projeto educativo e pedagógico -...
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2017/20
Projeto Educativo e Pedagógico
EDUCARTE – CONTINENTES E OCEANOS / OS ANIMAIS
2019/2020
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PROJETO EDUCATIVO E PEDAGÓGICO 2019/2020
EducARTE – Continentes e Ocenos/ Os animais
Projeto Educativo e Pedagógico
Coordenação Pedagógica:
Ana Sofia Espanha
Educadoras de Infância: Daniela Alves Ana Sofia Espanha Mónica Silva Mónica Lima
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INTRODUÇÃO
A ação educativa do Colégio das Antas compromete-se com base nas orientações
curriculares aplicáveis ao nosso sistema educativo nacional, na Declaração Universal dos
Direitos da Criança (UNESCO, 1959) e nas tradições e costumes da nossa sociedade.
Neste Projeto procuraremos uma flexibilidade curricular ajustada à faixa etária da
valência de creche. Será nosso objetivo cumprir o dever de uma guarda segura e de uma
educação de qualidade, procurando uma relação de proximidade e confiança com as
famílias e promovendo uma maior abertura do Colégio das Antas à comunidade.
Sabemos que o processo educativo de uma criança pressupõe um trabalho
permanente de cooperação entre a creche e a família. Importa, por isso, que os pais
tenham condições de participação no desenvolvimento deste projeto e que se
comprometam formalmente com ele, constituindo o contrato de participação a
expressão prática desse compromisso. Este compromisso exige uma relação estável e
de proximidade, baseada na convergência de objetivos e na confiança mútua, de forma
a estabelecermos pontes entre a nossa prática educativa e o espaço educativo
doméstico e familiar. Só assim será possível contribuir para o bem-estar e o
desenvolvimento harmonioso das crianças.
Um dos maiores avanços da neurociência do nosso século, é ter descoberto que
as crianças são muito mais do que uma carga genética. O desenvolvimento de todos os
seres humanos encontra-se na combinação da genética com a qualidade das relações
que desenvolvemos e do ambiente em que estamos inseridos. Neste sentido, este
Projeto Educativo faz da criança o alvo da sua ação, valorizando modos de ensinar e
aprender inovadores e assentes na afetividade, que possibilitem o cumprimento de
metas relativas à formação global e harmoniosa das crianças que nele participam.
É nosso objetivo que as crianças beneficiem de um Projeto Educativo que vise
enfrentar os desafios da contemporaneidade e que lhes ofereça todo o potencial para
crescerem a bom ritmo e de uma forma feliz e saudável. O projeto, mesmo sendo
apresentado desta forma global, será alvo de um trabalho individualizado, assente na
observação e avaliação permanente pois, acreditamos que cada criança é singular,
irrepetível, com desejos, ritmos e diferentes formas de aprender e atingir os seus
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objetivos. É, portanto, nosso compromisso servir-nos desta orientação pedagógica para
conhecer cada criança e atender melhor as suas necessidades de desenvolvimento.
Temos objetivos concretos que pretendemos atingir com todas as crianças que
frequentam o Colégio das Antas. É nossa missão cumprir com os quatro pilares
estruturante da educação para o século XXI, definidos pela UNESCO em 1996:
Aprender a Conhecer, ou seja, permitir que as crianças adquiram os instrumentos
da compreensão e da reflexão, de forma a explorarem, até ao limite, as suas
capacidades.
Aprender a Fazer, promovendo a sua autonomia e a capacidade de resolução e
execução, ou seja, capacitando-as de ferramentas para saberem agir sobre o meio
envolvente;
Aprender a Viver Juntos, orientando-as para a construção e liderança de um
projeto de vida, com base em valores de respeito e solidariedade, permitindo-lhes assim
serem felizes consigo próprias e com os outros.
Aprender a Ser, ou seja, ajudando-as a construir a sua individualidade com base
em valores educativos e no respeito pelo Mundo envolvente.
É nossa missão dar liberdade de escolha, de ação e expressão a todas as crianças
para que conheçam o Mundo que as rodeia e para que adquiram capacidades que lhes
permitam avançar com habilidades futuras.
Fundamentação do Tema
As experiências das crianças nos seus primeiros anos de vida estão muito
relacionadas com a qualidade dos cuidados que recebem. Para se oferecer à criança um
ambiente de qualidade, promotor de desenvolvimento e aprendizagem, há que pensar
naquilo que as crianças necessitam e no que gostam, ou seja, no que lhes desperta a
curiosidade e ímpeto de aprendizagem.
Nos primeiros anos de vida, a criança necessita sobretudo de atenção às suas
necessidades físicas e psicológicas e de uma relação de confiança. A linha orientadora
deste Projeto Educativo centra-se, essencialmente, no privilegiar de relações
consistentes, estáveis e significativas para a criança, considerando-a na sua
individualidade, respeitando o seu ritmo e os seus interesses de aprendizagem. Além
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disso, teremos em consideração um ambiente seguro, mas ao mesmo tempo,
desafiante, que lhes ofereça oportunidades de interação com outras crianças e lhes
permitam a liberdade de explorarem e descobrirem por si o mundo que as rodeia.
Sabemos que as crianças têm um ímpeto natural para aprender através das suas
vivencias socias mais próximas (família e creche) e é essencialmente a partir delas que,
nos primeiros anos, a sociedade e o Mundo lhes é apresentado. De uma forma geral, os
temas de primordial interesse na primeira infância estão relacionados com a descoberta
do próprio corpo e com os objetos e seres com quem têm mais contato direto. É nesta
faixa etária que começam a conhecer a micro sociedade em que estão inseridas (a
família, a escola, os amigos, e os principais elementos da natureza) e a sentirem-se
despertas e preparadas para descobrir toda a complexidade de elementos que existe
além das fronteiras do que já conhecem.
Sendo assim, é nosso objetivo que este projeto seja, de forma metafórica, uma
janela para o Mundo, em que a criança consiga ver para além das suas aprendizagens já
adquiridas e descubra as possibilidades de descoberta que o tema do Continente e
Oceanos lhe apresentam. Interessa-nos dotá-las de novas experiências e
conhecimentos, de forma a se tornarem cada vez mais conhecedores, autónomos e
ativos na sociedade.
Para alcançarmos esta tarefa, escolhemos a amalgama de ‘educArte’ pois
acreditamos que o êxito do ato de ensinar só é possível com arte! Arte é por nós
interpretada como sinónimo de manifestação de afeto, de liberdade de escolha, de
novas experiências, aventuras e brincadeira! Arte é para a criança tudo o que envolve
brincar, o descobrir por si própria, o poder de arriscar e errar, o voltar a tentar e o
aprender com prazer! Será através da arte, do ato livre de se expressar, que a criança
irá experimentar, descobrir, inventar, aprender e desenvolver habilidades. Com a arte
vamos estimular-lhes a curiosidade, a autoconfiança e a sua autonomia, com a arte
iremos-lhes apresentar muito do que há no Mundo!
Como linha orientadora para a ação educativa, nasceu de um consenso entre a
equipa pedagógica que o subtema dos animais seria um bom ponto de partida para
abordar as questões da área da formação pessoal e social e do conhecimento do mundo.
Os animais são um dos elementos do ambiente natural mais significativo para a criança
e são para elas uma referência, relativamente ao meio mais próximo que as rodeia.
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Além disso, não podemos esquecer a componente afetiva presente nas interações da
criança com um animal. A afinidade com animais é inata e a nossa cultura também a
promove. Acreditamos que, com base nesta “linguagem” de afetividade poderemos
alcançar o nosso pressuposto de educar com qualidade e com base nos pilares essenciais
à educação do nosso século.
Desde muito pequenas que as crianças têm um grande interesse pelo mundo
animal, seja pelo contacto com animais domésticos, seja por visitas a jardins zoológicos,
livrosinfantis e até por programas televisivos. Esta atração natural pela interação com
os animais tem efeitos positivos no desenvolvimento de qualquer criança. Ao
conhecerem o mundo animal, as crianças irão também aprender mais facilmente sobre
a vida (reprodução, nascimento, morte) e será também fomentada uma aprendizagem
de condutas sociais positivas.
