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20 de fevereiro de 2013 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira TERRAS RARAS: MBAC DÁ PARTIDA A PLANTA PILOTO PARA CONCENTRAR ÓXIDOS A MbAC Fertilizantes deu partida a uma planta piloto para processamento de minério contendo óxidos de terras raras, que possibilitará a obtenção de concentrado de altíssima pureza de elementos de terras raras. Com isto, a empresa deu mais um passo decisivo para a viabilização do seu Projeto Araxá, que visa à produção industrial de óxidos de terras raras na cidade mineira de Araxá, com capacidade inicial de 8.750 toneladas, que depois seria duplicada para 17.500 toneladas. Localizada em Duque de Caxias (RJ), a planta piloto foi mostrada a uma comitiva do município de Araxá, liderada pelo prefeito da cidade, Jeová Moreira da Costa, que pretende viabilizar um pólo tecnológico para a área de terras raras, para que o Brasil, e particularmente Araxá, possa tirar maior proveito da existência de jazidas com minério de alto teor. Para a viabilização do pólo, a prefeitura poderá contar com recursos de R$ 10 milhões prometidos pelo governo do estado de Minas Gerais. A ideia da MbAC é atrair para Araxá toda a indústria downstream de terras raras, ou seja, aquela que gera os produtos com maior valor agregado, como magnetos. Para isto a empresa está em entendimentos com players internacionais do setor para que venham a se instalar no município e sejam consumidores de seus óxidos de terras raras. Fonte: Brasil Mineral Data: 06/02/2013 MINERAÇÃO DE ASTEROIDES PODE SER CORRIDA AO OURO DESTE SÉCULO A exploração do espaço sempre fascinou o homem e os primeiros passos para esta aventura gloriosa podem muito bem estar a caminho. Duas jovens empresas pioneiras a Planetary Resources Inc. e a Deep Space Industries elaboraram planos para começar a mineração de asteroides.

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20 de fevereiro de 2013 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem

A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico

e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira

TERRAS RARAS: MBAC DÁ PARTIDA A PLANTA PILOTO PARA CONCENTRAR

ÓXIDOS A MbAC Fertilizantes deu partida a uma planta piloto para processamento de minério contendo óxidos de terras raras, que possibilitará a obtenção de concentrado de altíssima pureza de elementos de terras raras. Com isto, a empresa deu mais um passo decisivo para a viabilização do seu Projeto Araxá, que visa à produção industrial de óxidos de terras raras na cidade mineira de Araxá, com capacidade inicial de 8.750 toneladas, que depois seria duplicada para 17.500 toneladas. Localizada em Duque de Caxias (RJ), a planta piloto foi mostrada a uma comitiva do município de Araxá, liderada pelo prefeito da cidade, Jeová Moreira da Costa, que pretende viabilizar um pólo tecnológico para a área de terras raras, para que o Brasil, e particularmente Araxá, possa tirar maior proveito da existência de jazidas com minério de alto teor. Para a viabilização do pólo, a prefeitura poderá contar com recursos de R$ 10 milhões prometidos pelo governo do estado de Minas Gerais. A ideia da MbAC é atrair para Araxá toda a indústria downstream de terras raras, ou seja, aquela que gera os produtos com maior valor agregado, como magnetos. Para isto a empresa está em entendimentos com players internacionais do setor para que venham a se instalar no município e sejam consumidores de seus óxidos de terras raras. Fonte: Brasil Mineral Data: 06/02/2013

MINERAÇÃO DE ASTEROIDES PODE SER CORRIDA AO OURO DESTE SÉCULO A exploração do espaço sempre fascinou o homem e os primeiros passos para esta aventura gloriosa podem muito bem estar a caminho. Duas jovens empresas pioneiras – a Planetary Resources Inc. e a Deep Space Industries – elaboraram planos para começar a mineração de asteroides.

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A mineração de asteroides refere-se a explorar e utilizar asteroides que voam próximos da Terra em busca de metais raros e preciosos e água. Estes poderiam ser extraídos e trazidos à Terra para uso como matéria-prima ou ajudariam na sustentação de outras operações espaciais. “A Planetary Resources revolucionará a forma como o espaço é explorado, permitindo a criação de uma rede de depósitos de combustível pelo sistema solar. A razão da exploração espacial ter permanecido tão cara até agora é que cada quilograma de combustível, ar e consumíveis que temos de levar ao espaço é trazido da superfície da Terra. Utilizando os recursos do espaço para explorar o espaço é o que permitirá o futuro brilhante que sonhamos”, disse Eric Anderson, cofundador e copresidente da Planetary Resources, num comunicado. As duas empresas afirmam que a mineração destas rochas espaciais é mais fácil do que a mineração da crosta terrestre. E parece que há muitos metais preciosos lá em cima à espera de serem explorados. Uma única rocha espacial de 500 metros de largura e rica em platina conteria o equivalente a todos os metais do grupo platina já minerados na história humana, disseram as autoridades da Planetary Resources. Há também muitos asteroides com água. A água pode ser dividida em hidrogênio e oxigênio, os principais componentes do combustível de foguetes e que também pode ser consumido por astronautas e engenheiros que trabalhem nas estações espaciais e para cultivar vegetais. Atualmente, esses recursos precisam ser levados da Terra e esses custos poderiam ser reduzidos quase inteiramente por meio da mineração de asteroides. Inicialmente haveria missões de reconhecimento para verificar os asteroides com disponibilidade de recursos. Estes seriam feitos por sondas pequenas. A Deep Space Industries planeja enviar sondas, chamadas “vaga-lumes”, feitas de componentes “CubeSat” de baixo custo que viajarão ao espaço em foguetes. Então, com base em seus resultados, naves maiores, chamadas “libélulas”, serão enviadas para coletar amostras que possam ser vendidas a pesquisadores e colecionadores e para estabelecer metas de mineração. Esses grandes projetos precisam de patrocinadores que estão bem atrelados com fundos. Os principais financiadores da Planetary Resources são o cineasta James Cameron e o fundador do Google, Larry Page, e o ex-CEO Eric Schimdt. Os projetos ainda estão em fase de elaboração e há muito trabalho a ser feito, com muitas tecnologias ainda em estágio inicial. Mas o espírito de descoberta e exploração que a humanidade depende principalmente para se estabelecer como espécie dominante está vivo e vigoroso nessas empresas, indicando que o futuro da mineração de asteroides será realmente muito interessante. Fonte: The Epoch Times Data: 09/02/2013

NOVO CÓDIGO DEMORA A SAIR DO PAPEL E TRAVA INVESTIMENTOS Depois de quase quatro anos de discussões no Ministério de Minas e Energia (MME), o novo código de mineração pode não sair do papel tão cedo, apesar de o ministro Édison Lobão dizer o contrário. No início do ano, ele garantiu que as discussões acerca do tema voltariam à pauta depois do Carnaval, porém, de acordo com fontes do setor, o assunto parece distante de um desfecho. "Até março de 2010, participávamos ativamente das reuniões sobre o novo código de mineração. A partir de então, as propostas foram para a Casa Civil e têm sido discutidas a portas fechadas", afirma o diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Tunes. Ele destaca que enquanto o empresariado e o governo discutiam o texto do novo marco regulatório do setor, chegou-se a um consenso sobre várias questões. No entanto, como a proposta está travada até hoje, o ambiente é de insegurança jurídica. "Como as empresas vão investir se não sabem o que vem pela frente?", indaga Tunes.

