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Silva, M.R.; de Lena, J.C.; Nalini, H.A.; Enzweiler, J.
Quanti'icação de elementos-‐traço e terras raras em amostras de formações ferríferas do Quadrilátero Ferrífero visando à confecção de materiais de referência
Fonte: VALE (2014)
Introdução
¨ Material de Referência Material que possui um ou mais valores de propriedade que são suEicientemente homogêneos e bem estabelecidos para ser usado na calibração de um aparelho, na avaliação de um método de medição ou na atribuição de valores a materiais (INMETRO, 2010a).
Introdução
¨ Material de Referência Material que possui um ou mais valores de propriedade que são suEicientemente homogêneos e bem estabelecidos para ser usado na calibração de um aparelho, na avaliação de um método de medição ou na atribuição de valores a materiais (INMETRO, 2010a).
Materiais de Referência para
formações ferríferas
FER-‐1, FER-‐2, FER-‐3 e FER-‐4 (CCRMP, CANMET-‐MMSL, Canadá) IF-‐G (GIT-‐IWG, França)
Introdução
¨ Material de Referência CertiEicado Material de referência certiEicado por um procedimento que estabelece sua rastreabilidade à obtenção exata da unidade na qual os valores da propriedade são expressos, sendo cada valor certiEicado acompanhado por uma incerteza para um nível de conEiança estabelecido (INMETRO, 2010a).
Introdução
¨ Material de Referência CertiEicado Material de referência certiEicado por um procedimento que estabelece sua rastreabilidade à obtenção exata da unidade na qual os valores da propriedade são expressos, sendo cada valor certiEicado acompanhado por uma incerteza para um nível de conEiança estabelecido (INMETRO, 2010a).
Materiais de Referência CertiEicados para formações ferríferas ?? ?
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Introdução
¨ Material de Referência CertiEicado Material de referência certiEicado por um procedimento que estabelece sua rastreabilidade à obtenção exata da unidade na qual os valores da propriedade são expressos, sendo cada valor certiEicado acompanhado por uma incerteza para um nível de conEiança estabelecido (INMETRO, 2010a).
MRC que assegurem a rastreabilidade metrológica dos valores obtidos para
formações ferríferas – BRP-‐1(UNICAMP, Brasil)
Introdução
¨ JustiEicativa A pequena disponibilidade de MR e MRC necessários em ensaios laboratoriais e a importância dos elementos-‐traço e dos ETR no estudo da gênese de formações ferríferas.
¨ Objetivo Testar métodos analíticos para quantiEicar elementos-‐traço e ETR, em amostras de formações ferríferas do Quadrilátero Ferrífero, viabilizando a confecção de MR in house para este tipo de matriz.
Metodologia
Preparação Física
Caracterização Química
Análise química via úmida
Análise via ICP-‐OES
Análise via ICP-‐MS
Fusão Fluorescência de raio-‐X
Tratamento dos resultados
Digestão Ácida
Laboratório Externo
Amostragem
Amostragem
Fábrica Nova Fazendão
Tamanduá
Onça e Chacrinha Conceição
Localização das Minas de amostragem – modiEicado de Spier et al., 2007.
