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PPP – Projeto Político Pedagógico 2011/2014

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PPP Projeto Político

Pedagógico 2011 – 2014

Irmãs Filhas do Sagrado Coração de Jesus Província Nossa Senhora Aparecida

Porto Alegre/RS


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SUMÁRIO Apresentação.......................................................................04 CAPÍTULO I 1.IDENTIDADE DA INSTITUIÇÃO.......................................05 1.1. Histórico........................................................................05 1.1.1.Da Congregação.........................................................05 1.1.2.Filhas do Sagrado Coração de Jesus no Brasi...........06 1.1.3.Da Associação de Literatura e Beneficência..............06 1.1.3.1.Das Relações com a Entidade Mantenedora..........08 1.1.3.2.VALORES................................................................08 1.1.3.3.MISSÃO...................................................................09 1.1.3.VISÃO.........................................................................09 1.2 DO SERVIÇO DA EDUCAÇÃO.....................................09 1.2.1 Dos Colégios...............................................................10 1.2.1.1.Colégio Sagrado Coração de Jesus - São Borja.....10 1.2.1.2.Colégio Teresa Verzeri - Santo Ângelo....................11 1.2.1.3.Colégio Sagrado Coração de Jesus - Ijuí................12 1.2.1.4.Colégio Medianeira - Santiago...............................13 1.2.1.5.Colégio Coração de Maria - Esteio..........................14 CAPÍTULO II 2.CARISMA E ESPIRITUALIDADE....................................15 2.1.PRINCÍPIOS GERAIS NA ARTE DE EDUCAR CONFORME TERESA VERZERI ......................................16 2.1.1.Testemunho...............................................................17 2.1.2.Liberdade e Responsabilidade...................................18 2.1.3.Acolhida aos Educandos............................................19 2.1.4.Conhecimento do Temperamento dos Jovens...........19 2.1.5.Discrição e Discernimento..........................................20 2.1.6.Respeito à Individualidade..........................................21 2.1.7.Ponderação e Prudência............................................22 2.1.8. Recurso à Deus........................................................24


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2.2.PRESSUPOSTOS TEÓRICOS.....................................24 2.2.1.Pressupostos Evangélicos..........................................24 2.2.2.Presupostos Antropológicos.......................................25 2.2.3.Pressupostos Epistemológicos...................................27 2.2.4.Pressupostos Sociais e Políticos................................30 2.2.5.Pressupostos Psicológicos.........................................32 CAPÍTULO III 3.GESTÃO PEDAGÓGICA..................................................34 3.1.Proposta Curricular........................................................35 3.2.Processo de Ensino e Aprendizagem............................35 3.3. Metodologia...................................................................37 3.4. Planejamento das Práticas Educativas.........................38 3.5.Avaliação........................................................................39 3.6.Recursos Tecnológicos..................................................42 3.7. Identidade do(a) Educador(a) Verzeriano(a)................43 3.8.Identidade do Educando Verzeriano..............................46 4.CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................47 BIBLIOGRAFIA....................................................................48


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APRESENTAÇÃO

Presidente construirá a apresentação

Porto Alegre, dez 2010.

Maria Elvira (Presidente da ASLB)


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CAPÍTULO I 1. IDENTIDADE DA INSTITUIÇÃO 1.1. Histórico 1.1.1. Da Congregação

A Congregação das Irmãs Filhas do Sagrado Coração de Jesus foi fundada em Bígamo, na Itália, no dia 08 de fevereiro de 1831, pelo Monsenhor Giuseppe Benaglio e por Teresa Eustochio Verzeri.

Sensível às necessidades de sua época, e tendo já aberto uma escola para meninos pobres, Monsenhor Giuseppe Benaglio decidiu atender, também, às meninas necessitadas e possibilitar formação humana e cristã. Encontrou, em Teresa Verzeri, uma mulher audaz, corajosa e com qualidades exigidas para levar adiante o projeto.

Naquela época, muito difícil para a Igreja e para os povos, Teresa Verzeri foi um dos instrumentos da Providência para cumprir os seus desígnios. Ela aparece na fileira dos Fundadores do século XIX, como MESTRA DA ESPIRITUALIDADE, APÓSTOLA E PEDAGOGA.

Benaglio iniciou uma obra para educação de jovens pobres. Para garantir a continuidade daquela missão, enriquecê-la e expandi-la, o grupo inicial de educadores passou a se constituir numa comunidade religiosa, com o nome de FILHAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS. O fundador queria que a repetição, ora pronunciada ora ouvida, desse nome fosse estímulo constante ao seguimento daquele Coração Divino, todo amor-caridade para com Deus e para com o próximo. Por isso, em fidelidade ao próprio carisma, as FILHAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS são, constantemente, chamadas a encontrar formas


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concretas de expressar esse amor, conforme as exigências da realidade. 1.1.2. Filhas do Sagrado Coração de Jesus no Brasil

A presença da Congregação iniciou-se com uma pequena escola paroquial, em Três Maio, antigo Buricá, no Estado do Rio Grande do Sul, em 28 de dezembro de 1930. Em 1935, teve início a Província Nossa Senhora Aparecida. As Filhas do Sagrado Coração de Jesus iniciaram seu trabalho na educação e saúde; posteriormente, ampliaram o atendimento nos lares para meninas, asilos e projetos sociais, em comunidades inseridas no meio popular.

Atualmente, o Brasil tem duas províncias: Província Nossa Senhora Aparecida, com sede na cidade de Porto Alegre - RS e Província Teresa Verzeri, com sede no Maceió. Irradiam seu trabalho em vários estados do Brasil, desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas.

Além da Itália e o Brasil, a Congregação está presente na Argentina, Bolívia, República Centro-Africana, Ásia e Paraguai. Integra religiosas de diversas nacionalidades, que dão continuidade ao projeto inicial dos fundadores. 1.1.3. Da Associação de Literatura e Beneficência (Entidade Mantenedora) A Associação de Literatura e Beneficência foi fundada em 30 de agosto de 1932, tem como associadas às Irmãs Filhas do Sagrado Coração de Jesus; é uma sociedade civil, de fins não econômicos, filantrópica, de caráter beneficente, educativo, cultural e de assistência social.


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A Associação tem sede na rua Dr. Dario de Bittencourt, 32, na cidade de Porto Alegre, RS, e suas principais finalidades estatutárias são as seguintes:

Assistir, promover e valorizar as pessoas e grupos de pessoas menos favorecidas em situação de vulnerabilidade social;

Oferecer oportunidades, meios e condições para educação de base, habilitação profissional, recreação, arte, melhoria dos padrões culturais e ascensão social;

Promover o convívio e a fraternidade humana, o sentido e ação comunitária, a participação e a integração social;

Prestar serviços de assistência em saúde preventiva e curativa;

Criar, desenvolver e manter atividades-meio para se auto sustentar e qualificar seus serviços;

Estimular atividade de pesquisa científico-cultural e o desenvolvimento nas áreas de saúde, educação, assistência social e preservação ambiental;

Oferecer serviços educacionais, em todos os níveis de ensino, infantil, básico (fundamental e médio), superior e modalidades de ensino para crianças, jovens e adultos;

Desenvolver ações, que visem à promoção da integração no mercado de trabalho de jovens e pessoas carentes;

Promover e/ ou implantar sistemas de captação de recursos, junto à comunidade em geral, para viabilizar os objetivos institucionais;

Criar, congregar, assessorar, subsidiar financeiramente, firmar contratos e convênios, incorporar e promover ação conjunta com obras e


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instituições congêneres ou afins, com vista à promoção humana e que se enquadrem nas finalidades previstas neste Estatuto;

Implantar e administrar unidades de produção; desenvolver e incentivar práticas desportivas; orientar, assessorar, administrar e dirigir instituições de saúde, educação e assistência social, destinando os resultados, exclusivamente, à sua manutenção.

1.1.3.1 – Das Relações com s Entidade Mantenedora

Para a consecução de suas finalidades, a Associação de Literatura e Beneficência, mantém, sob sua responsabilidade, uma rede de estabelecimentos na área da saúde, educação e de assistência social, de sua propriedade e manutenção, ou de sua administração e direção, e busca apoio da comunidade, de pessoas físicas e jurídicas, instituições públicas e privadas, e de organismos nacionais e internacionais.

A Associação de Literatura e Beneficência é responsável, perante as autoridades públicas e o público em geral, pelos estabelecimentos mantidos, incumbindo-lhe tomar às medidas necessárias ao seu bom funcionamento, respeitando os limites da Lei, Regimento, a liberdade acadêmica dos corpos docentes e discentes.

A entidade mantenedora reserva-se o direito de deliberar sobre a administração dos estabelecimentos mantidos, conforme previsão estatutária, podendo delegá-la, no todo ou em parte, à Diretoria nomeada em ato competente.


