relatório de gerenciamento de riscos basiléia ii pilar 3 · delineiam a gestão corporativa dos...

26
Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos Basiléia II Pilar 3 Relatório de Gerenciamento de Riscos Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre 2013

Upload: truongnhi

Post on 26-Nov-2018

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3

Relatório de Gerenciamento de Riscos Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre 2013

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 2

Conteúdo

1. Introdução ............................................................................................................................... 3

2. Perfil Corporativo..................................................................................................................... 3

3. Escopo..................................................................................................................................... 4

3.1. Entidades ....................................................................................................................................... 4 3.2. Política de Divulgação de Informações ......................................................................................... 4

4. Governança Corporativa de Gerenciamento de Riscos ......................................................... 4

4.1. Governança Corporativa ................................................................................................................ 4 4.2. Ambiente de Controle .................................................................................................................... 4 4.3. Mapeamento dos Riscos ............................................................................................................... 7 4.4. Capital Econômico e Capital Regulatório ...................................................................................... 7

5. Adequação de Capital ............................................................................................................. 8

5.1. Patrimônio de Referência e seus derivados .................................................................................. 8

6. Risco de Crédito ...................................................................................................................... 9

6.1. Princípio e Estratégia de Gerenciamento de Risco de Crédito ..................................................... 9 6.2. Estrutura de Gestão ao Risco de Crédito .................................................................................... 10 6.3. Monitoramento do Risco de Crédito ............................................................................................ 10 6.4. Classificação do Risco de Crédito ............................................................................................... 10 6.5. Comunicação Interna do Risco de Crédito .................................................................................. 11 6.6. Detalhamento do risco de Crédito ............................................................................................... 12 6.7. Risco de Contraparte ................................................................................................................... 14

6.7.1. Valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte. .............................. 14 6.7.2. Acordos de Compensação e Liquidação de Obrigações – Resolução CMN nº 3.263/05 ............... 15

6.8. Mitigadores do Risco de Crédito .................................................................................................. 15 6.8.1. Unidades de Mitigação de Risco .................................................................................................... 16

7. Risco de Mercado ................................................................................................................. 16

7.1. Estrutura de Gestão de Risco de Mercado.................................................................................. 16 7.1.1. Responsabilidade ........................................................................................................................... 16 7.1.2. Processos e Ferramentas ............................................................................................................... 17 7.1.3. Carteira de não negociação ............................................................................................................ 17 7.1.3.1. Políticas e metodologias ......................................................................................................... 17 7.1.3.2. Operações sem vencimento – Tratamento de antecipações .................................................. 17 7.1.4. Abertura das parcelas de risco de mercado. .................................................................................. 18 7.1.4.1. Exposição da carteira de negociação por fator de risco ......................................................... 18 7.1.4.2. Exposição da carteira de não negociação por fator de risco. ................................................. 20

8. Risco Operacional ................................................................................................................. 22

8.1. Estrutura de Gestão de Risco Operacional ................................................................................. 22 8.1.1. Responsabilidade ........................................................................................................................... 23

8.2. Processos e Ferramentas ............................................................................................................ 23 8.2.1. Identificação e Avaliação de Fatores de Risco Operacional ........................................................... 23 8.2.2. Identificação e Avaliação de Eventos de Risco Operacional .......................................................... 24 8.2.3. Correção de Fatores e Eventos de Risco Operacional ................................................................... 24

8.3. Apuração do Requerimento de Capital para Risco Operacional ................................................. 24 8.4. Comunicação ............................................................................................................................... 24

9. Risco de Liquidez .................................................................................................................. 25

9.1. Estrutura de Gestão de Risco de Liquidez .................................................................................. 25 9.2. Responsabilidade ........................................................................................................................ 25 9.3. Processos e Ferramentas ............................................................................................................ 25 9.4. Plano de Contingência de Liquidez ............................................................................................. 25

10. Risco de Reputacional .......................................................................................................... 25

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 3

1. Introdução Visando o cumprimento das diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil quanto à adequação aos princípios de Basileia II, a Instituição vem preparando suas estruturas tecnológicas, administrativas e de pessoal, considerando o cronograma delineado pelos reguladores, para obtenção de dados qualitativos e quantitativos utilizados nos cálculos e análises dos Riscos de Crédito, de Mercado, de Liquidez e Operacional. Mensalmente são realizadas reuniões de comitês específicos para acompanhamento e avaliação dos riscos, com o objetivo de identificar a eficácia dos controles mitigadores de riscos, bem como a aderência dos procedimentos às normas instituídas, internas e externas. Esses processos buscam adequar as melhores políticas de alocação dos recursos em ativo e passivo administrados pelo Deutsche Bank Brasil, concomitantemente com os melhores princípios de Gerenciamento de Riscos e Controles Internos, inclusive quantificando a Alocação de Capital que assegure a manutenção e expansão das linhas de negócios da Instituição. Tais procedimentos, em conjunto com processos continuados de aprimoramento dos Controles Internos, têm como objetivo subsidiar a Direção Executiva, Órgãos Supervisores, Auditorias e Clientes do Deutsche Bank Brasil, com informações que delineiam a Gestão Corporativa dos Riscos e Controles Internos, baseada em Políticas, Normas e Instrumentos implementados pela administração, bem como nos preceitos normativos vigentes determinados pelas Autoridades Monetárias. Nesse contexto, apresentamos a seguir os detalhes de nossa estrutura de gerenciamento de riscos,

de acordo com as exigências da Circular nº 3.477 de 24 de dezembro de 2009.