As crianças interessam-se pelas necessidades dos animais, criam com elas
conexões emocionais que são facilmente transferidas para a relação entre humanos,
através do aumento de atitudes empáticas. Desta forma, podemos referir que a criança
que convive com o mundo animal é mais afetiva, repartindo as suas coisas, é generosa
e solidária, demonstra maior compreensão dos acontecimentos, é crítica e observadora,
sensibiliza-se mais com as pessoas e as situações. Acreditamos que conhecer e saber
cuidar dos animais é fundamental para promover a autonomia, a responsabilidade, a
preocupação com a natureza e para capacitar as crianças de atitudes para melhor
lidarem com os problemas sociais.
Objetivos gerais
Num mundo que se faz cada vez mais agitado, onde os tempos de ócio com
família é mais escasso, onde o contato com a natureza é deixado para segundo plano,
onde a era da informática e dos jogos computorizados faz parte integral do dia das
crianças, ter contato com o mundo animal trará, certamente, inúmeras experiências
enriquecedoras. É urgente que, nos dias de hoje, se estimule o contato com a natureza
e para isso é importante que a criança se sinta motivada em descobrir todas as
potencialidades que mundo natural nos oferece. O tema do mundo animal será um tema
desafiante e convidativo que, certamente, despertará nas crianças a curiosidade de
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descobrir sempre mais. Além disso, é um tema que irá permitir promover-lhes a
autonomia e a responsabilidade pessoal e social, formando assim novos cidadãos
responsáveis por um planeta melhor.
Através deste projeto vamos conhecer e perceber melhor o mundo animal,
vamos conhecer animais grandes e pequenos, ruidosos e silenciosos, coberto de
penas…vamos descobrir que os animais podem piar, ronronar, rosnar e cacarejar…
alguns podem correr, saltar, voar e até nadar…uns têm asas, outros barbatanas e outros
patas…
São alguns dos nossos objetivos, permitir:
a) Reconhecer e identificar os animais;
b) Reconhecer os sons, a alimentação, o habitat e as características de cada animal;
c) Estabelecer algumas relações entre as características do meio físico e os animais
que nele vivem;
d) Conhecer e identificar caraterísticas dos animais através dos cinco sentidos;
e) Identificar as etapas do ciclo vital dos animais;
f) Identificar e valorizar a sua utilidade para o homem (alimentação, vestuário,
proteção, trabalho);
g) Desenvolver a capacidade de concentração e o sentido de responsabilidade;
h) Compreender a relação entre os animais e o seu meio ecológico;
i) Aguçar a curiosidade, o sentido de responsabilidade e a socialização através de
visitas de estudo. (zoo da maia, parque orintologico gaia, sealife um por tema)
j) Sensibilizar para os cuidados com a proteção e preservação da natureza e do
mundo animal
Uma vez que o assunto do mundo animal é muito amplo e diversificado,
consideramos mais prático abordá-lo de forma graduada e de acordo com uma divisão
de temáticas que atendam às diferentes classes da vida animal (Terra, Ar e Mar). Estas,
serão exploradas e adaptadas de forma diferente a cada grupo de crianças, tendo em
conta os seus interesses, necessidades e as capacidades demonstradas nas diferentes
faixas etárias.
Sendo assim apresentaremos a temática trimestralmente, ou seja:
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• De setembro a dezembro – exploração dos animais da Terra
• De janeiro a março- exploração dos animais do Ar
• De abril a junho- exploração dos animais do Mar
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OBJETIVOS GERAIS DA CRECHE
• Proporcionar o bem-estar e desenvolvimento integral das crianças, num clima de
segurança afetiva durante o afastamento parcial do seu meio familiar;
• Promover a creche (sala e a equipe de trabalho) como um parceiro privilegiado dos
pais, na continuidade dos cuidados básicos e dos afetivos;
• Favorecer a individualização da criança respeitando os seus tempos, os seus ritmos
e as suas preferências pessoais, potenciando o desenvolvimento psicoafetivo de
cada uma;
• Criar momentos para que se crie uma relação de amizade e afetividade com a
criança, a fim de as mesmas se sentirem seguras, amadas e num ambiente estável e
harmonioso que contribua para um bom desenvolvimento das mesmas;
• Proporcionar à criança um contacto com o meio que a rodeia, para que se inicie o
processo de socialização;
• Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades,
promovendo a melhor orientação e encaminhamento da criança;
• Promover a nossa creche como um espaço que fique “registado” como positivo e
construtivo na formação de cada criança.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada irá remeter para a necessidade de diferenciação
pedagógica, respeitando cada criança como ser único e individual, utilizando a
observação direta como instrumento de observação de cada criança e do grupo em si.
É através da observação das situações diárias e da leitura que a educadora faz de
atitudes e manifestações da criança, que a mesma irá recorrer a temas que vão de
encontro às necessidades e interesses, quer de cada criança, quer do grupo. Esta
metodologia defende uma prática pedagógica individualizada do processo ensino-
aprendizagem, desenvolvendo atitudes de autonomia e de responsabilidade.
A Pedagogia de Situação valoriza cada criança como ser único procurando o
equilíbrio entre a intervenção do Educador e a espontaneidade da criança.
Deste modo a ação pedagógica é centrada na mesma.
Aproveitando como ponto de partida os saberes que a criança traz consigo, cabe
ao adulto o papel de observá-la como ser único, mas também ao grupo, de forma a
poder conhecê-lo, dando-lhe assim o que ele precisa para a aprendizagem de novos
saberes/competências.
Esta metodologia tem como objetivos: o observar; o planear; o avaliar; o detetar
dificuldades; o registar e o reajustar as aprendizagens. Tais procedimentos têm sempre
uma intencionalidade educativa, ou seja, cada criança serve como fonte de informação
para a proposta pedagógica, sendo um guia para orientar a prática, mas devemos ter
sempre em conta a simbiose entre Família/Instituição, que são os responsáveis pelo
processo de desenvolvimento integral da criança.
O que valoriza esta metodologia?
• O jogo livre da criança;
• Motivação e preferência de cada criança;
• Respeita a escolha espontânea das atividades;
• Respeita a personalidade de cada criança;
• Dá à criança oportunidade de escolha, respeita aos seus gostos, as suas ideias e
as suas emoções, isto é, dá-lhe autonomia;
• Possibilita a experimentação, a descoberta, o sentir.
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E todo o trabalho pedagógico desenvolvido nesta Resposta Social e Educativa, terá
como base os “PRINCIPIOS EDUCATIVOS EM CRECHE”, segundo a autora Gabriela
Portugal, que são os seguintes:
1º Princípio - ENVOLVER AS CRIANÇAS NAS COISAS QUE LHE DIZEM RESPEITO, ou
seja, a criança e o adulto devem estar totalmente presentes numa mesma tarefa - o
principal objetivo deste princípio é que a Educadora mantenha a criança envolvida na
interação, com por exemplo na muda da fralda, no vestir e despir, que são considerados
tempos educativos.
A criança que experiencia as principais figuras adultas (pai, mãe, educadora, ajudante
de ação educativa) como emocionalmente acessíveis e como fontes de segurança, muito
provavelmente construirá uma representação de si própria, positiva.
2º Princípio - INVESTIR EM TEMPOS DE QUALIDADE, PROCURANDO ESTAR-SE
COMPLETAMENTE DISPONIVEL PARA AS CRIANÇAS, ou seja, o tempo de qualidade
constrói-se numa rotina diária. A Educadora deverá estar totalmente presente, atenta
ao que se passa, valorizando o tempo que está junto da criança.
Tempo de qualidade em que se visa algo:
São tempos em que a criança e a educadora estão envolvidas numa tarefa
definida pelo adulto, como por exemplo, na muda das fraldas, no vestir, no despir, no
lavar, etc., isto faz com que existam interações individualizadas onde a educadora presta
atenção à criança e “pede” que a criança lhe retribua essa atenção, estas interações
aumentam o tempo de qualidade.
