ficcional print

24
Página 1 FICCIONAL UM CLÁSSICO NUNCA MORRE A Lista de Schindler está para completar 20 anos e mostra que quando o filme é bom, não envelhece.

Upload: monique-dafne-gentil

Post on 14-Mar-2016

255 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Revista montada para a aula de Projeto Gráfico. Textos de autoria de colegas de classe, editados, corrigidos e diagramados por mim. Ferramentas: InDesign - Diagramação Photoshop - Edição de imagens

TRANSCRIPT

Page 1: Ficcional print

Página 1

FICCIONAL

UM CLÁSSICONUNCA MORREA Lista de Schindler está para completar 20 anos e mostra que quando o filme é bom, não envelhece.

Page 2: Ficcional print

EDITORIALA revista foi pensada de forma a abranger um público principalmente jovem, de 18 a 27 anos e geralmente classe média, visto que grande parte dos jovens dessa classe cos-tumam gostar de entretenimento. O nome foi criado com base no tema que trata principalmente de Ficção e ludismo, fato que foi determi-nante para outras escolhas de elementos gráficos, como a fonte do logotipo, fonte dos títulos, subtítulos e imagens. A fonte do logotipo chamada de Orange Juice é decorativa tendo um ar colegial e descolado, condizente com o público alvo e com a intensão de captar sua atenção. A escolha de utilizar a cor branca para a fonte na capa foi determinada para fazer contraste com a imagem do tema escolhido paraser a matéria de capa que possui tons escuros. A fonte dos títulos e subtítulos variam de acordo com o tema a ser tratado na matéria, já nos corpos de texto a fonte escolhida foi a Cambria em tamanho 11 ou 12, por ter boa estética e ser de fácil leitura, uma vez que a fonte é serifada e cria uma linha imaginária., que faz com que o texto fique menos cansativo. As imagens escolhidas são em sua totalidade de di-vulgação e têm a intensão de completar visualmente o as-sunto abordado. Há o uso de elementos de repetição como o título da revista e uma linha para organizar o layout, além de criar uma identificação entre as páginas, fixando a marca na mente do leitor. Priorizamos o contraste entre as fontes, usando no texto e título, estilos, pesos e tamanhos diferentes, cores e elementos visuais. Sobre o alinhamento, houve uma es-colha em manter as imagens (a maioria delas) na parte su-perior das páginas, utilizando-se entre todos os elementos visuais de cada matéria. As matérias são organizadas com proximidade de assunto, ou seja, são agrupadas de acordo com o assunto abordado, para que a revista fique mais organizada. Sobre os temas das matérias, dissertamos sobre música, cinema, séries de televisão, internet e literatura de forma simples e apaixonada, utilizando os elementos gráficos para ressaltar os assuntos abordados. Nesta edição, falamos sobre o aniversário de 20 anos de A lista de Schindler, um clássico do cinema e um dos melhores filmes de Steven Spielberg. Falamos também sobre adaptações de livros quederam certo e outras que foram bombas cinematográficas, além de um tributo ao lendário Jimi Hendrix na semana de seu aniversário. Breaking Bad, Dexter e Spartacus, séries que acabaram esse ano são nossos destaques logo após a matéria de capa e algumas dicas de canais de vídeos no You Tube para animar sua navegação.

Monique Gentil913114767EditoraDiamagradora

Jenifer Martins 312201900Redatora.

Gabriela Araújo913116121Redatora.

Thiago Hernades312201200RedatorDiamagrador

Vinicius Brito913213997Redator

Iago L. de Morais312204152RedatorEditor

Redação - Ficcional

Da Redação

Page 3: Ficcional print

TRIBUTO Santo HendrixA história e trajetória do maior guitarrista de todos os tempos contada por um fã. [versão escolar]Por Vinicius BrittoPág.......................................06

NESTA EDIÇÃOUno! Duo! Tré! Cuatro!O que os meninos do Green Day têm feito. Novidades e tudo sobre o lançamento do novo DVD Cuatro!.Por Thiago HernandesPág...........................................08

Polivalência ArtísticaA luta pela sobrevivência da música e como os artistas

da nova geração [e da velha também] estão lidando com a popularidade da publicidade no youtube, aliando cada vez mais imagem e som.Por Thiago Hernandes [tam-bém]Pág...........................................09

A Arte da AdaptaçãoOs melhores livros da história, que se tornaram tão populares que seria um crime não trans-formá-los em incríveis obras visuais. E foi exatamente o que aconteceu! [ versão com-pleta. Sem cortes]Por Gabriela AraújoPág...........................................10

Relembre Meu NomeSéries que chegaram ao fim. Mas que já estão matando o público de saudades.Por Iago de MoraisPág...........................................18

