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Relatório final das Actividades de Enriquecimento Curricular do ano lectivo de 2008/09, decorrentes do Protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal da Amadora, a Escola Superior de Teatro e Cinema e o Movimento Português de Intervenção Artística e Educação Pela Arte.

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Relatório final das Actividades de Enriquecimento Curricular do ano lectivode 2008/09, decorrentes do Protocolo estabelecido entre a CâmaraMunicipal da Amadora, a Escola Superior de Teatro e Cinema e oMovimento Português de Intervenção Artística e Educação Pela Arte.Domingos MoraisMargarida RaínhaMª Helena FerrazCatarina Peixoto

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Page 1: 2008/09 Relatorio Final AEC MPIAEA/ESTC/CMA

Relatório final das Actividades de Enriquecimento Curricular do ano lectivo

de 2008/09, decorrentes do Protocolo estabelecido entre a Câmara

Municipal da Amadora, a Escola Superior de Teatro e Cinema e o

Movimento Português de Intervenção Artística e Educação Pela Arte.

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Ano lectivo 2008/2009

Relatório AEC / Educação pela Arte 2

INDICE

Página

Introdução 3

1. Contexto e público alvo 3

2. Estabilidade na leccionação 4

3. Organização dos alunos 5

4. Distribuição das turmas 5

5. Organização das sessões 6

6. Tempos repartidos 8

7. Intervalo 10

8. Opinião sobre o intervalo 10

9. Lanche 11

10. Concretização do Plano Anual de Actividades 12

11. Concretização das Actividades em cada Área

disciplinar 12

12. Tempo útil 13

13. Restante tempo das sessões 14

14. Formação para a Equipa 14

15. Relação com os Alunos 15

16. Relação com a Escola 16

17. Equipamentos da Escola 19

18. Normas de funcionamento da Escola 20

19. Material fornecido pelo Projecto 21

20. Qualidade/Adequação do material 21

21. Entrega do material 21

22. Apoio da Coordenação do Projecto 22

23. Flexibilização de horário 23

24. Opinião sobre a flexibilização 23

25. Sugestões/Observações 26

Conclusão 28

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Ano lectivo 2008/2009

Relatório AEC / Educação pela Arte 3

Introdução

No final deste 2º ano do Projecto de Educação pela Arte, desenvolvido no âmbito das

Actividades de Enriquecimento Curricular, a equipa de coordenação achou conveniente

realizar um inquérito aos professores que leccionam Educação pela Arte visando uma reflexão

sobre o desenvolvimento do Projecto.

Deste modo, a elaboração do presente relatório teve por base as questões colocadas no

questionário, que tentam contemplar os aspectos que, ao longo destes dois anos, nos

pareceram pertinentes.

O questionário teve como objectivo proceder a uma recolha de opiniões sobre o

funcionamento do projecto, nas vertentes do trabalho desenvolvido nas escolas (questões de 1

a 13; de 15 a 18; 23 e 24 ) e do trabalho da coordenação (questões 14, 19, 20, 21, 22 e 25).

Relativamente ao trabalho das escolas foram contempladas as questões sobre a organização

das turmas, a gestão dos tempos, a organização do trabalho lectivo, os conteúdos abordados e

a relação com a comunidade educativa.

No que respeita ao desenvolvimento do projecto, do ponto de vista da sua estrutura e

coordenação foram incluídas questões sobre o acompanhamento pedagógico, os materiais e

equipamentos disponibilizados e a formação que foi proporcionada aos professores.

Na apresentação dos dados do questionário, dispensámos a sua interpretação na maior parte

dos itens, porque consideramos que os diagramas são suficientemente esclarecedores

1. Contexto e público alvo

O Projecto abrangeu 126 turmas do 1º e 2º anos de escolaridade de 30 escolas do Concelho da

Amadora e cerca de 2394 alunos.

Durante este ano lectivo trabalharam connosco cerca de 48 professores. Foi pedido a 32 desses

professores (os que tiveram uma prática pedagógica significativa de número de aulas

ministrada) que preenchessem um questionário por cada escola onde leccionaram. Neste

número estão incluídos 7 professores que fazem substituições com alguma regularidade.

É difícil estabilizar a equipa por motivos já sobejamente conhecidos e objecto de referência

detalhada no nosso relatório do ano lectivo passado.

As escolas abrangidas pelo projecto são 30 e, como muitos professores trabalharam em mais

do que uma escola, além de se ter obtido a opinião destes professores sobre o funcionamento

do projecto em todas as escolas, obtivemos ainda opiniões de vários professores sobre uma

mesma escola.

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Relatório AEC / Educação pela Arte 4

Caso todos os professores tivessem respondido teríamos 62 questionários. Os 53

questionários, que correspondem à opinião de 28 professores, são reveladores da adesão da

equipa a esta nossa solicitação.

2. Estabilidade na leccionação

Os professores que estão no seu 2º ano de trabalho, sempre que possível, foram colocados nas

mesmas escolas do ano anterior para permitir uma maior estabilidade. Também se teve sempre

em conta uma maior permanência de cada um deles nas escolas, leccionando o maior número

de turmas possível.

