relatÓrio de responsabilidade social 2014 | 2015 · medicina diagnóstica ... atividades do ano...

B C

Hospital do Coração – Associação do Sanatório SírioRua Desembargador Eliseu Guilherme, 147 Paraíso – São Paulo – SP – CEP 04004-030Telefones – Geral: 11_3053-6611 – Central de Agendamento: 11_3889-3939Pronto-Socorro: 11_3889-9944 www.hcor.com.br

RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL2014 | 2015

SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO PERFIL DA INSTITUIÇÃO Linha do Tempo Diretoria da Associação do Sanatório Sírio Governança Corporativa, Corpo Executivo do HCor Missão, Visão, Valores O Complexo HCor Cuidados com o Paciente

ESTRATÉGIA

SERVIÇOS DE SAÚDE Áreas Médicas de Abrangência do HCor Cardiologia e Cardiopediatria Ortopedia Pneumologia Oncologia Neurologia Medicina Diagnóstica Clinic Check-Up Clínica Integrada de Medicina do Esporte e do Exercício Atendimento Ambulatorial Demais Especialidades Pioneirismo Válvula Pulmonar Qualidade e Segurança do Paciente Exposições da Qualidade Acreditações, Certificações e Premiações

GERAÇÃO E DIFUSÃO DE CONHECIMENTO Instituto de Pesquisa HCor Instituto de Educação HCor Laboratório de Inovação em Planejamento, Gestão, Avaliação e Regulação de Políticas, Sistemas, Redes e Serviços de Saúde – LIGRESS HCor Cardiopediatria HCor

3

EQUIPE HCor Captação e Retenção de Talentos Programa Recrutamento interno (PRI) Programa de Enfermeiro Trainees Programa de Profissionalizantes Estagiários Engajamento e Retenção Programa de Benefícios Programas de Saúde e Bem-Estar Programa de Atividades Culturais, Sociais, Esportivas e de Lazer Canal Aberto com a Superintendência - Sugestões e Reclamações: Gestão do Clima Institucional e Engajamento Desenvolvimento Contínuo Educação Permanente Treinamento Admissional Assistencial Cursos de Emergência E-learning Cursos de Extensão Simulação Realística Treinamento in Loco Prova Anual de Conhecimentos Treinamentos Institucionais Inclusão Social e Diversidade

OLHAR SOCIAL Voluntariado Projetos com o Ministério da Saúde PROADI-SUS – Atividades encerradas no ano 2014 Projetos Financiados com Recursos do BNDES PROADI-SUS – Projetos para o triênio 2015/2017 - Atividades do ano 2015

SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE Segurança do Paciente Criação do Serviço de Informação de Medicamentos (SIM) Ações para Cessação do Tabagismo Implementação da Ferramenta INTERMED Melhoria na Conduta de Reabilitação no Ambulatório de Fisioterapia e Medicina Esportiva Ações de Sustentabilidade Redução do Consumo de Energia Elétrica Redução do Consumo de Água Redução de Custos Resíduos Recicláveis Redução na Emissão de Gás Carbônico

Em seus 98 anos de existência, a Associação do Sanatório Sírio construiu uma his-

tória que orgulha a sociedade de saúde. Grandes conquistas aconteceram neste perío-

do e trabalhar para a continuidade da proposta original da filantropia, em um âmbito

mais ampliado, fortalece o sentimento de gratificação da nossa mantenedora.

Está no DNA do HCor a responsabilidade com a saúde pública brasileira, o que

me afeta particularmente na reflexão sobre o nosso papel, que está além do exercí-

cio da filantropia em si. A ideia principal é cumprir nossa missão social, multiplican-

do a abrangência do nosso trabalho para a população brasileira.

Nesse sentido, podemos apontar os resultados obtidos com a implantação do te-

le-eletro em 330 cidades. Esse sistema, que permite um diagnóstico em tempo real

e reduziu em 9% as mortes por infarto agudo, será ampliado neste triênio para uso

de protocolos clínicos voltados para unidades hospitalares.

Da mesma forma, o que existe de mais evoluído em termos de cirurgia cardíaca

está nas bases históricas do HCor. Na década de 1970, os procedimentos ainda es-

tavam se desenvolvendo. Crianças portadoras de graves problemas congênitos mor-

riam ao nascer. Com o avanço tecnológico, instrumentos especiais foram projetados

pelo doutor Adib Jatene e foram um legado à cardiologia pediátrica.

Outro marco é a unidade fetal, onde fazemos o diagnóstico de patologia congêni-

ta na gestante, qual passa a ser tratada em nosso serviço. Somos, com isso, o centro

de referência brasileira nas patologias mais complexas do coração. A Responsabi-

lidade Social do HCor é composta pelo voluntariado e parcerias com o Ministério

da Saúde, secretarias estaduais de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde de São

Paulo. Assim, dentro da parceria com o Ministério da Saúde estão os projetos do

Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde

(PROADI–SUS), cujo objetivo é o fortalecimento do SUS junto a hospitais filantrópi-

cos de qualidade reconhecida.

No último triênio, o HCor cooperou com 27 projetos voltados para o SUS, envolvi-

dos com a Assistência Ambulatorial e Hospitalar a Pacientes do SUS; com Estudos de

Avaliação e Incorporação de Tecnologias; Capacitação de Recursos Humanos; Pes-

quisas de Interesse Público em Saúde; Desenvolvimento de Técnicas e Operação de

Gestão em Serviços de Saúde, sendo a maioria de abrangência nacional.

Somos privilegiados por contar com uma equipe de profissionais qualificada e

que tem o cuidado como base da missão, visão e valores da instituição, promovendo,

com excelência, a recuperação da saúde dos pacientes. Isso demonstra um com-

prometimento com o cuidado de todos. A sustentação das boas práticas médicas

assistenciais é mantida por um conjunto harmônico de atividades de apoio adminis-

trativo e de política de gestão de pessoas indutora do desenvolvimento e do enga-

jamento contínuo do público interno, por meio de inúmeras ações que garantem o

comprometimento dos recursos humanos. O ambiente, a infraestrutura, o clima de

trabalho e o bem-estar das pessoas garantem nossa excelência nos serviços.

Dra. Bernardete WeberSuperintendente de Qualidade e Responsabilidade Social

APRESENTAÇÃO

4

LINHA DO TEMPOPERFIL DA INSTITUIÇÃO

1952– Formalização da Associação

do Sanatório Sírio.

1976– Inauguração da primeira

unidade e início das atividades do Hospital do Coração;

originalmente, seria um centro de atendimento para

doenças torácicas, mas, com a tuberculose sob controle, e por

sugestão do Dr. Adib Jatene, voltou-se à cardiologia.

– Realização da 1ª Cirurgia de Jatene, desenvolvida pelo

Dr. Adib Jatene para correção da transposição completa das

grandes artérias. Até hoje é realizada em diversos países.

1981– Formalização do voluntariado

do HCor.

1989 – Início das atividades do HCor

Diagnósticos como unidade consolidada, embora já

houvesse medicina diagnóstica desde a inauguração.

1996– Ampliação estrutural do

HCor, com inauguração do edifício que abriga

unidades de internação, UTI e Hemodinâmica.

– Criação do setor de Ortopedia no HCor, centralizando numa

unidade o atendimento ortopédico já existente.

2004– O HCor recebe pela primeira

vez o JCI – Quality Approval e Acreditação CBS/JCI pelo

padrão de excelência no atendimento médico. Trata-se

de uma das mais importantes e respeitadas certificações

internacionais de qualidade hospitalar.

2007– Incorporação do edifício

da rua Abílio Soares, onde se instalam o centro

administrativo, consultórios e o Instituto de Pesquisa.

– Criação do Instituto de Pesquisas do HCor, com

objetivo de centralizar atividades de caráter

investigativo relacionadas à pesquisa científica.

2008– O HCor é escolhido pelo

Ministério da Saúde como um dos seis hospitais de excelência

para estabelecimento de parceria com o PROADI/SUS, o

que deu início a uma série de projetos de apoio ao ensino,

à pesquisa e assistência ao Sistema Único de Saúde (SUS).

1918– Origem da Associação do

Sanatório Sírio, mantenedora do HCor: um grupo de senhoras

da comunidade árabe se organiza para ajudar órfãos da

Primeira Guerra Mundial.

1947– Inauguração do Sanatório

Sírio em Campos do Jordão, construído por iniciativa das

senhoras da comunidade árabe para atender vítimas da

tuberculose, uma das doenças mais graves que afetavam a

população.

6

2009– O Programa de Cardiologia

Fetal tem início e é realizado em parceria com o PROADI/SUS.

– Consolidação do padrão de excelência do HCor, com a con-

quista do 2º ciclo de Acreditação Joint Commission International.

– Inauguração da unidade Ber-nardino de Campos, com novas

áreas de exame e Instituto do Joelho.

2010– A Unidade Fetal do HCor co-

meça a funcionar, atendendo crianças cardiopatas desde a

vida intrauterina.

2011– Inauguração da UTI pediátri-

ca para tratamento de crianças com cardiopatias congênitas

– HCor recebe Certificação Dia-mante em Fixação Segura As-

sociada a Dispositivos Venosos.

2012– Inauguração da unidade de

diagnósticos na avenida Cidade Jardim.

– Início das atividades do HCor Neuro e HCor Onco centralizan-

do as atividades das duas espe-cialidades médicas já atendidas

no HCor.– Certificação pelo JCI dos Pro-

gramas de Cuidados Clínicos de Insuficiência Cardíaca (IC) e In-

farto Agudo do Miocárdio (IAM).– Recertificação Diamante em

Fixação Segura Associada a Dispositivos Venosos.

– Certificação Ouro no Progra-ma de Prevenção de Lesões de

Pele.

2013– Abertura do HCor Onco, uma

clínica especializada no diag-nóstico precoce de tumores,

oferecendo atendimento am-bulatorial e radioterapia com

equipamentos de ponta.– Conquista do 3º ciclo de Acre-

ditação Joint Commission Inter-national.

2014– Inauguração do Edifício Adib

Jatene, projetado conforme padrões de sustentabilidade

ambiental e equipado com consultórios, leitos para inter-

nação, salas híbridas (cardíaca e neurológica), e Gamma Knife,

equipamento de última gera-ção para realização precisa de

radiocirurgia e radioterapia.– Recertificação Diamante em

Fixação Segura Associado a Dispositivos Venosos.

– Certificação Diamante no Pro-grama de Prevenção de Lesões

de Pele.

2015– Aumento no número de equi-

pes da cardiologia atuando de forma integrada e ampliação

da área de transplantes cardí-acos.

– Recertificação pelo JCI dos Programas de Cuidados Clíni-

cos de Insuficiência Cardíaca (IC) e Infarto Agudo do Miocár-

dio (IAM).– O laboratório do HCor Diag-

nóstico é certificado pelo Pro-grama de Acreditação de La-

boratórios Clínicos (PALC) da Sociedade Brasileira de Patolo-

gia Clínica.

7

8

PERFIL DA INSTITUIÇÃO

A Associação do Sanatório Sírio é uma sociedade civil sem fins lucrativos e possui o

Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS), nos termos da Lei

12101/2009, além de ser declarada como entidade de utilidade pública nas esferas

municipal, estadual e federal. Tem sede na cidade de São Paulo, SP, onde também

mantém seu complexo hospitalar, conhecido como HCor – Hospital do Coração.

O complexo hospitalar do HCor é composto por seis prédios, que totalizam uma

área construída de 64.100 m2 no bairro do Paraíso, além de uma Unidade Avançada

de Diagnóstico no bairro Jardim Paulistano.

O HCor atua na saúde suplementar e no Programa de Apoio ao Desenvolvimento

Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), oferecendo serviços de diag-

nóstico e hospitalar, em todas as especialidades médicas. Considerado um dos seis

hospitais de excelência no Brasil, participa do PROADI-SUS aplicando o valor corres-

pondente às contribuições sociais em projetos de interesse do Ministério da Saúde,

tendo como contrapartida a manutenção do Certificado de Entidade Beneficente de

Assistência Social (CEBAS).

ATUAÇÃO DO HCor NA SAÚDE SUPLEMENTAR

INDICADORES

Médicos cadastrados

Funcionários ativos

Leitos operacionais

Leitos de UTI*

Consultas em Pronto-Socorro

Consultas em ambulatório

Internações

Número de cirurgias (exceto partos)

Número de partos

Exames realizados no SADT

* UTI adulta, UTI pediátrica e UCO

2014

1.336

2.291

258

66

41.063

155.353

9.613

6.390

52

2.199.263

2015

1.602

2.414

258

65

44.756

166.317

13.405

6.890

107

2.522.513

9

Diretora-PresidenteThéa Trabulse Namour

Diretora Vice-PresidenteVera Lucia Chaccur Chadad

Diretora Vice-Presidente AdjuntaIvani Jose Kechfi Yunes

Diretora Administrativa -Teresa Cristina Maksoud MouaccadDiretora Administrativa Adjunta - Sonia BondukiDiretora Administrativa Auxiliar - Lais Jabra DaudDiretora Financeira - Vera Lygia Bussab SalibaDiretora Financeira Adjunta - Ana Lucia Daud KairallaDiretora Financeira Auxiliar - Vera Christina Saliba AbdallaDiretora Secretária - Daisy Hussni ChequerDiretora Secretária Adjunta - Sandra Abdalla Tiburcio DiasDiretora Secretária Auxiliar - Leila Maria AbdallaDiretora de Sede - Haydee Jabra SalemDiretora de Sede Adjunta – Elenir SerafimDiretora de Marketing – Celia Cury ChohfiDiretora de Marketing Adjunta - Vania GorabDiretora de Patrimônio - Henriette Dargham TrabulseDiretora Cultural - Odette Tamer AbutaraDiretora para Assuntos Jurídicos – Maria Angela Salem SallumDiretora para Assuntos Jurídicos Adjunta – Claudia Camasmie FerraretoDiretora para Assuntos Jurídicos Auxiliar – Grace Dib SarkisDiretora de Coordenação Interna - Wally Joseph DavidDiretora de Representação Social – Diana Delia Hammoui de Saad

ASSOCIAÇÃO DO SANATÓRIO SÍRIO

Diretora de Eventos e Promoções - Vera Maria Jubram KalacheDiretora de Relações Públicas - Marie Claud Atallah MeheroDiretora Presidente do Corpo de Voluntárias - Marcia Chaccur AnauateDiretora Vice-Presidente do Corpo de Voluntárias - Emira Rafik Freua AntacliDiretora do Corpo de Voluntárias - Leila Mourad TaclaDiretora do Corpo de Voluntárias - Neide Lotaif GorabDiretora do Corpo de Voluntárias - Rita Issa Abdalla

Diretoras Honorárias Orientadoras:Claudete Lattuf KapazHend Luka BondukiLea Schwery AbdallaLur Abdo Sadi SecafMarta Zarzur SaccabNair Chohfi ChaccurSamira Massuh ChaccurSuad MulkyZakie Yazigi Rizkallah

Diretoras Suplentes:Marina Chade Cattini MalufNeide SalemiPatricia Diana Saad Torres MonteiroRegina Leila AcrasSuely Maksoud Moraes Correa Vera Maria Salem Gattaz

DIRETORIA DA

10

A tomada de decisão no HCor se dá em observância aos princípios básicos de

governança corporativa, o que assegura um clima de confiança tanto nas relações

internas como nas externas. Todos os agentes de governança do HCor atuam de

forma ética e zelam pela viabilidade econômico-financeira da instituição, garantindo

sua sustentabilidade.

A Associação do Sanatório Sírio tem como órgão soberano a Assembleia Geral

das Associadas Efetivas, com 100 associadas que elegem a cada dois anos sua Di-

retoria e o Conselho Deliberativo, que apoia a Diretoria nas tomadas de decisão e

aprovação de contas.

A gestão executiva do HCor está a cargo do Superintendente Corporativo (CEO) e

de cinco superintendentes de áreas. O Superintendente Corporativo é indicado pela

Diretoria da Associação e tem o Comitê Estratégico como apoio consultivo na toma-

da de decisões estratégicas. Cabe ao CEO a escolha dos demais superintendentes

que formam o Comitê Executivo, sendo eles profissionais com larga experiência em

suas áreas de atuação.

Todos os componentes do corpo executivo do HCor passam por constantes ca-

pacitações e seguem as diretrizes estabelecidas e orientações do Superintendente

Corporativo.

A atuação de cada colaborador do HCor é balizada por um Código de Conduta,

dentro de conceitos éticos, de transparência e respeito ao próximo. Eventuais vio-

lações ao Código de Conduta são tratadas pelo Comitê de Avaliação, que toma as

devidas ações para cada caso específico.

Os colaboradores do HCor possuem o Canal Aberto com a Superintendência,

meio de comunicação direto com o CEO, através de um e-mail específico, onde po-

dem contribuir com sugestões ou fazer reclamações.

O público externo do HCor conta com o serviço de Ouvidoria, que o auxilia no

encaminhamento de suas reclamações e denúncias, através de um processo total-

mente confidencial no qual todas as questões são averiguadas e respondidas ade-

quadamente.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

“A governança do HCor

atua dentro de princípios

éticos, atenta à viabilidade

econômico-financeira da

instituição.”


11

CORPO EXECUTIVO DO HCor

Superintendente CorporativoAntonio Carlos Kfouri

Superintendente MédicoDr. Carlos Alberto Buchpiguel

Superintendente de OperaçõesJorge André Bacha dos Santos

Superintendente FinanceiroMarcelo Marques Lebre

Superintendente de Qualidade e Responsabilidade SocialDra. Bernardete Weber

Superintendente de Serviços Ambulatoriais e Comercial Dr. Ary Costa Ribeiro

12

MISSÃO, VISÃO, VALORES

Manter e ampliar o nível da instituição e o reconhecimento nacional e internacional, identificando, atraindo e retendo profissionais com potencial técnico, científico e social.

• Ensino e Pesquisa• Ética• Humanização• Pioneirismo tecnológico• Qualidade • Responsabilidade Social e Ambiental• Valorização da vida

MISSÃOPromover com excelência e ética a recuperação da saúde, atuando com pioneirismo em cardiologia, compartilhando recursos tecnológicos e conhecimentos com outras especialidades, associando ensino e pesquisa clínica, valorizando a participação multiprofissional e multidisciplinar na assistência humanizada, visando a prevenção e o bem-estar com qualidade de vida.

