relatório de gerenciamento de riscos e capital pilar 3 ... · dos riscos nas organizações, com a...

40
Relatório de Gerenciamento de Riscos e Capital Pilar 3 Junho de 2012

Upload: lyhanh

Post on 10-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Relatório de Gerenciamento de Riscos e Capital Pilar 3

Junho de 2012

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de junho de 2012 (Em milhares de reais)

2

Esse relatório tem por objetivo a divulgação de

informações qualitativas e quantitativas sobre

gerenciamento de riscos e requerimentos de capital

aplicáveis ao Conglomerado Financeiro e ao

Econômico Financeiro do HSBC Brasil, que inclui o

HSBC Bank Brasil S.A. – Banco Múltiplo e suas

sociedades controladas, em linha com as

recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de

Basiléia e também com as determinações do Banco

Central do Brasil, publicadas na Circular nº. 3.477, de

24 de dezembro de 2009. Recomendamos que este

relatório seja lido em conjunto com as demais

informações divulgadas pelo HSBC Brasil, tais como os

Resultados Financeiros, e que podem ser encontrados

no site www.hsbc.com.br.

O Conglomerado Financeiro inclui o HSBC Bank Brasil

S.A. - Banco Múltiplo, sua agência em Grand Cayman e

controladas financeiras no país. O Consolidado

Econômico Financeiro, além do Conglomerado

Financeiro, inclui as empresas controladas não

financeiras, inclusive HSBC Seguros (Brasil) S.A.

O termo Grupo HSBC utilizado neste documento

significa HSBC Holding plc (Reino Unido) e suas

empresas coligadas e controladas em todo o mundo. O

termo HSBC Brasil significa HSBC Bank Brasil S.A. -

Banco Múltiplo e suas sociedades controladas.

As demais abreviações utilizadas no texto estão

definidas no apêndice incluído no final deste

documento.

Os valores apresentados neste documento estão de

acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil

aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo

Banco Central do Brasil.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

3

Sumário Introdução ...................................................................................................................................... 5

Perfil da instituição .................................................................................................................... 5

Acordo de capital de Basileia ..................................................................................................... 5 Risco de crédito .......................................................................................................................... 5 Risco de mercado ....................................................................................................................... 5 Risco operacional ....................................................................................................................... 6 Basileia III .................................................................................................................................. 6

Frequência das divulgações sobre o Pilar 3 ............................................................................... 6

Comparação com as demonstrações financeiras do exercício findo em 30 de junho de 2012 .. 6 Revisão ....................................................................................................................................... 7

Gestão e alocação de capital .......................................................................................................... 7 Visão geral ................................................................................................................................. 7 Avaliação interna de adequação de capital ................................................................................ 7 Análise de cenário e teste de stress ............................................................................................ 8

Capital regulatório ...................................................................................................................... 8 Dívidas subordinadas ............................................................................................................... 10

Patrimônio de referência exigido (PRE) .................................................................................. 11 Gerenciamento de Riscos ............................................................................................................. 13

Visão Geral............................................................................................................................... 13

Estrutura organizacional........................................................................................................... 14

Estrutura de governança sênior de comitês, composição e propósitos .................................... 14 Estrutura organizacional da Diretoria de Risco ....................................................................... 16 Políticas para gestão de riscos .................................................................................................. 16

Apetite de risco ........................................................................................................................ 16 Mensuração de risco e sistemas de reporte .............................................................................. 17

Risco de crédito ............................................................................................................................ 17 Objetivos .................................................................................................................................. 17

Organização e responsabilidades ............................................................................................. 17 Risk analytics ........................................................................................................................... 18 Mensuração e monitoramento do risco de crédito ................................................................... 18

Exposições a risco de crédito ................................................................................................... 19 Concentração de créditos ......................................................................................................... 24

Operações em atraso bruto de provisões, excluídas as operações baixadas para prejuízo ...... 24

Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........................................................................ 24

Operações baixadas para prejuízo ............................................................................................ 25 Mitigação do risco de crédito ................................................................................................... 25 Instrumentos mitigadores de risco de crédito........................................................................... 25 Risco de liquidação .................................................................................................................. 26 Risco de crédito de contraparte ................................................................................................ 26

Ajuste de risco de crédito ......................................................................................................... 27 Acordos de garantia.................................................................................................................. 27 Risco de correlação adversa ..................................................................................................... 27 Cessão de crédito e operações de securitização ....................................................................... 28

Risco de mercado ......................................................................................................................... 28 Objetivos .................................................................................................................................. 28 Organização e responsabilidades ............................................................................................. 28

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

4

Políticas de mitigação de risco e de hedge ............................................................................... 28 Medição e monitoramento........................................................................................................ 29 Análise de sensibilidade ........................................................................................................... 29 Valor em risco (‘VaR’) ............................................................................................................ 29 Teste de stress .......................................................................................................................... 29

Carteira de negociação ............................................................................................................. 30 Exposição de derivativos.......................................................................................................... 31 Risco de taxa de juros .............................................................................................................. 33 Risco de taxa de câmbio ........................................................................................................... 33 Risco de preço de ações ........................................................................................................... 33

Risco de preço de mercadorias (commodities) ........................................................................ 33

Risco de emissor específico ..................................................................................................... 33 Risco de taxa de juros das operações não classificadas na carteira de negociação.................. 33

Risco operacional ......................................................................................................................... 33 Objetivo .................................................................................................................................... 34 Organização e responsabilidades ............................................................................................. 34

Mensuração e monitoramento .................................................................................................. 34 Abordagem de avaliação de risco operacional ......................................................................... 34 Registro .................................................................................................................................... 35

Risco de liquidez e captação ........................................................................................................ 35 Glossário ...................................................................................................................................... 37

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

5

Introdução

Perfil da instituição

O Grupo HSBC é uma das maiores organizações de

serviços bancários e financeiros do mundo, presente em

85 países e territórios. O HSBC Brasil está presente em

545 municípios em todas as regiões do País, com uma

rede de atendimento composta, em 30 de Junho de

2012, por 866 agências, 390 postos de atendimento

bancários, 1.030 postos de atendimento eletrônicos,

2.181 ambientes de auto-atendimento e 5.255 caixas

automáticos.

Detalhes das principais atividades do HSBC Brasil e sua

direção estratégica podem ser encontrados na página da

internet www.hsbc.com.br.

Acordo de capital de Basileia

O Banco Central do Brasil, na esteira das

recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de

Basileia contidas no documento "Convergência

Internacional de Mensuração e Padrões de Capital: Uma

Estrutura Revisada" (Basileia II), publicou diversas

normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional

(CMN), as quais estabelecem diretrizes para o adequado

gerenciamento dos riscos associados às operações

conduzidas pelas instituições financeiras. Nesse sentido,

foram regulamentadas as estruturas mínimas de

gerenciamento de risco a serem mantidas pelas

instituições financeiras, bem como as metodologias a

serem adotadas na apuração do Patrimônio de

Referência Exigido para fazer face aos Riscos de

Crédito, Mercado e Operacional.

Assim, a partir de julho de 2008, o Sistema Financeiro

Nacional passou a operar sob as regras de Basileia II, na

abordagem padronizada. Para a abordagem avançada,

ou seja, adoção dos modelos internos pelas instituições

financeiras, o cronograma publicado pelo Banco Central

do Brasil prevê o início dos períodos de solicitação de

autorização para o uso dos modelos proprietários a

partir de Dezembro de 2012 para risco de crédito, Junho

de 2013 para risco operacional e para risco de mercado

este cronograma encontra-se implementado desde Junho

de 2010..

O novo acordo de Basileia (Basileia II) tem como

principal característica a introdução do conceito e

importância de se utilizar as melhores práticas de gestão

dos riscos nas organizações, com a recomendação de

um arcabouço formado de processos, estruturas e

metodologias necessárias à gestão efetiva no dia a dia

dos riscos aos quais uma organização está sujeita. Este

novo acordo baseia-se em uma estrutura conhecida

como “os três pilares”:

O Primeiro Pilar consiste na mensuração do

patrimônio mínimo exigido da instituição para fazer

face aos riscos de crédito, mercado e operacional,

conforme detalhado a seguir:

Risco de crédito

A Basileia II fornece três abordagens de sofisticação

progressiva aos cálculos das exigências de capital de

risco do Pilar 1. A mais básica, a abordagem

padronizada (‘STDA’), exige que bancos ponderem

suas exposições de acordo com “fatores de ponderação

de risco - FPR”, baseados na classificação das

operações e definidos pela circular 3.360/2007, obtendo

desta forma o patrimônio mínimo exigido.

A abordagem avançada (‘IRB’) permite a utilização de

sistemas internos de classificação de risco de crédito

para apuração do patrimônio mínimo exigido. Este é

dividido em dois métodos: abordagem IRB básica

(‘IRB-F’) e abordagem IRB avançada (‘IRB-A’).

Tratando-se da abordagem básica, as instituições

financeiras devem estimar internamente a probabilidade

de default (‘PD’), exposição no momento do default

(‘EAD’) e a perda dado o default (‘LGD’) para suas

carteiras de varejo, e para as carteiras de atacado, a

probabilidade de default (‘PD’) e o prazo efetivo de

vencimento (‘M’), utilizando os demais parâmetros

divulgados pelo Banco Central do Brasil. As

instituições que adotarem a abordagem IRB-A devem

estimar internamente a PD, EAD, LGD e o M.

A exigência de recursos de capital tem o objetivo de

cobrir perdas inesperadas e deriva de uma fórmula

especificada no acordo de Basileia II, incorporando

esses fatores e outras variáveis.

O HSBC Brasil utiliza a abordagem padronizada de

Basileia II desde julho de 2008.

Risco de mercado

Risco de mercado é a possibilidade de ocorrência de

perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado

de posições detidas por uma instituição financeira, o

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

6

que inclui risco das operações sujeitas à variação

cambial, taxas de juros, preços de ações e preços de

mercadorias (commodities). O risco de mercado é

medido usando os modelos Value at Risk (‘VaR’) ou as

regras padrão prescritas pelo Banco Central do Brasil.

O HSBC Brasil utiliza a abordagem padronizada para

determinar as exigências de capital de risco de mercado.

Risco operacional

O Acordo de Basileia II, adotado pela regulamentação

publicada pelo Banco Central do Brasil sob a Circular

3.383, incluiu exigências de capital para risco

operacional usando três metodologias: (i) Abordagem

do Indicador Básico; (ii) Abordagem Padronizada

Alternativa; e (iii) Abordagem Padronizada Alternativa

Simplificada.

O HSBC Brasil adotou a Abordagem Padronizada

Alternativa Simplificada para determinar as exigências

de capital regulatório de risco operacional. Esta

abordagem segrega o saldo patrimonial (média dos três

últimos exercícios) das linhas Comercial e Varejo e de

forma conjunta aplica o fator “m” de 3,5% e o fator

“beta” de 15%. Para as demais linhas de negócio são

considerados a média do resultado bruto dos três

últimos exercícios, e de forma conjunta, ponderada pelo

fator “beta” de 18%.

Para efeitos de consolidação do Grupo, utiliza-se a

abordagem padronizada alternativa, calculada

utilizando-se a média de receita bruta da instituição dos

últimos 3 anos para cada uma das linhas de negócio

listadas na tabela abaixo, multiplicada pelo coeficiente

relevante.

Linha de Negócio Coeficiente

Finanças Corporativas 18%

Banco de Varejo 12%

Banco Comercial 15%

Negociação e Vendas 18%

Pagamentos e Liquidações 18%

Serviços de Agente Financeiro 15%

Corretagem de Varejo 12%

O HSBC Brasil está se preparando para solicitar ao

Banco Central do Brasil, a adoção da abordagem

avançada nos riscos de crédito, mercado e operacional.

O Segundo Pilar estabelece os princípios de supervisão

bancária, os critérios para o tratamento dos riscos não

cobertos pelo Pilar 1 e definições e procedimentos de

gerenciamento por parte da administração.

O Terceiro Pilar complementa as exigências mínimas

de capital (Pilar1) e o processo de supervisão (Pilar 2).

Seu objetivo é incentivar a disciplina de mercado

mediante um conjunto de exigências de divulgação que

permitam que clientes e participantes do mercado,

avaliem certas informações especificadas no escopo da

aplicação de Basileia II, tais como o capital exigido,

determinadas exposições de risco, processos de

avaliação de risco, em resumo, a adequação de capital

da instituição. As divulgações são feitas de informações

quantitativas e qualitativas e são fornecidas no nível de

consolidação da instituição financeira.

Basileia III

As medidas anunciadas em setembro de 2010 pelo

Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, conhecidas

como Basileia III, buscam aprimorar a capacidade das

instituições financeiras de absorver perdas vindas de

choques do próprio sistema financeiro ou dos demais

setores da economia, auxiliando a manutenção da

estabilidade financeira e a promoção do crescimento

econômico sustentável. A implementação de Basileia III

no Brasil seguirá o cronograma internacional acordado,

mediante a adoção das definições e dos requerimentos

de capital de maneira gradual ao longo dos próximos

anos, com início em 1º de janeiro de 2013 e conclusão

em 1º de janeiro de 2019.

Frequência das divulgações sobre o Pilar 3

De acordo com as exigências do Banco Central do

Brasil, o HSBC Brasil publica anualmente a atualização

das informações de natureza qualitativa, e

trimestralmente as informações de natureza

quantitativa.

Comparação com as demonstrações financeiras do

exercício findo em 30 de junho de 2012

As Divulgações do Pilar 3 – exercício findo em 30 de

junho 2012 foram preparadas de acordo com os

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

7

conceitos e regras de adequação de capital regulatório, e

não com os padrões contábeis locais ou internacionais.

Portanto, algumas informações nas Divulgações do

Pilar 3 – exercício findo em 30 de junho 2012 não são

diretamente comparáveis às informações financeiras nas

demonstrações financeiras – exercício findo em 30 de

junho 2012.

Revisão

As Divulgações do Pilar 3 – exercício findo em 30 de

junho 2012 foram revisadas internamente e preparadas

em linha com as diretrizes da Circular 3477/2009 do

Banco Central do Brasil, bem como com as políticas

previstas no Manual de Padrões do Grupo HSBC, mas

não foram revisadas pela auditoria externa do HSBC

Brasil. Portanto, não estão acompanhadas de parecer

dos auditores independentes.

Gestão e alocação de capital

Visão geral

A abordagem de gerenciamento de capital do HSBC

Brasil é orientada por suas estratégias e necessidades

organizacionais, levando em conta a regulamentação

aplicável e o ambiente econômico e de negócios em que

opera.

