projeto proredes bndes

67
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTÃO E PARTICIPAÇÃO CIDADÃ PROGRAMA DE APOIO À RETOMADA DO DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROREDES - BNDES Porto Alegre, 14 de dezembro de 2011.

Upload: hamien

Post on 01-Feb-2017

226 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    PROGRAMA DE APOIO

    RETOMADA DO DESENVOLVIMENTO DO

    ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    PROREDES - BNDES

    Porto Alegre, 14 de dezembro de 2011.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    2

    SUMRIO

    1 CARACTERIZAO ................................................................................................................................................... 3

    1.1 Descrio ............................................................................................................................................................ 3

    1.2 Estratgia Corporativa ..................................................................................................................................... 14

    1.3 Gesto ............................................................................................................................................................... 19

    2 PROREDES BNDES ................................................................................................................................................. 21

    2.1 Objetivos do programa .................................................................................................................................... 21

    2.1.1 Objetivo geral ............................................................................................................................................ 21

    2.1.2 Objetivos especficos ............................................................................................................................... 21

    2.2 Descrio do Programa ................................................................................................................................... 22

    2.2.1 Descrio das intervenes do PROREDES BNDES ............................................................................ 23

    2.2.2 Gesto do PROREDES BNDES ................................................................................................................ 43

    2.2.3 Descrio das intervenes do projeto .................................................................................................. 44

    2.2.4 Metodologia de estimativa do oramento .............................................................................................. 49

    2.2.5 Cronogramas fsico-financeiros de implantao do PROREDES BNDES ........................................... 52

    2.3 Usos e Fontes ................................................................................................................................................... 57

    2.4 Gerao de empregos ..................................................................................................................................... 59

    2.5 Impactos sociais e regionais do projeto ........................................................................................................ 59

    3 ASPECTOS ECONMICO-FINANCEIROS .............................................................................................................. 60

    3.1 Documentos necessrios anlise financeira da operao ....................................................................... 60

    4 ASPECTOS JURDICOS .......................................................................................................................................... 60

    4.1 Documentos necessrios anlise jurdica da operao............................................................................ 60

    4.2 Aspectos ambientais, fundirios e licitatrios .............................................................................................. 61

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    3

    1 CARACTERIZAO

    1.1 Descrio

    a. Identificao

    Razo Social:

    ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica:

    CNPJ n 87.934.675/0001-96

    Endereo:

    Praa Marechal Deodoro, s/n, Bairro Centro

    90010-282 Porto Alegre RS

    Endereo para correspondncia:

    Av. Borges de Medeiros, 1501, 9 andar Bairro Praia de Belas

    90119-900 Porto Alegre RS

    Responsvel:

    Secretrio de Estado: Joo Constantino Pavani Motta

    Secretaria do Planejamento, Gesto e Participao Cidad (SEPLAG)

    Pessoa para contato:

    Diretora Margareth Vasata

    Telefone: (51) 3288 1446 Fax: (51) 3288 1435

    E-mail: [email protected]

    b. Indicadores econmicos e sociais

    O Rio Grande do Sul a quarta economia do pas. Segundo dados da Fundao

    de Economia e Estatstica Siegfried Emanuel Heuser (FEE), em 2010, o estado

    respondeu por 6,52% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, superado apenas por So

    Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Apesar de significativa, essa participao vem

    decaindo, conforme se apresenta no grfico a seguir.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    4

    Participao do PIB do Rio Grande do Sul no Brasil (%) 2002 a 2010

    Fonte: IBGE/CCN; FEE/NCS (1) Estimativas preliminares

    Os dados da FEE sobre 2010 apontam um PIB de R$ 228,3 bilhes para o estado,

    com crescimento de 7,8% em relao ao ano anterior. Cabe destacar que esse

    crescimento refere-se a uma base baixa, dado o mau desempenho apresentado em

    2009.

    O Rio Grande do Sul ocupa uma boa posio com relao ao PIB per capita

    nacional, apresentando, em 2009, segundo dados da FEE, o valor de R$ 18,9 mil,

    aproximadamente, 14% acima da mdia nacional, que de R$ 16,6 mil. Isso est

    relacionado ao fato de o estado apresentar a menor taxa de crescimento demogrfico do

    pas: segundo dados da Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (2007),

    enquanto o Brasil tem crescido a uma mdia anual de 1,21%, a populao gacha

    cresceu 0,57%.

    Com a quinta maior populao entre os estados brasileiros, o Rio Grande do Sul

    possui 10,7 milhes de habitantes. Sinteticamente, essa populao se distribui em uma

    regio metropolitana e uma rede de cidades de mdio porte que, na maioria dos casos,

    polarizam suas respectivas regies sob os aspectos econmicos e sociais.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    5

    Distribuio da Populao no Rio Grande do Sul

    Segundo o Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA), o estado conta com

    um ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,814 (posio de 2000), o quarto entre

    os estados brasileiros. Comparativamente ao ano de 1991, primeiro ano de apurao do

    IDH, o Rio Grande do Sul figura entre os cinco estados que alcanaram o patamar de

    alto desenvolvimento.

    Regionalmente, a FEE calcula o ndice de Desenvolvimento Socioeconmico

    (IDESE). Alm de considerar os blocos de educao, renda e sade, como no IDH, o

    IDESE trabalha com o bloco adicional de condies de saneamento e domiclio e um

    conjunto de 12 indicadores. O IDESE do Rio Grande do Sul, para o ano de 2007, foi de

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    6

    0,7701, considerado de mdio desenvolvimento

    2. Mesmo assim, a trajetria de

    desenvolvimento humano medida pelo ndice demonstra um comportamento evolutivo

    linear, que aproxima o estado da faixa de alto desenvolvimento.

    IDESE do Rio Grande do Sul - 2000-2007

    Fonte: FEE

    O Rio Grande do Sul ocupa a quinta posio no ranking da renda domiciliar per

    capita desde 2006, segundo dados do IPEA. Em perodo recente, nos anos de 2005 e

    2009, a taxa de crescimento da renda domiciliar per capita foi a terceira maior dentre as

    27 unidades da federao, apresentando crescimento mdio anual de 5,03%.

    Com relao economia gacha, embora a estrutura setorial do Valor Adicionado

    Bruto (VAB) confirme a forte participao do setor de servios, possvel afirmar que a

    economia no estado impulsionada por dois setores hegemnicos: a agropecuria e a

    indstria de transformao.

    O setor agropecurio apresentou, em 2009, uma participao de 10,2% da

    estrutura do VAB, com forte associao com o setor agroindustrial. De acordo com

    estudos existentes3, se somadas s atividades agroindustriais, essa participao chega a

    1 Pelo IDESE, os municpios podem ser classificados em trs grupos: baixo desenvolvimento (ndices at 0,499),

    mdio desenvolvimento (entre 0,500 e 0,799) e alto desenvolvimento (maiores que 0,800). 2 A discrepncia entre o IDESE e o IDH se explica pela incluso do bloco de indicadores de Saneamento e Domiclio.

    3 Rumos 2015, disponvel em www.seplag.rs.gov.br.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    7

    30% da estrutura econmica, alm de ser o setor econmico mais desconcentrado no

    territrio.

    O setor industrial tambm possui grande relevncia na economia gacha, havendo

    respondido por 24,6% do VAB de 2009, destacando-se a indstria de transformao, que

    participa com pouco menos de 20% do VAB. Os setores que mais se desenvolveram

    foram o de mecnica e o de produtos alimentcios.

    Estrutura do PIB do Rio Grande do Sul - 2009

    Fonte: FEE

    c. Expectativa dos principais investimentos pblicos e privados

    Os principais investimentos pblicos previstos para o estado nos prximos anos

    esto indicados nos quadros abaixo, que tomam como referncia o projeto de Lei do

    Oramento Geral da Unio para 2012 e o Plano Plurianual Participativo 2012-2015 do

    Estado do Rio Grande do Sul.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    8

    Total Despesas

    de Capital (R$)

    Melhorias no Porto de Rio Grande 81.450.000

    Construo de trechos rodovirios (BR 448, BR 470, BR 285) 327.162.842

    Adequao de trechos rodovirios (BR 116, BR 386, BR 153, BR 392, BR 285, BR 101) 513.012.024

    Manuteno de rodovias 392.500.000

    Canal de navegao do Mercosul 10.000.000

    Expanso e Melhorias do Sistema de Trem Urbano de Porto Alegre (TRENSURB) 144.089.771

    Construo de Barragens (Bag, Arroio Taquaremb, Arroio Jaguari) 13.780.000

    Construo de canal de irrigao (Jaguari, Taquaremb) 1.000.000

    Expanso de irrigao (Arroio Duro) 15.000.000

    1.497.994.637

    IRRIGAO

    PRINCIPAIS INVESTIMENTOS PBLICOS

    Projeto de Lei do Oramento Geral da Unio - 2012

    Total Geral

    TRANSPORTES

    Fonte: PLOGU 2012, Cmara dos Deputados.

    Elaborao: DECAP/SEPLAG, 2011.

    Total de

    Despesas de

    Capital

    Construo de acesso municipais 824.323.401

    Construo de rodovias 200.000.000

    Restaurao de pavimentos 459.903.793

    Ampliao capacidade de rodovias 492.014.255

    Conservao e manuteno de rodovias 90.000.000

    Expanso da Gerao - Energia Eltrica 559.109.075

    Expanso da Transmisso - Energia Eltrica 384.552.450

    Expanso, renovao e melhoria das instalaes de redes de distribuio 534.752.395

    Expanso, renovao e melhoria das instalaes de subtransmisso 512.163.806

    Expanso da minerao do carvo - Depende do Leilo A-5 782.000.000

    Ampliao da distribuio de gs natural 197.266.788

    Expanso e Melhorias do Sistema de Abastecimento de gua 565.256.657

    Expanso e Melhorias do Sistema de Esgotamento Sanitrio 944.764.471

    Produo de aes habitacionais 293.235.324

    Regularizao fundiria e reassentamento em reas de propriedade do Estado 195.389.773

    Projetos, construo barragens e sistemas associados, gesto usos mltiplos da gua 186.507.707

    Construo de microaudes 90.000.000

    7.311.239.895

    PRINCIPAIS INVESTIMENTOS PBLICOS

    Plano Plurianual Participativo do Estado do Rio Grande do Sul (2012-2015)

    Total Geral

    TRANSPORTES

    ENERGIA

    HABITAO

    SANEAMENTO

    IRRIGAO

    Fonte: PPA 2012-2015, Estado do Rio Grande do Sul.