VISÃO

VALORES


14

COMPLEXO HCorPERFIL DA INSTITUIÇÃO

O complexo do HCor possui 64.100 m2 de área

construída nas seguintes unidades:

1. Unidade de internação, centro cirúrgico, UTI

adulta e pediátrica e Unidade Coronariana

(UCO)

2. Pronto-socorro, unidade de internação,

hemodinâmica, anfiteatros

3. Centro Diagnóstico

4. Hospital-dia Instituto do Joelho, Centro de

Reabilitação, Setor de arritmia, telemedicina,

gastroenterologia e medicina do sono

5. Consultórios médicos, Instituto de Pesquisa,

Instituto de Educação, áreas administrativas

6. Unidade de internação, Oncologia com

quimioterapia, centro de Neurologia e

Neurocirurgia, salas híbridas, Gamma Knife

7. Unidade Avançada Cidade Jardim, centro de

diagnósticos

8. Radiologia

16

MODELO ASSISTENCIAL: CUIDADO INTEGRADO

O atendimento com foco nas necessidades do paciente e de sua família constitui o

principio da assistência no HCor. Neste contexto, foi adotado o modelo assistencial do

cuidado integrado (CI), com o objetivo de suprir as necessidades biopsicossociais e si-

multaneamente acolher e engajar o paciente na sua individualidade, respeitando seus

hábitos e cultura, em ambiente resolutivo e seguro, e inseri-lo como sujeito ativo de seu

tratamento, sustentado por ações multidisciplinares, promovendo a educação para a

continuidade do cuidado.

Esse modelo de reorganização de serviço requereu uma visão muito mais ampla,

dinâmica e integrada do que aquela própria de cada profissional. No HCor, o enfermei-

ro atua como gestor do cuidado integrado e propicia um ambiente colaborativo entre

os demais profissionais envolvidos – médicos, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeu-

tas, farmacêuticos –, demais enfermeiros, no qual todos têm sua real importância. A

soma dos esforços de cada um mostra um resultado maior do que o que seria aferido

se cada um trabalhasse isoladamente nas necessidades e na atenção à saúde do pa-

ciente e de sua família.

A equipe se reúne diariamente para a “ronda multiprofissional”, que define as metas

de cuidado aos pacientes, e sua ação não se limita a passar informações de um para o

outro, mas na cooperação entre saberes para definir melhores cuidados . Portanto, ba-

seada na avaliação clínica ou em critérios estabelecidos, a equipe busca a singularidade

do cuidado por meio de condutas terapêuticas articuladas na discussão multidisciplinar,

estipulando assim as metas de cuidado.

Por isso, o cuidado integrado:

• Transforma as práticas assistenciais e fortalece o papel da equipe ao permitir a troca

de saberes;

• Propicia a discussão e planejamento da assistência nos diversos níveis de atenção

e complexidade;

• Possibilita uma comunicação mais eficaz entre os profissionais de saúde;

• Assegura cuidados especializados com dor de difícil controle; problemas relaciona-

dos a aceitação de alimentar; medicamentos de alta vigilância; alterações dos distúrbios

cognitivos, neurológico ou emocionais;

• Implementa estratégias para prevenir e reduzir o risco de infecções; risco de queda;

risco de lesão de pele; risco de broncoaspiração, dentre outros;

• Favorece a educação do paciente e família de forma que estes tenham o conheci-

mento e as habilidades necessários para participar dos processos de cuidados e toma-

das de decisão pertinentes.

CUIDADOS COM O PACIENTEPERFIL DA INSTITUIÇÃO

18

A responsabilidade social sob a perspectiva da filantropia é um dos objetivos do

planejamento estratégico. Projetos direcionados à cooperação com o Sistema Úni-

co de Saúde (SUS), em busca de mudança epidemiológica e demográfica no Brasil,

contam com a expertise desenvolvida pelo hospital, com ênfase na cardiologia pe-

diátrica, oncologia e neurologia para pesquisa e educação de profissionais da saúde.

Com qualidade e segurança também ditadas pelo pioneirismo tecnológico do HCor,

a prestação de serviços e do cuidado integrado e centrado no ser humano permite

que a estratégia adotada seja de amplo alcance, tanto para o Sistema Único de Saú-

de quanto para os pacientes privados, todos os demais colaboradores envolvidos, in-

cluindo os profissionais do HCor, os fornecedores, as fontes pagadoras e a entidade

mantenedora, e para toda a sociedade.

Por meio de uma gestão focada em eficiência e resultados clínicos, e somando-se

à excelência dos serviços prestados, objetiva-se a perpetuação da organização, com

investimentos constantes em recursos humanos, tecnológicos e no cuidado assis-

tencial. Tendo também como foco projetos de produção do conhecimento, pesquisa

e educação, o HCor contribui para o desenvolvimento científico e o aperfeiçoamento

dos serviços e sistemas de saúde brasileiro e internacional.

O Comitê Estratégico do HCor auxilia na definição de diretrizes para os anos vin-

douros, com base nas tendências do setor de saúde, olhando não apenas o mercado

brasileiro mas também o mercado internacional. Determina também os planos a

serem executados e os monitora, ajustando-os de acordo com as perspectivas inter-

nas e externas à organização.

Por meio de fóruns específicos, o HCor desenvolve uma rede de governança a fim

de monitorar os resultados operacionais (RAO – Reunião de Análise de Operações)

e assistenciais (RAI – Reunião de Análise de Indicadores Assistenciais), por exemplo,

com a participação de todos os níveis de lideranças, como a Diretoria da Associação

do Sanatório Sírio, Superintendente Corporativo, Superintendentes Executivos e de-

mais níveis gerenciais.

ESTRATÉGIA

“...o HCor se desenvolve a partir de projetos de produção do conhecimento, educação e qualidade envolvendo todos os colaboradores, a fim de proporcionar serviços de excelência que assegurem as melhores práticas assistenciais e de gestão.”

20

A filantropia executada com excelência médica e assistencial está nas origens do

HCor. O Hospital do Coração foi fundado em 1976, sob orientação do Dr. Adib Jatene em

parceria com a Associação do Sanatório Sírio, entidade filantrópica criada por um grupo

de senhoras sírias para acolher órfãos da Primeira Guerra e, posteriormente, tratar das

vítimas da tuberculose. Com este objetivo, elas fizeram construir e inauguraram o Sana-

tório Sírio, em Campos do Jordão, em 1947. A Associação formalizou-se em 1952 e, na

década de 1960, sob orientação do Dr. Jatene, decidiu construir um hospital voltado a

doenças torácicas na cidade de São Paulo. Nesse ínterim, a tuberculose passou a ter tra-

tamento ambulatorial e cura. Dr. Jatene sugeriu então que o novo hospital fosse voltado

à cardiologia, mais especificamente à cardiopediatria.

Decorridos 40 anos de sua inauguração, o HCor é um centro de referência no trata-

mento ambulatorial, intervencionista e/ou cirúrgico de cardiopatias congênitas com-

plexas, como a síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, transposição de grandes

vasos, entre outras. Além de realizar os atendimentos, o HCor compartilha o conheci-

mento com outros médicos e instituições do Sistema Único de Saúde, através de capa-

citação multidisciplinar em projetos do PROADI-SUS, assim ampliando as opções de

tratamento cirúrgico para as regiões Norte e Nordeste do país.

Ao longo dos anos, o HCor manteve o padrão de excelência médica em cardiologia e o

expandiu a outras áreas da medicina.

Hoje, atende a todas as especialidades e conta com centros específicos de neurologia,

oncologia, ortopedia e pneumologia, além da cardiologia e cardiopediatria.

SERVIÇOS DE SAÚDEÁREAS MÉDICAS DE ABRANGÊNCIA DO HCor

Atento à excelência médica desde sua inauguração em 1976, o HCor é hoje centro de referência no tratamento de cardiopatias congênitas complexas e de cardiopatia fetal; e compartilha este conhecimento com instituições e profissionais médicos de diversos pontos do país e no âmbito internacional.

22

CARDIOLOGIA E CARDIOPEDIATRIA

O HCor sempre manteve atendimento de excelência em cardiologia clínica e em ci-

rurgia cardíaca, e desenvolveu e aperfeiçoou técnicas e procedimentos cirúrgicos e inter-

vencionistas adotados internacionalmente, como a Cirurgia de Jatene (correção anatô-

mica do coração com a transposição das grandes artérias) e a cirurgia cardíaca realizada

com o coração batendo. A qualidade evidenciada desde o princípio atraiu excelentes

cardiologistas com larga experiência e atuação universitária consolidada.

Dentro da cardiologia, as subespecialidades atuais englobam cardiopediatria, cardio-

logia fetal e cardiologia cirúrgica; sala híbrida cardiovascular (onde procedimentos inter-

vencionistas podem ser associados aos cirúrgicos, se necessário, com total segurança) ;

ecocardiografia com aparelhos de última geração, inclusive ecocardiogramas tridimen-

sionais, onde se insere o ecocardiograma fetal; terapia intensiva (adultos e crianças);

setor de eletrofisiologia, onde se realizam implantes de marca-passo, implantes de car-

diodesfibriladores e diagnósticos em eletrofisiologia; hemodinâmica; ressonância mag-

nética nuclear; cintilografia; atendimento ambulatorial; e ergometria. Esta excelência é

transferida para o SUS por meio de projetos de capacitações de boas práticas clínicas.

Os Programas de Cuidados Clínicos foram instituídos em 2010, como estratégias para o

HCor evidenciar com resultados de desfechos clínicos as boas práticas em insuficiência

cardíaca, infarto agudo do miocárdio (IMA), artroplastias de articulações e acidente vas-

cular cerebral (AVC).

O atendimento a crianças com cardiopatias é realizado desde o início das atividades

do HCor, mas a partir de 1983 criou-se um serviço específico para cardiopediatria. A As-

sociação do Sanatório Sírio definiu então que a filantropia seria voltada ao atendimento

de crianças cardiopatas. Desde 2009, este atendimento se dá por meio de parcerias com

o PROADI/SUS, disponibilizando tratamento integral para pacientes com cardiopatia

congênita, ampliando ainda mais a cadeia de cuidado com o Serviço de Medicina Fetal,

que oferece:

- Acompanhamento de gestante com feto cardiopata;

- Procedimento fetal intrauterino;

- Atendimento ambulatorial pré e pós-cirúrgico;

- Consultas de rotina;

- Reoperações;

- UTI pediátrica e UTI neonatal de alta complexidade;

- Corpo clínico especializado em atendimento de pacientes cardiopatas e cirurgias

cardíacas complexas.

Além da estrutura física, constituiu-se uma equipe especializada com cardiologistas pe-

diátricos, cirurgiões cardiopediátricos e intensivistas pediátricos, e uma equipe multipro-

fissional, indispensável para tratar crianças com cardiopatias, integrada por enfermeiros,

SERVIÇOS DE SAÚDE

O HCor é referência nacional e internacional em cardiologia, cardiopediatria e cardiologia fetal

23

nutricionistas, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas e assistentes sociais. Há unidade

de internação cardiopediátrica estruturada para este atendimento e UTI pronta para

atender apenas crianças com cardiopatias, desde recém-nascidos a adolescentes de 16

anos. A cardiopediatria do HCor atende casos de cardiopatias congênitas e aquelas ad-

quiridas na infância, como dislipidemia, endocardite e reumatismo.

O HCor realiza cirurgias intra-útero e atende neonatos com cardiopatias congênitas

graves, identificadas durante a gravidez. Neste caso, o parto é realizado no próprio HCor.

Há procedimento híbrido que inclui o atendimento hemodinâmico percutâneo (cate-

terismo) e a cirurgia cardíaca pediátrica, usados para cardiopatias graves, principalmen-

te a síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, em que o atendimento do neonato

precisa ser feito imediatamente após o nascimento.

Por meio de convênio com o PROADI/SUS, o programa de Cardiologia Fetal teve iní-

cio em 2009. São realizados cerca de 60 exames especializados anualmente para a rede

pública e, se algum deles identifica gestante cujo bebê são cardiopatas, esta paciente

entra no fluxo da Cardiologia Fetal e é preparadas para o parto e tratamento do bebê no

HCor. Tais gestantes vindas de diferentes regiões do país também são encaminhadas

pela Central Nacional de Regulação da Alta Complexidade (CNRAC). Desde 2009, mais

de 270 bebês nasceram no HCor, sendo que, em 2015, foram 54 partos realizados, dos

quais 19 para o PROADI/SUS e 35 para convênios/particulares.

ORTOPEDIAO atendimento ortopédico do HCor desenvolveu-se como complementação ao

atendimento de pacientes em atendimento cardiovascular na própria instituição,

principalmente atletas, que possuem variação e preparo cardiorrespiratório impor-

tante e alta solicitação muscular, de tendões, ossos e articulações. A partir daí, foi

implantado o atendimento a todas as áreas da ortopedia, com a criação do HCor

Orto em 1996.

Tornou-se o primeiro centro de referência em ortopedia com especialização em

joelho e medicina esportiva. Além de atender todas as vertentes da ortopedia, tornou-

-se o primeiro centro de referência nessa especialidade com destaque para joelho e

medicina esportiva, e por lá já passaram mais de 200 ortopedistas. É credenciado pela

Sociedade Mundial de Cirurgia do Joelho. É centro de referência em medicina esporti-

va no Brasil e possui expertise e reconhecimento internacional no tratamento do joe-

lho. O HCor é credenciado pela International Society of Arthroscopy, Knee Sugery and

Orthopaedics Sports Medicine (ISAKOS) pela qualidade da artroscopia.

PNEUMOLOGIAA atuação do HCor em pneumologia se desenvolveu a partir do início dos anos

24

1980, associada à cirurgia torácica. Hoje, o HCor Pneumo oferece atendimento

ambulatorial e cirúrgico de excelência médica e possui o Serviço de Reabilitacão

Cardíaca Pulmonar e Metabólica, cujo diferencial é a abordagem envolvendo dire-

tamente não apenas pneumologia e cardiologia como também fisiatria, nutrição,

psicologia, enfermagem, fisioterapia e educação física. O setor participa do Progra-

ma de Cessação do Tabagismo e atendimento clínico e cirúrgico de pacientes com

câncer de pulmão e hipertensão pulmonar.

Desde 2009 está em funcionamento o Centro de Medicina do Sono para diag-

nóstico e tratamento de distúrbios do sono.

ONCOLOGIAO HCor possui centro integrado de atendimento aos pacientes de oncologia,

com equipes multidisciplinares atuando com conceitos e equipamentos mais mo-

dernos na avaliação do risco, no diagnóstico precoce e no tratamento do câncer. O

diferencial do setor de Oncologia do HCor vai além da alta tecnologia: a atenção

psicoemocional ao paciente e a seus familiares, com a permanente humanização

no cuidado, contribui para o engajamento de todos os envolvidos no tratamento.

Várias unidades integradas compõem o HCor Onco:

• Unidade de avaliação multidisciplinar, tratamento sistêmicos e quimioterapia;

• Salas híbridas cirúrgicas;

• Unidade de radioterapia, onde está instalado o Acelerador Linear, que permite

realizar todos os procedimentos da radioterapia, executando o tratamento com

precisão acurada, mesmo em caso de tumores móveis.

• Edifício Dr. Adib jatene, onde está instalado o Gamma Knife, aparelho de últi-

ma geração para realização de radiocirurgias e radioterapia.

O conjunto de equipamentos radioterápicos compõe um investimento na qua-

lidade e na eficiência do tratamento e no atendimento específico, individualiza-

do, contribuindo para a análise precisa de caso e diagnóstico, trazendo condições

ideais para a decisão médica sobre qual o melhor procedimento específico.

Na Unidade de Quimioterapia, bem como na Internação, há equipe multidiscipli-

nar especializada em atendimento e suporte ao paciente e apoio também à família.

NEUROLOGIAO HCor Neuro reúne profissionais nas áreas de neurologia e neurocirugia adul-

ta, pediátrica e fetal, e abrange atendimento ambulatorial, diagnóstico, cirúrgico,

procedimento híbridos, entre outros. Realiza pesquisas clínicas e cirúrgicas, e in-

veste no desenvolvimento de recursos humanos nessas áreas, provendo cursos de

capacitação a equipes do próprio HCor e de outras instituições.

Sua infraestrutura inclui o Gamma Knife, que possibilita tratar tumores cere-

SERVIÇOS DE SAÚDE

25

brais pela técnica da radiocirurgia (realizada com feixe de radiação no lugar do

bisturi) ou em associação com a cirurgia aberta convencional. Na sala híbrida de

neurologia e neurocirurgia, o neurocirurgião realiza cirurgias com apoio de equi-

pamento de alta tecnologia, e dispõe de aparelho de ressonância magnética para

realização de exames de imagem mesmo durante a cirurgia.

MEDICINA DIAGNÓSTICAO setor de diagnóstico atende a todas as especialidades médicas, com equipe

habilitada a aproveitar ao máximo os recursos da tecnologia de ponta e em cons-

tante atualização, assim contribuindo com eficiência na solução de casos.

Um de seus diferenciais reside no fato de ter sido implantado desde a fundação

do HCor, em 1976, crescendo e se desenvolvendo nesses 40 anos. A atuação da

equipe do HCor Diagnósticos objetiva a resolução de cada caso, não se limitando à

emissão de laudos. Quando necessário, as equipes interagem proativamente com

os médicos que solicitam os exames, auxiliando na condução adequada dos casos.

O laboratório do HCor Diagnóstico é certificado pelo Programa de Acreditação

de Laboratórios Clínicos (PALC) da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica.

Clinic Check-Up

O Clinic Check-Up é uma proposta de gerenciamento de saúde oferecida pelo

HCor Diagnóstico, com foco na prevenção e na preservação da saúde a longo pra-

zo. O paciente é submetido a uma série de exames e consultas num período pre-

viamente agendado e tem retorno para avaliação dos resultados com a equipe

médica do HCor. Há a opção de atendimento corporativo, ou seja, realização do

Clinic Check-Up para os funcionários de empresa conveniada com operadora, e

entrega à empresa de avaliação da saúde da equipe como um todo.

Clínica Integrada de Medicina do Esporte e do Exercício

Oferece uma avaliação clínica envolvendo cardiologistas e ortopedistas espe-

cializados em medicina esportiva, fisiologista do esporte e nutricionista da área do

esporte. A avaliação é realizada de forma integrada, com consultas subsequentes,

resultando em orientações e exames complementares individualizados.

