projeto polÍtico pedagÓgico - ens fund mÉdio · colÉgio estadual olavo bilac – ensino...
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COLÉGIO ESTADUAL OLAVO BILAC – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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INDICE
I – ORGANIZAÇÃO................................................................................................. 8
1 – Identificação.........................................................................................................8
2 – Justificativa...........................................................................................................9
3 – Introdução.............................................................................................................9
4 – Histórico.............................................................................................................10
5 – Planta..................................................................................................................12
6 – Caracterização da comunidade escolar...............................................................14
6.1 – Explicitação das funções dos membros que compõem a Instituição...16
6.2 – Equipe diretiva: direção e direção auxiliar......................................................16
6.3 – Equipe Pedagógica...............................................................................17
6.4 – Professores...........................................................................................18
6.5 – Funcionários.........................................................................................19
6.6 – Pais e alunos.........................................................................................20
6.7 – Relação escolar, família e comunidade................................................20
7 – As instâncias colegiadas......................................................................................21
8 – Acompanhamento do PPP...................................................................................24
9 – Plano de ação anual.............................................................................................24
II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................... 29
1 – Apresentação........................................................................................................29
2 – Educação e Sociedade..........................................................................................29
3 – Trajetória da Educação Brasileira........................................................................32
4 – Organização do tempo escolar.............................................................................34
5 – Concepção de aprendizagem................................................................................37
6 – Identidade do Ensino Médio.................................................................................40
7 – Formação continuada............................................................................................43
8 – Hora atividade.......................................................................................................43
9 – Educação Inclusiva................................................................................................43
9.1- Sala de recursos.......................................................................................45
9.2-Sala de apoio............................................................................................47
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10 – Educação da cultura afro....................................................................................48
11 – Educação do campo............................................................................................51
12 – Concepção de avaliação......................................................................................52
III - PROPOSTA PEDAGÓGICA ..........................................................................56
1 – Texto introdutório...................................................................................................56
2 – Diretrizes Curriculares do ensino de Arte para o Ensino Fundamental e Médio....57
2.1 – Apresentação da disciplina.......................................................................57
2.2 – Objetivos Gerais.......................................................................................57
2.3 – Ensino Fundamental.................................................................................58
2.4 – Ensino Médio............................................................................................59
2.5 – Metodologia..............................................................................................64
2.6 – Avaliação..................................................................................................65
2.7 – Bibliografia...............................................................................................65
3 – Diretrizes Curriculares do ensino de Biologia para o ensino Médio.......................66
3.1 – Apresentação da disciplina.......................................................................66
3.2 – Aspecto histórico......................................................................................67
3.3 – O ensino de Biologia................................................................................70
3.4 – Conteúdos estruturantes do ensino de Biologia por série.........................71
3.4.1 – Primeiro ano...............................................................................71
3.4.2 – Segundo ano...............................................................................72
3.4.3 – Terceiro ano...............................................................................72
3.5 – Metodologia..............................................................................................73
3.5.1 – Algumas condições para o desenvolvimento da pesquisa..........74
3.6 – Critérios e avaliação específicos da disciplina..........................................74
3.7 – Instrumento de avaliação...........................................................................75
3.7.1 – Recuperação paralela..................................................................75
3.8 – Bibliografia................................................................................................75
4 – Diretrizes Curriculares do ensino de Ciências para o Ensino Fundamental.............76
4.1 – Apresentação da disciplina.........................................................................76
4.2 – Aspecto histórico........................................................................................77
4.3 – O ensino de Ciências..................................................................................79
4.4 – Conteúdos Estruturantes.............................................................................81
4.4.1 – Quinta Série.................................................................................81
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4.4.2 – Sexta Série...................................................................................82
4.4.3 – Sétima Série.................................................................................83
4.4.4 – Oitava Série.................................................................................84
4.5 – Metodologia...............................................................................................85
4.5.1 – Algumas condições para o desenvolvimento a pesquisa............ 86
4.6 – Critérios de avaliação específicos da disciplina........................................ 86
4.7 – Instrumentos de avaliação......................................................................... 87
4.7.1 – Recuperação paralela.................................................................. 87
4.8 – Bibliografia................................................................................................ 88
5 – Diretrizes Curriculares do ensino de Educação Física para o Ensino Fundamental e
Médio..............................................................................................................................88.
5.1 – Apresentação da disciplina........................................................................ 88
5.2 – Objetivos gerais......................................................................................... 89
5.3 – Conteúdos estruturantes............................................................................. 89
5.3.1 – Ensino fundamental...................................................................... 90
5.3.2 – Ensino médio................................................................................ 91
5.4 – Metodologia............................................................................................... 92
5.5 – Avaliação.................................................................................................... 93
5.6 – Bibliografia................................................................................................. 93
6 – Diretrizes Curriculares do Ensino Religioso para o Ensino Fundamental............... 93
6.1 – Apresentação da disciplina........................................................................ 93
6.2 – Objetivos gerais......................................................................................... 94
6.3 – Metodologia............................................................................................... 94
6.4 – Conteúdos.................................................................................................. 94
6.5 – Avaliação................................................................................................... 94
6.6 – Bibliografia............................................................................................... 95
7 – Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio.......................................... 95
7.1 – Apresentação da disciplina....................................................................... 95
7.2 – Objetivos gerais........................................................................................ 96
7.3 – Metodologia.............................................................................................. 96
7.4 – Avaliação.................................................................................................. 97
7.5 – Conteúdos................................................................................................. 97
7.6 – Bibliografia............................................................................................... 98
8 – Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio...................................... 98
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8.1 – Apresentação da disciplina.......................................................................98
8.2 – Objetivos Gerais.......................................................................................98
8.3 – Conteúdos.................................................................................................99
8.4 – Metodologia.............................................................................................100
8.5 – Avaliação.................................................................................................100
8.6 – Bibliografia..............................................................................................100
9 – Diretrizes Curriculares de Geografia para o ensino fundamental e Médio............101
9.1 – Apresentação da disciplina......................................................................101
9.2 – Objetivos gerais.......................................................................................101
9.3 – Metodologia.............................................................................................101
9.4 – Conteúdos ...............................................................................................102
9.5 – Avaliação.................................................................................................105
9.6 – Bibliografia...............................................................................................105
10 – Diretrizes Curriculares de História para o ensino fundamental e Médio..............105
10.1 – Apresentação da disciplina.....................................................................105
10.2 – Objetivos gerais......................................................................................106
10.3 – Metodologia............................................................................................106
10.4 – Conteúdos do ensino fundamental .........................................................107
10.5 – Avaliação................................................................................................113
10.6 – Ensino Médio.......................................................................................... 113
10.6.1 – Objetivo geral.............................................................................114
10.6.2 – Metodologia.............................................................................. 114
10.6.3 – Conteúdos................................................................................. 115
10.6.4 – Avaliação.................................................................................. 122
10.7 – Bibliografia............................................................................................ 122
11 – Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira( inglês) para o ensino fundamental
e médio.......................................................................................................................... 123
11.1 – Apresentação da disciplina................................................................... 123
11.2 – Objetivos gerais..................................................................................... 124
11.3 – Conteúdos do ensino fundamental......................................................... 124
11.4 – Metodologia........................................................................................... 125
11.5 – Avaliação............................................................................................... 125
11.6 – Bibliografia............................................................................................ 125
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11.7 – Ensino Médio....................................................................................... 125
11.8 – Objetivos gerais....................................................................................125
11.9 – Metodologia..........................................................................................126
11.10 – Conteúdos...........................................................................................126
11.11 – Avaliação............................................................................................126
11.12 – Bibliografia.........................................................................................127
12 – Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o ensino fundamental
e médio......................................................................................................................... 127
12.1 – Apresentação da disciplina................................................................... 127
12.2 – Objetivos gerais.....................................................................................127
12.3 – Conteúdos do ensino fundamental.........................................................127
12.4 – Metodologia...........................................................................................128
12.5 – Avaliação...............................................................................................129
12.6 – Ensino Médio.........................................................................................129
12.7 – Metodologia...........................................................................................130
12.7.1- Domínio da leitura.....................................................................130
12.8 – Conteúdos..............................................................................................131
12.8.1 – A leitura da literatura...............................................................131
12.9 – Conteúdos..............................................................................................132
12.9.1 – Domínio da oralidade..............................................................132
12.10 – Conteúdos............................................................................................133
12.10.1 – Domínio da escrita.................................................................133
12.11 – Conteúdos...........................................................................................134
12.12 – Avaliação............................................................................................134
12.12.1 – Critérios para avaliação da produção escrita........................134
12.12.2 – Critérios para avaliação da leitura........................................134
12.12.3 – Critérios para avaliação da oralidade...................................135
13 – Diretrizes Curriculares de Matemática para o ensino fundamental e médio.........135
13.1 – Apresentação da disciplina....................................................................135
13.2 – Objetivos gerais.....................................................................................135
13.3 – Conteúdos do ensino fundamental.........................................................135
13.4 – Metodologia...........................................................................................138
13.5 – Avaliação...............................................................................................138
13.6 – Bibliografia............................................................................................138
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13.7 – Ensino Médio........................................................................................138
13.8 – Objetivo geral....................................................................................... 139
13.9 – Conteúdos..............................................................................................139
13.10 – Metodologia.........................................................................................139
13.11 – Avaliação.............................................................................................139
13.12 Bibliografia.............................................................................................139
14 – Diretrizes Curriculares de Química para o ensino
médio..............................................................................................................................139
14.1 – Apresentação da disciplina.....................................................................140
14.2 – Objetivos gerais......................................................................................140
14.3 – Conteúdos ..............................................................................................140
14.4 – Metodologia......................................................................................... 140
14.5 – Avaliação.............................................................................................. 141
14.6 – Bibliografia.............................................................................................141
15 – Diretrizes Curriculares de sociologia para o ensino médio...................................141
15.1 – Apresentação da disciplina.....................................................................141
15.2 – Conteúdos...............................................................................................143
15.3 – Metodologia............................................................................................144
15.4 – Avaliação................................................................................................145
15.5 – Bibliografia............................................................................................ 145
16 – Projetos...................................................................................................................146
16.1 – Uma janela para o mundo......................................................................146
16.2 – Reciclagem – Brinquedoteca.................................................................147
16.3 – Terra Viva – A horta como laboratório natural integrando escola e
comunidade....................................................................................................................152
16.4 – Estufa: uma alternativa de produção de diferentes culturas................. 161
16.5 - Projeto de Xadrez...................................................................................170
16.6 – Projeto Jornal da Escola........................................................................172
16.7 – Projeto: Mostra da cultura afro e desfile de etnias................................174
16.8 – Visita ao aluno.......................................................................................178
16.9 – Programa Educacional Planeta Azul.....................................................179
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I – ORGANIZAÇÃO
1 – IDENTIFICAÇÃO
Estabelecimento: Colégio Estadual Olavo Bilac – Ensino Fundamental e Médio
Endereço: Rua Jaçanã, 587 – Centro – Sarandi/Paraná – CEP: 87.111-140
Fone: (44) 3264-3542 – 3264-2287
e-mail: [email protected]/[email protected]
Código do Município: 2644
Código do Estabelecimento: 0006-6
Horário de Funcionamento: 07:30 às 23:00 horas
Dependência Administrativa: Secretaria de Estado da Educação
Núcleo Regional de Educação: Maringá
Ato de Autorização de Funcionamento do Colégio: Resolução 3251/81 D.O.E. de 16/02/1982
Ato de Reconhecimento do Colégio: Resolução 2481/86 D.O.E. de 19/06/1986
Parecer do NRE. Aprovação do Regimento Interno: Parecer nº 227/95
Equipe de Elaboração
Direção: Raquel Dutra Faleiros
Direção Auxiliar: Enilda Dezorzi Bordim
Professores Pedagogos: Cristiane Lucia Rios
Eliane Ribeiro Miura
Eliane Cristina de Assis
Luciana Rúbio
Marci Derli Carraro Santi
Mary Yolane da Silva Mewes
Neuseli Percio
Sônia Cristina da Silva
Secretária: Ângela Maria da Silva Maldonado Pinheiro
Presidente do Conselho Escolar:Raquel Dutra Faleiros
Presidente da A.P.M.F.: Iracema Motta Carneiro
Presidente do Grêmio Estudantil: Suelen Grava Monteiro
Agradecimentos: Pais e Alunos
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2 - JUSTIFICATIVA
A elaboração do projeto político pedagógico justifica-se não só por exigência da LDB
9394/96 no seu artigo 12 – inciso I, mas também pela necessidade de uma reflexão sobre qual
tipo de sociedade, de homem e conseqüentemente de escola temos e queremos formar.
Busca-se repensar práticas que já não contribuem com a efetivação da função social da
escola e dessa análise traçar novos caminhos a serem seguidos relacionando-os com a
sociedade da qual fazemos parte.
A elaboração e efetivação do projeto político pedagógico deverão acontecer de forma
coletiva tendo sempre como foco o aluno, pois toda a comunidade escolar tem sua parcela de
contribuição na construção do mundo que queremos.
3 - INTRODUÇÃO
Este projeto tem por finalidade nortear o trabalho pedagógico realizado pelos
profissionais da educação que compõem este estabelecimento.
Um projeto político pedagógico só tem efetividade quando se torna a base para a
organização da escola. É um documento de identidade da instituição, que explicita o como, o
que e para que as ações educativas são realizadas.
Este é o objetivo deste projeto, que não deve estar restrito a equipe diretiva e a
coordenação pedagógica, mas que seja do conhecimento de todos os envolvidos no processo
educativo.
É importante que as ações realizadas tenham como finalidade a formação de sujeitos
que sejam capazes de compreender e interferir na realidade social.
O Colégio Estadual Olavo Bilac, mantido pelo Poder Público e administrado pela
Secretaria de Estado da Educação, oferta: Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) e Ensino Médio.
O Estabelecimento de Ensino ocupa uma área total de 8.800 m2, quadra número 12. O
imóvel foi doado através de escritura pública de doação e está devidamente registrado sob o
Nº 5.023, do Cartório do Registro de Imóveis, 1º ofício da Comarca de Marialva, Estado do
Paraná.
Está localizada na área urbana, em relação ao N.R.E. a distância aproximada é de 13
Km.
Atualmente o Colégio oferece no:
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− Matutino: 8ª Série do Ensino Fundamental (210 alunos) e as três séries do Ensino
Médio (527 alunos);
− Vespertino: 5ª a 8ª Séries do Ensino Fundamental (742 alunos);
− Noturno: 1ª a 3ª Séries do Ensino Médio (399 alunos)
− Noturno: 5ª a 8ª Séries do Ensino Fundamental(201 alunos)
− Total de alunos: 2079 regularmente matriculados.
− Número de turmas: 55
− Professores: 92
− Pedagogos 08
− Funcionários: 29
− Diretor auxiliar: 01
− Número de sala de aulas: 20
Ambientes Pedagógicos:
− Sala de Recursos: 01
− Apoio: 04
− Sala de Vídeo: 01
− Laboratório: 01 de Informática; 01 de Ciências
− Biblioteca: 01
4 -HISTÓRICO
Através do Decreto 15.269, de 06 de junho de 1.964 e publicado no Diário Oficial foi
criada a Escola que foi denominada Grupo Escolar Olavo Bilac, tendo seguido os ditames
traçados pela Lei 4.024/61.
Em 1980, foi introduzida a Reforma do Ensino pela Lei 5.692/71, abrangendo,
inicialmente, de 1ª a 4ª séries e, no ano seguinte, 5ª a 8ª séries, do primeiro grau.
A Resolução Nº 3.251/81 de 16 de fevereiro de 1982 autorizou o funcionamento do
Ensino Regular e Supletivo de primeiro Grau, passando também o Estabelecimento a chamar-
se Escola Olavo Bilac.
