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PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS ESTADO DO PARANÁ LEI Nº 613, DE 03 DE DEZEMBRO DE 2003. “Estabelece o Regime Jurídico e o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Pinhais”. TÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 01 CAPÍTULO I - REGIME JURÍDICO 01 CAPÍTULO II - DOS CARGOS E DA CARREIRA 02 CAPÍTULO III - DO PROVIMENTO 03 SEÇÃO I- DISPOSIÇÕES GERAIS 03 SEÇÃOII - DO CONCURSO PÚBLICO 04 SEÇÃOIII - DA NOMEAÇÃO 06 SEÇÃO IV - DOS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO 07 CAPÍTULO IV - DA POSSE 09 CAPÍTULO V - DO EXERCÍCIO 10 SEÇÃO I – DA ESTABILIDADE 12 SEÇÃO II - DA REMOÇÃO 12 SEÇÃO III - DO TEMPO DE SERVIÇO 12

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ESTADO DO PARANÁ

LEI Nº 613, DE 03 DE DEZEMBRO DE 2003. “Estabelece o Regime Jurídico e o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Pinhais”.

TÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 01

CAPÍTULO I - REGIME JURÍDICO 01

CAPÍTULO II - DOS CARGOS E DA CARREIRA 02

CAPÍTULO III - DO PROVIMENTO 03

SEÇÃO I- DISPOSIÇÕES GERAIS 03

SEÇÃOII - DO CONCURSO PÚBLICO 04

SEÇÃOIII - DA NOMEAÇÃO 06

SEÇÃO IV - DOS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO 07

CAPÍTULO IV - DA POSSE 09

CAPÍTULO V - DO EXERCÍCIO 10

SEÇÃO I – DA ESTABILIDADE 1 2

SEÇÃO II - DA REMOÇÃO 12

SEÇÃO III - DO TEMPO DE SERVIÇO 12

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CAPÍTULO VI - HORÁRIO DE TRABALHO 13

CAPITULO VII - DA SUBSTITUIÇÃO 1 5

CAPÍTULO VIII - DO ESTÁGIO PROBATÓRIO 1 5

CAPÍTULO IX - DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO 18

CAPITULO X - DA PROMOÇAO E PROGRESSÃO 22

CAPITULO XI - DA REVERSÃO 2 3

CAPÍTULO XII - DA READAPTAÇÃO 2 3

CAPÍTULO XIII - DA REINTEGRAÇÃO 2 4

CAPÍTULO XIV - DA RECONDUÇÃO 2 4

CAPITULO XV - DO APROVEITAMENTO, DA DISPONIBILIDADE E DA CESSÃO 25

CAPÍTULO XVI - DA VACÂNCIA 2 5

CAPÍTULO XVII - DO MAGISTÉRIO 2 6

TÍTULO II - DOS DIREITOS E VANTAGENS 2 6

CAPÍTULO I - DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO 2 6

CAPÍTULO II - DAS VANTAGENS 2 7

SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 27

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SEÇÃO II - DAS DIÁRIAS 2 8

SEÇÃO III - DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS 2 8

SUBSEÇÃO I - DA FUNÇÃO DE CHEFIA 29

SUBSEÇÃO II - DA GRATIFICAÇÃO POR DESEMPENHO DE FUN ÇÃO ESPECIAL 30

SUBSEÇÃO III - DA GRATIFICAÇÃO POR ENQUADRAMENTO 33

SUBSEÇÃO IV - DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO 3 4

SUBSEÇÃO V - DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRI O 34

SUBSEÇÃO VI - DO ADICIONAL NOTURNO E ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 3 4

SUBSEÇÃO VII - DO ADICIONAL DE FÉRIAS 3 5

SUBSEÇÃO VIII - DA PRODUTIVIDADE FISCAL 3 5

SEÇÃO IV - DO DÉCIMO TERCEIRO VENCIMENTO 36

CAPÍTULO III - DAS LICENÇAS 3 6

SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 36

SUBSEÇÃO I - DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA 3 7

SUBSEÇÃO II - DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR 3 8

SUBSEÇÃO III - DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA 38

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SUBSEÇÃO IV - DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES 3 8

SUBSEÇÃO V - DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA 39

SUBSEÇÃO VI - DA LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO 39

SUBSEÇÃO VII - DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE 41

SUBSEÇÃO VIII - DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E PATERNIDADE 42

SUBSEÇÃO IX - DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO 43

CAPÍTULO IV - DAS FÉRIAS 4 4

CAPÍTULO V- DAS CONCESSÕES 4 5

CAPÍTULO VI - DO DIREITO DE PETIÇÃO 46

TÍTULO III - DO REGIME DISCIPLINAR 4 8

CAPÍTULO I - DOS DEVERES 48

CAPÍTULO II - DO APERFEIÇOAMENTO E DA ESPECIALIZAÇÃ O 49

SEÇÃO I - DAS PROIBIÇÕES 50

SEÇÃO II - DA ACUMULAÇÃO 5 2

SEÇÃO III - DAS RESPONSABILIDADES 5 3

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SEÇÃO IV - DAS PENALIDADES 53

CAPÍTULO III - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 58

SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS 58

SEÇÃO II - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 59

CAPÍTULO IV - DA SINDICÂNCIA 62

CAPÍTULO V - DA REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 64

TÍTULO IV - DA PREVIDÊNCIA DO SERVIDOR 65

DISPOSIÇÕES FINAIS 66

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Lei613-03_Estatuto dos Servidores publicos do Munic ipio de Pinhais I - 1 -

Com as alterações das Leis 625/04, 685/04, 724/05. e

967/2009.

LEI Nº 613, DE 03 DE DEZEMBRO DE 2003.

“Estabelece o Regime Jurídico e o Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Pinhais”.

A CÂMARA MUNICIPAL DE PINHAIS, Estado do Paraná,

aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguin te Lei:

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I

REGIME JURÍDICO

Art. 1º O Regime Jurídico dos Servidores Públicos d o

Município de Pinhais é o Regime Estatutário na form a instituída por esta Lei.

Art. 2º Servidor Público é a pessoa legalmente

investida em cargo público, que percebe dos cofres municipais remuneração pelos serviços prestados, podendo ser d e três espécies:

I - servidor Público – aquele regido pelo Regime

Estatutário, inscrito no Regime Próprio de Previdên cia; II - celetista - aquele regido pelo regime da

Consolidação das Leis do Trabalho - C.L.T; III - comissionado – aquele de livre nomeação e

exoneração, regido pelas normas do Regime Estatutár io e filiado ao Regime Geral da Previdência Social – RGPS.

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Art. 3º Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor, prevista s em normas próprias.

Art. 4º Os Cargos Públicos podem ser de provimento

Efetivo ou Comissão, dentro dos quantitativos fixad os em Lei.

CAPÍTULO II

DOS CARGOS E DA CARREIRA

Art. 5º Os cargos públicos do Poder Executivo do

Município de Pinhais são acessíveis a todos os bras ileiros natos, naturalizados ou portadores de direitos de cidadani a, nos termos do Artigo 12, Inciso II e parágrafo 1º da Constituição Federal.

Art. 6º Os cargos de provimento efetivo serão

organizados na forma prevista em Lei própria, segun do a complexidade, escolaridade, qualificação profission al, natureza e as responsabilidades inerentes às suas atribuições.

Art. 7º Entende-se como Grupo Ocupacional o

conjunto de cargos com atividades profissionais cor relatas ou não levando-se em conta o ramo dos conhecimentos aplica dos no seu desempenho.

Art. 8º As carreiras serão organizadas em classes e

níveis de acordo com a escolaridade e a qualificaçã o profissional exigida, bem como a natureza e a complexidade das a tribuições a serem exercidas por seus ocupantes na forma previst a na Legislação específica, observados os critérios de merecimento, capacitação e antiguidade.

Parágrafo Único. As atribuições, responsabilidades e

características pertinentes a cada cargo deverão se r especificadas em regulamento próprio.

Art. 9º É proibido o exercício gratuito de cargos

públicos, salvo nos casos e formas previstos em Lei .

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Art. 10. É vedado atribuir ao servidor cargos ou serviços diferentes das tarefas próprias do seu car go, na forma definida em norma específica, salvo nos casos de re adaptação por redução da capacidade física e/ou deficiência de sa úde, respeitados os critérios previstos em regulamento próprio.

CAPÍTULO III

DO PROVIMENTO

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 11. A investidura em Cargo Público de provimen to

efetivo depende de aprovação prévia em Concurso Púb lico de provas ou de provas e títulos, em todas as suas etapas, de acordo com a natureza e a complexidade de cada cargo, com provas de caráter eliminatório e classificatório, na forma determinad a nas normas e regulamentos próprios.

Art. 12. Serão exigidos dos candidatos os requisito s

abaixo, além de outros específicos determinados em normas próprias e no Edital do Concurso:

I - ser brasileiro nato, naturalizado ou portador d e

direitos de cidadania, nos termos do Artigo 12, Inc iso II e § 1º da Constituição Federal;

II - ter idade mínima de 18 (dezoito) anos; III - ter idade máxima de 60 (sessenta) anos,

conforme previsto no art. 40, inciso II da Constitu ição Federal; IV - comprovar o grau de escolaridade exigido para

o cargo; V - estar em dia com as obrigações eleitorais e com

o serviço militar; VI - estar em pleno exercício dos seus direitos

políticos; VII - comprovar idoneidade moral;

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VIII - ter aptidões físicas, mentais e emocionais; IX - apresentar para fins de investidura nos cargos

onde houver a exigência de capacitação profissional específica, comprovação da inscrição ou a devida regularização junto aos órgãos de classe;

X - obter aprovação em todas as etapas do concurso público.

Art. 13. Para as pessoas portadoras de deficiência é

assegurado o direito de se inscrever em Concurso Pú blico para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatí veis com a deficiência de que são portadoras, para os quais se rão reservadas até 3% (três por cento) das vagas oferecidas no concurs o.

Art. 14. A investidura em cargo público ocorrerá co m a

posse, após a aprovação em todas as etapas do Concu rso Público. Art. 15. Os cargos públicos são providos por: I - nomeação; II - reversão; III - reintegração; IV - recondução; V - readaptação.

SEÇÃO II

DO CONCURSO PÚBLICO

Art. 16. Constatada a existência de vagas e quando

houver a necessidade de seu preenchimento, será abe rto concurso público para os cargos de provimento efetivo, desde que observado o impacto financeiro, mediante ato do Chefe do Execut ivo, na forma prevista em norma específica.

Art. 17. O Concurso Público terá validade de até 01 (um)

ano, prorrogável uma vez, por igual período.

Parágrafo Único. O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em Edital , que deverá ser

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publicado no órgão oficial e afixado em locais que possibilitem sua ampla divulgação, conforme regulamento próprio.

Art. 18. A iniciativa da realização de Concurso Púb lico

para provimento de cargos do quadro único caberá ao Órgão responsável pela área de pessoal.

Art. 19. Na abertura do Concurso deverão constar to das

as instruções necessárias para o preenchimento dos cargos, além dos requisitos previstos no artigo 12 desta lei, ta is como:

a) número de vagas disponíveis por cargo; b) requisitos mínimos exigidos para cada cargo; c) escolaridade mínima exigida; d) atividades a serem desenvolvidas no exercício

de cada cargo; e) remuneração de cada cargo; f) local, horário e prazo da inscrição; g) prazo de validade do concurso; h) as demais que se fizerem necessárias.

Art. 20. Encerradas as inscrições para o Concurso

Público destinado ao provimento de qualquer cargo, legalmente processados, não se abrirão novas inscrições antes de sua realização.

Parágrafo Único. Deverão ser ofertadas no Concurso

Público todas as vagas disponíveis para cada cargo, sendo que o seu provimento deverá obedecer aos requisitos legais pr evistos nesta Lei, a necessidade da Administração Pública e as de mais normas pertinentes.

Art. 21. A aprovação no Concurso Público não obriga o

órgão público a prover todas as vagas e o preenchim ento das vagas disponíveis deverá atender as necessidades da admin istração Pública, respeitadas as dotações financeiras e o im pacto financeiro nos 03 (três) exercícios subseqüentes.

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Art. 22. O Concurso Público previsto nesta Lei real izar-se-á por intermédio de provas objetivas, provas dis cursivas e/ou provas práticas, de conteúdo geral e específico.

Parágrafo Único. Para os cargos de nível superior

haverá pontuação mediante comprovação de títulos, n a forma prevista no Edital do Concurso.

SEÇÃO III

DA NOMEAÇÃO Art. 23. A nomeação para ingresso em cargo do quadr o

de carreira de provimento efetivo depende de prévia habilitação em Concurso Público de provas ou de provas e títulos d e acordo com a natureza e a complexidade de cada cargo, com provas de caráter eliminatório e classificatório, na forma determinad a nas normas e regulamentos próprios.

Art. 24. O ingresso dar-se-á sempre na Classe inici al do

respectivo cargo, dentro de cada Grupo Ocupacional, de acordo com a natureza e a complexidade de cada cargo, desde qu e preenchidos os requisitos previstos na legislação pertinente, t omando como base o grau de escolaridade mínimo exigido.