ATENDIMENTO AMBULATORIALOs serviços ambulatoriais abrangem todas as atividades que não estão ligadas

à internação: Pronto-Socorro, Diagnóstico, Hospital Dia, Consultórios, Callcenter e

Oncologia ambulatorial (radioterapia, quimioterapia e radiocirurgia com Gamma

Knife).

Por ser o segmento com maior índice de crescimento no HCor, permite olhar a

instituição não apenas como um hospital, mas como um amplo sistema de pontos

de serviços.

26

DEMAIS ESPECIALIDADES MÉDICAS

O corpo clínico credenciado do HCor oferece todas as especialidades médicas

nas unidades de consultórios.

Alergia e imunologia Infectologia

Angiologia Mastologia

Cancerologia Medicina esportiva

Cardiologia pediátrica Medicina física e reabilitação

Cirurgia da cabeça e pescoço Medicina intensiva pediátrica

Cirurgia do trauma Nefrologia

Cirurgia pediátrica Neurocirurgia

Cirurgia torácica Neurologia

Cirurgia odontológica Nutrição parenteral e enteral

Coloproctologia Oftalmologia

Ecocardiografia Otorrinolaringologia

Endocrinologia Patologia clínica/medicina laboratorial

Endoscopia digestiva Pneumologia

Fisioterapia Psiquiatria

Gastroenterologia pediátrica Radiologia intervencionista e angiorradiologia

Geriatria Reprodução humana

Hematologia e hemoterapia Urologia

Hemodinâmica e cardiologia intervencionista

PIONEIRISMO: VÁLVULA PULMONAR

O HCor é pioneiro na técnica de implante de válvula pulmonar por cateterismo.

Desde o primeiro procedimento, feito em 2013, já foram realizadas 30 cirurgias

minimamente invasivas com sucesso. A válvula pulmonar, denominada Melody®

Transcatheter e desenvolvida na Universidade de Michigan, tem o objetivo de aju-

dar os pacientes a prevenirem ou retardarem a necessidade de múltiplas cirurgias

de coração aberto.

Esta tecnologia é aplicada a pacientes que apresentam disfunção do conduto ven-

trículo direito-artéria pulmonares, com insuficiência pulmonar moderada ou grave.

Os resultados têm mostrado a imediata melhora hemodinâmica dos pacientes,

com redução significativa do grau de estenose dentro do conduto e restauração

da competência valvar pulmonar. Os dados clínicos e ecocardiográficos, realiza-

dos um mês após o procedimento, confirmaram a manutenção da competência

valvular em todos os pacientes tratados e ausência de obstruções residuais, e os

próprios pacientes relataram melhora clinica e menor fadiga durante exercícios.

SERVIÇOS DE SAÚDE

27

SALAS HÍBRIDAS

Conceito recente na área médico-hospitalar, as salas híbridas consistem na

união entre centro cirúrgico e sala para procedimentos de intervenção não cirúrgi-

ca, associado a equipamentos de imagem de alta definição. O espaço é desenhado

para que os exames sejam usados antes, durante e depois das intervenções, pro-

porcionando mais segurança e precisão em procedimentos complexos.

O HCor dispõe de duas salas híbridas: uma exclusiva para cardiologia e outra

para procedimentos neurológicos e de outras especialidades médicas, chamada

de Brain Suite.

Os benefícios relacionados à utilização da sala híbrida e da cirurgia minima-

mente invasiva são vários:

- A ergonomia de um ambiente de trabalho amplo facilita a mobilidade entre a

equipe multiprofissional e abriga de maneira adequada todos os equipamentos

necessários à intervenção.

- Maior segurança, pois o tratamento de qualquer complicação relacionada aos

procedimentos percutâneos ou híbridos encontra na sala híbrida um local mais

propício para intervenção.

- Melhor resultado estético, menor trauma cirúrgico, redução no tempo de recu-

peração dos pacientes e menor taxa transfusional, quando comparados à cirurgia

convencional.

- Incisões menores e recuperação mais rápida;

- Cirurgias mais rápidas e precisas.

Os profissionais de saúde que atuam em salas híbridas espelham suas atribui-

ções em quatro princípios:

- Gestão e assistência: para adequações no âmbito da prática;

- Pesquisa e ensino: são necessários diante da prática profissional inserida em

contextos que envolvam inovações tecnológicas, as quais exigem aprendizado.

Os bons resultados de uma sala híbrida não dependem apenas da alta tecno-

logia envolvida, mas de forma muito significativa do planejamento adequado e da

atuação de equipe multidisciplinar integrada.

QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE

O Brasil é um dos países que compõem a Aliança Mundial para a Segurança

do Paciente, estabelecida pela Organização Mundial de Saúde em 2004. O prin-

cipal propósito dessa aliança é instituir medidas que sensibilizem e mobilizem os

profissionais da saúde e a população para a busca de soluções que promovam e

28

aumentem a segurança do paciente e a qualidade dos serviços de saúde.

No HCor, a excelência do atendimento hospitalar está intrinsecamente ligada às

melhores práticas de qualidade e segurança do paciente, do ambiente e de todo

o corpo de profissionais envolvidos no processo de atendimento e funcionamento

estrutural. Aprimorando ainda mais os seus indicadores de qualidade, o HCor de-

senvolveu protocolos clínicos assistenciais, possibilitando pesquisa e avaliação de

qualidade baseada em desfecho clínico.

O HCor também adotou os programas de gestão de riscos à saúde no ambiente

hospitalar definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), muitos dos quais

são extremamente simples, como: a lavagem correta das mãos, procedimentos

para evitar quedas, verificação da administração de medicamento, entre outras

metas de qualidade e segurança.

O HCor também instituiu os Programas de Cuidados Clínicos, utilizados no ge-

renciamento de doenças. Atualmente, há três programas implantados: Programa

de Cuidados Clínicos de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), Programa de Cuidados

Clínicos de Insuficiência Cardíaca (IC) e Programa de Cuidados Clínicos de Artro-

plastia Total de Joelho (ATJ), sendo os dois primeiros certificados pela Joint Com-

mission International (JCI).

Nos programas de Cuidados Clínicos do HCor, uma equipe multidisciplinar,

composta por médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, psicólogos,

assistentes sociais e enfermeiros, atua de forma integrada com o objetivo de ofere-

cer um tratamento especializado aos pacientes, baseado no que há de mais atual

na prática clínica, com o envolvimento e a participação do paciente no seu cuida-

do, através de estratégias educacionais e de empoderamento deste e de sua famí-

lia. Há ainda o acompanhamento pós-alta no qual os pacientes são contactados

por telefone e estimulados a manter a aderência ao tratamento e promover mu-

danças saudáveis de hábitos de vida. Os pacientes aprendem também a identificar

sintomas precoces de descompensação ou complicações de suas doenças, e o quê

fazer caso os identifiquem, o que traz segurança para eles e seus médicos.

Visando a melhoria contínua de seus processos, o HCor se submete periodica-

mente a uma avaliação denominada acreditação, que envolve a auditoria e vali-

dação de suas atividades, a fim de garantir a segurança no cuidado com o pacien-

te. São contemplados itens como registro e identificação corretos, cirurgias com

anestesia, uso apropriado de equipamentos, entre muitos outros. Todo o processo

é controlado por indicadores referenciados aos melhores hospitais do Brasil e do

exterior. O HCor segue rigorosamente os padrões internacionais da Metodologia

de Certificação da Joint Commission Internacional (JCI).

SERVIÇOS DE SAÚDE

29

EXPOSIÇÕES DA QUALIDADEA Exposição da Qualidade foi criada em 2005, com o objetivo de incentivar os

colaboradores a divulgarem projetos de melhoria da qualidade e da segurança dos

processos em suas respectivas áreas de trabalho, utilizando como metodologia o

ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action), entre outras ferramentas da qualidade.

A exposição é anual e os trabalhos são avaliados por convidados de outras insti-

tuições e empresas que atuam na área da qualidade. A direção do HCor estimula a

participação e premia os melhores trabalhos. Já participaram 200 colaboradores por

exposição ao longo dos anos de realização.

Alguns resultados obtidos com esta inciativa: divulgação da melhoria contínua da

instituição para os públicos interno e externo; valorização do uso de ferramentas da

qualidade; maior reconhecimento do trabalho em equipe e interdisciplinar; implan-

tação dos trabalhos que tiveram bons resultados; reconhecimento e premiação de

trabalhos fora da instituição; incremento anual no número de trabalhos apresenta-

dos e de trabalhos interdisciplinares.

ACREDITAÇÕES, CERTIFICAÇÕES E PRÊMIOS

O HCor tem tradição de qualidade e pioneirismo no tratamento das doenças do

coração com qualidade e pioneirismo, o que se comprova pelos repetidos proces-

sos de acreditação. Isso se deve ao esforço e comprometimento de todos os cola-

boradores da instituição e da excelência do corpo clínico.

O processo de acreditação da Joint Commission International atesta que o HCor

tem seu foco principal na segurança dos pacientes e na obtenção de resultados

favoráveis aos mesmos.

• O HCor conquistou em 2006 a certificação da Joint Commission International

(JCI), uma das mais respeitadas certificações internacionais de qualidade hospita-

lar. A reacreditação foi feita em 2009, 2013 e 2016.

• Certificação pela JCI dos Programas de Cuidados Clínicos da Insuficiência Car-

díaca e Infarto Agudo do Miocárdio – 2012 e 2015.

• Hospital de excelência: reconhecimento pelo Ministério da Saúde.

• Fixação Segura Associada a Dispositivos Venosos em 2011: Certificação Dia-

mante. Recertificação em 2012, 2013, 2014 (pela 3M).

• Programa de Prevenção de Lesões de Pele em 2012: Certificação Ouro. Recer-

tificação em 2013 e 2014 com Certificação Diamante (pela 3M).

• Banco de Sangue – Certificação ISO 9001 (Acreditação da ONA Nível III).

• Laboratório clínico – PALC (Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos).

As acreditações e certificações atestam a excelência, a

qualidade e o alinhamento a protocolos clínicos

internacionais do atendimento realizado no HCor, voltado ao

melhor desfecho clínico

30

O HCor é referência nacional e internacional em cardiologia e em outras espe-

cialidades e, por isso, também é reconhecido pelo Ministério da Saúde como um

dos seis hospitais de excelência do Brasil. Este reconhecimento foi reafirmado pela

Portaria n° 1185, de 17 de junho de 2013.

Um dos objetivos estratégicos do HCor é o compartilhamento de sua qualificação

técnica e capacidade de gerar conhecimento, além de seu modelo de gestão, com o

sistema público de saúde, estendendo para toda a sociedade os benefícios gerados

por uma instituição reconhecida como referência médica e hospitalar.

Com este objetivo, o HCor desenvolveu estruturas internas específicas para a

geração e transferência de conhecimento, possibilitando que um público maior se

beneficie com a expertise e a tecnologia que desenvolve: Instituto de Pesquisa HCor,

Instituto de Educação HCor, LIGRESS HCor e Cardiopediatria HCor.

Através destas estruturas, o HCor também transfere todo o conhecimento acumu-

lado na saúde ao longo de seus 40 anos, em beneficio do Sistema Único de Saúde,

executando projetos em parceria com o Ministério da Saúde no Programa de Apoio

ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS).

INSTITUTO DE PESQUISA HCorO Instituto de Pesquisa do HCor (IP-HCor) tem a finalidade de centralizar atividades

de caráter investigativo relacionadas à pesquisa clínica com cunho acadêmico e pri-

mando pelo desenvolvimento da investigação científica de vanguarda. Neste sentido,

o IP-HCor também atua como ARO (Academic Research Organization) criando, desen-

volvendo e coordenando estudos clínicos multicêntricos nacionais e internacionais de

grande porte, além de prestar serviços de pesquisa clínica a importantes instituições pú-

blicas e privadas, destacando-se a indústria farmacêutica e sociedades médicas no país.

O IP-HCor tem atuação em comitês diretivos, comitês de validação de eventos e de

centro investigador. Também oferece consultoria e toda a orientação necessária para

o desenvolvimento de projetos de pesquisa, com ênfase na pesquisa clínica aplicada,

permitindo a avaliação da eficácia de tratamentos e precisão de métodos diagnósticos.

O IP-HCor participa e apoia estudos nas seguintes modalidades:

• Ensaios clínicos randomizados;

• Registros;

• Revisões sistemáticas e metanálises;

• Análises econômicas em saúde;

• Programas de melhoria de qualidade assistencial;

• Pesquisa translacional mediante parcerias;

• Avaliação de tecnologias em saúde.

Entre as principais realizações do IP-HCor destacam-se a publicação de artigos em

periódicos de grande impacto internacional, a apresentação de estudos clínicos em

sessões principais de congressos internacionais e a geração de patentes para produ-

tos decorrentes das pesquisas.

GERAÇÃO E DIFUSÃO DO CONHECIMENTO

Foram desenvolvidas estruturas internas específicas para geração e transferência de conhecimento, beneficiando um público maior com a expertise do HCor

32

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO HCorO Instituto de Educação HCor (IE-HCor) desenvolve atividades destinadas a ca-

pacitação, atualização e aprimoramento dos profissionais das áreas de interesse da

saúde, contribuindo para disseminar os conhecimentos reunidos na instituição para

todos os segmentos da sociedade, por meio de iniciativas próprias ou em parceria

com instituições de Ensino e de Pesquisa.

Fundamentado nos referenciais da Educação Permanente em Saúde, proble-

matização, aprendizagem significativa e aprendizagem de adulto, o Instituto de

Educação HCor utiliza metodologias ativas para construção de conhecimento. Tais

metodologias permitem o aprofundamento de conhecimentos teórico-instrumen-

tais, para o desenvolvimento de habilidades que permitam a reflexão sobre os pro-

blemas da prática e a valorização do próprio processo de trabalho no seu contexto,

apoiando o participante a operar sobre a realidade cotidiana do trabalho.

“Este processo fomenta a transformação de situações cotidianas em aprendiza-

gem, devendo promover a autonomia e a responsabilização das equipes de traba-

lho, a partir do diagnóstico e da busca de soluções compartilhadas, incluindo o aces-

so a novos conhecimentos e competências culturais, intrinsecamente articulados às

mudanças na ação e no contexto real das práticas” (DAVINI, 2009).

O IE-HCor conta com o Centro de Ensino, Treinamentos e Simulação (CETES), um

dos mais completos do gênero no país e em sintonia com os modernos conceitos

de Simulation-based Medical Education (SBME) ou Educação Médica Baseada em

Simulação (EMBS), e oferece cursos e treinamentos multiprofissionais em saúde.

O Ensino Médico Baseado em Simulação (EMBS) busca habilitar profissionais, de

forma prática e segura, para situações e procedimentos que frequentemente farão ou

fazem parte de sua prática clínica diária. A simulação aplicada ao ensino médico é

uma técnica destinada a substituir experiências de pacientes reais por experiências

orientadas, reproduzidas artificialmente em cenários ou manequins, evocando aspec-

tos do mundo real de maneira interativa. Nestes cenários, o profissional em treina-

mento adquire postura ativa no aprendizado, com maior retenção de conhecimento,

que se traduzirá em melhora do desempenho e segurança no atendimento a seus

pacientes.

Através de parcerias, incluindo com a American Heart Association (AHA) e a So-

ciedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), o Instituto de Ensino HCor proporciona

a execução de diversos cursos destinados tanto ao público leigo como aos profissio-

nais da área da saúde.

LIGRESS - Laboratório de Inovação em Planejamento, Gestão, Ava-liação e Regulação de Políticas, Sistemas, Redes e Serviços de Saúde O LIGRESS - HCor produz, sistematiza e difunde o conhecimento inovador em pla-

nejamento, gestão, avaliação e regulação de políticas, sistemas, redes e serviços de

GERAÇÃO E DIFUSÃO DO CONHECIMENTO

Parcerias com a American Heart Association e a Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), entre outras, possibilitam a realização de cursos para profissionais de saúde e público leigo

33

saúde, construindo referenciais para o desenvolvimento da política da saúde no

país, considerando inclusive os demais sistemas internacionais de saúde pública.

No LIGRESS-HCor os projetos de pesquisa e assessoria técnica são desenvolvidos a

partir de três núcleos de atuação:

• Desenvolvimento da Qualidade e Segurança na Atenção Hospitalar;

• Estratégias para a Promoção da Equidade em Qualidade de Vida e Saúde;

• Desenvolvimento de Sistemas Regionais de Atenção à Saúde.

CARDIOPEDIATRIA HCorDesde a fundação do Hospital do Coração, a Associação do Sanatório Sírio, man-

tenedora da instituição, desenvolve sua missão filantrópica concentrando esforços

no atendimento de crianças portadoras de cardiopatias congênitas, através do obje-

tivo específico de “promover com excelência a recuperação da saúde com enfoque

em cardiologia, associando tecnologia, ensino e atendimento humanizado”.

O Hospital do Coração cumpre papel importante na saúde suplementar do país,

pois, à época de sua fundação em 1976, eram pouquíssimos os hospitais nacionais

que dispunham de tecnologia para realizar procedimentos cardíacos tão complexos.

Ainda hoje é referência em cardiologia e segue atendendo pacientes do SUS enca-

minhados pelas regulações do município e da federação.

Cada paciente é avaliado por especialistas em diagnósticos, ecocardiografista, he-

modinamicista e cardiologista pediátrico. Constatada a necessidade de realização

de algum procedimento, o paciente e seus familiares poderão contar com uma equi-

pe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistente social,

fisioterapeutas, nutricionistas e fonoaudiólogos.

Uma das características da assistência prestada pelo Hospital do Coração é a ma-

nutenção da presença da mãe junto à criança durante todo o tratamento, o que traz

mais segurança e tranquilidade ao paciente, aspectos importantes na complemen-

tação do trabalho médico.

Além da expertise na realização de procedimentos referentes à cardiologia pe-

diátrica, o Hospital do Coração realiza seminários que promovem a transmissão de

conhecimento e trocas de experiências através de debates sobre temas correlatos

junto à comunidade médica.