Tempo de qualidade em que não se visa nada de especial:
A educadora simplesmente está perto das crianças, disponível, sem dirigir a ação,
embora esteja totalmente livre e responda às iniciativas das crianças.
Tempo de qualidade de atividades partilhadas:
Durante o jogo, várias iniciativas têm lugar, quer por parte da Educadora, quer
por parte da criança, num movimento de vaivém, em que as duas partes apreciam a
companhia um do outro. Mas devemos ter em conta que a criança também tem
momentos em que necessita estar só, e a educadora e a sua ajudante devem respeitar
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isso, proporcionando até pequenos espaços para que a criança disfrute dessa
privacidade.
3º Princípio - APRENDER A NÃO SUBESTIMAR AS FORMAS DE COMUNICAÇÃO
ÚNICAS DE CADA CRIANÇA E ENSINAR-LHES AS SUAS, ou seja, a Educadora durante a
interação com a criança, deverá articular atos com palavras (por ex. “vamos lavar as
mãos” e o ato de lavar as mãos). A Educadora deve ensinar palavras e linguagem
contextualizada, falando naturalmente e não repetindo as mesmas palavras uma série
de vezes ou utilizando linguagem de bebé. Para além da linguagem verbal, a Educadora
deverá comunicar também com o seu corpo e sons em resposta à comunicação da
criança (movimentos do corpo, expressões faciais, sorrisos, etc.).
4º Princípio - INVESTIR TEMPO E ENERGIA PARA DESENVOLVER UMA PESSOA
“TOTAL”, isto significa que devemos trabalhar simultaneamente o desenvolvimento
físico, emocional, social e cognitivo da criança. São as rotinas diárias, as novas
experiências as refeições, o controle dos esfíncteres, o jogo, que irão contribuir para o
desenvolvimento intelectual. E essas experiências e vivências ajudam a criança a crescer
física, social e emocionalmente.
5º Princípio - RESPEITAR AS CRIANÇAS ENQUANTO PESSOAS DE VALOR E AJUDÁ-
LAS A RECONHECER E A LIDAR COM OS SEUS SENTIMENTOS, ou seja, a Educadora deverá
respeitar a criança, respeitando os seus sentimentos e o direito de ela os expressar,
devendo dar apoio à criança, embora sem exageros e estar disponível para acarinhá-la
e falar com ela.
6º Princípio - SER VERDADEIRO NOS NOSSOS SENTIMENTOS RELATIVAMENTE ÀS
CRIANÇAS, isto quer dizer que as crianças necessitam
de pessoas sinceras e verdadeiras, que também expressam os seus sentimentos, como
por exemplo, zangar-se, assustar-se, entristecer-se. A educadora deve verbalizar os seus
sentimentos e ligá-los claramente com alguma situação imediata e impedir a criança de
continuar a fazê-lo (morder outra criança, fazer uma birra, etc.).
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7º Principio - MODELAR OS COMPORTAMENTOS QUE SE PRETENDEM ENSINAR,
ou seja, a Educadora funciona como um modelo para a criança, por isso deverá ser um
modelo de comportamentos aceitáveis, quer para as crianças, quer em relação aos
adultos que interajam consigo, dando assim exemplos de cooperação, de respeito de
interajuda, de autenticidade e de comunicação.
Por exemplo, quando numa situação de agressividade, a Educadora deve “modelar” com
gentiliza esse comportamento, sem julgar o agressor, mas agir para que a criança
agredida receba amor e atenção do adulto, enquanto ao agressor não lhe daremos essa
atenção e carinho. Essa criança começará a ter a noção que se agredir os amiguinhos irá
fazer com que o adulto fique triste e o “ignore” por um certo período, o que irá fazer
com que essa criança deixe de agredir os outros e melhore o seu comportamento.
8 Principio - RECONHECER OS PROBLEMAS COMO OPORTUNIDADES DE
APRENDIZAGEM E DEIXAR AS CRIANÇAS TENTAREM RESOLVER AS SUAS PRÓPRIAS
DIFICULDADES, ou seja, A educadora deve deixar a criança resolver os seus problemas
dentro das suas capacidades, deve dar-se um certo tempo, possibilitando à criança para
ela tentar resolver os seus problemas, só se a criança não o conseguir é que o educador
deve interferir, pois esta atitude dá à criança uma certa autonomia, desenvolvendo a
sua auto-estima e confiança e confere-lhe a oportunidade de “negociar” e de resolver
problemas e conflitos.
9º Princípio - CONSTRUIR SEGURANÇA; ENSINANDO CONFIANÇA, ou seja, para
que a criança aprenda a confiar, necessita de lidar com adultos confiáveis e saber que
as suas necessidades serão satisfeitas dentro de um período de tempo razoável. Por
exemplo quando a mãe diz adeus à criança e o educador aceita os seus protestos e
choros, enquanto providência segurança, apoia e respeita os seus sentimentos, o estar
triste por deixar a mãe, a criança aprende a prever quando é que a mãe se vai embora
e não estará num estado permanente de alerta, sem saber quando é que a mãe irá
desaparecer, isto é, enquanto a mãe não lhe der um beijo e disser até logo, ela ainda ali
estará. Aí a criança aprende que os adultos à sua volta não a enganem e não lhe mintam,
aprendendo a prever o que vai acontecer e isto fará com que haja um crescimento na
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construção da confiança, o que lhe proporciona crescer num ambiente saudável e
seguro.
10º Princípio - PROCURAR PROMOVER A QUALIDADE DE DESENVOLVIMENTO EM
CADA FASE ETÁRIA, MAS NÃO APRESSAR A CRIANÇA PARA ATINGIR DETERMINADOS
NÍVEIS DEDESENVOLVMENTO, ou seja o desenvolvimento não pode ser apressado, cada
criança tem um relógio interno que determina o momento de se sentar, de gatinhar, de
andar, de falar. A educadora pode encorajar a criança a realizar as coisas que lhe
interessam. O que é importante nesta idade é a aprendizagem e não o ensino. É mais
importante aperfeiçoar competências, do que desenvolvê-las, pois as novas
competências surgirão naturalmente quando a criança já tenha consolidado e já
praticou suficientemente as que adquiriu anteriormente.
PLANIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES
A planificação das atividades será feita de acordo com os interesses e as
dificuldades/necessidades do grupo de crianças, - as atividades serão planeadas
articulando os temas propostos no Projeto Educativo.
A educadora irá utilizar experiências-chave para orientar as suas interações com
as crianças e para planificar atividades que apoiam a sua aprendizagem e o seu
desenvolvimento global.
De acordo com a idade das crianças, que neste caso específico é entre os 3 e os 36
meses e tendo em conta as suas competências e saberes, temos assim o ponto de
partida para estimular as crianças conforme as suas etapas de desenvolvimento. Ao
elaborarmos a planificação semanal é necessário ter em conta os seguintes fatores:
• A adaptação da criança à sua nova sala, à equipa pedagógica e aos seus
pares;
• O nível de desenvolvimento em que a criança se encontra,
• A rotina diária;
• As interações entre criança/adulto, adulto/criança e criança/criança;
• A valorização das ações de cada criança;
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• O estímulo ao diálogo;
• O estímulo à “negociação”.
Resta-nos salientar que a planificação e o trabalho pedagógico que se vai
realizando diariamente terão de ser flexíveis e ajustados às situações com que nos
vamos deparando.
Paralelamente a estas atividades iremos ainda comemorar, de forma a promover
a participação das crianças e das suas famílias na vida da Instituição através de dias e
eventos festivos, agendados no Plano Anual de Atividades.