Em 1.982, através da Resolução Nº 3.227/81, publicada no Diário Oficial Nº 1.231 de
15 de fevereiro de 1982, autoriza o funcionamento da Escola Municipal Santa Cecília –
Ensino de Primeiro Grau, junto com a Escola Olavo Bilac, tendo a Cessação da Escola
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Municipal Santa Cecília – Ensino de Primeiro Grau, através da Resolução Nº 2.296/86 de 16
de maio de 1986.
A Resolução Nº 2.726 de 14 de outubro de 1982 autoriza o funcionamento do Ensino
Regular de Segundo Grau, na Escola Olavo Bilac – Ensino Regular e Supletivo de Primeiro
Grau, em decorrência disto o Estabelecimento passou a denominar-se Colégio Estadual Olavo
Bilac – Ensino Regular e Supletivo de Primeiro Grau e Regular de Segundo Grau.
Em 1.982, através do Parecer 148/82, aprova a implantação do curso de 2º grau,
Habilitação Básica em Comércio, tendo sido reconhecido pela Resolução Nº 2.481/86 de 30
de maio de 1986, em decorrência disso, fica também reconhecido o Colégio Estadual Olavo
Bilac – Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau e Regular de 2º Grau. A referida habilitação
teve sua Cessação definida pela Resolução Nº 1.015/91 de 14 de março de 1991 de forma
gradativa.
Em 1.987 a Resolução Nº 478 de 04 de fevereiro de 1.987, autoriza o funcionamento
do curso de 2º Grau – Habilitação Magistério de forma gradativa, tendo sido reconhecido
através da Resolução Nº 3.082 de 19 de outubro de 1.990.
Através do Ofício Nº 85/92 de 09 de julho de 1.992, a SEED solicita ao
Estabelecimento que oferte a habilitação Magistério (04 anos), adotando o regime de
semestralidade.
Através da Resolução Nº 285/89 de 30 de janeiro de 1.989 cessa gradativamente o
curso de primeiro grau Supletivo, quando o Estabelecimento passa denominar-se Colégio
Estadual Olavo Bilac – Ensino de Primeiro e Segundo Graus.
A Resolução Nº 3.105/91 suspende a oferta do Ensino de primeira a quarta Séries do
Colégio Estadual Olavo Bilac – Ensino de Primeiro e Segundo Graus.
Em 1.991 a Resolução Nº 753 de 28 de fevereiro de 1991, autoriza o funcionamento
do Curso de 2º Grau, Habilitação Auxiliar de Contabilidade, de forma gradativa, concedida
pelo prazo de dois anos. O curso Auxiliar de Contabilidade teve sua prorrogação de
funcionamento autorizada através das Resoluções Nº 4.422/92 de três de dezembro de 1.993 e
Nº 1.458/95 de 14 de abril de 1.995.
O Colégio empresta ao Município 10 salas para funcionar a Escola Municipal São
Francisco de Assis por três anos (1991, 1992 e 1993).
A partir de 1994 deixou de conceder o espaço físico para a escola municipal.
Em 1.994, a Resolução Nº 1.821 de 30 de março de 1994, autoriza o funcionamento da
4ª Série da Habilitação Técnico em Contabilidade.
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Em 1.994, a Resolução Nº 4.689 de 30 de setembro de 1.994, autoriza o
funcionamento do curso de segundo grau – Educação Geral – Preparação Universal de forma
gradativa no período matutino, ofertando duas turmas de primeiro ano.
Em 1.996, o Colégio adere ao Programa do Ensino Médio – PROEM e a partir disso
extingue-se gradativamente os cursos profissionalizantes de Magistério e Auxiliar/Técnico em
Contabilidade. Em 1999, implantou-se o Ensino Médio, ofertando no período da Manhã, 05
turmas com 231 alunos e 08 turmas no Noturno com 374 alunos, passando-se então a
denominar-se Colégio Estadual Olavo Bilac – Ensino Fundamental e Médio.
Em 2.000, através da Resolução 014/99, faz-se à reformulação do Ensino Fundamental
e Médio onde a escola passa a ofertar de forma simultânea:
− Ensino Fundamental: com carga horária de 4.000 horas /aula ou 3.200 horas que
serão distribuídas pelas áreas conforme a matriz curricular;
− Ensino Médio: com carga horária de 2.880 horas/ aula ou 2.400 horas, que serão
distribuídas pelas aulas conforme Matriz Curricular anexa.
5 - PLANTA
Esta Instituição de Ensino conforme planta anexa, é dividida em seis blocos, sendo o
número três, o setor administrativo que se subdivide em uma sala de secretaria, devidamente
equipada, informatizada, no entanto sem ventilação própria para equipamentos de
informática; uma sala de Direção, equipada, informatizada; uma sala de supervisão
informatizada; uma sala de orientação; uma sala para hora-atividade equipada com dois
computadores ligados a Internet, uma impressora matricial e dois mimeógrafos; dois
banheiros, sendo um feminino e um masculino; uma sala de recepção e uma sala adaptada
para sala de vídeo, bem iluminada e ventilada, contendo aparelhos de TV e Vídeos. Este bloco
contém cortinas em suas dependências e alarme.
O bloco número dois é composto pela cozinha bem equipada, iluminada e ventilada,
enquadrada nos padrões de higiene, a ela está anexada a sala de merenda que atende aos
padrões exigidos para preservação dos mantimentos, uma sala de professores, equipada com
televisão, ventilador de teto, armários fechados para materiais e outro armário aberto para
colocação dos Registros de Classe, purificador de água, sofás, duas mesas para reunião e
cadeiras, cinco salas de aula, bem ventiladas, cortinadas e iluminadas, um banheiro feminino e
uma saleta onde são guardados os uniformes das merendeiras.
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O bloco três é composto por uma saleta onde os funcionários de Serviços Gerais
guardam seus instrumentos de trabalho, dois banheiros, sendo um feminino e um masculino e
seis salas de aula iluminadas e cortinadas.
O bloco quatro comporta dez salas de aula bem ventiladas, iluminadas, cortinadas,
uma saleta para guardar os materiais de Educação Física, um laboratório de Química, uma
seleta com jogos (brinquedoteca), um banheiro feminino e um masculino, uma cantina bem
iluminada, ventilada que atende as especificações da vigilância sanitária.
O bloco cinco é constituído de um laboratório de informática, construído segundo as
determinações da Secretaria de estado da Educação em conjunto com o BIRD (PROEM), que
se encontra fechado por falta de manutenção dos equipamentos e de professores preparados
para utilizá-los, neste bloco ainda está localizada a biblioteca equipada, ventilada e com
banheiros, bem como uma sala improvisada para atendimento a xerox.
O bloco seis é formado por uma quadra de esportes sem cobertura e o bloco sete
comporta uma quadra coberta . O bloco oito e constituído da residência do caseiro.
O pátio deste Estabelecimento de ensino é amplo, pavimentado, iluminado, possui
bancos de cimento com poucas áreas cobertas.
Todas salas de aulas e sala dos professores são equipadas com som ambiente, onde o
início e término das aulas são anunciados através de música.
O colégio conta com os seguintes espaços:
1. Sala de Recursos: Existe um grupo de alunos que são atendidos por uma professora
concursada na área da Educação Especial. Neste espaço os alunos e professores desenvolvem
ações que favorecem o desenvolvimento integral dos educandos. A sala de recursos,
modalidade que presta atendimento a alunos, regularmente matriculados, cujo
desenvolvimento requer apoio pedagógico diferenciado.
2. Sala de Apoio Pedagógico: destinada para o atendimento de alunos de 5ª série que
apresentam defasagens especialmente nas áreas de língua portuguesa e matemática. O
atendimento conta com o apoio dos pedagogos e também do espaço da brinquedoteca, espaço
este com diversas possibilidades lúdicas.
3. Biblioteca: O colégio conta com uma biblioteca com número de razoável de obras que
versam sobre os diversos temas e conteúdos trabalhados nas diversas disciplinas. O aluno
pode utilizar livremente este espaço no horário contrário de suas aulas e durante as aulas terá
o direcionamento dos professores, salvo nos horários de intervalo.
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4. Laboratório de Ciências: O colégio também conta com um laboratório de Ciências, este
espaço é organizado por uma profissional concursada que acompanhará e organizará o
atendimento neste espaço.
5. Sala de video: o colégio possui uma sala com recursos audiovisuais que é utilizada
mediante agendamento com a coordenação.
6. Brinquedoteca: a brinquedoteca é um espaço criado pelos alunos e coordenado pelo
professor José Nunes da disciplina de Biologia. Este espaço tem por objetivo atender
especialmente alunos com dificuldades de aprendizagem por meio dos jogos e brinquedos
confeccionados pelos próprios alunos.
6 – CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
Este perfil foi traçado através de uma pesquisa de campo realizada por meio da
aplicação de questionários que continham questões objetivas sobre os diversos setores da
escola: funcionários, pais, alunos e professores, bem como de interesses pessoais e coletivos
de cada segmento.
Após serem recolhidos, os dados foram tabulados por amostragem, sendo abaixo
apresentados nas seguintes instâncias: família/aluno, funcionários e professores.
O colégio vem atendendo, na sua maioria, os alunos que residem em Sarandi, oriundos
da classe trabalhadora de baixa renda, pois de acordo com a pesquisa realizada, 55% dos pais
recebem de 2 a 3 salários, enquanto que apenas 7% recebe mais de 8 salários.
A maioria deles reside em casa própria e apesar da freqüente rotatividade dos alunos
pelas escolas da cidade, a maioria sempre residiu na cidade de Sarandi.
As famílias do Colégio são contempladas pelos programas sociais tais com Vale-gás,
o Leite, o PET, têm direito a Luz Fraterna e ainda recebem o Bolsa Família.
A pesquisa revelou um baixo nível de escolaridade dos pais, em que 48% dos pais
possuem Ensino Fundamental, enquanto que apenas 39% possui o curso Superior completo. A
ocupação dos mesmos na área de lazer se restringe à televisão e a igreja.
Quanto aos funcionários, a maioria deles trabalha no colégio a mais de cinco anos e
residem em Sarandi. Quanto ao nível de escolaridade 50% possui em ensino médio completo.
As fontes de conhecimento utilizadas em massa são a televisão e o rádio e uma parcela utiliza
a internet. E quanto às formas de lazer, a maioria ouve música, participa da igreja e poucos
praticam algum tipo de esporte. A insatisfação dos funcionários deve-se especialmente á
questão salarial.
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Quanto aos professores, 50% deles já trabalham no colégio a mais de cinco anos e
residem na cidade de Sarandi. Procuram fazer cursos e participam de formação continuada
oferecida pela SEED. Utilizam como fontes de conhecimento: internet, livros, revistas, TV,
radio e jornal.
Ainda consideram bom o relacionamento com outros setores da escola: alunos, pais,
direção, equipe pedagógica e funcionários.A grande insatisfação deve se ao salário.
Quanto às questões pedagógicas, concordam com o sistema de avaliação semestral, sistema
de recuperação paralela e o planejamento interdisciplinar. A partir dos dados levantados
podemos observar que os alunos atendidos no Colégio Olavo Bilac, na sua maioria residem
com os pais mostrando assim que o argumento sobre os filhos de pais ausentes não é relevante
no nosso contexto.
Observamos também que a faixa etária atendida se estende dos 10 aos 18 anos, nos
indicando uma especial atenção nesta fase de afirmação dos valores adquiridos ao longo da
vida.
Quanto aos motivos da permanência na escola, é preciso ser trabalhado com os alunos
mostrando a importância do conhecimento para a formação social e política dos alunos.
Mostrar também as vantagens que eles tem acesso por meio do conhecimento sistematizado
na escola.
Os gráficos demonstram que é necessário realizar um trabalho que é necessário
realizar um trabalho de informação e concretização quanto ao:
− Regulamento Interno;
− Conhecimento das diferentes funções dos profissionais que atuam no Colégio;
− Realização de ações coletivas, representadas pelo Grêmio, Conselho de Classe e
Escolar e direção;
− Difusão de valores como: amizade, diálogo e respeito.
Enfim os gráficos indicam a necessidade de rever o trabalho realizado, e propor uma gestão
realmente participativa e coletiva.
6.1 - Explicitação das Funções dos Membros que Compõem a Instituição
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Uma instituição escolar só cumpre sua finalidade social quando se propõe a organizar
uma gestão coletiva, ou seja, quando todos os envolvidos no processo educativo têm claro seu
espaço de participação e atuação.
Um dos importantes princípios definidos pela Constituição de 1988 foi “a gestão
democrática do ensino público na forma da lei”. A partir deste disposto a escola é reconhecida
como elo importante da organização nacional. Aos estabelecimentos coube, dentre outras
atribuições: “elaborar sua proposta pedagógica, administrativa, seu pessoal e seus recursos
materiais e financeiros; articular-se com as famílias e a comunidade visando processos de
integração”.
Isto denota a necessidade do conhecimento da comunidade escolar, bem como o
planejamento do perfil de cada membro da comunidade escolar.
Desta forma objetivamos neste item apresentar o perfil dos membros da comunidade
escolar, em seguida apresentaremos o organograma do Colégio de forma articulada e
integrada.
De posse desta caracterização é possível delinear de forma específica às características
e funções dos membros da comunidade escolar.
6.2 - Equipe Diretiva: Direção e Direção Auxiliar.
A L.D.B. através da gestão democrática define que os profissionais que irão atuar na
administração escolar:
Sejam eleitos através dos votos dos diferentes membros da comunidade escolar. O
diretor tem papel fundamental na organização escolar, pois com o apoio dos demais
profissionais traçará seu plano de trabalho que deverá ter em consonância com o projeto
político pedagógico.
É importante dizer que o administrador na escola, não está fora das relações
pedagógicas que compõem o cenário escolar. A escola não é empresa, assim como os alunos
não são clientes. A especificidade da atuação do diretor está exatamente em encontrar o
equilíbrio entre as questões organizacionais e os aspectos estritamente pedagógicos.
Cabe à equipe diretiva possibilitar meios para a efetivação do projeto da escola,
acompanhando de perto as ações realizadas.
O esquema sobre Equipe Diretiva (anexo) demonstra de forma sintética a atuação
deste profissional:
Pais: realizar reuniões constantes para discutir os problemas e conquistas da escola;
Funcionários: organizar os diferentes setores e acompanhar o planejamento das ações;
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Biblioteca: acompanhar o atendimento e dar sugestões para organização;
Secretaria: acompanhar e oferecer apoio aos funcionários;
Professores: Ser um elo entre o Núcleo e os Professores, acompanhar o desempenho
quanto presença e qualidade nas aulas;
Pedagogos: Dar subsídios para organização do trabalho pedagógico;
Aluno: organizar e fazer cumprir a normatização do colégio e promover atividades
que possibilitem apropriação do conhecimento.
6.3 - Equipe Pedagógica
6.3.1 - Professor Pedagogo
No sentido etimológico do termo pedagogo, significa aquele que exerce a pedagogia,
pratico da educação. O profissional da pedagogia e aquele que poderá atuar em varias
instancias da pratica educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos
educacionais.
A Pedagogia se ocupa da educação intencional, um dos campos de maior atuação do
pedagogo e a instituição escolar. Saviani 1985, explica que o pedagogo escolar e aquele que
domina sistemática e intencionalmente as formas de organização do processo de formação
cultural que se da interior das escolas.
A escola sendo um espaço organizado de forma sistemática com o objetivo de oferecer
o conhecimento cientifico por meio de ações planejadas, necessita de um profissional que
possa nas palavras de Saviani 1985 converter o saber sistematizado em saber escolar, dosar e
sequenciar para o processo de transmissão e assimilação.
O pedagogo deve ser este profissional que tem como responsabilidade a tarefa de
planejar, junto com os professores, os conteúdos de base científica, nas formas e métodos
mais adequados a sua apropriação. Saviani (1985) explicita que este profissional e
fundamental para acesso a cultura erudita aos membros da classe trabalhadora que tem na
escola a única via de ingresso nesse tipo de cultura.