Há no Brasil um grande número de crianças cardiopatas com imensas dificul-

dades para serem atendidas e tratadas, pois a quantidade de leitos disponíveis nos

hospitais brasileiros para este tipo de atendimento é aquém do necessário. Desta

forma, o Hospital do Coração trabalha para reduzir a fila de espera para tratamento

de cardiopatias congênitas proporcionando atendimento de alto padrão. A evolu-

ção do diagnóstico fetal, das novas tecnologias e a realização de procedimentos de

ponta proporcionam às crianças tratamentos menos invasivos e mais eficazes que

refletem na recuperação e qualidade de vida do paciente.

O atendimento cardiopediátrico e

em cardiologia fetal constitui um diferencial

de destaque do HCor na parceria com o

PROADI/SUS

34

O HCor acredita que o sucesso de sua organização depende do desempenho

de seus colaboradores, por isso adota um modelo de gestão de pessoas, que visa

propiciar um ambiente favorável, humanizado e seguro a seus colaboradores, esti-

mulando o cumprimento de resultados e metas institucionais. É possível influenciar

o futuro da Instituição através do bom relacionamento entre as equipes e do forte

comprometimento individual (engajamento e espírito de motivação), gerando um

ambiente de harmonia que implicará em mais produtividade, na eficácia do atendi-

mento e na satisfação dos pacientes e de seus familiares.

O HCor incentiva que as equipes multidisciplinares sejam lideradas com a aplica-

ção do conceito da singularidade, em que o grupo identifica os talentos e as poten-

cialidades de cada integrante. Assim, o diferencial de cada indivíduo é percebido e

estimulado para contribuir com a melhoria do desempenho do grupo, o que leva à

definição do recurso certo para o trabalho certo, na medida certa e no momento certo.

No HCor, os colaboradores aplicam o seu melhor e agregam valor ao negócio,

sendo fundamental a atração e a retenção de potenciais talentos, mantendo-os mo-

tivados através de seu crescimento profissional e satisfação pessoal.

O modelo de gestão de pessoas do HCor se desenvolve em três frentes:

1. Captação e retenção de talentos;

2. Engajamento e retenção;

3. Desenvolvimento contínuo.

NÚMERO DE COLABORADORES DO HCor DISTRIBUÍDOS POR CATEGORIA

CATEGORIA 2014 2015Lideranças 86 95Assistências 1.121 1.143Apoio 470 477Administrativos 614 699TOTAL 2.291 2.414

EQUIPE HCor

36

CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS

No Brasil, o desafio de encontrar profissionais talentosos é crescente, havendo

forte competição no mercado de saúde por profissionais competentes, o que leva a

outro grande desafio: como manter estes profissionais na instituição.

Diante desse quadro, o HCor utiliza várias ferramentas para a captação e a retenção de

talentos, para agilização do processo de preenchimento de vagas, desde planos de cargos

e salários alinhados ao mercado, como também o estímulo da diversidade nas equipes,

evitando que qualquer forma de preconceito leve à perda de potenciais candidatos.

Dentre as várias ferramentas de retenção de talentos, destacam-se três progra-

mas: Programa de Recrutamento Interno – PRI, Programa de Trainees e Programa

Profissionalizante de Estagiários.

Programa de Recrutamento Interno (PRI)Neste programa, o HCor estimula que as vagas abertas sejam preenchidas por

profissionais do próprio HCor. O recrutamento e a seleção internos constituem uma

poderosa ferramenta na gestão de pessoas, na qual os interesses institucionais e in-

dividuais são efetivamente integrados. O colaborador se sente valorizado e estimu-

lado a buscar seu desenvolvimento profissional. Por outro lado, a empresa percebe

melhorias no clima, no desempenho organizacional e na retenção.

Programa de Enfermeiros TraineesO Programa de Enfermeiros Trainees teve início no HCor em 2010 e visa o reco-

nhecimento e a retenção de colaboradores que estejam ingressando na carreira de

enfermagem e busquem oportunidade para atuar na área.

Nos três primeiros anos deste programa, 82% dos enfermeiros trainees progredi-

ram na carreira, através do Programa de Recrutamento Interno (PRI), contribuindo

para a redução do tempo de preenchimento de vagas de enfermeiros.

EQUIPE HCor

Colaboradores do HCor são estimulados ao engajamento profissional com a instituição por meio de ações específicas, como o programa de recrutamento interno

DISTRIBUIÇÃO DE COLABORADORES dez14 dez15 CLT-Ativos 2.291 2.414 Estagiários 5 7 Modelos de Contratação Aprendizes 42 47 Terceiros 383 395 Médicos CLT 20 17 Médicos PJ 1.336 1.602 Casados 1.065 1.101 Estado Civil Solteiros 1.021 1.091 Outros 205 222 Pessoas com Deficiência 50 50

DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE COLABORADORES POR FORMA DE CONTRATAÇÃO E ESTADO CIVIL

37

O sucesso do Programa de Enfermeiro Trainees propiciou o surgimento do Pro-

grama de Técnicos de Enfermagem Júnior, com os mesmos objetivos.

Programa Profissionalizante de EstagiáriosÉ uma importante fonte de captação de talentos. Esses profissionais se incorporam às

equipes de trabalho e são acompanhados e supervisionados dentro de um programa

de planejamento de atividades a serem desenvolvidas nas suas áreas de atuação.

PERFORMANCE EM RECRUTAMENTO E SELEÇÃO

INDICADORES DE RETENÇÃO DE COLABORADORES

Engajamento e RetençãoO HCor investe na manutenção da saúde e no bem-estar de seus colaborado-

res, buscando mantê-los com alto nível de satisfacão, o que contribui para seu

maior engajamento e retenção na instituição. Para isso, desenvolve três progra-

mas:

• Programa de Benefícios;

• Programa de Saúde e Bem-Estar;

• Programa de Atividades Culturais, Sociais, Esportivas e de Lazer.

Estes programas buscam alcançar as seguintes metas:

• Aumentar o engajamento dos colaboradores;

• Reduzir custos com saúde, através da prevenção;

• Melhorar o clima institucional;

• Reduzir os índices de rotatividade, absenteísmo e sinistralidade.

O HCor criou alguns espaços para que os colaboradores possam divulgar os

bons resultados do seu trabalho, bem como manifestar seus descontentamen-

CRITÉRIO dez14 dez15Candidatos atendidos 1.962 3.255Aproveitamento interno (PRI)-média anual 23% 21%Efetivação-média anual 91% 90%Vagas fechadas no ano 88% 92%Admissões de enfermeiros trainees 3 5Admissões de técnicos em enfermagem Jr. 1 6

INDICADORES 2014 2015Desligamento voluntário 46,56% 51,27% Desligamento involuntário 54,43% 48,72%Rotatividade sem aumento de quadro 13,73% 11,01%Rotatividade com aumento de quadro 15,57% 12,81%Contratados com idade acima de 45 anos 23 35

38

PROGRAMA DE SAÚDE E BEM-ESTAR

A instituição investe nos cuidados com os colaboradores: manutenção da saúde, convênios, estímulo a atividades promotoras de bem-estar físico e psíquico, assistência familiar e outras iniciativas

EQUIPE HCor

tos, satisfações e sugestões, havendo monitoramento periódico do clima organi-

zacional, utilizando ferramentas como:

• Exposições da Qualidade;

• Canal Aberto com a Superintendência - Sugestões e Reclamações;

• Pesquisa de Clima e Engajamento

Programa de BenefíciosAtravés do Programa de Benefícios, o HCor não só mantém os benefícios legais

(vale-transporte, empréstimos consignados, auxílio creche, cesta básica, assistência

médica, entre outros), como busca, de forma espontânea, proporcionar outras van-

tagens e facilidades ao colaborador, tais como:

• Assistência odontológica;

• Previdência privada (parceria);

• Convênio com farmácias;

• Convênio com academias;

• Venda de ingressos de parques de diversões e cinemas;

• Seguro de automóveis;

• Seguro de vida (parceria);

• Convênio com o SESC;

• Convênio com instituições de ensino;

• Feiras e promoções (vendas de produtos com descontos especiais);

• Presentes de Natal.

Programa de Saúde e Bem-EstarNo Programa de Saúde e Bem-Estar, o HCor incentiva seus colaboradores a bus-

carem melhor qualidade de vida, por meio de ações planejadas e monitoradas que

visam promover a saúde integral e a prevenção de doenças. Isso é desenvolvido

com o apoio de uma equipe multidisciplinar, partindo de uma avaliação biopsi-

cossocial, que considera o bem-estar das pessoas a partir da visão integrada das

necessidades biológicas, psicológicas e sociais. O programa é composto por várias

ações de promoção à saúde de forma preventiva, destacando-se:

• Campanhas de imunização: periodicamente, são realizadas campanhas de

vacinação: Hepatite B, Dupla Adulto, Tríplice Viral, Influenza e DTpa;

• Atendimento nutricional: atendimento individual visando a prevenção de

doenças crônicas como as cardiovasculares e relacionadas, como obesidade, dia-

betes e hipercolesterolemia;

• Acompanhamento de crônicos: abrange os colaboradores e seus dependen-

39

tes que apresentam hipertensão, diabetes, dislipidemia e obesidade, por meio de

acompanhamento individualizado por equipe multidisciplinar (enfermeiros, mé-

dicos, nutricionistas e psicólogos);

• Acompanhamento de gestantes: acompanhamento personalizado para gestantes,

com equipe especializada em obstetrícia;

• Mapeamento do perfil de saúde: sistema de mapeamento da população, através

de questionários específicos, durante o exame periódico. Este é um dos instrumentos

utilizados para ações e campanhas de promoção à saúde na instituição;

• Consulta de 2ª Opinião para cirurgias de grande porte: possibilita avaliação es-

pecializada em ortopedia e neurocirurgia com especialistas do HCor para cirurgias de

grande porte;

• Internalização de casos de cirurgias e atendimentos de alto custo no HCor, a fim

de garantir a sustentabilidade do plano de saúde disponibilizado aos funcionários e de-

pendentes, e otimizar a eficácia do tratamento, utilizando todo o potencial médico e

tecnológico existente no HCor, trazendo satisfação aos funcionários atendidos;

• Ginástica laboral: realizada no próprio local de trabalho, tem o objetivo de pro-

mover o relaxamento físico e mental, prevenindo doenças ocupacionais e contribuindo

para a integração entre os funcionários;

• Exames preventivos (papanicoloau, mamografia e PSA) para detecção precoce de

câncer do colo do útero, câncer de mama e câncer de próstata, sem custo, a fim de fa-

cilitar esta prevenção. O HCor oferece consultas ginecológicas para as colaboradoras no

próprio setor de Medicina do Trabalho;

• Combate ao fumo: desenvolvido para colaboradores fumantes, que contam com apoio

psicológico e terapêutico, com o objetivo de auxiliá-los na determinação em parar de fumar;

• Apoio psicossocial: oferece suporte para os colaboradores e seus dependentes na

resolução de questões pessoais de ordem emocional, jurídica, financeira e/ou social.

Atendimento gratuito 24 horas, 7 dias por semana, incluindo também sessões de psi-

coterapia breve.

NÚMERO DE COLABORADORES ATENDIDOS NA MEDICINA DO TRABALHO

TIPOS DE ATENDIMENTO 2014 2015Assistenciais 7.493 6.318Ginecológicos 455 600Ocupacionais 2.483 2.686Imunizações 2.100 3.170Funcionários afastados 91 86% Absenteísmo - média anual 2,38% 2,33%

40

Programa de Atividades Culturais, Sociais, Esportivas e de Lazer

O objetivo deste programa é melhorar a vida dos colaboradores, tornando-os

mais felizes, mesmo com propostas simples, mas que reflitam os seus desejos.

Assim, o HCor criou em suas instalações o Espaço Bem-Estar, onde os colabora-

dores podem descansar, estudar, ter acesso à internet, à biblioteca e a várias outras

atividades, como:

• Aulas de dança: disponíveis sem custo para todos os colaboradores;

• Banda HCor: é formada por colaboradores que ensaiam em uma sala acústica,

com equipamentos musicais e professores especializados;

• Coral HCor: formado há 17 anos e regido por um maestro, é composto por 22

colaboradores e voluntários;

• Oficina de Teatro - HCor Arte: atividade em grupo que desenvolve autoconfian-

ça, comunicação, criatividade, improvisação e autopercepção;

• Quick massage: sessão rápida de massagem, que ajuda os colaboradores a re-

laxarem para encarar o resto do dia com mais disposição;

• Incentivo à prática de leitura: há uma biblioteca no Espaço Bem-Estar, composta

por livros doados pelos próprios colaboradores.

Canal aberto com a Superintendência – sugestões e reclamações

Em 2012, o HCor implantou o Canal Aberto com a Superintendência, que funcio-

na como um mecanismo institucional de comunicação com os colaboradores, de

forma eficiente e confiável, para receber e dar o devido encaminhamento, valori-

zação e retorno às sugestões e eventuais reclamações recebidas. Todas as suges-

tões e reclamações recebidas são apresentadas e analisadas pela Superintendência

Corporativa e pela Gerência de Recursos Humanos, com a participação do Comitê

de Sugestões. Muitos temas são alvo de sugestões de aperfeiçoamento: redução de

custos e desperdício, aumento de eficiência e produtividade, e melhoria da qualida-

de dos serviços e processos.

PARTICIPAÇÃO DOS COLABORADORES NOS PROGRAMAS HCor

Gestão do Clima Institucional e EngajamentoA pesquisa de Clima e Engajamento é uma ferramenta de gestão muito valiosa

para o HCor, pois mostra a percepção dos colaboradores em relação ao clima orga-

nizacional. A pesquisa é realizada por uma empresa especializada, que colhe dados

CANAL ABERTO COM A SUPERINTENDÊNCIA

NÚMERO DE PARTICIPANTES dez14 dez15Canal Aberto com a Superintendência 180 94 Exposições da Qualidade 170 175

EQUIPE HCor

41

e apura os resultados, elaborando uma análise qualitativa que é comparada com os

resultados de outras instituições. A partir dos resultados apontados, são indicados

planos de melhoria.

ÍNDICE DE SATISFAÇÃO DOS COLABORADORES

Desenvolvimento ContínuoOs objetivos estratégicos do HCor incluem o crescimento e o aprimoramento de

todos os colaboradores, por meio de desenvolvimento contínuo, estimulando-os a

participarem de programas de atualização profissional.

Há muitas iniciativas que envolvem ações como capacitação de lideranças e pro-

gramas comportamentais e técnicos para manter e aprimorar os conhecimentos,

habilidades e atitudes dos profissionais da instituição, tais como:

EDUCAÇÃO PERMANENTETrata-se do processo educativo que coloca o cotidiano do trabalho no processo

de ensino-aprendizagem: é a educação no trabalho e para o trabalho. Este conceito

trouxe maior motivação e engajamento às equipes durante as capacitações e na

melhoria contínua dos processos. Utilizando metodologia significativa e problemati-

zadora, contribui na manutenção e na inovação das práticas assistenciais desenvol-

vidas pela equipe multiprofissional.

TREINAMENTO ADMISSIONAL ASSISTENCIALEsse treinamento para os colaboradores recém-contratados permite a vivência e a

atuação em sua nova função, desenvolvendo ações relacionadas a protocolos, técnicas e

cuidado direto/indireto com o paciente, através de situações práticas e acompanhamen-

to do preceptor. Proporciona contato com o ambiente de trabalho, trabalho em equipe,

acolhimento e relacionamento interpessoal e multidisciplinar.

CURSOS DE EMERGÊNCIAO treinamento garante o atendimento de excelência em situações de emergência.

Todos os colaboradores são treinados em cursos de urgência/emergência para capaci-

tação no reconhecimento rápido de vítimas em situações de gravidade e/ou risco à vida.

2013

80%

60%

40%

20%

0%2015

Adesão 51% 71% 2013 2015

Satisfação 66% 63%

Investimento constante na

equipe HCor: eficiência

e segurança institucional

e para os pacientes

42

e-LEARNINGÉ uma nova ferramenta de ensino, com ótima aceitação dos colaboradores. Per-

mite otimizar os recursos, uniformizar as informações e aumentar a abrangência do

público-alvo nos treinamentos. Os temas selecionados relacionam-se aos padrões

de acreditação, segurança do paciente e processos assistenciais.

CURSOS DE EXTENSÃOTrata-se de um programa de curso alinhado à demanda institucional, voltado para a

aquisição, a atualização e a construção do conhecimento técnico científico que orienta

a intervenção e a prática assistencial dos profissionais. A carga horária varia entre 60 e

220 horas/aula. São aulas expositivas voltadas para metodologia de problematização.

SIMULAÇÃO REALÍSTICAA simulação realística é uma das estratégias utilizadas para reproduzir experiên-

cias da vida real com cenários clínicos ou comportamentais. O objetivo é garantir a

segurança no processo de assistência ao paciente.

TREINAMENTO IN LOCOEstratégia utilizada para a disseminação de informação simples e rápida para ali-

nhamento de linguagem entre os profissionais, como, por exemplo, a implantação de

um novo equipamento ou materiais.

PROVA ANUAL DE CONHECIMENTOSAnualmente, os colaboradores assistenciais são submetidos à avaliação de conhe-

cimentos, para que suas habilidades técnicas sejam verificadas. Estas avaliações são

específicas por categoria profissional e especialidades, conforme os setores onde os

profissionais são alocados.

TREINAMENTOS INSTITUCIONAISOs colaboradores recém-admitidos participam do programa de integração, que in-

clui a apresentação de informações sobre a instituição, como missão, visão, valores,

além de qualidade, benefícios, procedimentos de parada cardiorrespiratória e outros

assuntos. Após a integração, os novos colaboradores fazem o treinamento admissio-

nal para conhecer os principais procedimentos técnicos.

Além dos programas desenvolvidos internamente, o HCor subsidia total ou parcial-

mente os custos referentes à participação em cursos externos, congressos e eventos

que propiciam a aquisição de novos conhecimentos e habilidades, visando o desen-

volvimento profissional.

NÚMERO DE COLABORADORES PARTICIPANTES EM PROGRAMAS DE ENSINO

TREINAMENTO IN LOCO

PROGRAMAS DE ENSINO 2014 2015Educação permanente 46.902 58.649 Treinamentos em emergência 891 704Treinamentos admissionais 13,73% 11,01%Horas treinamento interno e capacitações 70.184 88.010

EQUIPE HCor

43

INCLUSÃO SOCIAL E DIVERSIDADENo HCor, a diversidade representa um princípio básico de cidadania, que visa assegu-

rar a cada um condições de pleno desenvolvimento de seus talentos e potencialidades.

