prefeitura municipal de pinhais - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do...

54
PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS ESTADO DO PARANÁ Lei1236-11_Código de Obras - 1 - LEI Nº 1236, DE 30 DE SETEMBRO DE 2011. Dispõe sobre as normas que regulam a elaboração e aprovação de projetos, o licenciamento, a execução, manutenção e conservação de obras no Município de Pinhais e dá outras providências. A CÂMARA MUNICIPAL DE PINHAIS, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art.1º Esta Lei, denominada Código de Obras do Município de Pinhais, estabelece normas para a elaboração de projetos e execução de obras e instalações, em seus aspectos técnicos, estruturais e funcionais. Parágrafo único. Todos os projetos de obras e instalações deverão estar de acordo com esta Lei e demais legislações pertinentes. Art. 2º As obras realizadas no Município, identificadas como construção, reconstrução, reforma, ampliação ou demolição, de iniciativa pública ou privada, somente poderão ser executadas após concessão do alvará de construção pelo órgão municipal competente, mediante a assunção de responsabilidade por profissional legalmente habilitado. §1º Estarão isentas de apresentação de projeto as habitações unifamilares de interesse social com até 70,00m² (setenta metros quadrados), térreas, sendo uma unidade por lote cujo o proprietário não possua outro imóvel no Município, construídas sob o regime de mutirão ou autoconstrução e não pertencentes a nenhum programa habitacional. §2º As habitações de que tratam o parágrafo anterior deverão apresentar croqui de implantação. §3º As obras a serem realizadas em construções integrantes do patrimônio histórico municipal, estadual ou federal, deverão atender as normas próprias estabelecidas pelo órgão de proteção competente. Art. 3º Todos os logradouros públicos e edificações, exceto aquelas destinadas à habitação de caráter unifamiliar, deverão ser projetados de modo a permitir o acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de necessidades especiais, obedecendo as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT. Art.4º Para obras e instalações capazes de causar impactos ao meio ambiente, será exigida licença de instalação dos órgãos ambientais competentes, quando da aprovação do projeto, de acordo com o disposto na legislação pertinente. Parágrafo único. Consideram-se impactos as interferências negativas nas condições de qualidade das águas superficiais e subterrâneas, do solo, do ar, da acústica nas edificações e de uso do espaço urbano.

Upload: trinhminh

Post on 19-Dec-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 1 -

LEI Nº 1236, DE 30 DE SETEMBRO DE 2011.

Dispõe sobre as normas que regulam a elaboração e aprovação de projetos, o licenciamento, a execução, manutenção e conservação de obras no Município de Pinhais e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE PINHAIS, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art.1º Esta Lei, denominada Código de Obras do Município de Pinhais, estabelece normas para a elaboração de projetos e execução de obras e instalações, em seus aspectos técnicos, estruturais e funcionais.

Parágrafo único. Todos os projetos de obras e instalações deverão estar de acordo com esta Lei e demais legislações pertinentes.

Art. 2º As obras realizadas no Município, identificadas como construção, reconstrução, reforma, ampliação ou demolição, de iniciativa pública ou privada, somente poderão ser executadas após concessão do alvará de construção pelo órgão municipal competente, mediante a assunção de responsabilidade por profissional legalmente habilitado.

§1º Estarão isentas de apresentação de projeto as habitações unifamilares de interesse social com até 70,00m² (setenta metros quadrados), térreas, sendo uma unidade por lote cujo o proprietário não possua outro imóvel no Município, construídas sob o regime de mutirão ou autoconstrução e não pertencentes a nenhum programa habitacional.

§2º As habitações de que tratam o parágrafo anterior deverão apresentar croqui de implantação.

§3º As obras a serem realizadas em construções integrantes do patrimônio histórico municipal, estadual ou federal, deverão atender as normas próprias estabelecidas pelo órgão de proteção competente.

Art. 3º Todos os logradouros públicos e edificações, exceto aquelas destinadas à habitação de caráter unifamiliar, deverão ser projetados de modo a permitir o acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de necessidades especiais, obedecendo as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Art.4º Para obras e instalações capazes de causar impactos ao meio ambiente, será exigida licença de instalação dos órgãos ambientais competentes, quando da aprovação do projeto, de acordo com o disposto na legislação pertinente.

Parágrafo único. Consideram-se impactos as interferências negativas nas condições de qualidade das águas superficiais e subterrâneas, do solo, do ar, da acústica nas edificações e de uso do espaço urbano.

Page 2: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 2 -

SEÇÃO I Das Definições

Art.5º Para efeito de aplicação da presente Lei são adotadas as seguintes definições:

I - alinhamento predial: linha divisória entre o lote e a via; II - alvará de construção: documento expedido pelo órgão municipal

competente responsável por autorizar a execução de obras sujeitas à sua fiscalização;

III - ampliação: alteração para tornar maior a edificação; IV - andaime: estrutura provisória destinada a sustentar trabalhadores e

materiais durante a execução de obras; V - ante-sala: compartimento que antecede uma sala ou sala de espera; VI - área computável: área a ser considerada no cálculo do coeficiente de

aproveitamento do terreno; VII - área não computável: área não considerada no cálculo do coeficiente

de aproveitamento do terreno; VIII - área construída: área edificada correspondente a projeção horizontal

de cada pavimento; IX - área útil: superfície utilizável de uma edificação, excluídas as paredes; X - ático: compartimento situado entre o telhado e a última laje de uma

edificação, ocupando área igual ou inferior a 1/3 (um terço) do piso do último pavimento;

XI - átrio: pátio interno de acesso a uma edificação; XII - balanço: avanço da edificação acima do pavimento térreo sobre os

alinhamentos ou recuos; XIII - baldrame: viga de concreto ou madeira sobre fundações ou pilares

para apoiar o piso; XIV - brise: conjunto de chapas instalado na fachada; XV - caixa de escada: espaço ocupado por uma escada, desde o pavimento

inferior até o último pavimento; XVI - certificado de vistoria de conclusão de obra: documento expedido pelo

órgão municipal competente que certifica a conclusão da obra; XVII - certificado de vistoria de conclusão de demolição: documento

expedido pelo órgão municipal competente que certifica a demolição da edificação; XVIII - círculo inscrito: é o círculo mínimo traçado dentro de um

compartimento; XIX - compartimento: cada uma das divisões de uma edificação; XX - condomínio: divisão de terreno em unidades autônomas destinadas à

edificação, com base em frações ideais, admitida a abertura de vias internas de domínio privado;

XXI - corrimão: apoio para a mão ao longo das escadas e rampas; XXII - croqui: esboço de um projeto; XXIII - declividade: relação percentual entre a diferença das cotas

altimétricas de dois pontos e a sua distância horizontal; XXIV - demolição: desmanchar qualquer construção; XXV - escala: relação entre as dimensões do desenho e a do que ele

representa;

Page 3: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 3 -

XXVI - estacionamento: espaço destinado à parada de veículos, constituído pelas áreas de vagas e circulação;

XXVII - fachada: elevação das paredes externas de uma edificação; XXVIII - fração ideal: parte indivisível das áreas comuns acrescidas das

frações privativas correspondente à unidade autônoma de cada condômino; XXIX - fração privativa: área da superfície limitada pela linha que contorna as

divisas da unidade autônoma de uso exclusivo do condômino; XXX - fundação: parte da construção destinada a distribuir as cargas sobre

os terrenos; XXXI - guarda-corpo: elemento construtivo de proteção contra quedas; XXXII - kit: compartimento de apoio aos serviços de copa nas edificações

comerciais; XXXIII - ladrão: tubo de descarga para escoamento automático do excesso

de água; XXXIV - lavatório: peça sanitária para lavagem das mãos; XXXV - lindeiro: cujos limites são contíguos; XXXVI - logradouro público: área de domínio público destinado a via, praças

ou jardim; XXXVII - lote: parcela de terra delimitada, resultante de loteamento ou

desmembramento, inscrita no Registro de Imóveis, com pelo menos uma divisa lindeira à via, servida de infraestrutura básica, cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pela Lei Municipal de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo;

XXXVIII - marquise: cobertura em balanço; XXXIX - meio-fio: linha de concreto ou similar que separa a calçada da pista

de rolamento; XL - mezanino: piso com área até 50% (cinqüenta por cento) da área do

compartimento inferior, com acesso interno e exclusivo deste; XLI - nível do imóvel: nível médio no alinhamento predial; XLII - passeio: parte da calçada destinada à circulação exclusiva de

pedestres; XLIII - patamar: superfície intermediária entre dois lances de escada; XLIV - pavimento: conjunto de compartimentos de uma edificação situados

no mesmo nível, ou com uma diferença de nível não superior a 1,50m, até um pé-direito máximo de 6,00m;

XLV - pavimento térreo: pavimento cujo piso está compreendido até a cota 1,20m, em relação ao nível do meio fio;

XLVI - pé-direito: distância vertical entre o piso e o teto de um compartimento;

XLVII - porão: compartimento situado entre o solo e o piso do pavimento térreo, ocupando área igual ou inferior a 1/3 (um terço) do piso do pavimento térreo;

XLVIII - reconstrução: construir de novo, no mesmo lugar e na forma original, no todo ou em parte;

XLIX - recuo: distância entre o limite extremo da edificação e a divisa do lote; L - sacada: área em balanço, saliente da fachada da edificação, delimitado

por guarda-corpo; LI - sarjeta: escoadouro nas vias para as águas pluviais;

Page 4: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 4 -

LII - subsolo: pavimento semienterrado, não considerado para o número máximo de pavimentos, onde o piso do pavimento imediatamente superior (térreo) não fica acima da cota mais 1,20m (um metro e vinte centímetros) em relação ao nível médio do meio fio;

LIII - tapume: vedação provisória usada durante a obra; LIV - taxa de permeabilidade: percentual do terreno que deverá permanecer

permeável; LV - terraço: espaço descoberto sobre o edifício ou ao nível de um

pavimento; LVI - terreno: extensão de terra; LVII - testada: extensão da face do terreno voltado para a via; LVIII - uso comum: espaços externos ou internos disponibilizados para o uso

de um grupo específico de pessoas; LIX - uso misto: utilização de uma mesma edificação para diversos usos; LX - uso privativo: de utilização exclusiva; LXI - varanda: parte da edificação não em balanço, limitada por paredes

tendo ao menos uma face aberta para área externa; LXII - via: superfície que compreende a pista de rolamento, o acostamento

ou estacionamento, a calçada e, se houver, o canteiro central, a ciclovia ou a ciclofaixa;

LXIII - vistoria: verificação no local da obra quanto as suas condições; LXIV - viga: estrutura horizontal usada para a distribuição de carga aos

pilares.

CAPÍTULO II DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES

SEÇÃO I Do Município

Art. 6º Compete ao Município a aprovação do projeto arquitetônico, observando as disposições desta Lei, bem como os padrões urbanísticos definidos pela legislação municipal pertinente.

Art. 7º O órgão municipal competente licenciará e fiscalizará a execução e a utilização das edificações.

§1º Compete aos técnicos municipais fiscalizar a manutenção das condições de segurança e salubridade das obras e edificações.

§2º Os técnicos municipais responsáveis pela fiscalização terão acesso a todas as obras, bens e documentos que constituam objeto da presente Lei, mediante apresentação de identificação funcional, independentemente de qualquer outra formalidade.

Art. 8º A qualquer tempo, durante a execução da obra, o órgão municipal competente poderá exigir a apresentação das plantas, cálculos e demais documentos que julgar necessário.

SEÇÃO II Do Proprietário

Page 5: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 5 -

Art.9º O proprietário do imóvel ou seu sucessor a qualquer título, é responsável pela manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade da obra ou edificação, bem como pela observância das disposições desta Lei e demais legislações pertinentes.

Art.10. O proprietário responderá de forma administrativa, cível e penal pela veracidade dos documentos apresentados, sendo o Município isento de qualquer responsabilidade acerca da titularidade do imóvel.

SEÇÃO III Do Responsável Técnico

Art.11. O responsável técnico pela obra assume perante o Município e terceiros que seguirá o contido no projeto arquitetônico aprovado de acordo com esta Lei.

Parágrafo único. Deverá ser atendido o limite máximo de obras permitido por responsável técnico, de acordo com normativa do respectivo Conselho Profissional.

Art.12. Para efeito desta Lei somente profissionais devidamente inscritos e sem débitos municipais poderão atuar como responsável técnico no Município.

Parágrafo único. Somente poderão ser inscritos no cadastro municipal, os profissionais devidamente registrados no respectivo Conselho Profissional.

Art.13. Quando no decorrer da obra o profissional manifestar interesse em dar baixa da responsabilidade técnica assumida na aprovação do projeto, o mesmo deverá comunicar ao órgão municipal competente apresentando documento comprobatório emitido pelo respectivo Conselho Profissional.

§1º A contar da comunicação, o proprietário do imóvel deverá apresentar, no prazo de 7 (sete) dias, novo responsável técnico com respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de substituição, sob pena de embargo da obra.

§2º A alteração da responsabilidade técnica deverá ser anotada no alvará de construção.

Art.14. É obrigatória a afixação de placa profissional na obra atendendo o disposto em normativa do respectivo Conselho Profissional.

CAPÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES ADMINISTRATIVAS E TÉCNICAS

Art.15. O Município, mediante solicitação, fornecerá consulta prévia do imóvel para fins de construção.

Parágrafo único. A consulta prévia terá prazo de validade de 90 (noventa) dias a contar da expedição.

SEÇÃO I Do Alvará de Construção

Art.16. Após o fornecimento da consulta prévia para fins de construção, o interessado apresentará requerimento solicitando a aprovação do projeto arquitetônico e posterior expedição de alvará para construção, devidamente

Page 6: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 6 -

assinado pelo proprietário ou representante legal, acompanhado dos seguintes documentos:

I - consulta prévia para fins de construção; II - planta de situação e estatística na escala 1:500 ou 1:1000 conforme

modelo definido pelo órgão municipal competente; III - planta baixa de cada pavimento diferenciado, na escala 1:50, 1:75 ou

1:100, contendo:

a) área total do pavimento; b) as dimensões e áreas dos espaços internos e externos; c) dimensões dos vãos de iluminação, ventilação e passagem; d) a finalidade de cada compartimento; e) especificação dos materiais de revestimento utilizados; f) indicação das espessuras das paredes e dimensões externas totais da

edificação; g) traços indicativos dos cortes longitudinais e transversais;

IV - cortes transversais e longitudinais na mesma escala da planta baixa, com a indicação de:

a) pés direitos; b) altura das janelas e peitoris; c) níveis da edificação; d) perfis do telhado; e) indicação dos materiais de revestimento;

V - planta de cobertura, na escala 1:100 ou 1:200, com indicação de:

a) caimentos do telhado; b) inclinações do telhado; c) indicação dos materiais de revestimento; d) indicação do sistema de captação e condução de águas pluviais;

VI - planta de implantação, na escala 1:100 ou 1:200, contendo:

a) projeção da(s) edificação(ões) no imóvel, representando cursos d’água, nascentes, águas dormentes ou fundos de vale e outros elementos que subsidiem a decisão das autoridades municipais;

b) demarcação planialtimétrica do imóvel e quadra a que pertence; c) as dimensões das divisas do imóvel e os afastamentos da edificação em

relação às divisas; d) orientação do Norte; e) indicação do imóvel a ser construído, dos lotes confrontantes e da

distância do lote à esquina mais próxima; f) perfis longitudinal e transversal do terreno, tomando-se como referência de

nível – R.N. o nível do eixo da rua; g) solução de esgotamento sanitário; h) posição do meio fio e guia rebaixada, largura da calçada, postes, tirantes,

árvores na calçada e outros elementos que se façam necessários; i) localização das árvores existentes no imóvel; j) indicação dos acessos;

Page 7: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 7 -

k) indicação dos materiais de revestimentos do imóvel e suas áreas; l) quadros de áreas; VII - elevações voltadas para as vias públicas na mesma escala da planta

baixa; VIII - projetos adicionais, quando for necessário; IX - anuência ao projeto pelos órgãos federais, estaduais ou municipais,

quando necessário; X - Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do projeto arquitetônico e

da execução; XI - Registro de Imóveis atualizado, com data de emissão de no máximo 90

(noventa) dias da apresentação do requerimento.