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1.1.3.2. VALORES: 1.Caridade do Coração de Jesus 2.Cordialidade nas Relações 3.Respeito às diferenças 4.Justiça 5.Solidariedade 6.Profissionalidade

1.1.3.3. MISSÃO: Promover a vida e a dignidade humana para tornar

visível a Caridade do Coração de Jesus.

1.1.3.4. VISÃO:

Ser presença significativa na Educação, Saúde, Assistência Social e na Inserção em meios populares, reconhecida pela prática dos valores da Instituição Verzeri, sustentabilidade, qualidade das relações e dos serviços.

1.2. DO SERVIÇO DA EDUCAÇÃO:

Em 1931, as primeiras irmãs missionárias chegaram ao Brasil, sem nenhuma outra pretensão a não ser encarnar a amor do Coração de Jesus em terras latino-americanas. Desafiadas e fortalecidas pela fidelidade aos princípios educativos das FILHAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, transmitidos por Santa Teresa Verzeri, em seus escritos, definiram e desenharam a educação como “OBRA DE AMOR”. Princípios estes pautados em uma missão educativa que se concretiza no testemunho de vida, na liberdade, na responsabilidade, na acolhida aos educandos, no conhecimento do temperamento dos jovens, na discrição, no discernimento, no respeito à individualidade, na ponderação, na prudência e na recorrência a Deus, para perceber e fazer a Sua Vontade. Neste mesmo ano, as


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irmãs FSCJ iniciaram a missão educativa, fundando um colégio na cidade de Buricá, hoje Três de Maio/RS.

Atualmente, as Instituições Verzeri contam com cinco escolas no Rio Grande do Sul, sempre atentas ao momento histórico e aos desafios da realidade.

1.2.1. Dos Colégios:

1.2.1.1. Colégio Sagrado Coração de Jesus – São Borja - RS

D. Hermeto José Pinheiro, bispo de Uruguaiana e Monsenhor Patrício Petit-Jean, vigário de São Borja, pensaram na existência de um colégio católico, dirigido por Irmãs, em São Borja.

Em 19 de fevereiro de 1932, foi fundado por religiosas lideradas pela Madre Maria Antônia Perini, o Colégio Sagrado Coração de Jesus, tendo o privilégio de erguer-se sobre as ruínas do antigo Colégio Jesuíta de São Francisco de Borja. Em sua atuação, há mais de sete décadas, sempre se inspirou na filosofia e nos escritos de Santa Teresa Verzeri, colocando a Educação a serviço da realização e da felicidade do ser humano.

Atualmente, o Colégio busca ser uma Escola de referência regional em qualidade, procurando concretizar sua proposta metodológica através de projetos interdisciplinares, que oportunizam a integração com a comunidade e favorecem o desenvolvimento de competências e habilidades. Mantêm os Cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Curso Normal, Curso Técnico de Enfermagem. No 1º, 2º, 3º e 4º ano do Ensino Fundamental, proporciona oficinas variadas que visam ao desenvolvimento de habilidades e à interação com o contexto sócio-cultural dos alunos.


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Consciente de seu papel na sociedade são-borjense diversificou seus espaços de atuação, oferecendo: Sala de Multimeios, Laboratórios de Informática e de Ciências, Bibliotecas, Matemotepa, Parque Infantil, Salão de atos, Capela.

1.2.1.2. Colégio Teresa Verzeri – Santo Ângelo – RS

O Colégio Teresa Verzeri foi fundado em 1º de março de 1932, na cidade de Santo Ângelo, por um grupo de religiosas, lideradas pela Madre Catarina Lépori, constituindo-se na segunda escola a ser implantada pelas Irmãs Filhas do Sagrado Coração de Jesus no Estado do Rio Grande do Sul.

A história do Colégio Teresa Verzeri é parte da história de Santo Ângelo, numa interação muito significativa.

Atualmente, o Colégio mantém os cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio e coloca à disposição da comunidade escolar uma ampla estrutura física e pedagógica. Com um currículo sempre atualizado e inovador, acompanha a evolução tecnológica e metodológica em suas práticas; oferece laboratórios de Ciências Físicas e Biológicas e Informática; salas ambientes para atividades de Física, Matemática, Geografia, História, Canto, Dança e Brinquedos, além de amplo Parque Infantil, Ginásio de Esportes, Área coberta, amplo pátio, Auditório, Capela e outras dependências. Em sua ação, prioriza o educando e a construção de seu conhecimento e incentiva o professor a tornar-se um profissional competente e audaz, ciente da necessária interdisciplinaridade, em sua prática, e do contexto multicultural em que se insere. Também, coerente com o carisma da Congregação, a Escola desenvolve projetos sociais e de promoção humana,


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envolvendo crianças, adolescentes e jovens de famílias de baixa renda. 1.2.1.3. Colégio Sagrado Coração de Jesus- Ijuí – RS

O Colégio Sagrado Coração de Jesus de Ijuí foi fundado em 21 de outubro de 1934 atendendo um desejo da comunidade ijuiense de implantar uma escola de confissão católica. A partir de 1994, é administrado por direção leiga. Tem como fontes inspiradoras de seu trabalho educativo, juntamente com professores, alunos, pais e funcionários, o projeto de Jesus Cristo e os Princípios Pedagógicos da fundadora, Santa Teresa Verzeri.

Atualmente, o Colégio Sagrado Coração de Jesus oferece à Comunidade Regional: Educação Infantil (a partir de 1 ano e 6 meses), Ensino Fundamental e Ensino Médio. Conta com um grupo de 48 professores, 05 estagiários, 17 funcionários e 06 Irmãs que acompanham o aluno em seu processo de crescimento pessoal e intelectual para que desenvolva suas potencialidades, na vivência da fraternidade, do diálogo, a fim de interagir positivamente na sociedade, para que ela se torne mais cristã, humana e solidária.

Cientes da importância das questões sociais, principalmente no que se refere à participação de empresas ou instituições na ajuda de grupos que necessitam de apoio, a Escola desenvolve o Projeto Social, em parceria com a Paróquia Nossa Senhora da Natividade e Gabinete 1ª Dama, através de ações solidárias junto às diversas pastorais que a Igreja presta assistência.

O Colégio Sagrado Coração de Jesus, oferece à sua comunidade escolar recursos pedagógicos variados e ambientes especiais propícios ao desenvolvimento do processo de aprendizagem.


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A Associação de Pais e Mestres, Clube de Mães, Associação de Professores e Funcionários e Grêmio Estudantil são instituições da Escola, dinâmicas e atuantes, que exercem com entusiasmo atividades inerentes à sua função, com o objetivo fortalecer os laços entre os membros da comunidade escolar.

Em 2010 o CSCJ inovou com a aquisição de três Lousas Interativas, como um recurso pedagógico a mais que será utilizado pelo professor nas suas aulas com recursos em 3D.

Também foi implantado o Portal Educacional através de uma parceria com a Escola, que tem por intuito encorajar e disseminar o uso das novas tecnologias, pesquisas na internet e interatividade com as Famílias, as quais possuem uma senha de acesso restrito.

Buscando atender as constantes mudanças e descobertas científicas e tecnológicas a escola procura atualizar a proposta pedagógica, sempre atenta às tendências educacionais.

1.2.1.4. Colégio Medianeira – Santiago – RS O calendário marcava 1945. Madre Catarina Lépori

partiu, com um grupo de Irmãs, rumo a Santiago. E, no dia 1º de março de 1945, finalmente, chegaram em nossa cidade. Uma semana depois, foi celebrada a 1ª missa do Colégio Medianeira.

Comprometido com o Carisma da Congregação das Filhas do Sagrado Coração de Jesus e a Proposta Verzeriana, que valoriza a Educação como o bem maior de todo o ser humano, o Colégio Medianeira oferece uma aprendizagem diferenciada e de qualidade, fundamentada em princípios morais, éticos e cristãos, com o objetivo de formar pessoas críticas e conscientes no exercício da


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cidadania, capazes de transformar a realidade. Conta com um espaço privilegiado, seguro e com ambientes variados, que auxiliam na construção do conhecimento. Sua Equipe Gerencial e Pedagógica, bem como seu Corpo Docente estão habilitados para oferecerem serviços da melhor qualidade. Esta é a grande Família Medianeira: Direção, Serviços, Professores, Alunos, Pais, Funcionários e Colaboradores, que, há mais de seis décadas, vêm contribuindo com a educação em Santiago e região.

