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1 BIBLIOTECA LAS CASAS Fundación Index http://www.index-f.com/lascasas/lascasas.php Cómo citar este documento Kessler, Marciane; Márcio Bertasi, Luciano; Kreutz Erdtmann, Bernadette. Práticas de saúde: com a palavra homens e mulheres do meio rural. Biblioteca Lascasas, 2015; 11(1). Disponible en http://www.index-f.com/lascasas/documentos/lc0811.php Práticas de saúde: com a palavra homens e mulheres do meio rural Health practices: the word men and women in rural areas Prácticas de salud: la palabra hombres y mujeres de las zonas rurales 1 Marciane Kessler 2 Luciano Márcio Bertasi 3 Bernadette Kreutz Erdtmann 4 1 Pesquisa finalizada em dezembro de 2012 e apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso de graduação em Enfermagem pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Santa Catarina, Brasil. 2 Autora: Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Contato: [email protected]. Autora responsável pelo documento. 3 Autor: Enfermeiro pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, Santa Catrina, Brasil. 4 Autora: Enfermeira. Especialista em Administração dos serviços de saúde e de Enfermagem e especialista em Biossegurança. Mestre em Enfermagem. Professora efetiva de Enfermagem da Universidade do Estado de Santa Catarina, Santa Catarina, Brasil.

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Page 1: Práticas de saúde: com a palavra homens e mulheres do meio … · 2016. 2. 16. · através de entrevista semiestruturada, por meio de inquérito domiciliar à homens e mulheres

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BIBLIOTECA LAS CASAS – Fundación Index http://www.index-f.com/lascasas/lascasas.php

Cómo citar este documento Kessler, Marciane; Márcio Bertasi, Luciano; Kreutz Erdtmann, Bernadette. Práticas de saúde: com a palavra homens e mulheres do meio rural. Biblioteca Lascasas, 2015; 11(1). Disponible en http://www.index-f.com/lascasas/documentos/lc0811.php

Práticas de saúde: com a palavra homens e mulheres do meio rural

Health practices: the word men and women in rural areas

Prácticas de salud: la palabra hombres y mujeres de las zonas rurales1

Marciane Kessler2

Luciano Márcio Bertasi3

Bernadette Kreutz Erdtmann4

1 Pesquisa finalizada em dezembro de 2012 e apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso de graduação

em Enfermagem pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Santa Catarina, Brasil. 2 Autora: Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal de

Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Contato: [email protected]. Autora responsável pelo

documento. 3 Autor: Enfermeiro pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, Santa

Catrina, Brasil. 4 Autora: Enfermeira. Especialista em Administração dos serviços de saúde e de Enfermagem e especialista em

Biossegurança. Mestre em Enfermagem. Professora efetiva de Enfermagem da Universidade do Estado de Santa

Catarina, Santa Catarina, Brasil.

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RESUMO

Introdução: A temática da saúde do homem tem sido discutida e abordada recentemente,

levando em consideração os elevados índices de morbimortalidade masculina, relacionada

ainda à determinantes institucionais e socioculturais. Assim, percebem-se avanços em relação

a consolidação de políticas públicas de atenção à saúde para contemplar todas as populações.

Entretanto, além das características de gênero, ainda destaca-se a carência de atenção à

população de áreas rurais do país. Objetivo: identificar a percepção do homem e da mulher

do meio rural sobre o cuidar de si e a influência do aspecto sociocultural sobre esta prática.

Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva/exploratória, com abordagem quali-quantitativa,

através de entrevista semiestruturada, por meio de inquérito domiciliar à homens e mulheres

de 30 a 59 anos de idade, moradores da área rural de municípios do Extremo Oeste de Santa

Catarina - Brasil. A análise dos dados dar-se-á por estatística simples (descritiva) e na análise

de conteúdo de Bardin.

Descritores: Enfermagem. Saúde do Homem. Saúde da Mulher. Saúde da População Rural.

Promoção da Saúde. Fatores Culturais.

ABSTRACT

Introduction: The subject of human health has been recently discussed and addressed, taking

into account the high levels of male mortality, still related to the institutional and

sociocultural determinants. So, are perceived progress towards consolidation of public

policies on health care to contemplate all populations. However, besides the characteristics of

gender, although there is the lack of attention to the population of rural areas of the country.

