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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L. RELATÓRIO & CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2016 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXO CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXO CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXO CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXO

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

RELATÓRIO & CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2016

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXOCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXOCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXOCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXO

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

INÍCIO DE RELATÓRIO

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE

CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino

reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três

anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: João Carlos Alves Fernandes

Vice-Presidente: João António Salgueiro Soares

Secretário: Marco António Martins Chagas

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências,

competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;

Assembleia Geral

Conselho de

Administração

Conselho Fiscal

ROC

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos

de grau superior;

� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores,

gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

� Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente.

Actualmente o Conselho de Administração é composto por três membros, com mandato para o triénio 2013/2015, continuando

os mesmos em funções até conclusão do processo de fusão com a CCAM de Alcobaça.

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: Jorge Vitor Caetano Cunha

Secretário: Francisco Augusto Rosa Lopes

Tesoureiro: Filipe Augusto Lopes Ferreira

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os

Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para

o exercício seguinte;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;

� Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de cinquenta e cinco reuniões

em 2016.

4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração não tem pelouros distribuídos.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com

os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Carlos Manuel Figueiredo Florentino

Secretário: Manuel Silva Barros

Vogal: Filipe Rosa Negreira

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vezes por trimestre, tendo realizado, em 2016, um total de cinco reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, continuando o mesmo em funções até conclusão do processo

de fusão com a CCAM de Alcobaça, encontrando-se designados para o cargo:

Efectivo: Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados – SROC, Lda.

Representada por: José Luís Guerreiro Nunes

Suplente: Isabel Gomes Novais Paiva

6. Política de remuneração

A) Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização

6.1. Considerando que no ano de 2016 foram praticadas as mesmas remunerações referentes ao ano de 2015, foi

pedido à Assembleia Geral na sua reunião de 15/12/2016 que ratificasse a prática prosseguida em 2016 no que respeita à

política e remunerações dos Órgãos Sociais. A Assembleia Geral, tendo em conta que não houve quaisquer alterações que

representassem agravamento de remunerações, deliberou por unanimidade ratificar a prática prosseguida em 2016.

6.2. Nos termos e para os efeitos, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi

aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

Declaração sobre política de remuneração

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF),

aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24

de Outubro, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, CRL (doravante CAIXA

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AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração

e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016.

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA

para o ano de 2016 seja aprovada nos seguintes termos:

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a

organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a

magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma

Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atenta a ainda não existência de regulamentação do Banco de Portugal para a versão do

RGICSF introduzida pelo Decreto-Lei nº 157/2014, teve em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF;

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a

nova redacção do RGICSF e que não devam, por isso, considerar-se revogadas pela mesma;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014.

2. PRINCÍPIOS GERAIS

Pese embora as alterações legislativas acima referidas, considera-se que o novo regime legal preserva a aplicação do princípio

da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se optou por manter a relevância dada até aqui a

elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de

restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam

muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo

por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector

Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo

da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da

Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que

pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar

a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do

art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que,

nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao

nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e

incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

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c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados

principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão

de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a

intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em

sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;

b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos

Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade

anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art.

115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os

interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos,

na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a

natureza específica do Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em

primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho

económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa,

incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre

o andamento dos negócios sociais.

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste

exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.

5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga

em montante fixo mensal liquidado em doze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral, salvo se caso algum membro do

Conselho de Administração seja proveniente dos quadros de pessoal da Instituição, cujo contrato de trabalho se suspende

automaticamente enquanto se mantiver em funções neste Órgão, retomando-se também automaticamente após cessar funções,

sem perda de tempo de serviço para qualquer regalia incluída no ACT do Sector Bancário, ao valor fixado pela Assembleia Geral

acresce mensalmente a remuneração ilíquida do último vencimento recebido antes de suspender o contrato de trabalho para

integrar este Órgão e o desconto para SAMS ou SAMS/Quadros, acrescido de duas remunerações mensais por ano, uma

referente a subsídio de férias e outra referente a subsídio de natal.

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Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara

que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização,

sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E

e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.

5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback

Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são

inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou

reversão (“clawback”).

5.1.3 Disposições gerais

a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas

b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;

b) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de

Administração devido à cessação das suas funções;

c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a

compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de

pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente

pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de

igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada

de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;

d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em

relação de domínio ou de grupo com a Instituição;

e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos

benefícios discricionários de pensão;

f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.

g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer

outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas

modalidades de remuneração

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-

lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às

regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento

e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração.

5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

O Órgão de Administração desta Caixa Agrícola não integra qualquer Administrador não Executivo.

6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato

de prestação de serviços de revisão de contas.

6.3 Remunerações Pagas

Remunerações auferidas - Membros do Orgão de Administração € Nº Beneficiários

1 Total Montante anual da remuneração auferida 20.160,00 € 3

1.1 Total Montante remuneração fixa 20.160,00 € 3

1.1.1 Presidente Conselho de Administração 6.720,00 € 1

1.1.2 Tesoureiro Conselho de Administração 6.720,00 € 1

1.1.3 Secretário Conselho de Administração 6.720,00 € 1

1.2 Total Montante remuneração variável 0,00 € 0

Remunerações auferidas - Membros do Orgão de Fiscalização - Conselho

Fiscal € Nº Beneficiários

1 Total Montante anual da remuneração auferida 500,00 € 3

1.1 Total Montante remuneração fixa 500,00 € 3

1.1.1 Presidente Conselho Fiscal 125,00 € 1

1.1.2 Secretário Conselho Fiscal 150,00 € 1

1.1.3 Vogal Conselho Fiscal 225,00 € 1

1.2 Total Montante remuneração variável 0,00 € 0

Remunerações auferidas - Membros do Orgão de Fiscalização - ROC € a) Nº Beneficiários

1 Montante anual da remuneração auferida 8.775,00 € 1

1.1 Montante remuneração fixa 8.775,00 € 1

1.1.1 Revisor Oficial de Contas 8.775,00 € 1

1.2 Montante remuneração variável 0,00 € 0

a) ao valor acresce IVA à taxa de 23%

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

B) POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES

6.4 Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a

seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma

remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda

integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento

remunerativo casuístico.

2. Também se atribui uma ou duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade

e exigência de disponibilidade assim o justifique.

3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um

conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados

internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de

administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia directa dos colaboradores.

5. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como limite máximo 2 salários

brutos por empregado (excluindo a majoração prevista no nº 4 da cláusula 71ª do ACT do Crédito Agrícola). O limite e as

orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração.

6. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando o resultados da avaliação de competências

específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade,

designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores.

Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo.

7.A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano

transacto.

8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem

expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objectivos

que o diferimento visaria prosseguir.

9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2016 os colaboradores

abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:

6.5 Remunerações pagas

Remunerações auferidas Colaboradores Abrangidos no nº 2 do artº 1

do aviso 10/2011 do BP €

Beneficiários

1 Montante anual da remuneração auferida 152.788,38 € 3

1.1 Montante remuneração fixa 148.997,34 € 3

1.1.1 Coordenação 73.889,74 € 1

1.1.2 Área de Risco 30.102,29 € 1

1.1.3 Compliance 45.005,31 € 1

1.2 Montante remuneração variável 3.791,04 € 1

1.2.1 Coordenação 3.791,04 € 1

Page 11: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ÓRGÃOS SOCIAIS

O Conselho de Administração faz exercício dos mais amplos

poderes de gestão e de representação da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L., desenvolvendo todos os

actos necessários e convenientes à prossecução dos

objectivos do banco.

O Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo do Cartaxo é composto por 3 membros, todos com

funções não executivas e que delegam a gestão corrente da

actividade do banco na coordenadora geral.

Assembleia Geral

João Carlos Alves Fernandes – Presidente

João António Salgueiro Soares – Vice Presidente

Marco António Martins Chagas – Secretário

Conselho de Administração

Jorge Vítor Caetano Cunha - Presidente

Filipe Augusto Lopes Ferreira - Tesoureiro

Francisco Augusto Rosa Lopes – Secretário

Conselho Fiscal

Carlos Manuel Figueiredo Florentino – Presidente

Manuel Silva Barros – Secretário

Filipe Rosa Negreira – Vogal

Revisores Oficiais de Contas

Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC, Lda.

Durante as reuniões realizadas em 2016 e no quadro dos

poderes legais e estatutários que são atribuídos ao Conselho

de Administração, houve um acompanhamento, uma

avaliação e a correspondente supervisão de toda a

actividade desta instituição, tendo existido consenso

relativamente às orientações estratégicas e procedimentos

operacionais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo

com vista à dinamização das diversas áreas de negócio.

Assim, o Conselho de Administração apreciou e deliberou os

seguintes aspectos referentes ao ano de 2016:

� Aprovação dos resultados da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Cartaxo referentes ao exercício

de 2015;

� Aprovação da proposta de aplicação dos

resultados do exercício de 2015;

� Aprovação das propostas relacionadas com a

política de remunerações de todos os

colaboradores;

� Aprovação do projecto de fusão por incorporação

da Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo na Caixa

de Crédito Agrícola de Alcobaça;

� Apreciação e aprovação do plano de actividades

para 2017.

Page 12: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ORGANOGRAMA DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO

CARTAXO

Page 13: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Nota de agradecimento

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L. expressa o seu agradecimento pela confiança e lealdade dos seus clientes e

pela cooperação e aconselhamento das nossas autoridades de supervisão.

Cartaxo, 03 de Março de 2017

O Conselho de Administração

Jorge Vítor Caetano Cunha - Presidente

Filipe Augusto Lopes Ferreira - Tesoureiro

Francisco Augusto Rosa Lopes – Secretário

Os Colaboradores

Artur Jorge Magalhães

Clarinda Gaspar Azenha

Florinda Isabel Seabra

Gonçalo Filipe Monteiro

Hélio Manuel Reis

Humberto Jorge Freire

João António Soares

João Paulo Almas

Jorge Caetano Honório

José Alberto Garrido

José Manuel Faria

Luís Filipe Verdasca

Luís Manuel Pereira

Maria do Rosário Caetano

Maria João Afonso

Orlando Filipe Ferreira

Sónia Patrícia Raposo

Vítor Miguel Pedro

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Findo mais um ano do presente mandato, o Conselho de

Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Cartaxo vem apresentar a V. Exas. o Relatório, Balanço e

Contas do Conselho de Administração e o parecer do

Conselho Fiscal referentes ao ano de 2016, em

conformidade com o estipulado na alínea c) do artigo 29

dos Estatutos.

Introdução

O resultado líquido do exercício de 2016 atingiu o valor de

383.049 €, potenciado por um grande controlo das

imparidades de crédito no exercício. Pese embora uma

redução assinalável no resultado bruto de exploração –

superior a 17% - a redução superior a 90% daquele saldo

proporcionou grande equilíbrio económico-financeiro no

exercício de 2016. Neste sentido, a Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Cartaxo promove uma imagem de

controlo e melhoria da qualidade dos activos de balanço,

com ênfase na carteira de crédito, o que faz antecipar um

Outlook positivo para os próximos anos.

A evolução dos mercados financeiros – no caso da Zona

Euro em parte como reflexo da política monetária do BCE –

traduziu-se no ano de 2016 por uma contínua tendência de

descida das taxas Euribor, provocando uma redução dos

proveitos decorrentes dos créditos existentes com taxas de

juro indexadas a esses referenciais de mercado. Em 2016 o

mercado bancário continuou a pautar-se por uma redução

alargada dos custos de funding, rondando actualmente a

base de zero e com previsíveis consequências futuras ao

nível das curvas de repricing e da assunção de riscos

excessivos por parte das instituições financeiras e de

crédito.

Será expectável durante o ano de 2017 uma forte pressão

concorrencial do lado da procura, com uma ainda maior

contracção dos rendimentos em juros cobrados. Esta

condicionante, aliada a outros riscos como a reavaliação

dos prémios de risco a nível nacional ou a

degradação/imparidades no stock de activos não geradores

de rendimento, tornam os desafios de exploração da Caixa

de Crédito Agrícola do Cartaxo para 2017 bastante

imprevisíveis.

Com efeito, num contexto de retoma económica, a Caixa

de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo encontra-se em

condições de desenvolver a sua actividade creditícia sem

especiais condicionalismos, tendo em conta a sua razoável

situação de solvabilidade e, sobretudo, o reduzido rácio de

transformação de recursos em crédito, que no nosso caso,

pouco supera os 60%.