É objetivo do HSBC Brasil manter uma base de capital

forte e significativamente superior ao mínimo exigido

pelo regulador para suportar o desenvolvimento de seus

negócios. Como parte integrante do Grupo HSBC, o

capital do HSBC Brasil é gerenciado localmente, mas

de forma integrada ao processo de gestão de capital do

Grupo HSBC como um todo, com consistência e

alinhamento.

A estrutura de gerenciamento de capital foi aprovada

pela Diretoria Executiva do HSBC Brasil e incorpora

uma série de medidas diferentes de capital, incluindo o

capital investido e o capital regulatório. Esses são

definidos assim:

Capital investido é o capital integralizado pelos

acionistas.

Capital regulatório é o capital mínimo que o HSBC

Brasil deve manter conforme determinado pela

regulamentação do Banco Central do Brasil.

A responsabilidade pela alocação de capital e

respectivas decisões cabe à Diretoria Executiva. Por

meio de seus processos internos estruturados de

governança, o HSBC Brasil mantém a disciplina sobre

suas decisões de investimento e alocação de capital,

visando garantir que os retornos sobre o investimento

sejam adequados, tendo em conta os custos de capital.

A estratégia do HSBC Brasil é de alocar capital para

negócios baseado em sua geração de lucro econômico,

considerando exigências de capital regulatório, capital

econômico e custo de capital.

O processo de gestão de capital é articulado via um

plano anual de capital aprovado pela Diretoria

Executiva do HSBC Brasil, com o objetivo de manter

um nível adequado de capital composto por uma

mistura entre seus diferentes componentes. Estes podem

envolver aumento de capital de nível 1 e dívidas

subordinadas, de acordo com políticas do Grupo HSBC,

concentração de investidores, custos, condições de

mercado, efeitos no perfil de composição e maturidade.

O capital é gerenciado para suportar o crescimento

planejado dos negócios e cumprir com os requerimentos

regulatórios no âmbito do plano anual de capital

aprovado pelo HSBC Brasil.

HSBC Holdings plc, por meio de sua controlada HSBC

Latin America Holdings (UK) Limited, é essencialmente

um fornecedor de capital para o HSBC Brasil. Esse

investimento é substancialmente financiado por capital

próprio e retenção de resultados. O HSBC Brasil

administra seu próprio capital para apoiar o crescimento

planejado de seu negócio e obedece às exigências

regulatórias. De acordo com a Estrutura de

Administração de Capital do Grupo HSBC, o capital

gerado além dos requisitos planejados é retornado a

HSBC Holdings plc normalmente em forma de

dividendos.

Avaliação interna de adequação de capital

O HSBC Brasil mantém uma base de capital

cuidadosamente gerenciada para cobrir os riscos

inerentes ao negócio. A adequação do capital social da

entidade é monitorada e avaliada, dentre outras formas,

por meio de regras estabelecidas pelo Comitê de

Supervisão Bancária de Basileia, adotadas pelo Banco

Central do Brasil, considerando os recursos necessários

para cobrir perdas inesperadas decorrentes dos riscos

discricionários, tais como risco de crédito e risco de

mercado, ou não-discricionários, como o risco

operacional e risco reputacional. A estrutura, em

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

8

conjunto com as políticas que definem o processo de

avaliação interna de adequação do capital (‘ICAAP’)

pela qual o HSBC Brasil examina o perfil de risco do

ponto de vista de capital regulatório e econômico e

garante que o nível de capital:

continua a ser suficiente para apoiar o nosso perfil

de risco e autorizações pendentes;

excede os requerimentos mínimos de capital

regulatório de acordo com as margens definidas;

é capaz de suportar um cenário grave de estresse

originado por uma recessão econômica; e

permanece consistente com nossos objetivos

estratégicos e operacionais, e com as expectativas

dos acionistas e das agências de classificação.

HSBC Brasil cumpre rigorosamente todas as exigências

de capital impostas pelos reguladores.

O capital econômico é a medida pela qual o risco é

medido e ligado ao capital dentro na estrutura de apetite

de risco. A declaração do apetite de risco, que descreve

o quantum e tipos de riscos que o HSBC Brasil está

preparado para assumir na execução da estratégia, é

aprovado anualmente pela Diretoria Executiva do

HSBC Brasil. A estrutura de gerenciamento de risco

promove o monitoramento contínuo do ambiente de

risco e uma avaliação integrada dos riscos e suas

interações

Análise de cenário e teste de stress

Análise de cenário e teste de stress são mecanismos

importantes para entender as sensibilidades do capital e

dos planos de negócio do HSBC Brasil a efeitos

adversos de eventos extremos, mas plausíveis. Além da

consideração do efeito financeiro potencial sobre os

planos, um resultado chave dessa ferramenta é a análise

e estabelecimento de planos de ação gerencial para

mitigar o potencial impacto de tais eventos adversos, ou

eventos similares.

A estrutura e processos de teste de stress e análise de

cenário do HSBC Brasil são supervisionados pelo Stress

Test Committee. Este comitê se reúne trimestralmente

para monitorar e revisar os relatórios de análise de

cenário e teste de stress. Os membros incluem

representantes das funções de gestão de risco e de

capital do HSBC Brasil.

O fornecimento de capital regulatório é avaliado

regularmente em relação à demanda dentro de uma série

de cenários de stress, incluindo recessão econômica

global e local. Técnicas qualitativas e quantitativas são

usadas para estimar o impacto potencial sobre a posição

do capital do HSBC Brasil dentro de tais cenários. O

HSBC Brasil também participa, quando apropriado, em

análises de cenário padrão exigidas pelos órgãos

reguladores.

Além da análise macroeconômica, uma série de

cenários dirigidos por eventos, incluindo eventos

operacionais, de mercado e de crédito, são regularmente

formulados e analisados em detalhe, para garantir que a

administração tenha considerado o impacto potencial, e

as ações necessárias, se uma série de riscos se

materializar.

Em especial, essa estrutura tem auxiliado a

administração a mitigar alguns dos efeitos da crise

financeira mundial. Apesar da previsão de eventos

futuros ser limitada, uma análise de cenários ocorridos

no passado, auxilia no conhecimento e definição das

ações necessárias para mitigar os riscos, quando eventos

similares acontecerem.

Como parte do processo de gestão do apetite de risco do

HSBC Brasil, planos de negócio e de capital são

apoiados por previsões dos parâmetros de risco que

direcionam as exigências de capital. Os testes de stress

do HSBC Brasil consideram as sensibilidades desses

direcionadores dentro de uma variedade de previsões

econômicas potenciais para examinar as posições de

capital possíveis. Em qualquer recessão econômica

importante, a intervenção proativa e estruturada da

administração é uma consequência inevitável e

necessária. Portanto, o HSBC Brasil incorpora o efeito

de tais ações para determinar se tem ou não

possibilidade de resistir a tal evento.

Capital regulatório

Na página seguinte apresentamos o detalhamento do

capital regulatório da organização, sob a ótica do

Consolidado Econômico Financeiro e Conglomerado

Financeiro:

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

9

Capital regulatório jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11 mar/11

Patrimônio líquido 9.415 9.067 8.797 8.540 8.270 7.961

Participações minoritárias - - - - - -

Reservas de reavaliação (4) (4) (4) (4) (4) (4)

(-) Ativo diferido (57) (63) (69) (74) (261) (244)

Ajustes a valor de mercado de instrumentos financeiros (201) (136) (109) (44) 36 45

Nível 1 9.153 8.864 8.614 8.418 8.041 7.758

Dívidas subordinadas 1

2.743 2.582 2.692 2.968 2.414 1.895

Reservas de reavaliação 4 4 4 4 4 4

Ajustes a valor de mercado de instrumentos financeiros 201 136 109 44 (36) (45)

Nível 2 2.948 2.721 2.805 3.016 2.382 1.854

Nível 1 + Nível 2 12.101 11.586 11.419 11.433 10.422 9.612

(-) Instrumentos de captação emitidos por instituições

financeiras - - - - - -

Patrimônio de referência 2

12.101 11.586 11.419 11.433 10.422 9.612

Exposições a risco - - - - - -

Risco de crédito 8.434 8.138 8.256 8.331 7.870 7.370

Risco de mercado 481 376 213 255 248 286

Risco operacional 3

973 973 913 913 783 783

Patrimônio de referência exigido 9.889 9.487 9.381 9.499 8.901 8.440

Índice de Basileia 13,46% 13,43% 13,39% 13,24% 12,88% 12,53%

Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking 62 64 58 61 74 77

Conglomerado Financeiro

Capital regulatório jun/12 mar/12 dez/11 set/11 jun/11 mar/11

Patrimônio líquido 9.420 9.069 8.802 8.543 8.233 7.920

Participações minoritárias 20 20 35 40 77 79

Reservas de reavaliação (4) (4) (4) (4) (4) (4)

(-) Ativo diferido (58) (64) (70) (75) (262) (245)

Dividendos e bonificações a distribuir - - - - - -

Ajustes a valor de mercado de instrumentos financeiros (201) (136) (109) (44) 36 45

Nível 1 9.178 8.887 8.653 8.460 8.080 7.795

Dívidas subordinadas 1

2.743 2.582 2.692 2.968 2.414 1.895

Reservas de reavaliação 4 4 4 4 4 4

Ajustes a valor de mercado de instrumentos financeiros 201 136 109 44 (36) (45)

Nível 2 2.948 2.722 2.805 3.016 2.382 1.854

Nível 1 + Nível 2 12.126 11.608 11.459 11.475 10.461 9.649

(-) Instrumentos de captação emitidos por instituições

financeiras - - - - (15) (15)

Patrimônio de referência 2

12.126 11.608 11.459 11.475 10.446 9.634

Exposições a risco - - - - - -

Risco de crédito 8.148 7.868 8.009 8.085 7.946 7.431

Risco de mercado 481 376 213 255 248 286

Risco operacional 3

1.043 1.043 985 985 857 857

Patrimônio de referência exigido 9.672 9.287 9.207 9.325 9.051 8.574

Índice de Basileia 13,79% 13,75% 13,69% 13,54% 12,70% 12,36%

Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking 62 64 58 61 74 77

Consolidado Econômico Financeiro

(1) A Resolução nº 3.444/07 do CMN prevê a aplicação de redutores sobre o valor da dívida subordinada, conforme o cronograma de

vencimento do referido instrumento.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

10

(2) A Resolução nº 3.444/07 do CMN define o Patrimônio de Referência (PR) como o somatório dos níveis 1 e 2, compostos por itens integrantes do Patrimônio Líquido, além de dívidas subordinadas e instrumentos híbridos de capital e dívida.

(3) A Circular 3.476/2009 do Banco Central do Brasil determinou que a partir de 30 de Junho de 2010, o cálculo do risco operacional,

para empresas integrantes do Consolidado Econômico Financeiro deve incluir uma parcela adicional, mediante a utilização de um indicador baseado no resultado de participações em coligadas e controladas.

Dívidas subordinadas

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Total 2.743 2.582 2.692 2.968 2.414 2.937

Vencimento superior a 5 anos 1.316 1.187 1.222 1.870 1.291 799

Vencimento entre 4 e 5 anos 732 716 697 315 306 371

Vencimento entre 3 e 4 anos 255 250 577 489 683 1.115

Vencimento entre 2 e 3 anos 440 430 196 154 - -

Vencimento entre 1 e 2 anos - - - 138 134 652

Vencimento inferior a 1 ano - - - - - -

Dívidas subordinadas 1

(1) Valores ponderados de acordo com as faixas de vencimento: Superior a 5 anos ( 100% ), entre 4 e 5 anos (80%), entre 3 e 4 anos (60%), entre 2 e 3 anos (40%), entre 1 e 2 anos (20%) inferior a 1 ano (0%).

As dívidas subordinadas são instrumentos híbridos de capital e dívida, captados conforme condições definidas pela

Resolução nº 3.444/07 do CMN e regulamentações posteriores.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

11

Patrimônio de referência exigido (PRE)

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Fatores de ponderação de risco (FPR)

0 % (zero por cento) - - - - - -

20 % (vinte por cento) 54 61 48 66 64 43

35 % (trinta e cinco por cento) 35 33 32 29 25 22

50 % (cinquenta por cento) 507 489 362 355 380 348

75 % (setenta e cinco por cento) 1.512 1.824 1.897 1.789 1.917 1.810

100 % (cem por cento) 6.284 5.699 5.888 5.883 5.465 5.114

150 % (cento e cinquenta por cento) 20 17 15 195 - -

300 % (trezentos por cento) 23 14 13 13 19 33

Total – Risco de crédito 8.434 8.138 8.256 8.331 7.870 7.370

Parcelas PJUR, PACS, PCOM e PCAM - -

PJUR 1 (1) 88 78 43 71 61 86

PJUR 2 190 120 54 61 69 52

PJUR 3 125 118 76 75 71 111

PJUR 4 71 56 36 45 43 34

PACS (2) 6 5 4 3 4 3

PCOM (3) - - - - - -

PCAM (4) - - - - - -

Total – Risco de mercado 481 376 213 255 248 286

Parcela POPR (5) 973 973 913 913 783 783

Total – Risco operacional 973 973 913 913 783 783

Patrimônio de referência exigido 9.889 9.487 9.381 9.499 8.901 8.440

Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking 62 64 58 61 74 77

Patrimônio de referência exigido (PRE)

Conglomerado Financeiro

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

12

Junho Março Março Dezembro Setembro Junho

2012 2012 2012 2011 2011 2011

Fatores de ponderação de risco (FPR)

0 % (zero por cento) - - - - - -

20 % (vinte por cento) 54 61 48 66 64 43

35 % (trinta e cinco por cento) 35 33 32 29 25 22

50 % (cinquenta por cento) 512 494 367 360 469 442

75 % (setenta e cinco por cento) 1.511 1.824 1.897 1.789 1.917 1.810

100 % (cem por cento) 5.994 5.424 5.637 5.632 5.453 5.081

150 % (cento e cinquenta por cento) 20 17 15 195 - -

300 % (trezentos por cento) 23 14 13 13 19 33

Total – Risco de crédito 8.148 7.868 8.009 8.085 7.946 7.431

Parcelas PJUR, PACS, PCOM e PCAM - -

PJUR 1 1

88 78 43 71 61 86

PJUR 2 190 120 54 61 69 52

PJUR 3 125 118 76 75 71 111

PJUR 4 71 56 36 45 43 34

PACS 2

6 5 4 3 4 3

PCOM 3

- - - - - -

PCAM 4

- - - - - -

Total - Risco de mercado 481 376 213 255 248 286

Parcela POPR 5

1.043 1.043 985 985 857 857

Total - Risco operacional 1.043 1.043 985 985 857 857

Patrimônio de referência exigido 9.672 9.287 9.207 9.325 9.051 8.574

Risco de Taxa de Juros da Carteira Banking 62 64 58 61 74 77

Patrimônio de referência exigido (PRE)

Consolidado Econômico Financeiro

(1) PJUR representa o risco das operações sujeitas à variação de taxa de juros;

(2) PACS reflete o risco das operações sujeitas às variações do preço de ações; (3) PCOM reflete o risco das operações sujeitas à variação do preço de commodities;

(4) PCAM reflete o risco das exposições em ouro, em moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial;

(5) POPR é a parcela referente ao risco operacional.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

13

Gerenciamento de Riscos

Visão Geral

As atividades de gerenciamento de risco do HSBC

Brasil envolvem a dimensão, avaliação, aceitação e

gerenciamento de algum grau de risco ou uma

combinação de riscos.

