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Relatório de Avaliação Externa Relatório Final R4E: Recursos para o Empreendedorismo Dezembro de 2009

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Relatório de Avaliação Externa

Relatório Final

R4E: Recursos para o Empreendedorismo Dezembro de 2009

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Índice

Introdução.................................................................................................................. 3

Sumario Executivo...................................................................................................... 3Objectivo Geral .................................................................................................................................................4Objectivos Específicos ...................................................................................................................................4Metodologia de Avaliação...........................................................................................................................4Acções desenvolvidas ....................................................................................................................................5

O Projecto PEI............................................................................................................. 6Objectivos ............................................................................................................................................................6Parceria .................................................................................................................................................................6Actividades..........................................................................................................................................................6Dados gerais (quantitativos)......................................................................................................................8

Análise Qualitativa ..................................................................................................... 9Projecto PEI - Apreciação global............................................................................................................ 10Programa de mentores do Projecto PEI............................................................................................. 15Resumo de Indicadores do Projecto PEI ............................................................................................ 17

Conclusões e Recomendações .................................................................................. 18Outras considerações.................................................................................................................................. 21

Contactos e informações .......................................................................................... 22 Os anexos I, II, III e IV são apresentados em documentos autónomos, fazendo, ainda assim, cada um deles, parte integrante do presente relatório.

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Introdução O presente documento contextualiza-se, enquanto resultado do processo de avaliação externa do projecto PEI (Promoção do Empreendedorismo Imigrante), na estratégia da entidade promotora do projecto e da sua parceria, a qual, atribuindo elevada relevância ao exercício de avaliação, optou pelo desenvolvimento de um processo de avaliação de carácter externo e independente. Os resultados desse exercício contínuo de avaliação são então concretizados, não só pelos também contínuos contactos e partilha entre a entidade avaliadora e a parceria do projecto, mas sobretudo pela produção de dois relatórios, um intermédio, entregue em Novembro de 2009 ainda no decurso do projecto, e um ultimo relatório (relatório final), complementar ao primeiro e que agora se apresenta já com informação de carácter final sobre o projecto e suas actividades.

Sumario Executivo Para além dos normais momentos de reflexão crítica desenvolvidos ao longo do projecto, quer sobre os simples actos de gestão e planeamento de acções, quer no âmbito da realização das actividades, o processo de avaliação externa do programa para a Promoção do Empreendedorismo Imigrante (PEI), foi suportado pela realização de sessões (workshops) presenciais (desenvolvidas segundo metodologias de focus group e de entrevista, dirigidas aos diferentes grupos de agentes envolvidos) e pela aplicação de questionários que, em determinados momentos chave da implementação do PEI, foram disponibilizados e aplicados digitalmente a cada um dos grupos intervenientes no programa. Os questionários foram aplicados através de uma plataforma online (http://acidi.adtr.pt/avaliacao_pei) e os dados recolhidos foram sistematizados em grelhas de análise simples, sendo que, uma vez terminado o projecto, se justifica efectuar uma análise mais profunda, quer com base na experiência de implementação do PEI por parte dos seus promotores e parceiros, quer por uma análise específica dos resultados alcançados pelo projecto e pelas suas actividades. O enfoque do processo de avaliação externa regulou-se por dois pilares fundamentais da planificação e desenvolvimento do PEI. Primeiro, o nível de participação dos diferentes agentes e parceiros e o seu concreto envolvimento no projecto, e segundo, a crescente satisfação desses agentes e parceiros e a eficiência e eficácia dos processos e metodologias aplicadas ao projecto. Tal como já identificado antes no relatório de avaliação intermédio, através de análise simplificada é fácil verificar uma tendência para uma avaliação global muito positiva, por parte de promotores, parceiros e beneficiários. Embora seja clara esta tendência, ela não implica que o projecto estivesse isento de falhas ou pontos fracos, ou que a mesma visão e opinião seja partilhada consensualmente por todos os intervenientes. Nos pontos do presente relatório dedicados às recomendações e à apresentação dos dados recolhidos através dos questionários e da entrevista, consideramos existir material adicional para uma reflexão participada das entidades envolvidas no projecto, sendo que essa reflexão poderá ser decisiva, não só para melhorar a eficácia e o impacto de intervenções futuras, como também para a melhoria das metodologias e instrumentos de trabalho utilizados.

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Objectivo Geral O processo de avaliação externa propõe-se contribuir para aumentos de eficiência, eficácia e efectividade do projecto PEI e consequentemente dos seus resultados e objectivos próprios (relacionados com o estímulo de uma atitude e de competências mais empreendedora nos grupos alvo). Assim, pretendeu-se por um lado avaliar objectivamente os resultados alcançados pelo PEI, e por outro identificar os aspectos que importa corrigir e os outputs que interessa realçar, formulando recomendações no sentido da valorização do projecto em edições futuras.