No entanto são sobejamente conhecidos os motivos que levam estes professores a procurar

outros empregos resultando na mobilidade que é ilustrada na 2º questão que em 43% das

situações (23) existem turmas que não foram leccionadas todo o ano pelo mesmo professor.

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Relatório AEC / Educação pela Arte 5

3. Organização das turmas

Relativamente a este item podemos observar que o número de alunos por turma também não

é fixo.

4. Distribuição dos alunos

Nesta questão pretendemos saber com que frequência os professores receberam alunos

distribuídos, por falta de outros professores das AEC e os anos de escolaridade desses

alunos.

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Relatório AEC / Educação pela Arte 6

5. Organização das sessões

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Ano lectivo 2008/2009

Relatório AEC / Educação pela Arte 7

Nesta questão, as justificações dadas, apesar de serem claramente favoráveis à organização em

dois tempos no mesmo dia, permitiu apurar que há escolas onde parece desejável ser essa a

organização do horário enquanto noutras há dificuldades de toda a ordem.

Pelo interesse das opiniões expressas, transcrevemos as que nos pareceram mais significativas,

escola a escola.

A da Beja Devido ao Horário de apenas duas horas da disciplina, sessões de uma só hora levariam a uma grande dispersão de tempo em termos de logistica de sala. (preparação/arrumação da sala de aula).

Alfragide 1

Facilita na medida em que só trabalhamos com 1 turma uma vez por semana e não trabalhamos em parceria com mais nenhum professor, não nos aproximamos das suas temáticas, nem eles das nossas.

Vasco M. Rebolo e Alice Vieira Devido ao tempo dispendido nas entradas e saídas da sala, nomeadamente para a realização do intervalo, a divisão dos tempos não iria permitir planificar e realizar uma sequência lógica de actividades, visto que na realidade seria pouco tempo utilizado para a concretização das actividades.

Alice Vieira Sim. Em algumas escolas temos intervalos e existem sempre as necessidades de organizar a sala antes do início das actividades.

Alice Vieira Sessões de 2h permitem-nos gerir estados de humor (de ambas as partes), conflitos, imprevistos ou outro tipo de necessidades conseguindo sempre (ou quase sempre) que uma aula tenha um mínimo de tempo útil para a prática das actividades. E também permitem perceber que, por vezes, em determinadas situações, tempo útil é ouvir e conversar calmamente, sem a urgência de que temos de cumprir actividades.

Alto do Moinho

Não. A maioria das vezes na segunda hora os meninos encontram-se já muito cansados e dispersos.

Aprigio Permite que as crianças possam desenvolver outras actividades. Mas é sempre

pouco tempo.

Artur Bual Muitas vezes demora até que a sala esteja em ordem para o início da actividade.

Artur Bual Não. Acho que estamos poucas vezes por semana com os alunos.

A.M. Simões

Considero que seria mais produtivo haver dois ou três períodos semanais distribuídos. Periodos esses que poderiam ser de 50 minutos ou de 90 minutos.

Boba

Não. Devido ao Horário de apenas duas horas da disciplina, sessões de uma só hora levariam a uma grande dispersão de tempo em termos de logistica de sala. (preparação/arrumação da sala de aula)

Boba

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É uma quantidade de tempo que permite a realização de uma actividade pedagógica com uma boa qualidade

V. M. Rebolo e Alice Vieira

Dois tempos por semana penso que não permitem a planificação de projectos para médio/longo prazo e que englobem a preparação de muitos materiais. No entanto, é possível realizar neste tempo actividades e projectos a curto prazo com uma sequência lógica, significativos e motivadores para os alunos.

Casal de Mira

No contexto desta escola, esta organização permite construir com as crianças ritmos fundamentais ao seu tipo de estrutura emocional/social. Também a organização da escola não consegue gerir as actividades de outro modo. Há muitos problemas a resolver antes de repartirmos as actividades.

Santos Matos Porque os trabalhos que se fazem em Educação pela Arte obrigam muitas vezes a esse tempo de trabalho, como pinturas, barro, etc, onde os tempos de secagem obrigam a ter mais tempo para que se consiga começar, desenvolver e terminar uma actividade.

6. Tempos repartidos

Esta questão confirma a anterior. Há no entanto nas respostas abertas aspectos que nos ajudam a compreender melhor como se organiza o trabalho em cada escola. Esta questão não faria sentido se as AEC estivessem melhor integradas no tempo curricular, permitindo à equipa multidisciplinar tirar maior partido das suas competências com mais flexibilidade. Segue-se uma selecção dessas respostas:

Alfragide 1

A respostas a esta questão não é de todo linear, depende muito do tipo de trabalho que estamos a desenvolver. Note-se, no entanto que 1h não permite trabalhar e desenvolver todas a competências propostas se às mesmas adicionarmos as competências sociais.

Alice Leite Não. Se por um lado esta organização permite mais tempo para certas actividades, por outro faz com que o tempo de intervalo entre cada aula seja, na minha opinião demasiado longo.