O Colégio mantém, hoje, os cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Técnico em Secretariado e Curso Normal e Aproveitamento de Estudos ou Normal Pós Ensino Médio. Também disponibiliza seu espaço físico para Cursos Universitários, como no momento, para a UNOPAR - Universidade do Norte do Paraná, para seminários, formaturas e outros eventos da Comunidade. Ainda, para desenvolver atividades complementares, conta com três amplas quadras de esporte, um pavilhão coberto e o ginásio de esportes. “EDUCAR O CORAÇÃO COM O CORAÇÃO”

1.2.1.5. Colégio Coração de Maria – Esteio – RS

Fundado em 19 de março de 1949, o Colégio Coração de Maria desenvolve um trabalho de cunho educacional, preservando valores cristãos e formando gerações ativas e participativas.

Nossa missão funda-se nos valores verzerianos e “Busca promover educação integral de excelência, desenvolvendo nos educandos potenciais intelectuais e valores humano cristãos, para atuarem em uma sociedade que prioriza relações, inovação e responsabilidade socioambiental”.


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Como diferenciais, temos: a metodologia de projetos pedagógicos; aulas significativas e práticas com uso de recursos diversos (laboratórios de informática, ciências físicas e biológicas, sala multimídia); plantão tira-dúvidas; programa de nivelamento educacional; acompanhamento individualizado; Este trabalho é acompanhado através da mediação pedagógica docente e discente. Temos também aulas de inglês desde a Educação Infantil e Espanhol desde a quarta série/ quarta ano do Ensino Fundamental, os alunos participam de projetos de Iniciação Científica, Robótica Educacional com o LEGO, Educação Física por modalidades esportivas. O Colégio oferece oficinas de música, capoeira, ballett, teatro, robótica, jazz, judô.

Neste sentido, e guiado pelo Carisma de Santa Teresa Verzeri, o Colégio Coração de Maria criou o Programa Resgatando Vidas, que busca atender as demandas de convívio familiar e comunitário e de acesso à profissionalização através projetos sociais.

Nossa proposta pedagógica provém do lema de Santa Teresa Verzeri: “Bondade, firmeza e muito amor!”

CAPÍTULO II 2. CARISMA E ESPIRITUALIDADE

Teresa Verzeri dedicou-se a uma vida intensa de doação, caridade e auxílio aos mais necessitados da época dando especial atenção às crianças, aos adolescentes, aos jovens, a educação e a formação de personalidades cristãs. Em seu caminho espiritual foi orientada por Monsenhor Giuseppe Benaglio, que acompanhou a família. Da infância a idade adulta deixou-se iluminar pelo espírito da verdade, que anima a uma constante e intensa luta espiritual.


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Teresa Verzeri – uma grande mulher: MESTRA DE ESPIRITUALIDADE, APÓSTOLA E RECONHECIDA EDUCADORA, fez a diferença em sua época e continua deixando marcas através do legado deixado as Filhas do Sagrado Coração de Jesus e a todos aqueles e aquelas que continuam seu projeto.

Segundo Murad, diante de Jesus, somos todos seguidores, aprendizes e irmãs (ãos). Recebemos a missão de levar avante o carisma fundacional. Animar as pessoas a serem seguidoras de Jesus e continuadoras do Carisma.

Conhecer, fazer parte da Instituição Verzeri, é aprender do Coração de Jesus: contemplar, estudar, aprender dele o caminho da santidade, praticar virtudes que Ele praticou especialmente a caridade para com o Pai e com a humanidade.

São dimensões essenciais da espiritualidade, segundo a tradição das FSCJ. Pode-se comprovar no Livro dos Deveres onde Santa Teresa Verzeri diz: “Jesus Cristo, a vós e ao vosso Instituto, fez precioso Dom do seu Coração, para que, não de outros, mas dele, aprendais a santidade, porque Ele é da verdadeira santidade, a fonte inesgotável”. Do dom recebido vem o nome: “Filhas do Sagrado Coração de Jesus, filhas do amor”. Tudo deve acontecer na simplicidade, verdade, justiça, relação de proximidade, coração a coração, pensando conforme o íntimo do Coração de Jesus, tornando-se, como Ele, eucaristia para o mundo. 2.1. PRINCÍPIOS GERAIS NA ARTE DE EDUCAR, CONFORME TERESA VERZERI

Os princípios Gerais na Arte de Educar, conforme Teresa Verzeri fundamentam a prática pedagógica, através da concepção de educação e dos pressupostos teóricos dos colégios da Instituição Verzeri.


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2.1.1. Testemunho

Testemunhar é declarar ter visto, ouvido ou conhecido. É manifestar, expressar, revelar. É confirmar, comprovar. Dar testemunho não é resultado de uma programação. Testemunho é conseqüência.

O testemunho é um dos princípios educacionais, onde a ação de presença é evidenciada pelos valores éticos da convivência e nas relações humanas, que acontecem no diálogo, que deve ser permanente.

A valorização das ações e dos exemplos são fundamentais para que o educando possa se espelhar no agir dos educadores, que são seus referenciais mais imediatos. Daí que toda interação seja precedida pela reflexão e posterior revisão, para que seja um autêntico testemunho de vida. A este propósito afirma Santa Teresa Verzeri: “Quem quiser ser verdadeiramente útil aos jovens, deverá precedê-los em todas as virtudes com o exemplo, lembrando-se de que se obtém muito mais silenciando e agindo do que falando sem agir, e que o progresso do discípulo não se obtém pela voz do mestre mas por seu exemplo. “A experiência comprova esta verdade: é necessário viver antes, o que pretende ensinar aos outros. É indispensável mostrar com o exemplo o que se pretende ensinar com palavras. (Livro dos Deveres, edição portuguesa, Vol.II, p. 174-175, 1981).


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2.1.2. Liberdade e Responsabilidade O processo de educação autêntica desperta e

desenvolve valores, aprofundando-os e orientando o educando para o exercício constante do discernimento, pela participação e a liberdade.

Nessa perspectiva, o processo educativo passa a ser entendido como prática da liberdade. A escola se transforma, assim, num espaço de atuação mais livre, espontânea e igualitária, na qual cada educando passa a se constituir sujeito de sua própria história, construindo uma personalidade autônoma e livre, através da liberdade de ação e de escolha.

O limite, porém, entre liberdade total e liberdade responsável, é tênue. A liberdade responsável é uma opção da pessoa e uma conquista, assumida como processo existencial que conduz a autonomia. Na responsabilidade perante as próprias decisões, a relação com os demais e com a natureza, o ser humano torna-se sujeito livre, responsável assumindo sua identidade, no seu projeto de vida.

Santa Teresa Verzeri, ao falar sobre liberdade em educação, afirmou: “Sempre dentro dos limites do regulamento e da obediência, deixe-se aos jovens certa liberdade, para que saibam que o jugo do Senhor é suave e seus servos são livres. Uma prudente liberdade fará os educandos agirem com espontaneidade e liberdade, a fazerem com prazer aquilo que fariam, talvez, com dificuldade e revoltadas se coagidas. (Livro dos Deveres – edição portuguesa, Vol. II, p. 175-176, 1981).


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2.1.3. Acolhida aos Educandos Acolher é atitude do coração. É uma forma de

humanizar-se e de humanizar. Para isso, importa dar-se conta de que o outro existe. Ele e eu, em relação recíproca, teremos melhores condições de vida, além de maiores possibilidades de contribuir para tornar a sociedade humana e feliz.

A escola, portanto, torna-se espaço que favorece a comunhão e a participação dos educandos entre si, com os educadores, familiares, comprometendo-se com ações de solidariedade e humanizando-se a partir de Jesus Cristo

Este preceito é enaltecido por Santa Teresa Verzeri: “Vós minhas diletíssimas, que deveis ser animadas e conduzidas por uma sólida caridade, tende para com essas jovens difíceis... o olhar atento e o coração benigno, indo ao encontro de suas necessidades, assim que podeis. “A natureza e o amor-próprio levam-nos a prodigalizar atenções e cuidados para com as jovens que demonstram afeição, estima e respeito, que falam bem de nós. Mas a verdadeira caridade olha com predileção aquelas que nos detestam, que nos desprezam e falam mal de nós, reconhecendo-as especialmente necessitadas de ajuda e apoio (Livro dos Deveres, edição portuguesa, Vol. II. P. 176-177, 1981). 2.1.4. Conhecimento do temperamento dos Jovens

Movidos pela paixão para com a juventude, os educadores agem com serenidade, com capacidade de unir afetividade e conhecimento, ternura e vigor, tanto no pensar como no agir. Apresentam, também, um posicionamento decidido e acolhedor de quem sabe ser firme com suavidade, enérgico com doçura e exigente sem ferir. Para isso, se criam as condições necessárias para que todos os educandos se sintam pessoas com possibilidades e limites,


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e se desenvolvam para o exercício da cidadania e para a construção de uma sociedade justa, fraterna e democrática.

