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FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA FGF PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NA ÁREA DE LICENCIATURA EM QUIMICA QUÍMICA É PRATICANDO QUE SE APRENDE! JOSÉ ROBERTO DA CUNHA LIMA Parnaíba - PI 2012

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FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA – FGF

PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA DE DOCENTES NA

ÁREA DE LICENCIATURA EM QUIMICA

QUÍMICA É PRATICANDO QUE SE APRENDE!

JOSÉ ROBERTO DA CUNHA LIMA

Parnaíba - PI

2012

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JOSÉ ROBERTO DA CUNHA LIMA

QUÍMICA É PRATICANDO QUE SE APRENDE!

Monografia apresentada como requisito parcial para

obtenção do título de Licenciado em Química no

Programa Especial de Formações de Docentes da

Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF, sob

a orientação do Profº. Dsc. Jean Carlos de Araújo

Brilhante.

Parnaíba-PI

2012

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Monografia submetida ao Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes em

Química, como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Licenciado em

Química, outorgado pela Faculdade Integrada da Grande Fortaleza – FGF.

_______________________

José Roberto da Cunha Lima

______________________________

Prof. Dsc. Jean Carlos de Araújo Brilhante

Orientador

______________________________

Profª. Msc. Célia Diógenes

Coordenadora do Curso

Nota obtida: ______

Monografia aprovada em: ___ / ____ / ____

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho de graduação aos meus Pais, minha

esposa, meus filhos, em especial o João Gabriel que

através das suas limitações como autista abriu os meus

olhos como pai e principalmente como educador e ao

Luiz Henrique que todos os dias me lembram de como

devemos amar e reivindicar o tempo para a família;

amigos e todos aqueles que diretamente ou

indiretamente me incentivaram e ajudaram para que

fosse possível a concretização deste trabalho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que através do seu

filho amado Jesus Cristo, que me deu a oportunidade de

crer, que posso, tudo posso, naquele que me fortalece.

Agradeço à minha esposa Robertha, e aos meus filhos,

Luiz Henrique e João Gabriel que, pelo continuado

incentivo para que perseverasse neste trabalho e aos

meus pais, embora distante, pelas incontáveis

demonstrações de coragem e lições de vida. Aos meus

colegas professores, pelas estimulantes colaborações e

aos alunos das Instituições com os quais trabalhei e

tenho trabalhado ao longo dos anos de vida acadêmica.

Em fim, agradeço a todos que direta ou indiretamente

contribuíram para a elaboração desse trabalho.

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EPÍGRAFE

"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida

passar; é melhor tentar, ainda que em vão, que sentar-se

fazendo nada até o final. Eu prefiro na chuva caminhar, que

em dias tristes em casa me esconder. Prefiro ser feliz,

embora louco, que em conformidade viver...”.

Martin Luther King

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RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade discutir a utilização de aulas práticas no

ensino de Química como alternativa complementar no processo de Ensino – Aprendizagem.

Ficando clara a importância de métodos alternativos para o ensino de Química, simplesmente

com o intuito de vislumbrar o sucesso do avanço da Química em sala se aula, podendo

oferecer aos alunos condições de descobrir que eles têm capacidade de desenvolver seu

intelecto tanto quanto outras pessoas, e que podem relacionar seu dia - a - dia com os

conhecimentos ensinados. Tal trabalho pretende auxiliar Professores, Coordenadores e

Diretores de Escolas de Ensino Médio de como é importantíssimo aulas experimentais e

realização de projetos pedagógicos para ajudar na tarefa árdua de ensinar química, onde as

escolas estão apenas preocupadas em jogar conteúdos e treinar os alunos a memorizar

fórmulas para poder passar no vestibular.

Palavras-Chaves: Prática – Aprendizagem - Química.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 9

2. JUSTIFICATIVA...................................................................................................

3. OBJETIVOS............................................................................................................

3.1 Objetivo Geral ..................................................................................................

3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................

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12

12

12

4. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 13

4.1.Construção da aprendizagem............................................................................ 14

4.2. Contextualização da Aprendizagem ............................................................ 14

4.3. Processos de Aprendizagem ........................................................................... 15

4.4. Fatores que Influenciam a Aprendizagem.....................................................

4.5. Avaliação da Aprendizagem............................................................................

4.6. Funções do Processo Avaliativo. ....................................................................

16

18

19

4.7. Objetivos da Avaliação. ...................................................................................

4.8. Modelo Tradicional de Avaliação Versus Modelo mais Adequado..................

20

21

4.9 A importância das aulas práticas para o ensino de química...............................

5. METODOLOGIA ......................................................................................................

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..........................................................................

22

26

27

7. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 31

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 32

ANEXOS ................................................................................................................... 37

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1. INTRODUÇÃO

Na aprendizagem e no desenvolvimento, a atividade que surge por iniciativa do

próprio indivíduo desempenha papel predominante. Claro que não se pode dispensar o

aprendizado feito através da exposição de outrem, ou mesmo do estudo em grupo, mas o que

se pretende aqui é demonstrar que o educando exerce papel importante na construção do seu

próprio conhecimento. É importante compreender que o método deve trazer dentro de si a

ideia de uma direção com a finalidade de alcançar um objetivo, não se tratando, porém, de

uma direção qualquer, mas aquela que leva de forma mais segura à consecução de um

propósito estabelecido.

Portanto, o ensino de Química só terá um significado real para os alunos

quando houver a inserção dos conhecimentos científicos na sua experiência de vida. As

exigências da educação para o século apontam para o desenvolvimento e a implementação de

trabalhos escolares, nos quais os alunos sejam desafiados a pensar, refletir e propor soluções

para questões e problemas. Neste intuito, aquela preocupação de que os conteúdos devem ser

passados pelo professor, decorados pelos alunos e em seguida realizada uma prova escrita

para julgar um possível e falso rendimento do aluno, já não é esperado para o ensino médio.

Seja por exposição didática, interpretação de textual ou aula prática, o professor deverá

utilizar o método que melhor se adeque ao seu público alvo e com isso, proporcionar ao seu

método um constante feedback, a fim de saber até que ponto o método utilizado é eficaz e

qual o momento de modificá-lo.

Por isso, propõe-se neste estudo analisar a utilização de instrumentos

diferenciados no ensino de Química visando à melhoria do aprendizado dos alunos através da

superação de dificuldades diante da disciplina em questão, já que tais instrumentos são modos

descontraídos de transmissão de conhecimentos e conceitos aos alunos.

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2. JUSTIFICATIVA

Esta monografia se justifica pela importância de se entender alguns aspectos da

situação da relação entre ensino-aprendizagem de uma aula de química, quando se aplica uma

determina técnica ou método para atingir o objetivo daquela aula. Para cada novo

conhecimento que um indivíduo pretende adquirir, fatores pessoais ou referentes ao campo da

aprendizagem exerce influência sobre sua motivação, fazendo com que seja bem sucedido ou

não em seu objetivo. Há circunstâncias em que criamos certas expectativas precedentes ao ato

de aprendizagem, que oscilam entre más e boas. A partir do momento em que estabelecemos

contato com o conhecimento que nos está sendo transmitidos, tais expectativas podem ser

confirmadas ou reprovadas, e a grande influenciadora dessa confirmação ou reprovação é a já

mencionada motivação.

Baseado nesses fatos almejou, no presente trabalho, analisar a relação entre as

expectativas que precedem o aprendizado e a resposta a tais expectativas, gerada a partir do

momento em que se começa a aprender ou não, de acordo com fatores que influenciam a

motivação. Uma vez que estamos nos profissionalizando como professores e pesquisadores na

área de ciências, a escolha de tal contexto é bastante óbvia, e a justificamos ainda, por

pretendermos, dessa forma, fornecer apoio aos professores da área no processo de ensino-

aprendizagem da Química, para que estes possam orientar e dinamizar seu ensino de forma a

contemplar melhor as expectativas, e dificuldades quanto ao aspecto motivacional,

demonstradas pelos alunos.

Estabelecidos o contexto com o qual trabalharemos o instrumento de coleta de

dados do qual tomaremos mão, e a justificativa para a realização do trabalho, podemos

afunilar nosso objetivo a analisar a visão de estudantes do 2º anos do Colégio São Luiz

Gonzaga (Diocesano) sobre suas expectativas quanto ao aprendizado de ciências ao iniciar o

curso, e sobre fatores que os motivam ou desmotivam no processo de aprendizado. A

utilização do laboratório de ciências será uma ferramenta importante no processo da

realização deste trabalho, a fim de demonstrar que as aulas práticas associadas às aulas

teóricas, fazem parte de uma etapa importantíssima do processo de ensino-aprendizagem.

O setor educacional deve passar por uma mudança urgente, visto que ainda não

consegue incorporar os avanços tecnológicos como agentes facilitadores na aprendizagem de

conteúdos específicos. Há necessidade de propor uma nova prática pedagógica para ensinar

química, que reorganize a estrutura, a organização do tempo, o currículo e o espaço escolar.

Optou-se por esta problemática por estar bastante presente nas escolas e sociedade atuais do

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nosso país, as quais centram todas as suas expectativas numa aprovação no vestibular (caso

mais comum em escolas particulares), fruto de toda uma busca da escola como forma de

ascensão social. Devido a este fato, é de grande importância à busca dos fatores que levam a

educação atual de afastar cada vez mais de uma educação crítica, voltada para formação do

cidadão, considerando os diversos aspectos que envolvem essa educação.

