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relatório sobre proteínas

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  • UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

    BIOQUMICA BSICA

    PROTENAS

    Alunos

    Camila Carniel

    Cristine Horn

    Dbora Muniz de Souza

    Fernanda Dorigon

    Leandro Lopes da Silva

    Sabrina Vailatti

    Professor: Fernando Jos Castro Dumond

    Caxias do Sul, 11 de abril de 2014.

  • INTRODUO

    PROTENAS

    As protenas so compostos de elevada massa molecular (5000 a vrios

    milhes) produzidas pelas clulas vivas de todas as formas de vida. So polmeros

    complexos de -aminocidos, unidos entre si por um tipo especfico de ligao

    covalente a ligao peptdica. As protenas so constitudas por 20 aminocidos

    diferentes reunidos em combinaes praticamente infinitas, possibilitando a formao

    de milhes de estruturas diversas. As combinaes permitem s clulas a produo de

    protenas com diferentes tamanhos, formas, estruturas, propriedades e funes.

    A sequncia de aminocidos, que define as caractersticas das protenas,

    determinada pelas informaes genticas contidas no ncleo da clula.

    As funes biolgicas atribudas s protenas so variadas e importantes.

    Atuam como:

    Enzimas

    Protenas transportadoras

    Protenas de armazenamento

    Protenas contrteis ou de motilidade

    Protenas estruturais

    Protenas de defesa

    Protenas reguladoras.

    So milhares as funes das protenas. Citam-se algumas de grande

    importncia clnica: manuteno da distribuio de gua entre o compartimento

    intersticial e o sistema vascular do organismo; participao da homeostse e coagulao

    sangunea; nutrio de tecidos; formam tampes para a manuteno do pH.

  • PROTENAS

    As protenas so elementos essenciais para o crescimento e reparao,

    funcionamento e estrutura de todas as clulas vivas. Hormonais, como a insulina, que

    controlam o acar sanguneo; enzimas, como as amilases, lipases e proteases que so

    cruciais na digesto dos alimentos; anticorpos, que nos ajudam a combater as infeces,

    protenas, musculares, que nos permitem a contrao, etc.

    As protenas so compostas por aminocidos, peas bsicas, que se vo unindo

    entre si. Uma protena normal pode conter 300 ou mais aminocidos. Cada protena tem

    um nmero e uma sequncia de aminocidos especficos. A forma da molcula

    importante, uma vez que determina a funo da protena.

    Quando uma protena contm os aminocidos essenciais na quantidade

    necessria para os seres humanos, diz-se que esta apresenta um elevado valor biolgico.

    Quando um ou mais aminocidos essenciais esto presentes, mas em quantidades

    insuficientes, diz-se que a protena tem um baixo valor biolgico. O aminocido que

    est presente em menor quantidade do que a necessria, e chamado de aminocido

    limitante.

    No nosso organismo, as protenas esto constantemente a ser formadas e

    utilizadas. Aps comer, as protenas so degradadas em aminocidos pela digesto. Os

    aminocidos so absorvidos e, em seguida, utilizados para a formao de outras

    protenas do organismo.

  • ALBUMINA

    A albumina uma protena presente no plasma sanguneo, produzida pelo

    fgado depois de metabolizar alimentos ricos em protena, como carne, leite ou ovos.

    Ela pode ser utilizada como suplemento alimentar a fim de produzir mais msculos.

    A albumina serve para regularizar a presso osmtica do sangue; transportar

    hormnios e controlar o pH sanguneo. Quando utilizada como forma de suplemento,

    serve para ajudar a ganhar massa muscular.

    A albumina humana um expansor do volume plasmtico que a parte

    protica do sangue que atua mantendo a presso coloidal osmtica no plasma,

    (intravenosa).

    PROTENAS HEPTICAS

    Cerca de 95% das protenas sanguneas so processadas pelo fgado, cuja

    produo protica de 75 a 100 gramas por dia. As funes mais importantes desse

    metabolismo so a desaminao e interconverso de aminocidos e a formao de uria.

    Substncias que tornam possvel a coagulao sangunea, como o fibrinognio, tambm

    so sintetizadas no fgado.

    Entre as protenas sintetizadas pelo hepatcito, destaca-se a albumina, uma

    substncia muito importante para o organismo, porque mantm a gua dentro da

    circulao. A principal presso colide-osmtica representada pela presso onctica

    das protenas.

    A albumina compreende ao redor de 60% das protenas presentes no plasma

    humano, sendo sintetizada aproximadamente 15g/dia em velocidade dependente da

    ingesto protica, mas regulada por retroalimentao pelo teor de albumina circulante.

