reforma do breviário romano

52
Dos antecedentes do Breviário à Liturgia das Horas A REFORMA LITURGIA

Upload: oswaldo-michaelano

Post on 20-Jul-2015

173 views

Category:

Spiritual


7 download

TRANSCRIPT

Page 1: Reforma do Breviário Romano

Dos antecedentes do Breviário à

Liturgia das Horas

A REFORMA LITURGIA

Page 2: Reforma do Breviário Romano

A Liturgia das Horas recebeu vários

nomes na história. O mais difundido foi o

de Breviário, que indicava a reunião em um

só volume, para facilitar a recitação

individual, de todos os elementos

necessários para celebrar o Ofício Divino,

como salmos, leituras, hinos, etc.

INTRODUÇÃO

Page 3: Reforma do Breviário Romano

Esse nome, todavia, também encerrava uma

mentalidade privatista e reducionista da prece

eclesial que sempre se quis corrigir (pelo

menos desde Trento), mas que o caminhar

turbulento da Igreja sempre adiava.

Page 4: Reforma do Breviário Romano

Com Vaticano II, recuperaram seu significado as

expressões Ofício Divino e Liturgia das Horas. Ofício

quer dizer serviço cultual e ação litúrgica (ou seja,

pública), e divino indica em honra de quem se

realiza a celebração. Essa expressão é equivalente

à Opus Dei (Obra de Deus), segundo a expressão

de São Bento (Regra 43, 3): "Nada se anteponha à

obra de Deus."

Page 5: Reforma do Breviário Romano

O Ofício Divino é verdadeira liturgia, exercício dosacerdócio de Jesus Cristo para a santificação doshomens e para o culto a Deus (SacrosanctumConcilium 7), e, conseqüentemente, celebração de todaa Igreja, ou seja, oração de Cristo ao Pai com seu corpoeclesial (SC 84). Por esse motivo dever-se-á preferirsempre a celebração comunitária, com assistência eparticipação ativa dos fiéis, à recitação indivial e quaseparticular (SC 26-27).

Page 6: Reforma do Breviário Romano

A origem da oração das horas deve ser

buscada na oração do Divino Mestre e das

comunidades católicas primitivas, que

observavam os ritmos da oração judaica.

1.

Page 7: Reforma do Breviário Romano

Jesus nasceu num povo que sabia orar, no seio de

uma família piedosa que observava com amor e

fidelidade os preceitos do Senhor.

"Completados que foram os oito dias para ser

circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de

Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser

concebido no seio materno.

1.1 A oração judaica na época do

Novo Testamento

Page 8: Reforma do Breviário Romano

A prática judaica da prece compreendia três

momentos de oração durante o dia: ao cair da tarde,

ao amanhecer e ao meio dia.

"Pela tarde, de manhã e ao meio-dia lamentarei e

gemerei; e ele ouvirá minha voz." (Salmo 64, 18)

Page 9: Reforma do Breviário Romano

"O Senhor disse a Moisés: 'Ordena o seguinte aos

israelitas: cuidareis de apresentar no devido tempo a

minha oblação, o meu alimento, em sacrifícios de

agradável odor consumidos pelo fogo.‘(Números 28, 2-8)

a oração era santificada pelo sacrifício. Ao se deitar e ao

se levantar se recitava o Shemá Ysrael (Escuta Israel), a

profissão de fé no Deus único. (Deuteronômio 6, 4-9)

Page 10: Reforma do Breviário Romano

Jesus também o recitava.

"Jesus respondeu-lhe: 'O primeiro de todos os

mandamentos é este: Ouve, Israel, o Senhor nosso

Deus é o único Senhor; amarás ao Senhor teu Deus

de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o

teu espírito e de todas as tuas forças.' " (Marcos 12,

29-30)

Page 11: Reforma do Breviário Romano

A liturgia judaica incluía, uma ampla variedade de

hinos, salmos e orações para as festas, para asperegrinações ao Templo e para a liturgia doméstica,na qual se destacavam as bênçãos ao cair da tarde(lucernário) e ação de graças da ceia.

