proteções coletivas - modelo de dimensionamento de um sistema de guarda-corpo
TRANSCRIPT
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M I N I S T R I O
FUNDACENTRO
DO TRABALHO E EMPREGO
DE SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHOFUNDAO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO
SANTA CATARINA
Modelo deModelo deDimensionamentode um Sistema dede um Sistema de
Guarda-Corpo
PROTEESCOLETIVAS
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Protees Coletivas
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PROTEES COLETIVAS
Modelo de Dimensionamento de um Sistema de Guarda-Corpo
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Protees Coletivas
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Presidente da Repblica Luiz Incio Lula da Silva
Ministro do Trabalho e Emprego Ricardo Berzoini
FUNDACENTRO
Presidenta Rosiver Pavan
Diretor Executivo Antnio Roberto Lambertucci
Diretora Tcnica Arline Sydneia Abel Arcuri
Diretora de Administrao e Finanas Renata Maria Celeguim
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Protees Coletivas
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PROTEES COLETIVAS Modelo de Dimensionamento de um
Sistema de Guarda-Corpo
Coordenao da Pesquisa
Artur Carlos da Silva Moreira Engenheiro de Segurana do Trabalho do Centro Estadual de Santa Catarina Mestre em Engenharia de Produo
Pesquisa
Artur Carlos da Silva Moreira
Gracieli Scarpini
Janaina Clasen
M I N I S T R I ODO TRABALHO E EMPREGO
DE SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHOFUNDAO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO
2004
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Protees Coletivas
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Protees coletivas: modelo de dimensionamento de um sistema de guarda-corpo. Artur Carlos da Silva Moreira. Coordenador. Pesquisadoras. Gracieli Scarpini; Janaina Clasen. So Paulo: Fundacentro, 2004.
39 p. 23cm.
ISBN 85-98117-02-1
1. Sistema de guarda-corpo. 2. Segurana do trabalho. 3. Indstria da construo. I. Artur Carlos da Silva Moreira (coordenador). II. Gracieli Scarpini. III. Janaina Clasen. IV. Ttulo.
CIS/OIT As Xib Safr
Catalogao na Fonte: CDB/Fundacentro
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Protees Coletivas
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APRESENTAO
A reviso da Norma Regulamentadora n 18, publicada no Dirio
Oficial da Unio em 07/07/95, significou um enorme avano na busca da
melhoria das condies de segurana na indstria da construo, reduzindo
o nmero de acidentes de trabalho e doenas profissionais e contribuindo
para diminuir o agravo do quadro social conseqente desses infortnios.
Dos avanos encontrados na NR 18, pode-se destacar a exigncia
de protees coletivas onde haja possibilidade de quedas de altura, bem
como a insero do conceito do sistema de guarda-corpo e rodap, que
dever ser usado em andaimes, periferia das lajes, lajes, passarelas, vos de
elevadores, entre outros.
Outro ponto destacvel em relao ao Programa sobre
Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo -
PCMAT, que integrado tambm pelo projeto das protees coletivas em
conformidade com as etapas da execuo da obra.
Dentre os objetivos principais desta publicao est o de enfatizar
a real importncia do correto dimensionamento das protees coletivas e
proporcionar; s empresas e profissionais, metodologias para o clculo de
sistemas de guarda-corpo utilizados na indstria da construo.
No se pretende com este trabalho substituir a responsabilidade
do profissional legalmente habilitado, como prev a NR 18, mas sim
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Protees Coletivas
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colaborar com o entendimento de uma metodologia para o clculo de tal
proteo coletiva.
Convm ressaltar que este trabalho merece complementao,
podendo ainda serem estudados outros materiais, ou a combinao de
vrios materiais para a confeco dos guarda-corpos.
Agradecemos desde j o auxlio da UFSC - Universidade Federal
de Santa Catarina, na pessoa do professor Carlos Alberto Szcs, da
UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina e do grupo do PROESIC
- Programa de Engenharia de Segurana na Indstria da Construo da
FUNDACENTRO.