No contexto do posicionamento e funções que lhe são

atribuídas, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo

desenvolveu ao longo do ano de 2016, um conjunto de

actividades comerciais, tendo em vista a promoção do

crescimento sustentado do negócio. A actividade comercial

incidiu na oferta de produtos de recursos e de crédito, na

dinamização do cross-selling e na montagem de operações

financeiras, com resultados de assinalar no exercício,

tendo-se destacado nas campanhas comerciais do Grupo

com a concretização dos objectivos em 9 das 12

campanhas e atingindo, honrosamente, o 1º lugar no

ranking nacional em 4 daquelas.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo continua a

apresentar-se como um banco conservador,

estrategicamente cada vez mais eficaz no seu modelo de

governance e com capacidade para enfrentar as

dificuldades crescentes que o mercado nacional tem vindo

a impor ao sector bancário. Acreditamos consistentemente

que a solidez do nosso modelo de gestão, a realização das

nossas estratégias e a concretização dos nossos objectivos

são aspectos fundamentais para que continuemos a criar

valor e a partilhar o nosso sucesso com a nossa

comunidade local, desde 1911.

Page 15: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Conduta e valores

A conduta interna e correspondente percepção externa de

uma instituição financeira tem vindo a assumir uma

crescente importância no seio da sociedade portuguesa e

europeia. Respeitam a códigos internos ao grupo Crédito

Agrícola e que representam um referencial de

comportamentos e boas práticas, alicerçados no respeito

profissional e deontológico de todos os colaboradores e

representantes da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Cartaxo, confirmado pelos vários prémios atingidos pelo

Grupo Crédito Agrícola no decurso de 2016:

Prémio 5 estrelas 2016 na categoria “Banca

– Serviço de Atendimento ao Cliente”

Membro do ano 2016 da Câmara de Comércio e Indústria

Franco Portuguesa (CCIFP)

O banco com a pontuação

mais elevada nos critérios de

satisfação dos clientes e na recomendação da instituição

financeira a familiares e amigos durante o ano de 2015 e no

primeiro quadrimestre de 2016 (atribuição da Marktest).

A CA Seguros foi eleita, pela sexta vez, a

Melhor Seguradora Não Vida do seu

segmento (atribuição da Revista Exame)

A CA Vida ganhou o prémio de Melhor

Seguradora do Ramo Vida num estudo

elaborado pela EY e a Ignios (divulgado

na Star Company)

Os Fundos de Investimento

“CA Monetário” e “CA

Rendimento” obtiveram, pelo

4º ano consecutivo, o 1º lugar da respectiva classe de

fundos em Portugal e, pela primeira vez, o “CA Alternativo”

obteve, igualmente, o 1º lugar.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo rege a sua

actuação não apenas através das regras de conduta exigidas

pelo Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de

Valores Mobiliários, mas também através de normas internas

que obrigam a uma gestão assente na repartição de riscos e

na segurança das nossas aplicações financeiras. Além

destas, estão ainda definidas normas de segurança física

que estabelecem procedimentos internos de circulação e de

emergência.

Desde 1911 que a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Cartaxo tem vindo a promover o desenvolvimento social,

económico e cultural da região do Cartaxo, contribuindo para

o financiamento cada vez maior das nossas actividades

empresariais e para a concretização dos sonhos dos nossos

clientes. A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo tem

hoje na sua área geográfica e social uma quota de mercado

bastante representativa, registando mais de 48 milhões de

euros em recursos de clientes.

O reforço do crescimento da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

do Cartaxo e o facto de cada vez atrairmos mais clientes e

associados é demonstrativo da aposta numa estratégia de

proximidade com os clientes, estabelecendo políticas de

confiança e passando uma imagem de integridade que

aqueles hoje reconhecem ser indispensável. O

reconhecimento pessoal e profissional dos nossos

colaboradores vem corroborar com os resultados alcançados

nos últimos anos e com a tal imagem de confiança e

integridade. Temos desenvolvido uma ligação crescente à

comunidade local, marcando presença em inúmeros eventos

municipais e dando o nosso contributo para actividades de

apoio social e a instituições e associações municipais.

Somos, igualmente, uma instituição com cada vez mais

competências adquiridas ao nível da formação dos quadros,

que tem apostado na modernização de ferramentas

tecnológicas e de apoio à decisão de todos os colaboradores

e que goza da disponibilidade da Caixa Central de Crédito

Agrícola Mútuo em prestar serviços fundamentais à eficiência

do nosso funcionamento.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

SÍNTESE DOS INDICADORES FINANCEIROS

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

2014 2015 2016 Δ% 2016-15

31.555,5 32.582,6 32.329,4 -0,8%

50,7 3.626,3 6.032,5 66,4%

44.097,5 48.061,2 45.981,9 -4,3%

75.653,0 80.643,8 78.311,3 -2,9%

Produto bancário 1.717,3 2.079,5 1.998,7 -3,9%

0,4% 2,0% 7,5% 267,5%

0,0% 0,2% 0,7% 252,6%

74,1% 69,0% 71,8% 4,0%

21,1 101,9 383,0 275,9%

9,0% 3,7% 4,5% 22,2%

47,0% 80,2% 75,7% -5,6%

4,8% 2,8% 3,0% 8,2%

82,5% 84,1% 83,5% -0,7%

18 18 18 0%

Rede de balcões 3 3 3 0%

Volume de negócios*

Recursos to tais

Rentabilidade do ativo total médio (ROA)

Nº Colaboradores

Indicadores de desempenho financeiro - 2016

Crédito a Clientes (bruto) e garantias

Depósitos TLTRO

B alanço e resultado s

Outro s dado s

Rácio de transformação

(milhares de euros)

Lucro líquido

R ácio s

Rentabilidade dos capitais próprios (ROE)

* Crédito , garantias e recursos totais de Clientes

Cobert. do crédito em risco por imparidades

Crédito vencido superior a 90 dias

Crédito em risco / crédito a Clientes

Garantias obtidas para crédito

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

ECONOMIA INTERNACIONAL

A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior

aos 3,2% alcançados em 2015. A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o

ano da recessão mundial de 2009.

Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento superiores a 7,0%,

tendo nos anos mais recentes (2008-2016) apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI

antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em 2015. Parte deste

abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo

– a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%).

Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma

desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em 2016. A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de

2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre

outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos

preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos).

A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se perspectiva é tímido e

inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de posições entre os responsáveis monetários

quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única.

Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França (a 2ª maior economia

da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2%

em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam “insustentáveis” a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo,

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente1, o voto do Reino Unido para deixar a União

Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que

poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a

Europa).

A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de 2016 uma taxa

prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no final de 2015. Não obstante a

redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados.

Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos 4,8%, apresentando

níveis mínimos semelhantes aos registados em 2007. No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a

Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde 2009.

1 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os

problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os 0,0% registados em

2015. Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a

combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação económica.

A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público como forma de dar

força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um

ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de

antecipar o fim do programa de quantitative easing.

Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano, estimando-se que fique

nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em 2015. Este aumento foi suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo,

ditando que o sector energético deixasse de ter uma contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir

positivamente para o aumento dos preços ao consumidor.

O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências potencialmente muito

disruptivas.

Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que poderá condicionar a

situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do

processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o

Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à

realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos.

Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da política americana,

sendo certo que o actual discurso político é marcadamente proteccionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de

confronto com a política convencional (ruptura com o status quo).

ECONOMIA NACIONAL

A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível das exportações, no

primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas

0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade

turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20162, valor 3 p.p. abaixo do

crescimento registado em 2015 (1,6%).

2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e

1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de entre os quais se

destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as

exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria

ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até

Outubro).

Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%.

Indicadores macroeconómicos (2014-2016)

2014 2015 2016

Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18

Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0

Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3

Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1

Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0

Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7

Exportações tav 3,4 6,1 3,7

Importações tav 6,2 8,2 3,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8

Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0

Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0

Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2

Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015. Por seu lado, o investimento interrompeu

em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no final de 2013. A formação bruta de capital fixo

registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os

factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e

incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os

investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até

Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas).

No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de desemprego aumentou de

11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5%

entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de

11,0%.

Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado no ano anterior já

que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em 2015.

Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um aumento de 9,5 mil M€ face a 2015. Para o

aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento

variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M€ de aplicações das famílias) e para as emissões de

certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M€). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com o contributo do

reembolso antecipado de 4,5 mil M€ concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do PIB no conjunto de

2016. Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de

133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo

Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo

de depósitos da administração central de 13,3 mil M€ no final de 2015 para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no

OE2017 uma estabilização.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá atingir 120,8% do PIB

no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a 2015. A Comissão Europeia, nas previsões económicas de

Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016.

A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental português tenha descido

para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a

fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido

parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do

Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental

português ficaria nos 2,6% do PIB.

MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos portugueses e, em

alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de

recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de

um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M€ do empréstimo obrigacionista de

acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M€); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre

o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto

do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço

das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone

Star) para conclusão deste processo.

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro 2016)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016, o volume de

depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015. Para essa evolução contribuíram o

acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos

de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).

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1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2016)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016 face ao registado no

final de 2015. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução

no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de 2015.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com

uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de

Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de

55% da quebra registada no país.

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do

crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito

a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente,

pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%

Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%

Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%

Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da

construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%,

1,4% e 0,8%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento

continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm elevada

representatividade no total do crédito a empresas.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%

Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%

Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%

Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%

Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%

Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%

Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%

Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%

Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%

Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%

Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%

Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%

Total -5,5% 77.037 100% 15,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016

MERCADOS FINANCEIROS

Mercados accionistas

No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE reforçou a sua política

monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os

EUA divulgaram dados económicos prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de

juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou

perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este

acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde 2008.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

0,62

0,95

1,28

1,781,66

1,87

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Índices Accionistas (base 2010)

PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI

A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor recorde de $3 biliões

dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as

perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos

preços do petróleo e uma actividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos

no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente.

Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco surpreendentes,

embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou

uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais

vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e

10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%).

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que não acontecia

desde finais de 2001. Num período marcado pela disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou

2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de 2002.

O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores desempenhos em 2016, tendo-

se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda

refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais moedas mundiais (DXY),

ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de “o

ano da nota verde”).

-0,32

0,00

0,75

0,25

-0,6

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Taxas de referência nos Mercados Monetários

Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE

No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva descida das taxas

Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos

EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do

ano de 2016.

Matérias-primas

Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista (“spot”) nos mercados das matérias-primas

(commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20%

nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril

no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no

segundo trimestre.

Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O Brexit enviou ondas

de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que

permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou

por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em 2016.

No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma

subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a

US$53,72 por barril.

Mercado obrigacionista

A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a dez anos aumentou

1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de

356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro.

As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da dívida em 2011. No

prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos

base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para

os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.).

A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos, os títulos

começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1

pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a

atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos

iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

RESULTADO E BALANÇO

2.1.1 Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício

de 2016, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%

Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%

Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%

Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%

Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%

Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%

Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%

Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%

Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%

Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%

Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%

Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%

Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

2015 2016Variação

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Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%

Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%

Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%

Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%

Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%

Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%

Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%

Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%

Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%

Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%

Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%

Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%

Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%

Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%

Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%

Variação2015 2016

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e

outros resultados de exploração.

Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar ligeiramente a trajectória iniciada

em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2%3, valor

aquém dos 1,6% registados em 2015. A ausência de convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de

constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados

níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências

nos mercados do trabalho e do produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte dinamismo do

consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens duradouros, resultante em parte da concretização de

decisões adiadas durante a recessão de 2011-2013. Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiu-se à redução do

nível de alavancagem da economia (famílias, SNF4 e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%).

1,5

24,5

56,3

72,1

2013 2014 2015 2016

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 72,1 milhões

de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões de euros alcançados em 2015.

3 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal

(Dez.2016).

4 Sociedades não financeiras.

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Valores em milhões de euros

31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16

Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6

Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3

SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1

Evolução do Resultado Líquido

Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou,

em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos

financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das

comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respectivamente.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%

Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%

Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%

Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%

Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%

Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015 para 276 milhões de euros em

2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações)

ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado no período homólogo.

É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos recursos das Caixas

Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados

no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas

semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se

mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 256 117 0 138 394

Caixa Central 20 21 35 37 78

SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475

Produto Bancário - SICAM

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros). Este agravamento

justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em

3,5 milhões de euros (+2,9%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%

Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%

Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%

Amortizações 14 13 13 0 0,5%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se:

i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal (de 140,7 milhões de euros

para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor dos novos mandatos (2016-2018) e da associada

promoção de quadros qualificados a titulares de funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos

gerais administrativos (de 103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros); e

ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de euros para 25,8 milhões de

euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0 milhões de euros para 21,1 milhões de euros).

Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos custos com

pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros, respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

remunerações com os órgãos sociais de gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa

Central, os gastos com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um

agravamento na rubrica de indemnizações contratuais.

As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram:

- na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos

custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de

créditos não produtivos) e aos custos com formação; e

- nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade, aos serviços de

auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para

clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação).