Parágrafo Único. Somente ocorrerá a nomeação o

candidato que: I - obtiver aprovação nas provas de conhecimento

geral e específico, de caráter eliminatório; II - for considerado apto, física e mentalmente, po r

profissionais especialmente designados, de caráter eliminatório; III - Apresentar títulos dentro do grupo ocupaciona l

respectivo e, para os cargos de nível superior, os títulos terão caráter classificatório.

Art. 25. A nomeação será feita: I - em caráter efetivo, após o preenchimento e

aprovação de todos os requisitos e etapas previstas em Leis especificas;

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II - em caráter temporário, quando da aprovação em processo seletivo, por prazo determinado;

III - em comissão, para cargos de confiança de livr e nomeação e exoneração;

IV - em substituição, nos casos e prazos previstos nesta Lei;

Art. 26. A nomeação deverá observar o número de

vagas existentes, o impacto financeiro, obedecendo rigorosamente a ordem de classificação no concurso, além das demais exigências previstas na Constituição Federal, na Lei de Plano de Carreira, nesta Lei e demais normas pertinentes.

Art. 27. A nomeação deverá preceder a posse, devend o

ser publicada na forma da Lei. Art. 28. Ficará sem efeito a nomeação, quando por a to

ou omissão do nomeado, a posse não ocorrer nos praz os estabelecidos nesta Lei.

SEÇÃO IV

DOS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO

Art. 29. Os cargos de provimento em comissão se

destinam a atender as atividades de direção, chefia e assessoramento.

Parágrafo Único. O exercício do cargo em comissão

exigirá de seu ocupante dedicação exclusiva ao serv iço e tempo integral, podendo ser convocado sempre que houver i nteresse da Administração.

Art. 30. O exercício do cargo em comissão obriga a uma

jornada mínima de 40 (quarenta) horas semanais, sem prejuízo de permanecer o servidor à disposição da unidade admin istrativa em que estiver em exercício, sempre que as necessidade s do serviço assim o exigirem, sendo que o ato administrativo de nomeação configura termo de compromisso de vinculação e acei tação das condições inerentes ao exercício do cargo.

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Parágrafo Único. Verificado em procedimento administrativo a infringência do compromisso decorr ente do exercício do cargo em comissão, ficará o servidor s ujeito à pena de demissão ou exoneração, de acordo com a sua condiçã o funcional, sem prejuízo da responsabilidade civil.

Art. 31. Os cargos de provimento em comissão são

providos por livre escolha do Chefe do Poder Execut ivo, por pessoas que reúnam as condições necessárias à investidura n o serviço público em razão de sua competência profissional.

Parágrafo Único. A nomeação se dará por ato

administrativo próprio assinado pelo Chefe do Poder Executivo Municipal e deverá ser devidamente publicado.

Art. 32. Para a nomeação no cargo em comissão o

empossado deverá, obrigatoriamente, apresentar decl aração de bens e valores que constituem seu patrimônio, devendo at ualizá-la até o mês de maio de cada ano.

Art. 33. O ocupante do cargo em comissão será regid o

pelas normas estatutárias, devendo obedecer todas a s regras previstas nesta Lei.

Art. 34. O regime previdenciário do ocupante do car go

comissionado será obrigatoriamente o Regime Geral d a Previdência Social - RGPS, exceto se a nomeação recair em servi dor público integrante de Regime Próprio de órgão público Munic ipal, Estadual ou Federal.

Art. 35. O percentual de 30% (trinta por cento) dos cargos

comissionados deverão, obrigatoriamente, ser preenc hidos por servidores públicos efetivo s, conforme previsão do Artigo 37, Inciso V da Cons tituição Federal . (Alterado, Lei nº 663/04, art. 23)

Parágrafo Único. É vetado o pagamento de Hora Extra

aos ocupantes de cargos comissionados.

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Art. 36. Sob pena de responsabilidade direta da autoridade que der causa, antes da designação para o exercício de cargo em comissão, deverá ser verificado:

I - a existência de vaga; II - a declaração do impacto financeiro na forma

prevista na Lei Complementar nº 101/00. III - no caso de acumulação de cargo, a verificação

da legalidade do ato, na forma do Artigo 37, XVI da Constituição Federal;

IV - a verificação da direta correlação das ativida des a serem desenvolvidas com as atribuições do cargo d e provimento inicial, na forma do Artigo 37, Inciso II da Consti tuição Federal.

Art. 37. O quantitativo, a denominação e os valores dos

cargos em comissão serão fixados em Lei. § 1º A atribuição dos cargos comissionados será

regulamentada via Decreto, pelo Chefe do Poder Exec utivo. § 2º O Ato de nomeação deverá conter, além da

perfeita identificação do cargo e do servidor comis sionado, as atribuições e as atividades que serão desenvolvidas pelo nomeado.

§ 3º Ocorrendo alteração na lotação funcional,

deverá ser expedido novo ato administrativo com nov as atribuições e atividades a serem desenvolvidas pelo nomeado.

CAPÍTULO IV

DA POSSE

Art. 38. Posse é o ato que completa a investidura e m

cargo público, é a aceitação expressa, pelo nomeado , das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público, com o compromisso de desempenhar com lealdade e exa ção os deveres do cargo, de bem servir, de cumprir fielmen te a Constituição, todas as leis e regulamentos, formalizada pela lavr atura de um termo próprio assinado pela autoridade competente e pelo empossado.

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Art. 39. A posse deverá ocorrer no prazo de até 15 (quinze) dias contados da publicação do ato de prov imento, prorrogável por no máximo mais 15 (quinze) dias, a requerimento expresso e justificado do interessado.

Art. 40. No ato da posse obrigatoriamente deverá se r

apresentado declaração, sob as penas da Lei, de que não exerce outro cargo ou função pública e que também não perc ebe proventos de aposentadoria oriundas do Poder Público da União , dos Estados ou dos Municípios, de Autarquia, Empresas públicas, Sociedades de economia mista ou Fundações instituídas pelo Poder Público, salvo nos casos de acumulação permitida pela Constituição Federal.

§ 1º O empossado deverá comprovar

documentalmente que solicitou exoneração ou que ren unciou aos proventos nos casos de acumulação ilegal de cargos.

§ 2º O empossado apresentará, obrigatoriamente,

declaração de bens e valores que constituem seu pat rimônio. Art. 41. Os responsáveis pela execução dos

procedimentos de nomeação e posse deverão verificar , sob pena de responsabilidade direta, se foram satisfeitas todas as condições legais exigidas para tal fim.

CAPÍTULO V

DO EXERCÍCIO

Art. 42. O exercício da atividade pública é o efeti vo

desempenho das atribuições do cargo de provimento i nicial. Parágrafo Único. Compete ao responsável pela unidad e

administrativa, para qual for designado o servidor, dar-lhe exercício, efetuando as comunicações devidas.

Art. 43. Para o início do exercício deverão ser observados os prazos e os requisitos previstos nest a Lei.

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Art. 44. O início, a suspensão, a interrupção e o r einício das atividades funcionais deverão ser registrados n as fichas funcionais individuais, com a devida publicidade.

Parágrafo Único. Ao entrar em exercício o servidor

apresentará, ao órgão competente, os elementos nece ssários ao assentamento individual.

Art. 45. O exercício do cargo ou da função terá iní cio no

prazo máximo de até 15 (quinze) dias contados da da ta: I - da publicação oficial do ato, no caso de

reintegração, remoção e transferência; II - da posse nos demais casos. § 1º Os prazos previstos neste artigo poderão ser

prorrogados, por solicitação expressa e justificada do interessado e a juízo da autoridade competente, não excedendo a 15 (quinze) dias.

§ 2º O servidor licenciado terá prazo de até 03 (tr ês)

dias para entrar em exercício, contado a partir do término da licença. Art. 46. Será demitido o servidor que não entrar em

exercício no prazo máximo de 15 (quinze) dias, bem como aquele que interromper o exercício por mais de 30 (trinta) dia s, nos casos de afastamentos não previstos nesta Lei.

Art. 47. O servidor deverá obrigatoriamente exercer sua

atividade na unidade administrativa em que for lota do. Art. 48. O servidor preso preventivamente na forma

prevista no Código Penal, pronunciado por crime com um, denunciado por crime funcional, ou ainda, condenado por crime inafiançável, será afastado do exercício até decisã o final transitada em julgado.

§ 1º Durante o afastamento, o servidor perderá um

terço do vencimento ou remuneração, tendo direito à diferença, se for ao final absolvido.

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§ 2º No caso de condenação, se esta não for de natureza que determine a demissão do servidor, cont inuará o mesmo afastado do exercício, nos termos deste Estatuto.

SEÇÃO I

DA ESTABILIDADE

Art. 49. Estabilidade é a situação adquirida pelo servidor efetivo, após o transcurso do período de e stágio probatório, que lhe garante a permanência no cargo, dele só pod endo ser demitido em virtude de sentença judicial transitada e julgada ou de decisão em processo administrativo em que lhe tenha assegurado ampla defesa.

Parágrafo Único. A estabilidade diz respeito ao ser viço

público e ao cargo, não a função ou local de traba lho.

SEÇÃO II

DA REMOÇÃO

Art. 50. A remoção é o deslocamento do servidor par a outra unidade administrativa e processar-se-á ex-of fício ou a pedido do servidor.

§ 1º A remoção dependerá da existência de vagas

em cada unidade administrativa.

§ 2º Deverá a remoção ser tornada pública, via ato administrativo do Departamento responsável pela áre a de Pessoal.

§ 3º A remoção não poderá caracterizar desvio de função e deverá atender as demais disposições conti das nesta Lei.

SEÇÃO III

DO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 51. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerando c ada ano de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

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Art. 52. Além das ausências ao serviço previstas ne sta Lei, são consideradas como de efetivo exercício par a os servidores estáveis os afastamentos em virtude de:

I - férias; II - participação em programas de treinamento

instituído ou autorizado pela Administração Municip al; III - júri e outros serviços obrigatórios por Lei; IV - licenças previstas nos incisos VI, VII, VIII e IX do

artigo 147 desta Lei. V - a cessão na forma prevista na legislação

específica.

CAPÍTULO VI

HORÁRIO DE TRABALHO

Art. 53. Nenhum servidor poderá desempenhar

atribuições diversas ao cargo a que pertence, por f orça do artigo 37, Inciso II da Constituição Federal.

Art. 54. Salvo disposição legal e específica em

contrário, e os casos de acumulação legal, a jornad a básica de trabalho do servidor público municipal é de 40 (qua renta) horas semanais, à razão de 08 (oito) horas diárias, asseg urado o intervalo para alimentação.

Art. 55. O Chefe do Poder Executivo e do Poder

Legislativo determinará, por ato próprio, quando ho uver necessidade de alteração do horário de trabalho:

I - para as unidades administrativas; II - para cada cargo, com o mínimo de horas

exigíveis por semana, especialmente se sua natureza acarretar prestação de serviços noturnos, sábados, domingos e feriados;

III - o regime de trabalho em turnos, quando for aconselhável, indicando o número certo de horas de trabalho exigível por semana, respeitada a legislação própria.

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Art. 56. A freqüência será apurada via controle específico, na forma determinada em regulamento pró prio.

Art. 57. Fica instituído o Banco de Horas aos servi dores

estatutários, para compensação do excesso de horas trabalhadas dia, pela correspondente diminuição em outro dia, na for ma determinada em regulamento próprio respeitando a C. F. Art. 7º, XIII e 39 parágrafo 3º.

Parágrafo Único. A compensação referida no caput de ste

Artigo não poderá ser utilizada pelos servidores: I - ocupantes de cargo em comissão; II - com função de chefia; III - com gratificação por desempenho; IV - cedidos; V - disponibilizados; VI - celetistas; Art. 58. O prazo para compensação das horas na form a

do artigo 57, não deverá ultrapassar o período máxi mo de 120 (cento e vinte) dias, contados da data do fechamento mensa l da jornada.

Art. 59. O número de horas laboradas em excesso a

serem compensadas não deverão ultrapassar a 02 (dua s) horas diárias, salvo em caso excepcional e de força maior , com prévia autorização e devidamente comprovado pelo responsáv el por cada unidade administrativa.

Parágrafo Único. Os cálculos para compensação de

horas deverão ser registrados no controle de freqüê ncia. Art. 60. Somente será permitido serviço extraordiná rio

para atender a situações excepcionais e temporárias , respeitando o limite máximo de 02 (duas) horas diárias e com auto rização prévia e expressa do Chefe do Executivo.

Parágrafo único. O serviço extraordinário será

remunerado com acréscimo de 50% (cinqüenta por cent o) em relação à hora normal do trabalho.

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CAPITULO VII

DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 61. Os ocupantes de cargos em comissão e de

função de chefia poderão ser substituídos, por serv idor designado pela autoridade competente, enquanto perdurar o imp edimento do titular.

Parágrafo Único. O Secretário ou o responsável pela pasta indicará o nome do substituto que deverá ser designado via ato administrativo do Chefe do Executivo Municipal.

