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Modelo 3-A/PCA - Instrução Normativa TCE/PR n.º 114/2016 Página 1 de 14 PARECER DO DIRIGENTE DO CONTROLE INTERNO AVALIAÇÃO DA GESTÃO (PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL) Tendo em vista o trabalho de acompanhamento e fiscalização aplicado e conduzido por este Órgão de controle interno no exercício financeiro de 2015, do CHEFE DO PODER EXECUTIVO DO MUNICÍPIO DE PINHAIS, em atendimento às determinações legais e regulamentares, e subsidiado no resultado consubstanciado no Relatório de Controle Interno que acompanha este Parecer, concluímos pela REGULARIDADE COM RESSALVA da referida gestão, encontrando-se o processo em condição de ser submetido ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, levando-se o teor do referido Relatório e deste documento ao conhecimento do Responsável pela Administração, para as medidas que entender devidas. A conclusão antes referida decorre da constatação de ocorrência nas contas da gestão em questão, da(s) seguinte(s) inconformidade(s): (1) Planos e Políticas de Governo - Cumprimento das Metas contidas no Plano Plurianual - RECOMENDAÇÃO Com fundamentado no que dispõem o Art. 74, I da C.F., a I.N. CGM nº 036/2014 e a I.N. TCE nº 114/2016, a Controladoria Geral do Município de Pinhais - CGM efetuou o processo de Avaliação do Cumprimento das Metas do Plano Plurianual atualizado pela Lei Municipal nº 1703, de 17 de dezembro de 2015. Analisados os resultados das avaliações realizadas, verificou-se a definição de indicadores de desempenho, nem sempre relevantes, de difícil mensuração e inadequados. RECOMENDAÇÃO Recomendou-se o aperfeiçoamento da qualidade das informações inseridas no PPA, tais como: Objetivo, Público-alvo, Diagnóstico e principalmente Indicadores. Recomendou-se também a integração do conteúdo do PPA com os Planos Superiores (Plano Diretor, Plano Municipal de Cultura, Plano Municipal de Saúde, Plano Municipal de Educação, Plano Municipal de Assistência Social e Plano de Governo). (2) Planos e Políticas de Governo - Eficácia da aplicação das políticas de governo - RECOMENDAÇÃO

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Modelo 3-A/PCA - Instrução Normativa TCE/PR n.º 114/2016 Página 1 de 14

PARECER DO DIRIGENTE DO CONTROLE INTERNO

AVALIAÇÃO DA GESTÃO (PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL)

Tendo em vista o trabalho de acompanhamento e fiscalização aplicado e conduzido por este Órgão de controle interno no exercício financeiro de 2015, do CHEFE DO PODER EXECUTIVO DO MUNICÍPIO DE PINHAIS, em atendimento às determinações legais e regulamentares, e subsidiado no resultado consubstanciado no Relatório de Controle Interno que acompanha este Parecer, concluímos pela REGULARIDADE COM RESSALVA da referida gestão, encontrando-se o processo em condição de ser submetido ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, levando-se o teor do referido Relatório e deste documento ao conhecimento do Responsável pela Administração, para as medidas que entender devidas.

A conclusão antes referida decorre da constatação de ocorrência nas contas da gestão em questão, da(s) seguinte(s) inconformidade(s):

(1) Planos e Políticas de Governo - Cumprimento das Metas contidas no Plano Plurianual - RECOMENDAÇÃO

Com fundamentado no que dispõem o Art. 74, I da C.F., a I.N. CGM nº 036/2014 e a I.N. TCE nº 114/2016, a Controladoria Geral do Município de Pinhais - CGM efetuou o processo de Avaliação do Cumprimento das Metas do Plano Plurianual atualizado pela Lei Municipal nº 1703, de 17 de dezembro de 2015.

Analisados os resultados das avaliações realizadas, verificou-se a definição de indicadores de desempenho, nem sempre relevantes, de difícil mensuração e inadequados.

RECOMENDAÇÃO

Recomendou-se o aperfeiçoamento da qualidade das informações inseridas no PPA, tais como: Objetivo, Público-alvo, Diagnóstico e principalmente Indicadores.

