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Escola Estadual José de Alencar – Ensino Fundamental Distrito do Pocinho Município de Barbosa Ferraz Núcleo de Educação = Campo Mourão PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 1

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Escola Estadual José de Alencar – Ensino

Fundamental

Distrito do Pocinho

Município de Barbosa Ferraz

Núcleo de Educação = Campo Mourão

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

1

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2006

Escola Estadual José de Alencar – Ensino

Fundamental

Distrito do Pocinho

Município de Barbosa Ferraz

Núcleo de Educação = Campo Mourão

Nossos Alunos ....

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Sumário

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APRESENTAÇÃO ..................................................................04

INTRODUÇÃO.......................................................................05

OBJETIVOS GERAIS..............................................................08

OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................08

PRINCÍPIOS FILOSOFICOS DO TRABALHO ESCOLAR........09

PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO.....................10

ATO SITUACIONAL ..............................................................11

ATO CONCEITUAL................................................................17

Concepção de sociedade, homem, educação, conhecimento, escola,

ensino

Aprendizagem, avaliação................................................................17

ATO OPERACIONAL..............................................................20

Instâncias Colegiadas ....................................................................25

O Conselho de Classe ....................................................................26

Intenção de acompanhamento aos egressos..................................28

Critérios de organização interna da escola ...................................30

Princípios da gestão democrática...................................................31

O currículo da Escola Pública ........................................................32

Matriz Curricular ...........................................................................34

Trabalho Coletivo ..........................................................................35

PLANO DE AÇÃO ESCOLAR..................................................36

Projetos ..........................................................................................39

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGO...........................................................................40

REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICAS.......................................43

ANEXOS................................................................................45

Ata de Aprovação do Projeto Político Pedagógico pelo Conselho Escolar

........................................................................................................46

Quadro de ações ( Plano de Ação).................................................47

Agenda 21 Escolar .........................................................................49

Projetos ..........................................................................................51

Artes .............................................................................................................

..............52

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Ciências.........................................................................................................

..............61

Ensino

Religioso........................................................................................................

..77

Geografia.......................................................................................................

...............82

História ........................................................................................................

................89

Língua

Portuguesa ...................................................................................................

...101

Matemática ..................................................................................................

...............112

Língua Estrengeira Moderna

(Inglês) .........................................................................123

APRESENTAÇÃO

As constantes transformações na sociedade provocam mudanças na

estrutura de funcionamento do processo de ensino, nesse sentido torna-se

necessário elaborar um Projeto Político Pedagógico que corresponda ao

nível de aspiração da comunidade, que garanta a qualidade de ensino que

é condição fundamental para a formação integral do ser humano.

A construção Coletiva do Projeto Político Pedagógico é um marco na

educação, é um momento muito importante vivenciado por todos os

profissionais da escola, segundo Antônio Joaquim Severino (1998)“ a

instituição escolar se dá como lugar do entrecruzamento do projeto

coletivo da sociedade com os projetos pessoais e existências de

educandos e educadores”.

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Por entender que o educador precisa de uma prática política

pedagógica séria e competente que caminhe de encontro com a escola

que desejamos construir, torna-se necessário criar condições tanto no

nível de programação, quanto no nível organizacional da escola, visando

o acesso e permanência do aluno no processo ensino-aprendizagem.

O processo de formação permanente do educador torna-se um meio

de criar condições para, a partir de seu compromisso com a educação,

rever e avaliar sua prática pedagógica e elevar ao máximo sua

competência profissional, adequando-se as inovações.

A reformulação desse projeto tem a finalidade de apresentar as

linhas norteadoras revelando a necessidade de construir uma educação

básica voltada para a cidadania. Isso se resolve garantindo a oferta de

vagas e oferecendo um ensino público de qualidade, onde os professores

sejam capazes de incorporar ao seu trabalho os avanços das pesquisas

nas diferentes áreas do conhecimento e de estar atento às mudanças na

sociedade e suas implicações na comunidade escolar.

É com este propósito que apresentamos o Projeto Político

Pedagógico, construído coletivamente por professores, funcionários e

equipe administrativa da Escola Estadual José de Alencar- Ensino

Fundamental.

1 – INTRODUÇÃO

A Escola Estadual José de Alencar – Ensino Fundamental portadora

do código 00676 é localizada na rua principal s/n º no Distrito do

Pocinho, município de Barbosa Ferraz código 0250, não possui de linha

telefônica, é dependente da Rede Estadual de Ensino, do Núcleo Regional

de Campo Mourão, código 05, é mantida pelo Estado do Paraná. É uma

escola do Campo.

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A Escola é foi criada pela Resolução conjunta 110/ 82 Diário Oficial

Nº 1447 de 04/01/83, em 10 de março de 1.964, pelo Prefeito Municipal

Alberto Torkaski Filho, foi chamada de Casa Escolar Estadual José de

Alencar, ofertando o ensino de 1ª à 4ª série até o ano de 1.975, a partir

de 1.976 foi sendo implantado gradativamente o ensino de 5ª à 8ª série

como extensão da Escola Estadual Machado de Assis ensino de 1º Grau

de Barbosa Ferraz. O ato da Renovação do reconhecimento da Escola,

Resolução nº 2742/2002 de 09 de agosto de 2002. Ato Administrativo da

Aprovação do Regimento Escolar: nº 141/2001 de 17 de janeiro de 2001.

A Escola Estadual José de Alencar foi reconhecida pela Resolução

Nº 4.272/84 de 06/06/84, autorizada a funcionar pela Resolução Nº

3.988/83 de 24/11/83. No ano de 2001, na data de 01 de Junho, a Escola

passou a não contemplar o ensino de 1ª à 4ª série, com a Resolução Nº

3334 de 12 de dezembro de 2001, com a publicação no Diário Oficial

Escolar em 30 de Janeiro de 2002.

É uma Escola rural, a mesma possui a distância de 24 até 30 Km da

sede do Município e a 85 Km do Núcleo Regional de Educação. Não

possui endereço eletrônico (e-mail), não possui laboratório de informática

nem Ciências.

Recebeu o nome de José de Alencar, em homenagem ao Escritor,

que nasceu no Ceará no dia 1º de Maio de 1.829, formou-se em Direito

pela Academia de São Paulo, foi redator chefe do Diário do Rio de

Janeiro, foi deputado e ministro, a carreira política lhe trouxe amarguras,

assim decidiu tornar-se escritor, é o autor das obras; A Pata Gazela, O

Guarani, Senhora, Iracema entre outros. Veio a falecer em 1877 com 48

anos de idade, no dia 12 de dezembro por problemas de saúde.

A escola atua na hoje na Modalidade de Ensino Fundamental (5ª à

8ª série ), o tempo escolar é organizado por série no período matutino,

com 4 turmas e 26 alunos, assim distribuídos:

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• 5ª série : 7 alunos

• 6ª série : 10 alunos

• 7ª série : 6 alunos

• 8º série: 3 alunos

O número de professores atuantes na instituição é 9 profissionais,

todos residentes na sede, e 95% são do Quadro Próprio do Magistério

(QPM) todos graduados 90% pós-graduados, os funcionários são 2 uma

secretário e o auxiliar se serviços gerais, a escola possui uma diretora,

não contemplando coordenador pedagógico.

A Escola possui 5 salas de aula, uma sala de direção e secretaria,

banheiro masculino e feminino, cozinha, sala dos professores adaptada,

biblioteca, banheiro dos professores e funcionários, uma quadra não

coberta e em cimento bruto (em ruim estado de uso), possui um pomar,

uma horta, um local gramado e pátio, contemplando de laboratório de

informática e sala de apoio-pedagógico, não contemplando também de

ciências, sala multimídia, classe especial, sala de recurso, sala de contra-

turno, , auditório e videoteca.

Por meio de um questionário sócio-econômico e cultural,

respondido pelas famílias dos educandos, verificamos de a maioria dos

alunos residem na cede do distrito, 2 alunos residem no campo (Sítio) e

apenas 1 utiliza transporte escolar. A maior da população é composta por

mulheres, muitas possuem filhos com idade entre 7 à 15 anos e a maioria

com filhos maiores de 16 anos.

Muitos pais são trabalhadores rurais, estudaram apenas de 1ª à 4ª

série, recebem por diária e as mães estudaram em sua maioria apenas de

1ª à 4ª série e 4 delas terminaram o ensino médio, trabalham nas casas

de família também recebendo por dia (diaristas). Recebem benefício da

previdência (aposentados), alguns por serem viúvos (as), outros por

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problemas de saúde, 7 das famílias recebem bolsa escola, 5 recebem vale

gás e 6 recebem bolsa escola.

Das famílias dos educandos 10 delas tem a renda mensal de até R$

100,00 ; 5 delas com a renda de R$ 300,00 até é R$500,00 e apenas 2

com a renda mensal maior que totaliza R$600,00.

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OBJETIVOS GERAIS

É com base nestes princípios que temos por objetivo geral a

determinação de métodos e procedimentos, onde o conhecimento

científico seja tomado como elemento básico de referência para a

organização do ensino, explicitando a importância de auxiliar o educando

no desenvolvimento de suas aptidões cognitivas, mostrando que a

apropriação do conhecimento historicamente acumulado torna-se base

para a construção da cidadania e identidade pessoal, já que todos são

capazes e mostrar que a escola deve garantir informações necessárias e

ambientes adequado à construção de saberes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Elaborar e desenvolver um projeto de educação considerando o

perfil de seus educandos, ou seja, seus aspectos político, sócio-

econômico e cultural e suas expectativas em relação ao futuro.

• Articular propostas visando garantir a aprendizagem significativa dos

diferentes conteúdos em função dos objetivos almejados, usando

estratégia de atuação que garantam a participação do educando no

processo ensino-aprendizagem como agente construtor do

conhecimento.

• Organizar a escola como um espaço de transformação social, onde

haja a apropriação do espaço escolar por parte dos educandos

inserindo-os no exercício de cidadania e reforçando os laços de

identificação com a mesma.

• Estabelecer condições adequadas para a interação entre os aspectos

cognitivos e emocionais principalmente para aqueles desinteressados

e sem expectativas.

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PRINCÍPIOS FILOSOFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

A escola é uma instituição social compromissada com a

educação, realizando uma ação intencionalizada e sistematizada

respeitando a diversidade local centrada no campo, social e

cultural, entendendo o aluno como um sujeito real e histórico,

buscando a sua promoção e a qualidade do ensino.

A escola na perspectiva da construção da cidadania, precisa

assumir a valorização pela própria comunidade e ao mesmo tempo. A sua

função primordial é transmitir conhecimentos disciplinares para a

formação geral do aluno, ministrando um ensino de qualidade através das

práticas educativas, adequadas as necessidade sociais, políticas,

econômicas, culturais da realidade brasileira, que considera os interesses

e as motivações dos alunos e garanta as aprendizagens essenciais para a

formação de cidadãos autônomos críticos e participativos, capazes de

atuar com responsabilidade na sociedade onde convivem.

Com essa filosofia, nossa escola reflete sobre a complexidade do

mundo moderno que interfere significativamente na vida das pessoas,

somente por meio da leitura e compreensão da realidade concreta dos

educandos, dos familiares e de toda comunidade, a escola poderá

desempenhar com competência a tarefa de coordenar ações educativas

com uma visão de totalidade.

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PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL

Art.2º - A educação, dever da família e do Estado inspirado nos

princípios da liberdade e nos ideais da solidariedade humana tem por

finalidade o pleno desenvolvimento e sua qualificação para o trabalho.

Art.3º- O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber,

III- Pluralismo de Idéias e de concepções pedagógicas;

IV- Respeito a liberdade e preço à tolerância;

V- Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII- Gestão democrática do ensino público na forma desta Lei e da

Legislação dos sistemas de ensino;

IX- Garantia de padrão de qualidade;

X- Valorização da experiência extra-escolar;

XI- Vinculação entre educação escolar , o trabalho e as práticas sociais;

A Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, estabele em seus

artigos 205 e 206 a respeito da Educação :

Art. 205- A Educação, direito de todos e dever do Estado e da Família,

será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao

pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho.

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ATO SITUACIONAL

Na realidade brasileira, a educação tem sido vista com grande

expectativa para enfrentar os grandes desafios da era globalizada. As

transformações ocorridas na economia, na política e até mesmo na

cultura do mundo ocidental nos últimos anos têm provocado mudanças

radicais no comportamento dos indivíduos em sociedade. Ao admitir que

a realidade social, por ser constituída de diferentes classes sociais, é

contraditória e plural é possível admitir que seus valores e seus limites

também sejam contraditórios, porem o processo histórico é permanente,

isso permite compreender que os limites da sociedade são

potencialmente transformáveis pela ação social. A escola pode juntar-se a

segmentos sociais democráticos transformando-se num espaço de luta

por mudanças significativas e justiça social.

A relação educativa é uma relação política que se define na vivência

da escolaridade em sua forma mais ampla como a estrutura escolar,

inserção e relacionamento da escola na comunidade, distribuição de

responsabilidade e poder decisório, relacionamento do aluno como

cidadãos e na relação com o conhecimento. O conhecimento se efetiva à

medida que se incluem no contexto da ação educativa temas que

possibilitem a compreensão crítica da realidade e ofereça aos educandos

a oportunidade de se apropriarem de ferramentas necessárias para o

exercício da reflexão, desenvolvimento da própria autonomia juntamente

com a solidariedade, participação e transformação social.

Sendo assim, a educação é mediadora no interior da prática social,

não e a única instância de formação de cidadania, mas o

desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade depende cada vez mais da

qualidade e igualdade de oportunidades educativas. Nesta perspectiva

formar cidadãos supõe instituições onde se possa resgatar a subjetividade

inter-relacionada com a dimensão social do ser humano, onde a

construção do conhecimento ocorra por meio de práticas participativas e

criativas.

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Concretizar uma proposta nesse sentido depende de fortalecer nas

escolas contextos ricos em aprendizagem, articulando minuciosamente,

as múltiplas faces de seu funcionamento, ou seja, a gestão democrática,

sua relação com o meio social, econômico e cultural da comunidade

escolar, a organização do espaço e do tempo, a adequação do currículo,

as metodologias de ensino, as rotinas de trabalho, a avaliação, as

condições de trabalho e a formação continuada de educadores.

Também é preciso refletir sobre as decisões curriculares, pois é o

currículo que orienta e determina o trabalho escolar. É uma tarefa que

exige tomada de decisões que envolvem interesses, posicionamentos,

sentimentos, conflitos e divergências. Selecionar saberes relevantes e

preparar situações para sua apropriação, tudo isso implica em escolher

conteúdos que possam trazer para dentro da escola toda bagagem

necessária para a construção do conhecimento, compreensão da

sociedade, da cultura e da realidade de forma ampla.

Na Pedagogia Histórico-Crítico a difusão dos conteúdos acontece de

forma indissociável das realidades sociais. O conhecimento universal,

erudito e popular é vinculado à prática social, como método utiliza a

avaliação crítica dos conteúdos e das práticas. O professor deve

despertar, disciplinar e auxiliar a mobilização intelectual do aluno

partindo de uma análise crítica que supere o conhecimento já existente.

Sua manifestação acontece na articulação do político com o pedagógico.

A pedagogia histórico-critica vai tomando forma à medida que se diferenciando no bojo das concepções críticas; ela se diferencia da visão crítico reprodutivista, uma vez que procura articular um tipo de orientação pedagógica que seja crítica sem ser reprodutivista. Esta colocação me parece importante porque boa parte que se levatama a essa tendência, acabam desconsiderandoque ela está além do crítico-reprodutivismo e não aquém. ( SAVIANE, Denerval, 1978)

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Ninguém aprende simplesmente por aprender, o aluno assimila o

que lhe é ensinado se existir alguma forma de ligação ao conteúdo, ou

seja, um desafio ou uma motivação maior que o leve a perceber a

importância e a aplicabilidade do conteúdo que esta sendo ensinado.

Portanto, professores e alunos têm suas responsabilidades aumentadas,

juntos devem descobrir a que deve responder os conteúdos propostos

pela escola através do currículo.

Nossa escola, não enfrenta o grande problema da evasão, visto que

é uma comunidade pequena, onde há conciliação entre os afazeres e as

aulas; embora os alunos trabalhem nas lavouras, não há perda na

qualidade ou aproveitamento, nem mesmo faltas por causa do trabalho.

Quanto as dificuldades escolares, nos deparamos com a falta de

perspectiva de futuro e desinteresse; em virtude da comunidade na qual

estão inseridos, de modo geral o conformismo, a ausência de um

acompanhamento adequado por parte dos pais e a falta de perspectiva

dos alunos em relação a um futuro melhor se traduz em rebeldia e

desinteresse pelas atividades escolares. Enquanto Escola tentamos

amenizar esses problemas através de palestras de incentivo, práticas

esportivas, levando o aluno a sonhar com o futuro melhor e promissor.

A educação de hoje visa formar um cidadão para um novo tempo,

quando a ciência e a tecnologia trarão novas necessidades, novos valores,

novas conquistas e novas leituras da realidade. A escola é espaço

privilegiado para a ocorrência de relações entre os homens e suas

diferentes visões de mundo. Na escola queremos discutir saberes

científicos que parta da realidade concreta do aluno, das suas

experiências de vida que faça despertar a curiosidade epistemológica e a

capacidade de reflexão e leitura de mundo. Saberes que garanta a

promoção integral do aluno e possibilite sua intervenção no mundo em

que vive com habilidade para propor mudanças que visem à

transformação social.

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No que se refere à política de inclusão educacional a escola

necessita organizar o espaço físico, capacitar professores e funcionários,

para receber, atender e suprir as necessidades básicas educacionais

especiais, oportunizando o desenvolvimento através de metodologias e

avaliações diferenciadas.

É preciso desenvolver mecanismos especiais, adaptar espaço físico

e materiais didáticos, onde professores devem integrar-se ao processo e

aceitar a diversidade para que a inclusão ocorra com sucesso. E também

garantir o acesso do aluno portador de necessidades especiais a qualquer

oportunidade de aprendizagem. Especial é a maneira que o aluno será

tratado salvo os casos salientes de comprometimento de alguns ficando

assim a cargo das instituições apropriadas.

A escola necessita de organizar o espaço físico, capacitar

professores e funcionários, para receber, atender, e suprir as

necessidades básicas educacionais dos alunos portadores de

necessidades educacionais especiais, dando oportunidade através

metodologias e avaliações diferenciadas, as salas de aulas devem ser

menos numerosas, tendo suporte de profissionais das áreas especificas,

como psicólogos, fonoaudiólogos, intérpretes, e outros. Enquanto não

temos esses profissionais, a Escola busca parceria com a saúde publica

do Município e a APAE sempre que necessário.

Uma proposta que visa à melhoria da qualidade do atendimento às

diferenças de qualquer aluno, o que exige a promoção do seu

desenvolvimento, avaliando também a permanência e eficácia dos

serviços prestados no ensino regular.

A escola precisa se adaptar para poder acolher os alunos

portadores de necessidades educacionais especiais, em termos de espaço

físico e estruturar-se com materiais didáticos e professores

especializados, o que permitirá o sucesso do processo.

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E também garantindo o acesso do aluno portador de necessidades

especiais a qualquer oportunidade de aprendizagem. Especial é a

maneira com que o aluno será tratado salvo os casos específicos de

comprometimento de alguns, ficando assim a cargo das instituições

apropriadas.

A escola deverá desenvolver mecanismos próprios para os casos

especiais. É preciso desenvolver todo um aparato para receber este aluno

e fazer com que o mesmo seja incluído com sucesso no contexto social.

Ressaltamos que em nossa escola, não possuímos alunos com

necessidades educativas especiais em nenhumas das áreas : visual,

mental e física, nem mesmo com dificuldades de aprendizagem

(grande dificuldades).

Pensando na pluralidade cultural e desigualdades sociais, como

realidade em nossa escola e todo contexto educacional, faz-se necessário

compartilharmos, somos sócios de uma mesma realidade, há os que

possuem mais e os que possuem menos cotas desta realidade, (ricos e

pobres), há os que já viveram mais tempo e os que os que escolheram

uma opção diferentes de viver (idosos/homossexuais), e há as pessoas que

são oriundos de nações diferentes, como os negros e os imigrantes (da

época da colonização do país).

Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e

racial, empreender reeducação das relações ético-raciais não são tarefas

exclusivas da escola. As formas de discriminação de qualquer natureza

não devem ter lugar na escola, é necessário que se constituam em espaço

democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas

que visam a uma sociedade justa. A escola tem papel prepondera para

eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos

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discriminados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais

e raciais.

Pedagogias de combate ao racismo e a discriminações elaboradas

com o objetivo de educação das relações étnico/raciais positivas tem

como objetivo fortalecer entre os negros e despertar entre os brancos a

consciência negra. Tais pedagogias precisam estar atentas para que

ambos negros e brancos tenham o mesmo acesso a educação.

A obrigatoriedade da inclusão de história e cultura Afro-Brasileira

e Africana nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão

política, com fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de

professores. È importante destacar que não se trata de mudar um foco

etnocêntrico marcadamente de raiz europeu por um africano, mas de

ampliar o foco dos currículos escolares para as escolas, voltadas a

diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira. A escola ao

desenvolver suas ações deve fazer a conexão dos objetivos, estratégias de

ensino e atividade com experiências de vida dos alunos e professores,

valorizando aprendizagens vinculadas ás suas relações com as pessoas

negras, brancas, mestiças, negras, índias no conjunto da sociedade.

A proposta visa à melhoria da qualidade do atendimento às

diferenças de qualquer aluno o que exige além da promoção do seu

desenvolvimento, a avaliação da permanência e eficácia dos serviços

prestados no ensino regular. A escola deverá desenvolver mecanismo

próprio para os casos especiais. É preciso desenvolver todo um aparato

para receber este aluno e fazer com que o mesmo seja incluído no

contexto social.

Queremos enfatizar a importância de uma educação de qualidade

que envolva o educando e leve-o a construir valores, respeito e

integração, procurando, buscar sempre o bem comum. Dessa forma,

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priorizar o conhecimento e a formação integral do educando é antes de

tudo lutar por democracia e cidadania.

São pessoas que possuem os mesmos direitos e deveres perante a

lei, são acima de tudo cidadãos, nesta perspectiva a escola deve

oportunizar a esses o diálogo, para que possam ser reconhecidos e

valorizados, a sala de aula é um meio privilegiado para trabalhar os

valores, o espaço da escola é propício para desatacar e conscientizar

sobre as diferenças ao mesmo passo que trabalha conteúdos.

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ATO CONCEITUAL

Concepção de sociedade, homem, educação, conhecimento, escola,

ensino-aprendizagem, avaliação ;

A sociedade é a mediadora do saber e da educação, mas não tem

sido justa devido aos problemas do capitalismo e má distribuição de

renda, a sociedade que buscamos é a que oportuniza a participação

efetiva dos indivíduos que a compõem.

O homem tem se demonstrado em sua maioria passivos e

submissos, dominados pela ideologia da mídia, a escola precisa de um

homem que seja transformador da realidade na qual está inserido,

partindo do pressuposto de que pode escrever a sua história de uma

maneira crítica, construtiva, traçando metas e buscando alcança-las, sem

prejudicar o meio onde vive.

O homem vive ladeado em constantes mudanças, transformações

em seu meio, a tecnologia está presente no dia-a-dia, seja na utilização de

calculadoras e de computadores na lojas e todo tipo de estabelecimento

comercial. A tecnologia foi desenvolvida pelo homem para o homem a fim

de beneficiá-los em seu cotidiano, sua utilização correta depende

exclusivamente dos que a detém. A escola deve oportunizar o acesso as

tecnologias a fim de formar bem seus educandos.

A educação que buscamos é a que está voltada para a

transformação social, sendo esta libertadora, crítica e humanitária.

Oportunizando ao educando um conhecimento científico, político e

cultural visando a formação de cidadãos críticos e conscientes de seu

papel, sendo um indivíduo capaz de interagir com o outro e com o meio

ambiente de forma equilibrada.

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A educação deverá cumprir sua função, instrumentalizando os que a

ela tiverem acesso para exercer a cidadania e transformar a sociedade,

quando dela saírem. Portanto a escola deverá contemplar em sua

MATRIZ CURRICULAR, além dos conteúdos universais, outros que visem

a integração com a comunidade promovendo a manutenção de práticas

tradicionais como jogos, gincanas, passeios educativos, já que para

muitos é única forma de lazer e cultura. A prática pedagógica deve

permear também pelos temas transversais visando a formação para a

cidadania, sem se desvincular do CURRÍCULO.

O conhecimento é construído através das relações de trabalho dos

homens. Esse conhecimento é influenciado pelo modo de produção, é

percebido quando há manifestação de mudanças de atitudes e

comportamentos, frente as situações vividas e a prática social. O

conhecimento possibilita a transformação social.