Aprigio Não. não chegaria para desenvolver a actividade proposta.

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Aprigio

A minha aula contempla várias áreas de expressão, representando uma totalidade enriquecedora de aprendizagens.

Artur Bual Não. É mais viável compactar o tempo para as actividades, e mais produtivo também.

Sim. cria-se uma relação mais próxima com os alunos e há determinados trabalhos que não se seguem como deve ser duma semana para a outra

Artur Martins Simões

Esta opção facilitaria a continuidade do trabalho.

Boba Uma hora não possibilita a realização de uma actividade no domínio das artes com objectivos pedagógico

Brandoa

Depende das turmas: Com algumas turmas seria bom 2 x 1h por semana, com outras o trabalho rende mais em módulos de 2h seguidas.

Casal da Mira

Não. Enquanto as premissas estruturais da escola não mudarem não devemos alterar este tipo de horário.

Condes da Lousã

Sim. Penso que desta forma se criaria uma melhor relação com os alunos e uma mais salutar rotina escolar.

Carenque É mais fácil agora após um ano de leccionamento organizar as aulas de modo a que haja bom aproveitamento das duas horas de aula, apesar de sentir que os alunos na segunda hora já se encontram um pouco cansados. Talvez assim as aulas pudessem ser mais rentáveis não só em termos de aproveitamento dos alunos como também na relação com os alunos, ao estarem mais vezes connosco nas aulas as regras fossem cumpridas mais rapidamente, talvez pudesse surgir uma relação mais forte entre professor e alunos e vice-versa.

Manuel Heleno

Não sei se estou a interpretar correctamente a questão – parece-me que duas horas ou dois tempos por semana é o tempo mínimo para desenvolver com cada turma as actividades de enriquecimento cultural, sendo igualmente importante que estas duas horas correspondam a uma aula e não a duas (tal revelar-se-ia, parece-me, contra-producente). O trabalho desenvolvido em Educação pela Arte requer tempo para ser possível desenvolver as actividades propostas, até por se tratarem normalmente de turmas com grande número de alunos.

Moinhos da Funcheira

Porque um tempo seria insuficiente para desenvolver trabalho. As crianças precisam de tempo para se relacionarem com as propostas e se integrarem. Quanto mais tempo estivermos com elas, maior será a ligação, confiança e desenvolvimento individual e colectivo. O facto de estarmos com um grupo 1 vez por semana, cria uma quebra no trabalho. Se o mesmo grupo tivesse contacto com a EPA mais do que uma vez por semana, os princípios aplicados seriam reforçados, e o desenvolvimento do trabalho mais notório, mesmo que em actividades mais práticas (como a expressão plástica) o trabalho possa ser interrompido.

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7. Intervalo

Transcrevemos algumas respostas a esta questão:

Vasco M. Rebolo e Alice Vieira

Por vezes devido ao prolongamento das actividades ou devido a resolução de conflitos só tinham intervalo no final da aula

Alto do Moinho Sim. Desta_forma_seria_mais fácil manter a motivação e aumentar o vínculo professor/alunos.

Aprigio Preferia ter 4 horas semanais repartidas por duas sessões Estabelecimento de contacto com outras crianças em espaços informais; observação das interacções do grupo em recreio.

8. Opinião sobre o intervalo

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É patente que a resposta para cada escola considerada é diferente. Este um aspecto a considerar na feitura dos futuros horários.

Alfragide 1 Não é linear, depende do trabalho que realizamos. No entanto é sempre positivo um intervalo, a oportunidade de observar recreios é necessária para os professores e claro, brincar com as crianças, segundo as suas regras, é um passo muito importante na relação professor aluno.

Condes

Se por um lado esta organização permite mais tempo para certas actividades, por outro faz com que o tempo de intervalo entre cada aula seja, na minha opinião demasiado longo.

Cova da Moura

Este grupo poderia perfeitamente ter o trabalho de Educação Pela Arte organizado em dois dias diferentes da semana.

Raquel Gameiro Não sei se percebi bem a pergunta!; no entanto, e pela pouca experiencia que tenho, penso que aulas de menos e 2horas não serão tão produtivas – isto é, dividir estas duas horas em duas sessões de 1hora cada, parece-me contra-producente!

Gago Coutinho

Na escola em que estive, o intervalo entre a aula anterior e a minha era de cerca de 15min, muitas vezes inteiramente preenchidos pelo lanche dos meninos, que era na sala de aula. Parecia-me, a mim, imprescindível fazer um intervalo antes de começar a minha aula, que depois decorria sem pausas até ao fim, de cerca de 20min, e por vezes, quando o tempo estava particularmente bom, chegava a estender esse tempo até 30min.

9. Lanche

As soluções encontradas para os intervalos foram muito variadas.

Aprigio No meu caso realizava um jogo para as crianças irem à casa de banho que equivalia ao tempo de intervalo.

Cova da Moura

Embora um dos tempos fosse “gasto” com os lanches, estas crianças beneficiariam se pudessem estar em contacto com os professores de Enriquecimento curricular duas vezes por semana. A escola e as crianças estão aptas para o fazer.