Os perfis de risco mudam constantemente sob a

influência de uma ampla gama de fatores. A estrutura

de gestão de riscos estabelecida pelo HSBC Brasil visa

a fomentar o monitoramento contínuo do ambiente de

risco e é associada a uma avaliação integrada dos riscos

e suas interdependências. Dentre os principais riscos

inerentes à atividade bancária, destacamos:

Risco de crédito

O risco de crédito é o risco de perdas financeiras no

caso de o cliente ou contraparte não cumprir com uma

obrigação no âmbito de um contrato. Surge

principalmente de empréstimos e adiantamentos e de

contratos de arrendamento, mas também está presente

em certos produtos registrados em contas de

compensação, tais como garantias, valores de referência

dos derivativos e do posicionamento do HSBC Brasil

em instrumentos de dívida. Entre os riscos em que o

HSBC Brasil se envolve, o risco de crédito gera a maior

exigência de capital regulatório.

Risco de mercado

O risco de mercado consiste na possibilidade de perda

por oscilações de preços e taxas, uma vez que a carteira

de ativos e passivos pode apresentar descasamentos de

prazos, moedas e indexadores.

Risco operacional

O risco operacional é relevante para cada aspecto dos

negócios do HSBC Brasil e cobre um amplo espectro de

questões. Perdas que surgem a partir de fraudes,

atividades não autorizadas, erros, omissões, ineficácia,

falhas de sistema ou de eventos externos, recaem na

definição de risco operacional.

Risco de liquidez e captação

O risco de liquidez é o risco de que o HSBC Brasil não

tenha recursos financeiros suficientes para cumprir com

suas obrigações à medida que vencem, ou que tenha de

vir a fazê-lo a um custo excessivo. Esse risco decorre da

inadequação do calendário de fluxos de caixa. Risco de

captação (uma forma de risco de liquidez) surge quando

a liquidez necessária para financiar posições ativas sem

liquidez não pode ser obtida nos termos esperados e

quando necessário.

Risco de seguro

Risco de seguro é o risco em que o segurado transfere

para o subscritor, no caso o HSBC Brasil, o risco da

ocorrência do sinistro sobre o objeto segurado. Os

principais riscos abrangidos nos contratos de seguros

são representados pelo custo dos sinistros em

contrapartida ao montante global dos prêmios

recebidos. O custo de um sinistro pode ser influenciado

por vários fatores, incluindo o histórico de mortalidade.

Risco de reputação

Como um grupo bancário, a reputação do HSBC Brasil

depende da maneira pela qual conduz seus negócios e

também pode ser afetada pela qualidade e conduta de

seus clientes e fornecedores (parceiros) de serviços. Em

caso de qualquer possibilidade de risco à reputação do

HSBC Brasil, a questão deve ser direcionada para áreas

especializadas internas, tais como, Compliance,

Jurídico, Risco Operacional, Marketing, etc, onde os

riscos são avaliados caso a caso.

O HSBC Brasil possui atividades relacionadas à

Segurança e Prevenção de Fraudes, com vistas a

monitorar e prevenir atividades relacionadas à lavagem

de dinheiro e outras atividades ilícitas. Também possui

políticas internas de restrição ao financiamento de

atividades ligadas ao terrorismo, jogos de azar,

contravenção, e que causem prejuízo ao meio-ambiente.

Risco de sustentabilidade

Os riscos de sustentabilidade (ambiental e social)

surgem da provisão de serviços financeiros para

empresas ou projetos de encontro às necessidades de

desenvolvimento sustentável.

Risco de negócio

Risco de negócio é o impacto negativo potencial sobre

lucros e capital devido à falha da Organização em

atingir seus objetivos estratégicos, conforme

estabelecido no plano operacional, como resultado de

mudanças imprevisíveis no ambiente comercial e

regulatório, exposição a ciclos econômicos e mudanças

tecnológicas. O HSBC Brasil não reserva capital contra

risco de negócio como uma categoria distinta, já que

acredita que esse risco é efetivamente coberto pelo

capital reservado para outros riscos, como risco de

crédito, risco de mercado e risco operacional.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

14

Risco residual

O risco residual é primariamente, o risco de que as

técnicas de mitigação sejam menos eficazes que o

esperado. Essa categoria também inclui riscos que são

causados por eventos específicos de reputação, ou de

negócios que causem exposições não incluídas nas

categorias de maior risco.

Estrutura organizacional

A estrutura de governança existente no HSBC Brasil

assegura o acompanhamento da execução da estratégia

e resultados dos negócios, além da supervisão e

responsabilidades para o efetivo gerenciamento dos

riscos em nível local, regional e global, tanto de

segmentos de clientes como de entidade legal.

O Executive Committee é composto pelos 9 principais

executivos do HSBC Brasil e, dentre outras atribuições,

aprova o nível de apetite de risco, planos e metas de

desempenho para áreas e departamentos, nomeação de

executivos seniores e delegação de autoridades, bem

como o acompanhamento da execução da estratégia

corporativa. De maneira geral, essas atividades estão

alinhadas com as orientações da administração regional

e global do Grupo HSBC.

Através do Risk Management Committee, o HSBC

Brasil formula as políticas de riscos, exercita a

delegação de autoridade relacionada à gestão de riscos e

supervisiona os controles e o apetite de risco. Este

comitê monitora todas as categorias de risco, recebe

relatórios sobre desempenho e problemas emergentes,

determina as ações a serem tomadas e revisa a eficácia

da estrutura de gerenciamento de riscos do HSBC

Brasil.

A Diretoria Executiva de Risco, tem responsabilidade

funcional sobre os principais tipos de riscos financeiros,

ou seja, de crédito de varejo e atacado, de mercado e

operacional. Esse departamento atua na disseminação

das políticas e fornece relatórios e outras análises à

gerência sênior. A Diretoria Executiva de Risco

também coordena o desenvolvimento contínuo do

apetite de risco e dos cenários dos testes de stress.

Grupo HSBCDiretor Executivo de Risco

(Reino Unido)

América LatinaDiretor Executivo de Risco

(Brasil)

HSBC BrasilDiretor Executivo de Risco

(Brasil)

HSBC LAMPresidente

(Brasil)

Risco

Negócios

HSBC BrasilPresidente

(Brasil)

O Diretor Executivo de Risco do Brasil se reporta

diretamente ao Presidente do HSBC Brasil e também ao

Diretor Executivo de Risco da América Latina. Este por

sua vez, se reporta ao Presidente do Grupo HSBC da

América Latina e ao Diretor Executivo de Risco do

Grupo HSBC no Reino Unido.

De acordo com essa linha de reporte, informações sobre

o desempenho da área de Risco, incluindo crédito,

mercado e operacional, são enviadas periodicamente

para a Diretoria Executiva de Risco da América Latina.

Estrutura de governança sênior de comitês,

composição e propósitos

Todos os riscos são consolidados por meio de uma

estrutura robusta de comitês, que gerencia e controla os

riscos com uma visão holística da organização.

Atualmente, o HSBC Brasil possui uma estrutura de

comitês corporativos que são responsáveis pelo

gerenciamento e direcionamento estratégico (Govern

the Bank), monitoramento e execução do dia-a-dia da

organização (Run the Bank) e monitoramento dos

principais projetos em andamento e execução da

estratégia (Change the Bank).

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

15

A estrutura de comitês responsável pela gestão de riscos do HSBC Brasil está demonstrada abaixo:

Executive Committee(EXCO)

Assets & Liabilities Committee

(ALCO)

Credit & finance Systems Strategic Development Programme (CFS-SDP)

Risk Management Committee

(RMC)

Stress Test Committee (STC)

Retail Credit & Risk Committee (RCRC)

Operational Risk and Internal Control Committee

(ORICC)

Credit Risk Analytics Oversight Committee

(CRAOC)

Risk Management Committee

(Latin America)

Brasil

Região

Função dos comitês

Executive Committee (‘EXCO’): composto pelo

quadro de Diretores responsáveis pelas decisões de

planejamento e de estratégias que têm impacto na

missão, visão e resultados gerais do HSBC Brasil.

Este comitê se reúne mensalmente para discutir as

estratégias e os resultados e fazem teleconferências

diárias para acompanhamento da implementação das

decisões.

Assets & Liabilities Committee (‘ALCO’): composto

por 14 membros; periodicidade mensal; engloba

Finanças, Tesouraria e executivos de negócios para

discutir mensalmente o balanço, liquidez e

posicionamento quanto aos riscos de mercado.

Também apontam a sustentabilidade dos lucros em

uma estrutura de balanço conservadora.

Risk Management Committee (‘RMC’): Composto

por 15 membros oficiais além de outros 5

executivos da área de risco; periodicidade mensal;

assegura a implementação e a manutenção de

controles e gestão de riscos conforme exigências

locais e do Grupo HSBC. Esse comitê abrange os

riscos de crédito, de mercado e operacionais do

HSBC Brasil.

Stress Test Committee (‘STC’): Composto por 11

membros; periodicidade trimestral tem por objetivo

monitorar e analisar os resultados de testes de stress

aplicados para os riscos de mercado, crédito e

operacional.

Retail Credit & Risk Committee (‘RCRC’):

Composto por 25 membros; periodicidade mensal;

tem por objetivo monitorar e gerenciar a

performance e o risco dos portfolios de Varejo,

incluindo pequenas e médias empresas, com os

padrões do Grupo HSBC.

Operational Risk and Internal Control Committee

(‘ORICC’): Composto por 20 membros;

periodicidade mensal; compreendido pelos

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

16

executivos diretamente envolvidos no controle e

funções de risco operacional.

Credit & Finance Systems Strategic Development

Programme (‘CFS-SDP’): Composto por 12

membros efetivos; periodicidade mensal, engloba

Finanças, Risco e Tecnologia para dirigir e

monitorar a implantação de projetos que promovam

benefícios à Gestão de Riscos, alinhados com os

conceitos de Basileia, regulamentações locais e

padrões do Grupo HSBC.

Credit Risk Analytics Oversight Committee

(‘CRAOC’): Composto por 14 membros titulares;

periodicidade trimestral; tem a responsabilidade de

dirigir, supervisionar e recomendar / aprovar a

criação, desenvolvimento, implementação,

validação e / ou monitoramento de modelos de

crédito de atacado e varejo de risco de crédito

associados aos sistemas de classificação de risco.

Estrutura organizacional da Diretoria de Risco

A estrutura organizacional da Diretoria de Risco HSBC

Brasil está definida em manual específico, disponível a

todos os funcionários por meio da Intranet. Esta

estrutura abrange o gerenciamento de risco de crédito,

de mercado e operacional. Apresentamos a seguir um

resumo da estrutura relacionada ao gerenciamento do

Risco:

Chief Risk Officer

Retail Risk Special Risk Unit

Wholesale & Market RiskRisk COO

Operatinal Risk Compliance

Retail Collection Security & Fraud

Políticas para gestão de riscos

As políticas de administração de risco do HSBC Brasil

são encapsuladas dentro do Manual de Padrões do

Grupo HSBC e levadas em uma hierarquia de manuais

de política para todo o Grupo, para comunicar os

padrões, instruções e orientações para os colaboradores

do HSBC. Elas apoiam o apetite de risco e estabelecem

procedimentos para monitorar e controlar riscos, com

relatórios pontuais e confiáveis à gerência sênior.

O HSBC Brasil regularmente revisa e atualiza suas

políticas, sistemas e metodologias de gestão de risco

para que reflitam as mudanças na lei, nos regulamentos,

nos mercados, nos produtos e melhores práticas que

surjam.

O conceito de responsabilidade pessoal, reforçado pela

estrutura de governança do HSBC Brasil, é difundido

por treinamentos que auxiliam na propagação de uma

cultura construtiva e disciplinada, em que a gestão de

riscos é responsabilidade de todos os colaboradores, os

quais devem identificá-los, avaliá-los e gerenciá-los. A

gestão de risco é enfatizada dentro da política de

Remuneração do HSBC Brasil e há exigências para

garantir que a remuneração seja consistente com uma

gestão eficaz de risco.

Apetite de risco

A estrutura de apetite de risco descreve a natureza e

tipos de risco que o HSBC Brasil está preparado para

assumir na execução da sua estratégia. Ela é

fundamental para a abordagem integrada do risco,

capital e gestão de negócios. Também suporta o HSBC

Brasil na execução de objetivos de rentabilidade sobre o

capital e é um elemento-chave no cumprimento dos

requerimentos de capital vigentes.

A formação do apetite de risco considera a capacidade

de risco, a situação financeira, a força das receitas das

áreas de negócio e a resiliência da reputação e da marca.

O apetite de risco está expresso tanto qualitativamente,

descrevendo quais são os riscos tomados, quanto

quantitativamente. A alta administração do HSBC

Brasil atribui métricas quantitativas para cada tipo de

risco, de forma a assegurar que:

atividades básicas das áreas de negócio possam ser

guiadas e controladas, continuando, assim,

alinhadas com a estrutura de apetite de risco;

premissas fundamentais que sustentam o apetite de

risco possam ser monitoradas e, se necessário,

ajustadas por meio dos ciclos de planejamento de

negócios; e

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

17

decisões de negócios para mitigação dos riscos

sejam antecipadas e colocadas em prática, tão logo

as evidências de risco sejam sinalizadas.