TarantinéfiloComo nasce o vicío nos fantás-ticos filmes cheios de ação de Quentin Tarantino. Nas pala-vras de um viciado.Por Thiago Hernandes [fechan-do com chave de ouro!]Pág...........................................20

CAPA O Clássico nunca morrePróximo de completar 20 anos, o clássico A Lista de Schindler ainda mostrar sua força e impacto da época de seu lançamento. Saiba história, os detalhes técnicos e a importância dessa obra prima.Pág.................................................................................................................................................................... 12

CAPA E DIAGRAMAÇÃO: Monique Gentil PESQUISA E INFORMAÇÃO: Je-nifer Martins TEXTOS: Thiago Herna-des, Vinicius Britto, Iago de Morais e Gabriela Araújo

Page 4: Ficcional print

FICCIONAL NOVEMBRO 2013

Todas as imagens contidas nesta página são de divulgação

Page 5: Ficcional print

Página 5

Page 6: Ficcional print

santo hendrixTexto: Vinicius BritoEdição: Iago MoraisImagens: Divulgação

Todas as imagens contidas nesta página são de divulgação

Nascido em 27 de novem-bro de 1942, Johnny Allen Hendrix ou simplesmente

Jimmi Hendrix é considerado um dos maiores nomes da história do Rock. Dono de um estilo único e de uma genialidade ímpar, Jimmi revolucionou a forma de se fazer música e aperfeiçou os princípios básicos da guitarra, criando as principais técnicas doinstrumento.

Tudo começou quando eu ganhei a minha primeira guitarra alguns anos atrás, depois de algu-mas aulas em que eu sempre fica-va irritado pela demora do estudo, resolvi aprender a tocar sozinho e para isso nada melhor do que ou-vir tudo o que os maiores guitar-ristas do mundo já fizeram. Fui de Led Zeppelin a Jazz fusion, e mesmo assim, ainda faltava algo que me conectaria com

a música do jeito que eu queria. Até que vi um documentario sobre um cara que era conhecido como o melhor guitarrista da história. Aquele cara me impressionou quase que automaticamente, eu fui pesquisar mais sobre ele. Após algum tempo de pes-quisa, finalmente achei um site que continha tudo sobre ele, além de todos seus os discos na integra, então escolhi um dos discos e co-loquei para tocar. O nome do dis-co era “Are You Experienced?” e a única coisa errada com o álbum era o ponto de interrogação no tí-tulo. Seu título deveria ser uma afirmação. As músicas de Jimmi Hendrix são uma experiência to-talmente nova, a mistura perfeita entre o blues e o rock, isso tudo vindo das mãos de um trio que formava a banda com Hendrix, que além de tocar guitarra brilhante-mente tinha um vocal marcante e suave. Suas mãos, além de divi-nas com a guitarra, eram também muito talentosas com a caneta. Le-tras como as de Purple Haze, The Wind Cryes Mary e All Along The Watchtower são mágicas. O músico era perfeccio-nista. Chegava a repetir o mesmo take mais de 50 vezes até atingir o ponto que ele considerava mais adequado. Com a guitarra que ele mostrava todo seu potencial. Es-

FICCIONAL NOVEMBRO 2013

Page 7: Ficcional print

banjava todo seu talento com licks e riffs sensacionais e uma técnica impecável herdada principalmen-te de seu tempo como guitarrista de apoio em bandas de blues. Jimmi também apresentou ao mundo algumas das maiores inovações da história do instru-mento, como o uso do pedal de wah-wah que se popularizou com seu sucesso. Sua experimentação, tam-bém rendia frutos a sua música, o guitarrista não se prendia a um único estilo musical, o que dava a suas canções uma maior profundi-dade. Se no estúdio suas canções já eram incríveis, as apresenta-ções ao vivo eram de outro plane-ta. Com solos improvisados e mú-sicas que se estendiam por mais 5 ou 6 minutos do que as suas versões de estúdio, chegavam a virar canções completamente di-ferentes como é o caso de Voodo Child (Slight Return), um de seus maiores sucessos nascida de uma Jam de Jimmi com alguns amigos no backstage de um show. A Jimmi Hendrix Expe-rience se tornou referência pela qualidade de seu trabalho ao vivo, o que no futuro rendeu muitos Bootlegs e Compilações, mas ne-nhuma apresentação ao vivo foi tão marcante quanto o Woodsto-ck, em 69. A Experience tocaria no mesmo dia que o The Who (ou-tra banda muito famosa por seus shows) e nenhuma das duas ban-das queria tocar depois da outra. A ordem teve que ser de-finida por cara ou coroa, com vi-tória dos ingleses que fizeram um show arrasador, encerrando com a destruição de todos os instru-mentos.