Ao mesmo tempo, o respeito à diversidade representa a efetivação do direito à diferen-

ça, criando condições e ambientes em que as pessoas possam agir em conformidade

com seus valores individuais.

O HCor considera que a diversidade na composição do quadro de colaboradores é fator

de diferenciação e de fortalecimento do próprio negócio, além de ser uma ótima oportunida-

de para a busca de soluções criativas na ocupação de funções específicas.

No HCor, a reincorporação produtiva de idosos, normalmente sem acesso a oportunida-

des de trabalho, tem forte repercussão social e permite usufruir os conhecimentos que a

experiência de trabalho e de vida lhes proporcionou. O programa de contratação de apren-

dizes também contribui para o desenvolvimento social do jovem. É uma oportunidade de

desenvolvimento das lideranças e equipes, pois todos são responsáveis pelo crescimento e

amadurecimento do jovem como profissional e cidadão.

DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE COLABORADORES POR GÊNERO, TEMPO DE EMPRESA, RAÇA E FAIXA ETÁRIA

CONCEITO

GÊNERO

TEMPO DE

EMPRESA

RAÇA

FAIXA ETÁRIA

CLASSIFICAÇÃO

HOMEM 806 35,18% 833 34,51%

MULHER 1.485 64,82% 1.581 65,49%

de 0 a 5 anos 1.464 63,90% 1.476 61,14%

de 6 a 10 anos 417 18,20% 458 18,97%

de 11 a 15 anos 164 7,16% 216 9,03%

de 16 a 20 anos 149 6,50% 155 6,42%

de 21 a 30 anos 81 3,54% 90 3,73%

mais de 31 anos 16 0,70% 17 0,70%

Amarelos 16 0,70% 17 0,70%

Brancos 1.990 86,86 2.117 87,70%

Indígenas 0 0,00% 0 0,00%

Negros 95 4,15% 91 3,77%

Pardos 190 8,29% 189 7,83%

até 20 anos 88 3,84% 117 4,85%

entre 21 e 35 1.021 44,57% 1.008 41,76%

entre 36 e 45 777 33,92% 840 34,80%

entre 46 e 50 200 8,73% 214 8,86%

acima de 50 205 8,95% 235 9,76%

nº % nº %

dez 14 dez 15

44

OLHAR SOCIAL

A Associação do Sanatório Sírio nasceu da vontade de um grupo de senhoras

sírias e de suas famílias de ajudarem o próximo: os órfãos da Primeira Guerra e os

pobres vítimas da tuberculose, doença sem tratamento ambulatorial na época. A

preocupação de assumir um papel responsável na sociedade orienta o grupo que

daria origem à Associação desde suas primeiras reuniões, no início do século 20.

A Associação foi formalizada em 1952, mas sua atuação é centenária. Para cuidar

dos tuberculosos, fizeram construir e inauguraram o Sanatório Sírio de Campos do

Jordão, SP, em 1947. Na década de 1960, a Associação do Sanatório Sírio começou a

elaborar o projeto de construção de um centro de tratamento de doenças torácicas

na cidade de São Paulo. Com o controle da tuberculose por tratamento ambulatorial,

e sob orientação do Dr. Adib, o projeto foi alterado para a criação de um hospital

dedicado a tratar doenças cardíacas e assim foi inaugurado o Hospital do Coração

em 1976.

O sucesso desta empreitada teve um ingrediente muito importante: a dedicação

das associadas, que nunca mediram esforços para cumprir suas missões. São se-

nhoras comprometidas com a filantropia e o trabalho voluntário, que plantaram e

ensinaram o cuidado com o próximo, que sempre aplicaram os conceitos de Res-

ponsabilidade Social muito antes desta terminologia ser definida e difundida.

Hoje, no HCor, a Responsabilidade Social faz com que a instituição trabalhe com

práticas administrativas e operacionais para garantir a saúde e a segurança das

pessoas e do meio ambiente. Dessa forma, a atuação acontece em duas grandes

vertentes: o Voluntariado HCor e as parcerias com os vários órgão públicos de saú-

de (Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e secretarias municipais de

Saúde de São Paulo).

Voluntariado HCorO voluntariado do HCor foi formalizado em 1981 e conta hoje com cerca de 100

voluntárias, que se dedicam a atividades ligadas ao apoio a pacientes e familiares,

cuidados com crianças, bazares beneficentes, aulas de artesanato, brinquedoteca,

coral e outras atividades.

A Associação do Sanatório Sírio, mantenedora do HCor, decidiu criar um grupo de

voluntárias para auxiliar no atendimento aos doentes do Hospital do Coração.

Esse grupo sob orientação do Dr. Adib, o projeto foi alterado para a Oficina de

Trabalhos Manuais, que reúne mães de crianças internadas para realizar peças

artesanais apresentadas e vendidas em bazares beneficentes. Elas também orga-

nizam ciclos de palestras sobre doenças cardíacas, higiene pessoal e hábitos sau-

dáveis, entre outros temas. Realizam eventos como festas em datas comemorati-

45

“O voluntariado do HCor

foi formalizado em 1981 e

conta hoje com cerca de 100

voluntárias envolvidas em

atividades ligadas ao apoio

a pacientes e familiares,

cuidados com crianças,...”

46

vas para pacientes e familiares, chás e bazares. O Voluntariado mantém uma loja

na entrada da unidade da Desembargador Eliseu Guilherme, 123. A renda obtida

nessas atividades é revertida para causas sociais e de apoio ao trabalho da cardio-

logia pediátrica.

Elas prestam atendimento assistencial aos doentes internados, em especial às

crianças com cardiopatia congênita sem cobertura de convênios. Seu trabalho en-

globa o acompanhamento de pacientes no pós-operatório, seguindo orientações

dadas por psicólogos e nutricionistas.

Projetos com o Ministério da SaúdeA Associação do Sanatório Sírio teve seu registro no Conselho Nacional de As-

sistência Social em 11/06/1964, sendo certificada como Entidade Beneficente de

Assistência Social através do processo nº 30.268/64-40.

Cumprindo à risca todas as exigências da legislação pertinente, a Associação

manteve e renovou seu Certificado de Filantropia atendendo a pacientes portadores

de cardiopatias congênitas sem qualquer contrapartida financeira.

Em 30/11/2009 foi publicada a Lei 12.101, que modificou as regras para a certi-

ficação das entidades beneficentes de assistência social. Diante das novas regras, a

Associação do Sanatório Sírio optou por se enquadrar ao estabelecido no artigo 11

da referida lei, ou seja, realizar projetos de apoio ao desenvolvimento institucional

do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que é uma entidade de saúde de reco-

nhecida excelência. E, para corresponder com projetos nas quatro áreas exigidas,

o HCor criou uma estrutura incorporando sua expertise e complementando-a com

conhecimentos sobre as políticas de saúde para dar consistência aos projetos de

desenvolvimento institucional do SUS.

A partir do ano de 2009, a Associação do Sanatório Sírio passou a fazer parte do

PROADI-SUS, Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Úni-

co de Saúde, juntamente com outros cinco hospitais de excelência do Brasil.

Em parceria com órgãos públicos, o HCor também desenvolve projetos do Pro-

grama de Apoio Institucional do SUS (PROADI–SUS), que é uma ação do Ministério

da Saúde dirigida ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde com os hospitais

filantrópicos de qualidade reconhecida. Seis instituições no Brasil são certificadas

pelo Ministério da Saúde como Hospitais de Excelência, e o HCor está entre elas.

O tripé no qual o PROADI se apoia é formado pela universalidade, integralidade e equi-

dade do SUS, tendo os temas prioritários definidos em portaria do Ministério da Saúde.

A certificação do HCor como entidade filantrópica é regida pela Lei n° 12.101/2009,

que depois foi alterada pela Lei nº 12.868/2013. Os recursos financeiros para estes

projetos são disponibilizados pelo próprio HCor, correspondendo às isenções das

contribuições previdenciárias, conforme estabelecido nessa lei.

PROJETOS COM O MINISTÉRIO DA SAÚDE

A partir do ano de 2009, a Associação do Sanatório Sírio passou a fazer parte do PROADI-SUS, Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde.

OLHAR SOCIAL

47

Neste modelo de filantropia, a Associação do Sanatório Sírio, através do Hospital

do Coração, celebrou o Termo de Ajuste com a União, por intermédio do Ministério

da Saúde, nas seguintes áreas de atuação:

I - estudos de avaliação e incorporação de tecnologias;

II - capacitação de recursos humanos;

III - pesquisas de interesse público em saúde;

IV - desenvolvimento de técnicas e operação de gestão em serviços de saúde.

Por este Termo de Ajuste, a Associação do Sanatório Sírio, mantenedora do HCor,

deve aplicar nos projetos de apoio o valor total da isenção das contribuições sociais usu-

fruída, podendo utilizar até 30% deste valor em projetos de prestação de serviços am-

bulatoriais e hospitalares não remunerados, mediante pacto com o gestor local do SUS.

PROADI-SUS – Atividades encerradas no ano de 2014Os projetos do PROADI-SUS têm duração de três anos, sendo que o primeiro triê-

nio, após publicação da Lei nº 12.101, se deu nos anos de 2009, 2010 e 2011.

No ano de 2014, encerrou-se o segundo triênio, iniciado em 2012, tendo o HCor

aplicado o valor total de R$ 108,6 milhões em projetos .

Nas páginas seguintes, comentários sobre cada projeto, abordando seus objetivos,

abrangência e impacto, e também um quadro com os valores aplicados em cada um.

Atividades assistenciais: ambulatoriais e hospitalares para atendimento das crianças com cardiopatias complexas

OBJETIVO: Diagnosticar, tratar e acompanhar pacientes com cardiopatias congêni-

tas, contribuindo dessa maneira com a redução da taxa de mortalidade infantil des-

ta população, conforme pacto com o gestor local do SUS.

ABRANGÊNCIA: Nacional

IMPACTO: Dos 3.826 pacientes do SUS atendidos no Ambulatório de Cardiopedia-

tria do HCor, 1.419 tiveram diagnóstico e acompanhamento da cardiopatia. Aproxi-

madamente 20% tiveram indicação cirúrgica e realizaram o procedimento no HCor.

Além disso, foram realizados 34mil exames laboratoriais e de imagem e 523 proce-

dimentos cirúrgicos e hemodinâmicos.

Cardiologia fetalOBJETIVO: Diagnosticar e tratar cardiopatias congênitas no período perinatal, promo-

vendo maior chance de sobrevida dos fetos e neonatos afetados por cardiopatias con-

gênitas graves e potencialmente letais; e contribui para reduzir a taxa de mortalidade

infantil e as filas de espera para atendimento cardiológico neonatal. Diagnosticar e tra-

tar no período pré-natal malformações e anomalias fetais/gestacionais que possam se

beneficiar do tratamento intraútero.

48

PROJETOS COM O MINISTÉRIO DA SAÚDEOLHAR SOCIAL

NOME DO PROJETO

Atividades ambulatoriais e hospitalares assistenciais para atendimento das crianças com cardiopatias complexasCardiologia fetalTratamento cirúrgico das cardiopatias congênitas no período neonatalEstudo randomizado multicêntrico comparando cirurgia cardíaca e cateterismo tera-pêutico para comunicação interventricular perimembranosaESCAPE - Estudo das cardiopatias congênitas com hiperfluxo pulmonarCHAIN - Registro brasileiro de cateterismo cardíaco em cardiopatias congênitasQUALITIImplantação do sistema de monitoramento de eventos adversos em hospitaisObservatório sobre o estado da atenção às urgências no Brasil Programa de capacitação em emergências cardiovasculares para rede de atendimen-to a urgência e emergênciaApoio ao projeto de disseminação internacional da experiência do SUSDesenvolvimento de instrumentos, banco de dados e pesquisa piloto de caráter cen-sitário para o diagnóstico do perfil e gestão da força de trabalho dos serviços que atendem urgências.Programa de preceptoria em residência médicaDesenvolvimento de um software para suporte ao sistema nacional de informação de agravos de notificação – SINANDesenvolvimento gerencial integrado da linha de atenção às urgências no ambiente intra-hospitalarPlano Diretor de Hospitais do Brasil: estratégias para a elaboração de suas basesCapacitação de profissionais para a cessação do tabagismo e implantação do progra-ma nos hospitais e UNSApoio técnico para o uso e cumprimento de tempos clinicamente adequados para a gestão das filas de espera do SUSDefinição de padrões para uso em Vigilância Sanitária de serviços, equipamentos, produtos e recursos profissionais necessários para uma atenção qualificada em todos ambientes das redes de atenção.Apoio ao desenvolvimento de sistemas regionais de atenção integrada à saúde / regiões de saúdeApoio a intervenção sobre as causas intra-hospitalares da superlotação dos serviços de urgênciaSOS EmergênciasART - Estudo clínico randomizado avaliando o efeito da manobra de recrutamento alveolar máximo associada a PEEP titulada versus estratégia padrão (ARDSNet) na mortalidade de pacientes com SARACATS - Centro de Avaliação de Tecnologias em SaúdeTREND - Estudo da estimulação trigeminal periférica para tratamento de depressão maior resistenteDieta Cardioprotetora: Efeito do programa alimentar brasileiro cardioprotetor acessí-vel à população na prevenção de eventos cardiovasculares. Ensaio clínico randomi-zado nacional e abertoBLESS - Estudo da viabilidade da estimulação elétrica contínua bilateral do hipotála-mo ventro-medial (HVM) em indivíduos obesos mórbidosSECURE - Ensaio clínico randomizado multicêntrico avaliando o efeito da atorvas-tatina em pacientes com síndrome coronariana aguda submetidos à intervenção coronária percutâneaSPACE Trial - Efeito da polipílula em pacientes de alto risco cardiovascular: um ensaio clínico randomizadoManutenção e ampliação da rede de supote remoto em tele-eletrocardiografia na rede nacional de urgência e emergência: Telemedicina SAMU/UPAs.Implantação de software - Hospitais Federais do Rio de JaneiroLOAD - Estudo multicêntrico randomizado controlado de estatinas dose de ataque para a prevenção de complicações cardiovasculares em cirurgias não cardíacas de alto riscoValva Melody - Ensaio clínico não controlado fase IV multicêntrico de pacientes com cardiopatia congênita submetidos ao implante percutâneo ou perventricular de valva pulmonar: impacto clínico e na qualidade de vida.

TOTAL

VALORES APLICADOS EM R$

2012 2013 2014 Total

13.012.271,52 7.143.146,27 12.059.774,39 32.215.192,18 3.783.049,00 4.838.205,96 2.423.693,78 11.044.948,74 1.769.139,00 6.430.087,66 2.657.483,78 10.856.710,44

164.234,93 - - 164.234,93 43.169,21 64.593,58 217.203,06 324.965,85 121.683,41 192.248,22 115.159,83 429.091,46 1.330.301,64 1.683.454,51 776.913,53 3.790.669,68 78.232,40 148.752,66 214.499,94 441.485,00 269.371,00 267.768,49 207.295,54 744.435,03

690.907,58 1.227.700,20 1.323.702,02 3.242.309,80 434.275,00 339.266,50 316.056,72 1.089.598,22

136.352,00 141.844,07 142.033,64 420.229,71

113.611,00 417.825,39 880.097,34 1.411.533,73

3.534.416,82 84.983,96 22.736,62 3.642.137,40

91.611,00 326.015,42 2.010.826,04 2.428.452,46

- 66.963,98 445.497,66 512.461,64

47.689,23 112.578,86 255.729,04 415.997,13

- 21.631,31 - 21.631,31

55.557,04 112.270,81 38.760,07 206.587,92

310.080,00 522.163,34 1.762.185,97 2.594.429,31

- 47.070,58 580.183,20 627.253,78 308.749,00 3.502.452,16 763.780,25 4.574.981,41

606.310,22 789.623,58 720.224,57 2.116.158,37 619.169,30 520.797,85 556.213,31 1.696.180,46

190.587,84 130.909,71 1.813.257,24 2.134.754,79

948.355,23 1.142.635,32 1.665.396,52 3.756.387,07

193.005,00 103.379,14 1.094.595,52 1.349.352,40

480.923,00 851.495,88 896.060,50 2.228.479,38

134.576,00 - - 134.576,00

3.461.078,00 3.251.161,90 3.962.883,86 10.675.123,76 376.696,00 - - 376.696,00

- 293.210,00 1.298.383,00 1.591.593,00

- - 1.267.106,88 1.267.106,88

33.305.401,37 34.774.237,31 40.487.733,82 108.525.745,24

PROJETOS DESENVOLVIDOS PARA O PROADI-SUS NO TRIÊNIO 2012/2014

49

Capacitar a rede pública no diagnóstico pré-natal de malformações congênitas pelas técni-

cas de ultrassonografia morfológica de 1º e 2º trimestres e da ecocardiografia fetal.


IMPACTO: Durante o triênio 2012-2014, foram realizados 1.996 exames de ecocar-

diografia fetal para pacientes do SUS, que apontaram 51 gestantes com diagnóstico

de fetos portadores de doença cardíaca. Em algumas situações, as parturientes pu-

deram ainda se beneficiar do tratamento intraútero que garantiu maior chance de

sobrevida ao feto. Durante o triênio foram realizados 40 procedimentos intraútero.

Tratamento cirúrgico das cardiopatias congênitas no período neonatal

OBJETIVO: Tratar crianças portadoras de cardiopatias congênitas encaminhadas

pelo SUS que necessitem de tratamento cirúrgico, e capacitar equipes para realiza-

rem cirurgias cardíacas pediátricas em Estados da federação sem este recurso.


IMPACTO: Foram realizados 7.074 procedimentos no Centro de Diagnóstico e 126

procedimentos hospitalares no HCor. Em um universo de 131 pacientes atendidos,

86 tiveram indicação de cirurgia para tratamento de cardiopatias congênitas.

Estudo randomizado multicêntrico comparando cirurgia cardíaca e cateterismo terapêutico para comunicação interventricular perimembranosa

OBJETIVO: Avaliar a não-inferioridade do fechamento percutâneo da CIV em compa-

ração ao tratamento cirúrgico.