O ensino de química voltado para o vestibular é considerado falho, pois trata

apenas de formação técnica e de pouca aplicação, uma vez que a cabeça “cheia de

conhecimentos” desejada por alunos e até mesmo pela própria escola não é garantia da

aplicação desses conhecimentos no cotidiano deste aluno, fazendo com que a Química como

disciplina não passe de conceitos, cálculos matemáticos e fórmulas químicas sem

aplicabilidade. Muitos professores ao ministrar aulas no ensino médio escutam diversas

indagações dos alunos como: porque eu tenho que aprender química? Em que a química

contribui com minha vida? Química só serve para passar no vestibular.

Historicamente as aulas de química vêm sendo ministradas apenas com o

objetivo de repassar conceitos químicos, o que não é correto, pois é de conhecimento que a

educação a nível médio deve ser formadora e não apenas profissionalizante ou preparadora

para o vestibular, conforme o Art. 2º da Lei nº. 9.394 o qual fixam diretrizes e bases para o

Ensino de Fundamental e Médio, devendo assim haver a preocupação com a contextualização

da química com o meio o qual o aluno se insere. Segundo Farias (2005, p.55) “A

aprendizagem da ciência Química, mediada pelo professor, deve preparar para a vida e não

para as provas”. O ensino de química não pode ter um fim em si mesmo, estritamente

acadêmico e uma forma de mudar isso é dar a essa ciência uma abordagem nova, mais

próxima do cotidiano do aluno.

Entretanto, concordamos que uma série de problemas afeta o ensino de

Química atual, que vão desde o pouco tempo que os professores têm para elaborar aulas mais

atrativas, pois têm que trabalhar em turnos diferentes para ganhar um salário digno, até o

sucateamento da maioria das escolas públicas. Sendo assim, o objetivo principal desta

pesquisa será refletir o papel da Química como disciplina educativa e sua contribuição para

formação do cidadão. Além disso, discutiremos os objetivos do ensino de química atualmente

e qual a sua relação com a educação voltada para a vida, e a influência da comunidade na

prática de ensino atual.

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3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

Compreender qual a importância das aulas de laboratório no ensino de Química como

instrumento de superação de dificuldades em alunos do Ensino Fundamental e Médio.

3.1.2 Objetivos Específicos

Analisar o processo de aprendizagem do individuo;

Compreender os aspectos envolvidos no ensino de Química;

Analisar quais as perspectivas encontradas na utilização de instrumentos diferenciados

para a superação de dificuldades em relação ao Ensino de química.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

O tema, Química é Praticando que se Aprende! Está relacionado com o

processo de ensino – aprendizagem o que despertou a atenção de vários pesquisadores em

diferentes países. No Brasil, tem sido objeto de pesquisa no que se refere a métodos e

metodologias para o ensino de ciências, livros como os de: (BETHEM, 1991; HENNING,

1986; ARRIBAS 1988; DELIZOICOV & ANGOTTI 1992; FRACALANZA 1986;

MOREIRA 1991), os quais procuram enfatizar a questão do processo de Ensino

Aprendizagem de forma crítica, considerando a metodologia de ensino como uma ferramenta

a serviço de um projeto pedagógico. Nessa mesma perspectiva é assumida em trabalhos

publicados por PITTENGER, (1997), CARRAHER (1995).

Com um tema tão importante no que se refere à contextualização do ensino de

Química aos alunos de ensino médio, encontramos diversas publicações como (ALMEIDA et

al, MARCANO et al, WANDERLEY et al). Outros autores como: (ARRIBAS 1988),

GASPAR (1995), CRUZ (1995), BUENO et al, ROSA et al, GOI et al, BUDEL et al,

BENITE et al, concordam com essas ideias e enfatizam os experimentos como uma

ferramenta fundamental no processo de ensino aprendizagem.

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4.1 Construção da Aprendizagem

A aprendizagem pode ser considerada como um fenômeno extremamente

complexo, onde são envolvidos aspectos cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e

culturais. Entende-se que a aprendizagem é resultante do desenvolvimento de qualidade e de

conhecimentos, bem como transferências destes para novas situações.

O que desencadeia o processo de aprendizagem é a motivação. Esse processo

está intimamente ligado às relações de troca que o sujeito estabelece com o meio,

principalmente, seus professores e colegas. No ambiente escolar, o interesse é ferramenta

importantíssima para que o aluno tenha motivos de ação no sentido de apropriar-se do

conhecimento. Cabe aos educadores proporcionar situações que ajudem o aluno a aprender

como aprender por si só, estimulando-o a desenvolver seu potencial humano. O espaço

escolar deve ser o “reino da criança”, onde ela tem autonomia para agir e responsabilidades

com que arcar. Embora a aprendizagem ocorra na intimidade do sujeito, o processo de

construção do conhecimento dá-se na diversidade e na qualidade das suas interações.

4.2 Contextualização da Aprendizagem

Por muito tempo as perguntas “como se aprende?” e “como desenvolvemos o

conhecimento?” continuam questionando paradigmas educativos tradicionais e provocando

uma série de mudanças nos enfoques, processos e práticas educativas. Por sua vez, esta

situação renova o interesse de pedagogos, psicólogos, filósofos e licenciados, em fim, não

apenas no processo de aprender como nos seus respectivos objetos de conhecimento. Segundo

Ausubel (1983) a teoria da aprendizagem significativa é a de maior utilidade por ter sido

formulada dentro de experiências de sala de aula, segundo o mesmo, deve se procurar

incentivar a aprendizagem integral com o contexto social do educando.

Por fim, é importante deixar claro que o conceito de construção do

conhecimento não é suficiente para explicar a multiplicidade de fatores que atuam nos

processos de ensino e aprendizagem dentro da escola. Os Professores precisam complementar

os seus conhecimentos e buscar teorias sobre a organização das instituições, a comunicação, o

desenvolvimento afetivo e emocional, sem esquecer, que hoje a inclusão de crianças com

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necessidades especiais sobre tudo crianças autistas e crianças com síndrome de down que

necessitam de um maior comprometimento em desenvolver uma ação educativa que promova

não apenas o desenvolvimento de seus alunos, como também o desenvolvimento da escola

como instituição política e socialmente coerente com o contexto regional em que está

inserida.

4.3 Processos de Aprendizagens

O processo de aprendizagem em ciências naturais requer inúmeras habilidades,

como observação, pensamento lógico, interpretação de dados e eventos, conhecimento em

álgebra e geometria, o que muitos alunos não dominam, apesar de que a maioria dos alunos

do ensino médio, já possuem idade suficiente para a formação do desenvolvimento cognitivo

adequado para o pensamento lógico de acordo com a teoria cognitiva de Piaget.

A função de qualquer teoria de ensino/formação é dar a conhecer que

diferentes tipos de aprendizagem:

Implicam diferentes processos cognitivos;

Pressupõem diferentes capacidades;

Exigem níveis de resposta diferenciados.

Estes constituem aspectos facilitadores ou inibidores das aprendizagens em

jogo. O formador é, antes de mais, um facilitador de aprendizagem funcionando como

mediador entre os saberes que o formando já tem e os que necessitam adquirir. O

conhecimento dos processos cognitivos envolvidos na resolução das diferentes tarefas de

aprendizagem, ajuda quer o formando, quer o formador a melhorar o seu trabalho. Para o

formando, conhecer os processos cognitivos, ajuda-o a encontrar as estratégias e as soluções

adequadas às diferentes tarefas de aprendizagem; ao formador, ajuda-o a escolher os tipos de

aprendizagem mais úteis e ajustados aos objetivos pretendidos e a criar condições de

aprendizagem que facilitem a realização destas mesmas tarefas. Como se constata no quadro

seguinte, aprendemos de várias formas, e as diferentes formas como aprendemos, implicam

processos de aprendizagem diferentes.

As aulas práticas é um dos vários processos existentes para desenvolver uma

melhor aprendizagem do educando, além de ser eficiente, facilita a compreensão da natureza

da ciência e dos seus conceitos, acolita no desenvolvimento de atitudes cientificas e

constroem uma concepção não cientifica.

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Segundo Santos e Schnetzler (2003),

Pode-se considerar que o objetivo central do ensino de

Química para formar o cidadão é preparar o indivíduo para

que ele compreenda e faça uso das informações químicas

básicas necessárias para sua participação efetiva na

sociedade tecnológica em que vive. O ensino de Química

precisa ser centrado na inter-relação de dois componentes

básicos: a informação química e o contexto social, pois, para

o cidadão participar da sociedade, ele precisa não só

compreender a química, mas a sociedade em que está

inserido (SANTOS E SCHNETZLER, 2003, p. 93).

4.4 Fatores que Influenciam a Aprendizagem

Uma das preocupações que o formador deve ter quando planifica sessões de

formação, é criar situações que favoreçam a aprendizagem, tendo em conta três variáveis:

O que vai ensinar (objetivos/domínios da aprendizagem);

Como ensinar (estratégias);

A quem ensinar (público alvo).

Existem fatores internos e externos ao próprio indivíduo, que podem facilitar

ou inibir o processo da aprendizagem. Alguns destes fatores estão relacionados com

características das pessoas a quem se destina a formação.