Precisamos valorizar uma cultura de atualização voltada para a

diversidade e priorizar nossas raízes. Precisamos trabalhar com

conhecimento que contribuam coma vivência do aluno em sua leitura de

mundo, seja ele, cultural, humano ou tecnológico.

Na comunidade escolar torna-se essencial manter uma relação de

autonomia de forma descentralizada e bem distribuída, mais democrática

e participativa, uma relação que forme autocrítica e o auto-conhecimento.

A escola da qual tratamos é uma escola de Campo, Nesse sentido, o

conceito de campo busca ampliar e superar a visão do rural como local de

atraso, no qual as pessoas não precisam estudar ou basta uma educação

precarizada e aligeirada.

Campo, nesta concepção, é entendido como lugar de vida onde as

pessoas produzem conhecimento na sua relação de existência e

sobrevivência. Há uma produção cultural no campo que deve se fazer

presente na escola. Os conhecimentos desses povos precisam ser levados

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em consideração, melhor, são o ponto de partida das práticas

pedagógicas na Escola do Campo. Sendo assim, esta compreensão de

campo vai além de uma definição administrativa, configurando-se como

um conceito político, ao considerar as especificidades dos sujeitos e não

apenas sua localização espacial e geográfica (Veiga, 2003) .

Concebendo o campo como mais do que um espaço de produção

agrícola e pecuária, podemos afirmar que seus sujeitos no Paraná são as

populações ribeirinhas, pequenos agricultores, quilombolas, pescadores,

camponeses - nas mais diferentes denominações (meeiros, bóias-frias,

sem-terras, etc.), nossa escola é de Campo porque as famílias buscam no

trabalho com a pecuária e a agricultura o seu sustento.

No entanto, a escola que temos é fruto de uma sociedade

capitalista, onde predomina a desigualdade social e excludente. A escola

repassa o conhecimento sem o devido respaldo da sociedade, o que

impossibilita efetivar uma educação prática e funcional que acaba

pendendo para o lado paternalista e não conseguindo acompanhar a

modernidade.

É necessário estabelecer um sistema de avaliação diagnóstica

qualitativa, que preze pelas especificidades do aluno, que sirva para

ressignificar a prática educativa e contemple a sua formação como

cidadão.

A avaliação da aprendizagem escolar adquire

seu sentido na medida em que se articula com

o projeto pedagógico e com seu conseqüente

projeto de ensino. A avaliação, tanto no geral

quanto no caso específico da aprendizagem,

não possui uma finalidade em si; ela subsidia

um curso de ação que visa construir um

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resultado previamente definido. (LUCKESI,

Cipriano, 2003).

É neste sentido que devemos ter em mente a avaliação da

aprendizagem como um trabalho do projeto educativo, como um processo

de assimilação ativa do legado cultural já produzido pela saudade: a

filosofia, a ciência, a arte, a literatura. A pratica da avaliação em nossas

escolas, é o resultante da aprendizagem, é uma medida, como forma de

comparar grandezas, tomando uma como padrão e outra como objeto a

ser medido. O professor aplica medidas para a obtenção das informações,

como testes, produzidos segundo normas e critérios técnicos,

transformando os resultados medidos em nota ou conceito dá-se por meio

do estabelecimento de uma equivalência simples entre acertos e pontos.

As notas e conceitos, em princípio, expressam a qualidade que se atribui

à aprendizagem do educando, medida sob acertos e pontos.

O ato de avaliar é uma coleta, análise e síntese dos dados que

configuram o objeto da avaliação, acrescido de uma atribuição de valor

ou qualidade. É importante avaliar com rigor científico e técnico.

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ATO OPERACIONAL

Na escola cada profissional têm suas atividades a serem

desenvolvidas, cada qual com as atribuições que lhe são peculiares.

As atribuições do diretor são: as de submeter o Plano Anual de

trabalho à aprovação do conselho escolar; convocar e presidir as reuniões

do Conselho Escolar, tendo direito a voto, somente nos casos de empate

das decisões ocorridas nas assembléias; elaborar planos de aplicação

financeiros, respectiva prestação de contas e submeter à apreciação e

aprovação do conselho escolar; elaborar e encaminhar a SEED, as

propostas de modificações aprovadas pelo conselho escolar; institui

grupos de trabalho ou comissões encarregadas de estudar e propor

alternativas de solução, para atender os problemas de naturezas

pedagógicas, administrativas e situações emergências.

Cabe ao diretor propor a SEED, após a aprovação do Conselho

escolar, alterações na oferta de serviço de ensino prestado pela escola,

extinguindo ou abrindo curso, ampliando ou reduzindo o número de

turnos e turmas e a composição das classes; coordenar a implantação das

diretrizes pedagógicas emanadas da SEED; cumprir e fazer cumprir a

legislação em vigor, comunicando ao conselho escolar e aos órgãos da

administração; reuniões, encontros, grupos de estudos e outros eventos;

exercer as demais atribuições decorrentes a sua “função”, ; administrar o

patrimônio escolar em conformidade com a Lei Vigente; manter e

promover relacionamentos cooperativos de trabalho com professores,

alunos, pais.

Nossa escola segue um calendário elaborado segundo as

especificidades da SEED, devidamente aprovado pelo NÚCLEO

REGIONAL de Educação, o mesmo contempla o início e o término do

período, as férias para professores e alunos, a época de planejamento,

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dias destinados a reuniões e pré-conselho de classe, feriados, dias

santificados e recessos no estabelecimento, dias de comemoração

estabelecidos pela lei e períodos destinados a capacitação docente

(grupos de estudos e cursos) .

A equipe pedagógica, é o órgão responsável pela coordenação,

implantação e implementação, no estabelecimento de ensino, das

diretrizes pedagógicas emanadas pela SEED. Quando a escola contempla

da equipe pedagógica os profissionais que compõem a mesma são:

Supervisor de ensino (nossa escola não contempla), orientador

educacional (nossa escola não contempla), Corpo docente e Bibliotecário

(nossa escola não contempla).

As atribuições da equipe pedagógica são: subsidiar a direção com

critérios para a definição do calendário escolar, organizações das classes,

do horário semana e distribuição de aulas; elaborar com o corpo docente,

o currículo pleno do estabelecimento de ensino; elaboração do

regulamento da biblioteca e outros espaços da escola; acompanhar o

processo de ensino aprendizagem, atuando junto aos alunos e pais, no

sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua

melhoria; subsidiar o diretor e o conselho escolar com os dados e

informações relativas aos serviços de ensino prestados pelo

estabelecimento de ensino e rendimento do trabalho escolar.

A equipe pedagógica orienta e acompanha o Processo de

RECUPERAÇÃO Paralela a serem proporcionados aos alunos de baixo

rendimento escolar; analisando e emitindo parecer sobre a adaptação de

estudos; propor à direção a implantação de projetos de enriquecimento

curricular a serem desenvolvidos pelo estabelecimento e coordena-los, se

aprovados; coordenar o processo de escolha dos livros didáticos; instituir

uma sistemática permanente de avaliação do plano anual da escola;

participar sempre que convocado de: cursos, seminários, reuniões,

encontros, grupos de estudos e outros eventos.

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O Corpo Docente é constituído pelos professores concentrados de

acordo com as normas dos órgãos competentes. O professor, além dos

direitos assegurados pelo estado, combinado com a legislação aplicável,

tem o direito de requisitar todo o material didático que julgar necessário

às aulas, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino; utilizar-

se de livros da biblioteca e também dependências da escola, ter acesso as

fitas de vídeo, opinar sobre os programas, planos de curso e métodos

utilizados e adoções de livros didáticos, propor a direção medidas que

objetivem o aprimoramento de métodos de ensino e avaliação, da

administração e da disciplina, comunicar a direção as faltas dos alunos,

para a tomada das medidas necessárias à correção das mesmas.

O professor ou especialista de educação tem o dever constante de

considerar a relevância social de suas atribuições, cabendo-lhes manter

conduta mora, funcional e profissional, adequada à dignidade do

magistério observando as normas: cumprir e fazer cumprir ordens dos

superiores, hierárquicos bem como os horários e calendários escolares,

manter o espírito de coordenação e solidariedade com os colegas.

A utilização de processos de ensino aprendizagem que não se

afastem do conceito atual de educação e aprendizagem; incutir nos

alunos, pelo exemplo o espírito de solidariedade humana, de justiça e

cooperação, o respeito às autoridades constituídas e o amor à Pátria,

empenhar-se pela educação integral do educando; comparecer ao

estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinário e

extraordinários também são atribuições ao professor.

Cabe ao professor, sugerir providências que visem à melhoria do

ensino e seu aperfeiçoamento, participar no planejamento das atividades

relacionadas com a educação, zelar pela economia de material do Estado

ou do Estabelecimento. A devolução de materiais retirados do

estabelecimento, guardar em sigilo os assuntos da escola, freqüentar

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cursos para aperfeiçoamento profissional; apresentar-se decentemente

vestido para o trabalho, proceder de maneira digna em sua vida

particular.

O professor deve usar sua autoridade em sala de aula, evitando

sempre que possível a intervenção do diretor para que sua autoridade

não seja diminuída perante a classe.

É competente ao Corpo docente, a elaboração do currículo escolar

junto a equipe pedagógica, escolher os materiais didáticos, desenvolver

atividades em sala com vista à aprendizagem do aluno, promover e

participar de reuniões de estudos, encontros, curso e seminários;

assegurar que não haja discriminação no ambiente escolar, proporcionar

a recuperação paralela, ministrar os dias letivos e horas aulas

estabelecidos, colaborar com as atividades de articulação da escola, com

as famílias e comunidade.

O CORPO DISCENTE é constituído pelos alunos. O aluno além dos

direitos que lhes são outorgado por toda a legislação aplicável e o

estatuto da criança e adolescente, tem o direito de requisitar todos os

livros didáticos que serão utilizados pela Escola, ter assegurado que o

estabelecimento de ensino cumpra a sua função de efetivar o processo de

ensino e aprendizagem, tem igualdade de condições para o acesso e

permanência no estabelecimento de ensino. Ser respeitado sem qualquer

forma de discriminação. Participar das aulas e demais atividades

escolares, respeitando o horário de inicio e término das mesmas.

È de competência do corpo discente manter e promover relações de

cooperação no ambiente escolar, realizar as tarefas escolares definidas

pelos discentes, participar de todas as atividades curriculares

programadas e desenvolvidas pelo estabelecimento de ensino.

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A equipe administrativa e de apoio são setores da escola que dão

suporte ao funcionamento de todos os setores do estabelecimento de

ensino; proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas

reais funções.

A secretaria por sua vez é o setor que tem a seu encargo todos os

serviços de escrituração escolar e correspondência do estabelecimento,

os mesmos são coordenados e supervisionados pela Direção ficando a ela

subordinados.

O cargo de secretário é exercido por um profissional devidamente

qualificado para a função, indicado pelo diretor do estabelecimento de

acordo com as normas da SEED, a este profissional compete, cumprir e

fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos.

Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretária aos

seus auxiliares, redigir a correspondência que lhe for confiada, organizar

e manter em dia as determinações legais, elaborar relatórios e processos

a serem encaminhados a autoridade competente, apresentar ao diretor

os documentos em tempo hábil para a sua assinatura, manter organizado

o protocolo e arquivo escolar, bem como os documentos do aluno e

autenticidade dos mesmos.

Os serviços gerais da escola, estão a cargo de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino,

sendo coordenado e supervisionado pela direção e a ela subordinados.

Aos serventes, competem principalmente a limpeza e manutenção

da ordem das instalações escolares, providenciando junto ao responsável

o material e produtos necessários e zelando pela economia bom uso dos

mesmos, não interferir nem perturbar o trabalho dos professores e

demais servidores em suas funções.

A merendeira tem por função, preparar e servir a merenda

escolar, controlando-a quantitativamente, efetuar a limpeza da cozinha e

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seus pertences, informar ao diretor as condições do estoque, conservar o

local do preparo dos alimentos em boas condições de organização e

limpeza. Observar se os alimentos estão dentro do prazo de validade, se

estão dentro do tempo de preparo. É importante lembra que a pessoa que

prepara os alimentos não pode ser a mesma que limpa os sanitários.

Ao vigia cabe, efetuar as rondas periódicas de inspeção, com vistas

a zelar pela segurança do estabelecimento de ensino, impedir a entrada,

no prédio ou áreas adjacentes de pessoas estranhas e sem autorização,

fora do horário do trabalho, como medida de segurança; zelar pelo prédio

e suas instalações, procedendo aos reparos que se fizerem necessários e

lavando ao conhecimento de seu superior. A defesa da boa aplicação dos

padrões da ética, da moral e bons costumes no relacionamento entre os

educandos , também cabem ao vigia.

A distribuição dos alunos por turma segue a norma legal, vigente

em todo o Estado do Paraná. O tempo escolar é contado em série (5ª , 6ª,

7ª e 8ª série), as aulas são distribuídas aos professores de acordo com o

número das turmas e quantidades previstas de aulas de cada disciplina

para cada turma de acordo com as normas da SEED e a Organização

Curricular Utilizada é por disciplinas, a periodicidade do registro de

avaliação é bimestral e efetivado por meio de notas. Nossa escola não

consta de Intervenções Pedagógicas como sala de apoio, sala de recurso e

também contra-turnos entre outras.

As reuniões de pais são realizadas ao fim de cada bimestre,

avaliando o desempenho das turmas em todos os aspectos, os pais são

informados da vida escolar de sues filhos, tem o momento aberto a

questionamentos aos professores e também diretores.

Por meio das reuniões estabelece vínculos entre as famílias e

escola, por meio de leituras de mensagens, realização de dinâmicas de

modo que a reunião seja uma atividade prazerosa às famílias.

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É por meio das reuniões que a escola estabelece parcerias com as

famílias para o melhor acompanhamento da vida escolar dos filhos,

observando a realização dos trabalhos, os cuidados com o material

didático, a escola por sua vez analisa se está oferecendo a educação

objetivada pelas famílias, se as suas práticas estão a contento.

Além das reuniões da Escola promove Festividades envolvendo as

famílias como confraternizações de encerramento do Semestre, Jantar de

Formatura em despedida as turmas de 8ª séries, e também festividades

aberta a toda a comunidade como a Tradicional Festa Junina.

A Escola Estadual José de Alencar, fica situada no ponto central da

Comunidade do Pocinho, é um local de fácil acesso a toda a comunidade,

assim sempre que possível ou mesmo necessário oferta palestras a toda a

comunidade, especialmente as que visam a melhora da qualidade de vida

de todos os moradores, como a qualidade da água com os profissionais da

Sanepar, o bom uso da energia-elétrica (Copel), técnicas de cultivo e

cuidados com o solo, lavoura e criações de animais (Coamo, Emater).

Instâncias Colegiadas

A APMF Associação de Pais de mestres do ensino Fundamental, é

uma pessoa jurídica do ensino, sendo uma instituição auxiliar do

estabelecimento destinada a promover a integração da família na escola e

na comunidade, colaborando assistência ao educando e aprimoramento

do ensino. Tem a tarefa de mobilizar recursos materiais, financeiros e

humanos da comunidade, para assistência ao educando e para a melhoria

do estabelecimento de ensino, assegurando-lhe condições de eficiência

escolar.

A APMF é organizada para promover o entrosamento entre pais,

alunos, professores, comunidade, através do desenvolvimento de

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atividades sócio cultural – desportiva; mobilizando recursos materiais,

financeiros e humanos, recebendo doações voluntárias, contribuindo

para a conservação do aparelhamento do estabelecimento, representando

os interesses dos pais junto a direção, orientando e apreciado a aplicação

das receitas oriundas das cobranças comunitárias.

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva,

deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer , o PPP da escola,

critério relativos á sua ação, organização, funcionamento e

relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e

compatíveis com as diretrizes e políticas educacionais traçadas pela

secretária de estado da educação; o conselho escolar tem finalidade de

promover a articulação entre vários seguimentos organizados da

sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficiência e a

qualidade de seu funcionamento.

O Conselho Escolar é constituído pelo diretor, representante da

equipe administrativa, representante dos professores, representante dos

alunos, representante dos pais ou responsáveis por alunos devidamente

matriculados.

São atribuições do conselho escola: análise e aprovação do plano

anual do estabelecimento de ensino; acompanhamento e avaliação do

desempenho do estabelecimento; analisar projetos propostos por todas as

categorias que compõem a comunidade escolar, no sentido de avaliar

suas necessidades de implantação e aprovar se for o caso; apreciar e

julgar o plano financeiro da escola e a prestação de contas.

O conselho se reúne ordinariamente por bimestre, tendo a reunião

marcada com setenta e duas horas de antecedência no mínimo. As

reuniões extraordinárias também são marcadas com antecedência, há um

livro próprio para os registros das reuniões.

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O Pré-Conselho de Classe

O Pré-Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza

consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação

restrita a cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo

avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os

procedimentos adequados a cada caso.

O Pré-Conselho de Classe tem por finalidade estudar e interpretar

os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor, na

Direção do processo de ensino-aprendizagem, proposto pelo plano

curricular, acompanhando e aperfeiçoando o processo de aprendizagem

dos alunos; analisando os resultados da aprendizagem na relação com o

desempenho da turma, organização dos conteúdos e o encaminhamento

metológico; utlizando procedimentos que assegurem a comparação com

parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a

comparação de alunos entre si.

O Pré-Conselho de Classe é constituido pelo Diretor e por todos os

professores atuantes. A presidência do conselho está a cargo da diretora

que em sua falta, pode ser substituído por um dos professores presentes.

As reuniões são realizadas ordinariamente ao final de cada

bimestre, em data previstas no calendário escolar, e extraordinariamente,

sempre que houver um fato relevante. O Pré- Conselho de Classe reúne-

se ordinariamente no prazo de convenção de quarenta e oito horas de

antecedência.

Tem atribuições específicas na escola sendo: a emissão de parecer

sobre assuntos referentes ao processo de ensino aprendizagem,

respondendo a consultas feitas pelo diretor. Analisar as informações

sobre os conteúdos de avaliações que afetem o redimensionamento

escolar; propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento

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escolar, tendo em vista à cultura do educando, integração e

relacionamento com os colegas da classe.

O estabelecimento de planos viáveis de recuperação dos alunos, em

consonância com o plano curricular, decidir sobre a aprovação ou

reprovação de alunos que após apuração dos resultados finais, não

atinjam o mínimo solicitado pelo estabelecimento de ensino, levando-se

em consideração o desenvolvimento do aluno.

As reuniões do conselho de classe serão lavradas em livro ata

específico, divulgado aos interessados. Durante o ano letivo são

realizados ordinariamente cinco conselhos de classe.

O primeiro ao fim do primeiro bimestre, faz-se um diagnóstico das

dificuldades encontradas e propõem-se soluções conjuntas. O segundo e o

terceiro, apresentam os resultados das avaliações, traçando-se um

paralelo entre o primeiro, após o diagnóstico das dificuldades

encontradas, sendo solicitado a presença dos pais junto à escola a fim de

solucionar dificuldades sobre o desempenho dos alunos.O quarto

conselho e conselho final é realizado ao fim do semestre e também ao

final do ano, quando os professores terão a importante função de avaliar

o desempenho anual dos alunos, destacando o progresso e as dificuldades

que se verifiquem no decorrer do ano letivo.

O Pré-Conselho de Classe deverá analisar; baseando nos

indicadores de melhorias e não aproveitamento do aluno, durante o

período letivo; considerar se o aluno está em condições de prosseguir os

na séries seguintes. Avaliar o aluno na sua totalidade, o seu desempenho

e crescimento ao longo do período letivo e sua prática social.

Intenção de acompanhamento aos egressos :

A verificação da aprendizagem escolar é uma avaliação em

todos os aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os

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dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de

acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem

como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

A recuperação dos estudos cujo aproveitamento foi insuficiente

poderá obter aprovação mediante recuperação de estudos, proporcionada

pelo estabelecimento. Os alunos de baixo rendimento escolar será

proporcionada recuperação de estudos e os conteúdos da disciplina em

que o aproveitamento foi insuficiente.

A recuperação dos estudos será planejada, constituindo-se num

conjunto integrado ao processo do ensino, além de se adequar às

dificuldades dos alunos. Deverá constituir um conjunto integrado ao

processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos,

podendo assumir várias formas tais como: pesquisas, relatórios a partir

de vídeos, atividades individuais e em grupos.

No que se refere a matrícula, esta é um ato formal, que vincula o

educando ao Estabelecimento de ensino autorizado, conferindo-lhe a

condição de aluno. Ë requerida pelos pais ou responsáveis, quando menor

de 18 anos, e deferida pelo diretor do estabelecimento, em conformidade

com os dispositivos regimentais no prazo de sessenta dias.

A Matrícula Inicial é a realizada no prazo pré determinado, a

Matrícula Tardia é realizada após este prazo e poderá ser efetuada

enquanto houver vaga. A renovação da Matricula far-se á mediante

manifestação expressa do interessado, por época prevista no calendário

escolar. A Matrícula Inicial extraordinária e fora dos prazos determinados

pela escola, poderá ser efetuada se o aluno tiver a idade prevista para o

ensino fundamental e se encontrar fora da escola. Tendo direito a mesma

o aluno que comprovar a impossibilidade de ter sido matriculada na

época determinada.

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A matrícula para prosseguimentos de estudos é facultada ao

interessado, por não ter renovada matrícula em tempo hábil ou ter

desistido dos estudos no decorrer do período letivo não mais mantém

vínculo com o estabelecimento onde esteve matriculado, e pretende

prosseguir nos estudos.

A matrícula por transferência é aquela pela qual o aluno, ao se

desvincular do estabelecimento de ensino, vincula-se ato continuo, a

outro congênere, para prosseguimento dos estudos em curso. A

transferência feita para estabelecimento não autorizado estará

invalidado, permanecendo o vínculo do aluno com o estabelecimento de

origem . Os registros referentes ao aproveitamento e assiduidade do

aluno, até a época da transferência, são atribuições exclusivas do

estabelecimento de origem devendo ser transpostos para a documentação

escolar do aluno no estabelecimento de destino.

A Escola estadual José de Alencar, oferta Matrícula e possibilidade

de estudos em Regime de Progressão Parcial, ao aluno reprovado em até

três disciplinas ou área de conhecimento da série, fase, disciplinas ou

áreas nas quais reprovou. O Regime de progressão parcial exige, para

aprovação, a freqüência prevista de 75% (setenta e cinco por cento) e o

aproveitamento mínimo de 6,0 (seis vírgula zero).

O Estabelecimento oferece as adaptações de estudos aos alunos

que necessitarem. Adaptações de estudos é o conjunto se atividades

didático de fins pedagógicos desenvolvidas, sem prejuízo das atividades

normais da série ou período, em que o aluno se matricular, para que se

possa segui, com proveito o novo currículo.

As adaptações são ministradas as disciplinas da Base Nacional

comum, podendo ser realizadas durante os períodos letivos ou entre eles,

deverão ser concluídas no mesmo ano letivo para o qual for aceita a

transferência, antes do resultado final do mesmo. O processo de

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adaptações deverão garantir a seqüência dos conteúdos programáticos e

assegurar o mínimo de conteúdos curriculares e de carga horária

estabelecidos para o ensino fundamental.

Para a efetivação do processo de adaptações deverá garantir a

seqüência dos conteúdos programáticos e assegurar o mínimo de

conteúdos curriculares e de carga horária estabelecidos para o ensino

fundamental.

A Escola oferta, a Matrícula em Regime de Progressão Parcial, ao

aluno reprovado em até três disciplinas ou áreas de conhecimento da

série, fase, disciplinas ou áreas de conhecimento em que reprovou. O

regime de progressão parcial exige, para aprovação, a freqüência de 75

% (setenta e cinco por cento) e o aproveitamento mínimo de (6,0) (seis

vírgula zero).

A instituição, oferta plana especial de recuperação dos estudos

especial aos alunos, quando houver impossibilidade do educando

freqüentar a dependência em turno concomitante. O Plano Especial de

Estudos deverá integrar a pasta individual do aluno, este contemplado

pela Progressão Parcial de estudos, estará reprovado caso não passe em

uma delas, devendo cursar novamente a série.

A escola expedirá o certificado de conclusão de curso após o

atendimento integral do currículo pleno e da perspectiva carga horária,

observando os mínimos exigidos por lei e eliminados as dependências

ocorridas ao longo do curso.

Critérios de organização interna da escola

Todos os espaços da escola são locais de aprendizagem, nossa

escola além das quatro salas de aulas possui uma biblioteca, e a

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videoteca (móvel). A Biblioteca constitui-se como um espaço pedagógico,

cujo acervo está a disposição de todos da comunidade escolar. O acervo

bibliográfico é fornecido pela SEED; também adquirido com recursos

próprios da escola e doações de terceiros.

A biblioteca está a cargo dos profissionais da administração da

escola, pois não temos bibliotecário, que zelam pelo uso devido dos

alunos e manutenção do acervo. É um local para a consulta local dos

livros, periódicos e outros materiais informativos, empréstimos de livros e

apoio à pesquisa escolar aos alunos.