§1º Nos casos de projetos para obras de grandes proporções, as escalas mencionadas poderão ser alteradas devendo, contudo, ser consultado previamente o órgão municipal competente.

§2º Todas as plantas relacionadas nos itens anteriores deverão ser apresentadas em 1 (uma) via, que será analisada pelo órgão municipal competente.

§3º Estando em condições de aprovação, o projeto arquitetônico será apresentado para conferência, em no mínimo 2 (duas) vias, para manifestação do órgão municipal competente, no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

§4º Aprovadas e devidamente assinadas pelos técnicos municipais, uma das vias será arquivada pelo órgão municipal competente e a outra entregue ao interessado, após o recolhimento das respectivas taxas.

§5º A concessão do alvará de construção para imóveis que apresentem área de preservação permanente será condicionada à apresentação da averbação da área junto ao Registro de Imóveis.

Art.17. Dependerão, obrigatoriamente, de alvará de construção as seguintes obras:

I - construção de novas edificações; II - habitações unifamilares de interesse social de que trata o § 1º do Artigo

2º; III - reformas que determinem acréscimo ou decréscimo na área construída

do imóvel ou que afetem os elementos construtivos e estruturais que interfiram na segurança, estabilidade e conforto das construções;

IV - implantação e utilização de estande de vendas de unidades autônomas de condomínio a ser erigido no próprio imóvel;

V - construção de muro frontal; VI - construção de muro lateral que exceda 2,00m (dois metros) de altura.

Parágrafo único. Para instalação de canteiro de obras situado em imóvel distinto daquele onde se desenvolva a obra deverá ser solicitado licença provisória.

Art.18. Estão isentas de alvará de construção as seguintes obras:

I - limpeza ou pintura interna e externa de edifícios, que não exija a instalação de tapumes, andaimes ou telas de proteção;

II - conserto das calçadas, respeitado o disposto no artigo 3° desta Lei;

Page 8: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 8 -

III - construção de muros divisórios laterais e de fundos com até 2,00m (dois metros) de altura;

IV - construção de abrigos provisórios para operários ou depósitos de materiais, no decurso de obras já licenciadas;

V - reformas que não determinem acréscimo ou decréscimo na área construída do imóvel, não contrariando os parâmetros estabelecidos pela legislação referente ao uso e ocupação do solo, e que não afetem os elementos construtivos e estruturais que interfiram na segurança, estabilidade e conforto das construções.

Art.19. Na aprovação do projeto arquitetônico será expedido alvará de construção, que terá prazo de validade de 2 (dois) anos, podendo ser renovado, pelo mesmo prazo e por uma única vez mediante solicitação do interessado, desde que a obra tenha sido iniciada.

§1º Decorrido o prazo definido no caput deste artigo sem que a obra tenha sido iniciada, considerar-se-á automaticamente sem efeito o alvará bem como a aprovação do projeto.

§2º Para efeitos deste artigo a obra será considerada iniciada quando os baldrames estiverem concluídos.

§3º Se o prazo de validade do alvará vencer durante a execução da obra, esta só poderá prosseguir se o proprietário ou o responsável técnico solicitar a prorrogação, com até 30 (trinta) dias de antecedência em relação ao prazo de vigência do alvará.

§4º O Município poderá conceder prazos superiores ao estabelecido no caput deste artigo, considerando as características da obra, desde que seja comprovada sua necessidade através de cronogramas avaliados pelo órgão municipal competente.

Art. 20. Em caso de paralisação da obra, o responsável deverá informar o órgão municipal competente.

§1º Para o caso descrito no caput deste artigo, mantém-se o prazo inicial de validade do alvará de construção.

§2º A renovação do alvará de construção poderá ser concedida, desde que a obra seja reiniciada pelo menos 30 (trinta) dias antes do término do prazo de vigência do alvará.

§3º A obra paralisada, cujo prazo do alvará de construção tenha expirado sem que esta tenha sido reiniciada, dependerá de nova aprovação de projeto arquitetônico.

Art.21. É vedada qualquer alteração dos parâmetros construtivos no projeto arquitetônico aprovado, sem o prévio consentimento do órgão municipal competente.

Parágrafo único. A execução da obra, com alvará ainda em vigor, que envolvam alterações nos parâmetros construtivos, somente poderá ser iniciada após a aprovação de novo projeto arquitetônico.

Art.22. Os documentos relativos a obra deverão ser mantidos no canteiro de obras, com fácil acesso à fiscalização do órgão municipal competente.

Page 9: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 9 -

SEÇÃO II Do Alvará de Demolição

Art.23. Após o fornecimento da consulta prévia para fins de construção, o interessado apresentará requerimento, assinado pelo proprietário ou representante legal, solicitando a demolição da edificação e respectivo alvará, acompanhado dos seguintes documentos:

I- consulta prévia para fins de construção; II- Anotação de Responsabilidade Técnica – ART de demolição; III- Registro de Imóveis atualizado, com data de emissão de no máximo 90

(noventa) dias da apresentação do requerimento.

Art.24. Independentemente da concessão do alvará de demolição a edificação que esteja ameaçada de desabamento, a juízo do órgão municipal competente, deverá ser demolida imediatamente após o recebimento da notificação pelo proprietário ou possuidor do imóvel e este recusando-se a fazê-la, será adotada pelo Município as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Parágrafo único. Em havendo o desabamento da edificação, o proprietário ou possuidor do imóvel responderá civil, penal e administrativamente pelos danos causados.

SEÇÃO III Do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra – CVCO

Art. 25. A obra será considerada concluída quando tiver condições de habitabilidade.

§1º Entende-se por condições de habitabilidade a edificação que: I - garantir segurança a seus usuários e à população indiretamente a ela

afetada; II - possuir todas as instalações previstas no projeto arquitetônico aprovado,

em perfeito funcionamento; III - garantir a seus usuários padrões mínimos de conforto térmico, luminoso,

acústico e de qualidade do ar, conforme o projeto arquitetônico aprovado; IV - atender às exigências do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do

Estado do Paraná; V - tiver garantida a solução de esgotamento sanitário prevista em projeto

arquitetônico aprovado; VI - não estiver em desacordo com as disposições desta Lei.

Art.26. Concluída a obra, o proprietário e o responsável técnico por meio de requerimento específico, assinado por ambos, solicitará ao órgão municipal competente o Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra - CVCO da edificação, apresentando os seguintes documentos:

I - projeto arquitetônico e estatística aprovados; II - cópia do Alvará de Construção; III - certidão negativa de débito do Imposto Predial e Territorial Urbano -

IPTU;

Page 10: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 10 -

IV - certidão negativa de débitos do Imposto Sobre Serviços - ISS do responsável técnico;

V - certidão negativa de débitos do Imposto Sobre Serviços - ISS da construção;

VI - cópia do RG e CPF do proprietário, do responsável técnico, autor do projeto e do requerente, caso não seja o proprietário;

VII - laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná, quando necessário;

VIII - laudo de regularização de ligação de esgoto fornecido pela empresa concessionária de serviço público;

IX - Registro de Imóveis atualizado, com data de emissão de no máximo 90 (noventa) dias da apresentação do requerimento, caso necessário.

Art.27. A vistoria deverá ser efetuada no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da data do requerimento e o Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra – CVCO será concedido ou recusado no prazo máximo de 15 (quinze) dias.

Parágrafo único. Constatado que a edificação está em desacordo com o projeto arquitetônico aprovado, o responsável técnico será notificado para regularizar o projeto, caso as alterações possam ser aprovadas, ou proceder as modificações necessárias para regularizar a obra.

Art.28. Será concedido o Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra - CVCO parcial de uma edificação nos seguintes casos:

I - edificação composta de parte comercial e parte residencial, utilizadas de forma independente;

II - edificações compostas por mais de uma unidade, condicionada a conclusão da infraestrutura.

SEÇÃO IV Do Certificado de Vistoria de Conclusão de Demolição - CVCD

Art.29. Concluída a demolição, o proprietário e o responsável técnico, por meio de requerimento específico assinado por ambos, solicitará ao órgão municipal competente o Certificado de Vistoria de Conclusão de Demolição - CVCD, apresentando cópia do Alvará de Demolição.

Parágrafo único. A edificação será considerada demolida quando, após a demolição, a área estiver totalmente livre de entulhos.

Art.30. A vistoria deverá ser efetuada no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da data do requerimento e o Certificado de Vistoria de Conclusão de Demolição – CVCD será concedido ou recusado no prazo máximo de 15 (quinze) dias.

SEÇÃO V Das Normas Técnicas de Apresentação do Projeto Arquitetônico

Art.31. O projeto arquitetônico somente será aceito quando legível e de acordo com as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Page 11: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 11 -

§1º As pranchas do projeto arquitetônico deverão ser apresentadas em cópias dobradas, nunca em rolo, tomando-se por base o tamanho A4, com número ímpar de dobras tendo margem de 1,00cm (um centímetro) em toda a periferia da prancha exceto na margem lateral esquerda, a qual será de 2,50cm (dois vírgula cinco centímetros).

§2º No canto inferior direito da prancha deverá constar quadro legenda com 17,50cm (dezessete vírgula cinco centímetros) de largura e 27,70cm (vinte e sete vírgula sete centímetros) de altura, tamanho A4, reduzidas as margens, onde constarão:

I - carimbo localizado no extremo inferior do quadro legenda, com altura máxima de 9,00cm (nove centímetros), especificando:

a) tipo de projeto - arquitetônico, estrutural, elétrico, hidrossanitário, etc; b) a natureza e uso da obra; c) referência na prancha: plantas, cortes, elevações, etc; d) nome e assinatura do proprietário, em espaço reservado; e) nome e assinatura do autor do projeto e do responsável técnico pela

execução da obra com indicação dos registros nos respectivos Conselhos Profissionais, em espaço reservado;

f) numeração da prancha em ordem crescente em relação ao número total;

II - espaço reservado para a declaração: “Declaramos que a aprovação do projeto não implica no reconhecimento, pelo Município, do direito de propriedade ou de posse do lote”;

III - espaço reservado aos órgãos competentes para aprovação, observações e anotações, com altura de 6,00cm (seis centímetros).

§3º Nos projetos de reforma, ampliação ou reconstrução, deverá ser indicado o que será demolido, construído ou conservado de acordo com convenções especificadas na legenda.

§4º O modelo da prancha de situação e estatística será fornecido pelo órgão municipal competente.

CAPÍTULO IV DA EXECUÇÃO E SEGURANÇA DAS OBRAS

SEÇÃO I Disposições Gerais

Art.32. A execução das obras somente poderá ser iniciada após a concessão do Alvará de Construção.

Parágrafo único. São atividades que caracterizam o início da obra:

I - o preparo do terreno; II - a abertura de cavas para fundações; III - o início de execução de fundações superficiais.

SEÇÃO II Do Canteiro de Obras

Page 12: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 12 -

Art.33. A instalação de canteiro de obras em imóvel distinto daquele onde se desenvolva a obra terá sua licença concedida pelo órgão municipal competente mediante exame:

I - das condições locais de circulação criadas no horário de trabalho; II - dos inconvenientes ou prejuízos ao trânsito de veículos e pedestres; III - dos inconvenientes ou prejuízos que venham causar aos imóveis

lindeiros.

Parágrafo único. Ao término da obra a cobertura vegetal pré-existente à instalação do canteiro de obras deverá ser restituída sob pena de não liberação do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras - CVCO.

Art.34. É proibida a permanência de qualquer material de construção nas vias e logradouros públicos, bem como a utilização destes locais como canteiro de obras ou depósito de entulhos.

Parágrafo único. A não retirada dos materiais ou do entulho, após a notificação, autoriza o Município a remover o material e a cobrar do proprietário do imóvel as despesas da remoção, aplicando-lhe as sanções cabíveis.

Art.35. Nenhum elemento do canteiro de obras poderá prejudicar a arborização da via, a iluminação pública, a visibilidade de placas, avisos ou sinais de trânsito e outras instalações de interesse público.

SEÇÃO III Dos Tapumes, Andaimes e Equipamentos de Segurança

Art.36. Durante a obra, o responsável técnico deverá adotar as medidas e equipamentos necessários à proteção e segurança dos trabalhadores, dos pedestres, dos imóveis lindeiros, das vias e dos logradouros públicos.

Art.37. Nenhuma construção, reconstrução, reforma, reparo ou demolição poderá ser executada no alinhamento predial sem que esteja obrigatoriamente protegida por tapumes, salvo quando se tratar de execução de muros, grades, gradis ou de pintura e pequenos reparos na edificação que não comprometam a segurança dos pedestres.

Parágrafo único. Os tapumes somente poderão ser colocados após a expedição do Alvará de Construção ou Demolição.

Art.38. Os tapumes deverão possuir, no mínimo, 2,00m (dois metros) de altura e não poderão ocupar mais que a metade da largura da calçada mantendo no mínimo, 1,00m (um metro) livre para o fluxo de pedestres.

Parágrafo único. O órgão municipal competente poderá autorizar a utilização do espaço aéreo da calçada desde que o pé direito possua altura mínima de 2,10m (dois metros e dez centímetros), que seja tecnicamente comprovada sua necessidade e adotadas medidas de proteção para circulação de pedestres.

Art.39. Durante a execução da obra poderão ser utilizados andaimes, os quais não deverão ocupar mais que a metade da largura da calçada sendo que, no mínimo, 1,00m (um metro) deverá ser mantido livre para o fluxo de pedestres devendo ser adotadas medidas de proteção para circulação dos mesmos.

Page 13: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 13 -

Art.40. É obrigatória a colocação de andaime de proteção do tipo “bandeja-salva-vidas”, para edifícios de três pavimentos ou mais, observando as normas do Ministério do Trabalho.

Parágrafo único. As “bandejas-salva-vidas” consistem de um estrado horizontal de 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura mínima, com guarda-corpo de 1,00m (um metro) de altura mínima e inclinação aproximada de 135º (cento e trinta e cinco graus), em relação ao estrado horizontal.

Art.41. No caso de emprego de andaimes mecânicos suspensos, estes deverão ser dotados de guarda-corpo de 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura mínima em todos os lados livres.

Art.42. Havendo paralisação da obra por prazo superior a 60 (sessenta) dias, os tapumes deverão ser recuados e os andaimes retirados.

