r.dc.07 projeto pedagógico de sala
TRANSCRIPT
CENTRO DE BEM ESTAR INFANTIL DE MONTE REAL
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA
SALA: 2/ 3 anos os PIRILAMPOS
Projeto Educativo “Nome do Projeto” A Ler Vamos -Triénio 2013/2016
Educadora de Infância: Lurdes Gerardo
Ajudante de Ação Educativa: Helena Pinto
ANO LETIVO 2014/ 2015
PROJETO EDUCATIVO R.DC.17.00
2/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
ÍNDICE
1 – INTRODUÇÃO 3
2 – ENQUADRAMENTO LEGAL NA CRECHE 4
3 – ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS NA CRECHE 5
4 – PONTOS DE REFERÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DOS ___ AOS ___ MESES 6
5 – CARACTERIZAÇÃO DA SALA 7
6 – CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO 8
7 – PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICA 9
8 – AVALIAÇÃO/METODOLOGIA 10
9 – CONCLUSÃO 11
10 – BIBLOGRAFIA 12
11 – ASSINATURAS 13
3/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
1 – INTRODUÇÃO
O Projeto pedagógico de sala é uma proposta educativa para dar
resposta à educação das crianças, às necessidades dos pais e características
da comunidade.
Através do projeto educativo procuramos explicitar, de forma coerente
valores e intenções educativas, formas previstas para concretizar esses
valores e intenções (estratégias globais, horários, atividades coletivas, etc.) e
os meios da sua realização.
“O projeto do educador é um projeto educativo/pedagógico que diz respeito ao grupo e contempla as opções e intenções educativas do educador e as formas como prevê orientar as oportunidades de desenvolvimento e aprendizagem de um grupo. Este projeto adapta-se às características de cada grupo, enquadra as iniciativas das crianças , os seus projetos individuais, de pequeno grupo ou de todo o grupo” ( orientações curriculares ,Ministério da Educação, 1997:p.44).
Os adultos têm um papel vital na sociabilização dos bebés até aos três
anos. Relações calorosas entre o adulto e as crianças ajudam – nas a ganhar
uma sensação de confiança no mundo e em si própria e ainda a ganhar
sentimentos de competência.
Durante os 3 primeiros anos de vida se forem dadas às crianças as
condições ótimas , elas vão adquirindo competências importantes .
As informações facultadas às crianças devem ser de toda a espécie.
Nomeadamente, cores, formas, movimentos, palavras, sentimentos. Assim
através de meios e materiais adequados à sua faixa etária serão facultadas ao
grupo de crianças atividades estratégias de modo a desenvolver-lhes as suas
potencialidades.
Nomeadamente: Organização física do espaço, sala de atividades,
materiais diversos, atividades propostas diariamente, bem como oportunidade
de se exprimirem livremente.
4/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Nesse sentido, o Projeto pedagógico de sala representa o conjunto de
objetivos a atingir, ao longo do ano letivo. A forma de alcançar estes objetivos
será através das rotinas diárias (refeições, higiene, …), dos momentos de
brincadeiras livres e ainda pelas atividades orientadas pela educadora.
Estes objetivos estão organizados em três grandes áreas de
desenvolvimento, definidas pelas ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO NO PRÉ-ESCOLAR, e que ajudam o educador a orientar o seu
trabalho. São elas: a Área do Conhecimento do Mundo, a Área da Formação Social e Pessoal e a Área de Expressão e Comunicação.
“As Orientações curriculares para a educação no pré-escolar (…)
Constituem um conjunto de princípios destinados a apoiar os educadores
nas decisões sobre a sua prática, ou seja, a conduzir o processo educativo a
desenvolver com as crianças.
Na planificação não deverão ser ignorados os seguintes aspetos:
1. Continuidade educativa, processo que parte do que as crianças
já sabem e aprenderam, criando condições para o sucesso nas
aprendizagens seguintes;
2. Intencionalidade educativa, processo reflexivo de observação,
Planeamento, ação e avaliação desenvolvido pelo educador, de formar a
adequar a sua prática às necessidades da criança…Por outro lado, a
planificação deve ser entendida como uma atividade conjunta entre o
educador, pais e crianças, deverá ter em consideração o resultado da
observação de cada criança e do grupo, no sentido de permitir uma
diferenciação pedagógica e de garantir a adequação do trabalho a realizar ao
grupo. Para a elaboração deste Projeto pedagógico de sala foi tido em conta o
nível etário das crianças, nível de desenvolvimento, as necessidades e
interesses do grupo da sala dos pirilampos.
O Projeto a desenvolver no Ano Letivo 2014/2015, tem como
tema “arternura”; A arte está profundamente ligada à aprendizagem,
principalmente nos primeiros anos, e é através das pinturas/desenhos e
brincadeiras (jogo dramático) que a criança descobre e explica o seu papel no 5/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
mundo. Muito pode ser trabalhado a partir da arte: contar histórias (literatura),
dramatizar (teatro), jogar com regras, desenhar, pintar, entre outras atividades,
constituem meios para uma melhor e maior aprendizagem.
2 – ENQUADRAMENTO LEGAL NA CRECHEMINISTÉRIO DA SOLIDARIEDADEE DA SEGURANÇA SOCIALPortaria n.º 262/2011 de 31 de Agosto
As famílias e as estruturas sociodemográficas têm vindo a alterar -se
substancialmente, assistindo -se a uma quebra na rede de apoio familiar e de
vizinhança e ao predomínio das famílias nucleares em detrimento das famílias
alargadas. Assim:
Ao abrigo do artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 64/2007, de 14 de Março:
Manda o Governo, pelo Ministro da Solidariedade e Segurança Social, o
seguinte:
Artigo 1.º A presente portaria estabelece as normas reguladoras das condições de
instalação e funcionamento da creche, quer seja da iniciativa de sociedades ou
empresários em nome individual, quer de instituições particulares de
solidariedade social ou equiparadas e outras de fins idênticos e de reconhecido
interesse público.
Artigo 2.ºÂmbito de aplicação
1 — As disposições constantes no presente diploma aplicam -se:
a) A novas creches a desenvolver em edifícios a construir de raiz ou em
edifícios já existentes a adaptar para efeito; funcionamento ou àquelas cujo
processo de licenciamento de construção ou da atividade se encontre em curso
à data da entrada em vigor da presente portaria.
6/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
2 — O disposto nos artigos 16.º a 22.º da presente portaria não é aplicável às
creches mencionadas na alínea b).
Artigo 3.ºConceito
A creche é um equipamento de natureza socioeducativa, vocacionado para o
apoio à família e à criança, destinado a acolher crianças até aos 3 anos de
idade, durante período correspondente ao impedimento dos pais ou de quem
exerça as responsabilidades parentais.
Artigo 4.ºObjetivos
São objetivos da creche, designadamente, os seguintes:
a) Facilitar a conciliação da vida familiar e profissional do agregado familiar;
b) Colaborar com a família numa partilha de cuidados responsabilidades em
todo o processo evolutivo da criança;
c) Assegurar um atendimento individual e personalizado em função das
necessidades específicas de cada criança;
d) Prevenir e despistar precocemente qualquer inadaptação, deficiência ou
situação de risco, assegurando o encaminhamento mais adequado;
e) Proporcionar condições para o desenvolvimento integral da criança, num
ambiente de segurança física e afetiva;
f) Promover a articulação com outros serviços existentes na comunidade.
Artigo 5.ºAtividades e serviços
A creche presta um conjunto de atividades e serviços, designadamente:
a) Cuidados adequados à satisfação das necessidades da criança;
b) Nutrição e alimentação adequada, qualitativa e quantitativamente,
à idade da criança, sem prejuízo de dietas especiais em caso de prescrição
médica;
c) Cuidados de higiene pessoal;
d) Atendimento individualizado, de acordo com as capacidades
e competências das crianças;
7/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
e) Atividades pedagógicas, lúdicas e de motricidade, em função da idade e
necessidades específicas das crianças;
f) Disponibilização de informação, à família, sobre o funcionamento da creche e
desenvolvimento da criança. Projeto pedagógico
1 — Para a prossecução dos objetivos referidos no artigo 4.º, é elaborado e
executado um projeto pedagógico que constitui o instrumento de planeamento
e acompanhamento das atividades desenvolvidas pela creche, de acordo com
as características das crianças.
2 — Do projeto pedagógico fazem parte:
a) O plano de atividades sociopedagógicas que contempla as ações educativas
promotoras do desenvolvimento global das crianças, nomeadamente motor,
cognitivo, pessoal, emocional e social;
b) O plano de informação que integra um conjunto de ações de sensibilização
das famílias na área da parentalidade.
3 — O projeto pedagógico, dirigido a cada grupo de crianças, é elaborado pela
equipa técnica com a participação das famílias e, sempre que se justifique, em
colaboração com os serviços da comunidade, devendo ser avaliado
semestralmente e revisto quando necessário.
8/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
3 – ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS NA CRECHE
“ Na Creche o principal não é as atividades planeadas, ainda que adequadas, mas sim as rotinas e os tempos de atividades livres. As crianças muito pequenas não se desenvolvem bem em ambientes “Escolarizados”, onde realizam atividades em grupo dirigidas por um adulto, mas em contextos calorosos e atentos às suas necessidades Individuais.” Gabriela Portugal
A creche deve estimular o desenvolvimento físico, a coordenação
motora, o desenvolvimento sensorial e cognitivo, a função simbólica e a
linguagem, os hábitos de higiene e o relacionamento com os outros.
Portugal (1998) na sua reflexão sobre a creche, sobre as suas
finalidades e sobre as atividades que na creche devem ser experienciadas
pelas crianças e que promovem o seu desenvolvimento e aprendizagem,
salienta que o que é mais importante não são as atividades planeadas, mas
sim as rotinas e os tempos de atividades livres. A autora defende que as
crianças muito pequenas não se desenvolvem bem em ambientes
“escolarizados”, onde realizam atividades em grupo dirigidas por um adulto,
mas sim em contextos calorosos e atentos às suas necessidades individuais;
diz ainda que os bebés e as crianças muito pequenas precisam de atenção às
suas necessidades físicas e psicológicas, de uma relação com alguém em
quem confiem, de um ambiente seguro, saudável e adequado ao
desenvolvimento e de oportunidades para interagirem com outras crianças,
bem como de liberdade para explorarem utilizando todos os seus sentidos.
Tendo por base tais constatações, a autora determina dez princípios
educativos da creche:
Princípio 1
9/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
– Envolver as crianças nas coisas que lhes dizem respeito – que
significa que a criança e o adulto devem estar totalmente presentes e
envolvidos numa mesma tarefa – o principal objetivo da educadora é o de
manter a criança envolvida na interação (por exemplo: muda de fraldas, vestir,
despir, … são tempos educativos);
Princípio 2 – Investir em tempos de qualidade procurando estar completamente
disponível para as crianças que determina que o tempo de qualidade se
constrói numa rotina diária. A educadora deve estar totalmente presente,
atenta ao que se passa, valorizando o tempo que está junto da criança.