Recomendou-se também a integração do conteúdo do PPA com os Planos Superiores (Plano Diretor, Plano Municipal de Cultura, Plano Municipal de Saúde, Plano Municipal de Educação, Plano Municipal de Assistência Social e Plano de Governo).

(2) Planos e Políticas de Governo - Eficácia da aplicação das políticas de governo - RECOMENDAÇÃO

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Verificou-se o que o PPA não está integrado com os demais planos institucionalizados.

RECOMENDAÇÃO

Com o foco na melhoria da gestão da qualidade assumida pelo Prefeito Municipal junto a organizações que promovem a excelência na atividade pública, recomendamos aos gestores municipais a observância de modo integrado dos seguintes planos institucionalizados:

a) Plano Diretor – Lei nº 1232/2011;

b) Plano Municipal de Educação – Lei nº 1658/2015;

c) Plano Municipal de Saúde – Resolução CMSA nº 18/2014;

d) Plano Municipal de Assistência Social – Resolução CMAS nº 09/2014;

e) Plano Municipal de Cultura – Lei nº 1348/2012; e

f) Plano de Governo.

Recomenda-se objetivamente a cada uma das partes envolvidas nos 06 (seis) planos que constituem os Planos e Políticas de Governo do Município de Pinhais, o monitoramento e o acompanhamento da execução das ações através do sistema integrado de gestão de projetos disponibilizado pela CGM para este fim.

(3) Adequação da LOA ao PPA e à LDO - Diretrizes contidas na LDO - RESSALVA

A LDO 2015, Lei n.º 1557/2014, art. 12, XI, determina que a LOA deve conter o demonstrativo da evolução da despesa realizada por elementos do exercício imediatamente anterior a proposta, despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta e despesa prevista para o exercício que se refere a proposta, em conformidade com o disposto no art. 22 da Lei Federal 4.320, de 17 de março de 1964. Entretanto, verificou-se que o referido demonstrativo não consta na LOA do exercício de 2015, Lei n.º 1612/2014.

O Departamento de Orçamento esclareceu que não conseguiu emitir o referido demonstrativo no sistema Atende.Net e nem mesmo extrair os dados necessários para que o demonstrativo fosse elaborado fora do sistema, em prazo hábil para que fosse anexado ao projeto de Lei Orçamentária.

Verificou-se que foram efetuadas melhorias no sistema Atende.Net e a LOA do exercício de 2016 já contém o Demonstrativo de Evolução da Despesa Realizada, dessa maneira não foi emitida recomendação.

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(4) Execução Orçamentária - Realização da Receita e Renúncia Fiscal - RESSALVA

Com a finalidade de auxiliar e orientar a Administração de modo que não incorra em irregularidades formais e materiais, foi analisada, por meio da Auditoria Integrada n.º 001/2015, a Mensagem n.º 021/2015, que trata do Projeto de Lei que Institui o Programa de Recuperação Fiscal de Pinhais – REFIP 2015.

Os trabalhos de auditoria resultaram nos seguintes achados:

ESTIMATIVA DOS VALORES RENUNCIADOS

Conforme determina o art. 14 da Lei Complementar n.º 101/2000 a renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes. Para medição do impacto orçamentário-financeiro é necessário evidenciar o montante esperado de efetivação da renúncia.

O Projeto de Lei em comento especifica que a renúncia de receita consistirá na redução de 55% a 100% do valor da multa e dos juros de mora incidentes sobre tributos devidos até 31 de dezembro de 2014, constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, ajuizados ou a ajuizar, com a exigibilidade suspensa ou não.

Verifica-se que não foram especificadas as contas de receita objeto da renúncia e sua respectiva previsão de valores renunciados, mas somente o valor total a ser renunciado em cada período.

ESTIMATIVA DO IMPACTO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRO

Conforme art. 14 da LRF, a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes.

As Leis de Diretrizes Orçamentárias dos exercícios de 2015 e 2016 não contemplaram a renúncia de receita do REFIP 2015, como pode ser verificado no Anexo de Metas Fiscais denominado “Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita”.