Objectivos Específicos A avaliação externa deverá, entre outros, permitir:

Aumentar a capacidade de gestão do próprio projecto; Detectar erros ou desvios relacionados com a implementação do projecto; Aumentar a capacidade técnica da equipa e dos parceiros e estimular a aprendizagem

“sectorial”; Aumentar a capacidade para detectar, gerir e minimizar os riscos; Redefinir os objectivos do projecto aquando da ocorrência de mudanças externas ou

quando isso aumente a adequabilidade do projecto.

Metodologia de Avaliação A selecção da metodologia de avaliação a aplicar a um determinado processo reveste-se sempre de alguma dificuldade quando vista na óptica da equipa avaliadora. Tal sucede pelo facto de existirem inúmeras soluções técnicas disponíveis, que nalgum momento terão demonstrado óptimos resultados, mas sobretudo porque a sua selecção é condicionada por uma série de factores externos à avaliação (contexto técnico, públicos-alvo, tipo de parceria, tempo e recursos disponíveis, etc.), os quais só podem normalmente ser aferidos depois de se iniciar o processo avaliativo. No sentido da boa concretização dos objectivos identificados antes, optou-se pela utilização de ferramentas práticas e flexíveis, pouco dispendiosas em termos de tempo (por parte de agentes, parceiros e beneficiários do projecto) e recursos financeiros, e que permitiram recolher as informações em que se fundamenta a avaliação. Não sendo simples, o equilíbrio entre a metodologia seleccionada (e as técnicas utilizadas) e as necessidades operacionais concretas do projecto e da parceria (respostas, orientações, monitorização) foi considerado factor-chave em todo o processo. Por um lado, nem o interesse “teórico” e “científico” deve comprometer o tempo útil no qual deveriam ser emitidas respostas avaliativas, nem essa necessidade de respostas e orientações em tempo útil, muitas vezes encurtado por essa mesma necessidade, deve conduzir ao enfraquecimento técnico do processo de avaliação, promovendo respostas mais superficiais, menos sustentadas ou de validação duvidosa. Como descrito atrás, a recolha de informação suportou-se na aplicação de questionários de avaliação através de uma plataforma online (http://acidi.adtr.pt), pela análise de informação recolhida e disponibilizada pela coordenação do projecto, e pelo desenvolvimento de momentos de discussão focalizada com promotores e técnicos da parceria. Em resumo, o processo de avaliação desenvolveu-se segundo uma abordagem multi-método, podendo afirmar-se que a natureza das actividades do projecto teria permitido uma abordagem unidimensional de menor complexidade.

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Acções desenvolvidas O Relatório de Avaliação Final reporta ao período decorrido desde o início do projecto até à sua conclusão, no final de 2009. Durante este período foram desenvolvidas as seguintes acções de avaliação:

Participação em reuniões de trabalho e/ou outras actividades e eventos relevantes: Participação na Reunião de Trabalho com Instituições – CNAI, Lisboa, 13 de Julho de

2009; Participação, como observadores, na Reunião do Júri Local do CNAI Lisboa, 24 de

Julho de 2009; Participação, como observadores, na Sessão final do Júri Nacional do Concurso de

Ideias e Negócios - CNAI, Lisboa, 15 de Setembro de 2009; Participação, como Observador, em sessão de formação de imigrantes

empreendedores (Grupo 4) – Associação Capela, Portimão, 12 de Setembro de 2009;

Elaboração de instrumentos de avaliação para recolha de informação: Construção de plataforma internet para informar e disponibilizar os respectivos

questionários online; Instrumento de avaliação relativo à capacitação dos empreendedores - Inquérito on-

line aos beneficiários – Outubro/Novembro 2009; Instrumento de avaliação relativos à capacitação da Equipa de Mediadores

interculturais (do ACIDI e das entidades parceiras) – Inquérito on-line aos formandos; Instrumento de monitorização de actividades, parceiros e beneficiários, aplicado aos

decisores do projecto (inquérito on-line); Instrumento de avaliação final relativo ao projecto e suas actividades - Inquérito on-

line aos Técnicos e Mediadores do PEI – Dezembro 2009; Instrumento de avaliação final relativo ao projecto e suas actividades - Inquérito on-

line aos Técnicos Externos do PEI (consultores e formadores) – Dezembro 2009; Instrumento de avaliação final relativo ao Programa de Mentores - Inquérito on-line

aos Mentores aderentes – Dezembro 2009;

Outros: Definição de indicadores/critérios; Realização de Focus Group de Avaliação com mediadores interculturais e técnicos

das entidades parceiras – CNAI, Lisboa, 15 de Outubro de 2009; Outros contactos formais e informais com a equipa do projecto; Análise documental e estatística (documentos de trabalho, actas de reuniões,

informação de divulgação, respostas aos questionários, outros materiais disponibilizados);

Realização de Entrevista de Avaliação com mediadores interculturais e coordenação do PEI – CNAI, Lisboa, Dezembro de 2009;

Análise documental e estatística de inquéritos aplicados pelo promotor do projecto aos beneficiários das acções de formação (empreendedores);

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O Projecto PEI Objectivos O ACIDI, I.P. promoveu até ao final de 2009 um projecto-piloto intitulado Projecto Promoção do Empreendedorismo Imigrante que teve por finalidade apoiar o Empreendedorismo Imigrante, tendo em vista os seguintes objectivos:

Desenvolver atitudes empreendedoras; Desenvolvimento de competências pessoais, sociais e de gestão empresarial fundamentais

para a criação de um negócio; Promoção da criação de negócios; Facilitação da ligação entre os potenciais imigrantes e os programas de apoio ao

empreendedorismo já existentes; Promoção da formalização de negócios existentes.

