou à
escola às 08:10 horas, 10 minutos após o início da realização da prova.
Alegando falta de espaço nos placards, em virtude da afixação das pautas
de classificação, o órgão de direção não afixou, durante a 2.ª fase dos
exames nacionais, o resumo da Norma 02/JNE/2012.
Alegando falta de espaço nos placards, em virtude da afixação das pautas
de classificação, o órgão de direção não afixou, durante a 2.ª fase dos
exames nacionais, os modelos JNE 08,09, 09-A, 10, 10-A, 12, 13 e 13-A.
Alegando falta de espaço nos placards, em virtude da afixação das pautas
de classificação, o órgão de direção não afixou, durante a 2.ª fase dos
exames nacionais, as informações exame para conhecimento dos alunos.
As pautas de chamada foram afixadas no próprio dia, alegando o
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
32
secretariado ser uma forma encontrada para focar melhor a atenção dos
alunos relativamente aos exames em realização.
Alegando falta de espaço nos placards, em virtude da afixação das pautas
de classificação, o órgão de direção não afixou, durante a 2.ª fase dos
exames nacionais, o ofício-circular S-DGIDC/2011/13, de 20 de dezembro.
O papel de rascunho foi assinado, não pelos vigilantes, mas por um
elemento do secretariado de exames.
Após o termo do tempo regulamentar do exame de física e química A, as
vigilantes autorizaram a saída da sala dos alunos que não quiseram utilizar o
tempo de tolerância, sem procederem à prévia recolha das folhas de
resposta.
Numa sala, não foram efetuadas as advertências previstas nos seguintes
números da NORMA 02/JNE/2012: 19; 21; 22; 24.2.
O órgão de direção nomeou, por escrito, o secretariado de exames sem
audição prévia do conselho pedagógico.
Em duas salas, as folhas de rascunho foram distribuídas sem estarem
datadas e rubricadas.
Numa sala, as folhas de rascunho não foram imediatamente entregues
aos examinandos no início da realização do exame e só posteriormente
foram retirados objetos não estritamente necessários - porta documentos -,
que permaneciam sobre algumas mesas dos examinandos.
Não foi prestada informação aos alunos sobre o preenchimento dos
cabeçalhos.
Numa sala, as folhas de rascunho não estavam datadas.
Na receção das folhas de prova entregues pelos vigilantes, no
secretariado de exames, foi identificada uma prova com o nome do aluno
rasurado, assim como uma outra prova em que as versões não se
encontravam assinaladas em todas as folhas da prova.
Na receção das folhas de prova entregues pelos vigilantes, no
secretariado de exames, quando foi comparada a logística da distribuição
dos enunciados das provas, anexo II provas com versão, foram identificadas
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
33
duas provas correspondentes a duas alunas que, por distração, se sentaram
no lugar uma da outra, resultando divergência entre a ordem da pauta e a
ordem do anexo acima referido; tal ocorrência foi de imediato comunicada à
Coordenadora da Delegação Regional dos Açores do Júri Nacional e de
Exames, tendo sido elaborado relatório circunstanciado.
Não se encontrava afixado o cap. III da NORMA 02/JNE/2012.
A única docente coadjuvante nomeada para o exame encontrava-se
sozinha, em sala contígua à sala do secretariado de exames, tendo, no
entanto, disponível um PC, com ligação à internet, para alegadamente
verificar a existência de eventuais informações do GAVE/JNE relativamente
ao enunciado do exame, havendo a possibilidade de não estarem, com
aquela situação, plenamente asseguradas as condições para o cumprimento
do dever de sigilo por parte da professora coadjuvante.
Numa sala não foram efetuadas as advertências previstas nos seguintes
números da NORMA 02/JNE/2012: 13.1, alíneas b), c), d), f), i); 19; 21; 22;
24.2.
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
Ano Letivo de 2011/2012 – Relatório Final
34
5.4.2 Recomendações
O quadro 8 apresenta, em síntese, as recomendações efetuadas pelos
inspetores/equipas inspetivas, registadas nas Fichas de Informação do Serviço
de Provas, e dirigidas às unidades orgânicas intervencionadas.
Quadro 8
Ouvir o conselho pedagógico para nomeação do secretariado de exames.