2. Perfil Corporativo Há mais de 100 anos no Brasil, o Deutsche Bank S.A. – Banco Alemão é um banco múltiplo com carteira comercial e de investimento. Atua na estruturação de operações de fusões e aquisições e de mercado de capitais, tanto de renda fixa como variável, além de operações de tesouraria e financiamento ao comércio exterior, e serviços de créditos documentários, Cash Management, Custódia, agente e de corretora de valores. Com expertise e abrangência globais, atende grandes empresas nacionais e internacionais, instituições financeiras e investidores locais e estrangeiros. Além disso, atua para ser o principal fornecedor global de soluções financeiras para os clientes, criando valor excepcional para seus acionistas e colaboradores. Sediado em São Paulo e com agência no Rio de Janeiro e no Uruguai, conta com uma equipe de mais de 400 colaboradores. O Deutsche Bank é um banco global, com presença em 74 países, líder de mercado na Alemanha e na Europa, com atuação crescente na América do Norte, na Ásia e em mercados emergentes. A excelência em seus serviços é mundialmente reconhecida: Em 2012 o Deutsche Bank foi eleito, pela terceira vez, Best Global Investment Bank, pela Euromoney. O Banco recebeu, ainda, os títulos de Best Domestic Trade Finance Provider no Brasil e nos Estados Unidos de acordo com a Euromoney Trade Finance 2012 Survey e, pelo oitavo ano consecutivo, ficou em primeiro na Euromoney FX Poll Survey. Também foi eleito Credit Derivatives House of the Year, Hedge Fund Derivatives House of the Year e Interest Rate Derivatives House of the Year pela Risk Awards 2012.

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 4

3. Escopo 3.1. Entidades Conforme estabelecido no artigo 1º, as informações sobre gerenciamento de riscos cobrem as entidades do conglomerado financeiro e consolidado econômico financeiro, a seguir relacionadas:

Deutsche Bank S.A. – Banco Alemão

Deutsche Bank S.A. – Banco Alemão (filial Uruguai)

Deutsche Bank Corretora de Valores S.A.

Imobal – Imobiliária e Administradora Ltda (até 27 de setembro de 2011)

3.2. Política de Divulgação de Informações

O Deutsche Bank Brasil mantém as descrições das estruturas de gerenciamentos dos riscos de crédito, mercado, liquidez e operacional, assim com a descrição da estrutura de gerenciamento de capital e o relatório de gerenciamento de riscos da Basileia II / Pilar III, todas publicadas através de relatório de acesso público no site da Instituição, www.db.com/brazil, com periodicidade mínima anual. Um resumo dessa descrição é publicado nas demonstrações contábeis semestrais.

4. Governança Corporativa de Gerenciamento de Riscos 4.1. Governança Corporativa O Deutsche Bank privilegia os princípios de Governança Corporativa. A política global que consolida os princípios internos de Governança Corporativa corresponde ou supera os requerimentos legais. Além disto, desde 2003, o Grupo Deutsche Bank adota globalmente o artigo 404 da Lei Sarbanes-Oxley, que exige o levantamento completo de controles internos, como os sistemas de informação que produzem os dados financeiros e fluxos de documentação/processos de aprovação. No Brasil, a documentação completa, para todas as áreas, é revisada e atualizada semestralmente, completando assim o já existente processo interno de controles de risco, de acordo com a Circular CMN nº 2.554/98.

4.2. Ambiente de Controle

O processo de Controles Internos é considerado pelo Conglomerado como sendo dinâmico e constante. Parte importante deste processo é a existência da documentação de controles em políticas e procedimentos, assim como um robusto processo de aprovação de novos produtos e de transações relevantes. A determinação da qualidade do ambiente de controles internos é feita em função da maneira como os funcionários aderem as políticas/procedimentos existentes, e do quão claramente são identificadas e endereçadas deficiências em relação às mesmas. Sendo assim, o modelo de controles internos do Conglomerado visa: a) Garantir a aderência a políticas e procedimentos:

Para atingir este objetivo a área de controles internos efetua a revisão de Políticas institucionais, participa ativamente do processo de adequação aos requerimentos regulatórios, atua na melhoria de processos, tem participação no Comitê Operacional (OpCo), Comitê de Auditoria, Monthly Review Process (MRP) e Comitê Regulatório e de Controles Internos (BRIC), além de acompanhar as auditorias e as deficiências auto-identificadas.

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 5

b) Atuar na identificação de novos riscos:

Para tanto, a área de Controles Internos revisa novos Produtos e é a responsável por Coordenar o Comitê de Aprovação de Novos Produtos local, participa na revisão de Processos existentes e mantém um elevado nível de conectividade com as demais áreas do Conglomerado. Por fim, a área de controles internos busca a melhoria da qualidade do ambiente de controles internos e proporcionar uma visão horizontal da organização sobre os principais temas relacionados. Caso as ações de Controles Internos revelem deficiências críticas, recorrentes ou com possibilidade de geração de benefícios para o conglomerado, as mesmas são priorizadas e tornam-se ações de melhorias de processos, as quais complementam os pilares das estrutura da área de controles internos.

A abordagem descrita acima é complementada pela existência de uma sólida estrutura de governança, Compliance, Gestão de Riscos, Auditoria, Reportes Financeiros e Auditoria Externa, as quais são sumarizadas abaixo:

Estrutura Complementar de Controles Internos:

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 6

Atividades de Controle de Risco Regulatório (Pauta Regulatória) O controle das alterações regulatórias é efetuado em conformidade com o Procedimento denominado “Identificação, Avaliação, Processo de implementação e Monitoramento de Mudanças das Regras Regulatórias – Brasil”, disponíveis na Intranet. As áreas de Compliance e Controles Internos, por meio de reuniões semanais, analisam todas as normas e regulamentos divulgados no período e identificam quais destas regras terão um possível impacto no Conglomerado. Uma vez identificadas, Compliance e Controles Internos determinam o provável SME (“Especialista do Assunto” - Subject Matter Expert ou SME) nas áreas de negócio e/ou infraestrutura. Após esta etapa, a área de Controles Internos é responsável por se comunicar com o SME, confirmando a aplicabilidade de determinado requerimento. Confirmada a aplicabilidade, o SME passa a ser o responsável por analisar a regulamentação e por definir quais ações necessitam se tomadas para a adequação dos processos de forma que os mesmos fiquem em conformidade com a norma. A área de Controles Internos realiza o acompanhamento dos planos de ação para atendimento dos requerimentos regulatórios através de uma planilha de controles denominada Pauta Regulatória. Trimestralmente, os assuntos da Pauta, bem como o status de cada um deles são apresentados no Comitê BRIC – “Business Regulatory and Internal Controls Committee” (Comitê Regulatório e de Controles Internos). Modelos de Gestão: O modelo atual de inter-relacionamento entre os agentes de controles – Controles Internos, Auditoria Interna, Compliance e demais áreas de Riscos – está baseado, substancialmente, nos contatos periódicos por meio dos Comitês. Através das ações relacionadas no diagrama “Abordagem de Controles Internos”, as deficiências identificadas são analisadas por controles internos de forma a avaliar a criticidade, possibilidade de recorrência em múltiplas áreas ou processos, e os possíveis benefícios para o conglomerado das ações corretivas das mesmas. Caso o resultado revele deficiências críticas, recorrentes ou com possibilidade de geração de benefícios para o conglomerado, as mesmas são priorizadas e tornam-se ações de melhorias de processos, as quais complementam os pilares das estrutura da área de controles internos. Em relação estas melhorias, cabe à área de controles internos promover discussões sobre os processos a serem otimizados, contribuindo através do mapeamento dos fluxos existentes e sugerindo novos processos para as áreas envolvidas. Tais melhorias podem eventualmente gerar atualizações nos procedimentos e políticas existentes. Além disso, o Conglomerado utiliza outras ferramentas e atividades para garantir a identificação e incorporação mitigantes para os riscos novos e/ou existentes, tais como:

Relatório Semestral de Controles Internos emitido pelo COO - Chief Operating Officer;

Questionários de auto-avaliação (Self Assessments) realizados anualmente através do sistema “dbSAT” (Self Assessment Tool ou Ferramenta de Auto-avaliação);

Workshops periódicos de Risco;

Processo semanal de acompanhamento dos novos requerimentos regulatórios e da pauta regulatória;

Realização trimestral do Comitê Regulatório e de Controles Internos (BRIC);

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 7

Acompanhamento e discussão dos temas de risco através dos diversos comitês existentes (ExCo, OpCo, Comitê de Auditoria, MRP, RRC, etc.).

Os outputs destes exercícios retroalimentam o processo de análise, melhorias e documentação de processos existentes, que passam a existir tomando em consideração os novos riscos identificados.

4.3. Mapeamento dos Riscos

Mantemos processo robusto e estruturado de gestão de riscos. Qualificamos nosso risco como Moderado.

A identificação e avaliação de riscos de mercado, crédito, liquidez, operacional, etc., seguem metodologia, políticas e procedimentos globais e estão em linha com melhores práticas de mercado. O processo de identificação de riscos inicia-se com o processo de aprovação de novos produtos – NPA. Em seguida, os principais riscos apontados sofrem monitoramento e gestão local dado através de relatórios e controles diários além da aplicação dos comitês de gestão já apresentados. Adicionalmente as várias disciplinas de riscos monitoram suas respectivas posições regionalmente e todas as exposições do Deutsche Bank Brasil são parte integrante de relatórios globais de risco e sujeitos a monitoramento e controle global.

A seguir, através dos itens 6 a 10 desse documento, são apresentamos as definições dos respectivos riscos.

4.4. Capital Econômico e Capital Regulatório

• Acompanhamento da adequação dos valores de capital Mensalmente fazemos o acompanhamento dos valores de capital, dentro do pacote MIS. Além dos valores de capital regulatório e econômico, cobrimos também o valor do capital contábil, atendendo aos limites da legislação local e os limites da matriz, a exemplo o limite de exposição ao País. • Capital regulatório Os valores de capital regulatório são apurados tanto para fins locais, como para a Matriz, seguindo as respectivas legislações. Para fins locais apuramos o capital regulatório com base na Resolução CMN nº 3.490 (e regulamentação complementar), enquanto que para a Matriz, aplicamos os conceitos de Basiléia adotados globalmente. Segue abaixo a composição do capital regulatório local, nas respectivas bases de dados.

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 8

Capital econômico - Riscos não cobertos no capital regulatório O cálculo de capital econômico existe somente no nível global. O capital econômico reflete o risco da instituição utilizando modelos próprios, o qual abrange os riscos de crédito, de mercado e operacional (incluindo nesse último o risco reputacional). Globalmente, o Deutsche Bank utiliza-se também de conceitos como resultado sobre capital econômico, lucro econômico e construção/destruição de valor (retorno acima ou abaixo de certa taxa mínima). A alocação de recursos se dá considerando resultado econômico (na distribuição de capital e funding, por exemplo, são beneficiadas as áreas mais rentáveis do ponto de vista de capital econômico). Resumidamente, apuramos o capital econômico com base nos modelos internos aceitos globalmente para fins de reporte para a Matriz, o qual é alocado de acordo com a representatividade da filial, independente dos produtos que são operados em cada País. Para fins locais entendemos que os requisitos mínimos de capital regulatório estabelecidos pelo Banco Central do Brasil, são suficientes para cobrir os riscos relacionados ao modelo de operação do Deutsche Bank, devido aos seguintes fatores: I. A regulamentação atual cobre todos os riscos relacionados ao capital regulatório (mercado, crédito e operacional); II. Não vislumbramos outros riscos mensuráveis, além daqueles acima mencionados; III. Dado a necessidade imposta pela legislação local de mensurar todas as operações igualitariamente, entendemos que o capital regulatório alocado para as algumas operações com empresas do grupo, supera o valor do capital econômico. Por essas razões, entendemos que o patrimônio de referência atual é suficiente para cobrir os riscos inerentes à nossa estrutura de operações.

5. Adequação de Capital 5.1. Patrimônio de Referência e seus derivados Segue a evolução do Patrimônio de Referência, Margem e Patrimônio de Referência Exigido

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 9

Demonstramos a seguir a evolução e respectivos componentes do Patrimônio de Referência Exigido, aberto por tipo de risco.