Nesse ambiente de oração Jesus viveu, de modoque “o louvor a Deus ressoa no coração de Cristocom palavras humanas de adoração, propiciação eintercessão” (Instrução Geral sobre a Liturgia dasHoras 3).

Page 12: Reforma do Breviário Romano

“Cristo Jesus, ao assumir a natureza humana,trouxe para este exílio terreno aquele hino queé cantado por todo o sempre nas habitaçõescelestes” (IGLH 3; SC 83). A oração de NossoSenhor em sua vida terrena foi a expressão docolóquio eterno do Verbo com o Pai noEspírito Santo, e o anúncio da mediaçãosacerdotal que continua agora nos Céus.

Page 13: Reforma do Breviário Romano

"Um dia, num certo lugar, estava Jesus a rezar.

Terminando a oração, disse-lhe um de seus

discípulos: Senhor, ensina-nos a rezar, como

também João ensinou a seus discípulos. Disse-

lhes ele, então: Quando orardes, dizei: Pai,

santificado seja o vosso nome; venha o vosso

Reino; dai-nos hoje o pão necessário ao nosso

sustento; perdoai-nos os nossos pecados, pois

também nós perdoamos àqueles que nos

ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação."

(Lucas XI, 1-4)

Page 14: Reforma do Breviário Romano

A Didaché, em fins do século I, é

testemunha da substituição

do Shemá pelo Pai-Nosso nos

círculos judeu-católicos, também

três vezes ao dia. (Didaché 8, 2-3)

Page 15: Reforma do Breviário Romano

Os apóstolos

Page 16: Reforma do Breviário Romano

Os Apóstolos, instruídos pelo Senhor depois da Ressurreição

(Atos I, 3), também ensinaram a orar e organizaram no

Espírito de Jesus a oração das primeiras comunidades da

Igreja. Desde os primeiros momentos a “perseverança nas

orações” foi uma característica da comunidade que se

transformou em Pentecostes.

"Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião

em comum, na fração do pão e nas orações." (Atos II, 42)

Page 17: Reforma do Breviário Romano

Observavam o costume de rezar privadamente ou em comum no

cômodo principal, em certas horas do dia e também da noite.

"Refletiu um momento e dirigiu-se para a casa de Maria, mãe de

João, que tem por sobrenome Marcos, onde muitos se tinham

reunido e faziam oração." (Atos 12, 12)

"Pela meia-noite, Paulo e Silas rezavam e cantavam um hino a

Deus, e os prisioneiros os escutavam." (Atos 16, 25)

Page 18: Reforma do Breviário Romano

A história do Ofício Divino significa a perseguição, ao longo

dos séculos, do ideal (Lucas 18, 1):

"É preciso orar sempre."

Page 19: Reforma do Breviário Romano

Os primeiros séculos da história católica oferecem

pouquíssima informação sobre a oração em certas horas.Contudo, sabe-se que a Missa dominical acabou tendo umavigília estendida, que consistia em leituras e cantos deSalmos.

A partir do século III os testemunhos são cada vez maisabundantes e mencionam, junto com os ofícios matutino evespertino, sem dúvida comunitários, as horas terça, sexta enona, fixas e determinadas na recordação da SantíssimaTrindade e em memória dos momentos da Paixão de Cristoe de alguns acontecimentos narrados nos Atos dosApóstolos.

4.1 As primeiras tentativas de organização

(séculos I– IV)

Page 20: Reforma do Breviário Romano

Na etapa que se seguiu à paz de Constantino o

desenvolvimento do Ofício foi favorecido. Dois foram os

modelos organizados:

1. O eclesial: celebrado nas catedrais e paróquias, era

centrado nas celebrações da manhã e da tarde, isto é, nas

laudes e nas vésperas presididas pelo bispo ou por um

presbítero, com assistência do restante do clero e do povo.

2. O monástico: marcado pelo desejo de dedicar o maior

tempo possível do dia à oração, seguindo os conselhos

evangélicos e buscando o equilíbrio entre a oração e o

trabalho. Assim, foram introduzidas, junto com as laudes e

as vésperas e as horas intermediárias, a hora prima, as

completas e as vigílias noturnas.

