reino da matamba

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1 INTRUDUÇÃO Envolverem-se nos assuntos do Reino do Ndongo, o que levou à guerra entre o Reino do Ndongo e de Portugal em 1579. Apesar de o Reino da Matamba ter desempenhado um pequeno papel no início das guerras, a ameaça de uma vitória portuguesa incentivou o governante da Matamba provavelmente um rei chamado Kambolo Matamba a intervir. Ele enviou um exército para ajudar o Reino do Ndongo contra os portugueses, e com as forças dos exércitos combinados, foram capazes de derrotar os portugueses na Batalha do Lucala em 1590. Referências Congo e Angola com a história da antiga missão de ocupação, Fernando Campos. A data da morte de D. Verónica I, Rainha do Ndongo e Matamba, Africa (São Paulo) 1982

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Page 1: Reino da matamba

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INTRUDUÇÃO

Envolverem-se nos assuntos do Reino do Ndongo, o que

levou à guerra entre o Reino do Ndongo e de Portugal em 1579.

Apesar de o Reino da Matamba ter desempenhado um pequeno

papel no início das guerras, a ameaça de uma vitória

portuguesa incentivou o governante da Matamba provavelmente

um rei chamado Kambolo Matamba a intervir. Ele enviou um

exército para ajudar o Reino do Ndongo contra os portugueses,

e com as forças dos exércitos combinados, foram capazes de

derrotar os portugueses na Batalha do Lucala em 1590.

Referências Congo e Angola com a história da antiga missão

de ocupação, Fernando Campos. A data da morte de D. Verónica

I, Rainha do Ndongo e Matamba, Africa (São Paulo) 1982

Page 2: Reino da matamba

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CAPÍTULO I- PROBLEMA

I.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

O primeiro documento encontrado que menciona o reino de

Matamba é uma referência ao mesmo, pagando em 1530 o

tributo ao rei do Congo, Mvemba-a-Nzinga, convertido ao

cristianismo com o nome de Afonso I (1509-1540).

Afonso I mencionou subsequentemente Matamba como uma

parte das regiões do seu reino em 1530. Afora isto não há mais

nenhuma outra informação na história sobre o reino e as

tradições orais modernas não parecem clarear os pesquisadores.

Entretanto, tudo nos leva a crer que o reinado do Congo não

significou nada mais além do que uma presença simbólica em

Matamba, e que seus régulos eram provavelmente

completamente independentes.

Page 3: Reino da matamba

3

O Reino da Matamba era a região que é hoje a Baixa de

Cassanje, Província de Malanje moderna de Angola. Foi um

poderoso reino que resistiu longamente às tentativas de

colonização portuguesa e só foi integrado à Angola, em finais

do século XIX

Matamba teve indubitavelmente uma relação muito

próxima com o reino de Ndongo, seu vizinho do sudeste sul,

então um reino tão poderoso quanto o do Congo, cujos registros

mais antigos sobre o mesmo, datam do século XVI.

Durante o séc. XVI Matamba foi governado por uma rainha

desconhecida, que recebia missionários do Congo, então um

reino Cristão, enviados pelo rei Diogo Cão (1545-61). Embora

esta rainha recebesse missionários e talvez tenha até permitido

pregações, não há nenhuma indicação que o reino de Matamba

tenha se convertido ao Cristianismo tal e qual o reino do Congo.

A chegada dos colonos Portugueses sob o comando de Paulo

Dias de Novais em Luanda em 1575 alterou a situação política

enquanto o português se tornou imediatamente envolvido em

discordâncias com o reino de Ndongo, e a guerra arrebentou

entre Ndongo e Portugal em 1579.

Embora Matamba tivesse um papel pequeno nas guerras da

época, a ameaça de uma vitória Portuguesa agitou o régulo de

Matamba (provavelmente um rei nomeado Kambolo Matamba)

Page 4: Reino da matamba

4

que enviou um exército aliado com o reino de Ndongo de

encontro aos portugueses e com estas forças aliadas derrotaram

as forças Portuguesas na batalha do Lukala em 1590.