O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer 5,0% e o crédito a particulares

a crescer 1,4% face a 2015.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Provisões / Imparidades 838 852 716 -136 -16,0%

Crédito líquido 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Evolução do Crédito a Clientes

A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria ao nível do seu perfil de risco, em

particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma redução muito significativa do crédito vencido em cerca de 121

milhões de euros (o que representa um decréscimo de cerca de 18%) relativamente ao final de 2015, com o segmento da

habitação e o crédito empresarial a serem os principais responsáveis pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da

carteira, tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na abordagem do Grupo CA às actividades de

acompanhamento e recuperação de crédito e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre clientes 8.147 8.430 8.713 284 3,4%

Crédito e juros vencidos (total) 672 668 547 -121 -18,1%

Crédito e juros vencidos < 90d 28 18 14 -4 -21,9%

Crédito e juros vencidos > 90d 644 650 533 -117 -18,0%

Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a.

Evolução do Rácio de Crédito Vencido

Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das imparidades da carteira de

crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 128% em 2015 para 131%

em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de clientes 160 82 -8 -89 -109,3%

Imparidade de outros activos 40 45 64 19 41,5%

Provisões e imparidades do exercício 201 127 56 -71 -55,8%

Provisões e imparidades (stock) 838 852 716 -136 -16,0%

Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do SICAM que passou de 13.060

milhões de euros em 2015 para 14.881 milhões de euros em 2016, contribuindo para este crescimento do activo líquido o

aumento do crédito a clientes de 3,4% (284 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de

euros).

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos em bancos centrais

(953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%).

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297

Caixa Central 7.964 7.735 229

SICAM (Consolidado) 14.881 13.653 1.227

Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou um decréscimo de 1,1 p.p. (de

69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares,

sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

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Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito a Cl ientes (líquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Recursos de Cl ientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%

Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

OUTROS FACTOS RELEVANTES

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; os prémios obtidos, no ano

2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente” e “O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais

Satisfeitos”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário5, permitem afirmar o

bom desempenho do Crédito Agrícola em 2016.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo.

Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de

dimensão”6. Por seu lado, a CA Vida foi premiada como “A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida”7. A CA Vida ainda os

rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI

Portugal 2016.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam:

• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do “Prémio Empreendedorismo e

Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2015, realizada pelo

terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a

competitividade e crescimento da economia portuguesa;

5 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 2

reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11. 6 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B. 7 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o Diário

de Notícias e o Jornal de Notícias.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, realizado juntamente com a

Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

As cerimónias de entrega de prémios decorreram na Estufa-Fria, em Lisboa.

Inauguração da 1ª Agência na Madeira

No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência no Funchal, dando início à

actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito Agrícola.

A cerimónia de inauguração da Agência, realizada

em Outubro de 2016, contou com a presença de

diversas entidades locais, entre elas o Presidente

do Governo Regional da Madeira, Miguel

Albuquerque.

Dada a importância que a nova Agência

representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma

Campanha Publicitária com o claim “Nunca Estivemos Tão Próximos”. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da

Região, revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira.

No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em três dos seus Fundos de

Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo oitavo ano consecutivo segundo rendibilidades divulgadas

pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento

Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um nível de risco um (numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de 0,10%

em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA

Rendimento, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25%

em 2016, foi o vencedor da categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano consecutivo. Em 2016, pela

primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos

Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um fundo de investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de

4,20% em 2016.

O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento, representando um crescimento homólogo

de 4% nos serviços inicializados. O número de transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período homólogo.

A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral

do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6%

respectivamente, em comparação com iguais períodos de 2015.

No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de 1.497 para 1.520 (valores em

final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere

ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de

transacções.

Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749 TPA activos. O número de transacções subiu

18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de transacções.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de

4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um

incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões

crédito.

No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração,

tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais

se destacam:

• ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito;

• ENERGIE – Energia solar termodinâmica;

• CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;

• ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel;

• Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local;

• ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos;

• AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e

• Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado.

No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um

crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e

dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um

público mais jovem, tendo atingido cerca de 90.000 fãs no facebook no final de 2016.

Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira, constatámos que este

patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000 telespectadores por ano, alavancando assim a

notoriedade da marca CA.

Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios

a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali Dakar 2016, em

motociclismo;

• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado

o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes;

• 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta.

A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal

(SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ANÁLISE SOCIAL

O programa de ajustamento levado a cabo pela República

Portuguesa nos últimos anos levou a economia a enfrentar

debilidades históricas e um nível de recessão a que,

também o concelho do Cartaxo, não ficou imune.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo entende ser

da sua responsabilidade o auxílio às actividades

económicas dos seus associados e a promoção do

desenvolvimento económico da região, seguindo para o

efeito estratégias de proximidade com os clientes,

procurando estabelecer políticas de confiança e passar

uma imagem de integridade ao mercado.

A responsabilidade social é um dos principais pilares de

actuação do grupo Crédito Agrícola e, em particular, da

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo através do

envolvimento com a comunidade externa (educação,

cultura e outras actividades comunitárias) e interna (planos

de seguros, crédito a colaboradores, apoio à educação,

cultura e lazer. O concelho do Cartaxo tem cerca de

25.000 habitantes, com o melhor registo de densidade

populacional em todo o distrito de Santarém e o segundo

melhor registo em termos de taxa de crescimento

populacional na última década. O Cartaxo, intimamente

ligado ao slogan “Capital do Vinho”, é o maior produtor de

vinho tinto e vinho regional da Lezíria do Tejo e o segundo

maior produtor de vinho (em geral) do distrito.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo tem

partilhado uma ligação crescente à comunidade local,

marcando presença nas habituais festas populares do

Município do Cartaxo e respectivas freguesias, contribuindo

para o desenvolvimento das actividades de apoio social

através da proximidade com instituições e associações

municipais de relevo e marcando presença em inúmeros

eventos de carácter social e cultural. Durante o ano de

2016 e à semelhança dos anteriores, a Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo do Cartaxo continuou a apoiar

financeiramente aquelas actividades.

Como já tem sido habitual na estratégia desta instituição,

cabe-nos o prazer de continuar a anunciar que

trabalhamos com mais de 20 associações municipais, como

ranchos folclóricos, sociedades filarmónicas ou os

bombeiros municipais, apoiamos instituições de

solidariedade social como a Cruz Vermelha ou a Associação

Humanitária de Pontével, promovemos actividades

desportivas como o Sport Lisboa e Cartaxo e

desenvolvemos protocolos com a Escola Secundária do

Cartaxo para o patrocínio do cartão de estudante e a

distinção anual dos melhores alunos. No ano de 2016

marcámos também presença na tradicional Festa do Vinho

do Cartaxo e na Feira dos Santos do Cartaxo.

A todos, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo

envia os seus votos de grandes sucessos para 2017 e um

muito obrigado pela vossa colaboração e confiança que

depositam na nossa instituição.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

AGENDA ESTRATÉGICA PARA 2017

A estratégia da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo

tem sido a de promover e auxiliar as actividades

económicas da nossa região geográfica, procurando cada

vez mais trabalhar com os melhores e em prol do seu

desenvolvimento.

O ainda excesso de endividamento da economia

portuguesa, aliado à notação de rating especulativa da

República Nacional, ao fraco crescimento económico e aos

problemas enormes de mercados como Angola, tem-se

reflectido em expectativas baixas dos agentes económicos

nacionais, com consequências ao nível do investimento.

Actualmente, e verificada a anterior previsão de

recuperação económica assente em perspectivas de

crescimento superiores a 1,0%, o país assistiu a um

melhor enquadramento da situação económico-financeira.

Neste quadro, é expectável que 2017 venha a consolidar

perspectivas de investimento consideravelmente mais

elevadas, assentes no baixo custo dos empréstimos

bancários e nas perspectivas mais optimistas dos agentes

privados para a economia nacional.

Contudo, situações como a resolução do Novo Banco (que

poderá acarretar perdas significativas para a República

Portuguesa) e a forte instabilidade política na Zona Euro

(eleições em vários países-membros) são focos de

acentuada instabilidade financeira, com possíveis impactos

na actividade do sistema financeiro, imediatos e voláteis.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo respondeu á

crise nacional dos últimos 5 anos com um posicionamento

defensivo na gestão dos recursos financeiros, no aumento

do crédito a empresas de rating favorável e na promoção

do crédito à habitação e cross-selling associado. Através

desta estratégia, procurámos:

� Continuar a aposta no aumento da confiança da

comunidade nos nossos serviços e atendimento;

� Aumento dos rácios de capital com vista ao

cumprimento dos novos requisitos definidos em

Basileia III;

� Aposta em novos produtos financeiros na

tentativa de incremento do produto bancário e

em responder às necessidades dos clientes;

� Reformulação e diversificação de activos e

carteira de crédito, com vista à redução do ritmo

de crescimento de imparidades e ao aumento da

rentabilidade;

� Captação de novos negócios e clientes com

reduzida alavancagem e, portanto, maior

potencial e segurança para novos investimentos;

� Melhoria dos procedimentos de monitorização e

avaliação de potenciais imparidades,

antecipando eventuais necessidades de capital

daí decorrentes.

No decurso de 2016 foi negociada com a Caixa de Crédito

Agrícola de Alcobaça um projecto de fusão que visasse,

principalmente, a consolidação de zonas geográficas e

ganhos de escala consideráveis de modo a minimizar o

impacto de novas regras e normativas em várias áreas de

trabalho. O projecto de fusão mereceu a aprovação de

ambas instituições de crédito e deverá avançar durante o

exercício de 2017.

Espera-se que o projecto de fusão venha contribuir

positivamente para a organização e funcionamento das

Caixas de Crédito Agrícola e que tais sinergias sejam

aproveitadas para o aumento da satisfação dos clientes.

Page 39: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

RISCOS DA ACTIVIDADE BANCÁRIA EM 2017

Consoante a análise e o posicionamento estratégico da

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo para o ano de

2017, importa definir e alertar para os riscos da actividade

bancária a considerar no plano social, económico e

financeiro delineado para a economia portuguesa e

europeia.

1. Instabilidade política no espaço da Zona Euro

com eleições em vários países-membros

O grande enfoque de risco para 2017 para o sistema

financeiro internacional e nacional passa, claramente, pela

situação política em vários países-membros da Zona Euro e

com o acentuar do crescimento de movimentos e partidos

de ruptura ao centro democrático e europeísta. Irá assistir-

se a elevada volatilidade nos mercados financeiros, com

possíveis impactos ao nível da solvência de instituições e

países com grande risco sistémico. O aumento dos níveis

de incerteza a nível global vai interagir com as

vulnerabilidades da economia portuguesa.

2. Prolongamento ou agravamento do ambiente

de baixas taxas de juro

A tendência do mercado financeiro continua a apontar para

a possibilidade de manutenção de uma política monetária

extremamente acomodatícia por um período prolongado,

com reflexo nas expectativas de manutenção das taxas de

referência do Banco Central Europeu em valores negativos

por mais tempo do que o inicialmente esperado. De acordo

com as taxas de juro implícitas nos contratos futuros sobre

a Euribor a 3 Meses, é previsto que este indexante venha a

atingir níveis de 0% somente em finais de 2021.

3. Crescimento do stock de activos não geradores

de rendimento e imóveis obtidos em reembolso

de crédito próprio

As novas orientações regulamentares para o

acompanhamento, reavaliação e diversificação dos activos

não geradores de rentabilidade para os bancos vêm

constituir riscos acrescidos para a actividade, com possíveis

efeitos adversos em caso de desvalorização do imobiliário

e contabilização adicional de imparidades.

4. Reavaliação dos prémios de risco a nível

nacional

Uma reavaliação dos prémios de risco, a materializar-se,

afectará de forma transversal todo o sistema financeiro

através do aumento do custo de financiamento. Este efeito

de transmissão será particularmente significativo no caso

do crédito a empresas. Um aumento adicional dos prémios

de risco associados ao soberano (como temos vindo a

assistir nos últimos meses/ano de 2016) não deixará de

contagiar o sector bancário nacional, que tem estado

afastado do mercado por grosso. Estes efeitos serão ainda

mais relevantes num contexto em que os bancos terão

necessariamente de recorrer a emissões de mercado com

vista a garantir o cumprimento de exigências

regulamentares.

Page 40: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

SERVIÇOS DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO

CARTAXO, C.R.L.

Os departamentos que compõem a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo desenvolvem um conjunto de serviços

especializados de suporte aos diferentes balcões e no apoio às decisões superiores, procurando contribuir para a eficiência

crescente das actividades operacionais, para a redução dos custos de funcionamento, para a melhoria da qualidade de serviço e

atendimento, para a manutenção de um nível tecnológico e para a minimização dos riscos associados à carteira de crédito e de

compliance.