Parceria Para desenvolver este projecto o ACIDI contou com 10 parceiros, promotores de UNIVAS/GIP’s Imigrantes e projectos desenvolvidos no âmbito do Programa Escolhas, que em conjunto desenvolveram esta experiência piloto. Foram eles:

ACIDI: CNAI Lisboa; SEIVA - Associação de Desenvolvimento ao Serviço da Vida (IPSS); AGUINENSO: Associação Guineense de Solidariedade Social; Associação dos Africanos do Concelho de Vila Franca de Xira; Associação de Jardins-Escola João de Deus; Associação Cultural e Juvenil Batoto Yetu Portugal; Geração Adolescer - Associação Integração Psico-Social Crianças e Jovens; Grupo de Aeromodelismo "Os Caças"; Solidariedade Imigrante – Beja; CAPELA - Centro de Apoio à População Emigrante de Leste e Amigos.

Actividades Pretendeu-se apoiar os potenciais empreendedores na concretização das suas ideias de negócios, bem como contribuir centralmente para os objectivos propostos, nomeadamente através das seguintes tipologias de actividades:

Comunicação e Divulgação (do projecto e suas acções); Concurso de Ideias de Negócio; Mobilização de entidades parceiras; Formação e capacitação de técnicos (ACIDI + parceiros); Formação e capacitação dos imigrantes empreendedores; Gestão do projecto (2 níveis: topo - promotores/decisores, e intermédio - Equipa de

Mediadores Interculturais); Programa de mentores (sendo esta uma actividade não prevista inicialmente pode-se desde

já considerá-la também enquanto resultado do projecto)

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Estes grupos de actividades integraram diferentes sub-actividades, as quais concorreram para objectivos específicos também diferenciados. Na tabela seguinte pode encontrar-se a sua estrutura.

Actividades Sub - actividades Objectivos Indicadores Comunicação e Divulgação

Sessão pública de Apresentação do programa (PEI) Lançamento de folheto informativo

Divulgar o projecto no sentido de “angariar” candidatos ao Concurso de Ideias de Negócio e formandos

N.º de sessões realizadas; N.º de recursos de apoio à divulgação produzidos

Concurso de Ideias de Negócio

Divulgação; Recepção de candidaturas; Análise das Ideias de Negócio (reuniões do júri); Anúncio oficial e Entrega dos Prémios;

Incentivar os imigrantes a criarem uma empresa (através do prémio); Angariar formandos

n.º de candidaturas recebidas n.º de imigrantes inscritos nas acções de formação

Mobilização de entidades parceiras

Reuniões de trabalho com entidades; Workshops para dinamizadores locais.

Envolver a Rede das entidades GIP Imigrante para melhor chegar às populações imigrantes de várias zonas do país

Assiduidade nas reuniões e evento Capacidade de resposta da entidade

Formação e capacitação de técnicos (ACIDI + parceiros)

Formação I e II (2x) Capacitar os mediadores interculturais (ACIDI) e os técnicos das entidades parceiras para prestarem um melhor apoio aos imigrantes empreendedores

n.º de pessoas (por entidade) que frequentou os 2 dias; nº de pessoas que frequentou apenas 1 dia; frequência de contactos com os Mediadores Interculturais do ACIDI

Formação e capacitação dos imigrantes empreendedores

28 h formação em sala (7x); 14 h apoio personalizado (7x); Acompanhamento aos beneficiários

Dotar os formandos de conhecimentos necessários à criação de uma empresa; Desenvolver competências pessoais, sociais e de gestão empresarial para a criação de um negócio; Promover a criação de negócios; Desenvolver atitudes empreendedoras.

N.º de imigrantes inscritos N.º de imigrantes que terminam a formação N.º de negócios criados

Programa de Mentores Reunião com instituições (Divulgação) Divulgação no Facebook Matching de mentores e empreendedores Reunião de apresentação (mentor/empreendedor)

Certificação de negócios viáveis Encaminhamento para financiamento Mentoria/Coaching Apoio às Start-up’s

Nº de Empreendedores acompanhados N.º de Mentores envolvidos N.º de entidades externas envolvidas

Gestão do Projecto Providenciar para que o projecto cumpra os objectivos propostos.

Cumprimento dos objectivos quantitativos e qualitativos

A actividade central do projecto, para a qual concorrem e subsidiam todas as outras, é a formação e capacitação dos imigrantes empreendedores.

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O projecto contempla 10 grupos de formandos, perfazendo um total de 159, distribuídos, geograficamente, da seguinte forma:

Local Grupos de formandos Local Grupos de formandos Beja 1 grupo Portimão 1 grupo

Lisboa 4 grupos Porto 4 grupos

A geografia dos parceiros, e respectivos contactos, pode ser consultada em Google Maps.