EXEMPLO DE ATIVIDADES
• Histórias simples;
• Lengalenga;
• Brincar com papéis coloridos
• Colagem
• Massa de farinha
• Digitinta
• Desenho livre e com vários tipos de materiais
• Pinturas coletivas e individuais
• Balões com cores
• Bolas com sabão
• Sacos cheios com materiais diversos
• Bolas
• Blocos grandes
• Brincar com caixas de papelão
• Brincar com caixas de cartão
• Músicas (canções de roda, mímica)
• Fantoches
• Jogos de sombras
• Contacto lúdico com alimentos
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• Pintura com diferentes técnicas
• Celebrações relativas às passagens de etapas (largar a chucha, largar a fralda…)
• Vivência das festas escolares
• Celebração dos aniversários de cada criança
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Caracterização teórica - Berçário
Entre os 5 e os 6 meses
• É a fase em que o bebé inicia a exploração com a boca, quer objetos, quer
o próprio corpo (mãos e pés).
• Movimenta as pernas e os braços para chamar a atenção do adulto,
enquanto faz algumas expressões faciais e balbucia alguns sons com a
mesma intencionalidade.
• Os ruídos, as bolhas com a boca e os sons “ergh” fazem já parte dos seus
recursos à comunicação.
• Quando vê ou ouve alguém conhecido seu, manifesta entusiasmo.
• Mantém-se de pé alguns segundos, quando apoiado pelo adulto.
• Começa a provar novos alimentos conseguindo expressar os seus gostos
ou desagrados
• Utiliza a mão completa para segurar os objetos.
• Nesta etapa da sua vida o bebé aprende a jogar e a imitar aqueles que
lhe são mais próximos.
Entre os 7 e os 8 meses
• É a fase do desenvolvimento que o bebé se revela com pessoa, com as
suas preferências e gostos.
• Levanta a cabeça e aguenta o seu peso com as mãos.
• Mantém-se sentado sem apoio.
• Tenta alcançar os objetos que estão longe de si.
• Gosta de bater e fazer ruídos com os objetos que já aprendeu a segurar
com os seus dedos.
• Reconhece aquilo que o rodeia, quer pessoas, quer o espaço físico.
• É capaz de demonstrar satisfação se estiver acompanhado pelos pais,
pessoas que conhece ou em convívio com outros bebés.
• Também é capaz de demonstrar desagrado, chorando ou mesmo
imitindo gritos que expressem a natureza da sua birra.
• Nesta etapa a criança quer decidir e reforçar o seu “eu”.
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Entre os 9 e os 10 meses
• É a fase em que o bebé vai manifestando maior compreensão do que
dizem os pais com os quais pretende “conversar”, adicionando sons à sua
linguagem.
• Nesta idade o bebé senta-se, inclina-se para a frente sobre as mãos e os
joelhos para gatinhar.
• Há um maior controlo dos músculos e estes ficam mais fortes.
• Também ganha confiança, abre os braços quando se encontra sentado,
para que o levantem expressando contentamento.
• Agarra tudo o que está ao seu alcance e leva à boca, prosseguindo desta
forma as suas explorações.
Entre os 10 e os 11 meses
• É a fase em que a criança se converte em destruidora/(re)construtora,
pondo e tirando, empilhando e desfazendo.
• Adora ser levantada e gatinhar com muita velocidade.
• Adora estar rodeada de gente.
• Começa a dizer as primeiras palavras.
• Nesta sua nova etapa o bebé já reconhece o seu nome, sabe quem são os
pais e reconhece-se. O desenvolvimento do seu “eu” leva-o a ser
possessivo com os seus brinquedos e objetos.
• Começa a imitar sons de palavras verdadeiras com “mamã”, “papá”.
• O bebé começa a ter uma sensação de controlo do próprio corpo e
começa a pôr-se de pé sozinho.
• É uma etapa da vida do bebé em que há um desejo ilimitado para explorar
tudo o que está à sua volta.
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ORGANIZAÇAO DO AMBIENTE EDUCATIVO
Organização do espaço/material
A sala berçário, é uma sala composta por três divisões; uma para o dormitório
composta por nove berços, uma para as brincadeiras das crianças, com brinquedos barra
e espelho, bancada muda fraldas e movel com os pertences decada criança
identificados. Uma copa composta por banca de lavagem da louça, frigorifico,
microndas, fervedor elétrico.
Organização do tempo/rotinas
A organização das rotinas nesta sala é feita de acordo com o próprio ritmo e
tempo de cada criança.
9.00 Acolhimento das crianças com um membro da sala
9:30 – 11:00 Brincadeiras livres e/ou orientadas, exploração do ambiente
11:00 – 12:00 Hora do almoço
Hora da higiene
12:00 – 15:00 Hora da sesta
15:00 – 16:00 Hora do lanche
Hora da higiene
16:00 – 18:00 Brincadeiras livres, exploração do ambiente
Chegada dos pais e familiares
Nota: Estes tempos e rotinas podem ser flexíveis e alteradas sempre que se achar
necessário e que seja em benefício da própria criança.
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Princípios orientadores aos cuidados e à educação em grupo de bebés
Objetivos Estratégias
Permitir observações
diárias
Trabalho de Equipa
Registos Episódicos e Planificações Mensais
Apoio à Família
Promover Interações
Adulto-Criança calorosas e
facilitadoras
Relações de confiança
Apoio
Encorajamento
Abordagem de resolução de problemas para situações
de conflito
Organizar e equipar um
ambiente físico acolhedor e
orientado para as crianças
Materiais sensoriomotores
Espaços
Arrumação
Estabelecer horários e
rotinas que se adaptem às
crianças
Chegadas e Saídas
Rotinas de cuidados: comer, dormir e cuidados
corporais
Tempo de escolha livre
(brincadeiras e exploração do ambiente) Tempo de
grupo
Objetivos específicos para o grupo de crianças do berçário (dos 4 aos 12 meses)
Objetivo Meta
Promover a autonomia da criança
Aprender a:
Gatinhar
Andar
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Fomentar a aquisição de novos hábitos
alimentares da criança
Ter uma alimentação
Semi-sólida e Sólida
Proporcionar à criança diferentes sons
Produzir sons de animais
Dizer 3 ou mais palavras diferentes
Proporcionar momentos estimulação
sensorial
Pintar com as mãos
Manusear objetos com diferentes
texturas
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Caracterização teórica – 12-24 meses
Aos 12 meses
Postura e movimentos largos
• Passa da posição deitada para a sentada;
• Senta-se bem;
• Gatinha rapidamente;
• Consegue levantar-se sozinha, quando apoiada;
• Anda agarrada por uma ou por duas mãos.
Visão e motricidade fina
• Apanha com precisão pequenos objetos;
• Atira brinquedos de propósito e observa-os a cair;
• Sabe onde ir procurar objetos e brinquedos que desaparecem do seu campo
visual;
• Dá o objeto ou brinquedo a outra pessoa;
• Aponta os objetos que lhe interessam;
• Utiliza as duas mãos, mas pode demonstrar preferência por uma delas.
Audição e linguagem
• Conhece e volta-se de imediato quando ouve o seu nome;
• Balbucineia incessantemente;
• Demonstra através do comportamento e das atitudes que compreende algumas
palavras no seu contexto habitual (nome próprio, nome de alguns familiares,
“passear”, “cão”, “pópó”, “comboio”, etc);
• Compreende ordens simples associadas a gestos (“bate palminhas”, diz “adeus”,
“manda beijinhos”, etc);
• Imita as vocalizações dos adultos quando brincam com ela.
Comportamento Social e o brincar
• Segura o copo quando lho dão e devolve-o depois;
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• Usa a colher, mas não sabe evitar que ela se volta. Mastiga bem;
• Já ajuda mais enquanto se veste;
• É incansável fisicamente e com uma enorme curiosidade;
• Mexe em tudo o que está ao seu alcance;
• Emocionalmente é instável;
• Muito dependente da presença tranquilizadora do adulto;
• É necessário haver uma vigilância muito grande para a proteger dos perigos
existentes no seu meio ambiente.
Aos 18 meses
Motricidade global
• Anda bem com os pés pouco afastados;
• Consegue transportar brinquedos grandes;
• Empurra e puxa brinquedos grandes;
• Consegue subir e descer de cadeiras pequenas;
• Sobe escadas com ajuda;
• Desce escadas de costas e por vezes de rabo.
