relatorio contas 2016 - bportugal.pt
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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
RELATÓRIO & CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2016
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXOCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXOCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXOCAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DO CARTAXO
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
INÍCIO DE RELATÓRIO
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA DE
CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.
1. Estrutura de Governo Societário
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente conhecido como “latino
reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.
Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um mandato de três
anos.
2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola
3. Assembleia Geral
A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.
3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral
Presidente: João Carlos Alves Fernandes
Vice-Presidente: João António Salgueiro Soares
Secretário: Marco António Martins Chagas
3.2.Competência da Assembleia Geral
A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam competências,
competindo-lhe, em especial:
� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;
� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício seguinte;
Assembleia Geral
Conselho de
Administração
Conselho Fiscal
ROC
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;
� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;
� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos cooperativos
de grau superior;
� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;
� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas, administradores,
gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;
� Decidir da alteração dos Estatutos.
4. Conselho de Administração
O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no mínimo de três e de um suplente.
Actualmente o Conselho de Administração é composto por três membros, com mandato para o triénio 2013/2015, continuando
os mesmos em funções até conclusão do processo de fusão com a CCAM de Alcobaça.
4.1. Composição do Conselho de Administração
Presidente: Jorge Vitor Caetano Cunha
Secretário: Francisco Augusto Rosa Lopes
Tesoureiro: Filipe Augusto Lopes Ferreira
4.2. Competências do Conselho de Administração
As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e de acordo com os
Estatutos:
� Administrar e representar a Caixa Agrícola;
� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de actividades e de orçamento para
o exercício seguinte;
� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício anterior;
� Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;
� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.
� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;
� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;
� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.
4.3. Reuniões do Conselho de Administração
O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total de cinquenta e cinco reuniões
em 2016.
4.4. Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração
O Conselho de Administração não tem pelouros distribuídos.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
5. Órgãos de Fiscalização
A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.
As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao Conselho Fiscal, de acordo com
os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de actividade e de orçamento.
5.1. Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos.
5.1.1. Composição do Conselho Fiscal
Presidente: Carlos Manuel Figueiredo Florentino
Secretário: Manuel Silva Barros
Vogal: Filipe Rosa Negreira
5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vezes por trimestre, tendo realizado, em 2016, um total de cinco reuniões.
5.2. Revisor Oficial de Contas
O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, continuando o mesmo em funções até conclusão do processo
de fusão com a CCAM de Alcobaça, encontrando-se designados para o cargo:
Efectivo: Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados – SROC, Lda.
Representada por: José Luís Guerreiro Nunes
Suplente: Isabel Gomes Novais Paiva
6. Política de remuneração
A) Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização
6.1. Considerando que no ano de 2016 foram praticadas as mesmas remunerações referentes ao ano de 2015, foi
pedido à Assembleia Geral na sua reunião de 15/12/2016 que ratificasse a prática prosseguida em 2016 no que respeita à
política e remunerações dos Órgãos Sociais. A Assembleia Geral, tendo em conta que não houve quaisquer alterações que
representassem agravamento de remunerações, deliberou por unanimidade ratificar a prática prosseguida em 2016.
6.2. Nos termos e para os efeitos, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos termos em que foi
aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.
Declaração sobre política de remuneração
Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF),
aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24
de Outubro, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, CRL (doravante CAIXA
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração
e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016.
Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA
para o ano de 2016 seja aprovada nos seguintes termos:
1. INTRODUÇÃO
Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de
Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a
organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a
magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma
Instituição.
A mesma Política de Remuneração, atenta a ainda não existência de regulamentação do Banco de Portugal para a versão do
RGICSF introduzida pelo Decreto-Lei nº 157/2014, teve em consideração os seguintes instrumentos:
a. O RGICSF;
b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam incompatíveis com a
nova redacção do RGICSF e que não devam, por isso, considerar-se revogadas pela mesma;
c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014.
2. PRINCÍPIOS GERAIS
Pese embora as alterações legislativas acima referidas, considera-se que o novo regime legal preserva a aplicação do princípio
da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se optou por manter a relevância dada até aqui a
elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de fins lucrativos, a imposição de
restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam
muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo
por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector
Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo
da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.
Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da
Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que
pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar
a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do
art. 115º-C do RGICSF.
Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que,
nos termos do RGICSF, prossegue ainda os seguintes objectivos:
a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao
nível de risco tolerado pela Instituição;
b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e
incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;
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c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados
principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão
de Administração ou de Fiscalização.
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:
a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a
intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em
sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;
b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;
c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos
Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade
anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art.
115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração;
d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os
interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos,
na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a
natureza específica do Crédito Agrícola;
e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em
primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho
económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa,
incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre
o andamento dos negócios sociais.
4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO FISCAL
A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste
exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.
5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga
em montante fixo mensal liquidado em doze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral, salvo se caso algum membro do
Conselho de Administração seja proveniente dos quadros de pessoal da Instituição, cujo contrato de trabalho se suspende
automaticamente enquanto se mantiver em funções neste Órgão, retomando-se também automaticamente após cessar funções,
sem perda de tempo de serviço para qualquer regalia incluída no ACT do Sector Bancário, ao valor fixado pela Assembleia Geral
acresce mensalmente a remuneração ilíquida do último vencimento recebido antes de suspender o contrato de trabalho para
integrar este Órgão e o desconto para SAMS ou SAMS/Quadros, acrescido de duas remunerações mensais por ano, uma
referente a subsídio de férias e outra referente a subsídio de natal.
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Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara
que:
5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho
a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização,
sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos;
b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E
e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.
5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback
Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são
inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou
reversão (“clawback”).
5.1.3 Disposições gerais
a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas
b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011;
b) No exercício de 2015 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de
Administração devido à cessação das suas funções;
c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a
compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de
pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente
pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de
igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada
de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF;
d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer remunerações pagas por sociedades em
relação de domínio ou de grupo com a Instituição;
e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos
benefícios discricionários de pensão;
f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração.
g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer
outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas
modalidades de remuneração
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h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-
lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às
regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento
e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração.
5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS
O Órgão de Administração desta Caixa Agrícola não integra qualquer Administrador não Executivo.
6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS
A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no âmbito de contrato
de prestação de serviços de revisão de contas.
6.3 Remunerações Pagas
Remunerações auferidas - Membros do Orgão de Administração € Nº Beneficiários
1 Total Montante anual da remuneração auferida 20.160,00 € 3
1.1 Total Montante remuneração fixa 20.160,00 € 3
1.1.1 Presidente Conselho de Administração 6.720,00 € 1
1.1.2 Tesoureiro Conselho de Administração 6.720,00 € 1
1.1.3 Secretário Conselho de Administração 6.720,00 € 1
1.2 Total Montante remuneração variável 0,00 € 0
Remunerações auferidas - Membros do Orgão de Fiscalização - Conselho
Fiscal € Nº Beneficiários
1 Total Montante anual da remuneração auferida 500,00 € 3
1.1 Total Montante remuneração fixa 500,00 € 3
1.1.1 Presidente Conselho Fiscal 125,00 € 1
1.1.2 Secretário Conselho Fiscal 150,00 € 1
1.1.3 Vogal Conselho Fiscal 225,00 € 1
1.2 Total Montante remuneração variável 0,00 € 0
Remunerações auferidas - Membros do Orgão de Fiscalização - ROC € a) Nº Beneficiários
1 Montante anual da remuneração auferida 8.775,00 € 1
1.1 Montante remuneração fixa 8.775,00 € 1
1.1.1 Revisor Oficial de Contas 8.775,00 € 1
1.2 Montante remuneração variável 0,00 € 0
a) ao valor acresce IVA à taxa de 23%
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B) POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES
6.4 Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, é prestada a
seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:
1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011 auferem uma
remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda
integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento
remunerativo casuístico.
2. Também se atribui uma ou duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de responsabilidade
e exigência de disponibilidade assim o justifique.
3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação de um
conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.
4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração, são divulgados
internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de
administração valida os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia directa dos colaboradores.
5. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como limite máximo 2 salários
brutos por empregado (excluindo a majoração prevista no nº 4 da cláusula 71ª do ACT do Crédito Agrícola). O limite e as
orientações de atribuição são revistos anualmente pelo Conselho de Administração.
6. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando o resultados da avaliação de competências
específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade,
designadamente as regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e investidores.
Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo prazo.
7.A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o desempenho do ano
transacto.
8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta não tem
expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objectivos
que o diferimento visaria prosseguir.
9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2016 os colaboradores
abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes remunerações:
6.5 Remunerações pagas
Remunerações auferidas Colaboradores Abrangidos no nº 2 do artº 1
do aviso 10/2011 do BP €
Nº
Beneficiários
1 Montante anual da remuneração auferida 152.788,38 € 3
1.1 Montante remuneração fixa 148.997,34 € 3
1.1.1 Coordenação 73.889,74 € 1
1.1.2 Área de Risco 30.102,29 € 1
1.1.3 Compliance 45.005,31 € 1
1.2 Montante remuneração variável 3.791,04 € 1
1.2.1 Coordenação 3.791,04 € 1
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
ÓRGÃOS SOCIAIS
O Conselho de Administração faz exercício dos mais amplos
poderes de gestão e de representação da Caixa de Crédito
Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L., desenvolvendo todos os
actos necessários e convenientes à prossecução dos
objectivos do banco.
O Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola
Mútuo do Cartaxo é composto por 3 membros, todos com
funções não executivas e que delegam a gestão corrente da
actividade do banco na coordenadora geral.
Assembleia Geral
João Carlos Alves Fernandes – Presidente
João António Salgueiro Soares – Vice Presidente
Marco António Martins Chagas – Secretário
Conselho de Administração
Jorge Vítor Caetano Cunha - Presidente
Filipe Augusto Lopes Ferreira - Tesoureiro
Francisco Augusto Rosa Lopes – Secretário
Conselho Fiscal
Carlos Manuel Figueiredo Florentino – Presidente
Manuel Silva Barros – Secretário
Filipe Rosa Negreira – Vogal
Revisores Oficiais de Contas
Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC, Lda.
Durante as reuniões realizadas em 2016 e no quadro dos
poderes legais e estatutários que são atribuídos ao Conselho
de Administração, houve um acompanhamento, uma
avaliação e a correspondente supervisão de toda a
actividade desta instituição, tendo existido consenso
relativamente às orientações estratégicas e procedimentos
operacionais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo
com vista à dinamização das diversas áreas de negócio.
Assim, o Conselho de Administração apreciou e deliberou os
seguintes aspectos referentes ao ano de 2016:
� Aprovação dos resultados da Caixa de Crédito
Agrícola Mútuo do Cartaxo referentes ao exercício
de 2015;
� Aprovação da proposta de aplicação dos
resultados do exercício de 2015;
� Aprovação das propostas relacionadas com a
política de remunerações de todos os
colaboradores;
� Aprovação do projecto de fusão por incorporação
da Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo na Caixa
de Crédito Agrícola de Alcobaça;
� Apreciação e aprovação do plano de actividades
para 2017.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
ORGANOGRAMA DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO
CARTAXO
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Nota de agradecimento
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L. expressa o seu agradecimento pela confiança e lealdade dos seus clientes e
pela cooperação e aconselhamento das nossas autoridades de supervisão.
Cartaxo, 03 de Março de 2017
O Conselho de Administração
Jorge Vítor Caetano Cunha - Presidente
Filipe Augusto Lopes Ferreira - Tesoureiro
Francisco Augusto Rosa Lopes – Secretário
Os Colaboradores
Artur Jorge Magalhães
Clarinda Gaspar Azenha
Florinda Isabel Seabra
Gonçalo Filipe Monteiro
Hélio Manuel Reis
Humberto Jorge Freire
João António Soares
João Paulo Almas
Jorge Caetano Honório
José Alberto Garrido
José Manuel Faria
Luís Filipe Verdasca
Luís Manuel Pereira
Maria do Rosário Caetano
Maria João Afonso
Orlando Filipe Ferreira
Sónia Patrícia Raposo
Vítor Miguel Pedro
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Findo mais um ano do presente mandato, o Conselho de
Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do
Cartaxo vem apresentar a V. Exas. o Relatório, Balanço e
Contas do Conselho de Administração e o parecer do
Conselho Fiscal referentes ao ano de 2016, em
conformidade com o estipulado na alínea c) do artigo 29
dos Estatutos.
Introdução
O resultado líquido do exercício de 2016 atingiu o valor de
383.049 €, potenciado por um grande controlo das
imparidades de crédito no exercício. Pese embora uma
redução assinalável no resultado bruto de exploração –
superior a 17% - a redução superior a 90% daquele saldo
proporcionou grande equilíbrio económico-financeiro no
exercício de 2016. Neste sentido, a Caixa de Crédito
Agrícola Mútuo do Cartaxo promove uma imagem de
controlo e melhoria da qualidade dos activos de balanço,
com ênfase na carteira de crédito, o que faz antecipar um
Outlook positivo para os próximos anos.
A evolução dos mercados financeiros – no caso da Zona
Euro em parte como reflexo da política monetária do BCE –
traduziu-se no ano de 2016 por uma contínua tendência de
descida das taxas Euribor, provocando uma redução dos
proveitos decorrentes dos créditos existentes com taxas de
juro indexadas a esses referenciais de mercado. Em 2016 o
mercado bancário continuou a pautar-se por uma redução
alargada dos custos de funding, rondando actualmente a
base de zero e com previsíveis consequências futuras ao
nível das curvas de repricing e da assunção de riscos
excessivos por parte das instituições financeiras e de
crédito.
Será expectável durante o ano de 2017 uma forte pressão
concorrencial do lado da procura, com uma ainda maior
contracção dos rendimentos em juros cobrados. Esta
condicionante, aliada a outros riscos como a reavaliação
dos prémios de risco a nível nacional ou a
degradação/imparidades no stock de activos não geradores
de rendimento, tornam os desafios de exploração da Caixa
de Crédito Agrícola do Cartaxo para 2017 bastante
imprevisíveis.
Com efeito, num contexto de retoma económica, a Caixa
de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo encontra-se em
condições de desenvolver a sua actividade creditícia sem
especiais condicionalismos, tendo em conta a sua razoável
situação de solvabilidade e, sobretudo, o reduzido rácio de
transformação de recursos em crédito, que no nosso caso,
pouco supera os 60%.
No contexto do posicionamento e funções que lhe são
atribuídas, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo
desenvolveu ao longo do ano de 2016, um conjunto de
actividades comerciais, tendo em vista a promoção do
crescimento sustentado do negócio. A actividade comercial
incidiu na oferta de produtos de recursos e de crédito, na
dinamização do cross-selling e na montagem de operações
financeiras, com resultados de assinalar no exercício,
tendo-se destacado nas campanhas comerciais do Grupo
com a concretização dos objectivos em 9 das 12
campanhas e atingindo, honrosamente, o 1º lugar no
ranking nacional em 4 daquelas.