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10. Concretização do Plano Anual de Actividades

Cada professor construiu o seu projecto de trabalho, articulando o Plano Anual de Actividades

das Equipas EPA com as características de cada escola e turmas, tentando superar dificuldades

e desafios e encontrando propostas de trabalho adequadas à várias situações.

No entanto, a coordenação considerou importante saber quais são as áreas que são

privilegiadas no trabalho que é planificado com cada escola e turma.

11. Concretização das Actividades em cada Área

Assim como, saber qual a percepção que os inquiridos têm sobre a concretização de cada uma

das áreas

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Relatório AEC / Educação pela Arte 13

12. Tempo útil

Relativamente à questão: Conseguiria estimar o “tempo útil” de trabalho de uma sessão,

considerando que “tempo útil” se refere apenas ao tempo dedicado às actividades do

programa? (assinale de acordo com a evolução ou não, ao longo do ano lectivo, observa-se

que, para a maioria dos inquiridos o tempo útil é menor e que vai aumentando no 2º e 3º

períodos. Isto demonstra uma evolução no tempo de trabalho, apesar de só 25 inquiridos

(47%) referirem ter alcançado 1h30m no 3º período.

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13. Restante tempo das sessões

As situações mais apontadas na ocupação do restante tempo estão relativamente equilibradas

entre a preparação de material, a organização do grupo e da sala, com a gestão de conflitos

logo a seguir.

14. Formação para a Equipa Nesta questão pretendemos saber se as acções de formação oferecidas pelo projecto foram

bem acolhidas e qual a aplicabilidade dos seus conteúdos junto dos alunos.

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Relatório AEC / Educação pela Arte 15

15. A relação com os alunos

Nesta questão pretendemos observar a opinião dos professores sobre o interesse dos alunos, a

sua participação, a aquisição de competências, o cumprimento de regras, o relacionamento

entre alunos, o relacionamento destes com o professor de Educação pela Arte e a assiduidade.

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16. A relação com a escola

A percepção que os professores de Educação pela Arte têm das relações que se estabelecem

com os vários intervenientes do espaço educativo pode ser observada nos quadros seguintes.

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17. Equipamentos da escola

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18. Normas de funcionamento da escola

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19. Material fornecido pelo Projecto

20. Qualidade/adequação do material

21. Entrega de material

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22. Apoio da coordenação do Projecto

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Relatório AEC / Educação pela Arte 23

23. Flexibilização de horário

24. Opinião sobre flexibilização

Esta questão foi, das respostas abertas, a que teve mais professores a responder. Não nos

parece possível, sem flexibilização, mudar algumas das dificuldades e fragilidades das AEC’s.

A da Beja Sim, por criar a possibilidade de um maior contacto com o as estruturas da escola.

Alfragide 1

Considero vantajosa na medida em que nos permite estar mais tempo nas escolas, mais presentes não só para os alunos mas, também para toda a comunidade escolar. Poderá ser o passo que necessário para voltarmos a trabalhar em parceria com os professores titulares e com toda a escola. Quem sabe permitir o debate de deveres e direitos que potenciem não a vontade de uma classe mas o bem-estar e a educação das crianças.

Alice Leite Porque pode permitir ao professor de EPA ter o número de horas de trabalho suficiente para se dedicar a tempo inteiro e exclusivamente a esta actividade. Por outro lado pode também permitir uma maior permanência desse professor nas escola, contribuindo para uma mais fácil integração e relação com os outros professores e projectos escolares.

Vasco M. Rebolo Esta flexibilização seria vantajosa, porque iria permitir que nós professores, tendo mais turmas, nos envolvêssemos mais plenamente nestes projectos, visto que estaríamos nas escolas com mais regularidade. Além disso, dá a possibilidade de trabalhar com turmas de manhã, que poderão estar mais motivadas para a realização destas actividades, tal como, prepará-las de forma animada para o resto do dia.

Alice Vieira A flexibilização de horário pode ser vantajosa, quer pela vertente dos alunos, quer pela vertente dos professores. No que diz respeito aos professores em geral - focando o meu caso em particular -, o Projecto AEC/EPA é um projecto do qual faço parte por gosto. No entanto, assim é com muitas outras actividades profissionais, já que hoje em dia é óbvio que nos dividimos por muitas outras, não só porque financeiramente é preciso, mas também porque cada vez mais as vocações e os gostos se multiplicam e se inter-relacionam. Nesse sentido, para os professores, a flexibilização de horários permite, por um lado - e como o próprio nome indica – articular melhor esta com outras actividades de seus interesses, e por outro lado permite igualmente alargar o horário de trabalho. No que diz respeito aos alunos e ao que mais directamente possa ter a ver com os seus interesses, permite-nos por exemplo perceber as diferenças entre trabalhar com eles em horários manhã/tarde (pré e pós horário

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Relatório AEC / Educação pela Arte 24

com o professor titular), atendendo a energias e disponibilidades que dependerão também, com toda a certeza, dos horários de trabalho.