Art. 62. A substituição será gratuita, salvo se exc eder a (10) dez dias, quando será remunerada por todo o pe ríodo que durar o impedimento.

§ 1º No caso de substituição remunerada, o

substituto perceberá o vencimento do cargo em que s e der a substituição, salvo se optar pelo cargo de origem.

§ 2º O substituto deverá preencher todos os

requisitos exigidos em Lei para o exercício do carg o. § 3º Ressalvado o direito de opção, é vedada a

percepção cumulativa de vencimentos, gratificações ou vantagens. § 4º Em caso excepcional, atendida a conveniência

da Administração, o titular do cargo de direção ou chefia poderá ser designado, cumulativamente, como substituto para ou tro cargo da mesma natureza, até que se verifique nomeação ou de signação do novo titular e, nesse caso, somente perceberá o ven cimento correspondente a um dos cargos.

CAPÍTULO VIII

DO ESTÁGIO PROBATÓRIO

Art. 63. Estágio Probatório é o período de 03 (três ) anos

de efetivo exercício, a contar da data do início de ste, durante o qual

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serão apurados os requisitos necessários à confirma ção do servidor no cargo para o qual foi nomeado em caráter efetivo .

Parágrafo Único. Além dos previstos na Lei do Plano

de Carreira, normas e demais regulamentos, os requi sitos de que trata este artigo são os seguintes:

I - eficiência; II - disciplina; III - assiduidade; IV - pontualidade; V - urbanidade; VI - dedicação ao trabalho; VII - capacidade de iniciativa; VIII - produtividade; IX - responsabilidade. X - idoneidade moral; XI - observância de todas as normais legais e

regulamentares; XII - apresentar-se e trajar-se decentemente ao

serviço; XIII - proceder na vida pública e privada de forma a

dignificar sempre a função pública. Art. 64. O servidor em estágio probatório, como

condição para aquisição da estabilidade, deverá obr igatoriamente ser avaliado periodicamente, no mínimo por 03 (três) ve zes, durante o período do estágio probatório, obtendo 75 (setenta e cinco) pontos no mínimo em cada avaliação.

§ 1º No caso de acumulação legal de cargos, observado o contido no Artigo 37, Inciso XVI da Con stituição Federal, o estágio probatório deve ser cumprido em relação a cada cargo para o qual o servidor tenha sido nomeado.

§ 2º O tempo de serviço em outro cargo público não

exime o servidor do cumprimento do estágio probatór io no novo cargo.

Art. 65. Para efeitos do Estágio Probatório não ser ão

considerados como de efetivo exercício, ocorrendo a interrupção, o

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período em que o servidor se encontrar afastado do cargo efetivo, pelos seguintes motivos:

I- falta injustificada; II- falta justificada; III- licença à gestante; IV- licença paternidade; V- licença para fins de adoção; VI- licença para tratamento de saúde; VII- licença por motivo de doença em pessoa da

família; VIII- licença para tratar de interesses particulare s; IX- licença para o serviço militar; X- licença para atividade política; XI- licença para desempenho de mandato classista; XII- por acidente em serviço; XIII- condenação ou prisão para apuração de

responsabilidade em crime; XIV- candidatura a cargo eletivo; XV- prestação de serviços considerados

obrigatórios por lei, inclusive pena alternativa; XVI- disposição funcional a órgão ou entidade da

União, Distrito Federal, Estado e outros Municípios ; XVII- exercício de cargo de chefia, supervisão,

direção, assessoramento que não estejam ligados dir etamente ao cargo de provimento efetivo do servidor;

XVIII- exercício de outras atividades que não estej am ligadas diretamente ao cargo de provimento efetivo do servidor.

Art. 66. Encerrado os afastamentos de que trata o a rtigo

acima se reinicia a contagem do tempo do estágio pr obatório, considerando-se o tempo laborado anteriormente.

Art. 67. Quando o servidor em estágio probatório nã o

preencher qualquer dos requisitos enumerados nesta Lei, caberá ao chefe imediato, sob pena de responsabilidade, inici ar o processo competente, dando ciência do fato ao interessado, n a forma prevista em regulamentação própria.

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Art. 68. Para o estágio probatório somente serão computados os períodos de efetivo exercício no carg o de provimento inicial, não podendo em qualquer hipótese ser compu tados os períodos de desvio de função e de afastamento na fo rma prevista nas normas pertinentes.

Art. 69. Na ausência da iniciativa do Chefe Imediat o

responsável pelo servidor em estágio probatório, nã o poderá haver confirmação automática no cargo, ficando a cargo do Departamento responsável pela área de pessoal o controle e a ado ção das providências cabíveis.

Art. 70. O exercício de cargo em comissão não inere nte

ao cargo de provimento efetivo, no período do estág io probatório, não descaracterizará o desvio de função.

Parágrafo Único. O servidor em estágio probatório n ão

terá direito à promoção e progressão funcional enqu anto permanecer nesta condição.

CAPÍTULO IX

DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Art. 71. A Avaliação de Desempenho e a Avaliação de

Desempenho Especial de Estágio Probatório do servid or municipal tem por objetivo estimular o desempenho e a produti vidade do mesmo, servindo como instrumento para os processos de planejamento, capacitação e desenvolvimento dos rec ursos humanos.

Art. 72. A Avaliação de Desempenho e a Avaliação de Desempenho Especial de Estágio Probatório verificam periodicamente o desempenho dos servidores municipa is através da chefia imediata.

Art. 73. As Avaliações de Desempenho de que tratam

este capítulo serão analisadas por Comissões Especí ficas, designadas pelo Chefe do Poder Executivo, que obede cerão normas próprias.

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Art. 74. O Departamento responsável pela área de pessoal será o encarregado pela coordenação, monito ramento, atualização e operacionalização de todos os process os das Avaliações de Desempenho.

Art. 75. A Avaliação de Desempenho do servidor está vel

deverá ser realizada, no mínimo, uma vez a cada ano . Parágrafo Único. O período que compreenderá cada

Avaliação será de janeiro a dezembro de cada ano. Art. 76. Os critérios da Avaliação de Desempenho e da

Avaliação de Desempenho Especial de Estágio Probató rio serão diferenciados por Grupos Ocupacionais conforme Tabe las do Plano de Carreira.

Art. 77. Não serão considerados como de efetivo

exercício, ocorrendo a interrupção na Avaliação de Desempenho e na Avaliação de Desempenho Especial de Estágio Probató rio o período em que o servidor encontrar-se afastado pelos segui ntes motivos:

I - falta justificada; II - falta injustificada;

III - licença gestante, à adotante e paternidade; IV - licença para tratamento de saúde; V - licença por motivo de doença em pessoa da

família; VI - licença para tratar de interesses particulares ;

VII - licença para o serviço militar; VIII - candidatura a cargo eletivo;

IX - licença para atividade política; X - licença para desempenho de mandato classista; XI - por acidente em serviço;

XII - condenação ou prisão para apuração de responsabilidade em crime;

XIII - prestação de serviços considerados obrigatórios por lei, inclusive pena alternativa;

XIV - disposição funcional a órgão ou entidade da União, Distrito Federal, Estado e outros Municípios ;

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XV - exercício de cargo de chefia, coordenação, supervisão, direção, assessoramento que não estejam ligados diretamente ao cargo de provimento efetivo do servi dor.

Parágrafo Único. A Avaliação de desempenho somente

poderá ser considerada quando avaliar o servidor no efetivo exercício de seu cargo ou quando em cargo comissionado ou fun ção gratificada em relação direta com seu cargo de prov imento efetivo.

Art. 78. Será de responsabilidade da chefia imediat a e

do avaliador o preenchimento correto, o cumprimento dos prazos de devolução do formulário de Avaliação bem como a ciê ncia e a assinatura do servidor no referido documento.

Art. 79. O mínimo de pontuação para que o servidor se

torne apto será de 75 (setenta e cinco) pontos. Art. 80. A Avaliação Especial de Desempenho do

Estágio Probatório tem por finalidade avaliar os se rvidores municipais nomeados para cargo de provimento efetiv o.

Parágrafo Único. O servidor público em estágio

probatório adquirirá estabilidade após o decurso de 03 (três) anos de efetivo exercício no cargo de provimento efetivo pa ra o qual foi nomeado mediante a aprovação na Avaliação Especial de Desempenho de Estágio Probatório.

Art. 81. Quando ocorrer transferência ou

disponibilidade do servidor estável obrigatoriament e deverá ocorrer a antecipação da Avaliação de Desempenho pela chefia imediata e encaminhada ao Departamento responsável pela área d e pessoal junto com o documento de justificativa e autorizaçã o de transferência ou disponibilidade.

§ 1º O servidor que tenha atuado durante o período

base da avaliação em mais de uma unidade administra tiva deverá ser avaliado por todas as chefias imediatas as quais es teve vinculado, obedecendo ao cumprimento das etapas da Avaliação d e Desempenho.

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§ 2º Para obtenção do resultado final deverão ser consideradas todas as atividades desenvolvidas pelo servidor público no período, tomando-se como base o cargo de provimento efetivo.

Art. 82. Ocorrendo a mudança da chefia da unidade

administrativa toda a documentação referente à aval iação de desempenho deverá ser entregue ao novo chefe, conte ndo os comentários do chefe anterior sobre os servidores a li lotados.

§ 1º O mesmo procedimento deverá ser adotado por

ocasião da mudança de gestão da Chefia do Executivo . § 2º O resultado final da Avaliação de Desempenho e

da Avaliação Especial de Estágio Probatório será ob tido pela média da soma de todas as avaliações efetuadas no período .

Art. 83. O servidor que discordar do resultado de s ua

Avaliação deverá preencher formulário próprio, enca minhado-o à Comissão Específica de Avaliação, solicitando revis ão com a devida justificativa, no prazo de 10 (dez) dias úteis a co ntar do conhecimento do resultado.

Parágrafo Único. O pedido de revisão deverá conter de

forma detalhada todos os motivos da discordância. Art. 84. A primeira Avaliação Especial de Desempenh o

de Estágio Probatório ocorrerá em até 06 (seis) mes es da data de admissão do servidor, sendo que as próximas ocorrer ão de 06 (seis) em 06 (seis) meses, com exceção da última.

Art. 85. A data da conclusão da última Avaliação

Especial de Desempenho de Estágio Probatório deverá ocorrer com antecedência mínima de 90 (noventa) dias da data pr evista para a aquisição da estabilidade funcional.

Parágrafo Único. Quando declarada a incapacidade

definitiva do servidor para o exercício do cargo pa ra o qual prestou Concurso Público, o Departamento responsável pela á rea de pessoal remeterá, de imediato, relatório para a Comissão de Avaliação

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Especial de Desempenho de Estágio Probatório para a adoção das medidas cabíveis.

Art. 86. Sendo verificado qualquer fato determinan te ou

infrações disciplinares no decurso de período do es tágio probatório, poderá ser realizada a avaliação adicional se a Com issão Especial de Avaliação de Desempenho de Estágio Probatório assim atender, com o objetivo de dar encaminhamento do servidor à exon eração através da Comissão Especial de Processo Administrativo.

Art. 87. Os servidores que participarem de Comissõ es

ou Conselhos Municipais terão na Avaliação de Desem penho pontos acrescidos que deverão obedecer os critérios em reg ulamentação própria.

Art. 88. Os demais procedimentos e critérios da

Avaliação de Desempenho e da Avaliação Especial de Desempenho do Estágio Probatório serão previstos em regulament ação própria.

CAPITULO X

DA PROMOÇAO E PROGRESSÃO

Art. 89. Promoção é a passagem de uma Classe para outra, dentro do mesmo

Grupo Ocupacional, respeitadas as condições e exigências de seu cargo efetivo, a qual dependerá de cumprimento do interstício mínimo de 03 (três) anos de efetivo exercício no cargo de provimento efetivo, da obtenção de pontuação com desempenho mínimo de 75 (setenta e cinco) pontos na Avaliação de Desempenho e da participação em programa de capacitação com desempenho satisfatório, além do preenchimento dos demais requisitos previstos em norma própria, especialmente na Lei do Plano de Carreira.( Revogado pela Lei 967/2009)

Art. 90. Progressão é a passagem do servidor estável de um Nível para outro,

dentro do mesmo Grupo Ocupacional, de 05 (cinco) em 05 (cinco) anos, pelo critério de merecimento e antiguidade, respeitadas as condições e exigências de seu cargo efetivo e preenchidas as condições previstas em normas legais, especialmente na Lei do Plano de Carreira. .( Revogado pela Lei 967/2009)

CAPITULO XI

DA REVERSÃO

Art. 91. Reversão é o reingresso no serviço público do

servidor aposentado, quando insubsistentes os motiv os da aposentadoria.

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Art. 92. A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no

cargo resultante de sua transformação. Parágrafo Único. Encontrando-se provido este cargo, o

servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Art. 93. Não poderá reverter a aposentadoria o serv idor

que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade. Art. 94. A reversão do servidor aposentado dará dir eito,

em caso de nova aposentadoria, à contagem do tempo de contribuição em que esteve aposentado.