Segue demonstrativo do percentual de consumo de capital:

6. Risco de Crédito Representado pela possibilidade de ocorrer perdas associadas ao não cumprimento, pelo tomador ou contraparte, de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, bem como à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação, aos custos de recuperação e a outros valores relativos ao descumprimento de obrigações financeiras da contraparte. 6.1. Princípio e Estratégia de Gerenciamento de Risco de Crédito

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 10

O Deutsche Bank gerencia o risco de crédito de uma forma coordenada em todos os níveis da organização. Os seguintes princípios sustentam o princípio de gerenciamento de risco de crédito: Todas divisões de crédito devem obedecer aos mesmos padrões nos seus respectivos

processos de decisão de crédito; A aprovação de limite de crédito para clientes e o gerenciamento de exposição ao risco de

crédito deve estar de acordo com as políticas e estratégias do Deutsche Bank; Qualquer alteração material do limite de crédito deve ser aprovada segundo a alçada necessária

(incluindo prazo, tipo de garantia, covenants); O Deutsche Bank determina alçadas de crédito para indivíduos segundo suas qualificações,

experiência e treinamento e o Deutsche Bank as revê periodicamente; O Deutsche Bank mensura e consolida todas exposições e cada grupo econômico (obligor) de

uma forma global. A estrutura de gerenciamento de Risco de Crédito do Deutsche Bank observa todos os aspectos

pertinentes ao processo de concentração, exigência de garantias, prazos e demais fatores considerados relevantes na aprovação de um crédito.

6.2. Estrutura de Gestão ao Risco de Crédito A estrutura de Gerenciamento de Risco de Crédito do Deutsche Bank Brasil está definida na Política para Gerenciamento de Risco de Crédito da Resolução CMN 3721, aprovada pelo Comitê Executivo. A estrutura de gestão compreende papéis e responsabilidades, organização e processos, metodologias e ferramentas, sistemas e infraestrutura. A área de Gerenciamento de Risco de Crédito exerce função específica de Gerenciamento de Risco de Crédito e atua de forma independente das áreas de Negócios. Esta área está diretamente subordinada à Diretoria Executiva de Gestão de Riscos. A área no Brasil apóia-se na estrutura global de Gestão de Risco de Crédito do Deutsche Bank, centralizada em Londres, reportando-se, entretanto diretamente, à área de Gerenciamento de Risco de Crédito para América Latina. Cabe destacar que todas as normas e procedimentos da área seguem as Políticas de Crédito globais do Grupo e requerimentos legais e regulatórios estabelecidos pelo Banco Central do Brasil.

6.3. Monitoramento do Risco de Crédito

O monitoramento de crédito é realizado pela área de Gerenciamento de Risco de Crédito (Credit Risk Management - CRM) que é responsável pela gestão diária das informações disponibilizadas no sistema de controle de limites de crédito, com a finalidade de assegurar sua integridade e exatidão. Conforme previsto nos Princípios para Gerenciamento de Risco de Crédito e País, os limites de crédito são, invariavelmente, revistos anualmente e, sempre que houver algum fato que altere a percepção de risco que o Deutsche Bank tem em relação à contraparte ou em relação à situação do mercado. Além disto, o Deutsche Bank Brasil segue as normas da Resolução CMN nº 2.682 que prevê que a classificação das operações de um mesmo cliente ou grupo econômico - cujo montante seja superior a 5% (cinco por cento) do patrimônio liquido ajustado do Deutsche Bank Brasil - nos níveis de risco de que trata o artigo 1º da referida resolução seja revista no mínimo a cada seis meses. Ao menor sinal de deterioração da qualidade de um crédito as ações de monitoramento são intensificadas e os créditos problemáticos são incluídos em uma lista de monitoramento (Watch List) e acompanhados trimestralmente. 6.4. Classificação do Risco de Crédito

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 11

A ferramenta utilizada na avaliação do risco e estabelecimento de limite de crédito é o rating desenvolvido pelo Deutsche Bank para uso do grupo, globalmente, sendo que o Comitê de Risco do Deutsche Bank AG é o componente organizacional responsável pelo desenvolvimento, a validação e a manutenção dos modelos adotados. O sistema de rating do Deutsche Bank tem 26 escalas que vão de iAAA a iD, sendo o primeiro o melhor rating e o último o pior. Segue abaixo uma correlação entre a Classificação de Risco do Deutsche Bank e as classificações do Banco Central do Brasil – aprovada pela área de CRM.

6.5. Comunicação Interna do Risco de Crédito

Para garantir visão geral, completa e abrangente do portfólio de crédito do Deutsche Bank Brasil, a Gestão de Risco de Crédito opera uma plataforma totalmente integrada de Gestão de Risco que incorpora informações de diversos sistemas de Front e Back Office. Os sistemas fornecem: Hierarquia precisa de clientes (incluindo conjuntos de redes), conforme estipulado nos acordos

legais entre o do Deutsche Bank Brasil e o cliente; Classificações de Rating por contraparte e Gravidade de Perda para cada transação/ limite para

suportar o cálculo do Capital Econômico do Deutsche Bank; Recursos de verificação pré-negociação para as linhas de negócios; Informações precisas sobre os limites de crédito, conforme aprovado durante o processo de

aprovação de crédito; Dados precisos de exposição de acordo com as metodologias de crédito aprovadas; Parâmetros da indústria, país e outros para facilitar a gestão do portfólio e revisões da indústria. Também mensalmente, a área de CRM encaminha para apreciação do Comitê de Capital e Risco (Brazil CRC - Capital & Risk Committee) relatórios de acompanhamento de toda a carteira de crédito do Deutsche Bank Brasil, permitindo assim serem verificados pontos de atenção, concentração e também a evolução tanto de forma qualitativa quanto quantitativa.

