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SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ter qua qui sex s á b dom seg http://www.sintufrj.org.br [email protected] FEVEREIRO 2000 - ANO XV - Nº 4 0 2 01 02 03 04 05 06 07 Referência no tratamento do câncer feminino, o Instituto de Ginecologia da UFRJ vive dias de inquietação: é uma das instituições incluídas no plano de transferência para o HU – as outras são os institutos de Neurologia e de Doenças do Tórax. O vice-diretor do Instituto, Antônio Carneiro afirma: “O HU não tem infra-estrutura para nos receber”. Páginas 4 e 5 As secretarias estadual e municipal de Saúde confirmam reportagem do Jornal do Sinturfrj: Rio é campeão em números de casos de tuberculose no país. Página 3 O Hospital Universitário está vacinando a comunidade do campus contra a febre amarela. Serviço a página 7 FASUBRA Confiram as deliberações da Plenária : campanha salarial e eixos de luta para este ano. página 6 PROGRESSÃO POR TITULAÇÃO Saiba tudo na página 8 TUBERCULOSE HU não é bom negócio para Ginecologia

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SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DAUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

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Referência notratamento do câncerfeminino, o Instituto deGinecologia da UFRJvive dias deinquietação: é uma dasinstituições incluídasno plano detransferência para o HU– as outras são osinstitutos deNeurologia e deDoenças do Tórax.O vice-diretor doInstituto, AntônioCarneiro afirma: “O HUnão tem infra-estruturapara nos receber”.Páginas 4 e 5

As secretarias estaduale municipal de Saúdeconfirmam reportagemdo Jornal doSinturfrj: Rio écampeão em númerosde casos de tuberculoseno país. Página 3

O HospitalUniversitário estávacinando acomunidade docampus contra afebre amarela.Serviço a página 7

FASUBRAConfiram as deliberações da Plenária : campanha salarial eeixos de luta para este ano.página 6

PROGRESSÃO POR TITULAÇÃOSaiba tudo na página 8

TUBERCULOSE

HU não é bomnegócio paraGinecologia

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Jornal do Sindicato dos Trabalhadoresem Educação da Universidade Federal

do Rio de JaneiroCidade Universitária - Ilha do Fundão

Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21944-970

Coordenação de Comunicação Sindical: AgnaldoFernandes, Neuza Luzia Pinto, Cláudio L. Ribeiro /Jornalista Responsável: Luiz Carlos Maranhão /Redação e Reportagem: Eliane Amaral, Regina Rocha/ Projeto gráfico: Luís Fernando Couto e ClaudioCamillo / Editoração Eletrônica e Diagramação: LuísFernando Couto e Claudio Camil lo / Revisão:Roberto Azul / Fotografia: Niko / Ilustração: PedroPamplona e André Amaral / Impressão: Jornal dosSports / periodicidade semanal / Tiragem: 11 milexemplares / As matérias não assinadas deste jornalsão de responsabilidade do Conselho Editorial: AgnaldoFernandes, Cláudio L. Ribeiro, Jorge Luís, LeninPires, Marcílio Lourenço e Neuza LuziaCorrespondência aos cuidados da Coordenação deComunicação.

FALE COM A GENTEIMPRENSA:TEL: 270-3348 / r: 112 e 119FAX: 290-0260JURÍDICO:590-7209 / r: 117SECRETARIA:290-2484 / r: 120www.sintufrj.org.brE-MAIL:[email protected]

movimento

fala servidorrecadonossos direitos

Com a reportagem sobre o Instituto de Ginecologia, joga-mos um foco sobre o debate que envolve as unidades desaúde da UFRJ. Mais especificamente sobre o projeto detransferência dos institutos de Neurologia e de Doenças doTórax, além do próprio Instituto de Ginecologia. No últimocaso, como a matéria revela, constata-se que desde o profes-sor até o funcionário mais simples existe resistência a estatransferência.

A comunidade tomou conhecimento do projeto de transfe-rência das unidades de saúde no segundo semestre do anopassado. Trata-se de tema controverso que envolve disputa depoder, centralização de verbas, tratamentos diferenciados.São fatores que deixam como saldo um quadro preocupante:até que ponto o atendimento da população ficará comprometi-do num quadro já agudo de indigência da saude pública? Ecomo fica o papel das unidades de saúde conceitualmentevinculadas à formação, ao ensino e à pesquisa?