Os usuários da biblioteca são os alunos, professores, funcionários e

a comunidade, tendo o direito do acesso livre e democrático ao acervo,

recebendo um tratamento de boa qualidade. Os mesmos devem respeitar

as normas estabelecidas pelo regulamento de devolução do livro no prazo

certo ou seja, o livro pode ser renovado por duas vezes consecutivas; é

preciso respeitar as normas de preservação do acervo colaborando com a

sua conservação, é preciso permanecer em silêncio durante as pesquisas

individuais e ou grupos.

É vedado aos usuários da Biblioteca adentrar no recinto com bolsas

ou similares bem como ameaçar o acervo com objetos cortantes ou outros

que danifiquem os livros.

A Escola, Estadual José de Alencar, não possui um espaço para o

funcionamento, da videoteca, a mesma se encontra adaptada junto a sala

da 8ª série e também com o vídeo –móvel. A videoteca mesmo adaptada,

se constitui um espaço educativo da escola, destinado a capitação,

gravação e apresentação, de programas educacionais, tendo por objetivo

a preparação de alunos conscientes, críticos e capazes de atuar

participativamente na sociedade na qual estão inseridos.

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São ofertados os seguintes serviços; acesso ao acervo para uso local

e empréstimo, assessoramento nas sessões de vídeo. São direitos dos

usuários da videoteca, ter acesso à sala acompanhados do professor

(quando aluno), receber atendimento de qualidade, assistir programas de

vídeos como apoio às aulas, ou recursos para o trabalho. É necessário

fazer o agrupamento prévio da utilização da videoteca.

A informática também é um recurso do processo educacional,

consiste no uso da tecnologia da informação, ou seja de informações

armazenadas em meio magnético, para o desenvolvimento de atividades

educativas, individuais ou coletivas, com o objetivo de ampliar as

possibilidades de acesso e manipulação das informações, como também

de desenvolvimento e aprimoramento dos processos cognitivos através de

softwares ou hardware. Não se trata do uso do computador

exclusivamente, nem mesmo do seu uso num ambiente reservado dentro

da escola. A informática aplicada a educação pressupõe a incorporação

deste novo paradigma tecnológico perpassando por todos as atividades e

espaços escolares e sendo incorporada por todos os sujeitos que

interagem neste ambiente.

O computador para desenvolver habilidades ou reforçar conteúdos

pode ser utilizado dentro de um conjunto mais amplo de atividades, em

momentos pontuais no processo de ensino/aprendizagem. O professor

tem que estar capacitado para atuar nestes momentos, e também ter

condições de pensá-los no contexto geral do seu trabalho . O professor

deve sempre procurar a atualização profissional quanto pessoal. Quando

o computador é usado para passar a informação ao aluno, o computador

assume o papel de máquina de ensinar, e a abordagem pedagógica é a

instrução auxiliada por computador. Geralmente os software que

implementam essa abordagem são os tutoriais, os software de exercício-

e-prática e os jogos.

A Internet pode permitir a comunicação e o compartilhamento de

recursos e dados com pessoas em sua rua ou ao redor do mundo. Uma

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das maiores vantagens da Internet é que ela é uma ferramenta que

fornece acesso a uma enorme quantidade de informações que estão

disponíveis em todo o mundo. A Internet é um meio que poderá conduzir-

nos a uma crescente homogeneização da cultura de forma geral e é,

ainda, um canal de construção do conhecimento a partir da

transformação das informações pelos alunos e professores.

As redes eletrônicas estão estabelecendo novas formas de

comunicação e de interação onde a troca de idéias grupais,

essencialmente interativa, não leva em consideração as distâncias físicas

e temporais. A vantagem é que as redes trabalham com grande volume de

armazenamento de dados e transportam grandes quantidades de

informação em qualquer tempo e espaço e em diferentes formatos.

Os professores estão sendo convocados para entrar neste novo

processo de ensino e aprendizagem, nesta nova cultura educacional, onde

os meios eletrônicos de comunicação são a base para o compartilhamento

de idéias e ideais em projetos colaborativos.

Princípios da Gestão Democrática

A formação continuada dos Profissionais da Educação, tornou-se

uma meta de políticas educacionais nos últimos anos. A formação

continuada do Magistério é parte essencial da estratégia de melhoria da

qualidade de educação.

O acesso à informação é fundamental, imprescindível para o desenvolvimento de um estado democrático, e caberá à educação um papel fundamental nesse sentido, jamais chegaremos a uma sociedade informatizada desenvolvida dos códigos instrumentais e as operações em rede se mantiverem nas mãos de poucos iniciados. É portanto, uma questão de sobrevivência das sociedades que os indivíduos saibam operar as novas tecnologias da informação (MORAES, 1987, p. 189)

Em nossa escola a Capacitação continuada ocorre a distância (dos

NREs e SEED) , por meio dos grupos de estudos específicos por

disciplinas, organizados pela SEED e disponibilizados pela instituição,

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acontecem também as reuniões de capacitação descentralizadas, as

capacitações no NRE e os Simpósios na Universidade do Professor.

A escola prima para que seus profissionais tenham acesso aos

eventos de formação continuada, sempre que lhe chegam os convites e

comunicados, a nível de município e de escola.

A hora atividade dos docentes é realizadas pelo mesmos de forma

individualizada, uma vez que o mesmo professor (da disciplina ministra as

aulas em todas as turmas), hora-atividade é o tempo reservado ao

Professor em exercício de docência,

para estudos, avaliação e planejamento.

Segundo a Resolução n.º 305/2004 – SEED, que regulamenta a

distribuição de aulas nos estabelecimentos de ensino na rede estadual de

Educação Básica e estabelece normas para atribuição da hora-atividade;

A Lei Estadual n.º 13 807, de 30/09/2002 que instituiu os 20 % de hora-

atividade.

O acesso e permanência do aluno na escola é um compromisso não

só dos educadores mas de toda a sociedade. A escola por sua vez tem o

papel mais importante, uma vez que o aluno está vinculado a ela em seu

dia a dia, concretizando-os da importância da educação em suas vidas, e

para todo seu futuro, mantendo contanto com a família e os incentivando

a zelar pela educação dos filhos.

Combater à exclusão escolar é responsabilidade de todos,

professores, alunos, pais, funcionários, comunidade. É importante que

toda criança esteja na escola.

O Currículo da Escola Pública

O currículo da escola publica tem passado por diferentes mudanças

ao longo dos anos. Um momento histórico marcou a década de 90 com a

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implantação da LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9394/96 ,

com a elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais DCN, e os PCNs

Parâmetros Curriculares Nacionais, com uma política marcada pelo neo-

liberalismo, propondo as escolas uma ação pedagógica voltada ao

desenvolvimento de competências e habilidades.

A SEED estabeleceu desde 2003 como uma linha de ação prioritária

a retomada da discussão coletiva do currículo. A concepção adotada é de

que o currículo é uma produção social, construído por pessoas que vivem

em determinados contextos históricos e socais, almejando a construção

de uma proposta curricular prescritiva mas vivida e pensada pelas

escolas.

Na reformulação curricular é preciso discutir e levantar os dados da

situação concreta das Diretrizes Curriculares na Rede Estadual de Ensino

do Paraná, discutir as propostas pedagógicas por área de ensino, e os

desafios curriculares para as áreas de ensino de todos os níveis e

modalidade de ensino.

Com um processo coletivo de reformulação curricular, a partir das

bases escolares, onde as reflexões e encaminhamentos sejam os

centradas nos professores é o que se deve primar. Neste sentido a

retomada de discussões pedagógicas e a proposta curricular se faz uma

atividade do cotidiano dos professores, sendo fundamental as reuniões

pedagógicas, hora-atividade, reuniões de estudos, eventos institucionais,

municipais, regionais e estaduais, entre outras.

As diretrizes suregem orientações gerais estabelecidas sendo as

mesmas: O compromisso com redução das desigualdades sociais; a

articulação das propostas educacionais com o desenvolvimento

econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da educação

básica e da escola pública, gratuita de qualidade como direito

fundamental do cidadão; a articulação de todos os níveis e modalidades

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de ensino; e a compreensão dos profissionais da educação como sujeitos

epistêmicos. A velha dicotomia entre fazer e pensar precisa ser rompida

com ações efetivas. Reconhecer que o professor é o sujeito que pensa,

cria, produz e trabalha com conhecimento, é valorizar a sua ação

reflexiva e sua prática.

O trabalho de reformulação curricular é coletivo, de construção por

parte de todos os profissionais da Educação. Em paralelo, este trabalho

deve ser acompanhado pela SEED.

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MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 5ª A 8ª

SÉRIENRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0250 – BARBOSA FERRAZESTABELECIMENTO: 00676 - JOSE DE ALENCAR, E E – E FUND

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4000 – ENS.FUND.5/8 SER TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MODULO: 40

SEMANAS

BASE

NACIONAL

COMUM

SÉRIE

SÉRIE

SÉRIE

SÉRIEARTES 2 2 2 2CIÊNCIAS 3 3 3 4EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO

*1 1 0 0

GEOGRAFIA 3 3 3 3HISTÓRIA 3 3 4 3LINGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4SUB - TOTAL 22 22 23 23

PARTE

DIVERSIFICA

DA

L.E.M. - INGLÊS

** 2 2 2 2

SUBTOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96

* NÃO COMPUTADA NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER

FACULTATIVA PARA O ALUNO.

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Os estudos sobre o Paraná, são ofertados em nossa escola inseridos

nas disciplinas de História e também geografia. Os estudos de Geografia

do Paraná contribuem para a formação do educando, como sujeito

histórico e participativo na construção da cidadania e a valorização do

estado no âmbito Nacional. A História do Paraná favorece a abordagem

de temáticas específicas, atendendo aos interesses das comunidades

locais e regionais.

Trabalho Coletivo

A atividade de ensinar, é sem dúvida a principal do exercício do

magistério e sua efetividade se dá pela habilitação à profissão e pela

prática reflexiva, a escola é uma instituição social, que por natureza

trabalha diretamente com o conhecimento e com o ser humano, que é

constante o desafio de estar em constante processo de discussão e

reelaboração de suas ações para não só acompanhar os processos

evolutivos da sociedade mas para não só acompanhar os processos

evolutivos da sociedade mas para interferir nas necessárias

transformações.

A ausência de um trabalho sistemático com as escolas sobre a base

de sua prática, bem como os saberes que compõem a dinâmica do

trabalho pedagógico, as concepções, os objetivos, as relações de

conteúdos, a metodologia e avaliação são pensamentos no coletivo ou seja

a escola deve trilhar um caminho para todo o corpo docente caminhar

junto.

O trabalho individualizado revela o trabalho solitário do professor.

A prática coletiva possibilita a troca de idéias e experiências,

caracterizando uma efetiva educação. O que se busca não é a perda da

individualidade de cada profissional mas sim da individualismo, a

colaboração é uma ótima forma para o desenvolvimento profissional,

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quando espontânea, poderão atingir os objetivos propostos em sua

totalidade.

A instituição escolar tem cultura própria, produzida pelos

profissionais que a compõem, pensar coletivamente é indispensável para

a efetivação da qualidade do trabalho desenvolvido na mesma.

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PLANO DE AÇÃO ESCOLAR

I Objetivos Gerais :

• Resgatar a auto-estima dos alunos que demonstram desinteresse pela

aprendizagem, proporcionando condições para que os mesmos tomem

gosto e interesse pela aprendizagem e pelo bom andamento da escola;

• Trabalhar valores ( morais, cívicos, cidadania), dentro do ambiente

escolar de forma que estes possam estar refletindo dentro da

comunidade;

• Fazer um trabalho em conjunto (direção, professores e funcionários,

comunidade) para que a escola faça a diferença dentro da

comunidade e que também continue fazendo parte da história do

Município de Barbosa Ferraz;

• Proporcionar condições para que as famílias se envolvam mais e

participem da vida escolar de seus filhos e também continue fazendo

parte da história do Município de Barbosa Ferraz;

• Proporcionar condições para que as famílias se envolvam mais e

participem da vida escolar de seus filhos e também dos vários eventos

que a escola promova no decorrer dos anos participando, dando

sugestões e ajudando a resolver os possíveis problemas que poderão

surgir.

II Ações

• Em conjunto com os professores, proporcionar aulas mais

interessantes em que os alunos possam participar e compartilhar os

conhecimentos trazidos de casa;

• Dar subsídios necessários para os professores (pedagógico e materiais

pedagógicos) para que possam tornar suas aulas de melhor qualidade

possível;

• Promover eventos para que a comunidade possa constatar que a

escola faz a diferença dentro da mesma como : festas juninas,

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comemorações de datas importantes para a comunidade, reuniões com

as famílias mostrando o trabalho da escola.

• Trabalho constante sobre cidadania, civismo dentro da comunidade

escolar;

• Em conjunto com os professores, manter um clima de amizade e

companheirismo com os alunos para que assim possamos estar

orientando, direcionando , dialogando com os alunos sobre seus

comportamentos e atitudes.

• Aumentar o acervo bibliográfico da escola e organizar um ambiente da

leitura ( sala ou um outro ambiente) para incentivar o hábito e o gosto

pela leitura.

III Gestão Democrática

• Buscar parcerias para benefício da escola;

• Oportunizar a participação do educando em vários acontecimentos

escolares;

• Primar pelo trabalho coletivo;

IV Proposta Pedagógica

• Discutir, refletir e analisar no coletivo, quis as necessidades

pedagógicas da escola;

• Valorizar, incentivar e proporcionar momentos de estudos e reflexão

sobre as melhores maneiras de desenvolver a prática pedagógica no

estabelecimento.

• Trabalhar com o aluno a sua valorização enquanto educando, o

respeito mútuo entre professores e alunos.

V Formação Continuada

• Primar pela participação do corpo docente em grupos de estudos e

também encontros de reflexão que possam contribuir para a

qualificação do profissional em exercício;

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VI Qualificação dos equipamentos e espaços :

• Buscar parcerias para o revivamento da horta e do pomar;

• Solicitar junto aos órgãos competentes a reforma da quadra;

VII Especificidades do Local :

• Valorizar e incentivar as amostras dos trabalhos dos alunos a

comunidade, para que o trabalho realizado na escola possa ser

conhecido e valorizado.

• Participação e promoção de festas juninas e outras datas

comemorativas, bem como jogos e atividades recreativas, que possam

promover a participação da comunidade no ambiente escolar.

Responsáveis :

• Direção

• Pais e ou responsáveis

• Alunos

• Professores

• Colaboradores de outros seguimentos ( outras, escolas, igrejas,

associações etc...)

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PROJETOS

Valorizar a vida e o meio ambiente é um saber que começa na

escola, portanto estamos trabalhando a Agenda 21 Escolar, que tem seu

foco na nossa realidade, focando-se em problema levantado pela

comunidade (por meio do questionário sócio-cultural), que é a falta de

produtividade da horta e do pomar, busca-se parcerias para a

revitalização dos mesmo para que produzam alimentos saudáveis,

melhorando a qualidade de vida dos alunos. (Anexo)

A Agenda 21, é indispensável no desenvolvimento do conhecimento

científico, melhorar as avaliações científicas de longo prazo, fortalecendo

as capacidades científicas em todos os setores e fazer com que a ciência

respondam as necessidade da humanidade que vão surgindo. Propõe que

as ciências reavaliem e promovam constantemente tendências industriais.

É um documento que contem compromissos para mudanças do padrão de

desenvolvimento para este século.

Outros projetos mais específicos de cada disciplina, também são

desenvolvidos na escola, centrando-se no objetivo formação global do

educando. ( Ver Anexo)

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ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

A Construção Coletiva deste Projeto Político Pedagógico é um

momento de profunda reflexão em torno dos princípios e finalidades da

escola, assim como a explicação de seu papel social e aclara definição de

caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos

os envolvidos com o compromisso político pedagógico, foi concebido com

base nas diferenças existente entre professores, diretor, pais, alunos e

representante da comunidade local.

O Projeto Político Pedagógico é a organização do trabalho realizado

na escola em todas as especificidades, níveis e modalidades. É norteado

pela condição de igualdade ao acesso ao ato de ensinar e aprender

valorizando os diversos valores culturais.

Os princípios orientadores pressupõem a aprendizagem de

qualidade para todos e a articulação das dimensões técnica ou formal e

política. O Projeto Político Pedagógico requer uma participação de todos

para a construção de um trabalho comprometido com os interesses e

anseios da sociedade. Busca também a valorização dos trabalhadores da

área educacional, garantindo dessa forma qualidade de ensino e sucesso

na tarefa educativa.

A elaboração do texto depende da discussão, a dimensão

pedagógica está na possibilidade de efetivar as finalidades educacionais,

ou seja, a formação do cidadão crítico, responsável criativo e

participativo.

A dimensão política pressupõe a opção e compromisso com a

formação do indivíduo para ocupar seu espaço na sociedade implicando

no esforço coletivo para refletir e estabelecer um direcionamento a fim de

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definir ações educativas e características necessárias ao cumprimento

dos propósitos.

Um projeto é de qualidade quando explicita os compromissos do

curso com a formação do cidadão e do profissional, tendo sua origem

dentro da própria realidade, prevendo condições necessárias ao

desenvolvimento e avaliação implicando a ação de todos os envolvidos

com a realidade escolar. O Projeto Político Pedagógico é uma construção

coletiva, com efeito mobilizador, uma dimensão utópica, ou seja, uma

antecipação do que se deseja.

A escola deve prever a participação de todos no processo de revisão

das articulações específicas e gerais, descentralizando o processo de

decisão delegando poderes. A participação coletiva na construção do

mesmo possibilita as reflexões coletivas favorecendo um bom

relacionamento, descentralização do poder, eliminando o controle

hierárquico e desenvolvendo autonomia, contribui para práticas

fundamentadas na solidariedade no trabalho coletivo.

É necessário haver análise e reflexão crítica sobre os conflitos

enfrentados na comunidade escolar e defesa radical do compromisso de

todos com a qualidade de ensino, levando a democratização para

transformações de situações problemas.

Havendo a construção de uma visão orgânica de acordo com a

realidade explicitando suas contradições e possibilidades num

entendimento das diferentes visões de mundo levando a criação do novo

considerando o já existente, articulando as especificidades das diferentes

funções.

O Projeto Político Pedagógico deve ser calcado nas atitudes de

solidariedade e maior integração, inclusive ética entre a equipe escolar

de acordo com suas funções deve levar em conta a organização de

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trabalhos que visem à melhoria da qualidade de ensino.O currículo deve

ser objetivo e sustentável bibliograficamente, compor uma metodologia

de construção coletiva e não ser um instrumento neutro dentro do

contexto social.

A avaliação dos educadores a respeito da escola é um dos itens do

Projeto Político Pedagógico, a mesma deve buscar o conhecimento e

compreensão dos problemas enfrentados as alternativas para a resolução

dos mesmos deve ser um ato qualificativo e diagnóstico.

A compreensão do mesmo é um ato democrático que busca resolver

os conflitos e contradições voltadas a uma realidade específica. Tal ato é

situacional, pois fala do contexto da escola. O ato conceitual por ter a

concepção da aprendizagem e avaliação em todos os aspectos é um ato

operacional, pois organiza a escola de forma democrática em suas

práticas como: Conselho Escolar, reuniões entre outros como as linhas de

ação para o bom andamento da escola.

Os elementos construtivos do Projeto Político Pedagógico são: as

finalidades, ou seja, o que a escola visa para seus alunos, qual formação

quer oferecer.

A elaboração do Projeto Político Pedagógico no que se refere à

estrutura organizacional é pedagógica determinando as ações

administrativas no que se refere ao ensino, aprendizagem e currículo;

administrativo assegurando os recursos humanos financeiros e físicos. Há

desafios lançados nesta construção na busca de uma nova organização

para o trabalho pedagógico, aperfeiçoando as práticas coletivas

investindo na cultura e cidadania.

O Projeto Político Pedagógico deve primar pela realização de

seminários sobre a educação, a ampliação do processo de formação

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continuada e a democratização do acesso e permanência do aluno na

escola.

As dificuldades enfrentadas na discussão do mesmo se deparam

com confusões conceituais e imprecisão terminológica, as limitações do

trabalho no dia-a-dia da escola, incoerência entre discurso e prática,

resistência ao mesmo e a dificuldade em respeitar o tempo e o espaço dos

envolvidos com o processo educacional.

Este momento se faz um conhecimento mais detalhado da escola e a

comunidade a qual está inserida, conhecendo a sua história e a

especificidade do local. É um documento específico que reflete a

realidade da escola, clareando as ações educativas em sua totalidade.

Estarmos construindo-o significa enfrentar desafios de mudanças e

transformações, tanto na forma como a escola organiza seu processo de

trabalho pedagógico como gestão repensando a estrutura da escola.

Demonstramos neta construção o resultado de um processo complexo de

debates e reflexões realizados no coletivo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Seminário de

Disseminação das Políticas de Gestão Escolar Para Diretores da

Rede Estadual. Maringá PR, 2004.

_______, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Primeiras

Reflexões para a Reformulação Curricular da Educação Básica no

Estado do Paraná. CELEPAR, 2004

________, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Capacitação

descentralizada – curso de diretrizes pedagógicas e administrativas

para a educação básica. 2005

________, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Estudo dirigido

para os professores Pedagogos. NRE de Campo Mourão, 2005.

________, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Projeto de

implantação e criação do fórum da Agenda .NRE de Campo Mourão.

2004

CANDAU, Vera Maria. Reinventar a Escola. Petrópolis- RJ, 2000

DALBEN, Ângela. De Freitas. Concepções de avaliação escolar X

concepções de relação pedagógicas. Campinas SP. Papirus, 2004.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Fundamentos de um projeto político

pedagógico. São Paulo, Cortez, 1994.

LUCKESI, CiprianoCarlos. Verificação ou Avaliação: o que pratica na

escola? São Paulo- SP: Cortez, 2003.

PIMENTA, Selma Garrido. A organização do trabalho na escola.

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REGIMENTO, Escolar – Escola Estadual José de Alencar, Pocinho-

Barbosa Ferraz, 2001.

SANTOS, Zeloi Martins. História do Paraná: Suas Diferentes

Leituras.

SAUL, Ana Maria. Para mudar a prática de avaliação do processo de

ensino-aprendizagem./ Formação do educador e avaliação

educacional: Conferências e mesas redondas. São Paulo-SP, Unesp,

1999.

SOUZA, Yvelise Freitas Arco. Tempos e Mudanças na Prática

Docente: Subsídios para Reflexão sobre a Hora-atividade. SEED-

Curitiba PR. 2004

SAVIANE, Denerval. A Pedagogia Histórico- critica no quadro das

tendências críticas da educação Brasileira.

VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma

construção coletiva. Campinas SP: Papirus, 1995.

WWW.diaadiaeducacao.pr.gov.br

Diretrizes Curriculares

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ANEXOS

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ATA DE APROVAÇÃO PELO CONSELHO ESCOLAR

ATA Nº 02/2005

Aos dezesseis dias do mês de novembro de dois mil e cinco, na Escola

Estadual José de Alencar - Ensino Fundamental, do Distrito do Pocinho,

Município de Barbosa Ferraz. Reuniram-se em Assembléia os membros

do Conselho escolar, para análise e aprovação do Projeto Político

pedagógico. Após a explanação dos objetivos da reunião e da importância

do Projeto Político Pedagógico, na construção de uma educação básica

voltada para a cidadania, pela Diretora e Presidente Viviane Aparecida da

Cruz Oliveira, passou-se a votação sendo aprovado por unanimidade.

Nada mais havendo a constar, encerrou-se a reunião e esta ata será

assinada por mim Viviane Aparecida da Cruz e demais membros

presentes.

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ATA DE APROVAÇÃO PELO CONSELHO ESCOLAR

ATA Nº 01/2007

Aos vinte e dois dias do mês de março de dois mil e sete, na Escola

Estadual José de Alencar - Ensino Fundamental, do Distrito do Pocinho,

Município de Barbosa Ferraz. Reuniram-se em Assembléias os membros

do Conselho escolar, para análise e aprovação do Projeto Político

pedagógico. Após a exposição pela Diretora Viviane Aparecida da Cruz

Oliveira, da importância do Projeto Político Pedagógico, para que o

ambiente escolar seja democrático, com qualidade social, garantindo o

acesso e permanência do aluno, promovendo o seu desenvolvimento.

Passou-se a votação sendo aprovado pro unanimidade Nada mais havendo

a constar, encerrou-se a reunião e esta ata será assinada por todos os

membros presentes.