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Segundo informações do Ibram, o montante de investimentos previstos para a indústria mineradora deve atingir US$ 75 bilhões até 2017. Como, porém, o novo marco não sai do papel, desde o ano passado, os pedidos de pesquisa e lavra mineral estão congelados no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão responsável pela administração do setor. "Como os novos pedidos não têm sido atendidos, ocorre paralisação dos investimentos, desemprego e empresas terceirizadas perdem pedidos", ressalta Tunes. O ministro do MME admitiu que o governo tem retido as licenças de pesquisa e lavra, exceto para os chamados agregados - minérios como areia, brita, cascalho e água mineral, insumos utilizados na construção civil. Segundo afirmou Lobão, há um "número excessivo de concessões circulando", e a decisão de reter novos pedidos "não deve prejudicar a produção nacional". Tunes explica que, de acordo com a Constituição, qualquer brasileiro ou pessoa jurídica tem o direito à lavra mineral. No entanto, como muitas prospecções minerais acabam se arrastando por anos sem chegar à extração, de fato, o governo entende que a extinção de pessoa física no processo de pesquisa evitaria especulações. "Se o código atual não fosse bom, não estaríamos no auge da produção mineral. A Constituição continua sendo um bom instrumento para o setor", opina o diretor do Ibram. Por outro lado, Tunes diz que existem diversos casos de pessoas físicas com dezenas de pedidos de pesquisa mineral no DNPM, o que ele considera "impraticável". Especialistas do setor explicam que o processo de extração mineral geralmente começa com a prospecção de uma pessoa física, que detecta uma área com potencial de exploração e entra com o pedido no DNPM. O agente realiza os trabalhos de pesquisa e, se for realmente revelada uma porção de terra com minério economicamente explorável, a área é comercializada para grandes empresas, que têm maior capacidade financeira de exploração. "O problema é que os pedidos de prospecção mineral para bens metálicos estão parados no DNPM", diz o diretor do Ibram. Polêmica Um dos pontos mais polêmicos sobre o novo marco regulatório é a possível mudança nas concessões de lavra. O modelo atual permite a extração mineral até o esgotamento na mina, no entanto, discute-se a possibilidade de introduzir o sistema de licitações com prazo pré-determinado para exploração. "A ideia é fixar um prazo para os novos pedidos, o que antes não acontecia", destaca o diretor do Ibram. Além disso, Tunes afirma que o sistema de licitações seria misto. Ele explica que determinados minerais ou áreas que exijam ampla capacidade técnica e financeira - o que grandes empresas têm em maior escala - só teriam concessão caso fosse feita uma licitação. Tunes exemplifica o caso com a grande reserva de potássio existente na Amazônia, que hoje é explorada pela Vale. "A dúvida é quem será responsável pela definição das áreas e minérios a serem licitadas, caso esse sistema entre em vigor. Não sabemos se os critérios utilizados serão realmente justos, uma vez vindo de burocratas de Brasília, que não trabalham em campo", afirma o especialista em mineração e professor do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), Juarez Fontana. De acordo com o docente, é possível que o novo sistema de licitações na área de mineração se assemelhe às rodadas de petróleo, que estão congeladas há anos. "O governo está tratando os setores de mineração e petróleo com irresponsabilidade. Imagine uma empresa que tem dinheiro em caixa e está pensando em investir. Com as incertezas geradas nestes mercados, os investidores acabam desistindo", diz. Fontana destaca ainda que as pequenas empresas podem ser as maiores prejudicadas por um sistema de licitações mal formulado. "Não se sabe quem irá definir os parâmetros para eleger importantes áreas com potencial de exploração", diz o professor. Fonte: DCI Data: 15/02/2013

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JAGUAR VAI INJETAR US$ 5 MILHÕES EM MINAS GERAIS A jaguar Mining, controladora da Msol, anunciou a retirada de US$ 5 milhões junto ao banco canadense Renvest Mercantile Bancorp Inc. O montante é parte de uma linha de crédito de US$ 30 milhões e será utilizado nos projetos da companhia em Minas Gerais. A mineradora havia anunciado a operação com o banco canadense no final do ano passado. Os recursos são de uma linha de crédito “stand-by”, que funciona como uma espécie de cheque especial, ou seja, ficará à disposição caso a companhia resolva utilizá-los. Com operação, o banco recebeu da Jaguar Mining, a título de taxa inicial e de taxa de saque, 570.919 ações ordinárias de emissão própria, além de US$ 150 mil em dinheiro, conforme comunicado enviado ao mercado. O empréstimo terá taxa de juros de 11% ao ano sobre o valor que a companhia sacar. Conforme a mineradora, os recursos serão utilizados para o capital de giro em seus projetos. O chief executive officer (CEO) da Jaguar Mining, David Petroff, ressalta a flexibilidade viabilizada pela linha de crédito enquanto a empresa implementa as melhorias em suas operações. Em maio de 2012, a companhia anunciou a reestruturação das operações da companhia em Minas Gerais, visando uma maior eficiência e redução dos custos. A medida resultou na paralisação do Complexo Paciência em Itabirito (região Central). A empresa está reavaliando as minas do complexo minerário e mantém os trabalhos de sondagem. A previsão da retomada do processo de desenvolvimento de mina, bem como de lavra, é para 2014, podendo ser alterado conforme resultados da pesquisa e conclusão dos estudos de viabilidade do projeto. Produção Em meio à reestruturação, a Jaguar registrou queda de 33,9% na produção de ouro em 2012 na comparação com o ano anterior. Foram produzidas no ano passado 102,823 onças em 2011, conforme o último balanço operacional divulgado. A produção no complexo Paciência atingiu 9,987 onças de ouro em 2012, contra 39.58 onças no ano anterior. O resultado representa queda de 74,7% no período. O processo em implantação impactou também a produtividade do complexo Turmalina, em Conceição do Pará (região Centro-Oeste). A produção caiu 38,3% em 2012 na comparação com o ano anterior, passando de 61,4 onças para 37,840 onças. Já no complexo em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foi verificada estabilidade na extração da commodity. Nos 12 meses do ano passado foram produzidas 54,996 onças, ante 54,783 onças em 2011, pequena alta de 0,3%. Apesar disso, a empresa mantém um plano de aportes de R$ 156.842 milhões entre 2012 e 2013 em complexos minerários no Estado. As inversões serão feitas em expansão de planta metalúrgica e exploração geológica. Em seu último balanço financeiro a empresa anunciou prejuízo líquido de US$ 35,166 milhões no acumulado entre janeiro e setembro de 2012. No mesmo intervalo do ano anterior, o resultado ficou negativo em US$ 31,962 milhões. Fonte: Diário do Comércio Data: 08/02/2013

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ANGLO AMERICAN ANUNCIA RESERVA DE MINÉRIO EM MINAS-RIO A mineradora Anglo American anunciou nesta sexta-feira uma provável reserva de minério totalizando 1,45 bilhão de toneladas de minério extraído (ROM, em inglês) na área de Serra do Sapo do projeto Minas-Rio, no Brasil, o equivalente a 685 milhões de toneladas de produto comercializável com um teor médio de 67,5% de ferro. O anúncio ocorre após a declaração da companhia, em dezembro de 2011, da existência de Recursos Minerais totalizando 5,77 bilhões de toneladas para o projeto inteiro Minas-Rio. Segundo a mineradora, a execução do projeto continua sujeita ao processo normal regulatório de autoridades brasileiras. As informações são da Dow Jones. Fonte: Agência Estado Data: 15/02/2013

CROSTA DEVASTADA

Asteroides e cometas fizeram um estrago na Lua bem maior do que nos astrônomos imaginavam. Os dados de um mapa gravitacional do satélite feito pelas sondas da missão Grail, da Nasa, revelam um bombardeio de bilhões de anos que pulverizou 98% da crosta lunar, anunciou em janeiro a geofísica Maria Zuber, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), líder da missão. A descoberta indica que Mercúrio, Vênus, Terra e Marte também foram submetidos a impactos maciços em seus primeiro bilhões de anos de vida. Fonte: Revista Planeta Data: Fev/13; Ano 14; Edição 484

MAIOR TREM DO MUNDO O maior trem do mundo em operação regular - com 336 vagões e 3,5 quilômetros de extensão - faz 12 viagens diárias para levar minério da companhia Vale, pela Estrada de Ferro de Carajás (PA), ao porto da Ponta da Madeira, em São Luís (MA). Em 2014, a empresa pretende ampliar o escoamento anual do minério doas atuais 130 milhões de tonelada para 150 milhões de toneladas. Em 2017, a capacidade será aumentada de novo, para 230 milhões de toneladas, dobrando o número de viagens. A Estrada de Ferro de Carajás receberá US$ 7,6 bilhões para construir 45 viadutos e 56 pátios para manobra e estacionamento de trens. Haja ferro.