Princípio 3 – Aprender a não subestimar as formas de comunicação únicas de cada
criança e ensinar-lhe as suas – o que significa que durante a interação a
educadora deve articular atos com palavras.
Princípio 4-Investir tempo e energia para construir uma pessoa “total” – deve se
trabalhar simultaneamente e o desenvolvimento físico, emocional, social e
cognitivo. São o dia-a-dia, as relações, as experiências, as mudas de fraldas,
as refeições, o treino do controlo dos esfíncteres, o jogo, entre outros, que
contribuem para o desenvolvimento intelectual da criança. Estas mesmas
experiências ajudam a criança a crescer física, social e emocionalmente
Princípio 5 – Respeitar as crianças enquanto pessoas de valor e ajudá-las a
reconhecer e a lidar com os seus sentimentos - a educadora deve respeitar a
criança, respeitando os sentimentos da criança e o direito de ela os expressar,
bem como deve dar-lhe apoio sem exagerar e estar disponível.
Princípio 6
10/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
- Ser verdadeiro nos nossos sentimentos relativamente às crianças a
educadora deve verbalizar os seus sentimentos e ligá-los claramente com a
situação e impedir a criança de continuar a fazer o que provocou esses
sentimentos.
Princípio 7 – Modelar os comportamentos que se pretende ensinar - a educadora
deve funcionar como modelo de comportamentos aceitáveis tanto para
crianças como para adultos dando exemplos de cooperação, respeito,
autenticidade e comunicação. Quando a situação envolve agressividade, a
educadora deve modelar com gentileza o comportamento que pretende
ensinar: o agressor necessita de ser controlado com gentileza – não se deve
julgar; a vítima necessita de ser tratada com empatia – simpatia e grande
quantidade de atenção podem recompensar as vítimas (aprendem que ao
serem vítimas recebem amor e atenção do adulto).
Princípio 8 – Reconhecer os problemas como oportunidades de aprendizagem e
deixar as crianças tentarem resolver as suas próprias dificuldades - a
educadora deve deixar os bebés e as crianças lidarem com os seus
problemas na medida das suas possibilidades – deve dar tempo e liberdade
para resolver problemas
Princípio 9
11/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
– Construir segurança ensinando a confiança - para que a criança
aprenda a confiar, necessita de poder contar com adultos confiáveis;
necessita de saber que as suas necessidades serão satisfeitas dentro de um
período de tempo razoável.
Princípio 10 – Procurar promover a qualidade do desenvolvimento em cada fase
etária, mas não apressar a criança para atingir determinados níveis
desenvolvimentais - o desenvolvimento não pode ser apressado. Cada
criança tem um relógio interno que determina o momento de gatinhar, sentar,
andar, falar. É mais importante aperfeiçoar competências do que desenvolver
novas competências. As novas competências surgirão naturalmente quando a
criança já praticou suficientemente as antigas.
Interações de qualidade, cuidados de rotina, atividades livres e brincar, a
presença de adultos sempre disponíveis, as relações de cooperação e o
trabalho com a família são as condições fundamentais para assegurar o
desenvolvimento e a aprendizagem da criança em idade de creche.
Quando a criança brinca e se desenvolvem interações e relações de
qualidade e se assegura o seu bem-estar e implicação, a creche pode estar a
cumprir positivamente as suas funções educativas Neste contexto assume-se
que uma aprendizagem ativa proporciona à criança desenvolver-se
integralmente e que a criança precisa de cuidados e de relações com outras
crianças e adultos. Os dias das crianças devem organizar-se em torno de
rotinas diárias (mudar a fralda, alimentação, vestir, dormir) que devem
proporcionar interações de qualidade para aprender em termos
comunicacionais, sensoriais e de atitude e é necessário que tenham
oportunidades para experimentar em termos sensoriais, motores, linguísticos,
deixando-as explorar e alargar a sua curiosidade mas mostrando-lhe que o
adulto está presente e que a criança pode confiar nele.
12/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
4– PONTOS DE REFERÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DOS 24 AOS 36 MESES
- Desenvolvimento Físico • À medida que o seu equilíbrio e coordenação aumentam, a criança é
capaz de saltar, andar ao pé-coxinho ou saltar de um pé para o outro quando
está a correr ou a andar;
• Consegue manipular e utilizar objetos com as mãos, como um lápis de
cor para desenhar ou uma colher para comer sozinha;
• Começa gradualmente a controlar os esfíncteres (primeiro os intestinos
e depois a bexiga);
- Desenvolvimento Intelectual • Fase de grande curiosidade, sendo muito frequente a pergunta
"Porquê?";
• À medida que se desenvolvem as suas competências linguísticas, a
criança começa a exprimir-se de outras formas, que não apenas a exploração
física
Trata-se de juntar as competências físicas e de linguagem (por ex.,
quando faço isto, acontece aquilo), o que ajuda ao seu desenvolvimento
cognitivo;
• É capaz de produzir regularmente frases de 3 e 4 palavras. A partir dos
32 meses, é já capaz de conversar com um adulto usando frases curtas e de
continuar a falar sobre um assunto por um breve período; Até os 2 anos e ½ a
criança assimila centenas de palavras em pouco tempo.
Já é capaz de construir frases simples completas. Reconhece cores e
formas. Compreende perfeitamente o significado da palavra "NÃO". Classifica
formas, cores e espessuras.
13/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
• Desenvolvimento da consciência de si: a criança pode referir-se a si
própria como "eu" e pode conseguir descrever-se por frases simples, como
"tenho fome";
• A memória e a capacidade de concentração aumentaram (a criança é
capaz de voltar a uma atividade que tinha interrompido, mantendo-se
concentrada nela por períodos de tempo mais longos);
• A criança está a começar a formar imagens mentais das coisas, o que
a leva à compreensão dos conceitos - progressivamente, e com a ajuda dos
pais, vai sendo capaz de compreender conceitos como dentro e fora, cima e
baixo;
• Por volta dos 32 meses, começa a apreender o conceito de sequências
numéricas simples e de diferentes categorias (por ex., é capaz de contar até
10 e de formar grupos de objetos - 10 animais de plástico podem ser 3 vacas,
5 porcos e 3 cavalos);
- Desenvolvimento Social • A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da
criança, não gostando de estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve
reagir melhor quando é separada da mãe, para ficar à guarda de outra
pessoa, embora algumas crianças consigam este progresso com menos
ansiedade do que outras;
• Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos: por ex., lavar
a loiça, maquilhar-se, etc.;
• É capaz de participar em atividades com outras crianças, como por
exemplo ouvir histórias;
- Desenvolvimento Emocional • Inicialmente o leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até à
raiva frustrada. Embora a capacidade de exprimir livremente as emoções seja
considerada saudável, a crianças necessitará de aprender a lidar com as suas
emoções e de saber que sentimentos são adequados, o que requer prática e
ajuda dos pais;
14/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
• Nesta fase, as birras são uma das formas mais comuns da criança
chamar a atenção, podem dever-se a mudanças ou a acontecimentos, ou
ainda a uma resposta aprendida (as birras costumam estar relacionadas com
a frustração da criança e com a sua incapacidade de comunicar de forma
eficaz);
Após os 2 anos a criança começa a descobrir o prazer em brincar com o
outro. O egocentrismo começa a sair de cena e então começa o processo de
socialização,
-Não diferenciação entre a realidade externa e os produtos da fantasia
infantil; ( até aos 6 anos)
-Desenvolvimento do sentido do "eu";
-Tem mais noção de limites (meu/teu/nosso/certo/errado);
-Tempo não tem significação - não há passado nem futuro, a vida é o
momento presente;
-Consolidação da linguagem, onde as palavras devem corresponder às
figuras;
-Para Piaget, etapa animista, pois todas as coisas são dotadas de vida e
vontade; Nesta fase, é preciso ter bastante disponibilidade para responder a
todos os questionamentos da criança - Como? Quando? E a preferida: Por
quê? - Apesar de a linguagem ainda estar em desenvolvimento, o seu
vocabulário já é bastante extenso. Consegue comunicar-se com perfeição. A
sua coordenação fina está mais segura. É nesta fase que a lateralidade
(destra ou canhota) normalmente se define.
DOS 2 AOS 3 ANOS sinais de alerta• Adaptabilidade excessiva: retirada, passividade; • Medo excessivo;
• Falta de interesse pelos objetos, pelo meio ou pelo jogo;
• Alterações de humor excessivas, bater ou morder de forma
incontrolável; • Birras prolongadas, com muito pouca tolerância aos limites
impostos pelas figuras cuidadoras; • "Consciência de si" muito frágil, que se
15/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
pode traduzir na: Dificuldade de tomar decisões: • Aceitação passiva das
imposições dos outros; • Incapacidade de se identificar como "eu";
• Atraso significativo ao nível da linguagem: por exemplo, não é capaz de
produzir frases simples (3, 4 palavras); • Sono: • Dificuldade em adormecer
sozinho; • Insónias.
5 – CARACTERIZAÇÃO DA SALA “Necessitamos de um ambiente sadio e seguro que encorajeinterações positivas e que desperte nas crianças o desejo de
explorar...”(Cryer, 1996)Há diferentes fatores que influenciam o modo próprio de funcionamento
de um grupo, tais como: as características de cada criança, o maior ou menor
número de crianças de cada sexo, a diversidade de idades, a dimensão do
grupo e para além destes fatores podemos, igualmente, apontar a
organização do tempo e do espaço.
A sala dos dois anos é acompanhada por uma educadora e uma auxilia
de educação. A sala de atividades dos dois anos é a “Sala dos pirilampos ”,
nome escolhido para o grupo no ano anterior. Situa-se no 1º andar do edifício
do Centro Bem-Estar Infantil de Monte Real. É uma sala ampla e bem
iluminada com luz natural vinda das três janelas envidraçadas. O chão é
forrado a chão flutuante e de limpeza fácil. Como é uma sala virada ao sol,
torna-se quente na época de calor e agradável na época de frio.
No que respeita á decoração da sala, procura-se que proporcione um
ambiente agradável e alegre, integrando trabalhos realizados pelas crianças e
vários motivos decorativos realizados pela educadora. Está equipada com
materiais e mobiliário adequado à faixa etária das crianças, procurando
satisfazer as necessidades do grupo.
A sala encontra-se dividida, de uma forma pouco estanque, em áreas de
interesse: área das atividades do grande grupo (almofadas),área dos jogos .
área do jogo simbólico (casinha) e área das mesas.
A área das atividades do grande grupo ou a área das almofadas é o local
escolhido para conversar, ouvir histórias e ver livros.16/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Na área dos jogos as crianças podem fazer construções com legos,
executar pequenos puzzles ou jogos de encaixe.
A área do jogo simbólico permite às crianças iniciar as dramatizações,
nas quais imitam o mundo dos crescidos e recriam experiências vividas dentro
e fora do infantário.