Esta semana a história ganhará novos episódios. Nestaquarta-feira o diretor do HU, Amâncio Carvalho, defensor daidéia da transferência, vai tentar convencer a comissãoconstituída para discutir a viabilidade do projeto de que valea pena a centralização dos três institutos no Hospital Univer-sitário.

Nesta edição também retornamos ao assunto delicado datuberculose. Agora, mapeamos a incidência da doença nacidade do Rio de Janeiro. Sintoma dos sintomas da falênciada saúde pública, voltamos ao passado: estamos em plenacampanha de vacinação contra a febre amarela.

A PolêmicaO índice de 3,17%, que

será pago a um grupo deservidores do Ministério daDefesa, se refere à perdasalarial derivada daimplantação do Plano Real.Um direito negado aosservidores civis desde 1995.O Sintufrj tem uma açãocoletiva, representando 15mil sindicalizados, propondoque o governo pague esteíndice a partir de janeiro de2001. Esta é uma açãoordinária com pedido deantecipação de tutela e foi aúnica possibilidadevislumbrada peloDepartamento Jurídico depodermos sair com algo deconcreto. Nesta ação oSintufrj pede ao juiz quedetermine ao governo adestinação da verba noOrçamento de 2000 parapagamento a partir dejaneiro de 2001. Nomomento a ação se encontrapara despacho.

O casodos3,17%

“Serei até redundante porqueas necessidades são as de sem-pre. Maior organização e melhordistribuição das verbas. Temcomo melhorar o sistema de saú-de público. Ampliando os pos-tos de saúde, por exemplo. Noshospitais a demanda de genteque mora longe é grande e elesnão têm atendimento primário.É preciso maior investimento dogoverno nessa área. Montar pos-tos com quatro especialidadesbásicas não é difícil”.

Marilene Monteiro, médicado Instituto de Ginecologia,há nove anos na unidade.

“Para melhorar a saúdepública é preciso fazer tudo oque for possível. Mais verbase mais profissionais é funda-mental. Não podemos esque-cer também que tem que sepagar um salário decente,com o que é pago atualmentenão dá nem para a saída. Etambém dar meios para aspessoas poderem compareceraos hospitais ou postos desáude para se tratarem”.

Déia Silva de Oliveira,auxiliar administrativa doInstituto de Ginecologia, há25 anos na unidade.

Como melhorar a saúde pública?

A Plenária Estatutária daFasubra-Sindical reunida emBrasília definiu os eixos deluta para este ano. A estraté-gia apontada é a retomadadas ações de massa comoforma de revitalizar o movi-mento Fora FHC, aliada à de-flagração de uma campanhasalarial que permita a recon-quista da dignidade da catego-ria dos servidores públicos.

A reunião também serviupara a realização de um balan-ço das lutas desenvolvidas em1999. Neste aspecto, os parti-cipantes da plenária destaca-ram a importância das Mar-chas sob Brasília, em especi-al a Marcha dos 100 mil,

realizada no dia 26 de agosto:manifestantes de todo o paísocuparam a Esplanada dos Mi-nistérios.

A Marcha foi a maior mani-festação do movimento popu-lar contra o governo de FHC. Aluta travada em defesa da Uni-versidade Pública obteve con-quistas importantes, de acor-do com os participantes dareunião. Em especial no recuoimposto à tentativa do governode emplacar seu projeto queacaba com a autonomia dasuniversidades.