COORDENAÇÃO GERAL

Está a cargo da Coordenadora Geral a definição da política de investimentos, ao nível da gestão do património, assim como o

assegurar dos recursos informáticos, de um sistema de segurança adequado, da permanente actualização dos seguros, da

identificação dos bens patrimoniais e de uma gestão eficaz dos bens que são propriedade da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do

Cartaxo. A Coordenadora Geral deve, ainda, definir e submeter ao Conselho de Administração e reavaliar, periodicamente, as

taxas de juro dos recursos e aplicações, no que concerne à gestão financeira da instituição. Ao nível dos recursos humanos, terá

o papel essencial de promover as medidas necessárias à melhoria do desempenho individual e das equipas e para o

desenvolvimento das competências.

COMITÉ DE ASSUNTOS INTERNOS

Cabe-lhe acompanhar o cumprimento dos objectivos traçados para as diferentes áreas funcionais, assim como facilitar a

comunicação entre os vários órgãos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo. No âmbito do planeamento,

acompanhamento e avaliação da actividade, tem, também, como tarefa, analisar os relatórios de auditoria (externa e interna),

reportar os resultados ao Conselho de Administração e acompanhar o cumprimento dos rácios de gestão e prudenciais.

AUDITORIA INTERNA

Os elementos representantes da equipa de auditoria interna procedem à supervisão da actividade dos vários órgãos da Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, colaboram na elaboração de normas e instruções de funcionamento, apoiam os

colaboradores no desempenho das suas funções e identificam áreas problemáticas e de risco, sugerindo correcções no sistema

de controlo interno.

APOIO JURÍDICO

Cabe aos serviços jurídicos externos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo garantir o acompanhamento jurídico das

situações de crédito em mora e pré-contencioso, analisar e propor a liquidação judicial ou extra-judicial no que respeita à

Page 41: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

regularização de créditos, normalizar e acompanhar os procedimentos de recuperação do crédito em contencioso, promover a

actuação judicial nos processos distribuídos e proporcionar assistência jurídica aos vários departamentos da Caixa.

COORDENAÇÃO COMERCIAL

Tem como missão transformar as grandes orientações e objectivos globais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo no

que toca à comercialização de produtos e à captação de novos clientes, a definição dos objectivos comerciais juntamente com

os balcões da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, validar e propor o plano de marketing local à coordenadora geral,

assegurar o cumprimento das orientações fornecidas pelo Plano Comercial da Caixa Agrícola, analisar periodicamente a sua

execução e assegurar a orientação comercial dos balcões na divulgação e comercialização dos produtos.

GESTÃO DE CLIENTES ESPECIAIS

Trata-se de uma unidade de negócio da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo com vista à rentabilização da carteira de

clientes, à identificação do perfil de consumo do cliente, à definição de um plano de visitas e contactos periódicos, à

identificação de oportunidades de colocação de novos produtos ajustados ao perfil de cada um destes clientes, à apresentação

de propostas de negócio ao cliente e à monitorização sistemática da satisfação global do cliente com os serviços prestados.

SEGUROS

Unidade de gestão e dinamização da actividade comercial, no âmbito do apoio á actividade de seguros – ramos reais. Tem por

responsabilidade a negociação de carteiras de seguros, fornecer apoio técnico aos balcões, lançar apólices, recolher dados e

informações necessárias à formalização dos processos de sinistros, assegurar a manutenção do arquivo de processos de

seguros, o controlo das comissões recebidas e a prestação atempada de informação aos balcões da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo do Cartaxo.

GESTÃO DE RISCOS

A unidade de Risco constitui uma área de suporte à análise e produção de informação relevante à condução dos objectivos e

estratégias da Caixa. Através da elaboração de dados informativos, análise económico-financeira, apoio à elaboração do Plano

de Actividades, Balanço, Demonstração de Resultados e Balanço Social, análise do impacto de risco das taxas activas e passivas

praticadas e da evolução do desempenho financeiro da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, esta unidade pretende

alertar para os diferentes riscos que compõem o dia-a-dia da actividade bancária.

Inserida nas funções de Gestão do Risco de Crédito, esta unidade tem como responsabilidade a análise periódica do risco de

empresas e grupos empresariais com envolvimento relevante na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, além de emitir

parecer sobre as propostas de crédito pessoal e empresas, analisar a viabilidade económico-financeira de projectos de

investimento e propor acções e medidas tendentes à redução dos riscos da Caixa.

Page 42: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

PROCESSAMENTO E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO

A unidade de Processamento e Recuperação de Crédito visa assegurar a correcta formalização dos processos de crédito, a

preparação das escrituras, a verificação da documentação e requisitos definidos nos pedidos de crédito, lançamento de planos

de reembolso, manutenção dos dossiers das operações de crédito e a emissão de cartas de aviso para a regularização de

empréstimos.

Além disso, esta unidade pretende garantir o acompanhamento das situações de crédito em mora, o controlo desses processos,

a sua negociação de acordo com as normas estabelecidas e a realização de todas as diligências necessárias junto dos clientes

com crédito vencido.

ÁREA DE SUPORTE

A Area de Suporte da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo abrange uma série de unidades de negócio como a

Compensação e Operações Gerais, a Manutenção de Arquivos, a Contabilidade e Reporting e o Pessoal.

No que respeita à Compensação e Operações Gerais, tem como responsabilidade a verificação de imagens e assinaturas de

cheques, o lançamento de transferências e cobranças diversas, a emissão de listagens de movimentos e saldos devedores e a

regularização de movimentos rejeitados pelo sistema informático.

A Manutenção de Arquivos procura efectuar a gestão e transporte do arquivo vivo e assegurar a destruição do arquivo morto.

A área de Contabilidade e Reporting executa a contabilidade geral, garante a fiabilidade e disponibilidade das informações e

registos contabilísticos, confere e regulariza os saldos contabilísticos, procede ao encerramento mensal e anual de contas,

elabora informação de reporte obrigatório, prepara os relatórios, assegura o cumprimento das obrigações fiscais e confere

facturas para pagamento.

No que diz respeito ao Pessoal, são efectuados os processamentos de salários e envio dos mapas para as devidas entidades

externas e são organizados e actualizados os cadastros individuais dos colaboradores.

AGÊNCIAS

A unidade de Agências refere-se a todas as actividades que, no seu decurso normal, passam pela intermediação dos

colaboradores de balcão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo.

Neste sentido, cabe à Promoção e Prospecção Comercial o apoio ao cumprimento dos objectivos comerciais ao nível da captação

de clientes e da comercialização de produtos e serviços, prospectar comercialmente as zonas geográficas de intervenção da

Caixa, recolher informações para actualização de fichas de clientes e avaliar a actividade da concorrência no mercado local.

O Atendimento Geral presta informações sobre os produtos e serviços disponíveis, atende a pedidos diversos de clientes, efectua

contactos, aberturas de conta, movimentações em poupanças e depósitos a prazo e gestão de cartões.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Os serviços de Caixa e Tesouraria procedem à recepção de depósitos em numerário e cheque, a pagamentos de valores e

cheques, à actualização de cadernetas, à transacção de divisas, ao pagamento e registo de despesas diversas, à separação de

cheques e à emissão de listagens de conferência.

Page 44: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

ANÁLISE DE RESULTADOS

Descrição 2014 2015 2016 Δ% 2016-15

Ativo 51.848 59.721 60.350 1,1%

Ativo líquido 49.720 57.599 58.273 1,2%

Total do passivo 44.781 52.484 52.758 0,5%

Capital 4.965 5.081 5.136 1,1%

Situação líquida 4.939 5.114 5.515 7,8%

Crédito a clientes 31.244 32.346 32.187 -0,5%

Crédito vencido 1.605 944 999 5,8%

Crédito vencido > 90 dias 1.485 901 971 7,8%

Crédito em risco 9,0% 3,7% 4,5% 22,2%

Crédito em incumprimento 4,8% 2,8% 3,0% 5,7%

Write-off de crédito 329,7 741,6 717,2 -3,3%

Total de provisões 919 966 842 -12,8%

Cobertura de crédito vencido por imparidades 54,9% 102,4% 110,2% 7,6%

Cobertura de crédito em risco por imparidades 47,0% 80,2% 75,7% -5,6%

Recursos de clientes 44.097 48.061 45.981 -4,3%

Recusos TLTRO 51 3.627 6.032 66,3%

Aplicações 11.892 17.758 18.783 5,8%

Resultado líquido 21,1 101,9 383,0 275,9%

Imparidades e provisões líquidas no exercício 279,9 535,7 47,8 -91,1%

Gastos com pessoal 716,9 735,3 748,7 1,8%

Gastos gerais administrativos 583,5 589,6 613,0 4,0%

Amortizações 90,0 84,9 81,7 -3,8%

Gastos de funcionamento 1.300,4 1.324,9 1.361,3 2,7%

Margem financeira 1.109,5 1.145,6 1.106,7 -3,4%

Produto bancário 1.717,3 2.079,5 1.998,7 -3,9%

Nº colaboradores 18 18 18 0,0%

Requisitos de fundos próprios 16,7% 16,6% 15,5% -6,6% *Valores em milhares de euros

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Margem Financeira

A margem financeira sofreu uma ligeira redução em 2016, após um crescimento também ligeiro em 2015, em montantes na

ordem dos 3%. A esta variação negativa esteve associado o esmagamento dos spreads nas principais operações de crédito,

dado que apesar da remuneração dos recursos se encontrar estabilizada, os indexantes e spreads de crédito continuam a cair no

mercado nacional e europeu.

Saldo de Comissões

O saldo de comissões e a margem complementar continuam a registar uma tendência crescente, desta vez superior a 9,0%

comparativamente com o período homólogo. Para tal contribui a dinamização de vendas e acções comerciais da CCAM do

Cartaxo na área dos seguros, assim como a cobrança de comissões no âmbito da realização de operações de crédito (cross-

selling) e serviços prestados.

Page 46: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Produto Bancário

O produto bancário registou uma desaceleração superior a -3,80% em 2016, valor mais considerável se atendido a que

beneficiou de eventos não recorrentes como a reversão de imparidades em mais de 120.000 € (com impacto de 6,0% no

produto bancário de 2016). Tal evolução negativa é demonstrativa das fracas condições de mercado, principalmente o

esmagamento de spreads de crédito, visíveis na redução superior a 15% dos juros totais cobrados no ano (redução da

EUR06TM no período superior a 13%).

Resultados de Exploração

O resultado antes de amortizações, provisões, imparidades e impostos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo sofreu

uma redução superior a 17% em 2016, após um crescimento exponencial de mais de 100% em 2015. Em ambos os exercícios,

o resultado beneficiou de eventos não recorrentes superiores a 100.000 €. Neste sentido, em 2016 superou os 555.000 €,

prejudicado pela redução da margem financeiro e o agravamento dos custos de funcionamento, mas impulsionado pela reversão

de imparidades no exercício.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Provisões e Imparidades (Exercício)

O excelente desempenho na gestão de provisões e imparidades do exercício é o factor mais positivo a assinalar em toda a

actividade de 2016. Após um crescimento assinalável no ano anterior e que permitiu a desejada cobertura integral do crédito

vencido à data, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo conteve de forma eficiente este indicador no decurso de 2016 e

beneficiou de uma redução superior a 90% comparativamente com a evolução registada no período homólogo.

Resultado Líquido

O resultado líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo continua a trajectória histórica de crescimento, subindo mais

de 700% em montante acumulado desde 2013. O lucro líquido do exercício de 2016, no valor de 383.050 €, foi o maior dos

últimos 9 anos (desde 2008, quando contabilizou 500.115 €), anunciando um provável ponto de retorno na crise financeira

nacional e nas dificuldades económicas vividas na última década.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Activo Líquido

O activo líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo beneficiou, mais uma vez, das fortes condições de liquidez no

mercado e dos resultados positivos conseguidos no exercício. Conforme é visível, desde a implementação das políticas de

Quantitative Easing por parte do Banco Central Europeu, o balanço da CCAM do Cartaxo evoluiu exponencialmente a partir de

2015.

Crédito a Clientes

A evolução do crédito a clientes acompanhou a tendência de crescimento do balanço da CCAM do Cartaxo, impulsionado por

fortes medidas de liquidez e consequente redução exponencial dos juros cobrados pela instituição. A retoma económica do

mercado nacional, conjugada com um pricing de crédito em mínimos históricos, alavancou o crédito a clientes da CCAM do

Cartaxo, que em 2015 cresceu cerca de 3,50% e manteve praticamente o mesmo montante de carteira em 2016.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

A Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo é detentora de uma quota de mercado superior a 11% na sua área de actuação, acima

da média nacional do grupo, por via do incremento na qualidade dos produtos e serviços disponibilizados aos clientes, assim

como de uma maior percepção das necessidades e respostas atempadas às solicitações dos mesmos. O Segmento da Agricultura

continua a representar mais de 22% da carteira de crédito da Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo e é demonstrativo do peso

decisivo para o total de quota de mercado no crédito a empresas (superior a 20%).