Na área das mesas as crianças exploram a expressão plástica e todo o
tipo de atividades que requeiram que permaneça sentada à mesa. No entanto,
nada impede que ao longo do ano letivo surjam outras áreas ou subáreas,
cujo interesse se manifeste no grupo de crianças
À hora da sesta, a sala é escurecida e transforma-se em dormitório para
acolher o grupo de crianças durante o seu repouso. Cada criança tem o seu
colchão e cobertor devidamente identificados, e estes são distribuídos
(sempre pela mesma ordem) pelo chão da sala, enquanto as crianças
almoçam. Nos corredores de acesso à sala de atividades, estão expostos os
cabides devidamente identificados com símbolo representado por um
pirilampo, para cada criança, que transitou do ano anterior e nome de cada
criança,
Existem também duas casas de banho, equipados respetivamente uma
com 2 lava mãos e outra com 4 lava mãos e ainda 3 sanitária cada casa de
banho. Adequados às idades das crianças. Numa das casa de banho existe
uma estante para arrumar fraldas, outra para os bacios, uma banca de mudas
e uma banheira para dar o banho quando necessário, que serve de apoio às
salas intermédia e 2 anos.
As refeições principais (almoço e lanche) são realizadas no refeitório do
rés-do-chão, na mesa reservada à sala dos dois anos, na qual as crianças se
sentam sempre no mesmo lugar. Ainda no exterior do rés-do-chão, podemos
encontrar o parque e a sala polivalente (espaço amplo utilizado para
atividades de grande movimento. É de referir que o espaço educativo vai para
além do espaço sala (interior) e jardim (exterior) e aplica-se a um domínio
mais alargado – o estabelecimento educativo (Instituição) – onde a criança se
17/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
relaciona com outras crianças e adultos, que por sua vez é englobado pelo
meio social.
O desenvolvimento da criança é assim encarado como uma
responsabilidade coletiva, onde a aprendizagem deve ocorrer num contexto
social. Deste contexto fazem parte todos aqueles que contribuem para o
desenvolvimento global harmonioso da criança, nomeadamente os pais, os
educadores e os seus pares, e a sociedade onde estão inseridos.
18/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
6 – CARACTERIZAÇÃO DO GRUPOO grupo da sala dos 2/3 anos é constituído por 20 crianças, sendo 17 do
sexo feminino e 3 do sexo masculino, em que 16 destas crianças já
frequentaram o Infantário no ano anterior e 4 crianças ingressaram este ano
letivo. É um grupo bastante ativo e heterogéneo em idades, há crianças
nascidas entre fevereiro e dezembro
A nível do domínio Cognitivo, as crianças da sala, encontram-se no
estádio pré-operacional, que compreende crianças desde os 2 até aos 7 anos,
e é marcada pela modalidade simbólica. É nesta fase que surge, na criança,
a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma
representação. Esta substituição é possível graças à função simbólica. A
criança já não depende unicamente de suas sensações, dos seus
movimentos, distinguindo uma imagem, palavra ou símbolo daquilo que ele
significa (o objeto ausente). Este estádio é também muito conhecido como o
estágio da Inteligência Simbólica. Divide-se em duas etapas:
1. O pensamento pré conceptual - imagens mentais sem conceitos.
Nesta fase (dos 2 aos 4 anos) o pensamento é dominado pela imaginação e
pela fantasia.
2. O pensamento intuitivo - centrado na perceção e não na
imaginação, logo é menos egocêntrico, mas pouco flexível, preso aos
acontecimentos particulares, às impressões sensíveis (dos 4 aos 7 anos)
Por exemplo, a linguagem é a forma mais comum de representação
simbólica: as palavras representam objetos e eventos que não têm
semelhança física.
Os desenhos das crianças desta idade caracterizam-se primeiro pelo
rabisco depois pela garatuja em leque e em novelo. Quando completarem três
anos as crianças começam a fazer as suas representações através do girino,
isto quer dizer que passaram a entrar na fase Ideoplástica, e é a partir da
figura humana que as crianças irão desenhar casas, animais, flores, etc.
É possível constatar que entre as crianças são patentes laços de
amizade que se vão reforçando e que sobressaem nas relações que se 19/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
estabelecem na dinâmica da sala. No entanto, denota-se no modo como
agem e/ou reagem, que são crianças egocêntricas, muito ligadas ao seu "Eu"
(o que é natural nesta fase de desenvolvimento).
É um grupo de crianças muito espontâneas, que têm diferentes formas
de demonstrarem os seus sentimentos. Riem intensamente se algo lhes
agrada muito ou, rapidamente choram, ou fazem birras se algo lhes
desagrada, ou não corresponde à sua vontade momentânea. É um grupo que
reclama muita atenção dos adultos necessitando de se sentir aceite.
Aos poucos e poucos já conseguem perceber as rotinas diárias e a
distinção das partes do dia.
No que diz respeito ao domínio da linguagem, a maior parte das
crianças deste grupo gosta de comunicar: dirigem-se espontaneamente aos
adultos da sala, colegas e a uma pessoa que veja pela primeira vez,
estabelecendo diálogo ou então pedindo para chamar pela "mamã".
Compreendem o que se lhes diz e executam ordens ou pedidos, mas na
verbalização, na sua maioria ainda apresentam algumas dificuldades.
Relativamente ao domínio Sócio – Afetivo, A forma como as crianças
se relacionam é por vezes de maneira agressiva: querem um lugar para o seu
EU. Quando não conseguem o que querem (um brinquedo) batem, mordem,
empurram ou tiram à força, para de seguida dar um beijo ao agredido. Esta
agressividade é um processo de crescimento. Daí as mordidas, que tendem a
desaparecer á medida que a criança começa a perceber o mundo que a
rodeia e controlar gradualmente os seus impulsos.
Ao nível do domínio Psicomotor, são crianças muito ativas e gostam e
tudo o que implica movimento, Na área do desenho pude constatar que as
crianças seguram no lápis perto da extremidade e enquanto umas fazem força
outras carregam muito suavemente no lápis.
É também nesta idade que começa a adquirir já uma certa
independência alguns vão sozinhos à casa de banho (solicitando ajuda
somente quando o botão das calças é difícil de apertar ou desapertar). No
almoço a maior parte das crianças utilizam corretamente a colher e o copo.
20/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
No que diz respeito ao esquema corporal, a maior parte das crianças
conhecem as partes do corpo. Nomeiam-nas e/ou apontam: cabelo, cara,
olhos, nariz, boca, orelhas, barriga, pernas, braços, pés, mãos. Quanto ao
domínio sensorial, nota-se uma gradual aprendizagem em distinguir:
tamanhos - grande/pequeno; cheiros - bons/maus; sons - altos/baixos.
Em relação à estruturação espacial, conhecem relativamente bem o
espaço em que se movimentam; vão buscar material que necessitam; sabem
qual o trajeto para o refeitório. Gostam também de ouvir cantar e de cantar,
ouvir pequenas histórias, cheias de entoações e de sons.
O trabalho será orientado no sentido do auto regulação das crianças e
desenvolvido tendo em atenção as características de cada uma, estimulando
assim uma maior autonomia, criatividade e confiança em si mesmas. São
crianças muito afetuosas com os adultos, muito curiosas, exigindo muita
atenção, seja de afetos seja de estímulos. Gostam de experimentar tudo o que lhes é proposto. É nesse sentido que se chama a este projeto ARTERNURA. Pois tudo o que estas crianças desenvolvem emana ternura envolvida em arte.
ROTINA DIÁRIA DA SALAO tempo educativo tem, regra geral, uma distribuição flexível, embora
corresponda a momentos que se repetem com uma certa periodicidade.
A sucessão de cada dia tem um determinado ritmo existindo uma rotina
que e educativa porque e intencionalmente planeada pelo educador e é
conhecida pelas crianças que sabem o que podem fazer nos vários momentos
e prever a sua sucessão.
As referências temporais estabelecidas pela rotina transmitem segurança
á criança e servem como fundamento para a compreensão do tempo e
simultaneamente, fomentam a sua autonomia e iniciativa. A rotina diária
determina o funcionamento da sala, do grupo e dos adultos e deve estar
intimamente relacionada com a organização do espaço, pois a utilização do
21/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
tempo depende das experiencias e oportunidades educativas que se podem
retirar dos espaços; a articulação entre tempo e espaço deve ser planeada pelo
educador e ter em conta as características do grupo e as necessidades das
crianças.
A rotina, segundo Zabalza “é um instrumento que enquantoestrutura organizacional pedagógica permite ao educador promoveratividades educativas diferenciadas de acordo com as experienciasque pretende promover. Uma rotina diária consistente permite acriança a realização dos seus interesses, fazer escolhas, tomardecisões e resolver problemas a sua dimensão no contexto dosacontecimentos que vão surgindo”Ainda para o referido autor a rotina baseia-se na repetição de atividades e
ritmos, na organização espácio-temporal da sala e desempenha importantes
funções na configuração do contexto educativo. Vejamos o papel importante
desempenhado pelas rotinas no quotidiano de um infantário:
1. Marco de Referência – após ser apreendida pela criança proporciona-
lhe grande liberdade de atuação.
Prevê-se que a criança demore 2 a 3 semanas para concretizar essa
estruturação mental permitindo-lhe, posteriormente, a sua interiorização, que a
criança dedique as suas energias ao que esta a fazer sem se preocupar como
que vira; assim sendo, a rotina enquanto marca permite ao educador introduzir
qualquer temática, mesmo que esta surja inesperadamente;
2. Segurança – para as crianças mais pequenas as rotinas têm o papel
importante de lhes proporcionar segurança. Uma vez que ao saberem realizar
essas rotinas diárias, terão menos ansiedade e sentem-se “donas” do seu
tempo e mais seguras, pois sabem o que fazer;
3. Captação Temporal – a criança aprende a existência de fases,
(o antes, o depois, o inicio, o final. o que lhe permite uma bagagem essencial
para enfrentar a realidade quotidiana;
4. Captação Cognitiva – durante as rotinas estabelecidas as crianças são
confrontadas com atividades planificadas e orientadas para o seu processo
22/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
educativo (o contacto sensorial com experiencias e materiais ricos e
diversificados favorece a sua perceção do mundo que as rodeia). Por outro
lado, o estabelecimento da rotina ajuda-a a perceber o que pode fazer e
quando e confere-lhe autonomia e segurança; estes dois fatores incentivam-na
a explorar e a interagir com o mundo favorecendo, deste modo, o
conhecimento que tem do mesmo;
5. Atividades – cabe ao educador, tendo em conta a faixa etária, as
necessidades do grupo e o seu projeto educativo estabelecer nas suas rotinas
atividades: individuais (em pequeno ou em grande grupo), realizadas
independentemente pela criança ou com o apoio do adulto, e contemplem tanto
o espaço interior como o exterior.