Não se dando por satisfeito, Hen-drix iniciou um espetáculo que durou mais de 4 horas. Um dos principais momen-tos desse show, foi quando tocou uma versão do hino nacional ame-ricano com direito a sons de me-tralhadoras e bombas caindo. Um verdadeiro manifesto da contra-cultura.Na última música do show, Jimmi, que já chamava atenção por ser canhoto, tocou com os dentes e por fim destruiu completamente sua Fender Stratocaster, jogan-do fluido de isqueiro e colocando fogo, uma cena antológica da his-tória do rock. Alguns meses depois do festival, Jimmi tomou algumas taças de vinho misturadas com pilulas para dormir, e morreu na madrugada asfixiado com o pró-prio vomito. Porém, seu legado e algumas obras que mais tarde seriam lançadas em álbuns pós-tumos, fizeram com que ele fosse considerado o deus da guitarra, fornecendo à música momentos inesquecíveis e canções atempo-rais.

Toda

s as i

mag

ens c

ontid

as n

esta

pág

ina

são

de d

ivul

gaçã

o

Página 7

Page 8: Ficcional print

Uno! Duo! Tré! Cuatro!Em novembro a banda

americana Green Day lançou seu DVD Cuatro!,

após a bem sucedida trilogia de EP´s que trouxeram de volta a sonoridade que fez referência ao ápice da banda nos primórdios dos anos 90. O DVD é um documentá-rio das gravações dos EP´s, e ape-sar de já ter passado no X-Games de inverno em janeiro e no SXSW em março, o documentário escri-to por Tim Lynch é extremamen-te esperado por todos os fãs da banda, não só por todo o conte-údo informal dos bastidores, mas também por cobrir alguns shows

da banda feitos em 2012.Segundo o baixista Mike Dirnt, o DVD é uma ferramenta de aproximação com os fãs, por ter um conteúdo que mostra todo o processo de gravações e bastidores de shows, Cuatro! dá acesso a todo significado e sentimento contido no desenvolvimento de um álbum. Além de toda proximida-de, o DVD mostra também os in-tegrantes surfando e fazendo ati-vidades fora dos palcos, tornando o documentário em uma espécie de autobiografia dos sempre “jo-vens” integrantes do Green Day. O recurso visual e de con-

teúdo auto informativo é uma das novas práticas dos grandes artis-tas, bandas e ídolos para atrair novos fãs e reforçar os antigos. O Green Day já é uma banda con-sagrada do Rock internacional, por toda sua história e pelos inú-meros Hits no topo das paradas mundiais. O nome, além de acom-panhar a sequência dos álbuns (lançados em setembro, novem-bro e dezembro) também serve para marcar a entrada do quarto integrante da banda, o guitarrista Jason White, que passou a fazer parte oficalmente do Green Day durante a produção da trilogia.

Todas as imagens contidas nesta página são de divulgação

Toda

s as i

mag

ens c

ontid

as n

esta

pág

ina

são

de d

ivul

gaçã

o

FICCIONAL NOVEMBRO 2013

Page 9: Ficcional print

Polivalência Artística

Foi-se a época em que a música era avaliada somente pela melodia e letra. Com o

advento da internet, e as músicas disponiveis para baixar, foi necessária uma grande adaptação no mundo da Indústria musical. que busca atrelar cada vez mais o sentido da audição com a visão.

Dados recentes da ABPD (Associação brasileira de produtores de Disco) mostram uma redução no valor (-31,2%) e no número de unidades (-17,2%) comercializados no país nessa ultima década. A comercialização mudou seu pilar, hoje a internet é a grande responsável pela venda fonográfica, entretanto, o meio é muito disciminado e, apesar da atual adaptação da indústria, o controle do compartilhamento musical ainda é um problema para muitos artistas.

O músico hoje é submetido a polivência artística, se arriscando nas telonas, seja para contar suas próprias hitórias, como no caso do astro teen Justin Bieber e a cantora norte americana Katy Perry, seja para divulgar e comercializar seus shows em DVDs, ou até mesmo produzindo seus milhonários

video-clipes, que hoje é, de certa forma, comercializado pelo youtube e seus espaços publicitários.

A polivalência do grupo Teatro Mágico mistura música popular brasileira, em uma fórmula muito moderna, com a arte circense e espetáculos lúdicos, esse jovem grupo de artistas de Osasco, liderado por Fernando Anitelli, é dotado de muita criatividade, engajamento social e musicalidade. O espetáculo é repleto de teatralidade e performances surpreendentes, muitas vezes o vocalista sai de cena para dar espaço aos outros artistas do grupo.

Todas as imagens contidas nesta página são de divulgação

Toda

s as i

mag

ens c

ontid

as n

esta

pág

ina

são

de d

ivul

gaçã

o

Página 9

Page 10: Ficcional print

O cinema e a literatura for-mam uma combinação que foi fundamental para firmar o cinema como meio de entretenimento.