Preparação Física
FN-‐HE-‐02 FN-‐HE-‐02 15 kg 8 kg
FN-‐HE-‐02 (A) Fe -‐ 645 Fe -‐ 646 Fe -‐ 647 2 kg 30 g
Fonte: SAFM (2014)
Caracterização
¨ Análise química via-‐úmida
Determinação do teor de Ferro Total Norma ABNT NBR ISO 9507:2003 (Minérios de ferro -‐ Determinação do teor de ferro total -‐ Método de redução por cloreto de titânio (III))
Caracterização
¨ Análise química via-‐úmida
Determinação do teor de Ferro Total Determinação do teor de Ferro II Norma ABNT NBR ISO 9035:2007 (Minérios de ferro -‐ Determinação do teor de ferro (II) solúvel em ácido -‐ Método volumétrico)
Caracterização
¨ Análise química via-‐úmida
Determinação do teor de Ferro Total Determinação do teor de Ferro II Determinação do teor de perda ao fogo
Avaliação quantitativa de material volátil obtida através da porcentagem em massa de amostra perdida após uma queima à temperatura de 1000 °C
Caracterização
¨ Análise química via-‐úmida ¨ Fusão e análise química via ICP-‐OES
QuantiEicação do teor de Mn, Al, Si, Ca, Mg, Ti e P Norma ABNT NBR ISO 1535: 2011 (Minérios de ferro -‐ Determinação de vários elementos – Método por Espectrometria de Plasma)
Caracterização
¨ ¨ Análise química via-‐úmida Análise química via-‐úmida
¨ ¨
Fusão e análise química via ICP-‐OES ¨ Fluorescência de raios-‐X ¨ Fluorescência de raios-‐X
QuantiEicação do teor de Mn, Al, Si, Ca, Mg, Ti, Na, K e P QuantiEicação do teor de Mn, Al, Si, Ca, Mg, Ti, Na, K e P Procedimento operacional padrão do Laboratório de Fluorescência de
Caracterização
¨ Digestão ácida e análise química via ICP-‐MS
QuantiEicação do teor elementos-‐traço e ETR ¨ Digestão ácida e análise química via ICP-‐MS
Procedimento operacional proposto pro Sampaio (2012) QuantiEicação do teor elementos-‐traço e ETR Procedimento operacional proposto pro Sampaio (2012)
¨ Análise química via úmida e via ICP-‐OES Permitiram estabelecer a fração total em óxidos de elementos maiores e menores e conteúdo volátil das 156 subalíquotas.
Resultados e Discussão
Subalíquotas SiO2 Al2O3 P2O5 MnO CaO TiO2 MgO Fe2O3 FeO PPCFN-‐HE-‐02 % % % % % % % % % %Fe-‐645 2,57 0,51 0,019 0,017 <LQ 0,016 0,0512 95,52 0,96 0,31Fe-‐646 2,52 0,50 0,019 0,016 <LQ 0,017 0,0503 95,44 0,97 0,29Fe-‐647 2,56 0,49 0,019 0,017 <LQ 0,017 0,0521 95,45 0,94 0,32Fe-‐648 2,56 0,51 0,020 0,017 <LQ 0,019 0,0517 95,45 0,96 0,32Fe-‐649 2,53 0,51 0,020 0,016 <LQ 0,017 0,0502 95,31 1,00 0,37Fe-‐650 2,48 0,51 0,020 0,017 <LQ 0,015 0,0500 95,53 0,95 0,12Fe-‐651 2,54 0,51 0,020 0,017 <LQ 0,015 0,0508 95,74 0,99 0,35Fe-‐652 2,53 0,51 0,020 0,017 <LQ 0,015 0,0513 95,35 0,86 0,33Fe-‐653 2,48 0,49 0,019 0,016 0,013 0,015 0,050 95,66 0,92 0,00Fe-‐654 2,50 0,51 0,020 0,016 <LQ 0,015 0,049 95,79 0,91 0,31Fe-‐655 2,49 0,51 0,019 0,017 <LQ 0,015 0,050 95,67 0,93 0,36Fe-‐656 2,53 0,51 0,019 0,017 <LQ 0,015 0,050 95,68 0,91 0,34
LQ = Limite de Quantidicação
¨ Análise química via Eluorescência de raio -‐X Permitiu estabelecer a fração total em óxidos de elementos maiores e menores e conteúdo volátil das 52 alíquotas.