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo continua a
apresentar-se como um banco conservador,
estrategicamente cada vez mais eficaz no seu modelo de
governance e com capacidade para enfrentar as
dificuldades crescentes que o mercado nacional tem vindo
a impor ao sector bancário. Acreditamos consistentemente
que a solidez do nosso modelo de gestão, a realização das
nossas estratégias e a concretização dos nossos objectivos
são aspectos fundamentais para que continuemos a criar
valor e a partilhar o nosso sucesso com a nossa
comunidade local, desde 1911.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Conduta e valores
A conduta interna e correspondente percepção externa de
uma instituição financeira tem vindo a assumir uma
crescente importância no seio da sociedade portuguesa e
europeia. Respeitam a códigos internos ao grupo Crédito
Agrícola e que representam um referencial de
comportamentos e boas práticas, alicerçados no respeito
profissional e deontológico de todos os colaboradores e
representantes da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do
Cartaxo, confirmado pelos vários prémios atingidos pelo
Grupo Crédito Agrícola no decurso de 2016:
Prémio 5 estrelas 2016 na categoria “Banca
– Serviço de Atendimento ao Cliente”
Membro do ano 2016 da Câmara de Comércio e Indústria
Franco Portuguesa (CCIFP)
O banco com a pontuação
mais elevada nos critérios de
satisfação dos clientes e na recomendação da instituição
financeira a familiares e amigos durante o ano de 2015 e no
primeiro quadrimestre de 2016 (atribuição da Marktest).
A CA Seguros foi eleita, pela sexta vez, a
Melhor Seguradora Não Vida do seu
segmento (atribuição da Revista Exame)
A CA Vida ganhou o prémio de Melhor
Seguradora do Ramo Vida num estudo
elaborado pela EY e a Ignios (divulgado
na Star Company)
Os Fundos de Investimento
“CA Monetário” e “CA
Rendimento” obtiveram, pelo
4º ano consecutivo, o 1º lugar da respectiva classe de
fundos em Portugal e, pela primeira vez, o “CA Alternativo”
obteve, igualmente, o 1º lugar.
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo rege a sua
actuação não apenas através das regras de conduta exigidas
pelo Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de
Valores Mobiliários, mas também através de normas internas
que obrigam a uma gestão assente na repartição de riscos e
na segurança das nossas aplicações financeiras. Além
destas, estão ainda definidas normas de segurança física
que estabelecem procedimentos internos de circulação e de
emergência.
Desde 1911 que a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do
Cartaxo tem vindo a promover o desenvolvimento social,
económico e cultural da região do Cartaxo, contribuindo para
o financiamento cada vez maior das nossas actividades
empresariais e para a concretização dos sonhos dos nossos
clientes. A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo tem
hoje na sua área geográfica e social uma quota de mercado
bastante representativa, registando mais de 48 milhões de
euros em recursos de clientes.
O reforço do crescimento da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo
do Cartaxo e o facto de cada vez atrairmos mais clientes e
associados é demonstrativo da aposta numa estratégia de
proximidade com os clientes, estabelecendo políticas de
confiança e passando uma imagem de integridade que
aqueles hoje reconhecem ser indispensável. O
reconhecimento pessoal e profissional dos nossos
colaboradores vem corroborar com os resultados alcançados
nos últimos anos e com a tal imagem de confiança e
integridade. Temos desenvolvido uma ligação crescente à
comunidade local, marcando presença em inúmeros eventos
municipais e dando o nosso contributo para actividades de
apoio social e a instituições e associações municipais.
Somos, igualmente, uma instituição com cada vez mais
competências adquiridas ao nível da formação dos quadros,
que tem apostado na modernização de ferramentas
tecnológicas e de apoio à decisão de todos os colaboradores
e que goza da disponibilidade da Caixa Central de Crédito
Agrícola Mútuo em prestar serviços fundamentais à eficiência
do nosso funcionamento.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
SÍNTESE DOS INDICADORES FINANCEIROS
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
2014 2015 2016 Δ% 2016-15
31.555,5 32.582,6 32.329,4 -0,8%
50,7 3.626,3 6.032,5 66,4%
44.097,5 48.061,2 45.981,9 -4,3%
75.653,0 80.643,8 78.311,3 -2,9%
Produto bancário 1.717,3 2.079,5 1.998,7 -3,9%
0,4% 2,0% 7,5% 267,5%
0,0% 0,2% 0,7% 252,6%
74,1% 69,0% 71,8% 4,0%
21,1 101,9 383,0 275,9%
9,0% 3,7% 4,5% 22,2%
47,0% 80,2% 75,7% -5,6%
4,8% 2,8% 3,0% 8,2%
82,5% 84,1% 83,5% -0,7%
18 18 18 0%
Rede de balcões 3 3 3 0%
Volume de negócios*
Recursos to tais
Rentabilidade do ativo total médio (ROA)
Nº Colaboradores
Indicadores de desempenho financeiro - 2016
Crédito a Clientes (bruto) e garantias
Depósitos TLTRO
B alanço e resultado s
Outro s dado s
Rácio de transformação
(milhares de euros)
Lucro líquido
R ácio s
Rentabilidade dos capitais próprios (ROE)
* Crédito , garantias e recursos totais de Clientes
Cobert. do crédito em risco por imparidades
Crédito vencido superior a 90 dias
Crédito em risco / crédito a Clientes
Garantias obtidas para crédito
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
ECONOMIA INTERNACIONAL
A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de 3,1% em 2016, valor inferior
aos 3,2% alcançados em 2015. A confirmar-se esta expectativa, este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o
ano da recessão mundial de 2009.
Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de crescimento superiores a 7,0%,
tendo nos anos mais recentes (2008-2016) apresentado um crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI
antecipa um crescimento no conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em 2015. Parte deste
abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da segunda maior economia do mundo
– a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%).
Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se estima ter sofrido uma
desaceleração de 2,1%, em 2015, para 1,6%, em 2016. A quebra no desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de
2,6% em 2015 para 1,6% em 2016, encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre
outros, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento (condicionado pelo comportamento dos
preços do petróleo que durante o ano de 2016 se mantiveram baixos).
A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que se perspectiva é tímido e
inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a divergência de posições entre os responsáveis monetários
quanto ao fim dos estímulos na região da moeda única.
Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do sector do turismo da França (a 2ª maior economia
da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2%
em 2015 para +0,3% em 2016, as dívidas da Grécia continuam “insustentáveis” a longo prazo (180% do PIB). No médio prazo,
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise recente1, o voto do Reino Unido para deixar a União
Europeia, potenciais disrupções ao comércio internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos que
poderá ter consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações comerciais com a
Europa).
A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no final de 2016 uma taxa
prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os 11,0% registados no final de 2015. Não obstante a
redução do nível de desemprego nos últimos anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados.
Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a situar-se nos 4,8%, apresentando
níveis mínimos semelhantes aos registados em 2007. No que toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a
Dezembro de 2015, o que traduz o maior aumento desde 2009.
1 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os
problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspectivada para 2016 foi de 0,2%, que compara com os 0,0% registados em
2015. Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a
combinação dos aumentos no preço da energia e uma modesta recuperação económica.
A autoridade monetária europeia estendeu até final do ano o plano de compra de activos no sector público como forma de dar
força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida dos preços a encaminhar-se progressivamente para um
ritmo que o BCE considera adequado para assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de
antecipar o fim do programa de quantitative easing.
Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do ano, estimando-se que fique
nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em 2015. Este aumento foi suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo,
ditando que o sector energético deixasse de ter uma contribuição negativa em 2016 e começasse mesmo a contribuir
positivamente para o aumento dos preços ao consumidor.
O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de consequências potencialmente muito
disruptivas.
Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido, evento que poderá condicionar a
situação económica e a evolução dos mercados em função dos recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do
processo negocial de saída do Reino Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu activar o
Artigo 50 antes do final de Março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate político associado à
realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da União Europeia nos próximos anos.
Nos EUA, Donald Trump venceu as eleições presidenciais constituindo uma incógnita o rumo esperado da política americana,
sendo certo que o actual discurso político é marcadamente proteccionista (limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de
confronto com a política convencional (ruptura com o status quo).
ECONOMIA NACIONAL
A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades ao nível das exportações, no
primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas
0,9% em termos homólogos. A aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da actividade
turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em 20162, valor 3 p.p. abaixo do
crescimento registado em 2015 (1,6%).
2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e
1,5%, respectivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos factores, de entre os quais se
destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as
exportações de bens para Angola diminuíram 41,9%), muito afectada pelo baixo preço de petróleo e pelo facto de uma refinaria
ter estado temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis diminuíssem 29,1% até
Outubro).
Em sentido inverso, o sector do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de 9,2%.
Indicadores macroeconómicos (2014-2016)
2014 2015 2016
Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0
EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18
Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0
Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3
Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1
Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0
Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7
Exportações tav 3,4 6,1 3,7
Importações tav 6,2 8,2 3,5
Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8
Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0
Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0
Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0
Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5
Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1
Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2
Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00
Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30
Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20
Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76
Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)
tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015. Por seu lado, o investimento interrompeu
em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante, iniciada no final de 2013. A formação bruta de capital fixo
registou ainda assim decréscimos homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os
factores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos mercados no início do ano e
incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os
investidores. Para além disso, observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até
Setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das administrações públicas).
No mercado laboral, depois de um período entre Junho de 2015 e Março de 2016 em que a taxa de desemprego aumentou de
11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5%
entre Julho e Setembro, o valor mais baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de
11,0%.
Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível registado no ano anterior já
que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente acima dos 0,5% registados em 2015.
Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um aumento de 9,5 mil M€ face a 2015. Para o
aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com destaque para as emissões de Tesouro de rendimento
variável (um novo instrumento que permitiu captar cerca de 3,3 mil M€ de aplicações das famílias) e para as emissões de
certificados do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M€). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com o contributo do
reembolso antecipado de 4,5 mil M€ concedidos pelo FMI no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira.
A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para 130,2% do PIB no conjunto de
2016. Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor registado no final do terceiro trimestre de 2016, de
133,4% do PIB, mas significa igualmente um aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto para o final do ano pelo
Ministério das Finanças no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá contribuído o acréscimo
de depósitos da administração central de 13,3 mil M€ no final de 2015 para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no
OE2017 uma estabilização.
Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central) poderá atingir 120,8% do PIB
no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face a 2015. A Comissão Europeia, nas previsões económicas de
Inverno, estima que a dívida pública portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016.
A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice orçamental português tenha descido
para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando a
fragilidade das finanças públicas nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido
parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do Programa Especial de Redução do
Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa, estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental
português ficaria nos 2,6% do PIB.
MERCADO BANCÁRIO NACIONAL
O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos principais bancos portugueses e, em
alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: o plano de
recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o banco de capitais públicos); a entrada e reforço de
um novo accionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da última fatia de 700M€ do empréstimo obrigacionista de
acções convertíveis (que chegou a totalizar 3.000M€); a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão CaixaBank sobre
o capital do BPI que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os anteriores 45,5%); o veto
do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco, a entrada do BES em processo de liquidação e o reforço
das negociações entre Banco de Portugal e o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone
Star) para conclusão deste processo.
1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 – Dezembro 2016)
Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a Dezembro de 2016, o volume de
depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015. Para essa evolução contribuíram o
acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos
de particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 – Dezembro 2016)
Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em Dezembro de 2016 face ao registado no
final de 2015. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução
no crédito a particulares (-1,6%), ambos face a Dezembro de 2015.
De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2015 e Dez.2016, o crédito total reduziu 3,2% com
uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões autónomas e nos distritos de
Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de
55% da quebra registada no país.
Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente à diminuição do
crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito
a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado, principalmente,
pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito.
Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016
Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %
Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%
Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%
Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%
Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal
No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector da
construção, actividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas nos sectores da agricultura e pescas, alojamento e
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
restauração, saúde e apoio social e indústrias extractivas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%,
1,4% e 0,8%, respectivamente).
Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento
continuam a ser o da construção, do comércio, das actividades imobiliárias e das indústrias extractivas, que mantêm elevada
representatividade no total do crédito a empresas.
Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito
Vencido
Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%
Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%
Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%
Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%
Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%
Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%
Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%
Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%
Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%
Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%
Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%
Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%
Total -5,5% 77.037 100% 15,7%
Fonte: Banco de Portugal
Valores em milhões de euros
Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016
MERCADOS FINANCEIROS
Mercados accionistas
No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O BCE reforçou a sua política
monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os
EUA divulgaram dados económicos prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de
juro. Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais índices accionistas registou
perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este
acabou por ser o pior arranque de ano para as bolsas desde 2008.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
0,62
0,95
1,28
1,781,66
1,87
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
2,00
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Índices Accionistas (base 2010)
PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI
A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou um valor recorde de $3 biliões
dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda abrupta dos índices accionistas. Em contraposição, as
perspectivas de políticas mais expansionistas nos EUA com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos
preços do petróleo e uma actividade económica resiliente levaram os índices americanos a atingirem novos máximos históricos
no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações anuais de 15%, 12% e 9%, respectivamente.
Os factores que foram afectando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos pouco surpreendentes,
embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou
uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais
vulneráveis aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem perdas de 11,9% e
10,2%, respectivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%).
Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência
Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano consecutivo, algo que não acontecia
desde finais de 2001. Num período marcado pela disparidade entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou
2,9% para os 1,0539 USD no final do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de Dezembro de 2002.
O resultado do Brexit afectou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido um dos piores desempenhos em 2016, tendo-
se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda
refúgio e, em 2016, o USD perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano.
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das principais moedas mundiais (DXY),
ultrapassou os 103 pontos em Dezembro, valor que não era registado desde final de 2002 (dando a 2016 a denominação de “o
ano da nota verde”).
-0,32
0,00
0,75
0,25
-0,6
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxas de referência nos Mercados Monetários
Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE
No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a progressiva descida das taxas
Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos
EUA, as taxas LIBOR do USD até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final do
ano de 2016.
Matérias-primas
Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista (“spot”) nos mercados das matérias-primas
(commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20%
nos primeiros 6 meses do ano. Os preços do petróleo subiram de US$39 por barril no final de Março para quase US$50 por barril
no final de Junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também apresentaram ganhos no
segundo trimestre.
Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias primas. O Brexit enviou ondas
de choque para todos os mercados do mundo, tendo os investidores convergido para o ouro, como activo de refúgio, o que
permitiu uma valorização de 8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro acabou
por perder parte do seu valor, tendo encerrado o ano a valorizar 9,33% em 2016.
No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a produção de crude seria cortada a partir de Janeiro de 2017, conduzindo a uma
subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
cotação de US$56,82 por barril. Já o West Texas Intermediate observou um rendimento anual de 45%, encerrando o ano a
US$53,72 por barril.
Mercado obrigacionista
A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida soberana a dez anos aumentou
1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de
356 pontos base face à dívida alemã, referência na Zona Euro.
As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a crise da dívida em 2011. No
prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos
base), ao contrário da dívida espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para
os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.).