O público alvo da formação profissional é, normalmente, constituído por

adultos, o que implica procedimentos necessariamente diferenciados, na medida em que a

aprendizagem adulta é substancialmente diferente da aprendizagem da criança e, por isso, o

formador não pode ter o mesmo tipo de abordagem perante estes dois públicos distintos.

Em relação ao publico adulto, muitas vezes são chefes de famílias e por isso

precisão trabalhar para sustentar suas famílias o que interferem diretamente na sua

aprendizagem, pois geralmente trabalho o dia todo e quando chega à noite vão para a escola

cansados dificultando a aprendizagem.

Segundo Peluso (2003)

Se considerarmos as características psicológicas do

educando adulto, que traz uma história de vida geralmente

marcada pela exclusão, veremos a necessidade de se

conhecerem as razões que, de certa forma, dificultam o seu

aprendizado. Esta dificuldade não está relacionada à

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incapacidade cognitiva do adulto. Pelo contrário, a sensação

de incapacidade trazida pelo aluno está relacionada a um

componente cultural que rotula os mais velhos como inaptos

a frequentarem a escola e que culpa o próprio aluno por ter

evadido dela. (PELUSO, 2003, p.43).

Assim, para que a prática pedagógica conduza ao sucesso da aprendizagem, o

formador deve ter em conta o seguinte:

O nível de dificuldade das atividades propostas deve estar ao alcance de todos;

O formador deve garantir a resolução mínima dos exercícios por todos os

participantes;

As correções necessárias não devem assumir a forma de crítica destrutiva, mas devem

ser feitas em forma de sugestão, ou de incentivo ao debate, conduzindo à

autodescoberta e à autotransformação;

É muito importante a informação sobre os resultados obtidos e reforçar positivamente

(reduz a insegurança).

Outros tipos de fatores que podem condicionar a aprendizagem são os internos

ao próprio indivíduo, que fazem parte quer das suas características de personalidade, quer das

suas características físicas:

Fatores cognitivos

Fatores socioculturais

Fatores biológicos

Fatores emocionais

Existem também fatores externos ao próprio indivíduo, que podem facilitar o

processo da aprendizagem (sendo da incumbência do educador):

Definir objetivos e dá-los a conhecer;

Avaliar pré-requisitos;

Explicitar as estratégias;

Motivação (situar num contexto);

Manter o grupo ativo e participante (proporcionar estudo dirigido em grupo e de

investigação);

Utilizar os meios técnicos e práticos disponíveis (vídeo, retro projetor e outros);

Fazer sínteses parcelares e conclusões;

Exercícios práticos;

Fazer a avaliação da aprendizagem;

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Discussão dos resultados.

A aprendizagem significativa, é favorecida pelos processos interativos que se

estabelecem, em relação aos qual o formador tem um papel importante, na medida em que

depende dele o “ambiente”, e a “maneira” de como as relações psicossociais que se

estabelecem durante a formação, assim:

A aprendizagem deve processar-se num clima de confiança e abertura que propicie a

partilha de experiências e vivências, visando um enriquecimento mútuo;

A aprendizagem não deve ser estanque, mas negociada, os objetivos devem ser

explícitos e partilhados;

A aprendizagem deve situar-se relativamente a um quadro de referência, apelo às

experiências e vivências dos formandos, no sentido de motivá-los;

A aprendizagem deverá ser dirigida para o aqui e agora dos acontecimentos, as

finalidades devem ser explícitas.

4.5 Avaliação da Aprendizagem

A avaliação é parte integrante do processo ensino/aprendizagem e ganhou na

atualidade espaço muito amplo nos processos de ensino. Requer preparo técnico e grande

capacidade de observação dos profissionais envolvidos. Segundo Perrenoud (1999), a

avaliação da aprendizagem, no novo paradigma, é um processo mediador na construção do

currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão da aprendizagem dos alunos. Na

avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os resultados das provas

periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam supervalorizados em detrimento de

suas observações diárias, de caráter diagnóstico. O professor, que trabalha numa dinâmica

interativa, tem noção, ao longo de todo o ano, da participação e produtividade de cada aluno.

É preciso deixar claro que a prova é somente uma formalidade do sistema escolar. Como, em

geral, a avaliação formal é datada e obrigatória, deve-se ter inúmeros cuidados em sua

elaboração.

A avaliação, tal como concebida e vivenciada na maioria das escolas

brasileiras, tem se constituído no principal mecanismo de sustentação da lógica de

organização do trabalho escolar e, portanto, legitimador do fracasso, ocupando mesmo o papel

central nas relações que estabelecem entre si os profissionais da educação, alunos e pais.

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Os métodos de avaliação ocupam sem duvida espaço relevantes no conjunto

das práticas pedagógicas aplicadas ao processo de ensino e aprendizagem. Avaliar, neste

contexto, não se resume à mecânica do conceito formal e estatístico; não é simplesmente

atribuir notas, obrigatórias à decisão de avanço ou retenção em determinadas disciplinas.

Para Oliveira (2003), devem representar as avaliações aqueles instrumentos

imprescindíveis à verificação do aprendizado efetivamente realizado pelo aluno, ao mesmo

tempo que forneçam subsídios ao trabalho docente, direcionando o esforço empreendido no

processo de ensino e aprendizagem de forma a contemplar a melhor abordagem pedagógica e

o mais pertinente método didático adequado à disciplina – mas não somente -, à medida que

consideram, igualmente, o contexto sócio-político no qual o grupo está inserido e as

condições individuais do aluno, sempre que possível.

A avaliação da aprendizagem possibilita a tomada de decisão e a melhoria da

qualidade de ensino, informando as ações em desenvolvimento e a necessidade de regulações

constantes.

4.6 Funções do Processo Avaliativo

As funções da avaliação são: de diagnóstico, de verificação e de apreciação.

Função diagnóstica - A primeira abordagem, de acordo com Miras e Solé

(1996, p. 381), contemplada pela avaliação diagnóstica (ou inicial), é a que proporciona

informações acerca das capacidades do aluno antes de iniciar um processo de

ensino/aprendizagem, ou ainda, segundo Bloom, Hastings e Madaus (1975), busca a

determinação da presença ou ausência de habilidades e pré-requisitos, bem como a

identificação das causas de repetidas dificuldades na aprendizagem.

A avaliação diagnóstica pretende averiguar a posição do aluno face a novas

aprendizagens que lhe vão ser propostas e a aprendizagens anteriores que servem de base

àquelas, no sentido de obviar as dificuldades futuras e, em certos casos, de resolver situações

presentes.

Função formativa - A segunda função é a avaliação formativa que, conforme

Haydt (1995, p. 17), permite constatar se os alunos estão, de fato, atingindo os objetivos

pretendidos, verificando a compatibilidade entre tais objetivos e os resultados efetivamente

alcançados durante o desenvolvimento das atividades propostas. Representa o principal meio

através do qual o estudante passa a conhecer seus erros e acertos, assim, maior estímulo para

um estudo sistemático dos conteúdos. Outro aspecto destacado pela autora é o da orientação

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fornecida por este tipo de avaliação, tanto ao estudo do aluno como ao trabalho do professor,

principalmente através de mecanismos de feedback. Estes mecanismos permitem que o

professor detecte e identifique deficiências na forma de ensinar, possibilitando reformulações

no seu trabalho didático, visando aperfeiçoa-lo. Para Bloom, Hastings e Madaus (1975), a

avaliação formativa visa informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem

no decorrer das atividades escolares e a localização das deficiências na organização do ensino

para possibilitar correção e recuperação.

A avaliação formativa pretende determinar a posição do aluno ao longo de uma

unidade de ensino, no sentido de identificar dificuldades e de lhes dar solução.

Função somativa – Tem como objetivo, segundo Miras e Solé (1996, p. 378)

determinar o grau de domínio do aluno em uma área de aprendizagem, o que permite outorgar

uma qualificação que, por sua vez, pode ser utilizada como um sinal de credibilidade da

aprendizagem realizada. Pode ser chamada também de função creditativa. Também tem o

propósito de classificar os alunos ao final de um período de aprendizagem, de acordo com os

níveis de aproveitamento. A avaliação somativa pretende ajuizar do progresso realizado pelo

aluno no final de uma unidade de aprendizagem, no sentido de aferir resultados já colhidos

por avaliações do tipo formativas e obter indicadores que permitem aperfeiçoar o processo de

ensino. Corresponde a um balanço final, a uma visão de conjunto relativamente a um todo

sobre o qual, até aí, só haviam sido feitos juízos parcelares.

4.7 Objetivos da Avaliação

Na visão de Miras e Solé (1996, p. 375), os objetivos da avaliação são traçados

em torno de duas possibilidades: emissão de “um juízo sobre uma pessoa, um fenômeno, uma

situação ou um objeto, em função de distintos critérios”, e “obtenção de informações úteis

para tomar alguma decisão”. Para Nérici (1977), a avaliação é uma etapa de um procedimento

maior que incluiria uma verificação prévia. A avaliação, para este autor, é o processo de

ajuizamento, apreciação, julgamento ou valorização do que o educando revelou ter aprendido

durante um período de estudo ou de desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem.