IMPACTO: Na fase de elaboração do protocolo identificou-se que seria absolutamen-

te essencial considerar a ocorrência de bloqueios atrioventriculares ou morte súbita

em seguimento de 2 anos, devido à gravidade destes desfechos. Por ser uma ocor-

rência rara, o tamanho de amostra necessário seria maior, para permitir sua obser-

vação com poder estatístico adequado. Desta forma, seria inviável a continuidade do

estudo no triênio, pois não permitiria execução dentro do tempo disponível.

ESCAPE - Estudo das cardiopatias congênitas com hiperfluxo pulmonar

OBJETIVO: Elaborar um registro capaz de documentar a evolução do tratamento uti-

lizado em crianças portadoras de cardiopatias congênitas com hiperfluxo pulmonar,

através da aferição do padrão de prescrição de intervenções baseadas em evidên-

cias nos tratamentos clínicos invasivos a curto, médio e longo prazos, a fim de iden-

tificar oportunidades de melhoria.

50


IMPACTO: Este foi o primeiro registro incluindo hospitais públicos e privados desenha-

do no Brasil para documentar a evolução do tratamento em crianças com cardiopatias

com hiperfluxo pulmonar. Esse estudo foi capaz de detalhar aspectos clínicos como:

história materna, história clínica, dados da evolução intra-hospitalar do pós-operató-

rio, até 6 meses pós-intervenção. Além disso, conseguiu despertar o interesse em pes-

quisa nos principais centros de cirurgias cardiovasculares que lidam com pacientes

que realizam tratamento de cardiopatias congênitas com hiperfluxo pulmonar (comu-

nicação interatrial, comunicação interventricular, persistência do canal arterial, defeito

do septo atrioventricular total e defeito do septo atrioventricular parcial).

Foram treinados 25 centros para utilização da Plataforma Brasil, cadastramento de

pesquisa em CEPs, inclusão de dados no sistema eletrônico para o estudo, trabalho

com protocolos de estudo e normas internacionais em Boas Práticas Clínicas.

CHAIN - Registro brasileiro de cateterismo cardíaco em cardiopa-tias congênitas

OBJETIVO: Realizar um registro que refletisse um panorama nacional do papel do

cateterismo cardíaco em pacientes com cardiopatias congênitas em hospitais distri-

buídos de acordo com a densidade geográfica de cada região do Brasil.


IMPACTO: Em três anos foram incluídos 1.720 registros na base de dados, um passo

importante para o conhecimento dos resultados e impactos de procedimentos como

o cateterismo cardíaco para tratamento e diagnóstico.

Houve importante contribuição do projeto para o desenvolvimento de novas pesquisas

em todo o Brasil, uma vez que foram capacitadas 15 instituições, distribuídas em 4 re-

giões do país, sendo 2 centros no Nordeste, 1 no Centro-Oeste, 6 no Sudeste e 6 no Sul.

Este projeto recebeu o prêmio Helder Paupério, em novembro de 2014, concedido

ao melhor trabalho apresentado em forma de pôster no XXIII Congresso Brasileiro

de Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular Pediátrica.

Observatório sobre o estado da atenção às urgências no BrasilOBJETIVO: Monitorar a situação das urgências no Brasil, adotando como parâme-

tros o desempenho do sistema nacional e os compromissos da Política Nacional de

Atenção às Urgências, da Política de Humanização e da Política de Qualificação da

Atenção à Saúde.


IMPACTO: O projeto apresentou potencial de contribuição com a Política Nacional

de Atenção às Urgências. O monitoramento da mídia digital apresentou métodos

e ferramentas que forneceram uma imagem global sobre o estado de saúde da

população. Os fenômenos monitorados evidenciaram as iniquidades em saúde e


51

apresentaram elementos de compreensão para a sua superação. Para isso, no pe-

ríodo de 2012 a 2014, foram selecionadas e analisadas 8.142 notícias nacionais

que relataram fatos sobre a situação das urgências no Brasil. Esse material possibi-

litou o desenvolvimento de boletins informativos com elementos de reflexão, que

de alguma maneira contribuíram para a compreensão da dinâmica dos serviços

de urgências.

Programa de capacitação em emergências cardiovasculares para rede de atendimento a urgências e emergências

OBJETIVO: Capacitar equipes da rede de urgências e emergências de dez capitais

brasileiras nos cursos de BLS e ACLS, reconhecidos pela American Heart Association

(AHA), além de cursos de capacitação em atendimento às principais doenças cardio-

vasculares, baseados nos protocolos do BRIDGE.

ABRANGÊNCIA: Dez capitais brasileiras: Manaus/AM, Belém/PA, Belo Horizonte/

MG, Cuiabá/MT, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, Natal/RN, Rio Branco/AC, Rio de Janeiro/

RJ e Teresina/PI).

IMPACTO: Foram treinados 680 profissionais em suporte básico de vida, 556 em su-

porte avançado de vida e 673 pessoas em capacitação em doenças cardiovasculares,

em sete capitais brasileiras. Foram disponibilizadas para Manaus/AM 400 vagas, sen-

do 80 de ACLS, 120 de BLS e 200 de capacitação em cardiovasculares. Por determina-

ção da CGUE, as etapas que seriam realizadas em Fortaleza e Rio Branco foram substi-

tuídas pelo curso Advanced Hazmat Life Support (AHLS), oferecido com exclusividade

na América Latina pela parceria do HCor e Universidade do Arizona, que contemplou

150 profissionais da força nacional do SUS, indicados pelo Ministério da Saúde.

Desenvolvimento de instrumento, banco de dados e pesquisa piloto de caráter censitário para o diagnóstico do perfil e gestão da força de trabalho dos serviços que atendem às urgências

OBJETIVO: Desenvolver metodologia e instrumentos para o diagnóstico do quanti-

tativo, perfil de formação, experiência, contratos e organização da força de trabalho

nas urgências.

ABRANGÊNCIA: Manaus/AM

IMPACTO: Este projeto elaborou uma metodologia e instrumentos para o diagnós-

tico da força de trabalho em urgências e sua forma de organização para a provisão

de serviços, sendo que esta metodologia pode ser replicada para outros níveis de

atenção. Este instrumento serviu de base para a construção de outros formulários

de coleta de dados de projetos do HCor.

Desenvolvimento de um software para suporte ao Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação - SINAN

52

OBJETIVO: Desenvolver software (versões web, desktop e móvel) para registro de

dados, individuais ou coletivos, referentes às doenças e agravos de notificação com-

pulsória, segundo legislação nacional.

ABRANGÊNCIA: Todas as unidades públicas ou privadas de notificação no país: unidades

básicas de saúde, clínicas, hospitais e outras instituições que apresentam obrigatoriedade

na notificação ou que aderiram ao sistema por meio de articulação e políticas locais.

IMPACTO: Maior frequência e agilidade no processo de notificação e acompanha-

mento dos agravos no território nacional, aumentando os índices de participação

das esferas federadas, permitindo a identificação mais precisa quanto à situação

epidemiológica e auxiliando os gestores na realização das ações de gestão, vigilân-

cia, prevenção e controle de doenças e agravos.

Desenvolvimento gerencial integrado da linha de atenção às urgências no ambiente intra-hospitalar

OBJETIVO: Desenvolver a capacidade gerencial da linha de atenção aos pacientes

agudos ou agudizados no ambiente intra-hospitalar no contexto da Rede de Atenção

às Urgências de caráter regional, mediante a formação de gerentes atuantes na área

e a qualificação dos fluxos e processos assistenciais, que são capazes de melhorar a

qualidade de vida da população.

ABRANGÊNCIA: Regiões metropolitanas de Fortaleza e Salvador e na cidade de São

Paulo, em 24 hospitais

IMPACTO: Foram realizadas três edições do curso em três regiões metropolitanas. A

partir do aprendizado, os alunos do curso, com o apoio dos facilitadores de apren-

dizagem, tiveram a oportunidade de colocar em prática conhecimentos capazes de

promover ações voltadas à estruturação e à qualificação do componente hospitalar,

bem como à manutenção da integralidade da rede de urgência. Ao serem incenti-

vados a estabelecer uma comunicação efetiva com os trabalhadores do serviço e

outros gerentes, ocorreu o compartilhamento do aprendizado e o estímulo a meca-

nismos de liderança e de colegiados de gestão intra-hospitalar. Além disso, as ações

incentivaram a formação de espaços coletivos, com diferentes visões e interesses,

fortalecendo as diretrizes da Política de Educação Permanente.

PARTICIPANTES: Fortaleza: 11 gerentes, 17 facilitadores e 11 hospitais;

Salvador: 63 gerentes, 8 facilitadores e 9 hospitais;

São Paulo: 55 gerentes, 8 facilitadores e 4 hospitais.

PLANO DIRETOR DE HOSPITAIS DO BRASIL: estratégias para elaboração de suas bases

OBJETIVO: Apoiar a estruturação de um processo de reforma estratégica e coerente


53

do sistema hospitalar do SUS e do desenvolvimento da regulação da Saúde Suple-

mentar neste contexto.

ABRANGÊNCIA: Espírito Santo (ES) e município de São Paulo (SP)

IMPACTO: Elaboração de Planos Diretores de Hospitais por Estados, para subsidiar a

reforma estratégica e coerente do sistema hospitalar do SUS e do desenvolvimento

da regulação da Saúde Suplementar em cada Estado, tendo em vista a satisfação

das necessidades da população. Foram realizados os seguintes processos metodo-

lógicos: revisão integrativa sobre o dimensionamento e tipologia de leitos hospita-

lares; construção do instrumento de diagnóstico de Serviço Hospitalar de Urgência

(SHU); visitas técnicas aos SHUs do Espírito Santo e de São Paulo; e apoio à constru-

ção de um laboratório de planejamento dos processos-chave, com a participação

dos atores locais identificados como estratégicos.

CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA A CESSAÇÃO DO TABAGISMO E IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA NOS HOSPITAIS E UBSs

OBJETIVO: Capacitar profissionais da rede pública para implantação do programa

de cessação do tabagismo, tratar fumantes e multiplicar estes conhecimentos com

seus pares através da educação permanente.

ABRANGÊNCIA: Capital do Estado de São Paulo, nas regiões Norte, Sul, Leste, Cen-

tro-Oeste e Oeste

IMPACTO: Foram capacitados 1.035 profissionais da área da saúde, entre eles mé-

dicos, enfermeiros, psicólogos, odontólogos, nutricionistas, assistentes sociais e far-

macêuticos. Estes profissionais receberam a tarefa de multiplicar os conhecimentos

recebidos, a fim de implantar o programa nas unidades que ainda não haviam sido

treinadas e continuar o programa nas unidades em que já é existente.

APOIO AO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS REGIONAIS DE ATENÇÃO INTEGRADA À SAÚDE/ REGIÕES DE SAÚDE

OBJETIVO: Propor aos gestores estaduais e municipais modelos que correspondes-

sem às necessidades sociais em saúde de cada população/território, não satisfeitas

com os modelos atuais, buscando contribuir de forma estratégica para o planeja-

mento e a organização dos sistemas regionais de saúde.

ABRANGÊNCIA: Estados do Amazonas e Espírito Santo, com gestores das secretarias

estaduais de Saúde e COSEMS – Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde.

IMPACTO: Foram instituídos laboratórios de planejamento nos Estados do Amazonas

e Espírito Santo, com gestores das secretarias estaduais de Saúde e COSEMS – Con-

selhos de Secretarias Municipais de Saúde. A institucionalização dos laboratórios de

54

planejamento fortaleceu a capacidade de planejamento dos gestores e profissionais

das secretarias estaduais de Saúde e COSEMS por meio do desenvolvimento de com-

petências teóricas e instrumentais necessárias para desenvolver os sistemas regionais

de saúde. Tal institucionalização foi impulsionada pelo curso Estratégias de Forma-

ção para Apoio ao Desenvolvimento de Sistemas Regionais – Formação em Ação,

que teve duração de 120 horas e formou 70 gestores e gerentes das secretarias

estaduais de Saúde do Amazonas e do Espírito Santo. Os ambientes de formação

possibilitam um estreitamento no relacionamento dos atores, proporcionando um

espaço de planejamento compartilhado. Além disso, foi realizado o I Seminário

da Rede Internacional de Conhecimento em torno das Ciências do Planejamento

e Organização Assistencial (Health Care Delivery Sciences), com especialistas dos

Estados Unidos, Espanha e Portugal, promovendo intercâmbio científico sobre o

planejamento de sistemas regionais de saúde e provisão de serviços de saúde e

seus modelos.

ESTUDO ART – Estudo clínico randomizado avaliando o efeito da manobra de recrutamento alveolar máximo associada a PEEP titulada versus estratégia padrão (ARDSNet) na mortalidade de pacientes com SARA

OBJETIVO: Determinar se a estratégia de recrutamento alveolar máximo associada à ma-

nutenção de PeeP titulada pela complacência estática do sistema respiratório é capaz de

aumentar a sobrevida em 28 dias de pacientes com síndrome do desconforto respiratório

agudo moderada-grave em comparação ao tratamento convencional (estratégia ARDSNet).

ABRANGÊNCIA: Participam do estudo 145 centros, dos quais 130 estão ativos, ou seja,

com aprovação em seus comitês de ética em pesquisa e treinados. A maioria dos

centros localiza-se em território nacional, embora participem instituições de outros

países como Espanha, Itália, Portugal, Polônia e Colômbia.

IMPACTO: Esse estudo triou 1.092 pacientes e randomizou aproximadamente 470

até 2014. O ART já é um dos maiores estudos sobre este tema em nível mundial e,

quando finalizado, de fato será o maior estudo randomizado avaliando técnicas de

ventilação em SARA. Caso os resultados sejam positivos, o estudo dará embasamen-

to científico com adequado poder metodológico para realizar recrutamento alveolar

e ventilação pela PeeP titulada em pacientes com SARA moderada a grave, reduzin-

do a taxa de mortalidade, sem custos adicionais à instituição e ao sistema público

de saúde. Cabe destacar que diversos estudos anteriores de menor porte estão pu-

blicados em periódicos de alto impacto como o New England Journal of Medicine e

JAMA. Adicionalmente, já houve abordagem do editor-chefe do New England Journal


55

of Medicine com vista a submeter o manuscrito principal do ART ao NEJM, assim

que o estudo finalizar. Outro impacto já observado durante a realização do ART diz

respeito à formação de uma rede de pesquisa em medicina intensiva no Brasil.

Centro de Avaliação de Tecnologias em Saúde - CATSOBJETIVO: Produzir avaliações de tecnologias em saúde para subsidiar decisões sobre in-

corporação de tecnologias apropriadas ao SUS. Apoiar a formação e a especialização de

gestores e de profissionais da saúde em avaliações de tecnologias em saúde.

ABRANGÊNCIA: Estende-se ao Ministério da Saúde/DECIT, Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (Anvisa), Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats), Nú-

cleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Nats), Comissão Nacional de Incorporações

de Tecnologias no SUS (Conitec) e secretarias de Saúde municipais e estaduais.

IMPACTO: O projeto teve fundamental importância na realização de avaliações de tecnolo-

gias em saúde sobre temas relevantes para o SUS, necessárias para a tomada de decisão

a respeito da incorporação de tecnologias em saúde. A capacitação de profissionais e ges-

tores, sobre como produzir ou como avaliar criticamente estudos de avaliação de tecnolo-

gias em saúde em todo o Brasil, propiciou o conhecimento necessário para realização de

estudos sobre temas prioritários para as instituições, contribuindo para a melhor tomada

de decisão e alocação de recursos.

Capacitações realizadas: dois cursos de revisão sistemática, cinco oficinas de parecer técni-

co-científico e três oficinas de revisão sistemática. Total de pessoas capacitadas: 230

PRODUÇÃO TÉCNICA: 12 pareceres técnico-científicos; 3 avaliações de múltiplas tecnologias.

TREND - Estimulação trigeminal periférica para o tratamento de depressão maior resistente

OBJETIVO: Avaliar se a estimulação do nervo trigêmeo (nervo situado na região aci-

ma da sobrancelha) é tolerável e efetiva para o tratamento da depressão, em asso-

ciação ao uso de medicação antidepressiva.

ABRANGÊNCIA: Região metropolitana de São Paulo

IMPACTO: A Organização Mundial da Saúde salienta que a depressão maior afeta as

nações mundiais de um modo geral, portanto, uma nova terapia para essa condição

é de grande aplicação para pacientes com este diagnóstico já submetidos a outros

tratamentos e que não tiveram melhora dos sintomas.

DICA Br - Dieta Cardioprotetora: Efeito do programa alimentar brasileiro cardioprotetor na redução de eventos e fatores de risco na prevenção secundária para doença cardiovascular; Ensaio clínico randomizado nacional e aberto

OBJETIVO: Avaliar se o Programa Alimentar Brasileiro Cardioprotetor (DICA Br) é efetivo

56

na redução de parada cardíaca, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral,

revascularização do miocárdio, amputação por doença arterial periférica, angina ou óbi-

to por causa cardiovascular em pacientes que já têm alguma doença cardiovascular.

ABRANGÊNCIA: Nacional, cinco regiões, 21 unidades federativas

IMPACTO: Proposta de programas e políticas públicas de promoção a estudo nacio-

nal inédito que possibilitou:

• Disponibilizar para a população brasileira uma dieta acessível com alimentos típi-

cos da culinária do país e benefícios de cardioproteção;

• Impacto clínico: controle dos fatores de risco para DCV;

• Acessibilidade e baixo custo facilitam a adesão à dieta;

• Redução de eventos cardiovasculares;

• Subsídios para promoção de alimentação cardioprotetora na atenção básica de saúde.

BLESS - Estudo da viabilidade da estimulação elétrica contínua bilateral do hipotálamo ventro-medial (HVM) em indivíduos obesos mórbidos

OBJETIVO: Avaliar se o tratamento da obesidade através de implante de eletrodos

cerebrais é seguro em pacientes obesos mórbidos, assim como se a estimulação

contínua na região do hipotálamo ventro-medial (HVM) leva à perda de peso.

ABRANGÊNCIA: Região metropolitana de São Paulo

IMPACTO: Desenvolvimento de uma nova modalidade terapêutica, com técnica ino-

vadora, para os pacientes que apresentam o diagnóstico de obesidade mórbida.