I.2 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO

Como demonstrou Lovejoy,a influência europeia na África teria

ajudado a disseminar a escravidão no próprio continente e implantar

um modo de produção escravista. Esse tipo de escravidão teria assim

um significado diferente para os africanos e para os países de diáspora.

Em ambos os casos os escravizados sempre eram levados para longe de

seus locais de origem porém, no caso africano, os mecanismos de

escravidão comuns na maioria das sociedades escravistas estava

Esperamos que as nossas pesquisas contribuam para despertar o

interesse e o conhecimento de estudantes, professores e pesquisadores

das sociedades científica.

Page 5: Reino da matamba

5

I.3 OBJECTIVOS DO ESTUDO

Depois de analisarmos as pesquisas de feitas traçamos os

seguintes objetivos:

I.3.1 Gerais

Compreender a História do reino da Matamba

I.3.2 Específicos

Descrever o surgimento do reino da Matamba

Saber as luta e conquistas enfrentadas

Descrever os seus reis

Page 6: Reino da matamba

6

I.4 FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES

É enunciado sob a forma de uma afirmação, ainda

provisória,queo autor do trabalho está enunciando um

conhecimento

Page 7: Reino da matamba

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A hipótese é uma resposta antecipada do pesquisador, quê

a deduziu da revisão bibliográfica

H1- escravo é uma propriedade, portanto, são entendidos como

bens móveis, na medida em que estão sujeitos à compra e venda.

H2- O escravo é o estrangeiro por excelência.

H3- O uso comum da coerção e/ou violência física.

H4- A força de trabalho encontra-se à disposição de seu dono.

H5- O escravo não possui direito à sua sexualidade.

H6-Em geral, a condição de escravo é herdada

Page 8: Reino da matamba

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I.5 LIMITAÇÃO E DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O estudo efetuado por nós abordou sobre o reino da

Matamba, restringindo a história de Angola.

I.6 CONSTITUIRAM LIMITAÇÃO E DELIMITAÇÃO PARA ESTUDO OS

SEGUINTES:

I.6.1 Poucos estudos anteriores param comparação

Pedimos a vossa análise e sua critica para o melhoramento

do conhecimento pressente para estudos futuros. Acreditamos

porque a história nos permite acreditar, que os estudos feitos

são e serão importante e servirão de chave para pesquisas do

âmbito Histórico.

Page 9: Reino da matamba

9

CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

II.1 Delimitação de termos e conceitos

Matamba é um Nkisi feminino. Nkisi da espada do fogo,

dona da paixão, HORDA Grupo de gente armada que no

pertenece a um ejército regular: una horda de vikingos.

POMBEIRO era o mercador africano de escravos.

II.2 Principais teorias

Page 10: Reino da matamba

10

Desenvolvimento dos reinos

CÍCLO DO KUANGO E A COLÓNIA Séc. XVII os Bângalos

dispersaram-se, então, em vários grupos, que mesmo assim

entraram no Ndongo. A cerca de 1570, os jagas, expulsos do

Congo, vieram para a Matamba e para o Kuango-Lui e

misturaram-se com os Bângalas. Por volta de 1585 vieram

oSS'õS'sõS, que ficaram um pouco mais para Oeste, na margem

direita do Kuanza, quando o Kuanza corre de sul para Norte.

Todos estes povos ocuparam o território do Kuango-Lui e

também se espalharam pelo Ndongo e mesmo pelo Planalto. As

hordas itinerantes: Como já sabemos,comaderrota de Kinguri,

os Bângalas dispersaram-se e formaram vários grupos,

independentes uns dos outros. Esses grupos eram Hordas

Itinerantes, que quer dizer, exércitos de soldados –

comerciantes que andavam de terra em terra, a fazer guerra de

Kuatal Kuatal e a fazer comércio com os pombeiros.

