sobre a cor, centros de cor e …47cbg.com.br/apresentacoes/pap015254.pdf · a estrutura pode ser...
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Objetivos
} A brasilianita com composição química NaAl3(PO4)2(OH)4 é considerada um dos poucos minerais de fósforo com qualidade gemológica.
} A cor da brasilianita varia entre amarela, amarela esverdeada e verde amarelada.
} A origem da cor ainda é desconhecida. } Um centro buraco O- entre um íon de Al e P foi detectado e analisado em
brasilianitas, mas foi descartado como centro de cor. } Impurezas de ferro em suas duas valências Fe2+ e Fe3+ foram consideradas
como centros cromóforos.
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Ocorrências brasileiras
Pegmatitos: 1 - Córrego Frio; 2 - Telírio; 3 - Sebastião Cristino; 4 - Ari Machado 5 - Agenor Silistrino (Jenipapo).
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Estrutura da brasilianita } A estrutura cristalina da brasilianita é monoclínica com grupo espacial P21/n
e quatro moléculas por célula unitária. } A estrutura pode ser descrita como octaedros distorcidos de AlO6 ligados
pelas arrestas ao longo da direção [100] e interconectados por tetraedros quase perfeitos de PO4. Íons de sódio (Na) são encontrados em cavidades formados pelos octaedros e tetraedros.
} Recentemente, a estrutura foi refinada por difração de nêutrons onde a localização das hidroxilas foi determinada.
} Os parâmetros da célula unitária são: a = 11.233 , b = 10.142, c = 7.097 Å = 90.00°, = 97.37°, = 90.00°. Volume V = 801.85 Å3 and Z = 4.
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Análise de microsonda eletrônica (modo WDS)
Al2O3 P2O5 Na2O K2O FeO SiO2 CaO F H2O* Total
M-CFR 41.97 39.97 8.38 0.01 0.04 0.12 0.03 Nd 10.04 100.56
(±0.38)
M-TEL 42.53 39.28 8.52 0.01 0.05 0.17 0.02 0.00 8.99 99.60
(±0.24)
M-SCR 41.50 39.29 8.26 0.01 0.03 0.14 0.05 0.00 9.03 98.33
(±0.39)
M-AMA 43.05 39.08 8.49 0.02 0.03 0.02 0.01 0.03 10.13 100.87
(±0.10)
M-AGS 41.24 39.19 8.27 0.01 0.02 0.02 0.02 0.03 9.93 98.35
(±0.87)
(Ideal) 42.26 39.22 8.56 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 9.96 100.00
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Absorção óptica - Cor
1 2 3 40
1
2
Abs
orba
nce
E nerg y (eV )
na tura l 200 kG y 300oC 200 kG y
bra z ilianite S C R O -‐ hole center
F e 2+ (? )
6
Electron Paramagnetic Resonance (EPR) – Mono-crystalline spectra
7
0 30 60 90328
330
332
334
0 30 60 90328
330
332
334
0 30 60 90328
330
332
334c
site 1 site 2
Mag
netic
Fie
ld (m
T)Angle (degrees)
b
9.342 GHz
ba´
Angle (degrees)
c
Angle (degrees)
a´
Interpretação: Centro O- localizado entre um íon de P e um íon de Al
320 325 330 335 340 345 350
-10
0
10
H (HF) = 27 MHzLW = 0.25 mT
1H 100% I=1/2dois vizinhos equival.
Ti3+P (HF) = 145 MHzAl (HF) = 10 MHzLW = 0.25 mT
O- in brazilianite
EP
R (a
rb. u
nits
)
Magnetic Field (mT)
31P 100% I = 1/2
Electron Paramagnetic Resonance (EPR) – Powder spectra
120 160 200 320 360
0
10
20
30
SC 400 kGy
*2.5
natural
200 kGy
300ºC
450ºC
200 kGy
MC
SC
CL
CL
SC
EP
R (a
rb. u
nits
)
Magnetic Field (mT)
brazilianite Mendes Pimentel
120 160 200 320 360
0
10
20
30
H0
O-
400 kGy
200 kGy
450ºC
300ºC
200 kGy
natural
EP
R (a
rb. u
nits
)
Magnetic Field (mT)
Fe3+ O
-
H0
Ti3+
braziliante TEL
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Foram identificados por EPR diferente centros paramagnéticos: Fe3+ em sítio de Al, centro O- localizado entre Al e P, Ti3+ em sítio de Al, e H0 atômico.