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 12

6.6. Detalhamento do risco de Crédito

Os limites de crédito estabelecem o máximo de risco de crédito que o do Deutsche Bank está disposto a assumir durante os períodos determinados. Eles relacionam produtos, condições de exposição entre outros fatores. Os limites de crédito são estabelecidos pela função de Gestão de Risco de Crédito (CRM) através da execução das autoridades de crédito atribuídas. A autoridade de crédito reflete o mandato de aprovar novos limites de crédito, bem como aumentar ou estender os limites de crédito existentes. Autoridade de crédito é geralmente atribuída a indivíduos enquanto autoridade de crédito de acordo com a qualificação profissional do indivíduo e experiência. Sempre que a autoridade do indivíduo for insuficiente para estabelecer os limites de crédito necessários, a operação será aprovada por um detentor de autoridade de crédito maior. Quando as autoridades individuais e os comitês são insuficientes para estabelecer limites adequados, o caso é encaminhado ao Conselho de Administração (Management Board) para aprovação. Os limites operacionais referentes a alçadas de aprovação do risco de crédito são revisados e submetidos a aprovação do Comitê Executivo (ExCo) com periodicidade mínima anual. A seguir são apresentados os valores de exposição de risco de crédito, por fator de ponderação de risco, por região geográfica e por setor econômico.

Devido a concentração de quase 90% da carteira do Deutsche Bank Brasil em operações de tesouraria, as quais são voltadas para o mercado financeiro, apenas a carteira de crédito apresenta diversificação por setor. Nesse sentido, abaixo são apresentados os valores de

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 13

exposição das carteira de operações de crédito e de outros créditos com característica de concessão de crédito, distribuídas por ser econômico:

Sobre a carteira de operações de crédito e de outros créditos com característica de concessão de crédito, são aplicados os seguintes critérios de provisionamento. Para fins de constituição de provisão, a qual visa refletir o nível de risco adequado em cada operação, são considerados todos os aspectos determinantes de risco de crédito, entre os quais destacamos a avaliação e classificação do cliente ou grupo econômico, a classificação da operação, a eventual existência de valores em atraso e as garantias existentes. Os aspectos acima mencionados são considerados na definição dos ratings internos dos clientes os quais são mapeados para a tabela de ratings do Bacen, conforme estabelecidos na Resolução CMN nº 2.682/99 Esse critério de provisionamento, visa proteger o Deutsche Bank Brasil contra os impactos das perdas decorrentes de operações de crédito. A seguir são apresentados informações sobre a concentração da carteira, bem com informações sobre devedores duvidosos.

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 14

Na data base em referência, não existem operações em atraso na carteira do Deutsche Bank Brasil.

6.7. Risco de Contraparte O risco de crédito de contraparte, ao qual o Deutsche Bank está exposto, é representado pela possibilidade de perda em razão do não cumprimento, por determinada contraparte, das obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros, incluindo a liquidação de instrumentos financeiros derivativos ou pela deterioração da qualidade creditícia da contraparte. O Deutsche Bank mantém total controle sobre a posição líquida (diferença entre contratos de compra e venda) e potencial exposição futura das operações onde existe o risco de contraparte. Toda exposição ao risco de contraparte faz parte dos limites gerais de crédito concedidos aos clientes desta insituição.

6.7.1. Valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito da contraparte.

A tabela a seguir apresenta o valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito de contraparte da carteira das operações com instrumentos financeiros derivativos (negociação), das operações a liquidar e das operações compromissadas do Deustche Bank Brasil

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 15

Na data-base em referência o Deutsche Bank Brasil não possue operações caracterizadas como derivativos de risco de crédito. 6.7.2. Acordos de Compensação e Liquidação de Obrigações – Resolução CMN nº 3.263/05 O Deutsche Bank Brasil possui acordos de compensação e liquidação de obrigações firmados com pessoas jurídicas, resultando em maior garantia de liquidação financeira, com as partes as quais possuam essa modalidade de acordo. Esses acordos estabelecem que as obrigações de pagamento para com o Deutsche Bank Brasil, decorrente de operações de crédito e derivativos, na hipótese de inadimplência da contraparte, serão compensadas com as obrigações de pagamento do Deutsche Bank Brasil junto com a contraparte.

6.8. Mitigadores do Risco de Crédito

Várias técnicas de mitigação de crédito são pró-ativamente empregadas a fim de reduzir o risco de crédito do portfólio. Os mitigantes de risco são de forma geral divididos em três categorias: Transferência de risco a uma terceira parte; Garantias ou colaterais; Netting ou compensação.

A transferência de risco a terceiros é uma parte relevante do processo de gerenciamento de risco e é executado de várias formas, sejam venda do risco, hedge simples ou de um portfólio e securitização. Essa é conduzida pela respectiva unidade de negócio e pelo Grupo Gestor de Exposição de Empréstimos (LEMG) descrita a seguir. As garantias são sujeitas a frequentes avaliações e revisões, que dependem do seu risco tipo, associado e ambiente jurídico. Embora essas técnicas possam garantir ou possam ser uma fonte alternativa de repagamento, elas não compensam os padrões de subscrição de alta qualidade.

O Deutsche Bank Brasil utiliza amplas ferramentas quantitativas e métricas para monitorar as atividades de mitigação de risco de crédito. São estabelecidos limites para os produtos incluindo garantias e derivativos.

R$ Mil

jun-13 jun-12

Ativo - Expos ição 1.043.011,00 824.682,00

Pass ivo - Garantidor (547.921,00) (495.738,00)

Expos ição coberta 505.572,00 495.393,00

Expos ição res idual 537.439,00 329.289,00

Conglomerado Financeiro

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 16

6.8.1. Unidades de Mitigação de Risco

Grupo Gestor de Exposição de Empréstimos (LEMG): é um grupo independente, “propriedade”

conjunta de determinadas áreas de negócio. Ele possui e gerencia a maioria dos portfólios de empréstimos para Corporações e empréstimos de caixa para Instituições Financeiras.

Negociação de Crédito para Counterparty (CCT)/ Gerenciamento de Portfólio de Crédito (CPM) incluindo Programa de MidCap/ Hedging Dinâmico: são unidades de negócio independentes dentro de Global Markets. Seu objetivo é desenvolver gestão de risco de contraparte e plataformas de reporte que permitam à área de negócios desenvolver relações lucrativas no mercado de clientes de grau não-investimento.