A rotina assume assim um papel importante no desenvolvimento das
competências cognitivas, sociais e pessoais da criança, uma vez que a sua
estabilidade e consistência promovem uma previsibilidade que predispõe a
criança para novas aprendizagens. Esta previsibilidade, permite que a criança
se aproprie da sequência dos acontecimentos e adquira um sentimento de
segurança e estabilidade ao saber o que a espera em cada parte do dia.
23/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
7 - OS MOMENTOS DA ROTINA
08.30h – 10hAcolhimento (brincadeira livre, troca de informação com os pais, conversa
com as crianças, … vestir os bibes dar colo, acalmar as crianças)
10h – 10h30Higiene das crianças , ida á casa de banho e aos bacios , retirar
algumas fraldas lavar as mãos . Reforço alimentar.
10h30 – 11h15
Reunião na área das atividades recetivas (canção dos bons dias,
canções, caixa dos brinquedos, histórias, conversas dirigidas pelo adulto,
jogos, apresentação das atividades …)
Realização das atividades planeadas (atividades de expressão plástica,
jogos de movimento/calma, atividades de carácter individual ou dirigidas
ao grande/pequeno grupo, as atividades poderão ser realizadas na sala ou
no exterior…)
Eventual ida ao parque
11h15 – 11h30Higiene (preparação para o almoço com ida à sanita, lavar as mãos e
colocar os babetes)
11h30 – 12h30 Almoço
12h30 – 13h
Higiene (muda de fraldas, ida ao bacio e á sanita , lavar as mãos e caras.
No regresso à sala, cada criança dirige-se à sua cama, descalça-se – caso
já consiga – e prepara-se para dormir).
13h – 15h
Adormecer as crianças
Repouso
Acalmar algumas que o necessitem, acompanhar á casa de banho. Ir
calçando.
15h – 15h50
Levantar (à medida que as crianças vão acordando trocam-se as fraldas,
vão ao bacio, e à sanita calçam-se. Desenvolvendo atividades livres,
brincando . Após estarem todas organizadas, reúnem-se na área das
almofadas onde se retorna á calma com jogos de descontração.
15h50 – 16h Preparar para o lanche (pequeno momento de encontro na área das
atividades recetivas, almofadas calma/concentração. Colocação dos
24/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
babetes
16h – 16h30 Lanche
16h30 – 18h30
Higiene , ida á casa de banho troca de fraldas , lavar as mãos e a cara.
Saída (brincadeira livre – no parque ou na sala de atividades, troca de
informação com os pais aquando a entrega das crianças, …)
7 – PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICAAs rotinas são momentos privilegiados que devem ser flexíveis e
individualizados, baseados nas necessidades das crianças, relativizando-se a
importância das atividades. Os tempos de cuidados (alimentação, higiene...)
emergem como momentos privilegiados de relação e de afeto, momentos de
trocas intensas e de aprendizagem, em que a independência e autonomia se
podem exercer. O trabalho com as famílias e outro dos aspetos fundamentais
para este contexto educativo, uma vez que, quanto mais pequena e a criança
maior e a necessidade de estabelecer relações íntimas com as famílias de
modo a contribuir para o bem-estar e desenvolvimento saudável da criança.
Tendo em conta a faixa etária do grupo procurou se elaborar um plano de
atividades que contemple o tempo de concentração, a necessidade de
movimento, de experimentação e a realização de atividades simples e lúdicas.
Porque se brinca! Brinca-se a vida toda!
No Principio VII da Declaração dos Direitos da Criança,aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1959, podeler-se: “A criança deve desfrutar plenamente de jogos e recriações...”.Através do brincar, a criança aprende a conhecer-se a si própria e a
compreender os outros. A brincadeira infantil e uma espécie de miniatura, da
vida futura em comunidade, com todas as suas esperanças, as suas alegrias,
as suas frustrações. Através do jogo, a criança conhece as suas possibilidades
reais, as suas limitações, o seu grau de altruísmo e a sua capacidade de ação
individual ou de equipa. Acima de tudo, aprende a desenvolver estratégias para
contornar obstáculos e superar/ultrapassar dificuldades, aprendizagens estas
que serão tomadas com exemplo ao longo da vida. Segundo Winnicott, “o 25/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
ato de brincar desenvolve-se numa área intermédia entre o mundo real e imaginário, num estado de suprema concentração entre o sonho e a realidade”.
Na realização e escolha dos temas a abordar tive em conta que e
necessário desenvolver atividades que permitam a exploração dos sentidos,
dos objetos e dos materiais de forma a fomentar o desenvolvimento e
autonomia da criança. Mais importante do que transmitir conhecimentos e
noções possibilitar a criança a exploração e participação ativas em atividades
simples e adequadas a sua faixa etária
Cabe ao educador encontrar e apresentar atividades diversificadas e
simples que despertem na criança o interesse em aprender mais sobre o que a
rodeia e encontrar respostas para as suas inúmeras perguntas e incertezas.
Nesse sentido as temáticas abordadas nestes tais como: as cores, os animais,
a alimentação, o corpo humano, a higiene, o vestuário e as profissões, entre
outras que serão desenvolvidas durante o ano letivo. O contacto com estas
áreas do saber será acompanhado e ilustrado por atividades orientadas para o
desenvolvimento da criança, tendo por base uma componente pratica, simples
e lúdica.
Os objetivos a atingir ao longo do ano estão organizados em três grandes
áreas de desenvolvimento, definidas pelas orientações curriculares para a educação no pré-escolar de 1997 que ajudam o educador a orientar o seu trabalho. são elas:área do conhecimento do mundo.área da formação social e pessoal.área de expressão e comunicação.domínio da linguagem oral e abordagem à escrita, domínio psicomotor, domínios das expressões, plástica, dramática, musical
26/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS “Para compreender e aprender, o sujeito deve questionar o meio que o
rodeia, o que implica relativamente a este, que o sujeito seja autónomo pelo
menos na sua ação” (Vayer P. 1993)
“O poder para aprender reside na criança, o que justifica o foco nas
práticas de aprendizagem através da ação” (Hohmann e Weikart, 1997)
“(…) as provas demonstram cada vez mais o rico potencial educativo
dos grupos mistos de crianças em termos de capacidades e de idades (…) o
grupo misto também tem muitas vantagens no desenvolvimento da
competência social (…) as crianças mais novas se envolvem em brincadeiras
mais complexas quando são agrupadas com crianças mais velhas.”
(Katz,1980)
“É da constituição dos grupos de crianças de forma vertical, integrando
de preferência as várias idades para que se possa assegurar a
heterogeneidade geracional e cultural que melhor garanta o respeito pelas
diferenças individuais no exercício da interajuda e colaboração formativas, que
pressupõe este projeto de enriquecimento cognitivo sociocultural.”
(Formosinho, 1998)
“A independência em relação ao adulto é, sobretudo para a criança
pequena, um caminho de autonomia.” “(…) a sala (…) não tem uma
organização totalmente fixada do início do ano letivo até ao seu término. É o
27/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
desenrolar do jogo educativo quotidiano que vai requerer a sua organização e
reorganização.” (Niza, 1998)
EQUIPA PEDAGÓGICA “ O trabalho em equipa entre adultos, que permanentemente subjaz
a toda a ação, cria um enquadramento propício para o envolvimento das crianças numa comunidade ativa e participante” (Educar a Criança, Hohmann M. E. Weikart D. 2007) O trabalho em equipa é algo que influencia
o funcionamento de qualquer instituição e a qualidade da resposta educativa
prestada às crianças e às famílias. O diálogo, a compreensão, a troca de
informação, o debate de ideias e o respeito pela singularidade de cada um, é
fundamental para se efetuar um trabalho em parceria positivo. Toda a equipa
deverá trabalhar para um mesmo fim, por isso, para que se tenha sucesso, é
indispensável a consciência que são um grupo e que precisam funcionar em
conjunto para atingir intencionalidades educativas, articulando e completando
ideias.
Uma equipa precisa discutir questões relacionadas com a planificação e
avaliação do trabalho desenvolvido com as crianças, organizar e
reformular/melhora a ação educativa, partilhar saberes, conhecimentos e
sentimentos. A equipa pedagógica da sala dos 2/3 anos é composta pela
educadora e por uma auxiliar. Equipa esta que partilha entre si toda a ação
pedagógica, procurando que as interações tenham como sustentáculo uma
comunicação aberta, em que a honestidade desempenha um papel primordial.
As atividade são planificadas semanalmente pela educadora de acordo
com o projeto educativo e do plano pedagógico da sala e implementadas pela
educadora e pela auxiliar .
Objetivos GeraisOs objetivos gerais correspondem a um conjunto de competências, que ao longo do ano, o educador procurara incutir nas crianças, tais como:
28/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Contribuir para a segurança e bem-estar da criança, nomeadamente no
âmbito da saúde individual e coletiva;
Ajudar a criança a conhecer-se a si própria, para melhor conhecer as
suas capacidades e superar as suas dificuldades;
Estimular o desenvolvimento global da criança, através da realização de
Atividades que favoreçam aprendizagens significativas
Promover a autonomia, a autoconfiança e o sentido de responsabilidade;
Desenvolver as suas capacidades de expressão e comunicação, Assim como,
a imaginação criativa;
Incentivar e incutir nas crianças o espírito de solidariedade/colaboração entre
elas;
Incentivar a criança a interagir com o que a rodeia;
Adquirir a capacidade de confiar nos colegas e nos adultos
Incentivar a participação das famílias no processo educativo;
Proporcionar as crianças oportunidades que facilitem o seu desenvolvimento
afetivo, intelectual e psicomotor.
Favorecer a igualdade de oportunidades entre todas as crianças, respeitando o
seu ritmo e a sua individualidade.
Objetivos EspecíficosOs objetivo específicos correspondem a um conjunto de metas que
se pretende que as crianças atinjam, mediante a realização de atividades
planeadas ao longo do ano letivo, de acordo com as varias áreas do saber
nomeadamente a nível:
Área de Formação Pessoal e Social – Construir e desenvolver relações com crianças e adultos;
Respeitar os interesses individuais e coletivos;
Expressar e compreender sentimentos;
Saber ouvir;
Conhecer algumas regras de convívio social;
Compreender rotinas e hábitos;
29/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Assimilar algumas regras da sala (ex. não podemos correr, nem
gritar dentro da sala...);
Esperar pela sua vez;
Participar nas atividades propostas;
Estimular a sensibilidade e o sentido estético;
Proporcionar momentos de convívio e diversão;
Incentivar a criança a ser capaz de tomar decisões.
Saber ouvir e esperar pela sua vez;
Interiorizar regras básicas de convivência, higiene pessoal e de vida
Saudável;
Reconhecer as partes constituintes do seu corpo;
Reconhecer a família como estrutura essencial da vida;
Utilizar expressões de agradecimento e saudação;
Ser independente e autónomo;
Procedimentos/Atividades Responsabilizar As crianças para arrumar a sala;
Compreender e realizar as rotinas;
Chamar a atenção sempre que não tenham cuidado com os materiais
Aprender a falar baixo chamando atenção para o barulho
Diálogos coletivos; e individuais .