Finalmente, a organização monástica configurou todo o

Ofício.

4.2 A paz Constaniana

Page 21: Reforma do Breviário Romano

Para os estudiosos, a oração que precedia a Eucaristia

pós-apostólica, eventualmente, ficou organizada em quatro

partes:

I. uma que acabou originando a parte preparatória do

Sacrifício (a Missa dos Catecúmenos do rito gregoriano),

II. uma que se tornou as Vésperas do final da tarde,

III. uma da qual nasceu as Matinas da meia noite

IV. e, finalmente, uma que se tornou as Laudes do começo

da manhã.

4.3 Detalhando o desenvolvimento

monástico

Page 22: Reforma do Breviário Romano

Esse grupo, originalmente noturno, constituiu as “Grandes

Horas”, as outras cinco, as “Horas Menores”.

As Matinas poderiam ser chamadas de “pai de todas as

horas” e as Vésperas e Laudes de "irmãs gêmeas", dada

sua estrutura similar.

Mais tarde, o grupo diurno, Terça, Sexta e Noa foi instituído

para a santificação ao longo do dia. Elas também são como

gêmeas por terem uma estrutura idêntica.

Page 23: Reforma do Breviário Romano

Por fim, as Completas e a Prima foram criadas

para servirem de oração noturna e matutina no

dormitório. Elas ainda mantém um sabor

monástico maior que as outras horas e podem ser

consideradas um irmão e uma irmã, pois embora

sejam semelhantes, não possuem uma estrutura

idêntica.

Desse modo, originalmente, as horas do Ofício

tinham uma correspondência com as horas do dia

(segundo nossos parâmetros) um tanto diversa da

que hoje possuem.

Page 24: Reforma do Breviário Romano

4.4 vejamos seguinte

tabela:Matinas meia-noite

Laudes 3 da

madrugada

Prima 6 da manhã

Terça 9 da manhã

Sexta meio-dia

Vésperas 6 da tarde

Completas 9 da noite

Page 25: Reforma do Breviário Romano

Ou , após alguns séculos, as horas adquiriram a seguinte configuração nas casas religiosas:

Matinas e Laudes - 2 e 3 da madrugada

Prima - ao se acordar

Terça - 9 da manhã

Sexta - meio-dia

Noa - 3 da tarde

Vésperas - ao anoitecer

Completas - antes de dormir

Page 26: Reforma do Breviário Romano

Por fim, o esquema ficou assim:

Matinas (com seus três noturnos) - durante a noite

Laudes - 5 da manhã

Prima - 7 da manhã

Terça - 9 da manhã

Sexta - meio-dia

Noa - 3 da tarde

Vésperas - 5 da tarde

Completas - 8 da noite

Page 27: Reforma do Breviário Romano

Nos séculos VI-IX o Ofício era a oração da Igreja

local, do clero e do povo. Quando ainda não sehavia generalizado a celebração diária da Eucaristia,as horas do Ofício serviam para a santificação dosdias da semana. Aconteceu, então, uma grandecriação de elementos não-bíblicos: antífonas, hinos,responsórios e orações, paralela à que acontecia naMissa e nos ritos dos sacramentos.

Durante esses anos, as liturgias receberam sua estrutura definitiva.

5. Do Ofício completo e solene ao

Ofício particular

Page 28: Reforma do Breviário Romano

Nós sabemos pouco sobre o Ofício Romano

primitivo, mas podemos distinguir entre os das

igrejas presbiterais e os das basílicas (cuidadas por

comunidades mais ou menos regulares).

Serviu, provavelmente, de modelo ao da Regra de

São Bento.

Nas comunidades das basílicas, o Ofício era

composto de Salmos, antífonas, leituras da Sagrada

Escritura e dos Padres, responsórios, e, em certas

igrejas, como nos mosteiros, de hinos.

Page 29: Reforma do Breviário Romano

Desse modo, foi natural que surgisse o Breviário.

Ela era uma experiência de juntar todas as partes

do Ofício num formato “breve” – um ou mais

volumes com todos os elementos dispostos

numa seqüência racional. Encontramos os

primeiros Breviários compilados pelos monges

de Monte Cassino nos século X e XI.

