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i SIMOVERT INVERSOR DE FREQUÊNCIA PWM Ricardo Antunes / Xavier Pereira / Ricardo Ferreira Relatório Máquinas Eléctricas Academia de formação 2013 \

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SIMOVERT INVERSOR DE

FREQUÊNCIA PWM

Ricardo Antunes / Xavier Pereira / Ricardo Ferreira

Relatório Máquinas Eléctricas

Academia de formação

2013

\

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Relatório Máquinas Eléctricas

Academia de formação

24 de Março de 2013

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Agradecimentos

Os agradecimentos são dados a quem os mereceu.

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Resumo

Nós Alunos da turma ARCIPB.09_12, no dia 5 de Dezembro de 2012, para a

disciplina de máquinas eléctricas, elaboramos um trabalho experimental de 4 horas.

O trabalho consistiu na ligação de um motor trifásico a um variador de frequência

da Siemens (SIMOVERT Micro master). Durante as primeiras duas horas foi

compreendido o esquema de ligação do motor ao variador e as respectivas entradas

analógicas e digitais.

Durante as duas horas finais, foram elaborados os testes e retiradas as conclusões

finais do funcionamento geral do SIMOVERT.

Palavras-Chave

Simovert

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Índice

AGRADECIMENTOS ..................................................................................................................................... I

RESUMO ....................................................................................................................................................... III

ÍNDICE ........................................................................................................................................................ VII

ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................................................. IX

ÍNDICE DE TABELAS .................................................................................................................................. X

ACRÓNIMOS ................................................................................................................................................ XI

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 1

1.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1

1.2. OBJETIVOS ................................................................................ ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

1.3. REQUISITOS ...................................................................................................................................... 2

1.4. CALENDARIZAÇÃO ................................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

1.5. ORGANIZAÇÃO DO RELATÓRIO ................................................. ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

2. CONCEITOS TEÓRICOS .................................................................................................................. 13

2.1. MOTORES TRIFÁSICOS DE CA ................................................................................................ 13

3. ESTADO DA ARTE ............................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

4. PROJETO ............................................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

5. IMPLEMENTAÇÃO ............................................................. ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

5.1. MATERIAL E SUA IMPLEMENTAÇÃO ......................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

5.2. IMPLEMENTAÇÃO...................................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

5.3. IMPLEMENTAÇÃO EXTRA .......................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

5.4. IMPLEMENTAÇÃO DO SENSOR DE PISTA AXE121 ....................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

5.5. IMPLEMENTAÇÃO DOS SONARES SRF05 ................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

5.6. IMPLEMENTAÇÃO DOS MOTRES EMG30 ..................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

5.7. IMPLEMENTAÇÃO DA GARRA .................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

6. TESTES E RESULTADOS.................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

6.1. TESTES REALIZADOS ......................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

7. CONCLUSÃO E TRABALHO FUTURO ............................ ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

7.1. CONCLUSÃO ............................................................................. ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

7.2. TRABALHO FUTURO .................................................................. ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

REFERÊNCIAS DOCUMENTAIS ............................................................................................................. 22

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Índice de Figuras

Figura 1 Motor de indução – Estator .......................................................................................... 14

Figura 2 Motor de indução – Rotor ............................................................................................ 14

Figura 3 Ligação interna do Estator – Desfasamento 120º ......................................................... 15

Figura 4 Acção das três correntes para produzir o campo magnético rotativo num motor

trifásico. .................................................................................................................................... 16

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x

Índice de Tabelas

Tabela 1 Tabela com os parâmetros utilizados ............................................................................. 7

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xi

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Acrónimos

MHz – Mega Heartz

ACE - Rampa de acelaração

DEC - Rampa de desaceleração

CC

CPU

AC

VCC

GND

PWM

Fmax

Fmin

-

-

-

-

-

-

-

Corrente Contínua

Central Processingunit

Alternatingcurrent

Voltagem Corrente Contínua

Ground

Pulse width modulation

Frequência maxima

Frequência minima

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1. INTRODUÇÃO

1.1. INTRODUÇÃO

O MicroMaster é um inversor com circuito intermediário de tensão constante, tipo

P.W.M., para controlar velocidade de motores de indução trifásicos de 250 a 5500 W.

