historia do reino unido da lunda tchokwe.doc
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“Quando tiveres saúde, e estando na flor da tua idade, procureresolver todos os assuntos da tua vida:− Estude até quando não houver mais títulos por possuir;
−Trabalhe até quando não puderes mais;
− Amontoe riquezas sempre que puderes;
− Acumule bens (verdadeiros, eitos com honestidade) de toda
a natureza;
− Acima de tudo não te esqueças de Deus em cada momento
da tua vida.”
A saúde é madrasta e a doença um empecilho. (Hospital Geral
do Lobito, 26.06.2012)
History of the United Kingdom of Lunda Tchockwe
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Lunda and Luba States—among the larger of the Bantu states in the 15th–19thcentury, shown with neighbouring Kazembe and some of the major trade routes. In
Encyclopædia Britannica, Inc.
O REINO DA LUNDA (Aruwund)
O Reino da Lunda (1050-1887), também conhecido como Império
Lunda, foi uma Confederação africana pré-colonial de estados, desde
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o Katanga, desde o Rio Luio até Liambeji ou Zambeze e o noroeste da
Zâmbia. O seu estado central ficava no actual Katanga ou a capital
Imperial a famosa MUSSUMBA.
O Reino da Lunda ficou dividido no século XIX, quando ocorreu as
guerras intestinais na Corte da Família Real do Império entre o século
XIV, XV ou XVI e por causa do tabú da Soberana Lueji. O Reino
dividiu-se em trés partes, sendo;
- Reino Lunda Luba
- Reino Lunda Ndembo
- Reino Lunda Tchokwe
De acordo com os EUROPEOS, os Tchokwes estabeleceram o seu
próprio reino com a sua língua e costumes, porém a verdade dos
factos ocorridos, esta sendo escrito actualmente num trabalho
investigativo, que os leitores terão em vossas mãos nos proximos
tempos. Os Chefes Lundas e o povo continuaram a viver na região
Lunda porém diminuidos de poder.
O Rumo da História é diferente, da que conhecemos nas
Universidades da Europa ou mesmo de alguns países de Africa.
No início da era colonial (1884 - Conferência de Berlim) o coração da
terra Lunda foi dividido entre a Provincia de Angola portuguesa, o
Estado Livre do Congo do rei Leopoldo II da Bélgica e o noroeste da
Britânica Rodésia, que viriam a tornar-se em Angola, R.C.Congo e
Zâmbia, respectivamente.
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Mwene Dumba Watembo, Rei dos Lunda Tchokwes 1874
As Dinastias do Reino Lunda (Aruwund)Essas dinastias têm sua origem a partir do coração do próprio povo
Lunda pré historico, o povo MBUNGO, e o primeiro fundador ou
organizador político do ESTADO LUNDA, Yala Mako, ou seja Yala
Yamuaka, que significa Unhas de longos anos, título do poder político
agarrado a longos anos.
Yala Yamuaka, segundo a tradição oral Lundês, era irmão mais velho
de Kunde, casado com a Konde (Feijão e banana) nomes origináriasda língua Lunda, aqui escritos erradamente por Europeus que não
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sabiam pronúnciar as línguas Africanas, e este casal nasceu 3 filhos e
uma filha de nomes; TCHINGULI, TCHINHAMA, NDODJI (Ndoji) e a LUEJI
(Rweej ou Nawej). De acordo com a nossa tradição, o título de poder
político é transmitido através de LUCANO, uma pulseira de tendão ou
MUJIPA seco, de um parente morto para que o futuro Chefe tenha
coragem de governar.
Reza a mesma história, Yala Yamuaka tem um outro irmão Thumba
Kalunga, esse Thumba é o paí de MUACANHICA, MUAMBUMBA,
MUAKAHIA, MUANDUMBA e TEMBO.
Num dia desse, o TCHINGULI e o TCHINHAMA, foram beber a famosa
bebida hidromel, ao regresso a casa espancaram o paí deles, o velho
KUNDE, criando-lhe infecções internas e ele velho, ao se sentir
moribundo, zangou-se com os dois filhos e, chamou a “cassula” a
ultima, a LUEJI (RWEEJ) e vestiu-a, o LUCANO, deu lhe o poder de
governar o Estado do Reino da Lunda.
Após a morte do velho KUNDE, a LUEJI ou RWEEJ torna-se uma
brilhante chefe do Estado do Reino da Lunda, a Rainha de todos os
filhos do Estado, e ela vivia com uma serie de governandas, entre
elas a sua prima KAMONGA LUANZE, irmã da TEMBO, que é a mãe do
Ndumba Tembo ou título político de Dumba Watembo, filho menor de
Tembo LUCOQUESSA irmã menor da NACAMBAMBA, irmão de YALA
YAMUAKA e KUNDE.
Ninguém sabe ao certo em que século tudo isso aconteceu, são factos
pré-históricos e pré coloniais ou seja antes da chegada dos
EUROPEUS.
A Corte Real da Rainha LUEJI ou RWEEJ, era também composta por
várias outras entidades do seu tempo, entre eles; Tchinguli,
Tchinhama, Ndoji e toda a família real Lundês. Foi um Reino
economicamente muito forte, com uma agricultura muito bem
estruturada, trabalharam o ferro, o cobre e os tecidos, foram fortes no
comércio de escravos, marfim e artesanato.
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É no auge da sua governação que todo o mal acontece ao Estado do
Reino Lunda, a formação do Império, e a decadência do mesmo e
praticamente o desmoronamento do grande pontentado de Africa.
Certo dia, os soldados trouxeram-na um ladrão da tribo Tchiluba,
chamado ILUNGA, e grande caçador que foi apanhado quando
roubava a famosa bebida hidromel, que era parte servida na Corte da
Rainha LUEJI. Uma reunião da Corte foi convocada de emergência
para se decidir, da sorte do ladrão. A maior parte dos membros da
Corte decidiram matar o ladrão, porém a Rainha LUEJI na sua
qualidade de Chefe, e porque engraçou-se no seu coração com o
ladrão, pediu aos membros da Corte, para que não o matassem, e
que fosse viver no seu quintal como escravo e mão-de-obra na
construção de residências. Pedido aceite, ILUNGA passou a viver no
quintal da LUEJI como seu escravo. Durante a sua estada no quintal
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da Rainha, ILUNGA passa a ter relações íntimas com a prima e a
própria Rainha Lueji.
A Lueji como já tinha a pretensão de ficar com ele como seu marido,
surpreendeu a Corte, convocando uma Assembleia Estadual e
apresentou o ladrão como seu esposo.
É este facto que constitui uma grande violação do tabú do povo
ARUWUND, que constituia em os membros da corte ou simplesmente
“MUANANGANAS” que significa também “proprietários da terra” ou
“Mwaantaangaand” nunca contrairem o matrimónio com um
VASSALO ou TCHILOLO. Portanto, como é uma violação de um PACTO
SAGRADO, os membros da Corte revoltaram-se contra a Rainha Lueji.
O desmoronamento da corte da Rainha Lueji, tem lugar com a saída
massiva de grandes nomes de personalidades da família Real
ARUWUND, Tchinguli, Tchinhama, Ndodji, Thumba Kalunga
(Muacanhica, Muambumba, Muakahia, Muandumba e Tembo) e um
punhado de populações inteiras descontentes com a violação do
pacto sagrado.
As etapas importantes do Reino da Lunda,
desde YALA YAMUAKA até MUAAT YAAV, e o
nascimento da palavra “AIOKU KU TCHINGULI”
o termo AIOKU que a LUEJI usou pretendia
explicar aqueles que querem ir, podem ir,
etimologia da língua tchokwe e, é aqui o
nascimento de uma parte de um grupo do povo
aruwund, que hoje conhecemos como povo
TCHOKWE (deixem ir ao Tchinguli).
Rei Mwene Kapenda Kamulemba
Este Soberano Lunda Tchokwe, Celebrou o 1.º Tratado de Protectorado com
Portugal 1885
Mwaantaangaand do Reino da Lunda
• Nkonda Matit (Séculos XI ou XVI) não há precisão.
• Cibind Yirung (Governou entre 1600 - 1630) (TCHIPINDA ILUNGA)
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• Yaav I um Yirung (Governou entre 1630 - 1660) (YANVUA YA
ILUNGA)
• Yaav II um Nawej (Governou entre 1660 - 1690) (YANVUA YA
NAWEJI)
• Mwene Dumba Watembo, Rei dos Lunda Tchokwes, 1874
• Rei Mwene Kapenda Kamulemba, 1885
• Dom Mwata Jamwo Kauma, Rei da Lunda, 1928
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No proximo texto falaremos de TSHIBINDA ILUNGA (Cibind Yirung), do
MUAAT YAAV e do nascimento do TCHOKWE (Aioku) e as dinastias das
ambas as partes, até a fundação em 1956 do ATCAR Movimento do
resgate da Independência do REINO DA LUNDA, este movimento
também conhecido por Associação dos Tchokwes de Angola, Congo e
Rodêsia Britânica, fundada por Abrás Muhunga Muatchissengue
Watembo e Smart Tchata, a partir do Congo Bélgica.
Dom Mwata Jamwo Kauma Rei da Lunda, 1928
Soba Lunda
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O Reino Lunda, que no Séc.XVII chegou a ser um dos grandes
potentados de Africa, foi fundado no início do Séc.XVI, por
Mwatiânvua e sua mulher Lukocheka.