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ANEXO

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MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 5ª A 8ª

SÉRIENRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0250 – BARBOSA FERRAZESTABELECIMENTO: 00676 - JOSE DE ALENCAR, E E – E FUND

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4000 – ENS.FUND.5/8 SER TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MODULO: 40

SEMANAS

BASE

NACIONAL

COMUM

SÉRIE

SÉRIE

SÉRIE

SÉRIEARTES 2 2 2 2CIÊNCIAS 3 3 3 4EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO

*1 1 0 0

GEOGRAFIA 3 3 3 3HISTÓRIA 3 3 4 3LINGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4SUB - TOTAL 22 22 23 23

PARTE

DIVERSIFICA

DA

L.E.M. - INGLÊS

** 2 2 2 2

SUBTOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96

* NÃO COMPUTADA NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER

FACULTATIVA PARA O ALUNO.

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PROPOSTA CURRICULAR

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR

Tendo como referência o programa de construção das Diretrizes

Curriculares elaborados pela equipe de Superintendência da Educação da

Secretaria Estadual de Educação, adotou-se referenciais teóricos,

metodológicos e orientações para o processo de discussão e construção

desta Proposta Curricular, com base na observação da história

educacional construída no Estado do Paraná, nos princípios políticos

apontados pela atual gestão bem como fundamentos legais em que estes

se sustentam.

Após levantamento da situação concreta da realidade escolar, em

uma avaliação e identificação dos elementos norteadores e ações a serem

desenvolvidas firmou-se o compromisso com os seguintes princípios: o

compromisso com a diminuição das desigualdades sociais; a articulação

das propostas educacionais com o desenvolvimento econômico, social,

político e cultural da sociedade; a defesa da educação básica e da escola

pública, gratuita de qualidade, como direito fundamental do cidadão; a

articulação de todos os níveis e modalidades de ensino, e a compreensão

dos profissionais da educação como sujeitos epstêmicos.

Durante todo o processo de Construção da Proposta Curricular de Ensino,

deste estabelecimento, evidenciou-se a necessidade de reconhecimento

da visão de mundo, de homem e de escola. O que Temos e que Queremos.

Fundamentando-se na concepção de Educação frente à conjuntura

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nacional; os estudos da realidade sócio-econômica e cultural de nossa

região, o perfil do aluno e do professor, da escola e dos órgãos colegiados

que a compõe.

Na construção destas Diretrizes, buscaram-se estratégias para garantir a

participação do coletivo dos profissionais da educação nas discussões.

Nesse propósito, a competência técnica e pedagógica individual dos

professores está cotidianamente a serviço do coletivo da escola cujo

desafio é o zelo pela aprendizagem de todos os alunos, independentes das

condições sociais, econômicas e culturais.

Ao reconhecer as características dos alunos do Ensino Fundamental,

busca-se oportunizar a todos os alunos conhecimentos específicos das

diferentes linguagens. Isso implica questionar práticas excludentes que

ainda persistem no meio escolar e que, se não forem superadas por

encaminhamentos pedagógicos que contemplem todos os alunos no

processo de ensino e de aprendizagem, estarão contribuindo para a

manutenção das desigualdades sociais que marcam a vida de muitos

alunos de nossas escolas.

Tendo consciência da diversidade e dentro dos princípios de uma

pedagogia histórico-crítica, está a preocupação com a educação como

direito de todos; a valorização dos profissionais da educação, o trabalho

coletivo, e a gestão democrática; o atendimento às diferenças,

evidenciando a inclusão, não só das pessoas com deficiências, mas,

buscando atender as diferenças individuais, respeitando as necessidades

de quaisquer dos alunos, pois, o insucesso na escola revela que não são

apenas os alunos portadores de deficiência os que apresentam

necessidades referentes ao processo de aprendizagem e que devem ser

beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou materiais

que promoverão a sua inclusão.

Dentro desta Proposta Curricular, Professores e equipe Técnica

Pedagógica, buscou-se evidenciar a organização do processo de

aprendizagem por meio da flexibilização e adaptações de conteúdos

curriculares (conteúdos, métodos e avaliação), de modo a contemplar a

participação e o sucesso de todos os alunos, considerando seu

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conhecimento prévio, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o

contexto social.

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Encontramos o ensino da Arte presente no Brasil desde o século XVI, com

a ação dos Jesuítas. Durante o período colonial, incluindo onde hoje é o

Estado do Paraná, ocorreu nas vilas e reduções jesuíticas, a primeira

forma registrada de arte na educação.

Essa congregação veio ao Brasil e desenvolveu uma educação de tradição

religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana, bem

como para as Missões Guaranis nos estados do Sul de poder espanhol.

Nas reduções jesuítas, realizaram um trabalho de catequização dos

indígenas com os ensinamentos de artes e ofícios, através da Retórica,

Literatura, Música, Teatro, Dança Pintura, Escultura e outras artes

manuais.

Esse trabalho educacional Jesuítico perdurou aproximadamente por 250

anos, de 1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da

matriz cultural brasileira.

Por volta do século XVIII, busca-se a efetiva superação do modelo

teocêntrico medieval, voltando-se ao projeto conhecido como iluminista,

que tinha como característica marcante a convicção de que tudo pode ser

explicado pela razão do homem e pela ciência.

Em 1808 com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, fugindo da

invasão de Napoleão Bonaparte, inicia-se uma série de obras e ações para

acomodar, em termos materiais e culturais, a corte portuguesa.

No Brasil com a chegada de um grupo de artistas franceses encarregado

da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam

aprender as artes e ofícios artísticos.

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Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa e obedecia ao estilo

Neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica. Esse padrão

estético funde-se com a arte colonial de características brasileiras, como

o Barroco na arquitetura, escultura, talhe e pintura presentes nas obras

de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), na música do Padre José

Maurício, e em outros artistas, em sua maioria de origem humilde e

mestiça, que não recebiam uma proteção remunerada como os

estrangeiros.

Um marco importante para a arte brasileira e os movimentos

nacionalistas foi a Semana de Arte Moderna de 1922, que influenciou

artistas brasileiros, os modernistas Anita Malfatti, Mário de Andrade que

valorizavam a expressão individual e rompiam os modos de

representações realistas.

Considerava que a partir do processo de colonização, a arte indígena, a

arte medieval e renascentista européia e a arte africana constituíram-se

na matriz da cultura popular brasileira.

O ensino de arte teve o enfoque na expressividade, espontaneidade e

criatividade. Essa valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da

Escola Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na genialidade

individual, inspiração e sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte

e procurando romper com a transposição mecanicista de padrões

estéticos da escola tradicional.

A Escola Nova, fundamentada nas teorias de John Dewey e Jean Piaget é

efetivamente estruturada com o artista e educador Augusto Rodrigues em

1948, no Rio de Janeiro, ao criar a 1ª Escolinha de Arte do Brasil, com a

finalidade de desenvolver a criatividade, incentivando a expressão

individual.

O ensino de música tornou-se obrigatório nas escolas, com a nomeação

do compositor Heitor Villa Lobos como Superintendente de Educação

Musical e Artística durante todo o período do governo de Getúlio Vargas.

O ensino de música proposto por Villa Lobos para as escolas foi

fundamental e suas composições expressavam a música erudita e popular

de forma orgânica em suas propostas educativas.

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A Escola de Belas Artes e indústrias foram criada em Curitiba, em 1886,

por Antonio Mariano de Lima que desempenhou um papel importante no

desenvolvimento das Artes Plásticas e da música na cidade,

impulsionando a fundação da futura Universidade Federal do Paraná, em

1912, por Vítor Ferreira do Amaral e da Escola de Música e Belas Artes

do Paraná, em 1948. A escola ofertava cursos para preparação de

profissionais liberais e educacionais como: Auxiliar de Línguas e Ciências,

Música, Desenho, Arquitetura, Pintura, Artes e Indústrias, Propaganda e

Biblioteca.

Das escolas formadas por iniciativas pioneiras, destacam-se também a

criada pelo artista Guido Viaro em 1937, a Escolinha de Arte do Ginásio

Belmiro César, a primeira do Paraná, anterior à famosa Escolinha de Arte

do Brasil, dirigida pelo artista Augusto Rodrigues, fundada em 1948.

A artista Emma Koch, contribuiu significativamente para o ensino de Arte

ao participar da criação do Departamento de Educação Artística da

Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Paraná, acreditava no uso

de temas e de histórias reais ou inventadas, como forma de integração

entre a arte e a vida; entre o conhecimento específico e a experiência do

aluno; valorizando a reflexão e a crítica no ensino de Arte.

A partir dos anos 60 as produções e movimentos artísticos se

intensificaram: nas artes plásticas com as Bienais e os movimentos

contrários a ela; na música com a bossa nova e os festivais; no teatro com

o teatro de rua, teatro oficina e o teatro de arena de Augusto Boal e no

cinema com o cinema novo de Glauber Rocha.

Em 1971 foi promulgada a Lei federal n.5692/71, que no seu artigo 7º,

determina a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino

Fundamental.

O Ensino de Educação Artística passou a pertencer à área de

Comunicação e Expressão. Enquanto o ensino de Artes Plásticas foi

direcionado para as artes manuais e técnicas, a música passou a ser

utilizada para a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.

A partir de 1980, o país inicia um amplo processo de mobilização social

pela redemocratização e para a nova constituinte de 1988.

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De um processo iniciado em 1988 na prefeitura de Curitiba, é elaborado

em 1990, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná no ensino

de 1º e 2º graus. Nesse Currículo, o ensino de arte retoma o seu caráter

artístico e estético visando à formação do aluno pela humanização do

sentido, pelo saber estético e pelo trabalho artístico.

No final dos anos 80 e na década de 90, professores de Arte das escolas

de educação básica, das universidades e profissionais da área que

atuavam em museus, organizaram-se em seminários, simpósios nacionais

e internacionais, constituindo a FAEB – Federação de Arte Educadores do

Brasil: a ABEM – Associação Brasileira de Educação Musical e outras

Associações regionais.

Apoiada nas ações realizadas no decorrer desse processo histórico

recente e na busca de efetivar uma transformação no ensino de Arte, essa

disciplina ainda exige reflexões que contemplem a arte como área de

conhecimento e não meramente como meio para o destaque de dons

inatos, sendo até mesmo utilizada equivocadamente, em alguns

momentos, como prática de entretenimento e terapia. O ensino de Arte

deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se

preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade

construída historicamente e em constante transformação.

Mais do que nunca, o ser humano necessita da Arte e sociedade a exige

na escola, incluída no processo de formação do ser individual e social

enquanto Educação Artística e Educação Estética.

A sociedade contemporânea caracteriza-se por novas tecnologias

associadas a diferentes linguagens: visual, musical, cênica, cibernética,

as quais enfatizam a imagem, o som e o movimento, estabelecendo um

dialogo, por meio de um vocabulário gramatical, visual, musica, com

símbolos próprios que expressam uma intenção e uma representação de

mundo.

Arte é conhecimento. Ela constitui uma necessidade do ser humano. Ela é

alfabetizadora, revelando os símbolos presentes nas imagens, nos sons e

nos movimentos característicos desta era. Estabelecem o dialogo visual,

sonoro e cênico entre o aluno e estes objetos. Precisamos desmistificar a

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Arte como um fazer dissociado de um saber ou ainda um saber para

poucos “dotados”. A Arte tem de ser entendida e percebida em sua

globalidade. Deve trabalhar com a essência do ser humano, em que o

sensível, o perceptível e o reflexivo atuam e interagem com as mesmas

propriedades, por meio da Educação Artística e da Estética.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Trabalhar os ELEMENTOS FORMAIS que são elementos da cultura

e são observadas nas produções humanas, e na natureza; sendo a

matéria prima para produção artística e o conhecimento em arte.

• Perceber que a produção artística acontece por meio da organização e

desdobramentos dos elementos formais de cada área de arte,

formulando-se assim todas as obras , sejam elas visuais, teatrais,

musicais ou da dança , na imensa variedade de técnicas e estilos

( COMPOSIÇÃO)

• Revelar o conteúdo social da arte por meio dos fatos históricos ,

culturais e sociais que alteram as relações internas ou externas de um

movimento artístico, cada um com suas especificidade, gêneros, estilos

e correntes artísticas( MOVIMENTOS E PERÍODOS)

• Possibilitar o domínio, a fluência e a compreensão estética dessas

complexas formas de expressão que movimentam processos afetivos,

cognitivos e psicomotores desenvolvendo a auto-estima e autonomia, a

capacidade de simbolizar, criar, imaginar, sentir, expressar,

comunicar, analisar, avaliar e fazer julgamentos, contribuindo na

formação do aluno em seu dia-a-dia, tornando-o mais sensível, criativo

e com senso critico mais refinado. A Arte permite a expressividade de

sentimentos, idéias e informações, interferindo no processo de

aprendizagem de todas as disciplinas.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES:

ELEMENTOS FORMAIS

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COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEUDOS ESPECIFICOS DA DISCIPLINA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESÁREAS ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTO

E PERÍODOARTES

VISUAIS

- Ponto

- Linha

- Superfície

- Textura

- Volume

- Luz

- Cor

-

- Figurativa

- Abstrata

- Figura/fundo

- Bidimensiona

l

- Semelhanças

- Contrastes

- Ritmo visual

- Gêneros

- Técnicas

-

- Arte pré-

histórica

- Arte no Egito

antigo

- Arte greco-

romana

- Arte pré-

colombiana

nas Américas

- Arte oriental

- Arte africana

- Arte medieval

- Renasciment

o

- Barroco

- Neoclassicis

mo

- Romantismo

- Realismo

- Impressionis

mo

- Expressionis

mo

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- Fauvismo

- Cubismo

- Abstracionis

mo

- Dadaísmo

- Surrealismo

- Op- art

- Pop-art

- Vanguardas

artísticas

- Arte

brasileira

- Arte

paranaenseMÚSICA - altura

- duração

- timbre

- Intensidade

- Densidade

-

-ritmo

melodia

-harmonia

-Intervalo

melódico

- Intervalo

harmônico

- Tonal

- Modal

- Gêneros

- Técnicas

- Improvisação

- Música serial

- Música

eletrônica

- Música

minimalista

- Musica

renascentista

- Música

Barroca

- Música

clássica

- Música

contemporân

ea

- MPB

- Rock

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TEATRO - Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

- Ação

- Espaço

cênico

- Representaçã

o

- Sonoplastia/

iluminação/ce

nografia/figur

ino/caracteriz

ação/maquia

gem/adereço

s

- Jogos teatrais

- Roteiro

- Enredo

- Gêneros

- Técnicas

- Teatro Pobre

- Teatro do

oprimido

- Arte

engajada

- Teatro direto

e indireto.

DANÇA -Movimento

corporal

-Tempo

- Espaço

- Ponto de

apoio

- Salto e queda

- Rotação

- Formação

- Deslocament

o

- Sonoplastia

- Coreografia

- Gêneros

- Técnicas

- Hip-hop

- Dança

moderna

- Rap, Funk,

Tecno

- Indústria

cultural

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:

• Textos variados;

• Vídeos;

• Palestras, etc.

• Agenda 21;

• Cultura Afro-brasileira

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• Educação Fiscal;

• Preservação do meio ambiente

• Qualidade de vida

• Inclusão

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de arte contribui para o resgate de valores que estão se

perdendo, encontrando nas formas artísticas simbolizações capazes de

ampliar o conhecimento através da imaginação, possibilitando que o

aluno através da criatividade desenvolva potencialidades que a ajude a

compreender sua realidade. É papel do professor mediar, questionar e

mostrar caminhos, abrindo espaço para que o aluno aprenda a relacionar

teoria e prática de modo que possa leva-los a utilizar o aprendizado na

vida cotidiana; respeitando as diferenças existentes entre os educandos

que participam da construção do conhecimento. Dentro deste contexto o

objeto de trabalho é o conhecimento, desta forma devemos contemplar na

metodologia do ensino da arte três momentos da organização

pedagógica: o sentir e perceber, que são as formas de apreciação e

apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa, o

conhecimento que, fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/

perceber e um trabalho artístico mais sistematizado de modo a direcionar

a formação de conceitos artísticos.

A seleção e organização dos conteúdos gerais de artes visuais, música,

teatro e dança levam em conta os eixos articuladores do processo ensino

e aprendizagem; a compreensão da arte como cultura; o artista como ser

social e os alunos como produtores e apreciadores; as manifestações

artísticas dos povos e culturas de diferentes épocas e locais, incluindo a

contemporaneidade e a arte brasileira. É necessário apresentar aos

alunos os objetivos e a importância da arte e suas manifestações em seu

cotidiano; apresentar imagens para alfabetização visual e os códigos da

linguagem artística; estudar sobre técnicas de arte e as formas de

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expressão artística, elaborar atividades de representação, composição e

criação do objeto artístico.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Em Arte, a avaliação acompanha todo o processo de construção, o

professor deverá avaliar no trabalho do aluno: a organização dos

conteúdos, a reelaboração do conhecimento adquirido, a ampliação dos

sentidos e a percepção na resolução de uma proposta de leitura,

representação artística e criação. No processo de avaliação, é muito

importante que os instrumentos sejam flexíveis, diversificados e

adequados à exploração das praticas significativas em todas as

linguagens, como construções bidimensionais e tridimensionais; esboços;

apresentações por meio da: plástica – música – cênica; audições;

montagens; escrita: relato, descrições, análises, composições;

explanações; debates; leituras e releituras; pesquisas, entrevistas,

trabalhos artísticos, produções artísticas (dança, teatro, música...) entre

outras.

A avaliação pretende evidenciar que o conhecimento é mediador da

relação aluno - professor, aluno – artes, assumindo a avaliação como

parte desse processo, onde possibilitará ao professor perceber em que

medida houve a apropriação do conteúdo.

BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação: conflitos/acertos.2. ed. São Paulo:

Max Lomonad, 1985.

BARBOSA, Ana Mae. Arte-educação no Brasil. 3. Ed. São Paulo:

Perspectiva, 1995.

BARBOSA, Ana Mae. Historia da arte-educação: a experiência de Brasília.

1.ed. São Paulo: Max Lomoned, 1986.

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BARBOSA, Ana Mae. John Dewey e o ensino de arte no Brasil. 3. Ed. Ver.

E aum. São Paulo: Cortez, 2001.

BUORO, Anamelia Bueno. Olhos que pintam: a leitura da imagem e o

ensino da arte. 1. Ed. São Paulo: Educ/Cortez, 2002.

DUARTE JÚNIOR, João-Francisco, Por que arte-eduacação?. 8. Ed.

Campinas: Papirus, 1996. ( Coleção Ágere ).

FERREIRA, Sueli. O ensino das artes: construindo caminhos. 1. Ed.

Campinas: Papirus, 2001.

HERNANDEZ, Fernando; trad. Jussara Haubert Rodrigues. Cultura

Visual, mudança Educativa e Projeto de Trabalho. 1. Ed. Porto

Alegre: Artmed, 2000.

IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação

de professores. Porto Alegre: Artmed, 2003.

MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática do ensino de arte: a

linguagem do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo:

FTD, 1998.

PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar no ensino das artes. 1. Ed.

Porto Alegre: Meditação, 2001.

READ, Hebert. Educação pela arte. São Paulo: Martins Fontes, 1977.

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

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A Disciplina de Ciências, no Ensino Fundamental, se constitui

historicamente por um conjunto de ciências que se somam numa mesma

disciplina escolar para compreender os fenômenos naturais, nesta etapa

da escolarização. Para compreender e explicar os fenômenos da natureza

e suas interferências no mundo, a disciplina possibilita a articulação

entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre

outros, e o cotidiano entendido aqui, como os problemas reais

socialmente importantes, enfim, a prática social.

Os conteúdos serão abordados de forma consistente, crítica, histórica,

considerando as relações entre Ciência, à tecnologia e a sociedade. Por

meio desta abordagem pedagógica, o currículo de Ciências poderá

propiciar condições para que os sujeitos do processo educativo discutam,

analisem, argumentem e avancem na compreensão do seu papel frente às

demandas sociais, uma vez que questões relacionadas à saúde,

sexualidade e meio ambiente, dentre outras, são tradicionalmente

incorporadas aos conteúdos específicos e, portanto, imprescindível a

Disciplina de Ciências.

O processo de ensino e aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a

contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das

certezas e incertezas, superando o tratamento curricular dos conteúdos

por eles mesmos, priorizando-se a sua função social.

2-OBJETIVOS GERAIS

• Conhecer e compreender as transformações, a interação entre os

sistemas do corpo humano, suas funções, coordenação, relação,

regulação e reprodução;

• Entender o funcionamento dos ambientes da natureza, a

renovação da vida, a importância da biodiversidade e das ações

humanas que podem interferir nela;

• Compreender os conhecimentos físicos, químicos e biológicos

possibilitando maior entendimento cientifico destes conceitos;

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• Estabelecer as relações sociais humanas, de produção da ciência

e da tecnologia, passando assim a perceber a ciência e a

tecnologia como não neutra;

• Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades

humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles

prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem;

• Compreender a cidadania como participação social e política,

assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e

sociais adotando no dia-a-dia, atitudes de solidariedade

cooperação e repudio as injustiças, respeitando o outro exigindo

para si o mesmo respeito;

• Despertar o espírito conservador do compromisso de cuidado

com o ambiente local e consequentemente mundial;

• Participação dos alunos de atividades quanto a conservação dos

recursos naturais;

3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

De acordo com as diretrizes os conteúdos

estruturantes da Disciplina de Ciências são:

Corpo Humano: conhecer e compreender as transformações e

principalmente a integração entre os sistemas que acompanham o

corpo humano, suas funções de nutrição, coordenação, relação,

regulação e reprodução, bem como as questões relacionadas à

saúde.

Ambiente: o entendimento do funcionamento dos ambientes da

natureza, de como a vida se renova e se mantém perpassa pelo

reconhecimento da importância da biodiversidade e das ações

humanas que interferem nela. É essencial abordar os fenômenos

ecológicos e discutir sobre os diferentes ambientes da Terra.

Matéria e Energia: o estudo da matéria e da energia é

indispensável e indissociável no currículo de ciências pois, trata de

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conhecimentos físicos, químicos e biológicos e possibilita a

compreensão cientifica desses conceitos, é importante considerar

as interações, as transformações, as propriedades, as

transferencias, as diversas fontes e formas, os modos como se

comportam em determinadas situações, as relações com o

ambiente, assim como os problemas sociais e ambientais

relacionadas não só na geração de energia, mas também em sua

distribuição, consumo e desperdício.

Tecnologia: é fundamental que se discuta, analise e reflita como as

tecnologia contribuíram para as diferentes construções e ou

alterações dos ambientes como por exemplo nas cidades, nas

indústrias, nos aterros sanitários, etc..., como também os impactos

dessas construções no ambiente, causado pelo uso da tecnologia.

4- CONTEUDOS ESPECÍFICOS:

O UNIVERSO:

• Sistema solar;

• As galáxias;

• A conquista do espaço;

O PLANETA TERRA:

• A Terra e a vida;

• Os ecossistemas;

O SOLO NO ECOSSISTEMA:

• Forma e estrutura da Terra;

• Rocha e solo;

• Utilização e pressão do solo;

• Meio ambiente;

A AGUA:

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• Água na natureza;

• Tratamento da água;

• Água potável e poluição da água;

• Flutuação e pressão na água;

O AR:

• Existência do ar;

• Pressão atmosférica;

• Previsão do tempo;

• Recursos tecnológicos;

OS SERES VIVOS:

• Seres vivos e os ecossistemas;

• Classificação e nomenclatura;

• Cultura Afro-brasileira;

OS MICROORGANISMOS:

Os vírus;

Os seres unicelulares;

OS FUNGOS:

Fungos e sua importância;

O REINO ANIMAL ( INVERTEBRADOS ):

Poríferos;

Anidários;

Platelmintos;

Nematelmintos;

Moluscos;

Anelídeos;

Artrópodes;

Agenda 21;

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Meio ambiente;

O REINO ANIMAL (VERTEBRADOS):

Peixes;

Anfíbios;

Répteis;

Aves;

Mamíferos;

O REINO DAS PLANTAS:

Grandes grupos de plantas;

Criptogramas;

Nutrição das fanerógamas;

Reprodução das fanerógamas;

Educação fiscal

ESTRUTURAS E FUNÇÃO DO ORGANISMO HUMANO:

A espécie humana;

A cultura afro-brasileira;

Como é o ser humano;

As células;

Os tecidos do corpo humano;

RELAÇÕES DO SER HUMANO COM O ECOSSISTEMA:

• Aparelho locomotor;

• Sistema sensorial;

• A saúde;

• Agenda 21;

• Meio ambiente;

NUTRIÇÃO DO ORGANISMO HUMANO:

• Alimentos;

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• Digestão;

• Respiração;

• Circulação;

• Excreção;

CONSERVAÇÃO DA ESPÉCIE:

• Reprodução;

• Genética e hereditariedade;

• Coordenação das funções;

• Educação fiscal;

QUÍMICA:

Introdução à Química;

Matéria;

Substancias e misturas;

Átomos;

Cultura Afro-brasileira;

Tabela periódica;

Ligações químicas;

Agenda 21;

Meio ambiente

FISICA:

Introdução á Física;

Cinemática;

Dinâmica;

Trabalho e potencia;

Energia e máquinas;

Energia térmica;

Energia sonora;

Energia luminosa;

Eletricidade e magnetismo;

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Educação fiscal

5- CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

• Cultura Afro-brasileira

• Agenda 21

• Preservação do meio ambiente

• Qualidade de vida

• Inclusão

• Educação Fiscal.