Existem versões para alimentação monofásica de 230V e para alimentação trifásica de 380

a 500V.

O controlo é realizado através de um microprocessador. Com o método especial de

P.W.M. (Modulação por Largura de Pulsos), de frequência de pulsos variável, se consegue

uma operação extremamente silenciosa do motor.

O modo de operação do MicroMaster pode ser ajustado a praticamente todas as

condições operacionais, se forem usados parâmetros especiais, através de seu próprio

teclado. Sofisticados ajustes de velocidade, tempos de rampas, paradas precisas e várias

outras condições de operação podem ser ajustadas com o auxílio da tecnologia de

microcomputadores desenvolvida para a electrónica de potência.

A elevação do valor inicial da relação U/f pode ser programada ou realizada

automaticamente pelo aparelho, sendo possível alcançar alta resolução no ajuste da

rotação. Está incorporado ao aparelho um sistema de frenagem por corrente contínua que

assegura parada rápida e definida. Opcionalmente pode ser incluído o sistema de frenagem

dinâmica por resistência o que permite operações em 4 quadrantes e pode inclusive ser

usada para frenagens rápidas e com tempo definido.

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1.2. OBJECTIVOS

Conhecer as ligações eléctricas necessárias do variador

Controlo de marcha/paragem, sentido de marcha, frequência de saída, tanto pelos

portos digitais como teclado.

Conhecer a programação do funcionamento do variador através da configuração, de

parâmetros de funcionamento.

Verificar a influência da modificação dos parâmetros ( ACE, DEC, Fmax, Fmin).

Verificar quais as funcionalidades disponíveis.

Verificar modos de controlo por teclado e pelo interface Analógico/Digital.

1.3. REQUISITOS

1x Simovert Mirco master

2x Switch de duas posições

1x Potenciómetro 5kΩ

Fio condutor

Multímetro

DatasheetMicromaster

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1.4. IMPLEMENTAÇÃO

Para a implementação da ligação de todo o sistema para controlo do Simovert

externo, foi utilizado o esquema de fábrica para ligação dos componentes externos:

Figura 1 Esquema de ligação Micromaster(Motortrifásico).

Para a ligação do motor trifásico, temos então L1, L2 e L3, que são as três fases da

rede de alimentação trifásica. Para ligação ao motor são utilizados o W, V e U. Temos

também o B+ e B- que servem para colocação de uma resistência de frenagem que por sua

vez esta vai servir para protecção dos componentes internos do Micromaster.

Mas como já estava colocado no Micromaster o chicote de monofásico utilizamos o

seguinte esquema de placa de ligação:

Figura 2 Esquema de ligação Micromaster (Motor monofásico).

A única diferença é que apenas é usada uma das fases e usa-se o L2 como neutro, o

resto das ligações são mantidas.

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Antes de começarmos a fazer as ligações no borne de comando , primeiro

programamos o Micromaster para parâmetros do motor que estávamos a utilizar:

Figura 3 Placa de um motor padrão e parâmetros para programação.

O display do MicroMaster faz indicação em dígitos. Na tabela de parâmetros são

indicados os valores com a respectiva unidade. Por exemplo: 60 Hz = Display 060.0

Quando um valor de parâmetro é ajustado, ele é introduzido automaticamente na

memória. Se for seleccionado para que o display indique a frequência de saída (P001 = 0),

e o motor estiver parado, a cada 1,5 segundos o display mostra a frequência desejada, se

estiver em P000. O MicroMaster é ajustado de fábrica, tomando por base os motores

padronizados SIEMENS de quatro pólos. Se for utilizado outro motor, é necessário entrar

com os valores indicados na placa de dados do motor nos parâmetros P081 até P085,

(acesso permitido por P009).

Após esta reprogramação, foi utilizado o seguinte esquema para ligação dos

componentes externos ao variador de frequências:

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Figura 4 Diagrama de blocos das ligações do Micro master.

Nesta experiência, apenas foram utilizados algumas das funções do Micro master, e

essas foram :

Potenciómetro nas ligações 1, 2 , 3 e 4 , para controlo externo da frequência

de rotação do motor.

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Pinos 8 e 9, para arranque para a direita e arranque para a esquerda

(inversão do sentido de marcha).

Pinos 10 e 11, frequências fixas alteráveis.