Alto do Moinho Creio que poderia facilitar a articulação de tarefas e pessoas

Aprigio Sim, Talvez, em casos de preparação de festas de final de período. Fui algumas vezes à escola fora do meu horário, (porque tinha mostrado disponibilidade), para ensaiar as crianças, a pedido da professora.

Aprigio

Sim: em primeiro lugar porque as crianças estão mais disponíveis para aquisição de aprendizagens no período da manhã; e em segundo lugar porque possibilita a criação de equipas de professores de AEC com melhor formação, empenho e dedicação, pois passam mais tempo nas escolas e são mais remunerados, assumindo assim um compromisso mais sério.

Artur Bual

Sim. No caso de professores que moram distante das escolas, isso pode ser de mais valia pois é garantido que o tempo do seu dia vai ser melhor optimizado para alem de ter mais actividades para as crianças.

Artur Bual

Sim, porque é necessário a integração das nossas actividades no curriculo dos meninos.

AMS Sim é vantajosa porque permite uma maior integração no ambiente escolar (rotinas da escola e seu funcionamento) e uma melhor parceria no trabalho com o Professor Titular. Além de que promove a possibilidade de actividades em conjunto levando a um trabalho mais adequado aos alunos de cada turma.

AMS

Sim. De manhã as crianças estão naturalmente mais atentas, mais calmas , mais predispostas a participar.

AMS

Sim. Em relação ao professor da AEC é uma forma que ele tem de rentabilizar o seu tempo e ter um horário completo, de forma a não depender de outros empregos para subsistir. Em relação aos alunos talvez passem a ver as actividades de outra forma e não como o tempo de brincadeira, talvez se as actividades forem antes das aulas com o professor titular, os alunos estejam menos saturados e se disponibilizem de outra forma.

Boba Sim, por criar a possibilidade de um maior contacto com as estruturas da escola. Sim. Permite uma horário de 12 até 20 horas semanais, o que acede a um ordenado que por si só permite a sobrevivência do professor da AEC, diminuindo deste modo a probabilidade de mudanças de professor das AEC´s ao longo do ano lectivo. Permite ainda que o próprio professor esteja mais focado na actividade de ensino e invista mais na sua investigação e realização.

Brandoa

De manhã as crianças estão naturalmente mais atentas, mais calmas , mais predispostas a participar.

Casal da Mira A flexibilização permite uma maior articulação com todos os educadores envolvidos com cada uma das turmas (prof. Titular, coordenador, outro parceiros de E.C.). Possibilita ainda uma maior integração na escola e corpo docente, pois há maior permanência física na escola. Tem ainda vantagens económica e de estabilização na equipa de professores de Enriquecimento Curricular.

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Ano lectivo 2008/2009

Relatório AEC / Educação pela Arte 25

Condes

Se por um lado esta organização permite mais tempo para certas actividades, por outro faz com que o tempo de intervalo entre cada aula seja, na minha opinião demasiado longo. Porque pode permitir ao professor de EPA ter o número de horas de trabalho suficiente para se dedicar a tempo inteiro e exclusivamente a esta actividade. Por outro lado pode também permitir uma maior permanência desse professor nas escola, contribuindo para uma mais fácil integração e relação com os outros professores e projectos escolares.

Cova da Moura A flexibilização permite uma maior articulação com todos os educadores envolvidos com cada uma das turmas (prof. Titular, coordenador, outro parceiros de E.C.). Possibilita ainda uma maior integração na escola e corpo docente, pois há maior permanência física na escola. Tem ainda vantagens económica e de estabilização na equipa de professores de Enriquecimento Curricular.

Carenque Sim, pois acho que as actividades deveriam estar mais interligadas com as aulas dos professores titulares, não serem tão despegadas em termos de horários, porque nem sempre nos encontramos com os professores titulares, e creio que ter as AEC’S no turno da manhã facilitaria o rendimento dos alunos nas mesmas.

Manuel Heleno

A possibilidade de realizar as actividades de Enriquecimento Curricular noutros horários é uma maior vantagem na medida em que permite um maior tempo de trabalho e de desenvolvimento dos objectivos a que nos propomos.

Moinhos da Funcheira

Sim, porque permite-nos abranger mais turmas, mas também trabalhar com as crianças em diferentes horas do dia em que a sua reacção e disponibilidade será naturalmente diferente. Se esta flexibilização acontecer dentro da mesma escola, uma presença mais permanente no local de trabalho, irá criar melhores ligações e possibilidades de integração da EPA em articulação com a própria escola e professores.

Orlando Gonçalves

Sim, porque o professor tem formas de optimizar melhor o seu dia de trabalho.

Sacadura Cabral Sim, é vantajosa. As AEC’s desenvolvem áreas muito importantes da criança como o sentido estético, a criatividade, a flexibilidade, a interacção com os outros, entre outras, neste sentido é pertinente que estejam presentes no dia-a-dia da criança de forma regular e em horários adequados. Na minha experiência senti que muitas vezes quando iniciava a aula no horário das 15h30 as crianças já estavam cansadas ou saturadas com as várias horas na sala de aula.