Mesas de Distribuição de Empréstimos (Sindicalizações): Diversas mesas de distribuição de empréstimos dentro de algumas unidades de negócios são responsáveis por precificar e mitigar ativamente o portfólio de subscrição de empréstimos do Deutsche Bank.

Gestão de Colateral é responsável principalmente pela gestão de questões relacionadas a colaterais para instrumentos ativos e de alto volume negociáveis. O CRM realiza principalmente o processamento da chamada de margem de colateral, administra as chamadas de margem e substituições de colateral e garante que os termos de acordos de caução do Deutsche Bank com terceiros sejam devidamente cumpridos.

7. Risco de Mercado Representado pela possibilidade de perda financeira por oscilação de preços e taxas de juros dos ativos financeiros da Organização, uma vez que suas carteiras ativas e passivas podem apresentar descasamentos de prazos, moedas e indexadores

7.1. Estrutura de Gestão de Risco de Mercado

A estrutura de Gerenciamento de Risco de Mercado do Deutsche Bank Brasil está definida na Política de Gerenciamento de Risco de Mercado para o Brasil. A estrutura de gestão compreende papéis e responsabilidades, organização e processos, metodologias e ferramentas, sistemas e infraestrutura.

A área de Gestão de Risco de Mercado exerce uma função específica de gerenciamento de risco de mercado e atua de forma independente das áreas de Negócios. Esta área está diretamente subordinada à Diretoria Executiva de Gestão de Riscos.

A área no Brasil apóia-se na estrutura global de Gestão de Risco de Mercado do Deutsche Bank, centralizada em Londres, que conta com equipes funcionais especializadas situadas em Nova York, Cingapura, Tóquio, Bangalore e Sidnei.

7.1.1. Responsabilidade

O Comitê da Diretoria Executiva tem a responsabilidade de:

Eleger o Diretor Estatutário responsável pelo gerenciamento do Risco de Mercado de acordo com a Resolução CMN nº 3.464;

Estabelecer uma área de gestão de risco de mercado, independente das divisões de negócios, liderada pelo Diretor Estatutário responsável pelo Gerenciamento de Risco de Mercado;

Aprovar a Política de Gerenciamento de Risco de Mercado; Monitorar limites e excessos através do Relatório Semestral de Controles Internos.

O Comitê de Capital e Riscos é o principal fórum para discussão de assuntos relacionados a risco de mercado e tem responsabilidade de:

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 17

Monitorar medidas de risco de mercado como VaR, ERS (Stress Testing) e sensibilidades para o do Deutsche Bank;

Monitorar requerimentos de capital para risco de mercado e outros limites regulatórios; Aprovar limites definidos pelo Diretor Estatutário responsável pelo Gerenciamento de Risco de

Mercado; Monitorar excessos de limites.

7.1.2. Processos e Ferramentas

As principais ferramentas utilizadas pelo Deutsche Bank para quantificar e gerir o risco de mercado são:

Sensibilidades: são divididas em categorias tais como Taxas de Juros, Câmbio, Ações e Commodities. Alguns exemplos de medidas utilizadas são: Delta, PV01, CS01, Gamma, Vega, Theta, Rho e Basis Spread;

Value-at-Risk (VaR): medida estatística que sumariza a exposição de uma carteira ao risco de mercado em condições normais de mercado;

ERS (Stress Testing): medida que representa o impacto no resultado da carteira para determinado cenário de crise. O cenário é revisto periodicamente pela área de Market Risk Management.

7.1.3. Carteira de não negociação

7.1.3.1. Políticas e metodologias

Em linha com os requerimentos estabelecidas na Circular CMN nº 3.354/07, foi aprovada em dezembro de 2011, a política de classificação de carteiras entre negociação e não negociação. Essa política encontra-se disponível na intranet do grupo e define todos os procedimentos necessários para classificação e manutenção das operações classificadas nessa categoria. Para a carteira de não negociação (Banking), o Deutsche Bank adota a mesma metodologia utilizada para mensuração do risco de taxas de juros utilizada para a carteira de negociação (Trading) divulgada pelo Banco Central do Brasil para exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de moedas estrangeiras (PJUR2), exposições sujeitas à variação da taxa dos cupons de índices de preços (PJUR3) e à variação da taxa dos cupons de taxa de juros (PJUR4). Esta opção deve-se ao fato da carteira de não negociação apresentar descasamentos de prazos relativamente pequenos e seus valores serem significativamente inferiores em relação às posições da carteira de negociação. Quanto ao cálculo das exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas denominadas em real (PJUR1), a metodologia adotada sofre alterações visando cobrir o prazo médio das principais operações da carteira de não negociação. O prazo utilizado foi alterado de dez (10) dias úteis para sessenta (60) dias úteis, tanto para os cálculos do VaR Padrão quanto para a parcela do VaR Estressado. 7.1.3.2. Operações sem vencimento – Tratamento de antecipações O Deutsche Bank não possui operações sem vencimento na carteira ativa. No lado passivo, encontram-se os depósitos de conta corrente e os CDBs com liquidez diária, os quais não afetam os cálculos de requerimento de capital, visto que são realizados em moeda local (Reais). Eventual impacto de liquidação antecipada dessas carteiras poderia causar impacto no risco de liquidez.

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 18

O controle de risco de liquidez do DB contempla possíveis impactos causados pelo saque de depósitos com liquidez diária através do relatório de Teste de Estresse de Liquidez, no qual utilizam-se alguns pré supostos de saque para o Depósito à Vista, resgate antecipado e renovação para os CDBs, desta forma avaliando estes impactos na liquidez corrente DB. 7.1.4. Abertura das parcelas de risco de mercado.

A seguir demonstramos as informações quantitativas referentes às parcelas de risco, que compõem a alocação de capital, particularmente, o detalhamento das parcelas de risco de mercado.