Page 50: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Carteira de Crédito - 20162016

(milhares de euros)

2015 2016 ∆% 2016-15

27.215,9 26.889,4 -1,2%

5.130,1 5.298,0 3,3%

7.881,3 7.464,4 -5,3%

14.126,3 13.733,4 -2,8%

10.279,5 10.406,8 1,2%

- - 0,0%

Crédito a Particulares

Crédito à Habitação

Crédito a Empres. e Administ. Públ.

Empréstimos

Com garantias hipotecárias

Sem garantias hipotecárias

Crédito a Empresas

Os resultados da carteira de crédito em 2016 denotam uma evolução menos favorável nos segmentos Corporate e Retalho,

contrariamente ao segmento Habitação que cresceu, embora ligeiramente. Em termos gerais, houve uma redução ligeira das

operações com colateral real, contrariadas por um crescimento significativo (superior a 3%) dos créditos não colateralizados,

privilegiando operações de retalho de maior rentabilidade e crédito a empresas com base em baixas probabilidades de

incumprimento.

Verifica-se uma elevada diversificação da carteira de crédito da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, essencial ao

equilíbrio financeiro e à solvabilidade de instituições de crédito de menor dimensão. A representação das quotas de crédito da

Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo manteve os montantes já registados no período homólogo. Menos de ¼ da carteira de

crédito é correspondente a crédito a empresas, sendo que nos cerca de ¾ de crédito a particulares, mais de 40% são relativos

a crédito à habitação, que ocupa um peso de cerca de 30% no total da carteira de crédito da Caixa de Crédito Agrícola do

Cartaxo.

Page 51: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Recursos totais

Os elevados níveis de liquidez no mercado interbancário, potenciado pelas políticas expansionistas do Banco Central Europeu e

respectivos estímulos ao crescimento económico e inflação, permitiram um crescimento acumulado de 18% nos recursos totais

captados pela CCAM em 2015 e 2016. No que respeita ao último exercício, este indicador cresceu cerca de 1%

comparativamente com o período homólogo, situando-se, novamente, acima dos 50 milhões de euros.

ANÁLISE DE RÁCIOS FUNDAMENTAIS

Rácio de Crédito Vencido

Decorrente dos níveis recorde de incumprimento atingidos no mercado nacional no decurso de 2014, a Caixa de Crédito Agrícola

do Cartaxo tem iniciado uma trajectória descendente ao nível do rácio de crédito vencido, tendo conseguido uma percentagem a

rondar os 3% do total da carteira de crédito vencido em 2015 e, novamente, em 2016. Trata-se de um indicador negativo e que

ficou bastante abaixo da média nacional que ronda os 7%, assinalando um resultado muito favorável neste indicador e bastante

abaixo da indicação normativa do Grupo Crédito Agrícola (< 5,0%).

Page 52: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Rácio de Cobertura do Crédito em Risco por Imparidades

Ao nível do grau de cobertura do crédito em risco (reestruturado por dificuldades financeiras), as imparidades cobrem cerca de

80% do total em risco, sendo que o crédito vencido está coberto numa percentagem superior a 100%. Trata-se de uma

evolução bastante significativa se atendidos os anos anteriores e representando uma evolução de acordo com os regulamentos

da indústria e da supervisão bancária.

Page 53: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

Indicadores de Gestão 2014 2015 2016 Normativo

Rácio de Solvabilidade

Common equity Tier 1 5.010 4.950 5.088

Tier 1 17,0% 16,6% 15,5% > = 10%

Tier 2 0,5% 0,0% 0,0%

Total 17,3% 16,6% 15,5%

Rácio de Eficiência

Custos de funcionamento / Produto bancário 75,7% 63,7% 68,1% < 60%

Gastos com pessoal / Produto bancário 41,7% 35,3% 37,4%

Rácios de Produtividade

Ativo líquido / Colaborador 2.762,2 3.199,9 3.237,3 > 3.000.000 €

Gastos com pessoal / Ativo líquido 1,4% 1,3% 1,3%

FSE / Ativo líquido 1,2% 1,0% 1,1%

Produto bancário / Nº colaboradores 95,4 115,5 111,0 > 110.000 €

Rácios de Rendibilidade

Rendibilidade do ativo (ROA) 0,04% 0,19% 0,67%

Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) 0,43% 2,03% 7,46%

Margem financeira / Ativo líquido 2,23% 1,98% 1,90%

Produto bancário / Ativo líquido 3,45% 3,61% 3,43%

Rácios de Qualidade de Crédito

Rácio de crédito com incumprimento 4,8% 2,8% 3,0%

Rácio de crédito vencido (Normativo SICAM) 4,8% 2,8% 3,0% < = 5%

Rácio de crédito em risco 9,0% 3,7% 4,5%

Rácio de cobertura de crédito vencido por imparidades 57,3% 102,4% 110,2%

Ativos não correntes para venda / Ativo líquido 3,6% 4,1% 4,5%

Rácio de Transformação

Rácio Crédito a clientes / Recursos de clientes 71,0% 72,8% 70,1% < 85%

Rácio Crédito a clientes / Recursos totais 71,0% 67,3% 61,9%

Rácio disponib. e aplicações / Recursos de clientes 27,0% 40,0% 40,9%

Rácio Aplicações financeiras / Recursos totais 27,0% 37,0% 36,1%

*Valores em milhares de euros

O ano de 2016 registou excelentes desempenhos ao nível da produtividade, rendibilidade e qualidade de crédito, à semelhança

do exercício de 2015. Foram, mais uma vez, concretizados objectivos principais como o ativo líquido por colaborador superior a

3 M€ e o produto bancário por colaborador superior a 110.000 €, rendibilidades positivas ao nível do ativo e do equity e crédito

vencido bastante inferior a 5%, com cobertura do crédito vencido por imparidades em mais de 100%.

Analisados os fundamentais de 2016 atingidos pela Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo, confirma-se a tendência positiva do

negócio e respectivos indicadores.

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Face ao resultado líquido verificado de € 383.049,95 (trezentos e oitenta e três mil, quarenta e nove euros e noventa e cinco

cêntimos), o Conselho de Administração desta CCAM propõe a seguinte distribuição de resultados do exercício de 2016:

a) Para cobertura do saldo registado na conta de Resultados Transitados, o montante de € 131.571,51 (cento e trinta e

um mil, quinhentos e setenta e um euros e cinquenta e um cêntimos);

b) Para cobertura do saldo registado na conta de Diferenças resultantes da alteração de políticas contabilísticas

decorrentes da adopção das NCA’s, o montante de € 8.673,00 (oito mil, seiscentos e setenta e três euros);

c) Para a Reserva Legal o montante de € 49.000,44 (quarenta e nove mil e quarenta e quatro cêntimos);

d) Para a Reserva para educação e formação cooperativa o montante de € 500,00 (quinhentos euros);

e) Para a Reserva para mutualismo o montante de € 500,00 (quinhentos euros);

f) Para a Reserva Especial o montante de € 192.805,00 (cento e noventa e dois mil, oitocentos e cinco euros).

O Conselho de Administração propõe ainda a utilização da Reserva Especial o montante de € 192.805,00 (cento e noventa e dois

mil, oitocentos e cinco euros) para aumento do capital social da Caixa por incorporação de reservas.

Cartaxo, 03 de Março de 2017.

Jorge Vítor Caetano Cunha Francisco Augusto Rosa Lopes Filipe Augusto Lopes Ferreira

Presidente do Conselho de Administração Secretário do Conselho de Administração Tesoureiro do Conselho de Administração

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015

31-12-2015

Provisões,

Activo imparidade e Activo Activo

ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 31-12-2016 31-12-2015

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 551.062 551.062 479.767 Recursos de bancos centrais 22 - -

Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 1.530.787 1.530.787 1.146.670 Passivos f inanceiros detidos para negociação 23 - -

Activos f inanceiros detidos para negociação 7 - - Outros passivos f inanceiros ao justo valor através de resultados 24 - -

Outros activos f inanceiros ao justo valor através de resultados 8 - - Recursos de outras instituições de crédito 25 6.033.712 3.627.361

Activos f inanceiros disponíveis para venda 9 756.165 (88.936) 667.229 839.574 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 45.981.983 48.061.249

Aplicações em instituições de crédito 10 16.701.902 16.701.902 16.132.515 Responsabilidades representadas por títulos 27 - -

Crédito a clientes 11 32.187.568 (842.653) 31.344.915 31.379.040 Passivos f inanceiros associados a activos transferidos 28 - -

Investimentos detidos até à maturidade 12 - - Derivados de cobertura 14 - -

Activos com acordo de recompra 13 - - Passivos não correntes detidos para venda 29 - -

Derivados de cobertura 14 - - Provisões 30 258.460 255.103

Activos não correntes detidos para venda 15 2.647.782 (168.546) 2.479.236 2.384.515 Passivos por impostos correntes 20 - 121.081

Propriedades de investimento 16 - - Passivos por impostos diferidos 20 501 503

Outros activos tangíveis 17 3.440.075 (915.454) 2.524.621 2.500.975 Instrumentos representativos de capital 31 - -

Activos intangíveis 18 4.221 (4.221) - - Outros passivos subordinados 32 - -

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 1.620.016 1.620.016 1.620.016 Outros passivos 33 483.374 419.156

Activos por impostos correntes 20 67.165 67.165 - Total do Passivo 52.758.029 52.484.452

Activos por impostos diferidos 20 152.606 152.606 227.979

Outros activos 21 690.682 (57.107) 633.575 888.371 Capital 35 5.136.030 5.081.320

Prémios de emissão 35 - -

Outros instrumentos de capital 36 - -

Reservas de reavaliação 36 (4.071) 24.917

Outras reservas e resultados transitados 36 76 (93.194)

Lucro do exercício 36 383.050 101.927

Dividendos antecipados

Total do Capital 5.515.085 5.114.970

Total do Activo 60.350.031 (2.076.917) 58.273.115 57.599.423 Total do Passivo e do Capital 58.273.115 57.599.423

(Montantes expressos em Euros)

31-12-2016

O anexo faz parte integrante destes balanços.

Page 57: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

RUBRICA Notas 2016 2015

Juros e rendimentos similares 37 1.241.134 1.495.086Juros e encargos similares 38 (134.412) (349.393)

Margem financeira 1.106.723 1.145.694

Rendimentos de instrumentos de capital 39 15 1.504Rendimentos de serviços e comissões 40 862.498 799.554Encargos com serviços e comissões 41 75.873 78.452Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados42Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 (21.914)Resultados de reavaliação cambial 44 438 1.128Resultados de alienação de outros activos 45 (985) 61.128Outros resultados de exploração 46 127.880 149.018

Produto bancário 1.998.782 2.079.573

Custos com pessoal 47 748.274 735.318Gastos gerais administrativos 48 613.033 589.611Amortizações do exercício 17 e 18 81.793 84.981Provisões líquidas de reposições e anulações 30 3.357 19.644Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber (3.170) 458.866

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 17.764 35.171Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 29.947 22.067

Resultado antes de impostos 507.784 133.915

Impostoscorrentes 20 49.363 125.834diferidos 20 75.372 (93.846)

Resultado líquido do exercício 383.050 101.927

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015

(Montantes expressos em Euros)

Page 58: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

31-12-2016 31-12-2015

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de juros e comissões 2.103.632 2.294.641Pagamentos de juros e comissões (210.284) (427.845)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (1.361.307) (1.324.928)Contribuições para o fundo de pensões - -(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (124.734) (31.988)Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 128.319 150.146

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 535.625 660.025

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - -Activos disponíveis para venda (132.666) (9.894)Aplicações em instituições de crédito 569.386 5.413.127Crédito a clientes (37.295) 1.513.452Investimentos detidos até à maturidade - -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda 102.951 534.050Outros activos (241.510) 359.503

260.866 7.810.238Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - -

Recursos de outras instituições de crédito 2.406.351 3.575.841

Recursos de clientes e outros empréstimos (2.079.266) 3.963.722

Outros passivos (56.865) 143.941

(…) - -270.220 7.683.504

Caixa líquida das actividades operacionais 544.979 533.291

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Variação de activos tangíveis e intangíveis 106.647 27.174Dividendos recebidos (15) (1.504)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - 128.405

Caixa líquida das actividades de investimento 106.632 154.076

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Aumento de capital 54.710 115.890Diminuição de capital - -Pagamento de dividendos - -Variação de passivos subordinados - -Reservas (37.645) (41.864)

Caixa líquida das actividades de financiamento 17.065 74.026

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 455.412 453.241

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 1.626.437 1.173.196Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.081.849 1.626.437

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO 2015

(Montantes expressos em Euros)

Page 59: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE CARTAXO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital Dividendos reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 4.965.430 58.122 140.322 (246.031) (105.709) 21.174 4.939.017

Aplicação do resultado do exercício de 2014: -Transferência para reservas -Distribuição de dividendos -Resultados Transitados 21.174 21.174 (21.174)Capital Social -

Aumento de capital 117.440 -Reembolso de capital (1.550) -Reserva de Reavaliação (33.205) -Outras Reservas (1) (1)Resultados transitados (8.657) (8.657)Resultado líquido em 31 de Dezembro de 2015 - 101.927

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 5.081.320 24.917 140.321 (233.514) (93.193) 101.927 5.114.970

Aplicação do resultado do exercício de 2015: -Transferência para reservas -Distribuição de dividendos -Resultados Transitados 101.927 101.927 (101.927)Capital Social -

Aumento de capital 57.210 -Reembolso de capital (2.500) -Reserva de Reavaliação (28.987) -Outras Reservas -Resultados transitados (8.658) (8.658)Resultado líquido em 31 de Dezembro de 2016 - 383.050

Saldos em 31 de dezembro de 2016 5.136.030 (4.071) 140.321 (140.244) 76 383.050 5.515.085

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

Outras Reservas e resultados transitados

DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA

OS EXERCÍCIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015

(Montantes expressos em Euros)

2016 2015

Resultado individual 383.050 101.927Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - -Impacto fiscal - -Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -

Pensões - regime transitório (8.673) (8.673)Outros movimentos 15 16Total Outro rendimento integral do exercício (8.658) (8.657)Rendimento integral individual 374.392 93.270

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO CARTAXO, C.R.L.

