real vs. ficcional (memorial do convento)

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REAL VS. FICCIONAL Trabalho realizado por: Gonçalo Cruz N.º11 12.ºCS Teresa Ferreira N.º23 12.ºCS MEMORIAL DO CONVENTO

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Page 1: Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)

REAL

VS.

FICCIONAL

Trabalho realizado por:

Gonçalo Cruz N.º11 12.ºCS

Teresa Ferreira N.º23 12.ºCS

MEMORIAL

DO

CONVENTO

Page 2: Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)

Relação entre a Realidade e a Ficção

Uma das questões cruciais na obra “Memorial do Convento” é a

fronteira entre a história e a ficção. Saramago não se vê como

um escritor histórico mas antes como um autor de uma história

na História. O seu argumento traduz-se numa estratégia

narrativa que entrecruza três planos relevando o da ficção, da

História e o do Fantástico em detrimento do plano da História.

Page 3: Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)

O fantástico torna-se em Saramago "um modo de exacerbar a

atenção sobre a terra portuguesa, sobre as suas demasias e os

seus golpes.”

Page 4: Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)

Personagens

Históricas: Ficcionais:

D. João V

D. Maria Ana Josefa

Padre Bartolomeu Lourenço

Domenico Scarlatti

Sebastiana Maria de Jesus

(mãe de Blimunda)

Blimunda de Jesus

Baltasar Mateus

Família e amigos de Baltasar

Trabalhadores do Convento

Page 5: Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)

Eventos

Históricos: Ficcionais:

Casamento Real

Autos-de-fé

Voo da máquina voadora

Construção do Convento

de Mafra

Procissões religiosas

Touradas

A recolha das vontades

A participação da música

de Scarlatti na cura de

Blimunda

Page 6: Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)

Contrastes

Acção principal: Acção secundária:

Construção do Convento Construção da Passarola

Real Ficcional

Page 7: Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)

Por outras palavras…

A acção principal é a construção do Convento de Mafra, que

entrelaça o desejo megalómano do rei com o sofrimento do povo.

Paralelamente à acção principal, encontra-se uma acção que

envolve Baltasar Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas, numa história

de espiritualidade, ternura, misticismo e magia a que se liga a

construção da passarola.

Page 8: Real vs. Ficcional (MEMORIAL DO CONVENTO)

Para rematar…

Em suma, como a reconstituição da história passa pela ficção,

podemos interpretar um aparente desprezo do tempo, o que

acaba por remeter o leitor para algo intemporal.

“Termino. A voz que leu estas páginas quis ser

o eco das vozes conjuntas das minhas

personagens. Não tenho, a bem dizer, mais voz

que a voz que elas tiverem. Perdoai-me se vos

pareceu pouco isto que para mim é tudo. “

In, Discurso Perante a Real Academia, José Saramago