Eng Artur Carlos da Silva Moreira
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Protees Coletivas
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SUMRIO
1 INTRODUO ..................................................................................................... 9
2 METODOLOGIA PARA CLCULO DE PROTEES COLETIVAS ............. 10
2.1 Dimensionamento das Travessas ................................................................ 12
2.2 Dimensionamento dos Montantes .............................................................. 16
2.3 Dimensionamento da Mo Francesa .......................................................... 17
3 EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE GUARDA-CORPO....................... 20
3.1 Dados Especficos da Madeira..................................................................... 21
3.2 Dimensionamento das Travessas Intermedirias e Superiores ................. 21
3.2.1 Cargas .............................................................................................. 21
3.2.2 Esforos ............................................................................................ 21
3.2.3 Dimensionamento............................................................................ 22
3.2.3.1 Seo 5,0 x 15,0 cm ............................................................ 22
3.3 Dimensionamento das Travessas Superiores Complementares ................ 24
3.3.1 Cargas .............................................................................................. 24
3.3.2 Esforos ............................................................................................ 25
3.3.3 Dimensionamento............................................................................ 25
3.3.3.1 Seo 5,0 x 15,0 cm ............................................................ 25
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Protees Coletivas
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3.4 Dimensionamento dos Montantes .............................................................. 27
3.4.1 Cargas .............................................................................................. 27
3.4.2 Esforos ............................................................................................ 28
3.4.3 Dimensionamento............................................................................ 28
3.4.3.1 Seo 5,0 x 15,0 cm ............................................................ 28
3.5 Dimensionamento da Mo Francesa .......................................................... 29
3.5.1 Cargas .............................................................................................. 29
3.5.2 Esforos ............................................................................................ 29
3.5.3 Dimensionamento............................................................................ 29
3.5.3.1 Seo 5,0 x 15,0 cm ............................................................ 29
4 RESULTADO FINAL DO DIMENSIONAMENTO .......................................... 31
5 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................. 38
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Protees Coletivas
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1 INTRODUO
Diversos profissionais j questionaram quanto existncia de
padres para sistemas de guarda-corpo e rodap, alegando dificuldades
quanto metodologia para o clculo dessas protees. Em funo desta
demanda, sentimos a necessidade de propor uma metodologia de clculo
para dimensionamento de sistemas de guarda-corpo.
Neste primeiro momento, iremos trabalhar com o guarda-corpo
construdo com trs tipos diferentes de madeiras (Eucalipto, Pinus e Pinho).
Em um segundo estudo a ser publicado posteriormente, estudaremos os
guarda-corpos metlicos.
No Captulo 2 ser apresentada a metodologia utilizada para o
dimensionamento, bem como as caractersticas do sistema de
guarda-corpo utilizado.
O Captulo 3 contm um exemplo de dimensionamento deste
sistema de guarda-corpo, utilizando como exemplo um determinado tipo
de madeira com sees e distncias definidas.
Como concluso deste estudo, pode-se observar no Captulo 4 o
resultado final do dimensionamento para diversos tipos de madeiras,
distncia entre montantes e sees utilizadas nos elementos que compem o
sistema de guarda-corpo.
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Protees Coletivas
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2 METODOLOGIA PARA CLCULO DE PROTEES COLETIVAS
A metodologia para clculo de um sistema de guarda-corpo e
rodap ser aquela prevista na Norma NBR-7190 da Associao Brasileira
de Normas Tcnicas ABNT, que trata a madeira segundo a teoria clssica
da resistncia dos materiais.
O dimensionamento das estruturas ser feito pelo mtodo das
tenses admissveis, que seguir o seguinte roteiro:
Determinao da tenso atuante ou tenso de servio;
Determinao da tenso admissvel;
Verificao do dimensionamento (a tenso de servio dever ser menor
que a tenso admissvel).
Para fins de dimensionamento usaremos os dados da Norma
NBR-6120 Aes de Cargas nas Estruturas, que estabelece que o guarda-
corpo deve suportar um esforo de 80 Kgf/m (oitenta quilogramas-fora
por metro linear).