A atuação do pedagogo pode ser traduzida nas seguintes ações, conforme as
orientações da Secretaria de Estado da Educação:
− Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do projeto político-
pedagógico e do plano de ação da escola; a partir das políticas educacionais da
SEED/PR e das Diretrizes;
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− Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico;
− Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os profissionais
da escola; coordenar a organização do espaço - tempo escolar, intervindo na
elaboração do calendário letivo, na formação de turmas, na definição e distribuição do
horário semanal das aulas e disciplinas, do “recreio”, da hora-atividade e de
coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas a partir de
critérios legais;
− Implantar mecanismos de acompanhamento e avaliação do trabalho pedagógico
escolar pela comunidade interna e externa; apresentar propostas, alternativas,
sugestões e/ou críticas;
− Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático - pedagógico, orientar o processo
de elaboração dos planejamentos de ensino junto ao coletivo de professores da escola;
elaborar o projeto de formação continuada do coletivo de professores, promover
ações para sua efetivação; organizar a hora-atividade do coletivo de professores da
escola, organizar a realização dos conselhos de classe, de forma a garantir um
processo coletivo de reflexão - ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido pela
escola e em sala de aula, coordenar o processo coletivo de elaboração e
aprimoramento do Regimento Escolar.
6.4 - Professor
Num contexto atual o trabalho docente se apresenta como essencial na formação de
sujeitos capazes de conhecer e interferir na realidade na qual estão inseridos.
Para que isto ocorra de fato é necessário que os profissionais da educação definam
coletivamente o perfil de homem que almejam formar. Sabemos que a escola “é o espaço
institucionalmente organizado para o processo de apropriação do conhecimento científico”.
Esta organização seria impossível sem a ação dos professores, que possibilitam a
reflexão dos alunos por meio de atividades previamente planejadas.
No processo de apropriação do conhecimento acreditamos que a interação é fator
determinante para a aprendizagem. Compartilhamos das teorias de autores como:
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VYGOTSKY, SAVIANI, GASPARIN, FACCI e outros que defendem o trabalho do
professor numa perspectiva mediadora dos conhecimentos sistematizados.
A ação do professor deve ser planejada e avaliada constantemente, a fim de criar
novos caminhos para o processo pedagógico.
Neste sentido o professor:
[...] Constitui-se como mediador entre os conhecimentos científicos e os alunos, fazendo movimentar as funções psicológicas superiores destes, levando-os a fazer correlações com os conhecimentos já adquiridos e também promovendo a necessidade de apropriação permanente de conhecimentos cada vez mais desenvolvidos e ricos [...] (FACCI, 2004, p. 210)
Assim cabe ao professor partir da prática social buscando alterar qualitativamente a
prática de seus alunos, como sujeitos transformadores. O conhecimento é o caminho para a
superação do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico.
Para a efetivação deste processo, é necessário que o professor:
− Tenha claro o que,como e para que,os conteúdos são trabalhados por meio de um
planejamento significativo e intencional;
− Comprometa-se com a formação dos alunos;
− Busque constantemente a compreensão do processo pedagógico;
− Organize um contrato pedagógico com os alunos, definindo as regras de convívio;
− Acompanhe a aprendizagem dos alunos por meio de avaliações iniciadas, no
processo e no final do planejamento;
− Crie formas para os alunos compreenderem o conteúdo trabalhado, não somente
recuperando notas;
− Trabalhe em equipe, respeitando o contrato didático entre os professores e alunos;
− Documente suas ações por meio dos planejamentos e registro de classes;
− Integre-se com os outros professores a fim de realizar um trabalho interdisciplinar e
coletivo;
− Colabore com a equipe pedagógica sugerindo formas para resolução de problemas
como: indisciplina, dificuldade de aprendizagem e outros;
A partir desta perspectiva o professor organiza suas ações, visando a qualidade do
processo ensino aprendizagem.
6.5 - Funcionários
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Tendo em vista que o funcionamento da escola não depende somente de professores e
equipe pedagógica (professor pedagogo), torna-se necessário descrever o papel da equipe de
apoio (Técnico administrativo e auxiliar de serviços gerais), pois é através de sua organização
que se torna possível o gerenciamento do estabelecimento de ensino. O envolvimento desta
equipe com a comunidade é muito amplo competindo a seus membros a receptividade,
tratamento e encaminhamento daqueles que os procuram para obtenção de informações e
efetivação do trabalho burocrático e social do estabelecimento.
Para tanto, o perfil desta equipe deve enquadrar-se nas atuais exigências da conjuntura
sócio-política e econômica que demanda para a eficiência do trabalho, atualização,
organização e compreensão entre outras.
À secretaria compete o trabalho burocrático que permeia a organização administrativa
da Escola e seu funcionamento satisfatório, ao setor de serviços gerais compete a organização
do espaço físico para o acolhimento dos educandos e para que se possam desenvolver as
atividades pedagógicas, além do cuidado com esse espaço, mantendo-o sempre organizado
para os turnos seguintes e velando pela manutenção da integridade e preservação.
6.6 – Pais e Alunos
A escola enquanto espaço pedagógico deve valorizar todos os envolvidos no
atendimento dos alunos, os pais dentro de sua função de educar seus filhos, devem ser sujeitos
que assumam verdadeiramente esta responsabilidade e trabalhem em conjunto para seu
sucesso escolar, uma vez que o aluno antes de tudo, deve ter clareza da função da escola e de
como ela funciona.
Só assim, a escola afirma se como democrática não só no acesso, mas também no
sucesso da permanência do aluno.
6.7 – Relação escola, família e comunidade.
A escola enquanto espaço democrático deve em todo momento possibilitar momentos
para que isso ocorra. A forma de se relacionar com a família e a comunidade propicia ao
aluno um suporte a mais para o bom desenvolvimento escolar.
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Pensando nisso é preciso antes de tudo deixar claro qual é a função de cada instância,
inclusive para elas mesmas. Primeiro a escola deve ter claro que seu objetivo é o de transmitir
aos alunos conhecimentos historicamente acumulados, relacionando-os com o que já sabem e
que ao final do processo o aluno possa interferir na realidade em que vive depois vem a
família com a responsabilidade de educar seus filhos, das condições para que possam
freqüentar a escola acompanhar na vida escolar, estabelecer limites sobre qual é o papel da
escola e que está não é uma extensão da sua casa, portanto exige uma postura diferente de sua
parte. Segundo Vasconcellos:
Os pais devem ajudar os filhos a pensarem sobre o sentido da vida: para ‘levar vantagem de tudo’? Para ser rico, para ‘subir na vida a qualquer custo’? Sem uma perspectiva, sem um projeto de vida, corre-se o risco de se cair no “vale-tudo”: oportunismo, violência, desânimo, drogas, suicídio.
Assim tendo claro qual é o papel da família e da escola, cabe as duas caminharem
juntas, sem o jogo do empurra, empurra em prol do sucesso escolar do aluno.
7 – AS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
A escola não é uma instituição isolada, ela só funciona de forma adequada quando
conta com apoio dos diversos segmentos da comunidade escolar. Estes segmentos são
representados pelas instâncias colegiadas: Grêmio Estudantil, Conselho de Classe, APMF e
Conselho Escolar.
− Conselho de Classe: é um órgão colegiado que tem por objetivo discutir questões
específicas sobre a aprendizagem dos alunos. Os professores, equipe pedagógica e
representações dos alunos se reúnem para discutir e propor caminhos para resolução
dos problemas pedagógicos.
Os critérios para aprovação pelo conselho serão:
� O aluno que tiver nota final inferior a 6,0 e superior ou igual a 5,0 em até duas
disciplinas será aprovado.
� O aluno que obtiver nota inferior a 5,0 e superior ou igual a 4,0 em até duas
disciplinas será submetido a somatória da médias finais de todas as disciplinas
e obtendo nota igual ou maior que 6,0 será aprovado
� Fica reprovado o aluno que obtiver nota inferior a 6,0 em três ou mais
disciplinas.
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− Conselho Escolar: O Conselho Escolar é constituído por representantes de todos os
segmentos da comunidade escolar: diretor; representante da equipe pedagógica,
representante do corpo docente (professores); representante dos funcionários
administrativos, representante dos funcionários de serviços gerais; representante do
corpo discente (alunos), representante dos pais de alunos; representante do Grêmio
Estudantil, representante dos movimentos sociais organizados da comunidade
(APMF, Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde, etc).
Tem como membro nato o Diretor do estabelecimento de ensino, eleito para o
cargo, em conformidade com a legislação pertinente, constituindo-se no Presidente
do referido Conselho.
Os demais representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares,
mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantido a representatividade de
todos os níveis e modalidades de ensino, sendo eleito também, um suplente para cada
membro e tem com o princípio da representatividade que abrange toda a comunidade
escolar, tendo na sua constituição a paridade (número igual de representantes por
segmento) com a seguinte proporcionalidade: 50% (cinqüenta por cento) para as
categorias profissionais da escola: professores, equipe pedagógica e funcionários e
50% (cinqüenta por cento) para a categoria comunidade atendida pela escola: alunos,
pais de alunos e movimentos sociais organizados da comunidade e tem por objetivos:
- realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática, contemplando o
coletivo, de acordo com as propostas educacionais contidas no Projeto Político-
Pedagógico da Escola;
- constituir-se em instrumento de democratização das relações no interior da
escola, ampliando os espaços de efetiva participação da comunidade escolar nos
processos decisórios sobre a natureza e a especificidade do trabalho pedagógico
escolar;
- promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando a
integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na
construção de uma escola pública de qualidade, laica, gratuita e universal;
- estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho
pedagógico na escola, a partir dos interesses e expectativas histórico-sociais, em
consonância com as orientações da SEED e a legislação vigente;
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- acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela comunidade
escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo como pressuposto o Projeto
Político-Pedagógico da escola;
- garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho
pedagógico da escola, de modo que a organização das atividades educativas escolares
estejam pautadas nos princípios da gestão democrática.
− Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF, ou similares, pessoa jurídica
de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e
nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo
constituído por prazo determinado e tem por objetivos:
- discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando
sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho
Escolar e equipe-pedagógica-administrativa;
- prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-
lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta
Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;
- buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto
escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa
comunidade;
- proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo
escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e
do Conselho Escolar;
- representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa
forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e
universal;
- promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e
toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e desportivas,
ouvido o Conselho Escolar;
- gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em
reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;
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- colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação.
− Grêmio Estudantil: É uma organização dos estudantes na escola dos estudantes na
escola, ele é formado por alunos.
Esta instância pode desenvolver: atividades culturais e esportivas, produção de
jornal, organização de debates sobre assuntos de interesse dos estudantes. O grêmio
não tem caráter político-partidário, religioso, racial e também não deverá ter fins
lucrativos.
A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio serão estabelecidas
em seu Estatuto que deve ser aprovado em Assembléia Geral do corpo discente do
estabelecimento de ensino.
O Conselho de representantes de turmas será eleito anualmente, no início do
período letivo. Os representantes do Grêmio não poderão utilizar seu horário de aula
para reuniões e quaisquer atividades sem autorização da Direção Geral e Professor da
Turma.
As atividades do Grêmio serão supervisionadas pelo professor Conselheiro
(que foi indicado em reunião com os professores).
Compete ao conselheiro:
- Acompanhar as atividades do grêmio;
- Informar a direção sobre as atividades do grêmio;
- Apresentar sugestões para melhor funcionamento do grêmio e também seu
relacionamento com a direção do colégio.
8 - ACOMPANHAMENTO
Este projeto será acompanhado por toda a comunidade escolar, e pode sofrer
alterações durante o ano. E importante que todos os envolvidos tenham conhecimento das
diretrizes apresentadas neste Projeto.
Durante o ano faremos reuniões com os membros da comunidade escolar para a
avaliação e possível alteração do projeto.
9 - PLANO DE AÇÃO ANUAL
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OBJETIVO GERAL Realizar uma gestão democrática e participativa, onde todos os segmentos da comunidade escolar se envolvam nos projetos elaborados pela escola, tendo assim a oportunidade de interagir no processo ensino-aprendizagem.
DIREÇÃO
METAS
AÇÕES
CRONOGRAMA
Projetos
Incentivo e acompanhamento dos projetos desenvolvidos na escola Criar e desenvolver projetos de prevenção e promoção da vida.
Durante o ano letivo
Setores Reuniões periódicas com todos os setores: pais, alunos, professores, funcionários e equipe pedagógica. Realizar reuniões entre o conselho escolar e APMF para se integrem no trabalho da escola.
Mensalmente
Prestação de contas Realizar prestação de contas da APMF e FR a toda comunidade escolar.
Semestralmente
Representar a escola Participar das reuniões quando convocadas pelo núcleo e outros segmentos.
Durante o ano letivo
Caixa de sugestões Dar oportunidade à comunidade escolar de avaliar o trabalho da direção e equipe pedagógica
Durante o ano letivo
EQUIPE PEDAGÓGICA
METAS
AÇÕES
CRONOGRAMA
Projeto Político
Pedagógico e Regimento Interno
Acompanhamento e efetivação Durante o ano letivo
Conselho de Classe Organização e coordenação do conselho de classe.
4 vezes durante o ano letivo
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Confecção e análise de gráfico do rendimento do aluno de acordo com cada disciplina.
Pós Conselho de Classe Orientação para o professor. Organização de reuniões necessárias Atendimento individual (aprendizagem/ ensino) Relatórios Organização e entrega de boletins
4 vezes durante o ano letivo
Livros de Registros Acompanhamento de registro de freqüência, conteúdos, instrumentos e rendimento escolar.
Durante o ano letivo
Livro Ponto Organização e acompanhamento das reposições de aula. Verificar módulo de reposição para professores que saírem em curso
Semanalmente
Materiais Pedagógicos e Recursos Didáticos
Agendar e controlar entrega Diariamente
Sala de Apoio e Sala de
Recurso
Organização e coordenação da sala de apoio e recurso.
• Documentação • Capacitação • Reuniões • Avaliação
Durante o ano letivo
Hora Atividade Organização do cronograma da hora atividade Atendimento individual para orientação e acompanhamento do Plano de Ação
Durante o ano letivo
Projetos Orientação e acompanhamento por período Estudo Dirigido
Durante o ano todo letivo
Formação continuada Organização de reunião pedagógica abordando as dificuldades levantadas no conselho Estudo do Projeto Político Pedagógico baseado no livro Uma Didática para Pedagogia Histórico Crítica do Gasparin Proporcionar momentos para
3 vezes ao ano
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apresentação dos docentes (socialização dos cursos) Grupo de Estudo
Falta do professor
Reorganização do horário de acordo com a falta do professor no dia e informar a direção.
Durante o ano letivo.
Falta do aluno
Entrar em contato com o aluno e seu responsável par saber qual motivo das faltas e alertá-los dos prejuízos. E quando necessário fazer o preenchimento da ficha FICA e encaminhar ao conselho tutelar.
Durante o ano letivo.
Alunos encaminhados por comportamento inadequado.
Conversar com aluno(a) advertindo sobre as conseqüências do seu comportamento. Informar a direção sobre os casos ocorridos. Convocar os responsáveis pelo aluno(a) para resolver o problema.
Durante o ano letivo.
Divulgação do regimento
escolar.
Após reformulação do regimento escolar junto ao grupo de professores, elaborar informativo para que os alunos tomem conhecimento do mesmo.
Duas vezes ao ano (Fevereiro/ agosto)
Atendimento aos alunos que tiverem necessidade.
Entrar em contato com a secretaria de saúde e o conselho tutelar, encaminhando para atendimento os alunos que necessitem de psicólogos, fonoaudiólogos, oftalmologista e outros.
Durante o ano letivo.
Atendimento aos pais ou
responsáveis.
Atendimento aos pais e/ou responsáveis sanando dúvidas e orientando-os sobre a situação do filho(a) na escola.
Durante o ano letivo.
Alunos com licença médica.