Segundo a tradição lunda, Mwatiânvua era descendente de Lweji,
filha de Kondo grande chefe lunda, que era casada com o grande
caçador Luba Tyibinda Ilunga. Depois da morte de sua mãe,
Muatiânvua, submeteu várias tribos lundas e formou um Reino, nos
finais do séc. XVI.
Embora fosse um Reino só e coeso em todos os aspetos e sentidos,
Mwatiâmvua governava a metade Norte e a Rainha Lukocheka
reinava na metade Sul. Tinham poderes iguais, e as decisões que
fossem concernentes ao Reino como um todo, eram baseadas no
consenso dos dois, ajudados pelo conselho de seculos (velhos).
Era um Reino economicamente
muito forte, com agricultura muito
bem estruturada, com milho,massango e massambala,
trabalharam o ferro, o cobre e os
tecidos, foram fortes no comércio
de escravos, marfim e tecidos.
No Séc. XVIII, uma parte do
povo decidiu migrar para a
região do atual Moxico,
dando origem ao povo
Tchokwé (Kiôco). Foi o
primeiro sinal de fragmentação do Reino Lunda, que talvez fruto do
crescimento econômico, ou das facilidades de vida, dadas pela
exuberância do solo, foram-se entregando mais aos prazeres da vida
do que aos interesses do Reino.
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Depois de lutas com os Tchokwé até ao fim do século XIX, os Tchokwé
sublevaram-se definitivamente, forçando as barreiras de governantes
lunda que os cercavam e expandiram-se rapidamente para norte e
sul.
Lundas e Tchokwes
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Há muitos séculos atrás os Lundas e tchokwes tinham sido um povo
só. Saíram do mesmo núcleo, a grande diferença é que os Lunda
ficam no seu território desde sempre, os tchocwe transformam-se
num grupo de extrema mobilidade que a partir do século XVI percorre
todo o país. São essencialmente caçadores e comerciantes saindo,
por isso, em busca de marfim borracha, etc. Essa extrema mobilidade
não lhes permite desenvolver estruturas políticas tão pesadas como
era a hierarquia da Mussumba, por isso fazem aquilo que se chama a
diáspora Tchokue, inflectem para o sul, dividem os Nganguela ao
meio. Angola tem Tchokwe em todo o território. No final do século XIX
os Tchokwe regressam ao seu território de origem, tomam,
militarmente, o poder dos Lunda e absorveram as suas instituições.
Em 1885, ocorre a primeira invasão Tchokwé, que munidos de armas
capturaram seis mil lundas, após Musumba, a capital do império, ter
sido saqueada. Dois anos depois, em Janeiro de 1887, ocorre uma
nova invasão Tchokwé. Musumba foi incendiada e os lunda ficaram
sob domínio Tchokwé, até ao final do século XIX.
Os Tchokwé estabeleceram então o seu próprio reino com a sua
língua e costumes. Os chefes lundas e o povo continuaram a viver na
região lunda porém diminuidos de poder.
A expansão dos Tchokwé levou-os para além das fronteiras de
Angola, encontrando-se grandes núcleos
na República Democrática do Congo e na
Zâmbia.
Dominação Européia
No início da era colonial (1884) o coração
da terra lunda foi dividido entre a Angola
portuguesa, o Estado Livre do Congo do reiLeopoldo II da Bélgica e o noroeste da
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britânica Rodésia, que viriam a tornar-se em Angola, R.C.Congo e
Zâmbia, respectivamente.
Em 1908, o Estado Livre do Congo deixa de ser propriedade da Coroa
e torna-se colónia da Bélgica, sob o nome de Congo Belga,
permanecendo assim por quase 60 anos. Por sua vez, o Império
Lunda – inicialmente repartido entre o reino Portugal e o Estado Livre
do Congo –, encontrava-se, desde meados do século XIX, em
decadência, já que Cadeira de um Soba Lunda
“o poder do Mwant Yaav, em larga medida apoiado no comércio de
escravos, acabou por ser afetado pela abolição deste tráfico”.
No início do século XX, após a expulsão dos Tchokwé que acabaram
sendo vencidos pelas forças coloniais portuguesas, por volta de 1920,
o Império Lunda já havia perdido alguns territórios e muito do seu
poderio inicial. Diz-nos Manuela Palmeirim que “é decorrente deste
contexto histórico que muitos grupos distintos a nível linguístico se
encontram frequentemente designados na literatura como ‘povos
lunda’, hoje grupos inteiramente autónomos mas que, outrora,
partilharam uma unidade política comum sob a autoridade do Mwant
Yaav e que reconhecem esta ligação através de um corpus de
tradições orais. Podem ser referidos como “lunda” – para além do
próprio grupo a partir do qual o império se originou e que ficariam
conhecidos na literatura por ‘lunda do Mwant Yaav’ (os aruwund) – os
ndembu (ou lunda-ndembu), os yaka, os luvale (também designados
por lunda-baluvale ou lwena), os imbangala (reino de Kasanje), as
gentes do Luapula sob o domínio do rei Kazembe (…)”.
As variantes linguísticas
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Os Lunda-Tchokwé são o grupo etnolinguístico predominante do
nordeste de Angola, tendo-se estabelecido, em finais do século XIX,
nas províncias
administrativas
da Lunda-Norte,
Lunda-Sul e
Moxico, mas
estendendo-se,
posteriormente,
até ao interior da
província da
Huíla.
Segundo
Vatomene
Kukanda, este grupo apresenta poucas variantes linguísticas. Na
província da Lunda-Norte predominam o lunda, o Tcokwe (kioku), o
mataba, o kakongo ou badimba e o mai. Na província da Lunda-Sul: o
Tchokwé (kioku). Em uma parte da província do Moxico: o lunda-lua-
shinde, o lunda, o ndembo e o Tchokwé (kioku). Noutra parte das
províncias do Bié e do Kuando-Kubango: o Tcokwe (kioku).
O artesanato Lunda e os desenhos na areia
Apresentavam, em 1960, uma população de 360 mil pessoas, que se
espalhavam por milhares de quilómetros
quadrados, não apresentando, por este fato, uma
população densa. Por tradição, são caçadores
savânicos, embora hoje vivam da agricultura.
São também grandes artistas a trabalhar em ferro
ou madeira. José Redinha revela-nos que os
Tchokwé constituem a parte que mais se destaca
neste grupo etnolinguístico e que a designação
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Lunda-Tchokwé é, a bem dizer, de ordem histórica, porque, na
realidade, quem predomina são os Tchokwé.
Máscara Lunda
Para além de hábeis em várias espécies de
artesanato, os Tchokwé (kioku) ou Quiocos (na forma
aporteguesada), estando na aldeia ou no
acampamento de caça, sentados à volta da fogueira
ou à sombra de árvores frondosas, costumam passar
o tempo a conversar e vão ilustrando os temas
dessas conversas com desenhos na areia. Muitosdesses desenhos, de acordo com Paulus Gerdes,
pertencem a uma velha tradição. Referem-se a
provérbios, fábulas, jogos, animais, etc. Acabam por
desempenhar um papel importante na transmissão
do conhecimento e da sabedoria de uma geração para a seguinte.
Escultura Lunda
Os povos em busca de outras terras
Seculo XVI
A Língua Lunda
Lunda Ruwund – este povo habita hoje as Regiões de Kapaña e
Sanduwa (Província de Katanga) e Kahemba (Província de Bandundu).
Lunda-lwa-Musokantanda – habita a Província do Kolwezi no Congo.
Lunda-lwa-Ishindi (ndembu) – habita o Município do Alto Zambeze
(Angola), Zambezi District (Zâmbia).
Lunda-lwa-Kazembi – habita uma parte do Congo na Região de Karinji
e Luampula Province (Zâmbia).
Lunda-Mbwela – habita na Região de Kapompo Province (Zambia).
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Lunda-Minuñu (minungo) – Alto Zambeze (Angola), mais
concretamente na Região de Kayanda.
Lunda-Chiseña (chissenga) – habita a Região de Mwenilunga Province
(Zambia).
Lunda-Nkoya - habita na Região de Kapompo Province (Zambia).
Lunda-Kawondi - habita na Região de Kapompo Province (Zambia).
Lunda-Mataba – Lunda Norte, Lunda Sul (Angola)
Todas essas se entendem, apesar das diferentes sotaques e o seu
alfabeto é único!
Estados:
Estado de Kazembi, Estado de Ishindi, Estado de Kanoñesha e o
Estado do próprio Imperador.
Este período foi caracterizado por uma politica de expansão e
conquista, conforme a seguir se descreve:
Depois da confirmação de Iluga Chibinda a cargo supremo da Lunda,
esta entronização para e alguns Lundas foi considerada nojenta e
alguns Chefes da Monarquia Lunda ficaram triste e começaram dizer:
Desde princípio do Império Lunda nunca se verificou coisa
semelhante!
Este é Chibinda proveniente dos Lubas, posto cá, é feito esposo da
Rainha e Rei da Lunda? Coisa nojenta!
Em toda Mussumba já se lamentavam e, passada a alegria de ter uma
Soberana Popular, agora punham em causa a decisão do conselho da
Lunda de ter escolhido uma mulher, contra todas as tradições e
costumes dos Lundas. Os grupos Lundas que habitavam o Mussumba,
concentrados e alguns decidiram retiraram-se
em grupos, levando consigo seus parentes que aceitavam abandonar
o poder do Chibinda e dirigindo-se para áreas que lhes convinha.
Andaram matas e matas até atingir os rios Ndembu Mafunda e
Ndembu Kakensi em katuka-ñonyi, onde surgiu a ideia de dirigirem-se
para área onde Quinguri e outros irmãos foram.