Dados gerais (quantitativos)

Dados quant. Valor Actividade Beneficiários Beneficiários 173 Beneficiários Formação de Empreendedores 159

% Feminino ±60% (104 Beneficiárias) Sessões de Apoio Personalizado 150

% Masculino ±40% (69 beneficiários) Ideias de negócio apresentadas 140

CIN – Concurso de Ideias de Negócio 126

A análise dos dados quantitativos e a caracterização dos beneficiários do PEI é apresentada com mais detalhe no Anexo I.

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Análise Qualitativa Considerando o baixo número de respondentes aos inquéritos (de um universo constituído por todo o pessoal técnico envolvido no PEI) e simultaneamente o desequilíbrio na representatividade das respostas (em 6 respondentes, 3 pertencem a uma só organização, sendo esta última a entidade promotora), e, consequentemente, a sua análise e leitura quantitativa não ser producente, foi, ainda assim, possível extrair das respostas recolhidas informações chave para a melhoria contínua do projecto e da sua intervenção. Neste sentido uma análise qualitativa das respostas pode proporcionar uma leitura clara, directa e focada sobre os resultados e concretamente sobre os factores críticos que influenciaram positiva e negativamente o projecto. Neste ponto, procura-se então apresentar os aspectos mais salientes, identificados aos olhos de três grupos de agentes (promotores, técnicos e consultores), que marcaram o desenvolvimento do PEI até à sua conclusão. Dado o carácter complementar do presente relatório (em relação ao relatório intermédio de avaliação externa) não se reforçam neste ponto aqueles aspectos anteriormente destacados, mas antes aqueles que em fase final de análise assumem importância crítica para o PEI e para os seus promotores. As informações aqui apresentadas não dispensam a consulta dos anexos ao presente relatório. Da sua análise poderão ser retirados elementos úteis ao melhor desenvolvimento de acções futuras ou daquelas que apresentam melhores condições de continuidade. Mais especificamente, uma análise gráfica detalhada poderá ser encontrada no Anexo III.

A leitura dos esquemas apresentados neste ponto e no próximo (Conclusões e Recomendações) deve orientar-se no sentido sugerido pelo seguinte gráfico:

•  enfatizar •  explorar

Pontos fortes

•  mitigar •  corrigir

Pontos Fracos •  focus •  investimento

Factores críticos

•  reflectir •  perseguir

Recomendações

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Projecto PEI - Apreciação global

Análise da percepção de sucesso das actividades do projecto, na perspectiva de técnicos e mediadores

Os técnicos e mediadores consideraram como Muito bem sucedido a Concurso de Ideias de Negócio, a Formação e Capacitação de Empreendedores, as Sessões de Apoio Personalizado e a Gestão do Projecto e Parceria.

As actividades Acompanhamento na Criação de Empresas e o Programa de Mentores são as consideradas menos bem sucedidas, o que é perfeitamente explicável dado que são as actividades que iniciaram mais tarde e à data da conclusão do projecto ainda não evidenciam resultados significativos.

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Já o formador/consultor destaca as actividades Concurso de Ideias de Negócio e a Gestão do projecto e da parceria como as mais bem sucedidas na generalidade do projecto.

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Análise da importância atribuída a cada uma das actividades do projecto, para o seu sucesso – Perspectiva de técnicos e mediadores

Análise da importância atribuída a cada uma das actividades do projecto, para o seu sucesso – Perspectiva do formador/consultor

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Observações: Das respostas recolhidas através da aplicação dos questionários a técnicos, mediadores e formador/consultor, bem como através da informação recolhida em entrevista directa, as respostas, são consensuais, no que refere à hierarquização das actividades do projecto face ao seu contributo para o sucesso do mesmo.

Assim, são consideradas actividades-chave para o sucesso do PEI:

Formação e Capacitação de Empreendedores

Sessões de Apoio Personalizado

As actividades consideradas com menor importância são:

Programa de Mentores

Promoção e Divulgação do PEI

Sobre os resultados das actividades consideradas de menor importância existem alguns aspectos que merecem a nossa atenção:

Apesar da Promoção e Divulgação do PEI ser a actividade considerada com menor importância relativa no âmbito do projecto, os comentários recolhidos sugerem um maior reforço desta actividade, em particular, na intensificação das actividades de divulgação e implementação de períodos de divulgação mais alargados, antes do início das restantes actividades;

Sobre o Programa de Mentores, nos questionários recolhidos junto das entidades parceiras, denotou-se pouca familiaridade com o Programa e falta de recursos para a dinamização da actividade nos territórios da parceria. No entanto, é unânime a percepção da actividade como “Bastante útil”. Considerando que esta é uma actividade não prevista em candidatura e iniciada no período final do projecto, a baixa importância atribuída à actividade deverá ser considerada não como uma actividade dispensável mas uma actividade a ser reforçada numa próxima edição do PEI.