Acompanhar os alunos(as) com licença médica arquivando atestado,
Durante o ano letivo.
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informando os professores para que os mesmos elaborem trabalhos domiciliares.
Alunos portadores de necessidades especiais.
Reuniões periódicas com os professores de sala de recursos e com profissionais que atendem o aluno fora da escola. Acompanhamento do professor e dos alunos da sala de recursos. Encaminhamentos para atendimentos especializados e verificação se foram realizados ou não. Encaminhamento para o fornecimento de laudos e diagnósticos. Subsidiar o professor no trabalho com alunos de necessidades especiais.
Durante o ano letivo, nas reuniões pedagógicas e capacitações.
Contribuir para a formação de alunos no exercício da cidadania.
Implantação da Campanha do Obrigado e do Projeto Planeta Azul, por um mundo melhor nas classes de 5ª série.
Implantação até dezembro de 2007. Encaminhamento para os anos seguintes.
SECRETARIA
METAS AÇÕES CRONOGRAMA
CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS E NÃO OFICIAIS
Escrituração, arquivamento, leitura e encaminhamentos aos setores responsáveis
Diariamente
ALUNOS
Toda documentação referente à matrícula, remanejamentos, transferências, históricos de conclusão.
Diariamente
PAIS
Atendimento de todas suas necessidades, bem como no que diz respeito a seus filhos encaminhando-os aos setores responsáveis a cada assunto.
Diariamente
PROFESSORES
Auxilio e cobrança de suas responsabilidades no preenchimento dos resultados das avaliações
Diariamente
DIREÇÃO
Assessorar em todos os assuntos que lhe sejam confiados
Diariamente
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PÚBLICO EM GERAL
Atendimento e esclarecimento do que lhe foram abordados, pessoalmente, por telefone ou por correio eletrônico.
Diariamente
II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1 – APRESENTAÇÃO
Todas as instituições de ensino cumprem uma função social no que se refere a
formação da população em geral, neste sentido e indispensável que os envolvidos no processo
pedagógico tenham claro as diretrizes norteadoras da prática educativa. A escola pública e
uma instituição historicamente criada pelos homens num dado momento a fim de atender as
necessidades que delinearam por volta do século XIX. Esta história revela as continuidades e
rupturas desta instituição, e as diferentes formas que ela assumiu na sua trajetória.
Com o intuito de delimitar o texto, levantaremos alguns aspectos que consideramos
indispensáveis para a compreensão dos princípios filosóficos desta instituição. Aspectos
como:
− Relação entre educação e sociedade
− Trajetória da educação brasileira e quadro das tendências pedagógicas
− Tendência pedagógica norteadora do trabalho da instituição
− Considerações acerca da prática educativa
2 - RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
O momento atual recebe várias denominações, como mostra DE MASI são mais de
trezentas e vão desde “sociedade em impasse” (M. CROZSIER), “sociedade programada”
(TOURAINE e HEGEDUS), “sociedade pós-civil” (R. BOULDING), “sociedade dos
serviços” (J. GERSHUNY e W.R. ROSENGREN) e outros.
Independente das denominações que recebe é um momento de grandes contradições
que se configuram nas relações sociais. O estágio atual da acumulação do capital, por se dar
através de um processo de degradação do trabalho, traz como conseqüência social o aumento
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da miséria, da exclusão social gerando na sociedade tanto outros problemas que resultam em
uma violência cada vez mais acirrada.
Segundo SANFELICE em artigo intitulado Pós Modernidade, Globalização e
Educação, a educação não está imune às transformações da base material da sociedade, hoje
em processo de globalização e, ao mesmo tempo, não está imune à pós-modernidade (termo
utilizado por LYOTARD em 1979) cultural que as sinalizam. Nos lembra que o pensar
dialético deve compreender estas relações não de forma natural e sim um entendimento
histórico que leve a transformação.
Mudanças ocorrem no mundo do trabalho devido a mundialização da economia, da
competitividade internacional que leva a modificações dos padrões de produção e consumo.
Segundo Antunes, hoje estamos vivendo a realidade do consumo destrutivo e supérfluo
gerador de necessidades múltiplas, mas ao tempo de imensa exclusão, ou seja, cada vez mais
se produz produtos com menor durabilidade para que haja circulação rápida de compra e
venda no mercado.
Na política, as mudanças também são visíveis, os interesses políticos estão sendo cada
vez mais subordinados às regras da mundialização da economia. O poder das finanças toma
conta do mundo, comprometendo o poder das nações, a idéia da nação vai desaparecendo e os
governos dos países periféricos vão perdendo autonomia e cada vez mais se aumenta a
dependência com os países estrangeiros.
O homem idealizado neste contexto é um cidadão consumidor que honra suas dívidas
e tenha perfil solidário e um apreço para o trabalho voluntário IANNI considera que há
possibilidade de estar em formação um outro indivíduo, provavelmente “cidadão” em escala
mundial, parte da multidão de trabalhadores ativos e inativos, membro de uma população
mundial que poderá compor o “povo” da sociedade civil mundial.
Diante deste quadro, a educação é colocada com questão fundamental para os homens
neste novo século. Isso pode ser confirmado pela permanência do tema nos meios de
imprensa, propagandas governamentais, bem como em pesquisas acadêmicas. Por outro lado,
a presença deste tema é contraditória, pois cada vez mais a tendência à privatização e a
escassez de recursos se mostram no meio educacional.
Estas questões não estão exclusivamente presentes na escola, fazem parte de um
contexto mais amplo marcado por grandes contradições que se configuram nas relações
sociais. Uma delas vivida atualmente está na produção de riqueza nas mãos de poucos em
detrimento a miséria de muitos. Para dar ênfase a esta questão lembremos do artigo intitulado
“Sr Alves e o dia dos direitos humanos” que conta a história de um brasileiro entre milhões
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que são considerados como sub-cidadão, pois ao mesmo tempo, em que o país possui uma
legislação avançada no que se refere aos direitos humanos a concretização destes está longe
de ser efetivado. Este homem descrito no artigo é a imagem da contradição existente no país
entre o ideal e o real.
Podemos inferir que essas desigualdades existem em decorrência de um determinante
do capitalismo que é a propriedade privada. E estas desigualdades refletem diretamente a
população no que diz respeito ao acesso da produção material. De um lado ampliam-se as
perspectivas de aumento da produção e de outro o volume de mercadorias impulsiona a queda
da taxa de lucro e de estagnação do mercado, pôr conseqüência aumentando o desemprego.
A educação neste contexto assume uma função “salvífica” que não lhe cabe, pois esta
não tem o poder de abarcar os problemas da sociedade atual. A questão da concretização dos
direitos previstos pelas leis nacionais perpassa todos os âmbitos da sociedade, inclusive a
escola. A constituição prevê a igualdade de condições, a liberdade de aprender, a gratuidade
de ensino, garantia do padrão de qualidade e ainda a valorização dos profissionais da
educação. O estamos assistindo no campo educacional é o inverso do previsto pela lei.
No que diz respeito a prática escolar entendemos que esta é determinada socialmente
procurando atender as exigências da nova configuração na forma de trabalho. Dando vida os
conteúdos ideológicos presentes no currículo e difundidos pela escola. O autor MICHAEL
APPLE coloca que: “a maioria das escolas passam uma visão que serve para legitimar a
ordem social vigente e ainda pontua que a compreensão da realidade é condição necessária
para mudá-la, mas lembra que paralelo a esta compreensão deve haver também uma tentativa
constante para trazer a um nível consciente a agir contra aquelas suposições ideológicas
ocultas”. (p.156 e 157)
Pensamos que há realmente um distanciamento do ideal e o real no que diz respeito ao
currículo e que a escola compactua com a formação de um homem consumidor que honra
suas dívidas. Este homem parte de uma sociedade capitalista que acumula riquezas através do
capital financeiro é levado a buscar novos comportamentos e atitudes.
Neste sentido, entendemos que em cada momento histórico o conteúdo escolar se
apresenta de forma a atender as necessidades da produção. Não assumindo um papel
revolucionário, pois esta não tem poder de modificar a estrutura econômica, pois ela é uma
das instituições responsáveis pela educação, mas não é a única.
Acreditamos que a educação expressa as necessidades de uma dada época, e nós
profissionais da educação, precisamos estar preocupados em compreender estas necessidades,
independente de sermos a favor ou não a elas, para permitirmos que as crianças que passam
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pelas nossas mãos consigam se adequar às exigências sociais e garantir sua sobrevivência.
Vale ressaltar que nossa pretensão não é reproduzir e reforçar o “conteúdo social’, mas sim
fornecer instrumentos para que o aluno compreenda as questões presentes no meio no qual
está inserido. Pois, a maneira com que os homens se organizam para a produção de sua vida,
como no momento em que a divisão do trabalho se efetiva, exerce influência direta na
formação da consciência do homem. Para entender a educação é preciso entender a sociedade
capitalista e suas contradições, pois as transformações históricas acabam por ditar as
necessidades de cada momento e conseqüentemente os comportamentos sociais. Desta forma
algumas práticas e conteúdos são colocados às instituições, neste caso a escola, passa a
ensinar de acordo com o momento social.
3 - A TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Vimos no item anterior que a educação é determinada socialmente e toma formas
diferenciadas ao longo da historia. Olhar para a historia da educação no Brasil e uma
necessidade quando almejamos novas perspectivas para o ensino nos dias atuais. Pois quando
voltamos ao passado temos a possibilidade de verificar as continuidades e rupturas do
processo educacional e delinear novos caminhos e possibilidades de mudanças.
O Brasil como pais de origem colonial, foi e ainda e influenciado por teorias
educacionais de outros países. No período de 1549 a 1759, tivemos uma estrutura educacional
marcada pela educação jesuítica. Os jesuítas vieram para o Brasil no ano de 1549 com o
objetivo de difundir a fé católica e catequizar os índios que aqui viviam. Segundo PILETTI
(1985 p.170). A escolas de primeiras letras foi um dos instrumentos que lançaram mão os
jesuítas para alcançar seu objetivo mais importante a difusão e a conservação da fé católica
entre os senhores de engenho, colonos, negros, escravos e índios.
Esta forma de educação se estendeu até o ano de 1759, quando os jesuítas forma
expulsos devido aos conflitos de interesses entre o governo português e os interesses
religiosos. Da expulsão dos jesuítas ate a chegada da Família Real em 1808, a educação
centrou-se na substituição dos interesses da fé pelo interesses do Estado.
A partir de 1808 a preocupação fundamental do governo no que tange a educação,
passou a ser a formação das elites dirigentes do país. Houve a abertura de cursos superiores
isolados, especialmente de Engenharia e Medicina.
A República instaurada em 1889, não herdou do Império um sistema articulado de
ensino, a educação era restrita a uma pequena elite. O ensino primário era de responsabilidade
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da província, o secundário ficava a cargo da iniciativa privada a organização era de aulas
avulsas.
Segundo os estudos realizados por Lima 2005, “É importante destacar que neste
cenário a educação brasileira recebeu fortes influências, especialmente dos Estados Unidos.
Estas idéias marcaram as teorias e tendências a respeito da pedagogia brasileira”.
Saviani no livro Escola Democracia 1989, apresenta as diferentes tendências que se
delinearam no Brasil a partir do século XX. O autor faz uma classificação das teorias críticas
e não críticas para evidenciar as tendências fundamentaram a pratica pedagógica nas escolas
brasileiras ao longo da historia.
Tendência pedagógica significa um conjunto de didáticas e pedagogias que
possibilitam a organização da prática educativa, toda tendência pedagógica esta fundamentada
numa determinada teoria filosófica e psicológica.
No quadro das tendências pedagógicas, apontaremos quatro tendo como referência os
estudos realizados por Saviani. A primeira tendência pedagógica que deu sustentação ao
trabalho pedagógico, foi a Pedagogia Tradicional.
Esta tendência concebe a escola como antídoto a ignorância, por meio da instrução. A
forma de organização da prática educativa se dá pelo método expositivo.
Em crítica a tendência tradicional, surge a Escola nova por meio de uma nova forma
de interpretar a educação. A escola deveria ser reformulada e professor deveria agir como
estimulador e orientador do processo pedagógico. Na década de 50 e 60, surge uma nova
tendência, o tecnicismo, o homem é o produto do meio, sujeito passivo das determinações do
ambiente. O conhecimento é visto como cópia do mundo exterior, a experimentação planejada
é a base do conhecimento e objetivo é a ordem natural das coisas, a metodologia se
caracteriza pela programação e controle para garantir a transmissão e aquisição de
comportamentos desejáveis.
Em crítica a estas tendências, nos anos 80 surge uma nova tendência pedagógica:
PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA, da qual esta escola encaminha sua ação pedagógica
e que segue seguintes etapas, prática social inicial do conteúdo onde há a listagem do
conteúdo por tópicos e unidade temática e ainda valoriza os conhecimentos que o aluno já tem
sobre o conteúdo e o que gostaria de saber a mais, depois a problematização dos conteúdos
onde formula-se questões a serem consideradas no momento do planejamento da ação
educativa e as dimensões do conteúdo a serem trabalhadas. A instrumentalização que traz as
ações docentes e discentes para a construção de conhecimento, a catarse que é a elaboração
teórica da síntese, da nova postura mental, ou seja, a avaliação e por fim a prática social final
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do conteúdo onde as intenções do aluno revelam que os conhecimentos adquiridos
modificaram sua prática.
Segue anexo o modelo desse processo docente-discente.
4 – ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR
O Colégio Olavo Bilac oferece as séries finais do Ensino Fundamental e Ensino
Médio, previsto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.
De acordo com esta legislação a educação básica é dividida em dois grandes níveis:
básico e superior. Básico compreendido em Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio.
Na divisão de responsabilidade entre a União, estados e municípios, a L.D.B. explicita
que os municípios oferecerão em prioridade o Ensino Fundamental, seguido da Educação
Infantil. A atuação nos outros níveis ficara a cargo dos Estados e do Governo Federal.
Quando ao Ensino Fundamental (5ª a 8ª Série) a lei define que:
Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e
gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
§ 1º. É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos.
§ 2º. Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no
ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do
processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino.
§ 3º. O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada
às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
aprendizagem.
§ 4º. O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizada como
complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.
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Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres
públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis,
em caráter:
I - confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu responsável,
ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e credenciados pelas
respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou
II - interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades religiosas, que
se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa.
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de
trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência
na escola.
§ 1º. São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de
organização autorizadas nesta Lei.
§ 2º. O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a
critério dos sistemas de ensino.
Quanto ao Ensino Médio, a L.D.B. prevê:
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três
anos, terá como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar
aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de
ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e
o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e
as seguintes diretrizes:
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I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência,
das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a
língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da
cidadania;
II – adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos
estudantes;
III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória,
escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das
disponibilidades da instituição.
§ 1º. Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal
forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:
I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção
moderna;
II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III - domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício
da cidadania.
§ 2º. O ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para
o exercício de profissões técnicas.
§ 3º. Os cursos do ensino médio terão equivalência legal e habilitarão ao
prosseguimento de estudos.
§ 4º. A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional,
poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação
com instituições especializadas em educação profissional.
O Colégio Estadual Olavo Bilac conta atualmente com 2.079 alunos, distribuídos em
vinte salas de aulas, atendendo no período diurno, vespertino e noturno.
Os estudos oferecidos pelo Colégio estão organizados em séries. No que se refere à
organização curricular utilizada, defendemos o trabalho pedagógico por disciplina. No
entanto, acreditamos que os conteúdos devam ser contextualizados no planejamento de forma
a possibilitar a relação entre teoria e prática..
Também defendemos a interdisciplinaridade quando possível de ser realizada, pois
assim, estamos evitando a fragmentação do saber.
Os professores com apoio da equipe pedagógica irão elaborar o planejamento
bimestralmente que será apresentado de forma clara para os alunos.
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Organização curricular encontra-se anexa.