CAPÍTULO V DAS EDIFICAÇÕES EM GERAL

SEÇÃO I Das Escavações e Aterros

Art.43. Nas escavações e aterros deverão ser adotadas medidas de segurança para evitar o deslocamento de terra nas divisas do imóvel ou eventuais danos às edificações lindeiras.

Art.44. No caso de escavações e aterros de caráter permanente, que modifiquem o perfil do terreno, o proprietário do imóvel é obrigado a proteger as edificações lindeiras e o logradouro público, com obras de proteção contra o deslocamento de terra.

Parágrafo único. As alterações no perfil do terreno deverão constar no projeto arquitetônico.

Art.45. As movimentações de terra deverão ser precedidas de sistema de drenagem de águas pluviais, quando necessário, visando manter o escoamento das águas sem prejuízo dos imóveis lindeiros.

Art.46. A movimentação de terra deverá ser autorizada pelos órgãos competentes nas seguintes situações:

I - movimentação de terra superior a 100,00m³ (cem metros cúbicos) de material;

II - movimentação de terra com qualquer volume em áreas lindeiras a cursos d’água,

III - movimentação de terra com qualquer volume em áreas de várzea, de preservação permanente e de reserva legal;

IV - movimentação de terra com qualquer volume em áreas sujeitas à erosão.

Art.47. Para movimentação de terra, o interessado apresentará requerimento solicitando a autorização ou a anuência do órgão municipal competente, devidamente assinado pelo proprietário ou representante legal, acompanhado dos seguintes documentos:

Page 14: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 14 -

I - Registro de Imóveis atualizado, com data de emissão de no máximo 90 (noventa) dias da apresentação do requerimento;

II - levantamento topográfico da área em escala adequada, destacando cursos d’água, árvores, edificações existentes e demais elementos significativos;

III - memorial descritivo informando:

a) descrição da tipologia do solo; b) volume do corte e/ou aterro; c) volume do empréstimo ou retirada; d) medidas a serem tomadas para proteção superficial do terreno; e) indicação do local do empréstimo ou do bota-fora;

IV - projetos contendo todos os elementos geométricos que caracterizem a situação do terreno antes e depois da obra, inclusive sistema de drenagem e contenção;

V - Anotação de Responsabilidade Técnica - ART do responsável técnico pela obra.

Parágrafo único. As disposições deste artigo deverão ser igualmente aplicadas para execução de subsolo.

SEÇÃO II Das Paredes

Art.48. As paredes executadas em alvenaria de blocos ou tijolos deverão ter espessura mínima de 0,10m (dez centímetros) quando internas e 0,15m (quinze centímetros) quando externas.

§1º As paredes de alvenaria que constituírem divisões entre unidades autônomas ou se construídas na divisa do lote, deverão ter espessura de 0,20m (vinte centímetros).

§2º As espessuras poderão ser alteradas quando forem utilizados materiais de natureza diversa desde que, através de comprovação técnica, demonstrem possuir no mínimo os mesmos índices de resistência, impermeabilidade, isolamento térmico e acústico adotados para a alvenaria de blocos ou tijolos.

SEÇÃO III Das Portas, Passagens ou Circulações

Art.49. As portas de acesso às edificações, bem como as passagens ou circulações, deverão ter largura suficiente para o escoamento dos compartimentos ou setores da edificação a que dão acesso.

Art.50. As portas de acesso às edificações e as passagens deverão atender as seguintes dimensões:

I - largura mínima de 0,60m (sessenta centímetros) em compartimentos sanitários;

II - largura mínima de 0,80m (oitenta centímetros), quando de uso privativo; III - quando de uso coletivo largura livre de, no mínimo, 1,20m (um metro e

vinte centímetros), acrescida de 0,01m (um centímetro) por pessoa da lotação prevista para os compartimentos, podendo ser dividida em número de unidades de

Page 15: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 15 -

passagem conforme as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Parágrafo único. A fim de permitir o acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de necessidades especiais, as edificações deverão seguir as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, exceto aquelas destinadas à habitação de caráter permanente unifamiliar.

SEÇÃO IV Das Escadas e Rampas

Art.51. As escadas deverão possuir dimensões que atendam o escoamento do número de pessoas que a utilizem e deverão atender as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, tendo no mínimo, as seguintes dimensões:

I - 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura para escadas de uso coletivo;

II - 0,90m (noventa centímetros) de largura para escadas de uso privativo; III - as escadas deverão oferecer passagem com altura mínima de 2,10m

(dois metros e dez centímetros).

§1º Serão permitidas escadas em leques, caracol ou do tipo marinheiro quando interligar dois compartimentos de uma mesma unidade autônoma.

§2º Nas escadas em leque, a largura mínima do degrau será de 0,07m (sete centímetros), devendo a 0,50m (cinqüenta centímetros), do bordo interno e o degrau apresentar a largura mínima do piso de 0,28m (vinte e oito centímetros).

§3º As escadas deverão ser de material incombustível e antiderrapante, excetuando-se habitação unifamiliar.

§4º As escadas deverão ter um patamar intermediário, de pelo menos 1,10m (um metro e dez centímetros) de profundidade, quando o desnível vencido for maior que 3,70m (três metros e setenta centímetros) de altura ou 20 (vinte) degraus.

§5º Os degraus das escadas deverão apresentar espelho “e” e piso “p”, que satisfaçam a relação 0,63m (sessenta centímetros)<= 2 e + p <= 0,64m (sessenta e quatro centímetros) , admitindo-se:

I - quando de uso privativo: altura máxima 0,19m (dezenove centímetros) e largura mínima 0,25m (vinte e cinco centímetros);

II - quando de uso coletivo: altura máxima 0,18m (dezoito centímetros) e largura mínima 0,28 cm (vinte e oito centímetros).

Art.52. As escadas deverão possuir corrimão em:

I - ambos os lados, quando de uso coletivo; II - um dos lados, quando de uso privativo.

Art.53. No caso de emprego de rampas, em substituição às escadas da edificação, aplicam-se as mesmas exigências relativas ao dimensionamento fixadas para as escadas.

§1º As rampas poderão apresentar inclinação máxima de 25% (vinte e cinco por cento) para uso de veículos e de 10% (dez por cento) para uso de pedestres.

Page 16: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 16 -

§2º Se a inclinação das rampas exceder a 6% (seis por cento) o piso deverá ser revestido com material antiderrapante.

§3º As rampas de acesso para veículos deverão ter seu início, no mínimo:

I - 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) a partir do alinhamento predial, quando destinada a acesso privativo;

II - 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) a partir do alinhamento predial, quando destinada a acesso comum.

§4º A fim de permitir o acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de necessidades especiais, os logradouros públicos e edificações, deverão seguir as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, exceto aquelas destinadas à habitação de caráter permanente unifamiliar.

Art.54. Para instalação de escadas e rampas, além das exigências desta Lei, deverá ser observadas a legislação do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná e demais legislações pertinentes.

SEÇÃO V Das Marquises e Saliências

Art.55. Os edifícios deverão ser dotados de marquises, quando construídos no alinhamento predial obedecendo às seguintes condições:

I - serão em balanço; II - estar a uma altura mínima de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros)

em relação ao nível mais alto da calçada; III - a projeção da face externa do balanço deverá ser no máximo igual a

50% (cinqüenta por cento) da largura da calçada e nunca superior a 1,20m (um metro e vinte centímetros);

IV - nas vias de uso exclusivo de pedestres as projeções referidas no inciso anterior, poderão ter parâmetros diferenciados a critério do órgão municipal competente.

Art.56. As fachadas dos edifícios quando no alinhamento predial, poderão ter floreiras, caixas para ar condicionado e brises, somente acima de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros) do nível mais alto da calçada.

Parágrafo único. Os elementos mencionados no caput deste artigo poderão projetar-se sobre o recuo frontal ou recuos laterais e de fundos a uma distância máxima de 0,60m (sessenta centímetros).

Art.57. As projeções com largura até 1,20m (um metro e vinte centímetros) não serão considerados como área construída.

§1º Nas edificações com 2 (dois) pavimentos, o pavimento superior poderá projetar-se sobre o recuo frontal com largura até 1,20m (um metro e vinte centímetros), desde que o recuo frontal seja igual ou superior a 5,00m (cinco metros) no pavimento inferior, não se admitindo sacadas e beirais além deste limite.

Page 17: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 17 -

§2º As sacadas poderão projetar-se, em balanço, até 1,20 (um metro e vinte centímetros) sobre o recuo frontal, sendo vedada sua projeção sobre os recuos laterais e de fundos mínimos.

Art.58. As projeções com largura superior a 1,20m (um metro e vinte centímetros), serão permitidas se obedecidos os recuos frontais e laterais em relação ao alinhamento predial, sendo consideradas no cálculo da área construída.

§1º Não serão permitidas as projeções que trata o caput deste artigo quando:

I - houver diretriz de alargamento da via frontal, exceto nos casos em que o recuo obedeça o novo alinhamento;

II - o recuo frontal for igual a zero.

SEÇÃO VI Dos Recuos

Art.59. No recuo frontal de 5,00m (cinco metros), 75% (setenta e cinco por cento) deverá corresponder a área com vegetação, excetuando-se os imóveis localizados na Zona de Serviços – ZS e na Zona Mista Consolidada – ZMC, de acordo com o disposto na Lei Municipal de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo.

Art.60. Os demais recuos das edificações construídas no Município deverão estar de acordo com o disposto na Lei Municipal de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo.

SEÇÃO VII Dos Compartimentos

Art.61. As características mínimas dos compartimentos das edificações estão definidas na Tabelas II e IV, integrantes desta Lei.

SEÇÃO VIII Das Áreas de Estacionamento de Veículos

Art.62. Os espaços destinados a estacionamento de veículos podem ser:

I - privativos, destinados a um único usuário, a família, à estabelecimento ou à condomínio, constituindo área para uso exclusivo da edificação;

II - coletivos, destinados à exploração comercial.

Art.63. É obrigatória a reserva de espaços destinados a estacionamento de veículos vinculados às atividades das edificações, com área e respectivo número de vagas calculadas de acordo com o tipo de ocupação do imóvel, conforme o disposto na Tabela I, parte integrante desta Lei.

§1º As vagas para estacionamento de veículos poderão ser cobertas ou descobertas.

§2º Deverão ser reservadas vagas de estacionamento para portadores de necessidades especiais nos edifícios de uso público e comercial, atendendo as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, e aos seguintes requisitos:

I - identificação com sinalização adequada;

Page 18: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 18 -

II - localização próxima à entrada da edificação em áreas que não possuam interferências físicas, utilizando-se para isso, guias rebaixadas, rampas e corrimão;

III - largura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) acrescida de espaço de circulação de 1,20m (um metro e vinte centímetros);

IV - número mínimo de vagas de acordo com a tabela a seguir:

NUMERO TOTAL DE VAGAS VAGAS RESERVADAS PARA PORTADORES DE

NECESSIDADES ESPECIAIS

Até 9 facultado

De 10 a 30 1

De 31 a 100 2

Acima de 100 3%

§3º Deverão ser reservadas vagas de estacionamento para idosos nos edifícios de uso público e comercial, atendendo as legislações pertinentes, e aos seguintes requisitos:

I - identificação com sinalização adequada; II - localização próxima à entrada da edificação em áreas que não possuam

interferências físicas, utilizando-se para isso, guias rebaixadas, rampas e corrimão; III - reserva de 5% (cinco por cento) do total de vagas do estabelecimento.

§4º Os estacionamentos deverão ser dotados de sistema de iluminação artificial.

Art.64. A área mínima exigida para estacionamento de veículos deverá atender aos seguintes parâmetros:

I - cada vaga deverá ter dimensão mínima de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) de largura e 5,00m (cinco metros) de comprimento, livres de colunas ou qualquer outro obstáculo;

II - as circulações deverão ter as seguintes larguras mínimas, de acordo com o ângulo formado em relação as vagas:

a) 3,00m (três metros), quando em paralelo; b) 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), quando em ângulo de até

30 (trinta graus); c) 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros), quando em ângulo entre

31(trinta e um graus) e 45(quarenta e cinco graus);

d) 5,00m (cinco metros), quando em ângulo entre 46(quarenta e seis graus)

e 90(noventa graus).

Parágrafo único. Nos estacionamentos com vagas em paralelo ou inclinadas com áreas de circulação bloqueadas, deverá ser prevista e demarcada uma área de manobra para retorno dos veículos.

Art.65. Estacionamentos descobertos sobre o solo deverão apresentar, no mínimo, uma árvore para cada 4 (quatro) vagas.

Parágrafo único. A arborização de que trata o caput deste artigo referem-se a árvores nativas com altura mínima das mudas de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).

Art.66. Os acessos aos estacionamentos deverão atender ao que segue:

I - circulação independente para veículos e pedestres;

Page 19: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 19 -

II - largura mínima de 3,00m (três metros) para acessos em mão única e 5,00m (cinco metros) em mão dupla até o máximo de 7,00m (sete metros) de largura;

III - rebaixamento ao longo do meio fio para a entrada e saída de veículos poderá ter a largura do acesso acrescida de 25% (vinte e cinco por cento), até o máximo de 7,00m (sete metros);

IV - distância mínima de 5,00m (cinco metros) do encontro dos alinhamentos prediais na esquina, exceto quando se tratar de estacionamento com número de vagas superior a 100 (cem) unidades em que a distância mínima deverá ser de 15,00m (quinze metros).

§1º Estacionamento de veículos com capacidade superior a 20 (vinte) vagas deverá ter acesso e saída independentes ou em mão dupla.

§2º O portão de acesso ao estacionamento de veículos, com capacidade superior a 20 (vinte) vagas, deverá estar instalado no mínimo a 5,00m (cinco metros) do meio fio.

Art.67. É vedada a utilização do recuo frontal obrigatório como estacionamento, exceto:

I - quando se tratar de estacionamento vinculado à edificação localizada na Zona de Serviços - ZS ou na Zona Mista Consolidada – ZMC, que apresente recuo frontal mínimo de 15,00m (quinze metros) e atenda o uso estabelecido na Lei Municipal de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo;

II - quando se tratar de estacionamento de unidades autônomas com testadas para vias internas, respeitando no que couber artigo 63.

III - nos empreendimentos comerciais, em edificações construídas anteriormente a esta Lei, observado o disposto no artigo anterior.

Art.68. Os acessos aos estacionamentos deverão dispor de área de acumulação em canaleta de espera a partir do alinhamento predial do imóvel, junto à sua entrada e ao nível da via, calculada de acordo com a tabela abaixo:

NÚMERO DE VAGAS DE ESTACIONAMENTO (un)

COMPRIMENTO DA ÁREA DE ACUMULAÇÃO (m)

NÚMERO MÍNIMO DE CANALETAS

Até 20 facultativo facultativo

De 21 a 100 10 1 De 101 a 200 15 1

201 a 500 20 2

Acima de 500 25 2

§1º A largura mínima da área de acumulação em canaleta de espera deverá ser de 3,00m (três metros) para acessos com mão única e de 5,00m (cinco metros) para os de mão dupla.

§2º A guarita de controle deverá localizar-se ao final da canaleta de espera.