    Elaborao: DEPLAN/SEPLAG, 2011.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    9

    Tambm esto em tratativas avanadas com a Unio a implantao do metr de

    Porto Alegre, cujo valor est estimado em aproximadamente R$ 2,500 bilhes, e a

    melhoria do sistema virio da grande Porto Alegre, complementar ao metr, incluindo

    integrao tarifria e de modais em nove cidades, com valor estimado em cerca de R$

    350 milhes.

    Em termos gerais, interessante destacar dados do Anurio Exame de

    Infraestrutura (2011), sobre investimentos em todo o pas. O Rio Grande do Sul receber

    investimentos significativos em aeroportos e transmisso de energia eltrica,

    destacando-se na Regio Sul como o estado que mais receber investimentos nessas

    reas, conforme ilustrado nos grficos a seguir.

    Fonte: Anurio Exame de Infraestrutura, 2011.

    Elaborao: AGDI, 2011.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    10

    Fonte: Anurio Exame de Infraestrutura, 2011.

    Elaborao: AGDI, 2011.

    J em outros temas tambm analisados no Anurio, o Rio Grande do Sul

    apresenta investimento baixo, como o caso de rodovias e vias urbanas e portos e

    hidrovias.

    Com relao a empreendimentos privados, a Secretaria do Desenvolvimento e da

    Promoo do Investimento (SDPI) acompanha regularmente as intenes de

    investimentos apresentados por meio da imprensa. No quadro a seguir, essa expectativa

    de investimentos est classificada em 21 setores econmicos, atingindo o montante de

    R$ 14,7 bilhes. Os prazos variam conforme cada um dos projetos, mas a perspectiva

    de que sejam implementados nos prximos quatro anos.

    Expectativa de projetos privados (2011)

    SETOR N PROJETOS VALOR PROJETO (R$) PARTICIPAO %

    CELULOSE 1,00 4.200.000.000,00 28,55%

    AUTOMOTIVO 8,00 2.973.000.000,00 20,21%

    IND. OCENICA 6,00 2.644.185.000,00 17,97%

    PETRLEO & GS 2,00 1.690.000.000,00 11,49%

    PETROQUMICA 2,00 725.000.000,00 4,93%

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    11

    Continuao

    SETOR N PROJETOS VALOR PROJETO (R$) PARTICIPAO %

    MQ.& IMP. AGRIC. 3,00 668.500.000,00 4,54%

    AGROINDSTRIA 11,00 535.050.191,54 3,64%

    SEMICONDUTOR 1,00 370.000.000,00 2,51%

    MQ.& EQ. 3,00 248.000.000,00 1,69%

    ELTRICO/CONDUTOR 5,00 192.500.000,00 1,31%

    BIOCOMBUSTVEIS 2,00 190.000.000,00 1,29%

    EQ. ELICO 2,00 100.000.000,00 0,68%

    METALURGIA/FUNDIO 2,00 43.500.000,00 0,30%

    AUTOMAO BANCRIA 1,00 38.000.000,00 0,26%

    QUMICA 2,00 31.950.000,00 0,22%

    MVEIS 2,00 21.000.000,00 0,14%

    CONSTRUO CIVIL 1,00 15.000.000,00 0,10%

    CALADOS 1,00 10.600.000,00 0,07%

    SADE AVANADA E MEDICAMENTOS

    1,00 10.000.000,00 0,07%

    SOFTWARE 1,00 5.000.000,00 0,03%

    RECICLAGEM 1,00 1.500.000,00 0,01%

    TOTAL

    58,00

    14.712.785.191,54

    Fonte: SDPI, 2011.

    Por meio dessas informaes, v-se que cinco setores correspondem a 84% do

    total de investimentos anunciados. O setor de celulose responde pelo maior volume de

    investimentos anunciados no estado, representado pelo projeto da empresa CMPC na

    regio de Guaba. O projeto contemplar duas fases at a completa implantao no

    segundo semestre de 2014.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    12

    No setor automotivo so oito projetos, sendo que 80% dos investimentos

    anunciados so referentes ao projeto de ampliao da General Motors do Brasil na

    regio de Gravata. O valor desse projeto contempla investimentos da ordem de R$ 2

    bilhes, sendo R$ 1,4 bilho utilizado na adequao e na modernizao da linha de

    montagem da unidade gacha para a produo de dois novos modelos integrantes da

    famlia de veculos Onix, destinados ao mercado brasileiro e eventualmente

    exportao. Os demais R$ 600 milhes esto sendo investidos no desenvolvimento dos

    novos produtos a serem gerados a partir do projeto Onix.

    Para a indstria ocenica, os investimentos perfazem o montante de R$ 2,6

    bilhes. Na regio de Rio Grande constam anunciados projetos das empresas Wilson

    Sons, QUIP e Engevix. Para So Jos do Norte, estaleiro EBR, em Charqueadas,

    canteiro offshore - IESA e um estaleiro para a regio de Pelotas, Grupo OXCORP.

    No segmento de Petrleo & Gs, h a ampliao da Refinaria Alberto Pasqualini,

    com investimentos previstos de R$ 1,6 bilho e a ampliao da Usina UTE Sep Tiaraj

    para construo de mdulos para plataformas.

    Em Petroqumica, os investimentos anunciados da empresa BRASKEM, para

    produo de Eteno Verde, perfazem investimentos de R$ 300 milhes, com implantao

    prevista para dezembro de 2012. A empresa INNOVA anunciou investimento na ordem

    de R$ 425 milhes.

    Complementar lista de investimentos anunciados, a carteira de projetos em

    prospeco da SDPI contm 46 projetos de investimentos na rea industrial, que

    demandam aes conjuntas de diversos rgos do Governo do Estado para serem

    viabilizados e perfazem o montante de R$ 12,7 bilhes.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    13

    d. Diviso regional

    O Rio Grande do Sul est subdivido em Conselhos Regionais de Desenvolvimento

    (COREDE), criados oficialmente pela Lei 10.283, de 17 de outubro de 1994. Os

    COREDE so um frum de discusso e deciso a respeito de polticas e aes que

    visam o desenvolvimento regional. Atualmente, h 28 COREDE.

    Seus principais objetivos so a promoo do desenvolvimento regional harmnico

    e sustentvel; a integrao dos recursos e das aes do governo na regio; a melhoria

    da qualidade de vida da populao; a distribuio eqitativa da riqueza produzida; o

    estmulo a permanncia do homem na sua regio; e a preservao e a recuperao do

    meio ambiente.

    Para fins de planejamento, os COREDE so agregados em nove Regies

    Funcionais de Planejamento, as quais se constituem nas escalas de regionalizao do

    Plano Plurianual 2012-2015 e dos oramentos anuais do Estado. A regionalizao foi

    definida pelo Estudo de Desenvolvimento Regional e Logstica do Rio Grande do Sul

    Rumos 2015, com base em critrios de homogeneidade econmica, ambiental e social e

    na adequao das variveis correspondentes para identificao das polarizaes, ou

    seja, do emprego, das viagens por tipo de transporte, da rede urbana, da sade e da

    educao superior.

    O mapa a seguir apresenta a diviso regional em COREDE e Regies Funcionais

    de Planejamento.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    14

    1.2 Estratgia Corporativa

    a. Etapas de elaborao e os principais objetivos do PPA

    O processo de elaborao do Plano Plurianual 2012-2015 foi resultado do

    aprimoramento metodolgico alicerado na experincia acumulada pela SEPLAG na

    realizao de planos anteriores e pela incluso organizada da participao cidad, em

    busca da qualificao do planejamento e da gesto do governo do Estado.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    15

    A metodologia de elaborao do PPA 2012-2015 objetivou articular um conjunto

    de aes coerentes e suficientes para o atendimento s demandas, quer sejam o

    enfrentamento de problemas ou o aproveitamento de oportunidades existentes. Buscou-

    se propiciar as bases para alcanar os objetivos estratgicos do governo e para adequar

    a ao governamental s necessidades e prioridades apontadas pelos cidados, alm de

    fortalecer a regionalizao das aes com o fim de minorar as desigualdades regionais.

    Em uma primeira etapa da elaborao do PPA, foi produzido e divulgado um

    conjunto de objetivos estratgicos do governo para o desenvolvimento do estado no

    mdio prazo, de modo a possibilitar o debate sobre as polticas pblicas em torno do

    perodo 2012-2015 e orientar as equipes tcnicas dos diversos rgos para a elaborao

    dos programas e sua materializao atravs de aes. A figura a seguir apresenta os

    objetivos estratgicos do governo do Estado.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    16

    MAPA ESTRATGICO: Governo do Estado do Rio Grande do Sul

    Viso: RETOMAR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL COM EQUIDADE E PARTICIPAO

    Ges

    to

    Pbl

    ica

    Foco

    s de

    Atu

    ao

    Soci

    edad

    e

    2.4Expandir a

    infraestruturasocial

    2.3Fortalecer a

    infraestruturaeconmica, energtica e

    logstica, com sustentabilidade

    ambiental

    3.2Recuperar as instituies pblicas e aprimorando os servios e estabelecendo nova relao que valorize

    os servidores pblicos

    3.3Qualificar a gesto e o

    controle pblico do Estado, atuando de

    maneira participativa e transversal.

    2.1Aumentar o

    investimento produtivo e fortalecer as cadeias

    produtivas, os APLs e os processos de pesquisa e

    inovao

    2.2Fomentar a

    cooperao e integrao

    federativa e a cooperao

    internacional, em especial com o

    Mercosul

    3.1Melhorar a

    capacidade de Investimento do

    Estado

    PARTICIPAO DA SOCIEDADE

    1.1Alcanar o crescimento do

    investimento, do emprego e da renda

    1.3Elevar a qualidade de vida e erradicar a pobreza extrema

    1.2Promover o

    desenvolvimento regional

    1.4Aprimorar a cidadania,

    promover a paz e os valores republicanos

    2.6Promover polticas pblicas de promoo dos

    direitos humanos e da diversidade cultural

    Econmico RegionalSocial Democrtico

    2.5Promover polticas pblicas de proteo, incluso social e de

    combate misria

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    17

    Alm de divulgados s equipes setoriais, os objetivos estratgicos foram levados

    para conhecimento da sociedade atravs de um processo participativo. Tal processo

    ocorreu por meio da organizao de Seminrios Regionais em cada uma das nove

    Regies Funcionais de Planejamento, tendo sido coordenado pela SEPLAG, em parceria

    com o Frum dos COREDE, a Secretaria do Conselho de Desenvolvimento Econmico e

    Social e o Gabinete dos Prefeitos.