Da informação qualitativa e quantitativa recolhida dos questionários aplicados, resume-se nas tabelas seguintes os aspectos mais relevantes identificados pelos diferentes inquiridos no âmbito do presente processo de avaliação.

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Pontos Fortes Pontos Fracos

Rela

tório

Fin

al

Flexibilidade na gestão das actividades, permitindo adaptações para melhorar impacto – Introdução da “Carta de Recomendações”

Importância do “selo” ACIDI, para a visibilidade das entidades parceiras;

Dotar entidades de instrumentos e competências para responder às necessidades do seu público-alvo

Divergência de ritmos de desenvolvimento das actividades e comprometimento das entidades parceiras;

Dispersão geográfica e não proximidade com entidades locais

Pouco envolvimento dos responsáveis locais Dificuldade de afectação de tempo ao

desenvolvimento das actividades, pelos técnicos

Rela

tório

Inte

rméd

io

Carácter inovador do projecto Novas empresas criadas Envolvimento directo da Alta

Comissária com os empreendedores Facilidade de comunicação entre rede

de parceiros Forte envolvimento e facilidade de

contacto com entidade promotora Envolvimento de animadores das

entidades parceiras

Desarticulação entre período de realização da formação e data limite de inscrição no CIN

Curto período de divulgação CIN Formulário de inscrição – Recolha de pouca

informação Envolvimento reduzido das entidades

parceiras Dificuldade na ligação entre potenciais

empreendedores e programas de apoio ao empreendedorismo, já existentes

Obs

tácu

los Estatuto legal dos empreendedores imigrantes

Dificuldade no acesso ao crédito

Factores críticos de sucesso Principais Lições

As pessoas, em particular os beneficiários

Perfil e competências do formador/consultor

Espírito de cooperação gerado entre os empreendedores

Equipa técnica, incluindo formador/consultor

Informalidade dos relacionamentos Flexibilidade na gestão do projecto

e das actividades e O forte envolvimento da equipa de

Direcção do ACIDI.

Reformulação da sequência lógica das actividades (e.g. na edição 2009 o CIN antecedia a formação de empreendedores e funcionava como mecanismo de atracção do público-alvo e na edição 2010 o CIN é realizado após a formação, tendo como objectivo captar empreendedores que efectivamente pretendem avançar com a ideia de negócio e premiar o esforço);

Contínua aposta na formação e capacitação de técnicos. Apesar de haver muitas recomendações para reforço das horas e conteúdos da formação e capacitação de técnicos, um dos resultados mais evidenciados pelos técnicos é o reforço da experiência e da melhoria das suas competências na aplicação prática dos novos conhecimentos de apoio ao empreendedorismo.

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Programa de mentores do Projecto PEI Como já referido atrás, a actividade Programa de Mentores foi integrada na estrutura de actividades do projecto durante o seu decurso. Este facto impediu que uma análise, ainda que superficial, tivesse sido possível no âmbito do Relatório de Avaliação Intermédio. Por essa razão é-lhe dedicado especial enfoque no presente documento.

Nas tabelas seguintes resumem-se então os aspectos mais relevantes identificados pelos diferentes inquiridos no âmbito do presente processo de avaliação.

Pontos Fortes Pontos Fracos

Pers

pect

iva

dos T

écni

cos

Motivação dos mentores; Acompanhamento dos técnicos na

mediação entre mentores e empreendedores (Apesar deste aspecto ter sido referido como uma força da actividade, pelos técnicos, os questionários aos mentores revelam algumas falhas neste procedimento, indicado como uma fragilidade);

Contacto com entidades chave para a divulgação do Programa;

Mecanismo de obtenção de apoio, para os empreendedores, em questões mais técnicas e práticas;

Extensão do apoio da iniciativa PEI e complementaridade com restantes actividades.

Falta de disponibilidade do mentor; Situação legal do empreendedor que

dificulta o acesso ao financiamento; Emparelhamento entre mentor e

empreendedor (compatibilizar oferta do mentor com necessidades do empreendedor);

Utilização do Facebook como principal instrumento de divulgação e angariação de mentores;

Concentração de mentores na região de Lisboa a Vale do Tejo;

Formato de apresentação de ideias para apoio (heterogeneidade no formato de apresentação de ideias, verificado na página do Facebook)

Dificuldade de coordenação/matching entre mentor e empreendedor;

Pers

pect

iva

dos m

ento

res Envolvimento de mentores com vontade de

ajudar e elevado nível de qualificações; Relação estabelecida entre mentor e

empreendedor, que poderá prolongar-se no tempo;

Solução para uma necessidade do empreendedor e partilha de conhecimentos do mentor;

Potencial da rede de contactos e conhecimentos detidos pelo mentor para partilha com o empreendedor;

Falta de disponibilidade/assiduidade do empreendedor;

Conciliação de agenda; Baixo nível de competências do

empreendedor; Baixa dinamização e monitorização da

actividade entre mentor e empreendedor, por parte da equipa técnica

Baixa interacção entre técnicos mediadores e mentores.