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Fonte: Revista Planeta Data: Fev/13; Ano 14; Edição 484

À REVELIA DA LEI Suspensão da outorga de alvarás de pesquisa mineral e de concessões de lavra

pelo MME cria insegurança jurídica e instabilidade institucional no setor há mais de um ano

Em 21 de novembro de 2012, completou-se um ano da suspensão da outorga de alvarás de pesquisa mineral e de concessão de lavra para substâncias minerais metálicas em todo o Brasil, pelo DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral), acatando determinação verbal do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que por sua vez, estaria repassando ordem, também verbal, recebida da Casa Civil. No mesmo dia, os deputados federais Luiz Fernando Faria (PP-MG) e Leonardo Quintão (PMDB-MG) conseguiram aprovar, por unanimidade, na Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados, o requerimento nº 155/12, de sua autoria, para a "realização de Audiência Pública com a presença da Sra. Gleisi Hoffmann, Ministra da Casa Civil, para discutir a suspensão de outorga de direitos minerários e suas consequências". É desconhecida a data em que tal evento deve ocorrer, se ocorrer. Também é improvável que a ministra atenda ao convite da CME. O ministro Edison Lobão, após admitir a suspensão da outorga dos títulos ao jornal Valor Econômico, em entrevista concedida em agosto de 2012, encerrou-se num mutismo catatônico. A Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM), assim como o DNPM, igualmente recusam-se a "comentar" o tema. A explicação, disseminada de maneira tão informal e dúbia quanto ao fato a que se refere, é que as regras atuais para a concessão dos títulos serão alteradas com a aprovação do novo marco regulatório do setor. Assim, a primeira deve ser suspensa até que o segundo entre em vigor. Esse silogismo tupiniquim provavelmente seria mais imponderável a Aristóteles que a falência atual da economia grega. Como calamidades nunca vêm sós, a decisão se fundamenta ainda na boa intenção de conter a "especulação" de investidores inescrupulosos com os títulos, algo de extrema urgência neste momento, embora possa estar ocorrendo desde 1967, ano em que o antigo código mineral foi decretado. A exemplo do fim do mundo, anunciado de tempos em tempos, o novo marco regulatório do setor, cuja elaboração se arrasta desde 2010 pelos mais diversos escaninhos ministeriais, já teve seu envio ao Congresso Nacional previsto para o mesmo ano de 2010, para os então vindouros 2011 e 2013 e, agora, por absoluta falta de alternativa, para o corrente 2013. Se essa mais recente previsão

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otimista se confirmar, espera-se um longo e tortuoso debate, inclusive porque a proposta do governo federal é uma joia rara (com perdão pelo infame trocadilho) enquanto segredo de estado. Prima pelo amplo, irrestrito e geral desconhecimento de seu conteúdo por mineradoras, entidades, profissionais do setor e da sociedade como um todo. Nesse lapso de tempo, que pode alcançar 5 anos segundo especialista ouvidos pela In The Mine, a aplicação da lei em vigor corre o risco de permanecer suspensa, como se um País que teve a capacidade de crescer menos de 1% em 2012, pudesse prescindir de um dos grandes carros-chefes de sua balança comercial - a mineração. E não apenas no que ela está apta a produzir imediatamente, mas na pesquisa de novas jazidas, seja para expansão, seja para reposição das reservas e recursos atuais. Sucessão de erros "Temos historicamente no Brasil uma média de 15 a 18 mil alvarás de pesquisa mineral concedidos a cada ano. Para cada um, o investimento varia em função de sua localização e do tipo de minério, entre outros fatores. De qualquer forma, estamos falando em centenas de milhares de dólares. Sustar sua concessão significa sustar esse investimento, o que afeta o próprio governo federal, sem falar no corte de 10 a 15 postos de trabalho, no mínimo, para cada pesquisa que deixa de ser autorizada", explica Marcelo Ribeiro Tunes, diretor de Assuntos Minerários do IBRAM (Instituto Brasileiro de Mineração). No caso da concessão de lavra, a situação é ainda mais grave já que o investimento foi realizado e a mina não pode entrar em produção. Condicionar a emissão de novas outorgas de alvarás de pesquisa e lavra à aprovação do novo marco regulatório do setor, acredita Tunes, significa criar um hiato de 5 anos, que é o prazo que o Congresso Nacional levará para aprovar a proposta. "Na opinião do IBRAM, esse tempo perdido é irrecuperável", diz. Frontalmente contrária à determinação do MME, a entidade tem procurado alertar deputados, senadores e outras autoridade públicas sobre os prejuízos que a suspensão das outorgas pode acarretar ao setor e ao País. Ações judiciais estão descartadas por enquanto, mesmo porque não há nenhum ato administrativo publicado no Diário Oficial da União contra o qual caiba recurso jurídico. Quanto à especulação com alvarás de pesquisa mineral, alegada pelo MME para a suspensão de sua outorga, Tunes acredita ser fruto de um diagnóstico errado do setor que, inclusive serviu para justificar as mudanças no atual marco regulatório. "Não é que não exista especulação. Na realidade, é o DNPM que não está devidamente equipado em recursos materiais e humanos para assegurar o comprimento pleno do código de mineração, que possui todos os mecanismos para coibir práticas inescrupulosas. Eu mesmo, quando diretor do DNPM, indeferi pedidos de pesquisa algumas vezes, porque claramente vi que tinham caráter especulativo", explica. Para ele, tanto uma legislação mais rigorosa quanto a transformação do DNPM em agência reguladora, como proposto no novo marco, não irão aumentar a eficiência do órgão sem o seu aparelhamento adequado. Aliás, o novo marco regulatório é uma incógnita para todo o setor, que não foi chamado a contribuir em sua elaboração. No que toca à pesquisa mineral, a principal alteração deve ser o bloqueio das chamadas áreas especiais, onde a pesquisa será realizada pelo próprio governo para posterior licitação. Outro engano, na opinião de Tunes: "No código de mineração atual, o subsolo é propriedade da União mas sua exploração é feita pelo setor privado, que assume os riscos da pesquisa mineral. A nova proposta devolve esses riscos para o governo, transpondo o modelo usado na exploração de petróleo para a exploração de 80 a 100 substâncias minerais, sem considerar as diferenças entre as duas operações". Outro engano, completa o diretor, é que o próprio DNPM pouco ou nada participou das discussões do novo marco. "Os maiores especialistas do setor estão lá e não foram ouvidos. Assim também, como não foram ouvidos na suspensão da outorga dos alvarás. Será que a futura agência terá a mesma autonomia de apenas cumprir determinações superiores?", pergunta. Sem Fundamentos Para Elmer prata Salomão, presidente da recém-criada ABPM (Associação Brasileira de Pesquisa Mineral), que reúne mias de 40 empresas ligadas a esse segmento de atuação, a suspensão da outorga de alvarás de pesquisa mineral é uma medida sem precedentes na história da mineração

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brasileira e não possui nenhum fundamento técnico ou jurídico. "Atos de ofício de servidores públicos devem atender a três pressupostos legais: moralidade, legalidade e publicidade. Nesse caso, não há exposição de motivos, não há ato oficial (portaria, decreto ou o que seja) e muito menos publicidade. É uma medida autoritária, que traz uma enorme insegurança jurídica ao setor mineral. Tanto que várias empresas já cancelaram operações financeiras, dispensaram pessoal e suspenderam projetos promissores", justifica. A ABPM está concluindo uma ampla pesquisa sobre as consequências da suspensão de outorga dos alvarás. Resultados parciais desse trabalho indicam que as empresas de serviços (sondagem, laboratórios, etc) estão com cerca de 50% de capacidade ociosa e que diversas junior Companies, que alavancaram a pesquisa mineral no Brasil nos últimos 5 anos, estão em dificuldades para financiar seus projetos e manter suas equipes. Salomão, que também foi diretor do DNPM, não concorda que uma possível especulação com títulos minerários seja suficiente para alterar a legislação do setor e justificar medidas autoritárias. "O atual Código de Mineração contém dispositivos que podem cercar a especulação ilegítima, o que não é feito devido às notórias dificuldades estruturais do DNPM", explica. Para ele, a negociação de títulos minerários, além de legalmente permitida, é uma prática adotada em todo o mundo, já que quase nunca o primeiro requerente da área é quem acaba implantando a mina. "Empresas juniores e empreendedores individuais querem vender suas descobertas, assim como outras empresas, grandes ou pequenas, querem adquiri-las", argumenta. Do que sabe acerca do novo marco regulatório do setor, através de declarações, entrevistas e palestras de autoridades, Salomão acredita que o governo federal poderá praticamente criar um monopólio dos recursos minerais metálicos, a exemplo do que já ocorre com o petróleo. "Leiloar áreas de pesquisa e criar reservas onde só o estado pode atuar será desastroso. Uma boa forma de testar a eficácia desse plano, antes de pô-lo em prática, seria avaliar e leiloar as concessões que a CPRM (Cia. de Pesquisa e Recursos Minerais) detém há 40 ano", sugere. Fonte: Revista In The Mine, ano VIII, nº 42, 2013 Data: Dezembro 2012/Janeiro de 2013