No seu corredor para o litoral onde o Quinguri fora, encontraram no
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entanto, forças hostis que provocaram alteração da intenção dos Reis
Ishinde, Kazembe, Ngola Kilwanje e outros, havendo então um
retrocesso para leste, indo atingindo as mediações do rio Mukulweji.
Para uma Organização segura e tradicional, os grupos chefiados pelos
Príncipes e Infantes do Rei Iyala Mwaku Matiti, começaram ungir seus
Responsáveis (Sobas) que iam cuidar da tradição, da cultura e do seu
povo, assim feita: elegeram os seguintes Chefes: Nswana Mulopu,
Ifwota Muteñi, Chinunki Lukonkesha Mukanda-nkunda, Chinyemba
Chalutuwa Makunku – kufwa kwa Chinyemba majila hiya kubunda,
Kalala I Katembu, Mweni Mpandi, Mbumba, Nyamwaana, Nyambanza,
Kadya-Mpumba, Mwana-Titi, Kakwati, Mbandu, Mpumba-Nyamazembi,
Chishimukulu, Sayiluña, Saluseki Lwangunga Kafweku Kekumi
Deyambi, Kemeshi, Kambuxi, Ishindi II, Mwadi Kamoña (filha), Mweni
Dinyika, Mwanvu Walukiña Menji e outros.
A caravana chefiada pelos filhos do Imperador indicara o chefe
Kafwana Musokantanda, filho do Mwanta Musokantanda, para
proceder com a entrega de Tendal Humano da Monarquia Lunda aos
chefe indicados.
A partir daquele momento o chefe Kakuña deixou de ser chamado
Kansas, optando pelo nome Kakuña Nyamayembi Kafwana
Chifwanakeni.
Este processo aconteceu entre meados do século XVI (16), segundos
dados dos nossos velhos.
Terminado o acto de eleição, movidos pela profunda dor disseram: “
estamos neste momento a passar um período de angústia, os Lundas
estão sendo separados, quer para caminharem para a desordem,
quer para entrarem na escravidão e destruição; a verdade é: “ o
próprio destino está agora sendo projectado pelo modo que os
Lundas que se separam venham a alcançar terras melhores” e
começaram espalharem-se em todas as terras; assim em Kasaña
ficou o regedor Kasaña. E, Kazembe, Musokantanda, Ishindi, Kazanda,
Chinunki, Ngolu Chilwanji, Kakoma Mañandi, Sayiluña, Nyakaseya
Kanyanta, Kanyama, Nyamwana, Chipawa Chakawaña, Nyilamba,
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Chinunki Mukanda-Nkunda, Chidata Lukonkesha, Chipawa
Chakawañu, Fwebi Chinyanta, mais outros e algum povo fora para
Mukulwenji, onde ergueu-se o seu Palácio provisório (local de
consentração). Saíam desta localidade e iam procurando outras terras
para fixação, em marcha de busca de novas localidades, a cabeça
estava o Chefe Chidata Lukonkesha -Wa-Data-Yejima,
Kambuzi(Kawewa-Sanyiyeñu) e Ifwota II, são estes que tinham o
poder e toda a magia, e por onde estes passavam não havia ninguém
que os impedia e tudo ficava sob suas demolições, até os Mbwela de
Zambeze temeram dos mesmos; dando origem a diversas tribos que
tomaram o nome dos rios e margens das quais se estabeleceram.
O Fwembi Chinyanta foi morto no acampamento provisório por
motivos da fuga do mujimbu combinado sobre o sal-gema, pois
naquela altura em toda a Região Lunda havia carência de sal.. Na
procura de novas terras para viver, descobrem uma chana que tinha
sal-gema (sal de capim) e o grupo combinou não contar nada a
Luweji. Então o Fwembi não foi rígido em manter o silêncio e
secretamente envia recado a Luweji dizendo que tinham descoberto
uma chana de sal.
A Rainha Luweji responde, criticando o mau comportamento dos seus
parentes em não dizerem nada sobre a descoberta do sal.
Percebendo-se do que ocorria em torno do combinado, descobriu que
foi o Fwembi o traidor, Kazembi Mutanda aguardou a sua fúria e
depois da retirada dos demais, matou o irmão, cortou-o as mãos e
meteu-as na panela de feijão que cozinhava para o jantar e o seu
corpo foi amarrado nas cordas e botado nas águas do rio Mukulweji,
ao atirá-lo nas águas, o Fwembi Chinyata disse para o seu irmão
Kazembi o seguinte: “ me cortaste as mãos e o meu corpo está sendo
botado nas águas de Mukulweji, serei o dono destas e ninguém
atravessará o Mukulweji sem meu consentimento, pois serei feroz, o
meu horror será para todos, acalmarei quando vocês cruzarem
perante a mim, dando me honra.”
E, do regresso dos demais procuraram dele e não o viram.
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Chegada a hora dos chefes jantarem, depois de todo o jantar que foi
o feijão e viram as mãos de Fwembi na panela em que tinha o feijão
que comiam e, estes ficaram tristes dizendo: Mutanda cheiroso de
óleo humano, nos fizeste comer as mãos da nossa irmã, nós não
comemos carne humana e porque nos deste a carne do corpo dela?
Levantou-se uma enorme confusão e depois do desentendimento,
Ishindi, recorda da Região que o ex-pescador de seu pai Yala Mwaku
havia dito sobre as terras de Zambeze e em companhia de Ngolu
Chilwanji, Chinunki, Kazanda, Kakoma, Sayiluña, Chidata, Katema,
Kwelendendi e outros dirigem-se para a área de Kolwezi e atingem o
kasayi para o oeste com fins de alcançar Angola, um grupo habita o
Ndala onde residia o regedor Mwanvu Walukinga Meya e outro fixa-se
no Dilolu.
Até ao nosso momento, os Lundas na Mussumba quando se aproxima
a data que Fwembi foi morto, dão honra, ofertando muito víveres e
cabeças de gado nas águas de Mukulweji para limpar a má imagem
protagonizada pelo Kazembi e ter bênção para travessia do rio
Mukulweji.
Quando os Lundas estão dando honra a este que se transformou
monstro e dono das águas do Mukulweji, ele sai das águas para fora,
apresentando o corpo divido: parte superior apresenta corpo humano
e a inferior apresenta corpo de peixe; nessa hora tem-se registado
perdas de vidas humanas por enchente de gente que quer se
aproximar para o ver., é uma cerimónia de grande envergadura.
Passadas épocas chuvosas e épocas de cacimbos, o Rei Ishindi
convoca uma reunião extraordinária para tomada das decisões de
evadirem os Lunda Mbwela e os Lozes que habitavam o Zambeze,
esta reunião teve lugar em Dilolu, Região dos Sobas dos Lundas
Tubungos-Tubuñu: Kwelendendi, Kakamba, Muñumbwa, Nyamoji e
Katema Kanzenzi, mais concretamente no período da noite, segundo
os nossos narradores.
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Se repartiram, no instante indicou-se o Regedor Chinunki
Mukandankunda, Chidata e Ifwota Muteñi I, para chefiar a caravana
Lunda com o destino a Zambeze e aconselhando-o no seguinte:
“guardar sigilo Soberano, não divulgar intenções sobre a organização,
métodos de actuação, guardar também a lealdade, não aplaudir e ser
fã de outras tribos, ser Regedor coerente e agradável.” Em seguida
iam os Chefes: Ishindi, Ngolu Chilwanji, Kazanda, Sayiluña e outros,
assim o poder Lunda foi ganhando expansão na Região Leste e
Zâmbia.
O Rei Ishinde despedindo-se com os sobas Lundas que habitavam o
Dilolu disse-lhes o seguinte: Quinguri defendia a tradição Lunda e seu
Reino, se a Rainha Luweji não cometesse, hoje estaríamos na capital
a beber e gozar das nossas terras e honrar os deuses do velho Mwaku
Matiti. A Ideia do irmão Quinguri para nós foi perfeita e está bem
clara…
Na localidade de Massibi – Luau, fixa o regedor Chinda Nyitondu
Kambuzi Mbaza Chimunyi - Kawewa Sanyiyeñu ( homem cruel e dono
das armas)., esta monarca está dividida em duas: Dilolo-Angola e na
República do Kongo Democrático.
Postos em Zambeze / Kazombu, fixaram mais concretamente na área
de Kahuñwa e Mela.
Em Kahuñwa, no primeiro encontro dos Sobas Lunda ali habitados
para serem enviados às novas áreas para habitarem, o Rei Ishindi
discursava o seguinte:
“ tomarem as posições, pois a aflição dos que tiveram sofrendo vai
acabar, no passado, os Lundas humilharam multidões de tribos, mas
agora nós vamos tornando famosa a nossa Região que vai todo o
Zambeze. O povo que andava com as mãos na cabeça agora está
vendo uma luz forte, a luz dos seus Sobas vai brilhando sobre toda a
Região Leste.
As guerras protagonizadas pelos nossos parentes por causa dos
despojos, já não terão mais lugares aqui no Leste, eles ficaram com a
Região de (Ñaña-Beligiki)Gago Belga (Dilolo). O nosso inimigo que nos
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dominava acabou. Agora alegrem-se povo Lunda pelo que temos
honrado. Recordai das regras: “não comerão no mesmo prato com o
povo, não marcarão presença aos óbitos ocorridos nas aldeias das
vossas populações, não lavarem-se ou tomar banho nas praias onde a
população banha, ao cruzarem no caminho com a população, este
prostrará diante de vocês em honra a tradição da Monarquia Lunda.