MEDIDAS DE COMPENSAÇÃO

Conforme art. 14, II, da LRF a renúncia de receita deve estar acompanhada de medidas de compensação, no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

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Quando as receitas renunciadas já são consideradas na elaboração das estimativas da receita consignadas na Lei Orçamentária Anual não há que se falar em medidas de compensação. Dessa maneira, uma vez que as receitas da LDO e LOA dos exercícios de 2016 e 2017 já contemplem a renúncia do REFIP 2015, não haverá necessidade de adoção de medidas de compensação para os referidos exercícios, entretanto, para o exercício de 2015, uma vez que a renúncia não foi contemplada na LDO, é imprescindível a apresentação das medidas de compensação.

Nos termos do item 02.07.00, da 6ª Edição do Manual de Demonstrativos Fiscais emitido pela Secretaria do Tesouro Nacional, a fim de atender aos princípios emanados pela LRF, é necessário que o valor da compensação, prevista no demonstrativo, seja suficiente para cobrir o valor da renúncia fiscal respectiva.

Para a concessão da renúncia, o ente deverá cumprir o que foi previsto no Demonstrativo da Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita, constante da LDO para o respectivo exercício orçamentário, sendo que o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas de compensação.

RECOMENDAÇÕES

I - Recomenda-se que a estimativa da renúncia de receita seja especificada de acordo com as classificações existentes no Plano de Contas Aplicado ao Setor Público.

II - Recomenda-se que a Mensagem ao Legislativo, que tratar de renúncia de receita, seja acompanhada da metodologia de cálculo utilizada para obtenção dos valores que serão renunciados em cada exercício, de forma a evidenciar que os números apresentados são factíveis e estão tecnicamente embasados.

III - Recomenda-se que a estimativa da renúncia de receita de multa e juros de mora, oriunda do REFIP 2015, seja contemplada no Anexo de Metas Fiscais denominado “Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita” das Leis de Diretrizes Orçamentárias dos exercícios de 2016 e 2017, de modo a evidenciar o impacto orçamentário-financeiro da renúncia.

IV - Recomenda-se a alteração da LDO 2015 de forma a evidenciar as medidas de compensação, da renúncia de receita do REFIP 2015, que serão adotadas no exercício de 2015 com a finalidade de promover o aumento da receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição, nos termos do art. 14 da LRF.

V - Recomenda-se que a estimativa da renúncia de receita de multa e juros de mora, oriunda do REFIP 2015, seja contemplada no Anexo de Metas Fiscais denominado “Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita” das Leis de Diretrizes Orçamentárias dos exercícios de 2016 e 2017, de modo a evidenciar que não haverá necessidade de adoção de medidas de compensação dos valores

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renunciados nos referidos exercícios, visto que a previsão da receita já contemplará sua ocorrência.

VI - Recomenda-se a entrada em vigor do benefício oriundo da renúncia de receita do REFIP 2015 somente após a implementação das medidas de compensação que devem estar evidenciadas no Demonstrativo da Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita.

O relatório preliminar de auditoria resultou na conclusão pela IRREGULARIDADE do procedimento e foi entregue à Secretaria Municipal de Finanças em 01/06/2015.

A Secretaria Municipal de Finanças apresentou seu contraditório em 02/06/2015, com informações referentes às medidas de compensação dos valores que seriam renunciados, sanando parcialmente as inconformidades evidenciadas pela Controladoria.

A Lei Municipal n.º Lei 1.657/2015 que instituiu o REFIP entrou em vigor em 19/06/2015.

Posteriormente, a Lei Municipal n.º 1.671/2015, de 12/08/2015, alterou o Anexo de Metas Fiscais denominado “Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita” da Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício de 2015, evidenciando apropriadamente as contas de receita, os valores previstos a serem renunciados no REFIP e as medidas de compensação.

Dessa maneira, as Recomendações I, III, IV e V foram acatadas pela Administração. A Recomendação II tratava de material a ser enviado ao Poder Legislativo para subsidiar a análise do projeto de lei, considerando que a lei foi aprovada acredita-se que o legislativo teve por suficientes as informações apresentadas.