6 – ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO

A metodologia utilizada para desenvolver as aulas, será através de

projetos, feiras, olimpíadas e gincanas culturais. Embasado em teorias,

respeitando os limites de cada aluno, assim como também os pré-

requisitos adquiridos no cotidiano em que vive o aluno. Os conteúdos

serão trabalhados através de aulas expositivas, visitas e excursões.

Também utilizaremos de experimentações em laboratório quando o

conteúdo assim permitir. Reforçaremos os conteúdos utilizando os

recursos audiovisuais e tecnológicos. A finalidade das experiências é

estimular a compreensão dos conteúdos, utilizando jogos de aspectos

lúdicos, podendo assim facilitar a elaboração de conceitos, simulação de

atividades, dramatizações, uso de laboratório de informática, exposições

do cotidiano utilizando fatos recentes, notícias de jornais e revistas,

trabalho sobre investigação científica, debate sobre os avanços

tecnológicos.

As metodologias deverão ser flexíveis, atendendo as diferenças

individuais.

7- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação será um processo contínuo e sistemático, sendo constante e

planejada, favorecendo ao professor a capacidade de verificar se seus

objetivos estão sendo atingidos em relação aos alunos, permitindo que os

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mesmos possam reconhecer e corrigir seus próprios erros através de

recuperação de estudos. Dar-se-à por meio de instrumentos avaliativos

diversificando, onde os alunos poderão expressar os avanços na

aprendizagem, à medida que interpretam, produzem, discutem,

relacionem, refletem, analisam, se justificam e se posicionam defendendo

o próprio ponto de vista.

O processo de educação não pode deixar de lado a Inclusão de todos os

educandos, para isso o professor deverá levar em conta as dificuldades de

limitações de seus alunos, onde o mesmo deverá observar e avaliar o seu

progresso individual no processo educativo, através de uma avaliação

diagnóstica continua.

8- BIBLIOGRAFIA :

• CHALITA, G. Vivendo a filosofia. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2005.

• CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2 ed. São Paulo:

Moderna, 2004.

• FREIRE MAIA, N. A ciência por dentro. 5ª ed. Petrópolis: Vozes,

1998.

• GASPARIN, J L. Uma didática para Pedagogia Histórico Crítica.

2 ed. Campinas, São Paulo : Autores Associados, 2003.

• BARROS, C. Os seres Vivos. Ed. Totalmente reformulada. São

Paulo: Ática, 1997.

• VALLE, C. Ser humano e saúde, 7ª série, 1ª ed. Curitiba:

positivo, 2004. coleção ciências.

• DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS – SEED – JULHO

2006 .

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• LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: 2ª ed.

São Paulo: Cortez, 1995.

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física vem fazendo uma trajetória histórica, a

partir do século XIX devido às transformações sociais ocorridas no país e,

com a Proclamação da Republica vem à tona a discussão sobre as

instituições escolares e as políticas educacionais. Rui Barbosa emite um

parecer sobre o projeto denominado “Reforma do Ensino Primário e

várias Instituições Públicas”. No ano de 1882, onde outras conclusões,

afirmam a importância da ginástica para a formação do cidadão. A partir

de então a Educação Física torna-se um componente obrigatório dos

Currículos Escolares.

As práticas pedagógicas de Educação Física foram

fortemente influenciadas pela Instituição Militar e pela medicina,

emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios sistematizados pela

instituição militar foram re-elaborados pelo conhecimento médico numa

perspectiva pedagógica. Para atender aos objetivos de adquirir,

conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios

físicos, foram importadas da Europa práticas conformativas, como modelo

de saúde e os sistemas ginásticos. Estes foram fundamentais para o

surgimento e incorporação da Educação Física brasileira nos currículos

escolares.

Por não existir um plano nacional de Educação Física, a

pratica nas escolas se dava pelo Método Francês de Ginástica adotado

pelas Forças Armadas e tornando obrigatório a partir de 1931. A

Educação Física se consolidou, especificamente no contexto escolar, a

partir da Constituição de 1937.

Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar

confundindo-se com a Educação Física. Houve um incentivo as praticas

desportivas com intuito de promover políticas nacionalistas pensadas

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para o país, ressaltando o sentimento de valorização da prática por meio

dos esportes.

Com a promulgação da Lei Orgânica do Ensino Secundário,

em 1942, também conhecido como a Reforma Capanema. Essa reforma

ampliou a obrigatoriedade da Educação Física até os 21 anos de idade,

objetivando formar mão de obra fisicamente adestrada e capacitada para

o mercado de trabalho. A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado

com mais ênfase no Brasil, devido aos acordos feitos entre o MEC e o

Departamento Federal de Educação Americana. Sendo priorizados os

Esportes Olímpicos com o objetivos de formar atletas para representar o

pais em competições internacionais.

A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório nas

escolas, com a promulgação da Lei 5692/71 através do Artigo 7ª e, pelo

Decreto 69450/71, a disciplina passou a ter legislação especifica.

Instituiu-se, assim, a integração da disciplina como atividade escolar

regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis do sistema

de ensino mas, continua com a formação militar com a intenção de tornar

o país uma potência Olímpica.

Na área pedagógica, uma das primeira referencias a ganhar

destaque entre os profissionais foi a psicomotricidade, por buscar uma

suposta legitimação da disciplina na escola. A educação psicomotora

surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança. Tal

perspectiva, centrada na educação “pelo movimento”, fez com que o

papel da Educação Física ficasse subordinado a outras disciplinas

escolares, contribuindo assim, para a negação de conteúdos até então

tidos como próprios da disciplina.

Em meados dos anos 80, já se pode falar não só de uma

comunidade cientifica na Educação Física, mas também da delimitação de

tendências ocorrentes suscitando os primeiros debates voltados à

criticidade. Visando a construção de um movimento renovador na

disciplina, surgem preposições decorrentes progressistas destacando-se

abordagens: Desenvolvimentistas e Construtivistas.

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Na década de 90, o Paraná elabora o Currículo Básico,

comprometido com a educação pública do Paraná, no sentido de

responder as necessidades sociais e históricas da educação brasileira no

primeiro grau, embasado na pedagogia histórico critica. Tendência

esta, denominada, por alguns teóricos, como Educação Física

Progressista, revolucionária e crítica, com os fundamentos teóricos

pautados no materialismo Histórico-dialético. O documento proposto

assim, um modelo de superação das contradições e injustiças sociais. A

políticas públicas assumidas pelas novas gestões governamentais no

estado, enfraqueceram a força Político-pedagógico do Currículo Básico.

No mesmo período, foi elaborado o documento de

reestruturação da proposta curricular do ensino de segundo grau para a

disciplina de Educação Física. A proposta fundamentou-se na concepção

histórico-crítica de educação e, naquele momento, pretendia-se o resgate

do compromisso social da educação pedagógica da Educação Física,

visando mudanças e transformações de uma sociedade fundamentada em

valores individuais, para uma sociedade mais igualitária.

Todos esses avanços teóricos da Educação Física sofrem um

retrocesso na década de 90, quando após a discussão e aprovação da Lei

de Diretrizes de Base da Educação Nacional (LDB), apresentou-se a

proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para a disciplina

de Educação Física.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física

do Ensino Fundamental buscaram romper as perspectivas da aptidão

física, fundamentado em aspectos técnicos e fisiológicos, destacando

outras questões consideradas relevantes relacionadas às dimensões

culturais, sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos,

baseada em concepções teóricas que discutem o corpo e movimento.

Nos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio, há a

descaracterização dos conhecimentos historicamente construídos.

Verifica-se uma desvalorização da teoria, em nome de questões

imediatistas e abstratas, presentes nas pedagogias das competências.

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Trazem uma proposta confusa e acrílica com a redação aparentemente

progressista.

No contexto histórico citado, a Educação Física, transitou

em diversas perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até as mais

críticas, tornando-se possível sistematizar propostas pedagógicas que

orientem essas diretrizes, com vista há avançar sobre a visão hegemônica

que aplicou e continua aplicando a Educação Física a função de treinar o

corpo, sem qualquer reflexão corporal.

OBJETIVOS GERAIS:

Desenvolver as habilidades físicas e motoras do educando,

mostrando a importância da atividade física no processo de formação

humana, respeitando os seus limites corporais e dos outros, através do

esporte, danças, ginásticas, luta e jogos.

Levando assim o educando a busca do equilíbrio do seu

corpo, mostrando que pode superar os vícios e males adquiridos na vida

diária, através da pratica dos movimentos corporais, em sua totalidade

percebendo os efeitos da atividade física sobre a saúde, dentro de um

contexto, com ações pedagógicas que intensifiquem a compreensão do

aluno sobre os aspectos: biológico, psicológicos, sociológicos e culturais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

-Manifestação esportiva

-Manifestação de ginástica;

-Jogos, brincadeiras e brinquedos;

-Manifestações estéticas - corporais na dança e no teatro

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Manifestações Esportivas

- Origem dos diferentes esportes e sua mudanças na historia;

- O esporte como fenômeno de massa:

- Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;

- O sentido da competição esportiva;

- Possibilidades dos esportes como atividade corporal;

- Elementos básicos constitutivos dos esportes : arremessos,

deslocamentos, passes, fintas;

- Práticas esportivas com e sem materiais;

- Práticas esportivas: esportes com ou sem materiais e

equipamentos.

Manifestações Ginásticas

- Origem da ginástica e sua mudança na história;

- Diferentes tipos de ginástica;

- Princípios básicos de diferentes ginásticas;

- Praticas ginástica;

- Cultura de rua, cultura de circo: malabares, acrobacia etc.

Jogos – Brincadeiras e Brinquedos

- A construção coletiva de jogos e brincadeiras;

- Por que brincamos?

- Oficina de construção de brinquedos;

- Jogos e brincadeiras com e sem materiais;

- Brinquedos e brincadeiras tradicionais brinquedo cantados, rodas e

cirandas;

- Diferentes manifestações e tipos de jogos

- Diferenças entre jogo e esporte.

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Manifestações Estéticas / Corporais na Dança e no Teatro

- A dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporal;

- Diferentes tipos de danças

- Por que dançamos?

- Desenvolvimento de formas corporais ritmco-expressivas.

- Imitação, mímica e representação;

- Danças tradicionais e folclóricas;

- Expressão corporal com e sem material.

Elemento Articulador: O corpo como construção histórico-social

- Dimensões biológica, histórica, cultural e social do corpo:

possibilidades de manifestações corporal;

- Possibilidade expressivas/comunicativas do corpo;

- Saúde/doença: elementos básicos;

- Corpo e sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade

de prazer e sofrimento;

- O corpo como sujeito e vitima da violência: consumo de droga,

preconceitos e tabus corporais;

- Limpo/sujo, feio/bonito, forte/ fraco , magro/gordo, saudável/doente,

livre/ aprisionado: o corpo excluído;

- O corpo do trabalhadores: sacrifícios e violência

- O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião etc;

-Corpos femininos, infantis, masculinos, de velhos: suas manifestações:

-O corpo e seus adereços: moda, roupa e outros signos corporais.

Elemento articulador : Conhecimento do corpo

- Auto-conhecimento corporal; somatização das emoções: dor, ódio,

prazer, medo etc.

- Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da

corporalidade do outro;

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- Relaxamento e descontração;

- Massagem e auto-massagem;

- Movimentar-se: o corpo que se desloca;

- Exploração corporal do mundo circundante da escola;

- Educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens, senso tátil;

- O corpo que não se vê: o que o nosso corpo produz.

Conteúdos complementares

• Cultura afro-brasileira;

• Agenda 21;

• Preservação do meio ambiente;

• Qualidade de vida;

• Inclusão;

• Educação Fiscal;

• Conhecimento do corpo;

• O corpo como construção histórico-social.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA

Os conceitos e atitudes apontam para a valorização dos

procedimentos sem restringi-los ao universo das habilidades motoras e

dos fundamentos dos esportes, incluindo atitudes de organização,

sistematização de informações, aperfeiçoamento.

Os conteúdos conceituais de regras, táticas e alguns dados

históricos factuais de modalidades somam-se reflexões sobre os conceitos

da ética, estética, desempenho, satisfação e eficiência. Os conteúdos de

natureza atitudinal são explicitados como objetivo de ensino

aprendizagem, além de trabalhar com criança os elementos que compõe

seu meio sócio cultural, visando a inclusão do outro, valorização da

cultura corporal e com a linguagem como forma de composição, respeito

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as diferenças e as características individuais dos educandos, aptos e

inaptos a prática corporais, proposto como vivências concretas pelo

aluno, é também importante oportunizar condições para identificar o que

existe, o que foi transformado, como, porque é e quais os fatos que

ocasionaram as transformações e desta forma propiciarem condições

para a construção de uma postura de responsabilidade perante si e o

outro.

Diante de tudo isso, é importante se fazer uma reflexão

sobre a qualidade de vida, e desenvolver uma compreensão integrada do

meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações , envolvendo

aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos,

científicos, culturais e éticos. A qualidade e a quantidade da

aprendizagem oferecida pela escola e vivenciada pelo aluno, que é

constantemente bombardeado pela indústria de massa da cultura e do

lazer com falsas necessidades de consumo, carregado de mitos de saúde,

desempenho, de beleza, de informações pseudo-científicas e falácias.

Desta forma os conteúdos deverão ser ministrados através

de aulas práticas e teóricas, e caminha também nesta direção a inclusão

de conteúdos tecnológicos no procedimento de pesquisa que o aluno

possa fazer opções e escolhas, localizar problemas, checar hipóteses, e

também atribuir sentido a aprendizagem. Faz parte deste processo o

acesso a informática e o conhecimento globalizado em vários conteúdos

utilizando outros meios de informações como: livros, revistas, jornais,

vídeos, pesquisa, entrevista, painéis, visitas, e organização de eventos e

produção de materiais, etc...

Portanto, é fundamental valorizar a importância social da

escola com espaços de experiências em que uma ampla parcela da

população pode ter acesso à tática e a reflexão da cultura corporal de

movimento.

É preciso observar a predisposição, a cooperação, a

solidariedade a valorização da cultura popular e nacional, respeitando a

si e a outro procurando socializar e resgatar o entendimento dos valores

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culturais, re-significando os valores, o sentido da cultura afro por meio da

linguagem do corpo.

O docente executará suas atividades de acordo com os

conteúdos propostos, desenvolvendo atividades que favoreçam o

desenvolvimento de relações integradas entre sujeitos e o meio, cabendo

ao mesmo considerar a complexidade dos conteúdos, adequando as

experiências trazidas pelos educandos, de forma que na relação sentir,

pensar, agir e refletir se faça a organização da consciência, levando a

modificar a situação ensino-aprendizagem, melhorando a relação

interpessoal do aluno.

Portanto, é fundamental valorizar a importância social da

escola como espaço de experiência em que uma ampla parcela da

população pode ter acesso à prática e à reflexão da cultura corporal de

movimento.

O professor deverá utilizar se de varias dinâmicas de

trabalho como: aulas teóricas práticas, aulas expositivas e

demonstrativas, atividades individuais, atividades em pequenos grupos e

grandes grupos, participação e envolvimento em torneios e gincanas,

atividades com e sem material, utilizando material reciclável,

incentivando o educando a respeitar o meio ambiente, exposição de

trabalhos escritos e teóricos, confecção de materiais com sucata,

utilização de murais e cartazes, utilização de recursos audiovisuais:

vídeo, retroprojetor, jornais, revistas, pesquisas em internet.

Trabalhar com o aluno despertando o interesse sobre a

importância da Educação Fiscal, e como a contribuição deste recurso

pode chegar até as escolas, através do encaminhamento e envolvimento

do educando no jogos escolares, materiais esportivos, merenda, etc.

Despertando no cidadão o envolvimento e acompanhamento da qualidade

e dos gastos públicos, estabelecer controle social sobre o desempenho

dos administradores assegurando melhores resultados sociais.

AVALIAÇÃO

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A avaliação de Educação Física deverá levar em

consideração a faixa etária dos alunos e o grau de autonomia e

discernimento que possuem. Este processo se manifestará de maneira

formal, contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor

reorganizará seu trabalho valorizando: interesse, organização

cooperação, solidariedade e a assimilação e vivencia dos conteúdos

propostos e as manifestações corporais. Levando em consideração a

forma diagnostica, conceitual, e somativa, possibilitando assim que os

alunos reflitam e se posicione criticamente com intuito de construir uma

suposta relação com o mundo.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a historia que não

se conta.2 ed. Campinas:Papirus,1991

BRACHT, Valter. Educação Física: conhecimento e especificidade. In

Sousa Eustaquia Salvadorade; VAGO, Tarciso Mauro (orgs.). Trilhas e

partilhas: Educação Física na cultura Escolar e nas práticas sociais. Belo

Horizonte: Editora dos autores, 1997.

FREIRE, João Batista. Educação do corpo inteiro: teoria e pratica da

educação física. São Paulo; Scipione,

CRESPO, Jorge. A historia do corpo. Lisboa: Difel, 1990.

VAGO, Tarciso Mauro. Inicio e fim do século XX: maneira de fazer

educação física na escola. Cadernos CEDES. Campinas, n.48, p.

30-51,1999.

BERTHERAT,Therese. As estações do corpo. São Paulo: Martins Fontes,

1986

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis: vozes,1999.

ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reveintando o esporte: possibilidadess da

prática pedagógica. Campinas: Autores Associados/CBCE, 2001.

CAPARROZ, Francisco. Entre a Educação Física na escola e a Entre a

Educação Física na escola.Vitória:CEFD/UFES, 1997.

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SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física: raízes européias e

Brasil.Campinas Autores associados, 1994.

MARINHO. Inezil Penna. Introdução ao estudo do folclore brasileiro.

Brasília: Horizonte, 1980.

MEDINA, João P.S. O Brasileiro e seu corpo. 2 ed. Campinasa: Papirus.

OLIVEIRA, Paulo Salles. O lúdico na cultura solidária. São Paulo: Hucitec,

2001.

ADORNO, Theodor. Tempo livre. In: palavras e sinais. Petro´polis : Vozes,

1995.

GUEDES, Dartagnam Pinto. Exercício Físico na promoção da saúde

Londrina: Midiograf, 1995.

GOMES, Antonio Carlos. Inicie brincando no Atletismo, Londrina: Editra

Grafmark, 1985.

OLIVEIRA, Paulo Salles. O lúdico na cultura solidária. São Paulo: Hucitec,

2001.

TIRADO Augusto, Meu primeiro livro de Xadrez.

GUEDES, Dartagnam Pinto. Medidas e Avaliações.

DIRETRIZES CURRICULARES – Ensino Fundamental – Educação

Física - 2006

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a historia que não

se conta.2 ed. Campinas:Papirus,1991

MEDINA, João P.S. O Brasileiro e seu corpo. 2 ed. Campinasa: Papirus.

GOMES, Antonio Carlos. Inicie brincando no Atletismo, Londrina: Editra

Grafmark, 1985.

TIRADO Augusto, Meu primeiro livro de Xadrez.

DISCIPLINA: ENSINO RELIGIOSO

1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

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O Ensino Religioso, no contexto escolar foi tradicionalmente o ensino da

Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império conforme

a Constituição de 1924. Com a proclamação da República o ensino passou

a ser laico, público, gratuito e obrigatório, então, a hegemonia católica

exercida sobre o ensino religioso acaba se perdendo. A partir da

Constituição de 1934, torna-se disciplina na escola pública, mas com

matricula facultativa.

Na década de 60, após grandes debates em torno da liberdade religiosa

devido à pressão das tradições religiosas e organização da sociedade

civil, o Ensino Religioso perdeu sua função catequética. A manifestação

do pluralismo religioso passou a ser intensamente questionado, mas a

prática resultava numa postura e encaminhamento pedagógico

influenciado pelas tradições religiosas.

O Ensino Religioso foi fragilizado como disciplina escolar e somente a

partir das discussões da LDBEN 9394/96, passou a ser compreendida

como disciplina escolar e teve sua implementação nas escolas públicas do

país,sendo regulamentada.

Com a Deliberação 01/06, o Conselho Estadual de Educação do Paraná

aprovou novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de

Ensino do Paraná, buscou-se o repensar do objeto da área, o

compromisso com a formação docente, a consideração das diversidades

religiosas no Estado, a necessidade do diálogo, do estudo sobre as

diferentes expressões religiosas.

Através da disciplina pretende-se colaborar para o reconhecimento e

respeito às várias formas de expressões religiosas proveniente da

elaboração cultural dos povos a fim de facilitar o acesso a fontes culturais

sobre o fenômeno religioso.

O saber religioso insere-se como patrimônio da humanidade e conforme

a Legislação brasileira permite promover ao educando a possibilidade de

aquisição de conhecimentos fundamentais para se tornarem capazes de

compreender os movimentos religiosos comuns a cada cultura.

A sociedade brasileira é formada por vários e diferentes grupos.

Reconhecer como direito os pressupostos de tal conhecimento é valorizar

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a diversidade em todas as suas formas, contribuir para superar a

desigualdade étnico-religiosa e ainda garantir o direito constitucional de

liberdade de crença e expressão, conforme a Constituição brasileira.

2 – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

Repudiar toda discriminação baseada em diferenças de raças/etnias,

classe social, crença religiosa e outras características individuais ou

sociais, desenvolvendo atitudes de solidariedade para com aqueles que

sofrem discriminação.

Reconhecer o valor da família na sociedade e perceber a relação do ser

humano como mistério, crescer plenamente em amor, sabedoria e graça

que ajuda os outros e a si mesmo.

Reconhecer o valor da Terra para a vida e do contato com ela para a

educação da sensibilidade e da percepção, conscientizando a sociedade

da importância do Meio Ambiente para nossa sobrevivência.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

- Paisagem Religiosa;

- Símbolo ;

- Textos Sagrados.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

- O Ensino Religioso na Escola Pública:

• Orientações Legais;

• Objetivos;

• Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso

como disciplina escolar;

- Respeito a diversidade religiosa:

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Instrumentos Legais que visam a segurar a liberdade religiosa:

• Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:

Respeito a liberdade religiosa;

• Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão;

• Direito a Liberdade de reunião e associação pacíficas;

• Direitos Humanos e a sua vinculação com o sagrado.

- Lugares Sagrados

Caracterização dos lugares e templos sagrados:lugares de peregrinação,

de reverência, de culto,de identidade, principais práticas de expressão do

Sagrado nestes lugares;

• Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras;

• Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

- textos orais e escritos – sagrado

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas

diferentes culturas religiosas:

• Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.).

Organizações religiosas:

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as

suas principais características de organização, estrutura dinâmica e

social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de

compreensão e de relações com o sagrado:

• Fundadores e/ou líderes religiosos;

• Estruturas hierárquicas.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:

- Raça e etnias,

- Classe social,

- Crença religiosa e outras características individuais ou sociais;

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- A pessoa humana: encontro consigo mesmo;

- A natureza: nossa mãe e irmã;

- O mundo em vivemos; as relações com o mundo e com as pessoas;

- A busca do sagrado;

- Preconceito e discriminação social e racial/ étnica como

forma de injustiça;

- Compreensão e elaboração das relações humanas;

- A construção da verdade nos discursos religiosos.

- Cultura Afro-brasileira;

- Preservação do meio ambiente;

- Inclusão;

4 – ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA :

A Proposta de Ensino Religioso dentro da perspectiva humanista procura

criar situações de ensino para que os alunos estabeleçam relações entre o

presente, o passado, o particular e o Divino dentre as ações individuais e

coletivas com interesse específico de grupos e articulações sociais e

vivenciais, voltadas ainda para o crescimento humano no aspecto de

convivência mútua, respeitando-se a própria natureza humana e meio

onde vivemos como forma salutar de estabelecer relações duradouras e

com verdadeiro sentido de harmonia e integração consigo mesmo e com

outros.

* Questionar o aluno sobre o que sabem quais as suas idéias, opiniões,

dúvidas, heptoses sobre o conteúdo em debate.

* Propor estudos das relações e reflexões.

* Desenvolver atividades diversificadas com fontes de novas informações

para desenvolver e valorizar o seu conhecimento.

* Ensinar procedimentos de pesquisa, consulta em fontes

bibliográficas, organizações das informações coletadas e como

organizar.

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* Propor estudos das relações e reflexos que destaquem diferenças,

semelhanças, transformações, permanências, continuidades e

descontinuidades.