Segundo Bloom, Hastings e Madaus (1975), a avaliação pode ser considerada

como um método de adquirir e processar evidências necessárias para melhorar o ensino e a

aprendizagem, incluindo uma grande variedade de evidências que vão além do exame usual

de ‘papel e lápis’. É ainda um auxílio para classificar os objetivos significativos e as metas

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educacionais, um processo para determinar em que medida os alunos estão se desenvolvendo

dos modos desejados, um sistema de controle da qualidade, pelo qual pode ser determinada

etapa por etapa do processo ensino/aprendizagem, a efetividade ou não do processo e, em

caso negativo, que mudança devem ser feitas para garantir sua efetividade.

4.8 Modelo Tradicional de Avaliação Versus Modelo mais Adequado

Gadotti (1990) diz que a avaliação é essencial à educação, inerente e

indissociável enquanto concebida como problematização, questionamento, reflexão, sobre a

ação.

Entende-se que a avaliação não pode morrer. Ela se faz necessária para que

possamos refletir questionar e transformar nossas ações.

O mito da avaliação é decorrente de sua caminhada histórica, sendo que seus

fantasmas ainda se apresentam como forma de controle e de autoritarismo por diversas

gerações. Acreditar em um processo avaliativo mais eficaz é o mesmo que cumprir sua função

didático - pedagógica de auxiliar e melhorar o ensino/aprendizagem.

A forma como se avalia, segundo Luckesi (2002), é crucial para a

concretização do projeto educacional. É ela que sinaliza aos alunos o que o professor e a

escola valorizam.

4.9 A importância das aulas práticas para o ensino de química

O progresso científico e o avanço tecnológico da atualidade exigem da Escola

que ofereça ao estudante, não somente informações sobre a situação atual da Ciência, mas

principalmente, estímulo à sua participação e ao questionamento que o levem à aprendizagem.

Para tanto, deve o educador valer-se de conhecimentos e estratégias que o conduzam ao

objetivo de bem educar. Daí, concordamos com Rubem Alves (2003, p. 116) quando sustenta:

Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O

educador diz: “Veja” - e, ao falar, aponta. O aluno olha na

direção apontada e vê o que nunca viu. O seu mundo se

expande. Ele fica mais rico interiormente. E, ficando mais

rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais

alegria - que é a razão pela qual vivemos.

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O ser humano em situação de aprendizagem requer ambiente favorável para

sentir-se suficientemente motivado, entusiasmado com a proposta pedagógica que lhe está

sendo oferecida. Sem isto, dificilmente haverá bons resultados. O ambiente favorável à

aprendizagem tem como suporte indispensável à teia das relações que se estabelecem no ato

pedagógico. Neste clima, as situações de aprendizagem são criadas e propostas, tendo em

vista a diversidade de identidades existentes no grupo de aprendizes da sala de aula. Daí,

concordarmos com Arnildo Laurêncio Rockenbach (2003, p. 186) quando registra:

A sala de aula é o espaço ideal no qual a interlocução

dos saberes ocorre no processo da interação dos

sujeitos. A intersubjetividade, com toda a carga de

significado que lhe é inerente, ao mesmo tempo reduzido

e restrito, ao mesmo tempo em que amplo e abrangente,

pelo fato de aí se concentrar e sintetizar o mundo da

vida, o mundo histórico cultural, a sociedade na sua

estrutura econômica e política, bem como a comunidade

de pais e responsáveis e a escola como unidade

educacional instituída e instituinte.

Dessa maneira, podemos dizer que dificilmente uma mesma colocação posta

em prática pelo professor evocará o mesmo sentido para duas pessoas diferentes, pois a

intensidade com que cada um a acolhe jamais será absolutamente igual. Somos o que somos, e

segundo Antunes (2003, p. 10), “[...] constituímos figura ímpar, ser singular no imenso espaço

que emoldura nossa passagem pelo tempo”.

Os processos comunicacionais e de relações interpessoais encontram-se, no

normal, presentes na ação docente, para cuja efetivação não apenas contribuem, mas

caracterizam-se como intrínsecos a tal ação. Sendo o ato pedagógico um intercâmbio de

relações e, se estas relações se estabelecem por meio de todas as formas de comunicação,

tornam-se evidentes, por consequência, as interdependências naturais entre esses enfoques da

dinâmica do processo ensino - aprendizagem. No cenário pedagógico, em sala de aula ou em

outro espaço qualquer, há necessidade de existir, por parte de todos os sujeitos envolvidos, a

predisposição para a busca do conhecimento, assim como a criação de um ambiente agradável

e acolhedor o qual favoreça a comunicação. Daí concordarmos com Celso Antunes (2003, p.

14) ao assinalar:

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Se seus alunos conversam, isto é bom. Saiba fazer

dessa notável qualidade humana uma “ferramenta” de

ensino. Use a conversa do aluno, que é o que ele tem de

mais valioso em sua vida, como instrumento para um

trabalho pedagógico essencial. Converse com seus

alunos e deixe os alunos conversarem entre si. Aprenda

a ser um administrador de conversas, expositor de

desafios, instigador de perguntas.

Da trama tecida até aqui, das relações interpessoais estabelecidas pela

interlocução, vai depender o clima que aí se proporciona e pode ser mais ou menos favorável

ou até mesmo, impróprio à aprendizagem. Esta requer interlocutores mesmo quando um

indivíduo apenas busca determinado conhecimento. Ela precisa evocar múltiplos

interlocutores, na sua memória, em veículos virtuais, na concretude dos livros e demais

recursos, mas não se pode, por outro lado, ignorar que essa busca parte sempre de uma

predisposição e da criação de um ambiente propício ao estabelecimento das relações

interpessoais já referidas. Por isso concordarmos com Silvino J. Fritzen (1987, p. 46) quando

afirma:

As relações que se estabelecem com as pessoas

representam o meio principal para situar-se diante do

mundo. A felicidade de cada pessoa depende do grau de

integração que consegue. A tendência para a

intercomunicação com os outros é tão natural, que sua

satisfação condiciona o equilíbrio de toda a

personalidade.

Eis o papel do docente em criar situações de aprendizagem tendo como pano

de fundo um cenário de relações interpessoais mantidas por um processo de comunicação

fácil e eficiente, que concorra para estabelecer, na sala de aula, um ambiente onde se torne

importante descobrir ações, estratégias, procedimentos sistêmicos, reflexões integradoras que,

uma vez constituídas, permitam afirmar que os resultados a serem atingidos, serão,

certamente, os esperados. O educador com visão da realidade de seu trabalho terá, assim,

oportunidade de refletir sobre a escola e o seu papel, distinguindo suas próprias falhas e

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omissões quanto aos determinantes externos que não estão sob seu poder e controle, aspectos

estes enfatizados por Furlani (2002, p. 55):

A força de um bom relacionamento com o professor se

expressa em muitas falas, podendo ser sintetizada na

percepção de o aluno sentir-se parceiro, com ele

trabalhando para permanecer na escola, em dimensões

instrumentais básicas ao horizonte profissional

pretendido. Isso significa não apenas absorver

conteúdos e configurar a prática como “ilustração” da

teoria, mas conhecer as razões, os porquês, as

possibilidades de suas práticas e de suas realidades.

Não havendo uma articulação entre os dois tipos de atividades, isto é, a teoria e

a prática, os conteúdos não serão muito relevantes à formação do indivíduo ou contribuirão

muito pouco ao desenvolvimento cognitivo deste. Porém, ao que parece, o ensino de Química

não tem oferecido condições para que o aluno a compreenda enquanto conceitos e nem quanto

a sua aplicação no dia-a-dia.

Durante o século XIX as aulas experimentais também conhecidas como

“laboratórios didáticos” fizeram parte integrante do ensino de ciências nas escolas de ensino

médio e fundamental com o intuito de envolver estudantes em experiências concretas com

aparato e conceitos científicos. Em 1892, Griffin escreveu: “O laboratório conquistou o seu

lugar na escola; e sua introdução tem sido um sucesso. Este é o perfil de uma educação

revolucionária. Os alunos podem agora ir a seus laboratórios aptos a ver e a fazer”.

Assim evidenciamos o relacionamento interativo e interdependente onde os

experimentos auxiliam a construção da teoria e a teoria determina os tipos de experimentos

que podem ser conduzidos (Hodson, 1988). Desta forma, no desenvolvimento das ciências, o

experimento é parte integral do processo de tomada de decisões e resolução de problemas.

A resolução de problemas pode basear-se na apresentação de situações

semiabertas e sugestivas que exijam dos estudantes uma atitude ativa e um esforço para

buscar respostas próprias. O ensino baseado na solução de problemas pressupõe promover nos

alunos o domínio de procedimentos, assim como a utilização dos conhecimentos disponíveis

para dar solução a situações variáveis (Pozo, 1998, p. 9). Quando essa metodologia é

associada às atividades práticas de laboratório pode servir como um instrumento que favoreça

questões fundamentais para a construção e o entendimento de conceitos e que proporcione

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uma visão correta do trabalho científico aos estudantes (González, 1992). Assim, os alunos

podem construir hipóteses, analisar dados, observar criticamente os problemas de interesse e

implicações da própria Ciência.

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5. METODOLOGIA

O desenvolvimento das práticas de laboratório será desenvolvido nos

laboratórios de Química; Bioquímica e Bromatologia da Faculdade Piauiense (FAP), que por

parceria com o Colégio Diocesano será possível à realização das aulas de laboratório,

localizada na BR – 343 Parnaíba –PI. O trabalho será desenvolvido com 112 alunos do 1º; 2º

e 3º ano do Ensino Médio do Colégio Diocesano da cidade de Parnaíba - PI, Sendo que para

aa aulas de laboratório somente 20 alunos participarão das aulas experimentais, sendo

frequentadores da turma do 2º ano C do Ensino Médio. Desta forma daremos inicio ao

trabalho, solicitando a autorização formal, por escrito ao Dirigente da Faculdade Piauiense -

FAP, para realizarmos as práticas de laboratório.