Objective: To identify the perception of man and woman from the countryside on his own

care and the influence of sociocultural aspect about this practice. Method: This is a

descriptive / exploratory study with qualitative and quantitative approach, using semi-

structured interviews, through home the men and women 30-59 years old survey, residents of

rural areas of the municipalities of the Far West Santa Catarina - Brazil. Data analysis will

occur by simple statistics (descriptive) and content analysis of Bardin.

Descriptors: Nursing. Men's Health. Women's Health. Rural Health. Health Promotion.

Cultural Factors.

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RESUMEN

Introducción: El tema de la salud humana ha sido discutida recientemente y abordar,

teniendo en cuenta los altos niveles de mortalidad masculina, siendo relacionados con los

determinantes institucionales y socioculturales. Así, se perciben los avances hacia la

consolidación de políticas públicas de atención de la salud para contemplar todas las

poblaciones. Sin embargo, además de las características de género, aunque no es la falta de

atención a la población de las zonas rurales del país. Objetivo: Identificar la percepción del

hombre y de la mujer de las zonas rurales en su propio cuidado y la influencia de los aspectos

socio-cultural acerca de esta práctica. Método: Se trata de un estudio descriptivo /

exploratorio con enfoque cualitativo y cuantitativo, a través de entrevistas semi-estructuradas,

a través de la casa de los hombres y las mujeres encuesta 30-59 años, los residentes de las

zonas rurales de los municipios de la Far West Santa Catarina - Brasil. El análisis de datos se

producirá por simples estadísticas (descriptivo) y análisis de contenido de Bardin.

Descripctores: Enfermería. Salud del Hombre. Salud de la Mujer. Salud Rural. Promoción de

la Salud. Factores Culturales.

INTRODUÇÃO

Durante toda a história das políticas públicas voltadas à saúde no Brasil, a temática da

saúde masculina tem sido pouco abordada e discutida, por outro lado, a saúde da mulher,

desde as primeiras políticas de saúde no país, é objeto constante de investigações e

investimentos1. Esta diferença de atenção tem proporcionado às mulheres, apesar de serem

mais acometidas em sua saúde, a diminuição nos índices de mortalidade e maior sobrevida2,

comprovando a eficácia dos programas e políticas saúde. A saúde do homem despertou

interesse nos últimos anos devido a sua maior mortalidade e a menor expectativa de vida em

relação à população feminina1,2.

Limitada inicialmente à gravidez e ao parto, as políticas públicas de atenção à saúde

da mulher, instituídas desde as primeiras décadas do século XX, evoluíram gradativamente,

culminando com o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), em 1984,

que marcou uma ruptura conceitual com os princípios que direcionavam as políticas voltadas

à mulher3. Por fim, em 2004, o Ministério da Saúde instituiu a Política de Atenção Integral à

Saúde da Mulher, com diretrizes que garantem à mulher, em todos os ciclos de vida,

resguardando as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos

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populacionais, atenção à saúde cujos princípios principais são a humanização e qualidade de

atenção4.

No entanto, a Política de Atenção Integral à Saúde do Homem, foi lançada em agosto

de 2008 pelo Ministério da Saúde5 e os dados sobre o perfil epidemiológico da população

masculina demonstram, cada vez mais nitidamente que, até então, havia para o homem um

desfavorecimento significativo em relação não só às mulheres, mas também às crianças e

idosos.

Conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios6, em 2008, ano

de lançamento da Política de Saúde do Homem, dentre a população feminina 76,1%

consultaram médicos e dentre os homens, 58,8% o fizeram. As diferenças destacam-se

também na busca por serviços de saúde, no qual, a procura do serviço para a vacinação ou

prevenção foi proporcionalmente maior para as mulheres (24,0%) do que para os homens

(19,0%).

A partir deste contexto, percebem-se avanços em relação as políticas públicas de

atenção à saúde e a consolidação de programas do Governo para contemplar todas as

populações, promovendo uma melhora no acesso da população, de forma geral, aos serviços

de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, ainda permanece uma carência de

atenção à população residente nas áreas rurais do país7.