7.1.4.1. Exposição da carteira de negociação por fator de risco

Segue detalhamento das exposições por Instrumentos Financeiros e Derivativos da carteira de negociação - Com abertura entre posições compradas e vendidas

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 19

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 20

7.1.4.2. Exposição da carteira de não negociação por fator de risco.

Segue detalhamento das exposições por Instrumentos Financeiros e Derivativos da carteira de não negociação - Com abertura entre posições compradas e vendidas

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 21

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 22

8. Risco Operacional Por Risco Operacional o DB Brasil entende impactos resultando de eventos potenciais relacionados a falhas, deficiências, inadequações de sistemas, processos, fraudes, pessoas, sistemas, incluindo fraudes ou eventos externos. O Risco Operacional inclui o risco legal oriundo de contratos, sanções por descumprimento de dispositivos legais, assim como ou indenizações a terceiros. O Risco Operacional exclui risco de negócios, risco estratégico e risco reputacional. 8.1. Estrutura de Gestão de Risco Operacional

A estrutura de Gerenciamento de Risco Operacional está definida na Política de Gestão de Risco Operacional do Deutsche Bank Brasil. A mesma estabelece que a área de ORM (Operational Risk Management) do Deutsche Bank S.A. é responsável pelo gerenciamento do Risco Operacional de todas as entidades jurídicas do Conglomerado Financeiro composto por Deutsche Bank S.A. – Banco Alemão; Deutsche Bank Corretora de Valores S.A. e Deutsche Bank S.A. - Banco Alemão (Uruguai) S.A. (IFE). A sua estrutura baseia-se nos princípios de gerenciamento de Risco Operacional vigentes no Grupo Deutsche Bank com os quais a equipe de Américas da área de ORM garante a consistência da estrutura local. A área possui reporte funcional independente para o Head de ORM para as Américas baseado em Nova York, e, no DB Brasil, à COO (Chief Operating Officer), Diretora Estatutária responsável pelo Risco Operacional. A área exerce uma função específica distinta da Auditoria Interna e de forma independente das áreas de Negócios. Embora a atuação da área de ORM seja distinta da atividade

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 23

das demais áreas de controle, as mesmas, como por exemplo, Auditoria Interna, Compliance, Legal, também contribuem no Gerenciamento do Risco Operacional através de suas atividades. 8.1.1. Responsabilidade A Diretoria (DBSA – Banco Alemão, ExCo – Comitê Executivo) é responsável por: Eleger o Diretor Estatutário responsável pelo Gerenciamento do Risco Operacional em

conformidade com as exigências do Banco Central do Brasil, Resolução 3.380, e designar sua participação nos comitês Operacional e de Capital e Risco;

Estabelecer uma área de Gerenciamento do Risco Operacional, independente das divisões de negócios, liderada pelo Diretor Estatutário responsável pelo Gerenciamento de Risco Operacional.

O Diretor Estatutário eleito é responsável por: Revisar e submeter à aprovação do Comitê Executivo a política local de Gerenciamento do Risco

Operacional assim como qualquer outro procedimento necessário para atender requerimentos regulatórios específicos;

Participar dos Comitês Operacional e de Capital e Risco de forma a monitorar a identificação, avaliação, mitigação e correção dos riscos levando em consideração o contexto do ambiente de controle existente e documentar decisões relacionadas à ação mitigadora requerida ou aceitação do risco;

Promover o fluxo de informação interno e externo (comunicação e reporte) para assegurar o apropriado compartilhamento do conhecimento do Risco Operacional.

A área de ORM é responsável por assegurar a efetividade dos processos de identificação, avaliação, e mitigação tanto dos eventos quanto dos fatores de Risco Operacional. Ao responsável pela área de Gerenciamento do Risco Operacional compete: Organizar a atividade de gerenciamento do Risco Operacional no Conglomerado; Disseminar uma cultura voltada para a mitigação do Risco Operacional assim como o uso das

metodologias e aplicativos implementados mundialmente para identificação, avaliação, mitigação, e correção do Risco Operacional;

Monitorar perdas decorrentes de Risco Operacional; Consolidar e avalia fatores, incidentes e planos de ação relacionados ao Risco Operacional do

Conglomerado; Elaborar relatórios periódicos.

8.2. Processos e Ferramentas Esta parte descreve os processos e ferramentas auxiliando a identificação, avaliação, mitigação e correção dos fatores e eventos de Riscos Operacionais. 8.2.1. Identificação e Avaliação de Fatores de Risco Operacional O DB Brasil desempenha três tipos de auto-avaliação, em conformidade com a regulação local e política Global do DB. Anualmente, o DB Brasil faz parte das iniciativas de auto-avaliação iniciadas pelo grupo de ORM. As auto-avaliações são baseadas em processos e/ou ferramentas do Grupo que consistem em questionários de riscos e controles conhecidos como (RCSA, STARC, CRAM, dbRAMM e administrados em sistemas dedicados chamados dbSAT e dbRAMM).

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 24

Além disso, a cada três anos, no mínimo, o DB Brasil realiza Workshops de risco juntamente com ORM Américas e Regional Management, a fim de identificar quaisquer riscos operacionais em razão de brechas ou deficiências em processos, sistemas, infraestrutura, pessoal, documentação, projetos ou questões relacionadas a clientes. Brechas significativas identificadas devem ser registradas no dbTrack, sistema de rastreamento de questões do Grupo Deutsche Bank. O Comitê Operacional do DB Brasil é o fórum de discussão e relato de resultados de todas as três formas de avaliação. 8.2.2. Identificação e Avaliação de Eventos de Risco Operacional O DB Brasil implementou a Política de Eventos de Risco Operacional: registro, escalonamento e relatório de todos os eventos de Risco Operacional que ocorram no Brasil e/ou Uruguai passíveis de registro no dbIRS (Sistema de Registro de Incidentes), que é o sistema do Grupo Deutsche Bank para registrar e relatar todos os eventos de RO. As exigências mínimas são as seguintes: Dar entrada em todos os eventos de EUR 10.000 ou mais no sistema de forma regular (no

mínimo mensalmente); Escalonar todos os eventos de EUR 500.000 ou mais para o Grupo de ORM assim que

conhecidos; Implantar um exercício de Lições Aprendidas para cada evento de RO no valor de EUR

1.000.000 ou mais, assim que o evento for fechado para ser enviado à Diretoria Executiva do DB Brasil.