Fazer isso, nós somos Lunda e não somos a mistura. E, VÃO” antes de
os chefes consagrados partirem para as sua novas terras, houve
alegria e danças de chiyanda, sikinta, kamukulu, e nkaaña, exibindo
seus palhaços pelos bailarinos e cantando no seguinte: “chadiñi
kumuchima chinafumukoo-oo” traduzido – o que residia nos corações,
hoje está desfeita. Os Sobas partiram. É assim que nos foi narrada.
Por motivos daquele território não possuir espaço para
acomodamento de vários Reis, o Ngolu Chilwanji entende abandonar
o local e procurar outras terras para fixação e partiu em companhia
de sua família e de algum povo lunda que se chamava Nkoya, foram
em direcção a Sul seguindo o percurso do rio Kwanza e veio alcançar
o Kwanza Sul, deixando aqui o seu povo e parentes e ele seguiu para
o litoral sempre em procura de terras úteis.
No Zambeze, os Lundas chefiados pelo Rei Ishindi, começaram a
combater contra os Lunda Mbwela e Lozes que habitavam o referido
território, com fins de ocupar as referidas terras, que abrange de
igual modo o Balovale-Zâmbia.
Estas sangrentas luntas surgiram por motivos de riquezas. Entre os
Lundas de Ishindi e Lunda Mbwela. Para os Lundas de Ishindi, ( Lunda
Ndembu nome originário do rio ndembu, onde este povo havia
concentrado para tomada da decisão que lhes dava sucesso nos seus
planos de procura de localidades que lhes convinha e o nome de
Ndembu ficou patente apenas para a sua distinção), não havia razões
de conflitos entre irmãos, mas por os Mbwelas coligarem-se com os
Lozes e levantavam argumentos de não cederem terras aos Lundas
de Ishindi para fixação e beneficiarem do solo de Zambeze, e assim
as guerras começaram.
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Os adversários do Rei Ishindi não ofereceram resistência, tiveram que
abandonarem certas localidades e estacionarem-se nas terras de
Cassombo-Makondu-Angola, onde foram ressacados pelas forças dos
sobas: guerreiro Chipawa e de Kakuña Nyamayembi, ouve mortos e
vários prisioneiros feitos e servidos escravos dos Lundas de Ishindi.
Os que escaparam desse assassinato, foram fixar-se em kabombu,
kawoma-makoya-Zambia, Sul de Angola e alguns imigraram-se para
Canada, onde os Americanos não os deixaram regressar a africa, pois
estes eram bons ferreiros e foram aproveitados pela raça branca e
foram gerando a raça negra em Canada até ao momento.
E, o Rei Ishindi orienta os dois chefes Chipawa e Kakuña Nyamayembi
e seu povo afim de habitarem o território de Cassombo-Makondo.
Ocupar a terra, desbravá-la e cultivá-la, era a preocupação principal
do povo Lunda. Pelo que aos Chefes Chipawa e Kakuña Nyamayembi
– mãe mais nova do Regedor Chipawa, o Rei Ishindi os tratou de
Comandantes de Guerra, conhecedores de magia de guerra dos
povos Africanos.
Depois destas lutas entre Lundas, tiveram período de paz e
reconciliação até ao momento.
Outra população habita as terras da Lunda Angola na margem do rio
Kwango, no Chitatu, Kaungula e mais.
O Soba Saluseki Sayiluña fixa-se no Mwana-Kimbundu e o seu irmão
partiu com o Rei Ishindi para Rodésia do Norte ( Zâmbia ).Chilumbu I
e Chinyama fixam-se em Chitatu / Lovwa e o Chilumbu II fixa em
Kavungo – Zambeze em companhia de seu Chefe maior o Rei Ishindi,
Mutunda wa Ngambu fixa a sua residência entre Lukuse e
Lungwevungu, o Dinyika fixa-se entre-os-rios Lungwevungu e
Zambeze.
A Kalumbu Nkondi fixa-se no Ndala; é aqui onde veio a gerar as suas
filhas Kawañu e Kutemba. As filhas de Kalumbu abandonaram o
Ndala, indo a procura de novas localidades para viver e ergueram o
seu Pátio no território de Soba Kameya e estendendo a sua Monarca
para além rio Lwena que abrange a área de Lihumbu-Lya-Ngambu ou
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Chivale, é aqui onde também viveu Kayombu Kakutemba.
No Lihumbu-Lya-Ngambu é onde estas personalidades da tradição
Lunda perderam a fala língua Lunda, optando a língua Mbwela, língua
do povo que juntos compartilhavam.
Um pouco tempo depois, inventaram a língua Luvale para
distanciarem-se dos Lundas e da sua fala, culminando com planos de
guerra contra familiares.
Depois das ocupações das terras que cada povo lhe convinha, no
século XVII (17), surge invenção de línguas e culturas diferentes da
originalidade Lunda, a expansão foi distanciando da progenitora
Lunda, mas, para a população local não existe a fronteira, se existe
limite é uma questão da divisão politica.
(Felisberto M. Kazembe – historiador lunda (Efulemo Ngomi “falecido”
2010 )
Referindo a posição Lunda, a escritora Manuela Palmeirim, escreveu,
“ no princípio do século XX (20) após a expulsão dos Chokwe que
acabaram sendo vencidos pelas forças colonial Portuguesas, por volta
de 1920, o Império Lunda já havia perdido alguns territórios e muito
do seu poderio inicial.
É decorrente deste contexto histórico que muitos grupos distintos a
nível linguístico se encontram frequentemente designados na
literatura como “povos Lunda” hoje grupos inteiramente autónomos
mas que, outrora, partilharam uma unidade politica comum sob a
autoridade do Mwachiyavwa e que reconheceram esta ligação através
de um corpus de tradições orais. Podem ser referidos como “Lundas”
– para alem do próprio grupo a partir do qual o Império se originou e
que ficariam conhecidos na literatura por “Lunda do Mwachiyavwa”
(aruwund) – os Ndembos (ou Lunda Ndembo), os Yaka, os
Luvale(designados por Lunda Luvale ou Lwena), os Imbangalas(Reino
de Kasanje), as gentes do Lwampula com o domínio do Rei
Kazembe(…)”.
Civilizaçõesafricanas.blogspot.com/2010/02/reino-de-lunda.html /
pag.3
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O grupo do Rei Kazembe em direcção onde fora, veio atingir a
Rodésia do Norte e fixa-se nas terras de Lwampula-Zambia. Este
acontecimento foi na primeira metade do século XVII (17); uma
migração dirigida por Mweni Mpuntu Kasoñu, coadjuvado de Chefe
Chinhama Kamutete Kakiña Nduma Chimoñu.
Algum povo deste rei migrou-se para Moçambique, Malawi, Tanzania,
etc.
O grupo Chokwe, segundo Vatomene Kakanda, este grupo apresenta
poucas variantes linguísticas. Na Província da Lunda-Norte
predominam o Lunda, o Chokwe, o Mataba, o Kakongo e o Mai. na
Província da Lunda-Sul: o Chokwe. Em uma parte da Província do
Moxico: o Lunda-lwa-Ishindi, o Lunda Minungu e o Chokwe. Noutra
parte das províncias do Bié e do Kwando-Kubango: o Chokwe.
Civilizaçõesafricanas.blogspot.com/2010/02/reino-de-lunda.html /
pag.4
DILOLU - Lar Lunda
A região de Dilolo, historicamente foi o primeiro Quimbo dos Lundas,
pensa-se estabelecer nesta parcela o poder monárquico Lundas e
tomar a peito o seu passado, embora as guerras tribais moveram o
poderio Lunda nesta localidade, mas a sua história faz fé aos ritos dos
seus antepassados, por isso o Dilolo é Lunda.
A localidade possui a extensão de 9.659 km2, a sua população é
mista e estima-se em 11.580 habitantes, a maioria desse povo
provem da República do Congo.
Katema Kanzenzi, Nchima, Kakamba, Muñumbwa e Nyamoji, são os
chefes Lunda que habitam a Região.
Dilolu compreende os seguintes limites: A linha do rio Luvuwa desde
a confluência sudeste dos rios das suas duas divisões, na localidade
de Chimudi à confluência do rio Kawanda; o curso deste à sua
nascente, a linha que une as nascentes dos rios Kawanda e Lwawu; o
curso do rio Lwawu até ser interceptado pela linha da fronteira com a
República da Zaire, a linha de fronteira desde o curso do rio Lwawu
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até ao marco-22, passando pelos marcos-25, 24 e 23, a linha que une
o marco-22 da fronteira do mesmo país à nascente do rio Chikalweji;
a linha quebrada que junta esta confluência às nascentes dos rios
Lusweji, Mbowela e Katochi e a confluência do rio Mavunda para rio
Lwena; o corredor do rio Lwena compreendido entre as confluências
dos rios Mavunda e Chimona, o curso do rio Chimona à sua nascente;
a linha que junta as nascentes dos rios Chimona e Kawanda e para
além.