Embora certos Breviários mais antigos incluam

alguns elementos musicais do Ofício, no geral,

eles só continham o texto (enquanto os

elementos musicais ficavam em outros livros,

como o Antiphonale).

Page 30: Reforma do Breviário Romano

Mas a verdadeira difusão do

Breviário só veio com seu uso pela

Curia papal e, mais tarde, pela sua

adoção pelos mendicantes, em

especial os franciscanos.

Page 31: Reforma do Breviário Romano

6. Os modelos de

breviários

Page 32: Reforma do Breviário Romano

A solução praticada na capela do Palácio de Latrão,

em Roma, (CURIA ROMANA) de usar uma

abreviação (aprovada por Inocêncio III) dos livros

litúrgicos empregados na Basílica foi imitada em

outros lugares. O exemplar mais antigo, conhecido

como (Breviário de Santa Clara), se intitula

assim: Incipit ordo et officium breviarii ecclesiae

Curiae, quem consuevimus observare tempore

Inocentii tertii papae el aliorum pontificum.

Esse breviário, adotado por São Francisco em 1223

(dada sua portabilidade) e revisado por Haymo de

Faversham (geral da ordem em 1240),

6.1 BREVIÁRIO DA CÙRIA

ROMANA

Page 33: Reforma do Breviário Romano

Poucas mudanças foram feitas nos textos antigos, mas

numerosas seções ad libitum desapareceram. Além

disso, novas tendências na vida espiritual tiveram

grande influência no seu desenvolvimento posterior;

elas se manifestaram na multiplicação das festas e

legendas históricas e na diminuição do número de

leituras e de outros elementos.

Page 34: Reforma do Breviário Romano

Todavia, a vantagem real do livro litúrgico

único trouxe consigo o inconveniente da

introdução da recitação particular. Já no

século XIII canonistas e teólogos passaram

a justificar a prática da recitação privada e o

que no começo foi exceção se transformou

em norma.

Page 35: Reforma do Breviário Romano

O Papa Clemente VII, que tinha como um dos programas

de seu governo a reorganização da oração oficial,

encomendou ao espanhol Francisco Quiñones, cardeal da

Santa Cruz, de Jerusalém, e ex-geral dos franciscanos, o

encargo de reformar as Horas, reconduzindo-as, até onde

fosse possível, à sua forma antiga e, mantendo-se fiel aos

princípios que marcaram o Ofício ao longo do tempo,

suprimir pontos complicados e prolixos (de maneira que os

clérigos não tivessem mais desculpas para descuidar da

Liturgia das Horas).

7. O “Breviarium

Sanctae Crucis”

Page 36: Reforma do Breviário Romano

Em 1534, terninou sua tarefa , pouco antes da

morte do Papa; mas não o publicou até 1535,

acompanhado de um breve do novo Pontífice,

Paulo III. O autor o apresentou como um

projeto, intitulado:Breviarium romanum ex

sacra potissimum Scriptura et probatis

Sanctorum historiis, collectum et concinnatum.

Page 37: Reforma do Breviário Romano

Em relação à estrutura do novo Breviário, podemos destacar:

a) Uma nova distribuição dos Salmos, de maneira que em cada semana se

pudesse recitar o saltério inteiro sem nenhuma repetição. Para isso, em cada

hora canônica, não excluídas as Matinas, havia apenas três Salmos; mas nas

Laudes, em lugar do terceiro Salmo, se devia ler um cântico.

Segundo a tradição, o cântico das Laudes era

o Benedictus, o das Vésperas o Magnificat e os das

Completas o Nuc dimittis.

Finalmente, tanto nas festas de Nosso Senhor quanto nas

da Santíssima Virgem, embora de primeira classe, se

deviam recitar os Salmos assinalados no saltério para o dia

em que caia a comemoração.

Assim, por exemplo, se a Assunção cai numa sexta-feira,

nas Matinas se dizia os Salmos 21 (Deus, Deus meus,

respice...), o 68 (Salvum me fac) e o 70 (In te speravi...),

que expressam as tristezas e amarguras da Paixão.