Neste aspecto, a plenáriachamou a atenção para a ne-cessidade de o movimentomanter os olhos abertos. “Este

recuo estratégico por parte dogoverno não significa a suaderrota. Desta maneira'' – ob-serva o documento emitido pelaplenária – ''o Estado de Greveem defesa da universidade nãodeve sair de Plano de Ação ede conduta à frente do movi-mento”.O que decidiu a Plenária

Indicar as entidades de basea formação ou participação noscomitês “Outros 500”

Participação na Marcha Mun-dial da Mulheres, puxada pelaCUT-Nacional

Fortalecer o Fórum Nacionalde Luta por Terra e Cidadania

Deflagração imediata dacampanha salarial com a

construção de um plano delutas com os seguintes ei-xos: emprego, salário e defe-sa do serviço público

Investir na participação dolançamento da campanha sa-larial no dia 9 de fevereiro noCongresso Nacional, com atossimultâneos nos Estados

Definição de uma políticasalarial para os trabalhado-res do serviço público

Reajuste salarial pelo índi-ce do Dieese

Implantação de data-base Pressão no Congresso Na-

cional, com desdobramentosnos estados através da recep-ção em aeroportos e realiza-ção de audiências públicos.

FASUBRA define eixos da luta

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evantamento dos casos detuberculose entre 1995 e1998 no município do Riomostra que a doença está

TuberculoseA DOENÇA ESTÁ POR TODA A CIDADE

A área que reúne os bairros da Zona Portuária- Santo Cristo, Gamboa, Centro, Cidade Nova,Catumbi, São Cristóvão e Santa Teresa (AP1) -tem a maior taxa de incidência da cidade: 250para 100 mil habitantes. Ocorreram em torno de650 casos no ano de 1998.

Diagnóstico do município aponta como causada alta incidência tratamentos incompletos e/ouinadequados. Mostrou também a necessidade dereestruturação do atendimento de pacientes comtuberculose entre as unidades de saúde e daorganização das atividades de controle da tuber-culose nas unidades hospitalares. O percentualde cura de 63,7% está abaixo dos 85% propostopela Organização Mundial de Saúde e pelo Pro-grama Nacional de Controle da Tuberculose.

A falência da saúde pública fez com que atuberculose, uma doença que pode se evitada econtrolada com ações de prevenção, tomassedimensões assustadoras. Mais do que nunca, aSecretaria Estadual de Saúde ressalta a impor-tância de as pessoas procurarem os serviços desaúde assim que apresentarem os sintomas dadoença.

COMBATE - A meta da Secretaria Estadualde Saúde é detectar 90% dos casos e prestarassistência a pelo menos 85% dos doentes pormeio da rede pública em todo estado, principal-mente na região metropolitana, onde a incidênciaé maior. O plano para o controle da doençaapresentado em novembro de 1999 tem comoprioridade o aprimoramento do sistema de infor-mações das ocorrências, a programação ade-quada da distribuição de medicamentos, a im-plantação do controle de qualidade dos exames ea diminuição da taxa de abandono estimada entre25% à 30%.

No âmbito do município, há seis meses foilançado o Tratamento Diretamente Observado(DOT), que já é implementado em nível mundial.O plano piloto está sendo realizado na área demaior incidência, a AP1. O paciente ganha vale-transporte e tíquete alimentação para freqüentaro tratamento. “Lá o paciente tem que tomar omedicamento na frente do promocional”, diz Eliza-bht Soares.

A tuberculose na cidadeção anterior do Jornal do SINT-UFRJ, o diretor do Instituto de Do-enças do Tórax da UFRJ, Alfredo Pey-neau, revelou que o estágio da tuber-culose no Rio já é de epidemia. Eapontou como fator que determina-damente para a propagação da doen-ça, a grande concentração de pesso-as em favelas e bairros pobres, em-pobrecimento da população, falênciada saúde pública - o retrato do gover-no FHC.

As secretarias estadual e munici-pal de Saúde confirmaram a revela-

Lpor toda a cidade. Todas as 10áreas de planejamento em que aPrefeitura divide o município têmincidência maior ou igual a 100 ca-sos por cada 100 mil habitantes,bem acima da média nacional. Emnúmeros absolutos, a área que re-úne os bairros da Penha, Ramos,Ilha do Governador, Cidade Alta eCordovil (AP3.1) é a campeã. São1.100 casos registrados por ano.

A coordenadora do Programa deControle da Tuberculose no Estado,Lia Sellig, diz que até agora a tubercu-lose esteve fora de controle. Sellig ad-mite que a situação do Rio é assusta-dora. De três a quatro doentes mor-rem diariamente no Estado. A asses-sora municipal Elisabeth Soares aler-ta que um fator de peso que contribuipara a disseminação da doença é oabandono do tratamento pelos paci-entes.