As informações serão colhidas através de questionário, contendo diversas

questões sobre o tema abordado “Química é Praticando que se Aprende”, ode o mesmo será

aplicado nas turmas de 1º ano A e B, 2º ano A e 3º ano, essas turmas não participarão das

aulas práticas. A turma do 2º ano C irá participar 12 horas aulas de práticas nos laboratórios

de Química; Bioquímica e Bromatologia da Faculdade Piauiense (FAP), e depois responderá

o questionário aplicado nas outras turmas que não tiveram aulas práticas. Os dados obtidos

serão oriundos das entrevistas a serem realizadas junto aos alunos que utilizaram os

laboratórios. Sendo assim, será elaborado um questionário que atenda a esta variável: alunos.

A composição da amostra nesta investigação será obtida a partir de

amostragem aleatória simples, em cada turma e grupo envolvido.

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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Quando perguntado aos alunos do Ensino Médio, o grau de dificuldade de

entendimento da disciplina de química, quase 100% dos alunos considera que é necessário ter

uma atenção maior e se dedicam nas atividades para aprender a matéria, como mostra o

gráfico abaixo.

Gráfico gerado do Office Excel

Alguns Fatores são determinantes no que se refere ao processo de ensino

aprendizagem, quando é perguntado aos alunos se o professor desenvolve aulas práticas,

quase 60% afirmam que as aulas são apenas teóricas, mesmo assim, o professor relacionando

apenas teoria com a prática mais de 83% acha a disciplina de Química interessante. O gráfico

abaixo relata o fato dos alunos mostrarem interesse pela a Química ser muito importante, e

que nos leva a uma reflexão sobre a metodologia que aplicamos para alcançar os objetivos

desejáveis.

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Gráfico gerado do Office Excel

Ao abordar o mesmo conteúdo em duas séries iguais, onde, uma turma foi

trabalhada o tema e realizado prática de laboratório, (2º ano C), a outra turma (2º ano A) só

foi ministrado aula teórica, constatamos que através de avaliação aprendizagem, os alunos que

associaram teoria e prática conseguiram reconhecer diversos fatores que identificaram na

prática e associar com fenômenos que acontecem no dia-a-dia. A análise de desempenho

iniciou-se com o questionamento a respeito da diferença entre exatidão e precisão, na prática

envolvendo Glicídios Redutores percebe – se que a atividade experimental foi determinante

para o entendimento do tema abordado. Quando é trabalhado espectro visível e a relação entre

comprimento de onda e absorbância é gritante a diferença em termos de aprendizagem quando

se utiliza um espectrofotômetro na determinação de proteína do leite, por fim fazendo uma

relação entre espectrofotometria e concentração de proteína é muito satisfatório a

aprendizagem da turma em que realizou os experimentos.

0,00%20,00%40,00%60,00%80,00%

100,00%120,00%

Pre

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2º ano A

Gráfico gerado do Office Excel

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Quando confrontamos o processo de aprendizagem das turmas de 1º ano A; 2º

ano A e 3º ano A do Ensino Médio, turno manhã, que só participaram de aulas teóricas com a

turma do 2º ano C do Ensino Médio que participaram de aulas prática, comprovadas em fotos

em anexo, apenas 23% dos alunos afirmaram ter aprendido o conteúdo abordado pelo

professor, contudo, 95% dos alunos que participaram das atividades práticas afirmam ter

aprendido o conteúdo abordado, como mostra a figura abaixo.

Gráfico gerado do Office Excel

Ao verificar uma discrepância muito grande na aprendizagem dos alunos que

participaram de aulas práticas com alunos que só participaram de aulas teóricas, foram

perguntadas quais sugestões mostradas no gráfico abaixo, contribuiria para uma melhor

aprendizagem.

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Gráfico gerado do Office Excel

Analisando a figura acima, é nítida insatisfação dos alunos em participarem

somente de aulas teórica, quase que 100% dos alunos sugeriram aulas diferentes como

práticas de laboratório e aulas de campo.

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7. CONCLUSÃO

Ao elaborar este estudo, foi possível compreender que a questão do ensino não

é meramente uma transmissão de informações, mas sim uma experiência que deve ser vivida

dia-a-dia, prestando sempre atenção às mais diversa questões envolvidas nesta complexa

vivência. O ensino de Química, não diferente de tantos outros, não pode ser considerado como

algo que serve apenas para cumprir uma grade curricular. Ou que a Química só terá real

importância para uma pessoa que for utilizá-la em seu trabalho durante a vida. A Química é

uma disciplina que nos remete a compreender todas as questões da vida, dos mais simples aos

mais complexos fenômenos.

É esta realidade que educadores das áreas de Ciências e Suas Tecnologias

como trata os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), necessitamos apresentar aos alunos,

a importância da Química está na nossa vida e no cotidiano. Nesse estudo, procurou-se

demonstrar a importância de métodos alternativos como aulas práticas de laboratório para o

ensino de Química, simplesmente com o intuito de vislumbrar o sucesso do avanço da

Química em sala se aula, podendo oferecer aos alunos condições de descobrir que eles têm

capacidade de desenvolver seu intelecto tanto quanto outras pessoas, e que podem relacionar

seu dia - a dia com os conhecimentos ensinados.

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ANEXOS

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Questionário aos alunos:

1- Qual sua impressão geral a respeito da disciplina de química quanto ao grau de

dificuldade de entendimento:

( ) fácil ( ) médio ( ) difícil ( ) muito difícil

2- O conteúdo de Química é desenvolvido a partir de atividades experimentais?

Sim ( ) não ( ) nem sempre ( )

3- O professor costuma relacionar teoria com a prática?

Sim ( ) não ( ) nem sempre ( )

4- A química é interessante para você?

Sim () não () nem sempre ()

5- . Você considera que as aulas teóricas são suficientes para o entendimento do

conteúdo abordado?

Sim ( ) não ( ) não sei responder ( )

6- Você já participou de alguma aula experimental?

Sim () não ()

7- Que concepção você têm sobre aulas práticas? Elas ajudam ou não na aprendizagem?

Sim () não () nem sempre ()

8- Que sugestão você daria para a melhoria do ensino e aprendizagem de química em

sua escola?

Ter aulas práticas () Ter aulas passeios () Só as aulas teóricas ()

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UNIDADE ESCOLAR SÃO LUIZ GONZAGA

- DIOCESANO

Ofício: Parnaíba, 04 de Junho de 2012.

Ilmo. Sr.ª Diretora

Profª. Marlinda Pessoa Araújo

Vimos por meio deste solicitar uma visita às dependências dos laboratórios de saúde

da Faculdade Piauiense – FAP situado na BR – 343 em Parnaíba-PI, nos dias 07 e 08 de

Junho de 2012, com a finalidade de conhecer as normas e funcionamento de aulas práticas de

Química.

Os alunos envolvidos nesta visita pertencem ao Colégio Diocesano e estão sendo

usados como objeto de estudo de um TCC desenvolvido pelo acadêmico José Roberto da Cunha

Lima, orientado pelo Profº. Dr. Jean Carlos de Araújo Brilhante da Faculdade Integra da Grande

Fortaleza –FGF, na qual são abordadas as técnicas de segurança e práticas laboratoriais.

Sem mais para o momento, ponho-me à disposição para quaisquer esclarecimentos.

______________________________________ _______________________________

César Araújo Frota Pe. Jurandir Rodrigues

Coordenador do Ensino Médio Diretor da Instituição

Diocesano-Parnaíba/PI Diocesano – Parnaíba/PI

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Sociedade de Ensino Superior Piauiense – SESPI

Faculdade Piauiense – FAP

Laboratórios dos Cursos de Saúde: Nutrição, Fisioterapia, Enfermagem e

Psicologia.

Ofício: Parnaíba, 04 de Junho de 2012

Ilmo Sr. Diretor

Pe. Jurandir Rodrigues

Vimos por meio deste solicitar a autorização para que a turma do 2º ano C turno tarde do Colégio São

Luiz Gonzaga – Diocesano a participarem de aulas práticas nos dias 07 e 08 de Junho de 2012, nos laboratórios de saúde da Faculdade Piauiense – FAP situado na BR 343 Parnaíba - PI . Os alunos

participaram de aulas práticas nos laboratórios e em seguida responderão um questionário, os dados

coletados serão necessários para elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) desenvolvido pelo acadêmico José Roberto da Cunha Lima, orientado pelo Profº. Dr. Jean Carlos De Araújo

Brilhante, sob responsabilidade do coordenador dos Laboratórios de Saúde da Faculdade Piauiense -

FAP que poderá ser encontrado através dos telefones (86) 9464-2604 ou (86) 9913- 3189 ou e-mail:

[email protected] ou [email protected] A pesquisa tem como tema: “Química é Praticando que se Aprende!” entre os meses de

Junho e Julho do ano 2012.