A Recomendação VI não foi atendida, visto que a Lei Municipal n.º 1.657/2015 que instituiu o REFIP entrou em vigor em 19/06/2015 e a alteração do Anexo de Metas Fiscais denominado “Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita” só foi realizada em 12/08/2015 com a publicação da Lei Municipal n.º 1.671/2015. Sendo assim, conclui-se pela ressalva do procedimento visto que a entrada em vigor do benefício oriundo da renúncia de receita do REFIP 2015 ocorreu antes da evidenciação das medidas de compensação no Demonstrativo da Estimativa e Compensação da Renúncia de Receita.

A efetiva ocorrência da renúncia será analisada pelo controle interno no exercício de 2016.

(5) Execução Orçamentária - Publicidades do RREO - RESSALVA

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Analisada a publicação do RREO, relativa ao 1º bimestre do exercício financeiro de 2015, foram verificadas as seguintes inconformidades:

a) O Relatório de Gestão dos Direitos da Criança e da Adolescência é parte integrante do RREO, conforme sugerido no art. 18 da Instrução Normativa TCE/PR n.º 36/2009 e determinado no art. 30 da Instrução Normativa CGM n.º 30/2011, entretanto sua publicação ocorreu em edição distinta daquela em que foram publicados os demais anexos e um dia após o prazo definido no art. 165, § 3º, da Constituição Federal.

b) Verificou-se que o Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO, referente ao 1º Bimestre de 2015, publicado no Diário Oficial do Município, no Portal da Transparência e no SICONFI, não abrange o Poder Legislativo, conforme determina o MDF/STN 2015 - 6ª Edição - item 03.00.01 - pág. 119. c) Foram extraídos relatórios do sistema Atende.Net, para comparação com os valores divulgados no Relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO do 1º bimestre do exercício de 2015, considerando sua publicação no Diário Oficial do Município, no Portal Transparência da Prefeitura Municipal de Pinhais, no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro – SICONFI e no menu de Controle Social disponível no site do TCE/PR. Considerando o grande número de informações existentes em cada anexo, foram escolhidos aleatoriamente alguns valores para análise. Foram encontradas divergências entro os valores existentes nos seguintes demonstrativos: - Anexo I - Balanço Orçamentário - Anexo III - Demonstrativo da Receita Corrente Líquida - Anexo IV - Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdenciárias - Anexo V - Demonstrativo do Resultado Nominal - Anexo VI - Demonstrativo do Resultado Primário - Anexo VII - Demonstrativo de Restos a Pagar por Poder e Órgão - Anexo VIII - Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – MDE - Anexo XII - Demonstrativo da Receita de Impostos Líquida e das Despesas Próprias com Ações e Serviços Públicos de Saúde d) Verificou-se que o Anexo XIV – Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária, publicado no Diário Indústria & Comércio apresenta alguns valores divergentes dos Anexos de onde são extraídas as informações que o compõem. e) Todos os Demonstrativos obrigatórios foram disponibilizados no Portal da Transparência da Prefeitura Municipal de Pinhais, entretanto ao fazer a consulta relativa ao RREO do 1º bimestre de 2015 os demonstrativos apresentados referem-se a períodos diversos, conforme evidenciado a seguir: - Balanço Orçamentário referente ao bimestre março-abril. - Demonstrativo da Receita Corrente Líquida referente a julho/2014 a junho/2015.

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- Demonstrativo do Resultado Nominal referente ao bimestre maio-junho. - Demonstrativo dos Restos a Pagar por Poder e Órgão referente a março/2015 a abril/2015. - Demonstrativo das Parcerias Público-Privadas referente a março/2015 a abril/2015. - Demonstrativo Simplificado do Relatório Resumido da Execução Orçamentária referente a março/2015 a abril/2015. f) Verificou-se a existência de conteúdo ilegível ou de difícil leitura no Relatório Resumido da Execução Orçamentária, referente ao 1º bimestre de 2015, publicado no Diário Indústria & Comércio de 26/03/2015, edição n.º 9264, devido ao uso de cor por meio de sombreamento de campos dos demonstrativos listados a seguir: - Anexo 4 - Demonstrativo das Receitas e Despesas Previdências do Regime Próprio de Previdência dos Servidores. - Anexo 8 - Demonstrativo das Receitas e Despesas com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino MDE. - Anexo 12 - Demonstrativo da Receita Líquida de Impostos e das Despesas Próprias com Ações e Serviços Públicos de Saúde.