Em educação, é necessário olhar as individualidades, respeitar as diferenças e o ritmo de cada um.

Santa Teresa Verzeri enfatiza a importância do conhecimento do temperamento dos educandos para sensibilizá-los e orientá-los eficazmente, considerando as diferenças individuais, como postura educativa. “Estudai-lhes o temperamento, observando suas manifestações, inclinações e movimentos espontâneos, até conhecê-los o mais profundamente possível, para formar deles um juízo acertado. Enquanto não conhecerdes o temperamento dos jovens, não adoteis nenhum método específico. É preferível que permaneçam algum tempo privados do seu alimento, a receberem outro não condizente”. (Livro dos Deveres, Edição portuguesa, Vol. II, p. 178, 1981). 2.1.5. Discrição e Discernimento

A capacidade de discernir é uma exigência da condição humana. Implica o exercício de análise crítica da realidade com vistas à justa avaliação da mesma e o compromisso conseqüente de ações internas, posições mentais e cordiais, atitudes pessoais ou grupais, diante de acontecimentos, situações, problemas, pessoas, sem discriminação de cor, credo, deficiências, diante de si mesma e na relação com os outros, com o universo criado e com Deus.

A interação educando - educador proporciona momentos de reflexão, experimentação, de forma autônoma e responsável.

O educador é, portanto, presença orientadora e norteadora que, com discrição e prudência, se mostra atento


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aos anseios e às necessidades dos educandos. O senso de oportunidade, medida, cordialidade, simplicidade e confiança serão atitudes imprescindíveis na vida e na prática docente. Por isso, é necessário conhecer a história de cada educando. Ouvir mais do que falar. Utilizar-se de meios adequados para chegar ao coração e à mente dos jovens. Conhecer, pelo menos em parte, os sonhos, angústias, esperanças e buscas. Oferecer a cada um o necessário. E não mais do que isso, para que o conhecimento, adquirido com sua própria capacidade e imaginação, leve o educando ao seu aperfeiçoamento interior.

A partir desse olhar, o educador terá elementos para subsidiar sua pratica pedagógica, num empenho de educação para a virtude, conforme o Carisma e a Espiritualidade do Coração de Jesus. Santa Teresa Verzeri assim se expressa: “No trato e na educação da juventude, usai de extrema discrição. Mantendo firme o propósito de educá-la para a virtude e orientá-la para Deus.” “Com base no conhecimento de cada uma, estabelecei a maneira de tratá-las. Algumas requerem um trato enérgico, outras, afável; algumas, rígido e outras, suave; reservado com algumas e aberto e familiar com outras. Daí, a cada uma, o que lhe for adequado; sendo isso, e não algo diferente, o que se faz necessário para conduzi-las à virtude e aperfeiçoá-las no espírito” (Livro dos Deveres, edição portuguesa, Vol II p. 177-178, 1981) 2.1.6. Respeito à Individualidade

Nossa sociedade é marcadamente multicultural, integrada por diferentes grupos, etnias, culturas e credos religiosos. Neste contexto, a escola precisa ser lugar de diálogo e boa convivência, para que as transformações


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sociais não se tornem desigualdades sociais, mas busca da paz e da inclusão de todos. Sendo assim, a construção da cidadania passa pela valorização das diferentes culturas, dentro da sua própria comunidade, e busca ultrapassar os seus limites, também no que diz respeito ao conhecimento.

Esse é um grande desafio que perpassa todo o fazer pedagógico, oportunizando um atendimento focado no seu ritmo de aprendizagem, nas suas necessidades e nas suas expectativas. Agir com retidão para orientar com sabedoria. Não fazer exigências rigorosas, mas atuar com paciência, confiança, bondade e firmeza.

A partir disso, a educação, alicerçada nos princípios de Santa Teresa Verzeri, prioriza a formação e o desenvolvimento integral do educando Assim se expressa Santa Teresa Verzeri:

“Sede atentas para não pretender conduzir os outros pelo caminho que vós mesmos percorreis. Esse é um erro no qual se incorre facilmente.(...) O exigir demasiado do próximo, principalmente da juventude, é sinal de que se possui bem pouco conhecimento da limitação humana e pouca a luz de Deus. Quem força uma plantinha a produzir fruto antes do tempo determinado na natureza, faz com que ela seque... Assim fazeis com vossas jovens, quando as forçais e oprimis com pretensões e rigores indiscretos, ditados pelo espírito humano, que é impaciente, e não pelo espírito de Jesus Cristo, que sabe esperar com longanimidade”. (Livro dos Deveres, edição portuguesa, Vol.II, p. 178-179, 1981).

2.1.7. Ponderação e Prudência A prudência encoraja nas decisões a serem

tomadas, no que se refere a avançar ou a conservar. Faz


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refletir e impulsiona a agir. A pessoa prudente age com discrição, não deixa o certo pelo duvidoso; fala pouco e escuta muito; reflete antes de assumir e dá o devido tempo a cada coisa. Ao tomar decisões, procede com coragem, guarda segredo no coração, é esclarecida e cautelosa, e modera as palavras. Na adversidade, mantém-se tranqüila, sabendo discernir o que é autêntico daquilo que é falso, e não julga facilmente o próximo.

Os costumes familiares dos educandos e sua bagagem histórico-sócio-cultural os acompanharão durante toda a sua existência. Por isso, é importante respeitar as diferenças com ponderação e prudência, para auxiliar o educando na compreensão e superação das próprias atitudes e comportamento.

Os costumes, mesmo enraizados, podem ser modificados pela ação pedagógica do educador, desde que passe pelo desafio de compreender o que não pode ser alterado ou reestruturado.

Nesse particular, Santa Teresa Verzeri diz, citando São João Batista: “... ele conhecia e praticava tudo com a maior perfeição, contudo, tendo sido interrogado por alguns publicanos pecadores sobre o que deveriam fazer como penitência... o Santo disse-lhes:” nada mais do que aquilo que está prescrito “(Lc 3,13). Eis como João Batista se ateve ao extremamente necessário, sabendo que, se tivesse exigido mais, nem mesmo isso ele teria conseguido. Aprendei deles, minhas caríssimas, a ser extremamente discretas”. (Livro dos Deveres Vol. III, cap. III, p. 353. e na edição portuguesa Vol. II, p. 180, 1981).


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2.1.8. Recurso à Deus Através de um profundo respeito a todas as formas de

vida, em especial a do ser humano, nas suas diversas dimensões, os educadores verzerianos têm uma postura de inculturação, valorizando o diálogo ecumênico e inter-religioso tendo como pressuposto o Evangelho.

Educar, através da fé, nos dias de hoje, é um desafio maior que em outros tempos. O educador, antes mesmo de ser mestre para os outros, precisa ser educador de si próprio. Escolher viver o Evangelho de Jesus Cristo e comunicá-lo, com transparência e suavidade, firmeza e amor discernimento faz com que o educando internalize os ensinamentos e orientações, semeados nas ações diárias da prática docente.

Nossas escolas, como promotoras de uma educação evangélico-libertadora, iluminadas pelo Carisma da Congregação e seguidoras da pedagogia de Jesus, não podem omitir-se com relação à evangelização, conforme enfatiza Santa Teresa Verzeri: “Não esqueçais que o êxito na formação de vossos educandos está nas mãos de Deus, êxito alcançado com Sua graça. Não está ligado nem à suavidade nem ao rigor, mas à moção do Espírito Santo, que inspira e conduz onde quer”. (Livro dos Deveres, Vol.II. tradução portuguesa, p. 181, 1981). 2.2. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS: 2.2.1. Pressupostos Evangélicos:

A ação educativa das Escolas Verzerianas tem como fundamentos a pessoa de Jesus Cristo e seu projeto de vida, expresso em Lucas 4,18-19: “O Espírito do Senhor está


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sobre mim, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor”.

Continuando a missão de Jesus Cristo vivo e ressuscitado, assumimos o compromisso de ser presença do Projeto do Reino de Deus, testemunhado por Ele.

Com profundo respeito à vida e a todas as dimensões da pessoa, busca-se postura de inculturação, valorizando o diálogo interreligioso, tomando como pressuposto à Evangelização.

Evangelizar, para os filhos e filhas do Coração de Jesus, significa ser presença do rosto e do coração de um Deus misericordioso. Esse Deus que educou seu povo num processo longo e paciente, marcado pela bondade, firmeza, audácia, fidelidade, ternura, mansidão e humildade, indicando caminhos, para serem sujeitos e construtores da própria história.