A adaptação é uma forma quase certa de sucesso e quando as obras adapta-das alcançam resultados satisfatórios, seus diretores se tornam lendas. Re-centemente as adaptações literárias tem sido uma tendência cinematográfi-ca, seja pelo rápido retorno financeiro de franquias estabelecidas ou por re-ceio de se trabalhar com um material original e não obter o retorno financei-ro desejado. Nomes como Francis Ford Co-ppola, diretor do clássico O Poderoso Chefão (que foi inspirada na série de li-vros escrita por Mario Puzzo) e Stanley Kubrick, diretor de Laranja Mecânica (escrita por Anthony Burgess) e se tor-

naram famosos ao adaptar livros para o cinema com maestria.Devido sua qualidade narrativa e téc-nica apresentadas em suas adaptações, ambos viraram icones da cultura pop e objeto de estudo por estudantes de ci-nema, além de ampliarem a visibilida-de e importância dessas obras.Outros romances adaptados por eles foram 2001 - Uma Odiséia no Espaço, Lolita, O Iluminado, Barry Lyndon e Drácula de Bram Stocker. Entretanto adaptar um romance para a telonas não é tão simples e al-cançar a qualidade que esses dois ta-lentos da direção cinematográfica de-monstraram é bastante complicado. O processo é bastante complexo, já que a primeira dificuldade está nas lingua-gens dessas duas mídias, por elas apre-sentarem caracteristicas distintas.

A ARTE DA ADAPTAÇÃO

NOVEMBRO 2013FICCIONAL

Page 11: Ficcional print

Em um livro, os persona-gens, o ambiente e a histó-ria são apresentados com

uma grande riqueza de detalhes e singularidades. Existe também o fato de que o escritor trabalha com a imaginação do leitor, algo que impede limitações de orça-mento que um filme teria. Já em um filme, por ser uma mídia audiovisual, as possi-bilidades de se trabalhar somen-te com a imaginação são pratica-mente nulas, o que gera muitas expectativas e decepções. Um longa-metragem tem que abor-dar a história de maneira clara, em tempo limitado e de forma comercial, para que haja lucro ao estúdio produtor. Esse pensa-mento anula o lado artístico das obras, o que compromete a histó-ria original e não agrada os fãs. A saga Percy Jackson e os Olimpianos do autor Rick Rior-dan é um exemplo de uma adap-tação que não teve o potencial de suas obras explorado nas telas, porém o filme gerou renda o que para a mente atual de Hollywood

é simônimo de sucesso.O primeiro filme da franquia, “O Ladrão de Raios”, foi lançado em 2010 e dirigido por Chris Colum-bus e não trouxe a história dese-jada pelos leitores. Foram des-cartados detalhes cruciais para o enredo desse filme e de suas futuras continuações, algo que comprometeu o resultado de sua sequência “O Mar de Monstros”. A tarefa de roteiristas e diretores de adaptar e dirigir um roteiro que tenha a essência da obra e assim poder eternizar o seu nome no “ Hall of Fame” de Hollywood ou perder uma chan-ce clara de sucesso. Cinema e Li-teratura, é uma combinação que tem feito sucesso nas últimas dé-cadas, mas não é nem um pouco fácil combinar essas duas artes. Anarrativa de um livro é completa-mente diferente da de um filme. No livro toda a cena, os persona-gens, seus sentimentos são des-critos pelo escritor, gerando uma infinidade de interpretações. Já no filme isso tudo é mostrado já pronto, e aí que está o desafio de

adaptar uma obra literária para ocinema. O diretor e os roteirista devem in-terpretar a obra e fazê-la o mais fiel possível, mas claro que não ao pé da letra. Imagine uma obra de 900 páginas, adaptada palavra por palavra, quantas horas dura-ria?Por isso, não basta ter um livro na mão e sair encenando. É pre-ciso ter muita criatividade e uma verba condizente com os efeitos que o filme precisa ter. não adian-ta querer fazer um filme de ação e espionagem com explosões e efeitos especiais, se a verba do filme não der nem para os equi-pamentos.Outra saída que têm sido utili-zada, tanto pelo marketing, para segurar os fãs, como para enri-quecer os detalhes, é dividir o fil-me em partes. Assim, a saga é ex-tendida, garantindo sucesso por mais tempo, e o público não se decepciona com falta de detalhes, cortes ou infidelidade à história que eles tanto amam ler.

Cena tirada do filme Drácula de Bram Stocker

Página 11

Page 12: Ficcional print

a l i s ta d e

UM CLÁSSICONUNCA MORRE

Próximo de completar 20 anos, o clássico A Lista de Schindler ainda mostrar sua força e impacto da época de seu lançamento. Saiba história, os detalhes técnicos e a importância dessa obra prima.