Decoração da sala de forma agradável e em conjunto, adultos / crianças;
Exercícios que impliquem concentração e memoria;
Explorar as diferentes formas de expressão artística (plástica, musica …
Promover visitas ao exterior.
Área do Conhecimento do Mundo Objetivos Específicos
Desenvolver a capacidade de observar;
Desenvolver a curiosidade natural das crianças;
Ser capaz de cuidar da sua higiene (ir a casa-de-banho, lavar as mãos e
a cara...);
30/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Identificar e nomear diferentes partes do corpo;
Conhecer normas de higiene alimentar;
Identificar e nomear as cores primárias;
Identificar e nomear as diferentes refeições;
Fortalecer normas de conduta a mesa;
Conhecer algumas normas de prevenção rodoviária (ex. atravessar nas
passadeiras, sempre de mão dada com o adulto, etc.)
Conhecer os 5 sentidos: paladar, olfato, tato, visão e audição.
Revelar curiosidade e desejo pelo saber (Questionar-se sobre o que
rodeia)
Conhecer algumas normas de prevenção rodoviária (ex. atravessar nas
passadeiras, respeitar os semáforos...);
Procedimentos/atividades Contacto direto com os espaços exteriores que circundam o Jardim de-
infância;
Utilizar revista, livros e recortes; cartões de imagens
Confronta-las com situações do dia-a-dia;
Fazer trabalhos de expressão plástica;
Visualizar em DVD filmes relacionados com determinado tema; exemplo
os animais,
As cores ,
O corpo humano,
A estações do ano entre outras direcionadas para esta fase etária.
Coleção as primeiras impressões.
Contar histórias alusivas aos temas e outras;
Trazer objetos de casa para a sala de acordo com assunto a explorar;
Conhecer o corpo e suas diferenças (ex. Através de imagens filme );
Explorar imagens sobre animais, e outros temas incentivando a criança
a falar sobre o que vê.
31/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Visualizar filmes sobre temas, como os animais, o corpo humano, as
quatro estações, ou seja a coleção as primeiras impressões do 1 aos 5
anos.
Preenchimento de imagens relacionadas com os temas a explorar.
Escutar sons e identificá-los.
Falar e observar sempre que possível o meio circundante, natureza,
pessoas…
Visualização de fotografias das crianças e da família e conversar sobre
isso
Visualização de imagens alusivas às datas festivas e conversar sobre
isso.
Observação de imagens e gravuras para identificação dos alimentos
falando da sua importância para a nossa saúde.
Área de Expressão e Comunicação
Domínio da Expressão Dramática Participar em situações de jogo simbólico /dramático;
Interagir com outras crianças em atividades de jogo simbólico;
Criar situações de comunicação verbal e não-verbal;
Recriar experiências da vida quotidiana;
Recrear situações imaginárias, usar a expressão do corpo;
Utilizar objetos livremente, atribuindo significados múltiplos;
Utilizar diferentes formas de mimar e dramatizar, canções ,histórias
Procedimentos /atividades mostrar e escutar histórias; mostrar cartões de imagens
Utilizar imagens de animais como suporte para a criação de pequenos
diálogos, histórias, etc.;
Dramatizações, imitar alguns animais ,árvores…dramatizar canções,
ex :era uma vez um moinho entre outras
Mostrar figuras para exprimirem as emoções que estas lhes transmitem;
32/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Domínio da expressão motora Movimentar-se de várias formas locomotoras (ex. gatinhar, correr,
saltar...);
Imitar gestos e movimentos;
Experimentar e desenvolver a percussão corporal (batimentos,
palmas...);
Tocar as partes do corpo mencionadas ao longo de uma canção;
Desenvolver a motricidade fina e destreza manual.
Procedimentos/atividades Proporcionar meios onde se faculte a possibilidade de as crianças
poderem: trepar, correr, baloiçar, deslizar, rodopiar, saltar a pés juntos
saltar obstáculos,
Realizar exercícios com música, usando-a para controlar os movimentos
e como relaxamento;
Imitar gestos e movimentos;
Exercícios com bolas e balões.
Usar o corpo como instrumento rítmico;
Fazer jogos de enfiamentos;
Manipular corretamente diversos objetos;
Domínio da expressão plástica Desenvolver a motricidade global
Desenvolver a motricidade fina
Desenvolver o esquema corporal
Desenvolver o jogo simbólico
Desenvolver a criatividade
Desenvolver a capacidade de expressão do mundo interior
Favorecer o manuseamento de diferentes materiais
Desenvolver a imaginação e a criatividade
Desenvolver a coordenação visual motora.
Promover o gosto pela descoberta
33/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Procedimentos / atividades Desenhar e pintar livremente;
Fazer colagens;
Trabalhar com plasticina, massa de cores;
Fazer carimbagem;
Explorar diversos materiais, texturas
Fazer composições utilizando diferentes materiais;
Experimentar a mistura de cores;
Fazer digitinta.
Preenchimento de figuras, sobre os temas a explorar
Domínio da expressão musical Desenvolver o sentido rítmico
Desenvolver a discriminação auditiva
Favorecer a exploração da voz
Desenvolver a memória auditiva
Despertar na criança o gosto pela musica;
Acompanhar canções com gestos;
Explorar e identificar sons;
Explorar a intensidade dos sons (mais alto, mais baixo);
Cantar canções
Explorar diferentes sons e ritmos;
Associar músicas às épocas festivas;
Ser capaz de identificar e reproduzir sons, ruídos da natureza e do
quotidiano;
Saber fazer silêncio para escutar e identificar sons;
Procedimentos/atividades Acompanhar canções com gestos; cantar canções mimadas
Cantar as canções com intensidades diferentes mais alto mais baixo
Aprender canções relacionadas com as épocas em vivência no
momento;
34/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Ouvir sons gravados e identifica - los seja a escutar seja a escutar e
visualizar
Dançar ao som de vários tipos de musica.
Acompanhar canções com alguns instrumentos de percussão,
pandeiretas, maracas.
Domínio da matemática Familiarizar-se com a noção pequeno/grande;
Familiarizar-se com as noções de um e muitos;
Familiarizar-se com os conceitos de vazio/cheio;
Familiarizar-se com a numeração;
Familiarizar-se com algumas formas geométricas.
Procedimentos/atividades Utilizar diferentes materiais como: legos, cubos, puzzles, dominós, com
diferentes, tamanhos, cores, formas; blocos lógicos
Tentar diferenciar os momentos que sucedem ao longo do dia, sua
sequência temporal;
utilizar imagens para identificar, contar acompanhando o adulto.
Observação de imagens identificando, o número, e ou o tamanho.
Explorar as imagens contando, exemplo quantas patas, quantas orelhas
Domínio da linguagem oral Aprender competências de comunicação e linguagem
Desenvolver o interesse em comunicar e verbalizar o que sente
Favorecer a comunicação verbal e não verbal
Fomentar o diálogo
Favorecer a aquisição de vocabulário
Desenvolver a articulação de palavras
Relacionar palavra/objeto
Participar nos diálogos em grande grupo;
Enriquecimento do vocabulário;
Maior domínio da expressão e comunicação.
35/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Atividades/procedimentos Explorar diferentes tipos de suportes escritos (livros, ,revistas, etc.);
Interpretar imagens ou gravuras;
Expressar e comunicar sentimentos através de gestos ou mímica;
Memorizar e reproduzir oralmente algumas canções;
ajudar a criança a fazer leitura de imagens leitura de imagens;
Facultar material para que ponham em prática o sentido de articular as
palavras.
Conversar com as crianças incentivando as respostas.
Possibilitar que todas as crianças tenham oportunidade de falar na área
do grande grupo.
Explorar o carácter lúdico da linguagem, através de canções e historias;
Falar sobre experiências pessoais importantes.
Evoluir no comportamento com interiorização das regras: Permanecer algum tempo nas áreas.
Completar uma tarefa.
Arrumar a área onde brinca.
Educação para a saúde
Educação para a prevenção de acidentes.
PLANO ANUAL DE ATIVIDADES SALA DOS PIRILAMPOS 2014-
2015
setembro /outubro/ novembro/ dezembro
Tem
a Atividade Objetivos Recursos
Mês
36/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Ada
ptaç
ão-Apoio à criança na relação dual, criança/criança.-Criança /adulto ecriança/espaço envolvente.
- Facilitar aIntegração da criançana escola.
-Crianças adultos
Sete
mbr
o
Reu
nião
de
pais
-Apresentação do Plano de Atividades.-Outros assuntos.- visualização de fotografias das crianças em algumas atividades.
Dar a conhecer aospais as atividades adesenvolver ao longodo ano letivo.
- Pessoal docente e auxiliar de educação edireção-Pais das crianças
Sete
mbr
o
Out
ono
Diálogos com as crianças sobre esta estaçãoPoesia do Outono. canções sobre o outono . audições de canções sobre o outonoPreencher com colagem figuras de folhas de árvores com elementos naturais,Elaborar a árvore do outono.
Sensibilizar para esta estação, estimular a linguagem, desenvolver conceitos de cor, de grandeza, estimulação tátil manipulação de materiais
Material de desgaste, livros, cartões de imagensCrianças educadora auxiliar Se
tem
bro
outo
no
- Atividades de expressão plástica com elementos da Natureza alusivos à época;- Recolha de elementos da Natureza;- Visualizar e explorar frutos da época utilizando os sentidos;- Entoação de canções, lengalengas e histórias.Ao longo da estação.
Observar as transformações da Natureza, seja em contacto direto ou através de imagens;- Desenvolver o sentido do tato, do gosto e do olfato;
Material de desgaste, livros, cartões de imagensCrianças educadora auxiliar frutos da época
outu
bro
Dia
do
anim
al Escolher uma figura que represente um animal e preenchê-lo , pedir para trazer um animal de casa para a exposição
Inserir as famílias na comunidade escolar, fomentar o gosto e o respeito pelos animais,
Imagens, livros sobre animais, animais para a exposição o
utub
ro
37/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
D
ia d
e To
dos
os s
anto
s
Elaboração do saquinho para colocar o bolinho. Elaboração do bolinha , na sala polivalente , onde todas as crianças terão oportunidade de manusear a massa e moldar um bolinho.Reviver tradições, ir pedir o bolinho pelas ruas de monte real
Decoração da InstituiçãoCom motivos alusivos a época
Fomentar a inter-relação entre crianças e adultos de diferentes salas;- Promover a relação entre escola e família;- Dar a conhecer e valorizar as tradições Desmistificar os medos infantis
Materiais adequados a esta época, ingredientes para a confeção do bolinho, materiais didáticos e de desgaste
outu
bro
Dia
de
S. M
artin
ho -m
agus
to
Decoração da Instituição- e das salas Realização de Trabalhos alusivos à época Realização do magusto, pedir a participação das famílias , com algumas castanhas .