Na pedagogia de Jesus, seguimos seu coração, a exemplos de Santa Teresa Verzeri, como resposta aos desafios de criar participação, solidariedade e comunhão. Assim, buscamos continuar sendo Boa Nova, uns para os outros, e sinais de esperança e vida para a realidade que nos cerca. 2.2.2. Pressupostos Antropológicos

As escolas têm como fundamento último o desenvolvimento do ser humano seja como educando, educador ou colaborador. Assim, faz-se necessária a reflexão sistemática sobre as origens e o desenvolvimento histórico dos seres humanos, enquanto pessoas, que se


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relacionam consigo mesmos, com Deus, com a natureza e com os outros.

Os questionamentos fundamentais nesta forma de conceber a educação devem ser sempre: Quem é o ser humano? De onde veio? Para onde vai? Que lugar ocupa na natureza? Que relação estabelece com os outros seres e elementos do universo? Acreditamos no ser humano como ser livre, inteligente, dialogal, responsável e criativo, repleto de potencialidades, capaz de inventar, descobrir e transformar.

O ser humano, ao mesmo tempo, é um ser limitado, egoísta, em constante devir. Mas, na relação consigo mesmo e com os outros, encontra seu caminho de libertação e de crescimento pessoal, superando seus limites.

É, também, pensante, inteligente, ativo e reflexivo. Ao refletir, analisa, julga e age com consciência crítica, necessária a uma pessoa humana bio-psico-histórica-sócio-cultural-espiritual. E é, sobre essas dimensões, que incidirá a nossa ação educativa. Ela considerará o ser humano por inteiro, devendo, para tanto, ser integral e respeitadora das diferenças.

O ser humano estabelecerá meios de relacionar-se com Deus e com os indivíduos de sua espécie, criando e transmitindo cultura, de geração em geração. Também, reconhecerá os bens da natureza como finitos, numa relação de respeito, resgate e preservação, como forma de garantir a vida desta e das futuras gerações.

Nesse sentido, as escolas deverão ser mediadoras do conhecimento e espaços de relações interpessoais, onde se viva e conviva, se cresça em comunhão e participação, num exercício de cidadania e ética.


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2.2.3. Pressuposto Epistemológico As escolas fundadas pelas Irmãs Filhas do Sagrado Coração de Jesus possuem, como pressuposto epistemológico, a educação evangélico-libertadora, que contempla a inserção do homem à realidade como ser que existe nela, e assim promove a sua própria concepção da vida social e política, transformando-a. Segundo Paulo Freire, "[...] é necessário não só conhecer o mundo, é preciso transformá-lo. A transformação envolve conscientização, intercomunicação, intersubjetividade, que pressupõe a educação dos homens entre si mediatizados pelo mundo, tanto da natureza como da cultura." (FREIRE, Paulo. 1983 p.40). Dessa forma, a educação libertadora é comprometida com a ação educativa, com a prática da liberdade, do diálogo e da corresponsabilidade, respeitando a identidade cultural. As instituições verzerianas não só contemplam a concepção libertadora no que diz respeito à construção do conhecimento, como também do aporte interacionista a partir da teoria genética do conhecimento de Jean Piaget e sócio-interacionista de Lev Vygotsky. Segundo os teóricos, o conhecimento é construído através da interação do sujeito com seu meio, a partir de estruturas existentes. Assim sendo, a aquisição de conhecimento depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito, quanto da relação dele, com o objeto. Com a sistematização da prática educativa, surge a pedagogia de projetos. Essa postura nasceu e se desenvolveu principalmente nos Estados Unidos e depois, aplicados e experimentados na área pedagógica por John Dewey e outros representantes da chamada “Pedagogia Ativa”. A discussão é fundamentada na concepção de que “educação é um processo de vida e não uma preparação

http://www.monografias.com/Politica/index.shtml

http://www.monografias.com/trabajos13/quentend/quentend.shtml#INTRO


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para a vida futura, e a escola deve representar a vida presente tão real e vital para o aluno como a que ele vive em casa, no bairro ou no pátio” (Dewey, 1897). Atualmente, vivemos uma sociedade pós-moderna, denominada Sociedade da Informação e da Comunicação, por isso não se admite mais uma escola arcaica, descontextualizada, fragmentada, dissociada da realidade, com horários rígidos em disciplinas, currículos e programas impostos. É preciso transformar a escola, acompanhar as mudanças que estão ocorrendo veloz e momentaneamente na era da informatização. Realmente, significa rever a postura da instituição educativa, buscar novas práticas e repensar as teorias desgastadas. Significa, também, repensar seus alunos, seu corpo docente, seus gestores. Nos novos tempos, ensina-se para a vida, a educação é vista numa dimensão global, complexa, holística, como diz John Dewey. Com a LDB 9394/96, surge à educação inclusiva que propõe a inserção dos alunos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus. Com isso, retomam-se alguns paradigmas referentes à importância da reflexão sobre a cultura escolar. Os pensamentos, as crenças, os valores e os hábitos compartilhados influenciam a maneira como os professores, pais e gestores escolares lidam com a diversidade, com os desafios e barreiras enfrentadas no processo de aprendizagem dos alunos. A formação de educadores para o atendimento educacional especializado e para o apoio e suporte ao professor do ensino regular não pode se distanciar do que propõem os teóricos da formação geral de professores. Esses enfatizam uma formação, envolvendo múltiplos saberes - formação pessoal e profissional produzida pelas


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ciências humanas da educação; saberes disciplinares - formação inicial e continuada nas diferentes áreas do conhecimento; saberes curriculares relacionados ao projeto de ensino - aos conteúdos, métodos, técnicas que contribuem para a formação dos alunos; a proposta no âmbito da escola - os saberes da experiência, da prática cotidiana que provém da cultura (SHON e NÓVOA, 1995, FREIRE, 1998). A partir dos PCNs e das diretrizes estipuladas pelo MEC, surge à educação por competências, explicitando o desenvolvimento de domínios fundamentais à construção de conhecimentos, como: domínio de linguagens, compreensão de fenômenos, construção de argumentações, solução de problemas e elaboração de propostas. Nessa concepção, o professor é um elemento chave na organização das situações de aprendizagem, pois lhe compete dar condições para que o aluno "aprenda a aprender", desenvolvendo situações de aprendizagens diferenciadas, estimulando a articulação entre saberes e competências. Em lugar decorar conteúdos, o aluno passará a exercitar habilidades e, através delas, desenvolverá competências e habilidades através dos conteúdos. O papel dos professores é de mediar à construção do processo de conceituação a ser apropriado pelos alunos, promovendo a aprendizagem e dando-lhes condições para que participem da nova sociedade do conhecimento. Desta forma, os pressupostos epistemológicos fundamentam a essência da prática educativa em todos os aspectos que envolvem o ato de educar.


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2.2.4. Pressupostos Sociais e Políticos O homem é um ser social e político que vive em

comunidade. Nesta condição, deve se processar, de forma equilibrada e justa, a inserção do próprio homem ao todo a que pertence – a sociedade em si e o meio em que esta vive o que, em maior instância, é o sentido universal. Neste contexto, o equilíbrio e a justiça passam pelo atendimento das necessidades fundamentais do homem, entre as quais se inclui a educação.

Na sociedade atual, as mudanças são constantes e as transformações cada vez mais rápidas, profundas e abrangentes. Neste ritmo, o progresso científico e tecnológico, alterações nos processos de produção e a própria organização da sociedade, exigem do homem um desenvolvimento cognitivo e social permanente. Assim, como parte integrante de uma conjuntura dinâmica e como elemento formativo e mediador, entre as transformações e a própria formação social, a educação deve atuar como um meio que vise propiciar ao homem o exercício de uma cidadania ativa. Nesse sentido, a Escola, ciente de que a sociedade é formada por diferentes grupos e culturas e na perspectiva da construção da cidadania, precisa valorizar as diferentes culturas, dentro de sua própria comunidade e, ao mesmo tempo, buscar ultrapassar seus limites no que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes.

Tanto os Estados como a sociedade, num aspecto geral, e os indivíduos, de modo particular, devem estar presentes, assumindo as atribuições que lhes são pertinentes no campo social e, em específico, no campo educacional. Nesse sentido, há necessidade de uma complementaridade entre a educação escolar e a educação familiar, pois a família, independente de sua constituição, é o primeiro lugar onde se inicia a educação, que se


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desenvolverá pela vida toda, num processo reforçado, complementado e expandido, de forma sistemática, pelas instituições educacionais.

Conforme estipula a Constituição brasileira, a educação é um “direito de todos”. Assim, esta deve atender, de forma efetiva, as necessidades de toda a sociedade visando, além dos direitos constitucionais, a construção de cidadanias com parâmetros de dignidade e referências de valores de civilidade, de ética, de um ser social e político que vive em comunidade. Nesta condição, deve processar-se, de forma equilibrada, harmonia social e de humanismo. A Educação, ainda, deve contribuir na formação de sociedades politizadas, que buscam conquistas materiais, sociais, políticas e culturais, através das quais se assegura a ativa participação de todos na construção de um país cada vez mais digno e de uma nação com igualdade e justiça para todos.