A dívida alemã foi um dos activos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a 10 anos, os títulos
começaram o ano com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield de 0,208%, registando uma variação de -42,1
pontos base. A meio do ano, o rendimento da dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a
atingir o valor de -0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana americana a 10 anos
iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com os 2,446% (+17,3 pontos base).
Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE
RESULTADO E BALANÇO
2.1.1 Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)
Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício
de 2016, constituem valores provisórios e não auditados.
Balanço
Em milhares de euros
Abs. %
Activo
Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%
Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%
Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%
Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%
Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%
Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%
Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%
Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%
Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%
Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%
Passivo
Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%
Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%
Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%
Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%
Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%
Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%
Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%
2015 2016Variação
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Demonstração de Resultados
Em milhares de euros
Abs. %
Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%
Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%
Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%
Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%
Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%
Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%
Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%
Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%
Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%
Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%
Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%
Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%
Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%
Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%
Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%
Variação2015 2016
(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e
outros resultados de exploração.
Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar ligeiramente a trajectória iniciada
em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2%3, valor
aquém dos 1,6% registados em 2015. A ausência de convergência real face à área do euro vem reflectindo a persistência de
constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma relevância especial os elevados
níveis de endividamento dos sectores público e privado, uma evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências
nos mercados do trabalho e do produto que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte dinamismo do
consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens duradouros, resultante em parte da concretização de
decisões adiadas durante a recessão de 2011-2013. Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiu-se à redução do
nível de alavancagem da economia (famílias, SNF4 e sector público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%).
1,5
24,5
56,3
72,1
2013 2014 2015 2016
Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)
Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 72,1 milhões
de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros face aos 56,3 milhões de euros alcançados em 2015.
3 Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal
(Dez.2016).
4 Sociedades não financeiras.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Valores em milhões de euros
31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16
Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6
Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3
SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1
Evolução do Resultado Líquido
Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto bancário registou,
em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução significativa dos resultados de activos
financeiros disponíveis para venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das
comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respectivamente.
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%
Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%
Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%
Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%
Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%
Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%
Decomposição do Produto Bancário - SICAM
A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015 para 276 milhões de euros em
2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações)
ainda que aplicado a um volume de depósitos superior ao registado no período homólogo.
É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efectuou um esforço de redução remuneração dos recursos das Caixas
Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados
no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas
semelhantes às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se
mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Valores em milhões de euros
Margem
Financeira
Comissões
Líquidas
Res. Op.
Financeiras
Margem
Complementar
Produto
Bancário
Caixas Associadas 256 117 0 138 394
Caixa Central 20 21 35 37 78
SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475
Produto Bancário - SICAM
Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de euros). Este agravamento
justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em
3,5 milhões de euros (+2,9%).
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%
Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%
Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%
Amortizações 14 13 13 0 0,5%
Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM
Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se:
i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal (de 140,7 milhões de euros
para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor dos novos mandatos (2016-2018) e da associada
promoção de quadros qualificados a titulares de funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos
gerais administrativos (de 103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros); e
ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de euros para 25,8 milhões de
euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0 milhões de euros para 21,1 milhões de euros).
Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos custos com
pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros, respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
remunerações com os órgãos sociais de gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa
Central, os gastos com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha registado um
agravamento na rubrica de indemnizações contratuais.
As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram:
- na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos serviços da SIBS (ex. cartões), aos
custos judiciais, de contencioso e de notariado, às avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de
créditos não produtivos) e aos custos com formação; e
- nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à publicidade, aos serviços de
auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e outros serviços), às comunicações obrigatórias para
clientes (expedição) e aos seguros (ex. imóveis em dação).
O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer 5,0% e o crédito a particulares
a crescer 1,4% face a 2015.
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Crédito bruto 8.147 8.430 8.713 284 3,4%
Provisões / Imparidades 838 852 716 -136 -16,0%
Crédito líquido 7.310 7.578 7.998 420 5,5%
Evolução do Crédito a Clientes
A carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola regista, desde 2014, uma assinalável melhoria ao nível do seu perfil de risco, em
particular no segundo semestre de 2016, ao verificar uma redução muito significativa do crédito vencido em cerca de 121
milhões de euros (o que representa um decréscimo de cerca de 18%) relativamente ao final de 2015, com o segmento da
habitação e o crédito empresarial a serem os principais responsáveis pelo desagravamento dos níveis de sinistralidade da
carteira, tendo para tal contribuído uma actuação ainda mais eficaz na abordagem do Grupo CA às actividades de
acompanhamento e recuperação de crédito e nos procedimentos de abate ao activo (write-offs).
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Crédito total sobre clientes 8.147 8.430 8.713 284 3,4%
Crédito e juros vencidos (total) 672 668 547 -121 -18,1%
Crédito e juros vencidos < 90d 28 18 14 -4 -21,9%
Crédito e juros vencidos > 90d 644 650 533 -117 -18,0%
Rácio de CV > 90d 8,0% 7,8% 6,2% -1,6 p.p. n.a.
Evolução do Rácio de Crédito Vencido
Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das imparidades da carteira de
crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 128% em 2015 para 131%
em 2016, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Correcção de valor em crédito de clientes 160 82 -8 -89 -109,3%
Imparidade de outros activos 40 45 64 19 41,5%
Provisões e imparidades do exercício 201 127 56 -71 -55,8%
Provisões e imparidades (stock) 838 852 716 -136 -16,0%
Rácio de cobertura do crédito vencido 125% 128% 131% 3,30 p.p. -
Evolução das Provisões/Imparidades
Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no activo total do SICAM que passou de 13.060
milhões de euros em 2015 para 14.881 milhões de euros em 2016, contribuindo para este crescimento do activo líquido o
aumento do crédito a clientes de 3,4% (284 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de
euros).
O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos em bancos centrais
(953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%).
Valores em milhões de euros
Activo PassivoCapitais
Próprios
Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297
Caixa Central 7.964 7.735 229
SICAM (Consolidado) 14.881 13.653 1.227
Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou um decréscimo de 1,1 p.p. (de
69,1% para 67,9%). Este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares,
sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Valores em milhões de euros, excepto percentagens
2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %
Crédito a Cl ientes (líquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%
Recursos de Cl ientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%
Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -
Evolução do crédito e recursos de clientes
OUTROS FACTOS RELEVANTES
O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; os prémios obtidos, no ano
2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente” e “O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais
Satisfeitos”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário5, permitem afirmar o
bom desempenho do Crédito Agrícola em 2016.
Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo.
Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de
dimensão”6. Por seu lado, a CA Vida foi premiada como “A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida”7. A CA Vida ainda os
rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI
Portugal 2016.
O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam:
• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do “Prémio Empreendedorismo e
Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;
• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;
• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2015, realizada pelo
terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a
competitividade e crescimento da economia portuguesa;
5 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 2
reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11. 6 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B. 7 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o Diário
de Notícias e o Jornal de Notícias.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, realizado juntamente com a
Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.
As cerimónias de entrega de prémios decorreram na Estufa-Fria, em Lisboa.
Inauguração da 1ª Agência na Madeira
No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência no Funchal, dando início à
actividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito Agrícola.
A cerimónia de inauguração da Agência, realizada
em Outubro de 2016, contou com a presença de
diversas entidades locais, entre elas o Presidente
do Governo Regional da Madeira, Miguel
Albuquerque.
Dada a importância que a nova Agência
representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma
Campanha Publicitária com o claim “Nunca Estivemos Tão Próximos”. A campanha presente em TV, Rádio, Imprensa e Mupis da
Região, revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier, num gesto de cumprimento à chegada à Madeira.
No domínio da gestão de activos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em três dos seus Fundos de
Investimento Mobiliários nas respectivas categorias, um deles pelo oitavo ano consecutivo segundo rendibilidades divulgadas
pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento
Mobiliário Aberto do Mercado Monetário, com um nível de risco um (numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de 0,10%
em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do Mercado Monetário Euro. O CA
Rendimento, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações, com um nível de risco dois e uma rendibilidade de 2,25%
em 2016, foi o vencedor da categoria Fundos do Obrigações de Taxa Indexada Euro pelo quarto ano consecutivo. Em 2016, pela
primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos
Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um fundo de investimento com um nível de risco de três e uma rendibilidade de
4,20% em 2016.
O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano 2016 com 258 serviços em funcionamento, representando um crescimento homólogo
de 4% nos serviços inicializados. O número de transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período homólogo.
A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A evolução semestral
do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço B24, registou em 2016, um crescimento de 8% e 6%
respectivamente, em comparação com iguais períodos de 2015.
No ano 2016, o parque de ATM do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando de 1.497 para 1.520 (valores em
final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere
ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 6%, registando-se mais de 86 milhões de
transacções.
Em 2016, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749 TPA activos. O número de transacções subiu
18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de transacções.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Em termos homólogos, em 2016, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de
4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,5%. Esta evolução originou um
incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos cartões
crédito.
No sentido de dinamizar a actividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração,
tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais
se destacam:
• ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito;
• ENERGIE – Energia solar termodinâmica;
• CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;
• ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel;
• Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local;
• ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos;
• AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e
• Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado.
No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um
crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e
dirigidos aos segmentos alvo.
Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um
público mais jovem, tendo atingido cerca de 90.000 fãs no facebook no final de 2016.
Decorridos 7 anos de transmissão do programa de actualidade financeira, constatámos que este
patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000 telespectadores por ano, alavancando assim a
notoriedade da marca CA.
Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios
a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:
• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;
• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali Dakar 2016, em
motociclismo;
• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;
• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por ter alcançado
o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria de cadetes;
• 34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta.
A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal
(SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO, Fruit Logistica e Fruit Attraction.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
ANÁLISE SOCIAL
O programa de ajustamento levado a cabo pela República
Portuguesa nos últimos anos levou a economia a enfrentar
debilidades históricas e um nível de recessão a que,
também o concelho do Cartaxo, não ficou imune.
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo entende ser
da sua responsabilidade o auxílio às actividades
económicas dos seus associados e a promoção do
desenvolvimento económico da região, seguindo para o
efeito estratégias de proximidade com os clientes,
procurando estabelecer políticas de confiança e passar
uma imagem de integridade ao mercado.
A responsabilidade social é um dos principais pilares de
actuação do grupo Crédito Agrícola e, em particular, da
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo através do
envolvimento com a comunidade externa (educação,
cultura e outras actividades comunitárias) e interna (planos
de seguros, crédito a colaboradores, apoio à educação,
cultura e lazer. O concelho do Cartaxo tem cerca de
25.000 habitantes, com o melhor registo de densidade
populacional em todo o distrito de Santarém e o segundo
melhor registo em termos de taxa de crescimento
populacional na última década. O Cartaxo, intimamente
ligado ao slogan “Capital do Vinho”, é o maior produtor de
vinho tinto e vinho regional da Lezíria do Tejo e o segundo
maior produtor de vinho (em geral) do distrito.
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo tem
partilhado uma ligação crescente à comunidade local,
marcando presença nas habituais festas populares do
Município do Cartaxo e respectivas freguesias, contribuindo
para o desenvolvimento das actividades de apoio social
através da proximidade com instituições e associações
municipais de relevo e marcando presença em inúmeros
eventos de carácter social e cultural. Durante o ano de
2016 e à semelhança dos anteriores, a Caixa de Crédito
Agrícola Mútuo do Cartaxo continuou a apoiar
financeiramente aquelas actividades.
Como já tem sido habitual na estratégia desta instituição,
cabe-nos o prazer de continuar a anunciar que
trabalhamos com mais de 20 associações municipais, como
ranchos folclóricos, sociedades filarmónicas ou os
bombeiros municipais, apoiamos instituições de
solidariedade social como a Cruz Vermelha ou a Associação
Humanitária de Pontével, promovemos actividades
desportivas como o Sport Lisboa e Cartaxo e
desenvolvemos protocolos com a Escola Secundária do
Cartaxo para o patrocínio do cartão de estudante e a
distinção anual dos melhores alunos. No ano de 2016
marcámos também presença na tradicional Festa do Vinho
do Cartaxo e na Feira dos Santos do Cartaxo.
A todos, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo
envia os seus votos de grandes sucessos para 2017 e um
muito obrigado pela vossa colaboração e confiança que
depositam na nossa instituição.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
AGENDA ESTRATÉGICA PARA 2017
A estratégia da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo
tem sido a de promover e auxiliar as actividades
económicas da nossa região geográfica, procurando cada
vez mais trabalhar com os melhores e em prol do seu
desenvolvimento.
O ainda excesso de endividamento da economia
portuguesa, aliado à notação de rating especulativa da
República Nacional, ao fraco crescimento económico e aos
problemas enormes de mercados como Angola, tem-se
reflectido em expectativas baixas dos agentes económicos
nacionais, com consequências ao nível do investimento.
Actualmente, e verificada a anterior previsão de
recuperação económica assente em perspectivas de
crescimento superiores a 1,0%, o país assistiu a um
melhor enquadramento da situação económico-financeira.
Neste quadro, é expectável que 2017 venha a consolidar
perspectivas de investimento consideravelmente mais
elevadas, assentes no baixo custo dos empréstimos
bancários e nas perspectivas mais optimistas dos agentes
privados para a economia nacional.
Contudo, situações como a resolução do Novo Banco (que
poderá acarretar perdas significativas para a República
Portuguesa) e a forte instabilidade política na Zona Euro
(eleições em vários países-membros) são focos de
acentuada instabilidade financeira, com possíveis impactos
na actividade do sistema financeiro, imediatos e voláteis.
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo respondeu á
crise nacional dos últimos 5 anos com um posicionamento
defensivo na gestão dos recursos financeiros, no aumento
do crédito a empresas de rating favorável e na promoção
do crédito à habitação e cross-selling associado. Através
desta estratégia, procurámos:
� Continuar a aposta no aumento da confiança da
comunidade nos nossos serviços e atendimento;
� Aumento dos rácios de capital com vista ao
cumprimento dos novos requisitos definidos em
Basileia III;
� Aposta em novos produtos financeiros na
tentativa de incremento do produto bancário e
em responder às necessidades dos clientes;
� Reformulação e diversificação de activos e
carteira de crédito, com vista à redução do ritmo
de crescimento de imparidades e ao aumento da
rentabilidade;
� Captação de novos negócios e clientes com
reduzida alavancagem e, portanto, maior
potencial e segurança para novos investimentos;
� Melhoria dos procedimentos de monitorização e
avaliação de potenciais imparidades,
antecipando eventuais necessidades de capital
daí decorrentes.
No decurso de 2016 foi negociada com a Caixa de Crédito
Agrícola de Alcobaça um projecto de fusão que visasse,
principalmente, a consolidação de zonas geográficas e
ganhos de escala consideráveis de modo a minimizar o
impacto de novas regras e normativas em várias áreas de
trabalho. O projecto de fusão mereceu a aprovação de
ambas instituições de crédito e deverá avançar durante o
exercício de 2017.