* Trabalhar e discutir sobre temas reais e que atualmente tomam conta

de nossa vida: Solidariedade, ética, respeito mútuo, inclusão, cultura

negra, agenda 21, política.

5 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A Avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo

qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a

finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

alunos bem como diagnosticar seus resultados, incentivando a auto-

avaliação, que orientará a continuidade do trabalho ou a imediata

reorganização daquilo que já tenha sido trabalhado.

O professor deverá adotar instrumentos que permitam à Escola, ao aluno,

aos seus pais ou responsáveis, identificarem os progressos obtidos na

disciplina. Com essa prática, os alunos, especificamente terão a

oportunidade de retomar os conteúdos, como também poderão perceber

que a apropriação dos conhecimentos desta disciplina lhes possibilita

conhecer e compreender melhor a diversidade cultural da qual a

religiosidade é parte integrante, bem como possibilitará a articulação

desta disciplina com os demais com- ponentes curriculares, os quais

também abordam aspectos relativos à cultura. O Ensino Religioso

contribuirá também para a valorização do ser humano e sua formação

para a cidadania, integrando-o ao meio, subsidiando-o para atuar de

forma crítica na sociedade..

6 - BIBLIOGRAFIA

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DIRETRIZES CURRICULARES – Ensino Fundamental – Ensino

Religioso – SEED - 2006

DURKHEIM, Émile. As formas elementares de vida religiosa. São

Paulo: Ed. Paulinas, 1989.

CISPALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Ed. Scipione Ltda., 1994.

MENDONÇA, Francisco Kozel, Salete (orgs). Elementos de

epistemologia da geografia contemporânea. Curitiba: Editora UFPR,

2002.

ROHMANN, Chris. O livro das idéias: pensadores, teorias e

conceitos que formam a nossa visão de mundo. Rio de Janeiro:

Campus, 2000.

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

1 – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

As relações do homem com a natureza no processo de construção e

transformação do espaço geográfico, tiveram inicio desde a origem da

humanidade. As alterações nos espaços eram praticamente

insignificantes, pois se vivia da coleta, da caça e da pesca. Existia um

equilíbrio entre o homem e a natureza. A apropriação do espaço era

realizada após longo período de observação e descrição, permitindo

grandes avanços na elaboração do conhecimento geográfico.

Na Idade Média, alguns conhecimentos geográficos foram

desconsiderados porque feriam aos interesses do poder político. A partir

do século XII, as questões cartográficas, a forma da Terra, voltavam a

ser discutidas, pois, os mercadores precisavam registrar as rotas

marítimas, a localização e distâncias dos continentes, alcançando o

período das Grandes Navegações. Desde o século XVI, as expedições

terrestres passaram a descrever e representar detalhadamente os

elementos naturais bem como as relações homem-natureza.

Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser

evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que

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buscavam explicar questões referentes ao espaço e à sociedade. Porém,

até o século XIX não havia sistematização da produção geográfica.

No período Imperialista desse século (século XIX), várias comunidade que

mais tarde viria a ser a atual Alemanha, organizou expedições cientificas

para a África, Ásia e América Sul. Essas pesquisas acabaram servindo aos

interesses das classes dominantes. Porque subsidiaram o surgimento das

Escolas Geográficas, destacando-se a alemã e a francesa.

O pensamento geográfico, da escola alemã, teve precursores Humbolodt

e Ritter, mas coube a Ratzel a fundação da Geografia Cientifica. A Escola

Francesa teve como principal representante Paul Vidal de La Blache. A

produção destas duas Escolas marca a dicotomia Sociedade – Natureza e

o determinismo geográfico que justificou o avanço dos impérios Europeus

nos territórios Africanos e Asiáticos.

Enquanto na Alemanha e na França, a ciência já se encontrava

sistematizada, presente nas Universidades desde o século XIX, no Brasil,

isso só aconteceu mais tarde. A institucionalização da Geografia no Brasil

se consolidou a partir de 1930. As pesquisas buscavam compreender e

descrever o ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos

interesses políticos do Estado na perspectiva do nacionalismo econômico,

como a exploração mineral, desenvolvendo a indústria de base entre

outros.

Essa abordagem do conhecimento Geográfico perpetua-se por boa parte

do século XX, principalmente em períodos de governos autoritários e

ficou conhecida como Geografia Tradicional.

As transformações históricas relacionadas aos modos de produção, após a

Segunda Guerra Mundial, trouxeram mudanças que interferiram no

pensamento Geográfico sob diversos aspectos. Essas transformações

ocorreram cada vez mais intensamente ao longo da segunda metade do

século XX dando novos enfoques para a análise dos espaços Geográficos.

Do ponto de vista político e econômico, a internacionalização da

economia e a instalação das multinacionais em vários países alteraram as

relações de produção e consumo, trazendo para as discussões geográficas

ligadas à degradação ambiental, às desigualdades e injustiças da

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produção capitalista, às questões culturais e demográficas afetadas pela

internacionalização da economia e pelas relações políticas da economia e

pelas relações político-econômicas de dependência, cada vez mais

acentuadas, nos diferentes países.

Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do país-guerra

desencadearam reformulações na geografia. No Brasil, essas mudanças

mais acentuadas ocorreram nos anos 60.

As mudanças teórico-metodológicas do ensino da Geografia têm como

meta a busca de um ensino voltado para a conquista da cidadania,

proporcionando aos alunos a possibilidade de compreenderem sua

própria posição no conjunto de interação entre a sociedade e a natureza.

A valorização da formação profissional contribuiu para as transformações

significativas no ensino, regulamentadas pela lei 5692/71 (Lei das

Diretrizes e Base da Educação Nacional que afetou, principalmente, as

disciplinas relacionadas às Ciências humanas e instituiu a área de estudo

denominada Estudos Sociais que no 1o.Grau envolveria conteúdos de

Geografia e História). No 2o.Grau foram impostas às disciplinas de OSPB

e EMC.

Nos anos 80, ocorreram movimentos visando o desenvolvimento da

disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e História.

As discussões teóricas que se sobressaíram, centraram-se em torno

do Movimento da Geografia Crítica. Um dos marcos históricos nessa

época foi o Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, em 1978. Esse

movimento adotou o método do materialismo histórico dialético para os

estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino da

Geografia.

Encontros e conferências realizados em âmbito mundial priorizaram a

educação como alvo das reformas necessárias para a formação do novo

perfil do trabalhador, necessário para o capitalismo no atual período

histórico.

2 - OBJETIVOS GERAIS :

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Considera-se que o ensino da geografia deve dar subsídios aos alunos

levando-os a pensar e agir criticamente, buscando elementos que

permitam compreender e explicar o mundo. Cabendo assim, à geografia a

função de preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do

espaço, negando a “neutralidade” dos fenômenos que imprimem certa

passividade aos indivíduos. Com este enfoque assumir uma visão geral do

local para o global e através desse conhecimento levá-los a agir e

interagir com autonomia na sociedade e no espaço em que está inserido.

Oportunizando ao educando a possibilidade de situar-se na dinâmica das

transformações contemporâneas, fazendo com que o mesmo atue

criticamente e construtivamente no contexto local, como parte integrante

do global.

3-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Dimensão Socioambiental;

Dinâmica Cultural Demográfica;

Geopolítica;

Dimensão Econômica da Produção do / no espaço.

4- CONTEUDOS ESPECÍFICOS

Dimensão Sócio-ambiental; Dinâmica Cultural Demográfica;

Geopolítica;Dimensão Econômica da produção do / no espaço.

- Urbanização e favelização

- O êxodo rural

- Os setores de economia

- Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações.

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- Sistemas de produção industrial

- Agro indústria

- Globalização

- Recursos Energéticos

- Políticas Ambientais

- Bio Pirataria

- Meio Ambiente e Desenvolvimento

- Estado, Nação e Território.

- Movimentos Sociais

- O ambiente urbano e rural

- Os movimentos da terra no universo e suas influências (rotação e

translação

- Movimentos sócio-ambientais

- Classificação fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas

- Rios e bacias hidrográficas

- Sistemas de energias

- Circulação e poluição atmosférica

- Desmatamento

- Buraco na camada de ozônio

- Efeito estufa (aquecimento global)

- Ocupação de áreas irregulares

- Desigualdade social e problemas ambientais

- Consumo e consumismo

- Meios de comunicação

Dimensão Sócio-ambiental; Dinâmica Cultural Demográfica;

Geopolítica;Dimensão Econômica da produção do / no espaço.

- Dependência tecnológica

- Blocos econômicos

- Formação dos Estados Nacionais

- Estrutura etária

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- Neo Liberalismo

- Narcotráfico

- Sistemas de energias

- Chuva ácida

- A identidade Nacional e processo de globalização

- Histórias das migrações mundiais

- O Paraná no contexto político, econômico, demográfico, social

Dimensão Sócio-ambiental; Dinâmica Cultural Demográfica; Geo-

política;Dimensão

Econômica da produção do / no espaço.

Desigualdades dos Países: Norte x Sul

- Guerra Fria

- Órgãos Internacionais

- Terrorismo

- Chuva ácida

- Buraco na camada de ozônio

- Efeito estufa (aquecimento global)

- Movimentos sociais

- Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no Espaço

Geográfico

- Histórias das migrações mundiais

- Formações e conflitos étnicos-religiosos e raciais

Dimensão Sócio-ambiental; Dinâmica Cultural Demográfica;

Geopolítica;Dimensão Econômica da produção do / no espaço.

- Acordos e blocos econômicos

- Conflitos Mundiais

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- Desigualdade social e problemas ambientais

- Formações e conflitos étnico-religiosos e raciais

5-CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Cultura afro-brasileira

Agenda 21

Preservação do meio ambiente

Qualidade de vida

Inclusão

Educação fiscal

Tecnologia

Etica

6- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO :

Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de uma forma

crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma

coerência dos fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia

como ferramenta essencial, possibilitando assim transitar em diferentes

escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice-versa.

O professor de Geografia deve priorizar abordagens que envolvam a

temática de história e cultura Afro brasileira e Africana, nas diferentes

séries, através de mapas, maquetes, textos, imagens, fotos entre outros,

que tragam conhecimentos sobre: a população brasileira/miscigenação

dos povos, a distribuição espacial da população afro-descendente no

Brasil e no mundo, a contribuição do negro na construção da nação

brasileira, o movimento do povo africano no tempo e no espaço, questões

relativas ao trabalho e renda, discussões de práticas de segregação

racial, entre outros.

Além de trabalhar os conteúdos específicos de geografia em sala de aula,

o professor, quando necessário, pode promover aulas de campo, desde

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aquela ao redor da escola, até outras de maior distância, pois a

compreensão da realidade será mais completa quanto maior for o contato

do aluno com a concretude do real, o que lhe permitirá perceber a

complexidade do mundo, estabelecendo com coerência uma constante

preocupação em relação ao acompanhamento das necessidades

específicas dos educandos, primando pelo atendimento das

especificidades, propondo um acompanhamento das dificuldades para a

superação das mesmas (Educação inclusiva).

Além das aulas de campo, destaca-se ainda o uso da linguagem

cartográfica, pois esta resulta de uma construção teórica e prática que

vem desde as séries iniciais e que deve seguir até o final da Educação

Básica.

Cabe ressaltar a importância do papel do professor como pesquisador, na

formação de futuros pesquisadores. Essa iniciação pode ocorrer através

da construção e desenvolvimento, em conjunto com os alunos, de projetos

que busquem estimular e ampliar os conteúdos específicos.

7 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Entendemos que a avaliação está inserida dentro do processo de

ensino/aprendizagem e, respaldada no Projeto Político Pedagógico da

escola, será formativa, diagnóstica, contínua e cumulativa, capaz de

considerar as especificidades do educando e de respeitar as diferenças

individuais da turma, sendo, portanto, inclusiva.

Nas avaliações, devem-se evitar as que contemplem apenas uma das

formas de comunicação com os alunos, ou seja, apenas a escrita ou a

interpretação de textos.

Propomos que o processo de avaliação esteja articulado com os conteúdos

estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias

espaço e tempo, a relação sociedade-natureza e as relações de poder e

outras. Sendo uma avaliação diagnóstica e continuada, e que contemplem

diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e

produção de textos geográficos; leitura e interpretação de fotos, imagens

e principalmente diferentes tipos de mapas; pesquisas bibliográficas,

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aulas de campo; leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos,

construção de maquetes, produção de mapas mentais, entre outros.

8– BIBLIOGRAFIA:

CARVALHO, M.I., Fim de Século: A Escola e a Geografia, Ijuí: Edição

Unijuí, 1998.

CAVALCANTI, de S. Geografia e Escola e Construção do Conhecimento,

Campinas: Papirus, 1998.

Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental- versão

Preliminar – Julho de 2006.

Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação

Básica do Estado do Paraná - Ensino de Geografia.

LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar: 2ª edição. São

Paulo; Cortez 1995.

VASCONCELOS, Celso dos S. Construção em Sala de Aula, São Paulo:

Libertad – Centro de Informação e Acessória Pedagógica: 1993.

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A História como disciplina escolar passou a ser obrigatória a partir de

1937, no mesmo ano foi criado o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro

que instituiu a História como disciplina acadêmica sob influência da

escola Metódica e Positivista, vista como uma extensão da História da

Europa Ocidental. A História propunha uma nacionalidade expressa nas

sínteses das raças branca, índia e negra, predominando a ideologia do

branqueamento. Esse modelo conservador da sociedade tinha como

objetivo a legitimação dos valores aristocráticos no qual o processo

histórico conduzido por líderes, excluía-se a possibilidade das pessoas

comuns serem entendidas como sujeitos históricos.

A Inclusão da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas

no governo de Getúlio Vargas. O ensino de história se ocupava em

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reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares e o ensino era

restrito a elite que se preparava para conduzir o povo contribuindo para a

legitimidade do projeto nacionalista.

Após a implantação do regime militar o ensino de História manteve seu

caráter estritamente político não tendo espaço para análises críticas e

interpretação de fatos objetivando formar indivíduos que aceitassem e

valorizassem a organização da Pátria, tendo o Estado como principal

sujeito histórico e responsável pelos grandes fatos da nação.

A partir das Leis 5692/71 o estado organizou o primeiro grau de oito anos

e o Ensino Profissionalmente voltado a preparação da mão-de-obra para o

mercado de trabalho. As disciplinas de História e Geografia ficaram

condensadas a área de Estudos Sociais. No 2º grau surgiu a disciplina de

OSPB reduzindo a carga horária de História objetivando um maior

controle ideológico pelo Estado.

A partir de 1980 houve o retorno de História como condição para que

houvesse uma maior aproximação entre investigação histórica e o

universo da sala de aula.

Hoje, a contribuição mais significante do ensino de História ao educando

é a edificação da capacidade de pensar historicamente para a construção

da subjetividade, pois, acredita-se que ela promova a auto-estima dos

alunos, independentemente de seus diferentes pontos referenciais de

identidade.

O ensino de História tem a função de contribuir com o indivíduo na

tomada de decisões em situações práticas: toda ação deriva de uma

reflexão sobre o tempo, avaliação de eventos passados e projeção de

intenções para momentos posteriores. O indivíduo ao agir, atribui

sentidos dele, pois o conhecimento histórico é construído e está em

constante transformação.

A produção de história não resulta do desenvolvimento de um método que

esgote o que há para saber sobre os objetos no passado, mas sim de

sucessivas perguntas que as diferentes gerações fazem ao mesmo, com

novos métodos de pesquisa e novas concepções teóricas, tornando o

saber passível de novas interpretações. Assim, a História também tem

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uma história. A exposição dessa lógica é fundamental para o aluno

compreender está em constante construção. Logo, pode ser objeto de

questionamentos, dúvidas, contestações e reconstruções.

2-OBJETIVOS GERAIS :

A História tem como objetivo os processos históricos relativos às ações e

as relações humanas, tendo ou não consciência dessas ações, as relações

humanas produzidas, ou seja, são as formas de pensar, agir, ou de

raciocinar, de representar, de imaginar, de instruir, portanto de se

relacionar social, cultural e politicamente. Visa contribuir para a

construção do conhecimento e respeito à diversidade – outras etnias,

religiões, outras condições sociais e outras regiões, culturas e nações.

Compreender diferentes processos de formação do individuo como sujeito

e produto histórico no contexto social econômico;

Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio na

localidade, na região e no país e outras manifestações estabelecidas em

outros tempo e espaços;

Reconhecer a identidade de forma articulada através da leitura e analise

bem como contextualização e interpretação de transformações

relacionando com o presente e o futuro;

Resgatar os valores da cultura afro-brasileira na formação de uma nova

geração sem discriminação;

3-CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :

- Dimensão Política;

- Dimensão econômico-social;

- Dimensão cultural

4 - CONTEUDOS ESPECÍFICOS :

- Dimensão Política; Dimensão econômico-social; Dimensão

cultural

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DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XV – DIFERENTES

TRAJETÓRIAS, DIFERENTES CULTURAS.

Produção do conhecimento histórico:

• O historiador e a produção do conhecimento histórico

• O tempo, temporalidade.

• Fontes, documentos

• Patrimônio material e imaterial

• Pesquisa

Articulação da História com outras áreas do conhecimento:

• Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia,

sociologia, etnologia e outros.

Arqueologia no Brasil:

• Lagoa Santa: Luzia , Minas Gerais

• Serra da Capivara: Piauí

• Sambaquis: Paraná

Povos indígenas no Brasil e no Paraná:

• Ameríndios do território brasileiro

• Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng

A chegada dos europeus na América:

• ( des) encontros entre culturas;

• Resistência e dominação: Escravização/catequização.

Formação da sociedade brasileira e americana:

• América portuguesa;

• América espanhola;

• América franco-inglesa;

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• Organização político-administrativa – (capitanias hereditárias,

sesmairas);

• Manifestações culturais (sagrada e profana);

• Organização social ( família patriarcal e escravismo);

• Escravização de indígenas e africanos;

• Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:

A humanidade e a História :

• De onde viemos quem somos como sabemos?

Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes

migrações:

• Teorias do surgimento do homem na América

• Mitos e lendas da origem do homem

• Desconstrução do conceito de pré-história

• Povos ágrafos, memória e história oral.

As primeiras civilizações na América:

• Olmecas, Mochicas,Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas

• Ameríndios da América do Norte

As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia:

• Egito, Núbia, Gana e Mali

• Hebreus, Gregos e Romanos

Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e

política:

Reconquista do território

Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo

Comércio( África, Ásia, América e Europa )

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Os Reinos e sociedades Africanas e os contatos com a Europa:

• Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa, (Zimbabwe ) e outros;

• Comércio

• Organização política- administrativa

• Manifestações culturais

• Organização social

• Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil...

Diáspora Africana

Agenda 21

Arrecadação Fiscal

- Dimensão Política; Dimensão econômico-social; Dimensão

cultural

DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE

INDEPENDENCIA DO BRASIL-SÉCULO XVII AO SÉCULO XIX

Expansão e consolidação do território:

• Missões

• Bandeiras

• Invasões estrangeiras

Colonização do território paranaense:

• Economia

• Organização social

• Manifestações culturais

• Organização-político-administrativa

Movimentos de contestação:

Quilombos ( Brasil e Paraná)

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Irmandades: manifestações religiosas - sincretismo

Revoltas Nativistas e Nacionalistas

• Inconfidência Mineira;

• Conjuração Baiana

• Revolta da Cachaça

• Revolta da Maneta

• Guerra dos Mascates

Chegada da família Real ao Brasil:

• De Colônia a Reino Unido

• Missões artístico-científicas

• Biblioteca nacional

• Banco do Brasil

• Urbanização na Capital

• Imprensa Régia

O processo de independência do Brasil:

• Governo de D. Pedro I

• Constituição outorgada de 1824

• Unidade territorial

• Manutenção da estrutura social

• Confederação do Equador

• Província Cisplatina

• Haitianismo

• Revoltas regenciais: ( Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem e

Farroupilha )

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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:

Consolidação dos Estados nacionais europeus e reforma

Pombalina:

• Reforma e contra-reforma

Independência das treze colônias Inglesas da América do Norte:

Diáspora Africana

Revolução Francesa

• Comuna de Paris

Invasão Napoleônica na Península Ibérica:

O processo de independência das Américas:

• Haiti

• Colônias Espanholas

Agenda 21

Arrecadação Fiscal

- Dimensão Política; Dimensão econômico-social; Dimensão

cultural

PENSANDO A NACIONALIDADE: SÉCULO XIX AO XX – A

CONSTITUIÇÃO DO IDEÁRIO DE NAÇÃO DO BRASIL.

A construção da Nação:

• O governo de D. Pedro II

• Criação do IHGB

• Lei de Terras, Lei Eusébio de Queiroz- 1850

• Início da imigração européia

• Definição do território

• Movimento abolicionista e emancipacionista

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Emancipação política do Paraná ( 1853 ):

• Economia

• Organização social

• Manifestações culturais

• Organização político-administrativa

• Migrações: internas ( escravizados, libertos e homens livres pobres)

e externas ( europeus)

• Os povos indígenas e a políticas de terras

A Guerra do Paraguai e / ou a Guerra da Tríplice Aliança:

O processo de abolição da escravidão

• Legislação

• Resistência e negociação

• Discursos ( abolição / imigração – senador Vergueiro ),

branqueamento, miscigenação ( Oliveira Vianna, Nina Rodrigues,

Euclides da Cunha, Silvio Romero no Brasil e Sarmiento na

Argentina)

Os primeiros anos da República:

• Idéias positivistas

• Imigração asiática

• Oligarquia, coronelismo e clientelismo

• Movimento de contestação: campo e cidade

• Movimentos Messiânicos

• Revolta da Vacina e urbanização do Rio de Janeiro

• Movimento operário: anarquismo e comunismo

• Paraná:

- Guerra do Contestado

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- Greve de 1917 – Curitiba

- Paranismo: movimento regionalista - Romário Martins, Zaco Paraná,

Langue de Morretes, João Turim.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

Revolução Industrial e relações de trabalho do século XIX e XX:

• Ludismo;

• Socialismo;

• Anarquismo;

Relacionar: Taylorismo, Fordismo e Toyotismo.

Colonização da África e da Ásia

Guerra Civil e Imperialismo Estadunidense

Carnaval na América latina: entrudo, murga e candomblé.

Questão Agrária na América Latina

• Revolução Mexicana

Primeira Guerra Mundial

Revolução Russa

Agenda 21

Arrecadação Fiscal

- Dimensão Política; Dimensão econômico-social; Dimensão

cultural

REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX

AO XXI - ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA

CONTEMPORANEIDADE.

A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade

• Economia

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• Organização social

• Organização político-administrativa

• Manifestações culturais

• Coluna Prestes

A “ Revolução” de 30 e o período Vargas ( 1930 a 1945 )

• Leis trabalhistas

• Voto feminino

• Ordem e disciplina no trabalho

• Mídia e divulgação do Regime

• Criação do SPHAN, IBGE

• Futebol e carnaval

• Contestações à ordem

• Integralismo

• Participação do Brasil na II Guerra Mundial

Populismo no Brasil e na América Latina

• Cárdenas – México

• Perón – Argentina

• Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil.

Construção do Paraná Moderno:

• Governos de ( Manoel Ribas, Moysés Lupion, Bento Munhos da

Rocha Netto e Ney Braga )

• Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura

administrativa ( Copel, Banestado, Sanepar, Codepar...)

• Movimentos culturais

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• Movimentos sociais no campo e na cidade ( revoltados Colonos,

década de 50 – sudoeste )

• Os Xetás

O Regime Militar no Paraná e no Brasil:

• Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação.

• O uso ideológico do futebol na década de 70 (o tricampeonato

mundial e a criação da liga nacional – campeonato brasileiro)

• Cinema novo

• Teatro

• Itaipu, Sete Quedas e a Questão da Terra

Movimentos de contestação no Brasil:

• Resistência armada

• Tropicalismo

• Jovem guarda

• Novo sindicalismo

• Movimento estudantil

Paraná no contexto atual:

Redemocratização:

• Constituição de 1988

• Movimentos populares rurais e urbanos: MST – Movimento dos Sem

Terra- MNLM – Movimento Nacional de Luta pela Moradia- CUT –

Central Única dos Trabalhadores- Marcha Zumbi dos Palmares,

etc...

• Mercosul

• Alça

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O Brasil no contexto atual:

• A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão

CONTEUDOS COMPLEMENTARES

Crise de 29

Ascensão dos Regimes Totalitários na Europa

Movimentos Populares da América Latina

II Guerra Mundial

Independência das colônias Afro-asiáticas

Guerra Fria

Guerra Fria e os Regimes Militares na América Latina:

• Política da boa vizinhança

• Revolução Cubana

• Onze de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende

• Censura aos meios de comunicação

• A copa da Argentina 1978

Movimentos de contestação no mundo:

• Maio de 68 – França

• Movimento Negro –

• Movimento Hippie

• Movimento Homossexual

• Movimento Feminista

• Movimento Punk

• Movimento Ambiental

Fim da bipolariazação mundial:

• Desintegração do bloco socialista

• O neoliberalismo

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• Globalização

• 11 de Setembro nos EUA

África e América Latina no contexto atual

Agenda 21

Arrecadação Fiscal

4- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO :

Os conhecimentos históricos tornam-se significativos para os estudantes,

como saber escolar e social, quando contribuem para que eles reflitam

sobre suas vivências e suas inserções históricas.