Resultados e Discussão
Alíquota SiO2 Al2O3 P2O5 MnO CaO TiO2 MgO Na2O K2O Fe2O3 PPCFN-‐HE-‐02 % % % % % % % % % % %
FN-‐HE-‐02 A 2,55 0,59 0,060 0,032 <LQ <LQ 0,045 <LQ <LQ 96,67 0,31FN-‐HE-‐02 B 2,56 0,62 0,056 0,032 <LQ <LQ 0,054 <LQ <LQ 97,20 0,27FN-‐HE-‐02 C 2,48 0,60 0,066 0,030 <LQ <LQ 0,049 <LQ <LQ 96,91 0,23FN-‐HE-‐02 D 2,46 0,59 0,061 0,030 <LQ <LQ 0,049 <LQ <LQ 96,38 0,34LQ = Limite de Quantidicação
Amostras com elevado teor de sílica apresentaram valores de fração total com a precisão recomendada de 0,5 %
¨ Análise de Variância (ANOVA)
Resultados e Discussão
FN-‐HE-‐02 Repetições Tratamentos I II III
A 95,52 95,44 95,45 B 95,45 95,31 95,53 C 95,74 95,35 95,66 D 95,79 95,67 95,68
Fonte da variação SQ gl MQ F valor-‐P F crítico
Entre grupos 0,149226 3 0,049742 3,314608 0,077867 4,066181
Dentro dos grupos 0,120055 8 0,015007
Total 0,269281 11
Fe2O3
Resultados e Discussão
Valores de Fcalculado para os óxidos de elementos maiores e menores
0
2
4
6
8
10
12
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
Valor de F calculado
Mina Onça IF
Mina Chacrinha
FZ-‐JF-‐06
FZ-‐JC-‐07
FZ-‐HE-‐08
FZ-‐JFR-‐09
FN-‐JGO-‐01
FN-‐HE-‐02
FN-‐JFR-‐03
FN-‐JC-‐04
FN-‐JF-‐05
TAM-‐HF-‐10
ASI-‐01
Fcrítico = 4,07
SiO2 Al2O3 Fe2O3 FeO
¨ Intervalo de ConEiança
Resultados e Discussão
Amostras SiO2 %
Al2O3 %
Fe2O3 %
FeO %
Mina Onça IF 32,90 ± 0,45 0,068 ± 0,002 67,84 ± 0,16 0,48 ± 0,04
Mina Chacrinha 0,34 ± 0,02 0,144 ± 0,004 98,90 ± 0,18 0,11 ± 0,02
FZ-‐JF-‐06 28,42 ± 0,25 1,35 ± 0,01 71,16 ± 0,09 0,31 ± 0,06
FZ-‐JC-‐07 55,71 ± 0,57 0,140 ± 0,004 48,13 ± 0,08 0,54 ± 0,02
FZ-‐HE-‐08 1,17 ± 0,05 0,49 ± 0,01 97,82 ± 0,21 0,33 ± 0,02
FZ-‐JFR-‐09 16,74 ± 0,11 0,780 ± 0,005 82,24 ± 0,17 0,08 ± 0,02
FN-‐JGO-‐01 4,60 ± 0,02 0,98 ± 0,01 88,37 ± 0,12 0,17 ± 0,01
FZ-‐HE-‐02 2,52 ± 0,02 0,506 ± 0,004 95,55 ± 0,10 0,94 ± 0,02
FZ-‐JFR-‐03 25,28 ± 0,30 0,378 ± 0,004 73,87 ± 0,09 0,08 ± 0,02
FN-‐JC-‐04 33,53 ± 0,28 0,24 ± 0,01 62,51 ± 0,09 3,48 ± 0,04
FN-‐JF-‐05 38,59 ± 0,37 0,371 ± 0,04 53,34 ± 1,26 6,28 ± 0,08
TAM-‐HF-‐10 13,09 ± 2,02 0,55 ± 0,04 83,80 ± 0,12 0,28 ± 0,02
ASI-‐01 18,45 ± 0,99 0,85 ± 0,02 79,16 ± 0,13 0,28 ± 0,05
µμ ±2,201.𝜎/√𝑛
¨ Digestão ácida e análise química via ICP-‐MS Permitiu quantificar os elementos-traço e terras raras das 52 alíquotas.