Notam-se lacunas na assistência à saúde, bem como, na implementação de políticas

públicas específicas voltadas às necessidades de homens e mulheres da zona rural, que são

geralmente menos favorecidos no que diz respeito a oferta e consequentemente ao acesso de

serviços de saúde7. Além disso, torna-se relevante considerar sua vulnerabilidade ao

adoecimento, devido à exposição a riscos ocupacionais e a negligência com o autocuidado8,

por vezes relacionados às condições de vida e de trabalho. Autores9 ressaltam que as famílias

rurais estão cada vez mais empobrecidas e excluídas das políticas públicas.

Neste contexto, esta pesquisa procura estudar os determinantes para o comportamento

em saúde do homem e da mulher do meio rural, em consonância com o Ministério da Saúde5,

no intuito de elucidar quais os motivos tem os levado ou não a procura dos serviços de saúde

para prevenção contínua e detecção precoce, bem como, esclarecer estes aspectos impeditivos

que, de acordo com o Ministério da Saúde, correspondem a barreiras socioculturais e

institucionais.

As concepções do homem sobre saúde e doença sugerem que a presença de problemas

de saúde e a procura por serviços de saúde podem representar uma fragilidade o que o

aproximaria das representações de feminilidade, contrapondo-se à visão de invulnerabilidade,

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força e virilidade. Sem contar o desconhecimento sobre as políticas de saúde, o medo de

descobrir que algo vai mal com sua saúde e a vergonha de ficar exposto para pessoas do

mesmo sexo ou sexo oposto10.

No entanto, quando se trata da população rural não devem ser consideradas apenas as

questões relacionadas ao gênero, mas também características próprias ao meio rural, que

impedem ou dificultam a busca ou acesso a serviços de saúde e autocuidado. Por outro lado,

muitas doenças e agravos poderiam ser evitados com a implementação de políticas de saúde

voltadas a prevenção de riscos para esta população e estímulo a adoção de medidas de

autocuidado.

Problema de pesquisa

Com base nesta problemática, optou-se em realizar um estudo direcionado pelo

seguinte questionamento: como o homem e a mulher do meio rural praticam o cuidar de si e

quais os aspectos socioculturais determinantes para as práticas de cuidado à saúde?

Justificativa

Estudos realizados nos últimos anos têm detectado um peso significativo de

morbimortalidade entre a população masculina, sendo que de cada três pessoas adultas que

morrem no Brasil, duas são homens e uma é mulher. De acordo com o Ministério da Saúde11,

os homens vivem em média sete anos menos que as mulheres.

Embora haja uma ampla discussão sobre masculinidade, na área da saúde em geral,

ainda percebe-se uma insuficiência de estudos sobre o empenho masculino voltado para o

estilo de vida saudável, promoção da saúde e prevenção de doenças e os motivos que levam

esta população a procurar ou não por serviços de atenção primária. Ressalta-se a importância

de escutar homens e mulheres, possibilitando melhor compreender as questões envolvidas na

acessibilidade à saúde e motivos que impedem a adoção de estratégias de autocuidado.

Como um dos principais objetivos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde

do Homem, conforme o Ministério da Saúde5 é promover ações de saúde que efetivamente

contribuam para a compreensão da singularidade masculina, nos diferentes contextos e o

alcance destes objetivos depende da elaboração de pesquisas que favoreçam o entendimento

dessa complexidade. Sendo assim, este estudo procura ser um instrumento que possibilita esta

compreensão.

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Em se tratando da população residente em área rural, observa-se que há lacunas, tanto

de políticas públicas quanto de ênfase por parte de universidades na elaboração de pesquisas e

implementação de ações que facilitem o acesso aos serviços. Conforme estudo7, as

populações definidas por área de moradia como urbana ou rural apresentam uma diferença em

relação à acesso dos serviços de saúde, com deficiência no acesso da população rural aos

serviços de atenção primária, o que pode conferir à população rural maior acometimento de

enfermidades.

A partir de tal perspectiva, pretende-se analisar as respostas e explicações da

população masculina e feminina do meio rural, sobre a procura ou não dos serviços de saúde,

especialmente da atenção primária, e a concepção de ambos sobre o cuidar de si. Essa

pesquisa torna-se valiosa quanto a reflexão sobre os aspectos socioculturais que influenciam

na prática do cuidado à saúde e sobre as dificuldades, os obstáculos, as barreiras e as

resistências associadas ao não cuidado, em ambos os gêneros, levando em consideração a área

de moradia.