§3º A área de acumulação dos veículos não será computada como área de estacionamento.

§4º Os acessos de veículos deverão ter sinalização de advertência para pedestres.

Page 20: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 20 -

Art.69. Para implantação de estacionamento coletivo em terreno sem edificação, deverá ser apresentado ao órgão municipal competente desenho da área, atendendo as exigências desta lei, com as seguintes indicações:

I - demarcação das guias rebaixadas; II - acessos; III - áreas de circulação; IV - espaços de manobra; V - arborização e vagas individualizadas.

Art.70. Estacionamento sobre o solo, coberto ou descoberto, com revestimento impermeável, deverá ser dotado de sistema de drenagem, acumulação e descarga das águas pluviais.

Art.71. O compartimento destinado a estacionamento de veículos, além de atender ao contido nesta Lei, deverá possuir:

I - pé-direito mínimo de 2,20m (dois metros e vinte centímetros); II - sistema de ventilação permanente; III - demarcação individualizada e numerada; IV - demarcação de área de manobra.

SEÇÃO IX Das Áreas de Recreação

Art.72. As áreas de recreação em edificações deverão obedecer aos seguintes requisitos:

I - Nos empreendimentos residenciais que possuam entre 05 e 10 unidades, será exigida área de recreação coletiva, equipada, coberta ou descoberta, com no mínimo 10,00m² (dez metros quadrados) por unidade ou 10% (dez por cento) da área total do imóvel, localizada em área isolada, podendo ser no térreo ou terraços, com acesso independente ao de veículos;

II - nos empreendimentos com mais de 10 (dez) unidades residenciais, será exigida área de recreação coletiva, equipada, coberta ou descoberta, com no mínimo 10,00m² (dez metros quadrados) por unidade ou 15% (quinze por cento) da área total do imóvel, localizada em área isolada, podendo ser no térreo ou terraços, com acesso independente ao de veículos;

III - no dimensionamento da área de recreação, no mínimo 30% (trinta por cento) deverá ser permeável, sendo admitido fracionamento em duas áreas.

§1º Para implantação da área de recreação coletiva, será permitida a utilização das faixas correspondentes aos recuos laterais e de fundos, localizadas no térreo ou sobre a laje do estacionamento coberto, obedecido um círculo inscrito mínimo de 3,00m (três metros) de diâmetro.

§2º As áreas de recreação deverão ser dotadas de sistema de iluminação artificial;

§3º Fica proibida a utilização da faixa correspondente ao recuo frontal mínimo como área de recreação.

SEÇÃO X Das Calçadas e Muros

Page 21: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 21 -

Art.73. Quando o imóvel possuir testada para via dotada de pavimentação, o proprietário deverá implantar e conservar a calçada conforme parâmetros estabelecidos em norma específica.

§1º O órgão municipal competente notificará o proprietário do imóvel que não observar o disposto no caput deste artigo para que execute os serviços necessários no prazo estipulado, não podendo ser inferior a 30 (trinta) dias.

§2º Findo o prazo estipulado na notificação, o proprietário do imóvel será autuado, podendo o Município executar os serviços necessários, cobrando do proprietário as despesas da execução.

Art.74. Os terrenos baldios devem ter, nos respectivos alinhamentos, muros de fecho em bom estado e aspecto.

Parágrafo único. O infrator será notificado para, no prazo de 30 (trinta) dias, construir o muro, sob pena de multa.

Art.75. Para permitir o escoamento das águas superficiais, a ventilação natural e a permeabilidade visual dos imóveis, não será permitida a construção de muro totalmente fechado no alinhamento predial, devendo o mesmo apresentar, no mínimo, 30% (trinta por cento) de vazios em sua extensão.

§1º Em imóveis situados na Unidade Territorial de Planejamento – UTP de Pinhais e na Área de Proteção Ambiental – APA do Iraí os vazios deverão corresponder, no mínimo, a 50% (cinqüenta por cento) da extensão do muro.

§2º Os vazios de que trata este artigo deverão estar localizados a uma altura de, no máximo, 2,00m (dois metros) do solo.

Art.76. Os muros situados nos cruzamentos das vias públicas serão projetados de modo que os dois alinhamentos sejam concordados por um chanfro de, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).

SEÇÃO XI Da Iluminação e Ventilação

Art.77. Os compartimentos da edificação, desde que habitável, deverão possuir abertura para iluminação e ventilação, abrindo diretamente para a via ou espaço livre e aberto do próprio imóvel.

Art.78. A área necessária para iluminação e ventilação dos compartimentos e áreas comuns de edificaçõesserá determinada de acordo com as Tabelas II, III e IV, parte integrante desta Lei.

Art.79. Os compartimentos das edificações poderão ser ventilados e iluminados através de aberturas para pátios internos, cujo diâmetro mínimo deverá ser de 2,00m (dois metros) para edificações com até 2 (dois) pavimentos e 4,00m (quatro metros) para edificações superiores a 2 (dois) pavimentos.

Art.80. Os compartimentos destinados a sanitários, ante-salas, circulação e “kit”, poderão ser ventilados indiretamente por meio de dutos horizontais contínuos atendendo os seguintes parâmetros:

I - largura mínima equivalente a do compartimento a ser ventilado;

Page 22: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 22 -

II - altura mínima livre de 0,20m (vinte centímetros); III - comprimento máximo de 6,00m (seis metros), exceto quando abertos

nas duas extremidades; IV - comunicação direta com espaço livre e aberto do próprio imóvel,

devendo as extremidades possuir tela metálica e proteção contra água da chuva.

Art.81. Os compartimentos destinados a sanitários, ante-salas, circulação e “kit” poderão ter ventilação forçada feita por chaminé de tiragem, atendendo os seguintes parâmetros:

I - ser visitável na base; II - possuir círculo inscrito mínimo de 0,70m (setenta centímetros) de

diâmetro; III - ter revestimento interno liso.

Art.82. Os compartimentos destinados a sanitários, circulação, áticos, lavanderias e depósitos, poderão ter iluminação e ventilação zenital.

Art.83. O responsável técnico, autor do projeto e o proprietário do imóvel, deverão assinar termo de responsabilidade técnica, conforme modelo fornecido pelo órgão municipal competente, quanto ao dimensionamento das aberturas, dutos e outros dispositivos destinados à iluminação, bem como a ventilação dos compartimentos da edificação.

Art.84. As distâncias mínimas perpendiculares a divisa serão calculadas, da abertura à extremidade mais próxima da divisa, atendendo o que segue:

a) 0,75m (setenta e cinco centímetros), quando perpendicular a divisa; b) 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), quando em ângulo menor que

90º; c) 0,75m (setenta e cinco centímetros), quando em ângulo maior que 90º.

CAPÍTULO VI DAS INSTALAÇÕES EM GERAL

SEÇÃO I Das Instalações Hidrossanitárias

Art.85. Todas as edificações em imóveis com frente para vias que possuam redes de água potável e de esgoto deverão, obrigatoriamente, servir-se dessas redes e suas instalações.

§1º Deverão ser atendidas as exigências da concessionária de serviço público quanto ao sistema de abastecimento de água potável e ao ponto de lançamento para o sistema de esgotamento sanitário.

§2º As instalações nas edificações deverão obedecer às exigências dos órgãos competentes e estar de acordo com especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

§3º Quando a via não possuir rede de abastecimento de água potável, a edificação poderá possuir poço adequado para seu abastecimento, devidamente protegido contra as infiltrações de águas superficiais.

Page 23: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 23 -

§4º Quando a via não possuir rede de esgoto nem viabilidade de expansão, a edificação deverá ser dotada de fossa séptica cujo efluente será lançado em poço absorvente (sumidouro ou poço anaeróbico), conforme especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Art.86. Toda unidade residencial deverá possuir no mínimo um vaso sanitário, um chuveiro, um lavatório e uma pia de cozinha, que deverão estar ligados à rede de esgoto ou à fossa séptica.

§1º Os vasos sanitários deverão ser providos de dispositivos de lavagem para limpeza.

§2º As águas servidas oriundas da pia de cozinha deverão, antes de ligadas à rede pública, passar por caixa de gordura localizada internamente ao imóvel.

Art.87. Os reservatórios de água deverão possuir:

I - cobertura que não permita a poluição da água; II - torneira de bóia que regule, automaticamente, a entrada de água do

reservatório; III - extravasor ou ladrão, com diâmetro superior ao do tubo de entrada, com

descarga em ponto visível para a verificação de defeito da torneira de bóia; IV - canalização de descarga para limpeza periódica do reservatório; V - volume de reservação compatível com o tipo de ocupação e uso

conforme as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Art.88. A declividade mínima dos ramais de esgoto será de 3% (três por cento).

Art.89. É proibido o lançamento de esgoto ou de águas servidas às sarjetas ou galerias de águas pluviais.

Art.90. Todas as instalações hidrossanitárias deverão ser executadas conforme especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

SEÇÃO II Das Instalações de Águas Pluviais

Art.91. As águas pluviais no imóvel edificado deverão ser lançadas nas galerias por meio de canalização construída sob a calçada.

Parágrafo único. A execução da canalização de que trata o caput deste artigo será de responsabilidade do interessado.

Art.92. Os imóveis atingidos por faixas não edificáveis de drenagem não poderão produzir impacto de aumento da vazão máxima de águas pluviais para jusante, com relação às condições de total permeabilidade do imóvel.

Parágrafo único. Os dispositivos utilizados para manutenção dessa vazão máxima devem ser verificados para o tempo de retorno.

Art.93. As águas pluviais provenientes de telhados, balcões e marquises deverão ser captadas e conduzidas para uma estrutura de dissipação de energia.

Page 24: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 24 -

§1º Os condutores, nas fachadas localizadas em imóveis com recuo frontal igual a zero, serão embutidos até a altura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), acima do nível da calçada.

§2º Os beirais localizados a menos de 0,80m (oitenta centímetros) da divisa lateral do imóvel, deverão possuir dispositivos de captação e condução de águas pluviais.

Art.94. É proibida a ligação de condutores de águas pluviais à rede de esgotos.

SEÇÃO III Das Medidas para Drenagem Urbana

Art.95. Será exigido em todas as edificações reservatórios para retardo de escoamento das águas pluviais.

§1º A capacidade mínima do reservatório deverá ser calculada com base na seguinte equação:

V = k x I x A, onde:

V = volume do reservatório em m³;

k = constante dimensional (0,20);

I = intensidade da chuva (0,08 m/h);

A = área impermeabilizada do lote (m²)

§2º Os reservatórios deverão atender as normas sanitárias e demais especificações do órgão municipal competente.

§3º A localização do reservatório, podendo ser mais de um, o cálculo do seu volume e sua finalidade deverão estar indicados no projeto arquitetônico e sua implantação será condição para a emissão do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras – CVCO.

§4º Os reservatórios poderão ser implantados no recuo frontal, quando subterrâneos.

§5º Será permitida a utilização das águas reservadas para usos não potáveis.

Art.96. Quando houver uso das águas pluviais para finalidades não potáveis, deverão ser atendidas as normas sanitárias e demais especificações do órgão municipal competente visando:

I - evitar o consumo indevido, definindo sinalização de alerta padronizada a ser colocada em local visível junto ao ponto de água não potável e determinando os tipos de utilização admitidos;

II - garantir padrões de qualidade de água apropriados ao tipo de utilização previsto, definindo os dispositivos, processos e tratamentos necessários para a manutenção desta qualidade;

III - impedir a contaminação do sistema predial destinado a água potável proveniente da rede pública, sendo vedada a comunicação entre este sistema e o sistema predial destinado a água não potável.

Page 25: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 25 -

SEÇÃO IV Das Instalações Elétricas

Art.97. As entradas de energia e respectivas instalações em edificações deverão obedecer às normas técnicas da concessionária de serviço público.

Art.98. Os diâmetros dos condutores de distribuição interna serão calculados de acordo com a carga máxima dos circuitos e voltagem de rede.

Art.99. O diâmetro dos eletrodutos serão calculados em função do número e diâmetro dos condutores, conforme as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

SEÇÃO V Das Instalações de Gás

Art.100. As instalações de gás nas edificações deverão ser executadas de acordo com as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

SEÇÃO VI Das Instalações para Antenas

Art.101. Nos edifícios é obrigatória a instalação de tubulação para antena de televisão em cada unidade autônoma.

Parágrafo único. Nos casos de instalações de antenas coletivas para rádio e televisão deverão ser atendidas as exigências legais.

SEÇÃO VII Das Instalações de Telefonia

Art.102. As entradas de telefonia e respectivas instalações em edificações deverão obedecer às normas técnicas da concessionária de serviço.

SEÇÃO VIII Das Instalações de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas

Art.103. Será obrigatória a instalação e manutenção de sistema de proteção contra descargas atmosféricas, nas edificações que possibilitem a aglomeração de pessoas, em torres e chaminés elevadas e em construções isoladas e expostas, conforme as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

SEÇÃO IX Das Instalações de Proteção Contra Incêndio

Art.104. As edificações construídas, reconstruídas, reformadas ou ampliadas, quando for o caso, deverão ser providas de instalações e equipamentos de proteção contra incêndio, de acordo as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e da legislação específica do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná.

SEÇÃO X Das Instalações de Elevadores

Page 26: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 26 -

Art.105. Será obrigatória a instalação de, no mínimo, 1 (um) elevador nas edificações com mais de 4 (quatro) pavimentos e 2 (dois) elevadores nas edificações a partir de 7 (sete) pavimentos.

Art.106. Para o cálculo do número de elevadores por edificação deverá ser considerado:

I - o térreo como um pavimento, bem como cada pavimento abaixo do nível do meio-fio;

II - a sobreloja como um pavimento.

§1º Não será considerado para efeito deste artigo o último pavimento, quando de uso exclusivo da unidade autônoma imediatamente inferior ou destinado a moradia do zelador.

§2º Pavimento térreo, com pé direito igual ou superior a 6,00m (seis metros) será considerado como dois pavimentos e a partir deste, cada 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), corresponderá a um pavimento a mais.

§3º Os espaços de acesso ou circulação às portas dos elevadores deverão possuir distância de, no mínimo, 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), medida perpendicularmente às portas dos elevadores.

§4º Além dos elevadores as edificações deverão possuir outro sistema de acesso a todos os pavimentos.

§5º O número de elevadores, o cálculo de tráfego e demais características do equipamento deverá atender as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

SEÇÃO XI Das Instalações para Resíduos Sólidos

Art.107. O imóvel deverá dispor de local adequado para armazenagem dos resíduos sólidos, em espaço voltado e aberto para a via pública.

Parágrafo único. A disposição dos resíduos sólidos de que trata deste artigo deverá atender a legislação específica.

CAPÍTULO VII DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

Art.108. Os parâmetros mínimos dos compartimentos das edificações residenciais estão definidos na Tabela II.

Art.109. Os parâmetros mínimos dos compartimentos para as áreas comuns das habitações coletivas deverão atender a Tabela III.

Art.110. As edificações residenciais poderão ter dois compartimentos conjugados, desde que o compartimento resultante tenha, no mínimo, a soma das áreas mínimas exigidas para cada um deles.

CAPÍTULO VIII DOS CONDOMÍNIOS

SEÇÃO I Das Disposições Gerais

Page 27: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 27 -

Art.111. Será admitido a implantação de condomínio se obedecidas as disposições contidas nesta e demais legislações pertinentes.