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

Page 60: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

ANEXO

Page 61: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Cartaxo) é uma instituição de

crédito constituída em 14 de Junho de 1911 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da

Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na

legislação aplicável.

A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de

Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa

Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do

Crédito Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua 5 de Outubro nº 5-G, em Cartaxo e

através de uma rede de dois balcões situados no concelho do Cartaxo.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa aprovadas pelo Conselho de Administração em 28/01/2017, foram

preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos

de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº

1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme

adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do

Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro

e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os

créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal,

registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se

tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês,

nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes

aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do

período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos

de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações

introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº

3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites,

garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

Page 62: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o

seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é

permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias

resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto

contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de

Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de

Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um

plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente

ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-

emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013.

As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2016, estão pendentes de aprovação pelos

correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Caixa que estas

demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.

2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as

seguintes:

a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das

rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são

gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da

data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos

ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem,

de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na

posição cambial.

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas

Page 63: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como

influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o

poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir

controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas

por imparidade.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados

ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no

IAS 21.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso

nº 1/2005 do Banco de Portugal.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação

contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e

distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que

produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e

custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria

devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da

taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos

descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo

as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações,

independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas

extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em

resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas

subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas

pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações

vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos

dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de

Page 64: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que

tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de

cobrança duvidosa, os seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente

às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;

. Estarem em incumprimento há mais de:

. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez

anos;

. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de

provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas

operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o

crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito

total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade

das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iii) Provisão para risco país

Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre

residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento

utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país,

na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;

- Das participações financeiras;

- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde

que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº

3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições

definidas pelo Banco de Portugal.

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As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e

Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.

iv) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança

do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito

não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja

finalidade não possa ser determinada;

- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação

financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos

gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites

fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30

dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos

no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das

provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em

resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39,

sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros

detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados

em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como

derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na

rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a

pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo

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transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de

resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através

de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da

valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal

(prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em

resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os

dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua

distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é

o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver

disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem

modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados

de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado

para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os

dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante

que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de

mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam

classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados,

investimentos a deter até à maturidade, crédito ou empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de

instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado

com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação

subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo

valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são

transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas

directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e

registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é

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estabelecido.

A Caixa Agrícola efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de

crédito a clientes e outros valores a receber, cujas provisões e imparidade são calculadas conforme

referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por

imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva de imparidade

numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-

se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a

12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente.

Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de imparidade a existência de eventos com

impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser

estimado com razoabilidade.

Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa ou prolongada do

justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de

reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por

imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se

verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a

determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não

podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de

perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável

para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são

sempre reconhecidas em resultados.

iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de

juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa

mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros

inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor

nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em

resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os

valores a receber de outras instituições de crédito.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não

incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.

Page 68: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais

comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente

atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado,

deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo

amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo

utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na

data do reconhecimento inicial.

Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam

originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria

do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

v) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes

e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação

recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito

Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro.

Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo

tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a

solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito

Agrícola Mútuo (SICAM).

vi) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a

clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por

imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização

continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado

evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo

financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade

atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de

Page 69: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de

resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de

diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente,

a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida

nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas

através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um

evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de

rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após

o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos

de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas

no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial

acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação.

Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.

Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo

valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros

transaccionados em mercados organizados);

• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo

cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato

de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente

relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e

• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as

variações no justo valor reflectidas em resultados.

Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco

inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de

contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na

Page 70: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Norma IAS 39.

Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui

os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de

acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;

• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);

• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;

• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da

variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco

coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39,

esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de

eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente

reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte

igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto.

O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo

valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como

por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos

liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração

de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo,

respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas

onde se encontram registados esses activos e passivos.

Derivados de negociação

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam

associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor

através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo

da Norma IAS 39;

• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente

Page 71: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados

ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas

“Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de

resultados”, respectivamente.

g) Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do

arrendamento e/ou da sua valorização.

As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em

avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a

amortizações.

h) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente

relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações

acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil

estimado do bem:

Anos de

vida útil

Imóveis de serviço próprio 50

Equipamento informático e de escritório 4 a 10

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam

propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato

de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo

valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações

efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela

correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como

custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.

Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de

software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo

Page 72: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil

estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

i) Activos tangíveis disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda

sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do

seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é

assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a

classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor,

deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações

de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a créditos sobre clientes, riscos gerais

de crédito e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus

empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma

vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões

relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no

ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o

qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de

viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao

ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o

número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de

reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de

Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua

gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida.

Page 73: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos

benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data

de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de

admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito

Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão

reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de

serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão

reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de

serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez

que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência

diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-

se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo

masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do

participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela

Companhia de Seguros CA Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores

inscrito.

O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos

de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de

95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período

transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da

adopção do

IAS 19.

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l) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o

Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos

diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado

contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para

efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros

resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos

e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias

tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja

provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças

tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes

situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções

que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e

associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja

provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data

da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente

aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto

nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio

(por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o

correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o

resultado do exercício.

Page 75: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

m) Locação financeira

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este

reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros

incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

3. NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS

A Caixa em 1 de Janeiro de 2006 teve a aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas

demonstrações financeiras

4. RELATO POR SEGMENTOS

Não aplicável.

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Caixa:Moedas nacionais 551.039 479.767 Moedas estrangeiras 23 -

551.062 479.767

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - -

- -

Juros a receber - -

551.062 479.767

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de

Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição

de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos

os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os

depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de

100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de

refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

Page 76: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 1.400.972 1.006.900Cheques a cobrar 129.682 139.439Outras disponibilidades - -

1.530.653 1.146.339

Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:Organismos financeiros internacionais

Depósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Sucursais de outras instituições de créditos nacionaisDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Outras instituições de créditoDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Juros a Receber 134 332

1.530.787 1.146.670

7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não existem activos financeiros detidos para negociação.

8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem outros activos financeiros ao justo valor através de resultados.

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 77: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

31-12-2016 31-12-2015

TítulosEmitidos por residentes

Instrumentos de dívida 136.113 136.113Instrumentos de capital 620.052 774.632Outros - -

Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida - -Instrumentos de capital - -Outros - -

Crédito e outros valores a receber - -

Imparidade (88.936) (71.171)

667.229 839.574

10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Aplicações em Instituições de Crédito no País:No Banco de Portugal:

Mercado monetário interbancário - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -

- -

Em outras instituições de crédito:Mercado monetário interbancário - -Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos 16.660.037 16.060.037Empréstimos - -Operações de compra de acordo com revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

16.660.037 16.060.037

Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro:Bancos Centrais:

Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -

- -

Organismos financeiros internacionais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

Page 78: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

31-12-2016 31-12-2015

Sucursais de outras instituições de crédito nacionais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

Em outras instituições de crédito:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

Rendimentos a receberJuros de aplicações em instituições de crédito 41.865 72.478

16.701.902 16.132.515

Provisões - -

16.701.902 16.132.515

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a

seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 8.379.000 10.879.000Entre três meses e um ano 6.934.437 3.834.437Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos 1.346.600 771.600Mais de cinco anos - 575.000

16.660.037 16.060.037Juros a receber 41.865 72.478

16.701.902 16.132.515

Page 79: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

11. CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Crédito internoEmpresas e administrações públicas

Empréstimos 5.841.838 6.371.866Créditos em conta corrente 899.750 794.000Descobertos em depósitos à ordem 22.131 18.501Operações de locação financeira 23.869 -Outros Créditos 5.906 6.259

ParticularesHabitação 10.403.436 10.279.454Consumo 3.158.303 1.958.616Outras finalidades

Empréstimos 9.714.666 11.397.221Créditos em conta corrente 17.750 5.350Descobertos em depósitos à ordem 31.655 33.389

Outros créditos e valores a receber (titulados)Dívida não subordinada 500.000 500.000

30.619.303 31.364.655Crédito ao exteriorParticulares

Habitação 169.845 -Consumo 175.225 276Outras finalidades 249.358 27.526

594.428 27.802

Juros a receber 106.316 133.487

Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido - -Receitas com rendimento diferido 131.501 124.206

131.501 124.206

Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - -

Total crédito não vencido 31.188.547 31.401.739

Crédito e juros vencidosCrédito vencido 985.710 922.592Juros vencidos 13.311 21.670Total crédito e juros vencidos 999.022 944.262

32.187.568 32.346.001

ProvisõesPara crédito e juros vencidos (816.551) (904.831)Para crédito de cobrança duvidosa (26.102) (62.130)

(842.653) (966.961)

31.344.915 31.379.040

Page 80: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 de uma

provisão para riscos gerais de crédito no montante de 258.459,57€ e 255.103,06€, respectivamente, registada na rubrica

“Provisões” do passivo (Nota 30).

12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE

Não existem investimentos detidos até à maturidade.

13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA

Não existem activos com acordo de recompra.

14. DERIVADOS DE COBERTURA

Não existem derivados de cobertura.

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 2.647.782 2.572.108Equipamento - -Outros - -

2.647.782 2.572.108

Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros activos não correntes detidos para venda - -

- -

2.647.782 2.572.108Imparidade:

Imóveis (168.546) (187.593)Equipamento - -Outros - -

2.479.236 2.384.515

O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2016 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 2.572.108 (187.593) 330.951 (255.277) 27.500 (39.892) 31.439 2.647.782 (168.546) 2.479.236Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

2.572.108 (187.593) 330.951 (255.277) 27.500 (39.892) 31.439 2.647.782 (168.546) 2.479.236

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 1.993.902 (204.564) 1.006.050 (427.844) 16.971 - - 2.572.108 (187.593) 2.384.515Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

1.993.902 (204.564) 1.006.050 (427.844) 16.971 - - 2.572.108 (187.593) 2.384.515

31-12-2015 31-12-2016

31-12-2014 31-12-2015

Page 81: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO

Não existem propriedades de investimento.