SETOR MINERAL REGISTRA SUPERÁVIT DE US$ 27,4 BILHÕES EM 2012 A indústria mineral (mineração e transformação mineral) registrou um superávit de US$ 27,4 bilhões em 2012. No período, as exportações do setor somaram US$ 57 bilhões e as importações US$ 29,6 bilhões, com respectivas participações de 23,5% e 13%, do total brasileiro. No ano passado, a balança comercial brasileira apresentou um superávit de US$ 19,4 bilhões, registrando US$ 242,6 bilhões de exportações e US$ 223,1 bilhões de importações. Em relação aos bens primários (minério de ferro, manganês e ouro, por exemplo) as exportações em 2012 somaram US$ 34 bilhões, representando 14% do total das exportações brasileiras e 60% da indústria mineral. No período, as importações registraram US$ 8,9 bilhões. De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o principal minério exportado em 2012 foi o ferro: cerca de US$ 31 bilhões, o que corresponde a 326,5 milhões de toneladas. Em seguida, vem o cobre concentrado, US$ 1,5 bilhão (678 kt); bauxita, US$ 325 milhões (6,9 Mt); manganês, US$ 201 milhões (1,6 Mt), caulim, US$ 236 milhões (2,1 Mt); rochas ornamentais brutas, US$ 248 milhões (1,2 Mt) e rochas ornamentais processadas, US$ 1 bilhão (2,2 Mt). As importações dos bens minerais primários totalizaram US$ 8,9 bilhões em 2012, queda de 9% em relação a 2011. Esse recuo é decorrente, principalmente, do menor volume de importações

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de carvão metalúrgico, que representou 40% das importações. Nesse período, o Brasil importou 18,4 Mt de carvão metalúrgico, cerca de US$ 3,6 bilhões. Com relação ao potássio e fosfato, foram importados 7 Mt de potássio e 1,2 Mt de fosfato, o equivalente a US$ 3,5 bilhões e US$ 205 milhões, respectivamente. Em 2012, a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) alcançou R$ 1,832 bilhão, 17,4% superior em ao ano anterior, liderada pelo minério de ferro que participou com 72% desse total. Fonte: Ministério de Minas e Energia Data: 01/02/2013

MINÉRIO DE FERRO FECHA SEMANA EM US$ 155,25 NA CHINA O mercado de minério permanece parado, sem negócios no mercado à vista da China nesta sexta-feira, por causa do feriado do Ano Novo chinês. A cotação da commodity fecha a semana em US$ 155,25 a tonelada referida ao Platts Iodex 62% Fe. As mineradoras estão na expectativa da reabertura das operações no spot chinês na segunda-feira. A parada do mercado é tida como boa para um ajuste de previsões por parte dessas companhias. “Dependendo do consumo nesse período de feriado as usinas e portos chineses podem voltar com mais ou menos apetite ao mercado”, avaliam fontes do setor de mineração que têm se mantido otimistas. As apostas são que os preços devem permanecer ainda na faixa atual entre US$ 140 a US$ 150 até março, por conta de um certo recuo da oferta devido ao inverno na China, ciclones na Austrália e chuvas no Brasil. A partir do segundo trimestre, o preço pode ter um ajuste para baixo, dependendo do nível de atividade das usinas de aço da China. Os recentes balanços de 2012 das gigantes da mineração Rio Tinto e a Anglo American divulgados nesta semana mostram resultados no vermelho por conta de baixas contábeis de ativos e queda do preço do minério e não ferrosos. O ano que passou foi “desafiador” para essas empresas, que encaram 2013 com mais ânimo e melhores expectativas em relação a China. A Vale deve divulgar balanço de 2012 no dia 27. Na expectativa de analistas, o resultado do quarto trimestre deve ser negativo por causa também de reavaliação contábil de ativos. Nos primeiros nove meses do ano, a empresa contabilizou um lucro líquido de US$ 8,1 bilhões. Fonte: Valor Econômico Data: 15/02/2013

MPF RECOMENDA À SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE QUE NÃO LICENCIE A

MINERAÇÃO DE OURO NO XINGU Em duas recomendações, enviadas à Secretaria de Meio Ambiente do Pará, o Ministério Público Federal (MPF) alerta que é irregular a concessão de licença prévia para o projeto de extração de ouro Belo Sun Mineração no atual estágio do licenciamento. O empreendimento pediu licença para extrair ouro na volta grande do rio Xingu, mesmo local em que o rio está sendo desviado pelas obras da usina de Belo Monte.

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O MPF recomendou ao secretário José Alberto da Silva Colares que nenhuma licença seja concedida enquanto não forem feitos estudos de impacto e consultas aos povos indígenas. E também que é imprescindível uma avaliação sinérgica, ou seja, dos impactos da mineração acumulados com os impactos da usina, antes de atestar a viabilidade da mineração. “Até o presente momento, o processo de licenciamento do Projeto Volta Grande de mineração se deu à margem da participação das comunidades indígenas da região, bem como do órgão indigenista”, diz uma das recomendações. “A FUNAI manifestou-se formalmente sobre a necessidade de realização do estudo indígena que, além dos parâmetros usuais de análise, deverá realizar uma análise sinérgica com a usina Belo Monte”, informam as procuradoras da República Thais Santi e Meliza Barbosa. De acordo com o projeto da Belo Sun, trata-se da maior mina de ouro do Brasil, com previsão de exploração durante 12 anos. Encontra-se quase 100% dentro da área de impacto de Belo Monte e, de acordo com o parecer da FUNAI, deve potencializar e agravar os impactos da usina. Para o MPF, o direito constitucional dos indígenas à consulta prévia, livre e informada precisa ser respeitado antes de qualquer licença. A segunda recomendação trata da fragilidade da região da volta grande do Xingu, brutalmente impactada pela usina de Belo Monte. A dimensão dos danos causados pela usina – que deve reduzir em mais de 70% o volume de água do rio – são de tal monta que nem o IBAMA foi capaz de dimensioná-los durante o licenciamento. “Reconhecendo a impossibilidade de prognóstico seguro sobre o que virá a ser a volta grande do Xingu, o IBAMA impôs a necessidade de um rigoroso monitoramento por seis anos”, relata a recomendação do MPF. Apesar dessa realidade, durante a audiência pública que discutiu o projeto da Belo Sun Mineração, representantes da empresa afirmaram diversas vezes que as operações de extração de ouro “não interferem com a vazão do rio Xingu” ou que “não temos nenhuma influência nisso”. Para o MPF, o secretário do Meio Ambiente do Pará não pode aceitar tais afirmações como verdade e devem ser feitos estudos detalhados para dimensionar os impactos acumulados dos dois empreendimentos. O que o MPF recomenda é que, antes de qualquer atestado de viabilidade, “seja avaliado se a fragilidade imposta pela usina de Belo Monte à região da volta grande do Xingu permite a presença de mais um grande empreendimento na região, especialmente daqueles que promovem o deslocamento populacional, manuseio intensivo de substâncias poluentes e reconhecido impacto ambiental”. As recomendações foram enviadas no dia 21 de janeiro ao secretário José Alberto Colares. As procuradoras solicitaram ainda a realização de audiência pública na cidade de Altamira sobre o projeto Belo Sun. Fonte: Brasil de Fato Data: 06/02/2013

VOLUME ALTO, VALOR BAIXO Vendas do país se concentram nos produtos primários, que criam poucos

empregos. E o desempenho do Brasil na balança, apesar de ainda ser positivo, tende para o outro lado

O ano mal começou, e o Brasil já sinaliza um desempenho ainda pior que o do ano passado no comércio exterior. O saldo da balança em 2012, de US$ 19 bilhões, foi o menor em mais de uma década. E, em janeiro último, o resultado foi o recorde negativo de toda a série histórica - iniciada em 1994 -para um período de 30 dias: US$ 4,03 bilhões.

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O que mais preocupa, porém, não são os números globais, mas a qualidade do que é exportado. O Brasil depende cada vez mais de commodities agrícolas e minerais, com valor agregado muito inferior ao do que sai da indústria. "Não podemos ficar o resto da vida abastecendo o mundo de produtos primários", alerta o presidente da Associação de Exportadores Brasileiros (AEB), José Augusto de Castro. A entidade chama a atenção para o fato de que praticamente um terço das exportações brasileiras no ano passado se concentrou em três produtos: soja, minério de ferro e petróleo. Para alguns países, como a China, a pauta se limita quase exclusivamente às commodities, produtos a granel, de baixo nível de elaboração e que podem ser fornecidos por diversos países mantendo as mesmas características. Dependência Uma demonstração do peso desses itens é o fato de a diferença entre o saldo comercial de 2011 e o de 2012 ser totalmente explicada pela desvalorização de um único produto: o minério de ferro. A quantidade embarcada foi praticamente a mesma, mas o preço despencou US$ 10 bilhões - o superavit de toda a balança caiu, em número arredondado, US$ 11 bilhões. Assim, além de gerar menos empregos, os produtos primários tornam o país vulnerável a oscilações internacionais de preços. No caso dos manufaturados, o Brasil tinha superávit até 2006. Depois disso, a balança foi para o outro lado. E não parou de se inclinar. O déficit de US$ 9 bilhões em 2007 se transformou em US$ 94 bilhões no ano passado (veja quadro). A venda desse tipo de produto caiu 1,9% entre 2011 e 2012. Isso representa retração menor que as exportações totais, que tiveram recuo de 5%. Mas, ainda assim, a situação de alguns itens dessa lista é preocupante. A comercialização de automóveis, por exemplo, registrou redução de 13,6%.