Art.112. Não será admitido implantação de condomínio:

I - em área alagadiça ou sujeita a inundação, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento e a contenção das águas;

II - em área considerada contaminada ou suspeita de contaminação por material nocivo ao meio ambiente ou à saúde pública, sem que seja previamente saneado, atendidas as exigências do órgão competente;

III - em área sujeita a deslizamento de encosta, abatimento do terreno, processo de erosão linear ou outra situação de risco, antes de tomadas as providências para garantir sua estabilidade;

IV - em área com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas dos órgãos competentes;

V - em área onde as condições geológicas não aconselham a edificação; VI - em área que integre unidades de conservação da natureza,

incompatíveis com o tipo de empreendimento; VII - onde for técnica ou economicamente inviável a implantação de

infraestrutura básica, serviços públicos de transporte coletivo ou equipamentos comunitários;

VIII - onde houver proibição para esse tipo de empreendimento em virtude das normas ambientais ou de proteção do patrimônio cultural.

Art.113. Os parâmetros construtivos estão definidos na Lei Municipal de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo e serão aplicados sobre a fração privativa de cada unidade.

Art.114. Em condomínios onde as frações privativas possuam testadas para a via pública será admitido uso misto respeitando os parâmetros da Lei Municipal de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo.

Art.115. Serão permitidas, no recuo frontal mínimo para via pública, a instalação de portarias, guaritas e abrigos para guarda, independentes da edificação e de caráter removível, desde que não ultrapassem a área máxima de 6,00m² (seis metros quadrados) de projeção, incluindo a cobertura.

Parágrafo único. Quando solicitado pelo Município, as edificações de que trata o caput deste artigo, deverão ser removidas, sem qualquer ônus para este.

Art.116. Nenhum condomínio aprovado pelo Poder Público poderá produzir impacto de aumento da vazão máxima de águas pluviais para jusante, com relação às condições de total permeabilidade da área.

§1° Os dispositivos utilizados para manutenção dessa vazão máxima devem ser verificados para o tempo de retorno.

§2° A área permeável é definida pela cobertura que permite a infiltração da precipitação pluviométrica.

Art.117. Serão de responsabilidade e ônus do condomínio:

Page 28: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 28 -

I - serviços de conservação e manutenção das vias internas, inclusive a sua sinalização;

II - serviços de conservação e manutenção das áreas verdes e de lazer internas ao condomínio, bem como das edificações de uso comum;

III - coleta interna de lixo e disposição em local adequado para a coleta externa;

IV - serviços de iluminação das áreas comuns.

Art.118. Após a implantação do condomínio, as áreas de uso comum não poderão ter sua destinação alterada pelo incorporador ou pelos condôminos.

Art.119. Havendo extinção do condomínio, as áreas comuns, inclusive benfeitorias nelas executadas, e as vias internas, serão doadas, sem quaisquer ônus para o Município.

Art.120. Deverá ser garantido as concessionárias de serviços públicos acesso à leitura do consumo dos serviços prestados.

Art.121. Deverá ser garantido o acesso das autoridades públicas responsáveis pela segurança, fiscalização e bem-estar da população no condomínio.

Art.122. Após a averbação do empreendimento junto ao Registro de Imóveis, o proprietário deverá solicitar o lançamento da referida averbação no órgão municipal competente.

SEÇÃO II Das Áreas Verdes e das Áreas Institucionais

Art. 123. O condomínio, com área superior a 10.000,00m² (dez mil metros quadrados), deverá incorporar em seu interior, no mínimo, 20% (vinte por cento) de sua área total como área verde, atendidos os parâmetros de uso e ocupação do solo e as demais legislações pertinentes.

§1º A área verde de que trata o caput deste artigo poderá se dar em duas

frações.

§2º Inexistindo área verde esta deverá ser criada, após aprovação do plano de manejo pelo órgão ambiental competente.

§3º As áreas de que trata este artigo deverão ser averbadas na matrícula do imóvel.

Art.124. Para implantação de condomínio com número de unidades autônomas superior a 10 (dez), o proprietário do imóvel cederá ao Município, sem ônus para este, a área destinada ao uso institucional na proporção de 10,00m² (dez metros quadrados) para cada unidade autônoma.

Art.125. A área de doação destinada ao uso institucional em condomínios deverá ter testada para a via pública e estar situada em área contígua e externa ao perímetro de acesso controlado.

§1º Excepcionalmente e a critério exclusivo da Administração Municipal, a doação das áreas institucionais, em condomínios, poderá se dar fora da área contígua ao perímetro com acesso controlado, levando-se em consideração a

Page 29: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 29 -

proporcionalidade dos valores das áreas, desde que devidamente justificada pelo órgão municipal competente e condicionada à aprovação do respectivo Conselho Municipal.

§2º A proporcionalidade dos valores das áreas citadas no parágrafo anterior, será determinada, considerando a Planta Genérica de Valores - PGV, adotando-se para este fim declaração de valor venal expedido pelo órgão municipal competente, a ser apresentado pelo interessado, com validade de até 90 (noventa) dias contados de sua elaboração.

§3º A doação referida no parágrafo primeiro, deste artigo, poderá se dar mediante repasse de recursos financeiros ao Município, em conta específica, cuja destinação esteja vinculada à implantação de equipamentos comunitários ou aquisição de terrenos para uso institucional e/ou espaços livres.

§4º A doação de que trata o parágrafo anterior deverá ser devidamente justificada pelo órgão municipal competente e condicionada à aprovação do respectivo Conselho Municipal.

Art.126. Além da transferência da área destinada a uso institucional, a implantação de condomínio na Unidade Territorial de Planejamento – UTP de Pinhais, somente será autorizada após o repasse de recursos financeiros equivalentes a 1% (um por cento) do valor total da área.

§1º Os recursos financeiros de que trata o caput deste artigo deverão ser definidos com base na Planta Genérica de Valores - PGV.

§2º Os recursos de que trata o caput deste artigo deverão ser repassados ao Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social.

Art.127. A aprovação do projeto definitivo de condomínio está condicionada a comprovação da transferência das áreas e/ou do repasse integral dos recursos financeiros ao Município.

SEÇÃO III Da Infraestrutura

Art.128. O condomínio só poderá ser implantado em áreas com acesso direto a via em boas condições de trafegabilidade atendendo à seguinte infraestrutura mínima:

I - implantação do sistema coletivo de abastecimento de água; II - tratamento paisagístico dos passeios; III - coleta e interligação à rede pública de esgotos existente/ETE; IV - implantação da rede de energia elétrica e iluminação das vias internas; V - captação, condução e disposição das águas pluviais; VI - adequação topográfica de modo a garantir acessibilidade; VII - demarcação das frações; VIII - abertura e pavimentação definitiva das vias internas; IX - tratamento das faixas ao longo das margens dos córregos, linhas de

drenagem sazonais, corpos d’água em geral e escoamento de água pluvial; X - tratamento da área fracionada com gramíneas quando não houver

cobertura vegetal remanescente;

Page 30: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 30 -

XI - em áreas de elevada complexidade geológica-geotécnica poderão ser exigidos projetos complementares a critério do órgão municipal competente.

§1º O tratamento e disposição dos esgotos de empreendimentos localizados nas bacias dos Rios do Meio, Iraí e Palmital, deverão ser realizados fora do perímetro destas bacias.

§2º Conforme a localização do condomínio o Município poderá ainda exigir implantação de rede de telefonia e/ou gás canalizado, bem como implantação de marcos de amarração à Rede de Apoio Geodésica adotada pelo Município.

§3º As regularizações fundiárias de interesse social em regime de condomínio deverão possuir, no mínimo, vias internas, escoamento das águas pluviais, rede para o abastecimento de água potável e soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar.

SEÇÃO IV Do Projeto Definitivo

Art.129. O interessado apresentará projeto definitivo georreferenciado à Rede de Apoio Geodésica adotada pelo Município e de acordo com as diretrizes definidas pelo órgão municipal competente composto de:

I - planta do imóvel, em meio digital, conforme solicitado pelo órgão municipal competente e 4 (quatro) vias impressas em escala 1:1.000 ou 1:500, sendo aceito outras escalas, caso necessário, indicando:

a) delimitação, confrontantes, curva de nível de metro em metro, norte magnético e sistema de vias com o devido estaqueamento a cada 20,00m (vinte metros);

b) frações com respectivas dimensões e numeração; c) as faixas não edificáveis com a expressão “FAIXA NÃO EDIFICÁVEL –

indicando a respectiva legislação” nos seguintes casos:

1. cursos d’água, nascentes, águas dormentes e respectivas áreas de preservação permanente, conforme Lei Federal 6.766/79 e Lei Federal 4.771/65 e suas alterações;

2. as faixas dos lotes onde forem necessárias obras de saneamento ou outras de interesse público;

d) sentido de escoamento das águas pluviais; e) raios de curvatura e desenvolvimento das vias internas e seus

cruzamentos, para empreendimentos acima de 10 (dez) unidades; f) largura das vias internas, das pistas de rolamento, das calçadas, dos

passeios, do canteiro central, das ciclovias ou ciclofaixas, quando houver; g) quadro estatístico de áreas, conforme modelo do disponibilizado pelo

órgão municipal competente;

II - cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, do respectivo Conselho Profissional, relativas ao projeto e execução do condomínio;

III - documentos relativos ao condomínio a serem anexados ao projeto definitivo:

Page 31: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 31 -

a) Registro do Imóvel atualizado, com data de emissão de no máximo 90 (noventa) dias e certidão negativa de ônus;

b) certidões negativas de tributos municipais relativas ao imóvel.

§1º O projeto definitivo e demais documentos deverão ser assinados pelo proprietário ou seu representante legal, devidamente constituído por instrumento público e pelo autor do projeto e pelo responsável técnico da execução, devendo ser legíveis e dentro das especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

§2º Quando a doação de áreas institucionais se der com base nos artigo 124, 125 e 126 desta Lei, deverá ser apresentado Registro de Imóveis da área a ser doada e o comprovante do repasse integral dos recursos financeiros.

§3º Para fins de que trata o parágrafo anterior, o autor do projeto e o responsável técnico da execução deverão estar identificados com o número de seus registros nos respectivos conselhos profissionais.

§4º Caso se constate, a qualquer tempo, que os documentos exigidos no inciso III deste artigo são inverídicos, além das conseqüências penais cabíveis, serão consideradas nulas a consulta prévia e as autorizações expedidas pelo Município.

SEÇÃO V Das Modalidades

Art.130. Os condomínios serão classificados de acordo com o número de unidades, disposição das unidades no imóvel e características da edificação, nas seguintes modalidades:

I - residências em série, paralelas ao alinhamento predial; II - residências em série, transversais ao alinhamento predial; III - residências isoladas; IV - residências horizontais; V - verticais, sendo:

a) habitação coletiva; b) uso comercial; c) uso misto.

SUBSEÇÃO I De Residências em Série, Paralelas ao Alinhamento Predial

Art.131. Considera-se condomínio de residências em série paralelas ao alinhamento predial, as residências térreas ou assobradadas, geminadas ou não, situadas ao longo das vias públicas, com no máximo 10 (dez) unidades, obedecidos os seguintes parâmetros:

I - a testada da fração privativa deverá ter, no mínimo, 6,00m (seis metros), acrescida do recuo frontal obrigatório de sua respectiva zona, quando de esquina;

II - a área mínima da fração privativa deverá ter, no mínimo, 125,00m (cento e vinte e cinco metros quadrados), acrescida de 30% (trinta por cento), quando de esquina.

Page 32: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 32 -

SUBSEÇÃO II De Residências em Série, Transversais ao Alinhamento Predial

Art.132. Considera-se condomínio de residências em série transversais ao alinhamento predial, as residências térreas ou assobradadas, geminadas ou não, que exijam abertura de faixa de acesso, com no máximo 10 (dez) unidades, obedecidos os seguintes parâmetros:

I - até quatro (4) unidades internas, o acesso deverá ser por uma faixa de, no mínimo, 4,20m (quatro metros e vinte centímetros), sendo 1,20m (um metro e vinte centímetros) de passeio;

II - com mais de quatro (4) unidades internas, o acesso deverá ser por uma faixa de, no mínimo:

a) 6,50m (seis metros e cinqüenta centímetros), quando as edificações estiverem situadas em um único lado da faixa de acesso, sendo no mínimo 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de passeio;

b) 8,00m (oito metros), quando as edificações estiverem dispostas em ambos os lados da faixa de acesso, sendo no mínimo 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de passeio para cada lado;

III - cada unidade deverá possuir área de terreno de uso exclusivo, com no mínimo, 6,00m (seis metros) de testada e fração privativa de, no mínimo, 40% (quarenta por cento) do lote mínimo da zona onde estiver situado;

IV - nas unidades de frente para a via interna será admitido recuo frontal de 3,00m (três metros);

V - os acessos mencionados nos incisos I e II deverão possuir iluminação artificial de acordo com as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;

Parágrafo único. As residências em série, transversais ao alinhamento predial, somente poderão ser implantadas em lotes com testada mínima de 12,00m (doze metros) e acesso para as vias públicas.

SUBSEÇÃO III De Residências Isoladas

Art.133. Considera-se condomínio de residências isoladas, as residências térreas ou assobradadas, com número de unidades autônomas superior a 10 (dez), obedecidos os seguintes parâmetros:

I - área e testada da fração privativa deverão atender, no mínimo, 80% (oitenta por cento) dos parâmetros estabelecidos para a zona onde estiver situado;

II - reserva de área pública e outras obrigações de acordo com a Seção II deste Capítulo;

III - faixas de acesso com as seguintes dimensões mínimas:

a) quando as edificações estiverem situadas em um só lado da faixa de acesso e esta medir até 120,00m (cento e vinte metros) de comprimento, o acesso será de 8,00m (oito metros) sendo, 5,00m (cinco metros) de pista de rolamento, 2,00m (dois metros) de passeio junto ao alinhamento predial das frações privativas e 1,00m (um metro) junto a divisa do imóvel destinado à ajardinamento;

Page 33: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 33 -

b) quando a faixa de acesso for maior que 120,00m (cento e vinte metros) de comprimento ou as edificações estiverem situadas em ambos os lados da faixa de acesso, o acesso será de, no mínimo, 12,00m (doze metros) sendo, 6,00m (seis metros) de pista de rolamento, 3,00m (três metros) de calçada em ambos os lados da pista;

IV - os acessos mencionados nos inciso III deverão possuir iluminação

artificial de acordo as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT.

Parágrafo único. O condomínio de residências isoladas com mais de 20 (vinte) unidades deverá ter, no mínimo, 2 (dois) padrões arquitetônicos distintos, diferenciados em volume e forma.