A Secretaria de Finanças foi notificada da situação, mas não teve tempo hábil para enviar contraditório, no exercício anterior as ocorrências de inconformidades foram bem semelhantes e a justificativa apresentada foi que, como a Prefeitura não está em dia com o SIM-AM, sempre no fechamento do mês ocorrem erros de fontes, de baixas etc. O Departamento Financeiro não faz a conciliação diária e, no momento que está conciliando, aparecem divergências nos extratos bancários, tais como receitas não lançadas e baixas não realizadas impactando diretamente no Relatório Resumido da Execução Orçamentária e no Relatório de Gestão Fiscal.

RECOMENDAÇÃO

Recomenda-se à Secretaria Municipal de Finanças que: a) otimize seu processo de trabalho para que o fechamento das conciliações e do SIM-AM ocorra em prazo anterior ao previsto para a publicação do RREO; b) providencie a republicação do Relatório Resumido da Execução Orçamentária caso ocorram alterações de lançamentos contábeis após sua publicação, para que os valores divulgados pela Prefeitura estejam de acordo com os saldos existentes em seu software de escrituração contábil; c) providencie a adequação do Portal da Transparência para que sejam exibidos os demonstrativos da competência escolhida pelo usuário.

(6) Alterações Orçamentárias – Créditos Suplementares - RESSALVA

O Decreto n.º 1894/2015, de 23/04/15, abriu crédito adicional suplementar, no valor de R$ 200.000,00, para reforço de dotações vinculadas ao Convênio n.º 806255/2014 – Centro de Direitos Humanos, com base no excesso de arrecadação da conta de receita 24.71.99.99.21.00 – fonte de recurso 732.

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O Decreto n.º 1948/2015, de 20/05/15, abriu crédito adicional suplementar, no valor de R$ 200.000,00, para reforço de dotações vinculadas ao Convênio n.º 806255/2014 – Centro de Direitos Humanos, com base no excesso de arrecadação da conta de receita 24.71.99.99.22.00 – fonte de recurso 747.

Diante da existência de dois decretos com valores e dotações orçamentárias suplementadas idênticos, a CGM notificou a Secretaria Municipal de Finanças que informou que após a publicação do Decreto n.º 1894/2015, ao tentar enviar o SIM-AM descobriu que a fonte de recurso 732 já havia sido utilizada em outro convênio no exercício de 2013, dessa maneira, não poderia ser reutilizado com outra finalidade. Para solucionar o caso foi criada a fonte de recurso 747 e foi publicado o Decreto n.º 1948/2015.

A CGM concluiu pela ressalva do procedimento uma vez que o Decreto n.º 1894/2015 não foi revogado.

RECOMENDAÇÃO

Recomendou-se à Secretaria Municipal de Finanças que providencie a devida alteração ou revogação do ato de alteração orçamentária em que for constatada alguma inconformidade.

(9) Compras e Serviços – Procedimentos Licitatórios / Contratos e Aditivos - IRREGULARIDADE

No exercício de 2015 a Controladoria analisou o Pregão n.º 10/2015, que foi objeto da auditoria 2015.PAT.36.0004 e o Contrato n.º 54/2015, que foi objeto da auditoria 2015.PAT.39.0010.

Considerando que a vencedora do Lote I, Dallas Áudio Visual Ltda, esteve impedida de Licitar no período de 10/11/2013 a 10/11/2015, conforme consulta ao Cadastro de Impedidos de Licitar do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, realizada em 24/09/2015, constatou-se que o referido processo não apresentou de forma adequada, a documentação mínima necessária para sua realização.

A licitante Dallas Áudio Visual Ltda apresentou declaração de que não existia qualquer fato que a impedisse de licitar ou contratar com a Administração Pública em qualquer de suas esferas, apesar de estar impedida de licitar ou contratar com a Administração Pública.

A situação relatada acima, constitui ilegalidade uma vez que viola o art. 87, III da Lei 8.666/1993 e art. 7º da Lei 10.520/2002. Dessa maneira concluímos pela IRREGULARIDADE do procedimento licitatório e do respectivo contrato.