    Quando a produo de albumina diminui, a gua escapa das veias, extravasa

    para os tecidos que esto debaixo da pele e produz inchao, ou seja, edemas nas pernas,

    barriga dgua (ascite), e em outras partes do organismo. Alm disso, a albumina tem

    outra funo, servindo de meio de transporte, na corrente sangunea, para outras

    substncias, como hormnios, pigmentos, drogas e outras substncias.

  • A falta de albumina no a nica explicao para o inchao caracterstico dos

    alcolicos, pois na cirrose, por exemplo, doena comum nos usurios de lcool, os rins

    retm gua e sdio o que tambm ajuda a produzir inchao.

    GLOBULINAS

    As globulinas so protenas presentes no soro sanguneo, usadas para testar e

    determinar as chances de se desenvolver uma infeco no organismo. Seu valor normal,

    compreendendo todos os seus componentes, varia de 1,5 a 3,5g/dL.

    Dos mais de 30 componentes que compreendem essa protena, esto as

    globulinas alfa, beta e gama:

    A globulina alfa, o tipo de protena encontrada quando h processos

    inflamatrios, neoplasias, e tambm quando h danos nos tecidos.

    A betaglobulina pode ser encontrada nas decorrncias de sndrome nefrtica,

    diabetes, hipotireoidismo, cirrose biliar, hepatite aguda, dentre outras patologias, onde

    nestas, h a ocorrncia de elevao dos nveis normais deste componente. Para essa

    elevao, d-se o nome de hiperbetaglobulinemia. Contrrio a esse dado, baixos nveis

    de betaglobulina so chamados de hipobetaglobulinemia.

    As gamaglobulinas constituem a classe de mxima importncia pelo papel que

    representam na esfera da imunologia e da hipersensibilidade. a frao que sofre as

    maiores oscilaes, podendo compreender at 50% das protenas totais ou se reduzir

    consideravelmente.

    PROTENAS TOTAIS - PROTENAS DA URINA (SENSIPROT)

    As protenas presentes na urina representam alguma anormalidade, em

    condies normais no teremos pois a protena uma molcula muito grande e no

    filtrada pelo glomrulo, ao menos que se tenha algum dano, em condies normais o

    sangue passa pelos rins e filtrado, sendo o produto a urina, varias molculas presentes

    na corrente sangunea no devem ser excretadas pelos rins. Proteinria o termo que

    indica a presena de protena na urina (indica doena) especialmente a albumina. Esta

    uma protena presente no plasma sanguneo, fabricada pelo fgado, resultante do

    metabolismo de alimentos proticos, como carnes, ovos, leites e seus derivados... As

    principais causas so as glomerulonefrites (inflamao dos glomrulos), mas a

  • proteinria pode estar presente, normalmente em quantidades menores, na

    nefroesclerose (doena renal secundria hipertenso arterial), na nefrite intersticial

    (processo inflamatrio do tecido renal, entre os glomrulos, sem les-los), nas infeces

    das vias urinrias, entre outras causas menos comuns.

    A presena d protenas na urina sinal de insuficincia renal, ou seja, algo no

    funcionou como devia para isso acontecer. Temos trs tipos de insuficincia renal: pr

    renal, renal e ps- renal.

    A pr- renal um edema pulmonar, uma insuficincia cardaca junto com

    insuficincia renal. Falncia cardaca que leva a no filtrao renal: Insuficincia

    cardaca congnita crnica.

    A renal a Nefrite que destri o nefrn que a unidade filtradora dos rins, esse

    dano ai permitir a passagem de protenas.

    A ps renal o calculo renal, as pedras no rim podem se formar quando a

    urina contm certas substncias em excesso. Essas substncias podem criar pequenos

    cristais que se transformam em pedras os clculos podem ser encontrados nos rins ou

    ureteres ao mesmo tempo. E tambm conhecida como Litase renal.

    A maneira mais precisa de se avaliar a presena de protenas na urina por

    meio da dosagem de protenas em toda a urina coletada num perodo de 24 horas.

  • PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

    Albumina

    A albumina tem a propriedade de se ligar a uma grande variedade de nions

    orgnicos e molculas complexas de corantes.

    O sistema de medio se baseia no desvio do pico de absortividade mxima de

    um corante complexo, neste caso, foi utilizado verde de bromocresol, quando este se

    liga a albumina. A cor formada medida colorimetricamente entre 600 e 640 nm, sendo

    proporcional quantidade de albumina na amostra at a concentrao de 6 g/dL.

    Para determinao da concentrao de albumina, alem da amostra (soro), foi

    utilizado um frasco padro e um frasco branco.

    As quantidades colocadas de reagentes e amostras esto descritas no quadro

    abaixo.

    Quadro 1: quantidade de reagente a ser colocado em cada frasco.

    Branco Teste Padro

    Reagente de cor 2 mL 2 mL 2 mL

    Amostra - 0,02 mL -

    Padro - - 0,02 mL

    Depois de dois minutos da mistura, foi feito a leitura em espectrofotmetro na

    faixa de 630 nm.