SECURE - Ensaio clínico randomizado multicêntrico avaliando o efeito da atorvastatina em pacientes com síndrome coronariana aguda com programação para intervenção coronária percutânea

OBJETIVOS: Determinar se a administração de uma dose de ataque de atorvastatina de

80mg, antecedendo a intervenção coronariana, associada a uma dose reforço de 80mg,

24 horas após o procedimento, é capaz de reduzir a taxa de eventos cardiovasculares

maiores. Avaliar a efetividade da atorvastatina genérica em uma população brasileira

com doença arterial coronariana. Gerar banco de dados nacional para a construção de

futuras revisões sistemáticas, análises econômicas e avaliações de tecnologias em saúde.

ABRANGÊNCIA: Nacional, em serviços de hemodinâmica e de pesquisa de todas as

regiões do Brasil, tanto do Sistema Único de Saúde como da medicina suplementar.

IMPACTO: Demonstração do efeito das estatinas, no momento pré-procedimento e

30 dias após o procedimento, com efetividade na redução de complicações já ci-

tadas anteriormente. Os resultados positivos do estudo embasam cientificamente,

com adequado poder metodológico, a administração da estatina aos pacientes com

síndrome coronariana aguda no momento pré-procedimento, a fim de reduzir com-

plicações cardiovasculares. Além disso, o projeto consolida uma rede nacional de


57

centros de pesquisa que envolvem o serviço básico do Sistema Único de Saúde (SUS),

bem como o de saúde suplementar (privado), dedicados às pesquisas científicas de

relevância no cenário das doenças cardiovasculares no Brasil. Além disso, se comprova-

do o efeito benéfico da estatina no período pré-angioplastia, haverá uma maneira não

invasiva e eficaz para redução de complicações em pacientes infartados.

SPACE Trial - Efeito da polipílula em pacientes de alto risco cardiovascular: um ensaio clínico randomizado

OBJETIVO: Avaliar adesão às duas estratégias de tratamento: pílula única composta

de 4 princípios ativos versus tratamento convencional, com várias drogas individuais.

Neste sentido, verificar se o uso de um único comprimido diário poderia, e muito,

melhorar a adesão do paciente ao tratamento, quando comparado à administração

de vários medicamentos individuais, muitas vezes tomados com frequência maior

que uma vez ao dia ou em horários diferentes.

ABRANGÊNCIA: Nacional, com 23 instituições participantes, que receberão o trata-

mento independente do grupo em que serão alocadas.

IMPACTO: A execução deste projeto, através do PROADI, foi interrompida em comum

acordo com o Ministério da Saúde, uma vez que o SPACE é um projeto gêmeo de

projetos realizados em outros países (Austrália e Inglaterra) e que a Wellcome Foun-

dation, sendo responsável pelo seu financiamento no âmbito internacional, se pro-

pôs a financiá-lo também para a versão brasileira.

Manutenção e ampliação da rede de suporte remoto em tele-eletrocardiografia na rede nacional de urgência e emergência: TELEMEDICINA SAMU/UPAS

OBJETIVO: Contribuir para as Normas Operacionais de Assistência em Saúde, es-

pecificamente a descentralização da complexidade e a universalização do acesso.ABRANGÊNCIA: NacionalIMPACTO: O projeto permitiu maior acesso ao diagnóstico cardiovascular em um tempo adequado, oferecendo, assim, maior segurança às equipes de apoio no aten-dimento às emergências cardiovasculares. Estas ações permitiram a redução de custos através da diminuição das internações desnecessárias, dos deslocamentos de pacientes dispensáveis entre municípios, menor tempo médio das internações e tempo de atendimento inicial a condições emergenciais que demandam condutas em intervalo de tempo preciso. Desde o início do projeto já foram realizados mais de cem mil exames, em todas as unidades federativas.

VALVA Melody - Ensaio clínico não controlado fase IV multicêntrico de pacientes com cardiopatia congênita submetidos ao implante percutâneo ou perventricular de valva pulmonar: impacto clínico e na qualidade de vida

58

OBJETIVO: Avaliar o impacto da aplicação desta nova tecnologia sobre o manejo clí-nico e a qualidade de vida de pacientes com disfunção de condutos entre ventrículo direito e a artéria pulmonar, caracterizados por estenose e/ou insuficiência pulmonar grave. A válvula pulmonar tem como função permitir que o sangue flua do coração para os pulmões e, nos pulmões, o sangue troque dióxido de carbono por oxigênio.ABRANGÊNCIA: Instituições participantes do estudo: Hospital do Coração, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC) e Instituto Nacional de Cardiologia (INC)IMPACTO: Avaliação da aplicabilidade do implante da valva pulmonar Melody® no manejo clínico e na qualidade de vida de pacientes com disfunção de condutos en-tre ventrículo direito e a artéria pulmonar, caracterizados por estenose e/ou insufi-ciência pulmonar grave. Além de ter sido um estudo inédito, já que esta tecnologia ainda não foi utilizada no Brasil, tem potencial de aplicabilidade no planejamento de políticas de saúde do SUS, especialmente no que tange à incorporação de tal tec-nologia por hospitais de atendimento cardiológico de alta complexidade da rede do SUS em todo o país. Gerando base de dados para estudo de custo-efetividade previs-to e necessário ao planejamento de políticas públicas atreladas à qualidade de vida do paciente com cardiopatia congênita, submetido ao implante de valva pulmonar.

PROJETOS FINANCIADOS COM RECURSOS DO BNDESO HCor, nos anos de 2013, 2014 e 2015, também desenvolveu outros projetos

destinados ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Úni-co de Saúde (PROADI-SUS), com recursos vinculados ao Contrato de Financiamento firmado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor mínimo da obrigação era de R$ 5.643.807,28, sendo aplicado o valor total de R$ 5.755.304,08 nos projetos abaixo relacionados:

PROJETOS DESENVOLVIDOS PARA O PROADI-SUS COM RECURSOS DO BNDES

PROADI-SUS – Projetos para o triênio 2015/2017 - Atividades do ano 2015

No ano de 2015, iniciou-se um novo ciclo trienal para execução de projetos para o PROADI-SUS, tendo sido aplicados mais de R$ 38 milhões, conforme a relação a seguir:


Capacitação em Gestão Clínica - Governo Clínico e Coordenação Médica.Mapeamentos e Capacitação de Centros de Pesquisa Brasileiros (Rede Nacional de Pesquisa Clínica) Vinculados ao SUS (Projeto Piloto)Definição de Requisitos de Boas Práticas de funcionamento para os Serviços de endoscopia para uso em Vigilância Sanitária

Checklist ICU

SOS Emergências - ManausCapacitação em Gestão Clínica e Coordenação MédicaMapeamento e avaliação da capacidade brasileira para realização de ensaios clínicosAmpliação da Cobertura do Projeto de Desenvolvimento Gerencial Integrado da Linha de Atenção às Urgências no Ambiente Intra-Hospitalar

TOTAL

76.880,47

– 121.123,04 – 121.123,04

696.542,00

863.749,47

1.015.056,57

1.858.651,66

– 1.711.598,57

– 267.714,00 – 267.714,00– – 666.459,06 666.459,06– – 853.916,31 853.916,31

– – 1.512.527,58

3.032.902,95

1.512.527,58

5.755.304,08

379.116,18 – 455.996,65

2.013 2.014 2.015 TOTAL

90.327,00 75.641,87 – 165.968,87

NOME DO PROJETOVALORES APLICADOS - R$

PROJETOS PROADI-SUS TRIÊNIO 2015-2017 SIPAR Nº

Assistência Ambulatorial e Hospitalar a Pacientes do SUS

Estudo de Avaliação e Incorporação de Tecnologia

Capacitação de Recursos Humanos

Pesquisa de Interesse Público em Saúde

Desenvolvimento de Técnicas e Operação de Gestão em Serviços de Saúde

Assistência em Cardiologia e Radiocirurgia - Atividades Assistenciais: Ambulatoriais e Hospitalares – para atendimento de crianças com cardiopatias complexas, e Tratamento de Tumores do Sistema Nervoso Central e Má Formação Artério-Venosa por radiocirurgia com Gamma Knife de pacientes SUS.

CATS - Centro de Avaliação de Tecnologias em Saúde

Desenvolvimento Gerencial - Desenvolvimento Gerencial Integrado da Linha de Atenção às Urgências no Ambiente Intra-hospitalar

MELODY - Ensaio clínico não controlado fase IV multicêntrico de pacientes com cardiopatia congênita submetidos ao implante percutâneo ou perventricular de valva pulmonar: impacto clínico e na qualidade de vida.

Capacitação Nutricional - Capacitação em Terapia Nutricional da equipe multiprofissional SUS.

SECURE - Ensaio Clínico Randomizado Multicêntrico avaliando o efeito da Atorvastatina em Pacientes com Síndrome Coronariana Aguda Submetidos à Intervenção Coronária Percutânea

DICA Br – Efeito do Programa Alimentar Brasileiro Cardioprotetor na redução de eventos e fatores de risco na prevenção secundária para doença cardiovascular: Um Ensaio Clínico Randomizado

Padrões para Vigilância nas Urgências – Padrões para uso em VISA para serviços hospitalares de urgências.

Capacitação Atenção Básica do Idoso – Capacitação dos Profissionais da Atenção Básica sobre a Saúde do Idoso

LOAD - Atorvastatina para a prevenção de eventos cardiovasculares maiores em pacientes submetidos à cirurgia não cardíaca: ensaio clínico randomizado piloto LOAD

BRIDGE -STROKE - Ensaio clínico randomizado em clusters, para avaliar o aumento do uso de práticas baseadas em evidência através de uma estratégia multifacetada

Plano Diretor - Plano Diretor de Hospitais para o SUS

Capacitação para SNVS - Capacitação para o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) em Boas Práticas de Inspeção em Serviços de Saúde.

ART - Estudo clínico randomizado avaliando o efeito da manobra de recrutamento alveolar máximo associada à PEEP titulada versus estratégia padrão (ADSNet) na mortalidade de pacientes com SARA

Mapeamento - Mapeamento e avaliação da capacidade brasileira para realização de ensaios clínicos

QUALITI/HOSPITALAR - Qualificação da atenção e gestão hospitalar, com foco nas ferramentas de segurança do paciente/gestão da clínica

Cardiologia Fetal

BLESS - Proposta de Estudo da Viabilidade da Estimulação Elétrica Contínua Bilateral do Hipotálamo Ventro-Medial em Indivíduos Obesos Mórbidos

Boas práticas na atenção à cardiologia e urgências cardiovasculares

Estudo RIVER - Ensaio clínico randomizado, fase 2, aberto, de não inferioridade, para explorar a segurança e eficácia de Rivaroxaba-na em comparação com antagonista da vitamina K em pacientes com fibrilação atrial e prótese de válvula mitral biológica

SOS Emergências

Manejo Dietético - Caderno de Atenção Básica para o manejo dietético dos fatores de risco cardiovasculares

TREND - Estimulação trigeminal periférica para o tratamento de depressão maior

Congênitos - Projeto de cooperação para o desenvolvimento e expansão da cirurgia cardíaca congênita

BASICS -Estudo randomizado para avaliar o efeito de uma solução balanceada em comparação ao cloreto de sódio a 0,9% nos desfechos clínicos de pacientes gravemente enfermos

SISTEMAS REGIONAIS - Apoio ao Desenvolvimento de Sistemas Regionais de Atenção Integrada à Saúde/Regiões de Saúde

Observatório – Observatório Social de Políticas Públicas em Saúde

25000.006108/2015-21

25000.006054/2015-02

25000.014604/2015-59

25000.006062/2015-41

25000.128600/2015-57

25000.006076/2015-64

25000.006094/2015-46

25000.014583/2015-71

25000.120611/2015-99

25000.006077/2015-17

25000.128865/2015-55

25000.014621/2015-96

25000.014600/2015-71

25000.006080/2015-22

25000.147009/2015-07

25000.014617/2015-28

25000.006096/2015-35

25000.006087/2015-44

25000.014628/2015-16

25000.137452/2015-61

25000.050895/2015-49

25000.145420/2015-30

25000.006091/2015-11

25000.006103/2015-07

25000.137467/2015-20

25000.014587/2015-50

25000.091556/2015-12

60

No imaginário popular, hospital é o ambiente que acolhe o doente e salva vidas.

De fato, é esta sua função principal, mas o que poucos sabem é o grau de risco ine-

rente a uma hospitalização e o que pode ocorrer, por exemplo, quando as metas de

segurança ao paciente não são seguidas com rigor.

A boa notícia é que a segurança em hospitais deu um salto de qualidade ao utili-

zar sistemas de certificações denominados “Acreditação”, que auditam a cadeia de

cuidados dos pacientes em todos os seus aspectos, visando a garantia de uma assis-

tência segura e minimizando as possibilidades de falhas ou erros.

A acreditação é uma metodologia de avaliação que contempla todas as ativida-

des que ocorrem em um hospital, organizadas para garantir a segurança no cuidado

com o paciente, desde registros e identificações corretos, cuidados na administração

de medicamentos, cirurgias e procedimentos com anestesia, vigilância com a lava-

gem de mãos, cuidados com o ambiente e os equipamentos, entre outras medidas

descritas nos procedimentos operacionais. Tudo isso controlado por indicadores

comparados aos melhores hospitais do Brasil e do exterior.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu programas que permitem reduzir

riscos à saúde, utilizando recursos de segurança muito simples, como evitar quedas,

lavar as mãos, verificar a administração de medicamentos, uso correto da tecnologia

e outras ações que podem aumentar a segurança dos pacientes.

A segurança, portanto, está diretamente associada à qualidade da gestão hospita-

lar, responsável por equipes muito bem preparadas, com foco no paciente e na sua

família, em ambiente com os recursos necessários para oferecer o tratamento correto

e um relacionamento digno e respeitoso em um ambiente acolhedor e confortável.

No HCor, a qualidade e a segurança do paciente são parte dos objetivos estratégi-

cos da instituição, por meio de programas de melhoria contínua para seguir rigoro-

samente os padrões internacionais preconizados na Metodologia de Certificação da

Joint Commission International (JCI).

Em 2016 o HCor foi auditado novamente por especialistas da JCI, representada no

Brasil pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), e conquistou o 4º Ciclo de Acre-

ditação. Além disso, os programas de cuidados clínicos de Infarto agudo do miocárdio

(IAM) e de insuficiência cardíaca (IC) também foram certificados em segundo ciclo.

SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

62

SEGURANÇA DO PACIENTE O trabalho multiprofissional é de extrema importância para a segurança do pa-

ciente e sucesso no tratamento. As diferentes equipes envolvidas no tratamento do

paciente atuam em conjunto partilhando conhecimentos e responsabilidades, o que

possibilita o aumento do número de conferências envolvidas no processo e a inte-

gração dos profissionais.

São desenvolvidas muitas ações com foco no paciente.

Criação do Serviço de Informação de Medicamentos (SIM)Visando garantir a segurança do paciente, a farmácia do HCor conta com uma equi-

pe de profissionais altamente capacitada atuando em toda a cadeia de medicamentos,

desde a análise da prescrição até o monitoramento no uso dos fármacos.

Os gestores do serviço da farmácia do HCor estão sempre acompanhando seus pro-

cessos através de indicadores, em busca de oportunidades de melhoria.

A informação técnica sobre medicamentos, disponibilizada de forma correta e con-

cisa, cientificamente bem baseada, deve ser fornecida a toda a equipe multiprofissional

para diminuir os erros relacionados às situações mais complexas.

Um medicamento deve ser acompanhado de informação apropriada. A qualidade da

informação prestada é tão importante quanto a qualidade do produto farmacêutico. Foi

adotando este pensamento que a farmácia do HCor implantou o SIM (Serviço de Infor-

mação de Medicamentos) em junho de 2015, com a finalidade de centralizar e facilitar

o acesso e a disponibilidade das informações sobre medicamentos.

A principal responsabilidade do SIM é difundir informação de qualidade e promover

o uso racional de medicamentos, contribuindo com a segurança do paciente e a educa-

ção dos profissionais de saúde. A informação é difundida através do disparo de Informa-

tivos, Alertas, Boletins e Treinamentos, que buscam solucionar dúvidas e demandas dos

profissionais.

Através do SIM, já foram divulgadas informações sobre diversos assuntos, incluindo

farmacovigilância, estabilidade de medicamentos, orientações de uso de medicamen-

tos e substituições de itens em falta no mercado. Deste modo, o compromisso do SIM

é buscar sempre as melhores alternativas para atender às necessidades dos pacientes,

orientar da melhor maneira os profissionais e promover a redução dos custos hospita-

lares. O conteúdo das informações divulgadas vem orientando e direcionando os pro-

fissionais na tomada de decisão e, desta forma, colaborando para que o paciente tenha

um atendimento com menor risco e um desfecho melhor.

SEGURANÇA DO PACIENTESEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

63

Ações para Cessação do TabagismoA área de Psicologia do HCor desenvolveu várias ações para proporcionar melhor

qualidade de vida aos paciente e funcionários:

Capacitação de profissionais de saúde para tratar fumantes contribuindo para a

cessação do tabagismo com impacto ambiental direto;

Participação em advocacy para a implementação de politicas públicas em relação

ao tabagismo e nutrição, contribuindo para o controle de risco das Doenças Crônicas

não Transmissíveis (DCNTs);

Controle do tabagismo interno no HCor mantendo os ambientes fechados livres

da poluição tabágica.

Melhoria na Conduta de Reabilitação no Ambulatório de Fisioterapia e Medicina Esportiva

Os pacientes internados e com tempo de internação prolongado, sem restrição

clínica, passaram a receber atendimento de reabilitação no ambulatório, durante

o período de sua internação hospitalar. Isso trouxe agilidade em sua recuperação

funcional e impacto direto na qualidade de vida pós-alta hospitalar.

Ações de SustentabilidadeA excelência no atendimento provida pelo HCor a pacientes e o cuidado com co-

laboradores e corpo clínico condizem com o respeito ao meio ambiente praticado

pela instituição em seu espaço físico e entorno, na escolha de práticas operacionais

sustentáveis e também em programas e ações educativas e de estímulo ao uso

consciente de recursos e aproveitamento de resíduos. Este comprometimento faz

parte da trajetória institucional, com ações realizadas há mais de 19 anos, como o

enfardamento e envio de papelão para reciclagem, e se concretiza com o projeto e

a construção do Edifício Adib Jatene, unidade inaugurada em 2014 dentro dos mais

avançados padrões de sustentabilidade, que o tornam um edifício verde.