O centro de cor O-
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Teoria de Schirmer: Um polaron pequeno levemente ligado (um buraco livre preso por cargas ligantes): a transição ótica é uma transferência de carga entre sítios equivalentes Um exemplo simples: 2 sítios de oxigênio equivalentes: A transição ótica depende da coordenação do centro (posições equivalentes), é intenso (altamente permitido), muito comum em óxidos.
O- O2-
Q Q
O- O2-
Q Q
Q
Etrans
E
Mudanças de cor em brasilianitas
Natural
Tratamento térmico (190-300oC)
Irradiação por raios gama ou elétrons
Irradiação por raios gama ou elétrons
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Conclusões } Análise por microsonda eletrônica das brasilianitas estudadas mostra que
todas as amostras contêm muito pouco de ferro (FeO < 0.04 % em peso) como impurezas.
} A cor amarela (e não a cor verde) pode ser incrementada por irradiação gama ou por elétrons.
} As brasilianitas ficam incolor com tratamentos térmicos entre 190 – 300ºC. } A cor pode ser restaurada com irradiação gama ou por elétrons.
} A cor amarela é causada por uma banda de absorção na região do ultravioleta próximo e correlaciona com espectro de EPR relacionado com um centro buraco O- localizada entre um íon de Al e P.
} A tom verde da cor de brasilianitas é causada por um larga banda de absorção centrado no vermelho ao infravermelho com origem ainda desconhecida (Fe2+ ?).
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Conclusões
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} Outros centros paramagnéticos como Ti3+Al e H0 também são criados por
irradiação gama e funcionam como centros de elétron. } Enquanto a concentração de centros buraco O- é limitada pela
concentração de centros elétrons quando usando raios gama, irradiação por elétrons é mais eficiente na geração deste centro.
} A cor amarela é causada por este centro buraco O- em que o buraco transita de uma posição para outra ao redor do Al.
} Existem diferentes centros O- na brasilianita. } Trabalho futuro: estudar brasilianita com teor de ferro mais alto.
Colaborações
} IGC UFMG – Prof. Joachim Karfunkel, Prof. Mario Chaves Mestre Luiz Antônio Gomes Silveira (2013), IC Frederico Souza Guimarães (2013), IC Michele Aparecida Flores Costa (2013).
} UFOP – Prof. Ricardo Scholz
} Acéletron - Gabriel
Em memória: Luiz Alberto Dias Menezes Filho
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Referências
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} Gatta, G.D.; Vignola} Gatta, G.D.; Vignola, P.; Meven, M.; Rinaldi, R. - Neutron diffraction in gemology: single-crystal diffraction
study of brazilianite,
Requardt . Zeischrift fürr Naturforschung, Teil A, v. 37, p. 280-286,
, A; Hill, F. ;Lehmann, G. - A firmly 1982. localizated} hole center in the Silveira, L. A. G.; Chaves, M. L. S., Krambrock, K.; Menezes Filho, L. A. D.;
mineral brazilianite. Zeischrift fürr Naturforschung, Teil A, v. 37, p. 280-286, 1982. } Silveira, L. A. G.; Chaves, M. L. S., Krambrock, K.; Menezes Filho, L. A. D.; Brandão, P. R. G.;Scholz
, R.;Costa, M.A.F. - Ocorrência, contexto mineralógico e química mineral da brazilianita e seus depósitos em Minas Gerais. In: Revista de Geociências (UNESP) (no prelo). } O.F. Schirmer, J.
Physics Cond. Mattermaterials , 18, R667 (2006) O- .