NOVEMBRO 2013FICCIONAL

Page 13: Ficcional print

SCH I ND LER

Página 13

Page 14: Ficcional print

FICCIONAL NOVEMBRO 2013

Era 1993 e Steven Spielberg lançava Jurassic Park, um dos filmes que ilustrou muito bem o conceito de blockbuster, já que conseguiu

levar milhares de pessoas aos cinemas para viver uma aventura em um parque com dinossauros. Para muitos amantes do cinema e admira-dores do diretor aquela aventura era o máximo que ele poderia oferecer naquele ano. Porém, Spiel-berg chocou o mundo ao trazer no final daquele mesmo ano um filme que se tornaria um marco para o cinema. Este filme era A Lista de Schindler, uma cinebiografia sobre Oskar Schindler, um homem que salvou mais de mil pessoas do Holocausto. O filme completa neste ano seu vigésimo aniversário e sua qualidade tecnica e narrativa se mostra atemporal, permanecendo em seu posto de um dos maiores filmes do gênero. Há alguns destaques que devem ser feitos ao se falar de A Lista de Schindler. O primeiro deles é seu elenco, todos en-volvidos conseguem transmitir as emoções e ca-racterísticas necessárias para transmitir a emoção com veracidade. Outro ponto, é sua fotografia que se desta-

ca por dois fatores primeis, um pelo uso de preto e branco, e outro por retratar com fidelidade um campo de concentração. Há diversos momentos que a falta de cores se mostra opressora e dá o tom perfeito ao que é retratado. O preto e branco apesar de tornar a foto-grafia mais bela, tem simbologia e função claras. A simbologia da falta de cores é demonstrar luto ao longo do genocídio mostrado na fita, enquanto também funciona para aliviar a sanguinolência. Há dois momentos além do Sabbath inicial em que as cores voltam: O famoso casaco verme-lho de uma menina fugindo do extermínio no gueto (momento do qual é fadado de inúmeras interpre-tações) e os minutos finais, quando o povo judeu livra-se finalmente do pesadelo do Holocausto. Já sua trilha sonora, composta pelo pre-miadíssimo John Willians que em mais uma de suas parcerias com Spielberg fatura o Oscar, é formada principalmente por temas melancólicos, a trilha casa perfeitamente com o clima do filme. A música tema é uma das melodias mais lembradas quando se trata de trilhas sonoras. Qualquer orquestra que apresente temas de cine-ma em seu repertório, toca esse tema.

Page 15: Ficcional print

Página 15

A fita se inicia com um ritual Sabbath. Spiel-berg foca a imagem nas velas e some pouco a pouco com as cores. E somos apresenta-

dos a Oskar Schindler (Liam Neeson), um membro do partido nazista que sai de sua pequena cida-de na Tchecoslováquia (atual República Tcheca) para fundar uma fábrica na Cracóvia e lucrar por meio da guerra. No princípio, Schindler se mostra uma pes-soa extremamente oportunista e sedutora. Sem se preocupar com consequências,envolve-se com o mercado negro com intenção de conseguir dinhei-ro para investir em uma fábrica, utilizando suas in-fluências no partido nazista e se aproveitando dos judeus que foram levados para o gueto. Ao conhecer o contabilista Itzhak Stern (Ben Kingsley), os planos de Schindler começam a dar certo. Ele funda uma fábrica de panelas e Stern começa a selecionar pessoas que não te-riam chances de sobrevivência nos campos, crian-do documentos falsos para que elas exerçam fun-ções na fábrica. Aos poucos, Schindler acaba se sensibilizando com o sofrimento vivido pelo povo judeu.

Nesse meio tempo em que o industrial pas-sa a proteger seus funcionários, um sádico co-mandante chamado Amon Goeth (Ralph Fiennes) passa a inspecionar o campo e a fábrica, enquanto Oskar finge amizade para manter sua fábrica livre das maldades do alemão. Enquanto as atitudes de Schindler se tor-nam cada vez mais dignas, Amon é seu perfeito contraponto. O comandante não tem senso de hu-manidade, matando por prazer e acreditando vee-mentemente que essa é a maior demonstração de poder que um homem pode ter. Meses se passam e Schindler consegue cumprir seu objetivo inicial, fazendo fortuna. Po-rém, ao ver que indo embora seus mais de mil fun-cionários acabariam se tornando vítimas do regi-me nazista, decide criar uma lista com os nomes de todos os funcionários que “compraria” a liber-dade. Schindler leva todos para trabalharem em sua cidade, esperando o término da guerra com esperança que tenham a oportunidade de viver sem medo e em paz.

Page 16: Ficcional print

NOVEMBRO 2013FICCIONAL

Oliwia Dabrowska aos 3 anos de idade

entrou para a história do cinema ao ter

interpretado a menina de casco vermelho

de A Lista de Schindler. Porém para ela

isso não é motivo de orgulho.