Quanto s caractersticas do sistema guarda-corpo e rodap
importante destacar:
a) A altura dos montantes ser constante, no valor de 1,20 m, conforme
prev a NR 18;
b) Os clculos sero realizados para 05 (cinco) distncias entre montantes:
1,00 m, 1,25 m, 1,50 m, 1,75 m e 2,00 m.
c) Estas dimenses podero ser vistas no exemplo de clculo do captulo 3 e
na tabela de dimensionamento do clculo do captulo 4.
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Protees Coletivas
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Diversos so os tipos de madeiras e as dimenses comerciais1
encontradas nas diversas regies do Brasil. Sugerimos ento para os tipos
de madeira em estudo, algumas sees que podero ou no ser utilizadas,
dependendo da distncia entre montantes a ser considerada.
De modo a facilitar a seqncia de clculos, bem como seu
entendimento, dividiremos o sistema de guarda-corpo em elementos
distintos, conforme pode-se observar na figura abaixo:
1 A Norma NBR-7203 Madeira serrada e beneficiada, determina de forma muito vaga as espessuras das tbuas, pois trabalha em funo de faixas de valores, o que no satisfaz nossa necessidade.
Figura 1 Elementos do Sistema de Guarda-Corpo Vista Frontal.
Travessa Superior Complementar
Travessa Superior
Travessa Intermediria
Montantes
Varivel
Rodap
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Protees Coletivas
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2.1 Dimensionamento das Travessas
Flexo simples
Tenso Normal (Tenso Normal s fibras da madeira)
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
onde:
M = Momento Fletor
y= Centro de Gravidade da pea
I = Momento de Inrcia da pea, ou seja,
Figura 2 Elementos do Sistema de Guarda-Corpo Perspectiva.
IyMs
f=
12
3hbI =
Travessa Superior Complementar
Travessa Superior
Mo Francesa
Montante
Rodap
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Protees Coletivas
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Tenso Admissvel
A NBR7190 define a tenso admissvel como 15% da tenso
mdia de ruptura da madeira.
onde:
= Tenso limite de resistncia da madeira
Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel
Tenso de Cisalhamento
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
onde:
V = Esforo Cortante
Ms = Momento Esttico da seo transversal, relativo ao plano de
cisalhamento que est sendo analisado
b0 = Largura da seo transversal contida no plano de cisalhamento que
est sendo analisado
I = Momento de Inrcia, ou seja,
rupf
rupf = 15,0
rupf
IbMsV
fs
=0
12
3hbI =
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Protees Coletivas
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Tenso Admissvel
onde:
= Tenso limite de resistncia da madeira ao cisalhamento
Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel
Flecha
A flecha ocorre devido a deformao da viga, podendo ser
analisada sob os aspectos das cargas permanentes e cargas acidentais.
Cargas Acidentais (cargas temporrias)
Cargas Permanentes (cargas de longa durao e que esto
permanentemente fazendo parte da estrutura).
Flecha Atuante
a) Carga Permanente
onde:
qper = carga permanente
L = comprimento do vo
Efmv = Mdulo de Elasticidade
I = Momento de Inrcia
rupf
rupf = 15,0
rupf
IELq
fmv
fper
per =
3845
23 4
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Protees Coletivas
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b) Carga Acidental
onde:
qaci = carga acidental
L = comprimento do vo
Efmv = Mdulo de Elasticidade
I = Momento de Inrcia
A soma da parcela referente ao carregamento permanente com a
parcela referente ao carregamento acidental, dar a flecha total atuante.
Flecha Admissvel
onde:
L = Vo da pea
Verificao de Dimensionamento
ftotal < fadmissvel
(fper + faci) < fadmissvel
Como o valor da carga acidental muito maior que a carga
permanente, no utilizaremos esta ltima, por ser desprezvel.
A verificao do dimensionamento feita para avaliar se os valores
obtidos satisfazem ou no as condies previstas. Com a verificao feita
IELqf
mvf
aciaci
=384
5 4
350Lfadm =
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Protees Coletivas
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saberemos se a seo transversal empregada resistir aos esforos a que
estar submetida. A espcie botnica da madeira tambm dever ser levada
em considerao, pois cada espcie tem caractersticas mecnicas de ruptura
diferentes.