SUBSEÇÃO IV De Residências Horizontais

Art.134. Considera-se condomínio de residências horizontais o empreendimento localizado na Unidade Territorial de Planejamento – UTP de Pinhais, que atenda os parâmetros definidos na Lei Municipal de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo, bem como os seguintes:

I - reserva de área pública e outras obrigações de acordo com a Seção II deste Capítulo;

II - faixas de acesso com as seguintes dimensões mínimas:

a) quando as edificações estiverem situadas em um só lado da faixa de acesso e esta medir até 120,00m (cento e vinte metros) de comprimento, o acesso será de, no mínimo, 8,00m (oito metros) sendo, 5,00m (cinco metros) de pista de rolamento, 2,00m (dois metros) de passeio junto ao alinhamento predial das frações privativas e 1,00m (um metro) junto a divisa do imóvel destinado à ajardinamento;

b) quando a faixa de acesso for maior que 120,00m (cento e vinte metros) de comprimento ou as edificações estiverem situadas em ambos os lados da faixa de acesso, o acesso será de, no mínimo, 12,00m (doze metros) sendo, 6,00m (seis metros) de pista de rolamento, 3,00m (três metros) de calçada em ambos os lados da pista;

III - os acessos mencionados no inciso II deverão possuir iluminação artificial

de acordo as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas

– ABNT.

Parágrafo único. O condomínio de residências horizontais com mais de 20 (vinte) unidades deverá ter, no mínimo, 2 (dois) padrões arquitetônicos distintos, diferenciados em volume e forma.

SUBSEÇÃO V Verticais

Art.135. Considera-se condomínio vertical o empreendimento que tenha um

ou mais edifícios, sendo:

Page 34: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 34 -

I - habitação coletiva, edificação residencial com unidades autônomas superpostas;

II - comércio e serviço, edificação comercial com unidades autônomas superpostas;

III - misto, edificação residencial e comercial com unidades autônomas superpostas;

Art.136. O condomínio vertical deverá atender os seguintes parâmetros:

I - reserva de área pública e outras obrigações de acordo com a Seção II deste Capítulo;

II - faixas de acesso com as seguintes dimensões mínimas:

a) 5,00m (cinco metros) em mão dupla, para veículos; b) 3,00m (três metros) em mão única, para veículos; c) 2,00m (dois metros) para pedestres, com acesso independente;

III - os acessos mencionados no inciso II deverão possuir iluminação artificial de acordo com as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;

Parágrafo único. O condomínio vertical com mais de 3 (três) edifícios deverá possuir, no mínimo, 2 (dois) padrões arquitetônicos distintos, diferenciados em volume e forma.

CAPÍTULO IX DAS EDIFICAÇÕES COMERCIAIS

Art.137. As edificações destinadas ao uso comercial deverão atender os parâmetros mínimos dos compartimentos definidos na Tabela IV, bem como:

I - portas de acesso ao público com largura livre de, no mínimo, 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) acrescidas de 1,00m (um metro) para cada 300,00m² (trezentos metros quadrados) da área útil;

II - possuir sanitário com, no mínimo, 1 (um) vaso sanitário e 1(um) lavatório: III - possuir sanitários, distintos para cada sexo, em edificações acima de

100,00m² (cem metros quadrados) da área útil; IV - atender as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT para portadores de necessidades especiais; V - obedecer as especificações das normas sanitárias; VI - atender às exigências do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do

Estado do Paraná; VII - estar de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

Art.138. Para edificações comerciais destinadas a bares, cafés, confeitarias, lanchonetes e congêneres com área acima de 40,00m² (quarenta metros quadrados), e para os restaurantes, independente da área construída, serão necessários compartimentos sanitários públicos distintos para cada sexo, observado o disposto no inciso IV do artigo 137.

Art.139. As edificações comerciais onde houver preparo, manipulação ou depósito de alimentos e nas farmácias, nos compartimentos destinados a guarda de drogas, aviamento de receitas, curativos e aplicações de injeções, deverão possuir

Page 35: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 35 -

pisos e paredes revestidas com material liso, resistente, lavável e impermeável até a altura de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), atendendo as demais normas dos órgãos competentes.

Art.140. As galerias comerciais, além das disposições desta Lei, deverão:

I - ter pé-direito de, no mínimo, 3,00m (três metros); II - ter largura de, no mínimo, 3,00m (três metros) não podendo ser inferior a

1/12 (um doze avos) de seu maior percurso; III - quando houver elevadores, ter hall independente da área destinada a

circulação nas galerias.

Art.141. Será permitida a construção de mezanino, desde que sua área não exceda a 50% (cinqüenta por cento) da área do compartimento inferior.

Art.142. Quando a edificação comercial possuir pátio de carga e descarga, este deverá ter circulo inscrito mínimo de 3,00m (três) metros e não obstruir o acesso das vagas de estacionamento.

CAPÍTULO X DAS EDIFICAÇÕES INDUSTRIAIS

Art.143. As edificações destinadas ao uso industrial, além das disposições desta Lei, deverão:

I - obedecer as especificações das normas sanitárias; II - ser construídas com material incombustível, tolerando-se o emprego de

madeira ou outro material combustível apenas nas esquadrias e estruturas de cobertura;

III - estar de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT; IV - atender às exigências do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do

Estado do Paraná.

CAPÍTULO XI DAS EDIFICAÇÕES ESPECIAIS

SEÇÃO I Das Escolas e Estabelecimentos Congêneres

Art.144. As edificações destinadas a escolas e estabelecimentos congêneres, além das disposições desta Lei deverão atender as normas dos órgãos de educacão e demais legislações pertinentes.

SEÇÃO II Dos Estabelecimentos Hospitalares e Congêneres

Art.145. As edificações destinadas a estabelecimentos hospitalares e congêneres , além das disposições desta Lei deverá atender as normas sanitárias e demais legislações pertinentes.

SEÇÃO III Das Habitações Transitórias

Art.146. As edificações destinadas a hotéis e congêneres, além das disposições desta Lei, deverão:

Page 36: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 36 -

I - possuir 1 (um) sanitário por quarto; II - possuir sanitários distintos para cada sexo, nas áreas de uso comum; III - possuir vestiário e sanitários privativos para os funcionários; IV - atender as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT para portadores de necessidades especiais; V - possuir pisos e paredes de copas, cozinhas, despensas e sanitários de

uso comum, até a altura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), revestido com material lavável e impermeável;

VI - obedecer as especificações das normas sanitárias; VII - estar de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT; VIII - atender às exigências do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do

Estado do Paraná.

Parágrafo único. Nas edificações destinadas a casa de repouso e pensionatos, albergues será permitido a utilização de sanitário de uso coletivo, distinto para cada sexo, na proporção de 1 (um) sanitário para cada 4 (quatro) quartos, observado o disposto no inciso IV deste artigo.

SEÇÃO IV Dos Locais de Reunião e Salas de Espetáculos

Art.147. As edificações destinadas a locais de reunião e salas de espetáculos, além das disposições desta Lei, deverão:

I - possuir sanitários distintos para cada sexo, com no mínimo:

a) 1 (um) vaso sanitário, 1 (um) lavatório e 1 (um) mictório para cada 100 (cem) lugares quando masculino;

b) 2 (dois) vasos sanitários e 1 (um) lavatório para cada 100 (cem) lugares quando feminino;

II - para efeito de cálculo do número de pessoas será considerado, quando não houver lugares fixos, a proporção de 1,00m² (um metro quadrado) por pessoa, referente à área efetivamente destinada às mesmas;

III - as portas de saída e áreas de circulação deverão:

a) ter largura livre de, no mínimo, 2,00m (dois metros), acrescida de 0,01m (um centímetro) por pessoa da lotação prevista para os compartimentos, podendo ser dividida em número de unidades de passagem;

b) deverão ter sentido de abertura para a área externa;

IV - as circulações de acesso e escoamento deverão ter largura livre de, no mínimo, 2,00m (dois metros), acrescida de 0,01m (um centímetro) a cada grupo de 10 (dez) pessoas excedentes à lotação de 150 (cento e cinqüenta) lugares.

V - as circulações internas à sala de espetáculos quando longitudinais e transversais deverão ter largura livre de, no mínimo, 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), acrescida de 0,01m (um centímetro) por lugar excedente a 100 (cem) lugares;

VI - quando o local de reunião ou salas de espetáculos não estiver situado no pavimento térreo, serão necessárias 2 (duas) escadas, no mínimo, que deverão obedecer as seguintes condições:

Page 37: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 37 -

a) as escadas deverão ter largura livre de, no mínimo, 2,00m (dois metros), acrescida de 0,01m (um centímetro) por lugar excedente superior a 100 (cem) lugares;

b) as escadas não poderão ser desenvolvidas em leque ou caracol;

VII - as escadas poderão ser substituídas por rampas, com no máximo 10% (dez por cento) de declividade;

VIII - as escadas e rampas deverão cumprir no que couber, o estabelecido na Seção IV, do Capítulo V, desta Lei;

IX - possuir sala de espera com área mínima de 0,20m² (vinte centímetros quadrados) por pessoa, considerando a lotação máxima;

X - estar de acordo com as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;

XI - obedecer as especificações das normas sanitárias; XII - estar de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT; XIII - atender às exigências do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do

Estado do Paraná.

SEÇÃO V Dos Postos de Abastecimento de Combustíveis e Serviços para Veículos

Art.148. Será permitida a instalação de postos de abastecimento de combustíveis e serviços para veículos de acordo com a Lei Municipal de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo e demais legislações pertinentes.

Art.149. A construção de postos de abastecimento de combustíveis e serviços para veículos será autorizada observadas as seguintes condições:

I - o imóvel deverá possuir área igual ou superior a 900,00m² (novecentos metros quadrados) e testada mínima de 25,00m (vinte e cinco metros);

II - possuir raio de, no mínimo, 100,00m (cem metros) de edificações destinadas à saúde e educação existentes ou programados;

III - só poderão ser instalados em edificações destinadas exclusivamente para este fim;

IV - serão permitidas atividades comerciais junto aos postos de abastecimento de combustíveis e serviços para veículos, somente quando localizadas no mesmo nível dos logradouros de uso público, com acesso direto e independente;

V - as instalações de abastecimento, bem como as bombas de combustíveis, deverão possuir distância de, no mínimo, 8,00m (oito metros) do alinhamento predial e 5,00m (cinco metros) das divisas laterais e de fundos do lote;

VI - a partir do alinhamento predial, o imóvel deverá ser dotado de tratamento paisagístico para evitar a passagem de veículo sobre as calçadas;

VII - a entrada e saída de veículos deverá possuir largura de, no mínimo, 4,00m (quatro metros) e de, no máximo, 8,00m (oito metros), e distância de, no mínimo, 2,00m (dois metros) das laterais do imóvel lindeiro:

a) o meio fio, no trecho correspondente à curva da concordância das ruas, não poderá ser rebaixado na distância de, no mínimo, 5,00m (cinco metros) do encontro dos alinhamentos prediais;

Page 38: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 38 -

b) para testadas com mais de 1 (um) acesso, a distância entre eles deverá ser de, no mínimo, 5,00m (cinco metros);

VIII - a projeção horizontal da cobertura da área de abastecimento não será considerada para aplicação da taxa de ocupação da zona onde estiver inserido, não podendo avançar sobre o recuo do alinhamento predial;

IX - para os postos de abastecimento de combustíveis e serviços para veículos existentes ou a serem construídos, será obrigatória a instalação de pelo menos 3 (três) poços de monitoramento de qualidade da água do lençol freático;

X - atender às exigências da Agência Nacional do Petróleo – ANP e demais legislações pertinentes;

XI - estar de acordo com as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;

XII - obedecer as especificações das normas sanitárias; XIII - estar de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT; XIV - atender às exigências do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do

Estado do Paraná.

§1º Para emissão do alvará de construção a preferência será dada ao processo com número de protocolo mais antigo.

§2º Os parâmetros construtivos para armazenagem de combustíveis, estabelecidas nesta Lei, aplicam-se a todas as atividades que possuam estocagem de combustíveis.

Art.150. As edificações destinadas exclusivamente para serviços em veículos deverão atender às seguintes condições:

I - possuir área coberta para os veículos em reparo ou manutenção; II - possuir pé-direito de, no mínimo, 3,00m (três metros) nos pavimentos e

mezaninos ou de, no mínimo, 4,50m (quatro metros e cinqüenta centímetros) quando houver elevador para veículo;

III - possuir pisos e paredes revestidos com material lavável e impermeável, resistente a freqüentes lavagens;

IV - possuir sistema de drenagem independente, com caixas separadoras de resíduos, para escoamento das águas residuais antes da disposição na rede de águas pluviais, conforme as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e demais normas pertinentes;

V - a área pavimentada deverá ter declividade máxima de 3% (três por cento), com drenagem que evite o escoamento para os logradouros públicos.

Art.151. As instalações para lavagem de veículos deverão:

I - localizar-se em compartimentos cobertos e fechados em pelo menos 2 (dois) lados;

II - ter as aberturas de acesso de, no mínimo, 5,00m (cinco metros) do alinhamento predial;

III - possuir fechamento com material lavável e impermeável, resistente a freqüentes lavagens até a altura de, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros);

IV - possuir pisos revestidos com material lavável e impermeável, resistente a freqüentes lavagens;

Page 39: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 39 -

V - possuir sistema de drenagem independente, com caixas separadoras de resíduos, para escoamento das águas residuais antes da disposição na rede de águas pluviais, conforme as especificações técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e demais normas pertinentes.

CAPÍTULO XII DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

SEÇÃO I Das Penalidades

Art.152. As infrações ao disposto nesta Lei sujeitará o infrator as seguintes penalidades:

I - multas; II - embargo da obra; III - cassação do alvará de construção; IV - interdição da edificação; V - demolição.

§1º Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas ou mais infrações, serão aplicadas, cumulativamente, as penalidades pertinentes.

§2º A aplicação das penalidades previstas neste Capítulo não isenta o infrator de reparar o dano resultante da infração.

§3º Responderá solidariamente com o infrator quem, de qualquer modo, concorrer para a prática da infração ou dela se beneficiar.

§4º As penalidades de que trata este artigo estão dispostas na Tabela V, parte integrante desta Lei.

SEÇÃO II Das Multas

Art.153. A multa será imposta ao infrator que não sanar a irregularidade dentro do prazo fixado na notificação, por quebra do embargo, ou imediatamente, nas hipóteses em que não haja possibilidade de notificação prévia.

Art.154. As multas serão aplicadas ao proprietário ou responsável técnico, se houver, de acordo com a Tabela V desta Lei.

Art.155. Será cobrado o valor da multa a cada reincidência das infrações cometidas, sem prejuízo a outras penalidades legais cabíveis.

Parágrafo único. A reincidência será caracterizada a cada vistoria realizada pela fiscalização.

Art.156. A multa deverá ser paga no prazo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento ou publicação do auto de infração, findo os quais, será inscrita em dívida ativa.

SEÇÃO III Do Embargo

Art.157. A obra será embargada se:

Page 40: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 40 -

I - estiver sendo executada sem o alvará de construção, quando este for necessário;

II - for construída, reconstruída ou acrescida, em desacordo com os termos do alvará de construção;

III - não for observado o alinhamento predial; IV - embora licenciada, estiver em risco a sua estabilidade, com perigo para

o público ou para o trabalhador; V - o infrator não corrigir a irregularidade apontada.

Art.158. Ocorrendo um dos casos mencionados no artigo anterior, o técnico municipal responsável pela fiscalização fará o embargo da obra, notificando o proprietário ou o responsável técnico.

Parágrafo único. Em não sendo localizado o proprietário ou responsável técnico da obra, a notificação do embargo será feita através de publicação no Diário Oficial do Município.