Art. 95. O servidor que reverter não será aposentad o

novamente, sem que tenham decorridos os 05 (cinco) anos de efetivo exercício, salvo se a aposentadoria foi por motivo de saúde.

CAPÍTULO XII

DA READAPTAÇÃO

Art. 96. Readaptação é a colocação do servidor em

função compatível com a sua capacidade física ou me ntal, respeitando as exigências de seu cargo de proviment o inicial, podendo ser transitória ou definitiva.

Art. 97. A readaptação verificar-se-á quando ficar

comprovada a modificação do estado físico ou das co ndições de saúde do servidor, que lhe diminua a eficiência par a a função.

Art. 98. O processo de readaptação, baseado no arti go

anterior, será iniciado mediante laudo firmado por junta médica oficial do Município de Pinhais, após análise pela comissão de readaptação.

Art. 99. O processo de readaptação não acarretará

redução de vencimentos e vantagens legais quando ef etivamente percebidas.

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Art. 100. Quando as limitações referidas nestes art igos tornarem o servidor, absolutamente incapaz para o s erviço público, ele será aposentado, após laudo de perícia médica.

CAPÍTULO XIII

DA REINTEGRAÇÃO

Art. 101. Reintegração é a reinvestidura do servido r

estável no cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua exoneraç ão por decisão administrativa ou judicial.

§ 1º Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servi dor

será imediatamente lotado em cargo compatível, a cr itério da Administração, respeitadas as exigências e habilida des específicas do cargo de origem.

§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual

ocupante será aproveitado, a critério da administra ção, em cargo compatível ou exercerá suas atribuições como excede nte até a ocorrência de vaga, sem direito a qualquer indeniza ção.

CAPÍTULO XIV

DA RECONDUÇÃO

Art. 102. Recondução é o retorno do servidor estáve l ao

cargo anteriormente ocupado e decorrerá da inabilit ação em estágio probatório relativo ao novo cargo.

Parágrafo Único. Encontrando-se provido o cargo de

origem, o servidor será aproveitado, a critério da Administração em cargo compatível, ou exercerá suas atribuições como excedentes até a ocorrência de vaga.

CAPITULO XV

DO APROVEITAMENTO, DA DISPONIBILIDADE E DA CESSÃO

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Art. 103. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade ou em cessão far-se-á mediante apro veitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos c ompatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 104. O departamento responsável pela área de

pessoal determinará o imediato aproveitamento do se rvidor em disponibilidade ou em cessão à vaga que vier a ocor rer nas unidades da Administração Pública, nos termos de regulamento próprio.

Art. 105. O servidor poderá ser disponibilizado med iante

requisição para outro órgão ou entidade dos Poderes da União, do Estado, ou dos Municípios, para o exercício de carg o em comissão, sendo que o ônus da remuneração caberá ao órgão req uisitante.

Art. 106. O servidor poderá ser cedido mediante

requisição para outro órgão ou entidade dos Poderes da União, do Estado, ou dos Municípios, quando houver disposição legal especifica.

CAPÍTULO XVI

DA VACÂNCIA

Art. 107. Vacância é o tempo durante o qual um carg o

permanece sem provimento. Art. 108. A vacância de cargo público decorrerá de: I - exoneração; II - demissão; III - aposentadoria; IV - posse em outro cargo inacumulável; V - falecimento; Art. 109. Exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pe dido

do servidor, ou: I - quando não satisfeitas as condições do estágio

probatório;

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II - quando, tendo tomado posse, não entrar em exercício de suas funções no prazo estabelecido;

III - por abandono do cargo. IV - pela acumulação ilegal de cargos. Art. 110. A exoneração de cargo em comissão dar-se- á: I - a juízo da autoridade competente; II - a pedido do próprio servidor.

CAPÍTULO XVII

DO MAGISTÉRIO

Art. 111. O quadro de pessoal do magistério será re gido

pelas disposições contidas nesta Lei, nos casos em que não contrariar a Lei Municipal nº 306/98, de 02 de julh o de 1998, ou por outra norma que a substituir.

TÍTULO II

DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I

DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 112. Vencimento é a retribuição pecuniária pel o

exercício de cargo público, com valor fixado em Lei , nunca inferior a um salário mínimo.

Art. 113. Remuneração é o vencimento do cargo,

acrescido das vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias, estabelecidas em Lei.

Art. 114. Provento é a retribuição pecuniária paga ao

servidor aposentado. Art. 115. Pensão é a retribuição pecuniária paga ao

pensionista.

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Art. 116. Nenhum servidor poderá perceber,

mensalmente, a título de remuneração, importância s uperior à soma dos valores percebidos como subsídios a qualquer tí tulo, pelo chefe do Executivo, observado o teto máximo determinado p ela Constituição Federal.

Art. 117. O servidor perderá: I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço,

sem justificativa, acrescido de um dia do descanso semanal remunerado e havendo feriado perderá este dia també m.

II - a parcela da remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a 15 (quinze) minutos mensais.

CAPÍTULO II

DAS VANTAGENS

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 118. Além do vencimento e da remuneração, pode rão

ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - diárias; II - gratificações e adicionais; III - auxílio-transporte; § 1º As gratificações e os adicionais somente se

incorporarão ao vencimento ou provento nos casos ex pressamente indicados em Lei.

§ 2º O Município fornecerá auxílio-transporte, de acordo com o fixado pela legislação Federal ou Esta dual.

§ 3º O Município poderá fornecer auxílio-alimentação, auxílio-refeição e outros benefícios d e acordo com regulamentação específica, obedecendo sempre os lim ites orçamentários específicos.

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SEÇÃO II DAS DIÁRIAS

Art. 119. O servidor que, a serviço, se afastar do Município em caráter eventual ou transitório, fará jus às passagens e diárias para cobrir as despesas de pousada, aliment ação e locomoção que não poderá ser própria.

Art. 120. O servidor que receber diárias e não se a fastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a resti tuí-las integralmente, no prazo de 48 (quarenta e oito) hor as, sob pena de sanções disciplinares e desconto integral no vencim ento ou remuneração, do valor corrigido da importância rece bida.

Parágrafo Único. Na hipótese do servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu af astamento, deverá restituir as diárias recebidas em excesso, e m igual prazo.

Art. 121. As diárias de alimentação, pousada e locomoção serão pagas antecipadamente ao afastament o do servidor para fora da sede, devendo prestar contas na forma prevista em regulamentação própria.

SEÇÃO III DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

Art. 122. Além dos vencimentos e das vantagens previstas nesta Lei, serão concedidos aos servidore s as seguintes gratificações e adicionais:

I- função de chefia; II- gratificação por desempenho de função

especial; III- gratificação por enquadramento; IV- adicional por tempo de serviço; V- adicional pela prestação de serviço

extraordinário; VI- adicional noturno; VII- adicional de férias; VIII- produtividade fiscal; IX- Adicional de insalubridade.

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SUBSEÇÃO I

DA FUNÇÃO DE CHEFIA

Art. 123. A Função de chefia é vantagem acessória à

remuneração do servidor, sendo atribuída pelo exerc ício de encargos de chefia, cujo desempenho não justifique a criação de cargo em comissão, para uma jornada de 40 (quarenta) horas s emanais, sendo submetido ao regime integral de dedicação e exclusi vidade ao serviço.

§ 1º Desde que existam recursos orçamentários, dentro do s

limites exigidos pelas Leis específicas, o Poder Ex ecutivo poderá criar as Funções de chefia, na proporção de dois por gerência ou por departamento.

§ 1º Desde que existam recursos orçamentários,

dentro dos limites exigidos pelas Leis específicas, o Poder Executivo poderá criar as Funções de chefia, na proporção de um à nível de gerência, um à nível de seção e um à nível de núcle o, nominando em regulamentação própria a respectiva Gerência, Seção e Núcleo.” (NR Lei 685/04)

§ 2º Os valores das Funções de chefia deverão

observar o limite de até 30% (trinta por cento) do maior valor previsto na tabela dos cargos comissionados. (Ver § 2º do Art. 2º da Lei 801/07)

Art. 124. O recebimento da Função de chefia não se

incorpora aos vencimentos do servidor, sendo consid erado vantagem acessória.

Art. 125. O recebimento da Função de chefia exclui o direito do servidor receber as gratificações e ou a dicionais, exceto os previstos nos incisos III, IV e VII do artigo 122 d esta Lei.

Parágrafo Único. Fica vetado o pagamento de horas

extraordinárias aos detentores da Função de chefia. Art. 126. O Chefe do Poder Executivo Municipal é a

autoridade competente para regulamentar, classifica r, graduar e pontuar o valor das Funções de chefia, com base, en tre outros, nos

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princípios da hierarquia funcional, analogia das fu nções, importância, necessidade e complexidade das respectivas atribuiç ões e determinar os valores de cada Função de chefia, res peitando os limites previstos no parágrafo 2º do artigo 123.

Art. 127. Deverá obrigatoriamente haver correlação direta

e fundamental entre as atribuições do cargo efetivo e as atribuições da Função de chefia.

Parágrafo Único. No ato administrativo de designação deverá

obrigatoriamente constar as atribuições da Função d e chefia, atendendo ao contido no “caput” deste artigo.

Parágrafo Único. Na criação das Gerências, Seções e

Núcleos, deverá obrigatoriamente constar as descriç ões das atividades de competência.” (NR Lei 685/04)

Art. 128. Sob pena de responsabilidade direta da

autoridade que der causa, o ato de provimento dever á obedecer as seguintes indicações:

I - existência de vaga; II - impacto financeiro, na forma prevista na Lei

Complementar nº 101/00; III - no caso de acumulação de cargo, a verificação

da legalidade do ato, na forma do Artigo 37, XVI da Constituição Federal;

IV - a verificação da direta correlação das ativida des a serem desenvolvidas com as atribuições do cargo d e provimento inicial, na forma do Artigo 37, Inciso II da Consti tuição Federal.

SUBSEÇÃO II

DA GRATIFICAÇÃO POR DESEMPENHO DE FUNÇÃO ESPECIAL

Art. 129. A Gratificação por desempenho de função

especial é a retribuição financeira fixada em valor , de natureza transitória e acessória, para os servidores municip ais que exerçam atividades relevantes para a Administração Pública.

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Art. 130. A Gratificação por desempenho de função especial po derá ser instituída, observados os critérios previstos nesta Lei, em esp ecial neste artigo, sendo que a classificação, a regulamentação, a graduação e a pontuação, serão definida em regulame nto próprio, respeitando -se os limites previstos na Lei

Complementar 101/00. . (Revogada pela Lei 940/09)

§ 1º Para concessão da gratificação, prevista no “Caput” deste artigo deverá ser levado em consideração a re sponsabilidade e especificidade da função.

§ 1º A concessão da gratificação, prevista no “Caput” de ste artigo, poderá ser concedida

levando em consideração a responsabilidade e especi ficidade da função, que constará de regulamentação própria . (NR Lei 685/04)

§ 2º A Gratificação por Desempenho de f unção especial será

concedida para o efetivo exercício das seguintes at ividades: (NR Lei 685/04)

I - Coordenação de Projetos; II - Presidente e Membros da Comissão de Licitação; III - Presiden te e Membros de Comissão de Sindicância e

Processo Administrativo Disciplinar; IV - (VETADO); V - Fiscal de Contrato de caráter não esporádico . (NR. Lei nº

625/2004). V - Fiscal de Contrato. VI - orientador de unidades de saúde (NR. Lei nº 625/2004). VII - orientador de unidades administrativas ; (NR. Lei nº

625/2004).VIII - responsabilidade técnica; (NR. Lei nº 625/2004). IX - médicos plantonistas; (NR. Lei nº 625/2004). X - auditor de saúde; (NR. Lei nº 625/2004). XI - produção operacional; (NR. Lei nº 625/2004). XII - apoio operacional; (NR. Lei nº 625/2004). XIII - o numero de servidores com gratificação por

desempenho de função especial, por Secretaria, Coor denadoria e Procuradoria Geral, não poderá ser superior a 30% (trinta por cento ) do número de servidores ali lotados, para uma jornada de 40 (quarenta) hora s semanais. (NR. Lei nº 625/2004).

§ 2º O limite de servidores com gratificação por desempenho de função especial, será de até 30% (tri nta por cento) do número de servidores lotados em cada Órgão, para uma jornada de 40 (quarenta) horas semanais.” (NR Lei 685/04)

§ 2º O limite de servidores com gratificação por desempe nho de função especial, será

de até 30% (trinta por cento) do número de servidor es efetivos lotados no Executivo Municipal, para um a jornada de 40 (quarenta) horas semanais. (NR. Lei nº 724/05.)

§ 3º Será concedida gratificação de desempenho por funçã o especial aos condutores de veículos pesados , ambulâncias, transporte escolar, máquinas e equipamentos no percentual de até 20% (v inte por cento) sobre o

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salário base do servidor levando -se em consideração o desempenho, a eficiência, a produtividade e o zelo pelos veículos e equipamentos.