W, Ve U para ligação ao motor.

Depois das ligações feitas , começamos então por perceber a programação do

Micromaster , e as funções que utilizamos foram as seguintes :

P000 Faz o display indicar o valor de operação

selecionado via P001. No caso de falhas, o

código da principal falha, conforme a tabela

de “códigos de erros/falhas”, é mostrado no

display. No caso de alarmes, o display

mostra o código correspondente e

alternadamente com o valor de operação. Se

na frequência de saída for seleccionado o

parâmetro P001, a cada 1,5 segundos, o

display mostrará o valor desejado de

frequência, quando o motor estiver parado

P001 Selecção do display:

0 = Frequência de saída

1 = Valor desejado de frequência

2 = Corrente de saída para motor em

Amperes.

3 = Tensão do circuito intermediário. em

Volts

4 = Torque do motor em percentagem (%)

P002 Tempo de rampa de aceleração de 0 a 650

s. (0 a fmáx).

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P003 Tempo de rampa de desaceleração de 0 a

650 s. (fmáxa 0).

P006 Selecção do valor desejado:

0 = Digital;

1 = Analógico;

2 = Potenciómetro motorizado ou

frequências fixas conforme.

P012 Frequência mínima do motor ajustada entre

0.0 e 650.0 Hz.

P013 Frequência máxima do motor ajustada entre

0.0 e 650.0 Hz.

P023 Selecção do tipo de sinal analógico.

0 = 0 a 10 V ou 0 a 20 mA

1 = 2 a 10 V ou 4 a 20 mA

P041 1ª frequência fixa.

P042 2ª frequência fixa.

P051 DIN 1 (Borne 8)

P052 DIN 2 (Borne 9)

P053 DIN 3 (Borne 10)

P054 DIN 4 (Borne 11)

Tabela 1 Tabela com os parâmetros utilizados

Começamos então por colocar o P001 = 0, para podermos observar no P000 a

frequência de rotação do motor. De seguida, definimos a rampa de aceleração e

desaceleração para 10 segundos nos parâmetros P002 e P003. O próximo passo foi definir

qual dos pinos usar para avanço e recuo da marcha do motor, e por uma tabela predefinida

, o pino 8 e 9 correspondem á marcha do motor, logo colocamos o pino 8 parâmetro P051 a

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1 ( 1 = avanço) e o pino 9 parâmetro P052 a 2 ( 2 = recuo), assim podemos então controlar

o avanço e recuo da marcha do motor , a partir de dois switches , um para avanço e outro

para recuo. O teste seguinte necessitava da utilização de um potenciómetro para regular

manualmente a frequência de rotação do motor, então tivemos de habilitar as portas

analógicas do potenciómetro no parâmetro P006, colocando este mesmo a 1. Mas antes

disto colocamos o parâmetro P012 a 0Hz e o P013 a 50Hz, correspondendo estes ao Fmin

e Fmax.

Depois disso verificamos que o potenciómetro começava nos 0Hz e só atingia um

máximo de 50Hz , porque tínhamos pré estabelecido que o Fmin = 0Hz e o Fmax= 50Hz.

Colocando então primeiramente o parâmetro P023 a 0 , para podermos ter uma variação

nas portas analógicas de 0 a 10v.

Para o teste das frequências fixas, utilizamos o pino 10 e 11 , 10 corresponde a 5Hz

e 11 a 10Hz. Foram estas as frequências fixas utilizadas, colocamos então P053 e P054 a 6

(correspondente a alteração para frequência fixa), ligamos um outro switch de cada vez a

cada um dos bornes digitais e verificamos no P000 que as frequências fixas estavam

corretas, e notou-se a diferença de velocidade do motor.

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O trabalho prático foi implementado da seguinte maneira:

Figura 5 Esquema de ligação na prática

Esquema da chapa do motor :

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Figura 6 Chapa de informações do motor

Chapa referente ao variador:

Figura 7 Chapa de informação do variador de frequência

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2. CONCEITOS TEÓRICOS

2.1. MOTORES TRIFÁSICOS DE CA

Os motores trifásicos de CA são menos complexos que os motores de CC. Além

disso, a inexistência de contactos móveis em sua estrutura garante seu funcionamento por

um grande período, sem a necessidade de manutenção. A velocidade dos motores de CA é

determinada pela frequência da fonte de alimentação, o que propicia excelentes condições

para seu funcionamento a velocidades constantes. Os motores trifásicos de CA funcionam

sob o mesmo princípio dos motores monofásicos, ou seja, sob a acção de um campo

magnético rotativo gerado no estator, provocando com isto uma força magnética no rotor.