Espera-se que o projecto de fusão venha contribuir
positivamente para a organização e funcionamento das
Caixas de Crédito Agrícola e que tais sinergias sejam
aproveitadas para o aumento da satisfação dos clientes.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
RISCOS DA ACTIVIDADE BANCÁRIA EM 2017
Consoante a análise e o posicionamento estratégico da
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo para o ano de
2017, importa definir e alertar para os riscos da actividade
bancária a considerar no plano social, económico e
financeiro delineado para a economia portuguesa e
europeia.
1. Instabilidade política no espaço da Zona Euro
com eleições em vários países-membros
O grande enfoque de risco para 2017 para o sistema
financeiro internacional e nacional passa, claramente, pela
situação política em vários países-membros da Zona Euro e
com o acentuar do crescimento de movimentos e partidos
de ruptura ao centro democrático e europeísta. Irá assistir-
se a elevada volatilidade nos mercados financeiros, com
possíveis impactos ao nível da solvência de instituições e
países com grande risco sistémico. O aumento dos níveis
de incerteza a nível global vai interagir com as
vulnerabilidades da economia portuguesa.
2. Prolongamento ou agravamento do ambiente
de baixas taxas de juro
A tendência do mercado financeiro continua a apontar para
a possibilidade de manutenção de uma política monetária
extremamente acomodatícia por um período prolongado,
com reflexo nas expectativas de manutenção das taxas de
referência do Banco Central Europeu em valores negativos
por mais tempo do que o inicialmente esperado. De acordo
com as taxas de juro implícitas nos contratos futuros sobre
a Euribor a 3 Meses, é previsto que este indexante venha a
atingir níveis de 0% somente em finais de 2021.
3. Crescimento do stock de activos não geradores
de rendimento e imóveis obtidos em reembolso
de crédito próprio
As novas orientações regulamentares para o
acompanhamento, reavaliação e diversificação dos activos
não geradores de rentabilidade para os bancos vêm
constituir riscos acrescidos para a actividade, com possíveis
efeitos adversos em caso de desvalorização do imobiliário
e contabilização adicional de imparidades.
4. Reavaliação dos prémios de risco a nível
nacional
Uma reavaliação dos prémios de risco, a materializar-se,
afectará de forma transversal todo o sistema financeiro
através do aumento do custo de financiamento. Este efeito
de transmissão será particularmente significativo no caso
do crédito a empresas. Um aumento adicional dos prémios
de risco associados ao soberano (como temos vindo a
assistir nos últimos meses/ano de 2016) não deixará de
contagiar o sector bancário nacional, que tem estado
afastado do mercado por grosso. Estes efeitos serão ainda
mais relevantes num contexto em que os bancos terão
necessariamente de recorrer a emissões de mercado com
vista a garantir o cumprimento de exigências
regulamentares.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
SERVIÇOS DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO
CARTAXO, C.R.L.
Os departamentos que compõem a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo desenvolvem um conjunto de serviços
especializados de suporte aos diferentes balcões e no apoio às decisões superiores, procurando contribuir para a eficiência
crescente das actividades operacionais, para a redução dos custos de funcionamento, para a melhoria da qualidade de serviço e
atendimento, para a manutenção de um nível tecnológico e para a minimização dos riscos associados à carteira de crédito e de
compliance.
COORDENAÇÃO GERAL
Está a cargo da Coordenadora Geral a definição da política de investimentos, ao nível da gestão do património, assim como o
assegurar dos recursos informáticos, de um sistema de segurança adequado, da permanente actualização dos seguros, da
identificação dos bens patrimoniais e de uma gestão eficaz dos bens que são propriedade da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do
Cartaxo. A Coordenadora Geral deve, ainda, definir e submeter ao Conselho de Administração e reavaliar, periodicamente, as
taxas de juro dos recursos e aplicações, no que concerne à gestão financeira da instituição. Ao nível dos recursos humanos, terá
o papel essencial de promover as medidas necessárias à melhoria do desempenho individual e das equipas e para o
desenvolvimento das competências.
COMITÉ DE ASSUNTOS INTERNOS
Cabe-lhe acompanhar o cumprimento dos objectivos traçados para as diferentes áreas funcionais, assim como facilitar a
comunicação entre os vários órgãos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo. No âmbito do planeamento,
acompanhamento e avaliação da actividade, tem, também, como tarefa, analisar os relatórios de auditoria (externa e interna),
reportar os resultados ao Conselho de Administração e acompanhar o cumprimento dos rácios de gestão e prudenciais.
AUDITORIA INTERNA
Os elementos representantes da equipa de auditoria interna procedem à supervisão da actividade dos vários órgãos da Caixa de
Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, colaboram na elaboração de normas e instruções de funcionamento, apoiam os
colaboradores no desempenho das suas funções e identificam áreas problemáticas e de risco, sugerindo correcções no sistema
de controlo interno.
APOIO JURÍDICO
Cabe aos serviços jurídicos externos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo garantir o acompanhamento jurídico das
situações de crédito em mora e pré-contencioso, analisar e propor a liquidação judicial ou extra-judicial no que respeita à
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
regularização de créditos, normalizar e acompanhar os procedimentos de recuperação do crédito em contencioso, promover a
actuação judicial nos processos distribuídos e proporcionar assistência jurídica aos vários departamentos da Caixa.
COORDENAÇÃO COMERCIAL
Tem como missão transformar as grandes orientações e objectivos globais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo no
que toca à comercialização de produtos e à captação de novos clientes, a definição dos objectivos comerciais juntamente com
os balcões da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, validar e propor o plano de marketing local à coordenadora geral,
assegurar o cumprimento das orientações fornecidas pelo Plano Comercial da Caixa Agrícola, analisar periodicamente a sua
execução e assegurar a orientação comercial dos balcões na divulgação e comercialização dos produtos.
GESTÃO DE CLIENTES ESPECIAIS
Trata-se de uma unidade de negócio da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo com vista à rentabilização da carteira de
clientes, à identificação do perfil de consumo do cliente, à definição de um plano de visitas e contactos periódicos, à
identificação de oportunidades de colocação de novos produtos ajustados ao perfil de cada um destes clientes, à apresentação
de propostas de negócio ao cliente e à monitorização sistemática da satisfação global do cliente com os serviços prestados.
SEGUROS
Unidade de gestão e dinamização da actividade comercial, no âmbito do apoio á actividade de seguros – ramos reais. Tem por
responsabilidade a negociação de carteiras de seguros, fornecer apoio técnico aos balcões, lançar apólices, recolher dados e
informações necessárias à formalização dos processos de sinistros, assegurar a manutenção do arquivo de processos de
seguros, o controlo das comissões recebidas e a prestação atempada de informação aos balcões da Caixa de Crédito Agrícola
Mútuo do Cartaxo.
GESTÃO DE RISCOS
A unidade de Risco constitui uma área de suporte à análise e produção de informação relevante à condução dos objectivos e
estratégias da Caixa. Através da elaboração de dados informativos, análise económico-financeira, apoio à elaboração do Plano
de Actividades, Balanço, Demonstração de Resultados e Balanço Social, análise do impacto de risco das taxas activas e passivas
praticadas e da evolução do desempenho financeiro da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, esta unidade pretende
alertar para os diferentes riscos que compõem o dia-a-dia da actividade bancária.
Inserida nas funções de Gestão do Risco de Crédito, esta unidade tem como responsabilidade a análise periódica do risco de
empresas e grupos empresariais com envolvimento relevante na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, além de emitir
parecer sobre as propostas de crédito pessoal e empresas, analisar a viabilidade económico-financeira de projectos de
investimento e propor acções e medidas tendentes à redução dos riscos da Caixa.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
PROCESSAMENTO E RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO
A unidade de Processamento e Recuperação de Crédito visa assegurar a correcta formalização dos processos de crédito, a
preparação das escrituras, a verificação da documentação e requisitos definidos nos pedidos de crédito, lançamento de planos
de reembolso, manutenção dos dossiers das operações de crédito e a emissão de cartas de aviso para a regularização de
empréstimos.
Além disso, esta unidade pretende garantir o acompanhamento das situações de crédito em mora, o controlo desses processos,
a sua negociação de acordo com as normas estabelecidas e a realização de todas as diligências necessárias junto dos clientes
com crédito vencido.
ÁREA DE SUPORTE
A Area de Suporte da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo abrange uma série de unidades de negócio como a
Compensação e Operações Gerais, a Manutenção de Arquivos, a Contabilidade e Reporting e o Pessoal.
No que respeita à Compensação e Operações Gerais, tem como responsabilidade a verificação de imagens e assinaturas de
cheques, o lançamento de transferências e cobranças diversas, a emissão de listagens de movimentos e saldos devedores e a
regularização de movimentos rejeitados pelo sistema informático.
A Manutenção de Arquivos procura efectuar a gestão e transporte do arquivo vivo e assegurar a destruição do arquivo morto.
A área de Contabilidade e Reporting executa a contabilidade geral, garante a fiabilidade e disponibilidade das informações e
registos contabilísticos, confere e regulariza os saldos contabilísticos, procede ao encerramento mensal e anual de contas,
elabora informação de reporte obrigatório, prepara os relatórios, assegura o cumprimento das obrigações fiscais e confere
facturas para pagamento.
No que diz respeito ao Pessoal, são efectuados os processamentos de salários e envio dos mapas para as devidas entidades
externas e são organizados e actualizados os cadastros individuais dos colaboradores.
AGÊNCIAS
A unidade de Agências refere-se a todas as actividades que, no seu decurso normal, passam pela intermediação dos
colaboradores de balcão da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo.
Neste sentido, cabe à Promoção e Prospecção Comercial o apoio ao cumprimento dos objectivos comerciais ao nível da captação
de clientes e da comercialização de produtos e serviços, prospectar comercialmente as zonas geográficas de intervenção da
Caixa, recolher informações para actualização de fichas de clientes e avaliar a actividade da concorrência no mercado local.
O Atendimento Geral presta informações sobre os produtos e serviços disponíveis, atende a pedidos diversos de clientes, efectua
contactos, aberturas de conta, movimentações em poupanças e depósitos a prazo e gestão de cartões.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Os serviços de Caixa e Tesouraria procedem à recepção de depósitos em numerário e cheque, a pagamentos de valores e
cheques, à actualização de cadernetas, à transacção de divisas, ao pagamento e registo de despesas diversas, à separação de
cheques e à emissão de listagens de conferência.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
ANÁLISE DE RESULTADOS
Descrição 2014 2015 2016 Δ% 2016-15
Ativo 51.848 59.721 60.350 1,1%
Ativo líquido 49.720 57.599 58.273 1,2%
Total do passivo 44.781 52.484 52.758 0,5%
Capital 4.965 5.081 5.136 1,1%
Situação líquida 4.939 5.114 5.515 7,8%
Crédito a clientes 31.244 32.346 32.187 -0,5%
Crédito vencido 1.605 944 999 5,8%
Crédito vencido > 90 dias 1.485 901 971 7,8%
Crédito em risco 9,0% 3,7% 4,5% 22,2%
Crédito em incumprimento 4,8% 2,8% 3,0% 5,7%
Write-off de crédito 329,7 741,6 717,2 -3,3%
Total de provisões 919 966 842 -12,8%
Cobertura de crédito vencido por imparidades 54,9% 102,4% 110,2% 7,6%
Cobertura de crédito em risco por imparidades 47,0% 80,2% 75,7% -5,6%
Recursos de clientes 44.097 48.061 45.981 -4,3%
Recusos TLTRO 51 3.627 6.032 66,3%
Aplicações 11.892 17.758 18.783 5,8%
Resultado líquido 21,1 101,9 383,0 275,9%
Imparidades e provisões líquidas no exercício 279,9 535,7 47,8 -91,1%
Gastos com pessoal 716,9 735,3 748,7 1,8%
Gastos gerais administrativos 583,5 589,6 613,0 4,0%
Amortizações 90,0 84,9 81,7 -3,8%
Gastos de funcionamento 1.300,4 1.324,9 1.361,3 2,7%
Margem financeira 1.109,5 1.145,6 1.106,7 -3,4%
Produto bancário 1.717,3 2.079,5 1.998,7 -3,9%
Nº colaboradores 18 18 18 0,0%
Requisitos de fundos próprios 16,7% 16,6% 15,5% -6,6% *Valores em milhares de euros
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Margem Financeira
A margem financeira sofreu uma ligeira redução em 2016, após um crescimento também ligeiro em 2015, em montantes na
ordem dos 3%. A esta variação negativa esteve associado o esmagamento dos spreads nas principais operações de crédito,
dado que apesar da remuneração dos recursos se encontrar estabilizada, os indexantes e spreads de crédito continuam a cair no
mercado nacional e europeu.
Saldo de Comissões
O saldo de comissões e a margem complementar continuam a registar uma tendência crescente, desta vez superior a 9,0%
comparativamente com o período homólogo. Para tal contribui a dinamização de vendas e acções comerciais da CCAM do
Cartaxo na área dos seguros, assim como a cobrança de comissões no âmbito da realização de operações de crédito (cross-
selling) e serviços prestados.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Produto Bancário
O produto bancário registou uma desaceleração superior a -3,80% em 2016, valor mais considerável se atendido a que
beneficiou de eventos não recorrentes como a reversão de imparidades em mais de 120.000 € (com impacto de 6,0% no
produto bancário de 2016). Tal evolução negativa é demonstrativa das fracas condições de mercado, principalmente o
esmagamento de spreads de crédito, visíveis na redução superior a 15% dos juros totais cobrados no ano (redução da
EUR06TM no período superior a 13%).
Resultados de Exploração
O resultado antes de amortizações, provisões, imparidades e impostos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo sofreu
uma redução superior a 17% em 2016, após um crescimento exponencial de mais de 100% em 2015. Em ambos os exercícios,
o resultado beneficiou de eventos não recorrentes superiores a 100.000 €. Neste sentido, em 2016 superou os 555.000 €,
prejudicado pela redução da margem financeiro e o agravamento dos custos de funcionamento, mas impulsionado pela reversão
de imparidades no exercício.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Provisões e Imparidades (Exercício)
O excelente desempenho na gestão de provisões e imparidades do exercício é o factor mais positivo a assinalar em toda a
actividade de 2016. Após um crescimento assinalável no ano anterior e que permitiu a desejada cobertura integral do crédito
vencido à data, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo conteve de forma eficiente este indicador no decurso de 2016 e
beneficiou de uma redução superior a 90% comparativamente com a evolução registada no período homólogo.
Resultado Líquido
O resultado líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo continua a trajectória histórica de crescimento, subindo mais
de 700% em montante acumulado desde 2013. O lucro líquido do exercício de 2016, no valor de 383.050 €, foi o maior dos
últimos 9 anos (desde 2008, quando contabilizou 500.115 €), anunciando um provável ponto de retorno na crise financeira
nacional e nas dificuldades económicas vividas na última década.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Activo Líquido
O activo líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo beneficiou, mais uma vez, das fortes condições de liquidez no
mercado e dos resultados positivos conseguidos no exercício. Conforme é visível, desde a implementação das políticas de
Quantitative Easing por parte do Banco Central Europeu, o balanço da CCAM do Cartaxo evoluiu exponencialmente a partir de
2015.