§ 3º Será concedida gratificação de desempenho por função es pecial aos condutores de

veículos pesados, ambulâncias, transporte escolar, máquinas e equipamentos no percentual de até 10% (dez por cento) do maior valor previsto na tabela dos cargos comiss ionados, Símb olo DAS I, levando -se em consideração o desempenho, a eficiência, a produtiv idade e o zelo pelos veículos e equipamentos. (NR. Lei nº 724/05.) (Revogada pela Lei 940/09)

Art. 131. O recebimento da gratificação por desempe nho de função especial não se incorpora aos vencimentos do servidor, sendo considerado vantagem acessória.

Art. 132. O recebimento da gratificação por desempe nho

de função especial exclui o direito do servidor rec eber as gratificações e ou adicionais, exceto os previstos nos incisos III, IV e VII do artigo 122 desta Lei.

Parágrafo Único. Fica vetado o pagamento de horas

extraordinárias aos detentores da gratificação por desempenho de função especial, exceto aos condutores de veículos, máquinas e equipamentos.

Art. 133. O Chefe do Poder Executivo Municipal é a

autoridade competente para regulamentar e graduar a s Gratificações por desempenho de função especial, com base, entre outros, nos princípios da hierarquia funcional, analogia das fu nções, importância, necessidade e complexidade das respectivas atribuiç ões, bem como atribuir os valores de cada Gratificação, respeitan do os limites previstos no artigo 136 parágrafo único desta Lei.

Art. 134. Deverá obrigatoriamente haver correlação direta e f undamental entre as

atribuições do cargo efetivo e as atribuições da gr atificação por desempenho. (Revogada pela Lei 940/09) Parágrafo Único. No ato administrativo de designação deverá obrigato riamente

constar as atribuições da Gratificação por desempen ho de função especial, atenden do ao contido no “caput” deste artigo. (Revogada pela Lei 940/09)

Art. 135. Sob pena de responsabilidade direta da autoridade qu e der causa, o ato de

provimento deverá obe decer as seguintes indicações: (Revogada pela Lei 940/09) I - existência de vaga; II - impacto financeiro, na forma prevista na Lei Comple mentar nº 101/00; III - no caso de acumu lação de cargo, a verificação da legalidade do ato, na

forma do Artigo 37, XVI da Constituição Federal; IV - a verificação da direta correlação das atividades a serem desenvolvidas

com as atribuições do cargo de provimento inicial; V - a avaliação de desem penho. (Revogada pela Lei 940/09)

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Art. 136. Desde que haja recurso orçamentário dentro dos limi tes exigidos pelas

Leis específicas, o Poder Executivo poderá criar as G rati ficações por desempenho, observados todos os critérios e limites previsto nesta Lei e nesta subs eção. (Revogada pela Lei 940/09)

Parágrafo Único. O valor da Gratificação por dese mpenho de

função especial não poderá ser superior ao do venci mento base, limitado a 30% (trinta por cento) do maior valor previsto na tabel a dos cargos comissionados.

Parágrafo Único. O valor da gratificação por desempenho de

função especial não poderá se r superior ao do vencimento base, limitado a 20% (vinte por cento) do maior valor previsto na tabela de cargos comissionados. (NR. Lei nº 625/2004).

Parágrafo Único. Os valores das Gratificações por desempenho de funç ões

especiais deverão observar o limite de até 30% (tr inta por cento) do maior valor previsto na tabela d os cargos comissionados, Símbolo DAS I. (NR. Lei nº 724/05.) (Revogada pela Lei 940/09)

SUBSEÇÃO III

GRATIFICAÇÃO POR ENQUADRAMENTO

Art. 137. A Gratificação por Enquadramento é a

vantagem do servidor percebida pelo enquadramento n a Lei do Plano de Carreira.

§ 1º O enquadramento se dará na forma e nos prazos estabelecidos na Lei do Plano de Carreira e levarão em conta a submissão à Concurso Público, a investidura origina l, a escolaridade, a habilitação, o aperfeiçoamento profissional e o t empo de serviço, não sendo considerada vantagem acessória.

§ 2º O valor total da gratificação por enquadrament o

deverá se limitar ao máximo de 50% do vencimento ba se, do servidor.

SUBSEÇÃO IV

DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 138. Por qüinqüênio de efetivo exercício no se rviço

público municipal, atendidos os requisitos previsto s na Lei do Plano de Carreira, será concedido ao servidor um adiciona l por tempo de serviço correspondente a 5% (cinco por cento) do ve ncimento de seu cargo efetivo, até o limite de 07 (sete) qüinqüênio s.

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§ 1º O adicional é devido a partir do dia imediato

àquele em que o servidor completar o tempo de servi ço exigido, não sendo considerada vantagem acessória.

§ 2º O servidor municipal que for aprovado em novo

Concurso Público terá assegurado o direito à percep ção do adicional por tempo de serviço, computando-se o percentual já percebido.

SUBSEÇÃO V

DO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Art. 139. O serviço extraordinário será remunerado com

acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à hora normal do trabalho.

Art. 140. Somente será permitido serviço extraordin ário

para atender a situações excepcionais e temporárias , respeitando o limite máximo de 02 (duas) horas diárias e com auto rização prévia e expressa do Chefe do Executivo.

SUBSEÇÃO VI

DO ADICIONAL NOTURNO E ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E

PERICULOSIDADE

Art. 141. O serviço noturno, prestado em horário compreen dido entre 22

(vinte e duas) horas de um dia e 05 (cinco) horas d o dia seguinte, terá o valor/hora acrescido de mais 25% (vinte e cinco por cento) a título de adic ional noturno.

Art. 141 O servidor fará jus ao recebimento de adi cional

noturno se prestar serviços das 22 (vinte e duas) h oras de um dia as 05 (cinco) horas do dia seguinte, e de adicional de insalubridade ou de periculosidade se desempenhar funções considerad as insalubres ou periculosas, na forma estabelecida através de La udo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho e regulamentada at ravés de ato próprio do chefe do executivo. (NR Lei 812/07)

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I - o adicional noturno será no percentual de 25% (vinte e cinco por cento) calculado sobre o valor/h ora; (AC Lei 812/07)

II - o adicional de insalubridade será no percentu al de 10%, 20% ou 40% sobre o salário mínimo regional ; (AC Lei 812/07)

III - o adicional de periculosidade será no percentual de 30% (trinta) por cento sobre o vencim ento base; (AC Lei 812/07)

Art. 141 A. Será atribuído adiciona l de insalubridade e periculosidade ao

servidor que desempenhar funções consideradas insal ubres e perigosas no percentual de 10%, 20% e 30% para os graus: mínimo, médio e máximo de insalubridade sobre o seu vencimento base, conforme, legislação pertinente. (Revogada Lei 812/07)

SUBSEÇÃO VII

DO ADICIONAL DE FÉRIAS

Art. 142. Independente de solicitação, será pago ao

servidor, por ocasião das férias, o adicional corre spondente a 1/3 (um terço) da remuneração de acordo com o disposto no A rtigo 7º, Inciso XVII, da Constituição Federal, com base nos período s previstos no artigo 168 desta Lei.

§ 1º O servidor ocupante de cargo em comissão,

chefia ou função de chefia, perceberá o adicional d e férias calculado sobre todas as vantagens inerentes ao seu cargo ou função.

§ 2º Na hipótese de ter variado a remuneração do

servidor por destituição do exercício de cargo em c omissão, função de chefia ou de gratificação por desempenho, no dec orrer do ano, o adicional de férias será calculado sobre a média da remuneração percebida, dentro do período aquisitivo.

SUBSEÇÃO VIII

DA PRODUTIVIDADE FISCAL

Art. 143. A gratificação de Produtividade fiscal se rá

devida nos termos, condições e limites fixados pela s Leis Municipais nº 254, de 1º de dezembro de 1997 e nº 311, de 29 d e setembro de 1998, ou outra norma que a substituir. (Alterado Lei 798/07)

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SEÇÃO IV

DO DÉCIMO TERCEIRO VENCIMENTO

Art. 144. Será pago, anualmente, aos servidores, dé cimo

terceiro vencimento com base na remuneração integra l, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício .

Art. 145. O décimo terceiro vencimento deverá ser p ago

integralmente até o dia 20 (vinte) de dezembro de c ada ano. Parágrafo Único. Poderá haver antecipação de 50%

(cinqüenta por cento) do décimo terceiro vencimento , a partir do mês de junho de cada ano, a critério da Administração.

Art. 146. A base de cálculo para o pagamento do déc imo

terceiro vencimento será a remuneração do mês de de zembro. § 1º Na hipótese de ter variado a remuneração do

servidor por destituição do exercício de cargo em c omissão, função de chefia ou da gratificação por desempenho, no dec orrer do ano, o décimo terceiro vencimento será calculado sobre a m édia anual da remuneração percebida.

§ 2º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias

será considerada como mês integral. § 3º Ao servidor inativo e ao pensionista será

concedido décimo terceiro vencimento com base no va lor dos proventos ou da pensão.

CAPÍTULO III

DAS LICENÇAS

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 147. Conceder-se-á ao servidor licença:

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I - por motivo de doença em pessoa da família; II - para o serviço militar; III - para atividade política; IV - para tratar de interesses particulares; V - para desempenho de mandato classista; VI - para capacitação; VII - para tratamento de saúde; VIII - à gestante, à adotante e paternidade; IX - por acidente em serviço; § 1º O servidor não poderá permanecer em licença

da mesma espécie por período superior a 24 (vinte e quatro) meses, exceto para as licenças previstas nos incisos III e V.

§ 2º O prazo para o servidor retornar ao efetivo

exercício do seu cargo será de 03 (três) dias, cont ados a partir do término da licença.

§ 3º A licença concedida dentro de 60 (sessenta)

dias do término de outra da mesma espécie será cons iderada como prorrogação.

SUBSEÇÃO I

DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLI A

Art. 148. Poderá ser concedida licença ao servidor, por

motivo de doença do cônjuge ou companheiro(a) ou de parente ascendente e descendente, mediante comprovação por junta médica oficial do Município.

§ 1º A licença somente será deferida se a

assistência direta pelo servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através do setor competente da Prefeitu ra.

§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da

remuneração do cargo efetivo, até 30 (trinta) dias, mediante parecer da perícia médica e excedendo esses prazos, sem rem uneração.

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§ 3º A licença prevista neste artigo só poderá ser

concedida se não houver prejuízo para o serviço púb lico.

SUBSEÇÃO II

DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR

Art. 149. Ao servidor convocado para o serviço mili tar

será concedida licença sem vencimentos, mediante do cumento oficial.

SUBSEÇÃO III

DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA

Art. 150. Após o registro de sua candidatura a carg o

eletivo o servidor fará jus à licença, sem prejuízo de sua remuneração do cargo efetivo, não sendo considerado qualquer ou tra vantagem exceto o adicional por tempo de serviço e gratifica ção por transposição, devendo comunicar por escrito o seu a fastamento à autoridade competente.

Parágrafo Único. O disposto no “caput” deste artigo

não se aplica aos ocupantes de cargo em comissão, d e livre nomeação e exoneração, devendo ocorrer o seu imedia to desligamento do quadro funcional, logo após o regis tro de sua candidatura a cargo eletivo.

Art. 151. Ao servidor municipal investido em mandat o

eletivo aplicam-se as disposições previstas na Cons tituição Federal e Lei Orgânica Municipal.

SUBSEÇÃO IV

DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

Art. 152. A critério da Administração poderá ser

concedida ao servidor estável licença para tratar d e assuntos particulares, pelo prazo de até 02 (dois) anos cons ecutivos, sem remuneração.

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§ 1º A licença poderá ser interrompida a qualquer

tempo a requerimento do servidor ou ex-offício pelo Chefe do Executivo.

§ 2º Não se concederá nova licença antes de

decorridos 05 (cinco) anos do término da anterior. Art. 153. Ao servidor ocupante de cargo em comissão

não se concederá a licença de que trata o artigo an terior.

SUBSEÇÃO V

DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA

Art. 154. É assegurado ao servidor o direito à lice nça

para o desempenho de mandato em Confederação, Feder ação, Associação de Classe, de âmbito nacional, Sindicato , Órgão Representativo da Categoria ou Entidade Fiscalizado ra da Profissão.

§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores

eleitos para cargos de direção ou representação nas referidas entidades.

§ 2º A licença terá duração igual à do mandato,

podendo ser prorrogado no caso de reeleição. § 3º O servidor estável ocupante de cargo em

comissão ou função de chefia deverá se desligar do cargo ou função, antes de ser empossado no mandato de que trata este artigo.

§ 4º O servidor poderá perceber a sua remuneração

do cargo efetivo, se a atividade desenvolvida, na f orma prevista no “caput” não for remunerada.

SUBSEÇÃO VI

DA LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO

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Art. 155. Após cada qüinqüênio ininterrupto de exer cício, o servidor efetivo fará jus até 03 (três) meses de licença para capacitação com a remuneração do cargo efetivo, con forme o disposto na Lei do Plano de Carreira dos Servidores e demais normas regulamentares.