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Obs

erva

ções

Os mentores demonstram possibilidade de ajudar das seguintes formas (por ordem decrescente de interesse):

Disponibilizar conhecimentos de Gestão (5 respostas em 5); Disponibilizar rede de contactos (4 respostas em 5); Disponibilizar conhecimentos técnicos (2 respostas em 5); Fazer parceria de negócio (cooperação empresarial) (2 respostas em 5); Disponibilizar capital (investir no negócio do empreendedor) (1 resposta em 5);

Apesar do acompanhamento dos técnicos na mediação entre mentor e empreendedor ter sido referido como um ponto forte do Programa de Mentores, pela equipa técnica, as respostas recolhidas através dos questionários aplicados aos mentores revelam algumas falhas neste procedimento, sendo indicado como uma das fragilidades;

A identificação de 1 resposta em 5 questionários válidas sobre a predisposição do mentor para investir no negócio do empreendedor poderá ser entendido como uma oportunidade de resposta às necessidades de financiamento dos empreendedores com maior dificuldade no acesso ao crédito, . Esta poderá ser uma vertente do programa a explorar no futuro;

Factores críticos de sucesso Principais Motivações dos mentores

Divulgação do programa para eficaz angariação de mentores;

Envolvimento de parceiros para angariação de mentores nos territórios de implementação do Programa de Mentores e apoio a empreendedores do território;

Matching entre Mentor e Empreendedor (Compatibilização entre a oferta do mentor e as necessidades do empreendedor);

Acompanhamento do processo pela equipa técnica;

Disponibilidade do mentor.

Poderem contribuir para “fazer a diferença”; Gosto pela partilha de conhecimentos; Incentivo ao empreendedorismo social; Contribuir para a inclusão sócia; Genericamente, a presença de uma atitude

solidária, voluntariosa e de responsabilidade social.

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Resumo de Indicadores do Projecto PEI Com base na informação disponibilizada pela gestão do projecto, apresenta-se de seguida um quadro resumo com os indicadores disponíveis.

Actividades Sub - actividades Indicadores

Comunicação e Divulgação

Sessão pública de Apresentação do programa (PEI)

Lançamento de folheto informativo

N.º de sessões realizadas; N.º de recursos de apoio à divulgação produzidos

Concurso de Ideias de Negócio

Divulgação; Recepção de

candidaturas; Análise das Ideias de

Negócio (reuniões do júri);

Anúncio oficial e Entrega dos Prémios;

N.º de candidaturas recebidas – 127 Candidaturas N.º de imigrantes inscritos nas acções de formação

– 113

Mobilização de entidades parceiras

Reuniões de trabalho com entidades;

Workshops para dinamizadores locais.

Assiduidade nas reuniões e evento Capacidade de resposta da entidade

Formação e capacitação de técnicos (ACIDI + parceiros)

Formação I e II (2x) N.º de pessoas (por entidade) que frequentou os 2 dias – 18 Técnicos

Nº de pessoas que frequentou apenas 1 dia; Frequência de contactos com os Mediadores

Interculturais do ACIDI

Formação e capacitação dos imigrantes empreendedores

28 h formação em sala (7x);

14 h apoio personalizado (7x);

Acompanhamento aos beneficiários

N.º de imigrantes inscritos – 159 Formandos N.º de imigrantes que terminam a formação – 99

Formandos N.º de negócios criados –

5 novas start-up’s 16 negócios em curso 31 negócios encaminhados para financiamento 46 ideias de negócio validadas

Programa de Mentores Reunião com instituições (Divulgação)

Divulgação no Facebook Matching de mentores e

empreendedores Reunião de

apresentação (mentor/empreendedor)

Nº de Empreendedores acompanhados – 7 Empreendedores

N.º de Mentores envolvidos – 14 Mentores N.º de entidades externas envolvidas – 2 Entidades

(Universidade Católica de Lisboa e ISCTE)

Gestão do Projecto Cumprimento dos objectivos quantitativos e qualitativos – Ver Conclusões e Recomendações