Visão e motricidade fina
• Faz rabiscos espontâneos e utiliza a mão que prefere;
• Constrói torres de três cubos após demonstração;
• Aprecia livros simples com gravuras, reconhecendo-as e apontando-as nas
páginas;
• Volta 2 ou 3 páginas, de cada vez;
• Apanha pequenos objetos logo que os vê com os dedos em movimento delicado
(de pinça).
Audição e linguagem
• Palra melodicamente enquanto brinca;
• Diz 6 ou 7 palavras reconhecíveis e compreende muitas mais;
• Surge a ecolalia, ou seja, repete a última palavra da frase que lhe é dirigida;
23
• Aponta os objetos que quer, acompanhado de uma vocalização alta e rápida ou
com palavras simples;
• Gosta de ouvir canções e tenta cantar;
• Mostra em si ou numa boneca, o cabelo, o nariz, a boca, a mão, o pé, etc.
Comportamento social e o brincar
• Bebe sem entornar;
• Segura a colher e leva a comida à boca;
• Sabe tirar os sapatos, as meias e o chapéu;
• Imita resumidamente atividades simples, com por exemplo: beijar a boneca, ver
um livro, limpar o chão, limpar a mesa, etc.;
• Brinca sozinha com satisfação, mas gosta de estar perto e em contacto físico com
o adulto;
• Emocionalmente ainda está muito dependente do adulto.
ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO
“É uma das atribuições fundamentais, talvez mesmo a principal, na escola infantil
é a de criar um ambiente adequado: não se trata de ensinar nada, em sentido
convencional, mas criar ambientes ricos e estimulantes que permitam, e potenciem, o
desenvolvimento global de todas as crianças.” (Zabalza, cadernos de infância)
A organização do ambiente educativo constitui um suporte de trabalho curricular
da Educadora e da sua Equipa. Assim como a ambiente influência o individuo, este por
sua vez, também influência o meio em que está inserido, daí que perante determinados
grupos temos que ter em conta o contexto onde este se insere (comunidade, família,
creche).
Para as crianças que vão para a creche é a oportunidade de viverem com um
grupo de iguais, de brincarem, de “conversarem” num ambiente social de aceitação, de
contato corporal e de confiança, mas é também a possibilidade de adquirirem novas e
positivas experiências cognitivas, afetivas, sociais e emocionais. E nós sabemos que isto
24
só se tornará possível concretizar se o ambiente for calmo e seguro e que esteja
organizado a nível de espaço, materiais e rotinas de um modo atrativo e estimulante,
para a criança investir no seu próprio desenvolvimento, embora seja imprescindível a
orientação do adulto.
Organização do espaço/material
A organização do espaço da sala, tem em conta as características e necessidades
das crianças, bem como o desenvolvimento de todas as suas capacidades. Desta forma,
devemos encorajar as crianças a explorarem o meio que as rodeia, por exemplo a
aprender as funções dos objetos, a classificar objetos em grupos, a experimentar novos
espaços e novos materiais, a colocar questões sobre o que as rodeia, a manter
conversações com os colaboradores, desenvolver atividades criativas.
A Organização do espaço físico e dos materiais formaliza um contexto onde se
faz uma orientação para a aprendizagem de planear-fazer-arrumar.
Na sala, podemos encontrar vários espaços que proporcionam vivências diferenciadas e
que estimulam competências relativas às diferentes áreas de desenvolvimento
(aprendizagem e cognição; físico-motora; pessoal e social; higiene, saúde e segurança).
A partir dos 12 meses as crianças tornam-se cada vez mais ativas na sua
mobilidade, com maiores capacidades manipulativas, assim como uma maior
necessidade em explorar, pois tornam-se cada vez mais curiosas. Por estas razões torna-
se fulcral que o espaço e os materiais se tornem atrativos e estimulantes para que haja
um bom desenvolvimento físico, sensorial, motor, cognitivo e emocional das crianças.
“O conhecimento não provém nem dos objetos nem da criança, mas sim das
interações entre a criança e os objetos.” Jean Piaget
Organização do espaço:
A sala 12-24 é uma sala ampla com pouco mobiliario permitindo que a criança se
mova sem dificuldades e está dividisa da seguinte forma:
• Área do Tapete e Jogos de Construção
• Área dos Jogos de Mesa;
• Área do Movimento (balancé, carros grandes);
25
• Área de arrumação do material didático
• Zona da higiene (muda-fraldas)
• Zona de arrumação (catres)
Organização do tempo//Rotina
Com crianças pequenas as rotinas exercem um importante papel para lhes dar
segurança, de as fazer sentir comodamente. Uma vez que sabem fazer essas rotinas
diárias sentem-se muito mais donos do seu tempo e mais seguros, pois sabem o que
fazer.
A rotina desempenha também um papel facilitador na captação do tempo e dos
processos temporais. A criança aprende a existência de fases e o seu encadeamento
sequencial.
É de referir que a rotina funciona como um suporte para o educador, pois
permite-lhe gerir melhor o seu tempo, contudo, tem de ser flexível na medida em que,
com crianças pequenas seria impensável propor processos rígidos.
Assim as rotinas da sala de um ano estão organizadas e definidas da seguinte
maneira:
Horas Atividades
9h Entrada/ Acolhimento/ Bons dias
9h30 Atividades livres
10h Atividade Educadora
10h30 Atividades Livres
11h00 Higiene
11h15 Almoço
12h00 Higiene
12h30 Descanso
14h45 Despertar/ Higiene
15h00 Atividades livres/ Atividade
15h30 Lanche
16h15 Higiene
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16h45 Atividade
17h00 Atividades livres
17h30 Arrumação da sala/Higiene
Os horários e as rotinas são suficientemente repetitivos, embora flexíveis, para
permitirem que as crianças explorem, treinem e ganhem confiança o que possibilita o
desenvolvimento das suas competências. Assim a Equipa Pedagógica da sala de um ano
planificará de forma flexível, tendo em conta as necessidades e interesses das crianças,
proporcionando-lhes um sentimento de controlo e pertença.
As rotinas são muito importantes nesta fase inicial do desenvolvimento da criança
pelas seguintes razões:
• São geradoras de segurança para a criança e devem incluir todos os aspetos do
seu bem-estar físico e emocional;
• São uma componente importante do dia-a-dia da criança, pois proporciona-lhe
experiências de aprendizagem a todos os níveis (pessoal e social, emocional,
cognitivo e motor).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS PARA O GRUPO DE CRIANÇAS DA SALA DE 1 ANO (DOS 12 AOS
24 MESES)
OBJETIVOS
METAS
- Promover a autonomia da
criança
Conseguir estar sentada no pote, pelo menos 5 minutos
- Beber sozinho por um copo
- Comer sozinha com uma colher
- Dar sinal, por gestos ou por palavras de querer ir à casa
de banho para fazer as necessidades fisiológicas
(controlo dos esfíncteres)
- Tirar os sapatos sozinha, desde que estejam
desapertados
27
- Promover o
desenvolvimento da
criança a nível da expressão
da linguagem
- Dizer o seu próprio nome ou diminutivo, quando se
lhe pede
- Obedecer a 3 ordens diferentes sem serem
necessários gestos
- Dizer 10 palavras diferentes
-Pedir ao adulto o objeto ou jogo que pretende, seja
através de gestos ou oralmente
- Construir frases simples (de 2 ou 3 palavras)
- Promover o
desenvolvimento da
criança ao nível das
competências cognitivas
- Apontar para si próprio quando se pergunta “Onde
está
(nome da criança)
- Fazer rabiscos
- Retirar 6 objetos, um de cada vez, de um recipiente
- Juntar objetos às figuras dos mesmos
- Juntar objetos semelhantes
- Aponta 3 ou 4 partes do corpo
- Proporcionar à criança
experiências ao nível da
motricidade larga
- Andar sozinho
- Sentar-se numa cadeira pequena
- Utilizar o cavalo de baloiço
- Subir para as cadeiras de adultos, voltar-se e conseguir
sentar-se
- Subir e descer as escadas sozinha
- Correr
- Proporcionar à criança
experiências ao nível da
motricidade fina
- Construir torres de 3 cubos
- Fazer jogos de encaixe, conseguindo fazer a respectiva
correspondência
- Fazer riscos com lápis de cor e de cera
- Usar o movimento de pinça-fina para agarrar
pequenos objetos ou comida
28
- Fomentar a aquisição de
hábitos sociais
- Brincar junto de outra criança, embora em tarefas
separadas
- Cumprimentar adultos ou outras crianças com um olá,
quando lhe é pedido
- Aprender a brincar com 1 ou 2 crianças da mesma
idade ao mesmo tempo, participando em danças/jogos
de bola, etc
- Iniciação ao jogo do faz de conta “Deitar uma boneca,
dar papa, pegar ao colo e embalá-la”
- Ajudar o adulto em tarefas simples (ex. dar a chucha a
determinada criança, dar o copo com água, dar uma
bolacha, arrumar os brinquedos e livros)
29
Caraterização teórica - 24 – 36 MESES
Segundo Jean Piaget, a criança dos 2 anos aos 7 anos, encontra-se no estádio de
desenvolvimento pré-operatório, quer isto dizer que já não estão limitadas ao seu meio
sensorial imediato, a sua capacidade mental de armazenamento de imagens aumenta
significativamente. Há um desenvolvimento muito grande, quer a nível de vocabulário,
quer a nível de compreensão e uso de palavras.