Crédito a Clientes
A evolução do crédito a clientes acompanhou a tendência de crescimento do balanço da CCAM do Cartaxo, impulsionado por
fortes medidas de liquidez e consequente redução exponencial dos juros cobrados pela instituição. A retoma económica do
mercado nacional, conjugada com um pricing de crédito em mínimos históricos, alavancou o crédito a clientes da CCAM do
Cartaxo, que em 2015 cresceu cerca de 3,50% e manteve praticamente o mesmo montante de carteira em 2016.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
A Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo é detentora de uma quota de mercado superior a 11% na sua área de actuação, acima
da média nacional do grupo, por via do incremento na qualidade dos produtos e serviços disponibilizados aos clientes, assim
como de uma maior percepção das necessidades e respostas atempadas às solicitações dos mesmos. O Segmento da Agricultura
continua a representar mais de 22% da carteira de crédito da Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo e é demonstrativo do peso
decisivo para o total de quota de mercado no crédito a empresas (superior a 20%).
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Carteira de Crédito - 20162016
(milhares de euros)
2015 2016 ∆% 2016-15
27.215,9 26.889,4 -1,2%
5.130,1 5.298,0 3,3%
7.881,3 7.464,4 -5,3%
14.126,3 13.733,4 -2,8%
10.279,5 10.406,8 1,2%
- - 0,0%
Crédito a Particulares
Crédito à Habitação
Crédito a Empres. e Administ. Públ.
Empréstimos
Com garantias hipotecárias
Sem garantias hipotecárias
Crédito a Empresas
Os resultados da carteira de crédito em 2016 denotam uma evolução menos favorável nos segmentos Corporate e Retalho,
contrariamente ao segmento Habitação que cresceu, embora ligeiramente. Em termos gerais, houve uma redução ligeira das
operações com colateral real, contrariadas por um crescimento significativo (superior a 3%) dos créditos não colateralizados,
privilegiando operações de retalho de maior rentabilidade e crédito a empresas com base em baixas probabilidades de
incumprimento.
Verifica-se uma elevada diversificação da carteira de crédito da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, essencial ao
equilíbrio financeiro e à solvabilidade de instituições de crédito de menor dimensão. A representação das quotas de crédito da
Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo manteve os montantes já registados no período homólogo. Menos de ¼ da carteira de
crédito é correspondente a crédito a empresas, sendo que nos cerca de ¾ de crédito a particulares, mais de 40% são relativos
a crédito à habitação, que ocupa um peso de cerca de 30% no total da carteira de crédito da Caixa de Crédito Agrícola do
Cartaxo.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Recursos totais
Os elevados níveis de liquidez no mercado interbancário, potenciado pelas políticas expansionistas do Banco Central Europeu e
respectivos estímulos ao crescimento económico e inflação, permitiram um crescimento acumulado de 18% nos recursos totais
captados pela CCAM em 2015 e 2016. No que respeita ao último exercício, este indicador cresceu cerca de 1%
comparativamente com o período homólogo, situando-se, novamente, acima dos 50 milhões de euros.
ANÁLISE DE RÁCIOS FUNDAMENTAIS
Rácio de Crédito Vencido
Decorrente dos níveis recorde de incumprimento atingidos no mercado nacional no decurso de 2014, a Caixa de Crédito Agrícola
do Cartaxo tem iniciado uma trajectória descendente ao nível do rácio de crédito vencido, tendo conseguido uma percentagem a
rondar os 3% do total da carteira de crédito vencido em 2015 e, novamente, em 2016. Trata-se de um indicador negativo e que
ficou bastante abaixo da média nacional que ronda os 7%, assinalando um resultado muito favorável neste indicador e bastante
abaixo da indicação normativa do Grupo Crédito Agrícola (< 5,0%).
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Rácio de Cobertura do Crédito em Risco por Imparidades
Ao nível do grau de cobertura do crédito em risco (reestruturado por dificuldades financeiras), as imparidades cobrem cerca de
80% do total em risco, sendo que o crédito vencido está coberto numa percentagem superior a 100%. Trata-se de uma
evolução bastante significativa se atendidos os anos anteriores e representando uma evolução de acordo com os regulamentos
da indústria e da supervisão bancária.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
Indicadores de Gestão 2014 2015 2016 Normativo
Rácio de Solvabilidade
Common equity Tier 1 5.010 4.950 5.088
Tier 1 17,0% 16,6% 15,5% > = 10%
Tier 2 0,5% 0,0% 0,0%
Total 17,3% 16,6% 15,5%
Rácio de Eficiência
Custos de funcionamento / Produto bancário 75,7% 63,7% 68,1% < 60%
Gastos com pessoal / Produto bancário 41,7% 35,3% 37,4%
Rácios de Produtividade
Ativo líquido / Colaborador 2.762,2 3.199,9 3.237,3 > 3.000.000 €
Gastos com pessoal / Ativo líquido 1,4% 1,3% 1,3%
FSE / Ativo líquido 1,2% 1,0% 1,1%
Produto bancário / Nº colaboradores 95,4 115,5 111,0 > 110.000 €
Rácios de Rendibilidade
Rendibilidade do ativo (ROA) 0,04% 0,19% 0,67%
Rendibilidade dos capitais próprios (ROE) 0,43% 2,03% 7,46%
Margem financeira / Ativo líquido 2,23% 1,98% 1,90%
Produto bancário / Ativo líquido 3,45% 3,61% 3,43%
Rácios de Qualidade de Crédito
Rácio de crédito com incumprimento 4,8% 2,8% 3,0%
Rácio de crédito vencido (Normativo SICAM) 4,8% 2,8% 3,0% < = 5%
Rácio de crédito em risco 9,0% 3,7% 4,5%
Rácio de cobertura de crédito vencido por imparidades 57,3% 102,4% 110,2%
Ativos não correntes para venda / Ativo líquido 3,6% 4,1% 4,5%
Rácio de Transformação
Rácio Crédito a clientes / Recursos de clientes 71,0% 72,8% 70,1% < 85%
Rácio Crédito a clientes / Recursos totais 71,0% 67,3% 61,9%
Rácio disponib. e aplicações / Recursos de clientes 27,0% 40,0% 40,9%
Rácio Aplicações financeiras / Recursos totais 27,0% 37,0% 36,1%
*Valores em milhares de euros
O ano de 2016 registou excelentes desempenhos ao nível da produtividade, rendibilidade e qualidade de crédito, à semelhança
do exercício de 2015. Foram, mais uma vez, concretizados objectivos principais como o ativo líquido por colaborador superior a
3 M€ e o produto bancário por colaborador superior a 110.000 €, rendibilidades positivas ao nível do ativo e do equity e crédito
vencido bastante inferior a 5%, com cobertura do crédito vencido por imparidades em mais de 100%.
Analisados os fundamentais de 2016 atingidos pela Caixa de Crédito Agrícola do Cartaxo, confirma-se a tendência positiva do
negócio e respectivos indicadores.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L.
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Face ao resultado líquido verificado de € 383.049,95 (trezentos e oitenta e três mil, quarenta e nove euros e noventa e cinco
cêntimos), o Conselho de Administração desta CCAM propõe a seguinte distribuição de resultados do exercício de 2016:
a) Para cobertura do saldo registado na conta de Resultados Transitados, o montante de € 131.571,51 (cento e trinta e
um mil, quinhentos e setenta e um euros e cinquenta e um cêntimos);
b) Para cobertura do saldo registado na conta de Diferenças resultantes da alteração de políticas contabilísticas
decorrentes da adopção das NCA’s, o montante de € 8.673,00 (oito mil, seiscentos e setenta e três euros);
c) Para a Reserva Legal o montante de € 49.000,44 (quarenta e nove mil e quarenta e quatro cêntimos);
d) Para a Reserva para educação e formação cooperativa o montante de € 500,00 (quinhentos euros);
e) Para a Reserva para mutualismo o montante de € 500,00 (quinhentos euros);
f) Para a Reserva Especial o montante de € 192.805,00 (cento e noventa e dois mil, oitocentos e cinco euros).
O Conselho de Administração propõe ainda a utilização da Reserva Especial o montante de € 192.805,00 (cento e noventa e dois
mil, oitocentos e cinco euros) para aumento do capital social da Caixa por incorporação de reservas.
Cartaxo, 03 de Março de 2017.
Jorge Vítor Caetano Cunha Francisco Augusto Rosa Lopes Filipe Augusto Lopes Ferreira
Presidente do Conselho de Administração Secretário do Conselho de Administração Tesoureiro do Conselho de Administração
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.
BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015
31-12-2015
Provisões,
Activo imparidade e Activo Activo
ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 31-12-2016 31-12-2015
Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 551.062 551.062 479.767 Recursos de bancos centrais 22 - -
Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 1.530.787 1.530.787 1.146.670 Passivos f inanceiros detidos para negociação 23 - -
Activos f inanceiros detidos para negociação 7 - - Outros passivos f inanceiros ao justo valor através de resultados 24 - -
Outros activos f inanceiros ao justo valor através de resultados 8 - - Recursos de outras instituições de crédito 25 6.033.712 3.627.361
Activos f inanceiros disponíveis para venda 9 756.165 (88.936) 667.229 839.574 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 45.981.983 48.061.249
Aplicações em instituições de crédito 10 16.701.902 16.701.902 16.132.515 Responsabilidades representadas por títulos 27 - -
Crédito a clientes 11 32.187.568 (842.653) 31.344.915 31.379.040 Passivos f inanceiros associados a activos transferidos 28 - -
Investimentos detidos até à maturidade 12 - - Derivados de cobertura 14 - -
Activos com acordo de recompra 13 - - Passivos não correntes detidos para venda 29 - -
Derivados de cobertura 14 - - Provisões 30 258.460 255.103
Activos não correntes detidos para venda 15 2.647.782 (168.546) 2.479.236 2.384.515 Passivos por impostos correntes 20 - 121.081
Propriedades de investimento 16 - - Passivos por impostos diferidos 20 501 503
Outros activos tangíveis 17 3.440.075 (915.454) 2.524.621 2.500.975 Instrumentos representativos de capital 31 - -
Activos intangíveis 18 4.221 (4.221) - - Outros passivos subordinados 32 - -
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 1.620.016 1.620.016 1.620.016 Outros passivos 33 483.374 419.156
Activos por impostos correntes 20 67.165 67.165 - Total do Passivo 52.758.029 52.484.452
Activos por impostos diferidos 20 152.606 152.606 227.979
Outros activos 21 690.682 (57.107) 633.575 888.371 Capital 35 5.136.030 5.081.320
Prémios de emissão 35 - -
Outros instrumentos de capital 36 - -
Reservas de reavaliação 36 (4.071) 24.917
Outras reservas e resultados transitados 36 76 (93.194)
Lucro do exercício 36 383.050 101.927
Dividendos antecipados
Total do Capital 5.515.085 5.114.970
Total do Activo 60.350.031 (2.076.917) 58.273.115 57.599.423 Total do Passivo e do Capital 58.273.115 57.599.423
(Montantes expressos em Euros)
31-12-2016
O anexo faz parte integrante destes balanços.
RUBRICA Notas 2016 2015
Juros e rendimentos similares 37 1.241.134 1.495.086Juros e encargos similares 38 (134.412) (349.393)
Margem financeira 1.106.723 1.145.694
Rendimentos de instrumentos de capital 39 15 1.504Rendimentos de serviços e comissões 40 862.498 799.554Encargos com serviços e comissões 41 75.873 78.452Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados42Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43 (21.914)Resultados de reavaliação cambial 44 438 1.128Resultados de alienação de outros activos 45 (985) 61.128Outros resultados de exploração 46 127.880 149.018
Produto bancário 1.998.782 2.079.573
Custos com pessoal 47 748.274 735.318Gastos gerais administrativos 48 613.033 589.611Amortizações do exercício 17 e 18 81.793 84.981Provisões líquidas de reposições e anulações 30 3.357 19.644Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber (3.170) 458.866
de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 17.764 35.171Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 29.947 22.067
Resultado antes de impostos 507.784 133.915
Impostoscorrentes 20 49.363 125.834diferidos 20 75.372 (93.846)
Resultado líquido do exercício 383.050 101.927
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS
PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015
(Montantes expressos em Euros)
31-12-2016 31-12-2015
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de juros e comissões 2.103.632 2.294.641Pagamentos de juros e comissões (210.284) (427.845)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (1.361.307) (1.324.928)Contribuições para o fundo de pensões - -(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (124.734) (31.988)Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 128.319 150.146
Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 535.625 660.025
(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - -Activos disponíveis para venda (132.666) (9.894)Aplicações em instituições de crédito 569.386 5.413.127Crédito a clientes (37.295) 1.513.452Investimentos detidos até à maturidade - -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda 102.951 534.050Outros activos (241.510) 359.503
260.866 7.810.238Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:
Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - -
Recursos de outras instituições de crédito 2.406.351 3.575.841
Recursos de clientes e outros empréstimos (2.079.266) 3.963.722
Outros passivos (56.865) 143.941
(…) - -270.220 7.683.504
Caixa líquida das actividades operacionais 544.979 533.291
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Variação de activos tangíveis e intangíveis 106.647 27.174Dividendos recebidos (15) (1.504)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - 128.405
Caixa líquida das actividades de investimento 106.632 154.076
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Aumento de capital 54.710 115.890Diminuição de capital - -Pagamento de dividendos - -Variação de passivos subordinados - -Reservas (37.645) (41.864)
Caixa líquida das actividades de financiamento 17.065 74.026
Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 455.412 453.241
Caixa e seus equivalentes no início do exercício 1.626.437 1.173.196Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.081.849 1.626.437
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO CARTAXO, C.R.L.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO 2015
(Montantes expressos em Euros)
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE CARTAXO, C.R.L.
DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015
(Montantes expressos em Euros)
Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital Dividendos reavaliação reservas transitados Total exercício Total
Saldos em 31 de Dezembro de 2014 4.965.430 58.122 140.322 (246.031) (105.709) 21.174 4.939.017
Aplicação do resultado do exercício de 2014: -Transferência para reservas -Distribuição de dividendos -Resultados Transitados 21.174 21.174 (21.174)Capital Social -
Aumento de capital 117.440 -Reembolso de capital (1.550) -Reserva de Reavaliação (33.205) -Outras Reservas (1) (1)Resultados transitados (8.657) (8.657)Resultado líquido em 31 de Dezembro de 2015 - 101.927
Saldos em 31 de Dezembro de 2015 5.081.320 24.917 140.321 (233.514) (93.193) 101.927 5.114.970
Aplicação do resultado do exercício de 2015: -Transferência para reservas -Distribuição de dividendos -Resultados Transitados 101.927 101.927 (101.927)Capital Social -
Aumento de capital 57.210 -Reembolso de capital (2.500) -Reserva de Reavaliação (28.987) -Outras Reservas -Resultados transitados (8.658) (8.658)Resultado líquido em 31 de Dezembro de 2016 - 383.050
Saldos em 31 de dezembro de 2016 5.136.030 (4.071) 140.321 (140.244) 76 383.050 5.515.085
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
Outras Reservas e resultados transitados
DEMONSTRAÇÕES DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA
OS EXERCÍCIOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 31 DE DEZEMBRO DE 2015
(Montantes expressos em Euros)
2016 2015
Resultado individual 383.050 101.927Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:
Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - -Impacto fiscal - -Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -
Pensões - regime transitório (8.673) (8.673)Outros movimentos 15 16Total Outro rendimento integral do exercício (8.658) (8.657)Rendimento integral individual 374.392 93.270
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO CARTAXO, C.R.L.