Dilolu na outrora foi a Capital do povo Lunda Ndembo, onde
habitavam as personalidades:
Ishindi Kasoñu, Ngola Kilwanje Kasamba, Sayiluña, Kanoñesha,
Chinunki Mukanda-Nkunda, Ifwota II, Chishimukulu, Diwanyika,
Njamba, Chavuma, Chibanda Sakayoñu, Nyakambumba, Chiyeki,
Nyakuzaza, Ntambu, Nyamushidi, Chanyika, Kazovu, Kanyama,
Nswana-Ndumba, Kapopolola, Sachiñoñu, Nyamboñi, Kabuñu,
Samwañala, Chibwika, Makañu, Chipopu, Mulumbakanyi, Kapaña,
Kamoña Lukonkesha ( descendente da geração que deu vida a Rainha
Nginga Mbandi ), Sampoku, Sandundu, Kalala, Iseki, Madata,
Kamocha, Nyakahona, Chidata, Muhunda, Sachiwaya, Mweni-Yambeji,
Samutela, Nteti, Ndumba – Samwañala, Kalala, Ishindi Kasamba
(irmão do Rei Ngola Kilwanje), Muwema, Mwana-Wuta, Mpidi, Ishima,
Nyawulembi, Nyamwana, Musumba, Kalukañu, Kakeki, Samayoña
Mpola, Chisamba, Nswana-Ñaña, Chipawa, Nyakuleña, Kafwana
(Kakuña Nyamayembi), Kaneña, Kañwanda, Nyambanza Kema,
Chilumbu ou Chituñu, Chihañu, Kwelendendi, Kapondola, Chitenda
Dinyika, Nyanama Ndoñu, Katema Kanzenzi, Nchima, Kakamba,
Muñumbwa e Nyamoji.
( Rei Lunda “ Ishindi III 2001 ) de modo similar, mais tarde quando
algumas pessoas de clãs descendentes da Lunda foram tomando o
conhecimento da verdade, ficaram cheios de inveja e ciúme, usando
as suas línguas dizendo mentiras sobre os Lundas, contando o
passado destes de maneiras diferente, enquanto a verdade é uma e
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toda a gente sabe. É claro que não é possível esconder a verdade,
evitando desse modo o atrofiamento do sentido do nosso passado.
Os Lundas abandonam a Região de Dilolo Seu primeiro
Quimbo
Os Lundas foram e são sempre Lundas, o seu objectivo principal é
esclarecer a verdade e transmitir o conhecimento relacionado com o
passado desse povo, pois muitos vivem fora da verdadeira Lunda,
optando em inventar histórias não constituídas.
Falar do primeiro Quimbo dos Lundas de Ishindi Iyala e devido a
morte de seu parente Fwebi Chinyata, morto pelo Rei Kazembi
Mutanda em Mukulweji Congo, levantou-se uma enorme confusão
entre eles e depois do Ishindi, recorda da Região que o ex-pescador
de seu pai Yala Mwaku havia dito sobre as terras de Zambeze e em
companhia de Ngolu Chilwanji, Chinunki, Kazanda, Kakoma, Sayiluña,
Chidata, Katema, Kwelendendi e outros dirigem-se para a área de
Kolwezi e atingem o kasayi para o oeste com fins de alcançar Angola,
atingindo assim a Região de Dilolo e outro grupo foi habitar o Ndala
onde o soba Mwanvu Walukinga Meya é o Regedor local.
A Região do Alto Zambeze é povoada de duas tribos: Lundas e
Lwenas, a Lwena ocupa ilegalmente as terras desde Dilolu à Nana-
Kandundu. Os Povos pertencentes a esta raça habitavam outrora
Kalunga Kameya. Pouco a pouco foi escorraçado, fazendo guerra à
tribo lunda que então pertencia as terras de Dilolo até ao Zambeze;
de modo que a raça se estendeu até limite com a República da
Zâmbia.”
A Brochura o “ Capitulo Nono ao Sul do Kwanza, – O Moxico,
Julgando que estas guerras deveram-se ao choque de interesses; do
lado dos Lundas defendia a sua legitimidade e do outro, defendia
para lucros pessoais.
A Brochura o “ Capitulo Nono ao Sul do Kwanza, – O Moxico, pag. 461
e 463. Relatório Português: não fujo a tentação de reproduzir na
íntegra pelo seu real valor:
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“A História dos Povos de Nana Kandundo, que engloba duma forma
geral a de todo o Luvale, legaram-no-la o comandante de Nana-
Kandundo, Manuel de Melo Lindo, no seu relatório de 31 de Julho de
1907 e o capitão Frederico Teixeira de Azevedo, no seu relatório de
25 de Fevereiro de 1908. não fujo a tentação de reproduzi-la na
integra pelo seu real valor:
Em época que não é fácil precisar, a soba Liavongo, mãe da
Nyakatolo, sai de Malanje donde era natural e fazendo-se
acompanhar de todos os seus parentes, interna-se por esse vasto
sertão e vem assentar arraial nas margens do rio Lwena e próximo do
soba Kakengi com quem não foi difícil relacionar-se e ate se vera esta
fama sobre quem passou a exercer algum poder, devido ao arsenal
bélico de que ela dispunha o qual na sua maior parte era composto
de espingardas e pólvoras, ao passo que o dele resumia-se a dardos e
flechas.
Em 1855 nasce a sua Nyakatolu.
Durante alguns anos de permanência ali a soba Kavango empregou
toda a sua actividade em praticar razias, única forma porque todos os
sobas nesse tempo idos enriqueciam, e assim conseguiu não só criar
prestígios, mas também obter afeiçoados a quem patrocinava e
escravos dos quais: alguns eram mandados vender a Kalumbu e
Golungo Alto por espingardas, pólvora e outras mercadorias, quando
o grupo de escravos chegava ao destino, faziam leilão para não
demorar, e levados de navios para os países de destino. Fazendo da
guerra um negócio lucrativo tanto para os vitoriosos como para os
derrotados. Portanto a condição de escravidão dessas pessoas
comoveu os espíritos dos Lundas e a sociabilidade de vizinhança
recíproca entre parentes, teve o fracasso até ao nosso momento. Este
negocio segundo os narradores, “veio a perder as suas vantagens a
partir dos anos 1887, porque nos países em que os levavam para os
venderem, os Estados Unidos em 1888 reduziu esta actividade.
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Desde o Dilolu até ao rio Luchiquinha afluente da margem direita do
Zambeze e além este rio desde a margem esquerda do seu afluente
Lwizabu até à margem direita do Muhako, habitavam os Lundas que
tinham por sobas Katema Kanzenzi, Kwelendende, Mufwinda, Katutu
e outros.
Para leste desta fronteira até ao Kalombu habitavam os Lundas de
Bissenge que reconheciam por seus sobas Kanoñesha, Muhunda e
outros.
Devidas sem dúvida as constantes remessas de escravos que a soba
Liavongo (Kawañu) enviava para os mercados já referidos, alguns
sobas aqui, abandonaram o seu lar paterno.
E ei-los a invadir esta região próximo das nascentes do rio Luvuwa e
quais feras insaciáveis lançam-se sobre os Lundas aquém perseguem
até a margem esquerda do rio Kavungo, onde assentam arraiais
provisoriamente.
Esta foi o primeiro golpe para a decadência dessa desventurada tribo.
Enquanto os Lundas de Mwanchiyavwa cantam hossanas pelas
vitórias que haviam obtido no Lwena, pranteiam a morte do soba
Liavongu que deixou por sucessora a sua filha Nyachikeka Nyakatolu,
mãe da Nyakatolu Chisengu.
Foi pouco tempo depois da morte de sua mãe, ela saiu das margens
do rio Lwena, atravessa o chivumage e rompe as hostilidades com os
Lundas que povoam a região Dilolu, os quais não sendo importantes
para lhe resistirem abandonaram libatas e seus haveres e refugiam-
se em terras de além Luluwa onde alguns companheiros de infortúnio
já se achavam para se escaparem ao vandalismo dos de Mwanta
Yavwa.
Fundou então embala no sitio do Pau (é assim que se chamavam esse
lugar), um pouco ao norte do lago Dilolo e aí se conservou algum
tempo até que a abandonou de vez para novamente se lançar no
caminho de perseguição aos infelizes Lundas que já não tentavam
resistir-lhe e só procuravam pôr a salvo as suas vidas, ora seguindo o
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caminho dos demais ora refugiando-se além Zambeze onde ainda
hoje existem alguns.
“ Não satisfeita com a derrota que havia infligido aos Lundas de
Micozo, ei-la a preparar-se, achando-se já então na margem esquerda
do Luvua do Chamatu, para chamar a contas os que vibraram o
primeiro golpe contra esses – os Lundas de mwanta Yavwa ”.
“ se para subjugar os primeiros lhe bastava levantar a varinha do
condão – o chefe dos feitiços – para travar luta com estes era lhe
indispensável preparar-se cautelosamente, pois eram tão aguerridos
e ambiciosos como ela e por isso só se lançou contra eles quando
pressentiu a escassez dos seus elementos bélicos.
Nas duas primeiras investidas que ela contra eles fez foi obrigada a
retirar depois de estes lhe terem causado algumas baixas, o que
porém não contribuiu para que desistisse do seu intento, alias,
concorreu para nela mais se arreigar o desejo de os aniquilar e assim
quando ao terceiro e ultimo ataque ela contra eles se lançou foi tão
corajosamente que além de lhes causar muitas baixas, fez-lhes
muitos prisioneiros, obrigando-os a refugiarem-se para o Luchiquinha
onde actualmente ainda alguns existem e que têm por soba o
submisso Samwañala.
Se antes de travar a luta contra estes já tinha grande prestígio com a
derrota que lhes infringiu conseguiu implorar o nome e a
consideração em que hoje é tida ”.
“ O que é, a ela o deve.
Segundo diz o missionário Inglês F. S. Arnot, que em 1885 esteve de
passagem nesta Região para a Garanganja e que a ele se deve a
montagem da Missão Inglesa em Kalunda – Lunda Leste, esta ultima
contenda da Nyakatolo foi travada em 1883, data em que ela
estabeleceu a sua Embala na margem esquerda do rio Kavungo.