Reviver a tradição do S. Martinho de uma forma lúdica;Promover a preservação das tradições populares inserir as famílias nas atividades. Proporcionar momentos de convívio e confraternização;Desenvolver a oralidade e o conceito de número
Material de desperdício e de desgaste- Comunidade EscolarCastanhas
Nov
embr
o
Dia
do
pija
ma Comemorar o dia do pijama,
com todas as crianças vestidas com o pijama bem como os adultos, realizar atividades em conjunto na sala polivalente.
Ser solidários com todas as crianças necessitadas. envio dos donativos ofertados pelos pais proporcionar momentos diferente de alegria e boa disposição.
Almofadas , mantas , livros de histórias , bonecos de pelúcia, canções.
38/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Nat
al Festa de Natal- Decoração da Instituição com a colaboração das famílias que irão à semelhança dos anos anteriores decorar a árvore de natal , com base em uma embalagem de tetra pack de 200ml. -Elaboração da prenda e cartão de Natal- Exploração de canções, histórias, poesias e lengalengas alusivas ao Natal;-Construção de uma árvore de natal em conjunto, com pacotes de leite para expor no exterior da instituição.
Reviver tradições;- Identificar o Natal com festa de fraternidade e incentivar o espírito de amizade e solidariedade;- Promover a interação escola / família- Fomentar o convívio da comunidade escolar;- Fomentar o projeto eco escolas. Sensibilizar para a reutilização de materiais
- Material de desperdício- Material de desgaste
- Família das crianças.- cine teatro de Monte real.Crianças auxiliar educadora
D
ezem
bro
Tra
balh
o de
Pro
jeto
” O L
ivro
Vai
vém
Enviar semanalmente um livro para casa para os pais fazerem a leitura aso filhos, preenchendo uma pequena ficha de leitura que virá acompanha do livro de volta, com ou desenhos, imagem , pensamentos escritos sobre o que foi realizado com a criança.
Promover o alargamento da imaginação e criatividade da criança, com a cooperação da família;- Favorecer a verbalização de ideias como forma de organização e expressão do pensamento;- Sensibilizar a família para a importância do livro no desenvolvimento da criança;- Fomentar a relação entre escola/família;
Caixa com o livroLivro sempre o mesmo para cada criança. e ficha de leitura
Dez
embr
o
PLANO ANUAL DE ATIVIDADES SALA DOS PIRILAMPOS
Janeiro/ fevereiro-/março / abril
39/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Tem
a Atividade Objetivos Recursos
Mês
Dia
de
re
is
-Relembrar tradições- Vivenciar o Dia de Reis;- Promover a relação escola/ comunidade- Favorecer a compreensão da lenda dos Reis Magos- Fomentar o contacto e a relação entre todas as crianças da instituição;-Cantar as janeiras pelas ruas de monte real
-Exploração de livros alusivos ao tema- Construção de coroas dos reis- Dramatização da história dos Reis Magos.-Interagir com outras pessoas fora da comunidade escolar.
-Material de desperdício- Material de desgasteCrianças auxiliar educadora -outros membros da comunidade
jan
eiro
Inv
erno
- Observação do tempo e das suas modificações- Realização de atividades alusivas ao Inverno.- Exploração de jogos, histórias, lengalengas e canções sobre o tema- Carimbagem de chuva com os dedos; exploração do vestuário de invernoAo longo da estação
- Promover a aquisição temporal associada às próprias vivências- Sensibilizar as crianças para a transformação da Natureza, e meio envolvente- Promover o contacto das crianças com diferentes materiais; desenvolver conceito e cor opostos, numero,
Materiais de desperdício e de desgasteMaterial didáticoEducadora auxiliar crianças ja
neiro
40/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
o es
quem
a co
rpor
al:
-Preencher a figura de um menino e de uma menina Analisar separadamente cada parte que constitui o corpo humano, cabeça, tronco, membros.-Cantar canções, contar histórias, fazer jogos de lateralidade, realizar pequenas dramatizações- Mimar canções onde ese explorem partes do corpo humano-Realizar sessões de movimento, danças de roda, marchas, lançamento de bolas -.Desenvolver regras de higieneAo longo do ano
-Incentivar e estimular a criança a nomear partes do corpo humano em si e nos outros,-estimular e desenvolver oralidade-Estimular a motricidade fina- Estimular a motricidade geral -Estimular o Controlo dos esfíncteres, a quem falta.-Estimular a autonomia, conseguir ir à casa de banho.
Material de desgaste, livros, cartões de imagensCrianças educadora auxiliar
Jane
iro
carn
aval
-Baile de Carnaval- Exploração de histórias, lengalengas e canções sobre o Carnaval- Construção de máscaras- Decoração da Instituição- Elaboração de fantasias e desfile pelas ruas de monte real
- Reviver tradições-Promover o desenvolvimento do jogo simbólico- Desenvolver a imaginação criativa- Aliviar as suas ansiedades e medos;- Estimular a oralidade e- Promover o convívio, a amizade e a alegria entre salas;
- Material de desperdício- Material de desgaste-material didático- Educadora auxiliar crianças fe
vere
iro
41/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Dia
dos
nam
orad
os-Elaborar corações para o pai e para a mãe,-Histórias sobre os afetos e a partilha exploração dos valores.
-Estimular os afetos e a noção de partilha,Incentivar a amizade entre as crianças ajudando a controlar os seus impulsos Valorizar as crianças pelas suas vitórias; - Atribuir pequenas tarefas às crianças; - Transmitir carinho, afetos e segurança; - Conversas sobre bons comportamentos partindo das crianças a identificação dos mesmos.
Material de desgaste e didático.
feve
reiro
os a
nim
ais
-Diálogos com as crianças sobre alguns animais. Falar dos animais e da sua utilidade para as pessoas e ainda como devemos respeitá-los.Através da observação direta, -observação através de imagens, identificar, nomear alguns animais.-Preencher figuras representando animais, com diversos materiais.-Cantar canções, dizer lengalengas, trava-línguas que falem de animais.Jogar jogos simples, fazer dramatizações de animais.-Pesquisar em livros, revistas, de animais e identificá-los.-Visualizar alguns DVDs sobre animais
-Estimular o gosto e o respeito para com os animais.-Sensibilizar para a importância que os animais têm para as pessoas,- Identificar os animais domésticos dos animais selvagens.-reconhecer alguns sons dos animais- Identificar alguns alimentos que os animais comem.-reconhecer os animais em livros .
Material de desgaste, livros, cartões de imagensCrianças educadora auxiliar
Mar
ço
42/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Dia
do
Pai
- Construção da prenda do Dia do Pai
Valorizar os laços familiares;-Descobrir a importância dos vários elementos
- Material de desperdício- Material de desgasteMaterial didático- educadora auxiliar crianças
mar
ço
Prim
aver
a- d
ia d
a ár
vore
- Observar as transformações da Natureza no espaço exterior;- Recolher elementos naturais;- Desenhar/pintar, colagem imagens alusivos ao tema.- Exploração de lengalengas, canções, histórias e poesias sobre a estação.- Exploração de vestuário alusivo á época-elaborar a árvore da primavera,Ao longo da estação
- Sensibilizar as crianças para as modificações da Natureza- Promover o contacto com o exterior-estimular a imaginação e a criatividade- Reconhecer as árvores Das estações. o os direito das árvores
Material de desgaste e didático.Crianças auxiliarEducadoraSaídas ao exterior
mar
ço
p
ásco
a
-Preenchimento de figuras relacionadas com a data, um coelho, um ovo, um pintainho Decorar um saco para colocar as amêndoas oferecidas pelo jardim.-cantar canções de acordo com a época,
-Fomentar o gosto pela cultura e tradições da Páscoa-Incentivar o dinamismo lúdico e o jogo do faz-de-conta;-estimular o sentimento de partilha
Material de desgaste- Material de desperdício-Educadora auxiliar crianças
abril
43/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
O
s Fr
utos
-Dialogar sobre os frutos e sua importância para a saúde.- Preenchimento de figuras representando frutos, colorindo, colando.Cantar canções, dizer lengalengas- Observação de imagens- Preenchimento de imagens de diversa frutas. Com técnicas e expressão plástica diferentes.- Utilizar cores e acordo com os frutos de modo a criança os reconheça.
-reconhecer que a ingestão de fruta é saudável par a nossa saúde-reconhecer identificar e nomear o nome de alguns frutos, através da observação direta, de fotografias, livros, imagens,- Estimular sentido auditivo e a perceção visual-incentivar as crianças a comerem fruta.- reconhecer , identificar e nomear cores
Material didático de desgasteEducadora auxiliar criançasimagens para preencher
abr
il
44/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
PLANO ANUAL DE ATIVIDADES SALA DOS PIRILAMPOS
Maio / junho / Julho
Tem
a Atividade Objetivos Recursos
Mês
Mun
dial
da
fam
ília
D
ia d
a m
ãe -Elaboração de uma prenda para a Mãe, um cartão.- Exploração de canções, histórias e poemas sobre a Mãe
-Diálogos sobre a família
- Valorizar os laços familiares- Descobrir a importância dos vários elementos da família-Estimular o sentimento de partilha- Estimular e desenvolver a oralidade
-Material de desperdício- Material de desgasteCrianças auxiliar educadora -outros membros da comunidade
M
aio
Dia
mun
dial
da
cria
nça Desenvolver atividades com
todas as crianças da instituição. Histórias, canções.-elaborar uma prenda para cada criança.
Promover a relação entre as várias crianças da Creche; Vivenciar a data, tornando-a num dia marcadamente significativo para o grupo de crianças
Materiais de desperdício e de desgasteMaterial didáticoEducadora auxiliar crianças
Junh
o
45/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
D
ia m
undi
al d
o am
bien
teMostrar ás crianças as cores dos ecopontos, cantar a canção reciclar o lixo é a solução … num bom ambiente. entre outras
-Sensibilizar as crianças para a importância, de não colocarmos lixo no chão. Explicar- lhe que existem locais próprios para colocar os diferentes lixos.E dizer- lhes o nome de cada um.
Materiais de desperdício e de desgasteMaterial didáticoEducadora auxiliar crianças
J
unho
O
ver
ão É
poca
b
alne
ar
-Conversar com as crianças sobre regras de segurança nas praias.Dar a conhecer as cores das bandeiras e seu significado.-Explorar a praia, recolher conchas, pedras para posteriores trabalhos na sala.-Falar – lhes sobre o mar, o sabor da água, o habitat dos peixes.
Diálogos sobre esta estação.Preenchimento de figuras. Uma árvore, um barco, o Sol, crianças a brincar na praia.Completar a canção das estações do ano que começou com o outono.
-Proporcionar momentos de alegria.-aprender a andar de transporte coletivo- Respeitar as regras ditas pelos adultos, não jogar areia não se afastar não falar com estranhos, não pegar em nada estranho que estiver no areal.- Partilhar os brinquedos.
Observação da natureza e comparar as nossas árvores das estações realizadas ao longo do ano. Estimular e desenvolver a oralidade.