Destaca-se que, conhecer melhor a população do meio rural poderá gerar crédito aos

programas e atividades relacionados a saúde pública, que poderão contribuir para a qualidade

de vida destas famílias, no seu espaço, tornando-o um espaço saudável9.

Hipóteses

Diante das estatísticas e características apresentadas quanto ao perfil epidemiológico

e de saúde que acompanha a população masculina e feminina, vale salientar de antemão que

esta é uma realidade que pode estar relacionada a pouca adoção de práticas de autocuidado

por parte dos homens. Já para as mulheres torna-se natural o cuidar de si e a busca de ajuda

quando apresentam problemas de saúde12,13. Porém, percebe-se que ainda há uma

insuficiência de estudos sobre o tema.

Existem fatores que se prevalecem sobre a questão da busca ou não do cuidado,

como a construção de um contexto sociocultural ligado ao gênero masculino e as barreiras

enfrentadas pelos homens para terem acesso aos serviços de saúde. Por isso teve-se, e ainda se

tem, pouca presença masculina nos serviços de atenção primária, o que acarreta taxas

elevadas de mortalidade por causas evitáveis14.

Acerca das barreiras ao serviço de saúde, consta-se o trabalho do homem e

consequentemente a falta de tempo que restringem esta população ao acesso a estes serviços,

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bem como, os horários de atendimento dos serviços de saúde acabam por coincidir muitas

vezes com os horários de trabalho do homem. Destaca-se ainda a caracterização dos serviços

de saúde sendo muitas vezes ambientes que não favorecem a presença e permanência

masculina13.

Verifica-se também que há uma idéia disseminada entre a população de que a atenção

primária são serviços destinados aos problemas de saúde da mulher, criança e idosos14, o que

mostra um desconhecimento em relação a essência da política adotada pelo Ministério da

Saúde.

É relevante também a questão da precarização dos serviços públicos em relação ao

atendimento. Os homens ao procurarem o serviço de saúde para uma consulta, enfrentam filas

que levam a perda do dia de trabalho, e como se não bastasse, corre o risco de não ter suas

necessidades atendidas em apenas uma consulta10.

Em relação as barreiras socioculturais, autores10 ressaltam que a masculinidade foi

construída culturalmente, sendo uma característica não compatível com a demonstração de

necessidades em saúde e procura de serviços de saúde. Tem-se veiculado a imagem identitária

masculina ao ser forte, capaz e protetor, violento, decidido e corajoso, condutas varonis que

impedem a função de autoconservação1.

Já as mulheres, durante sua educação, aprendem a ser mais preocupadas e conferir

maior atenção ao corpo15. Ainda, em geral cabe a mulher acompanhar crianças, adolescentes e

idosos aos serviços de saúde e freqüentar o pré-natal, que faz com que ela se torne mais

predisposta à utilização desses serviços2. Segundo pesquisa12, a promoção da saúde e

prevenção de doenças são práticas já consagradas como naturais para as mulheres.

Neste sentido, os homens “preferem retardar ao máximo a busca por assistência e só

o fazem quando não conseguem mais lidar sozinhos com seus sintomas”, valorizando mais as

práticas de cura12:26.

Outra explicação para a pouca procura masculina pelos serviços de saúde se

relaciona ao medo de descobrir que algo está errado. Assim, não saber acaba sendo

considerado um fator de “proteção”. Juntamente ao medo, está acompanhada a vergonha de

exposição a outro homem ou mulher10.

Estudar a saúde do homem com base nas relações de gênero e aspectos culturais é

importante para que os serviços de saúde, principalmente os de atenção primária, se

organizem e estabeleçam estratégias de forma, a saber atrair, receber e cuidar da saúde desta

população.

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No entanto quando se refere ao homem e a mulher do meio rural, tem-se também

como hipótese da não procura por serviços de saúde e adoção de práticas de autocuidado a

dificuldade de acesso devido questões geográficas7. A distância das residências aos serviços,

em comparação com os moradores de áreas urbanas, dispensa maior empenho em transporte e

tempo de deslocamento. Lembrando que, podem existir fragilidades em relação a

descentralização destes serviços, que, geralmente estão concentrados nas áreas urbanas.