O dimensionamento s ser seguro se essas trs verificaes
(Tenso Normal seo transversal, Tenso de Cisalhamento e Flecha)
forem atendidas.
2.2 Dimensionamento dos Montantes
Flexo
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
onde:
M = Momento Fletor
y= Centro de Gravidade da pea
I = Momento de Inrcia da pea, ou seja,
Tenso Admissvel
A NBR7190 define a tenso admissvel como 15% da tenso
mdia de ruptura da madeira.
IyMs
f=
12
3hbI =
rupf
rupf = 15,0
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Protees Coletivas
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onde:
= Tenso limite de resistncia da madeira
Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel
2.3 Dimensionamento da Mo Francesa
Em funo da esbeltez da pea, a NBR-7190, considera trs
situaes de peas submetidas compresso paralela s fibras da madeira:
Pea Curta (PC) = 0 < 40 Pea Intermediria (PI) = 40 0 Pea Longa (PL) = 0 140
A esbeltez mxima permitida para peas de madeira igual a 140.
O procedimento para verificao da esbeltez o que segue:
a) ndice de esbeltez da zona comprimida
, onde:
I = momento de inrcia
S = rea da seo transversal
lfl = comprimento de flambagem
rupf
sI
llf=
-
Protees Coletivas
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b) 0
E = mdulo de elasticidade longitudinal da madeira
cp = tenso limite de resistncia compresso
Conhecidos estes valores, pode-se determinar o intervalo em que
a pea se encontra, e proceder seu respectivo dimensionamento.
Pea Curta (PC)
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
onde:
P = carga atuante na mo francesa onde:
F = carga atuante no montante
s = rea da seo transversal da pea
Tenso Admissvel
onde:
= tenso limite de resistncia compresso
cp
E
= 83 2
0
sPs
cp =
45cosFP =
rupcp
scp = 20,0
rupcp
-
Protees Coletivas
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Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel
Pea Intermediria (PI)
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
onde
P = carga atuante na mo francesa
F = carga atuante no montante
s = rea da seo transversal da pea
Tenso Admissvel
onde:
= tenso admissvel do caso de PC
Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel
sPs
cp =
45cosFP =
=
4040
311
0 cpPIcp
cp
-
Protees Coletivas
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Pea Longa (PL)
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
onde:
P = carga atuante na mo francesa
F = carga atuante no montante
s = rea da seo transversal da pea
Tenso Admissvel
onde :
E = mdulo de elasticidade longitudinal da madeira
= ndice de esbeltez
Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel
3 EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE GUARDA-CORPO
Neste captulo exemplificaremos o dimensionamento de um
sistema de guarda-corpo, utilizando como material madeira de eucalipto. A
distncia entre montantes utilizada ser 1,50m e a seo de cada
sPs
cp =
45cosFP =
2
2
4
= EPLcp
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Protees Coletivas
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componente do sistema de guarda-corpo (montantes, travessas, rodap e
mo-francesa) ser 5,0cm x 15,0cm.
3.1 Dados Especficos da Madeira
MADEIRA: EUCALIPTO TERETICORNIS (PROCEDNCIA RIO CLARO SP)
unidades dados
Peso especfico a 15% de umidade - 15% g/cm3 0,95 Mdulo de Elasticidade Longitudinal - Efmv MPa 13320
Tenso Limite de Resistncia Compresso Paralelo - cprup MPa 53 Tenso Limite de Resistncia Trao Paralelo ou Flexo - tprup MPa 127 Tenso Limite de Resistncia Cisalhamento - cisrup MPa 14
Tabela 1 Dados especficos da madeira
3.2 Dimensionamento das Travessas Intermedirias e Superiores
Comprimento: 1,50 m
3.2.1 Cargas
De acordo com a Norma NBR6120, o sistema de guarda-corpo
deve suportar um esforo de 80 kgf/m (carga acidental). Como a carga
permanente da estrutura praticamente desprezvel (2 x 10-8 kgf/m), o
sistema de guarda-corpo ser dimensionado em funo de um esforo de 80
kgf/m.