Segundo entrevista dada por ela

ao jornal Britânico The Times, o papel a

traumatizou. Segundo ela, Steven Spiel-

berg fez um acordo com os pais dela para

que ela só visse o filme quando tivesse

mais de dezoito anos, entretanto seus

pais a fizeram assistir com 11 anos, algo

que a traumatizou devido a crueldade e a

violência sofrida pelo povo judeu.

Na época que o filme foi lançado,

surgiram diversas interpretações sobre o

verdadeiro signficado da menina na fita.

Em uma entrevista dada pelo diretor mos-

trou seu ponto de vista dessa antologica

cena.

“Estados Unidos, Rússia e Ingla-

terra todos sabiam sobre o Holocausto,

e mesmo assim não fizeram nada. Nós

não enviamos qualquer uma de nossas

forças para impedir a marcha em direção

a morte, a inexorável marcha em direção

a morte. Foi um enorme derramamento

de sangue, primariamente na cor verme-

lha no radar de todos, porém ninguém fez

nada a respeito. E é por isso que eu quis

trazer a cor vermelha” disse o diretor Ste-

ven Spilberg.

A Menina do Casaco Vermelho

Page 17: Ficcional print
Page 18: Ficcional print

RELEMBRE MEU NOMESpartacus, Dexter e Breaking Bad tiveram seus episódios finais exibidos esse ano e já deixam saudades nos seus fãs.

Texto: Iago Luiz de MoraisEdição: Monique Dafne GentilImagens: Divulgação

O ano de 2013 termina deixando saudade nos fãs de séries. Bre-aking Bad, Spartacus e Dexter

foram as despedidas da televisão norte americana e apresentaram finais dis-tintos para os fãs. A primeira série a se despedir esse ano foi Spartacus. Foram três tem-poradas (Blood and Sand, Vengeance e

War of the Damned) e uma minissérie (Gods of Arena) para narrar toda a saga do gladiador Spartacus e seus compa-nheiros na histórica e famosa rebelião contra o império romano. Mesmo que a história de Spar-tacus já tenha sido contada anterior-mente em uma clássica adaptação de Stanley Kubrick, a série conseguiu se diferenciar e se estabelcer com o públi-co por seu estilo visual e narrativo. Utilizando basicamente a téc-

nica de Chroma Key, a tela verde utiliza-da nos efeitos especiais, a série conse-guiu apresentar uma qualidade técnica semelhante ao filme de Zack Snyder, 300, além de reduzir consideravelmen-te os custos de produção. A série contava como caracte-risticas o sexo e a violência exagerada, além de excessos de câmera lenta. Mes-mo com excessos, o desenvolvimento dos personagens fez a série cair nas graças do público.

FICCIONAL NOVEMBRO 2013

Page 19: Ficcional print

Durante as filmagens da primeira temporada, Andy Whi-tfield, o intérprete do gladiador descobriu que sofria de câncer e iniciou seu tratamento. Com esperança que o ator se recuperasse, os produtores deci-diram criar uma minissérie (Gods of Arena) para mostrar a origem dos antagonistas da série, porém pouco tempo após o ator veio a fa-lecer. Os produtores da série decidiram continuar a série em respeito aos fãs. O ator escolhido para preencher o papel deixado por Whitfield foi Liam McIntyre, que conseguiu manter o carisma do hé-roi romano. Em abril, o canal Starz exi-biu o último episódio da série e ob-teve uma boa repercusão por parte dos fãs. O final foi considerado ex-celente, obtento uma nota 9,8 em uma famosa database de filmes e séries na internet. Tamanho foi o sucessoque o canal resolveu reprisar todos os episódios da série em versão esten-dida.

DexterDexter teve seu final exibido em se-tembro e dividiu opiniões de seus espectadores. Ao longo de oito tempora-das, o público conheceu e acompa-nhou a história de Dexter Morgan, um analista forense especilista em

análise sanguinea que matava os criminosos que conseguiam esca-par da justiça. Seguindo a fórmula de sé-ries em que casos são solucionados, Dexter se diferencia por conta de seu protagonista, que mesmo sen-do serial killer, tem um carisma que cativa o público a ponto de coloca-lo lado a lado com Hannibal Lec-ter. Tendo como base de enre-do para sua primeira temporada o livro Dexter - A Mão Esquerda de Deus de Jeff Lindsay, pouco a pouco, nas temporadas seguintes a trama se distanciou da apresentada nos livros. O personagem frio e cal-culista foi sendo modificado, tor-nando-se uma pessoa sentimental e vulnerável.Essas mudanças desa-gradaram alguns fãs, porém a audi-ência da série manteve sua média. Após a exibição do último episódio no canal Showtime, fóruns e redes sociais foram bombarde-ados por críticas negativas de fãs, algo que pode ter manchado a re-putação de uma série vencedora de dois Globos de Ouro.