Como prevê o Artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação:
“Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da 5ª série, o ensino de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.”
As Línguas Estrangeiras oferecidas são o Inglês e o Francês por serem disciplinas com
um número maior de professores disponíveis na Rede Estadual.
No que se refere aos estudos sobre o Estado do Paraná, estes serão ofertados no
próximo ano, de acordo com a grade curricular alterada em dezembro/2005, serão inseridos
nas disciplinas de História e Geografia, ou seja, estes conteúdos serão contemplados no rol de
conhecimentos das disciplinas acima mencionadas.
As disciplinas de Filosofia e Sociologia terão uma carga horária específica na grade
Curricular do Ensino Médio, estas disciplinas são consideradas disciplinas específicas do
Ensino Médio. A Filosofia é oferecida para as turmas de 1º ano e Sociologia para as turmas de
3º ano do Ensino Médio.
Integrados ao Projeto Político Pedagógico temos alguns projetos que serão
apresentados individualmente na sessão que lhes cabem.
5 - CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM Estamos em meio a várias interpretações dos processos que regem o ensino
aprendizagem no ambiente escolar. Muitos teóricos tentam explicar como acontecem esses
processos, mas os que mais se aproximam para estabelecer um diálogo coerente são as
correntes psicológicas que trazem elementos que explicam os atos exercidos na escola e
traduzem algumas teorias como concepção acerca da aprendizagem.
Segundo ZABALA, “Quando se explica de certa maneira, quando se exige um estudo
concreto, quando se propõe uma série de conteúdos, quando se pedem determinados
exercícios, quando se ordenam as atividades de certa maneira, etc... por trás dessas decisões
se esconde uma idéia sobre como se produzem as aprendizagens”.(pág.33).
Daí surgem alguns princípios que nos ajudam a pensar e sustentar uma concepção: são
experiências vividas, ritmos, motivações etc, CHARLOT, em sua obra ressalta que desde que
nascemos já estamos naturalmente submetidos ao aprender. Um aprender para construir,
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socializar, partilhar valores; aprender para perceber a própria história e que esta faz parte de
um todo histórico.
“Nascer, aprender, é entrar em um conjunto de relações e processos que constituem um sistema de sentido”; “Esse sistema se elabora no próprio movimento através do qual eu me construo e sou construído pelos outros, esse movimento longo, complexo, nunca acabado, que é chamado educação”.(pág.53, ZABALA).
Diante disso, percebemos a característica cultual e histórica do ser humano e nos faz
pensar que o aprender está intimamente ligado ao ensinar, e esse ensinar ligado a conteúdos
de uma prática social. No âmbito escolar o conhecimento passa pela construção dos elementos
assim evidenciados e pela sua necessidade. O conhecer pode ser espontâneo, mas pode ser
elaborado, numa relação de significados e necessidades. GASPARIN busca elementos nessas
necessidades sociais. A construção do conhecimento “consistirá na demonstração do domínio
teórico do conteúdo e no seu uso pelo aluno, em função das necessidades sociais a que deve
responder” (pág. 25). E para tanto é preciso valorizar o que os alunos já sabem e concebem
dessa prática social – “consiste no levantamento sobre a vivência prática cotidiana dos
educandos em relação ao conteúdo ministrado. Além disso, eles também demonstram o que já
sabem teoricamente sobre esse mesmo conteúdo, antes que a escola o sistematiza.” ( pág.
25).
VYGOTSKY já afirmava em sua obra: a aprendizagem é um aspecto necessário e
universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente
organizadas e especificamente humanas. Nos deparamos assim, com um perfil da relação
ensino aprendizagem que considera o homem como ser extremamente aguçado no ato de
aprender, e as relações entrelaçadas desse processo, que é universal e histórico, e que parte
das práticas sociais. Cabe agora estruturar alguns elementos que regem esse processo no
âmbito cognitivo e da atividade intelectual.
É fato que cada aluno aprende de forma ou níveis diferentes. Segundo ZABALA,
quando aprendemos estamos usando nossos esquemas de conhecimento e esses são revisados
e modificados a todo o momento. O que neste primeiro momento concebemos como pronto,
na verdade são provisórios, pois a medida que comparamos nossos saberes com outros
saberes ou idéias se tornam mais elaborados. É preciso salientar que em cada caso,
principalmente na ação educativa, é preciso utilizar uma forma de ensinar adequada ás
necessidades dos alunos, não basta que os alunos se encontrem frente a conteúdos para
aprender; é necessário que diante desses possam atualizar seus esquemas de conhecimento,
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compará-los com o que é novo, identificar semelhanças e diferenças e integrá-las em seus
esquemas” (ZABALA, pág.37).
No entanto esse processo de articular esquemas mentais passam pelo ato da mediação
do outro, no caso o professor. É mobilizar o educando, dar sentido, tornar os conteúdos
receptíveis e com significados. Implica também, resgatar a prática dialética, o ato de dialogar,
trocar idéias e informações através da linguagem.
O processo dialético vem sendo muito discutido entre os teóricos como forma de
resgatar e reconhecer a diversidade social. É transformar em diálogo o que se aprende, o
próprio VYGOTSKY atribui essa necessidade como forma ou ponte para reorganizar o
pensamento. Basta observar que crianças no início da alfabetização no seu processo de leitura
precisam ler em voz alta para escutar o que está lendo. Alguns adultos o fazem até hoje.
Segundo TORRES, a dialética é condição fundamental para a aprendizagem
“Recuperar a unidade dialética entre ensino e aprendizagem, devolvendo a aprendizagem seu
papel central como objetivo fundamental do conjunto do processo educativo”.(pág. 69) e
“Formular uma interpretação ampla de aprendizagem e de saber, capaz de incorporar
conhecimento e ação numa unidade competência, permitindo reconhecer expressamente sua
dimensão histórico-social, seu caráter dinâmico, sua diversidade cultural”. (pág.69)
Através da dialética é possível problematizar os conteúdos, ou objetos de estudo.
Gasparin nos coloca que através da problematização desses conteúdos nos permitem buscar
soluções para os problemas das questões em estudo, situações essas que estimulam o
raciocínio mental.
A manifestação oral dos alunos, a expressão do que os alunos já sabem, traduzem para
o professor pistas para se pensar no que, ou qual rumo estratégico o professor percorrerá para
que o aluno aprenda mais. Possibilidade também para apresentar hipóteses acerca dos
conteúdos escolares e re elaborar esses com mais significados. Neste sentido, perceber o erro
como fonte de aprendizagem. É dar valor aquilo que culturalmente achamos ruim nos
processos, mas que agora podemos perceber que esses erros são hipóteses de conhecimento
dado ao momento ou caminhada que o aluno já construiu ou está construindo no momento do
erro. Daí também a possibilidade do professor poder se articular para o aluno continue se
desenvolvendo. WEISZ traduz claramente essa idéia:
“O salto importante que se deu no conhecimento produzido sobre as questões do ensino e da aprendizagem já permite que o professor olhe para aquilo que o aluno produziu, enxergue aí o que ele já sabe e identifique que tipo de informação é necessária para que seu conhecimento avance. Isso se tornou possível porque, nas últimas décadas, muitas pesquisas têm ajudado a consolidar uma concepção que considera o processo de aprendizagem como resultado da ação do aprendiz. Nessa
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abordagem, a função do professor é criar as condições para que o aluno possa exercer a sua ação de aprender participando de situações que favoreçam isso. As ações, nesse caso, não implicam necessariamente atividade física aparente, mas atividade mental, exercício intelectual.” ( WEISZ, págs.22 e 23).
Assim dentro do processo ensino aprendizagem, é preciso considerar algumas
questões. Considerar o que o aluno já sabe, estabelecer uma ação reflexiva e de diálogo entre
os envolvidos: professor, aluno e objeto de estudo; proporcionar acesso a novos
conhecimentos que fazem sentido ao educando favorecendo estabelecer relações através de
esquemas mentais. O conhecimento novo se estrutura e se amplia, mas que ao mesmo tempo é
um conhecimento provisório, que futuramente passara a incorporar novas informações e se
ampliará, aprofundando-se e tornando rico o aprender.
Desafio grande esse do professor, que segundo WEISZ deverá ser superado com o
conhecimento científico. O educando precisa aprender e dominar os conhecimentos de
diferentes naturezas. Cabe a escola então, nesse processo proporcionar fundamentos para que
esses meninos e meninas saibam agir democraticamente, tendo acesso às informações e a
possibilidade de incorporar novos aprendizados.
6 - IDENTIDADE DO ENSINO MÉDIO Para pensar a educação no Ensino Médio é preciso fazer uma reflexão sobre as idéias
que permeiam o ambiente escolar e seu momento atual. Estamos vivendo um momento onde
as transformações e mudanças de valores, sejam eles culturais ou étnicos, caminham muito
rapidamente para mudanças. A Secretaria do Estado da Educação vem fazendo essa reflexão
junto a pesquisadores que buscam visualizar uma nova proposta para o Ensino \Médio,
mediante constatações sociais e políticas da atual sociedade.
Ao longo da história do Ensino Médio, decisões foram traçadas por instancias
administrativas através de decretos e medidas provisórias, que nos fez perceber um foco
muito grande, ao lado de uma política curricular, voltado para o trabalho e a cidadania. Tais
idéias determinaram aquele momento. No entanto, no momento atual não se justificam mais e
se descaracterizam atualmente, pois, conforme citação de professores em cursos oferecidos
pela SEED, “devido às mudanças ocorridas na última década, o Ensino Médio foi perdendo
sua identidade, pois objetivos dessa etapa de formação do indivíduo foi gradualmente se
descaracterizando, tanto do ponto de vista da formação para capacitação do trabalho, bem
como” falho” para a constituição de verdadeiros cidadãos, numa sociedade tão heterogenia
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como a nossa”. Percebe-se assim, que as relações sociais e políticas que permeiam atualmente
o currículo do Ensino Médio pautam-se em duas idéias: a formação do aluno para o mercado
de trabalho e a continuidade de seus estudos (vestibular).
Na primeira idéia, percebemos que é uma forma de busca profissional mais rápida, que
garanta a ordem numa sociedade e uma educação para atender interesses políticos e
econômicos. No entanto, não é preciso fazer uma análise mais profunda, a formação para um
emprego futuro é ilusória. Esse foco descaracteriza e desconsidera a atual sociedade
contemporânea em seu modelo econômico, que caminha com desigualdades econômicas e
diferenças de classes. Onde se percebe também, que a mesma sociedade que incentiva o
trabalho como direito do cidadão não garante e não disponibiliza emprego a todos, A outra
idéia, a formação propedêutica, que demanda mais tempo de estudos, segundo Ramos,
coincide com a idade da conclusão do ensino fundamental que define “um projeto de vida,
fortemente determinado pelas condições econômicas da família” e que a minoria das famílias
poderão custear esse tempo a mais de estudos e outras famílias não, o que torna incoerente,
pois muitos precisam ingressar no mercado de trabalho para garantir a sobrevivência entre os
seus,
Assim, é preciso superar a formação específica e geral, pois nossa sociedade não dá
conta de inserir todos no mercado de trabalho e nem formar pessoas que possam adaptar-se
facilmente as incertezas do mundo contemporâneo. E percebendo essas contradições, é
preciso superar essa dualidade presente nos currículos que permeiam propostas de educação
no Estado do Paraná. Definir a partir dessas constatações um caminho, ou uma identidade,
para o ensino Médio, com base nos conceitos e práticas de trabalho na visão do capital e toda
a sua contradição. Segundo Ramos:
“Com isto, colocamos a discussão sobre as finalidades do Ensino Médio ou, ainda, sobre o que lhe confere o sentido: sujeitos e conhecimentos, Sujeitos que têm uma vida, uma história e uma cultura. Que tem necessidades diferenciadas, mas conquistaram direitos universais. Conhecimentos que são construídos socialmente ao longo da história, construindo patrimônio da humanidade, e cujo acesso, portanto todos têm direito. É preciso, então, construir um projeto de Ensino Médio que supere a dualidade entre formação específica e formação geral e que desloque o foco de seus objetivos do mercado de trabalho para a pessoa humana.
E ainda segundo a própria autora, se emergidos de uma sociedade de contradições, e
tendo o Ensino Médio como última etapa da educação básica, propões desenvolver nesses
jovens e adultos possibilidades formativas que “contemplem as múltiplas necessidades
socioculturais e econômicas dos sujeitos... reconhecendo-os não como cidadãos e
trabalhadores de um futuro indefinido, mas como sujeitos de direitos no momento em que
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cursam o Ensino Médio.” A autora, segundo nosso entender, foi feliz em suas colocações,
pois a partir daí pode-se definir alguns princípios e objetivos dessa etapa de estudos.
Contudo não queremos negar os preceitos que regem o sentido do trabalho e da
cidadania, assim respectivamente (Dicionário Aurélio), a aplicação das forças e faculdades
humanas para alcançar um determinado fim e que permite ao homem certo domínio da
natureza; de caráter físico e intelectual, bem como indivíduo no jogo dos direitos civis e
políticos de um Estado. Apenas queremos analisar e discutir os princípios sobre os quais
enxergamos a vida, vivemos, julgamos, agimos...
Partindo-se dos pareceres do Conselho Nacional de Educação, parecer 15/98, artigo
32, os estudos terão conteúdos não o acúmulo de informações, mas compreensão do mundo
físico, social e cultural. Esse parecer já nos dá um norte e contribui para uma nova concepção
do Ensino Médio. Na página 17 do parecer, verificamos uma importante orientação da
Unesco, num contexto mundial, que objetiva para o século XXI as necessidades de
aprendizagem para os cidadãos do próximo milênio: aprender a conhecer, aprender a fazer,
aprender a conviver, aprender a ser. Percebe-se então, que o aprender vai além de memorizar
informações, que o saber não se resume nele mesmo e sim nas ações que provém desse saber.
“Espera-se da escola: contribua para a constituição de uma cidadania de qualidade nova, cujo exercício reúna conhecimentos e informações a um protagonismo responsável para exercer direitos que vão muito além da representação política tradicional: emprego, qualidade de vida, meio ambiente, igualdade, enfim, ideais afirmativos para a vida pessoal e para convivência coletiva.” ( CNE, pág. 18).
A partir das concepções elaboradas nesse Projeto Político Pedagógico, em suas idéias
de currículo, filosofia, teorias da aprendizagem, proposta pedagógica, serão definidos
conteúdos relevantes a essa etapa da educação, bem como a forma metodológica de
encaminhar esses conhecimentos para a não memorização, mas para o entendimento, e a
avaliação dos mesmos para verificar os níveis de aprendizagem dos alunos através de
instrumentos que explicitem as reais condições de aprendizagem para que possibilite
estímulos aos alunos entenderem e participarem do momento atual. Ainda, conteúdos que
façam compreender as desigualdades sociais postas em seu meio, elaborar suas ações na vida
e assim poder melhorar a sociedade em que vivemos.
Enquanto patrimônio público, esse espaço escolar deve proporcionar possibilidades de
uso para que todos possam estudar e assim:
“Na construção de novas perspectivas para o Ensino Médio unitário como momento histórico da formação de sujeitos individuais e coletivos, que congrega em
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si síntese do diverso _, o trabalho, a ciência e a cultura são princípios estruturantes e devem ser resgatados como meio para a compreensão e a transformação do mundo atual” (RAMOS, pág. 12).
7 - FORMAÇÃO CONTINUADA
Os profissionais do Colégio Olavo Bilac acreditam que a formação inicial não é
suficiente para a efetivação de uma prática comprometida com o acesso e permanência dos
alunos, de forma significativa e qualitativa.
Neste sentido, os profissionais além de participarem dos cursos oferecidos durante o
ano pela Secretaria de Estado da Educação, eles também participam de discussões que
ocorrem no interior da escola. Como calendário não prevê estes momentos, a escola organiza
encontros para discutir questões referentes a:
− Planejamento escolar;
− Avaliação;
− Metodologias.