    Para calculo da concentrao, foi utilizada a seguinte equao:

    Albumina (g/dL): absorbncia do teste x 3,8=

    absorbncia do padro

    []albumina: 0,569 x 3,8 = 5,69 g/dL

    0,380

  • Protenas Totais

    Os ons de Cu+, provenientes do reagente de biureto, em meio alcalino reagem

    com as ligaes peptdicas das protenas sricas formando cor prpura, que tem

    absorbncia mxima em 550 nm, proporcional concentrao das protenas da amostra.

    Concentraes de birrubina e hemoglobina presentes na amostra no provocam

    erros significativos. As concentraes de triglicrides maios que 500 mg/L produzem

    interferncias positivas que podem ser minimizadas utilizando branco de amostra ou

    aplicando fotometria de leitura bicromtica com filtro primrio em 545 nm e em filtro

    secundrio em 700 nm.

    Para este ensaio foram utilizados trs tubos de ensaio um contendo a amostra

    um contendo o padro e o terceiro foi o branco. As quantidades de reagentes esto

    descritas no quadro 2.

    Quadro 2: reagentes utilizados no ensaio de protenas totais

    Branco Teste Padro

    Reagente biureto 2 mL 2 mL 2 mL

    Amostra - 0,02 mL -

    gua deionizada 0,02 mL

    Padro - - 0,02 mL

    Aps a homogeneizao, as amostras foram incubadas a 37C por dez minutos

    em banho-maria.

    Para clculo da concentrao de protenas totais, foi utilizado a equao

    abaixo.

    Protenas totais= Absorbncia amostra x 4 g/dL

    Absorbncia do padro

    [] protenas totais= 0,795 x 4 g/dL

    0,487

    [] protenas= 6,53 g/dL

  • Sensiprot Determinao da protena da urina

    O vermelho de pirogalol reage com o molibdato de sdio formando um

    complexo que, quando combinado com a protena em meio cido desenvolve um

    cromforo de cor azul, com o mximo de absoro em 600 nm.

    Neste ensaio foram utilizado os reagentes descritos abaixo.

    Quadro 3: reagentes utilizados

    Branco Teste Padro

    Reagente de cor 2 mL 2 mL 2 mL

    Amostra - 0,02 mL -

    gua deionizada 0,02 mL

    Padro - - 0,02 mL

    As amostras, aps homogeneizao, foram incubadas em banho-maria a 37C

    por cinco minutos e a leitura foi realizada em 600 nm.

    Para calculo da concentrao de protenas na urina foi utilizada a equao

    abaixo.

    Protena (mg/dL)= Absorbncia do teste x 50

    Absorbncia do padro

    []protena (mg/dL)= 0,090 x50 = 10,69 mg/dL

    0,421

  • CONCLUSO

    As protenas so as biomolculas mais abundantes nos seres vivos e exercem

    funes fundamentais em todos os processos biolgicos. A importncia das protenas,

    entretanto, est relacionada com suas funes no organismo, e no com sua quantidade.

    Elas exercem funes diversas, podendo ser agrupadas em vrias categorias de

    acordo com sua funo. De uma maneira geral desempenham nos seres vivos as

    seguintes funes: estrutural, enzimtica, hormonal, de defesa, nutritivo, coagulao

    sangunea e transporte. Dentre todas as protenas a mais abundante a Albumina,

    relacionada com a regulao osmtica e com a viscosidade do plasma, uma vez que el

    responsvel pelo transporte de elementos insolveis em gua, promovendo assim o

    equilbrio hdrico.

    Em nossos estudos podemos observar os diferentes nveis de absorbncia das

    protenas, sendo possvel relacionar tais resultados com casos clnicos, e identificar

    resultados determinantes para elaborao de diagnsticos de patologias.

  • REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

    MARTINS, Mario Jorge. As protenas na prtica mdica. Jan. 2012. Disponvel em:

    . Acesso em 04 abril 2014.

    MARTINS, Luana. Total de protenas sricas. 07 out. 2012. Disponvel em

    .

    Acesso em 04 abril 2014.

    MOTTA, Valter T, Bioqumica Clnica para o Laboratrio Princpios e

    Interpretaes - 4 ED, Editora Mdica Missau, Porto Alegre, 2003

    Dietary Reference Intakes for Energy, Carbohydrates, Fiber, Fat, Protein and Amino

    Acids (Macronutrients) 2002. Chapter 10: Protein and Amino AcidsNational Academy

    of Sciences http://www.nap.edu/ acessado em 10/04/2014.

    Reeds, P. Dispensable and Indispensable Amino Acids for Humans. J.Nutr. 130: 1835S

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