Associado a esses determinantes estão as condições de trabalho do meio rural que

aumentam a vulnerabilidade ao adoecimento. A longa e árdua jornada de trabalho associada a

condições inadequadas, com a presença de riscos ambientais e acidentes de trabalho8. Nesta

mesma perspectiva de impedimentos para o acesso aos serviços de saúde estão os aspectos

culturais, fundamentados em crenças, mitos e tabus, que têm grande significado para o

indivíduo16.

A escassez de pesquisas de enfermagem abordando a saúde de homens e mulheres

rurais e as condições socioculturais relacionadas a procura por serviços de saúde e adoção de

práticas de autocuidado, demonstra a importância desta pesquisa. Neste sentido o estudo tem a

finalidade de contribuir com o enriquecimento desta temática de grande importância para o

contexto da saúde e enfermagem e de grande relevância social.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Identificar qual a percepção do homem e da mulher do meio rural sobre o cuidar de si

e a influência de aspectos socioculturais sobre esta prática.

Objetivos Específicos

Identificar o perfil sócio-econômico-demográfico dos homens e mulheres participantes

do estudo.

Identificar quais as estratégias de promoção à saúde e de prevenção de doenças

adotadas pela população masculina e feminina do meio rural, em municípios do Oeste de

Santa Catarina.

Identificar os aspectos socioculturais determinantes para a prática do cuidar de si de

homens e mulheres do meio rural.

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MÉTODO

Caracterização da Pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória, com abordagem qualitativa e

quantitativa, realizada através de um inquérito domiciliário.

Caracteriza-se como descritiva por ter como objetivo a descrição das características de

uma população ou fenômenos, através de coleta de dados padronizada e sistemática, e

exploratória por proporcionar maior familiaridade com o problema, procurando torná-lo mais

explicito e aprimorar as ideias ou proporcionar a descoberta de novas hipóteses17.

A pesquisa qualitativa busca compreender em maior nível de profundidade as

particularidades do comportamento dos indivíduos. A pesquisa quantitativa objetiva descrever

a complexidade de determinado problema17, que neste estudo, será apresentada de forma

descritiva.

População e Amostra

A população estudada consiste em uma amostragem por conveniência com 50

indivíduos do sexo masculino e 50 do sexo feminino, residentes na área rural, identificados

através do número de cada questionário e iniciais de nome e sobrenome e idade, com os

seguintes critérios:

Critérios de inclusão: ter idade entre 30 e 59 anos, residir em área rural e aceitar

livremente participar da entrevista através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido.

Critérios de exclusão: ter idade inferior a 30 anos ou superior a 59 anos e não

apresentar condições cognitivas para responder ao instrumento de pesquisa.

Instrumento de coleta de dados

A pesquisa consiste em coleta de dados através de instrumento padronizado

constante no Apêndice A – Instrumento de Coleta de Dados. Este instrumento refere-se a um

formulário com questões abertas e fechadas, envolvendo dados pessoais, socioeconômicos e

demográficos, de hábitos de vida e de opinião a cerca da temática apresentada, aplicado

através de inquérito domiciliário.

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Aos sujeitos que aceitarem participar do estudo, mediante a assinatura do termo de

compromisso, será aplicado o questionário cuja base de estudo é o cuidar de si

masculino/feminino, tendo como parâmetro a influência dos determinantes socioculturais.

O estudo será realizado com moradores da zona rural em municípios da região do

Extremo-Oeste de Santa Catarina, sul do Brasil, escolhidos pelo método de conveniência, de

acordo com o local de residência dos pesquisadores ou nas proximidades destes, para facilitar

a coleta de dados, no período de maio a junho de 2012.

Procedimentos de análise e apresentação dos dados

Os resultados das perguntas fechadas da pesquisa serão analisados quantitativamente,

através da análise estatística simples, codificados, tabulados e digitados em planilhas no

Programa Excel®. Em seguida, se realizará análise descritiva com o auxilio do programa

Statistical Package for Social Science (SPSS, versão 18.0). Os dados serão compilados de

forma a proporcionarem uma análise descritiva quanto a aspectos socioeconômicos,

demográficos, epidemiológicos e culturais da população masculina e feminina.