§ 1º É facultado ao servidor fracionar a licença de

que trata este artigo em vários períodos. § 2º O Chefe do Poder Executivo Municipal pode

suspender, temporariamente, a concessão da licença para capacitação, em detrimento de necessidades e priori dades de interesse público e para atendimento dos limites c om despesas de pessoal, na forma determinada na Lei Complementar n º 101/00.

Art. 156. Não se concederá licença para capacitação ao

servidor que no período aquisitivo: I - sofrer penalidade disciplinar de suspensão; II - afastar-se do cargo em virtude de: a) licença por motivo de doença em pessoa da

família superior a 30 (trinta) dias e terão estes d ias descontados da licença para capacitação;

b) licença para tratar de interesses particulares; c) condenação à pena privativa de liberdade por

sentença definitiva; d) desempenho de mandato classista; e) licença para atividade política. § 1º As faltas ao serviço injustificadas retardarão a

concessão da licença prevista no “caput” deste arti go, na proporção de 01 (um) mês para cada falta.

§ 2º As faltas justificadas decorrente da licença à

gestante, à adotante e paternidade, para tratamento de saúde e por acidente em serviço, interromperá a contagem do tem po para a licença para capacitação, reiniciando-se a contagem do tempo após o retorno.

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Art. 157. A quantidade de servidores em gozo simult âneo de licença para capacitação não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação na respectiva unidade administrativa do órgão.

Parágrafo Único. A licença somente poderá ser

concedida se a capacitação estiver contida no Plano Anual de Capacitação – P.A.C. ou comprovado o interesse da A dministração Pública na capacitação, respeitadas as atividades d o cargo efetivo do servidor.

SUBSEÇÃO VII

DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 158. Será concedido ao servidor licença para

tratamento de saúde a pedido ou ex-offício, com bas e em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus .

Parágrafo Único. Se a licença prevista no “caput” f or

superior a 30 (trinta) dias, o servidor não poderá perceber o valor correspondente ao cargo comissionado, função de che fia ou gratificação por desempenho.

Art. 159. Para licença de até 30 (trinta) dias, a i nspeção

será feita por médico indicado pela Administração e , por prazo superior, pela junta médica oficial do Município, c omposta no mínimo, de 03 (três) médicos.

§ 1º Sempre que necessária, a inspeção médica será

realizada na residência do servidor ou no estabelec imento hospitalar onde se encontrar internado.

§ 2º Na impossibilidade do deslocamento da junta

médica até onde se encontra o servidor, será aceito atestado passado por médico particular, que deverá ser homologado pe la junta médica oficial do Município.

Art. 160. Findo o prazo da licença, o servidor será

submetido à nova inspeção médica, que concluirá pel o retorno ao

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serviço, pela prorrogação da licença, pela readapta ção ou aposentadoria.

Art. 161. No processamento das licenças para tratam ento

de saúde será observado o sigilo sobre laudos e ate stados médicos, em consonância com o que estabelece o Código de Éti ca Médica.

SUBSEÇÃO VIII

DA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E PATERNIDADE

Art. 162. Será concedida licença à servidora gestan te,

por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prej uízo da remuneração.

§ 1º A licença poderá ter início no 1º (primeiro) d ia

do 9º (nono) mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.

§ 2º No caso de nascimento prematuro a licença terá

início a partir do parto. § 3º No caso de natimorto, a servidora terá direito a

30 (trinta) dias de repouso remunerado. § 4º No caso de aborto não criminoso, atestado por

médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trin ta) dias de repouso remunerado.

Art. 163. Pelo nascimento de filho, o servidor terá direito

à licença paternidade de 07 (sete) dias consecutivo s. Art. 164. Para amamentar o próprio filho até a idad e de 06

(seis) meses, a servidora terá direito a: I - 01 (uma) hora por dia, no caso de servidoras

com jornada semanal de 30 (trinta) e 40 (quarenta) horas e para professoras com dois padrões, com o fracionamento e m períodos de meia hora cada;

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II - 30 (trinta) minutos por dia, no caso de servid ora com jornada semanal de 20 (vinte) horas.

Parágrafo Único. Os intervalos para a amamentação

não poderão ser acumulados ou substituídos por dias corridos. Art. 165. À servidora que adotar ou obtiver guarda

judicial de criança de até 01 (um) ano de idade ser ão concedidos 120 (cento e vinte) dias de licença remunerada, para aj ustamento do adotado ao novo lar.

Parágrafo Único. No caso de adoção ou guarda judici al de criança com mais de 01 (um) ano de idade, o praz o de que trata este artigo será de 45 (quarenta e cinco) dias.

SUBSEÇÃO IX

DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO

Art. 166. Será licenciado, com o vencimento efetivo ,

acrescido do adicional por tempo de serviço e grati ficação por transposição, o servidor acidentado em serviço.

§ 1º Os efeitos deste artigo terão validade pelo pr azo máximo de até 02 (dois) anos.

§ 2º Decorrido o prazo fixado no parágrafo anterior e

comprovada a incapacidade do servidor para a função , este será reaproveitado em funções afins ou aposentado por in validez, conforme regulamento próprio.

Art. 167. Configura acidente em serviço o dano físi co ou

mental sofrido pelo servidor e que se relacione de forma imediata com as atribuições do cargo exercido.

Parágrafo Único. Equipara-se ao acidente em serviço o

dano decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor, no exercício do cargo.

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CAPÍTULO IV

DAS FÉRIAS

Art. 168. Somente após 365 (trezentos e sessenta e

cinco) dias de efetivo exercício o servidor fará ju s ao direito a fruição das férias, na seguinte proporção:

I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver

faltado ao serviço mais de 05 (cinco) vezes injusti ficadamente; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos quando houv er

tido de 06 (seis) a 14 (quatorze) faltas injustific adas; III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tid o

de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas injustifi cadas; IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de

24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas inj ustificadas; V - acima de 32 (trinta e duas) faltas injustificad as o

servidor perderá o direito à fruição e ao adicional de férias naquele período.

§ 1º. Não terá direito a férias o servidor que no curso

do período aquisitivo, permanecer em licença médica com percepção de remuneração por mais de 06 (seis) meses, consecu tivos ou não.

§ 2º Ocorrendo a situação prevista no parágrafo

primeiro deste artigo o servidor iniciará novo perí odo aquisitivo a partir da data de retorno ao serviço.

Art. 169. As férias podem ser acumuladas até o máxi mo

de dois períodos, no caso de necessidade do serviço , ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

Art. 170. Para o primeiro período aquisitivo de fér ias

serão exigidos 12 (doze) meses de efetivo exercício . Art. 171. É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço)

das férias em abono pecuniário, desde que requerido com antecedência, nos prazos determinados em regulament o próprio.

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Art. 172. A fruição das férias poderá ser parcelada s em até três etapas, desde que requeridas com antecedên cia pelo servidor e no interesse da Administração Pública, devendo se r informado ao Departamento responsável pela área de pessoal para o devido registro e controle funcional.

Parágrafo Único. Em caso de parcelamento, o servido r

receberá o valor do adicional previsto no Artigo 7º , Inciso XVII da Constituição Federal, quando do pedido do primeiro período.

Art. 173. Na hipótese de ter variado a remuneração do

servidor por destituição do exercício de cargo em c omissão, função de chefia ou de gratificação por desempenho, no dec orrer do ano, as férias serão calculadas sobre a média da remuneraçã o percebida.

Art. 174. O servidor exonerado do cargo efetivo ou em

comissão perceberá indenização relativa ao período de férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de efetivo exercício ou fração superior a 15 (q uinze) dias.

Art. 175. O Departamento responsável pela área de

pessoal deverá publicar mensalmente o nome dos serv idores em fruição de férias, com o período correspondente de fruição.

CAPÍTULO V

DAS CONCESSÕES

Art. 176. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor

ausentar-se do serviço: I - por 01 (um) dia, a cada 12 (doze) meses de

trabalho, para doação de sangue; II - por 07 (sete) dias consecutivos, em razão de

casamento; III - por 05 (cinco) dias consecutivos, em razão de

falecimento do cônjuge, companheiro(a), pais, madra sta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela;

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IV - nos dias em que estiver comprovadamente realizando prova de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior;

V - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.

Art. 177. O servidor estável poderá se ausentar do

trabalho para estudo, desde que devidamente autoriz ado pela autoridade competente, devendo a capacitação obriga toriamente estar diretamente relacionado ao cargo de proviment o inicial e ser do interesse do Município ou estar previsto no Plano A nual de Capacitação - P.A.C.

Parágrafo Único. O período de ausência será descont ado de sua licença para capacitação.

CAPÍTULO VI

DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 178. É assegurado ao servidor: I - direito de requerer ou representar; II - direito de pedir reconsideração de ato ou

decisão proferida em primeiro despacho conclusivo. Art. 179. Para exercício dos direitos assegurados n o

artigo anterior, observar-se-á: I - o requerimento ou representação deverá ser

dirigido à autoridade competente para o devido enca minhamento; II - o pedido de reconsideração deverá ser dirigido

à autoridade que haja expedido o ato ou proferido a primeira decisão e não poderá ser renovado.

Art. 180. A decisão final do requerimento ou

representação deve ser dada no prazo máximo de 60 ( sessenta) dias e o pedido de reconsideração de 30 (trinta) dias, a mbos os prazos contados da data de recebimento das petições.

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Parágrafo Único. Proferida a decisão, a mesma dever á ser devidamente publicada.

Art. 181. Caberá recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; II - das decisões sobre os recursos

sucessivamente interpostos. § 1º O recurso deverá ser dirigido à autoridade

imediatamente superior à que tiver expedido o ato o u proferido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, ob servados os prazos e condições estabelecidos nesta Lei.

§ 2º O recurso deverá ser encaminhado via

Protocolo Geral. § 3º O pedido de reconsideração e o recurso não

têm efeito suspensivo, no que for provido retroagir á seus efeitos à data do ato impugnado.

Art. 182. O direito de requerer prescreve: I - em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de

demissão e da cassação de aposentadoria ou que afet em interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

II - em 60 (sessenta) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em Lei.

§ 1º O prazo de prescrição será contado da data da

publicação do ato impugnado ou da data da ciência p elo interessado. § 2º São improrrogáveis os prazos estabelecidos

neste Capítulo. Art. 183. Para o exercício do direito de petição é

assegurado vista do processo ou documento, na repar tição, ao servidor ou o procurador legalmente por ele constit uído.

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TÍTULO III

DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I

DOS DEVERES

Art. 184. São deveres do servidor: I - ser assíduo; II - ser pontual; III - exercer com zelo e dedicação as atribuições d o

cargo; IV - observar as normas legais e regulamentares; V - cumprir as ordens superiores, exceto quando

manifestamente ilegais; VI - atender com presteza, assegurando as

responsabilidades de sua repartição: a) ao público em geral, prestando as informações

requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa

de direito ou esclarecimento de situações de intere sse pessoal; c) às requisições para a defesa da Fazenda

Pública. VII - levar ao conhecimento da autoridade superior

as irregularidades de que tiver ciência, em razão d o cargo ou função; VIII - zelar pela economia de material e pela

conservação do patrimônio público; IX - manter conduta compatível com a moralidade

administrativa; X - ter discrição; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra a ilegalidade ou abuso de

poder; XIII - ser eficiente; XIV - ter lealdade e respeito às instituições

constitucionais e administrativas a que servir;

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XV - guardar sigilo sobre a documentação e os assuntos de natureza reservada de que tenha conheci mento, em razão do cargo, função ou repartição;

XVI - apresentar-se decentemente trajado em serviço ou com uniforme que for destinado para cada caso;

XVII - proceder na vida pública e privada de forma a dignificar sempre a função pública;

XVIII - submeter-se à inspeção médica que for determinada pela autoridade competente;

XIX - freqüentar cursos previstos no PAC; XX - comparecer à repartição às horas de trabalho

ordinário e às de extraordinário, quando convocado, executando os serviços que lhe competirem.

XXI - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder, devendo ser encaminhada pela via hi erárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

CAPÍTULO II

DO APERFEIÇOAMENTO E DA ESPECIALIZAÇÃO

Art. 185. É dever iminente do servidor diligenciar para o

seu constante aperfeiçoamento profissional e cultur al. Art. 186. O servidor tem por dever freqüentar, salv o

motivos relevantes que o impeçam, cursos de capacit ação, para o qual seja expressamente designado ou convocado.

Art. 187. Para que o servidor possa ampliar sua

capacidade profissional, o Município promoverá curs os de aperfeiçoamento e capacitação referente ao serviço público.

Art. 188. O Município manterá em caráter permanente , no

orçamento de cada exercício, dotação suficiente des tinada a garantir a consecução dos objetivos para capacitação.

Art. 189. Os diplomas, os certificados de

aperfeiçoamento de capacitação e os atestados de fr eqüência

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fornecidos pelo órgão responsável pela administraçã o de cursos e bolsa de estudos, servirão para as promoções na for ma prevista em lei própria.