    Nos seminrios regionais, o governo apresentou, alm dos objetivos estratgicos,

    um balano da situao econmico-financeira do Estado, enquanto a populao

    manifestou as suas necessidades e sugestes para alavancar o desenvolvimento da

    regio. Nos seminrios tambm foram indicados representantes de cada regio dos

    COREDE para composio de um Conselho do PPA, no qual tambm foram includos

    representantes dos Conselhos Setoriais e de Direitos Humanos. As atribuies do

    Conselho so: (1) apreciar, emitir opinio e validar a proposta de PPA do governo do

    Estado, para encaminhamento a Assembleia Legislativa do Estado, e (2) acompanhar a

    execuo do PPA 2012-2015.

    Para ampliar o processo participativo foi criado o Portal da Participao

    www.participa.rs.gov.br, onde a populao teve a possibilidade de apresentar, de forma

    aberta, as suas sugestes para o PPA 2012-2015, as quais subsidiaram a elaborao de

    programas e aes. Alm dos subsdios da participao popular, a elaborao dos

    programas levou em considerao a observao das diretrizes do PPA Federal, os

    documentos que nortearam a proposta de trabalho do governo eleito (Programa de

    Governo, Mensagem do Governador), os planos estratgicos dos COREDE, perfis das

    regies do estado, o estudo Rumos 2015 e anlises elaboradas pela FEE.

    b. Planejamento de longo prazo

    Desenvolvido entre 2003 e 2005, por iniciativa e sob a superviso da ento

    Secretaria do Planejamento e Gesto (SEPLAG), o Estudo de Desenvolvimento Regional

    e Logstica do Rio Grande do Sul Rumos 2015 um dos mais amplos estudos

    realizados sobre a dinmica regional do Rio Grande do Sul, proporcionando uma nova

    avaliao sobre a realidade do estado. Tendo como eixo condutor o conceito de

    http://www.participa.rs.gov.br/

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    18

    desenvolvimento sustentvel, o estudo foi desenvolvido em dois componentes

    articulados: (1) Ordenamento Territorial e Desenvolvimento Regional e (2) Logstica de

    Transportes.

    No componente de Ordenamento Territorial e Desenvolvimento Regional, o estudo

    buscou compatibilizar as dimenses de economia, infraestrutura, demografia, sociedade,

    informao e conhecimento, meio ambiente, poltico-institucional e organizao territorial

    para tratar das dimenses regionais do desenvolvimento. A anlise e o confronto dessas

    dimenses resultou na proposta de criao das nove Regies Funcionais de

    Planejamento mencionadas anteriormente, uma escala mais agregada que facilita o

    tratamento de temas de interesse regional.

    A definio de regionalizao funcional e ordenamento territorial visando o

    desenvolvimento sustentvel, objeto do Componente 1, fortemente dependente e

    articulada com o Componente 2, de Logstica de Transportes, j que esta uma

    dimenso importante como fator de desenvolvimento. Desenvolvido de acordo com

    conceitos contemporneos de logstica, o Componente 2 privilegia a concepo dos

    projetos de logstica de transporte de forma integrada s cadeias de produo,

    envolvendo desde a matria-prima at a distribuio para o consumo final.

    Destaca-se no Rumos 2015 uma ampla carteira de projetos para as Regies

    Funcionais, apontando estratgias que tanto o poder pblico quanto a iniciativa privada

    deveriam buscar implementar em busca da consolidao do desenvolvimento regional

    sustentvel, tendo como horizonte o perodo 2005-2015.

    Como o Rumos 2015 trata o desenvolvimento regional com base em mltiplas

    dimenses, as quais so altamente complexas e dinmicas, precisa de atualizao para

    dar conta das novas situaes surgidas no estado nos ltimos anos. Exemplo disso o

    fortalecimento da indstria ocenica na regio de Rio Grande, no sul do estado, algo que

    no fazia parte do contexto quando o estudo foi realizado.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    19

    1.3 Gesto

    a. Organograma da unidade que gerenciar os recursos

    O PROREDES BNDES ser coordenado pela Secretaria do Planejamento, Gesto

    e Participao Cidad (SEPLAG), por meio do Departamento de Captao de Recursos

    (DECAP). A atual estrutura da Secretaria est apresentada na figura abaixo.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    20

    b. Planejamento estratgico da SEPLAG

    MAPA ESTRATGICO: Secretaria de Planejamento, Gesto e Participao Cidad

    Viso: Ser reconhecido como o rgo estratgico na coordenao do planejamento e gesto das polticas pblicas com participao cidad

    Ges

    to

    Pbl

    ica

    Foco

    s de

    Atua

    o

    Soci

    edad

    e

    2.3Coordenar o planejamento, o

    oramento, a gesto e a avaliao das polticas

    pblicas estaduais

    3.2Qualificar e valorizar

    os servidores da SEPLAG

    3.1Ampliar e qualificar a

    capacidade de planejamento e gesto

    da SEPLAG

    2.1Viabilizar alternativas para o financiamento

    do desenvolvimento do Estado

    2.2Propor e articular

    polticas para o desenvolvimento

    regional

    3.3Melhorar a articulao com as secretarias e entes federativos, alm de organismos nacionais e

    internacionais

    1.1Contribuir para que o Estado promova o desenvolvimento

    sustentvel

    1.2Contribuir para que o Estado reduza as

    desigualdades regionais

    1.3Aprimorar a cidadania, os valores

    republicanos e a democracia participativa

    2.4Coordenar e fomentar a

    participao cidad

    3.4Consolidar a participao cidad como caracterstica relevante de atuao da SEPLAG no mbito do

    planejamento

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    21

    2 PROREDES BNDES

    2.1 Objetivos do programa

    2.1.1 Objetivo geral

    O PROREDES BNDES tem como objetivo contribuir para a retomada do

    desenvolvimento no Rio Grande do Sul por meio da execuo de polticas pblicas

    voltadas ao desenvolvimento do setor privado e da inovao tecnolgica, da

    infraestrutura de transporte, da modernizao do sistema produtivo rural, da produo de

    habitao para grupos de baixa renda, da qualificao da segurana pblica e da

    ampliao do crdito a municpios e empresas.

    2.1.2 Objetivos especficos

    Para apoiar a retomada do desenvolvimento estadual sero realizados

    investimentos visando a:

    Ampliar a infraestrutura de reas industriais, no intuito de fortalecer a economia

    e impulsionar o crescimento regional.

    Apoiar o desenvolvimento produtivo aliado inovao tecnolgica, visando

    aumentar a competitividade e conquistar mercados para os produtos gachos e

    melhorar o ambiente de negcios.

    Dotar o Estado de infraestrutura de dados espaciais, que permita organizao,

    gerao, acesso, armazenamento e compartilhamento de informaes

    espaciais.

    Promover melhorias nos modais de transporte rodovirio e aeroporturio, por

    meio de pavimentao de acessos municipais e da modernizao dos

    aeroportos regionais, visando reduo de custos de transporte, ao

    desenvolvimento da economia e ao bem-estar da populao.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    22

    Modernizar o setor de Defesa Agropecuria do Rio Grande do Sul visando a

    melhorar a prestao de servios pblicos na rea de sanidade animal e

    vegetal.

    Reestruturar e modernizar a infraestrutura do Parque Estadual de Exposies

    Assis Brasil buscando viabilizar a promoo de mltiplos eventos ao longo de

    todo o ano.

    Modernizar e difundir a pesquisa agrcola visando ao desenvolvimento de

    sistemas produtivos sustentveis.

    Ampliar a infraestrutura de estabelecimentos rurais de base familiar, com a

    finalidade de desenvolver atividades produtivas e melhorar a qualidade de vida

    das famlias beneficiadas.

    Ampliar a infraestrutura e a produo de moradias de loteamentos populares

    visando a sua regularizao.

    Modernizar as estruturas responsveis pela Segurana Pblica e diminuir o

    dficit de vagas do Sistema Prisional.

    Ampliar o apoio do BADESUL s prefeituras gachas e ao setor privado.

    2.2 Descrio do Programa

    O PROREDES BNDES complementa aes a serem executadas com apoio do

    Banco Mundial e com recursos do Tesouro do Estado. A proposta do Programa

    desenvolve-se em seis componentes: (1) Apoio ao desenvolvimento do setor produtivo e

    da inovao tecnolgica; (2) Melhorias em transportes; (3) Apoio modernizao do

    sistema produtivo rural; (4) Habitao para grupos de baixa renda; (5) Qualificao da

    segurana pblica; e (6) Ampliao do crdito para municpios e empresas.

    O quadro a seguir apresenta um resumo do PROREDES BNDES, com seus

    componentes e respectivas intervenes.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    23

    ID Projeto Executor

    1.1 reas e Distritos Industriais SDPI

    1.2 Apoio aos Parques Tecnolgicos SCIT

    1.3 Implantao da Infraestrutura Estadual de Dados Espaciais - IEDE SEPLAG

    2.1 Pavimentao de Acessos Municipais SEINFRA - DAER

    2.2 Modernizao de Aeroportos Regionais SEINFRA

    3.1 Modernizao da Defesa Agropecuria SEAPA

    3.2 Modernizao do Parque Estadual de Exposies Assis Brasil SEAPA

    3.3 Modernizao e Difuso de Pesquisa Agrcola para o Sistema de Produo em Vrzea SEAPA - IRGA

    3.4 Melhoria da Infraestrutura em Centros de Pesquisa da FEPAGRO SEAPA - FEPAGRO

    3.5 Fortalecimento da Infraestrutura Produtiva da Agricultura Familiar SDR

    4.1 Regularizao urbanstica e fundiria SEHABS

    5.1 Qualificao das instalaes e servios da Brigada Militar - BM SSP - BM

    5.2 Modernizao do Instituto-Geral de Percias -IGP SSP - IGP

    5.3 Aperfeioamento da segurana dos estabelecimentos prisionais SSP - SUSEPE

    5.4 Ampliao de vagas prisionais SSP - SUSEPE

    5.5 Modernizao da Secretaria de Segurana Pblica - SSP SSP

    5.6 Modernizao dos Sistemas Policiais da Polcia Civil SSP - PC

    5.7 Estabelecimento Polcia Civil Caxias do Sul SSP - PC

    6.1 Aumento de capital do BADESUL SDPI - BADESUL

    COMPONENTE 6 - AMPLIAO DO CRDITO PARA MUNICPIOS E EMPRESAS

    COMPONENTE 1 - APOIO AO DESENVOLVIMENTO DO SETOR PRIVADO E DA INOVAO TECNOLGICA

    COMPONENTE 2 - MELHORIAS EM TRANSPORTES

    COMPONENTE 3 - APOIO MODERNIZAO DO SISTEMA PRODUTIVO RURAL

    COMPONENTE 4 - HABITAO PARA GRUPOS DE BAIXA RENDA

    COMPONENTE 5 - QUALIFICAO DA SEGURANA PBLICA

    2.2.1 Descrio das intervenes do PROREDES BNDES

    a. Diagnstico das intervenes

    COMPONENTE 1: Apoio ao Desenvolvimento do Setor Privado e da Inovao

    Tecnolgica

    reas e distritos industriais

    O estado do Rio Grande do Sul, historicamente voltado s atividades de

    agroindstria, um importante produtor de gros, gerando um respeitvel volume de

    exportao no cenrio dos portos brasileiros. Inobstante a inegvel representatividade, o

    resultado tem baixo valor agregado e, consequentemente, pouco impacto na economia

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    24

    gacha. Nas ltimas duas dcadas, o poder pblico gacho em conjunto com o setor

    privado fortaleceu aes focadas na busca do desenvolvimento com gerao de

    emprego e renda. So exemplos disso a criao do Plo Petroqumico na Regio

    Metropolitana, o plo metal mecnico na Regio da Serra, em especial na grande Caxias

    do Sul, e a instalao espaada de empresas de diversas reas.