Resultados e Discussão
Fonte: modiEicado de IUPAC (2014)
Alíquota 139 La 140 Ce 141 Pr 143 Nd 147 Sm 151 Eu 157 Gd 159 Tb 163 DyFN-‐HE-‐02 mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kgFN-‐HE-‐02 A 2,15 3,79 0,37 1,34 0,27 0,121 0,32 0,052 0,34FN-‐HE-‐02 B 15,85 27,94 2,68 9,41 1,74 0,615 1,85 0,251 1,35FN-‐HE-‐02 C 16,32 29,03 2,79 9,58 1,82 0,634 1,84 0,246 1,31FN-‐HE-‐02 D 16,06 28,54 2,74 9,45 1,78 0,638 1,92 0,264 1,48Alíquota 165 Ho 166 Er 169 Tm 174 Yb 175 Lu 178 Hf 208 Pb 232 Th 238 U FN-‐HE-‐02 mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kgFN-‐HE-‐02 A 0,087 0,27 0,046 0,326 0,067 0,16 4,06 0,507 0,45FN-‐HE-‐02 B 0,261 0,74 0,1 0,65 0,117 0,061 8,26 0,216 0,34FN-‐HE-‐02 C 0,239 0,66 0,088 0,566 0,101 0,061 8,51 0,21 0,35FN-‐HE-‐02 D 0,293 0,84 0,119 0,758 0,137 0,064 8,53 0,219 0,35Alíquota 45 Sc 51 V 52 Cr 59 Co 60 Ni 63 Cu 66 Zn 71 Ga 85 Rb FN-‐HE-‐02 mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kgFN-‐HE-‐02 A 1,77 8,30 7,95 0,97 5,10 7,94 7,32 0,73 0,97FN-‐HE-‐02 B 1,18 9,57 5,15 1,63 3,55 3,29 <LQ 0,63 <LQFN-‐HE-‐02 C 1,18 9,74 5,19 1,62 3,53 2,95 <LQ 0,65 <LQFN-‐HE-‐02 D 1,18 9,68 5,17 1,62 3,60 2,99 <LQ 0,65 <LQAlíquota 88 Sr 89 Y 91 Zr 93 Nb 95 Mo 111 Cd 115 In 133 Cs 137 Ba FN-‐HE-‐02 mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kgFN-‐HE-‐02 A 5,91 3,11 6,91 0,48 0,87 <LQ 0,0139 0,072 29,29FN-‐HE-‐02 B 6,89 6,93 3,30 0,37 0,37 <LQ 0,0082 0,046 16,81FN-‐HE-‐02 C 7,14 6,24 3,35 0,38 0,39 <LQ 0,0094 0,047 17,05FN-‐HE-‐02 D 6,98 7,83 3,43 0,39 0,38 <LQ 0,0084 0,051 16,96
LQ = Limite de Quantidicação
¨ Os resultados foram obtidos sob condições de repetitividade para que a variabilidade encontrada nos resultados decorresse essencialmente da homogeneidade.
Conclusão
¨ Os resultados foram obtidos sob condições de repetitividade para que a variabilidade encontrada nos resultados decorresse essencialmente da homogeneidade.
¨ Os procedimentos se mostraram apropriados para quantiEicação dos elementos maiores, menores e traço, incluindo ETR, e permitiram estabelecer a homogeneidade do material analisado.
Conclusão
¨ Os resultados foram obtidos sob condições de repetitividade para que a variabilidade encontrada nos resultados decorresse essencialmente da homogeneidade.
¨ Os procedimentos se mostraram apropriados para quantiEicação dos elementos maiores, menores e traço, incluindo ETR, e permitiram estabelecer a homogeneidade do material analisado.
¨ É possível prosseguir com a validação dos resultados segundo o documento DOQ-‐CGCRE-‐008 (INMETRO, 2010b), viabilizando conseguintemente a confecção dos materiais de referência para a matriz de formações ferríferas.
Conclusão
INMETRO, 2010a. Orientação para a Seleção e Uso de Materiais de Referência Documento de caráter orientativo DOQ-‐CGCRE-‐016.
INMETRO, 2010b. Orientação sobre Validação de Métodos Analíticos. Documento de caráter orientativo DOQ-‐CGCRE-‐008.
Sampaio, G.M.S., 2012. Determinação de elementos-‐traço em amostras de formações ferríferas por ICP-‐MS e produção de um material de referência para controle de qualidade. Dissertação de Mestrado -‐ Universidade Estadual de Campinas, 73 pp.
SAFM – South American Ferro Metals, 2014. Disponível em: <http://www.safml. com/portuguese/itabirite-‐iron-‐ore.html>. Acesso em: 15 de set. de 2014.
Spier, C.A., de Oliveira S.M.B., Sial, A.N., Rios, F.J., 2007. Geochemistry and genesis of the banded iron formations of the Cauê Formation, Quadrilátero
Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. Precambrian Res. 152, 170-‐206. VALE, 2014. Projeto Itabiritos. Disponível em: <http://www.vale.com/PT/
aboutvale/initiatives/itabiritos/Paginas/default.aspx>. Acesso em: 15 de set. de 2014
IUPAC – International Union of Pure and Applied Chemistry, 2014. Disponível em: <http://www.iupac.org/Eileadmin/user_upload/news/IUPAC_Periodi c_Table-‐1May13.pdf>. Acesso em: 16 de set. de 2014.
Referências BibliográEicas