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A REDAÇÃO SOBE 0 Raphael Gomide, o repórte r da Folha que cobriu a ocupação dos morros carioça s Os bastidores d a reportagem que revel e o polêmico acordo entre,- ; o Exército brasileiro é ó ¢ - Entrevista : Mônica Waldvogel volta ao jor 3 ismo diári o x.. "EU NÃO FARIA CO M PRAZER UMA IMITAÇÃ O DO'JORNAL NACIONA LE" CINCO GERAÇÕES D E JORNALISTAS CONTA M SUAS HISTÓRIAS

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A REDAÇÃO SOBE 0

Raphael Gomide, o repórte rda Folha que cobriu a

ocupação dos morros carioça s

■ Os bastidores d areportagem que revel eo polêmico acordo entre,-;o Exército brasileiro é ó¢ -

Entrevista : Mônica Waldvogel volta ao jor 3 ismo diári ox..

"EU NÃO FARIA CO MPRAZER UMA IMITAÇÃ ODO'JORNAL NACIONA LE"

CINCO GERAÇÕES D EJORNALISTAS CONTAMSUAS HISTÓRIAS

POR THAÍS NALDONI, DE BELO HORI -ZONTE (MG )FOTOS: NETUN LIM A

CC

gua de beber, águade beber, camará . . . :A água - cantad am verso e prosa

por grandes compositores brasileiros ,como Tom Jobim e Vinícius de Mora -es, na canção "Água de beber " - vemse tornando, a cada dia, protagonist ade uma questão polêmica e urgenteentre o setor público, ambientalista se mídia. O debate se ampliou e não seconcentra somente em uma possíve lcrise provocada pela escassez da água ,mas também porque a gestão dos re -cursos hídricos exige muita vontad epolítica, entendimento e, obviamen-te, educação . Inclusive pelos veículo sde comunicação.

No entanto, a grande imprensabrasileira parece ainda não percebera importância do tema e, quando h ácoberturas sobre a pauta, elas sã oquase sempre superficiais . "A gran-de imprensa se prende ao factual, à stragédias, à falta d ' água. Não fazemuma cobertura sistemática sobreo tema, mostrando aos leitores asconseqüências do desperdício e d omau gerenciamento dos recursoshídricos " ressaltou Hiran Firmino ,do JB Ecológico, durante o "IV Fó -rum - Vamos botar a água em pautano nosso jornalismo", realizado pelarevista IMPRENSA, com apoio daTAM e da Federação das Indústriasdo Estado de Minas Gerais (FIEMG )e patrocínio da COPASA, nos dia s21 e 22 de março, na sede da FIEMG ,em Belo Horizonte - MG .

Desde a Rio-92, quando prati-camente todos os grandes jornais d oBrasil abriram editorias especiais de

U O "IV Fórum - Vamos botar a água empauta no nosso jornalismo" contou co ma presença de diversos especialistas emquestões ambientais . Ao lado, Josema rGimenez, Francisco Viana, Vitor Feitosa ,

Marco Aurélio de Souza e Cassild aTeixeira compõem a mesa que trato u

sobre Marcos Regulatório s

meio-ambiente, o interesse da mídi apelos assuntos ambientais tornou-sesazonal e foi dissipado entre as edi-torias de cidade, política e economia ."Para mim, o meio-ambiente ter pas-sado a figurar em outros cadernos do sjornais é uma evolução. A questão daágua não é somente ambiental . É eco-nômica, política, gerencial ", afirmouo jornalista Silvestre Gorgulho, da Fo-lha do Meio Ambiente .

O poder de replicação do pro -fissional em jornalismo foi lembradopor Vitor Feitosa, da FIEMG . "Casohouvesse apenas um jornalista pre -sente neste Fórum, o esforço já seri aválido pelo poder de replicação desteprofissional . A água é um dos maio-res problemas ambientais do planeta .As pessoas foram criadas acreditandoque a água era uma dádiva de Deus eque, por isso, seria infinita. E um errode educação e informação", analiso uFeitosa, que representou Robson Bra -

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\\j Fór u.