3.2.2 Esforos
Momento Fletor (M)
M = 225 N.m
Esforo Cortante (V)
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Protees Coletivas
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V = 600 N
3.2.3 Dimensionamento
3.2.3.1 Seo 5,0 x 15,0 cm
Flexo simples
Tenso Normal
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
Tenso Admissvel
Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel 3,60 MPa < 19,05 MPa
IyMs
f=
66 1060,310562,1)025,0225( =
= sf
=sf
rupf
rupf = 15,0
)10127(15,0 6=rupf
MParupf 05,19=
3,60 MPa
19,05 MPa
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Protees Coletivas
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Tenso de Cisalhamento
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
Tenso Admissvel
Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel 0,24 MPa < 1,4 MPa
Flecha
Efmv = 13320 MPa
Flecha Atuante
IbMsV
fs
=0
)10562,1(075,0)1069,4(6006
5
=fs
MPaPafs 24,01024,0 6 ==
rupcis
sf = 10,0
)1014(10,0 6=sf
MPasf 4,1=
IELqtotalf
mvf
=3845 4
-
Protees Coletivas
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Flecha Admissvel
Verificao de Dimensionamento
fatuante < fadmissvel
2,53 x 10-3 < 4,28 x 10-3
3.3 Dimensionamento das Travessas Superiores Complementares
Comprimento: 1,50 m
3.3.1 Cargas
De acordo com a Norma NBR6120, o sistema de guarda-corpo
deve suportar um esforo de 80 kgf/m (carga acidental). Como a carga
permanente da estrutura praticamente desprezvel (2 x 10-8 kgf/m), o
sistema de guarda-corpo ser dimensionado em funo de um esforo de
80 kgf/m.
)10562,1()1013320(384)5,1()800(5
66
4
=f
mf 31053,2 =
350Lfadm =
3505,1=admf
mfadm31028,4 =
-
Protees Coletivas
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3.3.2 Esforos
Momento Fletor (M)
M = 225 N.m
Esforo Cortante (V)
V = 600 N
3.3.3 Dimensionamento
3.3.3.1 Seo 5,0 x 15,0 cm
Flexo simples
Tenso Normal
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
Tenso Admissvel
IyMs
f=
66 1020,11006,14)075,0225( =
= sf
=sf MPa20,1
rupf
rupf = 15,0
)10127(15,0 6=rupf
MParupf 05,19=
-
Protees Coletivas
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Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel 1,20 MPa < 19,05 MPa
Tenso de Cisalhamento
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
Tenso Admissvel
Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel 0,120 MPa < 1,4 MPa
Flecha
Efmv = 13320 MPa
IbMsV
fs
=0
)1006,14(05,0)1006,14(600
6
5
=fs
MPaPafs 40,110120,0 6 ==
rupcis
sf = 10,0
)1014(10,0 6=sf
MPasf 4,1=
-
Protees Coletivas
- 27 -
Flecha Atuante
Flecha Admissvel
Verificao de Dimensionamento
fatuante < fadmissvel
0,282 x 10-3 < 4,286 x 10-3
3.4 Dimensionamento dos Montantes
Comprimento: 1,50 m
3.4.1 Cargas
De acordo com a NR 18: Condies e Meio Ambiente do Trabalho na
Indstria da Construo, os guarda-corpos sero compostos por travessa
superior a 1,20 m, travessa intermediria a 0,70 m e rodap de 0,20 m,
alm do fechamento com tela.