− Além da socialização entre os docentes quanto a participação em eventos fora da
escola.
A formação oferecida para os professores é pautada na perspectiva histórico-crítica,
que tem como característica central a formação de sujeitos capazes de conhecer e interferir na
realidade.
8 – HORA ATIVIDADE
De acordo com o Artigo 27, Parágrafos 1º e 2º e Resolução 305/2004, os professores
em efetivo exercício de docência tem por direito a hora atividade, entendida como o tempo
reservado para estudos, planejamento, avaliação e outras atividades de caráter pedagógico.
Este momento deverá ser cumprido no estabelecimento escolar e em alguns dias os
pedagogos se ocuparão para discutir questões do trabalho pedagógico.
O quadro da hora atividade dos professores deverá ficar exposto para melhor
organização. A hora atividade é organizada por área, pois desta forma é possível a interação
entre professores, com trocas de experiências e estudos compartilhados.
9- EDUCAÇÃO INCLUSIVA
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Inclusão e diversidade são temas que povoam as discussões na área educacional na
última década. Existe a preocupação de garantir o acesso ao conhecimento aos grupos que se
encontram à margem do processo social, expropriados dos direitos que são garantidos por lei,
a todos os cidadãos, independente de suas diferenças individuais.
O termo inclusão tem sido usado com múltiplos significados. Em um dos extremos,
encontram-se os que advogam como colocação de todos os alunos na classe comum, com
eliminação dos serviços de apoio ao ensino especial. No outro extremo o conceito de inclusão
parece ser utilizado apenas para renomear integração, considerando que o melhor é a
colocação do aluno com necessidades especiais na classe comum, desde que se enquadre aos
pré–requisitos da mesma.
No sentido etimológico, integração vem do verbo integrar, que significa integrar,
coordenar ou combinar num todo unificado. Inclusão vem do verbo incluir, significa
compreender, fazer parte de ou participar.
Nota-se que o significado de inclusão aparece a palavra participar, fazer parte, o que
pressupõe uma outra visão; participação é fundamental para o ser humano, e o homem só terá
possibilidade de total desenvolvimento numa sociedade que permita e facilite a sua
participação.
De acordo com FERREIRA e GUIMARÃES (2003), no âmbito da escola, o conceito
de educação integrada relaciona-se a noção da escola com espaço educativo aberto,
diversificado e individualizado, em que cada criança possa encontrar resposta à sua
individualidade, à diferença. Já a inclusão impõe uma mudança de perspectiva educacional,
pois não se limita àqueles que apresentam deficiências, mas se estende a qualquer aluno que
manifeste dificuldade na escola.
Tanto a integração como a inclusão tratam da incorporação da criança com deficiência
pelo ensino regular, entendendo pro inclusão e integração processos essenciais à vida humana
ou à vida em sociedade. Concebendo-se dessa maneira como um processo de educação para
todos tendo como princípio a não segregação.
Partindo dos princípios norteadores das ações da SEED, que tem como linha condutora a
universalização do acesso à escola pública gratuita e com qualidade para todos, entende-se a
Educação Especial como uma modalidade de educação escolar definida em uma proposta
pedagógica que assegura um conjunto de recursos, apoios e serviços educacionais especiais,
organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos,
substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover
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o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades
educacionais, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação.
9.1 SALA DE RECURSOS DE 5ª A 8ª SÉRIE
Para efetivar o processo da educação inclusiva é necessário garantir condições para
que os alunos possam manter-se na escola e se desenvolver. Dessa maneira está sendo
implantada a Sala de Recursos de 5ª a 8ª série, modalidade que presta atendimento aos alunos,
regularmente matriculados na classe comum, egressos da Educação Especial ou aqueles que
apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de
aprendizagem e/ou deficiência mental e que necessitem de apoio especializado complementar
para subsidiar com métodos, técnicas e atividades diversificadas extracurriculares necessárias
a sua permanência em classe comum.
De acordo com a Instrução nº 05/04, o ingresso na Sala de Recursos de 5ª a 8ª série se
dá através da avaliação pedagógica no contexto do Ensino Regular, enfocando as áreas de
desenvolvimento e os conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática das séries iniciais, pelo
professor da Classe Comum, professor especializado e equipe técnico-pedagógica da Escola,
com assessoramento de uma equipe multiprofissional (externa) e equipe do NRE e/ou SME,
quando necessário. Esta avaliação deverá ser registrada em relatório, com indicação dos
procedimentos de intervenção e encaminhamentos.
O aluno egresso da Classe Especial e Sala de Recursos de 1ª a 4ª séries garante a
seqüência no seu atendimento na Sala de Recursos de 5ª a 8ª e faz-se necessário a
apresentação do último relatório semestral da avaliação do professor especializado para que se
trace o encaminhamento a ser feito. Além disso, existe a possibilidade do aluno freqüentar a
Sala de Recursos em outro estabelecimento, onde deverá apresentar relatório da avaliação
pedagógica no contexto, declaração de matrícula e encaminhamento.
O professor da Sala de Recursos tem 20h/a semanais e atende o máximo de 30 alunos,
através de cronograma organizado pelo professor junto com a equipe técnico-pedagógica da
Escola, preferencialmente por faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas
semelhantes em grupos de até 10 alunos e deve estar em consonância com os procedimentos
de intervenção pedagógica que constam no relatório da avaliação no contexto escolar. O
atendimento é feito em período contrário que o aluno está matriculado e freqüentando a classe
comum, de 2 a 4 vezes por semana não ultrapassando 2 horas diárias.
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46
O professor da Sala de Recursos deverá prever: controle de freqüência dos alunos,
contanto periódico com a equipe técnico-pedagógica da Escola e com os professores da
Classe Comum, sempre que possível ou se fizer necessário, também a participação no
Conselho de Classe, o que deverá estar constando no cronograma.
Na pasta de documento do aluno deverá conter os relatórios de avaliação pedagógica
no contexto escolar e de acompanhamento semestral elaborados pelo professor da Sala de
Recursos, equipe técnico-pedagógica e, sempre que possível ou se fizer necessário, com apoio
dos professores da Classe Comum, após o Conselho de Classe. No caso do aluno freqüentar a
Sala de Recursos em outra escola, deverá ser mantida individual da Classe Comum a
documentação acima citada, vistada pela equipe técnico-pedagógica de ambas as escolas.
A secretaria da escola tem a responsabilidade de organizar a documentação do aluno
mantê-la atualizada e na expedição do histórico escolar não deverá constar que o aluno
freqüentou a Sala de Recursos. Em caso de transferência, além dos documentos da Classe
Comum, deverão ser acrescentados cópia do relatório da avaliação pedagógica no contexto
escolar e cópia do último relatório de acompanhamento semestral.
De acordo com a deliberação nº 02/03- CEE-PR, para atuar na Sala de Recursos
deverá ter especialização em cursos de Pós-graduação na área específica ou Licenciatura
Plena com Habilitação em Educação Especial ou, habilitação específica em Nível Médio.
Também se recomenda que o professor tenha experiência de dois anos nas séries iniciais do
Ensino Fundamental. A equipe técnico-pedagógica deve ser habilitada ou especializada e/ou
em formação profissional continuada por meio da oferta de cursos que contemplem conteúdos
referentes à área da Educação Especial.
Os recursos materiais necessários são: sala com tamanho adequado, localização,
salubridade, iluminação e ventilação de acordo com os padrões da ABNT (9050/1994). Além
da sala, a escola deverá prover, por intermédio de sua mantenedora, materiais específicos,
adequados às peculiaridades dos alunos, para garantir-lhes o acesso ao currículo.
Com relação aos aspectos pedagógicos, o trabalho a ser desenvolvido na Sala de
Recursos deverá partir dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem
específicas de cada aluno, através de metodologias e estratégias diferenciadas, oferecendo
subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na Classe Comum,
observando as áreas do desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetiva-emocional) de
forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem. Este
trabalho não deve ser confundido como reforço escolar e o professor da Sala de Recursos
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deverá apoiar e orientar o professor da Classe Comum, quanto às adaptações curriculares,
avaliação e metodologia que poderão ser utilizadas em sala de aula.
Os avanços acadêmicos do aluno serão registrados semestralmente pelo professor da
Sala de Recursos juntamente com a equipe técnico-pedagógica, reavaliando também os
processos de intervenção com a finalidade de realizar ajustes ou modificações no processo de
ensino aprendizagem, e a cópia deste relatório deverá ser arquivada na pasta individual do
aluno.
O aluno freqüentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as
dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum. Quando não
necessitar mais do Serviço de Apoio Especializado da Sala de Recursos, o desligamento
deverá ser formalizado por meio de relatório pedagógico.
9.2-Sala de apoio a aprendizagem
O programa sala de apoio é um enfrentamento aos problemas relacionados a aprendizagem
dos alunos de quinta série, objetivando avanços dos mesmos no desempenho lingüístico e na
resolução de problemas e cálculo matemáticos .Trata-se de uma possibilidade impar de
ampliação de tempo de aprendizagem aos alunos que necessitam de atendimento pedagógico
especifico.
A sala de apoio atende as defasagens diagnosticadas, pois oferece condições favoráveis a
aprendizagem. Para isso, utiliza – se de uma metodologia diferenciada,dinâmica e
propiciadora de desenvolvimento e criatividade dos sujeitos envolvidos no processo
ensino/aprendizagem,colocando – se novas situações ,relacionando o novo com aspectos de
sua experiência previa,ou ainda,com o conhecimento cotidiano.
É preciso examinar a experiência interacional educando - educador mediada pelo
conhecimento, a partir de experiências culturais, envolvendo a estrutura que organiza a
instituição e define formas de avaliação,metodologia e relação com o conhecimento.Faz se
necessário,avaliar os conhecimentos fora da sala de aula,em outros ambientes da escola,com
intervenção de outros educadores,informando o processo pelo qual o aluno esta passando,as
aquisições feitas,as que estão em processo e as que deverão ocorrer em seguida.
Nesse sentido, de acordo com a Resolução 208/04, instrução 02/2005 a sala de apoio a
aprendizagem é a possibilidade concreta de auxilio ao aluno e ao professor.
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10 - IMPLEMENTAÇÃO DA LEI Nº 10.639/2003, QUE TRATA DA INSERÇÃO DOS
CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO CURRICULO
ESCOLAR
A Lei nº 10.639. de 9 de janeiro de 2003, altera a Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da
rede de ensino a obrigatoriedade do estudo da temática “História e Cultura Afro-Brasileira, e
dá outras providências:
“Art 1º A Lei nº 9.394/1996 passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos: 26-A, 79-A e 79-
B:
Art. 26-A Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-
se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História
da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na
formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,
econômica e política pertinentes à História do Brasil.
2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito
de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e
História Brasileiras”.
Apesar de passados quatro anos da aprovação da respectiva Lei, ainda se questiona a
necessidade da existência de uma legislação para garantir que o ensino da História e Cultura
Afro-Brasileira se efetive no cotidiano do currículo escolar. Para que não precisemos nos
estender na justificativa, um exemplo: a contribuição dos negros na formação do Brasil
sempre foi ignorada – ou negada – basta lembrar dos nomes que são lembrados quando se
pergunta que povos formaram este país. A reposta imediata é: europeus (portugueses) e
indígenas. Os africanos sequer são mencionados, e dificilmente o seriam, afinal, no
imaginário coletivo deste País, o africano/negro sempre evocou a imagem do escravo, que,
por sua vez, está associado ao não-humano. Em tempos em que se fala tanto da importância
da inclusão, é preciso valorizar a história, a cultura e a identidade dos descendentes de
africanos e finalmente reconhecer a importância dos povos de África na formação do Brasil. E
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se ainda restarem dúvidas, vale lembrar que o outrora almejado “ideal” de branqueamento do
Brasil está de uma vez por todas superado, visto que, segundo o último censo promovido pelo
IBGE (2001), 47% dos brasileiros são afrodescendentes,– terminologia esta sugerida pela
ONU, em 2001, por ocasião da Terceira Conferência Mundial contra a Discriminação Racial,
a Xenofobia e a Intolerância, realizada na África do Sul, e da qual o Brasil é signatário.
Embora os estudos voltados à questão do preconceito racial no Brasil ainda sejam bastante
incipientes, visto que faltam dados ilustrativos da trajetória do aluno negro/mestiço, está
comprovado que, para estes, a vida escolar é mais difícil e acidentada, revelando níveis
inferiores de escolaridade na população de ascendência africana. Quando se considera a média
de anos de estudo e instrução formal das pessoas com idade acima de 25 anos, a diferença é
de dois anos de escolaridade a menos para a população negra. Em 2001, a população não-
negra apresentou 6,9 anos de estudo, contra 4,7 anos dos afrodescendentes. E ao compararmos
tais dados com aqueles de 1992, percebemos que a diferença pouco se alterou, pois a
população não-negra apresentava 5,9 anos de estudo e a negra, 3,6 anos. Considerando a
universalização do ensino e o aumento da média de anos de estudo no Brasil, constatamos que
se manteve o nível de desigualdade entre as populações de origem étnica diferente, e tal
diferença se mantém mesmo quando isolamos os dados de condição econômica e renda
familiar.
Esses (e outros) dados nos levam a refletir sobre como a educação centrada nos valores
eurocêntricos tem contribuído decisivamente para a reprodução das desigualdades entre
negros e não-negros, a tal ponto que Vale Silva e Hasenbalg (1999) afirmam que “é no
processo de aquisição da educação que reside o núcleo de desvantagens que indivíduos negros
ou pardos sofrem na sociedade brasileira”. Se entendemos a escola como espaço de
sociabilidade, como podemos, no cotidiano do trabalho pedagógico, ter a ilusão de
neutralidade na transmissão de conteúdos do conhecimento social, ou, em outras palavras,
como podemos pretender que o a população negra que freqüenta as escolas assuma-se como
sujeito, que resgate a sua auto-estima, se o conceito de negro historicamente construído ao
longo de séculos de escravização e marginalização foi o de que o africano/negro é um ser (ou
raça) inferior?
Mudar essa realidade implica que nós, professores, pensemos sobre as implicações das visões
sociais que o currículo oficial produz, bem como a que relações ele está vinculado em nossa
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sociedade, afinal, o currículo não é neutro, ao contrário, ele está e sempre esteve imbricado
em relações políticas de poder e de controle social sobre a produção desse conhecimento. E,
ao transmitir visões de mundos particulares, ele reproduz valores que participarão de
identidades individuais e sociais, portanto, de sujeitos sociais.
Passa por essas relações a escolha dos conteúdos curriculares, tanto os conteúdos conceituais
e temáticos, quanto os valores morais. Nesse contexto, a aprovação da Lei nº 10,639/2003
quer eliminar do currículo escolar a omissão consentida das informações acerca da presença e
da participação dos negros na história brasileira, cujos resultados foram extremamente
prejudiciais à vida escolar dos alunos de ascendência africana, que foram impedidos de
construir sua identidade na experiência escolar. Agora entendemos por que são empregados
tantos eufemismos na denominação e autodenominação do negro (moreno, chocolate, moreno
claro, bombom,etc., etc.), ou as frases falsamente apreciativas: “Imagine, você não é negro(a),
é moreno!”, “É negro, mas é honesto/trabalhador/limpinho!”, “Eu não sou preconceituoso(a),
meu melhor amigo(a) é negro(a)!” (Desde quando é preciso alardear que não é preconceituoso
simplesmente por ter um amigo negro?”)