Art.159. A obra embargada será liberada após cumpridas as exigências estabelecidas pelo órgão municipal competente.

Art.160. Desobedecido o embargo, será lavrado o auto de infração e aplicada multa nos termos desta Lei, sendo a reincidência caracterizada a cada vistoria realizada pela fiscalização.

SEÇÃO IV

Da Cassação do Alvará de Construção

Art.161. A cassação do alvará de construção se dará quando:

I - após 3 (três) meses do embargo, no caso de não terem sido efetivadas as providências necessárias para a regularização da obra;

II - houver alteração dos parâmetros construtivos no projeto arquitetônico aprovado, sem o prévio consentimento do órgão municipal competente.

SEÇÃO V Da Interdição da Edificação

Art.162. A interdição da edificação se dará quando:

I - houver risco à saúde, a segurança de pessoas ou bens ou ao meio ambiente, atestado pelo órgão municipal competente ou mediante laudo técnico elaborado por profissional habilitado;

II - não for atendida a notificação para apresentar laudo técnico de estabilidade e segurança da edificação;

III - a edificação tiver sido executada, no todo ou em parte, sem o alvará de construção.

Art.163. Desobedecida a interdição, será lavrado o auto de infração e aplicada multa nos termos desta Lei, sendo a reincidência caracterizada a cada vistoria realizada pela fiscalização.

Art.164. Através de requerimento do interessado ou determinação do órgão municipal competente, poderão ser autorizadas obras necessárias à garantia da

Page 41: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 41 -

estabilidade, segurança e correção da edificação, nos termos desta Lei, podendo ser exigido laudo técnico com Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.

SEÇÃO VI Da Demolição

Art.165. A demolição total ou parcial da edificação poderá ser exigida quando:

I - não for possível a sua regularização; II - for feita sem observância do alinhamento ou em desacordo ao projeto

aprovado; III - constituir ameaça de ruína; IV - estiver em risco a sua estabilidade.

Art.166. A demolição, no todo ou em parte, será de responsabilidade do proprietário do imóvel.

Art.167. O proprietário poderá, às suas expensas, dentro de 48h (quarenta e oito horas), após a notificação, requerer vistoria na construção, a qual deverá ser feita por dois peritos habilitados, sendo um obrigatoriamente indicado pelo Município.

Art.168. Sendo necessária a demolição, será expedida notificação concedendo prazo para cumprimento.

Art.169. Não sendo efetuada a demolição no prazo determinado, o órgão municipal competente adotará as medidas administrativas e judiciais cabíveis para demolição total ou parcial do imóvel.

Art.170. Em havendo o desabamento da edificação, o proprietário ou possuidor do imóvel responderá civil, penal e administrativamente pelos danos causados.

Seção VII Da Aplicação de Penalidade, da Defesa e do Recurso

Art.171. Constatada a inobservância às normas desta Lei, o infrator será notificado para sanar a irregularidade, dentro do prazo fixado na notificação.

§1º Não sanada a irregularidade dentro do prazo, o infrator será autuado, sendo-lhe aplicada a penalidade correspondente à infração, não o isentando de reparar eventual dano causado.

§2º Na impossibilidade de sanar a irregularidade ou em caso de risco iminente de lesão à saúde e à segurança das pessoas ou à segurança do patrimônio público ou privado, o infrator será autuado imediatamente, sem necessidade de notificação a que se refere o caput deste artigo.

Art.172. A notificação, o termo de embargo ou o auto de infração será entregue diretamente ao infrator, ao proprietário e/ou responsável técnico.

§1º Em não sendo localizado o infrator, o proprietário e/ou responsável técnico, a notificação, o termo de embargo ou o auto de infração será enviado via postal com aviso de recebimento.

Page 42: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 42 -

§2º Em não se comprovando o recebimento, a notificação, o termo de embargo ou do auto de infração serão publicado no Diário Oficial do Município.

Art.173. O infrator, o proprietário ou o responsável técnico terá o prazo de 30 (trinta) dias para apresentar defesa contra a notificação, embargo ou autuação, contados da data de seu recebimento ou publicação no Diário Oficial do Município.

Art.174. A defesa se dará por petição e será juntada ao processo administrativo iniciado pelo órgão municipal competente.

Art.175. Apresentada defesa, o processo administrativo será imediatamente encaminhado ao dirigente do órgão municipal responsável pela fiscalização, que caso não considere as alegações do infrator, encaminhará o processo para o Secretário Municipal do órgão responsável pela fiscalização para decisão.

Parágrafo único. Se entender necessário, a autoridade julgadora poderá determinar a realização de diligência, para esclarecer questões duvidosas, bem como solicitar análise da Procuradoria Geral do Município.

Art.176. O extrato de julgamento da decisão proferida pelo Secretário Municipal será publicado no Diário Oficial do Município.

Art.177. Da decisão do Secretário Municipal do órgão responsável pela fiscalização, caberá recurso ao Chefe do Poder Executivo, sem efeito suspensivo, no prazo de 10 (dez) dias contados da publicação do extrato de julgamento no Diário Oficial do Município.

Art.178. O recurso far-se-á por petição, facultada a juntada de documentos.

Parágrafo único. É vedado, em uma só petição, interpor recursos referentes a mais de uma decisão, ainda que versem sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo recorrente, salvo quando as decisões forem proferidas em um único processo.

Art.179. A decisão definitiva exarada pelo Chefe do Poder Executivo, será publicada de extrato de julgamento no Diário Oficial do Município.

Art.180. Mantida a aplicação da multa, a mesma deverá ser recolhida no prazo legal, sob pena de inscrição em dívida ativa e subsequente cobrança judicial.

Art.181. Não sendo atendidas as determinações impostas pelo poder público municipal, será intentada a competente ação judicial.

CAPÍTULO XIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art.182. Os casos omissos serão analisados pelos conselhos competentes.

Art.183. As alterações de atividades em edificações já existentes, deverão observar, no que couber, o disposto nesta Lei.

Art.184. São partes integrantes desta Lei os seguintes anexos:

I - Tabela I – Vagas para estacionamento; II - Tabela II – Edificações residenciais – Compartimentos; III - Tabela III – Habitação coletiva - Áreas comuns; IV - Tabela IV – Edificações comerciais- Áreas comuns e compartimentos;

Page 43: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 43 -

V - Tabela V – Das penalidades.

Art.185. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Lei Municipal nº 502 de 21 de dezembro de 2001, Lei Municipal nº 604 de 3 de outubro de 2003, Lei Municipal nº 709 de 30 de novembro de 2005 e Lei Municipal nº 1034 de outubro de 2009.

Art.186. Todas as remissões em diplomas legislativos às Leis referidas no artigo anterior, consideram-se feitas às disposições correspondentes desta Lei.

Pinhais, 30 de setembro de 2011.

LUIZ GOULARTE ALVES Prefeito Municipal

Publicado no Agora Paraná nº 2157 de 14/10/11.

Page 44: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 44 -

TABELA I: Vagas para estacionamento

CATEGORIA TIPO NÚMERO DE VAGAS PARA ESTACIONAMENTO OU GARAGEM

(12,00m2 CADA VAGA)

edificações

residenciais unidade autônoma habitacional 1 vaga

condomínios

unidade autônoma habitacional 1 vaga

unidade autônoma comercial 1 vaga

edificações comerciais

comércio com área construída

menor ou igual a 500,00m2 1 vaga para cada 50,00m2 de área construída

comércio com área construída

superior a 500,00m2

1 vaga para cada 50,00m2 de área construída e área de pátio de carga e descarga, com as seguintes dimensões:

- até 1.000,00m2 de área construída: mínimo de 100,00m2;

- até 2.000,00m2 de área construída: mínimo de 225,00m2;

- acima de 2.000,00m2 de área construída: 225,00m2 mais 150,00m2 para cada 1.000,00m2 de área construída excedente

centro comercial, shopping center

supermercado e hipermercado

1 vaga para cada 12,50m2 de área destinada à venda e pátio de carga e descarga com as seguintes dimensões:

até 2.000,00m2 de área construída: mínimo de 225,00m2;

acima de 2.000,00m2 de área construída: 225,00m2 mais 150,00m2 para cada 1.000,00m2 de área construída excedente

restaurante, confeitarias, cafés e lanchonete 1 vaga para cada 25,00m2 de área construída.

comércio atacadista em geral

área de estacionamento/espera deve ser maior ou igual a 40% da área construída e área do pátio de carga e descarga,

com as seguintes dimensões:

- até 2.000,00m2 de área construída: mínimo de 225,00m2;

- acima de 2.000,00m2 de área construída: 225,00m2 mais 150,00m2 para cada 1.000,00m2 de área construída

excedente.

edificações industriais indústria em geral

1 vaga para cada 150,00m2 de área construída e área do pátio de carga e descarga, com as seguintes dimensões:

- até 1.000,00m2 de área construída: mínimo de 100,00m2;

- até 2.000,00m2 de área construída: mínimo de 225,00m2;

- acima de 2.000,00m2 de área construída: 225,00m2 mais 150,00m2 para cada 1.000,00m2 de área construída

excedente.

Page 45: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 45 -

CATEGORIA TIPO NÚMERO DE VAGAS PARA ESTACIONAMENTO OU GARAGEM

(12,00m2 CADA VAGA)

edificações especiais

auditório, teatro, anfiteatro, cinema, salão de exposições,

biblioteca e museu 1 vaga para cada 12,50m2 de área destinada aos espectadores.

clube social/esportivo, ginásio de esportes, estádio, academia 1 vaga para cada 12,50m2 de área construída.

cancha poliesportiva 1 vaga para cada 25,00m2 de área construída.

templo, capela, casa de culto e igreja 1 vaga a cada 25,00m2 da área construída.

pré-escolas, jardim de infância, 1° grau

até 100,00m2 de área construída, será facultado.

acima de 100,00m2 de área construída:

área administrativa: 1 vaga a cada 80,00m2 de área construída;

ônibus: 30% da área destinada a salas de aula;

será obrigatória canaleta interna, para embarque e desembarque de veículos, com largura mínima de 2,50m e

com área de acumulação (canaleta de espera) na proporção de 5,00m para cada 100,00m2 de área destinada

a salas de aula, até 400,00m2 e 5,00m para cada 200,00m2 de área excedente.

ensino de 2° grau profissionalizante em geral escolas de artes

e ofícios ensino não seriado

até 100,00m2 de área construída será facultado.

acima de 100,00m2 de área construída:

área administrativa: 1 vaga para cada 80,00m2 de área construída e 1 vaga para cada 50,00m2 de área

destinada a sala de aula.

ensino superior

até 100,00m2 de área construída será facultado.

acima de 100,00m2 de área construída:

área administrativa: 1 vaga para cada 100,00m2 de área construída e 1 vaga para cada 12,5m2 de área

destinada a sala de aula.

alojamento habitações transitórias 1 vaga para cada 3 unidades de alojamento.

entidades financeiras bancos 1 vaga para cada 12,50m2 de área construída.

usos de interesse

público

aqueles exercidos pela administração pública ou que o

desenvolvimento de sua atividade seja de interesse público cada caso será objeto de estudo específico pelo órgão competente

outros usos não

especificados - 1 vaga para cada 25,00m2 de área construída.

Page 46: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 46 -

TABELA II: Edificações residenciais - Compartimentos

COMPARTIMENTO

CIRCULO MÍNIMO

INSCRITO

(DIÂMETRO

MÍNIMO - m)

ÁREA

MÍNIMA

(m²)

ILUMINAÇÃO

MÍNIMA

VENTILAÇÃO

MÍNIMA

PÉ-DIREITO

MÍNIMO

(m)

REVESTIMENT

O PAREDE

(m)

REVESTIMENTO

PISO

(m)

salas 2,40 8,00 1/6 1/12 2,40 - -

quarto principal (pelo menos um

na edificação) 2,40 9,00 1/6 1/12 2,40 - -

demais quartos 2,40 8,00 1/6 1/12 2,40 - -

copa 2,00 4,00 1/6 1/12 2,40 - -

cozinha 1,50 4,00 1/6 1/12 2,20 impermeabilizar até

1,50 impermeável

banheiro 1,00 1,80 1/7 1/14 2.20 impermeabilizar até

1,50 impermeável

lavanderia 1,20 2,00 1/6 1/12 2,20 impermeabilizar até

1,50 impermeável

depósito 1,00 1,80 1/15 1/30 2,20 - -

garagem 2,40 12,00 1/15 1/30 2,20 - impermeável

q empregada 2,00 6,00 1/6 1/12 2,40 - -

circulação 0,90 - - - 2,40 - -

atelier 2,00 6,00 1/5 1/12 2,40 - -

ático 2,00 6,00 1/10 1/20 2,00 - -

porão 1,50 4,00 1/10 1/20 2,00 - -

adega 1,00 - - 1/30 1,80 - impermeável

escada 0,90 - - - 2,10

altura livre mínima - -

Page 47: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 47 -

Observações: I- copa: a) tolerada iluminação zenital concorrendo com 50%(cinqüenta por cento) no máximo da iluminação natural exigida. II- cozinha: a) tolerada iluminação zenital concorrendo com 50% (cinqüenta por cento) no máximo da iluminação natural exigida. III- banheiro: a) tolerada iluminação e ventilação zenital; b) tolerada chaminés de ventilação e dutos horizontais; c) não poderá comunicar-se diretamente com a cozinha. IV- lavanderia: a) tolerada iluminação e ventilação zenital; b) tolerada chaminés de ventilação e dutos horizontais. V- depósito: a) tolerada iluminação e ventilação zenital; b) tolerada chaminés de ventilação e dutos horizontais. VI- garagem: a) poderá ser computada como área de ventilação a área da porta. V- circulação: a) tolerada iluminação e ventilação zenital; b) tolerada chaminés de ventilação e dutos horizontais; c) para circulações com mais de 3,00m (três metros) de comprimento, a largura mínima é de 1,00m (um metro); d) para circulações com mais de 10,00m (dez metros) de comprimento é obrigatória a ventilação; e a sua largura, igual ou maior que 1/10 (um dez avos) do comprimento. VI- ático: a) permitida iluminação e ventilação zenital; b) deverá obedecer às condições exigidas para a finalidade a que se destina. VII- porão: a) deverá obedecer às condições exigidas para a finalidade a que se destina. VIII- dimensões mínimas para habitação de interesse social demandado do poder público: a) quarto: tolerada área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados); b) sala e cozinha agregadas: tolerada área total mínima de 8,00m² (oito metros quadrados). IX- pé-direito máximo quando existir mezanino = 6,00m Observações gerais: I- as linhas de iluminação e ventilação mínima referem-se à relação entre a área da abertura e a área do piso; II- todas as dimensões são expressas em metros; III- todas as áreas são expressas em metros quadrados.