• .

ga de Andrade, presidente da Federa-ção, na mesa de abertura do evento.

O fato de este encontro ter sidoorganizado por um veículo de co-municação foi saudado por Marco sZandona, gerente de comunicaçãoda COPASA. Para ele, a imprensa sóbusca informações com as empresa sfornecedoras de água quando ela est áfaltando na torneira . "É louvável queum órgão de imprensa tenha pro -movido este debate . Geralmente, o sveículos só nos procuram quando h áalgum problema, não para discutir a spautas e os assuntos que podem se rabordados sobre a água", disse .

■ Água, cultura e saneamentoAgua e cultura . A abordagem

proposta pela Organização das Na-

ções Unidas (ONU) para o Dia Mun-dial da Agua em 2006 foi o tema d aconferência de Angelo Osvaldo, jor-nalista e prefeito da cidade de OuroPreto, em Minas Gerais .

Segundo ele, a melhor definiçãopara cultura foi dada pelo economis-ta Celso Furtado, ex-ministro da Cul-tura . "Celso Furtado disse que, par aele, cultura é tudo aquilo que melho-ra a qualidade de vida da população .Sendo assim, como separar água d ecultura?", indagou .

Angelo salienta que a educaçãoé a melhor saída para a resoluçãodos problemas com a água e citou acidade de Ouro Preto, administrad apor ele, como exemplo . O prefeitoafirmou que a população da cidade écontrária ao tratamento e à cobran -

ça de taxa de água, por haver muitasfontes naturais. "Muitas vezes, acredi-tando se tratar de um direito, a popu-lação se esquece da importância dotratamento da água e do esgoto paraa saúde dos cidadãos", finalizou .

■ Recursos hídricos precisa mde leis e gerenciamento

O sistema parece simples : a águaé captada de um rio, bombeada paraum reservatório, que faz seu trata -mento e, em seguida, está nas tor-neiras das residências que possuemágua encanada ou utilizada em irri-gações e indústrias . No entanto, paraevitar abusos, desperdício, poluiçãoe escassez é necessário que haja u mórgão que regule o uso da água e

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da COTAS-A: "Os

recursos hídricos devem ser gerenciado spara que a água chegue a todos "

intermedeie os conflitos . No Brasil ,este órgão é a Agência Nacional deAguas (ANA) . "Em qualquer esferapública, sempre há uma secretariaresponsável pela gestão das águas . AANA é um órgão que apóia e incen-tiva iniciativas de gerenciamento derecursos hídricos" explica Francisc oViana, superintendente de outorga ecobrança da ANA/DF.

O Fórum foi marcado por umaunanimidade: todos os palestran-tes concordaram que a solução paraa questão da água, não só no Brasil ,como no mundo, é a gestão inteligen-te dos recursos hídricos . A assessoraespecial da Presidência da COPA-SA/MG, Cassilda Teixeira Carvalhoexemplifica esta necessidade comuma situação corriqueira em qual -quer cidade. "Não se falava antes emgestão de recursos hídricos porquenão era necessário. Há 30 anos, porexemplo, dava para estacionar o carro

sossegado em Belo Horizonte . Hoje,tem que pagar a zona azul, porquetem muito mais carros do que vagas.É feito isso, para que todos possa musar as vagas em sistema de rodízio.Com a água é a mesma coisa. Devehaver uma maneira de gerenciar, paraque todos possam usar", completou .