RECOMENDAÇÃO

Recomendou-se à Secretaria Municipal de Administração que inclua no trâmite dos procedimentos licitatórios a consulta ao Cadastro de Impedidos de

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Licitar, disponibilizado pelo TCE/PR em seu sítio na internet, tal cadastro consiste em relação atualizada das pessoas jurídicas que, por irregularidade(s) no fornecimento de bens ou prestação de serviços, não podem mais contratar com o setor público, nele, qualquer cidadão pode verificar os fornecedores que se enquadram nessa situação.

PROCEDIMENTOS ADOTADOS PARA EVITAR NOVAS IRREGULARIDADES

Diante da irregularidade encontrada nas fiscalizações do exercício de 2014 a CGM incluiu em seu escopo de análise de contratos o seguinte quesito “o fornecedor contratado não consta no rol de impedidos de licitar do TCE/PR e do TCU?”, como pode ser verificado no Programa Anual de Trabalho da CGM – PAT 2015 publicado na íntegra em 30/04/2015 no sítio da Controladoria na internet.

Para fins de reforçar a obrigação da Administração de verificar a regularidade dos licitantes antes da homologação do certame, foi elaborado o modelo de Declaração de Consulta ao Cadastro de Impedidos de Licitar, que figura como modelo-padrão (Anexo 05) da Instrução Normativa CGM n.º 38/2015, publicada em 04 de setembro de 2015.

O rol de documentos do protocolo de licitação, do protocolo de contratação direta e do protocolo de alteração contratual contempla a Declaração de Consulta ao Cadastro de Impedidos de Licitar.

Além disso, foram incluídas as seguintes determinações na Instrução Normativa CGM n.º 38/2015:

Art. 12.º O Departamento de Compras e Licitações deve verificar, antes de adjudicar o objeto ao vencedor da licitação/contratação direta, se o vencedor está apto a licitar/contratar com a Administração Pública em âmbito nacional, estadual e municipal, consultando pelo menos o Cadastro de Fornecedores Impedidos de Licitar e Contratar do TCE/PR e o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) da Controladoria Geral da União.

§ 1º O processo de licitação conterá Declaração elaborada pelo Departamento de Compras e Licitações, nos termos do Modelo estabelecido no Anexo 05 - Declaração de Consulta ao Cadastro de Impedidos de Licitar, constando a informação de que os cadastros mencionados no caput deste artigo foram consultados previamente à adjudicação ao vencedor do certame, de modo a prevenir a contratação de pessoas físicas ou jurídicas impedidas.

Art. 25. O Departamento de Compras e Licitações deve verificar, antes de adjudicar o objeto da contratação direta, se o fornecedor está apto a licitar/contratar com a Administração Pública em âmbito nacional, estadual e municipal, consultando pelo menos o Cadastro de Fornecedores Impedidos de Licitar e Contratar do TCE/PR e o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) da Controladoria Geral da União.

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§ 1º O processo de contratação direta conterá Declaração elaborada pelo Departamento de Compras e Licitações, nos termos do Modelo estabelecido no Anexo 05 - Declaração de Consulta ao Cadastro de Impedidos de Licitar, constando a informação de que os cadastros mencionados no caput deste artigo foram consultados previamente à adjudicação do objeto, de modo a prevenir a contratação de pessoas físicas ou jurídicas impedidas.

Art. 38. Aberto o protocolo de pedido de alteração contratual, o órgão solicitante deverá a ele juntar os seguintes documentos:

VII - Declaração de Consulta ao Cadastro de Impedidos de Licitar – Anexo 05.

Informamos que o Pregão n.º 10/2015 foi objeto de análise do APA n.º 799, que foi concluído em 22/03/2016 com abertura de Comunicação de Irregularidade autuada sob o nº 955879/15, na forma do Regimento Interno do TCE/PR.

(10) Comitê Municipal do Transporte Escolar - Lei de criação - RESSALVA

Nos termos do art. 16, da Resolução SEED n.º 777, de 18 de fevereiro de 2013, que estabelece critérios, forma de transferência de recurso, execução, acompanhamento e prestação de contas do Programa Estadual de Transporte Escolar – PETE, deveria ser criado por meio de Lei Municipal o Comitê Municipal do Transporte Escolar com a finalidade de acompanhar as condições de oferta do transporte escolar público municipal.