    Mais recentemente, o desempenho econmico do pas no cenrio mundial e o

    aumento dos projetos desenvolvidos pela PETROBRAS na prospeco de leo e gs

    reforaram a necessidade de fortalecimento da indstria naval no pas. Nesse aspecto, a

    regio sul do estado, mais especificamente a cidade de Rio Grande, com uma geografia

    atrativa, mo-de-obra com capacidade de qualificao, 750 km de hidrovias em

    condies de aproveitamento, boa malha rodoviria e um porto com dimenses e calado

    extremamente atrativos para a vinda de grandes estaleiros constituem-se em fatores que

    qualificaram a regio sul do estado a receber mais investimentos.

    Em curto espao de tempo aquele complexo porturio j tem instalados e em

    processo de instalao os estaleiros Queiroz Galvo, RG-1, RG-2, Wilson Sons e EBR,

    resultando no nico estado das Amricas onde estaro em operao 2 diques secos de

    grande porte. O resultado efetivo foi a procura de empreendedores sistemistas, das mais

    diversas atividades, que ora esto a se instalar no estado e, outros tantos que podem ser

    propectados. No entanto, os distritos industriais includos neste Programa no

    apresentam infraestrutura mnima, suficiente e necessria para a instalao das

    unidades industriais que tm procurado o estado para a realizao de investimentos.

    A rea do Municpio de Guaba tem aproximadamente 932,8ha que, com o

    desenvolvimento do projeto, sofrer influncia na infraestrutura bsica do setor Leste da

    Zona Mista industrial, na gleba delimitada entre a estrada do Conde e o lago Guaba,

    com aproximadamente 213ha, onde se pretende implementar uma unidade porturia

    para atender o transporte hidrovirio para a Zona Mista e regio. Alm da implantao do

    porto, est prevista a implementao de um sistema virio de acesso, bem como a

    possibilidade de implantao de rea industrial para atividades que necessitem estar na

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    25

    beira da gua, tal como estaleiros para construo ou reparo de embarcaes e de

    depsito e manuseio de containeres.

    O Distrito Industrial do Municpio de Rio Grande possui uma rea total de 2.526ha

    dividida em duas fases. A rea est limitada ao norte pelo Saco da Mangueira, ao sul

    pela faixa de marinha da Praia dos Molhes, ao leste pela rea porturia e ao oeste pela

    rea de Proteo Ambiental do arroio do Bolacha (Lagoa Verde). Este Distrito foi criado

    com o objetivo de desenvolver atividades industriais e de apoio indstria junto ao porto.

    O objetivo dos projetos e obras indicados a complementao da infraestrutura

    bsica de servios pblicos, pois h necessidade de implantao de sistema virio

    interno, redes de abastecimento de gua potvel e esgotos, alm das redes de energia

    eltrica em alta tenso e da construo de uma ponte de travessia do arroio do Bolacha

    na Via 7 do distrito industrial.

    J o Distrito Industrial localizado nos Municpios de Montenegro e Triunfo

    beneficiar uma rea com 73,9ha, com a implantao da infraestrutura na rea que

    ainda est totalmente desocupada. A inteno munici-la de condies para acolher

    atividades industriais e de servios de apoio atividade industrial, principalmente, s

    voltadas para a logstica industrial em apoio ao Distrito e ao Plo Petroqumico. Tal

    infraestrutura pretende solucionar os problemas envolvendo o sistema de circulao, as

    redes de gua e esgotos e de abastecimento de energia eltrica em alta tenso.

    Por sua vez, a rea do Distrito Industrial de Pelotas, que compreende

    aproximadamente 60ha, localiza-se nas margens de hidrovia, com calado de 5,0m a

    45km do Porto de Rio Grande.

    O Municpio possui equipamento urbano e condies favorveis localizao de

    indstrias fornecedoras de mdulos e equipamentos para o Plo Naval de Rio Grande,

    no entanto, h necessidade de qualificar a infraestrutura, pois o acesso rodovirio atual

    precrio, no pavimentado, e no h rede de energia eltrica, nem adutora de gua

    tratada.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    26

    O Distrito Industrial do Municpio de Cachoeira do Sul, rea que integrava o

    patrimnio da Unio, possui acesso pavimentado via BR153, a menos de 3km do centro

    da Cidade. Alm da proximidade com a rea central do Municpio do acesso rodovirio,

    conta tambm com rede ferroviria com possibilidade de reutilizao sem necessidade

    de investimentos.

    Trata-se de rea de aproximadamente 186ha, sendo 26ha de rea porturia j

    medida e definida como porto organizado, dotada de um cais com 70X30m (comprimento

    e largura) e um pavilho de armazenagem de 700m, alm de subestao de energia de

    10.000kwa e disponibilidade de gua j instalada, necessitando em, ambos os casos,

    apenas da rede de distribuio. Pelo sistema hidrovirio (rio Jacu), dista a

    aproximadamente de 230km do lago Guaba, navegveis com calado tcnico autorizado

    de 2.5m, no curso inicial, chegando a 3.5m na confluncia do rio Taquari e deste ponto

    ao Porto de Porto Alegre com canais mantidos pela Superintendncia de Portos e

    Hidrovias. Excepcionados os 26ha do porto organizado, conta com retrorea em torno de

    160ha, dotada tambm da mesma infraestrutura, com absolutas condies de

    implantao de um distrito industrial onde se instalaro empreendedores.

    Assim, o projeto atuar na soluo dos dficits de infraestrutura da regio e no

    emprego da mo-de-obra local, gerando desenvolvimento e renda com total garantia de

    recebimento e distribuio de produtos e servios pelos modais referidos, em especial

    pelo hidrovirio, cujo acesso leva ao Porto do Rio Grande.

    Apoio aos Parques Tecnolgicos

    As reas de cincia, tecnologia, inovao, pesquisa e desenvolvimento so

    vetores essenciais para a manuteno da competitividade das economias mundiais. Os

    pases desenvolvidos esto no topo do ranking com relao aos dispndios em cincia e

    inovao em relao ao PIB. A Coria, pas que tem apresentado ndices de

    desenvolvimento bastante elevados, destaque como o pas que mais investe em

    pesquisa e desenvolvimento (P&D) em porcentagem do PIB.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    27

    No caso do Brasil, dados do Ministrio da Cincia e Tecnologia comprovam uma

    participao ainda pouco expressiva na rea, mas o Pas tem se esforado para reverter

    essa situao.

    No Rio Grande do Sul, a rea de cincia, tecnologia e inovao sempre esteve

    abaixo do percentual brasileiro. Em 2000, o Estado detinha um percentual de dispndios

    em P&D de 0,61% diante dos 1,63% do Brasil e, em 2009, detinha 0,21% diante dos

    1,38% do Brasil.

    Em se tratando do percentual dos dispndios em P&D e de C&T em relao

    receita total dos estados, em 2009, pode-se observar que o Rio Grande do Sul detinha

    0,44% enquanto o Brasil detinha 1,92%. O nvel de dispndios do Estado est abaixo do

    esperado se comparado com o patamar de participao em relao ao Brasil em

    variveis como tamanho do PIB, renda per capita, volume de exportaes, postos de

    trabalho e nmero de estabelecimentos produtivos, entre outras.

    Em se tratando de inovao no estado, dados da Pesquisa Industrial de Inovao

    Tecnolgica (PINTEC), de 2008, demonstram que, de uma amostra de 100.492

    empresas gachas, 38,1% implementaram inovao e 30,4% realizaram dispndios em

    atividades inovativas, sendo que o principal responsvel pelo desenvolvimento da

    inovao de produtos na indstria a prpria empresa, com 84,20% de participao,

    seguida da empresa com cooperao com outras empresas ou instituies. Destaca-se,

    ainda, que o governo tem sido a fonte principal de financiamento das atividades de P&D

    e demais atividades inovativas realizadas pelas empresas. Dados da PINTEC

    comprovam que 14,20% das empresas tiveram apoio do governo no financiamento a

    P&D e compra de equipamento e que 1,40% tiveram apoio a projetos de inovao sem

    parceria com universidades e institutos de pesquisas.

    Tambm merece destaque, nos dados da pesquisa da PINTEC, o grau de

    qualificao das pessoas ocupadas nas atividades internas de P&D industriais que

    implementaram inovao, por nvel de qualificao. Os dados demonstram que 35,50%

    das pessoas ocupadas tm ps-graduao; 33,40% tm graduao e 6,50% ensino

    mdio. Percebe-se assim que 93,50% tm pelo menos graduao. Isso vem comprovar

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    28

    que o estado tem capital humano no apenas em termos de quantidade, mas tambm de

    qualidade para promover o desenvolvimento cientfico, tecnolgico e inovativo.

    O projeto objetiva a qualificao do setor tecnolgico, visto que h grande

    carncias que fragilizam o atingimento do seu desenvolvimento. As empresas de

    pequeno e mdio porte apresentam fragilidade em aspectos de gesto, processo

    produtivo, adequao de produtos para o mercado e certificaes, sobretudo no que

    requer pesquisa, desenvolvimento e inovao. Na maioria dos casos, as empresas no

    procuram os centros de pesquisa por entenderem que estes no desenvolvem pesquisas

    que atendem suas reais necessidades. baixa a adeso das empresas em projetos

    compartilhados de centros tecnolgicos e de desenvolvimento.