Os jagas e os Sossos também fizeram horas itinerantes. As

hordas itinerantes costumavam instalar-se temporariamente

em acampamento chamados Kilombos. Tinham um chefe

poderoso, que era chefe do comércio e chefe da guerra. A sua

organização tinha algumas características da Comunidade

Primitiva e os seus rituais eram mais primitivos e mais

bárbaros do que os dos povos organizados em Estado.

Page 11: Reino da matamba

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Alguns historiadores dizem que os Jagas eram antropófagos,

Quer dizer, alimentavam-se de carne humana. Mas não

devemos acreditar nisso facilmente. O que é mais provável é que

eles comessem carne humana somente em alguns rituais

religiosos e não como alimentação do dia-a-dia. Algumas

hordas tornaram-se famosas. Foi famosa, por exemplo, a horda

de Kassanje (o nome do chefe), que auxiliou Ngola Kiluanje nos

primeiros combates contra os portugueses. Kassanje tinha

relações com os pombeiros e por isso não lhe agradava a política

de violência de Novais. Outra herda famosa foi a horda de

kafuxe, que, entrou na batalha de Angoleme-Akitambo, ao

lado de Ngola Kiluanje contra os portugueses. Outra horda

famosa foi a de Kalombo, que actuava na região de Benguela e

fazia muito comércio.

Foram famosas também algumas hordas dos Sossos que

venceram no Kuanza um exército português que ia atacar os

Kilombos.Mesmo depois aa formação do reino de Kassanje,

continuou a haver hordas itinerantes. A horda de Kalambo e a

de Kabuku Kan- dongo são dessa data. A horda de Kabuku

Kandongo foi' famosa principalmente porque era um dos

aliados dos portugueses de Massangano, em 1646, contra a

Segunda Coligação e contra os holandeses.

A horda de Kabuku Kandongo, movida por interesses

comerciais, estava a trair a causa dos povos africanos. O

Page 12: Reino da matamba

12

comércio de armas de fogo, no entanto, era mais raro do que o

comércio de vinho de Portugal e panos da lndia ou de moeda

corrente (Njimbo, sal, libongo).A rota do Loango era melhor

para os Estados do Kuango do que a rota de Luanda. A rota do

Loango era ao mesmo tempo. Uma coisa que trazia muito

prejuízo aos portugueses. Essa rota prejudicava também o reino

da Lunda que tinha de suportar muitos intermediários

(Kassanie.M atarnba. Oembos e Congo).

Os portugueses da colónia, claro, tentavam vencer esta difi -

culdade, arranjando uma rota por conta própria. Para isso,

mandaram uma caravana através do Kassanje, oars contactar os

Holos e abrir caminho para a Lunda.

A caravana foi apanhada pela gente de Kassanje e não

chegou aos Holos. No entanto, os pombeiros dessa caravana

estabeleceram contacto com os Holos que andavam pelo

Kassanje. Depois disto, os portugueses mandaram segunda

caravana à terra dos Holos. Através da Matamba. A raínha da

Matamba apanhou por sua vez esta caravana e matou os guias

e quardas Holos que a acompanhavam.

Os portugueses não conseguiram chegar à terra dos

Holos.Estas duas tentativas deram-se por volta de 1740, Depois

delas a raínha da Matamba atacou o grande mercado português

de Kambambe, onde se encontrava também a base militar da

Page 13: Reino da matamba

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ocupação da região. Este ataque foi em 1744. Então, os

portugueses reuniram um grande exército e atacaram a

Matamba. O exército avançou até à capital, pilhando e

destruindo. A rainha fugiu e os portugueses fizeram novo

tratado de paz como representante da rainha. Esse tratado

ainda era pior do que o de 1683. Porém, os portugueses

continuavam sem força suficiente para fazer cumprir o tratado.

A rota do Loango continuou a funcionar. Vendo que não era

possível obrigar os Estados do Kuango a nâo mandar o 'comércio

pela rota do Loango, os portugueses, que tinham certo domínio

sobre os Dembos, construlram o Forte de Encoje nesse território.