O Comitê Municipal do Transporte Escolar só foi instituído em Pinhais em 23/03/2016, por meio da Lei n.º 1720/2016. Considerando que houve um intervalo de 3 anos entre a instituição da obrigação e seu efetivo cumprimento a CGM ressalva o procedimento.

RECOMENDAÇÃO

Recomendou-se à Secretaria Municipal Educação que observe as determinações contidas na Resolução SEED n.º 777/2013, estabelece critérios, forma de transferência de recurso, execução, acompanhamento e prestação de contas do Programa Estadual de Transporte Escolar – PETE.

(11) Gastos com Pessoal do Poder Executivo / Dívida Consolidada - Publicidade do RGF - RESSALVA

Foram extraídos relatórios do sistema Atende.Net, para comparação com os valores divulgados no Relatório de Gestão Fiscal do 1º quadrimestre de 2015 e do Relatório de Gestão Fiscal Consolidado do exercício de 2015, considerando sua publicação no Diário Oficial do Município, e no Portal Transparência da Prefeitura

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Municipal de Pinhais. Diante do grande número de informações existentes em cada anexo, foram escolhidos aleatoriamente alguns valores para análise, sendo constatadas divergências nos seguintes demonstrativos: Relatório de Gestão Fiscal Consolidado do exercício de 2015 - Anexo I: Demonstrativo da Despesa com Pessoal - Anexo V: Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa e dos Restos a Pagar Relatório de Gestão Fiscal do 1º quadrimestre de 2015 - Anexo I: Demonstrativo da Despesa com Pessoal - Anexo II: Demonstrativo da Dívida Consolidada - Anexo VII: Demonstrativo Simplificado do Relatório de Gestão Fiscal – O demonstrativo publicado no Diário Indústria e Comércio, edição n.º 9303, de 26/05/2015, não contém a assinatura do Chefe do Poder Executivo.

A Secretaria de Finanças foi notificada da situação, mas não teve tempo hábil para enviar contraditório, no exercício anterior as ocorrências de inconformidades foram bem semelhantes e a justificativa apresentada foi que, como a Prefeitura não está em dia com o SIM-AM, sempre no fechamento do mês ocorrem erros de fontes, de baixas etc. O Departamento Financeiro não faz a conciliação diária e, no momento que está conciliando, aparecem divergências nos extratos bancários, tais como receitas não lançadas e baixas não realizadas impactando diretamente no Relatório Resumido da Execução Orçamentária e no Relatório de Gestão Fiscal.

RECOMENDAÇÃO

Recomenda-se à Secretaria Municipal de Finanças que: a) otimize seu processo de trabalho para que o fechamento das conciliações e do SIM-AM ocorra em prazo anterior ao previsto para a publicação do RGF; b) providencie a republicação do Relatório de Gestão Fiscal caso ocorram alterações de lançamentos contábeis após sua publicação, para que os valores divulgados pela Prefeitura estejam de acordo com os saldos existentes em seu software de escrituração contábil.

(13) Portal da Transparência - Portal da Transparência - RESSALVA

Em atendimento à Instrução Normativa TCE/PR nº 58/2011, com as

alterações dadas pela Instrução Normativa TCE/PR n.º 70/2012, que define as informações mínimas a serem disponibilizadas pela administração em seus sítios eletrônicos para livre acessibilidade do público em geral, foi observado no período avaliado que as informações apresentadas no Portal da Transparência estão em desconformidade para os seguintes itens:

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- Art.16, I, a – relação das despesas empenhadas - em sua somatória total difere do relatório extraído do sistema IPM, Módulo de Contabilidade e o campo "Número de Protocolo" está sem informação.

- Art.16, I, b – relação das despesas liquidadas - em sua somatória total difere do relatório extraído do sistema IPM, Módulo de Contabilidade e o campo "Número de Protocolo" está sem informação.

- Art.16, I, c – relação das despesas pagas - em sua somatória total difere do relatório extraído do sistema IPM, Módulo de Contabilidade e o campo "Número de Protocolo" está sem informação.

- Art.16, I, d – transferências financeiras a terceiros - não foi criado o campo "Valor Total" e o campo "Finalidade" esta aparecendo sem informação.