Assim, é fundamental nesta idade estimular a criança contando-lhe histórias,
cantando canções, falando com ela. Este estímulo contribui para o seu desenvolvimento
cognitivo e vai fazer com que se inicie a curiosidade em saber o porquê das coisas.
Por outro lado, é por volta dos dois, três anos de idade que se é capaz de criar
imagens mentais o que leva à compreensão de conceitos. Aliado a este desenvolvimento
cognitivo surge a fantasia e o jogo simbólico que se manifestam através do jogo, do faz
de conta, da imitação, do desenho e da linguagem.
Relativamente à socialização pode-se dizer que a criança desta idade não brinca
com as outras crianças, mas sim em paralelo, devido ao fato de estar ainda a tomar
consciência de si própria, dos seus sentimentos. Progressivamente vai desenvolvendo e
criando empatia com os outros e começa a ser capaz de pensar sobre o que os outros
amigos pensam. Isto tudo se deve ao seu egocentrismo muito característico nesta fase.
“Eu quero”, “é meu” ou “não dou” são atitudes que originam conflitos e cabe ao adulto
intervir no sentido de lhe explicar que se deve partilhar.
A nível motor, aos dois anos, a criança anda num rodopio permanente, pondo a
casa em alvoroço. Passa todas as barreiras para explorar o desconhecido. A
experimentação aventureira, apesar de importante, acarreta-lhe algumas revezes,
expondo-a a pequenos acidentes caseiros, que tem sempre o seu lado pedagógico.
A criança começa a mostrar-se muito mais independente e começa a andar pelo
seu próprio pé, a exploração é intensa e a criança parece estar envolvida ativamente em
praticamente tudo. Mostra interesse pelos trabalhos e já faz desenhos com os lápis,
colagens e pinturas, utilizando os dedos.
A maturação física liberta-a da dependência do biberão ou do seio materno e
permite-lhe controlar os esfíncteres. A criança já vai à casa de banho e consegue puxar
a roupa e sentar-se na sanita. O papel do adulto é fundamental na medida em que deve
30
incentivá-la para que tal aconteça. Deve igualmente incentivá-la para que lave as mãos
e a boca sozinha e para que se dispa sem ajuda. Já consegue comer e beber utilizando a
colher e o copo, não sendo preciso que lhe deem tudo à boca.
A criança ao conseguir fazer estas pequenas tarefas sozinha vai-se sentir mais
independente e segura de si mesma e o modo como esta necessidade é satisfeita afetará
ao máximo o seu sentido de autonomia pessoal.
ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO
O espaço físico exerce sempre um papel ativo no processo educativo, porque,
como afirma Hohmann e Weikart (2003, p. 181),
“É difícil que as crianças brinquem e aprendam num ambiente em que faltem
materiais, contudo elas colaboram entusiasticamente quando os adultos organizam os
espaços e materiais de uma maneira atraente. As crianças podem explorar, construir,
imaginar e criar, porque têm à sua disposição uma variedade grande de materiais para
escolher, manipular, e sobre os quais podem falar com os colegas e com os adultos.”
Deste modo, quando está bem organizado e distribuído por áreas permite que a
criança decida o que quer fazer e fá-la assumir diferentes papéis o que irá contribuir
para a descoberta de si mesma, procurando movimentar, construir, criar, experimentar,
expressar, brincar, jogar e levar a cabo os seus empreendimentos.
Organização do espaço/material
A sala 24-36 A tem bastante iluminação exterior com possibilidade de escurecer
através de estores uma vez que tem acesso ao recreio. À porta tem um hall onde estão
localizados os cabides e a casa de banho. Após as 9h e até às 18h00 a sala destina-se ao
desenvolvimento de actividades educativas realizadas pelas crianças, individualmente
ou em grupo. O espaço está organizado em função das idades das crianças e pode ser e
é alterado ao longo do ano, mediante os interesses e necessidades do grupo. De
momento, início de ano letivo, tem a área da casinha, com armário para louças; mesa;
roupeiro; cama de bonecas; área de jogos de mesa com puzzles e jogos de encaixe; área
31
de jogos de chão com legos; área da garagem com carros; mesa central para outras
atividades; área de acolhimento e possui também bancada de muda de fraldas.
Este é um espaço de liberdade propício às descobertas e experiências das
crianças, valorizando a autonomia como principal objetivo a atingir pelas mesmas.
Assim, as crianças circulam livremente pelas áreas da sala mas o adulto orienta-as no
sentido da arrumação dos materiais nas áreas correspondentes.
A sala 24-36 B tem bastante iluminação exterior com possibilidade de escurecer
através de estores. Dentro da sala encontram-se os cabides individuais de cada criança.
O espaço está organizado em função das idades das crianças e pode ser e é alterado ao
longo do ano, mediante os interesses e necessidades do grupo. De momento, início de
ano letivo, tem a área da casinha, com armário para louças; mesa; roupeiro; cama de
bonecas; área de jogos de mesa com puzzles e jogos de encaixe; área de jogos de chão
com legos; área da garagem com carros; mesa central para outras atividades.
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO/ROTINAS
A organização do tempo está intimamente relacionada com o estabelecimento
de rotinas. As rotinas constituem referências temporais e surgem como fundamento
com compreensão do tempo e das noções de passado, presente e futuro.
Quase todos gostamos de novidade e aventura, no entanto, sentimo-nos mais
seguros e tranquilos se as cosias de um modo regular. Desta forma, as rotinas ajudam-
nos na estruturação biológica e da nossa própria personalidade.
As rotinas diárias proporcionam estabilidade e satisfação, contribuindo assim para que
a criança cresça de uma forma equilibrada.
A previsibilidade dos diferentes momentos de rotina contribui principalmente
para a própria segurança da criança. Deste modo, com o passar do tempo, a criança vai
estando cada vez menos dependente, tomando consciência dos diversos momentos de
rotina diária. Também importa referir que esta rotina promove as interações com os
outros, pois, ao existir uma articulação entre as iniciativas do educador e das crianças,
estas podem trabalhar, quer autonomamente, quer em grupo, dentro ou fora da sala.
32
Assim sendo, a rotina deverá respeitar as crianças, as suas necessidades, ideias
e pensamentos, encorajando-as a agir num ambiente saudável e feliz, facultando-lhes
variadas experiências e aprendizagens enriquecedoras e indispensáveis à felicidade de
qualquer ser humano.