Porém, pouco depois, os povos Hungos do Norte da Matamba

bloquearam o forte, não deixando a tropa sair dele. O forte

perdeu a sua acção e a rota 'do Loango continuou. Isto foi em

1759. No ano seguinte, a Lunda invadiu os Estados do Kuango.

A invasão dominou o Kassanje e a Matarnba. Mas depois da

retirada das tropas da Lunda, tudo voltou à mesma. A rota do

Loanqo continuou.

Finalmente, em 1769, a Lunda estabeleceu uma nova rota

que passava pelo Mpumbu (região de onde saíram os pumbeiros

ou pombeiros e que ficava na província de Nsundi, no reino do

Congo), descia o rio Zaire e acabava também no Loango. Com

esta rota, o comércio da Lunda não passava pelos

intermediários do Kuango.

Page 14: Reino da matamba

14

Em 1783, os portugueses, que tinham muitas relações com

o

Reino de Ngoyo, construíram aí o Forte de Cabinda. O reino de

Ngoyo tinha sido conquistado pelo Soyo em 1631. A capital era

Cabinda. O Forte de. Cabinda destinava-se a impedir que as

caravanas do Kas- sanje, da Matamba é mesmo da Lunda,

chegassem a Loango, onde estavam os franceses. Em

consequência. os -franceses atacaram o Forte de Cabinda e

tornaram-no aos portugueses. A rota do loango continuou por

muito tempo.

Foi nesta data que os portugueses resolveram transformar a

economia mercantil da colónia de Angola numa economia de

produção. Assim foram enviados emissários a Ngola Mbandi

para negociar a reanimação do comércio. As condições impostas

pelo Ngola foram: Transferência do forte de Mbaca para o antigo

local; Auxílio dos Portugueses ao Ndongo para expulsar o chefe

imbangala Cassanje do reino; Restituição ao Ngola dos súbditos

e chefes que tinham sido aprisionados durante a guerra. Tendo

o governador concordado com as condicões o Ngola regressou a

sua capital. Para firmar o acordo, foi enviada a Luanda, em

1621, Njinga Mbandi irmã do rei. Ela persuadiu o governador

a reconhecer o Ngola como seu aliado e não como súbdito e

conseguiu realmente uma trégua em troca da restituição dos

escravos dos colonos refugiados no Ndongo. Do lado dos

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15

Portugueses houve bom acolhimento à negociação das tréguas,

dada a urgência que tinham em intensificar o tráfico que a

guerra tinha interrompido.

A coligação de 1625·1656 Diferentes concepções políticas

existentes entre o Ngola e sua irmã pode ter estado na origem

do seu desentendimento e da morte do rei em 1624. Njinga

assumiu então o governo do Ndonço, Ao mesmo tempo que

procurou fortalecer a sua autoridade no Ndongo, desenvolveu

grande actividade a fim de assegurar o controlo sobre a

Matamba,a região vizinha também habitada por população

mbundu. No século XV ainda esse terriório estava dependente

do Congo, mas no século XVI foi invadido pelos Imbangala que

nele se fixaram, opondo resistência ao avanço dos Portugueses.

Como vimos atrás, eles participaram na batalha de Angoleme-

a-Kitarnbo, próximo de Mbaca, no rio Lucala, onde os

Portugueses sofreram uma estrondosa derrota.

Entretanto as pressões de Luanda no sentido de cobrar taxas

e tributos aos chefes submetidos, já espoliados e empobrecidos

pela guerra e pela pilhagem, provocaram muitas fugas para

leste, onde esses grupos se associavam às forças de Njinga.

Também os escravos fugidos de Luanda eram recebidos por ela

e iam engrossar as fileiras do seu exército. A tensão entre os

dois campos aumentou até que em 1625 o chefe de Pungo-a-

Ndongo denunciou aos Portugueses os preparativos que se

Page 16: Reino da matamba

16

faziam no Ndongo para a guerra. Quando Njinga ordenou um

ataque contra - aquele chefe este pediu auxílio aos Portugueses.