Quanto aos resultados, em seus aspectos qualitativos, ou seja, respostas de perguntas

abertas, serão analisados através de análise temática de Bardin. A metodologia de

categorização permite a classificação dos elementos de significação constitutivos da

mensagem, sendo, portanto, um método taxionômico bem aceito no intuito de introduzir uma

ordem, segundo certos critérios, na desordem aparente. As fases de análise de conteúdo

organizam-se em torno de três fases: a pré-análise; a exploração do material; e o tratamento

dos resultados, a inferência e a interpretação18.

Critérios Éticos

Este projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC/Brasil e aprovado pelo Parecer nº

50084/2012, e seguiu todos os requisitos da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de

Saúde19, sem conflito de interesse.

Limitações

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11

A pesquisa apresenta viés de seleção de amostragem, pois a amostra será selecionada

por um julgamento de valor, sendo constituida pelos mais acessíveis e viés de memória pois

as informações serão coletadas por meio da recordação da população estudada, no entanto,

relatos da população é a principal forma de verificar experiências. O estudo será realizado em

uma região, portanto a generalização dos resultados para outros regiões é limitada.

Divulgação

Os resultados desta pesquisa serão divulgados em eventos científicos através de

resumos e submissão de artigos para apreciação de revistas científicas. Os resultados ainda

serão repassados para as Secretarias Municipais de Saúde dos municípios participantes da

pesquisa.

Financiamento

A pesquisa não obteve financiamento de órgãos nacionais ou internacionais de

fomento à pesquisa e os custos foram bancados pelos autores.

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Cronograma

Atividades 2011 2012

mai/

jun

jul/a

go

Set/

out

Nov/

dez

Jan/f

ev

Mar/a

br

Mai/

jun

Jul/a

go

Set/

out

Nov

/dez

Definição do grupo de

trabalho, temática,

objeto de pesquisa e

revisão da literatura.

X X

Elaboração do Projeto

de Pesquisa.

X X

Qualificação do

Projeto de Pesquisa.

X

Submissão do Projeto

ao Comitê de Ética e

Pesquisa- CEP.

X

Aguardando parecer

do CEP e organização

da coleta de dados.

X

Coleta de dados X X

Análise e discussão

dos dados.

X X

Elaboração do

relatório final.

X

Apresentação pública

dos resultados da

pesquisa e aprovação.

X

REFERÊNCIAS

1 Braz M. A construção da subjetividade masculina e seu impacto sobre a saúde do homem:

reflexão bioética sobre justiça distributiva. Cienc saúde coletiva, 10(1):97-104, 2005.

2 Laurenti R, Jorge MHPM, Gotlieb SLD. Perfil epidemiológico da morbi-mortalidade

masculina. Cienc saúde coletiva, 10(1):35-46, 2005.

3 Ministério da Saúde. Assistência integral à saúde da mulher: bases da ação programática.

Brasília: Ministério da Saúde; 1984.

4 Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e

diretrizes. Brasília; 2004.

5 Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e

diretrizes. Brasília; 2008.

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6 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios: Um Panorama da Saúde no Brasil - acesso e utilização dos serviços, condições de

saúde e fatores de risco e proteção à saúde 2008. Rio de Janeiro: IBGE; 2009.

7 Vieira EWR. Acesso e utilização dos serviços de saúde de atenção primária em população

rural do município de Jequetinhonha, Minas Gerais. Belo Horizonte: Universidade Federal de

Minas Gerais, Dissertação com vista a obtenção de grau de Mestre em Enfermagem, 2010.

8 Menegat RP, Fontana RT. Condições de trabalho do trabalhador rural e sua interface com o

risco de adoecimento. Ciência cuidad em saúd. 2010; 9(1):52-59.

9 Schwartz E, Lange C, Meincke SMK. A enfermagem e os cuidados à saúde da família rural.

Rev família, saúd e desenvolvimento. 2001; 3(1):48-53.

10 Gomes R, Nascimento EF, Araújo FC. Por que os homens buscam menos os serviçosde

saúde do que as mulheres? As explicações dehomens com baixa escolaridade e homens

comensino superior. Cad saúde públic. 2007; 23(3): 565-574.