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.
ANEXO
1. NOTA INTRODUTÓRIA
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Cartaxo, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Cartaxo) é uma instituição de
crédito constituída em 14 de Junho de 1911 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da
Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na
legislação aplicável.
A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de
Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa
Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do
Crédito Agrícola Mútuo.
Em 31 de Dezembro de 2016, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua 5 de Outubro nº 5-G, em Cartaxo e
através de uma rede de dois balcões situados no concelho do Cartaxo.
2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
2.1. Bases de apresentação das contas
As demonstrações financeiras da Caixa aprovadas pelo Conselho de Administração em 28/01/2017, foram
preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos
de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº
1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.
As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS), conforme
adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro
e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:
i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a receber) – os
créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal,
registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se
tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês,
nomeadamente juros e comissões;
ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes
aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do
período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;
iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo definidos níveis mínimos
de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações
introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº
3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites,
garantias e outros instrumentos de natureza análoga;
iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste modo possível o
seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é
permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias
resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.
v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto
contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.
De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de
Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de
Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser atingido através da aplicação de um
plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente
ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-
emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2013.
As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2016, estão pendentes de aprovação pelos
correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção do Conselho de Administração da Caixa que estas
demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.
2.2. Resumo das principais políticas contabilísticas
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as
seguintes:
a) Especialização dos exercícios
A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das
rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida que são
gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
b) Transacções em moeda estrangeira
Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio de "fixing" da
data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos
ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.
Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem,
de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.
Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são registadas na
posição cambial.
c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas
associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como
influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o
poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir
controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.
As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas
por imparidade.
As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não monetários valorizados
ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transacção, conforme previsto no
IAS 21.
d) Crédito e outros valores a receber
Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso
nº 1/2005 do Banco de Portugal.
A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação
contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e
distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que
produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e
custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria
devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da
taxa efectiva.
Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos
descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo
as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações,
independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.
Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas
extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em
resultados ao longo da vida das operações.
Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos gerais de crédito
De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações introduzidas
subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e outras disposições emitidas
pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões para riscos de crédito:
i) Provisão para crédito e juros vencidos
Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações
vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos
dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de
incumprimento.
ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa
Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos concedidos que
apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que
tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de
cobrança duvidosa, os seguintes:
- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente
às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:
. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;
. Estarem em incumprimento há mais de:
. seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;
. doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas inferior a dez
anos;
. vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.
Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da constituição de
provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas
operações.
- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima definida, o
crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito
total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são provisionados com base em metade
das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.
iii) Provisão para risco país
Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e extrapatrimoniais sobre
residentes de países considerados de risco pelo Banco de Portugal, qualquer que seja o instrumento
utilizado ou a natureza da contraparte, com excepção:
- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na moeda desse país,
na medida em que estejam cobertos por recursos denominados nessa moeda;
- Das participações financeiras;
- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de risco, desde
que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;
- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo 15º do Aviso nº
3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;
- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram as condições
definidas pelo Banco de Portugal.
As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens fixadas em Instruções e
Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios segundo grupos de risco.
iv) Provisão para riscos gerais de crédito
Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos de cobrança
do crédito concedido e garantias e avales prestados.
Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à totalidade do crédito
não vencido, incluindo as garantias e avales:
- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a particulares, cuja
finalidade não possa ser determinada;
- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações de locação
financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;
- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.
Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da provisão para riscos
gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites
fiscalmente como custo.
A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 30
dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos
no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.
Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das
provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em
resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.
e) Outros activos e passivos financeiros
Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS 32 e IAS 39,
sendo registados na data de contratação pelo justo valor.
i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros
detidos para negociação
Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transaccionados
em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como
derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na
rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a
pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.
Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo
transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de
resultados.
Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo valor através
de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da
valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.
Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal
(prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em
resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os
dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua
distribuição.
O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em mercados activos é
o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver
disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem
modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.
Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados
de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado
para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os
dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.
O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base no montante
que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de
mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.
ii) Activos financeiros disponíveis para venda
Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam
classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados,
investimentos a deter até à maturidade, crédito ou empréstimos e contas a receber.
Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção de
instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado
com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação
subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo
valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são
transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas
directamente em resultados do período.
Os juros inerentes aos activos financeiros são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e
registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
Os dividendos são registados nas respectivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é
estabelecido.
A Caixa Agrícola efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de
crédito a clientes e outros valores a receber, cujas provisões e imparidade são calculadas conforme
referido na alínea d).
Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por
imparidade registam-se por contrapartida de resultados.
Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objectiva de imparidade
numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-
se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a
12 meses ou de valor superior a 30%, respectivamente.
Para títulos não cotados, é considerado evidência objectiva de imparidade a existência de eventos com
impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser
estimado com razoabilidade.
Em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de diminuição significativa ou prolongada do
justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de
reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por
imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se
verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a
determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não
podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de
perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável
para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são
sempre reconhecidas em resultados.
iii) Investimentos a deter até à maturidade
Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de
juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa
mantê-los até ao seu reembolso.
Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros
inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor
nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em
resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
iv) Empréstimos e contas a receber
De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os
valores a receber de outras instituições de crédito.
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não
incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros.
No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais
comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente
atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado,
deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo
amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo
utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na
data do reconhecimento inicial.
Operações de venda com acordo de recompra
Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam
originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria
do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.
v) Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes
e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação
recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.
Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito
Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro.
Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo
tivesse por objecto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de
Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a
solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito
Agrícola Mútuo (SICAM).
vi) Imparidade em activos financeiros
A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a
clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).
Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as perdas por
imparidade registam-se por contrapartida de resultados.
Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de desvalorização
continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado
evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo
financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.
Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade
atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de
perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de
resultados.
No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade, resultante de
diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente,
a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida
nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas
através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um
evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de
rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após
o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos
de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas
no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.
No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a perda potencial
acumulada em reservas é transferida para resultados.
f) Derivados e contabilidade de cobertura
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação.
Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional.
Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo
valor é apurado:
• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita a futuros
transaccionados em mercados organizados);
• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo
cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.
Derivados embutidos
Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são destacados do contrato
de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma IAS 39, sempre que:
• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam intimamente
relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma IAS 39; e
• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo valor, com as
variações no justo valor reflectidas em resultados.
Derivados de cobertura
Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco
inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de
contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na
Norma IAS 39.
Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui
os seguintes aspectos:
• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de
acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;
• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);
• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;
• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.
Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da
variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco
coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39,
esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de
eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.
Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente
reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte
igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto.
O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo
valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como
por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos
liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração
de resultados.
As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo,
respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas
onde se encontram registados esses activos e passivos.
Derivados de negociação
São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam
associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39, incluindo:
• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao justo valor
através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;
• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo
da Norma IAS 39;
• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente
reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de activos e passivos avaliados
ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas
“Activos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de
resultados”, respectivamente.
g) Propriedades de investimento
Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos através do
arrendamento e/ou da sua valorização.
As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com base em
avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os imóveis não são sujeitos a
amortizações.
h) Outros activos tangíveis
Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente
relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações
acumuladas.
A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil
estimado do bem:
Anos de
vida útil
Imóveis de serviço próprio 50
Equipamento informático e de escritório 4 a 10
Mobiliário e instalações interiores 6 a 10
Viaturas 4
As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam
propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato
de arrendamento.
Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo
valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações
efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela
correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como
custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.
Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade.
Activos intangíveis
Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de
software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo
de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.
As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil
estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.
i) Activos tangíveis disponíveis para venda
Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como detidos para venda
sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do
seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é
assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:
• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;
• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;
• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após a
classificação do activo nesta rubrica.
Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor,
deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações
de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.
j) Provisões
Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a créditos sobre clientes, riscos gerais
de crédito e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).
k) Benefícios de empregados
A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus
empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma
vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões
relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no
ACTV.
Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o
qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de
viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao
ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o
número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de
reforma.
Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de
Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua
gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida.
De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos
benefícios descritos.
Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:
• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data
de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;
• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de
admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.
Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito
Agrícola, admitiu-se o seguinte:
• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão
reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de
serviço passado e total;
• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão
reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de
serviço passado.
Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez
que esta corresponde à da admissão na Banca.
Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência
diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.
O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-
se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo
masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do
participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.
A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela
Companhia de Seguros CA Vida para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores
inscrito.
O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos
de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de
95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período
transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da
adopção do
IAS 19.
l) Impostos sobre os lucros
A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o
Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos
diferidos.
O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado
contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para
efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros
resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos
e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias
tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja
provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças
tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes
situações:
• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;
• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções
que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;
• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e
associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja
provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data
da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente
aprovadas na data de balanço.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto
nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio
(por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o
correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o
resultado do exercício.
m) Locação financeira
Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este
reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros
incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.
3. NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS
A Caixa em 1 de Janeiro de 2006 teve a aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas
demonstrações financeiras
4. RELATO POR SEGMENTOS
Não aplicável.
5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Caixa:Moedas nacionais 551.039 479.767 Moedas estrangeiras 23 -
551.062 479.767
Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -
Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - -
- -
Juros a receber - -
551.062 479.767
De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a partir de 1 de
Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição
de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos
os depósitos em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os
depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de
100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de
refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.
6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 1.400.972 1.006.900Cheques a cobrar 129.682 139.439Outras disponibilidades - -
1.530.653 1.146.339
Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:Organismos financeiros internacionais
Depósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -
- -
Sucursais de outras instituições de créditos nacionaisDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -
- -
Outras instituições de créditoDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -
- -
Juros a Receber 134 332
1.530.787 1.146.670
7. ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Não existem activos financeiros detidos para negociação.
8. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS
Não existem outros activos financeiros ao justo valor através de resultados.
9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
TítulosEmitidos por residentes
Instrumentos de dívida 136.113 136.113Instrumentos de capital 620.052 774.632Outros - -
Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida - -Instrumentos de capital - -Outros - -
Crédito e outros valores a receber - -
Imparidade (88.936) (71.171)
667.229 839.574
10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Aplicações em Instituições de Crédito no País:No Banco de Portugal:
Mercado monetário interbancário - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -
- -
Em outras instituições de crédito:Mercado monetário interbancário - -Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos 16.660.037 16.060.037Empréstimos - -Operações de compra de acordo com revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -
16.660.037 16.060.037
Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro:Bancos Centrais:
Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -
- -
Organismos financeiros internacionais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -
- -
31-12-2016 31-12-2015
Sucursais de outras instituições de crédito nacionais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -
- -
Em outras instituições de crédito:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -
- -
Rendimentos a receberJuros de aplicações em instituições de crédito 41.865 72.478
16.701.902 16.132.515
Provisões - -
16.701.902 16.132.515
Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a
seguinte estrutura:
31-12-2016 31-12-2015
Até três meses 8.379.000 10.879.000Entre três meses e um ano 6.934.437 3.834.437Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos 1.346.600 771.600Mais de cinco anos - 575.000
16.660.037 16.060.037Juros a receber 41.865 72.478
16.701.902 16.132.515
11. CRÉDITO A CLIENTES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Crédito internoEmpresas e administrações públicas
Empréstimos 5.841.838 6.371.866Créditos em conta corrente 899.750 794.000Descobertos em depósitos à ordem 22.131 18.501Operações de locação financeira 23.869 -Outros Créditos 5.906 6.259
ParticularesHabitação 10.403.436 10.279.454Consumo 3.158.303 1.958.616Outras finalidades
Empréstimos 9.714.666 11.397.221Créditos em conta corrente 17.750 5.350Descobertos em depósitos à ordem 31.655 33.389
Outros créditos e valores a receber (titulados)Dívida não subordinada 500.000 500.000
30.619.303 31.364.655Crédito ao exteriorParticulares
Habitação 169.845 -Consumo 175.225 276Outras finalidades 249.358 27.526
594.428 27.802
Juros a receber 106.316 133.487
Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido - -Receitas com rendimento diferido 131.501 124.206
131.501 124.206
Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - -
Total crédito não vencido 31.188.547 31.401.739
Crédito e juros vencidosCrédito vencido 985.710 922.592Juros vencidos 13.311 21.670Total crédito e juros vencidos 999.022 944.262
32.187.568 32.346.001
ProvisõesPara crédito e juros vencidos (816.551) (904.831)Para crédito de cobrança duvidosa (26.102) (62.130)
(842.653) (966.961)
31.344.915 31.379.040
Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 de uma
provisão para riscos gerais de crédito no montante de 258.459,57€ e 255.103,06€, respectivamente, registada na rubrica
“Provisões” do passivo (Nota 30).
12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE
Não existem investimentos detidos até à maturidade.
13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA
Não existem activos com acordo de recompra.
14. DERIVADOS DE COBERTURA
Não existem derivados de cobertura.
15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 2.647.782 2.572.108Equipamento - -Outros - -
2.647.782 2.572.108
Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros activos não correntes detidos para venda - -
- -
2.647.782 2.572.108Imparidade:
Imóveis (168.546) (187.593)Equipamento - -Outros - -
2.479.236 2.384.515
O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2016 e 2015 pode ser apresentado da seguinte forma:
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido
Activos não correntes detidos para vendaImóveis 2.572.108 (187.593) 330.951 (255.277) 27.500 (39.892) 31.439 2.647.782 (168.546) 2.479.236Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -
2.572.108 (187.593) 330.951 (255.277) 27.500 (39.892) 31.439 2.647.782 (168.546) 2.479.236
Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido
Activos não correntes detidos para vendaImóveis 1.993.902 (204.564) 1.006.050 (427.844) 16.971 - - 2.572.108 (187.593) 2.384.515Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -
1.993.902 (204.564) 1.006.050 (427.844) 16.971 - - 2.572.108 (187.593) 2.384.515
31-12-2015 31-12-2016
31-12-2014 31-12-2015
16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Não existem propriedades de investimento.