Breaking Bad Uma semana depois da po-lêmica exibição do final de Dexter, o canal concorrente AMC exbia o último episódio de Breaking Bad, uma série que mostrou que ainda há possibilidades da televisão pro-

duzir conteúdos com qualidade se-melhante aos grandes clássicos do cinema. A série narra a saga de Walter White, um pacato professor de química que ao descobrir que sofre de câncer em estado termi-nal decide fabricar metanfetamina, com intesão de deixar uma herança para sua familia. Porém ao se envolver no mundo do crime, White se transfor-ma pouco a pouco em um homem imoral e sem escrupulos, sob a acu-nha de Heisenberg. As atitudes de Heisenberg são egoístas e violentas, levando pouco a pouco cada membro de sua família para situações de risco. Com um enredo totalmen-te fechado, a série mostrou quali-dade narrativa por ter uma histó-ria crescente e interrupta entre as temporadas. Foram cinco temporadas e a audiência da série foi muito aju-dada pelo serviço de videos sob demanda, Netflix, que disponibiliza todas as temporadas em seu acer-vo. Com o final da série alguns recordes foram batidos, um de au-diência com 11 milhões de pessoas assistindo a exibição no canal AMC, um de série mais bem avaliada da história com o impressionante númo de 99 criticas positivas em 100 sites especializados, sendo considerada uma das melhores sé-ries já feitas.

Página 19

Avaliações Spartacus Dexter Breaking Bad

Nº de Episódios 34 96 62Nota de Crítica 58/100 77/100 99/100Nota de Público 8,6 9,0 9,5

Dados retirados dos sites Metacritic e IMDB.

Page 20: Ficcional print

FICCIONAL

TARANTINEFILO FILMOGRAFIA TARANTINA

Não posso me considerar um cinéfilo! Não sou um viciado, que conhece obras de

grandes roteiristas e diretores. Mal entendo da magnífica história do cinema e não tenho conhecimentos peculiares de fotografia, luz, ou qualquer especificação técnica da sétima arte. Entretanto, tenho uma experiência única com um dos roteiristas/diretores/atores mais excêntrico de Hollywood. Uma vivência que se iniciou na infância, progrediu para a adolescência e me fascina até hoje. Trata-se de Quentin Tarantino e sua obra-prima no mundo do cinema

Tudo começou em um dia de janeiro, beirando meus 11 anos, costumava passar boa par-te das férias no apartamento de meus primos mais velhos. O mais velho, Rodrigo, na época com 17 anos, me prometeu mostrar um filme que eu jamais teria as-

sistido, me questionando sobre minha capacidade de se impres-sionar com sangue e duvidando de minha coragem para assisti-lo. Obviamente, mesmo que não tão corajoso como gostaria de ser, afirmei que seria capaz de as-sistir o tal filme, mesmo porque, não ia gostar de sofrer a conse-quência de me recusar a ver.

“Um drink no inferno”, uma obra de Robert Rodriguez, com a brilhante participação de Quentin, atuando como irmão do também brilhante George Cloo-ney. No começo, achei que seria mais um filme de ação, com um certo ar policial, pois até então nada de muito diferente aconte-cia no filme. Sim, tinha sangue e violência, mas nada além do que eu já tinha visto na monotonia da “sessão da tarde”, em meus dias ociosos. Mas, a partir de um cer-to momento do filme, a temática, o diálogo e o propósito, sofrem um drástico contraste e o que parecia ser só mais um filme de ação, se torna em uma carnifici-na vampiresca sem precedentes. Eu, praticamente, levei um soco na face. Me sentia atento, com um certo medo, mas, extrema-mente interessado no desfecho da história. Esta seria minha ini-ciação no fantástico mundo de Tarantino, mesmo não sendo um filme com sua direção, sua par-

ticipação me fez querer conhecer mais sobre a figura de Quentin.

Minha segunda experiência com o diretor foi nos dois filmes da saga Kill Bill. Nesta ocasião já era mais velho e conseguia dis-cernir melhor a qualidade do diálogo, a arte, o propósito e a linguagem do filme. Foi meu pri-meiro vicio. Posso afirmar que assisti os dois filmes mais de 30 vezes, cada um.

A partir da consolidação que Kill Bill me trouxe, procurei saber mais sobre Tarantino e sua obra. Conheci “Pulp Fiction”, “Cães de Aluguel”,” Jack Brown” e logo na sequência os mais no-vos, “Bastardos e Inglórios” e o ultimo “Django Livre”. Fui atrás de todos diretores amigos e rela-cionados com Quentin, descobri mais sobre a obra de Robert Ro-driguez e Eli Roth.

Quentin me trouxe o con-vívio com o cinema, me fez querer saber mais dessa arte maravilhosa, me proporcionou criatividade. Cinema, assim como música, é questão de gosto, mas entender a obra, admirar a arte, te faz pensar mais, refletir sobre todas as coisas na vida. Tarantino foi um dos responsáveis por essa minha paixão pela arte, pela arte de se comunicar, pela arte de se fazer entender através do lúdico.