A avaliação do apetite de risco é conduzida pela

Diretoria Executiva do HSBC Brasil e é monitorada em

bases contínuas pela Diretoria Executiva de Risco. O

apetite de risco é operado por meio de dois mecanismos

principais:

A estrutura em si define os órgãos de governança,

processos, métricas, e outras características de

como o HSBC Brasil gerencia o apetite de risco na

condução de seus negócios.

Relatórios periódicos de apetite de risco definem

em diversos níveis das áreas de negócio, o nível

desejado de risco, compatível com o retorno de

metas de crescimento, em linha com a estratégia

corporativa e os objetivos de todas as partes

interessadas.

A estrutura de apetite de risco abrange tanto os aspectos

positivos quanto os negativos do risco. Nesse contexto,

o capital é a moeda comum pela qual o risco é

mensurado, avaliado e usado como base para a alocação

de capital e a avaliação de desempenho.

O apetite de risco é executado por intermédio de limites

operacionais que comprovam o nível de risco assumido

pelo HSBC Brasil, e é mensurado utilizando-se métricas

de performance de risco.

Mensuração de risco e sistemas de reporte

O objetivo da mensuração e reporte de risco do HSBC

Brasil é garantir que os riscos sejam capturados

integralmente, com todos os atributos necessários para

fundamentar decisões seguras, e que esses atributos

sejam avaliados com exatidão, que as informações

sejam entregues tempestivamente para que os riscos

sejam administrados e mitigados com sucesso.

A mensuração e reporte de risco também estão sujeitos

a uma estrutura robusta de governança, para garantir

que seu desenho seja adequado aos objetivos e que

estejam funcionando apropriadamente.

O HSBC Brasil investe recursos significativos em

sistemas e processos de tecnologia da informação para

manter e melhorar sua capacidade de gestão de risco. A

mensuração e monitoramento dos grandes riscos

gerenciados pelo HSBC Brasil, inclusive riscos de

crédito, mercado e operacional, são cada vez mais

administrados por sistemas centrais, ou, quando isso

não acontece, as estruturas e processos possibilitam

uma supervisão completa pela gerência sênior.

A gestão é realizada visando manter os níveis de risco

em conformidade com os limites estabelecidos pelo

HSBC Brasil. Informações gerenciais de controle de

risco são disponibilizadas às áreas de negócio, à

diretoria executiva do HSBC Brasil e da América

Latina, mediante relatórios diários, mensais, trimestrais

e apresentações periódicas. Esse processo inclui o

fornecimento de informações por meio de um sistema

corporativo às agências, regionais, segmentos de

negócios, áreas de concessão e recuperação de crédito e

incluem dados que possam sinalizar situações de risco e

impactar a qualidade dos créditos concedidos aos

clientes, permitindo a organização atuar de forma

preventiva a mitigar perdas.

Risco de crédito

Objetivos

Os objetivos do gerenciamento de risco de crédito são

intrinsecamente subjacentes a negócios rentáveis e

sustentáveis, visando principalmente manter uma forte

cultura de responsabilidade sobre empréstimos. O

gerenciamento de risco no HSBC Brasil está suportado

por uma robusta política de risco e estrutura de controle,

em parceria e desafiando as áreas de negócios na

definição e execução do apetite de risco, com a

reavaliação contínua dos termos e condições reais de

cenário, assegurando independência, análise profunda

dos riscos, seus custos e formas de mitigação.

Organização e responsabilidades

O risco de crédito é parte da função de Risco. Em todo

o HSBC Brasil, a área de Risco de Crédito cumpre o

papel de uma unidade independente de controle de

crédito, ao passo que interage com as equipes de

negócio para definir prioridades, refinar o apetite de

risco, monitorar e reportar exposições de alto risco.

O HSBC Brasil adota políticas de crédito,

procedimentos e orientações na concessão de crédito

que satisfaçam tanto às exigências locais quanto às

normas do Grupo HSBC. A autoridade para a aprovação

de crédito é delegada pela Diretoria ao Diretor

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

18

Executivo de Risco, que responde ao Presidente do

HSBC Brasil sobre questões relacionadas a crédito,

mantendo uma linha funcional de comunicação direta

com o diretor responsável pela função de Risco na

América Latina.

A função de Risco de Crédito do HSBC Brasil emprega

um alto nível de supervisão e gestão do risco de crédito.

Suas responsabilidades incluem:

formular as políticas de crédito;

orientar quanto ao apetite do HSBC Brasil à

exposição ao risco de crédito para setores

específicos de mercado, atividades e produtos

bancários;

realizar avaliação independente e objetiva do risco;

monitorar o desempenho e realizar a gestão das

carteiras de crédito, assegurando performance em

linha com o perfil e o apetite de risco do HSBC

Brasil;

estabelecer e manter a política do HSBC Brasil em

grandes exposições de crédito, assegurando que as

concentrações de exposição às contrapartes, setor

econômico ou geográfico não se tornem excessivas

em relação aos níveis exigidos tanto internamente

quanto pelas normas vigentes;

manter e desenvolver a estrutura de gerenciamento

de riscos e sistemas do HSBC Brasil, identificando

e classificando as exposições significativas e

permitindo o gerenciamento com foco nos riscos

envolvidos;

atuar ativamente no desenvolvimento de cenários

de testes de stress e no refinamento dos

indicadores-chave de risco, permitindo sua

utilização como instrumento no processo de

planejamento dos negócios do HSBC Brasil;

relatar sobre os aspectos da carteira de risco de

crédito do HSBC Brasil para o RMC, o Comitê de

Auditoria e a Diretoria Executiva do HSBC Brasil;

gerenciar e direcionar iniciativas relacionadas aos

sistemas de gerenciamento de risco de crédito;

promover as melhores práticas no HSBC Brasil

relacionadas ao risco de crédito, como risco de

sustentabilidade, novos produtos e treinamentos.

Risk analytics

A estrutura de Risco do HSBC Brasil gerencia as

atividades de credit risk analytics através de uma série

de disciplinas analíticas que dão suporte aos modelos de

classificação de risco, capital econômico e testes de

stress. Essa estrutura formula respostas técnicas ao

desenvolvimento da indústria e as políticas regulatórias

no campo de credit risk analytics além de dar suporte e

supervisionar o desenvolvimento e utilização dos

modelos avançados de Basileia II.

Os modelos de credit risk analytics do HSBC Brasil são

governados pelo Credit Risk Analytics Oversight

Committee, que se reune trimestralmente e se reporta ao

Risk Management Committee. O CRAOC é presidido

pela função de Risco e tem como membros

participantes as áreas de negócios do HSBC Brasil. Sua

responsabilidade primária é supervisionar e recomendar

/ aprovar a criação, desenvolvimento, implementação,

validação e / ou monitoramento de modelos de crédito

de atacado e varejo de risco de crédito associados aos

sistemas de classificação de risco.

Com o objetivo de garantir os padrões de qualidade para

os modelos e processos fundamentais para a gestão de

riscos, o HSBC Brasil conta com estruturas

independentes de validação de modelos, processos,

governança e tecnologia. Essas áreas têm a

responsabilidade de avaliar as metodologias e as

práticas realizadas em todas as áreas que contribuem

direta ou indiretamente em qualquer etapa dos

processos de crédito, emitindo pareceres e relatórios

para as áreas envolvidas e para a alta direção,

contribuindo para a manutenção de sua eficácia.

Mensuração e monitoramento do risco de crédito

A exposição do HSBC Brasil ao risco de crédito ocorre

em várias classes de ativos, incluindo derivativos, ativos

financeiros disponíveis para venda, empréstimos e

adiantamentos a clientes e investimentos financeiros, e

os sistemas de classificação de risco existentes para

medir e monitorar esses riscos são igualmente diversos.

De forma a evitar a concentração excessiva de risco, as

políticas e procedimentos estabelecidos pelo Grupo

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

19

HSBC incluem orientações específicas à manutenção de

uma carteira diversificada. Concentrações de risco de

crédito identificadas são controladas adequadamente e

administradas.

As exposições de risco de crédito são gerenciadas em

carteiras de clientes de atacado ou varejo. No caso de

clientes individualmente significativos, avaliações de

risco são realizadas no mínimo anualmente, podendo

ser mais frequente se necessário, e quaisquer alterações

necessárias para reduzir a exposição são implementadas

imediatamente. Para as carteiras de varejo, os riscos são

avaliados e gerenciados por meio de uma variedade de

modelos e ferramentas estatísticas que provêm dados

que permitem acompanhar e avaliar alternativas para

mitigação do risco. Qualquer que seja a natureza da

exposição, um princípio fundamental da política e

abordagem do Grupo HSBC é que sistemas de

mensuração e monitoramento de risco são simplesmente

ferramentas de auxílio à tomada de decisão à disposição

da gerência.

Atenção especial é dispensada aos problemas de

exposição, que são objetos de revisões e monitoramento

mais frequentes e intensivos, a fim de acelerar ações

corretivas. Para tanto, existe uma unidade de riscos

especiais que fixa estratégias de gestão de

relacionamentos com clientes que estão com operações

em atraso ou que apresentam problemas financeiros. A

atuação vai desde o entendimento dos problemas dos

clientes até a solução definitiva da inadimplência.

Regularmente as equipes de avaliação de crédito e

identificação de risco efetuam a revisão de exposições e

dos processos para fornecer uma avaliação

independente e rigorosa acerca dos riscos de crédito no

HSBC Brasil, reforçando o gerenciamento secundário

dos riscos e disseminando as melhores práticas. A

auditoria interna desempenha uma função terciária,

focada nos riscos com uma perspectiva global e na

concepção e efetividade dos controles primários e

secundários, realizando auditorias de supervisão através

de amostragens regionais e globais de toda a estrutura

de controle, auditorias específicas de riscos-chaves

emergentes e auditoria de projetos para avaliar as

principais iniciativas de mudanças.

O HSBC Brasil procura melhorar constantemente a

qualidade de sua gestão de risco. Portanto, para fins de

gestão e reporte, os sistemas de tecnologia de

informação do HSBC Brasil foram posicionados para

processar informações de risco de crédito eficiente e

consistentemente; há uma base de dados cobrindo

substancialmente todas as exposições de empréstimos,

que gera relatórios regulares com os principais

indicadores de performance das carteiras que são

disponibilizados para a alta administração em nível cada

vez mais granular.

Os padrões do Grupo HSBC são base para o processo

por intermédio do qual os sistemas de classificação de

risco são desenvolvidos, aprovados e implementados. A

ênfase aqui está na comunicação eficaz entre as linhas

de negócio e a gestão de risco e a independência

adequada na tomada de decisão.

Como outros aspectos da gestão de risco, os sistemas

analíticos de classificação de risco não são estáticos e

estão sujeitos a revisão e modificação em relação ao

ambiente, e a maior disponibilidade e qualidade das

informações. Processos estruturados e métricos existem

para capturar as informações relevantes e alimentá-las

numa melhoria contínua do modelo.

Exposições a risco de crédito

A evolução da exposição ao risco de crédito e a média nos trimestres está demonstrada abaixo:

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Total de exposições 1

296.203 306.521 295.701 345.220 240.854 210.038

Média do trimestre 312.049 288.474 326.177 295.039 225.201 205.176

Exposição média ao risco de crédito no trimestre - Conglomerado Financeiro

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

20

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Total de exposições 1

294.369 306.196 295.784 345.733 250.588 219.065

Média do trimestre 311.384 288.145 326.210 301.607 234.721 214.011

Exposição média ao risco de crédito no trimestre - Consolidado Econômico Financeiro

(1) Contempla as operações de crédito, operações de arrendamento mercantil, compromissos de crédito não cancelável incondicionalmente e

unilateralmente pela instituição, garantias prestadas, títulos e valores mobiliários, instrumentos financeiros derivativos, relações interfinanceiras – vinculadas ao Banco Central do Brasil e outras exposições ao risco de crédito.

Demonstramos a evolução da exposição total ao risco de crédito, segmentada por Fator de Ponderação de Riscos (FPR):

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

0 % (zero por cento) 47.663 53.366 54.280 55.409 58.132 52.268

20 % (vinte por cento) 10.194 7.850 3.506 4.607 4.349 2.537

35 % (trinta e cinco por cento) 907 862 819 752 650 566

50 % (cinquenta por cento) 19.266 20.714 22.807 22.817 21.048 18.691

75 % (setenta e cinco por cento) 33.696 37.467 38.432 37.107 37.992 36.469

100 % (cem por cento) 184.290 186.115 175.724 223.306 118.627 99.408

150 % (cento e cinquenta por cento) 119 106 93 1.184 - -

300 % (trezentos por cento) 69 41 40 39 57 100

TOTAL 296.203 306.521 295.701 345.220 240.854 210.038

Exposições a risco de crédito - Conglomerado Financeiro

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2010

0 % (zero por cento) 49.671 57.552 58.588 66.424 59.951 58.124

20 % (vinte por cento) 10.200 3.508 4.607 4.352 2.549 2.289

35 % (trinta e cinco por cento) 907 819 752 650 566 497

50 % (cinquenta por cento) 18.162 21.788 22.428 22.672 20.409 17.249

75 % (setenta e cinco por cento) 33.686 38.432 37.107 37.992 36.468 35.577

100 % (cem por cento) 181.555 173.551 221.029 118.441 99.021 97.241

150 % (cento e cinquenta por cento) 119 93 1.184 - - -

300 % (trezentos por cento) 69 40 39 57 100 111

TOTAL 294.369 295.784 345.733 250.588 219.065 211.088

Exposições a risco de crédito – Consolidado Econômico Financeiro

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

21

Evolução da exposição total ao risco de crédito, segregada por país e regiões geográficas:

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Valor total das exposições

País 73.644 74.375 75.904 75.242 73.528 70.338

Região Norte 2.090 2.019 2.078 2.167 1.916 2.508

Região Nordeste 3.746 4.154 4.127 4.078 3.808 4.751

Região Sudeste 37.893 38.234 37.616 38.766 38.012 36.558

Região Centro-Oeste 6.071 5.501 6.727 6.279 5.616 4.863

Região Sul 23.844 24.467 25.356 23.951 24.176 21.658

Exterior 2.300 2.031 1.862 1.747 1.186 964

TOTAL 1 75.944 76.405 77.766 76.989 74.714 71.302

TVMs e instrumentos financeiros derivativos 158.179 167.242 155.882 204.467 105.965 82.836