Contamos com vossa colaboração e estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

_________________________________________

José Roberto da Cunha Lima

Prof. Esp. em Docência do ensino de Química

Coordenador dos Laboratórios dos Cursos de Saúde

FAP - Parnaíba/PI

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Sociedade de Ensino Superior Piauiense – SESPI

Faculdade Piauiense – FAP

Laboratórios dos Cursos de Saúde: Nutrição, Fisioterapia, Enfermagem e

Psicologia.

Ofício: Parnaíba, 04 de Junho de 2012

Ilmo Sr. Coordenador

César Araújo Frota

Vimos por meio deste solicitar a autorização para que a turma do 2º ano C turno tarde do Colégio São

Luiz Gonzaga – Diocesano a participarem de aulas práticas nos dias 07 e 08 de Junho de 2012, nos laboratórios de saúde da Faculdade Piauiense – FAP situado na BR 343 Parnaíba - PI . Os alunos

participaram de aulas práticas nos laboratórios e em seguida responderão um questionário, os dados

coletados serão necessários para elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) desenvolvido pelo acadêmico José Roberto da Cunha Lima, orientado pelo Profº. Dr. Jean Carlos De Araújo

Brilhante, sob responsabilidade do coordenador dos Laboratórios de Saúde da Faculdade Piauiense -

FAP que poderá ser encontrado através dos telefones (86) 9464-2604 ou (86) 9913- 3189 ou e-mail:

[email protected] ou [email protected] A pesquisa tem como tema: “Química é Praticando que se Aprende!” entre os meses de

Junho e Julho do ano 2012.

Contamos com vossa colaboração e estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.

_________________________________________

José Roberto da Cunha Lima

Prof. Esp. em Docência do ensino de Química

Coordenador dos Laboratórios dos Cursos de Saúde

FAP - Parnaíba/PI

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Introdução

O método de Lane-Eynon baseia-se na redução de um volume conhecido do

reagente de cobre alcalino (Fehling) a óxido cuproso. O ponto final é indicado pelo

azul de metileno, que é reduzido a sua forma leuco por um pequeno excesso de

açúcar redutor.

Objetivo

Este método tem por objetivo a determinação de glicídios redutores e não

redutores em produtos lácteos (leite, leite em pó, leite condensado, creme de leite,

bebidas lácteas, pó para mingaus e pudins, etc.), sucos de frutas e produtos que

tenham em sua composição açúcares redutores (glicose, frutose) e não redutores

(sacarose).

Material e Método

Material

- Balança Analítica

- Banho-maria

- Chapa magnética com regulador até 150ºC.

- Bureta

- Erlenmeyer

- Béquer

- Espátula

- Papel de filtro qualitativo

- Papel tornassol

- Ácido clorídrico concentrado (HCl) P.A

- Sulfato de cobre (CuSO4.5H2O) P.A

- Tartarato duplo de sódio (KNaC4H4O6.4H2O) P.A

::. GLICÍDIOS REDUTORES E NÃO REDUTORES.::

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- Solução de acetato de zinco (CHCOO)2Zn.2H2O a 30% ou sulfato de zinco

(ZnSO4.7H2O) a 30%

- Solução de azul de metileno a 1%

- Solução de ferrocianeto de potássio (K4Fe(CN)6.3H2O) a 15%

Método

Soluções de Fehling tituladas - Preparo: Solução A - pesar 34,639g de sulfato de

cobre e transferir para um balão volumétrico de 1000mL. Completar o volume com

água destilada. Solução B: - pesar 173g de tartarato duplo de sódio e potássio (sal

de Rochele) e 125g de NaOH. Transferir para um balão volumétrico de 1000mL e

completar o volume com água destilada. Titulação: colocar numa bureta a solução

padrão de glicose. Transferir, com pipeta volumétrica, 10mL de solução Fehling A e

10mL de solução Fehling B para erlenmeyer. Adicionar 40mL de água destilada,

juntamente com algumas pérolas de ebulição. Aquecer até ebulição. Gotejar a

solução-padrão, sem agitação, até quase o final da titulação. Mantendo a ebulição,

adicionar 1gota de azul de metileno a 1% e completar a titulação até descoramento

do indicador. O final da titulação será em torno de 10mL de glicose.

Cálculo do título da solução de Fehling:

100

5,0*cos eglidegastosmLT

O tempo de titulação não deve ultrapassar 3 minutos

1- Solução-padrão de glicose- pesar 0,500g de glicose pura (seca em estufa a

vácuo ou regulada a 70oC, durante 1h) e diluir a 100mL em balão volumétrico;

2- Solução de hidróxido de sódio (NaOH) a 40%.

Métodos:

1. Preparação inicial: pesar 10g de amostra com precisão e, com auxílio de 200mL

de água, transferir para um balão volumétrico de 250mL. Agitar até dissolver a

amostra.

2. Adicionar 5mL da solução de ferrocianeto de potássio a 15% e 5mL da solução de

sulfato ou acetato de zinco a 30%. Agitar.

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3. Completar o volume com água destilada. Agitar. Deixar sedimentar.

4. Filtrar em papel de filtro seco

5. Determinação de glicídios redutores: transferir o filtrado para uma bureta de

25mL.

6. Transferir para um Erlenmeyer de 250mL, com auxílio de pipetas, 10mL de cada

uma das soluções de Fehling.

7. Adicionar 40mL de água destilada e algumas pérolas de ebulição

8. Aquecer até fervura. Adicionar gota a gota, a solução da bureta agitando sempre

até que fique levemente azulada. Mantendo a ebulição, adicionar uma gota de azul

de metileno a 1% e continuar a titulação até a descoloração do indicador (no fundo

do balão deverá ficar um resíduo vermelho)

9. Titular no menor tempo possível após a adição do azul de metileno

10. Determinação de glicídios totais: pipetar 25mL do filtrado para um Erlenmeyer

de 200mL.

11. Adicionar 2mL de ácido clorídrico, mergulhar em banho-maria a 60oC por 1h.

Esfriar.

12. Neutralizar com hidróxido de sódio a 40%, usando papel tornassol como

indicador. Transferir para balão volumétrico de 100mL e completar o volume.

13. Filtrar se necessário, em papel de filtro seco. Transferir a solução para uma

bureta de 25mL.

14. Transferir para um Erlenmeyer de 250mL, com auxílio de pipetas, 10mL de cada

uma das soluções de Fehling. Adicionar 40mL de água e algumas pérolas de

ebulição. Aquecer até a fervura.

15. Adicionar gota a gota, a solução da bureta agitando sempre até que a solução do

balão fique levemente azulada.

16. Mantendo a ebulição, adicionar 1 gota de azul de metileno a 1% e continuar a

titulação até a descoloração do indicador (no fundo do balão deverá ficar um resíduo

vermelho).

17. Titular no menor tempo possível.

Cálculos

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PV

Fcegliemredutoresglicídios

*

100*250*,%cos

25**

100*100*250*,%cos

PV

Fcegliemtotaisglicídios

Onde:

Fc: fator da solução de glicose = g de glicose correspondente a 10mL de cada uma

das soluções de Fehling (A+B).

V: mL da solução da amostra gasto na titulação

P: peso da amostra em g

Glicídios não redutores em sacarose = (glicídios totais - glicídios redutores) *0,95

Glicídios redutores em lactose = Glicídios redutores em glicose * 1,39

Referências bibliográficas

INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos químicos e físicos para análise de

alimentos. São Paulo, 2008, Cap. IV, p. 126-129.

ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official Methods of

Analysis of the Association of Official Analytical Chemists (method 958.06).

Arlington: A.O.A.C. 1995, chapter 39. p. 21.

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Faculdade Piauiense-FAP

Sociedade de Ensino Superior Piauiense –

SESPI

Coordenação do Curso de Nutrição

Autor: prof. José Roberto

NOÇÕES DE SEGURANÇA DE LABORATÓRIO.

Introdução.

O trabalho de laboratório requer frequentemente o contato com substâncias

potencialmente perigosas. Para diminuir a probabilidade de acidentes e preservar a

integridade das pessoas, foram estabelecidas algumas normas básicas de segurança que

devem ser seguidas.

É fundamental que a segurança no laboratório de química seja uma preocupação constante

de seus usuários. Para conciliar a segurança com o prazer de fazer ciências através de

experiências, precisa – se manter uma atitude de atenção, responsabilidades e prevenção.

Cuidados:

a) Proteção Física.

- Evitar a prática de atos não sanitários, tais como: Coçar a cabeça, introduzir o dedo nas

orelhas, nariz e boca; Tocar com as mãos não higienizadas as matérias-primas, produto em

fabricação e produto terminado; Comer no laboratório de aulas práticas, fumar, cuspir e

escarrar no piso, etc.

- Antes de tossir ou espirrar, afastar-se do produto que esteja manipulando, cobrir a boca e

o nariz com lenço de papel ou tecido e depois lavar as mãos para prevenir a contaminações.

- Quando manipular produtos de alto risco (muito sensíveis à contaminação) os

colaboradores devem usar máscara para boca e nariz. Ex.: Fatiamento de queijo.

- Os homens devem estar sempre barbeados, com os cabelos aparados e cobertos por

toucas; Manter as unhas limpas e curtas; De preferência não usar bigodes ou mantê-los

cobertos por máscara.

- As Mulheres devem manter os cabelos totalmente presos, cobertos por toucas, redes ou

similares; As unhas devem ser mantidas curtas, limpas e livres de qualquer tipo de esmalte;

Não usar cílios ou unhas postiças.