Passadas as primeiras impressões dessas lutas Sanguinárias,
Nyakatolo passa a criar pequenos sobrados onde coloca os seus
parentes e assim manda para: Katoji a sua irmã Nyamushidi, para
Lambenje, sua tia Nyamutenga, para Kalombu seu sobrinho Muyida,
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para o Chimwaji, seu sobrinho Sakawumba, para a margem direita do
Luvuwa do Chamatu, o seu sobrinho Njamba, para a margem
esquerda deste rio a sua sobrinha Nyakawumba, (ambos próximo do
Zambeze), para a margem esquerda do mesmo rio e a umas seis
horas para N. seu sobrinho Sakakira pelo que passou a chamar-se
soba Chamato, para Kagimini, sua sobrinha Nyakoto e para o Pozo,
seu filho Chinyama.
“ Só ela queria ser o que hoje 锓A Rainha dos Lwenas ”. Disse o
missionário F.S.Arnot.
À Conquista sobreveio a ocupação.
“Achando-se abandonada a região de Dilolu e por ocupar a parte
norte de toda esta região, de acordo com a Nyakatolu, os sobas
Kangamba e Katende saem da região de Kalunga ka Meya e são eles
quem ocupam estes pontos, estabelecendo-se naquela região,
Kangamba e na margem direita do Lwachi e próximo do rio Guenene
– Katendi que por sua vez manda os seus parentes: Nyamalapa para a
nascente do rio Chikalweje, Chitundo para a margem esquerda do rio
Mwande, afluente da margem direita daquele rio, Mwachisenge para
a margem esquerda do Mwande e Mbumba para a margem direita do
Lumbanjo e próximo do seu afluente Moji.
Mais tarde morre Katendi e o seu sucessor – o actual soba Katendi –
abandona a Embala do tio e vai fundar uma na margem esquerda do
rio Luluwa – C. I. Belga – continuando porém os demais parentes onde
presentemente se acham eles quem constituem a tribo de mbundas.
A Retomada da embala de Dilolu e a diversão dos numerosos e ricos
despojos, foi a origem do pomo da discórdia que surdamente
começou a lavrar entre os grupos designados. Durante o ódio houve
numerosas baixas de ambas as partes e os Lundas desejosos de
recolherem aos lares paternos, aproveitaram a primeira indecisão do
Chefe para passarem o Kasayi na margem do qual estavam
acampados.
Pela morte da Kavango (Kawañu) entrou na Embala a Nyakatolo
Nyachikeka Wamisele, a quem o destino preparava um lugar
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proeminente entre as demais tribos, Sendo de temperamento
irrequieto e ambiciosa por natureza e além disso criada e educada
num meio de aventuras a que sua mãe constantemente se lançava e
do que resultou ter-lhe deixado um sobado importantíssimo, não se
fez esperar muito que ela procurasse alargar a sua esfera de acção.
“Uma das primeiras medidas que tomou foi ordenar a guerra contra
os Lundas do Micozo (ndembo) que continuaram a viver nos
territórios do Dilolo.
Atravessou o rio Chifumaje e após alguns combates felizes, levantou
a Nganda no actual Pau, 3 horas a We. Luluwa, rio Congolês, foi o
refúgio da maior parte dos Lundas.
Novamente Nyakatolu se lança no caminho da perseguição aos
infelizes Lundas que já não tentavam resistir-lhe e só procuravam pôr
a salvo as suas vidas, ora seguindo o caminho dos demais ora
refugiando-se além Zambeze onde ainda hoje existe, onde aguardam
o dia almejado em que possam vingar-se da causadora da sua ruína
bem como dos seus afeiçoados.
Mas tarde os Lwenas romperam hostilidades comos vizinhos de leste
– Lunda de Mwanta Yavwa, tribo esta intrusa e conquistadora,
conseguiu derrotá-los e obrigou-os a passar o Luchikinya onde se
conservavam.
A última contenda da Nyakatolo foi travada em 1883, data em que ela
estabeleceu a sua embala na margem esquerda do rio Kavungo”.
Durante este período não permitiu ninguém produzir algo de
sustento, a reserva dos celeiros esta esgotando, arrastando-se com
dificuldades, incapazes de suportar o peso de perseguição, estavam
completamente sem perceber as razões e motivos da luta entre
irmãos. Cuja horror gerou fortunas fabulosas, apoderam-se (Lwena)
das terras, foram feitos chefes, ergueram palácios e constituições de
certas monarcas sem originalidade e sem o seu passado, pois a
abominação é para os Reis o praticarem a impiedade, porque com
justiça se estabelece o trono.
Ainda a mesma Brochura fala o seguinte:
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“ Povos oriundos dos territórios ao Sul do Lungue-bungo, onde a caça
era abundantíssima, passaram a viver muito dispersos após uma
guerra civil. 1850, mais ou menos, que só terminou após a morte do
soba Kanyewu-nyewu, homem cruel e de mau fundo.
Apaixonado pela falecida soba, Dilunga, dilunga a mais formosa
mulher do seu tempo, tomou o seu partido na ingente luta que esta
moveu àquele por causa da Embala de Kakenge.
Alem das muitas mortes causadas pela guerra, concorreu para cair no
profundo desagrado do seu povo, os pesados tributos destinados a
acudir às despesas. Pouco tempo, porém durou esta paz, pois que
algumas luas depois começaram a aparecer vários pretendentes à
vaga Embala, pelo que mais fundo lavrou a anarquia.
Um chefe de guerra de nome Dinyika – Lunda do Mwanta Yavwa, por
este enviado a razias os Lundas do Micozo, enriquecendo depressa
com as presas feitas, tornou-se independente e sabedor dos
acontecimentos por emissários seus que por lá tinha disfarçados,
seguiu na sua destruidora para o Sul.
Ainda ao Norte do Lungue-bungo recebeu varias propostas dos
principais pretendentes à sucessão do Kanyewu-nyewu e de tal modo
se houve nas respostas e no proceder, que conseguiu fazer-se soba e
por algum tempo foi estimado por todos os súbditos.
Ao seu espírito de guerreiro e às suas ambições é atribuída a
resolução de destruir o poderio de Kawañu, então no auge e cuja
fama se estendia já por territórios afastados. Depois de múltiplos
combates e guerra racial e conquistas, tendo entregue a Embala a um
Aristocrata Kambunda, ei-lo em marcha à frente dos seus numerosos
guerreiros Kambundas e Lundas em direcção a Kalunga Kameya. A
tomada da Embala de Kalunga Kameya e a diversão dos numerosos e
ricos despojos, foi a origem do pomo da descordia que surdamente
começou a lavrar entre os grupos designados.
Estava destinada a Embala do famigerado Jamba-ya-mina (afastado
salteador de negociantes), e onde era voz pública haver enormes
riquezas, para ser a causa próxima da explosão dos ódios latentes.
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Houvera numerosas baixas de parte a parte, e os Lundas desejosos
de recolherem aos lares paternos, aproveitaram a primeira indecisão
do chefe para passarem o Kasayi (cassai), na margem do qual
estavam acampados.
Com essas confusões, veio a ocupação das nascentes de certos rios
pelos Lundas de Mwanchiyavwa e alguns Lundas de Minungo
abandonando as suas terras, foram fixar-se além rio Cahoñu.
E gente desta tribo que sob a direcção e pela iniciativa do soba
Katema, diariamente se apresentava no Posto de Dilolo, depois de ter
sido montado e em cujas proximidades vivem muitos dos seus
súbditos”.
Prosseguindo, mencionamos o que me foi relatado por historiadores
Lunda e indivíduos pertencentes aos povos cuja historia é destacada
e indico por alto, para trazer aos povos menos esclarecidos do
passado dos verdadeiros Lundas que deram origem à outras línguas e
clãs.
Relativamente aos dados transportados da Brochura o Capitulo Nono
ao Sul do Kwanza/ Moxico, os aspectos já focados durante a sua
narração, no entanto, não deixa de ser interessante salientar alguma
notação que pelo seu conteúdo se distancia dos fins das
responsabilidades do nosso historiador o Príncipe Lunda “ Felisberto
Kazembi e que demarcam o campo de acção do direito de outrem.“
Nyakatolu Nyachikeka Wamiseli, filha da Kutemba que sucedeu seu
avô Chinyama na liderança dos Lwenas; num belo dia tivera
informações através dos povos do Rei Kassanji Mukwañu, que fazia
negócios nas terras dos Lundas de Kabandamu. Contaram-lhe que os
chefes destas terras estavam adquirindo bens de valores em troca de
marfim com os brancos na Baixa de Kassanje.
Ela a Nyakatolu, (Nyakatolu, nome cultivado pelos próprios Lwenas
por esta estar de comer muito katolu - úce), percebendo-se da vida
que os Lundas levavam em Kabandamu, entendeu envia às mesmas
terras uma delegação encabeçada pelo seu esposo Kapenda Kawilila
Kumbiwa-Kavaku Senga para encontro dos sobas Kema Keshindi,
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Intumba e Chitenda Dinyika Nyanzewu para apoios e ao mesmo
tempo a sua delegação efectuar compras e troca de produtos
necessários, incluindo a exploração do referido local para posterior
nele habitar. Enquanto no interior da chefe Lwena, morava o espírito
de desestabilização e guerra.