Relações interfinanceiras - vinculadas ao Banco

Central15.862 17.988 24.137 23.689 24.179 23.654

Outras exposições a risco de crédito 46.218 44.886 37.916 40.076 35.996 32.246

TOTAL 296.203 306.521 306.521 295.701 345.220 240.854

Exposições a risco de crédito - Conglomerado Financeiro

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Valor total das exposições

País 73.644 74.375 75.242 73.528 70.338 67.220

Região Norte 2.090 2.019 2.167 1.916 2.508 1.863

Região Nordeste 3.746 4.154 4.078 3.808 4.751 3.673

Região Sudeste 37.893 38.234 38.766 38.012 36.558 36.233

Região Centro-Oeste 6.071 5.501 6.279 5.616 4.863 5.473

Região Sul 23.844 24.467 23.951 24.176 21.658 19.979

Exterior 2.300 2.031 1.747 1.186 964 1.225

TOTAL 1 75.944 76.405 76.989 74.714 71.302 68.445

TVMs e instrumentos financeiros derivativos 158.572 169.446 207.196 117.006 93.616 86.225

Relações interfinanceiras - vinculadas ao Banco

Central15.862 17.988 23.689 24.179 23.654 25.096

Outras exposições a risco de crédito 44.001 42.357 37.785 34.688 30.493 31.323

TOTAL 294.378 306.196 295.784 345.733 250.588 219.065

Exposições a risco de crédito - Consolidado Econômico Financeiro

(1) Contempla as operações de crédito, operações de arrendamento mercantil, compromissos de crédito não cancelável incondicionalmente e

unilateralmente pela instituição e garantias prestadas.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

22

Evolução da exposição total ao risco de crédito, por setor econômico:

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Indústria 20.970 18.950 21.247 20.907 18.397 17.701

Alimentos e bebidas 4.069 3.263 3.534 3.601 3.272 2.905

Química e petroquímica 3.112 3.153 2.625 2.449 2.070 2.016

Maquinas e equipamentos 1.244 1.194 1.354 1.306 1.145 1.009

Papel e celulose 577 558 801 746 646 605

Têxtil e confecções 1.169 1.128 1.288 1.299 1.130 1.074

Siderurgia e metalurgia 607 568 604 674 650 614

Eletricidade. gás e água 772 290 604 604 555 525

Eletroeletrônicas 1.074 930 1.020 1.055 922 899

Madeiras e móveis 325 323 356 367 330 353

Automotiva 522 544 587 591 541 449

Petróleo e gás natural 177 249 228 254 355 364

Demais indústrias 7.322 6.750 8.246 7.961 6.781 6.888

Comércio 7.376 6.718 7.705 7.663 6.865 6.592

Serviços 10.971 12.492 12.603 12.316 12.235 10.705

Financeiro 1.020 989 1.389 1.058 1.224 1.129

Transportes 2.462 2.316 2.377 2.117 2.100 1.991

Educação. saúde e outros serviços sociais 592 577 623 576 543 528

Telecomunicações 342 319 351 607 364 326

Demais serviços 6.555 8.292 7.863 7.959 8.004 6.731

Construção e imobiliário 5.641 5.194 5.294 4.605 4.386 4.055

Pessoa física 3.387 3.240 3.091 2.424 2.424 2.087

Pessoa jurídica 2.253 1.954 2.202 2.181 1.962 1.968

Setor primário 827 804 631 584 423 435

Agropecuária 619 519 570 539 385 385

Mineração 208 285 61 45 38 49

Outros pessoa física 30.159 32.248 30.287 30.913 32.408 31.815

TOTAL 1

75.944 76.405 77.766 76.989 74.714 71.302

TVMs e instrumentos financeiros

derivativos 158.179 167.242 155.882 204.467 105.965 82.836

Relações interfinanceiras - vinculadas ao

Banco Central 15.862 17.988 24.137 23.689 24.179 23.654

Outras exposições a risco de crédito 46.218 44.886 37.916 40.076 35.996 32.246 TOTAL 296.203 306.521 295.701 345.220 240.854 210.038

Setor econômico - Conglomerado Financeiro

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

23

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Indústria 20.970 18.950 21.247 20.907 18.397 17.701

Alimentos e bebidas 4.069 3.263 3.534 3.601 3.272 2.905

Química e petroquímica 3.112 3.153 2.625 2.449 2.070 2.016

Maquinas e equipamentos 1.244 1.194 1.354 1.306 1.145 1.009

Papel e celulose 577 558 801 746 646 605

Têxtil e confecções 1.169 1.128 1.288 1.299 1.130 1.074

Siderurgia e metalurgia 607 568 604 674 650 614

Eletricidade. gás e água 772 290 604 604 555 525

Eletroeletrônicas 1.074 930 1.020 1.055 922 899

Madeiras e móveis 325 323 356 367 330 353

Automotiva 522 544 587 591 541 449

Petróleo e gás natural 177 249 228 254 355 364

Demais indústrias 7.322 6.750 8.246 7.961 6.781 6.888

Comércio 7.376 6.718 7.705 7.663 6.865 6.592

Serviços 10.971 12.492 12.603 12.316 12.235 10.705

Financeiro 1.020 989 1.389 1.058 1.224 1.129

Transportes 2.462 2.316 2.377 2.117 2.100 1.991

Educação. saúde e outros serviços sociais 592 577 623 576 543 528

Telecomunicações 342 319 351 607 364 326

Demais serviços 6.555 8.292 7.863 7.959 8.004 6.731

Construção e imobiliário 5.641 5.194 5.294 4.605 4.386 4.055

Pessoa física 3.387 3.240 3.091 2.424 2.424 2.087

Pessoa jurídica 2.253 1.954 2.202 2.181 1.962 1.968

Setor primário 827 804 631 584 423 435

Agropecuária 619 519 570 539 385 385

Mineração 208 285 61 45 38 49

Outros pessoa física 30.159 32.248 30.287 30.913 32.408 31.815

TOTAL 1

75.944 76.405 77.766 76.989 74.714 71.302

TVMs e instrumentos financeiros

derivativos 158.572 169.446 158.062 207.196 117.006 93.616

Relações interfinanceiras - vinculadas ao

Banco Central 15.862 17.988 24.137 23.689 24.179 23.654

Outras exposições a risco de crédito 44.001 42.357 35.819 37.785 34.688 30.493 TOTAL 294.378 306.196 295.784 345.658 250.588 219.065

Setor econômico - Consolidado Econômico Financeiro

(1) Contempla as operações de crédito, operações de arrendamento mercantil, compromissos de crédito não cancelável

incondicionalmente e unilateralmente pela instituição e garantias prestadas.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

24

Concentração de créditos

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Maior devedor 1,2% 1,1% 1,1% 1,2% 1,2% 0,9%

Dez maiores devedores 6,1% 5,5% 6,1% 5,9% 6,7% 5,8%

Cinqüenta maiores devedores seguintes 11,0% 11,0% 10,7% 9,9% 9,8% 10,1%

Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro

Operações em atraso bruto de provisões, excluídas as

operações baixadas para prejuízo

Diversas de estratégias de acordos são utilizadas para

melhorar a gestão do relacionamento com clientes,

maximizar oportunidades de cobrança e, se possível,

evitar a inadimplência, ou a retomada de bens em

garantia. Elas incluem extensões de prazo de

pagamento, redução nos juros ou principal, aprovação

de planos externos de gerenciamento da dívida,

composição de dívida, adiamento da retomada de bens,

e outras formas de modificações nos empréstimos e

prazos.

As políticas e práticas do HSBC Brasil estão baseadas

em critérios que auxiliam a Administração em julgar se

os pagamentos são prováveis de ocorrer. Acordos de

renegociação somente são concedidos em situações

onde o cliente demonstrou disposição para pagar o

empréstimo e onde se espera que o cliente tenha

condições de cumprir com as novas obrigações.

Para empréstimos do varejo, a política de gestão de

risco de crédito do HSBC Brasil estabelece restrições

sobre o número e a frequência de renegociações, o

período mínimo que o empréstimo deve estar aberto

antes que a renegociação possa ser considerada e o

número de pagamentos que devem ser recebidos. A

aplicação desta política varia de acordo com a natureza

do mercado, o produto e a gestão das relações com os

clientes através da ocorrência de eventos excepcionais.

Abaixo demonstramos as operações em atraso bruto de

provisões, excluídas as operações baixadas para

prejuízo:

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Atrasos até 60 dias 757 780 736 662 697 565

Atrasos entre 61 - 90 dias 230 235 204 187 178 153

Atrasos entre 91 - 180 dias 604 538 509 498 433 334

Atrasos acima de 180 dias 730 677 641 527 429 427

Total 2.322 2.230 2.091 1.874 1.736 1.480

Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro

Provisão para créditos de liquidação duvidosa

Segue a demonstração da provisão para créditos de liquidação duvidosa, a qual inclui, além das operações de crédito, as

operações de arrendamento mercantil, de outros créditos e operações sem características de concessão de crédito:

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Provisão para créditos de liquidação

duvidosa3.612 3.461 3.174 2.859 2.316 2.205

Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

25

Operações baixadas para prejuízo

Demonstramos abaixo o volume de operações baixadas para prejuízo por trimestre:

Junho Março Dezembro Setembro Junho Dezembro

2012 2012 2011 2011 2011 2010

Operações baixadas para prejuízo 729 650 532 511 455 426

Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro

Mitigação do risco de crédito

A abordagem do HSBC Brasil ao conceder crédito é de

fazê-lo com base na capacidade de pagamento dos

clientes, e também levando em consideração as

garantias oferecidas para a mitigação de risco de

crédito. Dependendo da situação do cliente e do tipo de

produto, a concessão de crédito pode ocorrer sem

garantia. A mitigação de risco de crédito é, contudo, um

aspecto crucial da gestão de risco eficaz e, numa

organização de serviços financeiros diversificados como

o HSBC Brasil, assume muitas formas.

A política geral do Grupo HSBC é de promover o uso

da mitigação de risco de crédito, justificada pela

prudência comercial e a boa prática, assim como

eficácia de capital. Políticas específicas e detalhadas

cobrem a aceitabilidade, estruturação e termos de vários

tipos de negócio em relação à disponibilidade da

mitigação de risco de crédito, e essas políticas,

juntamente com a determinação de parâmetros de

avaliação adequados, estão sujeitas a uma revisão

regular para garantir que tenham o suporte de evidência

empírica e continuem a cumprir seu propósito previsto.

O método mais comum de mitigação de risco de crédito

é usar uma garantia. Nos financiamentos imobiliários e

de veículos a garantia é a própria alienação fiduciária

dos bens. Nos setores comerciais e industriais, são

criadas cobranças sobre ativos de negócios como

instalações, estoque e devedores. Empréstimos para

pequenas e médias empresas são comumente

concedidos contra garantias dadas por seus proprietários

e/ou diretores. Garantias a terceiros ou fiança bancária

podem surgir quando o HSBC Brasil emite uma

garantia para o cumprimento de contrato de um cliente a

favor de outro banco ou terceiros.

A garantia financeira na forma de títulos é usada em

muitos dos derivativos negociados pelo HSBC Brasil e

em seu negócio de financiamento de títulos

(empréstimo de títulos e operações compromissadas).

Políticas e procedimentos mitigam as exposições do

HSBC Brasil, por exemplo, ao exigir termos e

condições padrão ou documentação especificamente

acordada que permitem a compensação de saldos de

crédito contra obrigações de dívidas.

A avaliação dos mitigadores de risco de crédito procura

monitorar e garantir que estes continuarão a fornecer a

fonte segura de pagamento antecipado no momento em

que foram aceitos. O HSBC Brasil tem como prática a

avaliação mais frequente de garantias de alta

volatilidade.

Para fins de cálculo do patrimônio mínimo exigido, o

Banco Central do Brasil permite a utilização dos

mitigadores previstos na Circular 3360/2007, resumidos

abaixo:

Instrumentos mitigadores de risco de crédito

Junho Março Dezembro Setembro Junho Junho

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Instrumento

. Depósitos a prazo 100% 1.674 1.474 1.143 2.006 2.289 2.584

. Títulos públicos federais 100% 364 354 344 - - -

. Garantias bancárias 50% 144 139 111 104 131 138

Valor total mitigado 2.181 1.968 1.598 2.110 2.420 2.723

Instrumentos mitigadores de riscoFator de

ponderação

Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

26

Risco de liquidação

Risco de liquidação surge em qualquer situação na qual

um pagamento em dinheiro, títulos ou ações seja feito

na expectativa de um recebimento correspondente de

dinheiro, títulos ou ações. Limites diários de liquidação

são determinados para cobrir o valor das transações do

HSBC Brasil com uma contraparte no dia. O risco de

liquidação sobre muitas transações, especialmente as

que envolvem títulos ou ações, é substancialmente

mitigado por liquidação por sistemas e contrapartes

centrais.

Risco de crédito de contraparte

Risco de crédito de contraparte surge na negociação de

derivativos de balcão transações de câmbio, títulos e

valores mobiliários, e compromissadas e refere-se ao

risco de uma contraparte entrar em inadimplência antes

de completar a liquidação da transação

satisfatoriamente. Uma perda econômica acontecerá se

a transação ou a carteira de transações com tal

contraparte tiver um valor econômico positivo no

momento do inadimplemento.

Há três métodos para calcular os valores de exposição

para risco de crédito de contraparte: Método da

Exposição Original (‘Original Exposure Method’),

Método da Exposição Corrente (‘Current Exposure

Method’) e Método do Modelo Interno (‘IMM’).

Valores de exposição calculados de acordo com esses

métodos são usados para determinar os RWAs mediante

as abordagens de risco de crédito. O HSBC Brasil usa o

método da exposição corrente e o IMM para risco de

crédito de contraparte. Limites para exposições de risco

de crédito de contraparte são designados dentro do

processo geral de aprovação de crédito. A medida usada

para risco de crédito de contraparte – tanto limites

quanto utilizações – é o percentil 95 da exposição

potencial futura.

Os modelos e metodologias usados no cálculo de risco

de contraparte são aprovados pelo Comitê de

Metodologia de Risco da Contraparte do Grupo HSBC.

De acordo com os padrões de governança do IMM, os

modelos estão sujeitos a revisão independente quando

são concebidos e a uma revisão contínua, anual.