Em reportagem publicada na edi-

ção feita na reportagem, segundo aqual o Rio concentra o maior núme-ro de casos e de mortes por tubercu-lose no país. Os estados de São Pau-lo e Rio de Janeiro, entre os maisricos do país, abrigam 40% da totali-dade de casos no país. No ano pas-sado, no Rio de Janeiro, foram regis-trados 8.967 novos casos, de janei-ro a setembro. Levantamento reali-zado no município mostra que nosúltimos quatro anos, de 1995 a1999, as taxas persistem elevadas.São 10 mil casos por ano.

MISÉRIA - moradores do Santo Cristo vivem sem condições sanitárias básicas no Centro da Cidade

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Está em discussão no Conse-lho Universitário um parecer quepode beneficiar boa parte dos téc-nico-administrativos da UFRJ. Seo parecer for aprovado, os funcio-nários que pediram (ou que po-dem pedir) pela segunda vez a pro-gressão por titulação, desta vez,poderão consegui-la.

Mas, afinal, o que é progressãopor titulação, e que possibilidade“nova” é esta?

No plano de cargos e saláriosque rege a nossa vida funcionalencontramos 3 diferentes formasde progressão funcional:

(I) Permanência no cargo1 padrão1 a cada 4 anos é au-

tomática.(II) Mérito

1 padrão a cada 2 anos depen-de da avaliação.

(III) TitulaçãoNão há período de espera, de-

pende de título avaliado.

Cada um de nós deve possuir aformação mínima exigida para oexercício do cargo em que estamosenquadrados. A progressão portitulação objetiva estimular quebusquemos mais do que isso, e,quando alcançamos, somos, oudeveríamos ser, premiados.

Um exemplo, que com peque-nas mudanças pode ser o seucaso:

(1) Um servidor é Auxiliar Ad-ministrativo, cargo que peloPUCRCE não exige o 2º grau com-pleto;

(2) O servidor seguiu estudan-do e alcançou o 2º grau;

(3) Nesse momento ele tem odireito de solicitar a progressãopor titulação, que nesse caso lheproporciona 3 padrões de venci-mento;

(4) Anos depois, ao concluir o 3ºgrau, graduando-se em um cursoque se relaciona com o cargo queexerce, por exemplo, Administração;

(5) Ele pode ou não entrarcom novo pedido de progressãopor titulação ?;

(6) Atualmente, tanto a SR-4como a CPPTA, consideram queele não pode porque a PortariaMEC 475/87 limita a progressão

N O S S O S D I R E I T O S

Progressão por Titulação:uma possibilidade a mais

O processo está prontopara decisão. Não pode serincluído em pauta na sessãodo dia 27 porque faltouquórum – 27 conselheirosestavam presentes, faltandoapenas 1.

O mandato dos nossos 5representantes acabou no úl-timo dia 28 de janeiro de 2000e a eleição para a nova repre-sentação no Consuni deveocorrer apenas na segundaquinzena de março. Como emfevereiro o Consuni está emrecesso, haverá duas sessõesem março em que, mesmosem os nossos representan-tes presentes, a questão po-derá ser decidida.

Esta e outras questões quepassam pelo colegiado máxi-mo da nossa universidadeexigem que estejamos, de umlado vigilantes com o que édecidido e, de outro que napróxima eleição para a repre-sentação da categoria naque-le colegiado possamos esco-lher os melhores companhei-ros para cumprir tal tarefa.

E a CPPTA?É uma pena constatar que

enquanto no Rio Grande doSul a CPPTA propõe a solu-ção, no Rio de Janeiro é elaque nega. Não queremos aquirealizar uma avaliação dos úl-timos mandatos desta comis-são que é eleita pela categoria,mas, pelo menos neste caso,acreditamos que ela devia terbuscado uma solução, em vezde se adaptar à fácil interpre-tação, quase sempre negativade direitos, que o governo bus-ca impor. Em março, vocêpode ajudar a mudar isso,pois haverá eleição para a re-novação da CPPTA da UFRJ.