17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:
31-12-2016
Valor Amortizações Amortizações Anulação de Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações Amortizações e abates líquido
Imóveis:
De serviço próprio:
Terrenos 463.565 0 0 11.295 0 0 0 0 0 0 474.860
Edif icios 2.022.226 -271.155 0 53.705 0 -40.425 0 0 0 0 1.764.351
Outros 106.461 -27.030 0 0 0 -2.129 0 0 0 0 77.302
Obras em imóveis arrendados 168.696 -48.026 0 0 0 -3.927 0 0 0 0 116.743
Outros imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
2.760.948 -346.210 0 65.000 0 -46.482 0 0 0 0 2.433.256
Equipamento:
Mobiliário e material 109.388 -96.623 0 0 0 -7.154 0 0 1.359 -1.359 5.612
Máquinas e ferramentas 45.755 -34.971 0 0 0 -2.882 0 0 0 0 7.902
Equipamento informático 116.892 -112.957 0 2.487 0 -4.211 0 0 0 0 2.210
Instalações interiores 36.510 -35.731 0 5.316 0 -402 0 0 0 0 5.693
Material de transporte 144.868 -102.755 0 24.357 0 -4.958 0 0 19.848 -24.056 57.304
Equipamento de segurança 90.146 -79.056 0 0 0 -3.707 0 0 0 0 7.383
Outro equipamento 43.477 -38.929 0 12.709 0 -11.998 0 0 0 0 5.260
587.036 -501.020 0 44.868 0 -35.311 0 0 21.207 -25.415 91.366
Equipamento em locação f inanceira:
Imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outros activos em locação f inanceira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outros activos tangíveis:
(…) 7.638 -7.638 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Activos tangíveis em curso 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
3.355.622 -854.869 0 109.868 0 -81.793 0 0 21.207 -25.415 2.524.621
31-12-2015
Valor Amortizações Amortizações Anulação de Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações Amortizações e abates líquido
Imóveis:
De serviço próprio:
Terrenos 463.565 0 0 0 0 0 0 0 0 0 463.565
Edif icios 2.022.226 -230.909 0 0 0 -40.246 0 0 0 0 1.751.072
Outros 106.461 -24.901 0 0 0 -2.129 0 0 0 0 79.431
Obras em imóveis arrendados 166.041 -44.342 0 2.655 0 -3.684 0 0 0 0 120.670
Outros imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
2.758.293 -300.151 0 2.655 0 -46.060 0 0 0 0 2.414.738
Equipamento:
Mobiliário e material 130.198 -108.221 0 0 0 -9.211 0 0 20.810 -20.810 12.766
Máquinas e ferramentas 55.171 -53.335 0 12.408 0 -2.958 0 0 21.322 -21.824 10.784
Equipamento informático 190.371 -182.143 0 0 0 -4.293 0 0 73.479 -73.479 3.935
Instalações interiores 36.183 -35.983 0 723 0 -144 0 0 396 -396 779
Material de transporte 144.868 -96.880 0 0 0 -5.874 0 0 0 0 42.113
Equipamento de segurança 100.923 -88.281 0 2.606 0 -4.159 0 0 13.384 -13.384 11.090
Outro equipamento 71.762 -64.253 0 9.322 0 -12.283 0 0 37.606 -37.606 4.548
729.476 -629.095 0 25.059 0 -38.922 0 0 166.997 -167.499 86.016
Equipamento em locação f inanceira:
Imóveis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Equipamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outros activos em locação f inanceira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Outros activos tangíveis:
(…) 8.250 -8.250 0 0 0 0 0 0 613 -613 0
Activos tangíveis em curso 258 0 0 221 0 0 0 -258 0 0 221
3.496.278 -937.497 0 27.935 0 -84.981 0 -258 167.609 -168.111 2.500.975
31-12-2015
31-12-2014
18. ACTIVOS INTANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:
31-12-2016
Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido
Sistema de tratamento automático de dados (software) 4.221 (4.221) - - - - - - - -
Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -
Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -
4.221 (4.221) - - - - - - - -
31-12-2015
Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor
Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido
Sistema de tratamento automático de dados (software) 4.221 (4.221) - - - - - - - -
Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -
Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -
4.221 (4.221) - - - - - - - -
31-12-2015
31-12-2014
19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:
Valor de Valor debalanço balanço
Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2016 31-12-2015
CCCAM-Caixa Central Bancária PRT 1.451.385 1.451.385CA Informática Informática PRT 6.427 6.427CA Seguros Seguradora PRT 59 59CA Vida Seguradora PRT 50 50CA Seguros & Pensões SGPS Seguradora PRT 162.085 162.085Fenacam Cooperativa PRT 10 10
1.620.016 1.620.016
Em 31 de Dezembro de 2016, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas
empresas podem ser resumidos da seguinte forma:
Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido
CCCAM-Caixa Central 7.964.474.055 229.398.823 -9.278.580 *CA Informática 16.832.400 7.230.047 235.720 *CA Seguros 205.395.852 45.875.934 3.824.365 *CA Vida 1.834.749.964 91.915.653 4.235.836 *CA Seguros & Pensões SGPS 137.184.439 137.183.231 9.495.152 *Fenacam 6.948.251 4.798.343 20.639 **todos os valores são provisórios. Encontram-se em processo de auditoria/certificação de contas
20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2016 e 2015 eram os seguintes:
2016 2015
Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 152.606 227.979Por prejuízos fiscais reportáveis - -
152.606 227.979
Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 501 503
152.105 227.476
Activos por impostos correntesPagamentos por conta - -Outros - -Imposto sobre o rendimento a recuperar 67.165 -
67.165 -
Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar - 121.081
67.165 121.081
O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2016 foi o seguinte:
Saldo Variação Variação Variação Saldo
em Adopção da em em Resultados em em
31-12-2015 IAS 39 Resultados Transitados Reservas 31-12-2016
. Activos tangíveis e imparidade - - - - - -
. Imparidades não aceites fiscalmente 6.078 - 4.838 - - 10.916
. Prémio de antiguidade 20.336 - 1.258 - - 21.594
. Encargos com saúde 704 - - - - 704
. Provisões não aceites fiscalmente:
Provisões para cobrança duvidosa 12.268 - (6.761) - - 5.507
Provisões para crédito vencido 108.705 - (93.527) - - 15.178
Provisões para riscos gerais de crédito 32.060 - 755 - 32.815
Provisões para riscos bancários gerais - - - - - -
Provisão para aplicações financeiras - - - - - -
Provisões para imóveis - - - - - -
Provisões para outras aplicações - - - - - -
Provisões Artigo 35 A 43.701 - 18.942 - - 62.644
. Pensões
Reformas antecipadas - - - - - -
Desvios actuariais - - - - - -
Contribuição efectuada - - - - - -
(…)
. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (503) - 1 - - (501)
. Activos Financeiros disponíveis para venda 4.126 - (878) - - 3.248
. Valias fiscais - - - - - -
. Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -
. Comissões - - - - - -
. Correcções no justo valor dos elementos cobertos - - - - - -
. Valorização dos activos disponíveis para venda - - - - - -
. Carteira de títulos detidos até à maturidade - - - - - -
(…) - -
227.476 - (75.372) - - 152.105
Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a
dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:
2016 2015
Impostos correntes 49.363 125.834
Impostos diferidos 75.372 (93.846)
Total de impostos reconhecidos em resultados 124.734 31.988
Lucro antes de impostos 507.784 133.915
Carga fiscal 24,56% 23,89%
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades
fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2016
poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.
Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto
significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2016.
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2016 e 2015 pode ser demonstrada
como segue:
Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante
Resultado antes de impostos 507.784 133.915
Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 10,19% 51.725 95,57% 127.982
Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos
Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 14,92% 75.753 -24,13% (122.533)Prejuízos Fiscais 0,00% - 6,06% 30.770Prémios de antiguidade -0,25% (1.258) -0,55% (2.807)Activos Tangíveis e imparidade 0,00% - 0,00% -Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente (0,00%) (1) (0,00%) (1)Encargos com Saúde 0,00% - 0,00% -Activos Financeiros disponíveis para venda 0,17% 878 0,14% 725Diferenças permanentes
Mais valias na venda de participações financeiras 0,00% - 0,00% -Mais valias na venda de outros activos tangíveis 0,00% - 0,00% -Variações patrimoniais negativas 0,00% - 0,00% -Outras diferenças permanentes 0,00% - 0,00% -Tributações autónomas 0,00% - 0,00% -(…)Imposto corrente sobre o lucro do exercício 127.097 34.136
Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 0,00% - 0,00% -
Custo com imposto do exercício 25,03% 127.097 77,09% 34.136
Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores (2.362) (2.149)
Impostos correntes sobre os lucros 124.735 31.987
2016 2015
21. OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Outros activosDevedores e outras aplicações 479.108 576.542Outros Juros e rendimentos similares - -Outros rendimentos a receber 1.716 927Responsab. Pensões e outros benefícios - -
480.824 577.470Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões - 8.673Seguros 9.903 9.579(…) - -Outras 2.078 3.337
11.982 21.589
Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar - -(…) - -Outras 197.876 326.543
197.876 326.543
Imparidade – Outros activosDevedores, outras aplicações e out. activos (57.107) (37.230)(…) - -
(57.107) (37.230)
633.575 888.371
22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS
Não existem recursos de Bancos Centrais.
23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Não existem passivos financeiros detidos para negociação.
24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS
Não existem outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados.
25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Recursos de instituições de crédito no paísMercado monetário interbancário - -Recursos a muito curto prazo - -Depósitos 6.033.205 3.627.017Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -
Outros recursos - -6.033.205 3.627.017
Recursos de instituições de crédito no estrangeiroOrganismos financeiros internacionais
Recursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -
Sucursais de outras instituições de crédito nacionaisRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -
Outras instituições de créditoRecursos a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de venda com acordo de recompra - -Outros recursos - -
- -
Correcções de valor de activos que sejam objecto de operações de cobertura - -
Juros a pagar 507 343
6.033.712 3.627.361
Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, o prazo residual dos recursos de outras instituições de crédito apresenta a seguinte
estrutura:
31-12-2016 31-12-2015
Até três meses 6.033.205 3.627.017Entre três meses e um ano - -Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -
6.033.205 3.627.017
26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Depósitos À ordem 14.492.051 15.036.124A prazo 23.268.017 25.264.861De poupança 8.184.850 7.656.915
Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar 325 325Outros 2.101 3.671
Juros a pagar 34.639 99.352
45.981.983 48.061.249
Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a
seguinte estrutura:
31-12-2016 31-12-2015
Até três meses 28.881.157 30.581.235Entre três meses e um ano 16.024.126 16.519.208Entre um ano e três anos 903.731 776.156Entre três e cinco anos 14.545 9.486Mais de cinco anos 121.359 71.816
45.944.918 47.957.901
27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS
Não existem responsabilidades representadas por títulos.
28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS
Não existem passivos financeiros associados a activos transferidos.
29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Não existem passivos não correntes detidos para venda.
30. PROVISÕES E IMPARIDADE
O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2016 e 2015 foi o seguinte:
Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2015 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2016
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 62.130 175.570 (211.598) - - 26.102- Crédito e juros vencidos 904.831 738.247 (705.390) (121.138) - 816.551- Risco-país - - - - - -
966.961 913.817 (916.987) (121.138) - 842.653Provisões: - Riscos gerais de crédito 255.103 49.218 (45.861) - 0 258.460 - Outros riscos e encargos 0 0 - - 0 - - Riscos bancários gerais 0 0 - - 0 -
255.103 49.218 (45.861) - - 258.460
Imparidade
- Imparidade em Títulos e em Participações Financeiras 71.171 39.679 (21.914) - 0 88.936- Imparidade de outros activos:
Activos não financeiros 224.823 67.683 (37.736) (29.117) 0 225.653Outros activos tangíveis 0 0 - - 0 -Outros activos 0 0 - - 0 -
224.823 67.683 (37.736) (29.117) - 225.653
1.518.059 1.070.397 (1.022.499) (150.255) - 1.415.702
Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 37.969 242.661 (218.501) - 0 62.130- Crédito e juros vencidos 881.941 963.253 (528.548) (411.815) 0 904.831- Risco-país 0 0 - - 0 -
919.910 1.205.915 (747.049) (411.815) - 966.961Provisões: - Riscos gerais de crédito 235.459 57.185 (37.540) - 0 255.103 - Outros riscos e encargos 0 0 - - 0 - - Riscos bancários gerais 0 0 - - 0 -
235.459 57.185 (37.540) - - 255.103
Imparidade
- Imparidade em Títulos e em Participações Financeiras 46.675 35.171 - (10.675) - 71.171- Imparidade de outros activos:
Activos não financeiros 219.727 27.770 (5.703) (16.971) - 224.823Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos - - - - - -
219.727 27.770 (5.703) (16.971) - 224.823
1.421.771 1.326.040 (790.292) (439.460) - 1.518.059
31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL
Não existem instrumentos representativos de capital.
32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS
Não existem outros passivos subordinados.
33. OUTROS PASSIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Credores e outros recursosRecursos diversos 17.606 12.560Sector Público Administrativo
Retenção de impostos na fonte 20.428 23.085Contribuições para a Segurança Social 13.692 13.232Imposto sobre o Valor Acrescentado 658 1.284
Cobranças por conta de terceiros 1.404 1.307Contribuições para outros sistemas de saúde 2.729 2.900Credores diversos
Credores por fornecimento de bens 21.828 21.649Outros credores 19.752 47.621
Responsabilidade com pensões e outros benefícios 9.014 13.632 Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparados - -Comissões por operações sobre instrumentos financeiros - -Por gastos com pessoal
Provisão para férias e subsídio de férias 90.049 89.663Prémio de antiguidade 95.975 90.384Subsídio de morte - -Remunerações variáveis - -Outros - -
Por gastos gerais administrativos - -Outros 6.000 6.000 Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 823 1.201Outros compromissos irrevogáveis 860 875 Valores a regularizarPosição cambial - -Operações sobre valores mobiliários a regularizar - -Outras operações a regularizar 182.555 93.764
483.374 419.156
34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS
Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas
extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:
31-12-2016 31-12-2015
Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 141.896 236.609Garantias reais - -Créditos documentários abertos - -Outros passivos eventuais - -
Compromissos perante terceiros - -Contratos a prazo de depósitos - -Por linhas de crédito
Compromissos irrevogáveis 2.005.884 1.757.561Compromissos revogáveis 974.130 1.279.229
Por subscrição de títulos - -Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -
Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 45.232 126.858Valores recebidos para cobrança - -Valores administrados pela instituição - -Outras - -
3.167.142 3.400.257
35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO
Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:
N º de N º deTitulos % Titulos %
Titulos Próprios 821.683 79,99% 821.683 80,85%Associados 205.523 20,01% 194.581 19,15%
1.027.206 100,00% 1.016.264 100,00%
20152016
Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,
nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a aquisição de acções
próprias.
36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO
Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Reservas de reavaliação:Reservas resultantes da valorização ao justo valor:
De activos financeiros disponíveis para vendaDe investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos(…)
Reservas de reavaliação do imobilizado 5.569 5.585Reservas por impostos diferidosReservas - Fundo Pensões - Ganhos e perdas actuariais (9.640) 19.332(…)
(4.071) 24.917Outros instrumentos de capital
Reserva legal 125.003 125.003Reserva estatutária 2.429 2.429Outras reservas 12.889 12.889Resultados transitados (140.245) (233.514) 76 (93.194)Lucro do exercício 383.050 101.927
Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002,
de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas
livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma
fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.
Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.