HORÁRIO LETIVO SALA 24-36 meses A e B
Horas Atividades
9h00 Bons dias/Marcação de presenças/tempo
9h45 Atividade Educadora
10h15 Atividades Livres
10h45 Atividade orientada
11h15 Higiene
11h30 Almoço
12h00 Higiene
12h15 Descanso
14h45 Despertar/Higiene
15h00 Atividades livres
15h30 Lanche
15h45 Higiene
16h00 Atividade Educadora
16h30 Atividades livres
17h30 Arrumação da sala/ Higiene
33
OBJETIVOS A ATINGIR PARA O GRUPO DA SALA DE 24- 36
Área da formação pessoal e social
• Dar à criança a oportunidade para que exprima os seus sentimentos, as suas
necessidades ou angústias
• Elogiar a criança pelas suas novas aquisições e novas conquistas
• Estimular as brincadeiras e as atividades em grupo
• Ajudar a criança a partilhar os brinquedos
• Ajudar a participar na arrumação da sala
• Fomentar a aquisição de regras cívicas
• Desenvolver a capacidade de resolução de problemas
• Desenvolver a autonomia da criança
Área da expressão e comunicação
• Andar livremente e superar obstáculos como subir e descer escadas, saltar,
correr, jogar à bola
• Desenvolver a motricidade fina
• Desenvolver a motricidade geral
• Desenvolver a destreza manual
• Realizar sessões de movimento
• Favorecer a expressão corporal através da música, das canções de roda e de
danças
• Realizar dramatizações
• Comer e beber sozinha, sentar-se e reconhecer o seu lugar à mesa
• Estimular a criança a ser autónoma no desempenho das suas necessidades
fisiológicas e de higiene
• Fomentar o controlo dos esfíncteres
• Falar muito com a criança
• Deixar a criança falar
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• Cantar para e com ela
• Estimular a criança a dizer o que quer fazer e o que está a fazer
• Contar histórias simples e apoiadas por imagens, livres, fantoches…
• Mimar canções
• Brincar com a criança dizendo lengalengas e rimas
• Estimular a memória
• Ouvir e contar histórias
• Proporcionar atividades como desenho, pintura, modelagem, rasgagem,
colagem
• Desenvolver os conceitos matemáticos (forma, cor, tamanho) através de jogos
• Promover o conhecimento das partes do corpo e suas funções
• Ensinar deferentes noções espaciais (cima, baixo, atrás, frente)
Área do conhecimento do mundo
• Favorecer a descoberta, a exploração e compreensão do espaço
• Desenvolver a acuidade sensorial (gosto, olfato, tato, audição e visão)
• Fomentar cuidados de higiene e saúde
35
PARCERIAS
• Multipla Escolha – Atividades Extra
• Escola Profissional Perpétuo Socorro
• Rodinhas
• Qieduka
AÇÕES DE FORMAÇÃO
- Educação parental - Ações de sensibilização trimestrais conforme plano anual de
atividades com as seguintes temáticas: adaptação; alimentação; fases de
desenvolvimento; cuidados a ter com o sol;
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
- Expressão musical
- Dança
- Expressão motora
REUNIÕES
Equipa Docente – mensal
Atendimento a Encarregados de Educação – todos os dias sempre que
necessário.
Geral de pais – Anual
Reunião individual de apresentação (anual)
36
AVALIAÇÃO
“Um planeamento e avaliação eficazes são interdependentes. O planeamento
tem valor quando influenciado por uma avaliação sistemática do que foi aprendido e
ensinado e a avaliação é sobretudo importante quando influencia o que é planeado.”
(Julie Fisher, Manual de Desenvolvimento Curricular para a Educação de Infância)
A avaliação é o processo pelo qual o educador, os pais e as crianças poderão ter
consciência de toda a aprendizagem, das competências exercitadas, assim como dos
conhecimentos adquiridos. É importante, por isso, que o educador faça uma avaliação
continuada e construtiva com a própria criança, no sentido de orientar a sua ação e o
processo de ensino-aprendizagem.
Esta apreciação é considerada, como um meio indispensável numa prática
significativa de qualidade. Esta é efetuada em grande grupo, em pequenos grupos e
individualmente, através de conversas, atitudes e registos da criança, realizados
diariamente.
Os processos e os efeitos serão avaliados tendo em conta os objetivos propostos,
através da utilização de técnicas e instrumentos de observação, PDI (Plano
Desenvolvimento Individual) e de registos diversificados. Também é realizado o
preenchimento de grelhas de avaliação propostas pela instituição, no início e no fim do
ano letivo.
O Projeto será avaliado trimestralmente quer através da observação direta das
crianças, analisando o seu grau de interesse e implicação nas atividades propostas, quer
em reuniões de equipa, quer através do jornal mensal, reuniões com a família e sempre
que necessário.
37
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL
O Plano Individual (PI) é um instrumento formal que visa organizar,
operacionalizar e integrar todas as respostas às necessidades e expectativas das
crianças e da sua família. Tem como principais objetivos promover:
• A aquisição de competências que a criança ainda não adquiriu face à sua
faixa etária
• A manutenção das competências já adquiridas
• Os princípios a considerar aquando da elaboração, implementação e
avaliação do Plano:
• A individualização e personalização do Plano Individual, respeitando os
valores e os interesses, bem como as idiossincrasias da criança e da sua
família.
• A dimensão holística do indivíduo, constituindo-se as categorizações
meras abstrações que visam simplificar os registos e os processos de
trabalho.
• A participação ativa da família em todas as fases do processo enquanto
principal agente decisor.
• O trabalho em rede e em parceria, através da identificação de outras
estruturas da comunidade sempre que necessário.
• O assumir de uma atitude de apoio por arte dos elementos da equipa,
com uma comunicação ajustada e acessível para com a criança e a sua
família.
• O direito de a família consultar o Plano Individual, bem como solicitar a
sua revisão.
38
RELAÇÃO ESCOLA-FAMÍLIA
De facto, a participação da família no processo de aprendizagem da criança na
escola deve ser algo considerado como indispensável e enriquecedor.
É fundamental que os pais:
• Deem informações sobre as rotinas diárias das crianças, assim como as suas
preferências (no sono e na alimentação, por exemplo);
• Participem nas reuniões de pais e deem o seu parecer quando pretenderem;
• Colaborem na continuidade da aquisição de competências iniciadas na
escola;
A família da criança deve estar estritamente relacionada com o processo de
aprendizagem da mesma, de forma que todos possam cooperar para um melhor
aperfeiçoamento de competências e para o alargamento de conhecimentos. É na
valorização da família que a criança sente também a sua importância enquanto membro
da mesma e enquanto pertença de relações afetivas ancoradoras. Se os pais participam
e valorizam o processo de aprendizagem da criança, ela sentir-se-á apta e estimulada
para maiores desafios e, consequentemente, para melhores concretizações.
Assim na reunião de pais é organizado um plano de atividades abertas aos pais
durante o ano (ex.: festa de natal, dia do pai, dia da família, dia da mãe, páscoa, s. João,
festa final de ano entre outros sugeridos também pelas famílias). Os pais participam e
organizam atividades com a educadora para uma maior a proximidade da família na
escola dentro do tema integrador.
Uma vez por período são feitas ações de formação para os pais, com temas
integradores às necessidades destes (adaptação escolar, birras, autonomia, autoestima,
alimentação…entre outros)
Parece importante realçar que, apesar das dificuldades inerentes à cooperação
partilhada entre pais, pessoal da instituição e da comunidade, todos procuram o melhor
para as crianças; sendo que ninguém é o detentor da razão.
39
CONCLUSÃO
É imprescindível ter em conta que a creche é a base do processo de
desenvolvimento de cada crinça.
Segundo a autora Gabriela Portugal, a qualidade dos cuidados oferecidos à
criança, tanto em casa como na creche, é determinante das competências,
comportamento e desenvolvimento da criança, o que vai revelando a qualidade do
ambiente familiar e do ambiente que a criança vive na creche.
Para a elaboração de uma política educativa coerente ao nível da creche torna-
se imprescindível obter uma compreensão dos seus efeitos no bem-estar e
desenvolvimento da criança e uma compreensão do modo como as circunstâncias atuais
poderão ser melhoradas, tendo sempre em vista o desenvolvimento integral da criança.