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Esse item saltou do primeiro lugar da pauta para o quarto - o líder agora são os óleos combustíveis. O problema não se limita à dificuldade de exportar. As empresas brasileiras perdem mercado - fora e internamente - para fornecedores de outros locais. "O consumo dos brasileiros aumentou consideravelmente nos últimos anos, mas isso foi direcionado ao exterior", ressalta o gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria, Flávio Castelo Branco. O economista explica que a indústria nacional enfrenta sérios problemas de competitividade, sobretudo devido aos tributos, que, além de elevados, embutem custos extras de mão de obra pela alta complexidade burocrática. Reforma tributária O vice-presidente do Banco Mundial, Otaviano Canuto, vai na mesma linha. Segundo ele, em vez de recorrer a desonerações pontuais e setorizadas, o governo deveria usar o espaço fiscal que tem para promover uma reforma tributária que reduza os custos para todas as empresas, sem exceção. Ele, assim como Flávio Castelo Branco, chama a atenção para os sinais antagônicos que têm partido do governo quanto às regras da economia, o que traz insegurança ao horizonte dos empresários e tende a cancelar decisões de investimentos. Os obstáculos que aumentam os custos das empresas - ou diminuem as perspectivas de crescimento da economia - são consenso entre os analistas ao falar da falta de investimentos e de competitividade. "Se o Brasil tivesse uma boa Infraestrutura, um sistema tributário normal, menos burocracia e custo de financiamento mais baixo, ninguém estaria reclamando", afirma José Augusto Castro. Sem promoção O presidente da AEB ressalva, contudo, que o problema vai além do ambiente econômico: falta promoção comercial de produtos brasileiros em países mais ricos, sobretudo nos Estados Unidos. "As pessoas do governo não gostam que eu diga, mas isso é consequência de uma opção ideológica", critica. A presença no mercado norte-americano, ele explica, é importante não só pelas vendas ali, mas por seu efeito disseminador. "É a maior vitrine do mundo." Fábricas brasileiras que vendiam muito para a nação da América do Norte, hoje, estão fora de lá, principalmente dos setores de calçados e móveis, entre outros. As exportações de manufaturados brasileiros se concentram atualmente na América Latina. O problema é que importadores como o Chile, o Peru e a Colômbia assinaram tratados de livre comércio com outros países, que tendem a abocanhar fatias maiores de seus mercados. "Nós estamos ficando isolados no Mercosul", chama a atenção Castro. E nem aí, como se sabe, o país está livre de problemas. A Argentina, o principal destino dos manufaturados "made in Brazil", enfrenta dificuldades econômicas e vem recorrendo a barreiras sobre os produtos nacionais. Uma das demonstrações de vulnerabilidade das companhias brasileiras, afirma Castro, é o fato de 80% das exportações de produtos industrializados serem realizadas por multinacionais instaladas no Brasil. Esse comércio, no âmbito da própria empresa, depende de suas conveniências estratégicas, que podem mudar rapidamente. Sinais de preocupação O valor agregado das exportações brasileiras é mais baixo no Brasil que em todos os integrantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países mais desenvolvidos e alguns emergentes, como o México e a Turquia. O estudo, realizado pela instituição com base em dados de 2009, mostra que os Estados Unidos ficavam com 17% das vendas com valor agregado e a China, só com 10%. Governo vê recuperação A secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), Tatiana Prazeres, discorda da crítica dos exportadores de que falta promoção comercial nos Estados Unidos. “A minha primeira viagem dedicada a isso neste ano, aliás, é para lá”, afirma ela, que estará no país no fim do mês. Tatiana atribui a queda das vendas de produtos brasileiros no mercado norte-americano ao agravamento da crise no ano passado. Mas ressalva que a situação começou a ser revertida no fim de 2012, com o aumento dos embarques destinados ao país da América do Norte. Ela destaca que

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alguns itens da indústria brasileira tiveram crescimento considerável das vendas ao exterior. É o caso da indústria de motores elétricos, cujas encomendas subiram 21% de US$ 1,7 bilhão para US$ 2 bilhões. Nos número de janeiro, Tatiana destaca o aumento das vendas de manufaturados, que atingiram 39,2% do total exportado. Em janeiro do ano passado, tinham ficado em 37,2%. A balança comercial atingiu o recorde de baixa devido à contabilização das importações de petróleo feitas pela Petrobras nos últimos meses de 2012, que, devido a mudanças em critério da Receita Federal, foram contabilizadas apenas neste ano. No ano, o MDIC espera superávit na balança, mas não arrisca um número – nem mesmo se será maior ou menor do que os frustrantes US$ 19 bilhões do ano passado. A expectativa de Tatiana é de que “as exportações se mantenham no patamar elevados do biênio 2010/2011”. Indicações de que isso poderá se concretizar estão na recuperação das cotações de minério de ferro e na previsão de safra recorde de grãos no país. Fonte: Correio Braziliense Autor: Paulo Silva Pinto Data: 11/02/2013

NASA LANÇA O MAIS AVANÇADO SATÉLITE DE OBSERVAÇÃO DO PLANETA NESTA

SEGUNDA O Landsat 8 deve produzir 3 milhões de imagens por ano e ajudar a monitorar

eventos como o derretimento de geleiras e o desmatamento na Amazônia Em 1972, a Agência Espacial Norte Americana (Nasa) mandava para o espaço o primeiro satélite do programa Landsat, desenvolvido para identificar os recursos naturais do planeta por meio de imagens e dados de sensores. Mais de 40 anos depois, o projeto é o mais antigo programa de registro de imagens da Terra e tornou-se a principal fonte para monitorar as mudanças climáticas, urbanas e ambientais ocorridas em áreas urbanas e rurais de todo o mundo. Hoje, esse trabalho dá mais um passo com o lançamento do oitavo satélite da série. O equipamento parte às 7h02 (horário de Brasília), da Base Aérea Vanderberg, na Califórnia, a bordo do foguete Atlas V. Após uma viagem de 48 minutos para fora do planeta, ele passa a depender de uma grande placa de células solares para manter os sensores funcionando por pelo menos 10 anos. O Landsat 8, estimado em US$ 855 milhões, deve fornecer cerca de 3 milhões de imagens por ano a um arquivo que é usado por centenas de organizações e governos em todo o planeta, inclusive o sistema de imagens Google Earth. As fotos obtidas de florestas, cidades e geleiras são consideradas a principal e mais confiável referência não somente para a cartografia, como também para o planejamento de ações ambientais, planejamento urbano, agricultura e ação após desastres. "Não é mais sobre pegar uma imagem e fazer um mapa. Podemos monitorar, ver mudanças diferente, descobrir o que leva a essa mudança e qual é a sua magnitude. Temos capacidade de responder a perguntas muito importantes", disse o empolgado Mike Wulder, pesquisador do Departamento de Recursos Naturais do Canadá, durante teleconferência realizada ontem, da qual participaram vários pesquisadores envolvidos no projeto. Os instrumentos presentes no satélite são capazes de produzir uma foto do mesmo ponto do planeta a cada 16 dias, o que resulta num registro em tempo quase real do desenvolvimento mundial, disponível gratuitamente para o público no site do projeto desde 2008. “As imagens não têm direitos autorais, e podem ser dividias com qualquer um e de graça. Não sabemos quantas pessoas usam os dados do arquivo, não sabemos para onde eles vão. Acreditamos que é disseminado