Esses dois campos magnéticos agem de modo conjugado, obrigando o rotor a girar.

2.1.1. TIPOS DE MOTORES TRIFÁSICOS DE CA

Os motores trifásicos de CA são de dois tipos: motores assíncronos (ou de indução)

e motores síncronos.

2.1.2. MOTOR ASSÍNCRONO DE CA

O motor assíncrono de CA é o mais empregado por ser de construção simples,

resistente e de baixo custo. O rotor desse tipo de motor possui uma parte auto-suficiente

que não necessita de conexões externas. Esse motor também é conhecido como motor de

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indução, porque as correntes de CA são induzidas no circuito do rotor pelo campo

magnético rotativo do estator.

Figura 8 Motor de indução – Estator

No estator do motor assíncrono de CA estão alojados três enrolamentosreferentes

às trêsfases. Estes três enrolamentos estão montados com umadesfasagem de 120º.

O rotor é constituído por um cilindro de chapas em cuja periferia existemranhuras

onde o enrolamento rotórico é alojado.

Figura 9 Motor de indução – Rotor

2.1.3. FUNCIONAMENTO

Quando a corrente alternada trifásica é aplicada aos enrolamentos doestator do

motor assíncrono de CA, produz-se um campo magnético rotativo(campo girante).A figura

10.3 mostra a ligação interna de um estator trifásico em que asbobinas (fases) estão

desfasadas em 120º e ligadas em triângulo.

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Figura 10 Ligação interna do Estator – Desfasamento 120º

O campo magnético gerado por uma bobina depende da corrente que nomomento

circula por ela. Se a corrente for nula, não haverá formação de campomagnético; se ela for

máxima, o campo magnético também será máximo.

Como as correntes nos três enrolamentos estão com uma desfasagem de120º os três

campos magnéticos apresentam também a mesma desfasagem.Os três campos magnéticos

individuais combinam-se e disso resulta umcampo único cuja posição varia com o tempo.

Esse campo único, giratório, é quevai agir sobre o rotor e provocar seu movimento. O

esquema a seguir mostra como agem as três correntes para produzir ocampo magnético

rotativo num motor trifásico.

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Figura 11 Acçãodas três correntes para produzir ocampo magnético rotativo

num motor trifásico.

No esquema vemos que no instante 1, o valor da corrente A é nulo e,portanto não

há formação de campo magnético. Isto é representado pelo O (zero)colocado no pólo do

estator.As correntes B e C possuem valores iguais, porém sentidos opostos.Como

resultante, forma-se no estator, no instante 1, um campo único direccionado no sentido N -

> S.No instante 2, os valores das correntes se alteram. O valor de C é nulo. Ae B têm

valores iguais, mas A é positivo e B é negativo. O campo resultantedesloca-se em 600 em

relação à sua posição anterior.

2.2. PULSO PWM

O módulo de geração de Modulação por Largura de Pulso (PWM) é um

recursomuito utilizado para o controle de motores e conversores CC-CC em geral. A partir

de ele é possível gerar um sinal analógico, apesar de sua saída ser um sinal digital que

assumeapenas os níveis lógicos altos (um) e baixos (zero).

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A saída gerada é uma onda quadrada, com frequência constante e largura de pulso

variável. Estes conceitos estão directamente relacionados com o período fixo e o ciclo

ativo (dutycycle) respectivamente.

A frequência de uma onda pode ser definida como a quantidade de vezes que elase

repete no tempo. E o período é cada pedaço dessa onda que irá se repetir. O dutycycle

define o tempo de sinal ativo (nível lógico alto) em um período fixo. Assim, quando temos

um dutycycle de 100%, temos nível lógico alto por todo o período.Um dutycycle de 50%

define a metade do período em nível lógico alto e a outra metadeem nível lógico baixo. Se

uma saída TTL for utilizada, a tensão média de saída em umdutycycle de 50% será 2,5V.