::. Conhecendo o laboratório e a confiabilidade de medidas. :::

Nota:

Nota:

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- O uniforme deve ser branco, sem bolsos acima da cintura, substituir os botões por velcros;

Deve ser mantido em bom estado sem rasgos, partes descosturadas e ser conservado

limpo; A troca deve ser diária.

- Para as atividades onde os uniformes se sujam rapidamente, adotar o uso de avental

plástico aumentando a proteção contra a contaminação do alimento.

- A calça deve ser confeccionada com cinta fixa ou elástica e a braguilha com zíper ou

velcro.

- Não é permitido carregar no uniforme: canetas, lápis, termômetro e qualquer outro

acessório especialmente da cintura para cima, evitando que caiam sobre os alimentos.

- Todos os colaboradores devem usar no setor de produção dos alimentos sapatos

fechados, mantê-los sempre limpos e em boas condições (os mesmos não devem

apresentar aberturas e rasgos).

- Os pertences pessoais devem ser guardados em local próprio. Ex.: armários.

- Não estocar de nenhuma forma alimentos em armários ou vestiários já que os mesmos

são veículos para insetos e roedores como: baratas, formigas e ratos.

- As refeições devem ser realizadas em local apropriado e as sobras devem ser estocadas

nos lugares designados para este fim, não sendo permitido bebidas alcoólicas neste recinto.

- Não colocar na área de produção do alimento roupas, objetos, embalagens, ferramentas

ou qualquer outro fim que possa contaminar o produto ou o equipamento.

- Durante a permanência na área de produção do alimento não é permitido: Mascar

chicletes, fumar, comer; Manter na boca palito de dentes, balas ou similares; Manter lápis,

cigarros ou outros objetos atrás da orelha.

- Durante a produção dos alimentos não é permitido o uso de anéis, alianças, brincos,

colares, pulseiras, relógios, amuletos ou qualquer outro adereço com o objetivo de evitar

que os mesmos se soltem e caiam no produto; sejam a causa de acidentes pessoais; não

sejam desinfetados adequadamente.

- Quando usar tampão de ouvidos contra ruídos os mesmos devem ser atados entre si por

um cordão que passa por trás do pescoço para prevenir que se soltem e caiam no alimento.

- As mãos devem apresentar-se sempre limpas; Devendo ser lavadas com água potável,

sabão ou detergente, e desinfetadas sempre que: Iniciar o trabalho; Toda vez que trocar de

atividade; Quando manipular um alimento ou equipamento contaminado; Quando usar o

sanitário, fumar, etc...

- As luvas quando são usadas devem ser de material impermeável e mantidas limpas. O uso

das luvas não elimina a necessidade de lavar as mãos.

- Os colaboradores de outras áreas (administrativa, serviços auxiliares) e os visitantes

deverão ajustar-se às normas de higiene pessoal definidas neste manual como: o uso de

roupas adequadas (avental, touca, bota); Cobrir a barba ou bigode com protetores

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específicos (máscaras); Lavar e desinfetar corretamente mãos e botas antes de entrar na

produção.

- Os roteiros das experiências que serão realizadas devem ser lidos, atenciosamente, antes

de serem executados.

- Antes de iniciar e ao término das experiências a bancada deve permanecer organizada, as

vidrarias e vasilhas lavadas e guardados no seu devido lugar.

- Não fume, coma ou beba dentro do laboratório.

- Trabalhe com seriedade, evitando brincadeiras.

- Proibido o uso de celulares.

- Não deixe materiais estranhos ao trabalho sobre e dentro do ambiente de preparo dos

alimentos. Cadernos, bolsas e agasalhos devem ficar em outro ambiente.

- Ao acender o fogão observe as torneiras, se não há vazamento e feche todas as saídas de

gás que não estiverem em uso e ao terminar o experimento;

- Em caso de incêndio, desligue a chave geral do laboratório, use a saída, chame socorro.

NUNCA USE EXTINTOR EM HUMANOS.

- Jamais esqueça que o laboratório é um ambiente de trabalho submetido a riscos de

acidentes, na maioria das vezes causados por atos inseguros. O trabalho em laboratório

exige concentração e bom desempenho. Para tanto, o aluno precisa seguir as

recomendações e instruções fornecidas pelos professores. Também deve ser mantido o

mínimo de ruído possível.

- Mesmo tomando os devidos cuidados, caso aconteça algum acidente, estarão disponíveis

alguns equipamentos de proteção coletiva como lava-olhos, chuveiro, localizados no

corredor e um extintor de pó químico pressurizado, que pode ser utilizado em líquidos e

gases inflamáveis. Esses equipamentos devem ser usados por pessoas treinadas.

- Qualquer acidente ocorrido no laboratório deve ser imediatamente comunicado ao

responsável pelo setor (no caso da sala de aula, o professor).

- Em caso de URGENCIA, pode-se usar o seguinte número:

BOMBEIROS (193) e/ou SAMU (192).

b) de Reagentes

Nenhum frasco de reagente deve permanecer aberto por um intervalo de tempo mais longo

do que o necessário.

Não coloque tampa de frasco de reagentes em cima de bancada suja e esteja atento para

não fechar o frasco com a tampa de outro reagente..

Uma vez retirado, não retorne reagentes para o frasco original a não ser durante a

pesagem.

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Pipetas não devem ser introduzidas diretamente em frasco de reagentes líquidos

concentrado.

Ao efetuar adição de ácidos concentrados, a ordem de adição é sempre primeiro a água e

só depois é que se deve adicionar o ácido.

Trabalho com produtos tóxicos e líquidos inflamáveis que envolvam aquecimento, somente

na capela.

Evite o contato de produtos tóxicos com a pele.

Não descarte produto tóxico na pia sem o devido cuidado. Produtos corrosivos concentrados

podem ser eliminados na pia depois de diluídos.

Para diluir produtos corrosivos deve-se cuidadosamente observar a ordem da adição: verter

o liquido corrosivo no diluente e nunca ao contrario.

Antes de dar inicio a qualquer experimento, assegure-se que a vidraria a ser utilizada

encontra-se cuidadosamente limpa.

A manipulação de produtos em laboratório é inevitável e pode ser feita com segurança

desde que se reconheça a toxidez do produto manipulado e que se proceda dentro das

técnicas apropriadas.

Prática I – Conhecendo o laboratório e a confiabilidade de medidas.

Objetivo da Prática

Conhecer algumas vidrarias e equipamentos utilizados em laboratório de química.

Diferenciar vidrarias com relação à exatidão.

Observar a precisão de maneira prática.

Utilizar vidrarias de maneiras correta.

Fundamentação Teórica

Em um laboratório de química são utilizados comumente diversos frascos e equipamentos

que podem realizar medidas (de volume, massa, temperatura, PH, calorimetria), regular o

ambiente (estufas, dessecadores, agitadores,...) ou ainda modificá-los de forma adequada.

Entre os auxiliares mais comuns entre os usuários de laboratório estão às vidrarias. As

vidrarias são, em sua maioria, instrumentos de vidro cristal ou temperado, para que as

medidas sejam precisas e o recipiente não reaja com as substâncias contidas nele.

Considerando que estes instrumentos são partes essenciais ao trabalho em laboratório, será

apresentada uma lista geral com vidrarias mais comuns e suas utilizações.

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Béquer: recipiente com ou sem graduação utilizada para dissolver substancias, efetuar

recristalizações, reações químicas, aquecer líquidos, etc.

Tubos de ensaios: recipientes sem graduação, servem principalmente para realizar reações

em pequena escala. Podem ser aquecidos diretamente na chama.

Erlenmeyer: frasco graduado ou não. Utilizado para realizar titulações e aquecimento de

substancias. Permite uma maior facilidade de agitação manual.

Kitassato: recipiente com ou sem graduação usado para filtrações a vácuo.

Balão Volumétrico: recipiente calibrado para medir com precisão um volume único fixo.

Utilizado no preparo de soluções de concentrações definidas.

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Proveta ou cilindro graduado: frasco com graduações, recomendado para média

de média precisão de líquidos.

50

40

30

20

10

0

Bureta: instrumento calibrado para medida precisa de líquidos. Permite o

escoamento de líquidos de forma controlada, utilizada principalmente em titulações.

Pipetas: são instrumentos calibrados de alta precisão na medição de volume e líquidos.

Podem ser divididas em pipetas graduadas e volumétricas. A graduada é utilizada quando

são requeridas medidas de diversos valores de volume e a volumétrica para escoar volumes

fixos.

Funil comum ou de vidro: utilizado em transferências de substâncias e em filtrações.

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Funil de bromo ou de separação: é utilizado para separar líquidos não miscíveis através de

decantação.

Alguns outros equipamentos não constituído de vidro também são conhecidos como

vidrarias. ( almofariz e pistilo, pisseta, espátula e outros).

Na utilização de vidrarias na medição de volumes é necessário o uso de técnicas

adequadas para obtermos valores confiáveis. Um dos pontos de grande importância em

medições de volume é a observação do menisco. O menisco é uma curvatura apresentada

por líquidos na superfície, causada por forças de adesão entre o liquido e as paredes do

recipiente. Abaixo está ilustrada como deve ser feita corretamente a medida de volume

utilizado.