Page 48: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 48 -

TABELA III: Habitação coletiva - Áreas comuns

HALL PRÉDIO HALL PAVIMENTO CIRCULAÇÃO ESCADAS RAMPAS

círculo inscrito

(diâmetro mínimo – m) 2,20 1,50 1,20 1,20 1,20

área mínima

(m²) 6,00 3,00 - - -

ventilação mínima 1/20 1/20 - - -

pé-direito mínimo

(m) 2,40 2,40 2,40 2,10 2,10

observações 1-2 2-3-4-5 6-7-8-9 - -

Observações: I- copa: I - a área mínima de 6,00m² é exigida quando houver um só elevador; quando houver mais de um elevador, a área deverá ser acrescida em 30% por

elevador; II - quando não houver elevadores, admite-se círculo inscrito - diâmetro mínimo de 1,20m; III - tolerada a ventilação por meio de chaminés de ventilação e dutos horizontais; IV - deverá haver ligação entre o hall e a caixa de escada; V - tolerada ventilação pela caixa de escada; VI - quando a área da circulação for superior a 10,00m2, deverão ser ventilados na relação 1/24 da área do piso; VII - quando o comprimento da circulação for superior a 10,00m esta deverá ser acrescida de 0,10m a cada 5,00m ou fração; VIII - quando não houver ligação direta com o exterior, será tolerada ventilação por meio de chaminés de ventilação ou pela caixa de escada; IX - deverá ser de material incombustível ou tratada para tal; X - a linha de ventilação mínima refere-se à relação entre a área da abertura e a área do piso.

Page 49: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 49 -

TABELA IV: Edificações comerciais – Áreas comuns e compartimentos

CIRCULO

INSCRITO

(DIÂMETRO

MÍNIMO -m)

ÁREA

MÍNIMA

(m²)

ILUMIN.AÇÃO

MÍNIMA.

VENTILAÇÃO

MÍNIMA

PÉ-DIREITO MÍNIMO

(m)

REVESTIMENTO

PAREDE

(m)

REVESTIMENTO

PISO

hall do prédio 3,00 12,00 - - 3,00 - impermeável

hall pavimento 2,00 8,00 - 1/12 3,00 - -

circulação principal 1,30 - - - 3,00 - impermeável

circulação

secundária 1,00 - - - 3,00 - impermeável

escadas comuns/

colet. 1,20 - - -

2,10

altura livre mínima impermeabilizar ate 1,50 Incombustível

ante-salas 1,80 4,00 - 1/12 3,00 - -

salas 2,40 6,00 1/6 1/12 3,00 - -

sanitários 0,90 1,50 - 1/12 2,20 impermeabilizar. ate 1,50 impermeável

kit 0,90 1,50 - 1/12 2,20 impermeabilizar. 1,50 impermeável

lojas 3,00 - 1/7 1/14 3,00 - -

sobre

lojas/mezanino 3,00 - 1/7 1/14 3,00 - -

industrial - - - - 3,00 - -

Observações: I- Hall do Prédio: a) a área mínima de 12,00m² é exigida quando houver um só elevador, quando houver mais de um elevador, a área deverá ser aumentada em 30% por elevador

Page 50: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 50 -

TABELA V: Das penalidades

DETALHAMENTO DA INFRAÇÃO DETALHAMENTO DA PENALIDADE

ITE

M

DESCRIÇÃO DISPOSITIVO

INFRINGIDO

NO

TIF

ICA

ÇÃ

O

PR

AZ

O D

E

AT

EN

DIM

EN

TO

DA

NO

TIF

ICA

ÇÃ

O

(DIA

S)

INF

RA

TO

R

(ES

)

MULTA

EM

BA

RG

O

CA

SS

ÃO

DA

LIC

EN

ÇA

INT

ER

DIÇ

ÃO

DE

MO

LIÇ

ÃO

VA

LO

R E

M

UF

M

PR

AZ

O P

AR

A

PA

GA

ME

NT

O

(DIA

S)

1 Execução de obra sem alvará de construção Art. 2º , Art. 17 e Art.

32 Não -- Proprietário 30 30 Sim -- Sim Sim

2 Execução de obra em construção integrante de patrimônio

histórico, sem as devidas autorizações Art. 2º, §3º Sim 10 Proprietário 15 30 Sim -- Sim __

3 Não manter as condições de estabilidade, segurança e

salubridade da obra e edificações Art. 9º Sim 10 Proprietário 30 30 Sim Sim Sim Sim

4 Realizar a obra em desacordo com o projeto aprovado

Art. 11, Art. 21 , parágrafo único do

Art. 27 , Art. 59, Art. 60

Sim 10 Proprietário e Responsável

Técnico 20 30 Sim Sim Sim Sim

5 Não apresentar novo responsável técnico, no prazo legal Art. 13, §1º Sim 3 Proprietário 15 30 Sim Sim Sim Sim

6 Não afixar placa profissional na obra Art. 14 Sim 10 Responsável

Técnico 15 30 -- -- -- --

7 Instalar canteiro de obras em imóvel distinto da obra, sem

licença provisória Art. 17, parágrafo

único e Art. 33 Sim 3

Proprietário e Responsável

Técnico 30 30 -- -- Sim --

8 Executar obra, com o alvará de construção vencido Art. 19, §1º e §3º Não 10 Proprietário e Responsável

Técnico 20 30 Sim -- Sim Sim

9 Deixar de informar a paralisação da obra Art. 20 Sim 10 Proprietário ou Responsável

Técnico 15 30 Sim Sim -- Sim

Page 51: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 51 -

DETALHAMENTO DA INFRAÇÃO DETALHAMENTO DA PENALIDADE

ITE

M

DESCRIÇÃO DISPOSITIVO

INFRINGIDO

NO

TIF

ICA

ÇÃ

O

PR

AZ

O D

E

AT

EN

DIM

EN

TO

DA

NO

TIF

ICA

ÇÃ

O

(DIA

S)

INF

RA

TO

R

(ES

)

MULTA

EM

BA

RG

O

CA

SS

ÃO

DA

LIC

EN

ÇA

INT

ER

DIÇ

ÃO

DE

MO

LIÇ

ÃO

VA

LO

R E

M

UF

M

PR

AZ

O P

AR

A

PA

GA

ME

NT

O

(DIA

S)

10 Não manter os documentos relativos a obra no canteiro de

obras Art. 22 Sim 3 Proprietário 15 30 Sim Sim -- --

11 Não demolir obra ameaçada de desabamento Art. 24 Sim Imediata Proprietário 30 30 -- -- Sim Sim

12 Não solicitar a CVCO, após a conclusão da obra Art. 26 Sim 30 Proprietário 15 30 -- -- Sim Sim

13 Não solicitar a CVCD, após a conclusão da demolição Art. 29 Sim 30 Proprietário 15 30 -- -- -- --

14 Deixar de refazer a cobertura vegetal pré existente do

imóvel utilizado como canteiro de obras Parágrafo único do

Art. 33 Sim 30

Proprietário da Obra

15 30 -- -- -- --

15 Manter qualquer material de construção nas vias e

logradouro público, bem como a utilização destes locais como canteiro de obras ou depósito de entulhos

Art. 34 Sim 10 Proprietário e Responsável

Técnico 20 30 Sim -- Sim Sim

16

Instalação de elementos no canteiro de obras que prejudiquem a arborização da via, a iluminação pública, a visibilidade de placas, avisos ou sinais de trânsito e outras

instalações de interesse público

Art. 35 Sim 10 Proprietário e Responsável

Técnico 20 30 Sim Sim -- --

17 Deixar de adotar as medidas e equipamentos de proteção

e segurança Art. 36 Sim 10

Proprietário e Responsável

Técnico 20 30 Sim Sim Sim --

18 Executar obra no alinhamento predial sem instalaçao de

tapume ou instalar tapume sem o alvará de construção ou demolição

Art. 37 caput e parágrafo único

Sim 3 Proprietário e Responsável

Técnico 15 30 Sim Sim Sim --

Page 52: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 52 -

DETALHAMENTO DA INFRAÇÃO DETALHAMENTO DA PENALIDADE

ITE

M

DESCRIÇÃO DISPOSITIVO

INFRINGIDO

NO

TIF

ICA

ÇÃ

O

PR

AZ

O D

E

AT

EN

DIM

EN

TO

DA

NO

TIF

ICA

ÇÃ

O

(DIA

S)

INF

RA

TO

R

(ES

)

MULTA

EM

BA

RG

O

CA

SS

ÃO

DA

LIC

EN

ÇA

INT

ER

DIÇ

ÃO

DE

MO

LIÇ

ÃO

VA

LO

R E

M

UF

M

PR

AZ

O P

AR

A

PA

GA

ME

NT

O

(DIA

S)

19 Ocupar mais da metade da calçada com tapume ou utilizar

o espaço aéreo da calçada, sem autorização do órgão municipal competente

Art. 38 caput e parágrafo único

Sim 3 Proprietário e Responsável

Técnico 15 30 Sim Sim Sim Sim

20 Ocupar mais da metade da calçada com andaimes ou

deixar de adotar as medidas de proteção para circulação de pedestres

Art. 39 Sim 3 Proprietário e Responsável

Técnico 15 30 Sim Sim Sim Sim

21 Não utilizar andaime de proteção do tipo "bandeja-salva-vidas" em obras com mais de 3 pavimentos ou instalá-lo

em desacordo com as especificações desta lei

Art. 40 caput e paragráfo único

Sim 3 Proprietário e Responsável

Técnico 15 30 Sim Sim Sim --

22 Utilizar andaimes mecânicos suspensos, sem guarda-

corpo ou instalá-lo em desacordo com as especificações desta lei

Art. 41 Sim 3 Proprietário e Responsável

Técnico 15 30 Sim Sim Sim --

23 Deixar de recuar os tapumes ou de retirar os andaimes em

obra paralisada Art. 42 Sim 10

Proprietário e Responsável

Técnico 15 30 Sim Sim Sim Sim

24 Deixar de adotar medidas de segurança nas escavações

e aterros Art. 43 Sim 5

Proprietário e Responsável

Técnico 20 30 Sim Sim Sim --

25 Deixar de executar obras de proteção contra o deslocamento de terra de caráter permanente

Art. 44 Sim 10 Proprietário 15 30 Sim Sim Sim --

26 Deixar de instalar, quando necessário, sistema de

drenagem de águas pluviais nas movimentações de terra Art. 45 Sim 10

Proprietário e Responsável

Técnico 30 30 Sim Sim Sim --

27 Executar movimentação de terra sem autorização dos

órgãos competentes Art. 46 Não -- Proprietário 30 30 Sim Sim Sim --

Page 53: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 53 -

DETALHAMENTO DA INFRAÇÃO DETALHAMENTO DA PENALIDADE

ITE

M

DESCRIÇÃO DISPOSITIVO

INFRINGIDO

NO

TIF

ICA

ÇÃ

O

PR

AZ

O D

E

AT

EN

DIM

EN

TO

DA

NO

TIF

ICA

ÇÃ

O

(DIA

S)

INF

RA

TO

R

(ES

)

MULTA

EM

BA

RG

O

CA

SS

ÃO

DA

LIC

EN

ÇA

INT

ER

DIÇ

ÃO

DE

MO

LIÇ

ÃO

VA

LO

R E

M

UF

M

PR

AZ

O P

AR

A

PA

GA

ME

NT

O

(DIA

S)

28 Deixar de implantar área mínima de vegetação no recuo

frontal Art. 59 Sim 10 Proprietário 20 30 -- -- Sim --

29 Deixar de atender ao recuo frontal obrigatório Art. 60 Sim 10 Proprietário 30 30 -- -- Sim Sim

30 Utilizar o recuo frontal como estacionamento Art. 67 Sim 10 Proprietário 15 30 -- -- -- --

31 Implantar estacionamento coletivo, sem autorização Art. 69 Sim 10 Proprietário 20 30 -- -- Sim --

32 Deixar de implantar em estacionamento com revestimento

impermeável, sistema de drenagem, acumulação e descarga das águas pluviais

Art. 70 Sim 10 Proprietário 20 30 -- -- Sim --

33 Deixar de implantar ou conservar calçada na testada do

imóvel. Art. 73 Sim 30

Proprietário ou Condomínio

15 30 -- -- -- --

34 Não construir ou manter em bom estado, muro de fecho

em terreno baldio Art. 74 Sim 30 Proprietário 15 30 -- -- -- --

35 Executar muro em desacordo com os parâmetros

estabelecidos nesta Lei Art. 75 e Art. 76 Sim 30

Proprietário ou Condomínio

15 30 Sim -- -- Sim

36 Deixar de atender as distâncias mínimas perpendiculares

para abertura em relação a divisa Art. 84 Sim 15 Proprietário 20 30 Sim Sim Sim --

37 Deixar de atender as disposições estbelecidas nesta lei,

quanto as instalações hidrosanitárias Art. 84 a Art. 90 Sim 10 Proprietário 20 30 Sim Sim Sim --

38 Efetuar o lançamento das águas pluviais em desacordo

com esta Lei Art. 91 Sim 10 Proprietário 20 30 Sim Sim Sim --

Page 54: PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS - pinhais.pr.gov.br · prefeitura municipal de pinhais estado do paranÁ lei1236-11_código de obras - 1 - lei nº 1236, de 30 de setembro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL DE PINHAIS

ESTADO DO PARANÁ

Lei1236-11_Código de Obras - 54 -

DETALHAMENTO DA INFRAÇÃO DETALHAMENTO DA PENALIDADE

ITE

M

DESCRIÇÃO DISPOSITIVO

INFRINGIDO

NO

TIF

ICA

ÇÃ

O

PR

AZ

O D

E

AT

EN

DIM

EN

TO

DA

NO

TIF

ICA

ÇÃ

O

(DIA

S)

INF

RA

TO

R

(ES

)

MULTA

EM

BA

RG

O

CA

SS

ÃO

DA

LIC

EN

ÇA

INT

ER

DIÇ

ÃO

DE

MO

LIÇ

ÃO

VA

LO

R E

M

UF

M

PR

AZ

O P

AR

A

PA

GA

ME

NT

O

(DIA

S)

39 Deixar de atender aos disposições estabelecidas nesta

Lei, quanto a captação, condução e dissipação de energia das águas pluviais

Art. 93 Sim 10 Proprietário 20 30 -- -- Sim --

40 Realizar ligação de condutores de águas pluviais à rede de

esgotos Art. 94 Sim 10 Proprietário 20 30 -- -- Sim --

41 Deixar de instalar ou manter sistema de proteção contra

descargas atmosféricas Art. 103 Sim 10 Proprietário 20 30 -- -- Sim --

42 Não dispor de local adequado para armazenagem dos

resíduos sólidos Art. 107 Sim 10

Proprietário ou Condomínio

20 30 -- -- -- --

43 Construir portarias, guaritas e abrigos para guarda, sem

autorização do órgão competente Art. 115 Sim 10

Proprietário ou Condomínio

30 30 Sim Sim Sim Sim

44 Deixar de remover as portarias, guaritas e abrigos para

guarda, quando solicitado pelo órgão competente Parágrafo único do

Art. 115 Sim 10

Proprietário ou Condomínio

30 30 -- -- Sim Sim

45 Alterar a destinação das áreas comuns, após a

implantação do condomínio Art. 118 Sim 10 Condomínio 30 30 -- -- Sim Sim

46 Deixar de solicitar o lançamento da averbação do empreendimento no órgão municipal competente

Art. 122 Sim 10 Proprietário 15 30 -- -- -- --

47 Contruir mezanino sem autorização do órgão municipal

competente ou com área superior a 50% do compartimento inferior

Art. 140 Sim 15 Proprietário 30 30 Sim -- Sim Sim