IELqtotalf
mvf
=3845 4
)1006,14()1013320(384)5,1()800(5
66
4
=f
mf 310282,0 =
350Lfadm =
3505,1=admf
mfadm310286,4 =
-
Protees Coletivas
- 28 -
3.4.2 Esforos
Momento Fletor (M)
M = 1440 N.m
3.4.3 Dimensionamento
3.4.3.1 Seo 5,0 x 15,0 cm
Compresso Simples
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
Tenso Admissvel
Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel 7,68 MPa < 19,05 MPa
IyMs
f=
66 1068,71006,14
)075,01440( == sf
=sf MPa68,7
rupf
rupf = 15,0
)10127(15,0 6=rupf
MParupf 05,19=
-
Protees Coletivas
- 29 -
3.5 Dimensionamento da Mo Francesa
Comprimento: 1,50 m
3.5.1 Cargas
F = 120 kg
3.5.2 Esforos
3.5.3 Dimensionamento
3.5.3.1 Seo 5,0 x 15,0 cm
ndice de esbeltez da zona comprimida
, onde:
I = momento de inrcia = 1,562 x 10-6 m4
S = rea da seo transversal = 0,0075 m2
lfl = comprimento de flambagem = 1,70 m
= 117,8
45cosFP =
45cos120=P
NP 06,1697=
sI
llf=
0075,010562,1
70,16=
-
Protees Coletivas
- 30 -
= 30,5
Como , temos Pea Longa.
Tenso Atuante ou Tenso de Servio
Tenso Admissvel
Verificao de Dimensionamento
atuante < admissvel 0,2263 MPa < 2,37 Mpa
cp
E
= 83 2
0
1400
sPs
cp =
0075,006,1697=scp
=scp 26 /102263,0 mN=scp MPa2263,0
2
2
4
= EPLcp
2
62
)8,117(4)1013320()1415,3(
=PLcp
MPaPLcp61037,2 =
-
Protees Coletivas
- 31 -
4 RESULTADO FINAL DO DIMENSIONAMENTO
Neste captulo apresentaremos o dimensionamento final realizado
para alguns tipos de madeira (Eucalipto, Pinus e Pinho), algumas distncias
entre montantes e vrias sees utilizadas para os componentes do sistema
de guarda-corpo (montantes, travessas, rodap e mo-francesa).
-
Protees C
oletivas
RESULTADO FINAL DO DIMENSIONAMENTO
TRAVESSA SUPERIOR E INTERMEDIRIA SEES RECOMENDADAS
SEES (cm)
EUCALIPTO TERETICORNIS PINUS ELIOTTI PINHO BRASILEIRO
Distncia entre Montantes (m) Distncia entre Montantes (m) Distncia entre Montantes (m)
1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 1,00 1,25 1,50 1,75 2,0
3,0 x 15,0 sim no no no no no no no no no sim no no no no
3,0 x 20,0 sim no no no no no no no no no sim no no no no
5,0 x 10,0 sim sim sim no no sim sim no no no sim sim sim no no
5,0 x 11,5 sim sim sim no no sim sim no no no sim sim sim no no
5,0 x 15,0 sim sim sim sim no sim sim no no no sim sim sim sim no
5,0 x 20,0 sim sim sim sim no sim sim sim no no sim sim sim sim no
7,5 x 10,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim no sim sim sim sim sim
7,5 x 11,5 sim sim sim sim sim sim sim sim sim no sim sim sim sim sim
7,5 x 15,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
7,5 x 20,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
- 32 -
-
Protees C
oletivas
RESULTADO FINAL DO DIMENSIONAMENTO
TRAVESSA SUPERIOR COMPLEMENTAR SEES RECOMENDADAS
SEES (cm)
EUCALIPTO TERETICORNIS PINUS ELIOTTI PINHO BRASILEIRO
Distncia entre Montantes (m) Distncia entre Montantes (m)
1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 1,00 1,25 1,50 1,75 2,0
2,5 x 10,0 sim sim sim sim no sim sim sim no no sim sim sim sim no
2,5 x 11,5 sim sim sim sim sim sim sim sim sim no sim sim sim sim sim
2,5 x 15,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
2,5 x 20,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
3,0 x 15,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
3,0 x 20,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
5,0 x 10,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
5,0 x 11,5 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
5,0 x 15,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
5,0 x 20,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
7,5 x 10,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
7,5 x 11,5 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
7,5 x 15,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
7,5 x 20,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
Distncia entre Montantes (m)
- 33 -
-
Protees C
oletivas
RESULTADO FINAL DO DIMENSIONAMENTO
MONTANTES SEES RECOMENDADAS