    Do ponto de vista do setor pblico estadual, h ausncia de instrumentos de apoio

    direto s empresas: de identificao e mapeamento da situao, fragilidades e

    demandas de capacitaes especficas de desenvolvimento tecnolgico, inovaes,

    gesto e necessidade de investimentos. Essa ausncia fragiliza a elaborao de

    programas de direcionamento de agentes que apresentam (ou tm potencial) solues

    de gesto, tecnologias, inovao e at mesmo de crdito. O distanciamento da relao

    demanda-oferta tambm limita a capacidade de elaborao e aplicao de programas

    voltados a setores, cadeias e arranjos produtivos.

    Desse modo, com a execuo do projeto, pretende-se qualificar os Parques

    Cientficos e Tecnolgicos, que so ambientes propcios ao desenvolvimento tecnolgico,

    dotados de infraestrutura adequada, trabalhando com programas que estimulam a

    sinergia entre poder pblico, meio empresarial e acadmico. Esses ambientes podem se

    constituir em incubadoras e condomnios de empresas de base tecnolgica. Nos Parques

    Cientficos e Tecnolgicos e em incubadoras existe a interao entre a universidade e a

    empresa, portanto apoiar a implementao de polticas de melhorias nesses ambientes

    produtivos possibilita um ganho de competitividade para as empresas gachas.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    29

    Implantao da Infraestrutura Estadual de Dados Espaciais - IEDE

    O Estado do Rio Grande do Sul no dispe de uma poltica cartogrfica

    estruturada, como conseqncia desta lacuna, as atividades relacionadas a diferentes

    reas ressentem-se de uma infraestrutura de dados espaciais organizada e centralizada

    que possa melhorar o atendimento sociedade. So exemplos de reas afetadas:

    gesto ambiental, preveno de catstrofes, rastreabilidade animal, previses de safras.

    As bases digitais existentes (1:250.000 e 1:50.000), obtidas a partir da

    digitalizao de cartas topogrficas desatualizadas, no possuem um repositrio

    adequado que as disponibilize para os diferentes rgos. A utilizao do material

    existente tem sido prejudicada pela inexistncia de uma estrutura que permita o

    armazenamento e o compartilhamento dessas informaes, tornando-as acessveis a

    todos os rgos do Estado. Alm disso, o Estado no dispe de informaes em escalas

    para execuo e monitoramento de polticas pblicas que, cada vez mais, requerem

    informaes georreferenciadas para que os resultados possam ser acompanhados,

    qualificando a ao governamental.

    Para que essas necessidades no sejam supridas por iniciativas isoladas gerando

    gastos sobrepostos necessrio que o Estado centralize suas aes de acordo com

    uma poltica cartogrfica.

    COMPONENTE 2: Melhorias em Transportes

    Pavimentao de Acessos Municipais

    No Rio Grande do Sul, a principal modalidade de transporte a rodoviria, sendo

    fator importante para promoo do aumento da competitividade econmica do estado.

    Todavia, embora a rede rodoviria abranja quase a totalidade do territrio do estado, h

    vrios municpios que ainda no possuem acesso pavimentado. No total, h necessidade

    de pavimentao de 104 acessos municipais.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    30

    Para qualificar a malha rodoviria, sero pavimentados 76 acessos municipais

    com os recursos pleiteados, para os quais h previso de concluso durante o prazo de

    execuo do projeto.

    Ressalta-se que a necessidade de pavimentao dos acessos tem, ainda, outros

    grandes objetivos, como por exemplo, a reduo das dificuldades de integrao da

    malha rodoviria; a minimizao das desigualdades regionais; a reduo da extenso

    dos deslocamentos e uma maior rapidez nesses deslocamentos; e a acessibilidade aos

    diversos municpios, facilitando a permanncia da populao no interior do estado e o

    acesso de parte da populao menos favorecida aos servios sociais especializados.

    Modernizao de Aeroportos Regionais

    A adequao do infraestrutura do transporte areo constitui-se em importante fator

    para o desenvolvimento econmico do Rio Grande do Sul. Em conseqncia disso, h

    necessidade de qualificao do transporte areo, principalmente, no interior do estado.

    O Plano Aerovirio do Estado do Rio Grande do Sul, para o perodo 2003/2022,

    classifica o Aeroporto de Passo Fundo na categoria de Regional, necessitando ser

    capacitado para operao de aeronaves de grande porte (categoria 3C). As obras a

    serem realizadas neste aeroporto so necessrias para adequar a infraestrutura a sua

    nova classificao e atender legislao aeronutica em vigor. Assim, novas aeronaves

    podero operar e novas companhias areas podero se instalar na regio.

    Atualmente, o aeroporto de Passo Fundo apresenta infraestrutura no compatvel

    para receber aeronaves de cdigo de referncia 3C, estando impossibilitado de atender

    totalmente demanda presente. Inclusive, a infraestrutura existente impossibilita o seu

    crescimento, tendo por obstculos s operaes, considerando as necessidades

    requeridas pela nova categoria, s prprias instalaes, o terminal de passageiros e o

    ptio de aeronaves.

    Na mesma situao encontra-se o aeroporto Rio Grande, ou seja, com

    infraestrutura insuficiente para receber aeronaves de grande porte, impossibilitado o

    recebimento de novas linhas areas regulares. Este aeroporto est includo na rede

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    31

    estadual de aeroportos devido ao alto potencial socioeconmico, no contexto estadual, e

    por ter apresentado expectativas de demanda por transporte areo regular a partir de

    seu primeiro planejamento.

    Por sua vez, os aeroportos de Erechim, Iju e Santa Rosa, administrados pelo

    Estado, so classificados na rede estadual como de interesse local, atendendo regio

    norte e noroeste. Operam com aeronaves e movimento de passageiros no limite da

    iseno de instalao de seo contra-incndio. Considerando que o plano de

    desenvolvimento indica aumento de demanda, faz-se necessrio o incremento na

    infraestrutura, dotando estes aeroportos de equipamentos para segurana de voo e

    segurana operacional, possibilitando operao de aeronaves com maior capacidade de

    passageiros, instalao de novas companhias e implantao de novas linhas areas.

    COMPONENTE 3: Apoio Modernizao do Sistema Produtivo Rural

    Modernizao da Defesa Agropecuria do Rio Grande do Sul

    A produo agropecuria gacha repercute no conjunto da economia estadual por

    estar fortemente interligada a outros setores da matriz produtiva. Desta forma, quando a

    agropecuria apresenta um bom desempenho, outros setores so indiretamente

    beneficiados. O Setor agropecurio responde por cerca de um tero do PIB estadual, e

    o principal gerador de renda de grande parte dos pequenos e mdios municpios, sendo

    responsvel por um quarto de todo o pessoal ocupado no estado (Porsse, 2003).

    Em pocas de crises econmicas, o agronegcio sempre vem garantindo a

    estabilidade financeira nacional e estadual, bem como a Balana Comercial e o PIB.

    Recentemente o Brasil vem se consolidando como um grande exportador do

    agronegcio, alcanando um valor elevado em volume e tambm em nmero de

    diferentes pases compradores. Inclusive, por ser um dos maiores exportadores de

    produtos do agronegcio e possuir enorme capacidade de expanso. Nesse cenrio, o

    servio oficial de Defesa Agropecuria assume um papel fundamental, uma vez que o

    responsvel pela certificao sanitria dos produtos de origem animal e vegetal

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    32

    destinados exportao e ao mercado interno, controlando o descaminho, contrabando

    e evitando a introduo de enfermidade de interesse comercial.

    Para o Rio Grande do Sul manter o status de referncia nacional em sistemas de

    equivalncia em inspeo de produtos de origem animal, junto ao Ministrio da

    Agricultura, a Secretaria Estadual necessita de investimentos estruturais e de recursos

    humanos, principalmente para melhoria das suas prprias instalaes prprias da

    SEAPA, visando qualificar as condies estruturais tanto ara servidores, produtores e

    comunidade em geral. Esta reestruturao envolve tambm o fornecimento de servio em

    condies mnimas, satisfatrias para a comunidade em todas as 248 Inspetorias

    Veterinrias e de Zoonoses.

    Modernizao do Parque Estadual de Exposies Assis Brasil

    A modernizao da infraestrutura do Parque Estadual de Exposies Assis Brasil

    (PEEAB) tem por finalidade o seu uso mais eficiente ao longo de todo o ano e com

    mltiplas finalidades.

    Localizado no municpio de Esteio, distante 25km de Porto Alegre, o Parque

    Estadual de Exposies Assis Brasil (PEEAB) foi inaugurado em agosto de 1970, aps a

    compra de 64ha da Fazenda Kroeff. Desde a sua inaugurao, o Parque sedia a mais

    importante feira agropecuria do Rio Grande do Sul: a Exposio Internacional de

    Animais, Mquinas, Implementos e Produtos Agropecurios - EXPOINTER - com um

    fluxo de 561.000 visitantes, 2.850 expositores, sendo aproximadamente 25 estrangeiros

    e 5.000 animais expostos no ano de 2010.

    O complexo possui rea de 141ha, contando com 45,3 mil metros quadrados de

    pavilhes cobertos e 70 mil metros quadrados de rea para exposio, 07 mil vagas de

    estacionamento interno, 19 locais para julgamentos, 09 locais para realizao de leiles,

    diversos restaurantes e lancherias, posto mdico, auditrios, agncias bancrias e de

    cmbio, agncias de turismo, posto do correio, telefones pblicos e internet.

    A localizao geogrfica do PEEAB, na Regio Metropolitana de Porto Alegre,

    rene 32 municpios do estado em intenso processo de conurbao, formando com seus

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpiohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_(subdivis%C3%A3o)http://pt.wikipedia.org/wiki/Conurba%C3%A7%C3%A3o

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    33

    municpios lindeiros uma mancha urbana contnua, que inclui tambm o chamado Vale

    dos Sinos. Atualmente, compreende 10.097,186km e, segundo censo do IBGE de 2010,

    possui 3.979.561 habitantes, sendo a quarta mais populosa do Brasil superada apenas

    pelas regies metropolitanas de So Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte,

    respectivamente a com quarto maior PIB do Brasil, e a 82 maior aglomerao urbana

    do mundo.

    Possui grande facilidade de acesso, pois se situa a ao longo da BR-116, e prximo

    estao da TRENSURB (Metr de Superfcie que liga Porto Alegre a So Leopoldo,

    com Estao de Desembarque para a EXPOINTER - Estao Esteio).