Estes conceitos são demonstrados na figura abaixo.

Devemos lembrar que o PWM nem sempre possui estado inicial positivo, podendo

iniciaro período com nível lógico baixo.

Figura 12 Gráficos de pulsos de pwm

A base de tempo dos módulos PWM normalmente é implementada de duas formas.

Uma destas formas é utilizando o próprio módulo temporizador como base detempo no

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PWM, ou seja, se o temporizador está configurado para um período de 1ms, afrequência do

PWM será de 1 KHz.

A outra forma é utilizando um temporizador específicopara o PWM, que deve ser

configurado para a frequência desejada. Ainda, umtemporizador pode ser utilizado como

base de tempo de várias saídas PWM, ou seja, vários PWM com a mesma frequência, mas

larguras de pulso diferentes.

A figura a seguir irá exemplificar o funcionamento de um PWM em

ummicrocontrolador onde o registrador PTPER possui o valor referente ao período do

PWM e os registradores PWM1H e PWM2H representam dois canais de saída PWM.

Figura 13 Sinal de PWM e seus estados ativos

2.3. SINAL ANALÓGICO E SINAL DIGITAL

A informação transportada nos modernos sistemas de telecomunicações pode ser

classificada em sinais de áudio, de vídeo e de dados. Esta informação entra no sistema

receptor através de um transdutor, gerando uma diferença de potencial, que é designada

por sinal de informação e pode ser de tipo analógico ou digital.

Um sinal analógico varia no tempo de um modo análogo ao da propriedade física

que esteve na sua origem. Estes sinais são contínuos e podem assumir qualquer valor entre

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dois limites. Um exemplo de sinal analógico é a voltagem gerada por um microfone, já que

é proporcional ao gráfico do deslocamento em função do tempo, das moléculas do ar que

se encontra à sua frente.

Um sinal digital não varia continuamente ao longo do tempo, apenas pode assumir

dois valores, digamos 0 ou 1; é essencialmente uma representação codificada da

informação original. Um exemplo de sinal digital é a sequência de altas e baixas voltagens

produzida durante uma chamada telefónica digital.

2.3.1. CONVERSÃO ANALÓGICO-DIGITAL

Um conversor analógico-digital (ADC) é um aparelho para a conversão de valores

digitais num fenómeno que varia no tempo. Quando os valores numéricos podem ser

armazenados em formato binário (isto é, por um computador), chamamos de dados

multimídia.

Um computador chamado "multimídia" é uma máquina capaz de digitalizar

documentos (papel, áudio, vídeo, etc). Os principais periféricos que contêm conversores

analógico-digitais são:

• As placas de aquisição de vídeo

• Os scanners

• As placas de captura de som (quase todas as placas de som)

• Os leitores (óticos como o leitor de CD-ROM, magnéticos como o disco rígido)

• Os modems (na recepção)

2.4. CONVERSÃO DIGITAL-ANALÓGICO

Os conversores digital-analógicos transformam um sinal digital em sinal analógico.

Na verdade, mesmo se um dado digital for fácil de armazenar e manipular, ele deve ser

explorado. O que seria um som digital se não pudéssemos ouvi-lo...

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Assim sendo, num computador multimídia, encontramos conversores digital-

analógicos para a maioria das saídas:

• saídas de áudio das placas de som

• sintetizador musical

• impressora

• modem (na emissão)

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3. CONCLUSÃO

Para concluir, verificamos que no decorrer do trabalho com o Micro Master, em

que se alteramos os parâmetros podemos trabalhar com diferentes motores. Isto é, não só

funcionar com um motor monofásico que tem uma frequência de, por exemplo 60Hz, em

que vai-se ao programa desejado e altera-se, como também dá para indicarmos o tempo de

aceleração e desaceleração, entre outros parâmetros possíveis para o que queremos.

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Referências Documentais

http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_el%C3%A9trico_trif%C3%A1sico

http://www.automation.siemens.com/mcms/mc/en/converters/low-voltage-

converters/simovert-masterdrives/pages/simovert-masterdrives-frequency-converters.aspx

http://www.automation.siemens.com/WW/forum/guests/PostShow.aspx?PageIndex=1&Po

stID=276096&Language=en

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