relações interpessoais e humanismo no budismo nitiren

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Relações interpessoais & Humanismo no budismo de Nitiren Daishonin BSGI – COORDENADORIA CULTURAL RJ DEPARTAMENTO DE SAÚDE Grupo Flor de Lotus

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Palestra feita pela Eliana Fonseca no Bloco Alfadreams sobre Relações Interpessoais e Humanismo no Budismo Nitiren.

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Relaes interpessoais & Humanismo no budismo de Nitiren DaishoninBSGI COORDENADORIA CULTURAL RJDEPARTAMENTO DE SADEGrupo Flor de LotusPERCEPO PARCIAL DO OUTROAs pessoas tendem a perceber parcialmente a realidade, o que as induz a concluses falsas sobre as caractersticas da outra pessoa.

A emoo direciona a percepo para aspectos especficos do outro.

PERCEPO PARCIAL DO OUTROO que ele (Nitiren Daishonin) combatia com rigor e veemncia eram as escolas budistas que ensinavam vises parciais ou sutras provisrios como se fossem a suprema verdade e a essncia do budismo.

TC 548 pg. 25PERCEPO INFUENCIADA PELO CONTEXTO

A percepo das pessoas tende a dar significados diferentes a um mesmo elemento, em funo do contexto onde ele se encontra.

O que se mantm constante?Percepo impregnada de afetos negativos (empatia negativa)

Grifo nos defeitos ou caractersticas do outro que nos incomodam

Percepo tende a se apoiar em justificativas racionais para sustentar a avaliao negativa do outro.Percepo apoiada em conceitos/julgamentos negativos

Ele/a no conhece este assunto.

Ele/a tem limitaes intelectuais.

Ele/a subalterno.

O que percebo do outro?

Qual o impacto da dualidade radical do bem e do mal sobre o esprito humano?

Sua percepo fora distorcida pela intensidade de sua preocupao com a vida das pessoas sob ameaa em seu lado do conflito e por seu horror e desconfiana relativo s tticas dos fascistas. Ele deixou de se preocupar com as crianas do lado fascista e passou a ver qualquer referncia ao sofrimento delas como mera propaganda.A ideia de que o seu lado tem o monoplio do bem e os adversrios so a prpria personificao do mal foi o cerne do confronto ideolgico que dividiu o mundo durante a Guerra Fria.

Referncia a uma declarao de Sissela Bok, especialista em tica. TC 459Os dez estados de vida e as relaes interpessoaisCaractersticas percepoInferno extremo sofrimento foco na dorFome vazio insuportvel insaciedade Animalidade instinto perigoIra dio dominador/dominadoAlegria satisfao do desejo - foco no externoTranquilidade satisfao imediata - foco no externoOs dez estados de vida e as relaes interpessoaisCaractersticas percepoErudio racionalidade conceitosAbsoro renovao aplicao

Bodhisatvva benevolncia foco no outro Buda sabedoria grandiosidade do outroOs dez estados de vida e as relaes interpessoais Emoco Rel. InterpessoaisInferno pnico ausentesFome autodepreciao tiraniaAnimalidade ameaa destruio do outroIra dio autoritarismoAlegria alegria hedonismoTranquilidade marasmo mesmice Os dez estados de vida e as relaes interpessoais Emoco Rel. InterpessoaisErudio racionalizao guetosAbsorao inovao encantamento

Bodhisattva empatia incentivo ao outroBuda amor acolhimento do outroA grandiosa revoluo humana de uma pessoa poder um dia mudar o destino da humanidade

Daisaku Ikeda

Pensando sobre conflitosEm que base devemos abord-los?F O C O

InterpessoalMotivao para a realizao/viso de futuroBase:Modelo do desafioFortalecimento de vnculos

Metodologia de soluo de conflitosO QUE DEVEMOS SABER SOBRE CONFLITOS:A oposio dos contrrios condio da transformao das coisas e ao mesmo tempo, princpio e lei... O que contrrio til e daquilo que est em luta que nasce a mais bela harmonia; tudo se faz por discrdia... O combate o pai e o rei de todas as coisas; de alguns ele fez deuses, de outros homens, de uns escravos, de outros homens livres. Herclito de feso (Sculo V ac)Conflito

Do latim conflictu; embate dos que lutam; discusso acompanhada de injrias e ameaas; desavena; guerra; luta; combate; coliso; choque; O elemento bsico determinante da ao dramtica, a qual se desenvolve em funo da oposio e luta entre diferentes foras.Como reeditar os conflitos, transformando-os em fontes de enriquecimento das relaes interpessoais?