1 O que o Dec. n.º 94.664/87 conside-ra “nível” a legislação mais recentechama de “padrão de vencimento”,ou seja, trata-se do item da tabela desalários que cabe ao servidor.

Os rumos dodebate no Consuni

no mesmo grupo a 3 padrões;(7) O que está em discus-

são no CONSUNI é a mudançadessa compreensão, buscan-do-se provar que o servidorpode e deve receber mais 2padrões de vencimento, por

Um servidor que viveu to-das as recusas na esfera ad-ministrativa resolveu em ja-neiro de 1998 recorrer aoConselho Universitário. Naépoca, ainda não havia re-presentação dos técnico-ad-min is tra t i vos naque lecolegiado, mas mesmo assimo relator, prof. Edson Saad,apesar de não ver possibili-dade de solução, reconheciaque era preciso buscá-la,pois era justo premiar o es-forço de formação.

Quando o processo foi paraa apreciação do plenário em25 de junho de 1998, já ha-viam sido empossados os

representantes da nossa cate-goria e, assim, o conselheiroRoberto Gambine pediu vistasdo processo. Como todos sabe-mos, de junho de 1998 a janeirode 1999 o Conselho Universitá-rio não funcionou, os mandatosdos representantes técnico-ad-ministrativos foram cassados eo interventor tomou posse.

Assim, só em 1999 o proces-so volta ao debate. Como aindanão se havia conseguido umaforma de tomar uma decisão jus-ta e juridicamente correta, o pro-cesso saiu de pauta a pedido doconselheiro Carlos Maldonado,que ficou responsável por cons-truir um novo parecer para a

questão que, hoje, está em de-bate no plenário do Consuni,elaborado após pesquisa dasituação em outras universi-dades. O parecer conclui pelasseguintes resoluções: conces-são de progressão pretendidapelo servidor limitada a doispadrões de vencimento, postoque já galgou três deles namesma modalidade; e quedoravante esta compreensãoseja adotada como regra paraos demais servidores, reven-do-se as negativas anteriorese procedendo-se à análise doscasos de servidores que foramdesencorajados a solicitar talmodalidade de progressão.

a discussão no Consuni

ter continuado a estudar e al-cançado outro título.

DECISÃO - o processo no Conselho já está pronto para uma decisão e chegou a ser incluído na pauta do dia 27

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Documentaçãoa) Identidade; b) Comprovante de sindi-calização (contracheque, carteirinha doSindicato ou recibo de mensalidadepaga); c) Comprovante de dependentede sindicalizado do Sintufrj (carteirade identidade do dependente e compro-vante de sindicalização do responsávelou declaração de dependente emitidapelo Sintufrj; d) Recibo de depósito dataxa de inscrição de R$ 10,00 em favordo Sintufrj, na Caixa Econômica Fede-ral (conta 200177-6/ Agência 0215).Serão considerados dependentes dossindicalizados para efeito de inscri-ção no curso CPV os seguintes:

1 - Os dependentes diretos comprova-damente declarados.2 - Os dependentes diretos poderão serincluídos no banco de dados do Sintu-frj a qualquer tempo.

Prova da SeleçãoDia: 5 de fevereiro - sábadoLocal: IFCS/UFRJ - Largo de São Fran-cisco, 1. Térreo - Centro - Tel.: 852-1026Horário: às 8hA prova de seleção constará de 48 ques-tões objetivas de Português, Literatura,História, Geografia, Química, Física, Bio-logia e Matemática (6 questões por disci-plina).A prova será aplicada somente aos depen-dentes de funcionários da UFRJ e traba-lhadores de demais categorias profissio-nais. Os funcionários da UFRJ terão suasvagas garantidas através da inscrição.Resultados e Matrícula: Dias 8 e 9de fevereiro.Para os aprovados de outras catego-rias será cobrado R$ 100, divididosem 4 vezes, para despesas de materialdidático que será produzido pelo Sin-dicato ao longo do ano.

Para funcionários daUFRJ filiados aoSintufrj, seusdependentes etrabalhadoressindicalizados deoutras categorias.Hoje, 1º de fevereirode 2000, das 10h às20h, no IFCS (Largode São Francisconº1), térreo, Centro.Tel.: 852-1026.