Apresentamos a seguir o valor nocional dos contratos

sujeitos ao risco de crédito de contraparte a serem

liquidados em sistemas de câmaras de compensação e

liquidação, nos quais a câmara atue como contraparte

central:

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Contratos em que a Câmara atue como

contraparte central80.776 83.006 105.932 93.278 106.213 112.294

Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro

Valores relativos a contratos nos quais não haja atuação de câmaras de compensação como contraparte central,

segregados em contratos com garantias e sem garantias:

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Com garantias 545 655 520 748 2.073 1.746

Sem garantias 209.484 153.829 137.150 187.264 83.432 70.305

Contratos

Contratos em que a Câmara não atue

como contraparte central

Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro

Valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito de contraparte, desconsiderados os valores positivos

relativos a acordos de compensação:

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

27

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Valor positivo bruto 2.009 2.009 2.586 3.915 2.474 1.941

Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro

Valor das garantias que atendam cumulativamente os

seguintes requisitos:

Sejam mantidas ou custodiadas na própria

instituição;

Tenham por finalidade exclusiva a constituição de

garantia para as operações a que se vinculem;

Estejam sujeitas à movimentação, exclusivamente,

por ordem da instituição depositária; e

Estejam imediatamente disponíveis para a

instituição depositária no caso de inadimplência do

devedor ou de necessidade de sua realização.

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Garantias 261 68 30 30 261 184

Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro

Exposição global líquida a risco de crédito de contraparte, definida como a exposição a risco de crédito de contraparte

líquida dos efeitos dos acordos para compensação e do valor das garantias.

Junho Março Dezembro Setembro Junho Março

2012 2012 2011 2011 2011 2011

Exposição global líquida 3.704 1.941 2.556 3.885 2.214 1.757

Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro

Ajuste de risco de crédito

O HSBC Brasil adota um ajuste de risco de crédito para

reconhecimento de receita em operações de derivativos

de balcão com intuito de refletir a possibilidade de que

a contraparte possa entrar em inadimplência. Este

ajuste, computado para cada contraparte, tem como

objetivo calcular a perda potencial da carteira de

transações de derivativos contra uma contraparte, com

base num perfil de exposição positiva esperado,

incluindo os efeitos dos mitigadores de risco de crédito

como acordos de compensação (‘netting’) e acordo de

garantia.

Acordos de garantia

Para calcular o risco de crédito da contraparte, o HSBC

Brasil reavalia todos os instrumentos financeiros e

posições de garantias associadas diariamente. Uma

unidade de gestão de garantia monitora

independentemente as posições de garantia associadas e

administra o processo de chamada e devolução de

garantia.

Risco de correlação adversa

O risco de correlação adversa é uma forma de

concentração de risco e surge quando há uma forte

correlação entre a probabilidade de default da

contraparte e o valor a mercado das transações

subjacentes. O risco de correlação adversa pode ser

visto nos seguintes exemplos:

- quando a contraparte é residente e/ou incorporada a

um mercado emergente e vende moeda não doméstica

em troca da moeda de seu país;

- quando a negociação envolve a compra de ações com

opção de venda de uma contraparte cujas ações são o

ativo-objeto da opção;

- a compra de proteção de crédito de uma contraparte

que não esteja intimamente associada à entidade de

referência do credit default swap ou total return swap; e

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

28

- a compra de proteção de crédito sobre um tipo de ativo

que seja altamente concentrado na exposição da

contraparte, que esteja vendendo a proteção de crédito.

O HSBC Brasil monitora o risco de correlação adversa e

exige que as unidades de negócio obtenham aprovação

prévia junto a área de riscos para transações com estas

características. As funções de Gestão de Risco de

Crédito assumem os processos de controle e

monitoramento e reportam regularmente a exposição a

Diretoria Executiva de Risco da América Latina.

Cessão de crédito e operações de securitização

Não houve transações de venda ou transferência de

ativos financeiros e operações de securitização durante

o período abordado neste relatório para serem

informadas. As políticas do Grupo HSBC estabelecem

que qualquer transação desta natureza deve ser

submetida à prévia aprovação pelo HSBC Brasil antes

de sua conclusão.

Risco de mercado

Objetivos

O objetivo da gestão do risco de mercado do HSBC

Brasil é administrar e controlar exposições de risco de

mercado para otimizar o retorno sobre risco, ao mesmo

tempo em que mantém um perfil de mercado

consistente com o status do Grupo HSBC como uma das

maiores organizações de serviços bancários e

financeiros do mundo.

O HSBC Brasil segrega as exposições ao risco de

mercado em carteiras de negociação e não negociação.

Carteiras de negociação incluem as posições próprias e

outras posições marcadas a mercado. Carteiras de não

negociação incluem posições oriundas da administração

do risco de taxa de juros dos ativos e passivos não

incluídos nas carteiras de negociação, tais como ativos e

passivos originados no banco de varejo, ativos e

passivos do Commercial Banking e investimentos

financeiros designados como disponíveis para venda e

mantidos até o vencimento e exposições oriundas de

operações de seguros.

Quando apropriado, o HSBC Brasil aplica políticas

semelhantes de administração para as duas carteiras. A

aplicação destas políticas às carteiras de negociação está

descrita a seguir.

Organização e responsabilidades

A originação de risco de mercado é assumida

principalmente pelo segmento de Global Markets, que

utiliza limites de risco aprovados pela Diretoria

Executiva do Brasil de acordo com os limites de alçada

estabelecidos pelo Grupo HSBC. Limites são

estabelecidos para carteiras, produtos e tipos de risco

com a liquidez do mercado, como principal fator na

determinação do nível dos limites estabelecidos. O

HSBC Brasil possui uma área independente de

gerenciamento e controle de risco de mercado,

responsável por mensurar as exposições de risco em

conformidade com as políticas definidas pelo Grupo

HSBC e monitorar e reportar diariamente essas

exposições em relação a limites pré-estabelecidos.

A área de gerenciamento de Risco de Mercado é

responsável por avaliar os riscos de mercado que

surgem em cada produto e assegurar que estes sejam

transferidos para a carteira de Global Markets ou

carteira segregada, a fim de que sejam gerenciados sob

a supervisão do ALCO. O objetivo é assegurar que

todos os riscos de mercado sejam consolidados em uma

área que possua as competências e ferramentas de

administração e governança necessárias para gerí-los

profissionalmente. Em certos casos em que os riscos de

mercado não podem ser capturados adequadamente pelo

processo de transferência, um modelo de simulação é

usado para identificar o impacto de diferentes cenários

de valorização e receita líquida de juros.

Políticas de mitigação de risco e de hedge

A Diretoria Executiva de Risco deve avaliar os riscos de

mercado que surgem sobre cada produto e negócio e

garantir que as exposições a risco de mercado

continuem dentro dos limites estabelecidos. A natureza

das estratégias de hedge e mitigação de risco vão desde

o uso de instrumentos tradicionais de mercado, como

swap de taxas de juros, até estratégias de hedge mais

sofisticadas para enfrentar uma combinação de fatores

de risco que surgem nas carteiras. O Grupo HSBC

estabelece em suas políticas que todas as propostas para

limitar exposições estruturais em moeda estrangeira

devem ser aprovadas pela Diretoria Executiva do HSBC

Brasil antes que a transação de hedge seja executada.

Uma avaliação completa do resultado e impactos no

capital deve ser fornecida, juntamente com o tratamento

contábil do hedge.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

29

Medição e monitoramento

O HSBC Brasil utiliza uma variedade de ferramentas

para monitorar e limitar as exposições ao risco de

mercado, incluindo análises de sensibilidade, VaR e

testes de stress.

Análise de sensibilidade

A análise de sensibilidade é usada com o objetivo de

monitorar as exposições às taxas de juros dentro de cada

tipo e/ou fator de risco, como por exemplo, medindo a

sensibilidade do valor de mercado de uma posição ao

movimento de um ponto base (0,01%) nas taxas de

juros. Limites de sensibilidade são determinados para

níveis de carteira, produto e tipo de risco. Vale ressaltar

que é utilizada a volatilidade do mercado como um dos

principais parâmetros para determinar os níveis dos

limites.

Valor em risco (‘VaR’)

VaR é uma ferramenta estatística que estima as perdas

potenciais que podem acontecer em uma carteira devido

aos movimentos nos fatores de risco de mercado,

levando em consideração um horizonte de tempo

específico e um determinado nível de confiança

(probabilidade).

O modelo de VaR usado pelo HSBC Brasil baseia-se

em simulação histórica, ou seja, utiliza uma série

histórica de preços e taxas, levando em consideração a

correlação entre os diversos ativos e passivos.

O modelo de simulação histórica utilizado possui as

seguintes características:

Movimentos potenciais de mercado são calculados

com referência a informações dos últimos dois

anos.

O VaR é calculado utilizando-se nível de confiança

de 99% e horizonte de tempo de um dia.

Dessa forma, um aumento na volatilidade de mercado

provocará um aumento no VaR, mesmo sem nenhuma

mudança nas posições subjacentes.

O HSBC Brasil valida rotineiramente a acuracidade de

seu modelo de VaR por meio de testes de aderência

(‘back-testing’). Nesse tipo de teste são contrastados o

valor do VaR e o resultado diário da carteira (ganho ou

perda), ajustados para remover itens não modelados

como taxas e comissões. Estatisticamente, esperam-se

perdas reais além do VaR somente em 1% dos casos no

período de um ano. O número real de excessos durante

esse período pode, portanto, ser usado para medir a

acuracidade do modelo e seu aperfeiçoamento.

Embora seja um guia valioso e simples para se

mensurar risco, o VaR deve sempre ser visto no

contexto de suas limitações. Por exemplo:

O uso de dados históricos como referência para

estimar eventos futuros pode não incluir todos os

eventos potenciais, especialmente os extremos por

natureza.

O uso do horizonte de tempo de um dia possui a

premissa de que todas as posições possam ser

liquidadas ou seus riscos possam ser protegidos

(‘hedged’) em um só dia. Essa premissa pode não

refletir completamente o risco de mercado que

surge em épocas de profunda falta de liquidez,

quando o período de um dia pode ser insuficiente

para liquidar ou fazer hedge de todas as posições

integralmente.

O uso do intervalo de nível de confiança de 99%,

por definição, não leva em consideração perdas que

possam acontecer além desse nível de confiança.

O VaR é calculado baseando-se nas exposições em

aberto no fechamento do dia, portanto não reflete

necessariamente as exposições tomadas intra-dia.

O poder preditivo do VaR limita-se a condições

normais de mercado, ou seja, é pouco provável que

o VaR capture a probabilidade de perdas por

eventos extremos de mercado (ver seção Teste de

stress).

Teste de stress

Em reconhecimento às limitações do VaR, o HSBC

Brasil utiliza testes de stress para avaliar o impacto

potencial que o valor de sua carteira pode sofrer como

decorrência de movimentos ou eventos extremos, porém

plausíveis, em um conjunto de variáveis financeiras.

É de responsabilidade do Stress Test Committee a

governança dessa prática. Esse comitê coordena a

definição dos cenários utilizados sempre levando em

consideração as exposições reais de risco de mercado e

eventos. Seguem os tipos de cenários adotados pelo

HSBC Brasil:

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

30

Cenários de sensibilidade: consideram o efeito de

movimentações bruscas de mercado sobre qualquer

fator de risco individual ou conjunto de fatores que

não sejam adequadamente capturados pelo modelo

de VaR.

Cenários técnicos: consideram o maior movimento

observado para cada fator de risco sem considerar

qualquer correlação de mercado, ou seja, um

cenário de quebra de correlação;

Cenários hipotéticos: consideram eventos

macroeconômicos potenciais, como por exemplo,

uma pandemia de gripe global.

Cenários históricos: incorporam observações

históricas de movimentos do mercado durante

períodos anteriores de stress que não seriam

capturados adequadamente pelo modelo de VaR.

Os resultados dos testes de stress fornecem à alta

gestão, a avaliação do impacto financeiro que tais

eventos teriam sobre o resultado do HSBC Brasil. As

perdas diárias sofridas durante o período abordado neste

relatório aconteceram dentro dos cenários de perda

reportados nos testes de stress.

Carteira de negociação

Carteira de negociação por fator de risco de mercado relevante, segmentado entre posições compradas e vendidas:

Fatores dez/11 set/11 jun/11 mar/11

de Riscos Ativo Passivo Passivo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo Ativo Passivo

Ações - emissores no

Brasil 1.089 1.082 807 795 595 604 6.216 6.215 2.090 2.079 455 439

Cupom de índice de

preços 1.771 1.369 1.449 1.108 1.123 752 1.175 773 974 503 1.686 507

Cupom de moeda 81.732 81.486 72.067 72.908 66.064 67.027 63.447 66.073 45.808 48.415 44.418 44.540

Cupom de taxa de juros 881 1.435 807 1.339 721 1.358 587 1.383 512 1.264 496 1.171

Mercadorias

(commodities) - - - - - - - - - - - -

Pré 156.705 150.989 126.629 116.508 114.189 119.147 163.006 138.622 96.361 79.317 84.974 93.319

Outros 130.431 130.728 104.669 107.362 112.184 93.693 132.122 142.563 72.259 78.007 85.743 68.450

Total 372.608 367.089 306.428 300.019 294.876 282.581 366.553 355.628 218.004 209.586 217.773 208.426

Conglomerado Financeiro e Consolidado Econômico Financeiro

mar/12jun/12

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

31

Exposição de derivativos

Exposição de derivativos, segregada por fator de risco (taxa de juros, taxa de câmbio, preço de ações e commodities),

mercado (balcão e bolsa) e local de operação (Brasil ou exterior):

Comprado Vendido Comprado Vendido Comprado Vendido Valor líquido

Balcão 159 162 0 0 159 162 (3)

Bolsa 313 312 - - 313 312 0

Total 472 474 0 0 472 474 (3)

Balcão 36 32 1 0 37 33 5

Bolsa 23 24 - - 23 24 (1)

Total 60 57 1 0 61 57 4

Balcão (1) (0) - - (1) (0) (1)

Bolsa 1 0 - - 1 0 1

Total 0 0 - - 0 0 0

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

Balcão 107 109 0 0 107 109 (2)

Bolsa 328 329 - - 328 329 (1)

Total 435 383 0 0 435 438 (3)

Balcão 31 29 1 1 32 30 2

Bolsa 22 22 - - 22 22 0

Total 52 51 1 1 54 51 3

Balcão (0) 0 - - (0) 0 (0)

Bolsa 1 0 - - 1 0 0

Total 0 0 - - 0 0 0

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

0 0 0 0 0 0 0

Balcão 94 96 0 1 95 97 (2)

Bolsa 354 275 - - 354 354 (0)

Total 448 371 0 1 448 451 (3)

Balcão 31 29 2 1 33 30 3

Bolsa 17 18 - - 17 18 (1)