O sistema educacional formal tem papel fundamental na educação para a consciência social, ajudando na formação de cidadãos conhecedores de seus direitos, capazes de responder, com presteza e eficácia, a desafios inesperados e diversificados que a vida lhes apresenta.

A educação precisa engajar-se nas realidades locais, estaduais, nacionais e mundial, pois é nestes contextos que se inserem as Escolas, num comprometimento que permita ver o conhecimento como indutor de sabedoria, que não permita divisões nem exclusões sociais. Assim, as Escolas, como mediadoras entre o educando e o contexto social, devem exercer uma ação crítica, que revise permanentemente seu papel, questionando-se sobre que educando estamos ajudando a preparar para interagir nesta sociedade.


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As Escolas, também, devem agir no rumo da transformação da sociedade e, para isso é necessário que os educadores, conscientes de sua própria cultura e da cultura dos educandos, trabalhem conteúdos indissociáveis às realidades sociais e culturais. Este trabalho educacional, escolar, deve criar condições para que todos os educandos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários, para construir instrumentos de compreensão da realidade e de participação em relações sociais, políticas, econômicas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas.

A ação das Escolas, pela intervenção dos educadores e por sua própria participação ativa, passa de uma experiência confusa e fragmentada (sincrética) a uma visão sintética, mais organizada e unificada (unidade entre teoria e prática), que deve possibilitar condições fundamentais para o exercício da cidadania na construção de uma sociedade democrática e não excludente.

2.2.5. Pressupostos Psicológicos: O processo de aprendizagem pode ser definido como: modo de as pessoas adquirirem novos conhecimentos, desenvolverem competências e mudarem o comportamento. As crescentes mudanças sociais, provocadas pelo desenvolvimento tecnológico, tornam eminente a entrada na Era da Informação e do Conhecimento. Dos meios de comunicação receptivos como livro, o rádio e a televisão, passou-se progressivamente para os meios interativos oriundos das tecnologias da informação e comunicação, particularmente a Internet. Estas mudanças provocaram uma ruptura com os modelos de ensino/aprendizagem tradicionais, suscitando inquietude e reflexão, essencialmente na necessidade de novas


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metodologias adequadas aos desafios do momento histórico atual e emergente, na medida em que o avanço técnico provoca alterações profundas e estruturais. Perante a existência de alunos com diferentes padrões culturais e níveis de aprendizagem, os educadores, deparam-se com novos desafios no processo de ensino/-aprendizagem. As metodologias convencionais, sobretudo as de transmissão conceptual e oral do conhecimento, ficam totalmente ultrapassadas, quando confrontados com as novas tecnologias da informação e da comunicação. Os pressupostos psicológicos têm uma grande importância na definição e na sustentabilidade teórica e prática da educação. Nascem da análise dos fatores estruturais dos intervenientes no processo de aprendizagem: ensinante e aprendente somando saberes, procurando decodificar os processos de aprendizagem, de comunicação, de motivação e de interação, inerentes ao ser humano. Aos pressupostos psicológicos estão subjacentes vários princípios base: a aprendizagem com os significados e perspectivas individuais, os conceitos inseridos aos tipos de inteligência e a personalidade, diferentes modalidades de aprendizagem, necessidades educativas especiais e motivações individuais, sem esquecer os vínculos afetivos no âmbito escolar. A educação inclusiva, atendendo às demandas sociais, direciona suas ações para o atendimento às especificidades dos alunos no processo educacional. A escola, visando a uma atuação mais ampla, orienta a organização de redes de apoio, a formação continuada, a identificação de recursos, serviços e o desenvolvimento de práticas colaborativas que busquem propiciar aos alunos a minimização de seus limites.


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CAPÍTULO III 3. GESTÃO PEDAGÓGICA

A Gestão Pedagógica é o processo mais importante e significativo da Gestão Escolar. Tem a responsabilidade de gerir a área educativa, estabelecendo objetivos, definindo linhas de atuação e propondo metas a serem atingidas, assegurando que a Escola realize sua verdadeira missão, ou seja, ser um local de educação entendida como elaboração do conhecimento, aquisição de habilidades e formação de valores.

Diante da natureza complexa dos fenômenos do processo ensino aprendizagem, aliada às diversas concepções emergentes, conduz à necessidade de interação com a diversidade de perspectivas profissionais contemporâneas. Desta forma é necessário a implementação de ações interdisciplinares, tornado-se um imperativo para o desenvolvimento da aprendizagem.

O desafio que a escola enfrenta atualmente exige profissionais da educação com competência técnica e política, fazendo com que a discussão do trabalho pedagógico proporcione amplas perspectivas que estimulem e assegurem a participação de todos os envolvidos nesse processo. Percebe-se como ponto relevante o uso das novas metodologias e de recursos tecnológicos da informação e comunicação no espaço escolar que surgem como mediadores da aprendizagem.

Desse modo, nas Instituições Verzeri, a formação continuada para os docentes é, por excelência, um espaço de estudo e reflexão que serve para os professores repensar e transformar sua maneira de ensinar para fazer com que todos os alunos aprendam.


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As ações pedagógicas nas Escolas Verzerianas são norteadas pelo desenvolvimento de competências e habilidades, visando um trabalho sistemático e efetivo, que respeita as especificidades individuais, tornando-as aliadas no processo de construção do conhecimento. 3.1. Proposta Curricular

O currículo representa a síntese de conhecimentos, vivências e valores, que caracterizam o processo social, expresso pelas práticas pedagógicas e pelas relações que se estabelecem nos diferentes componentes curriculares e entre eles. O currículo caracteriza-se por apresentar uma ampla rede de significações, cuja finalidade é resgatar a totalidade do ser. Para tanto, deve-se privilegiar uma proposta interdisciplinar, que estabeleça uma rede de saberes, rompendo com a linearidade e a fragmentação entre eles, buscando uma relação de reciprocidade, de diálogo mais harmonioso e fecundo entre várias ciências. Ao mesmo tempo, propõe-se a consolidação de um currículo multicultural, que respeite as diferenças e a busca da construção da identidade pessoal e coletiva.

Como processo dinâmico e dialético, o currículo visa enriquecer e promover o ensino e a aprendizagem. Constitui-se, também, em instrumento norteador da prática pedagógica, fornecendo informações concretas e indispensáveis para a efetivação do trabalho do educador. Por meio dele, definimos para quem, o quê, quando e como ensinamos e avaliamos. 3.2. Processo de Ensino e de Aprendizagem A Instituição Verzeri compreende que o processo de educação dura a vida toda. Sendo assim, a escola é um


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espaço de relações e interações e o processo de ensino e de aprendizagem está, principalmente na habilidade de estabelecer conexões significativas, revê-las e refazê-las.

Para tanto, toda construção do conhecimento acontece de modo privilegiado, mediante uma prática pedagógica capaz de promover o diálogo, a interação dos educandos entre si e com a realidade, favorecendo, assim, a formação do pensamento crítico, da ação e do sentido do exercício da cidadania, comprometida com a cultura da solidariedade. Trabalhar a razão, a argumentação, a criatividade, o comprometimento, a autonomia, a afetividade, a solidariedade e o respeito à diversidade, enfatizando todas as dimensões humanas do educando, é característica da proposta pedagógica dos colégios mantidos pela Instituição Verzeri.

A partir dessa premissa, são utilizadas metodologias que respeitam os diferentes estilos de aprendizagem e o ritmo de cada aluno. Nesse sentido, a ação pedagógica parte dos conhecimentos prévios dos educandos, instigando-os a novas descobertas, através de seus interesses estimulando a solução aos desafios propostos e às situações-problema incentivando a pesquisa como prática contínua na construção do conhecimento.

No que se refere especificamente aos alunos portadores de necessidades educacionais especiais, considera-se que é preciso enfatizar o potencial existente em cada educando, sem ficar atrelado apenas às dificuldades relacionadas à deficiência. Além disso, acredita-se que a escola e o papel do professor são centrais para o desenvolvimento da criança, na medida em que podem proporcionar novas formas de construção do conhecimento, superando os conceitos meramente espontâneos ou


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elementares e chegando a conceitos superiores, que resultam na interação social e escolar.

Todo o processo de ensino e aprendizagem, seja ele direcionado aos portadores de necessidades educacionais especiais ou não, é mediado pelo educador e desafia e incentiva o educando que, por sua vez, tem o compromisso com a busca do saber e das descobertas.