Santos Matos Porque as actividades devem estar integradas no currículo, porque são de enriquecimento do currículo e não extra currículo. Depois existe a questão monetária, pois com flexibilização de horários os professores poderiam trabalhar o dobro das horas e assim ganhar também o dobro.

Terra dos Arcos

Porque é mais fácil manter uma equipa a trabalhar regularmente. Alem de que torna possivel haver um só professor numa escola o que vai aumentar a qualidade de trabalho desenvolvido e melhorar a comunicação entre o monitor o coordenador da escola e o professor titular. Em relação a este assunto penso que os horários de flexibilização poderiam ser todos de tarde se a escola e o professor assim o entendessem.

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25. Sugestões / observações

As sugestões feitas pela equipa de professores de EA referem vários temas e tocam em

diferentes aspectos, alguns que quase não são referidos noutras avaliações. O seu interesse na

reorganização das acções de formação e nas estratégias de melhor integração na escola e

comunidade são patentes.

A da Beja Que fossem realizadas formações ao nivel pedagogico no que respeita à planificação por ano. E no mesmo no sentido, a nivel administrativo no que se refere aos direitos, responsabilidades e deveres do professor da A.E.C. dentro da estrutura da escola, tanto no que toca ao aluno como ao professor titular, professor de supervisão pedagógica etc.

Alice Vieira/ Q Grande

Um acompanhamento individual da criança, talvez por desconhecimento, mas seriam precisas mais horas na escola para um envolvimento mais humanizado com os alunos, são poucas horas, sendo a divisão das 2 horas uma quebra de produtividade, uma vez que as propostas tendem a ser executadas na 2ª parte da aula

Aprigio

Acho importante os encarregados de educação terem reuniões com os professores das AEC’S. Para tomarem conhecimento da importância da actividade, do que fazemos, do que queremos ajudar a construir e melhorar. Penso que muitos, nos vêem como alguém a quem se deposita a criança em determinado horário, quem faz umas brincadeiras apenas para que se divirtam e não aquele que educa.

Apesar da flexibilização de horários ser bastante positiva, não concordo com os protocolos estabelecidos entre a Câmara Municipal da Amadora e os parceiros de Enriquecimento Curricular, ao invés de um contrato, ou seja, a continuidade da remuneração a recibos verdes que a alimenta a precariedade de trabalho do professor em particular e para as equipas de professores das AEC em geral.

Artur Bual

Estou de acordo com esta avaliação, e o foco é bem claro, excelência do trabalho, condições para os professores e alcançar os melhores objectivos para com os alunos.

AMS

Sim. Penso que é muito importante compreendermos que actualmente os nossos alunos passam muito tempo em ambiente escolar e que sendo assim as AEC (s) deveriam ter uma melhor integração em todo o conjunto escolar e uma ligação directa com as restantes AEC (s) promovidas por essa escola. Poderiam os professores das AEC (s) ser por exemplo integrados

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Ano lectivo 2008/2009

Relatório AEC / Educação pela Arte 27

em visitas de estudo e outras actividades ao ar livre por forma a criar uma continuidade no trabalho. Criar semanas temáticas nas escolas em que as AEC (s) trabalhassem em conjunto para um trabalho final.

Boba Não fui recebida na escola nem pelo coordenador, nem pelo professor titular da turma. A dimensão física de escola (muito grande) parece-me inadequada para o ensino no primeiro ciclo.

Brandoa

Apenas o facto de as turmas poderem ter até 24 alunos, o que é muito e também o facto de misturarem meninos de 2 turmas diferentes, para perfazer os tais 24

Casal da Mira

Ainda relativamente à dinâmica da escola, esta, com a população que tem, ainda está muito longe de ter um projecto sólido que dê resposta às características e necessidades da população. Ficando muito pelo “é o que podemos fazer” “os professores não podem trabalhar mais...” não estabelece qualquer tipo de relacionamento com os professores das AEC’S (Excepto quando há problemas). Os professores titulares das turmas com excepção da professora do grupo 2 apenas trocaram ideias quando questionados sobre problemas. Nunca se interessaram ou mostraram curiosidade sobre o desenrolar do trabalho. Alegando sempre muito trabalho extra rapidamente “fugiam” da escola, ficando o turno da tarde completamente à vontade para fazer ou não o que quisesse. Apenas havia um enorme controle por parte do pessoal auxiliar sobretudo na contenção da movimentação das crianças pelos espaços comuns no início das actividades, no intervalo e nas saídas. Esse controle estava associado à necessidade de proceder às limpezas das salas e corredores, bem como dos WC. Sendo ainda que os auxiliares é que faziam a organização e a distribuição de alunos quando algum professor faltava e a marcação da sua falta. Não senti qualquer tipo de trabalho de equipa, nem entre os professores titulares, nem entre estes e os professores das AEC’s.