SEES (cm)
EUCALIPTO TERETICORNIS PINUS ELIOTTI PINHO BRASILEIRO
Distncia entre Montantes (m) Distncia entre Montantes (m)
1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 1,00 1,25 1,50 1,75 2,0
3,0 x 15,0 sim sim sim sim sim no no no no no sim sim no no no
3,0 x 20,0 sim sim sim sim sim sim sim sim no no sim sim sim sim sim
5,0 x 10,0 sim sim sim no no no no no no no no no no no no
5,0 x 11,5 sim sim sim sim sim no no no no no sim no no no no
5,0 x 15,0 sim sim sim sim sim sim sim no no no sim sim sim sim sim
5,0 x 20,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
7,5 x 10,0 sim sim sim sim sim no no no no no sim no no no no
7,5 x 11,5 sim sim sim sim sim sim sim no no no sim sim sim sim no
7,5 x 15,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
7,5 x 20,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
8,0 x 8,0 sim sim sim sim no no no no no no sim sim no no no
8,0 x 10,0 sim sim sim sim sim sim sim no no no sim sim sim sim no
10,0 x 10,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
12,0 x 12,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
Distncia entre Montantes (m)
- 34 -
-
Protees C
oletivas
RESULTADO FINAL DO DIMENSIONAMENTO
MO-FRANCESA SEES RECOMENDADAS
SEES (cm)
EUCALIPTO TERETICORNIS PINUS ELIOTTI PINHO BRASILEIRO
Distncia entre Montantes (m) Distncia entre Montantes (m) Distncia entre Montantes (m)
1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 1,00 1,25 1,50 1,75 2,0
5,0 x 10,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
5,0 x 11,5 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
5,0 x 15,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
5,0 x 20,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
6,0 x 6,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
7,5 x 10,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
7,5 x 11,5 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
7,5 x 15,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
7,5 x 20,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
8,0 x 8,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
8,0 x 10,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
10,0 x 10,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
12,0 x 12,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
- 35 -
-
Protees C
oletivas
RESULTADO FINAL DO DIMENSIONAMENTO
RODAP SEES RECOMENDADAS
SEES (cm)
EUCALIPTO TERETICORNIS PINUS ELIOTTI PINHO BRASILEIRO
Distncia entre Montantes (m) Distncia entre Montantes (m) Distncia entre Montantes (m)
1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 1,00 1,25 1,50 1,75 2,00 1,00 1,25 1,50 1,75 2,0
3,0 x 20,0 sim no no no no no no no no no sim no no no no
5,0 x 20,0 sim sim sim sim no sim sim sim no no sim sim sim sim no
7,5 x 20,0 sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim sim
- 36 -
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5 BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Aes de cargas
nas estruturas: NBR-6120. Rio de Janeiro, 1980.
ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Aes nas
estruturas, propriedades da madeira e dimensionamento nos estados
limites de utilizao: NBR-7190. Rio de Janeiros, 1997, 107p.
ATLAS. Segurana e medicina do trabalho. 50. Ed. So Paulo: Atlas, 2002.
696p.
MOLITERNO, Antnio. Caderno de projetos de telhados em estruturas de
madeira. 2. Ed. So Paulo: Edgard Blcher, 1987, 462p.
SZCS, Carlos Alberto. A Madeira nas estruturas. 1995, 32 p. Notas de
Aula.
VIEIRA, Marcelino Fernandes (Coord.). Recomendao tcnica de
procedimentos: medidas de proteo contra quedas de altura. So Paulo:
FUNDACENTRO, 1999, 33 p.
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Protees Coletivas
-
Sobre o livro Composto em Baskerville 11/14 em papel offset 90g/m (miolo) e papel couch 180g/m (capa) no
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Protees Coletivas
Capa.pdfProtecColetivas1.pdfTabelas.pdfProtecColetivas2.pdf