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Conclusões e Recomendações Dado o carácter final e complementar do presente relatório, não se reforçam neste ponto aqueles aspectos anteriormente destacados, mas antes aqueles que em fase final de análise assumem importância crítica para o PEI e para os seus promotores. As diferenças assinaladas entre os objectivos visados e os resultados alcançados no decurso do PEI, traduzem não só as falhas e fraquezas encontradas, mas também as mais-valias alcançadas e os resultados não previstos inicialmente. É pois a partir destas “diferenças” que se elaboram os esquemas que resumem a informação conclusiva e as recomendações ao projecto e à parceria. A avaliação focou-se, nesta última fase do projecto, não só na apreciação crítica da generalidade das actividades do projecto, da sua parceria e dos seus resultados, mas também aprofundando a análise do Programa de Mentores (considerando a sua mais recente implementação). No seguimento das conclusões do relatório anterior, e com base nas percepções e representações dos participantes (técnicos e mediadores, beneficiários, agentes externos e mentores), complementadas pela visão da entidade promotora sobre o processo, é possível afirmar com segurança que, generalizadamente, o projecto é avaliado muito positivamente, reforçando-se simultaneamente a importância e o interesse na sua continuidade. De assinalar também os ganhos transversais do projecto, não menos valiosos, e que importa referenciar em futuras acções. Nomeadamente, e na óptica dos beneficiários, empreendedores que por iniciativa própria recuaram na intenção de criar o seu negócio por reavaliarem os riscos associados, empreendedores que decidem juntar-se e criar um negócio em conjunto, numa atitude mais cooperativa e sinérgica, empreendedores que mudaram de ideia de negócio durante a formação, por terem explorado novas competências pessoais que não consideravam inicialmente, e empreendedores que encontraram trabalho por conta de outrem, como resultado de uma atitude mais pró-activa e auto-confiante. Identificam-se também aspectos a melhorar, como sejam a mobilização de parceiros e beneficiários em regiões fora dos grandes centros urbanos, a melhoria da articulação com outros incentivos ao empreendedorismo (Microcrédito, MICROINVEST, FINICIA, entre outros), a consolidação do Programa de Mentores, alargando a sua divulgação e garantindo o alinhamento dos mentores com os valores do projecto, e aumentar a notoriedade do projecto, através do recursos às redes sociais, mas também a outros meios de comunicação e divulgação. Embora existam questões que merecem a melhor atenção dos promotores e da parceria, não são detectadas evidências conclusivas de qualquer negatividade ou de aspectos de extrema fragilidade relacionados com a gestão do projecto, com a parceria, com a qualidade das actividades, ou com o pessoal técnico envolvido. Isto leva-nos a desviar a atenção e o esforço de reflexão para aqueles aspectos que, embora pouco positivos, possam ser mitigados (com recursos disponíveis) a favor do sucesso do PEI. Nas tabelas seguintes resumem-se então as recomendações identificadas ao longo do exercício de reflexão e avaliação do PEI e das suas actividades:

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Actividade Recomendações / Sugestões de melhoria O Projecto PEI na sua generalidade

Reconstrução dos instrumentos de registo e recolha de informação dos beneficiários para facilitar a monitorização e o controlo da informação dos beneficiários pelo ACIDI (e.g. sempre que possível transformar as questões de resposta aberta em resposta fechada, para possibilitar o aumento do número de campos respondidos e a maior “padronização” das respostas - Ver anexo IV);

Incrementar o fluxo de informação entre entidade coordenadora e parceiros; Reforçar o empowerment entre a equipa alargada do projecto (Técnicos ACID e

responsáveis e técnicos das entidades parceiras) através da realização de encontros para debate e partilha de dúvidas e opiniões (sugere-se um encontro de 2 em 2 meses com rotatividade do local);

Manter o contacto dos empreendedores que desistem do negócio; Reformular a estratégia de promoção e divulgação, atribuindo mais tempo a esta

actividade e com mais antecedência relativamente às outras actividades do projecto. Isso deverá ser reflectido no cronograma do PEI. Apesar desta actividade ser considerada como uma das menos importantes do projecto, nos comentários recolhidos é possível verificar a sua importância no sucesso do PEI;

Utilizar diversos meios de comunicação para a promoção e divulgação do PEI; Alargar a parceria.

Formação e capacitação de beneficiários

Melhorar materiais de apoio; Aumentar a duração da formação; Refinar os critérios de selecção dos formandos; Incluir temas sobre processos de legalização de empresas, módulos financeiros e

noções básicas de contabilidade e aspectos fiscais da criação e gestão de empresas;

Partilhar a evolução da formação e capacitação de empreendedores com os técnicos das entidades parceiras (como nem sempre estes podem acompanhar as sessões de formação perdem informação pertinente ao acompanhamento);

Formação e capacitação de técnicos

Melhor selecção de participantes; Abordar questões mais técnicas e práticas; Aumentar a duração da formação; Incluir, nos temas abordados, o empreendedorismo de inclusão; Implementar sistemas de disseminação da informação, partilha de práticas e

experiências com todas as entidades parceiras; Ter vários níveis de formação, incluindo a vertente de apoio à criação do negócio;

Concurso de ideias de negócio

Aumentar a divulgação e fazê-lo com maior antecedência; Rever o “valor” estratégico dos prémios; Rever a abordagem do CIN na estrutura do projecto; Aumentar o número de inscrições seleccionadas, a nível nacional.