Condes

Penso que esta escola, no seu conjunto, tem uma visão muito reduzida do que é, ou devia ser, o apoio que dá às actividades de enriquecimento curricular e seus professores. Tratando-se de uma escola com uma população estudantil “difícil” seria necessário uma sensibilização para as actividades, mais do que apenas uma intervenção pontual em casos de indisciplina.

Cova da Moura

Trabalhar com a turma do 1º H da Eb1 Cova da Moura, foi um excelente período de aprendizagem mútuo. Com um excelente relacionamento com a professora titular (sempre presente e interessada nas actividade e no planeamento) foi possível neste pouco espaço de tempo construir pequenos mas muito interessantes projectos artísticos que apenas e só aprofundaram e alargaram o excelente crescimento do grupo. Escola difícil mas empenhada em cumprir o seu plano, trabalha efectivamente com os princípios de Educação Pela Arte, estando todos (crianças, funcionários e professores)empenhados em que o tempo de escola seja um tempo bem recheado de saber.

Orlando Gonçalves

O funcionamento da equipa de auxiliares, coordenação da escola e professores titulares pareceu-me eficaz e bom.

Santos Matos

Das 3 aulas planeadas, dei apenas duas (devido a um feriado nacional) sendo que uma destas foi apenas a 1 aluno. Tendo portanto apenas dado uma aula à turma inteira, devo dizer que achei o funcionamento da escola altamente irregular. Os alunos permaneciam dentro da sala de aula, privados do intervalo no recreio, à espera do professor da AEC de modo a que não fugissem do professor e ficassem todos na actividade, conforme foi-me dito pela professora titular da turma e coordenadora da escola Inês Louro. No recreio, as crianças tinham autorização por parte da coordenação da escola para encherem e atirarem balões cheios de água, uns aos outros, o que creio, fomenta a violência e favorece o aparecimento de gripe nas crianças. As crianças pareceram-me indisciplinadas, pouco desenvolvidas cognitivamente, violentas e claramente não inscritas no contexto escolar, tanto a nível social como a nível de regras e funcionamento. Percebi também que há crianças de idades mais avançadas que

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Relatório AEC / Educação pela Arte 28

exercem poder sobre as mais novas quotidianamente. No portão de entrada da escola as crianças pareciam ter permissão para falar com os adultos do lado de fora.

Terra dos Arcos

O facto de as aulas de EPA, nesta escola, decorrerem num espaço exterior à mesma (SFRAA) dificultaram o contacto com o Coordenador da escola e Professora Titular de turma. Não senti por parte da escola preocupação ou interesse em saber o como estava a decorrer a actividade e mesmo se havia problemas ou dificuldades. É verdade que eu própria não tentei forçar um encontro entre mim e a “escola”, mas tal deve-se ao facto de só lá estar uma vez por semana e sempre com horários muito apertados. Talvez para o ano que vem se generalize o horário flexível, que nos permita estar mais tempo numa escola e não sempre “a correr” de escola para outra, ou qualquer outra actividade que as poucas horas que temos de aulas nos obriguem a manter.

Venteira

Dado o pouco tempo de participação no projecto, pude observar que grande parte do nosso tempo é preenchido a resolver e a dar às crianças competências sociais. Penso ser importante, dadas as circunstâncias actuais das crianças/escolas/pais, haver formações sobre mais e melhores estratégias para cumprimento de regras em sala, bem como de gestão de conflitos, aparentemente nem sempre o bom senso é suficiente ou a formação por nós adquirida revela-se por vezes insuficiente.

Venteira

Gostaria de referir o meu profundo contentamento tanto por trabalhar com a coordenação do MPIAEA/ESTC, com quem já tinha trabalhado anteriormente como com a EB1 da Venteira cujo funcionamento da equipa de coordenação/professores titulares/professores das AEC´s/ auxiliares e terapeutas da fala é exemplar, eficaz, servindo de exemplo de cooperação e interesse pelo ensino aos próprios alunos que frequentam a escola.

Conclusão

Este estudo apenas trata a recolha de opiniões dos professores de Educação pela Arte, uma das

partes intervenientes no projecto das AEC, que representa 20% do tempo de trabalho com as

crianças do 1º e 2º ano do Concelho da Amadora. O que apurámos, por termos questionado

componentes que raramente vimos tratadas noutros estudos, nomeadamente os das Comissões

de acompanhamento e avaliação externa, pode contribuir para o melhoramento das práticas

educativas numa Escola promotora do sucesso.

Outros aspectos:

A nossa equipa de professores mostrou-se cumpridora das suas tarefas, tendo demonstrado

igual empenho relativamente a procedimentos de registo e avaliação das suas aulas e dos seus

alunos, assim como de participação em acções de formação. Foram dadas 15 faltas sem

substituição (que correspondem a 30 sessões não dadas), num universo de 8434 sessões em

126 turmas, todas, sem excepção, por doença, tendo a coordenação conseguido realizar a

tempo todas as substituições necessárias ao bom funcionamento da equipa.