Projetos sustentáveis se tornaram prioridade nas ações, construções e ampliação

do HCor. As ações práticas realizadas no cotidiano do HCor partem da premissa de

satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gera-

ções futuras de suprir suas próprias necessidades. Seus objetivos são difundir os

conceitos relativos à sustentabilidade e obter o engajamento do público interno nas

ações sustentáveis relacionadas aos resíduos, aumentando o volume de materiais

reciclados e minimizando o envio para aterros sanitários ou incineração. Da utiliza-

64

ção de insumos a escolhas de materiais tecnológicos, há uma avaliação para que o

hospital garanta que a vida no planeta também seja protegida.

Nessa importante questão, cujos reflexos se estendem para as gerações futuras, o

HCor implanta práticas administrativas e operacionais que buscam sempre garantir

a saúde e a segurança das pessoas e do meio ambiente.

Todos os processos estabelecidos têm como objetivo evitar desperdícios de insu-

mos, principalmente de água e de energia elétrica, aumentando a reutilização e a

reciclagem dos materiais, e reduzindo a geração de resíduos.

Quanto aos resíduos gerados, eles são adequadamente tratados (como as lâmpa-

das incandescentes e as soluções de revelação de filmes de raios-X) e descartados

com segurança.

A seguir são relacionadas as ações realizadas nos anos de 2014 e 2015, que gera-

ram a redução no consumo de recursos:

REDUÇÃO NO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA:

Substituição dos refletores das áreas externas

Substituição dos refletores de 250W e 500W por refletor LED de 50W e dos refleto-

res de 1000W por refletor LED de 120W nas áreas externas e no estacionamento da

Elizeu Guilherme.

Revisão da iluminação do Edifício Dr. Adib Jatene

A iluminação do prédio na Eliseu Guilherme 130 foi revisada e várias luminárias

foram desligadas.

Instalação de interruptor em áreas do Edifício Dr. Adib Jatene

Foram instalados interruptores em áreas do prédio na Eliseu Guilherme 130 em que

AÇÕES DE SUSTENTABILIDADESEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE RECURSOS POR PACIENTE (PD)RECURSOS 2009 2010 2011 2012 2013 2014* 2015

ENERGIA ELÉTRICA

(kWh/pd) 171 164 160 156 156 192 197

ÁGUA

(m3/pd) 2,39 2,23 2,03 1,75 1,54 1,5 1,37

GÁS

(m3/pd) 9,96 9,14 8,44 7,77 8,06 7,21 7,92

(*) Inauguração do Edifício Adib Jatene

65

as luminárias ficavam sempre acesas, permitindo agora o desligamento no período

noturno ou quando ninguém esteja no setor.

Reaproveitamento das luminárias desligadas no Edifício Dr. Adib Jatene

As luminárias que foram desligadas no prédio na Eliseu Guilherme 130, por serem

de LED e possuírem menor consumo, foram utilizadas em outros prédios e setores.

Substituição de lâmpadas fluorescentes por LED

Início do processo de substituição das lâmpadas fluorescentes tubulares de 16 Watts

por lâmpadas LED de 10 Watts e lâmpadas fluorescentes Twister de 20 e 15 Watts

por LED de 12 e 9 Watts, reduzindo o consumo de energia e também de resíduos de

lâmpadas para descarte.

Substituição das lâmpadas Dicroicas e PAR-20 por lâmpada LED

Substituição das lâmpadas dicroicas e lâmpadas PAR de 50W por lâmpadas LED

que consomem entre 3 e 9 W.

Implementação de rotina de termografica dos quadros elétricos

A realização a termográfica dos quadros elétricos identifica perdas de energia por

aquecimento causado por má conexão ou desbalanceamento de fases.

Instalação de interruptores nas luminárias do corredor do prédio na Bernardino

de Campos

As luminárias do corredor do prédio da Bernardino de Campos não possuíam in-

terruptores e, por este motivo, ficavam sempre ligadas. Com a instalação dos inter-

ruptores, os seguranças podem desligar as luminárias nos dias e horários em que o

setor estiver vazio.

Modificação de mesa para melhorar dissipação térmica dos minibares

Aumento do furo de ventilação e instalação de acessório limitando a distância entre a

mesa e a parede dos apartamentos, permitindo melhor ventilação e dissipação térmica

dos minibares. Melhora no rendimento dos minibares e economia de energia elétrica

Limite do ajuste de temperatura dos controladores de ar-condicionado das áreas

administrativas e consultórios

Foi restringida a temperatura das salas administrativas, onde o set point mínimo foi

limitado a 21ºC, evitando que a temperatura fique muito baixa e resulte em gasto

desnecessário de energia elétrica.

66

AÇÕES PARA O PRÓXIMO ANO:

• Continuação da substituição das lâmpadas fluorescentes por LED, incluindo as

PL de 18 Watts por LED de 9W.

• Instalação de LED tubular com sensor de presença nas garagens, banheiros e

alguns corredores.

• Instalação de uma usina de energia solar: instalação de uma usina de energia

solar na cobertura do prédio 186.

• Instalação de um gerador de energia com cogeração de água quente.

Substituição de máquina de gelo e de esteiras

No Ambulatório de Fisioterapia da Medicina Esportiva, houve a substituição da má-

quina de gelo por um novo modelo, que gera menor consumo de energia e maior

capacidade de armazenamento ( 70Kg), com sensor para desligamento automático.

Isso contribuiu para a economia de água e energia elétrica.

Neste setor, também foram substituídas esteiras por modelo mais atual, que con-

some menos energia e tem barra de apoio lateral que protege contra queda. Além da

economia de energia elétrica, isso também possibilitou sua utilização por indivíduos

com maior vulnerabilidade e risco de queda.

REDUÇÃO NO CONSUMO DE ÁGUA E GÁS

Instalação de Troca de Calor

Por meio deste trocador de calor, é possível aproveitar a temperatura da água ge-

lada utilizada para refrigeração do PET- CT, disponível em nosso sistema para re-

dução de consumo de água e gás. O processo consiste em aproveitar a baixa tem-

peratura da água que se origina do sistema de refrigeração do PET-CT, resfriando

através do trocador de calor o condensado (água saturada) proveniente do resíduo

de vapor expurgado no processo de secagem de roupas nas máquinas da lavan-

deria. Esse “resíduo de vapor” é transformado em água quente, viabilizando seu

reaproveitamento nos geradores de vapor, que fazem o aquecimento de água para

chuveiros, torneiras etc. Desta forma, economizamos água e gás natural, visto que

o fluido do gerador de vapor já está aquecido e demanda menos água e menos gás

para produzir o vapor.

Com este sistema em funcionamento, o resíduo de vapor não é descartado: é

transformado em água aquecida que é reutilizada na geração de mais vapor. O

sistema se torna cíclico.


67

Reativação do poço artesiano em desuso desde 2006

Com a reativação do poço artesiano, há uma opção de fornecimento de água com

vazão de sete mil litros por hora. Atualmente, o poço está sendo subutilizado.

Utilização de água pluvial e de drenagem (lençol freático)

A água de chuva, juntamente com a água de drenagem do lençol freático do prédio

na Eliseu Guilherme 130, está sendo utilizado nas descargas dos banheiros do pró-

prio prédio e nas descargas dos banheiros do 4º subsolo ao 2º andar do prédio na

Eliseu Guilherme 147 e no prédio da Bernardino 186. Esta água também está sendo

utilizada para lavagem de roupa na lavanderia (consumo mensal aproximado de

830 mil litros) e para limpeza de calçadas e fachada.

Reaproveitamento de água de rejeito de osmose reversa

Durante o processo de purificação de água para uso na central de materiais, parte

da água é descartada. Esta parcela de água está sendo recolhida e reaproveitada.

Implementação de rotina para verificação de banheiros

Criada rotina de manutenção para inspeção nos banheiros, localizando e retirando

vazamentos e regulando as válvulas de descarga e arejadores.

Substituição das duchas dos banheiros dos apartamentos e instalação de reduto-

res de vazão nas torneiras dos lavatórios

As duchas dos apartamentos foram substituídas por um modelo que proporciona

maior economia de água, sem prejuízo do conforto durante o banho. Foram instala-

dos redutores com efeito “chuveiro” nas torneiras dos lavatórios.

Instalação de válvulas de descarga com opção de utilização de 3 ou 6 litros de água

Substituição das válvulas de descarga Hydra Max e dos vasos sanitários (que chega-

vam a consumir até 30 litros de água por utilização) por vasos de 6 litros por fluxo e

válvula de descarga Hydra DUO com opção de descarga de 3 ou 6 litros.

Redimensionamento da circulação de água quente do prédio 123/147

Substituição da bomba; programação e modificação do tempo de atuação da recir-

culação de água quente dos prédios na Eliseu Guilherme 123 e 147. A bomba de re-

circulação está trabalhando sem interrupção, mantendo a água da tubulação sempre

aquecida e diminuindo o tempo de espera por água quente nas torneiras e chuveiros.

Reutilização da água de balcões térmicos

Com a restrição de água, foi implantada a reutilização da água dos balcões térmicos

de refeições para a limpeza interna da cozinha.

68

Esta ação tem gerado uma economia no consumo de água pelo setor, uma vez que

esta água “limpa” era totalmente descartada.

Substituição das esterilizadoras da Central de Materiais

A esterilizadora antiga fazia vácuo por Venturi e o fluido utilizado era a água.

REDUÇÃO DE CUSTOS

-Redução dos Gastos com Lavanderia

Desde o final de 2011, a enfermagem mudou alguns processos de utilização de len-

çol, colcha e cobertores nas Unidades de Internação, obtendo redução bem signifi-

cativa do desperdício, como mostra o gráfico a seguir.

Essa economia está relacionada também com o número de pacientes/dia no mês.

De 2012 até 2014, foi evitado que 55.447 kg de enxoval fossem encaminhados para

a lavanderia a fim de serem lavados. Dessa forma, a vida útil do tecido é prolongada

e há economia de água e produtos químicos usados na lavagem.

Neste mesmo espírito, nos Ambulatórios de Fisioterapia da Medicina Esportiva, as

fronhas de tecido foram substituídas por fronhas emborrachadas, que são higieni-

zadas com álcool. Isso gerou grande economia na lavagem de roupas, visto que são

realizados em média 70 atendimentos/dia.

Redução dos custos de assistência hospitalar aos colaboradores

Visando melhorar o benefício relacionado ao cuidado com a saúde dos colaborado-


201420122011 20152013

VOLUME DE ROUPAS DAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO ENVIADAS PARA LAVANDERIA (em kg)

200

300

350

150

250

100

50

323.738287.951 275.076 276.565

268.291

0

69

res e seus dependentes, o HCor internalizou os procedimentos de alta complexi-

dade, realizando cirurgias de alto custo e tratamentos oncológicos, independente

do plano de saúde a que o colaborador tenha direito, sem ônus para ele. Além de

contribuir para um melhor atendimento, existe uma melhor gestão do custo do

atendimento.

RESíDUOS RECICLÁVEIS

Papelão e papel branco

O processo de segregação ocorre através da compactação do papelão, que é amar-

rado em fardos, e dos papéis brancos, que são acondicionados em sacos. Todos são

enviados para empresas recicladoras.

Óleo vegetal

O óleo utilizado no HCor é segregado pelo setor de Nutrição e Dietética, que também

promove campanhas de conscientização com os funcionários, fazendo com que o

óleo usado em suas residências seja recolhido no HCor, que envia todo o material a

empresas parceiras para a produção de produtos de limpeza.

Todo o óleo coletado no hospital é reciclado e transformado em produtos de limpe-

za. A cada 50 litros de óleo retirado, o HCor recebe cerca de 25 litros de detergente.

Os detergentes são utilizados nas copas do S.N.D. (Nutrição Clínica).

Em 2014 e 2015 foram reciclados 440 litros de óleo.

Plásticos e sucatas em geral

São segregados pelo setor de Higiene e coletados pela empresa especializada em

reciclagem do material.

Vidros

São segregados pelo S.N.D. e Higiene e acondicionados em caixas de papelão com a

identificação “VIDROS”. Posteriormente são colocados em sacos

Lâmpadas fluorescentes

São separadas e devidamente acondicionadas e armazenadas em local apropria-

do, até atingirem uma quantidade adequada para o tratamento, quando são en-

viadas a uma empresa especializada, para que seja realizado o tratamento final,

conforme preconiza a legislação. A empresa de reciclagem deve ter licença para

coleta (CADRI – Certificado de Aprovação de Destinação de Resíduos Industriais) e

ser habilitada para emitir um certificado de tratamento.

39.879

47.033

36.00038.00040.00042.00044.00046.00048.000

2014 2015

PAPEL E PAPELÃO ENVIADOS PARA RECICLAGEM (EM KG)

2014

5.200

9.175

2015

NÚMERO DE LÂMPADAS FLUORESCENTES TRATADAS

8.00010.000

6.000

4.0002.000

0

70

SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

Em 2015 houve um aumento no consumo de lâmpadas fluorescentes devido à

utilização nas novas unidades: Unidade Cidade Jardim, Radioterapia e do novo edi-

fício Dr. Adib Jatene.

Pilhas e baterias usadas

São segregadas pelos setores do hospital e por funcionários. Todas as pilhas são

entregues em uma das estações de reciclagem de uma rede de supermercados por

perto, para posterior envio a cooperativas.

Resíduos orgânicos

São considerados como resíduos orgânicos as sobras de frutas, verduras, legumes e

alimentos cozidos, como carnes, peixes e frangos, provenientes do preparo e refei-

tórios de funcionários. Os resíduos orgânicos são armazenados para posterior trata-

mento, conforme procedimento definido na Resolução da Diretoria Colegiada – RDC

306 12/2004.

Com a aquisição do biodigestor em 2012, houve uma redução de 93%, no volume e

no peso do lixo orgânico produzido no HCor, que é transformado em um composto

orgânico (adubo) e água.

Alguns benefícios do uso do biodigestor:

• Decompõe resíduos orgânicos sem utilizar nenhum tipo de aditivo químico, enzi-

mas ou micro-organismos;

• Processa facilmente sobras de frutas, verduras e legumes, além de sobras de ali-

mentos cozidos como carne, peixe ou frango;

• Elimina as bactérias por aquecimento e possui dispositivo de gestão para controlar

os odores associados ao processo de decomposição dos resíduos orgânicos.

MATERIAL ORGÂNICO GERADO NO PROCESSO DE COMPOSTAGEM

PERCENTAGEM DE RESÍDUO COMUM ENVIADO PARA RECICLAGEM

20%

30%

15%

25%

10%

5%

0%Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média

10 10 1013 13 1314

1416 16

7 8

26

20 19

78 8

12

1512 1211 11

9 9

2014 2015% %

Média Anual de Resíduo Orgânico Tratado 196.000 kg

Média Anual de Composto Orgânico Gerado 9.800 kg

71

Embalagens de cateteres, acessórios e materiais cirúrgicos no Centro Cirúrgico,

Salas Híbridas e Hemodinâmica

Com a geração de materiais passíveis de reciclagem, foram realizadas ações para a

segregação destes materiais. Antes, tais materiais eram considerados infectantes.

O material segregado é enviado para cooperativas que, além de reciclar o material,

desenvolvem um importante trabalho de assistência social, focado na inserção de

ex-viciados, ex-presidiários e semianalfabetos no mercado de trabalho.

Redução na emissão de gás carbônico

Algumas ações realizadas, em 2014 e 2015, contribuíram para a redução de emis-

são de gás carbônico; são elas:

Entrega de Exames por Bicicleta

Para aumentar o volume de entregas de exames em domicílio que, antes eram

feitas apenas pelos correios e serviços de motoboys, o HCor também passou a utili-

zar bicicletas, mediante contrato com uma empresa especializada. Além de favore-

cer os clientes com mais comodidade e menos custo, essa medida também colabora

com o meio ambiente e a mobilidade urbana.

Após um ano de implantação do projeto, o HCor obteve resultados que, embora

modestos frente às necessidades globais, contribuem sobremaneira para a mudan-

ça de comportamento de boa parte da sociedade; além disso, geram grande poten-

cial para evolução do conceito.

• Entregas realizadas em 12 meses: 1.452

• Quilometragem percorrida: 2.877,40 km

• Valor de carbono não emitido: 209,7624 kg/Co2

Este resultado pode ser interpretado sob dois prismas:

1 - O valor acima corresponde à retirada das ruas de um carro flex, motor 1.0, que

rodaria em média 10.000km/ano, por um período de 3 meses; ou

2 - O valor acima corresponde ao plantio de uma árvore de porte correspondente

a 3 ou 4 anos de vida.

Bicicletário

O HCor disponibilizou um bicicletário nas suas instalações, incentivando o uso

deste meio de transporte. Isso contribuiu para o aumento no número de colabora-

dores que utiliza bicicleta para chegar ao hospital.

EVOLUÇÃO DO VOLUME DE RESÍDUOS RECICLADOS (em KG)ANO TIPO jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Média

2015 Comum 35.599 33.136 21.935 16.118 22.783 28.412 29.863 33.569 39.817 33.751 37.032 37.253 30.772

Reciclado 2.905 2.787 2.551 2.424 2.787 2.985 2.606 8.665 6.237 6.760 5.919 7.134 4.480

% 8% 8% 12% 15% 12% 11% 9% 26% 16% 20% 16% 19% 15%

2014 Comum 35.710 33.589 33.602 32.311 34.630 32.460 34.159 30.866 33.535 31.231 33.365 27.692 32.762

Reciclado 3.511 3.496 4.497 4.329 2.294 4.426 2.476 2.398 2.963 4.163 3.213 3.455 3.475

% 10% 10% 13% 13% 7% 14% 7% 8% 9% 13% 10% 12% 11%

2013 Comum 29.362 24.860 26.971 26.703 28.807 33.314 35.446 40.154 39.287 43.243 35.951 37.000 33.425

Reciclado 4336 1933 693 3614 3102 132 1914 1.718 1091 4208 3207,7 3574,4 2517,5

% 15% 8% 3% 14% 11% 0% 5% 4% 3% 10% 9% 10% 8%

B C



relatÓrio de responsabilidade social 2014 | 2015 · medicina diagnóstica ... atividades do ano...

Documents