NOVEMBRO 2013

Page 21: Ficcional print

Página 21

FILMOGRAFIA TARANTINA

Direção2012 - Django Livre 2009 - Bastardos Inglórios 2007 - À Prova de Morte 2005 - Sin City - A Cidade do Pecado2004 - Kill Bill - Volume 2 2003 - Kill Bill - Volume 1 1997 - Jackie Brown 1995 - Grande Hotel 1994 - Pulp Fiction - Tempo de Violência 1992 - Cães de Aluguel

Atuação2012 - Django Livre 2011 - Jerry Lewis - Loucura e Método 2009 - Bastardos Inglórios 2007 - À Prova de Morte2007 - Fabricando Discórdia 2007 - Planeta Terror 2005 - The Muppets’ Wizard of Oz2000 - Little Nicky, Um Diabo Diferente1997 - Jackie Brown1996 - Garota 6 1996 - Um Drink no Inferno 1995 - A Balada do Pistoleiro1995 - Grande Hotel1994 - Alguém para Amar1994 - Pulp Fiction - Tempo de Violênca

1992 - Cães de Aluguel

Produção2010 - Machete2008 - Killshot - Tiro Certo2007 - À Prova de Morte2007 - O Albergue - Parte II2007 - Planeta Terror2005 - O Albergue2004 - Kill Bill - Volume 22000 - Um Drink no Inferno 3 - A Filha do Carrasco1999 - Um Drink no Inferno 2 - Texas Sangren-to1996 - Um Drink no Inferno1995 - Grande Hotel

Roteiro2012 - Django Livre2009 - Bastardos Inglórios2007 - À Prova de Morte2004 - Kill Bill - Volume 22003 - Kill Bill - Volume 11997 - Jackie Brown1996 - Um Drink no Inferno 1995 - A Rocha1995 - Grande Hotel1994 - Assassinos por Natureza1994 - Pulp Fiction - Tempo de Violência1993 - Amor à Queima-Roupa1992 - Cães de Aluguel

Page 22: Ficcional print

Todas as imagens contidas nesta página são de divulgação

Os Melhores Canais do

YouTube BRasil

Fundado em fevereiro de 2005, o Youtube mudou a forma das pessoas assitirem conteúdo pela internet. Com a evolução do site, novas ferramentas surgiram e com elas, pessoas tiveram a ideia de desenvolver conteúdos exclusivamente para essa mídia, surgiram canais de vlogs, no-

ticias, humor. A popularização em grande parte deve ao fato do espectador determinar em que hora e lugar quer ver o conteúdo, além de haver uma maior liberdade para exploração de formatos e conteúdos. Abaixo falamos sobre alguns dos canais de maior popularidade do site em sua versão brasileira.

Canal: OmeleteveNúmero de Visualizações: 39.481.697 visualizações Número de Inscritos no canal: 198.798 inscritosCanal criado em: 06/12/2007Conteúdo: O Omeleteve é especializado em público geek, tendo programas diá-rios e semanais. Envolvem noticias sobre entretenimento e cultura pop.

Canal: Desce a LetraNúmero de Visualizações: 137.578.809 visualizaçõesNúmero de Inscritos no canal: 2.305.120 inscritosCanal criado em: 18/03/2010Conteúdo: Feito por Cauê Moura, é um dos raros vloggers que se mantém ao estilo clássico: escolhe um tema, liga a câmera e fala o que pensa do assunto.

Canal: Não Faz SentidoNúmero de Visualizações: 181.306.535 visualizaçõesNúmero de Inscritos no canal: 2.623.021 inscritosCanal criado em: 19/04/2010Conteúdo: Trata-se de um vlog criado por Felipe Neto que ficou conhecido por criticar com humor ácido, alguns sucessos adolecentes.

Canal: Porta dos FundosNúmero de Visualizações: 587.040.991 visualizaçõesNúmero de Inscritos no canal: 6.448.465 inscritosCanal criado em: 06/08/2012Conteúdo: PORTA DOS FUNDOS tornou-se o canal brasileiro na internet a atin-gir mais rapi-damente a marca de 1 milhão de inscritos e venceu o prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) de “Melhor Programa de Hu-

Canal: MaspoxavidaNúmero de Visualizações: 159.046.906 visualizaçõesNúmero de Inscritos no canal: 1.459.082 inscritosCanal criado em: 14/02/2010Conteúdo: Sendo um dos pioneiros ao trazer o formato de vlog para o Brasil, se popularizou pelo seu jeito peculiar de ver a vida.

FICCIONAL NOVEMBRO 2013

Page 23: Ficcional print

Todas as imagens contidas nesta página são de divulgação

Page 24: Ficcional print

FICCIONAL NOVEMBRO 2013

Todas as imagens contidas nesta página são de divulgação