Materiais de desperdício e de desgasteMaterial didáticoEducadora auxiliarCriançasAutocarro praia da vieiraBrinquedos
ju
lho
j
unho
46/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
OBJETIVOS ESPECÍFICOS PARA O GRUPO DE CRIANÇAS DA SALA do pirilampos (2/3 ANOS)objetivo
sMETAS Indicadores
de medida
47/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
D
esen
volv
er a
ling
uage
mDiz 5 palavras diferentes (pode usar a mesma para
várias coisas) - Responde ao “Não há” - Produz o
som do animal ou emprega-o para identifica- lo -
Obedece a 3 ordens diferentes não acompanhadas
de gestos - Aponta 3 a 5 ilustrações num livro
quando nomeadas - Aponta para 3 partes do seu
próprio corpo - Diz o seu nome próprio ou diminutivo
quando se lhe pede
- Aponta para si quando se pergunta “Onde está…”
- Combina palavras e gestos para manifestar os
seus desejos - Responde à alternativa “s/n” com
respostas afirmativas ou negativas, imita pequenas
canções, canta pequenas canções,
----------------------------------------------------------------------
----- - Reage certo a adjetivos comuns (cansado,
alegre, frio, grande, pequeno) - Usa adjetivos
comuns (quente, grande, etc.)
- Responde à pergunta “Que estas a fazer?” em
atividades comuns - Combina formas verbais em
frases de 2 palavras (ex: bola grande) - Mima ações
e repete palavras do final de cada frase numa
canção
- Seleciona um objeto pela sua função - Responde a
perguntas com interrogativa (Ex: Onde?)
20Crianças do grupo
15 Crianças no grupo
OBJETIVOS ESPECÍFICOS PARA O GRUPO DE
48/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
CRIANÇAS DA SALA do pirilampos (2/3 ANOS)objetivos METAS Indicadores
de medida
-Pro
mov
er o
d
esen
volv
imen
to d
as c
rianç
as
nas
com
petê
ncia
s co
gniti
vas
- Aponta uma parte do corpo
- Junta objetos semelhantes
- Faz rabiscos - Aponta para uma figura nomeada
- Encontra um livro específico a pedido
- Faz um puzzle e 3 peças - Copia o círculo
- A pedido aponta para o grande e o pequeno
- A pedido coloca objetos, dentro, em cima e em
baixo. Nomeia e identifica os números até ao 3.
-Reconhece e identifica alguns, animais, frutos.
-Reconhece alguns elementos da natureza. flores,
árvores, folhas , borboletas…
-Identifica e nomeias as cores amarelas, vermelho,
azul e verde
20 Crianças do grupo
17Crianças no grupo
Prom
over
a a
uton
omia
da
cria
nça
- Come sozinho com uma colher - Bebe por um
copo com uma mão - Consegue estar sentado no
bacio durante 5 minutos - Põe e tira o chapéu da
cabeça - Tira as meias - Tira os sapatos quando
desapertados e soltos
---------------------------------------------------------------------
------ - Pede para ir à casa de banho - Calça os
sapatos - Lava as mãos e a cara com sabonete -
Pendura o casaco no cabide - Não se molha
durante a sesta - Veste o casaco, camisola e
camisa - Tira a toalha das mãos e seca a cara e
mãos - Chupa líquidos por uma palhinha
20Crianças do grupo
17 Crianças do grupo
49/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
-Pro
porc
iona
r á c
rianç
a ex
periê
ncia
s a
níve
l da
mot
ricid
ade
Sobe para uma cadeira de adulto, volta-se e senta-
se - Constrói torres de 3 cubos - Faz riscos com
lápis normais ou de cera - pinta com o pincel
-Anda sozinho - Empurra e puxa brinquedos
enquanto anda - Sobe escadas sem ajuda - Dobra-
se pela cintura para apanhar objetos, sem cair
---------------------------------------------------------------------
------
----------------------------------------------------------------
- Anda para trás - Desce escadas com ajuda -
Constrói uma torre de 5-6 blocos - Vira as páginas
de um livro uma a uma - Dá cambalhotas para a
frente com ajuda - Faz bolas de barro ou plasticina.
Constrói pequenos puzzles, encaixa peças em
jogos de encaixe.
20 Crianças do grupo
17 Crianças do grupo
- Fom
enta
r a a
quis
ição
de
hábi
tos
soci
ais
- Imita o adulto em tarefas simples - Participa em
brincadeiras com outras crianças, empurrando
carrinhos, rolando bolas, durante 2 a 5 minutos -
Explora ativamente o seu meio ambiente - Entrega
um livro ao adulto para que ele o leia ou partilhe -
Puxa outra pessoa para mostrar uma ação ou
objeto - Brinca com 2 ou 3 crianças da mesma
idade
---------------------------------------------------------------------
------
- Traz ou leva um objeto ou pessoa de outro quanto
a pedido - Presta atenção à música ou a histórias
durante 5-10 minutos - Diz “por favor” e “obrigado”
quando se lhe chama a atenção - Escolhe, quando
se lhe pede para o fazer
20Crianças do grupo
17 crianças do grupo
50/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
8 – AVALIAÇÃO/METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste Projeto não será utilizado nenhum modelo
pedagógico em exclusivo. Tal como nos anos letivos anteriores, teremos como
base a Pedagogia de Projeto no que diz respeito à organização do espaço e do
tempo, tal como na planificação do trabalho. Contudo, a forma de desencadear
e gerir cada Projeto é, invariavelmente, a resposta e a sua concretização no
terreno, de acordo com as linhas orientadoras do Projeto Educativo e a
realidade institucional.
A metodologia de trabalho de projeto está relacionada com uma visão
interdisciplinar e transdisciplinar do saber. A necessidade de um plano de ação
tem como objetivo uma antevisão, um momento de reflexão em grupo, mas
este plano será flexível e aberto a reajustamentos de conteúdos, de
metodologias, de calendários, sempre que necessário.
Os objetivos mais específicos surgirão no desenrolar do projeto e no
projeto de sala/grupo, conforme as prioridades que o grupo irá definindo bem
como as necessidades e interesses da criança. A Pedagogia de Situação
valoriza cada criança como ser único procurando o equilíbrio entre a
intervenção do Educador e a espontaneidade da criança. Deste modo a ação
pedagógica é centrada na mesma. Aproveitando como ponto de partida os
saberes que a criança traz consigo, cabe ao adulto o papel de observá-la como
ser único, mas também ao grupo, de forma a poder conhecê-lo, dando-lhe
assim o que ele precisa para a aprendizagem de novos saberes/competências.
Esta metodologia tem como objetivos: o observar; o planear; o avaliar; o
detetar dificuldades; o registar e o reajustar as aprendizagens. Tais
procedimentos têm sempre uma intencionalidade educativa, ou seja, cada
criança serve como fonte de informação para a proposta pedagógica, sendo
um guia para orientar a prática mas devemos ter sempre em conta a simbiose
entre Família/Instituição, que são os responsáveis pelo processo de
desenvolvimento integral da criança.
51/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Utilizaremos então uma metodologia centrada na criança, onde esta é o
centro emissor e recetor da atividade pedagógica.
“ Planear o processo educativo de acordo com o que o educador sabe do grupo e de cada criança, do seu contexto familiar e social é
condição para que a educação pré - escolar proporcione um ambiente estimulante de desenvolvimento e promova atividades diversificadas que
contribuam para uma igualdade de oportunidade” (Ministério da Educação, 2002:26)
Primeiramente, o educador antes de fazer a sua planificação precisa
refletir e conhecer o grupo e as características individuais de cada criança
desse grupo. A partir daí pode então pensar nas suas intenções educativas e a
forma de as abordar promovendo situações e experiencias de aprendizagem. A
planificação no contexto Creche é flexível, permitindo ao educadora pensar e
repensar as atividades, procurando sempre novos significados na sua prática
pedagógica. Por exemplo, uma atividade inicialmente pensada para ser
concretizada de determinada maneira pode não funcionar para ser feita dessa
mesma maneira, e por isso nesse mesmo momento, o educador ou adota outra
estratégia ou depois quando avaliar essa mesma atividade, terá que repensá-la
de outra maneira futuramente.
A planificação é então um instrumento orientador do trabalho docente.
Na Creche a planificação com as crianças é mais difícil do que por exemplo no
pré-escolar em que as crianças já são capazes de se expressar e de dizer o
que gostariam de saber.
Contudo, os adultos que trabalham com crianças mais pequenas
conseguem perceber, através da reação da criança, se ela se interessa ou não
por determinado assunto/tema/atividade. Para a implementação deste projeto
pedagógico serão elaboradas Planificações semanais tendo em consideração,
as competências a desenvolver, os objetivos e as metas a atingir com cada
criança.
Ao longo deste ano letivo serão propostas várias atividades planeadas
previamente, bem como outras que surgem de forma espontânea: é de referir
que o projeto foi elaborado tendo em conta todo o contexto a que se reporta, a
Instituição, meio envolvente, o projeto educativo da instituição cujo tema é o
52/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
livro e sobretudo as faixas etárias das criança, e as suas necessidades no
todo e individuais.
Como já foi referido o tema do projeto é artrenura. A arte está presente
no quotidiano da vida infantil. Ao rabiscar, desenhar, pintar objetos, cantar e
até mesmo através do seu próprio corpo, a criança pode utilizar a arte para
expressar experiência. A arte vai muito mais além do que desenhar, arte é
poesia, teatro, música, dança, desenvolvimento das habilidades, ampliação da
capacidade de criar e produzir, enfim arte é uma representação da experiência
estética individual.
A arte pode contribuir imensamente para o desenvolvimento da criança,
pois é na interação com seu meio que se inicia a aprendizagem.
A arte tem início quando os sentidos da criança estabelecem o primeiro
contacto com o ambiente, e ela reage a essas experiências sensoriais. Tocar,
cheirar, ver, manipular, saborear, escutar, enfim, qualquer método de
perceber o meio e reagir contra ele é, de fato, a base essencial para a
produção de formas artísticas.
É através da expressão livre que a criança realiza a síntese entre a
expressão do Eu e a submissão ao real. Para a criança, todas as experiências
que conduzem à criação devem ser educativas, logo o resultado não é
importante, mas sim o processo que o originou, é nele que se desenvolvem a
perceção, a imaginação, a observação, o raciocínio, o controle gestuais …
capacidades psíquicas que influenciam a aprendizagem.
Quando a criança pinta, desenha, modela, constrói, faz música, teatro…
regularmente, a evolução acelera-se.
Este projeto assenta na importância da criança aprender e crescer através do
mundo da fantasia, da imaginação do experimentar e do brincar.
Deste modo é meu objetivo criar situações lúdicas e adequar estratégias, onde
as crianças possam dar largas à sua imaginação, criatividade, curiosidade,
experimentação, que favoreçam o seu desenvolvimento e aprendizagem num
Ambiente de Segurança e afetividade. É essencial à vida e ao
desenvolvimento da personalidade da criança BRINCAR.