Page 38: Reforma do Breviário Romano

Como a obra de Quiñones encontrou a resistência

descrita, a questão da reforma do Breviário ficou em

aberto, mas alguma tinha de ser feita (tanto que as

propostas mais ridículas possíveis, em especial vindas dos

“humanistas”, ganharam certo destaque – como uma que

pedia a substituição das leituras dos Padres pela dos

autores clássicos) seja porque o santoral continuava a

crescer, obscurecendo a centralidade dos mistérios da

vida de Cristo no Ofício.

8.Breviarium Pianum

Page 39: Reforma do Breviário Romano

São Pio V, em 1568, de acordo com a reforma proposta pelo Concílio

de Trento, impôs um novo Breviário universalmente (só respeitando,

como já foi dito, os existentes a mais de 200 anos).

A comissão que formulou o novo esquema do Ofício se guiou pelos

seguintes princípios:

1) Não inventar um novo Breviário.

2) Ser guiado pela tradição eclesiástica.

3) Manter tudo de bom que foi adicionado ao longo do tempo, mas, ao

mesmo tempo, corrigir os inúmeros erros que levantavam tantas

reclamações.

Page 40: Reforma do Breviário Romano

Seguindo essas linhas, a nova Liturgia das Horas foi

caracterizado pela redução do calendário, da hora da Prima,

das preces e dos ofícios suplementares e que, com as

inovações da imprensa, teve rápida difusão. O Saltério, foco

do Ofício, foi valorizado novamente (da maneira que estava a

recitação semanal era quase impossível e certos Salmos

nunca eram recitados) e as legendas dos Santos e as

homilias foram cuidadosamente revisadas.

Com o passar dos séculos, o Breviário tridentino passou por

pequenas modificações.

Page 41: Reforma do Breviário Romano

A principal delas começou durante o pontificado de

Sixto V (e terminou sob Clemente VIII), consistindo

na mudança dos textos bíblicos, que adotaram a

Vulgata revisada, e emendas nas rubricas: ao

Comum dos Santos foi adicionada a das Santas

Mulheres não Virgens, o rito de certas festas foi

alterado e algumas festas adicionadas. A Bula Cum

Ecclesia que aplicou as alterações é datada de 10 de

maio de 1602.

Page 42: Reforma do Breviário Romano

Outro conjunto de mudanças foi promovido por Urbano VIII.

Ele nomeou uma comissão que revisou as lições e homiliassegundo os manuscritos mais antigos.

Papa acabou indo muito além, pois, como humanista epoeta, ele considerava o Breviário com um estilo trivial euma prosódia irregular, e acabou decidindo por uma granderevisão gramatical (segundo os parâmetros clássicos) emétrica.

As correções feitas pelos puristas de sua equipe (no geral,jesuítas) chegaram ao número de 952, alterandoprofundamente o caráter de alguns hinos que, emboraganhassem um estilo mais literário, perderam boa parte deseu antigo charme e fervor.

Page 43: Reforma do Breviário Romano

Para entender a reforma que o Concílio

Vaticano II pediu para o Ofício e o que, de fato,

foi feito, a leitura dos seguintes documentos é

imprescindível:

1. Sacrosanctum Concilium (de 4 dezembro de

1963), capítulo IV, artigos 83-101.

2. A Constituição Apostólica Laudatis

canticum (de 1 de novembro de 1970).

3. A Instrução Geral sobre a Liturgia das

Horas.

9. A Reforma do Ofício

após o Vaticano II

Page 44: Reforma do Breviário Romano

A santificação de vários momentos do dia foi mantida,

embora a Prima tenha sido abolida, as Matinas (vigílias)

terem se transformado no Ofício de Leituras (que, fora do

contexto monástico, pode ser recitado a qualquer hora do

dia) e das três “Horas Menores” apenas uma poder ser

escolhida (isso, também, fora de um contexto monástico).

Os “momentos” obrigatórios, portanto, passaram de oito

para cinco (só que um pode ser recitado quando for mais

conveniente).