Postos em Kabandamu, os enviados da Nyakatolu, depois de troca do
mujimbu da delegação e bem recebida pelos parentes do local,
efectuam o desejado conforme a vontade da mandataria. Dias
passaram e do regresso a procedência, pelo caminho descobriram
locais férteis com boas matas, muito mel, muita caça e rios com
muito peixe. Toda essa natureza, comoveu a posição do esposo da
Nyakatolo, ganhando mais credibilidade e força na língua para dizer o
suficiente à sua cônjuge, e Kawilila Kapenda detalha-lhe o mujimbu
da viagem às Lundas de Kabandamu: “ Nyakatolu, os Lundas dispõem
de boas terras com muita riqueza e porque nós estamos nos
castigando vivendo nestas bruxas terras sem rendimento para as
nossas vidas? achei melhor não continuarmos habitar este inferno!
Ouve, pelo caminho vi boas matas e terras com muito mel e caça,
peço que faças o predito aos teus parentes Lundas se é possível
conceder-nos uma parte da terra para lá habitarmos, pois eles vivem
bem”.
A delegação de Soba Nyakatolu foi mais uma vez enviada com fins de
a apresentar a solicitação da dispensa de terra para a Nyakatolu
habitar. Kawilila Kapenda muito determinado e encheu-se com o
poder de conversa com os sobas Lundas em Kabandamu, foi ter com
o Soba Chitenda e disse: “ a vossa irmã Nyakatolu deseja que lhe
cedessem uma Região nesta localidade para ela habitar.”
O Soba Chitenda Nyanzewu e como não devia deixar de ceder uma
parte da Região, pois a Nyakatolo é irmã destes, foi cedida a Região
de nyishiyi Ya-nyakaloñu.
Assim a preocupação da princesa Portuguesa ficou resolvida, mas
como a sua intenção não era de habitar a Região preferida, levantou
levando a acabo o seu programa de desestabilização e guerras contra
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parentes em Kabandamu para conquista da mesma por via da força e
não queria partilhar com ninguém.
Três (3) anos evolvidas na guerra contra os seus próprios parentes e
não conseguia conquistar nenhuma, conforme o seu querer; foi ter
com os seus primos filhos de Malundu e Kasanje para ideias. Quando
lá chegou estavam também os portugueses e a Nyakatolu aproveita
encontrar-se com os Portugueses e apresenta a estes o seu programa
de guerra contra os Lundas, depois os pede ajuda de material e
homens para o efeito.
Os portugueses, fazendo estudo ao solicitado, encontraram que esta
seria uma via rápida para penetrarem no território de Zambeze,
abraçaram o plano e considerando que com a Nyakatolu chefiando o
plano, fica fácil a conquista das terras da Lunda Leste.
Os portugueses, os umbundos, a própria Nyakatolu e seus homens,
três colaboradores partiram para guerra contra os Lundas no
Zambeze – Lunda Leste, principiaram a ofensiva em Kabandamu
assassinando o povo dos Sobas Lundas Chitenda, Nyambanza e
Nyanzewu, ocorridos uns anos de guerra, os Lundas apresentando-se
resistência concentrado nas suas covas, os portugueses começaram
utilizar armas pesadas: Bazucas e morteiros, até que os Sobas aqui
habitados foram esforçados a abandonarem as suas localidades e
indo viver no Ikanda e a Nyakatolu ocupa as terras ilegalmente por
ajuda dos seus aliados.
Depois da ocupação de Kabandamu, foram atacar os filhos da
Soberana Lukonkesha Mañandi os Sobas Ndumba Samwañala e
Sachiñoñu Kapenda; munidos de seu poderio bélico a Nyakatolu
ganhou os combates neutralizando o segredo da magia de guerra dos
Sobas Lunda e assassinando mais uma vez algum povo e os sobre
viventes foram procurar outras localidades. Assim os Lwenas foram
conquistando sempre novas terras no Leste dos Lundas.
Depois da morte do Aristocrata Kapenda Kawilila, esposo da
Nyakatolo Nyachikeka, ela contrai matrimónio com o Aristocrata
Lunda Kamukanda Kamonga e o casal em 1936 gera a Nyakatolu
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Chisengu, Rainhas dos Lwenas, que durante a sua vida, semeava
consolo, paz e entendimento entre parentes (Lunda @ Luvale), é uma
mulher de extrema capacidade de governação e grande Rainha da
tribo Lwena e a Ela a devo muito respeito e honra”.
( Historiador Lunda “ Felisberto Kazembi 1989 )
Pelo ano de 1883, terminaram as guerras e tudo entrou num longo
período de paz, em nada alterado até hoje.
A liberdade, é um poder de desenvolvimento da personalidade de
cada cidadão, circular, gerir a sua vida de forma solta. Infelizmente
ainda existe algo de desentendimento sobre tribalismo, as
lembranças do passado não constitui motivos de realce, pois onde
habitam os homens, as contradições são frequentes. Embora isso
(tribalismo), talvez seja pouco provável e é triste saber que muita
gente odeia os Lundas!
E gente desta tribo que sob a direcção e pela iniciativa do soba
Katema, diariamente se apresentava no Posto de Dilolo, depois de ter
sido montado e em cujas proximidades vivem muitos dos seus
súbditos.
A Brochura o “ Capitulo Nono ao Sul do Kwanza, – O Moxico
“A Ocupação do Alto Zambeze não se fez sem dificuldades, não da
parte dos indígenas com quem sempre nos demos bem, mas sim da
parte dos ingleses pela voz do Diamantina, sobre o qual exerciam o
protectorado “. Disse Joaquim Rodrigues Graça, que foi de Luanda à
Lunda, passando pelo Lwena em 1843; na sua informação dirigida ao
governador de Angola, expressa no Capitulo Nono ao Sul do Kwanza,
– O Moxico.
Acerca destes campos de acção, há a referir os nomes de alguns
principais actuadores, que aqui com todo o respeito descrevo à
margem:
- Joaquim Rodrigues Graça, que foi de Luanda à Lunda, passando pelo
Lwena em 1843; Ladislau Magyar, que atravessou a região do Lwena
em 1849, quando fez a penetração do Bié até às origens do Zambeze;
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Silva Porto, em 1852 ao tentar fazer a travessia de Angola à contra
costa, chegando a atingir o Baroze e Zambeze onde adoeceu; David
Livingstone, em 1854, que foi do Alto – Zambeze ao Dilolo, o
explorador inglês Cameron que vindo da Lunda para Benguela,
atravessou os territórios referidos, em 1875 mostrando desconhecer
que os territórios eram já atravessados pelos portugueses, constatou
de que o território de Alto – Zambeze pertencia os Lundas e o norte
do rio lunguevungu era pertença dos Lwenas. Os missionários
ingleses Arnot e Crawford, que andaram pelo Zambeze entre 1885 e
1890 e o major Harding, que visitou igualmente a região, mais ou
menos pelo mesmo ano.
Abertos os territórios de Zambeze Lunda Leste, a infiltração dos
feirantes portugueses, não tardaram a segui-los as explorações
politicas e as cientificas; os brancos fortalecendo-se conseguiram o
domínio de vastas localidades”.
Estas expedições de colonização das terras do Alto Zambeze, eram
geralmente organizadas pelas etnias que queriam atingir os seus
interesses, protagonizando uma má repartição da terra sem primeiro
somar os prejuízos que os convidados causam. Porém, tal como um
filho quando adulto, já não se governa pela vontade dos pais! De seu
interesse vive é assim que os velhos disseram.
Portanto, as vitórias dessa etnia não conduziram no entanto, a uma
situação de estabilidade na Região o seu poder rapidamente se
tornou odiado pelos alguns dos seus aristocratas.
A Brochura o “ Capitulo Nono ao Sul do Kwanza, – O Moxico,
Enfraquecido assim o seu poder ofensivo, sabedor do que de grave se
havia passado, Nyakatolu, resolveu ocupar os territórios vagos das
margens do Kasayi. Após a morte de sua mãe que foi próxima, um
grupo se destacou para os territórios de Kandundo (Nana Kandundo),
capitaneado pelo falecido soba Mutunda Katendi.
O reino de Katende é dividido em cinco (5): “ Katendi Jaez, Katendi
Mulelenga, Katendi Nyaluwendi, Katendi Mutewa e Katendi Kabinda.
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Os quatro (4) sobas da Monarca Katendi habitam actualmente o
Congo, próximo da fronteira de Angola, dos quais um (1) fixa em
Kayanda próximo da margem do rio Nkalañi ”.
E, a partir desta época, os portugueses asseguraram a Nyakatolu e é
feita Rainha no território de Zambeze e dando-lhe homens guardas
para a proteger.
Este foi o primeiro tributo dos portugueses aos Lwenas, segundo
nossos narradores.
Após numerosas guerras e disputas, os adversários dos Lundas foram
desaparecendo pouco a pouco, dando tranquilidade aos legítimos que
disputavam fortemente a posse das suas terras.
Quem substitui uma propriedade dos seus ante passados, chama-se
herdeiro, pois não é herdeiro a pessoa de outra geração, “dos pais
para os filhos e dos tios para os seus sobrinhos”, é assim que a
herança ou a monarca é preservada.
E gente desta tribo que sob a direcção e pela iniciativa do soba
Katema, diariamente se apresentava no Posto de Dilolo, depois de ter
sido montado e em cujas proximidades vivem muitos dos seus
súbditos.
Nana-Kandundu é terra dos Sobas: Nyambanza Kema, Chilumbu ou
Chituñu, Chihañu, Kwelendendi, Kapondola, Chitenda Dinyika e
Nyanama Ndoñu.
A Reunificação
Intenção da Associação da Etnia Lunda e Amigos
Todos os povos têm o direito de obter por meio de união, um
conhecimento profundo do seu património cultural (história e
geografia, literatura e outras manifestações da própria cultura).
