relatorio factual carga em placa.pdf
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NOTA TÉCNICA
ENSAIOS DE CARGA EM PLACA
LUANDA
Junho de 2013
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NOTA TÉCNICA
ENSAIO DE CARGA EM PLACA
LUANDA
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Empresa
ÍNDICE
1. Introdução ....................................................................................................................... 3
2. Materiais litológicos ensaiados ....................................................................................... 3
3. Metodologia dos ensaios de carga em placa (LCPC CT-2 04/1969) .............................. 3
4. Resultados obtidos ......................................................................................................... 5
ANEXOS:
ANEXO I – Boletins Ensaios Carga em Placa
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Empresa
1. Introdução
A empresa XX, foi solicitada pela empresaYY, para a realização de ensaios de avaliação de
deformabilidade dos solos, pelo método de ensaio "Carga com Placa", nos terrenos
pertencentes à obra.
Os trabalhos de campo decorreram durante o dia 21 de Junho de 2013, e consistiram na
execução de 2 ensaios de carga com placa, distribuídos pelos locais identificados em cada
boletim de ensaio (Anexo I).
2. Materiais litológicos ensaiados
Os materiais ensaiados constam, essencialmente, de solos arenosos finos (1º ensaio) e
solos areno-argilosos (2º ensaio). A presente classificação foi elaborada a partir a análise
táctil e visual dos materiais, por parte dos técnicos que realizaram os ensaios.
3. Metodologia dos ensaios de carga em placa (LCPC CT-2 04/1969)
O ensaio de carga em placa, segundo o normativo LCPC (CT-2 04/1969), adoptado para os
ensaios executados, consiste em medir o deslocamento vertical do ponto da área do solo,
aprumado com o centro de gravidade de uma placa rígida (de dimensões e rigidez
conhecidas) distribuidora de pressões quando tencionada. Este deslocamento é conhecido
por Deflexão (W).
Este ensaio destina-se a medir a deformabilidade das plataformas de terraplanagem, leitos e
bases de pavimentos, constituídos por materiais em que a dimensão nominal das partículas
grossas não ultrapasse 200 mm.
Como elemento de reação, recorre-se com frequência à utilização de um camião lastrado,
por forma a que seja possível induzir sobre a placa forças na ordem dos 7000 Kg a 8000 Kg,
utilizando para o efeito um cilindro hidráulico de 200 KN, acionado por uma bomba hidráulica
com manómetro de pressão acoplado.
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Empresa
Os deslocamentos são medidos através da instalação de três defletómetros, colocados em
torno do centro de gravidade da placa, perfazendo um angulo de 120º entre eles, apoiados
na placa rígida de ensaio.
Para a execução deste ensaio é necessário exercer na plataforma uma pré-carga, visando
uma pré-consolidação induzindo no solo uma tensão na ordem de 0,24 MPa, durante 30
segundos a 1 minuto, obtendo assim um ajuste da placa à plataforma a ensaiar. Após a
operação atrás descrita, alivia-se a carga, e dá-se início ao tensionamento do solo em dois
ciclos de carga/descarga, em escalões de carregamento progressivos, onde se mede a
evolução dos deslocamentos, para assim obter a deformabilidade (EV1), para o 1º ciclo de
carga, e (Ev2) para o 2º ciclo respetivamente, sendo a tensão induzida para o 1º e 2º ciclo
de 2,50 e 2,00 Kgf/cm2.
Para os terrenos da obra em causa, encontrou-se instituída a realização destes ensaios com
tensões do terreno iguais ou superiores a 0,24MPa. Nos presentes ensaios as tensões
utilizadas foram de 0,24MPa e 0,19MPa, para o primeiro e segundo ciclos de carga,
respetivamente.
A razão do módulo (K), dará igualmente indicações sobre o estado de compactação da
plataforma ensaiada. Segundo a bibliografia da especialidade a razão Ev2/Ev1 (k), para solos
não coesivos pode-nos indicar o grau relativo de compactação do solo (tabela 1).
Tabela 1 - Controlo de compactação relativa através de ensaios de carga em placa (Geotechnical Engineerign Handbook - Volume 3)
Grau de compactação relativo Razão Ev2/Ev1 (k)
>103% < 2.2
>100% < 2.3
>98% < 2.5
>97% < 2.6
É ainda apresentado no boletim de ensaio a determinação do módulo de reacção Ks, de
acordo com a placa utilizada. Para a determinação do Módulo de reacção a utilizar na
situação real em obra sugere-se a utilização da seguinte fórmula (Terzaghi):
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Onde:
Ks – Módulo de reação para a sapata/laje em tamanho real
Kp – módulo de reacção calculado através do ensaio carga em placa,
B – diâmetro da laje (se for circular) ou menor comprimento lateral (se for rectangular)
Bp – diâmetro da placa de ensaio
4. Resultados obtidos
Apresenta-se, seguidamente, o quadro resumo relativo aos resultados obtidos nos ensaios
realizados, conforme descrito em cada boletim de ensaio (Anexo I).
Referência do ensaio e localização:
Parâmetros obtidos:
Ev1 (MPa) Ev2 (MPa) Ks (MPa/m) K
Ensaio 1 – LV319/13 – Parque dos Tanques 36.2 69.0 143.0 1.91
Ensaio 2 – LV320/13 – Parque dos Tanques 204.9 204.0 422.0 1.00
Pela análise dos resultados obtidos, desconhecendo-se neste ponto qualquer pormenor
estrutural das fundações e cargas a induzir ao terreno, tecem-se as seguintes
considerações:
- Pela observação do valor K (relação Ev2/Ev1) é possível perceber que os solos não se
tratam de solos exclusivamente não coesivos. Dado o facto de o valor K ser inferior a 2,
pode-se concluir que principalmente no local do ensaio 2, o solo tem maior quantidade de
finos (material siltoso e ou argiloso).
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- Existe uma diferença clara entre a previsão de assentamentos para os dois locais onde os
ensaios foram executados, sendo o local onde decorreu o ensaio 1, o mais susceptivel a
sofrer maiores assentamentos. Desta, forma utilizando a fórmula descrita em (1),
apresentam-se os valores de assentamentos expectáveis, considerando o meio estritamente
elástico, para uma fundação rígida circular de 1.00m de diâmetro, com uma carga constante
de 500KN, utilizando os valores determinados para o Módulo de Deformabilidade Ev1:
(1)
Perante as condições descritas preconiza-se assentamentos na ordem de SS = 0.014m,
para o local do ensaio 1, SS = 0.002m, para o local do ensaio 2.
- Ressalva-se o facto que devido ao terreno no local do ensaio 2 ser predominantemente
siltoso e/ou argiloso, os assentamentos lentos (por consolidação hidrodinâmica) devem ser
tidos em conta, caso os responsáveis do projecto assim o considerem
Luanda, 25 de Junho de 2013
Onde:
q – Carga estática
B – Diâmetro da Sapata circular
Es – Módulo de deformabilidade
ν - Coeficiente de Poisson
Iw – Índice de Forma
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ANEXO I - BOLETINS ENSAIOS CARGA COM PLACA