8.2.3. Correção de Fatores e Eventos de Risco Operacional

Os planos de ação visando corrigir falhas significativas identificadas através dos Workshops, auto-avaliações e dos indicadores-chave de risco monitorados no Comitê Operacional, são formalizados e monitorados através de uma ferramenta global chamada db Track. 8.3. Apuração do Requerimento de Capital para Risco Operacional Com relação ao cálculo de requerimento de capital para Risco Operacional, o Deutsche Bank mundialmente adota o modelo avançado (AMA), já aprovado pelo regulador de sua matriz na Alemanha (BaFin). No Brasil, utilizamos o modelo “Abordagem do Indicador Básico” para cálculo da parcela do Patrimônio de Referência Exigido referente ao Risco Operacional. A parcela de capital destinada ao risco operacional apurada pelo indicador básico é demonstrada a seguir:

8.4. Comunicação Mensalmente, indicadores-chave de risco são rastreados e reportados ao Comitê Operacional, onde são monitorados e discutidos para conferência e ajuste do perfil de risco do Deutsche Bank Brasil. Relatórios de Risco Operacional consolidando históricos de perdas também são apresentados mensalmente no Comitê de Capital e Risco. Anualmente é elaborado o relatório de Gerenciamento de Risco Operacional. Este relatório descreve a estrutura de gerenciamento de Risco Operacional em vigor, suas responsabilidades, processos, ferramentas incluindo os processos de comunicação interno e externos sobre Risco Operacional,

R$ mil

jun-13 mar-13 dez-12 jun-12 dez-11

RISCO OPERACIONAL 75.842 75.842 75.842 64.059 90.631

PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA 1.533.714 1.514.311 1.498.628 1.430.819 1.379.792

Conglomerado Financeiro

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 25

assim como o resultado das atividades de identificação, avaliação, mitigação e correção dos fatores e eventos de Risco Operacional. Este relatório é submetido à Diretoria Executiva para análise e aprovação.

9. Risco de Liquidez Representado por descasamentos no fluxo de caixa, decorrentes de dificuldade de se desfazer rapidamente de um ativo ou de se obter recursos, impossibilitando a liquidação de posições ou gerando responsabilidades em aberto. 9.1. Estrutura de Gestão de Risco de Liquidez A estrutura de Gerenciamento de Risco de Liquidez está definida na Política de Gestão de Risco de Liquidez do Deutsche Bank Brasil. A estrutura compreende papéis e responsabilidades, processos e o plano de contingência de liquidez. 9.2. Responsabilidade

O O gerenciamento de risco de liquidez é executado pela área de Treasury, que é uma unidade segredada das aeras de negócios, auditoria interna e gestão de recursos de terceiros. Treasury é responsável pela identificação, mensuração, gerenciamento do risco de liquidez e sua aplicação, além disso, tem autoridade para executar as medidas necessárias para manter o risco de liquidez em nível adequado. Os temas referentes ao risco de Liquidez são discutidos mensalmente no ExCo e CRC. 9.3. Processos e Ferramentas

As principais ferramentas utilizadas pelo Deutsche Bank para quantificar e gerir o risco de liquidez são: Colchão mínimo de Liquidez: montante mínimo de caixa e ativos líquidos; Maximum Cash Outflow (MCO): descasamento do fluxo de caixa de curto prazo, para o qual se

estabelece um limite máximo de exposição; Stress Testing de Liquidez: simulação da situação de liquidez de curto prazo em cenários

extremos. Os cenários são revistos anualmente pela área de Tesouraria; Concentração Máxima de Depositantes: tem o objetivo de diversificar ao máximo as fontes de

financiamento. 9.4. Plano de Contingência de Liquidez

Buscando gerenciar de forma prospectiva o Risco de Liquidez da instituição, foi estabelecido o Plano de Contingência de Liquidez que define responsabilidades e procedimentos a serem adotados em caso de crise sistêmica ou idiossincrática de liquidez.

10. Risco de Reputacional O Deutsche Bank define, globalmente, o risco reputacional como sendo "A ameaça de que eventual publicidade relativa a uma transação, contraparte ou prática de negócio envolvendo um cliente, tenha impacto negativo na confiança do público a respeito do Deutsche Bank. " O risco reputacional do conglomerado no Brasil é baixo em função de seu modelo de negócios de banco múltiplo com carteira de investimentos, sua atuação focada em operações de atacado com grandes empresas nacionais e multinacionais e clientes institucionais com participação relevante no sistema financeiro nacional. A atuação do conglomerado com pessoas físicas e pessoas jurídicas de

Deutsche Bank Relatório de Gerenciamento de Riscos – Basiléia II Pilar 3 2º Trimestre de 2013

Page 26

médio e pequeno porte é limitada a casos específicos. Diversos mecanismos de controle e mitigação do risco reputacional foram implementados, dentre os quais vale destacar os seguintes: (i) Política de "Conheça seu Cliente" do DB, que está alinhada com as normas e regulamentos brasileiros e melhores práticas internacionais de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo e contempla requisitos baseados no grau de risco do cliente conforme critérios abrangentes pré-determinados. (ii) Sistema de pesquisa de informações publicamente disponíveis sobre pessoas físicas e jurídicas (Sistema UpMiner), que foi implantado para enriquecer o processo de "due diligence" dos clientes das áreas de maior risco e nos casos de escalonamento. (iii) Comitê de Risco Reputacional, atuante e com ampla interação com as áreas de negócios. Assuntos tais como relacionamentos com clientes de maior risco, transações de maior risco, eventos atípicos entre outros devem ser escalados e discutidos neste foro. (iv) Todos os funcionários do Conglomerado são treinados e estão aptos a detectar características que uma transação, contraparte ou cliente possam apresentar que potentialmente representem risco ao conglomerado e há procedimento implementado para que os funcionários levem tal fato ao conhecimento da área de Compliance, para as providências cabíveis."