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Atividade

1. Observe as vidrarias presentes na sua bancada e no laboratório. Identifique com o

auxilio do seu orientador (professor) e o roteiro de praticas cada vidraria e sua

função.

2. Escolha duas vidrarias adequadas para medir 5 mL de água ( não é necessário fazer

a medida).

3. Selecione duas vidrarias adequadas para medir 25 mL de água.

4. Faça a medição de 50 mL de água em um béquer de 100 mL e transfira o volume

medido para a proveta de 50 mL. Anote suas observações.

5. Faça a medição de 100 mL de água em um elernmeyer e transfira o volume medido

para um balão volumetrico de 100 mL. Anote suas observações.

FReferências bibliográficas. GESBRECHT E. et all, experiências de Química, Técnicas e Conceitos Básicos. Editora Moderna Ltda, São Paulo, 1979.

TEIXEIRA, E.M.R & PAULA, R.C.M de, Manual de Práticas para Engenharia, 2006

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Introdução

Os métodos espectroscópicos baseiam-se na

absorção e/ou emissão de radiação

eletromagnética por muitas moléculas, quando

os seus elétrons se movimentam entre níveis

energéticos. A espectrofotometria baseia-se

na absorção da radiação nos comprimentos de

onda entre o ultravioleta e o infravermelho

(Fig. 1).

Figura 1. Espectro eletromagnético. A

espectrofotometria utiliza a radiação

compreendida entre o ultravioleta (ultraviolet)

e o infravermelho (infrared).

A chamada radiação luminosa corresponde a

uma gama de comprimentos de onda que vai

desde o ultravioleta ao infravermelho no

espectro da radiação eletromagnética (Fig. 2).

O espectro do visível está contido

essencialmente na zona entre 400 e 800 nm

(Tabela 1).

Tabela 1: Comprimentos de onda da luz

visível.

Um espectrofotômetro é um aparelho que faz

passar um feixe de luz monocromática através

de uma solução, e mede a quantidade de luz

que foi absorvida por essa solução (Fig. 3).

Usando um prisma o aparelho separa a luz em

feixes com diferentes

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comprimentos de onda (tal como acontece no

arco-íris com a separação das cores da luz

branca). Pode-se assim fazer passar através

da amostra um feixe de luz monocromática (de

um único comprimento de onda, ou quase). O

espectrofotômetro permite-nos saber que

quantidade de luz é absorvida a cada

comprimento de onda.

Fig. 3. Espectrofotômetro. A luz é dividida em

feixes de diferentes comprimentos de onda por

meio de um prisma óptico e passa através da

amostra, contida numa cubeta ou célula de

espectrofotômetro.

1. Espectros de absorção

O conjunto das absorbâncias aos vários

comprimentos de onda para um composto

chamasse espectro de absorção e varia de

substância para substância. Se uma

substância é verde, por exemplo, então deixa

passar ou reflete a cor nesse comprimento de

onda, absorvendo

mais a luz na região do vermelho. A seguir

podem ver-se espectros de várias substâncias

diferentes (Fig. 4).

Fig. 4. Espectros de absorção de absorção de

diferentes substâncias (1: bacterioclorofila; 2:

clorofila a; 3: clorofila b; 4: ficoeritrobilina; 5:

beta-caroteno). A substância 1, por exemplo,

absorve pouco na região do visível, logo deve

ser praticamente incolor para os nossos olhos.

Uma vez que diferentes substâncias têm

diferentes padrões de absorção, a

espectrofotometria permite-nos, por exemplo,

identificar substâncias com base no seu

espectro. Permite também quantificá-las, uma

vez que a quantidade de luz absorvida está

relacionada com a concentração da

substância, como vamos ver adiante. Às vezes

uma substância, quando alterada

quimicamente, pode passar a apresentar um

espectro de absorção diferente. Quando isto

acontece, temos uma maneira de detectar

essas mesmas alterações. Por exemplo, o

NADH reduzido absorve a 340 nm, enquanto

que a forma oxidada não tem absorbância

significativa a esse comprimento de onda (Fig.

5).

Essas diferenças de espectro podem ser

utilizadas laboratorialmente para seguir o

percurso de reações que se esteja a estudar,

por exemplo, reações metabólicas que

envolvam a oxidação do NADH ou a redução

do NAD+.

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Fig. 5. Espectros de absorção do NAD+ e do

NADH.

3.2. Espectrofotometria e quantificação

3.2.1. Princípios de absorção da luz:

1. A absorção da luz é tanto maior quanto

mais concentrada for a solução por ela

atravessada:

2. A absorção da luz é tanto maior quanto

maior for a distância percorrida pelo feixe

luminoso através das amostras:

Juntando (1) e (2), temos a lei de Beer-

Lambert:

Normalmente usam-se cubetas com 1 cm de

comprimento, de modo que a equação fica:

Ou seja, a absorbância da luz a cada

comprimento de onda l é diretamente

proporcional à concentração da solução

contida na cubeta. Esta linearidade deixa de

ocorrer a concentrações muito elevadas da

substância, podendo nesses casos diluir

previamente a amostra a medir.

3.2.2. Métodos colorimétricos

Com alguma frequência é necessário

quantificar substâncias em misturas

complexas, ou que não absorvem

significativamente a luz a nenhum

comprimento de onda. Nestes casos utilizam-

se os chamados métodos colorimétricos - o

composto a quantificar é posto em contacto

com um reagente específico, de modo a

desenvolver uma cor cuja intensidade é

diretamente proporcional à concentração da

substância na mistura original.

Por exemplo, para quantificar proteínas numa

solução pura pode medir-se a absorbância a

280 nm, sendo esta proporcional à

concentração de proteína. Mas se quisermos

saber a concentração de proteína num extrato

impuro, este método já não pode ser utilizado,

porque outras substâncias, como por exemplo,

os ácidos nucléicos, também absorvem a este

comprimento de onda. Neste caso podemos

utilizar, por exemplo, o reagente de Biureto,

que reage de modo quantitativo com as

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proteínas, originando um complexo violeta,

que absorve fortemente a radiação a 540 nm.

Para quantificar espectrofotometricamente

uma substância é necessária, obviamente,

saber o valor de e. Para isso é necessário

preparar uma série de soluções do composto

a quantificar, de concentração conhecida,

fazê-las contactar com o reagente e medir as

absorbâncias ao comprimento de onda

adequado (Fig. 8).

Fig. 8. Calibração de um método colorimétrico.

A absorbância ao comprimento de onda

escolhido é diretamente proporcional à

concentração do composto na solução.

No exemplo da Fig. 8, há uma relação linear

perfeita entre a concentração da substância

(expressa em molaridade, M) e a absorbância

ao comprimento de onda l de medida.

Podemos assim obter uma reta do tipo

Al= el.c (ou Al= el.c + b, caso a reta não passe

na origem)

em que Al é a absorbância ao comprimento de

onda l de medida, c a concentração em M e el

a constante de proporcionalidade. Sabendo

esta relação, podemos fazer corresponder

uma absorbância medida, a uma concentração

de substância na solução a analisar.

Muitas vezes o método só é linear até certa

concentração da substância. Nesse caso,

utiliza-se a zona em que a relação é linear,

diluindo a solução a medir, sempre que

necessário, de modo a que a absorbância

resultante esteja contida no intervalo da reta

de calibração.

Objetivos

• Elaborar curvas de calibração e trabalhar o

conceito de sensibilidade de um método

fotocolorimétrico;

• Relacionar os métodos vistos às aplicações

práticas;

• Resolver problemas de cálculo de diluições e

de concentrações.

Materiais, Equipamentos e Reagentes

• 7 Tubos de ensaio;

• 6 Béqueres de 100

• Pipetas de 1, 2 e 5 ml (próximas aos

reagentes);

• 7 Pipetas de 2 5 ml;

• 1 Estante p/ tubos de ensaio;

• 1 Proveta de 100 ml;

• Fotocolorímetro (com cubetas).

• Reativo do Biureto:

Sulfato de cobre cristalizado (pentahidratado) -

1,5g;

Tartarato duplo de sódio e potássio - 6,0g;

Água destilada - 500 ml;

Adicionar 300 ml de solução de NaOH a 10%

(p/v) (114,9 g/litro de NaOH) sob constante

agitação e completar para 1 litro com água

destilada.

• Solução de caseína a 5 % em água;

• Água destilada.

Procedimento:

CURVA DE CALIBRAÇÃO

- Numerar 6 tubos de ensaio de 1 a 6;

- Adicionar os reagentes conforme a Tabela 1:

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- Agitar e deixar em repouso por 10 minutos.

- Utilizar o tubo 1 para calibrar o

espectrofotômetro: 100% de transmitância em

540 nm (ou o fotocolorímetro com filtro verde.

- Determinar a absorbância das soluções dos

tubos 2 a 6.

- Calcular a curva padrão construindo o

gráfico: Concentração final de proteína

(mg/mL) na ordenada e Absorbância (A) nas

abscissas.

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE

PROTEÍNAS NA AMOSTRA PROBLEMA

- Separar dois tubos de ensaio e identificá-los.

- Adicionar os reagentes conforme tabela

abaixo:

Tabela 1 – Distribuição de reagentes em

diferentes proporções

Reagentes

(mL)

TUBO 1 TUBO 2

Amostra 1,0 0,5

Água destilada - 0,5

Reagente do

Biureto

5,0 5,0

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FOTOS DAS AULAS PRÁTICAS