Na definição dos princípios, normas e praticas nos planos Nacional e
Internacional, assim como dos meios de sensibilização e das formas
de cooperação mais propícios à salvaguardar e à promoção da
diversidade cultural, ao processo educativo, tanto o quanto
necessário, métodos pedagógicos tradicional, com o fim de preservar
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e optimizar os métodos culturalmente adequados para a comunicação
e a transmissão dos objectivos.
A Associação da Etnia Lunda e Amigos “ AELA, “ vai ao longo do
tempo tentando a todo o custo suprimir o desentendimento gerado
pela crise por todo o Império Lunda, que culminou com a expansão de
seu povo.
Para isso, a Organização lança o Projecto de Reunificação, fazer
compreender ao povo a sua origem, a Reunificação não está para
desfazer o que já se fez, mas sim para introduzir nas mentes dos
povos oriundos do Império Lunda, que saibam o caminho (história) da
sua origem, os seus antepassados aderir aos objectivos e ao
programa de desenvolvimento social levado acabo pela Associação
em todas as Regiões desse povo.
Assim feita, os Lundas teriam uma unidade Nacional e Internacional;
com essa unidade seria fácil buscar o passado de todos esses e criar
um seguro futuro cultural para a nova geração e revisão completa
das suas referência.
O conservadíssimo defende que as Sociedades devem ter estrutura e
que esta deverá ser suficiente estável para permitir que as pessoas
saibam onde se encontrar em relação às restantes. As pessoas obtêm
maior felicidade como membros de uma Comunidade, membros de
uma família, de uma Igreja, do que obter de forma individual.
Os padrões que deram origem ao actual progresso dos povos de
origem Lunda, não devem ser mudados nem esquecidos, pois aquilo
que brotou do passado deve-se dar honra para garantir a preservação
do presente.
- É como afirmou o nosso querido e amado escritor consagrado –
Henrique Abranches na sua edição: “ Reflexões Sobre a Cultura
Nacional ”, sito:
- É pois necessário desenvolver e reunir todas estas capacidades e
energias. É necessário prestar o máximo de assistência técnica (no
sentido mais amplo), o máximo de esclarecimento, a uma
confrontação a nível nacional de todos os sectores da cultura com a
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realidade objectiva e a dialéctica da sua transformação, e entre si
próprios.
- afirmamos que necessitamos de um homem novo. Um homem novo
implica profunda transformação no próprio sujeito da História e é aí
sobretudo que intervém a supra-estrutura cultural e é daí que partirá
a confirmação e a consolidação de uma nova sociedade que triunfou
definitivamente sobre a reacção, sobre a tentativa sempre vã, mas
muito nociva, de impedir o avanço da História.
- Uma linha política cultural justa é aquela que encoraje a instituição
de uma cultura nacional científica (revolucionária) e de raiz popular
(identificada ou generalizada à sensibilidade das massas) e gerada a
partir do confronto das culturas regionais entre si e com a teoria do
colonialismo."
Pois cada povo oriundo da Lunda deve aqui:
com todo o respeito descrevo à margem: “ participação activa na
reconstrução e no desenvolvimento sócio – económico cultural dos
povos no país, nas áreas de jurisdição, reunificar os povos e a
Monarca Lunda em Angola, pois todas as comunidades linguísticas
têm o direito de organizar e gerir os seus próprios programas, com
vista a assegurarem o uso da sua origem em todas as funções;
conforme declaração universal dos direitos linguísticos expressa no
artigo 8º dos princípios gerais.
Este é um processo valioso para uma Etnia, que posterior poderá ser
proveito e exemplar das demais Etnias ou Sociedades, o louvor e
outros dizeres de bem vido a este projecto, Angola será um país a
receber estes elogios.
Receberá elogios porque a ideia foi dos povos Lundas em Angola.
A esta gente, a consideramos descendentes Lunda, embora os seus
costumes originais sofreram modificações, isto não faz caso de
afastamento da originalidade.
O povo Lunda que ainda hoje preservam a sua tradicional e fala a sua
língua, cumpre os ritos da Monarquia de Mwantayavwa e defendem a
sua integridade.
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Em suma, a língua Lunda (etnia Lunda) é a mãe de outras essas
tribos e línguas que surgiram depois da expansão desse povo da
Mussumba por motivos já conhecidos. Ora vejamos uma coisa
interessante, os povos mencionados, antes da sua expansão da
Mussumba qual é a língua que falavam?
Será que cada povo aqui citado falava a sua língua que hoje fala?
Se assim fosse, então o Império não teria a denominação “ IMPERIO
LUNDA ” cada língua teria o seu Império e sua denominação por
exemplo: Império Chokwe ou Império Luvale, mas como todos eram
Lundas, chamou-se à sua direcção “IMPÉRIO LUNDA”. Quer dizer que
todos esses são originalmente Lundas.
O ódio, a intriga e a falta de amor ao próximo, foi a origem de
invenção de muitas línguas, criando assim o bloqueio a língua
progenitora “Lunda”, através das suas influências.
O Poder Lunda estendeu a partir da Musumba que passa Kazombo,
Kasayi, Lungwevungu a Mwisha Malundo Ambango e Kawungula e
mais, que forma o Reino Lunda em globalização, Botswana, Namíbia e
Zâmbia, é a cuja origem é de Nkondi Iyala Mwaku dada a sequência
de formalidade do Reino Luweji Nkondi.
Esta série também analisará algumas objecções comuns sobre esse
assunto e dará boas razões para acreditar que algo melhor virá.
Depois de décadas de tentativas para sarar a maldade gerada por
todo o Império, eles (Imperadores) não conseguiram unir a expansão
Lunda, a capacidade do homem consegue diagnosticar o seu senso e
controlar o certo, não é lógico deixar o passado a afundar sem salva
historia.
O que é diferente neste momento entre nós e os nossos
antepassados?
Ora entre nós e os nossos antepassados, não há diferença, porque
nós somos seus descendentes, como podem compreender os
primeiros foram criados por Deus e guiados por Ele, assim como nós,
somos feitos por Senhor e guiados por Ele, dá-nos o poder de
centralizarmos a nossa Cultura, actos e tradição em todas localidades
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onde é habitada pelos homens oriundos do Império Lunda,
sociabilizando com esse povo para uma escolha que venha a dar
valores à Cultura e Tradição Lunda no mundo.
Os nossos antepassados perderam uma parte do equilíbrio da sua
autoridade por vários motivos, culminando com conflitos entre
parentes.
Mas a Associação da Etnia Lunda e Amigos considera esses conflitos
não motivos graves para argumentos e não são casos rígidos que
possam levar o povo dessa origem a não abraçar a intenção da
Organização.
A expansão foi multiplicando, a maioria passou a gerir os seus
destinos segundo si sua vontade para agradar a seus deuses, a
Organização não proíbe que esse povo desse honra a seus deuses,
mas o que em causa está é: “abraçar o programa da Reunificação dos
povos oriundos do Império Lunda” assim feita, estamos buscando a
sociabilidade entre parentes e esquecer o desentendimento gerado
na Mussumba da Lunda, o passado já se foi, activar o que está em
nossas carteiras.
Há um ditado bíblico que diz: “não tornando para onde saíra,
conforme aconteceu com a esposa de Ló, negando o progresso da
sua vida e transformou-se em morro de sal naquela região”. Esta
passagem revela-nos muita coisa; não regresso aos rascunhos do
passado.
A bagagem portada pelos lundas, é a vontade da Organização, o
trabalho de cada um de, trabalhos estes que possam engrandecer o
sonho de cada um.
Este exemplo pode mostrar que o ser humano pode decidir e colocar
o bem-estar de maioria num sentido em que as gerações vindouras
poderão usufruir dele o conhecimento do passado dos seus deuses.
Pois ele é que tem a liberdade de transmitir os seus conhecimentos,
uns aos outros, sarando os seus problemas e mantendo a paz ao
recinto. –
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São os povos os autores e primeiros responsáveis do próprio
desenvolvimento. Mas não o poderão realizar isolados. Fases deste
caminho do desenvolvimento que leva à paz, são os acordos regionais
entre os povos fracos a fim de se apoiarem mutuamente, as relações
mais amplas para se entre-ajudarem e as convenções mais audazes,
entre uns e outros, para estabelecerem programas comuns.
Finalmente, voltamo-nos para todos os homens de boa vontade,
conscientes de que o caminho da paz passa pelo desenvolvimento.
Estamos, portanto, perante um problema da maior importância que
requer solução tradicional, por a compreender que este povo é
oriundo da geração Lunda, seja no que se refere às novas tradições e
costumes, diariamente devem considerar que o Império Lunda
produziu estas gerações.
A Associação da Etnia Lunda e Amigos, assume o papel do Agente
dinamizador de projectos estratégicos para o desenvolvimento da
língua Lunda e da Reunificação dos povos que têm assento na que
hoje tomei conhecimento da historia do meu povo, e minha historia,
visto que sou produto deste povo, embora distante da minha
realidade, por motivos alheios a minha vontade.
Gostaria que os honrados historiadores de Angola e em especial os
poucos historiadores Lunda lance ao mercado livros da nossa cultura
para que os seus Que os nossos filhos possam ter acesso a este prato
produto da nossa cultura, que é a nossa existência.
A história do povo Lunda não está sendo divulgada, por favor meus
irmãos Lundas façam algo para as gerações vindouras não sejam
enganadas.
Tenho o maior desejo de encontrar-me com os historiadores Lunda
para que juntos possa beber da minha história.
Kusakilia hama hakumo012 09:36 AM