Por esta razão, é fundamental que aprendam a reconhecer costumes,

valores e crenças em suas atitudes e hábitos cotidianos e nas

organizações da sociedade; a identificar os comportamentos, as visões de

mundo, as formas de trabalho, as formas de comunicação, as técnicas e

as tecnologias em épocas datadas; e a reconhecer que os sentidos e

significados para os acontecimentos históricos e cotidianos estão

relacionados com a formação social e intelectual dos indivíduos e com as

possibilidades e os limites construídos na consciência de grupos e de

classes. Assim o trabalho com diferenças e semelhanças, bem como

continuidades e descontinuidades, tem objetivos de instigá-los à reflexão,

à compreensão e participação no mundo social.

É tarefa do professor criar situações de ensino para os alunos

estabelecerem relações entre presente e passado, o particular e o geral,

as ações individuais e coletivas, os interesses específicos de grupos, e as

articulações sociais propiciando sempre a valorização de uma educação

inclusiva , respeitando a diversidade presente nas relações humanas

cotidianas.

5-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A Avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo

qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu

próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o

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processo de aprendizagem dos alunos bem como diagnosticar seus

resultados e atribuir valores.

Para o aproveitamento escolar serão utilizadas técnicas e instrumentos

como: trabalhos intra e extra-classe , leituras e debates de textos e

análises de vídeos.

Para cumprir sua finalidade educativa a Avaliação contemplará a

valorização do ser humano e sua formação para cidadania, devendo ser

contínua, diagnóstica e cumulativa; observando a formação do cidadão

consciente da diversidade existente no meio que vive respeitando os

limites e potencialidades especificas de cada indivíduo envolvido no

processo educacional.

A avaliação compreenderá a ponderação de média, segundo a legislação

vigente.

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

PORTUGUESA

1-APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A língua portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar

os currículos escolares somente nas últimas décadas do século XIX depois

de já há muito organizado o sistema de ensino mantendo-se por diversos

anos com características elitistas, em meados do século XX iniciou-se

então um processo de “democratização” do ensino, com a ampliação de

vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros

fatores. Como conseqüência desse processo de “democratização” a

multiplicação dos alunos, as condições escolares e pedagógicas, as

necessidades e as exigências culturais passam a ser outras, bem

diferentes.

Dessa forma os conteúdos da Língua Portuguesa são constituídos

dentro da mobilidade histórica, possibilitando o diálogo com conceitos

diversos que somados conseguem abranger toda a complexidade do

processo de uso da língua. É no contexto das práticas discursivas que se

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fazem presentes conceitos oriundos da Lingüística, Sócio lingüística,

Semiótica, Pragmática, Estudos Literários, Análise do Discurso,

Gramática Normativa, descritiva de usos, entre outros que possam

garantir o aprimoramento dos alunos do Ensino Fundamental quanto ao

uso das linguagens.

O trabalho com a Língua Portuguesa deve ser resultante de um

estudo coletivo e histórico. A língua é um instrumento de comunicação de

domínio público, social capaz de transmitir cultura e registrar a história

da humanidade no decorrer dos tempos. Seu processo de interação

verbal, sua substância, sua realidade, seu modo de produção têm

objetivos diferentes, portanto implicam práticas pedagógicas diferentes.

O que se propõe no estudo da linguagem em sala de aula é que se

opte por um ensino voltado para a leitura e para a produção de textos

significativos, capazes de transmitir idéias e sentimentos. Quanto à

gramática, elemento da língua portuguesa será vista dentro do uso e da

funcionalidade dos elementos que a compõem. É na superação do ensino

voltado para a metalinguagem que se ampliam espaços para as práticas

constantes de leitura e de escrita. É fundamental também que se

concebam as variedades lingüísticas como espelho da diversidade

humana, considerando a heterogeneidade das experiências marcadas por

diferenças culturais, sociais, etárias, entre outras.

Pensar a linguagem é pensar a história do homem construindo a

vida em sociedade; é pensar a humanidade produzindo o progresso que

trouxe consigo novas formas de linguagem; é pensar os avanços

tecnológicos, a globalização, o avanço da ciência que ampliam o léxico

pela incorporação de uma linguagem específica; é considerar os

regionalismos como marca cultural de um povo, respeitar seus falantes e

ao mesmo tempo ofertar-lhes a possibilidade de apropriação da língua

padrão tornando-os aptos a competir em qualquer atividade de

comunicação.

Assim, defendemos o ensino de Língua Portuguesa numa visão

sócio-interacionista o qual procura ver a linguagem como ação humana e

não apenas como mais um fato isolado dentro da sociedade. Este ensino

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deverá considerar o real contexto e refletir atos cotidianos, sendo

instrumento de reflexão, de reivindicação, de inclusão e de transformação

da realidade onde nosso aluno está inserido.

Os conteúdos abordarão, no decorrer do ano letivo, de forma

interdisciplinar, os seguintes projetos:

- Tecnologias: A evolução tecnológica deve ser considerada grande

aliada da educação pelo poder de tornar as aulas mais dinâmicas,

flexíveis e promover o auto estudo. No entanto é importante que os

governantes de fato concretizem a parte estrutural, colocando realmente

os recursos tecnológicos a serviço da educação e ao alcance do educando

em todas as salas de aula do Paraná.

- Cultura-Afro: De acordo com o artigo 1º da Lei nº. 9.394 de 20 de

dezembro de 1996 passa a vigorar acrescida dos artigos 26-A, 79-A, 79-B,

os quais alteram a mesma Lei na forma como era publicada

anteriormente, obrigando os estabelecimentos de ensino fundamental e

médio, oficiais e particulares a terem como parte obrigatória em seus

currículos a História e a Cultura Afro-Brasileira. Portanto os conteúdos

deverão abordar as lutas dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira

e o negro na formação da sociedade nacional, evidenciando a

contribuição desse povo nas áreas social, econômica e política da história

do Brasil.

- Educação Fiscal: Quando observamos a vida em sociedade,

reconhecemos que existem necessidades coletivas que precisam ser

satisfeitas. Educação, trabalho, saúde, alimentação, segurança,

habitação, locomoção, cultura, lazer, por exemplo, são condições

subjacentes ao desenvolvimento social em razão do que se configura

como necessidades coletivas públicas. A satisfação de tais necessidades é

fundamental para a construção das comunidades e supõe um custo que os

seus integrantes devem cobrir. Em face de tais considerações é que se

justifica o espaço da Educação Tributária no currículo da escola

brasileira. Dessa forma, os conteúdos serão ministrados no âmbito do

currículo escolar em especial nas áreas de educação artística, literatura e

história do Brasil.

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- Meio Ambiente (Agenda 21 Escolar): A perspectiva ambiental

consiste num modo de ver o mundo no qual se evidenciam as inter-

relações e a interdependência dos diversos elementos na constituição e

manutenção da vida.

À medida que a humanidade aumenta sua capacidade de intervir na

natureza para satisfação de necessidades e desejos crescentes, surgem

tensões e conflitos quanto ao uso do espaço e dos recursos, tornando

hegemônicas na civilização, principalmente ocidental, as interações

sociedade/natureza adequadas às relações de mercado. A exploração dos

recursos naturais se intensificou muito e adquiriu outras características,

a partir das revoluções industriais e do desenvolvimento de novas

tecnologias.

- Educação no Campo: Este é um projeto educacional do atual

governo cujo objetivo é valorizar a cultura, as tradições, o ter e o fazer do

homem do campo.

Nesta concepção é fundamental a permanência e o funcionamento

das escolas do campo com a mesma qualidade das escolas da cidade,

evitando-se, assim, a evasão de alunos da zona rural para zona urbana na

expectativa de lá encontrarem escolas melhores estruturadas e

equipadas. A escola do campo tem como objetivo a valorização das

tradições familiares, do modo de vida, dos conhecimentos empíricos-

científicos, das manifestações culturais e religiosas próprias de cada

comunidade.

- Inclusão: Tendo em vista as diferenças culturais, sociais,

econômicas, ideológicas, as necessidades especiais, deve-se reconhecer e

valorizar as várias linguagens e concepções de mundo na socialização do

conhecimento propriamente dito, de maneira significativa ampliando o

domínio dessas linguagens na sua interação e\ou totalidade.

-Libras: No âmbito escolar, torna-se necessário o uso e domínio da

Língua Brasileira de Sinais, pois o aluno com necessidade desse

atendimento é real.

A reflexão crítica ou ideológica acerca dos discursos, que circulam

em língua portuguesa, somente é possível mediante o contato com textos

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por meio da leitura. Do mesmo modo, a produção de um texto, se faz

sempre a partir de contato com outros textos.

Os alunos, têm a possibilidade de constatar e vivenciar criticamente

a diversidade cultural.

2-OBJETIVOS GERAIS

Ensinar Língua Portuguesa é desenvolver um trabalho de

linguagens que permita ao aluno observar, perceber, inferir, descobrir,

refletir sobre o mundo, interagir com seu semelhante por meio do uso

funcional da linguagem, e que esta reflita a posição histórico-social do

autor, levando-o a perceber, consciente ou inconscientemente, as marcas

de sua ideologia, que estão subjacentes ao seu discurso, seja ele oral ou

escrito.

Assim, o aluno tornar-se-á um cidadão crítico, atuante,

transformador para existência de uma sociedade mais justa, humana,

democrática.

O ensino da Língua Portuguesa deve ser concebido como um

possibilitador de competências lingüísticas no sentido de inserir o aluno

num contexto globalizador e globalizante produzido, principalmente, pela

mídia, ao mesmo tempo em que deva lhe proporcionar meios

generalizantes de escuta\leitura de textos produzidos pelos formadores

de opinião. O ensino deve, também, valorizar uma variedade lingüística

que reflita as diferenças regionais.

Além das variedades lingüísticas que refletem diferentes valores

sociais, o ensino de Língua Portuguesa deve contemplar os diferentes

gêneros literários, buscando dar ao aluno condições de ler e entender os

tipos de discursos bem como produzi-los a partir de suas necessidades

reais. Ele precisa ter consciência dos diferentes níveis de linguagem e

saber utilizar, a cada situação concreta, o padrão lingüístico mais

adequado, inclusive aquele exigido pelas situações mais formais.

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Considerando a relação estreita entre linguagem e pensamento, o

aluno deve estar preparado para perceber e produzir bons textos de

acordo com seus interesses e necessidades, deixando de ser um aluno

reprodutor para ser produtor de idéias próprias.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Oralidade

• Leitura

• Escrita

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

• Leitura

• Debates

• Relatos

• Interpretação oral de textos

• Contação de histórias

• Produção de textos

• Reestruturação de textos

• Análise lingüística:

o Interpretativa

o Contrastiva

o Comparativa

• Identificação de idéias básicas

• Especificidade dos textos

• Contextualização

• Processo da produção

• Argumentação

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• Unidade temática

• Unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos)

• Fluência, entonação e ritmo

• Pesquisa do léxico afro, políticas públicas, da diversidade e

produção cultural.

CONTEÚDOS

Leitura

Estudo do vocabulário

Interpretação de texto

Textos diversos

Classes de palavras

Especificidade dos textos

Acentuação

Pontuação

Produção textual:

• Bilhete

• Fábula

• Convite

• Carta

• História em quadrinhos

• Charge

• Provérbios

• Diário

• Requerimento

• Telegrama

• Cartão

• Cheque

• Avisos

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• Receita

• Relatório

• Entrevista

• E-mail

• Textos literários curtos e longos

• Reportagem

• Textos de imprensa

• Paródia

• Paráfrase

• Memorando

• Resenha

• Ofício

• Curriculum Vitae

• Cantigas infantis\populares

• Gíria

• Letra de música

• Texto publicitário

• Textos lúdicos

• Carteira de trabalho identidade/certidão de nascimento

• Contrato

• Relatório

• Receita

• Correspondências oficiais

Neologismos

Estrangeirismos

Homônimos / parônimos

Figuras de linguagem

Norma culta

Conotação / denotação

Ortografia

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OBS.: Os conteúdos introduzidos na reformulação desta proposta

curricular serão incluídos em todas as séries, dosando-se a metodologia

conforme se fizer necessário.

4-METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O pensamento é a essência da atividade educativa. O aluno precisa

ser levado a perceber que, desenvolvendo o pensamento crítico,

desenvolve a capacidade de:

Observação – percebendo a realidade, descrevendo situações e

adquirindo informações;

Análise – relacionando as partes de um todo;

Teorização – desenvolvendo conceitos, explicando e interpretando;

Síntese – julgando e selecionando;

Aplicação – planejando, construindo e produzindo.

Nessa nova sociedade, criatividade, autonomia e capacidade de

solucionar problemas são prioridades. Por isso objetivamos estimular os

alunos à ação, pautada numa postura crítica e inovadora, de forma a

enriquecer e motivar a aplicação material. A metodologia proposta na

disciplina de Língua Portuguesa tem como prioridade trabalhar os eixos

estruturantes: Leitura, oralidade e escrita através de debates, leituras,

atividades orais e escritas, trabalhos em grupos e individuais, pesquisas,

palestras, vídeos, visitas, projetos, entre outras, visando a uma leitura

crítica do conhecimento humano adquirido e acumulado através do

tempo, atualizando-o e relacionando-o às situações do cotidiano.

Os conteúdos serão trabalhados de forma contextualizada e

interdisciplinar através de projetos, respeitando o conhecimento

adquirido de cada educando, seus limites, carência, especificidades e

dificuldades.

No que diz respeito aos projetos, eles devem ter objetivos

compartilhados por todos os envolvidos que se expressam num produto

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final em função do qual todos trabalham, inter-relacionando-se de forma

contextualizada, articulando diferentes conteúdos e disciplinas.

O aluno aprende participando, tomando atitudes diante dos fatos,

vivenciando sentimentos e escolhendo procedimentos para atingir seus

objetivos. Ao participar de um projeto, o aluno envolve-se numa

experiência educativa cujo processo de construção do conhecimento está

integrado às práticas vividas. Ele deixa de ser um aprendiz de conteúdos,

para utilizá-los como meios de ampliar sua interação com a realidade, de

forma crítica e dinâmica, que oportuniza opinar, decidir, debater,

construir a autonomia e o compromisso social, formando o cidadão

consciente e participante. Este cidadão deve ser capaz de respeitar as

diversidades cultural, social e étnica; agir demonstrando atitudes

solidárias e livres de preconceitos. Além disso, a autonomia deste cidadão

passa pelo conhecimento das técnicas e do domínio das tecnologias pelo

respeito e integração ao meio ambiente; e pela capacidade de entender,

pagar e exigir seus direitos tributários, como fonte de melhoria da

qualidade de vida de sua comunidade.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica, contínua e cumulativa, capaz de

considerar as especificidades do educando e de respeitar as diferenças

individuais da turma sendo, portanto, inclusiva.

Pretende-se também que a avaliação sirva aos alunos como

instrumento de diagnóstico de sua própria situação, permitindo-lhes

constatar o que já aprenderam e o que lhes falta aprender, bem como as

dificuldades que tiveram para a apropriação deste ou daquele conteúdo.

Para o professor, a avaliação consiste num instrumento de fundamental

importância, uma vez que os resultados obtidos pelos alunos poderão

subsidiá-lo quanto à reflexão que ele precisa constantemente fazer sobre

sua prática, no sentido de verificar a eficácia ou as falhas em seu

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desempenho no decorrer do processo. É a partir desses resultados que o

professor tem a possibilidade de implementar sua ação pedagógica em

busca do sucesso de seus alunos. O educando será avaliado em todos os

trabalhos realizados em sala de aula, dando ênfase à leitura, oralidade e

escrita, obedecendo aos aspectos formais da língua portuguesa.

Em relação à leitura serão propostas questões nas quais os

educandos possam demonstrar a compreensão do texto lido, e o professor

perceba o posicionamento e reflexão que aquele foi capaz de fazer sobre

o apresentado.

Quanto à oralidade, esta será avaliada progressivamente

considerando as participações que o aluno faz nas práticas cotidianas.

Nestas oportunidades, o professor levará em consideração a clareza, o

desembaraço e a argumentação adequados ao discurso, interlocutores e

situações vivenciadas.

E, finalmente, em relação à escrita, será sempre necessário que os

textos escritos sejam vistos como uma fase no processo produtivo e nunca

como objetivo final.

Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus

aspectos - discursivos, textuais, ortográficos, gramaticais - os elementos

lingüísticos utilizados precisam ser avaliados em uma prática reflexiva

contextualizada. Uma vez compreendida, os alunos podem utilizá-los em

outras operações lingüísticas.

A Avaliação é uma atividade ampla e complexa. É fundamental que,

ao exercê-la, o professor a veja não como um instrumento de dar nota,

mas como um meio de garantir o melhor nível de domínio das atividades

por parte de seus alunos.

RECUPERAÇÃO PARALELA:

Durante o processo de ensino aprendizagem, ao se detectar alunos que

apresentem rendimento abaixo do nível esperado, será ofertada a

Recuperação Paralela que consiste na recuperação da aprendizagem e na

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reavaliação de determinados conteúdos, no decorrer das aulas. Este

trabalho poderá ser feito através de pesquisas, leituras, produção de

textos, relatórios e outras atividades a conforme a necessidade.

BIBLIOGRAFIA

CURRÍCULO BÁSICO PARA A ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO

PARANÁ

PROGRAMA AGRINHO – Uma leitura para os Temas Transversais

CADERNOS TEMÁTICOS – História e Cultura-Afro – Brasileira e africana

CADERNOS TEMÁTICOS – Educação do Campo

DIRETRIZES CURRICULARES – Versão Preliminar

PRECONCEITO LINGÜÍSTICO – Marcos Bagno

PORTOS DE PASSAGEM – João Wanderley Geraldi

O TEXTO NA SALA DE AULA – João Wanderley Geraldi

BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, Carlos A. Um novo movimento no ensino da língua

portuguesa in fazenda, Ivani ( org.) Academia vai á escola,

Campinas,São Paulo: Papirus, 1995.

GERALD, João W. Concepções de linguagem e ensino de português,

in : João W ( org) O texto na sala de aula. 2ed. São Paulo: Ática,1997.

ESTADO DO PARANÁ.Currículo Básico para Escola pública do

Estado do Paraná. Curitiba, 1990,PP.50-52.

FARACO, Carlos Alberto. Área de linguagem: algumas contribuições

132

Page 133: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - ESCOLA ESTADUAL JOSÉ DE ... · Ata de Aprovação do Projeto Político Pedagógico pelo Conselho Escolar ... classe especial, sala de recurso, sala

para sua organização. In : KUENZER, Acácia ( org) . Ensino Médio-

construindo uma proposta para os que vivem do trabalho.3ed. São

Paulo:Cortez,2002.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar:2 ed. São Paulo:

Cortez, 1995.

VASCONCELOS, Celso dos. Construção do conhecimento em sala de

aula. São Paulo: Libertad-centro de formação e acessória

pedagógica: 1993.

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMATICA

1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

A Matemática nasceu por volta de 2000 a.C. quando os Babilônicos

acumularam registros que classificamos atualmente como álgebra

elementar. São as Primeiras considerações da humanidade, originária da

observação e reconhecimento de configurações físicas e geométricas,

comparar formas, tamanhos e quantidade. Contudo, como a Ciências a

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Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos V I

e V a.C. Com a civilização grega surgiram regras, princípios lógicos e

exatidão de resultados. Com os pitagóricos, na Grécia, ocorreram as

preocupações e importância da Matemática no ensino e na formação das

pessoas, buscando assim um instrumento que instigaria o pensamento do

homem. Por isso o ensino da Matemática, as interpretações e o

pensamento matemático, até hoje exercem influencias na prática docente.

As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em práticas

pedagógicas ocorreram no século VI a.C., com os sofistas, considerados

profissionais do ensino. A Matemática ensinada se baseava nos

conhecimento de aritmética, geometria, música e astronomia. Com suas

metodologias, introduziram a Astronomia. Com suas metodologias,

introduziram uma educação com caráter de intelectualidade e valor

científico.

Por volta dos séculos IV a II a.C. o ensino de Matemática estava reduzido

a contar números inteiros, cardinais e ordinais. A Matemática no século I

a.C. se desdobrou nas disciplinas de Aritmética, Geometria, Música e

Astronomia.

No século V d.C. a Matemática tinha o objetivo de entender os cálculos do

calendário litúrgico e determinar as datas religiosas. As produções

Matemáticas feitas pelos Hindus, Árabes, Persas e Chineses se

configuraram como importantes avanços no conhecimento algébrico.

Entre os séculos VIII e IX surgiram as escolas e a organização dos

sistemas de ensino.

Nos séculos X e XV, as discussões filosóficas nas universidades medievais

contribuíram para o desenvolvimento da Matemática especulativa.

No Brasil, na metade do século XVI, com a educação Jesuítica, a

matemática foi introduzida nos currículos da escola brasileira.

O século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial, a

pesquisa matemática se direcionou então, a atender os processos de

industrialização.

No início do Século XIX, o ensino da Matemática se desdobrou em

Aritmética, Geometria, Álgebra e trigonometria. A Matemática escolar

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demarcava programas de ensino da época, por ser a ciência que daria

base de conhecimento para solucionar os problemas de ordem prática.

Com a aprovação do Departamento Nacional de Ensino e da Associação

Brasileira de Educação, as disciplinas de Aritmética, Álgebra, Geometria

e Trigonometria foram unificadas surgindo assim à disciplina de

Matemática em 1928 a pedido de Euclides Roxo, baseado nas discussões

do Colégio Pedro II e das discussões internacionais.

Com o movimento da Escola Nova, as idéias do ensino da matemática

foram reformuladas, orientando assim um ensino com uma concepção

Empírica ativista, valorizando os processos de aprendizagem e o

envolvimento dos estudantes em atividades de pesquisa, atividades

lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos.

Até o final dos anos de 1950, o ensino da Matemática no Brasil estava

baseado na tendência Formalista Clássica, nesta tendência a

aprendizagem era centrada no professor e no seu papel de transmissor e

expositor do conteúdo, através de desenvolvimentos teóricos em sala de

aula. O ensino era livresco e conteudista e a aprendizagem consistia na

memorização e na repetição precisa de raciocínios e procedimentos.

Após a década de 1950, a tendência Formalista Moderna, abordava o

ensino da Matemática centrado no professor que demonstrava os

conteúdos em sala de aula. Enfatizava-se o uso preciso da linguagem

Matemática, o rigor e as justificativas das transformações algébricas

través das propriedades estruturais.

As produções de diversos materiais didáticos de Matemática e da prática

pedagógica de muitos professores no Brasil foram construídas nas

décadas de 1940 a 1980. Com o objetivo no desenvolvimento da

criatividade e das potencialidades e interesses individuais. O estudante

era considerado o centro do processo e o professor, o orientador da

aprendizagem.

O regime militar brasileiro de 1964 oficializou a tendência pedagógica

Tecnicista, que afirma que a escola tinha a função de manter e estabilizar

o sistema de produção capitalista com o objetivo de preparar o indivíduo

para ser útil e servir ao sistema. O método de aprendizagem enfatizado

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era memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as

habilidades de manipulação de algoritmos e expressões algébricas e de

resolução de problemas. A pedagogia Tecnicista não se centrava no

professor ou no estudante mas, sim, nos objetivos instrucionais, nos

recursos e nas técnicas de ensino. Os conteúdos eram organizados por

especialistas, muitas vezes em Kits de ensino, e ficavam disponíveis em

livros didáticos, manuais, jogos pedagógicos, recursos audiovisuais e

computacionais.

A tendência Construtivista surgiu no Brasil a partir de 1960, 1970 e 1980

nela o conhecimento matemático resultava de ações interativas e

reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas. O

Construtivismo dava ênfase ao processo e não ao produto do

conhecimento, valorizando a interação entre os estudantes e o professor,

o espaço de produção individual de cada um fazia acontecer à interação

das ações e reflexões realizadas coletivamente.

A tendência pedagógica Socioetnocultural valorizou os aspectos sócio-

culturais da Educação Matemática e tinha sua base teórica e prática na

Etnomatemática.

O conhecimento matemático passou a ser visto como um saber prático,

relativo, não universal e dinâmico, produzido histórico-culturalmente, nas

diferentes práticas sociais, podendo ser sistematizado ou não. A relação

professor-aluno era a dialógica.