17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

31-12-2016

Valor Amortizações Amortizações Anulação de Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações Amortizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 463.565 0 0 11.295 0 0 0 0 0 0 474.860

Edif icios 2.022.226 -271.155 0 53.705 0 -40.425 0 0 0 0 1.764.351

Outros 106.461 -27.030 0 0 0 -2.129 0 0 0 0 77.302

Obras em imóveis arrendados 168.696 -48.026 0 0 0 -3.927 0 0 0 0 116.743

Outros imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2.760.948 -346.210 0 65.000 0 -46.482 0 0 0 0 2.433.256

Equipamento:

Mobiliário e material 109.388 -96.623 0 0 0 -7.154 0 0 1.359 -1.359 5.612

Máquinas e ferramentas 45.755 -34.971 0 0 0 -2.882 0 0 0 0 7.902

Equipamento informático 116.892 -112.957 0 2.487 0 -4.211 0 0 0 0 2.210

Instalações interiores 36.510 -35.731 0 5.316 0 -402 0 0 0 0 5.693

Material de transporte 144.868 -102.755 0 24.357 0 -4.958 0 0 19.848 -24.056 57.304

Equipamento de segurança 90.146 -79.056 0 0 0 -3.707 0 0 0 0 7.383

Outro equipamento 43.477 -38.929 0 12.709 0 -11.998 0 0 0 0 5.260

587.036 -501.020 0 44.868 0 -35.311 0 0 21.207 -25.415 91.366

Equipamento em locação f inanceira:

Imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros activos em locação f inanceira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros activos tangíveis:

(…) 7.638 -7.638 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Activos tangíveis em curso 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

3.355.622 -854.869 0 109.868 0 -81.793 0 0 21.207 -25.415 2.524.621

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Anulação de Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações Amortizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 463.565 0 0 0 0 0 0 0 0 0 463.565

Edif icios 2.022.226 -230.909 0 0 0 -40.246 0 0 0 0 1.751.072

Outros 106.461 -24.901 0 0 0 -2.129 0 0 0 0 79.431

Obras em imóveis arrendados 166.041 -44.342 0 2.655 0 -3.684 0 0 0 0 120.670

Outros imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

2.758.293 -300.151 0 2.655 0 -46.060 0 0 0 0 2.414.738

Equipamento:

Mobiliário e material 130.198 -108.221 0 0 0 -9.211 0 0 20.810 -20.810 12.766

Máquinas e ferramentas 55.171 -53.335 0 12.408 0 -2.958 0 0 21.322 -21.824 10.784

Equipamento informático 190.371 -182.143 0 0 0 -4.293 0 0 73.479 -73.479 3.935

Instalações interiores 36.183 -35.983 0 723 0 -144 0 0 396 -396 779

Material de transporte 144.868 -96.880 0 0 0 -5.874 0 0 0 0 42.113

Equipamento de segurança 100.923 -88.281 0 2.606 0 -4.159 0 0 13.384 -13.384 11.090

Outro equipamento 71.762 -64.253 0 9.322 0 -12.283 0 0 37.606 -37.606 4.548

729.476 -629.095 0 25.059 0 -38.922 0 0 166.997 -167.499 86.016

Equipamento em locação f inanceira:

Imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros activos em locação f inanceira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Outros activos tangíveis:

(…) 8.250 -8.250 0 0 0 0 0 0 613 -613 0

Activos tangíveis em curso 258 0 0 221 0 0 0 -258 0 0 221

3.496.278 -937.497 0 27.935 0 -84.981 0 -258 167.609 -168.111 2.500.975

31-12-2015

31-12-2014

Page 82: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

31-12-2016

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 4.221 (4.221) - - - - - - - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

4.221 (4.221) - - - - - - - -

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Sistema de tratamento automático de dados (software) 4.221 (4.221) - - - - - - - -

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

4.221 (4.221) - - - - - - - -

31-12-2015

31-12-2014

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Valor de Valor debalanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2016 31-12-2015

CCCAM-Caixa Central Bancária PRT 1.451.385 1.451.385CA Informática Informática PRT 6.427 6.427CA Seguros Seguradora PRT 59 59CA Vida Seguradora PRT 50 50CA Seguros & Pensões SGPS Seguradora PRT 162.085 162.085Fenacam Cooperativa PRT 10 10

1.620.016 1.620.016

Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas

empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido

CCCAM-Caixa Central 7.964.474.055 229.398.823 -9.278.580 *CA Informática 16.832.400 7.230.047 235.720 *CA Seguros 205.395.852 45.875.934 3.824.365 *CA Vida 1.834.749.964 91.915.653 4.235.836 *CA Seguros & Pensões SGPS 137.184.439 137.183.231 9.495.152 *Fenacam 6.948.251 4.798.343 20.639 **todos os valores são provisórios. Encontram-se em processo de auditoria/certificação de contas

Page 83: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 eram os seguintes:

2016 2015

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 152.606 227.979Por prejuízos fiscais reportáveis - -

152.606 227.979

Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 501 503

152.105 227.476

Activos por impostos correntesPagamentos por conta - -Outros - -Imposto sobre o rendimento a recuperar 67.165 -

67.165 -

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar - 121.081

67.165 121.081

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2016 foi o seguinte:

Saldo Variação Variação Variação Saldo

em Adopção da em em Resultados em em

31-12-2015 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2016

. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -

. Imparidades não aceites fiscalmente 6.078 - 4.838 - - 10.916

. Prémio de antiguidade 20.336 - 1.258 - - 21.594

. Encargos com saúde 704 - - - - 704

. Provisões não aceites fiscalmente:

Provisões para cobrança duvidosa 12.268 - (6.761) - - 5.507

Provisões para crédito vencido 108.705 - (93.527) - - 15.178

Provisões para riscos gerais de crédito 32.060 - 755 - 32.815

Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -

Provisão para aplicações financeiras - - - - - -

Provisões para imóveis - - - - - -

Provisões para outras aplicações - - - - - -

Provisões Artigo 35 A 43.701 - 18.942 - - 62.644

. Pensões

Reformas antecipadas - - - - - -

Desvios actuariais - - - - - -

Contribuição efectuada - - - - - -

(…)

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (503) - 1 - - (501)

. Activos Financeiros disponíveis para venda 4.126 - (878) - - 3.248

. Valias fiscais - - - - - -

. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

. Comissões - - - - - -

. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -

. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -

. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -

(…) - -

227.476 - (75.372) - - 152.105

Page 84: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a

dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

2016 2015

Impostos correntes 49.363 125.834

Impostos diferidos 75.372 (93.846)

Total de impostos reconhecidos em resultados 124.734 31.988

Lucro antes de impostos 507.784 133.915

Carga fiscal 24,56% 23,89%

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades

fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2016

poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.

Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto

significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2016 e 2015 pode ser demonstrada

como segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 507.784 133.915

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 10,19% 51.725 95,57% 127.982

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos

Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 14,92% 75.753 -24,13% (122.533)Prejuízos Fiscais 0,00% - 6,06% 30.770Prémios de antiguidade -0,25% (1.258) -0,55% (2.807)Activos Tangíveis e imparidade 0,00% - 0,00% -Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (0,00%) (1) (0,00%) (1)Encargos com Saúde 0,00% - 0,00% -Activos Financeiros disponíveis para venda 0,17% 878 0,14% 725Diferenças permanentes

Mais valias na venda de participações financeiras 0,00% - 0,00% -Mais valias na venda de outros activos tangíveis 0,00% - 0,00% -Variações patrimoniais negativas 0,00% - 0,00% -Outras diferenças permanentes 0,00% - 0,00% -Tributações autónomas 0,00% - 0,00% -(…)Imposto corrente sobre o lucro do exercício 127.097 34.136

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 0,00% - 0,00% -

Custo com imposto do exercício 25,03% 127.097 77,09% 34.136

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores (2.362) (2.149)

Impostos correntes sobre os lucros 124.735 31.987

2016 2015

Page 85: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

21. OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Outros activosDevedores e outras aplicações 479.108 576.542Outros Juros e rendimentos similares - -Outros rendimentos a receber 1.716 927Responsab. Pensões e outros benefícios - -

480.824 577.470Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões - 8.673Seguros 9.903 9.579(…) - -Outras 2.078 3.337

11.982 21.589

Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar - -(…) - -Outras 197.876 326.543

197.876 326.543

Imparidade – Outros activosDevedores, outras aplicações e out. activos (57.107) (37.230)(…) - -

(57.107) (37.230)

633.575 888.371

22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS

Não existem recursos de Bancos Centrais.

23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

Não existem passivos financeiros detidos para negociação.

24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não existem outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados.

25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Page 86: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Recursos de instituições de crédito no paísMercado monetário interbancário - -Recursos a muito curto prazo - -Depósitos 6.033.205 3.627.017Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -

Outros recursos - -6.033.205 3.627.017

Recursos de instituições de crédito no estrangeiroOrganismos financeiros internacionais

Recursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

Sucursais de outras instituições de crédito nacionaisRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

Outras instituições de créditoRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -

- -

Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura - -

Juros a pagar 507 343

6.033.712 3.627.361

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte

estrutura:

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 6.033.205 3.627.017Entre três meses e um ano - -Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

6.033.205 3.627.017

Page 87: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Depósitos À ordem 14.492.051 15.036.124A prazo 23.268.017 25.264.861De poupança 8.184.850 7.656.915

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar 325 325Outros 2.101 3.671

Juros a pagar 34.639 99.352

45.981.983 48.061.249

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a

seguinte estrutura:

31-12-2016 31-12-2015

Até três meses 28.881.157 30.581.235Entre três meses e um ano 16.024.126 16.519.208Entre um ano e três anos 903.731 776.156Entre três e cinco anos 14.545 9.486Mais de cinco anos 121.359 71.816

45.944.918 47.957.901

27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

Não existem responsabilidades representadas por títulos.

28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS

Não existem passivos financeiros associados a activos transferidos.

29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

Não existem passivos não correntes detidos para venda.

30. PROVISÕES E IMPARIDADE

O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:

Page 88: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2015 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2016

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 62.130 175.570 (211.598) - - 26.102- Crédito e juros vencidos 904.831 738.247 (705.390) (121.138) - 816.551- Risco-país - - - - - -

966.961 913.817 (916.987) (121.138) - 842.653Provisões: - Riscos gerais de crédito 255.103 49.218 (45.861) - 0 258.460 - Outros riscos e encargos 0 0 - - 0 - - Riscos bancários gerais 0 0 - - 0 -

255.103 49.218 (45.861) - - 258.460

Imparidade

- Imparidade em Títulos e em Participações Financeiras 71.171 39.679 (21.914) - 0 88.936- Imparidade de outros activos:

Activos não financeiros 224.823 67.683 (37.736) (29.117) 0 225.653Outros activos tangíveis 0 0 - - 0 -Outros activos 0 0 - - 0 -

224.823 67.683 (37.736) (29.117) - 225.653

1.518.059 1.070.397 (1.022.499) (150.255) - 1.415.702

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 37.969 242.661 (218.501) - 0 62.130- Crédito e juros vencidos 881.941 963.253 (528.548) (411.815) 0 904.831- Risco-país 0 0 - - 0 -

919.910 1.205.915 (747.049) (411.815) - 966.961Provisões: - Riscos gerais de crédito 235.459 57.185 (37.540) - 0 255.103 - Outros riscos e encargos 0 0 - - 0 - - Riscos bancários gerais 0 0 - - 0 -

235.459 57.185 (37.540) - - 255.103

Imparidade

- Imparidade em Títulos e em Participações Financeiras 46.675 35.171 - (10.675) - 71.171- Imparidade de outros activos:

Activos não financeiros 219.727 27.770 (5.703) (16.971) - 224.823Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos - - - - - -

219.727 27.770 (5.703) (16.971) - 224.823

1.421.771 1.326.040 (790.292) (439.460) - 1.518.059

31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL

Não existem instrumentos representativos de capital.

32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS

Não existem outros passivos subordinados.

33. OUTROS PASSIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 89: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

31-12-2016 31-12-2015

Credores e outros recursosRecursos diversos 17.606 12.560Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 20.428 23.085Contribuições para a Segurança Social 13.692 13.232Imposto sobre o Valor Acrescentado 658 1.284

Cobranças por conta de terceiros 1.404 1.307Contribuições para outros sistemas de saúde 2.729 2.900Credores diversos

Credores por fornecimento de bens 21.828 21.649Outros credores 19.752 47.621

Responsabilidade com pensões e outros benefícios 9.014 13.632 Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparados - -Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 90.049 89.663Prémio de antiguidade 95.975 90.384Subsídio de morte - -Remunerações variáveis - -Outros - -

Por gastos gerais administrativos - -Outros 6.000 6.000 Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 823 1.201Outros compromissos irrevogáveis 860 875 Valores a regularizarPosição cambial - -Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -Outras operações a regularizar 182.555 93.764

483.374 419.156

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas

extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2016 31-12-2015

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 141.896 236.609Garantias reais - -Créditos documentários abertos - -Outros passivos eventuais - -

Compromissos perante terceiros - -Contratos a prazo de depósitos - -Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 2.005.884 1.757.561Compromissos revogáveis 974.130 1.279.229

Por subscrição de títulos - -Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 45.232 126.858Valores recebidos para cobrança - -Valores administrados pela instituição - -Outras - -

3.167.142 3.400.257

Page 90: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:

N º de N º deTitulos % Titulos %

Titulos Próprios 821.683 79,99% 821.683 80,85%Associados 205.523 20,01% 194.581 19,15%

1.027.206 100,00% 1.016.264 100,00%

20152016

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,

nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções

próprias.