Estava encontrado o pretexto para o início da guerra; os

Portugueses designaram como rei do Ndongo um seu aliado, em

troca da entrega de uma centena de escravos por ano, e da

abertura das feiras comerciais onde os pombeiros deviam

acorrer para o

resgate. Muitos chefes não reconheceram Ngola-Ari como

legítimo rei do Ndongo; Njinga quis continuar a luta contra ele

a partir das ilhas do Cuanza, mas a ajuda dos Portugueses a

Ngola-Ari não O permitiu. Para reforçar a resistência, Njinga

procurou então aliar-se ao reino de Cassanje que possuía cerca

de 80.000 arqueiros para o combate.

Simultaneamente, projectou anexar o reino da Matamba

para daí expulsar Ngola-Ari aos seus aliados das terras do

Ndongo. Entre 1630 e 1635, Njinga apoderou-se efectivamente

da Matamba e iniciou a concorrência a Cassanje no intuito de

controlar o fornecimento de escravos à colónia. Entretanto a

acção dos Portugueses abrandara devido aos assaltos de um

concorrente europeu - os Holandeses. Njinga aproveitou a sua

presença na costa entre 1641-8 para diminuir ou mesmo

eliminar a presença dos Portugueses no litoral.

Page 17: Reino da matamba

17

Depois de os holandeses serem expulsos, as dificuldades em

reatar o trafico, levaram as autoridades coloniais em Luanda

a tentar novas relações diplomáticas com Njinga. Ela retirara -

se para o interior da Matamba, longe do alcance das, tropas

coloniais, o que também dificultava o tráfico. Luanda propôs

então a libertação da irmã de Njinga, aprisionada durante a

guerra, contra o resgate de 200 escravos e um tratado de

amizade. O acordo assinado só em 1656, restabeleceu com efeito

o comércio entre a colónia e a Matamba, nos últimos 7 anos de

vida da rainha. Njinga morreu em 1663 com a idade provável

de 81 anos, depois de uma vida inteira dedicada à defesa da

independência do seu povo.

Guerrilha e resistência A caminho ele Cambambe, as forças

coloniais encontraram uma resistência que utilizava a táctica

de guerrilha: Vendo, que não podia resistir em campo raso, o

soba Cafuxe Carnbase embrenhou-se numas quebradas e vales

de grandes matos. Usando do seu ardil que é fazer menos

resistência à entrada dos inimigos, e carregar com toda a força

ao tempo Ja retirada.

De dentro dos matos onde se não viam principiavam a ferir

os soldados da rectaguarda e os cavalos, vendo os nossos

embaraçados desceram com todo o peso da guerra sobre eles,

exterminando-os na sua quase totalidade, pois apenas escapou

o capitão-rnor e cinco companheiros. Batalha de Anguleme-u-

Page 18: Reino da matamba

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Quitambo Estando o governador Luís Serrão com o arraial

assentado légua e meia do rio

a que chamam Lucala , que serão setenta léguas além do forte

presídio ele Massangano, com a determinação ele passar a

banza do rei que era a sua corte no qual lugar lhe foi dado

reinado, onde soube o governador corno o rei da Matamba com

socorro de el-rei do Congo , e o mesmo rei de Angola e dos

Guindas, e dos Jagas, reis comarcões do reino de Angola, para

o qual efeito assentou o governador que o exército que tinham

mandassem quinze mil homens frecheiros , gente preta, e com

eles cento e vinte oito homens brancos arcabuzeiros entre os

quais iam três de cavalo, os quais eram de muito curso de

guerra por serem cursados nela e depois de o campo ir

marchando teve o governador aviso como os reis acima ditos

vinham com cópia de um milhão de homens com determinação

de darem batalha ao governador e nossos vassalos, sendo-lhe

dado recado em Angoleme-a-Quitambo.Carta da rainha Njinga

ao governador de Luanda Estou tao queixosa dos governador:

passados, que sempre me prometeram entregarem minha irmã,

pela qual tenho dado infinitas peças e feitos milhares de

banzos e nunca ma entregaram mas antes moviam logo guerras.