No entanto, mais do que regu-lamentação é necessário que a socie-dade abrace a causa. "A legislação querege o uso e reúso da água no país émuito boa, mas água não é um pro-blema de governo, é um problema d asociedade", completou Vitor Feitosa,da FIEMG . Para ele, a sociedade devese manifestar e se informar sobre oproblema . "Trabalhar com a gestãode recursos hídricos é empolgante,mas faltam jornalistas mais com -

prometidos com a pauta", finalizou .Mais uma vez, a importância do pa

■ Ações de sucess odevem ser divulgadas

Nem mesmo um projeto re -conhecido como exemplar e pre -miado pela sua excelência como oBarraginhas, da Embrapa, motiva aimprensa . Antes de ganhar as pági-nas dos jornais, o projeto Barragi-nhas foi se espalhando pelo Brasi lpela boa vontade de seus idealiza -dores . "Temos quatro fases: mostra -mos o projeto para a comunidade .Em seguida, levamos as pessoas atéum projeto em andamento, entãodamos o treinamento e a comuni -

, prefeito de OuroPreto/MG : "Tanto água, quantocultura são sinônimos de qualidad ede vida".

• Clemens Schra , (Mundaú/Mace i: J"Ség .o ã ONU, 1,1 bilhão de

pessoas não tem acesso a água limpa" .

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O Governo de Minas e a Copasa - Companhia de Saneamento de Minas Gerais, estão ao lado da imprensa na luta pel apreservação dos recursos hídricos do nosso país . Prova disso é que a Copasa vem realizando uma grande gestão a favo rdo meio ambiente em Minas . Além de atender a mais de 12 milhões de mineiros, em mais de 600 municípios, captando ,tratando e fornecendo água, coletando e tratando esgotos, a Copasa é uma empresa com grande responsabilidade social eambiental . Ela investe em projetos sociais, ensinando nas escolas a importância da preservação ambiental e do consum oconsciente de água, e trabalha na recuperação de nascentes e matas ciliares, cuidando de mais de 25 mil hectares de mata sem torno dos mananciais . E está investindo 2,7 bilhões de reais no maior programa de saneamento básico da história d eMinas. São obras espalhadas por todo o Estado, com a finalidade de tratar os esgotos e despoluir rios e ribeirões mineiros .E o resultado disso é que a Copasa recebeu os mais importantes prêmios que uma empresa de serviços pode receber . Copasa .Trabalhando e contribuindo muito para que Minas Gerais tenha a melhor água e a melhor qualidade de vida do Brasil .

COPASAA água de Mina s

2006 . 0 ano dos resultados .

Comitê da bacia do 5 .anclsco: "A mudança de comportamento é

fundamental, mas complexa . Envolve todasas riquezas do planeta e todo hábito d apopulação".

, ANA/DF : "Devehavef¢llF`7l¢õ que intermedeie a snegociações e evite conflitos entre osusuários das bacias".

, do JB Ecológico : "No7

Dia Mundial da Agua os jornais preferemfalar sobre juizes do que sobre questõe sambientais".

dade passa a construir ela mesm asua mini-barragem", explica Lucia -no Cordoval Barros, coordenado rdo projeto Barraginhas, que hoj ejá atinge mais de 300 municípios .O projeto busca criar reservatório se regos de água, captando água d achuva, em mini-barragens construí -das pela própria comunidade . "A

chuva que cai na comunidade é d acomunidade e é lá que tem que fi-car", finalizou .

Projetos como o Barraginhasdevem ser explorados pela impren-sa para dar visibilidade a ações d esucesso. "As instâncias públicasdesinformam a imprensa . É neces-sário dar visibilidade às ações qu e

■ Projeto Barraginhas: apó sdez anos de sucesso, recebe oreconhecimento da mídia

deram certo e a imprensa tem pape lfundamental neste processo", desta-cou Clemens Schrage, do projetoMundaú, em Maceió (AL) . Faltaapenas que os grandes veículo sde comunicação abram seus olho spara o mar de pautas disponívei squando o assunto é água . E claro ,fechem a torneira .

' ' ,da EC021APprimeiroencontro para tratar de água foi e m1977, em Mar del Plata e contou comapenas %omalistas".

ifd

, da folha do MeioAmbiente : "A água não vai acabar, mas ogerenciamento, para que ela abasteça apopulação deve ser imediato" .

Apoio

FIEMGCIEMO SEIS SENAI /EL

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TAM

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COPASAA agua de Minas