37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Juros de disponibilidades em bancos centraisDepósitos à ordem no Banco de Portugal - -Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -
Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 1.861 2.669Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -
Juros de outras disponibilidades - -Juros de aplicações em instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito no país 161.952 240.986Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -
Juros de crédito a clientesCrédito não representado por valores mobiliários
Crédito internoEmpresas e administrações públicas
Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -Empréstimos 256.923 287.628Créditos em conta corrente 42.542 48.950Descobertos em depósitos à ordem 10.100 11.466Créditos tomados - factoring - -Operações de locação financeira
Mobiliária - -Imobiliária 27 -
Operações de compra com acordo de revenda - -Outros créditos 118 84
ParticularesHabitação
Operações de locação financeira - -Outros créditos 136.354 147.297
ConsumoOperações de locação financeira - -Outros créditos 185.607 157.641
Outras finalidadesDesconto e outros créditos titulados por efeitos - -Empréstimos 397.503 517.960Créditos em conta corrente 375 3.157Descobertos em depósitos à ordem 10.591 12.295Operações de locação financeira - -Outros créditos - -
Crédito externoEmpresas e administrações públicas
Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -
Empréstimos - -
Créditos em conta corrente - -
Descobertos em depósitos à ordem - -
Créditos tomados - factoring - -
Operações de locação financeiraMobiliária - -
Imobiliária - -
Operações de compra com acordo de revenda - -
Outros créditos - -
ParticularesHabitação
Operações de locação financeira - -
Outros créditos 1.863 -
ConsumoOperações de locação financeira - -
Outros créditos 1.703 21Outras finalidades
Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -
Empréstimos 2.606 420Créditos em conta corrente - -
Descobertos em depósitos à ordem 7 -Operações de locação financeira - -
Outros créditos - -
Outros créditos e valores a receber (titulados)Emitidos por residentes 14.967 16.010Emitidos por não residentes - -
Juros de activos titularizados não desreconhecidosCrédito a clientes - titularizado
Crédito interno - -
Crédito ao exterior - -
Outros créditos e valores a receber - titularizados - -
Juros de activos com acordo de recompra - -
Juros de investimentos detidos até à maturidadeTítulos de dívida emitidos por residentes - -
Títulos de dívida emitidos por não residentes - -
Outros investimentos detidos até à maturidade - -
Outros juros e rendimentos similares 16.035 48.5031.241.134 1.495.086
38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Juros de recursos de outras instituições de créditono país 9.832 3.758no estrangeiro - -
Juros de recursos de clientes 124.579 345.634Juros de passivos financeiros de negociação
instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinados - -Outras comissões pagas:
operações de crédito - -Outros juros e encargos similares - -
134.412 349.393
39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Activos financeiros disponíveis para vendaEmitidos por residentes - -Emitidos por não residentes - -
- -Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
No paísInvestimentos em filiais 15 1.504Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
15 1.504
Outros instrumentos de capital - -
15 1.504
40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015Por garantias prestadas
Garantias e avales 7.110 12.595Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Créditos documentários abertos - -Outras garantias prestadas - -
7.110 12.595Por compromissos assumidos perante terceiros
Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 29.767 27.726Subscrição de títulos - -Outros compromissos irrevogáveis 1.779 1.774
Compromissos revogáveis - -31.546 29.500
Por operações sobre instrumentos financeirosOperações de crédito - -Outras operações sobre instrumentos financeiros - -
- -Por serviços prestados
Depósito e guarda de valores - -Cobrança de valores 123 1.067Administração de valores - -Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários
Comissão de gestão - -Comissão de emissão de unidades de participação - -Comissão de resgate de unidades de participação - -
Transferência de valores 7.314 7.569Gestão de cartões 568 484Anuidades 49.944 38.282Montagem de operações - -Operações de crédito
Por operações de factoring - -Outras operações de crédito 167.949 151.214
Outros serviços prestados 442.374 398.690668.272 597.306
Por operações realizadas por conta de terceirosSobre títulos
Em operações de Bolsa - -Em operações fora de Bolsa - -
Outras operações realizadas por conta de terceiros - -- -
Outras comissões recebidas 155.571 160.153
862.498 799.554
41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros
Depósito e guarda de valores 11 169Operações de crédito - -Cobrança de valores 3.170 1.870Administração de valores - -Outros 72.666 76.414
Por operações realizadas por terceiros - -Outras comissões pagas 26 -
75.873 78.452
42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS
Não aplicável.
43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Perdas em activos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos de capital 21.914 -
Ganhos em activos financeiros disponíveis para vendaInstrumentos de capital - -
(21.914) -
44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Operações cambiais à vista 438 1.128Operações cambiais a prazo - -
45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Resultados em activos não financeirosOutros activos tangíveis (1.208) 1Activos não correntes detidos para venda 223 61.127
Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -
(985) 61.128
46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO
Estas rubricas têm a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país
Investimentos em filiais - 128.405Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -
- 128.405Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda
Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -
Propriedades de investimentoPropriedades de investimento em locação financeira - -Propriedades de investimento em locação operacional - -Outras propriedades de investimento
Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -
Outros activos tangíveis Locação financeira - -Locação operacional - -Outros activos tangíveis
Ganhos realizados - -Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - -
Outros activos não financeiros - -- -
Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 1.644 583Recuperação de créditos, juros e despesas
Recuperação de créditos incobráveis - -Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 134.940 69.782
Rendimentos da prestação de serviços diversos 49.582 9.156Outros 3.777 8.117
189.944 87.638
Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (5.699) (9.386)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (9.098) (13.078)Outros encargos e gastos operacionais (10.074) (29.502)Perdas em activos não financeiros - (502)Outros impostos (37.193) (14.558)
(62.064) (67.026)
127.880 149.018
47. CUSTOS COM PESSOAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 20.660 20.535Empregados 574.182 560.566
Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões - -Encargos relativos a remunerações:
Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 119.264 116.504SAMS 27.061 26.461Outros - -
Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 4.490 5.356
Outros - -
Encargos sociais facultativos - -
Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais - -Outros 2.618 5.896
748.274 735.318
O número médio de colaboradores da Caixa em 2016 e 2015 apresenta a seguinte composição:
2016 2015
Funções de Direcção 1,00 1,00Funções de Chefias Intermédias 1,00 1,00Funções Técnicas 5,00 5,00Funções Administrativas 2,00 2,00Funções Comerciais 9,00 9,00
48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2016 31-12-2015
Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 30.045 30.338Material de consumo corrente 9.327 9.430Publicações - -Material de higiene e limpeza - 165Outros fornecimentos de terceiros 8.109 6.837
47.481 46.769Com serviços:
Rendas e alugueres 11.393 10.334Comunicações 45.830 46.807Deslocações, estadas e representação 7.821 5.139Publicidade e edição de publicações 32.876 27.261Conservação e reparação 25.040 25.667Transportes 3.831 2.969Formação de pessoal 1.461 4.204Seguros 19.613 18.350Serviços especializados:
Avenças e honorários 33.148 21.130Judiciais contencioso e notariado 15.250 25.264Informática 198.282 206.163Segurança e vigilância 3.013 2.254Limpeza 23.807 22.853Informações 123 123Bancos de dados 3.029 3.406Mão de obra eventual - -Outros serviços especializados:
Estudos e consultas - -Consultores e auditores externos 23.570 22.371Tratamento de valores 1.612 -SIBS 33.571 30.792Avaliadores externos 21.301 9.584(…)Outros serviços de terceiros 60.983 58.173
565.552 542.842
613.033 589.611
49. ENTIDADES RELACIONADAS
Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
associadas, como outras empresas do Grupo.
Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções
com entidades relacionadas:
Associadas Coligadas
Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas
Outras empresas do
Grupo TotalActivos:
Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 1.385.033 1.385.033 - - 991.035 991.035
Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -
Activos financeiros disponíveis para venda 136.113 - 136.113 136.113 - 136.113
Aplicações em instituições de crédito - - 16.701.902 16.701.902 - - 16.132.515 16.132.515
Crédito a clientes - - - - - - - -
Outros activos - 201.774 168 201.942 - 180.123 723 180.846
Passivos:
Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -
Recursos de outras instituições de crédito - - 6.033.022 6.033.022 - - 3.626.671 3.626.671
Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -
Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -
Passivos subordinados - - - - - - - -
Outros passivos - 11.591 70 11.660 - 16.506 11.458 27.963
Custos:
Juros e encargos similares - - 9.832 9.832 - - 3.758 3.758
Encargos com serviços e comissões - - 26.747 26.747 - - 32.126 32.126
Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -
Gastos gerais administrativos - 349.605 4.727 354.332 - 351.840 3.979 355.819
Proveitos:
Juros e rendimentos similares - 4.148 163.772 167.920 - 113 243.656 243.769
Rendimentos de instrumentos de capital - 15 - 15 - 1.504 - 1.504
Rendimentos de serviços e comissões - 289.281 9.546 298.827 - 252.236 9.080 261.317 Outros resultados de exploração - (2.500) 37.159 34.659 - 123.077 176 123.253
Extrapatrimoniais:
Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -
Garantias recebidas - - - - - - - -
Compromissos perante terceiros - - - - - - - -
2016 2015
As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas
datas.
50. PENSÕES DE REFORMA
Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e aos já
reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia de Seguros CA Vida, S.A..
Apuramento do impacto de adopção das NCA’s a 1/01/2007
Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos
empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de
2006.
Em 1 de Janeiro de 2007, o valor das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e
SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:
1-01-2007
Fundo de pensões
A.1. Responsabilidades PCSB 107,722
A.2. Impacto da transição para IAS 19: 42,855
A.2.1. Tábua de mortalidade 8,661
A.2.2. Pressupostos financeiros 34,194
A.3. Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 150,577
A.4. Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 126,833
A. Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 23,744
1-01-2007
Encargos com saúde (SAMS):
B.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 61,491
B.2. Com licenças sem vencimento 0
B.3. Com pré-reformados 0
B.4. Com pensões em pagamento 20,914
B. Total 82,405
1-01-2007
Prémio de antiguidade:
C.1. Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 69,941
C.2. Com licenças sem vencimento 0
C. Total 69,941
De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de
mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização
de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).
De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de
Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de
prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos).
Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS,
decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações
uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos).
Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual
permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado
inicialmente.
Foi decisão da CCAM CARTAXO prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14
de Outubro de 2008.
Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o
número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:
31-12-2007 Nº anos a
diferir
Data limite de
diferimento
A.2.1.2007 Alteração da tábua de mortalidade 7,424 9 anos 2016
A.2.2.2007 Alteração dos pressupostos financeiros 27,355 7 anos 2014
A.2.3.2007 Excesso de cobertura em PCSB 15,289 7 anos 2014
B.2007 Encargos com saúde (SAMS) 70,633 9 anos 2016
No exercício de 2014 terminou o prazo limite de diferimento do impacto de transição na adopção da IAS 19, no que respeita a:
- Alteração dos pressupostos financeiros;
- Excesso de cobertura em PCSB.
Ficaram por ainda diferir em 2015 e 2016, o valor respeitante a:
- Alteração da tábua de mortalidade;
- Encargos com saúde (SAMS).
Assim sendo, o reconhecimento anual nos resultados transitados no atual exercício é o seguinte:
31-12-2016*
A.2.1.2016 Alteração da tábua de mortalidade 825
B.2016 Encargos com saúde (SAMS) 7,848
2016 TOTAL 8,673
TOTAL = A.2.1.2016 + B.2016
*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19.
Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a
31/12/2016
Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM CARTAXO com referência a 31 de
Dezembro de 2016 e de 2015 foram os seguintes:
Em 31 de Dezembro de 2016, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de
reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças
sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à CCAM CARTAXO, é o seguinte:
O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados médicos pós-emprego referente à
CCAM CARTAXO é o que a seguir se apresenta:
O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM CARTAXO foi o seguinte:
O movimento ocorrido durante o exercício de 2016, relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o
seguinte:
O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2016, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal,
era o seguinte:
*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19.
Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios atuariais por amortizar
apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de
reavaliação”.
No exercício de 2016, o valor dos desvios atuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi
o seguinte:
Prémios de antiguidade:
A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo
e licenças sem vencimento, foi a seguinte:
51. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Não aplicável.
52. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Cartaxo está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de
Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº
144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito
Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica
ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA
(CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.
No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de
Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam
entregues nos Balcões da CCAM.
Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações
pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo
estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.
As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica
de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro
de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes
demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2016, encontram-se
já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.
O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos
(valores em euros):
Origem Seguradora 2014 2015 2016 % por Origem
2016
Ramos Não Vida CA Seguros 106.345,08 170.300,62 219.584,82 75,9%
Ramo Vida CA Vida 70.305,57 80.089,93 66.833,55 23,1%
Fundos de Pensões CA Vida 1.243,30 1.845,63 2.863,05 1,0%
Total 177.893,95 252.236,18 289.281,42 100,0%
A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de
fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar,
relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.
53. FUNDOS PRÓPRIOS
No exercício de 2014, a Instrução 23/2007 foi descontinuada, dado lugar ao cálculo dos requisitos e rácios prudenciais, de
acordo com os reportes Corep, aplicando as regras CRD IV / CRR, Regulamento (U.E.) nº 575/2013., tendo-se, obtido os
seguintes rácios do reporte de solvabilidade das contas individuais da Caixa Agrícola:
FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE
Em euros 31-12-2015 31-12-2016
Fundos Próprios totais 4.950.239 5.088.319
Common equity tier 1* 4.950.239 5.088.319
Tier 1* 4.950.239 5.088.319
Tier 2 0 0
Posição em risco de activos e equivalentes 58.232.975 58.812.209
Requisitos de fundos próprios 29.824.285 32.772.557
Crédito 26.082.908 28.947.636
Operacional 3.741.377 3.824.920
CVA --- --- ---
Rácios de solvabilidade (a)
Common equity tier 1* 16,6% 15,5% -1,1 P.P
Tier 1 * 16,6% 15,5% -1,1 P.P
Tier 2 0,0% 0,0% 0,0 P.P
Total* 16,6% 15,5% -1,1 P.P
* Incorporando o resul tado l íquido do exercício.
---
1,0%
9,9%
11,0%
2,2%
Δ 15/16
2,8%
2,8%
2,8%
54. OUTRA INFORMAÇÃO RELEVANTE
Foi aprovado em 15 de Setembro 2016 pelo Conselho de Administração, com parecer favorável do Conselho Fiscal, um projecto
de fusão por incorporação da CCAM do Cartaxo na CCAM de Alcobaça. Este projecto foi averbado no registo comercial de ambas
as CCAM’s, esperando-se que a fusão ocorra e tenha efeitos práticos durante o ano 2017, onde a CCAM incorporante assumirá
todos os direitos e obrigações da CCAM incorporada. Em consequência todos os passivos e responsabilidades serão assumidos
pela CCAM de Alcobaça.
O Responsável pela Contabilidade
O Conselho de Administração
Jorge Vítor Caetano Cunha Francisco Augusto Rosa Lopes Filipe Augusto Lopes Ferreira
Presidente do Conselho de Administração Secretário do Conselho de Administração Tesoureiro do Conselho de Administração
FIM DE RELATÓRIO