Hoje é o último diapara a inscrição

na prova deseleção para o

Pré-Vestibular 2000

S E R V I Ç O

(590-7209/560-8615/290-2484)Ramais:104 e 120 - Secretaria113 - Convênios117 - Jurídico119 - Comunicação

Fale com a genteJURÍDICOPlantõesÁrea civil - terças: 10h às 13hÁreas Trabalhista eAdministrativa - segundas: 10h às 13h

Grupo Santa Maria garante descon-to de 5% para o associado e joga aprimeira parcela do pagamento (nascompras à prestação) para o mêsseguinte. Basta o sindicalizado pedirautorização de compra ao Sindicato.

Endereços das lojas:

Benfica - Av. Brasil, 1.765tel.: 838-8109

Madureira - Av. Ministro Edgard Romero, 48- tel.: 838-8110

Penha - Rua dos Romeiros, 85tel.: 290-4894

Gávea – Rua Marquês de São Vicente, 232,loja A - tel.: 294-7995

Funcionam no Espaço Cultural doSintufrj, sempre voltadas para a afirma-ção da cultura popular.

Dança de SalãoAulas às terças e quintas, das 18h às 20h.Matrículas com Viviane, no Espaço Cultural.

FutebolEscolinha de Futebol – Para a faixa etáriade 7 a 19 anos. Atividades às quartas-fei-ras, a partir das 15h30. E aos sábados, apartir das 7h. Treinamento no campo daPrefeitura.Futebol de Campo Feminino – Categorialivre. Atividades às quintas e sextas, a partirdas 15h30, no caeitura.Futsal masculino e feminino – Treinos àsterças e quintas às 16h, na Sede Campestre.

CapoeiraAulas segundas e quartas, das 16h às 17h e das17h às 18h. E terças e quintas, das 16h às 17h.

Atenção: Jogo da equipe de futebol de salãomirim nesta sexta-feira, em Alcântara. Saídado ônibus às 8h., da sede do Sindicato.

Jogo treino do juvenil nesta quinta-feira,na Barra da Tijuca. Saída às 13h do cam-po da PU.

OFICINAS

CONVÊNIO

PapelariaA l e r t a à p o p u l a ç ã o

A VACINAÇÃO É IMPORTANTEO Hospital Universitário está vacinando contra a FEBRE AMARELA acomunidade do campus da UFRJ (NESC - 5º ANDAR), das 11h às 15h. Estãocontra-indicados de receber a vacina os seguintes casos:

Crianças com 4 meses ou menos de idade, devido ao risco de encefalite viral. Gestantes, em razão de um possível risco de infecção para o feto. Pessoas que tenham alergia a ovos, uma vez que a vacina é preparada em ovos

embrionados. Pessoas com antecedente de reação alérgica à dose prévia da vacina. Pessoas com imunodeficiência de qualquer causa: AIDS, infecção pelo HIV,

neoplasias em geral (incluindo leucemias e linfomas), quimioterapia ou radioterapia.

Dengue e Febre AmarelaFruto de mais uma das ações equivocadas do Governo Federal, a demissãodos 5.792 agentes da Fundação Nacional de Saúde paralisou os serviços decombate à dengue no Estado do Rio de Janeiro no período do inverno – épocamais adequada para medidas de prevenção.Resultado disso é o aumento do risco a que a população do Estado estáexposta neste verão.

COMO SE DÁ O CONTÁGIOA FORMA SILVESTRE E A URBANA

O vírus da febre amarela vive em animais silvestres. Seu principal transmissor éo mosquito do tipo Haemagogus, que habita matas e florestas. O mosquito pica oanimal e fica com o vírus. Esta é a forma silvestre da doença. Ao picar um ser humano,transmite a febre amarela silvestre.

A febre amarela silvestre só se torna febre amarela urbana quando uma pessoainfectada com o vírus silvestre é picada por um mosquito do tipo Aedis Egypti (omesmo que transmite a dengue) e vive nas cidades. Contaminado, este mosquitopode tornar-se um transmissor da doença, disseminando-a pela população.