11 Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. MS lança Política

Nacional de Saúde do Homem. MS, 2009. Disponivel em:

http://sna.saude.gov.br/noticias.cfm?id=4600

12 Schraiber LB, et al. Necessidades de saúde e masculinidades: atenção primária no cuidado

aos homens. Caderno de Saúde Pública. 2010; 26(5):961-970.

13 Couto MT, et al. O homem na atenção primária à saúde: discutindo (in)visibilidade a partir

da perspectiva de gênero. Comunicação Saúde Educação. 2010;14(33):257-70.

14 Figueiredo W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção

primária. Ciência e Saúde Coletiva. 2005; 10(1):7-17.

15 Almeida AN. A Saúde das Mulheres em Portugal. Anál. Social, 2004; (172): 698-700.

16 Jorge RJB, Sampaio LRL, Diógenes MAR, Mendonça FAC, Sampaio LL. Fatores

associados a não realização periódica do exame papanicolaou. Revista Rene. 2011; 12(3):606-

612.

17 Diehl AA, Paim DCT. Metodologia e técnica de pesquisa em ciências sociais aplicadas.

Passo Fundo: Clio Livros; 2002.

18 Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2009.

19 Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 196 de 10 de Outubro de

1996. Disponivel em: http://conselho.saude.gov.br/ resolucoes/reso_96.htm

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Apêndice A – Instrumento de coleta de dados

QUESTIONÁRIO: Nº ______ DATA DA COLETA ___/____/____

PESQUISADOR:

I – IDENTIFICAÇÃO

Idade: Sexo: Ocupação: Escolaridade:

Local de residência: ( ) Rural

Quantas pessoas residem no domicílio:

Tamanho da Propriedade:

Qual o principal produto de fonte de renda?

Religião:

Descendência étnica:

II – PROCESSO SAÚDE/DOENÇA

1) Nos últimos 2 anos, quantas vezes utilizou os serviços de saúde?

( ) Nenhuma ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ou mais

2) Qual o motivo da procura? ____________________________________________

3) Que tipo de serviço procurou?

( ) Farmácia ( ) Unidade Básica ( ) ESF/Visita Domiciliar ( )Hospital

()Pronto Socorro ( ) Dentista ( ) Psicólogo ( )Outros

Por que escolheu este serviço? __________________________________________________

4) Apresenta alguma doença atualmente?

( ) Não ( ) Sim Qual? ___________________________________________

( ) Em tratamento? _________________________________________________________

5) Além do tratamento, quais outros cuidados? ___________________________________

6) Realizou nos últimos dois anos algum tipo de exame preventivo? ( ) Sim ( ) Não

Se sim quais? Por que realizou? _________________________________________________

( ) Colo Uterino( ) Mama( ) Próstata( ) Colesterol/Triglicerídeos( ) Glicemia

( ) Hipertensão

Se não, por que? _____________________________________________________________

7) Você considera seu estado de saúde:

( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

Por que? ___________________________________________________________________

8) Você apresenta alguma dificuldade para desenvolver as tarefas do dia-a-dia?

( ) Não ( ) Sim. Qual(ais): ________________________________________________

9) Quais as condutas diante de algum mal-estar geral (dor, gripe, resfriado, diarreia,

vômito, etc)?____________________________________________________________

10) Procura o Posto de Saúde com que frequência?

( ) Nunca ( ) 1 vez ao ano ( ) 2 ou mais vezes por ano.

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11) Você procura informações sobre a saúde da mulher/homem?

() Não. Por que? __________________________________________________________

( )Sim. De que forma? ______________________________________________________

III – ESTILO DE VIDA

12) Fumante: ( ) sim ( ) não

13) Quantidade de cigarros por dia: ( ) Até 10 cigarros ( ) de 10 a 20 cigarros

( ) mais de 20 cigarros. Quantos: ___________________________________________

O que fez você fumar? ____________________________________________________

Já tentou parar de fumar? ( ) sim ( ) não

14) Consumo de bebidas alcóolicas:( )Sim ( ) Não.