SEÇÃO I

DAS PROIBIÇÕES

Art. 190. Ao servidor é proibido: I - Exercer cumulativamente dois ou mais cargos

ou funções públicas, salvo as exceções permitidas n a Constituição Federal;

II - Referir-se de modo depreciativo em informação, parecer ou despacho, às autoridades e atos de Admin istração Pública Municipal, Federal ou Estadual, podendo, porém, em trabalho assinado, criticá-lo do ponto de vista doutrinário;

III - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

IV - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da reparti ção;

V - recusar fé a documentos públicos; VI - opor resistência injustificada ao andamento de

documento e processo ou execução de serviço; VII - cometer à pessoa estranha, ao serviço do

Município, salvo nos casos previstos em lei, o dese mpenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de s eu subordinado;

VIII - valer-se do cargo para lograr proveito pesso al ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

IX - atuar como procurador ou intermediário junto às repartições públicas ou instituições privadas;

X - receber propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, em razão do cargo ou função;

XI - praticar usuras sob qualquer de suas formas; XII - proceder de forma desidiosa; XIII - exercer quaisquer atividades externa ou inte ra

que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e dentro do horário de trabalho junto à Administração Pública;

XIV - retirar, modificar ou substituir, sem prévia autorização competente, qualquer documento do órgão municipal,

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com o fim de criar direito, obrigação ou de alterar a verdade dos fatos;

XV - promover manifestação de apreço ou desapreço e fazer circular ou subscrever lista de donativos, no recinto de serviço;

XVI - coagir ou aliciar subordinados com o objetivo de natureza partidária, como associação profissiona l, sindical ou política;

XVII - participar de gerência ou administração de empresa privada que mantenha qualquer vinculo com o Municipio, sociedade civil ou entidades em que o Município det enha, direta ou indiretamente, participação do capital social, send o-lhe vedado exercer o comércio, exceto na qualidade de acionist a, cotista ou comanditário;

a) ser contratante ou concessionária de serviço público municipal;

b) ser fornecedor de equipamentos ou material de qualquer natureza ou espécie, a qualquer órgão muni cipal;

XVIII - revelar fato ou informação de natureza sigi losa de que tenha ciência, em razão do cargo ou função, salvo quando se tratar de depoimento em processo judicial, policial ou administrativo;

XIX - censurar pela imprensa ou por qualquer outro órgão de divulgação pública as autoridades constitu ídas, podendo porém, fazê-lo em trabalhos assinados, apreciando a tos dessas autoridades sob o ponto de vista doutrinário, com â nimo construtivo;

XX - entreter-se nos locais e horas de trabalho, em atividades estranhas ao serviço;

XXI - deixar de comparecer ao trabalho sem causa justificada;

XXII - empregar materiais, bens e recursos humanos do Município em serviço particular, ou, sem autoriz ação superior, retirar objetos dos órgãos municipais;

XXIII - incitar greves; XXIV - exercer comércio entre os colegas de trabalh o; XXV - valer-se de suas qualidades de servidor para

melhor desempenhar atividades estranhas às suas fun ções ou para lograr para si ou para outrem qualquer proveito, di reta ou indiretamente;

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XXVI - manter sob sua chefia imediata ou mediante cargo comissionado ou função de chefia, cônjuge, co mpanheiro (a) ou parente até o segundo grau civil;

XXVII - cometer a outro servidor atribuições estra nhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergênc ia e caráter transitório;

XXVIII - recusar a atualizar seus dados cadastrais e funcionais quando solicitado.

SEÇÃO II

DA ACUMULAÇÃO

Art. 191. Ressalvados os casos previstos na

Constituição Federativa do Brasil, é vedada a acumu lação remunerada de cargos públicos.

§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos,

empregos e funções em Autarquias, Fundações e Empre sas Públicas, Sociedade de Economia Mista da União, do Distrito F ederal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica

condicionada à comprovação da compatibilidade de ho rários. § 3º Considera-se também acumulação proibida a

percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos de inatividade, salvo quando o cargo de q ue decorra essa remuneração for acumulável na atividade.

Art. 192. O servidor não poderá exercer mais de um

cargo em comissão, função de chefia ou perceber gra tificação por desempenho, salvo os casos previstos no artigo 62 § 3º desta Lei.

Parágrafo Único. As disposições deste artigo não se

aplicam aos casos de acumulação não remunerada, de cargos em comissão, desde que haja compatibilidade de horário e local.

Art. 193. O servidor vinculado ao regime desta Lei

acumulando licitamente dois cargos de carreira, qua ndo investido em

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cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos.

SEÇÃO III

DAS RESPONSABILIDADES

Art. 194. Pelo exercício irregular de suas atribuiç ões, o

servidor responde civil, penal e administrativament e. Art. 195. A responsabilidade civil decorre de

procedimento doloso ou culposo, que importe em prej uízo da Fazenda Municipal ou de terceiros.

§ 1º A indenização do prejuízo ao Município no que

exceder os limites da fiança, poderá ser liquidada mediante desconto em prestações mensais não excedentes da quinta part e do vencimento ou remuneração, na falta de outros bens que respondem pela indenização.

§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros,

responderá o servidor perante a Fazenda Municipal e m ação regressiva proposta depois de transitar em julgado a decisão da ultima instância quando houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudicado.

Art. 196. A responsabilidade penal abrange os crime s e

contravenções imputadas ao servidor nessa qualidade . Art. 197. A responsabilidade administrativa resulta de

atos praticados ou omissões ocorridas no desempenho do cargo ou função.

Art. 198. As cominações civis, penais e disciplinar es

poderão se cumular, sendo uma e outra independentes entre si.

SEÇÃO IV

DAS PENALIDADES

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Art. 199. São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - multa; IV - destituição de função; V - exoneração; VI - exoneração do cargo comissionado; VII - demissão; VIII - cassação de aposentadoria. Art. 200. Na aplicação das penalidades serão

consideradas a natureza e a gravidade da infração c ometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funciona is.

Art. 201. A advertência será aplicada por escrito, nos

casos de violação às normas previstas nesta Lei e d e inobservância do dever funcional previsto em Lei, regulamento ou norma interna, que não justifiquem imposição de penalidade mais gr ave.

Art. 202. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e d e violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujei ta à penalidade de demissão, não podendo exceder a 90 (noventa) dias.

Parágrafo Único. Quando houver conveniência para o

serviço público, a penalidade de suspensão poderá s er convertida em multa na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia do vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanec er em serviço.

Art. 203. A penalidade de destituição de função ser á

aplicada em caso do não cumprimento das normas prev istas nesta Lei e nas demais normas pertinentes.

Art. 204. A penalidade de exoneração será aplicada aos

servidores que não obtiveram aprovação no estágio p robatório, após o devido processo legal.

Art. 205. A exoneração do cargo em comissão ou a

demissão será aplicada nos casos de:

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I - crime contra a Administração Pública; II - abandono de cargo; III - incontinência pública e escandalosa, vício de

jogos proibidos e embriaguez habitual; IV - insubordinação grave em serviço; V - aplicação irregular dos valores públicos; VI - revelação de segredos que detenha

conhecimento em razão do cargo ou função. VII - corrupção ativa e passiva, nos termos da Lei

Penal; VIII - transgressão de qualquer proibição prevista

nesta Lei, quando de natureza grave e realizada de má fé comprovadamente;

IX - pelo exercício de atividade interna ou externa estranha ao órgão público, no horário do expediente da Administração Pública;

X - inassiduidade habitual; XI - improbidade administrativa; XII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a

particular, salvo em legítima defesa ou defesa just ificada de outrem; XIII- lesão aos cofres públicos e dilapidação do

patrimônio municipal; XIV- acumulação ilegal de cargos, empregos ou

funções públicas; XV - nos demais casos expressos neste Estatuto; XVI - por determinação do Chefe do Executivo. § 1º Considera-se abandono de cargo a ausência ao

serviço, sem causa, por 30 (trinta) dias consecutiv os. § 2º Será ainda demitido o servidor que, durante o

período de 12 (doze) meses, faltar ao serviço 60 (s essenta) dias interpoladamente, sem causa justificada.

§ 3º Entender-se-á por ausência ao serviço, com

causa justa não somente aquela autorizada na forma da legislação vigente, como a que assim for considerada após a de vida comprovação em inquérito administrativo, caso em qu e as faltas serão justificadas apenas para fins disciplinares.

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§ 4º O servidor suspenso perderá todas as

vantagens decorrentes do exercício do cargo. Art. 206. O ato de demissão ou exoneração deverá

mencionar o dispositivo legal em que se enquadrou. Art. 207. Será punido o servidor que se recusar à

inspeção médica ou a seguir tratamento adequado, co m a pena de suspensão, no primeiro caso, e com o cancelamento d a licença, no segundo.

Parágrafo Único. A suspensão ou o cancelamento

cessa desde que seja efetuada a inspeção ou iniciad o o tratamento. Art. 208. As penalidades de advertência e de suspen são

terão seus registros cancelados após o decurso de 0 6 (seis) meses e 02 (dois) anos de efetivo exercício, respectivament e, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Art. 209. O servidor que deixar de atender sem caus a

justificada, a qualquer exigência necessária para o serviço público, cujo cumprimento seja marcado prazo certo, terá sus penso o pagamento de seu vencimento ou remuneração, até que satisfaça essa exigência.

Art. 210. Deverão constar no assentamento individua l todas as penas impostas ao servidor, inclusive as d ecorrentes da falta de comparecimento às sessões do júri para o q ual for convocado.

Art. 211. Será cassada a aposentadoria se ficar pro vado

que o inativo: I - praticou falta grave no exercício do cargo ou

função; II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública; III - praticou usura em qualquer de suas formas. Art. 212. A exoneração ou a destituição de cargo em

comissão por infringência ao Artigo 205, incisos II , III, IV, VI, VIII, IX, X,

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XII e XIV, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público, no Município, pelo prazo mínimo de 0 5 (cinco) anos.

Parágrafo Único. Não poderá retornar ao serviço

público municipal o servidor que for demitido ou de stituído de cargo em comissão por infringência do Artigo 205 incisos I, V, VII, XI, XIII.

Art. 213. As penalidades disciplinares serão aplica das: I - pelo Chefe do Poder Executivo Municipal e

Poder Legislativo, no âmbito de cada poder quando s e tratar de demissão, exoneração ou cassação de aposentadoria;

II - pelos Secretários Municipais ou autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferio r ao Chefe do Executivo Municipal, quando se tratar de suspensão;

III - pelos diretores ou autoridades administrativa s de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencio nadas no inciso anterior, nos casos de advertência.

Art. 214. A ação disciplinar prescreverá: I - em 05 (cinco) anos, quanto às infrações

puníveis com demissão, exoneração, cassação de apos entadoria e destituição de cargo em comissão;

II - em 02 (dois) anos quanto à suspensão; III - em 180 (cento oitenta) dias, quanto à

advertência. § 1º O prazo de prescrição começa a correr a partir

da data em que o fato se tornou público. § 2º Os prazos de prescrição previstos na Lei penal

aplicam-se às infrações disciplinares capituladas t ambém como crime.

§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de

processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

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§ 4º Interrompido o curso da prescrição, esse recomeçará a correr pelo prazo restante, a partir d o dia em que cessar a interrupção.

CAPÍTULO III

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 215. O servidor que tiver ciência de irregula ridade

no serviço público ou de faltas funcionais, é obrig ado, sob pena de se tornar co-responsável, a comunicar de imediato a su a chefia.

Art. 216. A suspensão preventiva do exercício do ca rgo

ou função até trinta dias será ordenado pela Chefia imediata, desde que o afastamento do servidor seja necessário, para que este não venha interferir na apuração da falta.

§ 1º A suspensão preventiva é medida acautelatória e não constitui pena.

§ 2º Somente os Secretários, Coordenadores e

Procurador Geral são competentes para prorrogar o p razo de suspensão preventiva já ordenado, o qual não excede rá 90 (noventa) dias, incluídos nestes o prazo inicial, findo o pra zo da suspensão preventiva, cessarão os respectivos efeitos, ainda que o processo administrativo correspondente não esteja concluído.

Art. 217. O servidor terá direito: I - à contagem de tempo de serviço público

relativo ao período em que tenha estado suspenso, q uando do processo não houver resultado pena disciplinar ou e sta se limitar à advertência ou repreensão;

II - à contagem do período de afastamento que exceder do prazo de suspensão disciplinar efetivame nte aplicada;

III - à contagem do período de suspensão preventiva e ao pagamento do vencimento ou remunera ção e de

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todas as vantagens do exercício, desde que reconhec ida a sua inocência.

Art. 218. As denúncias sobre irregularidades deverã o

sempre ser objeto de apuração, desde que a descriçã o dos fatos permitam sua identificação.

SEÇÃO II

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 219. São competentes para determinar a instaur ação

do processo administrativo disciplinar os Secretári os, Procurador Geral e Coordenadores Municipais.

Parágrafo Único. O processo precederá a aplicação d as

penas de advertência, suspensão, até 90 (noventa) d ias, destituição de função, demissão, exoneração, cassação de aposen tadoria e de disponibilidade.

Art. 220. Promoverá o processo uma comissão

designada pela autoridade competente que houver det erminado a sua instauração e composta de três servidores municipai s, sendo necessário no mínimo dois servidores estáveis de hi erarquia igual ou superior ao do sindicado.