RIO SOB RISCO PORFALTA DE PREVENÇÃO

PLANTÃO NA PRAIA VERMELHAA Coordenação de Aposentados dará plantão toda última segunda-feira de cada mês, das 10 às 13h.

JAN – 25 /01 /2000FEV – 29 /02 /2000MAR – 28 /03 /2000ABR – 25 /04 /2000

M A I – 3 0 / 0 5 / 2 0 0 0JUN – 27 /06 /2000JUL – 25 /07 /2000AGO – 29 /08 /2000

SET – 26 /09 /2000OUT – 31 /10 /2000NOV – 28 /11 /2000DEZ – 26 /12 /2000

CALENDÁRIO / APOSENTADOS

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B R A S I L : O U T R O S 5 0 0

o Brasil, aluta pelaposse daterra é tãoantiga quan-to a chegadados coloni-zadores. Aoc o n t r á r i o

fúndio, com a construção de co-munidades organizadas em tor-no da posse coletiva da terra,gerando embriões de uma socie-dade mais justa e democrática,sem a opressão e discriminaçãosocial, que tanto o afligem sob aditadura do latifúndio. Temosos exemplos dos Quilombos,Canudos, Cabanagem, Caldei-rão, Trombas e Formoso, den-tre outros, quando o justo so-nho de ocupar e distribuir a ter-ra encontrou, nas elites, a into-lerância e a repressão.

Perpetuando-se através daColônia, do Império, e mesmodurante o período atual da Re-pública brasileira, as estrutu-

ras fundiárias têm se mantido,consolidando as velhas concep-ções das oligarquias agrárias. Po-rém, nestes anos todos, tambémforam construídas as formasmais consistentes de organizaçãocamponesa, cuja primeira gran-

A luta pela terra

de manifestação são as LigasCamponesas, nas décadas de

1950 e 60. Organizadas a partirde Pernambucano em 1954, asLigas tiveram papel importantena ocupação e distribuição de ter-ras, além de denunciar a violên-cia no campo. Seu líder princi-pal, Francisco Julião, foi presopela ditadura militar, instaladaem 1964 e que fortaleceu aindamais o latifúndio, bancando aentrada de capitais estrangeirosnas áreas de fronteira agrícola,para especulação financeira.

Nos últimos anos, surge no ce-nário nacional a força e a pujan-ça do Movimento dos Trabalha-dores Rurais Sem Terra, o MST,fundado em janeiro de 1994, quehoje se constitui num marco da

luta dos trabalhadores ruraispela posse da terra, e está or-ganizado em 24 estados dopaís, contando com um saldode 200 mil famílias assenta-das em 15 anos de luta. Perse-guido pelo governo e sofrendomassacres como Corumbiarae Eldorado dos Carajás, o MSTvem ao longo destes anos de-nunciando a não democratiza-ção do acesso à terra e con-frontando a velha estruturaagrária brasileira, com ocupa-ções de terras improdutivas.

Ndos povos nativos, que usu-fruíam coletivamente da ter-ra, os portugueses, interes-sados em grandes lucros,organizaram um sistemafundiário baseado na con-centração de terras e ren-das nas mãos das elites,marginalizando a esmagado-ra maioria da população tra-balhadora, que, com o suordo seu trabalho, pagava osprivilégios de aristocratas ecoronéis.

Enquanto todos os paísesdesenvolvidos do mundo járealizaram a Reforma Agrária(muitos até há mais de umséculo), no Brasil (com 8,5milhões de quilômetros qua-drados de extensãoterritorial), ainda hoje, traba-lhadores rurais são constan-temente assassinados por lu-tarem por um pedaço de ter-ra para trabalhar.

* Texto extraído do trabalho Bra-sil 500 anos de Resistência Indí-gena, Negra e Popular, elaboradopela Portfolium EDITORA.

A trajetória do povo brasi-leiro no seu dia-a-dia apon-tou, por inúmeras vezes, paraformas alternativas ao lati-

Todos ospaísesdesenvolvidosrealizarama sua reformaagrária

"Vem, teçamos anossa liberdade(...)desfraldemos anossa rebeldia".hino do MST"

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