Concluímos assim, que a simbiose entre família/instituição são dois agentes que
juntos contribuirão para um desenvolvimento integral da criança, proporcionando um
ambiente seguro e de conforto, onde as crianças terão oportunidade para serem elas
próprias, possibilitando as suas descobertas e respeitando as suas escolhas.
40
BIBLIOGRAFIA
• FORMOSINHO, J. (org.) (1998) Modelos Curriculares para a Educação de Infância.
Porto: Porto Editora.
• KATZ, L. & CHARD, S. (1997) A Abordagem de Projecto na Educação de Infância.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
• MARCHÃO, A. (2003). Práticas Educativas na Creche. Questões e Problemáticas,
Cadernos de Educação de Infância, nº66. APEI
• M.E. (1997) Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa:
Departamento de Educação Básica, Núcleo da Educação Pré-Escolar.
• PORTUGAL, G. (1998) Crianças, Famílias e Creches – Uma Abordagem Ecológica
da Adaptação do Bebé à Creche – Colecção CIDINE. Porto: Porto Editora
• SIRAG – BLATCHFORD, I (coord). (2007). Manual de Desenvolvimento Curricular
para a Educação de Infância. Lisboa: Texto Editora.
• REGULAMENTO INTERNO
41
ANEXOS
Plano anual de atividades
Plano Trimestral do berçário
Plano Trimestral da sala 12-24
Plano Trimestral da sala 24-36 A
Plano Trimestral da sala 24-36 B
42
PLANO ANUAL DE ATIVIDADES
Tema Data Atividade Objetivos Destinatários
Abertura Do
Ano letivo
2 setembro Acolhimento e
integração das
crianças.
Promover a
integração das
crianças na
comunidade, no
espaço físico e
social.
Berçário e creche
Avaliação de
diagnóstico
setembro Observação Avaliar o nível de
desenvolvimento de
cada criança.
Berçário e creche
Reunião de Pais
Formação para
pais
2 de setembro Apresentação aos
Encarregados de
Educação dos pares
Pedagógicos,
Sessão de
sensibilização para
a questão da
adaptação
Interação Escola/
Família.
Preparar os pais para
a nova etapa dos
seus filhos.
Berçário e creche
Apresentação
do Projeto
23 de setembro Construção de um
animal terrestre
com material
reciclado
Envolver as famílias
no contexto
educativo;
Berçário
Creche
43
Dia Mundial dos
Animais da
quinta
Dia Mundial do
Animal
Dia do Médico
Veterinário
2 a 4 outubro Exploração e
identificação dos
animais da quinta
Identificação de
animais terrestres
Hospital dos
Animais
Promover o
conhecimento sobre
pormenores da vida
animal
Sensibilizar para os
Direitos dos animais
e respeito pela
natureza.
Berçário
Creche
Semana da
alimentação
15 a 19 de
outubro
Recolha de ração de
animal para
entregar à
Sociedade
Protetora dos
Animais;
Culinária;
Exploração de
contos, canções e
jogos alusivos ao
tema.
Explorar a noção de
número e
quantidade;
Potenciar
momentos de
interacção e de
sociabilidade
Promover a partilha
de valores de
solidariedade;
Creche
Dia das Bruxas
31 de outubro Decoração do
Colégio;
Lanche assustador.
Explorar a temática
dos
sentimentos/medos;
Potenciar
momentos de
Creche
44
interacção e de
sociabilidade.
Magusto 8 de novembro Realização de
trabalhos alusivos
ao tema;
Exploração de
canções e histórias;
Comemoração do
Magusto com as
famílias.
Preservar os usos e
costumes do
Património Cultural
Português;
Explorar a
mensagem implícita
na lenda de S.
Martinho: partilha,
amizade, interajuda.
Berçário e creche
Dia Mundial do
Pijama
20 de novembro
Causa solidária com
Instituição
“Mundos de Vida”.
Educar para os
valores com base na
inter-relação
familiar;
Sensibilizar para os
Direitos da Criança.
Berçário e creche
DEZEMBRO
Mês Solidário
Todo o mês Recolha de
donativos para uma
instituição a definir.
Promover a
solidariedade.
Berçário e creche
Natal Dezembro Exploração de
contos, músicas
alusivas ao natal;
elaboração de
trabalhos alusivos
ao tema;
Projeto de
elaboração de
decorações
Promover a
interação
escola/família.
Berçário e creche
45
natalícias com as
famílias.
Festa de Natal Data a
confirmar
(7 ou14/12)
Realização da Festa
de Natal
Promover o convívio
e a confraternização
entre toda a
comunidade escolar
Berçário e creche
Apresentação
dos trabalhos
Formação para
pais
Data a
confirmar
Sala aberta
Sessão de
sensibilização sobre
o desenvolvimento
das crianças
Envolver as famílias
no contexto
educativo;
Alertar os pais para
os conflitos
comportamentais de
cada fase do
desenvolvimento;
A alimentação do
bebé.
Berçário e creche
Creche
Berçário
Dia Mundial da
Neve
21 janeiro Os animais do gelo.
Realização de
experiências.
Conhecer as
características dos
animais que vivem
no gelo
Carnaval 21 de fevereiro Festa de Carnaval
no colégio;
Lanche convívio.
Construção e
exposição de
máscaras
construidas pelas
familias;
Reviver as tradições
carnavalescas.
Envolver as famílias
no contexto
educativo;
Berçário e creche
46
Dia do Pai 19 de março Realização de um
presente para o Pai.
Fomentar e
fortalecer os laços
familiares.
Berçário e creche
Dia da Arvore 21 de março Visita à Praça
Velasques para
contemplação da
natureza;
Construção da
árvore do Colégio
Realização de
trabalhos alusivos
ao dia.
Abordagem ao
tema da separação
de lixos, reciclagem
e compostagem
Promover
actividades ao
exterior.
Fomentar o gosto
pela natureza.
Creche (salas 24-
36 meses A)
Berçário e creche
Dia Mundial da
água
22 de março Realização de
jogos/experiencias
com água.
Sensibilizar para
importância da
água.
Creche (salas 24-
36 meses)
Apresentação
dos trabalhos
Data a
confirmar
Sala aberta Envolver as famílias
no contexto
educativo;
Berçário e creche
Semana do Livro 1 a 5 de abril
Feira de usados
Leitura de histórias
trazidas pelas
crianças.
Recolha de livros
usados para reforço
das bibliotecas das
salas.
Sensibilizar para o
gosto pela leitura.
Creche (salas 24-
36 meses)
47
Dia da mãe 5 de maio Elaboração de um
presente para a
mãe.
Fomentar e
fortalecer os laços
familiares.
Berçário e creche
Semana da
Família
13 a 17 de maio Visita de um
familiar ao colégio
para partilhar
curiosidades do
projeto
Favorecer o
intercambio família/
colégio.
Berçário e creche
Dia Mundial dos
oceanos
8 de junho Exploração dos
animais do mundo
aquáticos
Sensibilizaçao para
a proteção dos
mares e limpeza de
praias
Sea life creche
Santos
Populares
17 a 22 junho Elaboração de
trabalhos alusivos
ao tema;
Exploração de
marchas.
Preservar os usos e
costumes do
Património Cultural
Português.
Berçário e creche
Festa Final de
ano
Data a
confirmar
(27/6)
Elaboração de
cenários;
Exploração
atividades
representativas
Terminar o ano
lectivo promovendo
o convívio entre
toda a comunidade
escolar.
Berçário e creche
Apresentação
dos trabalhos
Data a
confirmar
Sala aberta
Envolver as famílias
no contexto
educativo;
Berçário e creche
48
Formação para
pais
Ação de
sensibilização sobre
os cuidados com o
sol.
Alertar os pais para a
segurança no
exterior.
Berçário e creche
Praia 29 a 3 de julho e Atividades ao ar
livre
Promover o convívio
entre as crianças
Berçário e creche
Atividades livres Julho/agosto Atividades ao ar
livre
Promover o convívio
entre as crianças
Berçário e creche