- Art.16, I, e – empenhos a pagar - em sua somatória total difere dos relatórios extraídos do sistema IPM, Módulo de Contabilidade> Relatórios> Posição de Restos a Pagar> Restos a Pagar Inscritos.

- Art.16, I, g – relação das transferências voluntárias - não foram criados os campos: Função para Destinação, Finalidade, Saldo a Receber e Prazo de Aplicação.

- Art.16, II, a – demonstrativo da receita e despesa segundo as categorias econômicas - observamos que o referido arquivo para o exercício de 2015 está com um problema de script, não permitindo sua visualização.

- Art.16, II, b - demonstrativo da receita segundo as categorias econômicas - observamos que o referido arquivo para o exercício de 2015 está com um problema de script, não permitindo sua visualização.

- Art.16, II, c - demonstrativo da despesa segundo as categorias econômicas- observamos que o referido arquivo para o exercício de 2015 está com um problema de script, não permitindo sua visualização.

- Art.16, II, d - despesa por programa de trabalho- observamos que o referido arquivo para o exercício de 2015 está com um problema de script, não permitindo sua visualização.

- Art.16, II, e - balanço financeiro- observamos que o referido arquivo para o exercício de 2015 está com um problema de script, não permitindo sua visualização.

- Art.16, II, f - balanço patrimonial- observamos que o referido arquivo para o exercício de 2015 está com um problema de script, não permitindo sua visualização.

- Art.16, II, g - demonstrativo das variações patrimoniais- observamos que o referido arquivo para o exercício de 2015 está com um problema de script, não permitindo sua visualização.

- Art.16, III, b – quadro de pessoal - não foram criados na estrutura os campos: cargos efetivos criados e preenchidos, cargos comissionados criados e preenchidos e empregos públicos criados e preenchidos.

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- Art.16, III, c – relação dos servidores/empregados ativos - não foi criada na estrutura do Portal de Transparência o campo que demonstre a "Situação Funcional" do servidor.

- Art.16, III, d – relação dos servidores inativos - não foram criados na estrutura os campos: nome do servidor e número de matrícula.

RECOMENDAÇÃO

Recomendou-se à Prefeitura de Pinhais que promova as alterações

necessárias em seu Portal da Transparência para que sejam disponibilizadas as

informações mínimas definidas na Instrução Normativa TCE/PR nº 58/2011, com as

alterações dadas pela Instrução Normativa TCE/PR n.º 70/2012.

(14) Orçamento da Criança e da Adolescência - Diretrizes da Instrução Normativa TCE/PR n.º 36/2009 - RESSALVA

Nos termos do art. 27 da Instrução Normativa TCE/PR n.º 36/2009, as sobras

superiores a 10% (dez por cento) do orçamento total atualizado, das ações voltadas

à execução das políticas públicas de atendimento prioritário à criança e ao adolescente, deverão ser pontualmente justificadas no Relatório de Gestão dos Direitos da Criança e da Adolescência - RGDCA, anual.

Verificou-se que no exercício de 2015 algumas ações vinculadas ao orçamento da criança e da adolescência tiveram sobra orçamentária superior a 10% da dotação total atualizada, sem que constasse qualquer justificativa no RGDCA do 6º bimestre.

As secretarias envolvidas foram notificadas e apresentaram as justificativas contidas na tabela abaixo. Verificou-se que as sobras orçamentárias elevadas da maioria das ações decorreu da arrecadação da receita em montante inferior ao valor previsto no orçamento.

RECOMENDAÇÃO

Recomendou-se à Prefeitura de Pinhais que promova a adequação das

previsões orçamentárias de receitas e despesas vinculadas ao orçamento da criança

e da adolescência, de forma que não ocorram sobras elevadas ao término do

exercício, e também que inclua no RGDCA do 6º bimestre justificativas pontuais

para todas as ações que apresentarem sobra orçamentária superior a 10% da

dotação total atualizada

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A opinião supra não elide nem respalda irregularidades não detectadas nos trabalhos desenvolvidos, nem isenta dos encaminhamentos administrativos e legais que o caso ensejar.

Pinhais, 29 de março de 2016.

Edson Luiz Gelinski de Faria Controlador Geral do Município