A educação nas escolas da Rede Verzeri acontece na dialética entre teoria e prática, considerando o ser humano real, com suas dificuldades e potencialidades, pois acreditamos que o saber, e a consciência dele, se formam e se desenvolvem na interação e nas relações concretas entre o ser humano e o mundo.

3.3. Metodologia Um dos maiores desafios enfrentados pela educação

atual refere-se à necessidade de recriar os espaços escolares, superando os limites e os condicionamentos para a interlocução de saberes significativos.

É característica da proposta pedagógica da Instituição Verzeri trabalhar todas as dimensões humanas do educando: a razão, a argumentação, a criatividade, o comprometimento, a autonomia, a afetividade, a solidariedade e o respeito à diversidade. Para tanto, as metodologias utilizadas respeitam a singularidade dos alunos e alunas. Nesse sentido, a ação pedagógica parte dos conhecimentos prévios dos educandos, de seus interesses, desafios propostos e situações - problema, tendo a pesquisa como prática na busca contínua de informações e de construção do conhecimento.

A ação pedagógica, mediada pelo educador, desafia e incentiva o educando que, por sua vez, tem o compromisso com a busca do saber. A curiosidade e a busca de


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informações para gerar conhecimento são, constantemente, estimuladas pelo desafio e pelas situações problematizadoras, ampliando o comprometimento do educando com a aprendizagem.

O trabalho com projetos é uma prática nas escolas da Rede Verzeri e contribui para transformação do espaço escolar em um espaço vivo de interações, aberto ao real e as suas múltiplas dimensões. O desenvolvimento da autonomia intelectual, o aprender a aprender, o desenvolvimento da organização individual e coletiva e a tomada de decisões são algumas conquistas e possibilidades desenvolvidas pelo aluno na vivência dos projetos.

A educação, assim, acontece na dialética entre teoria e prática, levando em consideração à realidade humana, pois a consciência e o saber formam-se e desenvolvem-se no universo concreto e na interação do aluno em suas relações com o mundo. 3.4. Planejamento das Práticas Educativas

O planejamento é uma atividade essencialmente de previsão. Planejar e replanejar as ações é o que lhe dá a valorização e a importância. Nesse sentido, o planejamento, enquanto processo coletivo firma a compreensão de que, para incrementar a qualidade humana, é fundamental a crença, sempre ligada a uma missão e ao espírito de pertença como elemento fortalecedor, quando existe a participação na coletividade.

No campo educacional, em especial, as ações escolares são planejadas e constantemente avaliadas, visando garantir a qualidade do processo educativo, considerando-se novas perspectivas, métodos e práticas que transformam aspirações em realidade. Para tanto, a


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partir de um planejamento pedagógico, os Planos de Estudos são construídos de forma participativa, tomando-se por base as realidades e tendências educacionais atuais, as necessidades apresentadas pela comunidade educativa, os demonstrativos da gestão pedagógica e os demais documentos legais da Instituição.

A partir dos Planos de Estudo, são desenvolvidos as ações, projetos e empreendimentos que, através dos projetos e dos Planos de Aula que, junto aos educandos, privilegiem a interdisciplinaridade, a valorização das diversidades culturais, a construção de competências e habilidades e do próprio conhecimento. A elaboração e a estruturação dos planos de trabalho, sob a orientação e gerenciamento da coordenação pedagógica, apresenta-se de forma padronizada e prima por um caráter dinâmico, flexível, criativo, preciso, com objetivos claros e sistematizados, que estimulem a visão holística dos envolvidos no processo. Todas as ações das escolas passam pelos seguintes momentos: planejamento, ação e avaliação através de indicadores, que fornecem elementos para o replanejamento, verificando possibilidades e melhorias.

Os colégios da Rede Verzeri oferecem aos alunos do Ensino Médio estágio não obrigatório de caráter opcional como forma de preparação para o trabalho produtivo. As atividades práticas do educando são realizadas nas áreas diversas do ambiente de trabalho, objetivando o desenvolvimento de competências próprias para o exercício profissional e para a vida do cidadão. 3.5. Avaliação

Considerando a proposta de construção do conhecimento, dos colégios da Instituição Verzeri, efetivada


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na interação do sujeito com o objeto do conhecimento e com o meio, privilegiando o aprender a conhecer, a ser, a fazer e a conviver, acredita-se que a avaliação é um processo inerente à aprendizagem e, como tal, acontece gradativamente e de modo contínuo. Por isso, a avaliação das atividades se dá na constante realização do processo ação-reflexão-ação, que oportuniza uma tomada de consciência sobre o ato de aprender, constituindo parte integrante do processo.

Diante dessa proposta, a avaliação é contínua e permeia o processo de ensino e de aprendizagem e tem como finalidade diagnosticar o estágio de desenvolvimento do educando, o desempenho de suas habilidades e competências e a análise da prática pedagógica, visando à tomada de decisões. Assim, a avaliação é realizada a cada momento, investigando os conhecimentos adquiridos pelo educando e decidindo como auxiliá-lo, para que avance na construção do conhecimento.

A avaliação, enquanto diagnóstica, é contínua e permanente, oportunizando ao educador verificar, em qualquer momento, avanços e dificuldades do educando. Tem, também, a finalidade de corrigir, a tempo, as falhas na aprendizagem, de modo a evitar possíveis fracassos, proporcionando ao educador o acompanhamento da construção do conhecimento do aluno, como um todo coerente e significativo. Sendo assim, implica na verificação das apropriações feitas pelo aluno, cujo controle do aproveitamento é apoiado em múltiplos critérios, considerando principalmente a assimilação e a aplicação do conhecimento em situações do dia-a-dia, privilegiando-se os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A partir dessa perspectiva, observa-se o fazer pedagógico do professor,


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considerando que o ensinar e o aprender são, naturalmente, recíprocos.

A avaliação é um processo fundamental para o desenvolvimento de uma educação inclusiva e, para isso são necessárias as políticas e práticas que oportunizem encaminhem a promoção, tanto quanto possível, da aprendizagem de todos os alunos. É um procedimento que busca a prevenção e, em contrapartida à segregação evitando os rótulos, enfocando o ensino e a aprendizagem nos contextos inclusivos. Acontece somente mediante um enquadramento legal e da adequação da organização da instituição que se propõe a uma educação inclusiva, com o apoio e atitude comprometida de toda a comunidade escolar (pais, educadores, especialistas, alunos e coordenação) considerando o sujeito como aprendiz e um dos integrantes da cena educativa.

O processo de avaliação inclusiva deve ser visto não como um julgamento do aluno, mas como possibilidade de observar/diagnosticar os progressos do educando tanto na organização dos estudos, na forma com que trata as informações e sua participação na vida social. A intenção desta ação é possibilitar ao professor reflexão sobre suas práticas e, a partir disso, transformarem lógicas de ensino através da construção de novas alternativas e de novas competências.

Na educação inclusiva, a avaliação não tem caráter meramente classificatório, não pode se restringir a produção escrita, nem a notas ou conceitos. Ela deve ser ampla, considerar todos os elementos do desenvolvimento do aluno; deve ser de natureza dinâmica e contínua, mapear o processo de aprendizagem do educando em seus avanços, retrocessos, dificuldades e progressos. Portanto, é um


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processo permanente e compartilhado, que envolve toda a equipe de educadores, família e aluno.

São muitos os instrumentos que podem ser utilizados para avaliar e apoiar o processo ensino aprendizagem. É fundamental que venham ao encontro da real necessidade e possibilidade do educando. Torna-se imperiosa, a cumplicidade dos professores no processo de identificação das necessidades de seus alunos e, na construção de recursos, de estratégias didáticas e metodológicas mais apropriadas que oportunizem uma qualidade do atendimento educacional oferecido.

Sob o paradigma de uma proposta inclusiva, a avaliação servirá como “diagnóstico” do processo ensino aprendizagem. É mais um recurso a serviço do aprimoramento dos resultados educativos da escola que pretende proporcionar aprendizagem, além do desenvolvimento da auto-estima do aluno.

3.6. Recursos Tecnológicos Nos colégios da Rede Verzeri as novas tecnologias

vem entrelaçando, cada vez mais, o conhecimento a uma práxis pedagógica inovadora, sempre incorporada ao projeto pedagógico. Oferecer acesso aos recursos tecnológicos são práticas que contribuem para a mudança, para a interação e para a troca entre estudante-estudante e estudante-professor propiciando aos alunos o papel de sujeitos ativos no processo ensino-aprendizagem. Frente a este novo cenário, a formação continuada de professores é realizada de forma sistemática em nossos colégios, pois além de oportunizar uma aprendizagem eficiente, ao mesmo tempo, motiva-os a apropriarem-se de forma rápida e abrangente em relação às novas tecnologias respondendo na qualidade de ensino.