Total 48 47 2 1 50 48 2

Balcão - - - - - - -

Bolsa 1 0 - - 1 0 0

Total 1 0 - - 1 0 0

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

0 0 0 0 0 0 0

Balcão 140 141 0 1 140 142 -2

Bolsa 310 275 - - 310 310 0

Total 450 416 0 1 450 451 -2

Balcão 36 35 2 1 38 35 2

Bolsa 23 24 - - 23 24 -1

Total 59 59 2 1 61 60 1

Balcão - - - - - - -

Bolsa 2 1 - - 2 1 1

Total 2 1 - - 2 1 1

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

Balcão 46 44 0 1 46 44 2

Bolsa 244 275 0 0 244 248 -4

Total 290 318 0 1 290 292 -2

Balcão 23 27 1 0 25 28 -3

Bolsa 19 16 - - 19 16 3

Total 43 43 1 0 44 43 1

Balcão - - - - - - -

Bolsa 0 0 - - 0 0 (0)

Total 0 0 - - 0 0 (0)

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

Balcão 32 27 0 1 32 28 4

Bolsa 270 275 - - 270 275 (5)

Total 302 302 0 1 302 302 (1)

Balcão 21 25 1 0 22 25 (3)

Bolsa 18 14 - - 18 14 4

Total 39 39 1 0 40 39 1

Balcão (0) - - - (0) - (0)

Bolsa 0 0 - - 0 0 (0)

Total 0 0 - - 0 0 (0)

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

Junho d

e 2

012

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de mercadorias

(commodities)

Ma

rço d

e 2

012

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de mercadorias

(commodities)

Ma

rço d

e 2

011

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de mercadorias

(commodities)

Junho d

e 2

011

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de mercadorias

(commodities)

Sete

mb

ro d

e 2

011

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de mercadorias

(commodities)

Dezem

bro

de 2

011

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de mercadorias

(commodities)

Conglomerado Financeiro

Fator de risco Mercado Brasil Exterior Total

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

32

Comprado Vendido Comprado Vendido Comprado Vendido Valor líquido

Balcão 159 162 0 0 159 162 (3)

Bolsa 313 312 - - 313 312 0

Total 472 474 0 0 472 475 (3)

Balcão 36 32 1 0 37 33 5

Bolsa 23 24 - - 23 24 (1)

Total 60 57 1 0 61 57 4

Balcão (1) (0) - - (1) (0) (1)

Bolsa 1 0 - - 1 0 1

Total 0 0 - - 0 0 0

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

Balcão 107 109 0 0 107 109 (2)

Bolsa 328 329 - - 328 329 (1)

Total 435 438 0 0 435 438 (3)

Balcão 31 29 1 1 32 30 2

Bolsa 22 22 - - 22 22 0

Total 52 51 1 1 54 51 3

Balcão (0) 0 - - (0) 0 (0)

Bolsa 1 0 - - 1 0 0

Total 0 0 - - 0 0 0

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

0 0 0 0 0 0 0

Balcão 94 96 0 1 95 97 (2)

Bolsa 354 354 - - 354 354 (0)

Total 448 451 0 1 448 451 (3)

Balcão 31 29 2 1 33 30 3

Bolsa 17 18 - - 17 18 (1)

Total 48 47 2 1 50 48 2

Balcão - - - - - - -

Bolsa 1 0 - - 1 0 0

Total 1 0 - - 1 0 0

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

0 0 0 0 0 0 0

Balcão 140 141 0 1 140 142 (2)

Bolsa 310 310 - - 310 310 0

Total 450 451 0 1 450 451 (2)

Balcão 36 35 2 1 38 35 2

Bolsa 23 24 - - 23 24 (1)

Total 59 59 2 1 61 60 1

Balcão (0) - - - - - -

Bolsa 2 1 - - 2 1 1

Total 2 1 - - 2 1 1

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

Balcão 46 44 0 1 46 44 2

Bolsa 244 248 - - 244 248 (4)

Total 290 291 0 1 290 292 (2)

Balcão 23 27 1 0 25 28 (3)

Bolsa 19 16 - - 19 16 3

Total 43 43 1 0 44 43 1

Balcão - - - - - - -

Bolsa 0 0 - - 0 0 (0)

Total 0 0 - - 0 0 (0)

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

Balcão 32 27 0 1 32 28 4

Bolsa 270 275 - - 270 275 (5)

Total 302 302 0 1 302 302 (1)

Balcão 21 25 1 0 22 25 (3)

Bolsa 18 14 - - 18 14 4

Total 39 39 1 0 40 39 1

Balcão - - - - - - -

Bolsa 0 0 - - 0 0 (0)

Total 0 0 - - 0 0 (0)

Balcão - - - - - - -

Bolsa - - - - - - -

Total - - - - - - -

Junho d

e 2

012

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de

mercadorias

(commodities)

Març

o d

e 2

012

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de

mercadorias

(commodities)

Març

o d

e 2

011

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de

mercadorias

(commodities)

Junho d

e 2

011

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de

mercadorias

(commodities)

Sete

mbro

de 2

011

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de

mercadorias

(commodities)

Dezem

bro

de 2

011

Taxa de juros

Taxa de câmbio

Preço de ações

Preços de

mercadorias

(commodities)

Consolidado Econômico Financeiro

Fator de risco Mercado Brasil Exterior Total

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

33

Risco de taxa de juros

Risco de taxa de juros que surge dentro de carteiras de

negociação é medido, quando possível, diariamente. O

HSBC Brasil utiliza ferramentas para monitorar e

limitar exposições de risco de taxa de juros. Essas

ferramentas incluem o valor atual de um movimento de

ponto base em taxas de juros, VaR, teste de stress e

análise de sensibilidade.

Risco de taxa de câmbio

O Risco de taxa de câmbio surge como resultado de

movimentos no valor relativo das moedas. Além do

VaR e teste de stress, o HSBC Brasil controla o risco de

câmbio externo dentro da carteira de negociação,

limitando a exposição aberta a moedas individuais e em

uma base agregada.

Risco de preço de ações

O risco ligado a ações surge de posições mantidas

abertas, curto ou longo prazo, em ações ou instrumentos

baseados em ações, que criam exposição para uma

mudança no preço de mercado das ações ou

instrumentos subjacentes de ações. Assim como VaR e

teste de stress, o HSBC Brasil controla o risco em ações

dentro de suas carteiras de negociação, limitando o

tamanho da exposição de ações líquida aberta.

Risco de preço de mercadorias (commodities)

Refere-se ao risco das operações sujeitas à variação do

preço de mercadorias (commodities). Estes produtos

podem ser grãos, metais, gás, eletricidade, etc.

Risco de emissor específico

O risco de emissor específico (spread de crédito) surge

de uma mudança no valor dos instrumentos de dívida

devido a uma mudança percebida na qualidade de

crédito do emissor ou ativos subjacentes. Assim como

VaR e teste de stress, o HSBC Brasil administra a

exposição a movimentos de spread de crédito dentro de

carteiras de negociação por intermédio do uso de limites

referenciados para a sensibilidade do valor atual do

movimento de ponto base em spreads de crédito.

Risco de taxa de juros das operações não classificadas

na carteira de negociação

Risco de taxa de juros das operações não classificadas

na carteira de negociação é definido como a exposição

dos produtos não negociáveis do HSBC Brasil a taxas

de juros. Carteiras não negociáveis incluem posições

que surgem da administração da taxa de juros dos ativos

e passivos bancários comerciais e de varejo do HSBC

Brasil, e investimentos financeiros designados como

disponíveis para venda e mantidos até o vencimento. O

risco de taxa de juros das operações não classificadas na

carteira de negociação surge principalmente de

descasamentos entre as curvas de juros futuros e seu

custo de financiamento, como resultado de mudanças

em taxas de juros. O capital econômico do risco de taxa

de juros das operações não classificadas na carteira de

negociação é medido como o valor de capital necessário

para cobrir uma perda inesperada no valor dos produtos

não negociáveis do HSBC Brasil durante um ano, para

um nível de confiança de 99,95 por cento.

Risco operacional

Risco Operacional é definido como “O risco de perda

resultante de falhas ou inadequação de processos

internos, pessoas e sistemas ou por eventos externos,

incluindo risco legal”.

O risco operacional é relevante a cada aspecto do

negócio do HSBC Brasil e cobre uma ampla gama de

problemas. Perdas por fraude, atividades não

autorizadas, erros, omissão, ineficiência, falhas nos

sistemas ou eventos externos se encaixem na definição

de risco operacional.

Ao longo de sua história, o Grupo HSBC sofreu perdas

nas seguintes categorias:

atividades fraudulentas e outras atividades

criminosas externas;

perdas legais, principalmente relacionadas a

ações cíveis e trabalhistas;

falhas em processos/procedimentos devido à

falha humana, interpretações incorretas e más

intenções;

falha ou indisponibilidade de sistemas.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

34

O HSBC Brasil tem ciência que perdas de risco

operacional podem acontecer devido a uma grande

variedade de motivos, inclusive eventos raros, porém

extremos.

Objetivo

O objetivo da gestão de risco operacional do HSBC

Brasil é administrar e controlar o risco operacional de

maneira eficiente dentro de níveis aceitáveis de risco

operacional, consistentes com seu apetite de risco.

Organização e responsabilidades

A primeira e principal linha de defesa do HSBC Brasil

no gerenciamento de risco operacional são as próprias

unidades de negocio e suporte, contemplando todos os

funcionários da estrutura, visto estarem envolvidos na

rotina dos processos e serem os responsáveis pela

implementação e execução das ações e controles

correspondentes aos riscos existentes. O HSBC Brasil

possui uma estrutura de validação de controles –

BRCMs (Business Risk and Control Managers) cuja a

função é garantir a implementação e efetividade dos

controles em cada processo. Além disto, em cada

unidade do HSBC Brasil existe um Coordenador de

Risco Operacional, responsável pelo combate e reporte

de eventos de Risco Operacional e adequação de sua

estrutura às políticas relacionadas.

Com o intuito de criar uma metodologia padrão,

desenvolver estudos e capacitar os colaboradores acerca

do gerenciamento de riscos operacionais, foi criada a

área ORIC (Operational Risk and Internal Control) no

HSBC Brasil. Ela atua diretamente na segunda linha de

defesa, bem como é responsável pelo suporte aos

Coordenadores de Risco Operacional e BRCMs lotados

nas áreas de negócio e operacionais e pela governança

através do Comitê de Risco Operacional e Controles

Internos (ORICC), onde os principais executivos da

instituição se reúnem mensalmente para discutir

assuntos de risco, perdas e definir ações e controles.

Cabe à Auditoria Interna verificar a adequação e

efetividade dos controles implementados nos processos

desempenhados no HSBC Brasil, apontando eventuais

vulnerabilidades e recomendando ações para sua

solução e mitigação, compondo a terceira linha de

defesa do HSBC Brasil no gerenciamento de Riscos.

Em conformidade com a Resolução 3.380, Risco

Operacional é organizado como uma disciplina de risco

independente dentro da divisão de Risco do Grupo

HSBC Brasil. A função de Risco Operacional no Brasil

reporta diretamente para o Diretor Executivo de Risco

(CRO – Chief Risk Officer), tendo como atribuições o

estabelecimento das políticas de Risco Operacional,

capacitação dos colaboradores da instituição, controles

de perdas operacionais, planos de ação para reduzir o

impacto das mesmas, levantamento e validação de

mapas de risco e desenvolvimento do modelo avançado

de mensuração de capital para Risco Operacional

(AMA).

Mensuração e monitoramento

Atualmente, atendendo aos requerimentos do Banco

Central, o capital alocado para risco operacional é

calculado dentro da abordagem padronizada alternativa

simplificada, que não leva em consideração fatores de

risco da instituição.

Com o objetivo de ter um processo de gerenciamento de

risco nos melhores padrões internacionais, e em linha

com a visão do regulador brasileiro, está em

desenvolvimento o Modelo Avançado de Mensuração

de Capital para Risco Operacional (AMA), que deverá

ser implementado em julho de 2012 em paralelo com a

abordagem padronizada atual. Em julho de 2013 o

processo deve ser submetido para análise e aprovação

pelo Banco Central do Brasil para então ser utilizado

oficialmente. A abordagem avançada consiste em um

modelo interno baseado na exposição ao risco de cada

instituição. Este modelo deve considerar todos os 4

elementos definidos em Basileia II: base de dados

interna de perdas, base de dados externa de perdas,

análise de cenários e fatores de controle interno e

ambiente de negócios.

Todo este processo deve ser analisado e aprovado pelo

Banco Central do Brasil antes de sua efetiva aplicação,

após o qual terá introdução gradual juntamente com a

abordagem padronizada atual.

Abordagem de avaliação de risco operacional

Avaliações de risco operacional são desempenhadas por

unidades e funções individuais de negócio, com suporte

e coordenação de especialistas da estrutura de Risco

Operacional da Instituição. Cada negócio e/ou função

deve executar um processo contínuo de identificação e

avaliação de riscos. Quando o risco for avaliado como

alto, a gestão do negócio propõe um plano de ação para

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

35

mitigar o risco, devendo ser levado em consideração o

custo-benefício desta solução.

Para isto, novos processos foram implementados e são

executados em conjunto entre a unidade de Risco

Operacional, as áreas de negócio envolvidas e as áreas

de controle e suporte, tais como:

- Risk & Control Assessment (RCA): Processo de

identificação dos principais riscos, capazes de danificar

significativamente a área de negocio e/ou o HSBC

Brasil, seja financeira, regulatória ou

reputacionalmente. Também levanta e avalia os

controles associados, propondo ações mitigantes

quando necessário.

- Top Risk Analysis (TRA): Elaboração de cenários

típicos e extremos para os principais riscos identificados

na instituição. Estes cenários são base para o cálculo de

capital dentro do modelo avançado em

desenvolvimento.

Registro

O Grupo HSBC utiliza um sistema global (ORION),

com uma base de dados centralizada para registrar suas

avaliações de risco, eventos de perda, planos de ação e

respectivas datas propostas de implementação. Além

disso, o ORION também concentra os processos e

informações necessárias para a abordagem avançada de

mensuração de capital. Estas informações são mantidas

segregadas por unidade de negócio. A responsabilidade

pela atualização e qualidade dos dados do sistema é

compartilhada entre as áreas de negócio e suporte e a

área de Risco Operacional.

Paralelamente ao ORION, o sistema CRO é utilizado

localmente para o fluxo de cadastro, análise e

contabilização automática de eventos de perda.

Para garantir uma maior acurácia no monitoramento dos

eventos de perdas, todos os incidentes acima de R$15

mil são registrados individualmente no sistema ORION.