Sessões de apoio personalizado

Aprofundar utilidade/trabalho dos parceiros institucionais; Aumentar a disponibilidade de tempo/aumentar número de horas de apoio de

apoio personalizado;

Acomp. na criação de empresas

Alargamento do período de acompanhamento/Maior número de horas de acompanhamento;

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Actividade Recomendações / Sugestões de melhoria Programa de Mentores

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Elaboração de um guião de apresentação da ideia e do empreendedor; Aprofundar elementos a recolher na inscrição dos mentores – identificar

critérios-chave específicos para compatibilização entre mentor e empreendedor;

Definir método de comprometimento do mentor com a actividade (à semelhança do que se faz em qualquer sistema de voluntariado);

Responsabilizar empreendedor pela relação entre mentor e empreendedor; Aumentar a relevância da primeira reunião entre mentor e empreendedor e

implementar um sistema de fluxo de informação “tripartida”: equipa técnica – mentor – empreendedor;

Envolver e formar todas as entidades parceiras no Programa de Mentores, para aplicação nos seus territórios e angariação de mentores fora da Região Lisboa e Vale do Tejo;

Reconhecimento público dos mentores e utilização de casos de sucesso da edição PEI2009, para sensibilizar e angariar novos mentores;

Divulgação através de todos os instrumentos Web sem restrição à divulgação via Facebook. Utilizar várias “frentes”, simultaneamente: Facebook, Site do Acidi, Site de entidades parceiras, envio de emails dirigidos;

Utilização de plataformas Web com funcionalidades de matching mais automático;

Criação de uma rede local de mentores; Envolver os mentores nas acções de acompanhamento aos

empreendedores; Desenvolver uma formação/informação para os mentores;

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res Apresentação do PEI junto de Universidades e cursos MBAs;

Contacto com empresas para dinamização de um sistema de voluntariado de mentores e de envolvimento do sector privado;

Maior período de divulgação do programa; Reforço da importância no primeiro encontro entre mentor e empreendedor; No processo de matching, disponibilizar, ao mentor, mais do que uma

possibilidade de empreendedores a apoiar e ao empreendedor, mais do que uma possibilidade de mentores;

Reforço da formação dos empreendedores; Direccionar a angariação de mentores para as necessidades dos

empreendedores; Maior dinamização e monitorização da relação entre mentor e

empreendedor, pelas equipa técnicas, proporcionando feedback quer ao mentor quer ao empreendedor e garantindo a não criação de relações “paternalistas” entre mentor e empreendedor;

Aumentar a comunicação entre mentor e equipa técnica.

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Outras considerações Face ao exposto, e em resultado da experiência de implementação do PEI, podem ainda ser consideradas as seguintes questões:

Apostar no “pioneirismo” do PEI, sua ideia, estrutura e parceria, e na sua ligação com outros processos de estímulo ao empreendedorismo, instrumentos e práticas, fortalecendo a sua abrangência e dimensão técnica;

Capitalizar a rede de parceiros e contactos estabelecidos no âmbito do projecto reforçando os laços de cooperação com as demais organizações, quer da parceria formal, quer da parceria alargada (não formal), ampliando a escala de intervenção geográfica;

Criar/manter uma equipa que “profissionalize” a utilização dos instrumentos do projecto (componentes práticas e recursos técnicos), que potencie a disseminação do PEI junto de entidades com competências homologas, que alavanque a implementação de novas edições do programa, e que possa beneficiar a consolidação da estrutura consultiva (no âmbito do empreendedorismo imigrante);

De entre todos os parceiros, e na óptica da tipologia de beneficiários do projecto, o ACIDI é por norma a entidade preferencial para iniciarem o tratamento de temas relacionados com empreendedorismo (estes não procuram de imediato as outras organizações locais, regionais ou nacionais com competências para o efeito). Sendo este facto certamente influenciado pelo carácter de proximidade, ele é acima de tudo demonstrador da credibilidade e do importante papel de facilitação e mediação que o ACIDI desempenha no contexto e para este público-alvo;

A divulgação das actividades e do projecto não foi efectuada de forma “massificada”. As inscrições foram limitadas regionalmente em função das condições, possibilidades técnicas e dos recursos disponíveis em cada parceiro. Embora este facto possa ter, de forma passiva, sido exclusivo para alguns potenciais empreendedores imigrantes, ele sustenta-se num positivo nível de realismo e pragmatismo operacional, não comprometendo assim a qualidade final do projecto nem a resposta efectiva às necessidades directas dos beneficiários. Por outro lado, revestindo-se o projecto de carácter “piloto”, não se compromete a sua imagem e notoriedade, nem a sustentabilidade de futuras edições do PEI;

Embora sem dados concretos para aferir qualquer comentário crítico, cumpre referir que a não aceitação no PEI de inscrições de beneficiários em situação de imigração ilegal ou em processo de legalização, foi referida por alguns técnicos como sendo uma oportunidade perdida para o encaminhamento e acompanhamento desses casos, bem como para a sua motivação particular em cumprir o processo de legalização, perspectivando a sua integração social e profissional;

Considera-se importante a articulação entre os processos de avaliação interna e externa, garantindo-se ainda assim a sua mútua independência. Esta sugestão pode ser operacionalizada pela integração dos elementos e instrumentos de recolha de informação, bem como pela homogeneização dos critérios e atributos dos dados recolhidos.

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Contactos e informações

Entidade avaliadora (rede R4E):

http://www.r4e.eu

Entidade adjudicatária:

http://www.adtr.pt

R. 1º de Maio, 2

7900-573 Ferreira do Alentejo

Tel.: +351 284 739621

Fax: +351 284 739163

[email protected] Plataforma online (apoio aplicação questionários):

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Eurídice Cristo [email protected] 962 842 851

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