9.1.Liturgia das horas

Page 45: Reforma do Breviário Romano

O modelo eclesial não perdeu totalmente,

pois as Laudes (oração da manhã) e

as Vésperas (oração do anoitecer) foram

valorizadas. A oração da manhã celebra as

duas criações, a segundo a natureza e a

segundo a graça; a do anoitecer reflete

sobre a presença de Deus na nossa vida.

Essas duas horas foram chamadas "os

dois polos do Ofício quotidiano" (SC 89a).

Page 46: Reforma do Breviário Romano

A reforma pós-conciliar manteve a

abrangência de todo o Saltério no Ofício

(no modelo eclesial é evidente que isso não

se dá), só que, fugindo do uso romano, o

novo ciclo é de quatro semanas. Desse

modo, nem uma hora tem mais de três

Salmos ou três seções de um Salmo (no

Breviário tradicional podem ser até cinco).

Page 47: Reforma do Breviário Romano

No Ofício de Leituras temos uma boa oferta de trechos

bíblicos.. um ciclo bianual de leituras de passagensbíblicas que raramente encontramos na liturgia.

os textos dos Padres e dos outros autores que dedicaramsuas vidas a edificação da Igreja militante, e que possuemum inestimável valor catequético, litúrgico, poético,místico e pastoral, sofreram um aumento cuidadoso epassaram a incluir uma quantidade maior de autoresorientais.

Os hinos também foram revisados e, em muitos casos (emlatim), restaurados à sua forma pré-Urbano VIII (emboraalguns deles tenham sido encurtados).

Page 48: Reforma do Breviário Romano

Por fim, como novidades temos as orações de

intercessão que acompanham as Laudes e

as Vésperas e a oração do Pai Nosso ao final

delas (com várias maneiras de ser introduzida), o

que, junto com a oração na Missa, promove a

repetição do Pai Nosso três vezes ao dia, uma

prática da Igreja primitiva.

Page 49: Reforma do Breviário Romano

Liturgia diária das Horas, setembro de 2008 (Paulus).

Constituição Sacrosanctum Concilium. In Documentos do Concílio

Vaticano II: constituições, decretos, declarações. São Paulo: Paulinas,

2007.

Some Essential Elements of the Vatican II Renewal of the Liturgy of the Hours, Rev. Sam Anthony Morello, O.C.D., STL, 1983: in <http://www.ourgardenofcarmel.org/renewloh.html

http://www.salvemaliturgia.com/2009/09/o-oficio-divino-no-rito-romano.html>

OFICIO DIVINO DO RITO ROMANO . Do breviário a liturgia das horas .Por Rafael Vitola Brodbeck, em 24 setembro 2012 às 2:30 <http://apologetica.ning.com/profiles/blogs/breviario-liturgia-das-horas#.VFJW_TTF8Wk>

Referências

Page 50: Reforma do Breviário Romano

1. Quais os antecedentes que fundamentam a

liturgia das horas? E como se chamava no inicio o

oficio divino?

R: Na oração do Divino Mestre e das comunidades católicas

primitivas, a oração judaica.

- Breviário

2. Os primeiros séculos da história católica oferecem

pouquíssima informação sobre a oração em certas horas. Qual

o primeiro livro impresso que trazia em forma de vigília ,

consistia em leituras e cantos de Salmos.

R: Um Missa dominical

Questionário

Page 51: Reforma do Breviário Romano

3. A difusão do Breviário só veio com seu uso pela Cúria papal e, mais tarde por quem?

R: pela sua adoção pelos mendicantes, em especial os franciscanos.

4. Quais os nomes dos três Breviário mais conhecidos? porque foram importantes ?

R: 1) Breviário da Cúria Romana , conhecido como “Breviário de Santa Clara”,(adotado por São Francisco )

2) Breviarium Sanctae Crucis, (O Papa Clemente VII, encomendou ao espanhol Francisco Quiñones, cardeal da Santa Cruz)

3) Breviarium Pianum ,( De São Pio V) com reforma de Trento, impôs um novo Breviário universalmente.

Page 52: Reforma do Breviário Romano

5. Qual das horas foi suprimida e qual a que

recebeu alteração do nome para oficio das leituras

com a reforma do vaticano II do oficio Divino

R: As Primas.

- Matinas se converteram em Oficio das Leituras.