53/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Avaliar é uma forma de consciência sobre o que foi posto em prática e de
melhor planear as atividades futuras. Avaliar consiste em recolher, ao longo do
processo de aprendizagem, dados que permitam obter informação acerca da
forma como se está a desenvolver o processo, de modo a poder ajustar a
intervenção educativa.
Avaliação Com as criançasPara a avaliação das crianças, serão úteis os vários documentos
utilizados, nomeadamente, o registo de acolhimento inicial, o perfil de
desenvolvimento e o plano individual. Para além destes será feita uma
avaliação maioritariamente por observação direta. Resumindo a avaliação irá
sendo realizada.
- Observação sistemática das crianças.
- Constante avaliação das práticas, do desenvolvimento individual de
cada criança e do funcionamento e gestão do grupo.
- O PDI trimestral será dado a ler aos pais e que no final do ano será
entregue.
- O PDI Final, é um somatório de todas as Avaliações realizadas até
então.
- Conversas formais e ou informais com os pais e família para colher
informações e prestar esclarecimentos sobre o processo educativo da criança.
- Como suporte das Avaliações encontram-se os trabalhos realizados
pelas crianças e os registos fotográficos.
Com a equipa de trabalho Serão realizadas reuniões com as colegas, direção auxiliares e outros
colaboradores sempre que se considerar necessário a fim de serem discutidos
alguns aspetos práticos que vão ocorrendo no dia-a-dia que deverão ser
melhorados ou salientar aspetos bons a manter.
Com a famíliaA família é um ponto muito importante no desenrolar deste projeto e,
como tal, a avaliação vai sendo contínua, em conversas diárias, para além de
54/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
contarmos com os documentos acima mencionados que vão sendo
acompanhados e assinados pela família. Como tal a educadora reunirá com os
pais pelo menos quatro vezes durante o ano: a reunião de pais de início de
ano, a de fim de ano e as reuniões intercalares para avaliação dos perfis de
desenvolvimento de cada criança, podendo estas ser individuais ou em grande
grupo. Ao longo do ano letivo vamos procurar estabelecer uma ligação próxima
com as famílias, permitindo-lhes fazer parte também do dia-a-dia na Creche
com a colaboração em alguma atividade, manter uma comunicação aberta nos
momentos de entregas e receções da criança. Para além disto, estão previstas
reuniões de atendimento aos pais, sempre que o necessitarem, para troca de
informação.
Avaliação do projeto
Cada atividade planificada e desenvolvida com e pelas crianças será
constante objeto de avaliação tendo em conta o nível de implicação de todos
os sujeitos envolvidos na ação, bem como a concretização dos objetivos pré
definidos para a mesma. Existirão com certeza aspetos a modificar, consoante
o decorrer do ano e das próprias atividades. Para tal foi elaborada uma
avaliação diagnóstica a cada criança, e elaborado um plano individual de
desenvolvimento,
O Plano Individual (PI) é um instrumento formal que visa organizar,
operacionalizar e integrar todas as respostas às necessidades e expectativas
da crianças e da sua família.
Tem como principais objetivos promover: A aquisição de competências
que a criança ainda não adquiriu face à sua faixa etária e a manutenção das
competências já adquiridas.
É importante estar consciente que nem todas as crianças se
desenvolvem ao mesmo ritmo. Nesse sentido é importante não se ficar
ansioso, e respeitar o ritmo de desenvolvimento de cada criança Ou seja:
O trabalho livre e criador desenvolve atitudes sociais, intelectuais
e expande o espírito. É a forma mais completa e eficiente da educação.
55/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
Todos os seres humanos são originais e diferentes entre si, cada
um com as suas características muito especiais.
A educação deve centrar-se nas potencialidades de cada criança.
Nesse sentido será importante proporcionar às crianças experiências
enriquecedoras que estimulem e desenvolvam as crianças aos três grandes
níveis de desenvolvimento Psicomotor, Intelectual e Afetivo.
A avaliação do Projeto é feita em conjunto pelos intervenientes, crianças,
educadora, auxiliar, famílias, tendo em conta três aspetos fundamentais:
No decorrer do processo:Em avaliação contínua, voltando atrás, procurando novas respostas,
reajustando e refazendo a planificação inicial sempre que necessário;
A avaliação do trabalho: A forma como os intervenientes se empenharam no desenvolvimento do
projeto, no decorrer do processo e no produto final; o que resultou e o que
será necessário alterar.
56/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
9 – CONCLUSÃOÉ imprescindível ter em conta que a creche/jardim-de-infância são a
base do processo de ensino aprendizagem. Constituem-se enquanto primeiros
anos de escolaridade que a criança levará consigo para o resto da vida. É,
portanto, fundamental que nos preocupemos em lhes possibilitar todas as
condições e oportunidades, para que se revelem quando homens
O objetivo deste Projeto de sala é, principalmente, o de mobilizar
competências nas crianças que lhes permitam questionar o seu meio
envolvente, os factos e os fenómenos naturais e questionar-se acerca de si
mesmas, como seres que vivem em sociedade e no comportamento que
devem ter face a diversas circunstâncias.
Todas as crianças são diferentes e a intervenção não pode ser a mesma para
todas elas. o desenvolvimento da criança não é linear nem se realiza numa só
direção, de forma imposta e predeterminada. Importa, com isto saber identificar
as competências e aptidões que fazem da criança uma mais valia em
determinada área ou das capacidades que podemos despoletar nelas para um
desenvolvimento global harmonioso. Este desenvolvimento não depende
apenas da criança mas também das oportunidades que o meio envolvente lhe
vai possibilitando. “O facto de encontrarmos crianças da mesma idade com
capacidades e competências muito diferentes, não nos permite fazer
comparações, nem emitir juízos de valor. A diferenciação pedagógica é
fundamental na ação diária.
Segundo Katz e Schard (1994), “o papel do Educador é cultivar a vida da mente da criança mais nova.” Num sentido mais amplo a palavra mente
engloba não só conhecimentos e capacidades mas também a sensibilidade
emocional, moral e estética, o sentido crítico e a capacidade de opinar sobre
questões que lhe são familiares. Neste sentido, não só conhecemos as
crianças enquanto grupo e na sua individualidade, como também mobilizamos
esforços no sentido de proporciona ruma interação educativa com as suas
famílias e com o contexto que envolve a Instituição. O meu projeto pedagógico
pressupõe uma visão da criança como um ser competente e capaz, como 57/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
investigador nato, motivado pela pesquisa e para a resolução de problemas.
Com este projeto procuro demonstrar a importância que a arte, ou seja toda e
qualquer forma que a criança tem de se expressar, tem para odesenvolvimento
as crianças, uma vez que é através desta que as mesmas se desenvolvem de
uma forma saudável e harmoniosa. “ Todas as crianças contêm em si próprias um grande potencial de desenvolvimento que se irá manifestar em plenitude se lhes soubermos proporcionar as condições e as oportunidades e se respeitarmos o seu ritmo de maturação.” (António Brito Avô)
“Os objetivos, quer da Educação pela Arte, quer das Artes na Educação, não são a produção de obras de arte, mas a elevação espiritual da criança em direção ao Belo e ao Bem e a expressão das emergências da sua vida afetivo emocional. A criação de obras (que o adulto pode ou não considerar artísticas, não interessa) é apenas o pretexto, o meio para se atingir aqueles objetivos. Se houver obrigação de alguma avaliação, deverá ser sobre em que medida estes objetivos foram ou não atingidos e não das obras que eram apenas o modo de os atingir”.
SOUSA, A. “Educação pela Arte e Artes na Educação”. 1º volume – Bases pedagógicas. Lisboa: instituto Piaget, Horizontes Pedagó
58/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
10 – BIBLOGRAFIA
BRAZELTON, T. Berry, “O grande livro da Criança”, Lisboa,Editorial Presença, 1995
Projeto crescer com a creche edições Santilana
FIGUEIREDO, Manuel, - Um novo olhar sobre as rotinas, Bolade Neve, coleção “inovação”, Lisboa, 2004;
FIGUEIREDO, Manuel, - Projeto Curricular no Jardim deInfância, Bola de Neve, coleção “Pre”, Lisboa, 2001;
GESSEL, Arnold. (Out. 2000). A Criança dos 0 aos 5 anos. 4ª Edição. Publicações Dom Quixote; Lisboa
GUIMARÃES, MARIA DULCE / COSTA, ISABEL ALVES“EU ERA A MÃE”Divisão de Educação Pré-escolarDireção geral do ensino básicoMinistério da Educação e Cultura
HOHMANN, Mary e WEIKART, David P. (2007). Educar a criança. 4ª Edição.
MATOS Maria Teresa de OS PROJECTOS EDUCATIVOS A PARTIR DA CRECHEO Projeto Pedagógico na Creche
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. (2002). Orientações Curriculares para a Educação Pré - Escolar, Ministério da Educação – Departamento da educação Básica; Lisboa
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. (1998). Qualidade e Projeto na Educação Pré- Escolar. Ministério da Educação – Departamento da educação Básica; Lisboa
PORTUGAL, Gabriela, - Crianças, Famílias e Creches - umaAbordagem Ecológica da Adaptação do Bebé à Creche, Porto Editora, 1998PORTUGAL, Gabriela, (2000) Educação de Bebés em CrechePERSPETIVAS DE FORMAÇÃO TEÓRICAS E PRATICAS. Revista Infância e Educação, nº1. Departamento de Ciências da Educação.Universidade de Aveiro.Fundação Calouste Gulbenkian; Lisboa
59/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
PAPALIA, Diane E. OLDS e FELDMAN. (2001). O Mundo da Criança. 8ª Edição. McGraw-Hill.
POST, Jacalyn e HOHMANN, Mary. (2004). Educação de Bebés em Infantários- cuidados e primeiras aprendizagens. 2ª Edição. Fundação Calouste Gulbenkian; Lisboa
PROJETO “LUA CHEIA” – Material de apoio didático (0-1ano) e (1-2 anos). Mundicultura
VASCONCELOS, Teresa (coord.); Rocha, Carla; Loureiro, Cristina; Castro, Joana de; Menau, João; Sousa, Otília; Hortas, Maria João; Ramos, Mercês; Ferreira, Nuno; Mel, Nuno; Rodrigues, Paulo Ferreira; Mil-Homens, Purificação; Fernandes, Sandra Rosado; Alves, Susana: TRABALHO POR PROJETOS NA EDUCAÇÃO DE INFÂNCIA:MAPEAR APRENDIZAGENS/INTEGRAR METODOLOGIAS Lisboa: Direção-Geral da Educação (DGE), 2012.
ZABALZA, Miguel A. (2011). Didática da Educação Infantil.
3ª edição. Edições Asa
60/61
PROJETO PEDAGÓGICO DE SALA R.DC.07.00
11 – ASSINATURAS
Educadora de Infância: ___________________________________
Data _______/_______/_______
61/61