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Muitos recursos tecnológicos são usados visando o êxito do processo de ensino e de aprendizagem como, por exemplo, a utilização da Lousa Interativa que permite que se integrem em um único instrumento todas as técnicas de comunicação e de processamento da informação oportunizando aulas mais dinâmicas, participativas e significativas. Destaque, também, para os Blogs que são criados e geridos pelos professores que publicam artigos (posts), conteúdos, pesquisas, projetos, atividades com temas variados que permitem a troca de experiências, reflexões, colocações, ampliando a visão de mundo, sendo além de tudo, um espaço de interação e comunicação entre o professor e o aluno. Outras ferramentas utilizadas com bastante sucesso são os Simulados on line que são realizados periodicamente, como, também, as avaliações on line que oportunizam a vivência, a verificação dos conteúdos estudados e o desempenho do aluno, sempre com a mediação do professor. Os conteúdos multimídias, as videoconferências, os Projetos Colaborativos, as oficinas de texto, pesquisas, conteúdos multimídia, ENEM, jogos educativos, seções mirins, fóruns, webmail são recursos didáticos que possibilitam a ampliação e complementação da sala de aula constituindo em ambientes educativos, lúdicos e facilitadores.

Todos os recursos tecnológicos representam uma oportunidade ímpar para o processo de ensino e aprendizagem tanto para a para a criação de ambientes colaborativos de aprendizagem como, também, cria uma postura e um novo modo de pensar e atuar do professor e de toda comunidade escolar. 3.7. Identidade do(a) Educador(a) Verzeriano(a)

Na Instituição Verzeri, o processo educativo é um


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espaço irradiador de saberes, culturas, vivências de valores éticos e religiosos. Nele, o(a) educador(a), que apresenta ética profissional e formação qualificada, encontra espaço para se desenvolver nos princípios e valores verzeriano, tendo a capacidade de: 3.7.1.Buscar esforços no trabalho em equipe, promovendo um clima motivador e cooperador na superação dos objetivos organizacionais, demonstrando liderança. “Desejaria que houvesse uma eficaz liderança... que fosseis movidas (os) e animadas (os) pela caridade e doçura do Coração Divino”(Santa Teresa Verzeri) 3.7.2.Evidenciar valores éticos, morais e religiosos na convivência, através do exemplo, do incentivo, da argumentação e do diálogo permanente. “Precedei ao educando em todas as virtudes, com exemplo, recordando que se edifica mais calando e agindo, do que pregando sem nada fazer”. (Santa Teresa Verzeri) 3.7.3.Analisar, de compreender e de enfrentar situações diversas, vislumbrando possibilidades e potencialidades com maturidade e equilíbrio. “Não pretendeis conduzir os educando pelo vosso caminho.. É um erro em que podem facilmente cair até pessoas que se consideram piedosas e espirituais.” (Santa Teresa Verzeri) 3.7.4.Humanizar as relações, propagando espaços, onde a solidariedade possa ser vivenciada e compartilhada por todos. “É necessário superar a mentalidade competitiva e apagar, dentro de nós, o temor de que os outros nos superem e


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sejam melhores que nós”. (Santa Teresa Verzeri) 3.7.5. Ser um instrumento para construção de cidadãos democráticos e responsáveis nas dimensões sociais, econômicas, culturais e ambientais da sociedade humana, solidificando conceitos, que visam a integração humano-ambientes, bem como sua integração com todos os seres vivos. “Não queirais conduzir todos pelo mesmo caminho que vós percorreis”.(Santa Teresa Verzeri) 3.7.6.Cultivar valores cristãos, respeitando a vida e todas as dimensões da pessoa. “Como é sublime e preciosa a Fé para quem compreende o seu valor e sua existência”. (Santa Teresa Verzeri) 3.7.7.Valorizar hábitos e atitudes que contribuam para qualidade das relações e para uma sociedade mais feliz “Dai a cada um o que lhe é necessário, não mais, pois que isto é útil para que pratiquem a virtude e se lhe aperfeiçoe o espírito”. (Santa Teresa Verzeri) 3.7.8.Buscar formação contínua, atuando como ativo pesquisador em relação ao processo de ensino e aprendizagem e como agente de mudança. “Um educador, antes mesmo de ser” mestre “para os outros, é um educador de si mesmo”. (Santa Teresa Verzeri) 3.7.9.Apresentar um postura democrática, respeitando princípios éticos e morais. “Não penseis em reformar o mundo naquilo em que ninguém o conseguiu reformar”. (Santa Teresa Verzeri)


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3.8. Identidade do Educando Verzeriano Tendo como fundamento a Missão, a Visão, os Valores, espera-se que o educando possa: 3.8.1.Conhecer e vivenciar a filosofia e as orientações da instituição. 3.8.2.Vivenciar a fé, a oração, os valores da Instituição Verzeri, a esperança, a amizade, o verdadeiro amor fraterno e a alegria, manifestando, assim, a misericórdia do Coração de Jesus. 3.8.3.Fortalecer sua identidade cristã, empenhando-se em conhecer Jesus Cristo e sua mensagem, tornando-se agentes de transformação. 3.8.4.Assumir o desafio de uma busca constante de seu crescimento integral, refletindo, analisando, julgando, agindo com consciência critica. 3.8.5.Ser participativo, criativo e solidário, respeitando as diferenças, na busca constante de uma sociedade justa para todos. 3.8.6.Ser um cidadão empreendedor, capaz de encontrar e propor soluções para os diversos problemas, com princípios éticos, morais e cristãos. 3.8.7.Trabalhar em equipe, interagindo com responsabilidade e autonomia. 3.8.8.Valorizar o estudo e a capacidade de aprender a aprender, como possibilidade pessoal e profissional.


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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS As relevantes modificações sofridas por nossa

sociedade têm refletido no contexto escolar exigindo novas posturas, novas reflexões, novas metodologias para a promoção do processo de ensino e aprendizagem.

Os Colégios da Rede Verzeri vivenciam estas transformações como propulsoras de suas ações buscando sempre o aprimoramento de suas práticas educativas adequando a sua postura pedagógica ao momento atual.

Frente a este cenário, novas ferramentas tecnológicas são disponibilizadas no ambiente educativo oportunizando interatividade dos conteúdos, garantindo a segurança total no acesso nas pesquisas e nas informações norteando, assim, o fazer pedagógico que é pautado na vivência dos valores, na prática dos princípios verzerianos e na qualidade da educação. Dessa forma, o ambiente escolar passa a ser um espaço privilegiado para a consolidação do conhecimento aonde os alunos tornam-se agentes ativos e participativos do processo de ensino e aprendizagem e os professores os mediadores/facilitadores deste processo. Para tanto, apresentamos o presente Projeto Político Pedagógico traçando um rumo, uma direção, um compromisso assumido coletivamente sendo vivenciado, de forma efetiva, para a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo, consolidando, assim, a real intencionalidade do processo educacional. E, para finalizar, as sábias palavras de nossa fundadora Santa Teresa Verzeri que embasam o sentimento que desejamos expressar neste instrumento:

“Em cada ação, interna ou externa deveis ter o amor como princípio; a vontade divina por norma; e a glória de Deus por meta.”


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BIBLIOGRAFIA ALVES, R. Folha de São Paulo, 29.10.02 ASSMAN, Hugo:SUNG, Jung Mo. Competência e sensibilidade solidária: educar para a esperança. Petrópolis: Vozes, 2000 CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO, CULTURA E AÇÃO COMUNITÁRIA . Muitos Lugares para Aprender- CENPEC _ São Paulo/Fundação Itaú Social/ Unicef, 2003 FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade.14ª Edição.Rio de Janeiro, Editora Paz e terra. FREIRE, Paulo e FAGUNDEZ, Antônio.Por uma pedagogia da Pergunta. Rio de Janeiro, Editora Paz e terra. FURTH, Hans G.Piaget na sala de aula. Rio de Janeiro, editora Forenze Universitária. MARQUES, Mário Osório. Educação: singularização de sujeitos numa mesma tradição cultural: uma leitura da obra de Teresa Verzeri / Ijuí: Ed. Unijuí, 1998.16p OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky- Aprendizado e desenvolvimento: Um processo sócio-histórico PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar / Philippe Perrenoud; trad Patrícia Chittoni Ramos – Porto Alegre : Artes Médicas Sul, 2000 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2003/2006 – Instituição Verzeri- Filhas do Sagrado Coração de Jesus – Porto Alegre - 2002 VERZERI, Teresa Eustochio. Livro dos Deveres – Volume II Porto Alegre - Ética Impressora Ltda, 1982

projeto politico pedagógico -...

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