E de quem estou mais queixosa é do Governador Salvador

Correia, ao qual dei as peças que V. Senhoria lá saberá e fiz

duzentos banzos, por ver ma mandava pessoa como foi o

Page 19: Reino da matamba

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Capitão-mor Ruy Pegado por embaixador em nome de Sua

Majestade que Deus guarde, que me entregariam minha irmã e

haveria muita paz, entendi que não podia faltar à palavra real

e por estes enganos e outros anelo pelos matos, fora da minha

terra, sem ter quem informe a S. Majestade que Deus guarde, do

meu pouco sossego, e mais importava estando em sossego em paz

fazendo feiras mais perto para pumbeiros lhes não custar tanto

trabalho trazer as fazendas tão longe e eu gozá-Ias mais

baratas.

Page 20: Reino da matamba

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II.2 ORIGEM DO REINO DA MATAMBA

O Reino da Matamba Tem origem desde 1631 a 1744, foi um

estado pré-colonial Africano,localizado no que é hoje a Baixa de

Kassange na região da Malanje província da moderna Angola. Era um

reino poderoso que resistiu muito as tentativas de colonização, vindo

apenas a ser integrado em Angola no final do século XIX.

A primeira menção documental do Reino da Matamba é uma

referência de uma homenagem efectuada ao Rei do Reino do Kongo,

então Afonso I do Kongo, em 1530. Posteriormente, em 1535, Afonso

mencionou o Reino da Matamba como uma das regiões sobre as quais

ele governava. Não há informações da história da antiguidade do

reino, e as tradições orais modernas do reino, de momento, não

adiantam nenhum dado nas presentes investigações. No entanto, não

parece provável que o Reino do Kongo tivesse mais do que uma

presença leve e simbólico no Reino da Matamba, e os seus governantes

foram, provavelmente, bastante independentes. O Reino da Matamba,

sem dúvida, tinha relações mais estreitas com o seu vizinho do sul-

sudeste o Reino do Ndongo, à altura, tão poderoso como o Reino do

Kongo.

Estado da Matamba foi o novo estado mbundu que os

Portugueses tiveram que defrontar depois de 1648. Quando a

rainha Njinga ai se fixou. Depois da morte de Njinga, a

Matamba foi perturbada por lutas internas de sucessão e pela

intervenção crescente dos comerciantes de Luanda, Os

Page 21: Reino da matamba

21

portugueses em 1656 tinham nomeado um capitão residente

para a capital da Matamba com plenos poderes para defender

os interesses comerciais dos pombeiros. Ele tinha como especial

obrigação garantir que estes não pagassem mais do que os preços

oficiais acordados entre Luanda e a rainha da Matamba.

Formou-se na cidade capital do reino uma pequena colónia de

pombeiros que negociavam escravos e marfim em representação

dos seus patrões de Luanda.

A interferência militar dos portugueses nas questões

políticas internas da Matamba foi crescendo até que aqueles

conseguiram impôr um rei de sua escolha - Ngola Kanini 11

em 1673. A intervenção deste Ngola na sucessão ao trono do

vizinho reino de Cassanje e o saque feito pelo seu exército sobre

os bens dos pombeiros ali residentes foram o pretexto para nova

agresão portuguesa conta a Matamba. Mas o exército colonial

foi duramente desbaratado em Katole.

A morte de Kanini pouco depois permitiu aos Portugueses

restabelecer a sua posição na Matamba. O tratado assinado em

1683 fixou novamente a restituição de escravos fugidos, o

pagamento de uma indemnização de 200 escravos às

autoridades coloniais e o comércio exclusivo com Luanda.

Page 22: Reino da matamba

22

II.3 CONCEITO DE MATAMBA

Matamba é a rainha dos raios, dos ciclones, furacões, tufões,

vendavais. Nkisi do fogo, guerreira e poderosa. Mãe dos Mvumbi

(mortos), guia dos espíritos desencarnados, senhora do cemitério. Nkisi

da provocação e do ciúme. Paixão violenta, que corrói, que cria

sentimentos de loucura, que cria o desejo de possuir, o desejo sexual.