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por milhões de pessoas, quase como uma conta de Twitter”, estimou James Irons, cientista do projeto de continuidade de dados Landsat. A 705 km de altura, o satélite deve conseguir produzir imagens em 8 bandas espectrais diferentes, incluindo o infravermelho, para apontar características da paisagem que não são visíveis aos olhos humanos. Com a sobreposição de fotos, a equipe responsável pelo Landsat pode apontar o derretimento de geleiras, a diminuição de rios e lagos, a devastação de florestas ou o crescimento de cidades. No Brasil, por exemplo, os dados são usados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para monitorar o desmatamento florestal no país. A resolução do novo satélite é de 30 a 15 metros por pixel. “É o suficiente para se ver algo da espessura de 10 fios de cabelo a uma distância de um campo de futebol”, ilustrou a engenheira da Nasa Sarah Lipscy, que participou da construção do equipamento espacial. A resolução é o dobro da obtida pelo quinto modelo Landsat, o mais antigo em funcionamento. Lançado em 1984, o equipamento deve ser aposentado assim que os testes do novo satélite forem concluídos. Já o sétimo modelo deve continuar em órbita por mais alguns anos. Novidades O satélite vai contar com dois novos instrumentos para garantir as imagens mais detalhadas da Terra já produzidas do espaço. O equipamento de imagens operacionais de terra (OLI, na sigla em inglês) vai produzir fotos visíveis próximas ao espectro infravermelho e ondas curtas nessa mesma banda. Em vez de usar um sistema de espelhos para transmitir luz para os detectores, o novo modelo conta com uma longa placa com mais de 7 mil sensores para cada um dos oito espectros. As imagens serão mais claras que as registradas até hoje, e vão representar áreas de 185km de extensão. “Em 1999, nos matávamos para conseguir 100 imagens por dia em CDs ou fitas. Hoje, podemos processar até 10 mil imagens por dia”, comparou Kristi Kline, gerente do projeto Landsat. Os dados colhidos pelos satélites ocupam um disco de mais de um petabyte, além de um grande depósito em que as imagens ainda são mantidas permanentemente. “Temos os dados para download. Mas, se algo não estiver pronto, o pedido pode ser entregue em até 48 horas”, assegurou. Além das imagens, o Landsat 8 vai registrar a temperatura do planeta e da atmosfera por meio do Sensor Termal Infravermelho (Tirs). A nova tecnologia usa física quântica para detectar calor com base na evaporação de água por rios e plantas. Os dados do clima produzidos pelo veículo de observação já são usados por instituições de monitoramento meteorológico de todo o mundo, inclusive o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) brasileiro. Fonte: Correio Braziliense Autora: Roberta Machado Data: 11/02/2013

O PROGRAMA NUCLEAR E O FUTURO DO BRASIL O Brasil, considerando apenas a área até aqui prospectada, é o sexto país em reservas de urânio em todo o mundo. Esta reserva é suficiente para manter em funcionamento as atuais usinas Angra I e Angra II, e a futura Angra III e mais 4 novas usinas de 1000 Mw cada, por cerca de 100 anos. Não é para ser desconsiderado, portanto. Mas possuir reservas minerais não é tudo, embora o Brasil esteja se descuidando de suas terras raras. Para ser utilizado, e para ter valor comercial, o urânio precisa ser transformado industrialmente em combustível nuclear, processo que compreende algumas etapas, entre elas o enriquecimento, com enorme valor agregado, inumeráveis fases de tratamento e o acesso a segredos tecnológicos guardados a cinco chaves pelos países que dominam essa tecnologia. É o que se descreve a seguir.

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Inicialmente, o minério bruto é processado de maneira a extrair a maior quantidade possível do urânio nele contido. Isso gera um material sólido chamado yellow cake, ou concentrado de urânio. Antes do enriquecimento propriamente dito, o yellow cake puro deve ser transformado em gás. Nas usinas de enriquecimento esse gás é processado para aumentar a proporção de Urânio 235, o urânio físsil, responsável, quando fissionado, pela geração de energia no gás. Em seguida ele é reconvertido para a fase sólida, constituindo-se num pó, que é compactado em pastilhas (pellets) e acondicionado em varetas que compõem o chamado elemento combustível. Precisamos de urânio enriquecido para alimentar Angra I e II e Angra III, e, se o país tiver juízo, as demais usinas projetadas, projetadas, projetadas e de execução adiada. Qual o procedimento atual? Produzimos o yellow cake e o remetemos para processadores no exterior para transformação em gás enriquecido, retornando ao país para ser reconvertido, produzidas as pastilhas e acondicionadas nos elementos combustíveis. Hoje, após anos de investimentos em pesquisa e equipamentos, e enfrentando a sabotagem das grandes potências nucleares, EUA à frente, como sempre, já dominamos a tecnologia para enriquecimento isotópico do urânio, desenvolvida pela Marinha (CTMSP) em colaboração com o IPEN, e brevemente estaremos produzindo nosso combustível, na fábrica da INB. A tecnologia não é pioneira, mas nossas centrífugas, principal equipamento da planta, apresentam importantes conquistas que as tornam mais eficientes que as atualmente em uso em todo o mundo. E motivo de cobiça. O domínio dessa tecnologia decorre de decisões políticas cruciais de vários governos e da persistência de pesquisadores e militares devotados. Dele tanto resulta o acúmulo de pesquisas, como determina igualmente novos avanços científicos e tecnológicos, os quais estarão refletidos em novas conquistas; além da conclusão do ciclo nuclear, disporemos de maior segurança no fornecimento do combustível, economia de custos e de divisas e, de futuro, a possibilidade de fornecermos urânio enriquecido para clientes no exterior. O ganho econômico pode ser medido pela diferença de preço, no mercado internacional, entre o minério bruto e o elemento combustível. Uma vez mais se coloca para o país optar entre permanecer como mero fornecedor de matéria-prima in natura, ou transformar-se em exportador de conhecimento, rejeitar como destino a condição dependente, optando pela emancipação nacional como base de seu futuro. E não há futuro nem independência se renunciarmos ao desenvolvimento científico e tecnológico. Não se veja nessa política a revisão do velho projeto do Brasil-potência, nem eivos de um militarismo arcaico. Trata-se, simplesmente, de optar entre independência e dependência e caminhar no sentido contrário das políticas do neoliberalismo. Nossa tecnologia, voltada para os usos pacíficos da energia nuclear, nada tem a ver com a produção de bombas, que requer urânio enriquecido a mais de 90% em seu isótopo 235, enquanto a planta de enriquecimento isotópico da INB em Rezende foi projetada para a produção de enriquecimento até 5%, destinando-se, portanto, exclusivamente, para uso na fabricação de elementos combustíveis dos reatores de potência do sistema Angra e em alguns tipos de reatores para propulsão naval, como do nosso futuro submarino. Portanto, nosso país nada tem que esconder. E jamais escondeu. Precisa apenas decidir se deseja mesmo (pois precisa) dominar o conhecimento científico e tecnológico pondo-o a serviço de seu desenvolvimento e de sua soberania. Além de haver aderido, em 1997, ao Tratado de não-proliferação de Armas Nucleares (TNP), unilateralmente, ou seja, sem negociar, isto é, sem cobrar contrapartidas, como, por exemplo, transferência de tecnologia, ou, a redução dos estoques das potências nucleares e guerreiras (EUA à frente), o Brasil é o único país do mundo a determinar, em sua Constituição (art.21, XXIII, a) que “toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos” e, igualmente, é o único país do mundo que permite inspeções em suas instalações militares. E o único submetido a inspeções de duas agências internacionais, a Agência Internacional de Energia Atômica-AIEA, e a ABACC, Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares- ABACC.

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O país recebe anualmente cerca de 50 inspeções anunciadas e seis inspeções não anunciadas, isto é de surpresa, sem programação prévia, em suas instalações nucleares. Quando foi levantado o pleito da AIEA com vistas à assinatura de um novo Acordo de Salvaguardas, a posição brasileira foi a de assegurar, às Agências, a aplicação de um controle efetivo do material nuclear utilizado, ao mesmo tempo que defendíamos outras questões como desarmamento e, principalmente, nosso acesso às conquistas tecnológicas, além de igualdade de condições entre os signatários. É querer muito? Não. O diferencial é que esses devem ser os termos de discussão de um país preocupado em preservar seus interesses, para continuar soberano. É oportuno lembrar que o programa nuclear brasileiro não se reduz à produção de combustível. São notáveis suas aplicações na área médica, seja com vistas a diagnóstico, seja com vistas à terapia (radioterapia e braquiterapia; biotecnologia, irradiação de materiais biológicos); no meio ambiente, na indústria, na agricultura e irradiação de alimentos, nas indústrias do petróleo e do papel e na siderurgia, no beneficiamento de gemas, esterilização de materiais e no melhoramento genético e controle de pragas, nas áreas de materiais, processos físicos, químicos e tecnologia de suporte. E, por fim, é fundamental o aproveitamento do urânio para a geração de energia elétrica, como fonte complementar às hidrelétricas e em substituição às fontes fósseis (petróleo e carvão), caras e poluentes. Até porque as hidrelétricas, independentemente das delimitações impostas pelo regime das chuvas (acabamos de viver ameaças de ‘apagões’), enfrentam crescentes restrições ambientais as quais, por exemplo, estão determinando hidrelétricas a fio-d’água, isto é, sem reservatórios, donde a necessidade de o Estado investir em alternativas. Trata-se, portanto, o nuclear, de programa estratégico, que decide hoje o futuro do país. Fonte: Carta Capital Data: 11/02/2013