Reforçar junto dos docentes adstritos ao serviço de exames, a informação
sobre as suas competências de forma a garantir o seu integral cumprimento,
tendo em vista a normalidade e a qualidade do serviço de exames.
Nomear, na medida da disponibilidade de recursos humanos, mais que um
professor coadjuvante por exame.
Reforçar o controlo da pontualidade dos docentes convocados para o
serviço de exames;
Credenciar, pelo menos, dois elementos para receção e conferência dos
sacos dos enunciados das provas entregues pelas forças de segurança.
Afixar as informações exame para divulgação junto dos alunos.
Assegurar a permanência dos professores coadjuvantes em espaço
próximo do secretariado de exames, possibilitando a este órgão supervisão
continuada sobre o cumprimento do dever de sigilo por parte daqueles.
Reforçar a informação transmitida aos vigilantes relativamente às suas
competências, particularmente no que se refere às advertências a efetuar
junto dos alunos, exercendo a supervisão necessária para a assegurar o
cumprimento integral dos procedimentos relativos à realização dos exames e a
normalidade a qualidade do serviço de vigilância dos exames.
Afixar resumo da Norma 02/JNE/2012.
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
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6 Conclusões
A atividade inspetiva de controlo Provas e Exames do Ensino Básico e do
Ensino Secundário decorreu em conformidade com os objetivos pré-
determinados no respetivo Roteiro que suportou a sua realização, salientando-
se a total colaboração das diferentes unidades orgânicas intervencionadas.
A atividade foi preparada e desenvolvida respeitando as orientações
metodológicas do Roteiro, envolvendo, nas diferentes fases da sua
concretização, a totalidade dos recursos humanos do corpo inspetivo da IRE,
sem que se tenha verificado a ocorrência de quaisquer constrangimentos que
pudessem ter condicionado a sua execução ordinária.
Considerando o desempenho das diferentes unidades orgânicas no âmbito do
serviço de exames nacionais, por comparação com anos anteriores, conclui-se
que tem vindo a aumentar significativamente a qualidade da preparação e
execução do serviço de exames, o que se traduziu num baixo número de
desvios registados na Ficha Síntese do Serviço de Exames; os desvios
registados situam-se essencialmente ao nível da afixação da informação
relacionada com os exames (devendo salientar-se que diversas unidades
orgânicas privilegiam atualmente a divulgação da informação junto das partes
interessadas através das suas páginas institucionais na internet e através de
correio eletrónico), ao nível das informações transmitidas aos alunos pelos
professores vigilantes relativamente ao preenchimento de cabeçalhos das
folhas de resposta e ao nível dos procedimentos relacionados com a
distribuição do papel de rascunho.
No caso das provas dos 2.º e 3.º ciclos, verificaram-se significativas
fragilidades na organização e no processo de execução do serviço de provas
desenvolvido pelas unidades orgânicas que realizaram pela primeira vez a
avaliação externa – provas de final de ciclo – de âmbito nacional; assim,
eventualmente em consequência de se encontrarem as unidades orgânicas
Provas e Exames do Ensino Básico e do Ensino Secundário
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menos rotinadas com os procedimentos previstos para a operacionalização da
avaliação externa, registou-se um assinalável número de desvios ao nível das
diferentes áreas de controlo, salientando-se os desvios ao nível da medidas
organizativas da competência do órgão de direção, particularmente no que
concerne a procedimentos relacionados com nomeações/designações para o
serviço de provas e a divulgação de informação relacionada com as provas; ao
nível dos desvios registados relativamente a atividades da competência dos
professores vigilantes, destacam-se os desvios relacionados com a distribuição
do papel de rascunho e com a recolha das folhas de resposta.
A ação dos inspetores/equipas inspetivas, no âmbito da realização da
atividade, possibilitou pontualmente a superação de desvios ou de outras
ocorrências registadas em observações e/ou evitou a sua continuidade,
respeitando as competências próprias dos órgãos, contribuindo para a melhoria
da qualidade do desempenho das unidades orgânicas no serviço de provas e
exames nacionais e para maior responsabilização dos intervenientes no
processo. As desconformidades observadas pelos inspetores/equipas
inspetivas foram, imediatamente a seguir à intervenção em cada unidade
orgânica, comunicadas ao Inspetor Regional de Educação e à DREF.