Se sim, quais tipos:___________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Quantas vezes por semana______________________________________________________

Que quantidade: _____________________________________________________________

O que te fez ou faz ingerir bebidas alcoólicas? _____________________________________

15) Realiza exercícios físicos? ( )Não ( ) 1x p/semana ( ) mais de 1x p/semana

Se sim, quais: ________________________________________________________

Se não, o por quê? ___________________________________________________________

16) Quais alimentos você mais consome no seu dia-a-dia? ___________________________

17) No seu dia-a-dia, existe algo que possa prejudicar sua saúde, hoje ou

futuramente?____________________________________________________________

18) Adota alguma medida para evitar acidentes no dia-a-dia?

( ) Sim. Quais. _____________________________________________________________

( ) Não. Por que? _________________________________________________________

19) Como o senhor / a senhora se cuida para ter saúde?

________________________________________________________________________

20) Além dos Serviços de Saúde, quem mais lhe ajuda?

_________________________________________________________________________

21) Você se sente motivado(a) para cuidar da sua saúde? ( ) Sim ( ) Não

O que o motiva? ____________________________________________________________

22) Quem ou o que atrapalha o seu cuidado com a saúde? ___________________________

23) Em relação aos serviços de saúde do município:

a) Como o senhor/senhora gostaria de ser atendido na unidade básica?

____________________________________________________________________

b) Como o senhor/senhora gostaria que fosse o ambiente da unidade básica?

____________________________________________________________________

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Apêndice B

Termo de Consnentimento Livre e Esclarecido

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – PROPPG

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

EM SERES HUMANOS – CEPSH

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Projeto:

PRÁTICAS DE SAÚDE: COM A PALAVRA HOMENS E MULHERES DO MEIO

RURAL DO EXTREMO OESTE DE SANTA CATARINA

O(A) senhor(a) está sendo convidado a participar de um estudo que visa levantar

dados sobre como os homens e as mulheres residentes na zona rural cuidam de sua

saúde.Trata-se de uma pesquisa vinculada ao trabalho de conclusão de curso de Enfermagem

dos acadêmicos Luciano Marcio Bertasi e Marciane Kessler. Faremos algumas perguntas e as

suas respostas serão escritas em uma folha pelo entrevistador. O(A) senhor(a) não precisa

responder todas as perguntas. O(A) senhor(a) poderá se retirar do estudo a qualquer momento.

Os riscos deste estudo serão mínimos, pois se trata somente de entrevistas.

Será mantido o sigilo em relação ao seu endereço e nome, pois o(a) senhor(a) será

identificado pelas iniciais de seu nome e idade e número do questionário.

Os benefícios e vantagens em participar deste estudo é que o(a) senhor(a) poderá falar

sobre como se cuida e se desejar poderá pedir explicações para determinadas dúvidas, bem

como estará contribuindo com a enfermagem e os serviços de saúde ao mostrar como o

homem que reside na área rural cuida de sua saúde e quais os obstáculos que enfrenta para

viver com mais saúde.

Os acadêmicos Luciano Marcio Bertasi e/ou Marciane Kessler do Curso de

Enfermagem da UDESC farão a entrevista e lhes prestarão todos os esclarecimentos possíveis

durante e após o término da pesquisa.

São responsáveis pelo estudo o Departamento de Enfermagem e o Centro de Educação

Superior do Oeste da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, tendo a professora

Bernadette Kreutz Erdtmann como a pesquisadora responsável.

Solicitamos a vossa autorização para o uso de seus dados para a produção de

artigos técnicos e científicos. A sua privacidade será mantida através da não-

identificação do seu nome.

Agradecemos a vossa participação e colaboração.

PESSOA PARA CONTATO: Bernadette Kreutz Erdtmann – (endereço e número de telefone

para contato da residência e instituição)

TERMO DE CONSENTIMENTO Declaro que fui informado sobre todos os procedimentos da pesquisa e, que recebi de forma clara e

objetiva todas as explicações pertinentes ao projeto e, que todos os dados a meu respeito serão

sigilosos. Eu compreendo que neste estudo, as medições dos experimentos/procedimentos de

tratamento serão feitas em mim.

Declaro que fui informado que posso me retirar do estudo a qualquer momento.

Nome(extenso) _________________________________________________________ .

Assinatura _____________________________________ Palmitos, SC____/____/____ .

Assinatura da pesquisadora responsável Bernadette Kreutz Erdtmann