TOP 10 GOLD COMPANIES IN 2012 In 2012, for the preliminary estimated corporate production of the yellow metal, total volume of gold mined by the top 10 publicly traded companies dropped roughly 3.4%, from 32 Moz in 2011 to 30.9 Moz. Seven out of 10 companies faced decreases in their attributable gold output while only three of them have reached growth (Figure 1). With 7.42 Moz of gold produced in 2012, Canadian Barrick Gold Corp. (TSE:ABX) holds first place in global ranking, well ahead of its pursuers. Compared to 2011, Barrick’s gold output declined by 3.4% because of production decreases in all regions of its presence except North America. However, Barrick Gold achieved its production target for 2012. The US-based Newmont Mining Corporation (NYSE:NEM) ranks second in the global gold competition and produced about 4.98 Moz of the precious metal in 2012, a 4% decline on 2011 (5.19 Moz), due to a dramatic decrease of gold output at the Batu Hijau mine (-79%) and significant declines at Newmont’s other Asia Pacific operations (-6%). For third-ranked AngloGold Ashanti Limited (NYSE:AU), 2012 was a difficult production year due to safety stoppages and strikes at its South African operations. The company expected to produce roughly 4.16 Moz of gold in 2012, or 3% less than in 2011 (4.30 Moz). Another South African company, Gold Fields Limited (NYSE:GFI), currently ranked fourth, expected to produce 3.3 Moz of gold equivalent in 2012, or 6% lower than in 2011 (3.5 Moz). This

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decline is mainly due to a fire at Ya Rona shaft (formerly Driefontein 4 shaft), illegal strike action at KDC East and West, and a slightly lower grade mined at South Deep. Canadian Kinross Gold Corporation (TSE:K), fifth in world gold production rankings, produced 2.62 Moz of gold equivalent in 2012. This volume exceeded the Kinross’ guidance of 2.5-2.6 Moz of gold equivalent and is 3% higher than 2011 production totals (2.54 Moz of gold equivalent). In the first nine months of 2012, Kinross saw a scheduled decline in grades at Kupol project and increased planned reliance on lower-grade stockpile ore at La Coipa mine. The full-year increase was primarily due to stronger production at Fort Knox. Sixth-ranked Goldcorp Inc. (TSE:G) produced 2.39 Moz of gold in 2012, or 4.8% less than in 2011 (2.51 Moz). This decline was due to lower grades at Red Lake mines (Canada), lower grades and lower recovery at Porcupine mines (Canada), lower grades and lower tonnage processed at El Sauzal mine (Mexico), as well as lower grades at Marlin mine, Guatemala. Seventh in the ratings, Australian Newcrest Mining Limited (ASX:NCM), produced approximately 2.07 Moz of gold in 2012 calendar year, a 14% decline on 2011 (2.42 Moz). The main reasons of such a significant decrease are, as follows: lower feed grades and volumes of ore mined at Cadia Valley Project (New South Wales, Aus.), production interruption at Lihir Mine (Papua New Guinea), lower mill throughput at Telfer Mine (Western Aus.), as well as the combination of planned lower grades and unexpected poor ground conditions at Gosowong Mine in Indonesia. At eighth place in the global gold race, Russian origin Polyus Gold International (LON: PGIL) was the only company among the 10 largest gold corporate producers that demonstrated a significant increase in gold output within the last year. In 2012, it produced around 1.68 Moz of gold, that is 12% higher than in 2011 (1.50 Moz). Polyus officially announced that “the record double-digit growth rate achieved in 2012 came as a result of continued investment and optimization of our mines, delivering significant increases in production at all of our Russian operations, with an exceptional performance delivered by our largest mines, Olimpiada and Blagodatnoye, and steady improvements at Kuranakh”. South African Harmony Gold Mining Co. (NYSE:HMY) holds ninth place, and produced around 1.22 Moz of gold in 2012, an 8% decrease compared to 2011 (1.32 Moz). Peruvian Compania de Minas Buenaventura SA (NYSE:BVN) sits in tenth place with expected attributable gold production of 1.06 Moz, which is slightly higher (+2%) than in 2011 (1.04 Moz). Canadian Yamana Gold (TSX:YRI) overtook Buenaventura by the volume of gold equivalent ounces produced in 2012 (1.2 Moz, +9% growth on 2011), but a little behind the Peruvian company when considering output of gold ounces (1.03 Moz). Looking for 2013 forecasts, world gold production will likely be higher compared to 2012 as most of the companies plan to increase their gold output. In any case, given the significant unpredictability of the gold mining industry, surprises can be expected during the year.

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Note: For corporate attributable gold production, figures used are from actual official data or companies’ expectations for the 2012 calendar year. Wherever possible, calculated gold ounces are quoted instead of gold equivalent ounces. Only two companies out of ten (Gold Fields and Kinross) did not provide breakdowns for gold ounces produced. Top 10 image: Flickr / sam_churchill Fonte: Mining.com Data: 19/02/2013

HORIZONTE MINERALS BUSCA SÓCIOS PARA PROJETO NO PARÁ Níquel: Produção de 18 mil toneladas anuais na mina de Araguaia está prevista

para ter início em 2017 A inglesa Horizonte Minerals, listada nas bolsas de Londres e Toronto, quer se tornar uma das maiores empresas globais de recursos minerais. Mas ainda está no começo e escolheu uma mina de níquel no sudeste do Pará para seus primeiros passos, nada tímidos. “Queremos estar entre as grandes do setor. Hoje, ainda somos uma empresa júnior,” diz Jeremy Martin, presidente da companhia. Os primeiros investimentos nos seus projetos já foram realizados, principalmente com prospecções, perfurações e estudos. Mas os maiores desembolsos ainda estão por vir. O principal projeto da companhia é a mina de níquel de Araguaia, a 25 quilômetros da estrada que liga os municípios de Conceição de Araguaia e Redenção. Até hoje, os aportes somam US$ 30 milhões, e outros US$ 10 milhões estão previstos para este ano, para a conclusão de estudos de viabilidade. Mas o total dos investimentos poderá ultrapassar o US$ 1 bilhão nos próximos anos. Em janeiro, a companhia fez 81 perfurações nas zonas de Jacutinga, Vila Oito e Pequizeiro (no total, o projeto é dividido em 15 blocos), somando 2.653 metros, de uma meta de 7.000 metros. Com as buscas, encontrou 23,2 metros com minério com teor de níquel de 2,09%, 9,1 metros com 1,73% e 14,1 metros com 1,62%, índices superiores à média do projeto, de 1,3%. “Neste ano terminaremos os estudos de viabilidade operacional. Em 2014 começaremos os de viabilidade financeira”, diz Martin. Até lá, o executivo, que vive em Londres, fará diversas viagens ao Brasil em busca de um investidor. A expectativa de Martin é dar início às obras logo após a conclusão dos estudos, no fim do ano que vem. Antes disso, a empresa espera ter um sócio para os volumosos aportes que serão necessários para alavancar a produção. Ele diz que é cedo para estimar o total de capital necessário, mas para efeito de comparação, o projeto Onça Puma, da Vale, teve investimentos de US$ 2,8 bilhões, segundo a mineradora. A 100 quilômetros do Araguaia, Onça Puma foi construído para 55 mil toneladas anuais de níquel contido, três vezes mais do que as 18 mil toneladas de níquel contido em ligas de ferroníquel que a Horizonte estima produzir ao ano. Já o projeto Barro Alto, da Anglo American, custou US$ 1,9 bilhão, para 36 mil toneladas ao ano. Entre os argumentos de Martin para atrair parceiros está o tamanho da reserva do Araguaia, estimada em 102 milhões de toneladas de minério de níquel. O volume colocará a empresa entre as maiores do Brasil, com cerca de 12% do minério disponível no país, segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A estimativa de vida útil da mina é de 25 anos, segundo o último relatório técnico do projeto. Apesar de parecer pouco (Onça Puma poderá ser explorado por 35 anos), Martin enfatiza a vantagem do alto teor de níquel constatado no minério – de 1,3%, contra 0,9% na Austrália, por exemplo – e destaca a boa infraestrutura da região. “Existem reservas de níquel em outros locais, como na Austrália e na África, mas o teor de níquel é inferior ao daqui, e os locais são mais pobres em infraestrutura, então seria mais difícil produzir.”