O GRUPO NOS APROXIMA DE NS MESMOS E REVELA TENDNCIAS COMPORTAMENTAIS E CARACTERSTICAS PESSOAIS QUE DESCONHECEMOS.

Dilogo

As idias fluem como gua corrente.

BASE: POSTURA DE RESPEITODILOGODEIXAR ESCOARACEITARASSIMILAR

DISCUSSO

AS IDIAS SO CONFRONTADAS, GERANDO APRENDIZAGEM.

BASE: POSTURA DE RESPEITODISCUSSOOUVIRCONCORDARCONTRAPORComo exercitar o humanismo budista nas relaes interpessoais?Trabalhar a internalizao da norma: limitar & delimitar

2. Partir do que o outro sabe.

3. Destacar o valor individual.

4. Aprender com a diversidade: cultiv-la.5. Agir com base na compreenso do princpio da Origem Dependente.

6. Inspirar-se na rede de Indra.

7. Trabalhar os ns/pedras preciosas da rede que so preponderantes.

8. Exercitar a benevolncia budista.Qualidades que apoiam a transformao dos indivduos

Abraar os fracos e doentes e proporcionar sentimento de paz de esprito. Crer e sentir nosso poder interior de nos transformar.Capacidade de desafiar as circunstncias.Capacidade de eliminar o mal com nossa sabedoria interior.TC 548, pag. 27

Bases budistas para aprimorar a as relaes interpessoais

Nesta proposta eu me concentro em trs aspectos da criao de valores, por meio dos quais se amplia a capacidade de recuperao social:

1. Criao de valor que assume a esperana como ponto de partida;2. Criao de valor para o trabalho unido na soluo de problemas; 3. Criao de valor para florescer o melhor de cada um de ns.

Proposta de Paz 2014 TC 549 pg. 241. Criao de valor que assume a esperana como ponto de partida

28Valor da atitude a capacidade de reunir os recursos do esprito humano em resposta ao infortnio.

Proposta de Paz 2014, TC 549, pg. 27

292. Como estabelecer relaes verdadeiramente humanistas nas relaes de trabalho? 30Resilincia nas relaes interpessoais Conceito

Como se desenvolve: Enfrentar corajosamente os conflitos. Voltar ao ponto de origem da relao aps o conflito. Reconhecer e superar efetivamente as mgoas. Dialogar.

Comunidades resilientes frequentemente utilizam redes informais enraizadas na confiana para enfrentar e conter as turbulncias.

A resilincia floresce quando esses esforos brotam espontneos da interao da vida cotidiana das pessoas.

Proposta de Paz 2014, TC 549

3. O que de melhor existe em cada um de ns.

Com frequncia, quem est convencido de sua prpria bondade acaba sentindo o mesmo desprezo pela humanidade e pelos direitos humanos daqueles que ele considera do lado da maldade. bom aprender com o que disse Nelson Mandela quando se tornou presidente:Ns nos comprometemos a libertar todo o nosso povo da incessante escravido da pobreza, privao, sofrimento, discriminao racial ou qualquer outra. Nunca, nunca e nunca mais esta bela terra vai ver um ser humano ser oprimido por outro.

Proposta de Paz 2014, TC 549 pg. 39

Posso eliminar a violncia no Rio de Janeiro ou isto uma utopia?34Qual o conceito de direitos humanos no budismo de Nitiren Daishonin?35

A verdadeira condutahumana assegurar a todos o direito a uma vida feliz. TC 548, pg. 31