§ 1º Do ato de designação constará a indicação do

membro da comissão que deverá presidí-la. § 2º O presidente da comissão designará o membro

que deve secretariá-lo. § 3º A comissão, sempre que necessário, dedicará

todo o tempo do expediente aos trabalhos do process o, ficando seus membros, em tal caso, dispensados do serviço na rep artição durante o curso das diligências e a elaboração do relatório .

Art. 221. O processo administrativo disciplinar dev erá

ser iniciado dentro do prazo de oito dias, contados da designação dos membros da comissão e deverá estar concluído no prazo de 90 (noventa) dias, a contar do dia imediato da publica ção, no órgão

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oficial do ato de designação da comissão, prorrogáv el sucessivamente, por períodos de 30 (trinta) dias no s casos de força maior, a juízo do Chefe do Executivo, até o máximo de cento e cinqüenta dias.

Parágrafo Único. A observância desses prazos não

acarretará nulidade do processo, importando porém, em responsabilidade administrativa dos membros da comi ssão.

Art. 222. A comissão procederá a todas as diligênci as

necessárias, recorrendo, inclusive a técnicos e per itos. Parágrafo Único. As unidades administrativas

atenderão com a máxima presteza às solicitações da comissão, devendo comunicar prontamente a impossibilidade de atendimento em caso de força maior.

Art. 223. Ao lavrar o termo de ultimação da instruç ão, a

comissão, caso reconheça a existência do ilícito ad ministrativo, indicará os nomes do indiciado ou indiciados, e as disposições legais que entender transgredidas.

Art. 224. Após a lavratura do termo da instauração será

feita a citação do indiciado ou indiciados no prazo de 3 (três) dias, para apresentação de defesa no prazo de 10 (dez) di as, facultada vista do processo ao indiciado durante todo o prazo, na d ependência onde funcione a respectiva comissão.

§ 1º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será

comum e de 20 (vinte) dias. § 2º Achando-se o indiciado em lugar incerto, será

citado por edital com publicação no órgão oficial c om prazo de quinze dias.

§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo

dobro, para diligências julgadas imprescindíveis. Art. 225. No caso de revelia, será designado ex-off ício,

pelo presidente da comissão, para se incumbir da de fesa do acusado,

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um servidor efetivo de escolaridade e hierarquia ig ual ou superior ao mesmo.

Art. 226. Ultimada a defesa a comissão remeterá o

processo, através das instâncias competentes, à aut oridade que solicitou a instauração do processo, devidamente ac ompanhado de relatório que aduzirá toda a matéria de fato para f ins de conclusão pela inocência ou responsabilidade do acusado.

Parágrafo Único. A comissão indicará as disposições

legais que entender transgredidas, sugerirá a pena que julgar cabível ou quaisquer outras providências que lhe pareçam de interesse do serviço público a fim de facilitar o julgamento do processo, sem que a autoridade julgadora fique obrigada ou vinculada a tais sugestões.

Art. 227. Apresentado o relatório, a comissão ficar á à

disposição da autoridade que houver mandado instaur ar o processo, para prestação de qualquer esclarecimento julgado n ecessário, dissolvendo-se dez dias após a data em que for prof erido o julgamento.

Art. 228. Recebido o processo a autoridade responsá vel

proferirá o seu julgamento no prazo de 20 (vinte) d ias, desde que a pena aplicável se enquadre entre aquelas de sua com petência.

Parágrafo Único. Verificada que a imposição de pena é

incumbência do Chefe do Poder Executivo, o processo ser-lhe-á submetido no prazo de 8 (oito) dias, para que o jul gue nos 20 (vinte) dias seguintes ao seu recebimento.

Art. 229. A autoridade encarregada de julgar o

processo, se considerar que os fatos não foram apur ados devidamente, designará nova comissão de inquérito.

Art. 230. Durante o curso do processo será permiti da a

intervenção do indiciado ou de seu defensor. Parágrafo Único. Quando a intervenção for requerida

após o relatório, o seu deferimento se fará a juízo do Secretário responsável pela área administrativa, quando forem apresentados

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elementos ou provas capazes de alterar o pronunciam ento da comissão.

Art. 231. Caso o processo não seja julgado no prazo

anteriormente citado, o indiciado reassumirá, autom aticamente, o exercício de seu cargo ou função, e aguardará em ex ercício o julgamento que não poderá ultrapassar 60 (sessenta) dias sob pena de prescrição do processo.

Art. 232. Quando o servidor for afastado do exercíc io por

alcance ou malversação de dinheiros públicos, esse afastamento se prolongará até a decisão final do processo administ rativo.

Art. 233. O servidor só poderá ser exonerado a pedi do

após a conclusão do processo administrativo a que r esponder, do qual não resultar a pena de demissão.

Art. 234. Configurado o abandono de cargo ou função , a

comissão do processo administrativo iniciará os seu s trabalhos fazendo publicar, no órgão oficial, editais de cham ada do acusado, pelo prazo de dez dias.

Parágrafo Único. Findo o prazo fixado neste artigo e

não tendo sido feita a prova da existência de força maior ou de coação ilegal, o diretor da área de pessoal proporá a expedição do decreto de demissão.

Art. 235. As decisões proferidas em processos

administrativos serão publicadas no órgão oficial, no prazo máximo de oito dias.

Art. 236. Ao servidor que praticar crime na esfera

administrativa, será instaurado processo disciplina r pela autoridade competente, a qual providenciará para que se instau re simultaneamente o inquérito policial.

CAPÍTULO IV

DA SINDICÂNCIA

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Art. 237. A sindicância será instaurada por ordem d o chefe da repartição a que estiver subordinado o ser vidor.

Art. 238. Promoverá a sindicância uma comissão

designada pela autoridade competente que a determin ou e será composta de no mínimo três servidores municipais, s endo necessário no mínimo dois servidores estáveis de hi erarquia igual ou superior ao do sindicado.

§ 1º Ao designar a comissão, a autoridade indicará,

dentre seus membros, o presidente. § 2º O presidente da comissão designará o membro

que deve secretariá-lo. Art. 239. A comissão, sempre que necessária, dedica rá

todo o tempo do expediente aos trabalhos da sindicâ ncia, ficando seus membros, em tal caso, dispensados do serviço n a repartição, durante o curso das diligências e a elaboração do r elatório.

Art. 240. A sindicância administrativa deverá ser i niciada

dentro do prazo de oito dias, contados da designaçã o dos membros da comissão e concluída no prazo de trinta dias, pr orrogáveis por igual período, a contar da data de seu início.

Art. 241. A comissão deverá ouvir as pessoas que

tenham conhecimento ou que possam prestar esclareci mentos a respeito do fato e proceder a todas as diligências que julgar convenientes à sua elucidação.

Art. 242. Ultimada a sindicância, a comissão remete rá à

autoridade que a instaurou, relatório que configure o fato, indicando: I - se é irregular ou não; e II - caso seja, quais os dispositivos violados e se

há presunção de autoria; III - os motivos de defesa do(s) envolvido(s). Art. 243. Decorrido o prazo anteriormente mencionad o,

sem que seja apresentado relatório, a autoridade co mpetente deverá promover a responsabilidade dos membros da comissão .

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Art. 244. Da sindicância poderá resultar: I - arquivamento do processo; II - instauração de processo disciplinar.

CAPÍTULO V

DA REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 245. A qualquer tempo, respeitado o período de

prescrição, pode ser requerida a revisão do process o administrativo e do processo de sindicância de que haja resultado pe na disciplinar, quando forem fatos circunstanciais suscetíveis de j ustificar a inocência do servidor punido.

Parágrafo Único. Tratando-se de servidor falecido,

desaparecido ou incapacitado de requerer, a revisão poderá ser solicitada por qualquer pessoa.

Art. 246. Não constitui fundamento para a revisão a

simples alegação de injustiça de penalidade. Art. 247. A revisão processar-se-á em pleno ao proc esso

originário. Art. 248. O requerimento devidamente instruído será

encaminhado ao chefe do Poder Executivo, que decidi rá sobre o pedido.

Parágrafo Único. Deferida a revisão, o chefe do Po der

Executivo despachará o requerimento ao Departamento responsável pela área de pessoal, para a designação de comissão composta de três servidores estáveis, de categoria igual ou sup erior à do acusado, indicando o presidente para processar a revisão.

Art. 249. É impedido de participar na revisão quem

compôs a comissão do processo administrativo.

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§ 1º Se o acusado pretender apresentar prova testemunhal deverá arrolar os nomes no requerimento de revisão.

§ 2º Na inicial, o requerente pedirá dia e hora par a a

inquirição das testemunhas que arrolar. § 3º Será considerada informante a testemunha que,

residindo fora da sede onde funciona a comissão, pr estar depoimento por escrito.

Art. 250. Concluído o encargo da comissão, no prazo não

excedente a sessenta dias, será o processo encaminh ado com o respectivo relatório, ao chefe do Poder Executivo, para julgamento.

Parágrafo Único. O prazo para julgamento será de 30

(trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual per íodo o prazo se a autoridade competente determinar diligência.

Art. 251. Julgada procedente a revisão, será de ime diato

tornada sem efeito a penalidade imposta, restabelec endo-se todos os direitos por ela atingidos.

TÍTULO IV

DA PREVIDÊNCIA DO SERVIDOR

CAPÍTULO I

Art. 252. O Município manterá Regime Próprio de

Previdência Social para os servidores e seus depend entes, plano de benefícios e custeios, que são disciplinados por Le i Municipal específica.

Art. 253. O tempo de contribuição e demais critério s para

efeito de concessão de aposentadoria e pensão serão estabelecidos em legislação municipal específica.

Art. 254. Será concedido salário família ao servido r

público de acordo com as normas estabelecidas pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS.

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DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 255. O servidor que já adquiriu direito a lice nça

prevista no artigo 75 da Lei Municipal 370/99, pode rá, a critério da Administração Pública convertê-la em pecúnia.

§ 1º A indenização da licença prevista no caput

deverá tomar como base o vencimento do cargo efetiv o, acrescido do adicional por tempo de serviço e da gratificação po r transposição.

§ 2º Para a conversão em pecúnia, deverá ser

analisada a disponibilidade financeira da Administr ação Pública, seguindo os limites fixados em regulamento próprio.

Art. 256. A Associação dos Servidores Públicos do

Município de Pinhais, entidade de Direito Privado, com sede no Município, poderá ser reconhecida como órgão oficia l de representação da classe.

Art. 257. O dia 28 de outubro será consagrado ao

Servidor Público. Parágrafo Único. O “Dia do Servidor Público” deverá

ser assinalado com solenidades que propiciem a conf raternização do funcionalismo.

Art. 258. No mês de março de cada ano será assegura do aos servidores revisão geral anual, sem distinção d e índices, na forma prevista do artigo 37, inciso X, da Constitui ção Federal.

Art. 259. É vetado ao servidor trabalhar sob ordens do cônjuge ou parente até o segundo grau.

Art. 260. O Chefe do Poder Executivo, em regulamentação própria, poderá estabelecer sistema de rodízio para o exercício de funções de Chefia a fim de que tais ex ercícios na mesma função não ultrapassem o prazo de três anos.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei613-03_Estatuto dos Servidores publicos do Munic ipio de Pinhais I - 67 -

Art. 261. O Poder Executivo expedirá os atos complementares necessários à plena execução das dis posições da presente lei no prazo máximo de 90 dias.

Parágrafo Único. Até que sejam expedidos os atos de

que trata este artigo, continuará em vigor a regula mentação existente, excluídas as disposições que conflitem com as da pr esente lei, que a modifiquem ou, de qualquer forma, impeçam o seu int egral cumprimento.

Art. 262. Os prazos previstos nesta lei e na sua

regulamentação serão contados por dias corridos. Parágrafo Único. Não se computará no prazo o dia

inicial, prorrogando-se o vencimento que incidir em domingo ou feriado, para o primeiro dia útil seguinte.

Art. 263. Os servidores públicos no exercício das s uas atribuições não estão sujeitos à ação penal por ofe nsa irrogada em informações, pareceres ou quaisquer outros escritos de natureza administrativa, que, para este fim, são equiparadas às alegações produzidas em juízo.

Parágrafo Único. Ao chefe imediato do servidor cabe mandar riscar a requerimento do interessado as pala vras julgadas ofensivas.

Art. 264. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação revogando a Lei 370/99.

Art. 265. Todas as remissões em outros diplomas legislativos às leis referidas no artigo antecedent e consideram-se feitas as disposições correspondentes desta Lei.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS, 03 de dezembro

de 2003. LUIZ CASSIANO DE CASTRO FERNANDES

Prefeito Municipal

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei613-03_Estatuto dos Servidores publicos do Munic ipio de Pinhais I - 68 -

Publicado no Agora Paraná Nº 1319 de 04/12/03.

Alterada pela Lei 625/04. Alterada pela Lei 685/04. Alterada pela Lei 724/05. Alterada pela Lei 798/07. Alterada pela Lei 812/07. Alterada pela Lei 940/09. Alterada pela Lei 967/09.