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Martin acredita que o preço do níquel no momento de início da produção também pesará a favor do Araguaia. O primeiro grama do metal está previsto para ser extraído dois anos e meio após o término dos estudos, ou seja, por volta de 2017. Hoje, a tonelada vale US$ 18.300 na bolsa de Londres (LME), sendo que ultrapassou os US$ 50 mil há cinco anos. Para o fim do ano, expectativas de quatro analistas ouvidos pelo Valor variam de US$ 17.700 por tonelada, previsão de Leon Westgate, do Standard Bank, a US$ 18.750, para Casper Burgering, do ABN Amro. “Hoje existe muita oferta de níquel no mercado, mas quando olhamos para 2017 e 2018, achamos que a demanda será mais forte, e o preço também”, diz Martin. Atualmente, a produção global do metal está em um nível baixo justamente por causa do preço pouco atrativo, diz Cristina da Silva, chefe do DNPM em Goiás e responsável pelo último sumário da entidade sobre níquel. “Hoje, as empresas não produzem um volume maior por controle. O preço caiu, e elas avaliam a viabilidade mercadológica dos projetos.” Três das maiores do mundo, Norilsk, Vale e BHP Billiton, pisaram no freio em 2012 e não estão posicionados para um crescimento significativo neste ano, diz Westgate em relatório. Em 2011, as reservas globais de níquel contido somaram 79,3 milhões, enquanto a produção somou 1,8 milhão, o que pode ser considerado um nível baixo, segundo Cristina.

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Apesar do otimismo de Martin, o preço do níquel é um risco ao projeto. O metal é um dos que apresenta maiores volatilidades entre os principais não ferrosos. Ainda que os analistas esperem aumento da demanda, também existe espaço para crescimento da oferta. Além disso, a companhia tem como desafio as incertezas em relação ao novo código de mineração. “Quando conversamos com investidores, todos querem saber o que vai acontecer, mas na questão de royalties ainda não sabemos.” O níquel não é a única aposta da Horizonte, que por enquanto só atua em solo brasileiro. Antes de comprar as licenças de exploração do Araguaia, em 2010, da canadense Teck Resources, a companhia tinha um escritório em Belo Horizonte (MG) para gerir outros projetos. Um deles é o Tangara, de exploração de ouro em Carajás. Em 2007, fez um acordo com a australiana Troy Resources para desenvolver e operar o projeto. “Temos uma pequena participação, mas atualmente está tudo parado,” disse Martin. O desenvolvimento da operação depende de licenças. A companhia também teve participação em outro projeto de ouro em Carajás, o Falcão, com a sul-africana AngloGold Ashanti. No fim do ano passado, entretanto, vendeu sua parte para a canadense Guyana Frontier Mining. E apesar das duas tentativas sem sucesso, a Horizonte pretende incluir um novo projeto do metal precioso no Brasil em seu portfólio

Fonte: Valor Econômico Data: 19/02/2013

ARGENTINA E BRASIL BUSCAM SALVAR PROJETO DA VALE Os governos do Brasil e da Argentina decidiram juntar forças na tentativa de fazer com que a Vale mantenha vivo o gigantesco projeto de exploração da jazida de potássio de Rio Colorado, na província argentina de Mendoza. Com investimento orçado em cerca de US$ 6 bilhões, o projeto está em compasso de espera desde dezembro do ano passado quando a mineradora brasileira decidiu reavaliar sua economicidade diante do aumento de custos gerado, principalmente, pela desvalorização do peso, a moeda do país vizinho. Os dois países elegeram uma comissão formada por dois representantes de cada lado para coordenar as negociações em andamento. Segundo uma fonte do Itamaraty, os negociadores brasileiros são o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e o assessor especial de Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. "Tanto nossos embaixadores em Brasília e Buenos Aires como as equipes designadas por nós e pela presidente Dilma Rousseff estão trabalhando denodadamente para que Vale continue na Argentina, continue com o investimento", disse ontem à tarde o ministro das Relações Exteriores argentino, Héctor Timerman. A declaração contrasta com ameaça de cassação da licença de lavra da Vale que chegou a ser feita pelo governo de Mendoza. Para o ministro, "o projeto ainda vai dar muita satisfação para ambas as partes, para o investidor (a Vale) e para a República Argentina". A Vale informou em nota que o projeto não estava suspenso, apesar do recesso de fim de ano dos trabalhadores ter sido estendido até agora. No início do mês. Murilo Ferreira, presidente-executivo da Vale foi à Argentina e se reuniu com Francisco Perez, governador da Província de Mendoza. Participaram do encontro o Embaixador do Brasil, o ministro Fernando Pimentel e Sergio Leite, executivo da Vale no projeto. No encontro, foi acertado a data de 28 de fevereiro para a Vale apresentar um plano revisto dos investimentos no projeto do Rio Colorado e pagar os salários atrasados. Fonte: Valor Econômico Data: 20/02/2013

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PARÁ REIVINDICA 'ROYALTY VARIÁVEL' NA EXPORTAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO

A proposta do novo código de mineração, que o governo quer submeter ao Congresso em março, pode incluir uma mudança radical no tratamento que hoje é dado à cobrança de royalty de commodities minerais de exportação, caso a União acate uma solicitação que acaba de receber do governo do Pará, segundo maior Estado na balança mineral, atrás apenas de Minas Gerais. O Valor teve acesso a um ofício que o governo paraense entregou nesta semana à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. O documento enumera as alterações que o Estado do Pará deseja incluir na proposta. A principal mudança de regra diz respeito à flexibilização da alíquota da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), como é chamado o royalty da mineração que as empresas pagam aos governos municipal, estadual e federal pela exploração mineral. O governo paraense pede que commodities com grande peso em exportações - como o minério de ferro, que atualmente tem seu recolhimento de CFEM fixado em 2% - passem a se basear em "alíquotas variáveis por mineração e por destinação dada ao mineral". Na prática, o que se pretende é fixar uma alíquota-piso, com possibilidade de aumento dessa alíquota, pelo Poder Executivo, conforme o aumento do preço internacional de venda do minério. Segundo o governo paraense, a mudança permitirá que "o Poder Público também possa se apropriar de parte dos lucros extraordinários que beneficiam empresas em momentos de picos de mercado". O Pará pediu ainda que a União garanta aos Estados a competência para promover o licenciamento ambiental de atividades mineradoras, inclusive em áreas federalizadas. Hoje, boa parte dessa atribuição está atrelada ao IBAMA. As medidas serão analisadas pelo governo. Paralelamente, o Estado requereu para si a participação no resultado de lavras em terras públicas estaduais que foram federalizadas. Por razões de segurança nacional, a União passou a ter a responsabilidade por grandes áreas da região amazônica e, com isso, passou a ter direito ao recebimento da Participação no Resultado da Lavra (PRL), taxa que hoje tem percentual previsto em 50% do valor da CFEM. O governo paraense reivindica a criação de um fundo mineral alimentado com parte da Cfem arrecadada e solicita assento no Conselho Nacional de Política Minerária (CNPM) para os Estados que tenham participação superior a 20% do PIB mineral do país. Atualmente, essa estrutura está concentrada no Ministério de Minas e Energia. O Estado cobra também direito de recebimento de uma "participação especial" a ser paga no caso de exploração de grandes minas, em termos a serem disciplinados em decreto, a exemplo do que ocorre hoje com a exploração de petróleo. As informações foram confirmadas pelo vice-governador do Pará, Helenilson Pontes. Em entrevista ao Valor, ele disse que o governo federal foi receptivo às propostas. "O governo está numa fase de ouvir muito e falar pouco. Sentimos uma boa intenção em considerar nossas reivindicações. Vamos colocar nossa bancada no Congresso para garantir essas mudanças. Já estamos em alinhamento com o governo de Minas Gerais e vamos nos articular para defender o que é justo", afirmou. O Valor procurou a Superintendência de Política Mineral do governo de Minas Gerais, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. O Ministério de Minas e Energia também não retornou ao pedido de entrevista. O Pará é responsável por mais de 25% do PIB mineral do país e por 70% do saldo comercial. Hoje, 90% das exportações do Estado - que em 2011 somaram US$ 17 bilhões, e em 2012, US$ 13,5 bilhões - têm origem nas explorações de minerais e metais. Essa matéria-prima, segundo Pontes, está desonerada de ICMS, restando ao Estado apenas a parcela de 23% que obtém com a cobrança da CFEM. Em 2012, o royalty da mineração representou

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apenas R$ 122 milhões em receita. Pelas regras atuais, os municípios ficam com 65% da arrecadação da CFEM, e o restante vai para a União. Fonte: Valor Econômico Data: 20/02/2013

INFOGRAPHIC: WORLD GOLD PRODUCTION

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Fonte: Mining.com Data: 18/02/2013