    O impacto do segmento de turismo de eventos na economia de Porto Alegre e

    Regio Metropolitana dever chegar a R$ 126 milhes no ano de 2011, o que equivale a

    um salto expressivo de 63% em comparao aos ltimos dois perodos (2009 e 2010).

    Cerca de 170 mil visitantes chegaro capital para participar de 33 eventos, pelo em 13

    diferentes segmentos, com especial destaque para a rea mdica, que j possui 12

    congressos confirmados. A estimativa de um acrscimo de 74% no pblico

    participante.

    O Parque localizado em uma rea com geografia privilegiada, com amplos

    espaos e com sua vocao natural, alm dos novos rumos em que caminham os

    eventos no estado necessita se tornar um espao multiuso, considerando que o

    agronegcio, os congressos, a cultura e a msica podem conviver harmonicamente com

    a preservao de aspectos tcnicos fundamentais para a continuidade dos eventos

    agropecurios. Na prtica, isso j ocorre, porm de forma adaptada, sendo necessria

    sua qualificao como instrumento auxiliar para o incremento da economia gacha e,

    consequentemente, ganhos para os cofres pblicos.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_dos_Sinoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_dos_Sinoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/IBGEhttp://pt.wikipedia.org/wiki/2010http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(cidade)http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(cidade)http://pt.wikipedia.org/wiki/Belo_Horizontehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mundohttp://economiabaiana.com.br/2011/06/16/governo-estuda-transformar-parque-de-exposicoes-de-salvador-em-espaco-multiuso/##

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    34

    Modernizao e Difuso de Pesquisa Agrcola para o Sistema de Produo em Vrzea

    A produo total de arroz irrigado no Rio Grande do Sul tem crescido a cada ano,

    como consequncia do crescimento da rea plantada (taxa de crescimento de

    16.000ha/ano) e da produtividade (taxa de 200kg/ha/ano). Na safra 2010/11 foram

    cultivados 1,17 milho de hectares e a mdia de produtividade foi de 7,7t/ha. A produo

    total foi de 9 milhes de toneladas de arroz em casca, o que corresponde a 65 % da

    produo brasileira desse cereal.

    A liderana na produo de arroz irrigado no sul do Brasil pode ser atribuda, em

    parte, ao forte trabalho das equipes de pesquisa e de extenso rural do Instituto Rio-

    Grandense do Arroz (IRGA). A Diviso de Pesquisa sediada na Estao Experimental

    do Arroz, em Cachoeirinha, e possui unidades avanadas de pesquisa em todas as

    regies orizcolas, contemplando os municpios de Cachoeira do Sul, Camaqu, Dom

    Pedrito, Santa Vitria do Palmar, Torres e Uruguaiana. Alm dessas estaes

    regionalizadas, so realizadas aes de pesquisa em lavouras comerciais de

    agricultores. Para as aes realizadas no interior do Rio Grande do Sul necessrio o

    deslocamento de mquinas e equipamentos para as operaes de preparo do solo,

    semeadura e colheita dos ensaios experimentais, algumas estaes regionais dispem

    de algumas mquinas e equipamentos mnimos.

    Apesar da grande expresso da cultura de arroz irrigado no RS, os orizicultores

    esto enfrentando dificuldades tcnicas e financeiras, como a falta de rentabilidade do

    setor, devido ao monocultivo e aos problemas associados, como a grande infestao de

    arroz vermelho, pragas e doenas. A atual conjuntura da agricultura sulina est

    fundamentada no uso intensivo do solo e na grande aplicao de insumos e defensivos

    agrcolas, que de certa maneira est causando danos irreversveis ao meio ambiente e

    ao sistema agroecolgico das vrzeas e dos mananciais hdricos.

    A busca de novas alternativas culturais com o desenvolvimento de sistemas

    integrados de produo, envolvendo rotao de culturas e associao com a produo

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    35

    pecuria, certamente podero abrir novos horizontes para os produtores rurais instalados

    na metade sul do estado, principalmente os pequenos agricultores familiares.

    Melhoria da Infraestrutura em Centros de Pesquisa da FEPAGRO

    A Fundao Estadual de Pesquisa Agropecuria (FEPAGRO) possui vrios

    centros de pesquisas dedicados produo animal, distribudos preferencialmente na

    metade sul do estado. H mais de trs mil hectares disponveis e poucos pesquisadores.

    Com a autorizao do governo do estado em contratar imediatamente 43 novos

    pesquisadores, vrios deles na rea animal, esbarra-se na pssima qualidade da

    infraestrutura desses centros, sendo necessria a sua qualificao, com vistas atuao

    da Fundao na sua funo principal de geradora de novas tecnologias que venham a

    aumentar a renda dos pecuaristas, aumentar a arrecadao de impostos e,

    consequentemente, fortalecer o governo e suas funes sociais.

    O projeto, com a modernizao da infraestrutura bsica dos seis centros de

    pesquisa agropecuria da FEPAGRO, localizados nas cidades de Hulha Negra, Dom

    Pedrito, So Gabriel, Uruguaiana, Tupanciret e Taquari, pretende atingir a excelncia

    em desenvolvimento cientfico e inovao tecnolgica da pesquisa agropecuria gacha,

    para dar suporte pecuria familiar de corte e leiteira. Alm disso, com este projeto,

    prope-se a instalao da Central Rio-Grandense de Inseminao Artificial (CRIA) na

    FEPAGRO Campanha, Centro de Pesquisa Iwar Beckman, em Hulha Negra. Deste

    modo, a CRIA, com seu material gentico e seus equipamentos, passar novamente a

    ser gerida pela Secretaria da Agricultura, permitindo a tal Secretaria implementar

    polticas pblicas visando melhoria da qualidade gentica dos rebanhos gachos.

    Outra questo a ser resolvida a necessidade de construo de uma biofbrica.

    Na presena de inimigos naturais dos insetos-praga, as pulverizaes com inseticida

    podem vir a ser reduzidas ou, at mesmo, tornarem-se desnecessrias, principalmente

    quando a praga se encontra abaixo do nvel de dano. Uma das alternativas para diminuir

    o uso intensivo de agrotxicos a utilizao do controle biolgico aplicado, atravs da

    liberao massal de parasitides. No entanto, no RS no h biofbrica de parasitides,

    que so adquiridos de outros estados como Paran, So Paulo e Minas Gerais,

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    36

    aumentando o custo para os agricultores. Outro inconveniente de serem utilizados

    parasitides provenientes de outras regies do Brasil a recomendao de que seja

    realizada a escolha e multiplicao de linhagens de parasitides oriundos da mesma

    regio em que sero utilizados no controle de determinada espcie hospedeira. Isso

    garante que os parasitides estejam adaptados s condies ambientais do local, de

    forma que se obtenha maior eficincia no controle.

    Fortalecimento da Infraestrutura Produtiva da Agricultura Familiar

    O Rio Grande do Sul possui 441.467 estabelecimentos rurais, destes 378.546 so

    de base familiar (85,7%); as cadeias produtivas vinculadas ao campo representam

    metade do PIB do estado e as cadeias produtivas vinculadas agricultura familiar

    representam 27% do PIB gacho; as matrias-primas mais nobres da indstria gacha

    vm da agricultura (carne, leite, gros, frutas, fumo, cana-de-acar e madeira); na

    maioria dos municpios gachos a economia de base familiar determinante para o

    desenvolvimento, no qual os empreendimentos urbanos encontram-se profundamente

    vinculados s atividades rurais (de um total de 496 municpios, 396 tm menos de 20.000

    habitantes e 331 tm menos de 10.000 habitantes).

    Mesmo que a agricultura seja determinante para a maioria dos municpios, o Rio

    Grande do Sul, desde os anos 70, vem reduzindo, significativamente, a sua populao

    rural. Em dez anos a populao rural caiu de 18,35% para 14,9% da populao do

    estado, ou seja, uma reduo de 276.176 pessoas. Para este pblico, os principais

    problemas a serem enfrentados dizem respeito qualificao das economias de base

    familiar e a criao de alternativas de acesso ao mercado que garantam renda e

    qualidade de vida, viabilizando a permanncia das famlias no meio rural. Por outro lado,

    para a populao do meio rural em situao de pobreza, que possui dificuldade de

    acesso ao crdito, a exemplo de parte dos agricultores familiares, assentados da reforma

    agrria, quilombolas e indgenas, faz-se necessrio investimento pblico em

    infraestrutura bsica e produtiva.

    Com a execuo deste projeto pretende-se fortalecer a infraestrutura bsica,

    produtiva e de abastecimento nas economias de base familiar e cooperativa por meio da

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    37

    capitalizao do Fundo de Terras do Rio Grande do Sul (FUNTERRA), do aparelhamento

    da Secretaria de Desenvolvimento Rural e da melhoria da infraestrutura das Centrais de

    Abastecimento do Rio Grande do Sul (CEASA).

    O meio rural, nesta nova perspectiva, concebido nos seus vrios aspectos, a

    partir do conceito de multifuncionalidade das propriedades e do ambiente da agricultura

    familiar. No s voltado para a gerao de trabalho e renda, mas, tambm, para o

    desenvolvimento nas suas mltiplas dimenses: social, econmico, cultural e ambiental.

    Para isso, o Governo Estadual vem desenvolvendo seus programas e projetos voltados

    para atender as mltiplas necessidades desse pblico, tais como os de fortalecimento da

    infraestrutura produtiva no meio rural, assistncia tcnica, qualificao profissional de

    agricultores, beneficiamento, armazenamento e comercializao da produo.

    Outro problema importante a ser atacado diz respeito aos efeitos das sucessivas

    estiagens que o Rio Grande do Sul vem sofrendo. De cada dez anos, sete apresentam

    deficincias hdricas, as quais prejudicam a produo agrcola, a criao de bovinos,

    sunos e aves e, at mesmo, comprometem o abastecimento humano em algumas

    regies. Mesmo naquelas regies com alto volume de precipitao (de 1.400 a 1.600mm

    anuais), ocorre escassez na poca de estiagem, principalmente nas atividades de

    produo agropecuria. Isso se deve ao fato de que poucas propriedades utilizam

    prticas de armazenamento de gua e sistemas de irrigao.

    Segundo o Censo Agropecurio de 2006, dos 430 mil estabelecimentos agrcolas

    existentes no estado, apenas 27 mil utilizavam algum tipo de irrigao, significando 6,2%.