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Reservas de reavaliação:Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para vendaDe investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos(…)

Reservas de reavaliação do imobilizado 5.569 5.585Reservas por impostos diferidosReservas - Fundo Pensões - Ganhos e perdas actuariais (9.640) 19.332(…)

(4.071) 24.917Outros instrumentos de capital

Reserva legal 125.003 125.003Reserva estatutária 2.429 2.429Outras reservas 12.889 12.889Resultados transitados (140.245) (233.514) 76 (93.194)Lucro do exercício 383.050 101.927

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002,

de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas

livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma

fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

Page 91: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Juros de disponibilidades em bancos centraisDepósitos à ordem no Banco de Portugal - -Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -

Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 1.861 2.669Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de outras disponibilidades - -Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 161.952 240.986Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de crédito a clientesCrédito não representado por valores mobiliários

Crédito internoEmpresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -Empréstimos 256.923 287.628Créditos em conta corrente 42.542 48.950Descobertos em depósitos à ordem 10.100 11.466Créditos tomados - factoring - -Operações de locação financeira

Mobiliária - -Imobiliária 27 -

Operações de compra com acordo de revenda - -Outros créditos 118 84

ParticularesHabitação

Operações de locação financeira - -Outros créditos 136.354 147.297

ConsumoOperações de locação financeira - -Outros créditos 185.607 157.641

Outras finalidadesDesconto e outros créditos titulados por efeitos - -Empréstimos 397.503 517.960Créditos em conta corrente 375 3.157Descobertos em depósitos à ordem 10.591 12.295Operações de locação financeira - -Outros créditos - -

Page 92: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Crédito externoEmpresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos - -

Créditos em conta corrente - -

Descobertos em depósitos à ordem - -

Créditos tomados - factoring - -

Operações de locação financeiraMobiliária - -

Imobiliária - -

Operações de compra com acordo de revenda - -

Outros créditos - -

ParticularesHabitação

Operações de locação financeira - -

Outros créditos 1.863 -

ConsumoOperações de locação financeira - -

Outros créditos 1.703 21Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos 2.606 420Créditos em conta corrente - -

Descobertos em depósitos à ordem 7 -Operações de locação financeira - -

Outros créditos - -

Outros créditos e valores a receber (titulados)Emitidos por residentes 14.967 16.010Emitidos por não residentes - -

Juros de activos titularizados não desreconhecidosCrédito a clientes - titularizado

Crédito interno - -

Crédito ao exterior - -

Outros créditos e valores a receber - titularizados - -

Juros de activos com acordo de recompra - -

Juros de investimentos detidos até à maturidadeTítulos de dívida emitidos por residentes - -

Títulos de dívida emitidos por não residentes - -

Outros investimentos detidos até à maturidade - -

Outros juros e rendimentos similares 16.035 48.5031.241.134 1.495.086

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 9.832 3.758no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes 124.579 345.634Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinados - -Outras comissões pagas:

operações de crédito - -Outros juros e encargos similares - -

134.412 349.393

Page 93: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Activos financeiros disponíveis para vendaEmitidos por residentes - -Emitidos por não residentes - -

- -Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No paísInvestimentos em filiais 15 1.504Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

15 1.504

Outros instrumentos de capital - -

15 1.504

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015Por garantias prestadas

Garantias e avales 7.110 12.595Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Créditos documentários abertos - -Outras garantias prestadas - -

7.110 12.595Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 29.767 27.726Subscrição de títulos - -Outros compromissos irrevogáveis 1.779 1.774

Compromissos revogáveis - -31.546 29.500

Por operações sobre instrumentos financeirosOperações de crédito - -Outras operações sobre instrumentos financeiros - -

- -Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores - -Cobrança de valores 123 1.067Administração de valores - -Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários

Comissão de gestão - -Comissão de emissão de unidades de participação - -Comissão de resgate de unidades de participação - -

Transferência de valores 7.314 7.569Gestão de cartões 568 484Anuidades 49.944 38.282Montagem de operações - -Operações de crédito

Por operações de factoring - -Outras operações de crédito 167.949 151.214

Outros serviços prestados 442.374 398.690668.272 597.306

Por operações realizadas por conta de terceirosSobre títulos

Em operações de Bolsa - -Em operações fora de Bolsa - -

Outras operações realizadas por conta de terceiros - -- -

Outras comissões recebidas 155.571 160.153

862.498 799.554

Page 94: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 11 169Operações de crédito - -Cobrança de valores 3.170 1.870Administração de valores - -Outros 72.666 76.414

Por operações realizadas por terceiros - -Outras comissões pagas 26 -

75.873 78.452

42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

Não aplicável.

43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Perdas em activos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos de capital 21.914 -

Ganhos em activos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos de capital - -

(21.914) -

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Operações cambiais à vista 438 1.128Operações cambiais a prazo - -

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

Page 95: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

31-12-2016 31-12-2015

Resultados em activos não financeirosOutros activos tangíveis (1.208) 1Activos não correntes detidos para venda 223 61.127

Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -

(985) 61.128

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país

Investimentos em filiais - 128.405Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

- 128.405Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Propriedades de investimentoPropriedades de investimento em locação financeira - -Propriedades de investimento em locação operacional - -Outras propriedades de investimento

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Outros activos tangíveis Locação financeira - -Locação operacional - -Outros activos tangíveis

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - -

Outros activos não financeiros - -- -

Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 1.644 583Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis - -Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 134.940 69.782

Rendimentos da prestação de serviços diversos 49.582 9.156Outros 3.777 8.117

189.944 87.638

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (5.699) (9.386)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (9.098) (13.078)Outros encargos e gastos operacionais (10.074) (29.502)Perdas em activos não financeiros - (502)Outros impostos (37.193) (14.558)

(62.064) (67.026)

127.880 149.018

Page 96: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

47. CUSTOS COM PESSOAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 20.660 20.535Empregados 574.182 560.566

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões - -Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 119.264 116.504SAMS 27.061 26.461Outros - -

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 4.490 5.356

Outros - -

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais - -Outros 2.618 5.896

748.274 735.318

O número médio de colaboradores da Caixa em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição:

2016 2015

Funções de Direcção 1,00 1,00Funções de Chefias Intermédias 1,00 1,00Funções Técnicas 5,00 5,00Funções Administrativas 2,00 2,00Funções Comerciais 9,00 9,00

Page 97: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2016 31-12-2015

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 30.045 30.338Material de consumo corrente 9.327 9.430Publicações - -Material de higiene e limpeza - 165Outros fornecimentos de terceiros 8.109 6.837

47.481 46.769Com serviços:

Rendas e alugueres 11.393 10.334Comunicações 45.830 46.807Deslocações, estadas e representação 7.821 5.139Publicidade e edição de publicações 32.876 27.261Conservação e reparação 25.040 25.667Transportes 3.831 2.969Formação de pessoal 1.461 4.204Seguros 19.613 18.350Serviços especializados:

Avenças e honorários 33.148 21.130Judiciais contencioso e notariado 15.250 25.264Informática 198.282 206.163Segurança e vigilância 3.013 2.254Limpeza 23.807 22.853Informações 123 123Bancos de dados 3.029 3.406Mão de obra eventual - -Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - -Consultores e auditores externos 23.570 22.371Tratamento de valores 1.612 -SIBS 33.571 30.792Avaliadores externos 21.301 9.584(…)Outros serviços de terceiros 60.983 58.173

565.552 542.842

613.033 589.611

Page 98: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções

com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do

Grupo TotalActivos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 1.385.033 1.385.033 - - 991.035 991.035

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda 136.113 - 136.113 136.113 - 136.113

Aplicações em instituições de crédito - - 16.701.902 16.701.902 - - 16.132.515 16.132.515

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos - 201.774 168 201.942 - 180.123 723 180.846

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - 6.033.022 6.033.022 - - 3.626.671 3.626.671

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos - 11.591 70 11.660 - 16.506 11.458 27.963

Custos:

Juros e encargos similares - - 9.832 9.832 - - 3.758 3.758

Encargos com serviços e comissões - - 26.747 26.747 - - 32.126 32.126

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos - 349.605 4.727 354.332 - 351.840 3.979 355.819

Proveitos:

Juros e rendimentos similares - 4.148 163.772 167.920 - 113 243.656 243.769

Rendimentos de instrumentos de capital - 15 - 15 - 1.504 - 1.504

Rendimentos de serviços e comissões - 289.281 9.546 298.827 - 252.236 9.080 261.317 Outros resultados de exploração - (2.500) 37.159 34.659 - 123.077 176 123.253

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

2016 2015

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas

datas.

Page 99: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

50. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos já

reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia de Seguros CA Vida, S.A..

Apuramento do impacto de adopção das NCA’s a 1/01/2007

Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos

empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de

2006.

Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e

SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

1-01-2007

Fundo de pensões

A.1. Responsabilidades PCSB 107,722

A.2. Impacto da transição para IAS 19: 42,855

A.2.1. Tábua de mortalidade 8,661

A.2.2. Pressupostos financeiros 34,194

A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 150,577

A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 126,833

A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 23,744

1-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

B.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 61,491

B.2. Com licenças sem vencimento 0

B.3. Com pré-reformados 0

B.4. Com pensões em pagamento 20,914

B. Total 82,405

1-01-2007

Prémio de antiguidade:

C.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 69,941

C.2. Com licenças sem vencimento 0

C. Total 69,941

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de

mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização

de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de

Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de

prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).

Page 100: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS,

decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações

uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).

Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual

permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado

inicialmente.

Foi decisão da CCAM CARTAXO prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14

de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o

número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

31-12-2007 Nº anos a

diferir

Data limite de

diferimento

A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 7,424 9 anos 2016

A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos financeiros 27,355 7 anos 2014

A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 15,289 7 anos 2014

B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 70,633 9 anos 2016

No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na adopção da IAS 19, no que respeita a:

- Alteração dos pressupostos financeiros;

- Excesso de cobertura em PCSB.

Ficaram por ainda diferir em 2015 e 2016, o valor respeitante a:

- Alteração da tábua de mortalidade;

- Encargos com saúde (SAMS).

Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no atual exercício é o seguinte:

31-12-2016*

A.2.1.2016 Alteração da tábua de mortalidade 825

B.2016 Encargos com saúde (SAMS) 7,848

2016 TOTAL 8,673

TOTAL = A.2.1.2016 + B.2016

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19.

Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a

31/12/2016

Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM CARTAXO com referência a 31 de

Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes:

Page 101: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de

reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças

sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à CCAM CARTAXO, é o seguinte:

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós-emprego referente à

CCAM CARTAXO é o que a seguir se apresenta:

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM CARTAXO foi o seguinte:

Page 102: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

O movimento ocorrido durante o exercício de 2016, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o

seguinte:

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal,

era o seguinte:

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19.

Page 103: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar

apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de

reavaliação”.

No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi

o seguinte:

Prémios de antiguidade:

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo

e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

51. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Não aplicável.

Page 104: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

52. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Cartaxo está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de

Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº

144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito

Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica

ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA

(CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de

Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam

entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações

pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo

estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica

de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro

de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes

demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se

já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos

(valores em euros):

Origem Seguradora 2014 2015 2016 % por Origem

2016

Ramos Não Vida CA Seguros 106.345,08 170.300,62 219.584,82 75,9%

Ramo Vida CA Vida 70.305,57 80.089,93 66.833,55 23,1%

Fundos de Pensões CA Vida 1.243,30 1.845,63 2.863,05 1,0%

Total 177.893,95 252.236,18 289.281,42 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de

fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar,

relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

53. FUNDOS PRÓPRIOS

No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de

acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os

seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:

Page 105: Relatorio Contas 2016 - bportugal.pt

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE

Em euros 31-12-2015 31-12-2016

Fundos Próprios totais 4.950.239 5.088.319

Common equity tier 1* 4.950.239 5.088.319

Tier 1* 4.950.239 5.088.319

Tier 2 0 0

Posição em risco de activos e equivalentes 58.232.975 58.812.209

Requisitos de fundos próprios 29.824.285 32.772.557

Crédito 26.082.908 28.947.636

Operacional 3.741.377 3.824.920

CVA --- --- ---

Rácios de solvabilidade (a)

Common equity tier 1* 16,6% 15,5% -1,1 P.P

Tier 1 * 16,6% 15,5% -1,1 P.P

Tier 2 0,0% 0,0% 0,0 P.P

Total* 16,6% 15,5% -1,1 P.P

* Incorporando o resul tado l íquido do exercício.

---

1,0%

9,9%

11,0%

2,2%

Δ 15/16

2,8%

2,8%

2,8%

54. OUTRA INFORMAÇÃO RELEVANTE

Foi aprovado em 15 de Setembro 2016 pelo Conselho de Administração, com parecer favorável do Conselho Fiscal, um projecto

de fusão por incorporação da CCAM do Cartaxo na CCAM de Alcobaça. Este projecto foi averbado no registo comercial de ambas

as CCAM’s, esperando-se que a fusão ocorra e tenha efeitos práticos durante o ano 2017, onde a CCAM incorporante assumirá

todos os direitos e obrigações da CCAM incorporada. Em consequência todos os passivos e responsabilidades serão assumidos

pela CCAM de Alcobaça.

O Responsável pela Contabilidade

O Conselho de Administração

Jorge Vítor Caetano Cunha Francisco Augusto Rosa Lopes Filipe Augusto Lopes Ferreira

Presidente do Conselho de Administração Secretário do Conselho de Administração Tesoureiro do Conselho de Administração

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FIM DE RELATÓRIO