Para os valores abaixo deste limite os registros são

realizados de forma agregada, conforme a causa raiz.

considerando sua natureza, unidade e data de

ocorrência.

Para o sistema CRO, não há linha de corte de valor,

sendo cadastrados no dia da descoberta todos os eventos

de perda operacional, independente de seu valor, sendo

posteriormente analisados, contabilizados e mantidos

para registro na base de dados. Com base nos relatórios

do CRO, e outras informações contábeis, o sistema

ORION é alimentado mensalmente.

Risco de liquidez e captação

O risco de liquidez é o risco de que o HSBC Brasil não

tenha recursos financeiros sufi cientes para cumprir com

suas obrigações à medida que vencem, ou que tenha de

vir a fazê-lo a um custo excessivo. Esse risco decorre da

inadequação do calendário de fluxos de caixa. Risco de

captação (uma forma de risco de liquidez) surge quando

a liquidez necessária para financiar posições ativas sem

liquidez não pode ser obtida nos termos esperados e

quando necessário.

O objetivo da estrutura de gestão de liquidez e captação

do HSBC Brasil é garantir que todos os compromissos

de financiamentos previsíveis possam ser cumpridos

quando efetivamente devidos, e que o acesso aos

mercados de atacado seja bem coordenado e eficaz em

termos de custos. Para isso, o HSBC Brasil mantém

uma base diversificada de captação, compreendendo

varejo e depósitos de clientes corporativos e

institucionais. Essa estratégia é reforçada por recursos

de vendas em atacado e carteiras com ativos de grande

liquidez, diversificados por moeda e prazos, permitindo

assim, que o HSBC Brasil possa responder rapidamente

e sem problemas às necessidades imprevistas de

liquidez.

O HSBC Brasil enfatiza a importância da estabilidade

de depósitos do varejo, contas correntes, contas de

poupança e depósitos a prazo, como uma fonte de

fundos para financiar a concessão de empréstimos a

clientes, e desencoraja a dependência de recursos de

clientes corporativos e institucionais de curto prazo.

Isso é alcançado atribuindo-se limites às empresas

bancárias, que restringem suas habilidades em aumentar

os financiamentos e adiantamentos a clientes sem o

correspondente crescimento nas contas correntes e

contas de poupança. Esse indicador é conhecido como

‘índice de empréstimos e fontes estáveis de recursos’.

Os limites são fixados pelo Risk Management

Committee e monitorados pela área de Finanças. O

índice demonstra empréstimos e adiantamentos a

clientes sobre a porção de depósitos considerados

estáveis e outros recursos com prazos remanescentes de

vencimento superior a um ano.

O HSBC Brasil oferece, no curso normal dos negócios,

linhas de crédito aos seus clientes. Essas linhas

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

36

aumentam os requerimentos de financiamento quando

os clientes os utilizam além do nível médio normal. As

consequências do risco de liquidez são analisadas sob a

forma de fluxos de caixa projetados em diferentes

cenários de stress. O Risk Management Committee

também fixa limites para linhas não canceláveis

assumidas por empresas do HSBC Brasil após a

consideração da capacidade de financiamento de cada

empresa.

O HSBC Brasil adapta sua estrutura de gerenciamento

de risco de liquidez e de captação em resposta a

mudanças no mix dos negócios com que se

compromete, bem como a mudanças na natureza dos

mercados onde opera. O processo de gestão de liquidez

e captação inclui:

projeção dos fluxos de caixa por moeda em

diferentes cenários de stress, considerando o nível

de liquidez necessária em relação a estes;

acompanhamento da liquidez do balanço e

monitoramento do índice de empréstimos e fontes

estáveis de recursos;

manutenção de uma gama diversificada de fontes

de captação com eventuais linhas de contingência

de liquidez;

gestão da concentração dos vencimentos e perfil da

dívida;

gerenciamento de posições assumidas de linhas de

contingência de liquidez com limites

preestabelecidos;

manutenção dos planos de financiamento de dívida

monitoramento da concentração de depósitos, a fim

de evitar concentração excessiva e dependência de

grandes depositantes e assegurar uma boa

combinação global de financiamentos; e

manutenção de planos de contingência para

liquidez e financiamento. Tais planos devem

identificar precocemente os indicadores de

condições de problemas e descrever ações a serem

tomadas, em caso de dificuldades decorrentes de

sistemas ou outras crises, enquanto minimizam as

consequências adversas de longo prazo para o

negócio.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

37

Glossário

Termo

Referência

Abordagem avançada IRB A abordagem avançada IRB é um método para calcular as exigências de capital de

risco de crédito usando modelos PD, LGD e EAD internos.

Abordagem básica IRB ou IRB

Foundation

A abordagem básica IRB é um método para calcular exigências de capital de risco

de crédito usando modelos PD internos, mas com estimativas do Banco Central do

Brasil para LGD e fatores de conversão para o cálculo de EAD.

Abordagem padronizada ou

STDA

- No risco de crédito, um método para calcular exigências de capital de risco de

crédito usando classificações de risco do Banco Central do Brasil.

- No risco operacional é calculada mediante a aplicação de uma percentagem

definida pelo Banco Central do Brasil com relação às receitas da instituição

financeira.

- No risco de mercado é medido usando os modelos Value at Risk (‘VaR’) ou regras

prescritas pelo Banco Central do Brasil.

AMA (Advanced Measurement

Approach)

Trata-se da abordagem mais complexa para obter a alocação de capital para risco

operacional, pois compreende a adoção de métodos de mensuração, incluindo

critérios quantitativos e qualitativos.

Apetite de risco É um direcionador para tomada de decisão que estabelece o nível de tolerância aos

riscos que o HSBC Brasil deseja estar exposto e efetua monitoramento. Uma vez

que o limite de apetite pelo risco tenha sido excedido, mecanismos de controle e

gestão de riscos são acionados para trazer de volta o nível de exposição dentro dos

limites estabelecidos.

Back-testing Método utilizado para testar a validade e robustez de um modelo utilizando dados

históricos. O procedimento de back-test visa a comparar as oscilações efetivamente

ocorridas em um determinado período com as oscilações previstas nos modelos. A

análise dessa comparação irá fornecer os dados para validação do método utilizado.

Basileia II

A estrutura de adequação de capital emitida pelo Comitê Basileia de Supervisão

Bancária em junho de 2006 na cidade de Basileia na Suíça, na forma de

‘Convergência Internacional de Medida de Capital e Padrões de Capital’.

BIA (Basic Indicator Approach) Abordagem para obter a alocação de capital para risco operacional, que consiste na

soma dos valores das receitas de intermediação financeira e das receitas de

prestação de serviços, deduzidas das despesas de intermediação financeira dos

últimos três anos (ou 36 meses), aplicando-se o fator de 15%. Trata-se de alocação

mais simplificada e baseada exclusivamente em padrões contábeis.

Capital econômico A exigência de capital calculada internamente, considerada necessária pelo HSBC

Brasil para apoiar os riscos aos quais ele está exposto, num nível de confiança

consistente com a classificação de crédito no nível AA das empresas de rating.

Capital investido

Patrimônio investido no HSBC Brasil por seus acionistas.

Capital de nível 1

Composto por capital social, reservas de capital, reservas de lucros (excluídos os

mencionados no capital nível 2), resultados retidos e contas de resultados do

exercício não encerrado.

Capital de nível 2

Composto por dívidas subordinadas e instrumentos híbridos de capital e dívida,

reservas de reavaliação, reservas de contingências, reservas especiais de lucros

relacionadas a dividendos especiais não distribuídos, ações preferenciais

cumulativas, ações preferenciais resgatáveis.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

38

Termo

Referência

Capital regulatório

O capital mantido pelo HSBC Brasil de acordo com as regras do Banco Central do

Brasil.

Classificação de risco Classificações do devedor, em uma escala de risco conforme definido a seguir:

Risco mínimo de inadimplência: o nível mais forte de crédito, com uma

probabilidade pequena de inadimplência.

Risco baixo de inadimplência: crédito forte, com baixa probabilidade de

inadimplência.

Risco satisfatório de inadimplência: um bom risco de crédito, com uma

probabilidade satisfatória de inadimplência.

Risco leve de inadimplência: o risco de inadimplência continua leve, mas fraquezas

identificadas podem exigir um monitoramento mais regular.

Risco moderado de inadimplência: a posição geral não causará nenhuma

preocupação imediata, mas um monitoramento mais regular será necessário em

função das sensibilidades a eventos externos, que podem aumentar a possibilidade

de risco de inadimplência.

Risco significativo de inadimplência: o desempenho pode ser limitado por um ou

mais aspecto preocupantes, conhecido como deterioração, ou a perspectiva de piora

do status financeiro. É necessário maior monitoramento regular.

Alto risco de inadimplência: deterioração continuada no status financeiro, que exige

um monitoramento frequente e avaliação contínua. A possibilidade de

inadimplência é preocupante, mas o financiado atualmente tem a capacidade de

honrar seus compromissos financeiros.

Acompanhamento especial: a probabilidade de inadimplência é crescente e a

capacidade do financiado de honrar seus compromissos financeiros é cada vez

menos provável.

Inadimplência: uma inadimplência é considerada como tendo acontecido em relação

a um determinado devedor quando um ou ambos eventos seguintes tiverem

acontecido: o banco considera que o devedor não tem possibilidade de pagar seus

compromissos totalmente, sem recurso por parte do banco para ações como

realização das garantias, ou o devedor está atrasado há mais de 90 dias em qualquer

obrigação de crédito importante para o Grupo bancário.

Credit default swap Contrato que permite transferir a exposição ao risco de determinados produtos de

responsabilidade de uma terceira parte entre outras duas partes. A parte compradora

do swap recebe proteção de crédito, ao passo que a parte vendedora garante a boa

liquidação da obrigação. Desta forma, o risco de default é transferido do emitente do

título para o vendedor do contrato de swap. Este, por sua vez, é remunerado pelo

comprador da proteção.

Derivativos Um derivativo é um instrumento financeiro cujo valor se baseia no desempenho de

um ou mais ativos subjacentes, como obrigações ou moedas.

Exposição

Um direito de crédito, direito contingente ou posição que apresenta um risco de

perda financeira.

Exposição no momento do

default (Exposure at default -

EAD)

O valor que se espera que fique pendente depois de qualquer mitigação de risco de

crédito, se e quando uma contraparte estiver em default. EAD reflete saldos sacados,

assim como valores não sacados, mas que estão compromissados.

Global Markets

Segmento de negócios que engloba os serviços de tesouraria e mercado de capital do

Grupo HSBC.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

39

Termo

Referência

Hedge (proteção)

Proteger eventuais perdas resultantes do aumento do valor de obrigações ou da

redução do valor de bens.

HSBC

Grupo HSBC, o que inclui HSBC Holdings plc e suas empresas coligadas e

controladas em todo o mundo.

HSBC Brasil

HSBC Bank Brasil S.A. - Banco Múltiplo e suas sociedades controladas.

HSBC Holdings plc

Empresa controladora do Grupo HSBC.

IMM (Internal Model Method) -

Método de Modelo Interno

Uma das três abordagens definidas pelo Basileia II para determinar valores de

exposição para risco de crédito de contraparte.

IRB (Internal Rating Based

approach)

A abordagem IRB do Acordo de Basileia II permite aos bancos avaliar o Risco de

Crédito utilizando seus próprios modelos. A abordagem se divide em duas

metodologias possíveis: IRB Foundation (básica) e IRB Advanced (avançada). Para

utilizar qualquer destas abordagens, a instituição tem que se candidatar e obter

autorização do Banco Central do Brasil.

Inadimplência

Situação em que uma contraparte deixa de cumprir um contrato, particularmente no

que se refere ao pagamento ou cumprimento de obrigações contraídas. Quando um

cliente estiver em inadimplência, os empréstimos pendentes totais sobre os quais os

pagamentos estão atrasados são descritos como créditos em atraso.

Instituições

Dentro da abordagem padronizada, instituições são classificadas como instituições

de crédito ou de investimento. Dentro da abordagem IRB, instituições também

incluem governos regionais e autoridades locais, entidades do setor público e bancos

de desenvolvimento multilateral.

M (maturity)

Prazo efetivo de vencimento.

Mitigação de risco de crédito

Uma técnica para reduzir o risco de crédito associado a uma exposição pela

aplicação de mitigadores de risco de crédito como garantias e proteção de crédito.

Perda dado o default (Loss

Given Default - LGD)

A percentagem estimada da perda sobre uma exposição quando a contraparte entrar

em default.

Perda esperada (Expected Loss

- EL)

Um cálculo regulatório do valor de perda esperado numa exposição usando

estimativas de 12 meses e recessões. EL é calculado multiplicando a probabilidade

de default (uma percentagem) por exposição no momento do default (um valor) e

perda dada o default (uma percentagem).

Probabilidade de default (‘PD’)

A probabilidade de um devedor não cumprir os seus compromissos de pagamento

no horizonte de um ano.

Risco de correlação adversa

Uma correlação adversa entre a probabilidade de default da contraparte e o valor

avaliado a mercado da transação subjacente.

Securitização É uma prática financeira que consiste em agrupar vários tipos de ativos financeiros

(notadamente títulos de crédito tais como faturas emitidas e ainda não pagas, dívidas

referentes a empréstimos e outros), convertendo-os em títulos passíveis de

negociação. A dívida é transferida, vendida, na forma de títulos, para um ou mais

investidores.

Swap Entende-se como swap um contrato de troca de indexadores, que funciona como

hedge (proteção), permitindo consequentemente aos participantes do mercado se

proteger dos riscos inerentes aos ativos que operam, como por exemplo, risco de

oscilação cambial.

H S B C B A N K B R A S I L S . A . – B A N C O M Ú L T I P L O

Divulgações do Pilar 3 de Gerenciamento de Risco e Capital em 30 de Junho de 2012 (Em milhões de reais)

40

Termo

Referência

Total Return Swap

Tipo de derivativo de crédito, no qual a contraparte receptora de risco (vendedor de

proteção) recebe o rendimento de um ativo subjacente mais a variação positiva que

ocorra durante um prazo especificado e paga, à contraparte transferidora de risco

(comprador de proteção), o custo de "financiamento" de um valor nocional e a

variação negativa que ocorra durante o mesmo prazo.

Valor em risco (‘VaR’)

Uma técnica que mede a perda que poderia acontecer nas posições de risco como

resultado de movimentos adversos em fatores de risco de mercado (como taxas,

preços, volatilidades), durante um tempo específico e a um determinado nível de

confiança.