A Tendência Histórico-Crítica concebia a Matemática como um saber

vivo, dinâmico, construído historicamente para atender as necessidades

sociais e teóricas. Nesta tendência a aprendizagem efetiva da Matemática

consiste no desenvolvimento de estratégias que possibilitam ao aluno

atribuir sentido e significado às idéias matemáticas e assim tornar-se

capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. O

papel do professor era de articular o processo de ensino e da

aprendizagem, a visão de mundo do aluno, suas opções diante da vida, da

história e do cotidiano.

Com a aprovação da Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional, no

que diz respeito à oferta de disciplinas, foram criadas nas escolas,

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disciplinas que são na verdade, campos de conhecimento da Matemática,

como a Geometria, Desenho Geométrico, e Álgebra, adequando o ensino

brasileiro às transformações do mundo do trabalho.

No início do Século XX o ensino da Matemática teve consciência da

necessidade de acontecer de forma a realizar análise, discussões,

conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias.

No final da Década de 1980 e início de 1990, o Estado do Paraná fez um

movimento no sentido de produzir um documento de referencia curricular

para a sua rede pública de Ensino Fundamental. O texto de Matemática

sofre influência da tendência histórico-crítica contemplando que aprender

matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer contas ou

marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus

próprios instrumentos para resolver problemas, desenvolver o raciocínio

lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o

imediatamente sensível.

Embora o objeto de estudo da Educação Matemática, ainda encontre-se

em processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na

prática pedagógica da Matemática, de forma a envolver-se com relações

entre o ensino-aprendizagem e o conhecimento matemático.

O ensino de matemática contribui para as transformações sociais através

da socialização do conteúdo matemático, através de uma dimensão

política construída na própria relação entre o conteúdo matemático e a

forma de sua transmissão-assimilação.

A Educação Matemática proposta atualmente, é um campo de estudos

que possibilita ao professor desenvolver-se intelectual e

profissionalmente, refletir sobre sua prática, além de tornar-se um

educador matemático e pesquisador, que vivencia sua própria formação

continuada, fazendo acontecer sua ação docente, fundamentada numa

ação reflexiva que concebe a Ciência Matemática como uma atividade

humana que se encontra em construção.

2-OBJETIVOS GERAIS:

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O conhecimento matemático contribui para o desenvolvimento e

aprimoramento do processo de pensamento e aquisição de atitudes

formando no educando a capacidade e o hábito de investigação levando-o

a analisar, refletir e enfrentar a formação de uma visão ampla, profunda e

científica da realidade permitindo a aplicação dos conhecimentos

sistematizados em situações diversas e reais do seu dia-dia. Assim, a

Matemática tem como função desenvolver a consciência crítica,

provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a

interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais.

3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Específicos Conteúdos

Complementa

res

NUMEROS,

OPERAÇÕES.

E ALGEBRAS

- Sistema de numeração

Decimal e não decimal

-Números naturais e suas

representações

-Conjuntos numéricos:

Naturais, Inteiros, Racionais,

Irracionais e reais.

- As seis operações e suas

inversas: adição, subtração,

multiplicação, divisão,

potenciação e radiciação.

- Transformação de números

fracionários em números

decimais.

- Adição, subtração,

multiplicação, divisão de

frações por meio de

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equivalência.

- Juros e porcentagens nos

seus diferentes processos de

cálculos: razão, proporção,

frações e decimais.

- Noção de variável e incógnita

e a possibilidade de calculo a

partir da substituição de letras

por valores numéricos

- Noções de

proporcionalidade; fração,

razão, proporção, semelhança

e diferença.

- Grandezas diretamente e

inversamente proporcionais.

- Equações, inequações e

sistemas de equações de

primeiro e segundo graus.

- Polinômios e os casos

notáveis.

- Produtos notáveis.

- Ângulos

- Fatoração

- Calculo do numero de

diagonais de um polígono

- Expressões numéricas

- Funções

- Trigonometria no triangulo

retângulo

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GEOMETRIA

- Elementos da geometria

Euclidiana e noções de

geometria não Euclidiana.

- Classificação e nomenclatura

dos sólidos geométricos e

figuras planas.

- Construção e representações

no espaço e no plano.

- Planificação de sólidos

geométricos.

- Padrões entre bases, faces e

arestas de pirâmides e de

prismas.

- Condições de paralelismo e

perpendicularidade.

- Definição e construção de

baricentro, ortocentro,

incentro e circuncentro.

- Desenho geométrico com uso

de régua e compasso.

- Classificação de poliedros e

corpos redondos, polígonos e

círculos.

- Ângulos, polígonos e

circunferências.

- Classificação de triângulos.

- Representação cartesiana e

confecção de gráficos.

- Estudo de polígonos

encontrados a partir de

prismas e pirâmides.

- Interpretação geométrica de

equações, inequações e

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sistemas de equações.

- Representação geométrica

dos produtos notáveis.

- Construção de polígonos

inscritos em circunferências.

- Circulo e cilindro.

- Noções de geometria

espacial.

MEDIDAS

- Organização do sistema

métrico decimal e do sistema

monetário.

- Transformações de unidades

de medidas de massa,

capacidade, comprimento e

tempo.

- Perímetro, área, volume,

unidades correspondentes e

aplicações na resolução de

problemas algébricos.

- Capacidade e volume e suas

relações.

- Ângulos e arcos: unidade,

fracionamento e calculo.

- Congruência e semelhança de

figuras planas: teorema de

Tales.

- Triangulo retângulo: relações

métricas e teorema de

Pitágoras.

- Triângulos quaisquer.

- Poliedros regulares e suas

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relações métricas.

TRATAMENTO DE

INFORMAÇÃO

- Coleta, organização e

descrição de dados.

- Leitura, interpretação e

representação de dados por

meio de tabelas, listas,

diagramas, quadros e gráficos.

- Gráficos de barra, colunas,

linhas poligonais e de curvas,

setores e histogramas.

- Noções de probabilidades.

- Medias, moda e mediana.

CONTEUDOS COMPLEMENTARES

- Saúde

- Ética

- Meio Ambiente – Agenda 21

- Inclusão

- Religião e humanismo

- Cultura Afro-Brasileira

- Trabalho e consumo – Educação Fiscal

- Orientação sexual

- Educação no Campo, etc.

OBS: A ordem dos conteúdos é flexível de acordo com a realidade de

cada sala e turno. As metodologias poderão ser modificadas a fim de que

os objetivos propostos sejam alcançados. Será dada maior ênfase aos

conteúdos básicos.

Durante o ano todo serão trabalhados problemas práticos como

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introdução de novos temas, como exercícios de fixação ou de

questionamentos de idéias, levando em consideração os temas

transversais.

4- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

Ao iniciar o ano letivo, o professor fará uma sondagem da aprendizagem

com relação ás séries anteriores com o propósito de se verificar a que

nível encontra-se a classe. Após análise dos resultados e detectada

possível falha na assimilação de determinados conteúdos, faz-se

necessário que sejam retomados independente de qual série o problema é

localizado.

Pode-se adotar algumas maneiras para se alcançar satisfatoriamente a

aprendizagem, buscando atender às necessidades e especificidades de

cada educando (educação inclusiva) com a utilização de livros didáticos,

quadro de giz, relação de exercícios, pesquisa em biblioteca, resolução de

situações problemas, fitas de vídeo e Dvds, pesquisa de campo e também

podemos obter excelentes resultados com trabalhos em grupos ele

possibilita a interação sempre necessária enquanto promotora de

discussões que permitirá ao aluno conhecer as soluções dos outros

questioná-las, receber contra-argumentos, repensar sua linha de

raciocínio, o professor como mediador e auxiliador nas verificações das

soluções apresentadas. Outra maneira que pode fornecer argumentos que

favoreça a aprendizagem são os jogos didáticos que são aspectos lúdicos

e é uma técnica facilitadora a elaboração de conceitos, desde que

acompanhada de subsídios para a interpretação do jogo. O material

dourado também é um facilitador, pode-se utilizá-lo na descoberta de

áreas, volumes, formas, etc. Além das propostas acima mencionadas,

existem inúmeras maneiras para despertar o senso crítico e assimilação

da aprendizagem da Matemática, dentre elas destacamos leitura sobre a

história da Matemática, tabelas e gráficos.

É importante estarmos atentos porque nossa metodologia deve atender à

diversidade cultural, intelectual e de nível de aprendizagem, por isso é

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necessário contemplar maneiras diferenciadas a aqueles que apresentam

maior grau de dificuldade na assimilação dos conteúdos. Para tanto o

professor precisa ser coerente e preparado para fornecer subsídios que

sanem tais deficiências ou que possa amenizar o distanciamento de

acordo com cada nível apresentado.

A Educação Matemática proposta atualmente, é um campo de estudos

que possibilita ao professor desenvolver-se intelectual e

profissionalmente, refletir sobre sua prática. Além de tornar-se um

educador matemático e pesquisador, que vivencie sua própria formação

continuada, fazendo acontecer sua ação docente, fundamentada numa

ação reflexiva, que concebe a Ciência Matemática como uma atividade

humana que se encontra em construção.

Na construção do processo de ensino e aprendizagem o aluno deve ser o

agente de transformação e da construção do seu conhecimento, pelas

relações que estabelece com seu conhecimento prévio num contexto,

oportunizando a fixação e automação de elementos já dominados, onde os

procedimentos utilizados pelo professor em sala de aula devem propiciar

condições para que o aluno dê significado ao conteúdo e seja capaz de

fazer conexões entre os diferentes temas matemáticos e também entre

estes e as demais áreas do conhecimento e as situações do cotidiano.

Também é fato que as calculadoras, computadores e outros elementos

tecnológicos estão cada vez mais presentes nas diferentes atividades da

população. O uso desses recursos traz significativas contribuições para o

processo ensino aprendizagem.

Os conteúdos deverão ser retomados constantemente, ora com

desenvolvimento de conceitos aritméticos, ora como desenvolvimento dos

conceitos geométricos, relacionando-os sempre entre si e aprofundando

os assuntos de acordo com a condição de educando e a própria

necessidade do conteúdo abordado. Ressaltamos ainda que todos os

recursos utilizados não podem perder de vista a relação na

contextualização teoria/prática com o real do cotidiano.

5- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

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A avaliação se dará ao longo do processo do ensino, fazendo com que o

educando compreenda o ambiente natural em que vive, tanto no social,

cultural, político, tecnológico, artes e valores em que se fundamenta a

sociedade. O aluno deverá compreender e se apropriar da Matemática

concebida como um conjunto de resultados, métodos e procedimentos,

considerando seu espaço, seu momento, suas possibilidades, limitações

como forma de promover o maior aproveitamento das potencialidades do

mesmo em busca do verdadeiro aprender (educação Inclusiva),

considerando sempre a diversidade existente em cada momento e espaço

no qual o educando está inserido.

Concorda-se com D Ambrósio, que a “avaliação deve ser uma orientação

para o professor na condução de sua prática docente e jamais um

instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus

esquemas de conhecimento teórico e prático. Selecionar, classificar,

filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isto ou aquilo não são missão

do educador”. (2001 p.78).

A avaliação dentro da disciplina será organizada de maneira contínua e

diagnóstica, sendo realizada de diversas formas, tais como: escrita, oral,

trabalhos e pesquisas, tarefas de casa, participação das atividades em

sala...

Todos esses critérios fornecerão ao professor argumentos capazes de se

verificar se os objetivos previstos estão sendo atingidos em relação ao

aluno, permitindo que os mesmos possam evidenciar seus próprios erros

e corrigi-los posteriormente.

Todas as atividades devem respeitar as potencialidades dos educandos e

“cobrar” o que é essencial para o raciocínio matemático, mas em

momento algum deixar de dar oportunidades aos que têm habilidades a

fim de que possam desenvolvê-las o máximo possível.

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6- BIBLIOGRAFIA:

- SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - Diretrizes Curriculares de

Matemática – Ensino Fundamental – Versão Preliminar – SEED –PR,

Julho/2006;

- ________________________________________- Diretrizes Curriculares da

Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do

Paraná;

- SOUZA, Maria Helena de – Matemática – Livro do Professor – 4O.

Volume – 5a. a 8a. Séries – São Paulo – Ed. Atica – 2003;

- ASSIS, Miguel Name – Tempo de Matemática – Editora Brasil S/A.

1996 Guarulhos SP.

- MARTINS, Izolini, MIRANDA, Cléria Maria Lima, ANZZOLIN, Diair

Terezinha Andrade, MELÃO, Vera Lúcia Soares, WALDEREZ –

Matemática – Editora: Construindo o Conhecimento, 2ª Edição, 2002;

- MATSUBARA & ZANIRATTO – Coleção Big Matemática, Editora IBEP,

2ª Edição SP, 2002;

- BARBOSA, J.C. Modelagem Matemática e os professores: a questão da

formação. Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, 2001.

- D`AMBROSIO, U. Etnomatematica- Arte ou técnica de explicar e

conhecer. São Paulo. Atica, 1998.

- DUARTE, N. O compromisso político do educador no ensino da

Matemática.

In : DUARTE , N. ; OLIVEIRA, B. Socialização do saber escolar. São

Paulo: Cortez, 1987. P. 15.

- MEDEIROS, C. F. Por uma educação matemática como

intersubjetividade.

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In: BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987.

P. 13-44.

- PONTES, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na

construção de conceitos. 2004.

- VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3ªed. São Paulo: Martins

Fontes, 2000.

- CADERNOS TEMÁTICOS – História e Cultura – Afro-Brasileira e

Africana;

- CADERNOS TEMÁTICOS - Educação do Campo.

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

1-APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:

Pode-se considerar como marco inicial do ensino de língua estrangeira no

Brasil a chegada dos jesuítas, que ensinavam a língua portuguesa, com

caráter de segunda língua, aos nativos como forma de propagação e

expansão da religião católica.

Somente com a vinda da Família Real e a criação do Colégio D. Pedro II

no Rio de Janeiro é que se dá a devida importância às línguas

estrangeiras, chegando a períodos onde se ensinavam três ou quatro

diferentes. No entanto, com o passar dos anos foi restrita à oferta de

apenas uma língua a partir de 1996.

Na escolha dessa segunda língua ofertada há que se considerarem as

necessidades dos educandos a que se destina o que faz com que o

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espanhol, a primeira vista, possa parecer mais necessário às

comunidades ucranianas, por exemplo.

Contudo é inegável que a língua inglesa é indispensável e insubstituível

em razão da própria situação social, econômica e política da sociedade

contemporânea.

Em tempos de globalização e capitalismo crescente a língua inglesa é o

instrumento mor nesse processo de adequação dos indivíduos à condição

de cidadãos do mundo e como tais possam compreender e ser

compreendidos na expressão de questões que afetam pessoas de

diferentes lugares e que partilham interesses comuns.

Paralelo aos fins de progressão no trabalho e estudos posteriores, a

língua estrangeira possibilita experiências de identificação social e

cultural e não somente um instrumento de comunicação.

Uma vez que é na língua que percebemos e entendemos a realidade, a

percepção do mundo está vinculada às línguas que se conhece, e assim a

comparação entre os modos de construção de significados na língua

materna e na LEM amplia e expande os horizontes e as capacidades

interpretativas e cognitivas dos alunos.

Cabe, portanto, ao professor expor os alunos a valores e significados de

diferentes culturas, questionando concepções e práticas de linguagem e

levando-os, com isso, a desenvolver atitudes transformadoras e críticas.

A reflexão crítica e ideológica acerca dos decursos que circula em língua

inglesa, somente é possível mediante o contato com textos, por meio da

leitura. Do mesmo modo, a produção de um texto, uma ‘contra-palavra’,

se faz sempre a partir do contato com outros textos.

Os alunos, têm a possibilidade de constatar e vivenciar criticamente a

diversidade cultural, problemas tirando as tensões advindas dessas

diferenças, sem perder a sua identidade local, embora elas sejam

produtivamente transformadas por tal contato.

É válido ressaltar a importância do ensino de língua inglesa como suporte

para estudos futuros, crescimento profissional, conhecimento de outras

culturas e valorização da própria cultura.

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2-OBJETIVOS DO LEM:

As aulas de língua estrangeiras configuram espaços nos quais as

identidades são construídas conforme as intervenções entre professores e

alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam.

No dia-a-dia, objetiva-se que os alunos analisem as questões da nova

ordem global, suas implicações e que desenvolvam uma consciência

crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.

Busca, ainda o conceito de que ensinar língua estrangeira na escola não é

apenas o lingüístico.

3-OBJETIVOS GERAIS :

Levar o aluno a ultrapassar limites do ponto em que se encontra, é um

idioma de fundamental importância no mundo globalizado de hoje. E deve

ser encarado como um conhecimento em constante transformação, é

dinâmico devendo desenvolver-se e incorporar-se ao dia-a-dia, visto ser

básico para o convívio social.

Desenvolver múltiplas funções como: interpretação de textos próximos à

realidade do aluno, com temas de interesse de sua faixa etária, que é

levado a examinar o próprio universo, conscientizando-o dos

conhecimentos de língua estrangeira que já possui como participante de

um mundo globalizado; o aluno adquire condições de reconhecer a

influência e a importância da LEM em todos os aspectos do cotidiano.

Priorizar a formação da cidadania como forma de intensificar a

participação na sociedade, pois a comunicação é necessária, porém não

basta o domínio da língua materna, a segunda língua faz-se cada vez mais

necessária.

Promover de forma intensificada o acesso mais igualitário ao mundo

acadêmico, dos negócios e da tecnologia. Também passando a reconhecer

a presença do idioma inglês nas diversas regiões do mundo.

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Trabalhar com materiais variados que envolvam a cultura-afro, agenda 21

e inclusão, tanto na escrita como na oralidade para melhor reflexão sobre

os temas.

4- CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

O DISCURSO

São conhecimentos de maior amplitude, conceitos que se constituem em

partes importantes, basilares e fundamentais para a compreensão de

cada uma das áreas de uma disciplina. São entendidos como os saberes

mais amplos da disciplina e que pode ser desdobrados nos conteúdos que

fazem parte de um corpo estruturado de conhecimentos construídos e

acumulados historicamente.

Dentro da perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo

“conteúdo” não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações

destinados aos alunos, para que estes conheçam, memorizem,

compreendam, apliquem, relacionem etc. O valor é atribuído ao

conhecimento no âmbito de uma cultura particular de um determinado

momento histórico.

O Conteúdo Estruturante não deve ser entendidos como isolados entre si,

estanques e sem comunicação. São na verdade, dimensão disciplinar da

realidade e como tal, cada um dialoga e relaciona-se continuamente com

os outros. O conteúdo estruturante será aquele que trata de forma

dinâmica – o discurso enquanto prática social – efetivado por meio das

práticas discursivas as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.

Eles se fundamentam em quatro práticas fundamentais: falar, escrever,

ler e compreender auditivamente.

Tais práticas podem ser trabalhadas ou podem simultaneamente ou

podem enfatizar uma ou duas delas dependendo do discurso (verbal-oral/

escrito ou não verbal de forma que o aluno interaja).

5- CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

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O texto enquanto unidade de linguagem em uso, será o ponto de partida da

aula de língua estrangeira, seja em que prática for: conhecimentos

lingüísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos.

Serão trabalhados em sala de aula gêneros discursivos que constituem a

variada gama de práticas sociais; valores ideológicos, sociais e verbais que

envolvem o discurso em um discurso sócio-histórico particular através de:

textos científicos, fabulas, lendas, anedotas, parlendas, parodias, poéticos,

narrativos, de opinião não – verbal,e outros textos que envolvam os

conteúdos complementares como: cultura-afro, agenda 21, inclusão,

meio ambiente, educação no campo e tecnologia..

A abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e garantida,

sobretudo ao aproveitar o conhecimento que o aluno já tem das suas

experiências com a língua materna, é imprescindível que as práticas de

leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática

sócio – cultural.

6- METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

A metodologia proposta tem por base o uso da linguagem na

comunicação, envolve o conhecimento e a capacidade de usar o mesmo

para a construção social dos significados na compreensão e produção oral

e escrita. O texto apresenta-se como um espaço para discussão de

temáticas fundamentais para o desenvolvimento intercultural,

manifestados por um pensar e agir crítico, por uma prática cidadã

imbuída de respeito as diferentes culturas, crenças e valores. O texto

nesta proposta apresenta-se como princípio gerado de unidades

temáticas e de desenvolvimento de práticas lingüístico-discursiva. Para

tanto, é importante trabalhar a partir de temas referentes á questões

sociais emergentes, utilizando-se de metodologias que permitam o efetivo

envolvimento e desenvolvimento da consciência cidadã. Valorizando

também a utilização de recursos visuais para o auxílio do trabalho

pedagógico em sala, neste caso os alunos com dificuldades auditivas

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terão possibilidades de participar das aulas na medida em que ela se

configura como espaços nos quais os diversos sentidos são mobilizados

para a aprendizagem de língua: visuais, orais, e cognitivas. O enfoque dos

conteúdos será na utilização de estratégias que ajudarão o aluno a

construir significados via LEM, uma vez que enfatiza o engajamento

discursivo do aluno ao proporcionar a aprendizagem por meio de

aprender como usá-la. Será então preciso utilizar o material didático

disponível na prática pedagógica: livros didáticos, dicionários, livros

paradidáticos, vídeos, DVDS, fitas de áudio, CD Roms, internet.

Os conteúdos complementares serão trabalhados de forma

interdisciplinar, inseridos nos conteúdos com flexibilidade. Eles

proporcionam reflexões sobre as questões de natureza social, com o

objetivo de formar a consciência crítica e despertar a cidadania do aluno,

e devem ser apropriados a cada faixa etária.

Os conteúdos devem ser, gêneros textuais; percepção do conteúdo,

interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais representáveis,

intencionalidade, valor estético e condições de produção; elementos

coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela progressão textual,

encadeamento das idéias e coerência do texto; variedades lingüísticas:

diferentes registros e graus de formalidade; diversidade cultural: interna

e externa, ou seja, entre as comunidades de língua estrangeira e ou as de

língua materna e, ainda, no âmbito de uma mesma comunidade;

conhecimento lingüístico: ortografia, fonética e fonologia, elementos

gramaticais.

Os aspectos lingüísticos deverão ser trabalhados de acordo com o grau de

conhecimento dos alunos, e será voltado para a intenção verbal, cujo a

finalidade e o uso efetivo da linguagem e não a memorização de

conceitos, no ato de seleção de textos, propõe-se analisar os elementos

lingüísticos, discursivos nela presente, mais de forma que não seja

levados em conta apenas objetivos de natureza lingüística, mas sobre

tudo fins educativos.

Em literatura, a reflexão sobre ideologia e a construção da realidade

fazem parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e

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dinâmico, independente do contexto e das relações de poder. Assim em

textos literários, deve-se propor atividades que colaborem para que ele

análise os textos e os perceba como prática social de uma sociedade em

um determinado contexto sócio cultural.

A literatura esta relacionada a história e as tradições culturais de uma

comunidade.

7- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A avaliação da aprendizagem de LEM precisa superar a concepção de

mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto que ela

se configura como processual, e como tal, objetiva subsidiar discussões

acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos a partir de suas

produções, no processo de ensino aprendizagem.

Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos,

considerando que o engajamento discursivo em sala de aula se realiza por

meio da interação verbal, a partir dos textos, e de diferentes formas:

entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação dos

alunos com o material didático; nas conversas em língua materna e na

Língua estrangeira estudada; e no próprio uso da língua, que funciona

como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de pensamentos

e idéias. ( Vygotsky, 1989).

O objetivo principal da avaliação é verificar se aluno foi efetivamente

exposto a interação com os discursos em língua estrangeira, uma vez que

a avaliação nos possibilita um diagnostico para indicar quais os pontos a

serem mais amplamente aprofundados com relação aos conhecimentos

lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou cultural e as praticas-

leitura, escrita e oralidade.

Nesse sentido, durante o processo de ensino e aprendizagem ao se

detectar alunos que apresentem rendimento abaixo do nível esperado,

será ofertado a Recuperação Paralela, através de trabalhos e avaliações.

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6-BIBLIOGRAFIA:

MARQUES, Amadeu, Basic English. São Paulo, Ática, 2002.

ROCHA, Analuiza Machado, Take Your Time/Analuiza Machado Rocha,

Zuleica Águeda

Ferrari.- 3. ed. Reform. – São Paulo: Moderna, 2004.

BERTOLIN, Rafael, Apostila de Língua Inglesa – IBEP.- São Paulo, 2000.

ROSSETTO, Eurides, Together teacher’s book. 3. ed.Pato Branco, PR: 96

p. Ilust.

MORINO, Eliete Canesi, Start Up / Eliete Canesi Morino, Morino, Rita

Brugin de Faria.- 1. ed. São Paulo: Atica, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - Diretrizes Curriculares da

Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do

Paraná-SEED-PR, Julho 2006.

SIQUEIRA, Rute, Magic Reading, 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

WATKINS, Michael, Gramática da Língua Inglesa / Michael Watkins,

Timothy Porter.- 1. ed. São Paulo: Ática, 2002.

154