Matamba é também a senhora dos espíritos dos mortos, dos Mvumbi. É

o Nkisi dos cemitérios. É ela que servirá de guia, assim como o Nkisi

Kingongo, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que

indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma. O fogo é o

elemento básico de Matamba

II.3 FACTOR QUE DETERMINA O REINO DA MATAMBA.

Todas práticas do homem que foram como os direito de

outrem podem levar a uma revolução, manifestação ou golpe de

Estado pelos Governados sentem injustificado dos seus dever e

direitos.

Para nos elucidar melhor sobre alguns ator que

determinam o reino da Matamba, enuciamos segundo factor de

mografico, politico, e social.

II.2.1 FACTOR DEMOGRÁFICO.

Terridaridade

Comercio melhor

Page 23: Reino da matamba

23

Procura de condições de vida

Procura de mão-de-obra barato

II.2.2 FACTOR POLITICA

Luta pelo poder

Proteção dos clãs

Conquista

II.2.3 FACTOR SOCIAL

Guerra

Escravidão

Pobreza

Medo

Page 24: Reino da matamba

24

REVISÃO BIBIOGRAFICA

Para elaboração da nossa pesquisa, baseamo-nos principalmente

em dois: história primeiro volume, ensino de base 8º Classe do ano

1990. Este livro aborda sobre o reino da Matamba, mais em uma

escala menor.

História de Angola. Este livro faz referência ao Estado Matamba e

os seus reinados.

Tivemos também como fonte de pesquisa e intermedie.

Page 25: Reino da matamba

25

CAPITULO III METODOLOGIA.

A população e amostra.

A população do estudo foi Angolano e Portugueses, constituindo a

mostra de ambos localizados no território Angolano.

A faixa Etária foi desde adolescente, Adultos e Idosos, Foram

avaliados atendendo os seguintes critérios de seleção:

Ser de ambos os Sexos

Estudar o reino da Matamba

Variáveis

Neste ponto são apresentados as variáveis dependente e as variáveis

independentes

Variáveis Dependentes

Os índices do reino do Matamba

Variáveis Independentes

Idade

Sexo

População do reino da Matamba.

Modelo de pesquisa

Na nossa pesquisa foi utilizado o modelo descritivo,

Page 26: Reino da matamba

26

Foi utilizado o método comparativo,

Procedimentos e dificuldades encontrados o processo de solicitação

para autorização da pesquisa fomos orientados para fazermos uma

pesquisa maioritariamente Bibliográfica, Onde foram apresentados os

objetivos e as justificativas da pesquisa.

A Recolha de dados foi feita nos dias 24 a 31 de Agosto de 2014.

Antes da utilização dos instrumentos foram lidas as instruções,

depois disso preenchimento das questões.

Durante a nossa pesquisa a maior ou a única dificuldade

encontrada foi a Bibliografia e a formulação das hipóteses.

Page 27: Reino da matamba

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Conclusão

Em suma o Reino da Matamba foi uma força que influenciou a

luta pelo colonialismo Português e a luta dos povos para a libertação

das opressões portuguesas.

H1- escravo é uma propriedade, portanto, são entendidos como

bens móveis, na medida em que estão sujeitos à compra e venda.

H3- O uso comum da coerção e/ou violência física.

H6-Em geral, a condição de escravo é herdada

Segundo os resultados as condições de escravatura são sim

uma hipótese verdadeira

Segundo as nossas análises foi confirmada que que o uso

comum da coerção ou violência física é uma hipótese positiva

“A hipótese nº 1 também foi confirmada

como uma hipótese positiva”

Page 28: Reino da matamba

28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lovejoy, Paul. Escravidão na África! Uma História de suas

transformações. Rio de Janeiro. Civilizações Brasileiras 2002

História Iº Volume Ensino de Base – 8ª Classe de 1990

História de Angola