    Dentre os sistemas de irrigao mais usados, destaca-se o sistema por superfcie

    (inundao), que adotado em 16 mil estabelecimentos rurais gachos,

    predominantemente em lavouras de arroz. Esse tipo de irrigao ocupa 1.150.000ha no

    Rio Grande do Sul. Em razo da deficincia hdrica no estado que ocorre principalmente

    nos meses de dezembro a maro, justamente nos meses de intensa produo

    agropecuria, faz-se necessrio armazenar a gua das chuvas em abundncia no

    inverno para que seja utilizada nos meses em que ocorre dficit hdrico.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    38

    A reforma agrria no estado abrange 96 municpios, com 13.306 famlias

    assentadas em 283.852,14ha. Atualmente, existem 325 assentamentos entre projetos

    federais e estaduais. Deste total, 157 projetos de assentamento so da Unio e esto

    organizados em 175.401,20ha, totalizando 7.874 famlias. O governo gacho conta com

    136 projetos estaduais de assentamento, os quais esto ordenados em 83.865,55ha,

    perfazendo 4.372 famlias beneficiadas. Existem ainda 32 projetos de assentamentos

    compartilhados, entre os governos Federal e Estadual, com rea total de 24.585,38ha e

    1.149 famlias. A Metade Sul concentra o maior nmero de assentamentos implantados

    no estado devido aos vazios urbanos e a disponibilidade de reas existentes na regio. A

    implantao desses assentamentos ocorreu em reas degradadas e em locais

    desprovidos de infraestrutura gua, estrada, eletrificao, escola, sade, entre outros

    e exigiu uma ateno especial do Executivo gacho. Neste aspecto, o projeto busca

    tambm capitalizar o FUNTERRA para qualificar a infraestrutura bsica e produtiva de

    assentamentos, que tm como pblico alvo os agricultores assentados nos projetos

    estaduais de reforma agrria, de forma a possibilitar a permanncia da famlia no campo

    com qualidade de vida, com vias a produzir seu sustento, agregando tambm valor

    produo agrcola de forma segura e agroecolgica. A prioridade estratgica associada

    est no fortalecimento das cadeias produtivas das economias de base familiar e

    cooperativa, conjugando melhoria de renda, qualificao tecnolgica e sustentabilidade

    social e ambiental.

    Outra ao deste projeto envolve a capitalizao da CEASA, mediante a

    constituio de novos espaos de abastecimento, oferecer melhores condies de

    distribuio e comercializao dos produtos levando a ampliao da renda da agricultura

    familiar e a melhores condies de permanncia das famlias de agricultores no meio

    rural. A CEASA/RS, como vinculado Secretaria de Desenvolvimento Rural, com sede

    em Porto Alegre, responde por um tero dos produtos hortigranjeiros consumidos no Rio

    Grande do Sul. Oferece um mix com mais de 110 produtos, oriundos da produo de 198

    municpios gachos, 18 estados brasileiros e 9 pases.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    39

    COMPONENTE 4: Habitao para Grupos de Baixa Renda

    Regularizao urbanstica e fundiria

    A implementao de aes para a melhoria urbana em ocupaes localizadas nos

    municpios de Gravata, Eldorado do Sul, Sapucaia do Sul e Porto Alegre tem por

    finalidade solucionar a questo do acesso das comunidades terra urbanizada e aos

    servios e equipamentos pblicos, oportunizando, na medida do possvel, a permanncia

    destas populaes no prprio local do assentamento. Para tanto, o projeto pretende

    solucionar problemas envolvendo carncias na rede de esgoto pluvial, pavimentao,

    abastecimento de gua, rede de energia eltrica, rede de drenagem pluvial, implantao

    de praa, reassentamentos, rede coletora dos esgotos cloacais, organizao espacial,

    paisagismo, regularizao cartorial e precariedade das habitaes.

    Em alguns dos loteamentos h alta densidade populacional e muitas famlias

    valem-se da coleta informal de papis e sucata como forma de sustento, o que significa

    acmulo de lixo e o convvio com animais de trao co-habitando com as famlias. A

    renda mdia da populao no ultrapassa dois salrios mnimos.

    Ressalta-se que, no municpio de Porto Alegre, h ocupaes que ora se

    caracterizam por um traado urbano formado por quarteires consolidados, com

    habitaes de padro construtivo mdio, ora por reas de risco ou de preservao,

    ocupadas por habitaes precrias, que precisam ser removidas. Alm disso, h

    prejuzos ambientais causados pelas habitaes construdas em reas de risco e de

    preservao, como encostas de morros, nascentes e margens de arroios, muitos deles

    integrantes de importantes microbacias do municpio, bem como pelas ms condies de

    vida da grande parte dessa populao, aflita por sua situao fundiria indefinida e pelas

    deficincias de infraestrutura, tais como ruas no pavimentadas, esgotos a cu aberto,

    redes eltricas e de gua clandestinas.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    40

    COMPONENTE 5: Qualificao da Segurana Pblica

    Na rea da segurana pblica, o Projeto abrange aes na rea do policiamento

    ostensivo, polcia judiciria e sistema prisional.

    No tocante ao policiamento ostensivo, o Projeto pretende qualificar as condies

    de segurana dos ambientes de trabalho da Brigada Militar, pois qualquer ato que ocorra

    contra a instituio ter grande repercusso negativa junto sociedade, principalmente

    na Capital e na Regio Metropolitana do estado do Rio Grande do Sul, as quais contam

    com a maior concentrao de efetivos e onde os problemas de segurana pblica esto

    mais aflorados, demandando diariamente grande demanda de atendimento de

    ocorrncias.

    Do mesmo modo, a Polcia Civil encontra-se desprovida de equipamentos para

    execuo de vigilncia eletrnica sobre os alvos em investigao. O suprimento dessa

    carncia, atravs de viaturas tcnicas, equipamentos de operaes de inteligncia e

    Veculo Areo No Tripulado, propiciar um acrscimo na qualidade da investigao,

    redundando em um maior nmero de prises relacionadas a grupos e organizaes

    criminosas, reduzindo a criminalidade em todo o estado.

    Outra ao para a Polcia Civil envolve a construo de Delegacia de Polcia para

    Pronto Atendimento, Mulher, Furtos, Roubos e Extorses, Homicdios e Proteo

    Pessoa no Municpio de Caxias do Sul.

    A ampliao e o aperfeioamento do Sistema de Polcia Judiciria objetiva

    qualificar, para todo o estado, o Sistema de Inteligncia e Investigao Criminal, para

    auxiliar a investigao criminal por meio de avanadas ferramentas de anlise criminal,

    georreferenciamento e inteligncia policial.

    No que diz respeito ao aperfeioamento da segurana dos estabelecimentos

    prisionais do Rio Grande do Sul, o Projeto visa evitar o ingresso de produtos, materiais e

    substncias no autorizadas tanto pelos visitantes como pelos servidores penitencirios;

    aprimorar o sistema de administrao prisional e as condies de trabalho do servidor

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    41

    penitencirio; modernizar e ampliar a vigilncia no Sistema Prisional do Estado; melhorar

    as informaes penitencirias, especialmente quanto identificao criminal; aumentar a

    capacidade da Inteligncia Penitenciria e dos demais rgos da Segurana Pblica,

    tanto do Estado quanto da Unio; reduzir o dficit de vagas da populao carcerria;

    promover a incluso social com cidadania, na medida em que a superpopulao

    carcerria fomenta a criminalidade em um ambiente degradante e crimingeno. As aes

    envolvem os Presdios de Jacu, Central de Porto Alegre, Charqueadas, Canoas e

    Venncio Aires.

    COMPONENTE 6: Ampliao do Crdito para Municpios e Empresas

    Aumento de capital do BADESUL

    O projeto objetiva a ampliao do apoio do BADESUL s Prefeituras gachas por

    meio de financiamento a investimentos fixos no amparados por linhas de crdito

    existentes do BNDES. Alm disso, apresentar alternativas a financiamentos em sua

    forma tradicional para a iniciativa privada, por meio de Fundos de Investimentos em

    Participaes (FIP) e Fundo de Investimentos em Direitos Creditrios (FIDC) destinados

    aos setores prioritrios do estado, como Agroindstria e Petrleo & Gs.

    Para tanto, pretende apoiar, no mnimo, 50 municpios gachos, destinando-lhes o

    montante de R$ 52 milhes; e destinar, nos prximos 2 anos, R$ 52 milhes para apoiar,

    via Fundos de Participao e Fundos de Direitos Creditrios, no mnimo 10 empresas,

    criando pelo menos 4 novos jogadores de porte nacional/internacional nestes setores.

    Assim, atuar atendendo, prioritariamente, municpios de pequeno porte, que

    representam 80% do universo do estado, em projetos de infraestrutura, saneamento e

    meio ambiente, desenvolvimento institucional (ferramentas de otimizao da gesto

    pblica para municpios), maximizando as fontes existentes ao compor um rol de

    recursos oriundos da capitalizao do BADESUL com os repassados pelo BNDES.

    A agroindstria gacha possui diversos grupos econmicos (boa parte no formato

    de empresas familiares), com grande potencial de crescimento, mas que carecem, de um

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    42

    lado, de recursos financeiros para executarem seus planos de crescimento e, de outro

    lado, da implantao de processos de gesto, visando profissionalizao de seu corpo

    executivo, implantao de boas prticas de gesto e governana corporativa em todos

    os seus processos.

    Alm disso, o planejamento estratgico do Sistema de Desenvolvimento do Rio

    Grande do Sul identificou diversos setores considerados relevantes para a retomada do

    crescimento sustentado do estado, dentre eles o setor de Petrleo & Gs, os quais sero

    apoiados por meio da concesso de crdito e outros benefcios que possibilitem tanto a

    instalao de novas plantas quanto expanso das existentes.

    Por outro lado, para atender de maneira eficaz o cidado gacho, boa parte das

    Prefeituras precisa qualificar a sua estrutura, realizando investimentos que atualmente

    no se enquadram nas linhas de crdito livres do contingenciamento do endividamento

    do Setor Pblico.

    Com o ingresso de R$ 104 milhes no capital do BADESUL, seriam destinados

    R$ 52 milhes para a constituio de Fundos de Participao, ocasionando uma

    multiplicao de, pelo menos, 4 vezes para desenvolver os setores de Agroindstria e de

    Petrleo e Gs. Os resultados da aplicao dos restantes R$ 52 milhes tambm podem

    ser ampliados se houver uma combinao com as linhas do BNDES para Prefeituras.