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Relatório AEC / Educação pela Arte 29

Relativamente ainda às vantagens da parceria estabelecida entre MPIAEA e da ESTC, no

âmbito do protocolo com a Câmara Municipal da Amadora ao longo de todo este ano na

comunidade educativa, gostaríamos de destacar:

- Foram realizadas visitas e actividades de animação às exposições realizadas na

biblioteca da ESTC, com a participação de várias turmas (já referidos em relatórios

anteriores) das escolas do 1º ciclo da Amadora e de Lisboa. Estes mesmos alunos

contaram com a visita guiada às instalações da escola, bem como o contacto com

formas de arte (teatro, fotografia, escultura), em espaços adequados. Assistiram ainda à

apresentação de um grupo coral dos alunos do 2º ano do Departamento de Teatro

(repertório de Natal). O Dia Mundial do Teatro foi especialmente assinalado com

actividades dirigidas a alunos de escolas do 1º ciclo.

- A confiança manifestada nas iniciativas do MPIAEA com o suporte da ESTC, nas

propostas de formação, realizadas em Setembro de 2008 (Painíes temáticos, Drama,

Dança, Tai Chi, Yoga) em Março e Maio de 2009 (Expressão e Educação Dramática;

Expressão e Educação Musical; Expressão Corporal Dança; Expressão Plástica/Pintura

Aguarelas) que contou com a presença de professores titulares das turmas de escolas

do 1º ciclo onde temos professores de Educação pela Arte, nomeadamente da Eb1 da

Mina (3 professoras), da Eb1 Artur Martinho Simões (3 professoras); Eb1 Sacadura

Cabral (1 educadora e 1 professora) entre outros (e também parceiros locais que

trabalham em AEC na Amadora).

- A predominância na equipa de professores de Educação pela Arte dos licenciados por

Escolas Artísticas, nomeadamente da Escola Superior de Teatro e Cinema. Dos 32

professores referidos neste estudo:

- - 20 formaram-se na Escola Superior de Teatro e Cinema (13 licenciados em Formação

de actores e design de cena, 2 licenciados em Teatro e Educação, 1 Mestre em Teatro e

Educação, 2 finalistas do Mestrado de Teatro e Comunidade, 2 finalistas da

licenciatura em formação de actores.

- 2 licenciados em Artes Plásticas e História de Arte

- 2 licenciados em Dança

- 6 de Escolas Superiores de Educação (2 profs do 1º ciclo, 3 Educadoras de Infância, 1

finalista de Prof. 1º ciclo)

- 2 Professores de Música e Dança com curriculum profissional relevante

A acções de formação realizadas em Setembro, Março, Maio e Junho foram ainda oferecidas a

alunos dos Cursos de licenciatura e mestrado do Departamento de Teatro da ESTC, sem

quaisquer encargos e com a única limitação das vagas existentes. Cerca de 25 alunos

beneficiaram desta oferta, tendo recebido um certificado de participação. Alguns manifestaram

vontade de vir a integrar a equipa de professores de Educação pela Arte e de aprofundarem a

formação em Educação Artística.

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O apoio dado ao Projecto pela Escola Superior de Teatro e Cinema tem sido determinante para

os bons resultados obtidos. As condições logísticas proporcionadas à equipa de coordenação e

secretariado e às acções de formação, o acesso à Biblioteca da ESTC que tem bibliografia e

documentação multimédia sobre educação artística, a qualidade das intervenções dos alunos

da Escola Superior de Teatro em sessões para as crianças, a colaboração especializada do

Departamento de Cinema na elaboração de uma programação de cinema destinada ao público

infantil, são algumas das muitas vantagens a assinalar.

O próximo ano lectivo trará novos desafios. Uma nova proposta de programação artístico-

cultural será realizada com os recursos que pudermos, caso haja vontade por parte da CMA e

de outras entidades de disponibilizar alguns meios (espectáculos de Teatro, Música, Cinema,

Dança, contadores de estórias, exposições de artes plásticas, fotografia, escultura, instalações,

...). A sensibilização dos professores titulares deverá ser mais consistente, com resultados

práticos na realização de actividades de forma coordenada. A ligação com os parceiros das

AEC, já iniciada, terá de ser melhorada por ser condição necessária ao sucesso das

Actividades.

Por resolver, ficam ainda a precariedade da situação contratual dos professores das AEC (10

meses, sem segurança social e não integrados nos grupos disciplinares dos agrupamentos, sem

estímulos de carreira ou benefícios, sem protecção na doença em manifesta desigualdade com

os professores contratados pelo Ministério apesar de desempenharem funções docentes).

O esforço feito pelo País para proporcionar a todas as crianças o acesso a actividades de

enriquecimento curricular, de mudar a escola pública dotando-a com meios financeiros

significativos e com novos conteúdos é notável e de louvar. Assim possa ser acompanhado

pela consolidação de profissionais capazes, só possível quando forem tratados com a

consideração e o respeito que merecem e têm os seus colegas Professores titulares das escolas.

Amadora, 31 de Julho de 2009

A coordenação das Actividades de Educação pela Arte

A Equipa

Domingos Morais Margarida Raínha Mª Helena Ferraz Catarina Peixoto