    Os investimentos em infraestrutura para melhorar a qualidade de vida da

    populao dos municpios de pequeno porte ou das periferias dos grandes centros

    urbanos, que sirvam de contrapartida para Programas Federais como o Minha Casa

    Minha Vida, que qualifiquem a infraestrutura de distritos industriais, apoiando

    investimentos que dinamizem as economias locais e regionais, que resultem na

    racionalizao de centros administrativos com melhorias na prestao de servios ao

    cidado, so alguns dos exemplos de como se pode potencializar o efeito positivo do

    emprstimo diretamente na vida das comunidades gachas.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    43

    2.2.2 Gesto do PROREDES BNDES

    a. Gesto e execuo

    O programa ser coordenado pela Secretaria do Planejamento, Gesto e

    Participao Cidad (SEPLAG), por meio do Departamento de Captao de Recursos

    (DECAP). O Departamento acompanhar a execuo de todos os projetos e aes,

    mantendo dados atualizados sobre a execuo fsico-financeira e o cumprimento dos

    indicadores.

    O DECAP tambm coordenar o Ncleo Gestor (NEGEP) da operao, formado

    por representantes de todos os rgos coexecutores e da Secretaria da Fazenda

    (SEFAZ). O NEGEP ter sob sua responsabilidade a comunicao com o BNDES e o

    envio de documentos para solicitao de recursos e prestao de contas, a partir das

    informaes recebidas das Secretarias coexecutoras.

    Os rgos coexecutores daro andamento aos procedimentos necessrios

    execuo de seus projetos e aes, indicaro servidor para compor o NEGEP,

    encaminharo os documentos necessrios para solicitao de recursos e prestao de

    contas ao NEGEP e repassaro informaes para que o DECAP mantenha atualizados

    seus dados sobre a operao.

    No caso de licitaes, a Central de Compras do Estado (CECOM) realizar os

    procedimentos necessrios, a no ser em temas da segurana, j que a Secretaria da

    Segurana Pblica possui o seu prprio grupo de licitaes. A Secretaria de Obras

    Pblicas, Irrigao e Desenvolvimento Urbano (SOPS) dar apoio s aes que

    envolvam obras no mbito de suas competncias.

    b. Descrio do Ncleo Gestor (NEGEP)

    O NEGEP ser composto por servidores pblicos de todos os rgos executores e

    da Secretaria da Fazenda (SEFAZ). Sua coordenao estar a cargo de Margareth

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    44

    Vasata, diretora do DECAP/SEPLAG, cujos dados para contato so

    [email protected] e (51) 3288 1446.

    2.2.3 Descrio das intervenes do projeto

    No quadro a seguir apresentam-se a discriminao de cada produto pretendido

    nas intervenes do projeto, qual problema diagnosticado a interveno est ligada, o

    responsvel pela interveno e suas informaes para contato e o oramento estimado.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    45

    ID Projeto Executor Produto Problema Responsvel Oramento

    1.1reas e Distritos

    IndustriaisSDPI

    reas industriais municipais

    implantadas

    reas e Distritos Industriais com

    infraestrutura qualificada

    implantada

    Projetos de Terminais Porturios

    concludos

    Distritos Industriais estaduais existentes com

    infraestrutura inadequada para instalao de

    novas empresas. Os municpios apresentam

    reas industriais com infraestrutura incompleta.

    Necessidade de implantao de terminais

    porturios junto a distritos e reas industriais

    que podem utilizar a hidrovia, gerando

    vantagem competitiva de logstica.

    Julia Ambros

    Coordenadora de Acesso e

    Captao de Recursos

    [email protected]

    Telefone: 3288-1013

    R$ 110.000.000,00

    1.2

    Apoio aos

    Parques

    Tecnolgicos

    SCIT Parques tecnolgicos apoiados

    Existe pouco dinamismo da economia gacha,

    frente a outros estados, associado aos gargalos

    tecnolgicos comprometendo a

    competitividade do setor produtivo.

    Luciano Andreatta

    Diretor Tcnico

    Telefone: (51) 32887402

    [email protected]

    R$ 33.000.000,00

    1.3

    Implantao da

    Infraestrutura

    Estadual de

    Dados Espaciais -

    IEDE

    SEPLAG

    Portal eletrnico de dados

    espacias

    Bases cartogrficas (1:25000)

    O Estado do Rio Grande do Sul no dispe de

    uma poltica cartogrfica estruturada. Como

    conseqncia, as atividades relacionadas a

    diferentes reas como gesto ambiental,

    preveno de catstrofes, rastreabilidade

    animal, previses de safras, dentre outras,

    ressentem-se de uma infraestrutura de dados

    espaciais organizada e centralizada que possa

    melhorar o atendimento sociedade.

    Rogrio Fialho

    Coordenador da Assessoria

    Tcnica

    Telefone: (51) 3288-1431

    [email protected]

    R$ 14.000.000,00

    1. APOIO AO DESENVOLVIMENTO DO SETOR PRIVADO E DA INOVAO TECNOLGICA

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    46

    ID Projeto Executor Produto Problema Responsvel Oramento

    2.1

    Pavimentao de

    Acessos

    Municipais

    SEINFRA -

    DAER

    76 acessos municipais

    pavimentados

    Nmero elevado de municpios gachos sem

    pavimentao nos acessos, causando falta de

    integrao, aumento das desigualdades

    regionais e dificuldades de acesso da populao

    menos favorecida aos servios sociais

    especializados.

    Ana Paula Cardoso

    [email protected]

    Telefone: (51) 32105001

    R$ 586.000.000,00

    2.2

    Modernizao de

    Aeroportos

    Regionais

    SEINFRA

    Aeroportos qualificados

    Segurana operacional

    implementada

    Atualmente os aeroportos de Passo Fundo e Rio

    Grande apresentam infraestrutura insuficiente

    para receber aeronaves de grande porte (cdigo

    de referncia 3), impossibilitando o

    recebimento de novas linhas areas regulares e

    aumento de passageiros.

    A construo de infraestrutura de acesso e

    seo contra incndio nos aeroportos de

    Erechim, Ijui e Santa Rosa e a ampliao da

    seo contra incndio dos aeroportos de Passo

    Fundo, Rio Grande e Santo Angelo so

    necessrias para cumprimento dos requisitos

    mnimos exigidos pela Agncia Nacional de

    Aviao Civil-ANAC, para atender o aumento da

    demanda e possibilitar a instalao de novas

    linhas areas.

    Lgia Villagrn Barreto Alves

    Engenheira Civil do

    Departamento Aeroporturio-

    DAP/SEINFRA

    Telefone: 3288-5384

    [email protected]

    R$ 20.000.000,00

    2. MELHORIAS EM TRANSPORTES

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    47

    ID Projeto Executor Produto Problema Responsvel Oramento

    3.1Modernizao da Defesa

    Agropecuria do RSSEAPA

    Equipamentos adquiridos e instalaes e

    infraestrutura modernizadas

    A estrutura de defesa agropecuria, incluindo as

    inspetorias veterinrias, encontra-se em

    condies precrias para prestao de servio,

    especialmente de preveno de febre aftosa e

    peste suna.

    Eraldo Leo Marques

    Diretor Departamento de Defesa

    Agropecuria (DDA)

    eraldo-

    [email protected]

    (51) 3288-6314

    R$ 11.600.000,00

    3.2

    Reestruturao do

    Parque Estadual Assis

    Brasil

    SEAPA Obras concludas e equipamentos entregues Estrutura do Parque em condies precrias

    Telmo Motta Jr, Diretor

    telmo-

    [email protected]

    Telefone: (51) 3458 8501

    R$ 18.400.000,00

    3.3

    Modernizao e Difuso

    de Pesquisa Agrcola

    para o Sistema de

    Produo em Vrzea

    SEAPA -

    IRGAObra concluda e equipamentos entregues

    Estruturas fsicas e materiais do IRGA

    desgastadas e desatualizadas, dificultando a

    pesquisa e a difuso de novas tcnicas e

    tecnologias

    Srgio Lopes

    [email protected]

    Telefone: 3470 0605

    R$ 9.000.000,00

    3.4

    Melhoria da

    Infraestrutura em

    Centros de Pesquisa da

    FEPAGRO

    SEAPA -

    FEPAGRO

    Obras concludas, equipamentos entregues e

    biofbrica concluda

    Infraestrutura fsica dos centros da FEPAGRO

    desgastados e desatualizados. Uso intensivo de

    inseticidas qumicos no controle de pragas,

    gerando danos ambientais e fsicos s pessoas.

    Luciano Kaiser

    luciano-

    [email protected]

    Telefone: (51) 3288-8056

    R$ 22.000.000,00

    3.5

    Fortalecimento da

    Infraestrutura Produtiva

    da Agricultura Familiar

    SDRSecretaria com infraestrutura modernizada e

    instalaes da CEASA recuperadas e ampliadas

    Infraestrutura da SDR e maquinrio para apoio

    aos agricultores assentados e em condies

    precrias so insuficientes e desatualizados.

    Instalaes da CEASA em situao de risco,

    necessitando de recuperao e ampliao.

    Elton Scapini Diretor-Geral

    [email protected]

    Telefone: (51)3218-3377

    R$ 75.000.000,00

    4.1Regularizao

    urbanstica e fundiriaSEHABS

    Estudos e projetos prvios concludos

    Loteamentos com infraestrutura implantada

    Unidades habitacionais construdas

    Deficincias graves de infraestrutura, prejuzos

    ambientais e situao fundiria indefinida em

    reas ocupadas na grande Porto Alegre,

    resultando em condies de vida indignas para

    as populaes envolvidas.

    Eduardo Germano Felker

    Andreis, Diretor, telefone (51)

    32884625,

    [email protected]

    R$ 94.000.000,00

    3. APOIO MODERNIZAO DO SISTEMA PRODUTIVO RURAL

    4. HABITAO PARA GRUPOS DE BAIXA RENDA

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

    SECRETARIA DO PLANEJAMENTO, GESTO E PARTICIPAO CIDAD

    48

    ID Projeto Executor Produto Problema Responsvel Oramento

    5.1

    Qualificao das

    instalaes e servios da

    Brigada Militar - BM

    SSP - BM

    Sistema de Gerenciamento de Frota BM

    implantado; Sistema de Videomonitoramento BM

    implantado; Equipamentos de informtica

    adquiridos.

    Defasagem tecnolgica dos equipamentos de

    informtica, dos sistemas de controle

    operacional para o gerenciamento da frota e de

    acesso ao complexo BM

    Marcio de Azevedo Gonalves;

    marcio-go