Precisamos rever o currículo escolar, no qual o negro permanece invisível ou é considerado
mero objeto na história brasileira, trazendo à luz a presença de negros, pardos e mulatos não
só na cotidianidade da sociedade colonial, como nas discussões políticas que fundamentaram
a formação do Estado nacional brasileiro. Há que se superar os estereótipos e os “folclores”
acerca do continente Africano (in)conscientemente reduzido à “pobreza” de todo tipo
(humana, cultural, política, econômica), à epidemia de aids, às florestas/savanas habitadas por
animais selvagens, revelando a África que, como todos os demais continentes, não deve ter
sua imagem reduzida aos problemas. Aliás, um dos costumeiros “deslizes” é o de pensar a
África como um país e os africanos como um só povo. Aqueles que dizem “os africanos que
vieram para o Brasil” cometem dois graves erros, primeiramente porque os africanos não
vieram para cá (como o fizeram os italianos, os japoneses, os alemães e tantos outros povos),
a verdade é que os diferentes povos de origem africana (como os nagô, os mina, os gêge)
foram seqüestrados e trazidos para o Brasil e, apesar das diferenças étnicas e das condições
desumanas a que foram submetidos, organizaram lutas de resistência à escravidão, depois,
porque, apesar de todas de todas as adversidades que enfrentaram, trouxeram consigo marcas
das diferentes culturas que inscreveram em nossa língua, nossos gestos, nosso ritmo, nossos
comportamentos, nossa religiosidade, nossas festas e nossa arte. Dado o grau de
interpenetração de traços ou elementos das culturas africanas na cultura brasileira,
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dificilmente se pode dizer que os negros compartilham valores culturais fundamentais que não
estejam presentes e reproduzidos na cultura brasileira.
Ao implementar o ensino da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo
cotidiano da escola, estaremos finalmente dizendo a todos os alunos que mesmo sob a égide
da escravidão que os reduzia à condição de peças, os homens e mulheres africanos se
constituíram em umas das matrizes fundadoras do nosso povo (RIBEIRO, 1995) e que os
dados sobre as condições de vida da população negra são os indicadores de que o preconceito
e a discriminação racial são causas da desigualdade de acesso às posições sociais e aos baixos
índices socioeconômicos. É papel social da escola, como uma das instituições responsáveis
pela construção de identidades, a formação de valores e a inclusão social dos alunos negros e
mestiços, papel este que se manifesta nas intenções contidas nos currículos e nos programas
escolares, na forma como trata as manifestações explícitas ou sutis do preconceito e da
discriminação racial, que visam a naturalizar a idéia de inferioridade do cidadão negro. Em
suma, o real comprometimento da escola se evidencia na forma como vivencia na prática
cotidiana o princípio universal da dignidade humana.
11 - EDUCAÇÃO DO CAMPO
Ao longo da última década, ocorreu no Paraná o processo de nucleação das Escolas do
Campo e municipalização das séries iniciais do Ensino Fundamental. Com isso muitas escolas
foram retiradas das comunidades, passando a se localizar nas sedes dos municípios. Assim, a
escola do Campo não se define pela localização geográfica e sim pelos sujeitos que a
compõem, mesmo que a escola não esteja próxima ao local de moradia, ela deve ser
concebida como uma Escola do Campo e não pode somente privilegiar a cultura da cidade,
desvalorizando a identidade desses alunos, sejam crianças, adolescentes, jovens e adultos.
Neste sentido, mesmo a escola inserida na cidade, mas recebendo alunos do campo
tem que valorizar suas características do campo, na produção, na diversão, enfim no modo de
vida desses sujeitos, sendo que estes produzem saberes que foram acumulados ao longo das
experiências vividas por suas famílias. Sendo assim, para que a escola tenha um significado e
possibilite que os alunos se reconheçam nela, estes saberes devem estar presentes nas práticas
pedagógicas e na organização do trabalho pedagógico da instituição escolar.
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Portanto não podemos perder de vista que a concepção de Educação do Campo
entende que a escola deve valorizar os diferentes saberes no processo educativo. A Educação
do Campo deve compreender que os sujeitos possuem histórias, participam de lutas sociais,
sonham, tem modos de vida diferenciados, gêneros e etnias diferenciadas. Há diferentes
contextos e forma de viver em cada território ocupado e em cada tempo, a exemplo da
orientação das pessoas e de organização do trabalho pelos ciclos da terra.
Tendo em vista estas considerações, sem dúvida é preciso que a escola proporcione
um trabalho pedagógico que possa atender os sujeitos que vem do campo para uma educação
de integração social que propicie um entendimento das várias culturas em diferentes
contextos.
12 - CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
...Só nos tornamos gigantes quando subimos nos ombros do conhecimento já produzido pela humanidade...(Caderno Temático I – SEDUC, Maringá/2003)
Considerando que a pedagogia histórico-crítica valoriza o saber historicamente
acumulado pelos homens, saber que gerou o desenvolvimento das sociedades no transcorrer
dos séculos, a avaliação, no interior da instituição escolar, deve ser instrumento que mostre ao
professor em que nível o aluno está no processo de apropriação desses conhecimentos e
partindo da análise dos resultados obtidos, retomar o que está contribuindo ou dificultando o
processo, traçando ações que visem o avanço do aluno nos conhecimentos que lhe são
ensinados. Dessa forma esse instrumento deixa de ser simplesmente classificatório, utilizado
para aprovar ou reprovar e passa a ser também um momento de aprendizagem.
A avaliação enquanto prática processual e com registros permanentes contribui para a
garantia da aprendizagem e esse deve ser o eixo principal da escola, e enquanto processo
possibilita a apropriação de conhecimentos não adquiridos, superando a prática da
recuperação de notas ainda presente no cotidiano escolar e reforçando a abordagem
vygotskiana para a educação onde à medida que o aluno aprende se desenvolve e à medida
que se desenvolve ele adquire condições de aprender mais.
Para uma avaliação que dê conta dos aspectos citados é necessário clareza por parte do
professor sobre quais são os objetivos da escola, da avaliação e dos instrumentos a serem
utilizados, os objetivos dos conteúdos ensinados e principalmente que haja planejamento da
ação educativa subsidiada pela pedagogia histórico-crítica.
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É preciso que a avaliação seja planejada e organizada considerando alguns critérios:
− Clareza no planejamento, ou seja, ter definido quais os objetivos e formas de
encaminhamento a serem realizados;
− Problematizar os conteúdos de forma que os alunos elaborem seus conhecimentos a
respeito da temática trabalhada;
− Expor no início do processo os instrumentos de avaliação;
− Rever o conteúdo trabalhado quando a maioria dos alunos não se apropriou das
questões;
− Realizar no mínimo duas avaliações diferentes por bimestre, a fim de contemplar as
variadas formas de compreensão do conteúdo;
− Alguns instrumentos permitem o acompanhamento do processo da construção do
conhecimento, isto permite analisar se os objetivos foram alcançados. Instrumentos
como: produção de texto, trabalho em grupo, avaliação escrita, confecção de
materiais, participação do aluno.
− A determinação dos instrumentos de avaliação deve ser flexível e deve levar em
conta as possibilidades de aprendizagens reais de cada aluno, as características
particulares das classes e as condições em que o processo de ensino aprendizagem se
concretizou;
− Recuperação Paralela: embora a avaliação esteja intimamente relacionada aos
objetivos previstos, o nível de alcance destes objetivos nem sempre se realiza
plenamente para todos os alunos. Sendo assim, o aluno não atingindo o conhecimento
é necessário reforçar em forma de revisão de cada tópico (unidade) trabalhado, que
seja de real significado para os alunos;
− Registrar no livro de chamada as datas e conteúdos avaliados;
− Divulgar para a comunidade escolar a situação de aprendizagem dos mesmos;
− Síntese de Avaliação: A avaliação é de caráter semestral, no entanto os professores
informarão aos pais e alunos o resultado parcial das avaliações em cada bimestre.
− Intervenções Pedagógicas: com o intuito de alcançar os melhores resultados no que
se refere a aprendizagem, algumas medidas são tomadas como:
• No início do ano letivo os professores e alunos farão um “contrato didático” no
qual estabelecerão as regras para um bom convívio;
• Também no início do ano letivo a equipe pedagógica fará um trabalho com
todas as turmas sobre a importância da organização do tempo escolar;
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• Acompanhamento individual dos alunos com dificuldades de aprendizagem
pela equipe pedagógica;
• Projeto de monitoria para os alunos do período da tarde, realizado por alunos
do período manhã, selecionados pelos professores.
• Sala de apoio para alunos da quinta série oferecida pela Secretaria de Estado da
Educação e acompanhada pela equipe pedagógica; (os professores também
podem fazer uso dos jogos da brinquedoteca);
• A família dever ser comunicada várias vezes durante o ano sobre a situação de
aprendizagem do seu filho;
Outras ações podem ser realizadas de acordo com as necessidades durante o processo.
O sistema de avaliação deve ter como objetivo levar o educando a apropriação do
saber a níveis cada vez mais elevados, formando assim cidadãos cada vez mais críticos e
participativos.
A avaliação de caráter somatória semestral:
(1º AV - 30 + 2º AV - 10 + 3º AV - 10) + (4º AV - 30 + 5º AV - 10 + 6º AV - 10) = 100
OBS: Na 2º e 5º avaliação, o instrumento de avaliação será em forma de trabalho, a
avaliação de valor 30 poderá ser redistribuída conforme a necessidade especifica da
disciplina.
Avaliação anual:
(1º Semestre + 2º Semestre) / 2 = MA
OBS: AVC (avaliação comum) – será atribuída a todos os alunos na 3º e 6º avaliação,
respeitando os seguintes critérios:
• assiduidade,
• tarefas;
• pontualidade,
• organização do material;
• atividades em sala: manifestação oral e escrita;
• participação individual e coletiva.
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Possibilidades de instrumentos de avaliação
• Resolução de questões, exercícios e problemas;
• Participação de trabalhos de grupos: seminários, teatros, etc;
• Relatórios: visitas, palestras, filmes, entrevistas;
• Participação nas práticas: efetivação da prática e relatório;
• Leitura e interpretação de textos;
• Produção de cartazes, anúncios, panfletos, maquetes e painéis;
• Produção de textos;
• Testes com questões dissertativas, múltiplas escolhas e outras;
• Trabalho de pesquisa individual ou em grupo.
Rendimento proporcional do processo avaliativo
1º Semestre: 1º B e 2º B
1ª av. – 30
2ª av – 10
3ª avc – 10
MP 4ª av – 30 5ª av – 10
6ª avc – 10
MF Esc. De Av.
Rec. Paral. Rendimento
(para professores e alunos)
Rendimento proporcional
Bimestre:
Aluno:
Série:
Disc. Art Bio Cie EF ER Fis Filo Geo His LE LP Mat Qui Soc Rend. Faltas
(para pais)
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III – PROPOSTA PEDAGÓGICA 1 - TEXTO INTRODUTÓRIO DA PROPOSTA CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Pensar uma proposta curricular para a escola hoje é pensar no momento social em que
as práticas observadas podem manipular ou transformar a consciência dos cidadãos. Estamos
vivendo um momento onde as transformações e mudanças de valores caminham muito
rapidamente para outras práticas que ainda não são claras ou definidas, e que podem
solidificar valores prejudiciais a própria sociedade. Daí a necessidade de perceber a
característica cultural e histórica do ser humano, nos faz pensar que é preciso ter claro,
aprender essas práticas.
O aprender, condição necessária e natural do ser humano, está ligado ao ensinar.
Pensar ensino e aprendizagem implica pensar currículo. Se entendermos currículo como
percurso que deve ser realizado dentro um projeto educativo, percebemos claramente que
currículo é também (e não somente) o conteúdo desse projeto. Nesse sentido, a proposta
curricular tem o intuito de orientar o trabalho pedagógico da escola, sendo um eixo-prático,
historicamente construído, devendo relacionar conteúdos e metodologias de maneira a tender
a realidade escolar. Essa proposta esta embasada em suas diretrizes, que apontam
características que convergem teoricamente na perspectiva histórico-crítica.
De fato, garantir aos alunos acesso, permanência e aprendizagem é condição
necessária para o enfrentamento das desigualdades sociais, uma vez que o comportamento,
bem como o posicionamento político conduz a um sistema educativo crítico e por isso, capaz
de intervir na sociedade. Pensando assim, pois a partir de pesquisa realizada na nossa
comunidade escolar apontam para pessoas, na sua maioria, que fazem parte da classe
trabalhadora de baixa renda, onde os pais ou responsáveis possuem ainda um baixo nível de
escolaridade. Nessa pesquisa ainda, detectamos que quase setenta por cento do s alunos
acreditam que a escola é um espaço essencial para a aquisição do conhecimento e vinte por
cento acreditam no seu desenvolvimento para o trabalho.
Assim, fazer parte desse coletivo escolar é zelar pela aprendizagem dos alunos,
valorizando os conhecimentos sistematizados e saberes escolares. O processo de reformulação
curricular é coletivo, pois ainda que tenhamos saberes especializados, os problemas são
universais. Desse modo como resultado de um estudo das diretrizes, da legislação entre
outros, e em contrapartida da realidade encontrada, entendemos a proposta curricular como o
enfrentamento sistematizado dos problemas da prática social, que necessita constantemente de
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reflexão já que toma rumos diferentes de acordo com as necessidades políticas e sociais de
cada época e principalmente da nossa comunidade.
Pretendemos ainda, a partir dessas idéias, considerando nossos alunos como fruto
dessa comunidade, proporcionar um currículo que aponte conteúdos relevantes a essa etapa da
educação (ensino fundamental e médio) bem como a forma metodológica de encaminhar
esses conhecimentos que estimulem nossos educandos a entenderem e participarem do
momento em que estão vivendo, percebendo as desigualdades sociais, para elaborarem suas
ações na vida e assim poderem melhorar a sociedade em que vivemos.
2 - DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO DE ARTE PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
2.1 - CARACTERIZAÇÃO
Durante muito tempo artes foi considerada uma atividade de entretenimento, uma
pausa necessária em meio as demais disciplinas. Hoje, no entanto, ela tem status de um
valioso recurso para reflexão, compreensão e exercício da cidadania, posicionamento crítico e
valorização da pluralidade cultural do país, conteúdos próprios ligados à cultura artística e não
apenas as atividades. Essa disciplina ainda hoje exige reflexão que contemplem Arte como
área de conhecimento e não necessariamente como meio de destaque de dons inatos. O ensino
da arte deixa de ser entretenimento no sistema educacional e passa a se preocupar com o
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante
transformação, contribuindo para um cidadão reflexivo. A área compreende três eixos:
Conhecimento estético, conhecimento artístico e conhecimento contextualizado.
2.2 - OBJETIVOS GERAIS
• Interpretar a função da arte com um dos instrumentos transformadores da
história da humanidade;
• Apreciar produtos de arte em suas várias linguagens desenvolvidas tanto na
fruição quanto a análise estética, produzindo novas maneiras de ver e sentir o
mundo;
• Valorizar as diversidades culturais, em seus vários aspectos, como meio de
preservação das tradições populares e de nossas raízes;
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• Realizar produções artísticas, individual ou coletiva, nas linguagens da arte
(música, artes visuais, teatro, audiovisual) analisando, refletindo e
compreendendo os diferentes processos produtivos com seus diferentes meios
sócio-culturais e históricos;
• Instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte que permitam
utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações
culturais.
2.3 - ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
- material e instrumentos de trabalho
- cor
- ponto
círculo
- linhas, cores e formas
- textura
- ritmo
- técnicas cromáticas
- composições periódicas
- geometria
- técnica da quadrícula
- ornato
MÚSICA
- explorando o mundo musical
TEATRO
- expressão
DANÇA
- dança, corpo e sociedade.
6ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
- cores e matrizes
- pontilhismo
- linhas, cores e formas
- harmonia, monocromia, isocromia,
policromia e contraste
- proporção
- simetria
- luz e sombra
- historia em quadrinhos
- fotografia
- historia da arte
-MÚSICA
- música no Brasil
7ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
- gramática das cores
- linhas retas e curvas
- técnicas de pintura
- pontilhismo, frisas,
- cores: física, adtiva, subtrativa e material
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- composições abstratas
- luz e sombra
- formas geométricas
- historia em quadrinhos
TEATRO
- expressão
DANÇA
- a dança como humor
8ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
- cor: círculo cromático, contrastes
- linhas e composições
- figura – fundo
- cores: percepção e harmonia
- geometria: ordem e decoração
- publicidade
- técnicas de pintura
- expressão humana: o rosto
- Técnica cromática: aquarela
- pop-art
- ornatos
- estilização
- técnica de pintura: acrílica e a óleo
- colagem
2.4 - ENSINO MÉDIO Conteúdos estruturantes: 1ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
Elementos formais
- Ponto
- linha
- superfície
- textura
- volume
- luz
- cor
Composição
- figurativa
- abstrata
- figura/fundo
- bidimensional/tridimensional
- contraste ritmo visual
- gênero
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- técnica
Movimentos e períodos
- arte pré histórica
- arte mesopotânica
- arte persa
- arte cretense
- arte na idade média
MÚSICA
Elementos formais
- altura
- duração
- timbre
- intensidade
- densidade
Composição
- ritmo
- melodia
- harmonia
- intervalo melódico
- intervalo harmônico
- improvisação
Movimentos e períodos
- descoberta do som
- sons primitivos
- evolução da música
música eletrônica
rap, funk
TEATRO
Elementos formais
- personagem
- expressão corporal
- vocal
- gestual
- facial
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- ação
- espaço cênico
Composição
- representação
- sonoplastia/iluminação/cenografia/figurino/caracterização/maquiagem/adereços
- jogos teatrais
- roteiro
- enredo
- gênero
Movimentos e períodos
- origem do teatro
DANÇA
Elementos formais
- movimento corporal
- tempo
- espaço
Composição
- formação
- sonoplastia
- coreografia
- técnica
Movimentos e períodos
- a dança como manifestação cultural
2ª SÉRIE
ARTES VISUAIS
Elementos formais
- Ponto
- linha
- superfície
- textura
- volume
- luz
- cor
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Composição
- figurativa
- abstrata
- figura/fundo
- bidimensional/tridimensional
- contraste
- ritmo visual
- gênero
- técnica
Movimentos e períodos
- Renascimento
- Neoclassismo
- Romantismo
- Realismo
- Impressionismo
- expressionismo
- fauvismo
- cubismo
- abstraciomismo
- dadaísmo
- surrealismo
- op-art
- pop-art
MÚSICA
Elementos formais
- altura
- duração
- timbre
- intensidade
Composição
- toanal
- modal
- contemporânea
- gêneros
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- improvisação
Movimentos e períodos
- música serial
- música minimalista
- evolução da música
- rap, funk
- hip-hop
TEATRO
Elementos formais
- personagem
- expressão corporal
- vocal
- gestual
- facial
- ação
- espaço cênico
Composição
- representação
- sonoplastia/iluminação/cenografia/figurino/caracterização/maquiagem/adereços
- jogos teatrais
- roteiro
- enredo
- gênero
Movimentos e períodos
- origem do teatro
- momentos da história do teatro
DANÇA
Elementos formais
- movimento corporal
- tempo
- espaço
Composição
- formação
- sonoplastia
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- coreografia
- técnica
- improvisação
Movimentos e períodos
- a dança como manifestação cultural
- história da dança
- a dança moderna
2.5 – METODOLOGIA
O ensino da arte tem a pretensão de analisar o espaço de arte na escola (artes visuais,
música, teatro e dança) a partir de uma perspectiva histórica. Por isso, precisamos explicitar as
relações da prática histórica com base econômica. As relações sociais de produção
determinam as representações, sistemas de idéias e imagens geradas na mesma sociedade.
Dentro do sistema educacional, buscamos valores estéticos que possibilitam a democratização
do saber artístico, visando criar no aluno uma percepção exigente, ativa, crítica em relação à
realidade humano-social.
A proposta de arte tem dupla função de um lado, analisar o seu papel na formação da
percepção e da sensibilidade do aluno, de outro, colher a significação da arte no processo de
humanização do homem.
A arte propõe novas formas de refletir sobre as relações sociais e consiste numa
apropriação da realidade e essencial, possível, quando se colocam em estado humano, as
figuras reais através da humanização dos objetos e dos sentidos. No espaço escolar, o objetivo
de trabalho é o conhecimento. Desta forma devemos contemplar na metodologia de ensino da
arte três momentos da organização pedagógica: O sentir e perceber, que são formas de
apreciação e apropriação; o trabalho artístico, que é a prática criativa; o conhecimento, que
fundamenta e possibilita o aluno um sentir/perceber e um trabalho artístico mais
sistematizado, de modo a direcionar o aluno á formação de conceitos artísticos. A abordagem
dos conteúdos não deve ser feita somente como aula teórica e sim estar contida no sentir e
perceber e no trabalho artístico, pois o conhecimento em arte se efetiva somente quando esses
três momentos são trabalhados.
A prática artística é expressão privilegiada do aluno e momento do exercício da
imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola encontra para desenvolver essas
práticas, eles são fundamentais, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma
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abstrata. O processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza
com os processos artísticos e humaniza os sentidos.
Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino-aprendizagem em arte.
Esses três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em sala de aula,
pois apesar de serem interdependentes, é preciso planejar as aulas com recursos e metodologia
específica para cada um desses momentos.
O encaminhamento pode iniciar por qualquer desses momentos, mas o fundamental é
que no processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao
conhecimento e ao trabalho artístico.
2.6 – AVALIAÇÃO
A avaliação da disciplina de arte será diagnóstica e processual. Diagnóstica por ser a
referência do professor para o planejamento das aulas e da avaliação dos alunos. Processual
por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica, O planejamento será
constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da classe sobre o
desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação dos alunos.
Faz-se necessário que os primeiros dias de aula seja realizado um levantamento das
formas artísticas que os alunos já tem conhecimento e habilidades. Também, durante o ano
letivo, poderemos observar tendências e habilidades dos alunos para uma ou mais dimensões
da arte.
Estes diagnósticos são a base para o planejamento das aulas, pois mesmo que já
estejam definidos os conteúdos que serão trabalhados a forma e a profundidade de sua
abordagem dependem do conhecimento que os alunos possuem.
2.7 - BIBLIOGRAFIA PARANÁ. Diretrizes curriculares de arte para o ensino médio. SEEd, 2006.
PARANÁ. Diretrizes curriculares de arte para o ensino. SEEd, 2006.
FICHER,Ernest, A necessidade da arte. R.J. 1979
BOSI. Alfredo. Reflexões sobre a arte. S.P. 1991
BARBOSA, A.M. Inquietações e mudanças no ensino da arte. S.P. 1993
OSTOWER, Fayga. Unoverso da arte, 1991
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3 - DIRETRIZES CURRICULARES DE BIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO 3.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A influência cada vez maior da Ciência na nossa vida exige que estejamos bem
informados para acompanhar as descobertas científicas. A biologia permite de forma acessível
ao indivíduo a preocupação com as questões relativas à saúde, a conservação do ambiente e
ao bem estar social.
Nesse sentido a ciências como ciência esta sujeita as interferências, determinações,
tendências e transformações da sociedade, aos valores e ideologias, e às necessidades
materiais do homem. Ao mesmo tempo que sofre a sua interferência, nelas interfere
(ARAÚJO, 2002: ANDERY, 1988).
O papel da Biologia é possibilitar condições de conhecimentos biológicos que
contribuam para a compreensão do mundo e suas transformações, situando o homem com
indivíduo participativo e integrante do universo a partir de análises críticas dento da sociedade
e de questões pertinentes ao mundo científico.
Sendo assim, a biologia no campo da ciência tem função de transformação da
sociedade aproximando o aluno na socialização dos conhecimentos os quais permite uma
análise crítica com possibilidades de mudanças.
Ainda dentro de suas especificidades a biologia contribui significativamente para o
entendimento de alguns objetivos:
• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em
sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive.
• Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e
uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social,
econômica, política e cultural.
• Identificar relações entre conhecimento científico, produção tecnológica e
condições de vida, no mundo de hoje.
• Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes.
• Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta
de dados.
• Valorizar o trabalho em grupo e ser capaz de agir criticamente e
cooperativamente para a construção coletiva do conhecimento.
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O ensino da Biologia tenta, de maneira geral, compreender a natureza como uma
intricada rede de relações, um todo dinâmico, do qual o ser humano é parte integrante, com
ela interage, dela dependo e nela interfere, reduzindo seu grau de dependência, mas jamais
sendo independente. Identificar a condição do ser humano de agente e paciente de
transformações intencionais por ele produzidas é também objeto desta disciplina. Mais do que
fornecer informações, o ensino e aprendizagem da Biologia, se volta para o desenvolvimento
de competências que permitam ao aluno lidar com as informações, compreendê-las,elaborá-
las, e até mesmo refutá-las, enfim compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo
uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia e de outros campos do conhecimento como:
Física, Química, Geografia, História, Filosofia e outras.
No ensino da Biologia, é de extrema relevância para o desenvolvimento de posturas e
valores pertinentes ás relações entre seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e
o conhecimento, para que se possa formar cidadãos capazes de pensar e interagir.
A Biologia contribui para compreender a Ciência como um processo de produção de
conhecimento, um sistema explicativo que opera como modelos, tendo como critérios de
legitimação e realidade, formando sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, por meio de
conteúdos que proporcione o entendimento do objeto de estudo - o fenômeno “vida”, em toda
sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no funcionamento dos
mecanismos biológicos, do estudo da diversidade do âmbito dos processos biológicos da
variabilidade genética, hereditária e relações ecológicas e das implicações dos avanços
biológicos do fenômeno vida.
3.2 - ASPECTO HISTÓRICO
Para compreendermos os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes
formas de ensino na educação brasileira, devemos tomar por base a dimensão histórica da
educação, mesmo porque os experimentos já realizados servirão de apoio para novas
investidas.
Partindo deste contexto, os jesuítas tiveram um papel relevante nos primórdios da
educação no Brasil, já que foram os primeiros a fornecer os ensinamentos de Gramática
Latina e leitura, associados ao ensino religioso. Foi através do ensino religioso que houve a
necessidade do surgimento das primeiras investidas medievais. Sobre esta influencia,
ocorreram divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais, que passaram a ter uma
nova trajetória na historia da humanidade. Com o rompimento da visão teocêntrica e a
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concepção filosófica – teológica medieval, houve o abandono de idéias antigas e preferência
por novos modelos.
Vários fatores contribuíram para a mudança do pensamento em relação às ciências, os
avanços na navegação e conseqüentemente o desenvolvimento econômico e político, a quebra
do poder arbitrário de Igreja, revoluções industriais do séc XVIII.
Ainda nos séculos (XV e XVI) ocorreram modificações de Leonardo da Vinci
introduziu o pensamento matemático, como instrumento para interpretar a ordem mecânica de
natureza. Houve mudanças na Zoologia, Botânica; se a classificação cientifica dos organismos
(Carl Von Linné), mas manteve o principio da criação divina (FUTUYMA, 1992).
O pensamento biológico descritivo marca com no usado empirismo na observação e
descrição tornou possível a organização da Biologia pela comparação das espécies nos
diversos ambientes no mecanicista Francis Bacon (1561 – 1626) introduziu idéias sobre a
aplicação prática do conhecimento propondo o método indutivo baseado no controle metódico
e sistemático da observação relacionando a forma descritiva e o método cientifico (FEIJÓ,
2003). Descartes (1596 – 1650) o pensamento biológico mecanicista foi introduzido
utilizando um módulo sobre circulação sanguínea alem das idéias sobre biogênese e a
invenção e aperfeiçoamento do microscópio.
No século XVIII com modificações nas estruturas sociais, políticas, econômicas –
Revolução Industrial – conceitos consagrados como Geocentrismo foram derrubados como as
modificações na astronomia, objeto central de estudo na época com Newton, Descartes, já
Kant e Daplace, no final do século, introduziram a possibilidade de expansão de
transformação do universo, da Terra e dos Seres Vivos (FUTUYMA, 1992).
As extinções de espécies forjaram no pensamento cientifico europeu propostos para a
teoria da evolução. A imutabilidade da vida no século XVIII e inicio do século XIX. Foi
questionada com evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Darwin acreditavam na
herança de características adquiridas. Para Lamarck, a classificação era importante mas
artificial, pois deveria haver uma seqüência natural para todas as criaturas vivas e que elas
mudavam guiadas pelo ambiente (RONAN, 1987).
No inicio do século XIX Charles Darwin apresentou suas idéias sobre a revolução das
espécies mantendo-se fiel a doutrina da Igreja. A teoria da evolução das espécies foi criada a
partir de modificação da ação da seleção natural sobre a ação individual. A construção do
pensamento biológico ocorreu em movimento não lineares com movimentos de crise e
mudanças de paradigmas de questionamentos conflitantes na busca constante por explicações
sobre o fenômeno da vida. No Brasil a primeira tentativa de organização do ensino
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correspondente ao atual ensino médio foi a criação do Colégio Dom Pedro II, Rio de Janeiro,
em 1838, com poucas atividades didáticas nas ciências como a Historia Natural, Química,
Física, com adoção de livros didáticos importados da França.
Com o surgimento das primeiras instituições nacionais do Brasil, criou-se o Instituto
Brasileiro de Educação, ciência e cultura (Ibecc) em 1946; cujo objetivo era promover a
melhoria da formação cientifica dos alunos que ingressariam no ensino superior (BARRA e
LOREZ, 1986).
As propostas de educação visada desde a família real, criação do Ministério de
Educação com a inclusão de um capítulo sobre Educação na Constituição de 1934, a
Educação passa a se articular como um sistema (Kuenzer, 2005). Nesse momento, a formação
universitária passa obrigatoriamente ao corpo docente de toda a escola e a predominância de
Ciências Naturais e Biológicas passa a ser relevante à carreira médica, farmacêutica e
odontológica. Em fins da década de 1930, o curso de História Natural formava licenciados
para o ensino de Ciências Naturais; Ciências Físicas, Biológicas e outras.
Na década de 60, por influência de materiais didáticos norte americano deu-se a ênfase
ao ensino do método - científico; a preocupação em criar e manter uma elite intelectual
cientifica e tecnológica. Em 1946 e 1964, várias campanhas, visando à ampliação e à melhoria
do atendimento escolar, foram desenvolvidas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (1961) foi a primeira a englobar todos os graus e modalidades do ensino,
objetivando princípios de liberdade e solidariedade humana, com currículos diversificados e
matérias obrigatórias. O ensino de Ciências passa a ser disciplina obrigatória indicada pelo
Conselho Federal de Educação. A reforma de 1970 aumentou o número de matérias
obrigatórias em todo o território nacional, com o núcleo comum obrigatório abrangendo no
ensino de Ciências a disciplina de Biologia.
A disciplina de biologia contempla como objeto de estudo o fenômeno “vida”. E ao
longo da história da humanidade muitos forram os conceitos formulados por cientistas em
relação a este fenômeno numa tentativa de compreendê-lo. Entretanto, para a Ciência, e em
especial para a Biologia, esta construção de entendimento do fenômeno vida parte de
movimentos, revoluções, mudanças de paradigmas, questionamentos conflitantes, de
compreensão sobre este fenômeno. Sendo assim, para compreender este fenômeno é preciso o
entendimento de vários contextos históricos nos quais pressões religiosas, econômicas,
políticas e sociais que impulsionaram mudanças conceituais no modo de como o homem
passou a compreender a natureza. Sendo assim, o ensino buscou-se na história das ciências os
contextos históricos nos quais pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais,
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impulsionaram mudanças conceituais no modo como o homem passou a compreender a
natureza.
A construção do pensamento Biológico, ocorreu em movimentos não lineares como
momentos de crise, de mudanças de paradigmas de questionamentos conflitantes, na busca
constante por explicações sobre o fenômeno vida.
Em 1980 surgiu no Brasil um movimento pedagógico que reconheceria a análise do
processo de produção do conhecimento na Ciência. Já na década de 90, surgiu outro campo de
pesquisa, o da mudança conceitual. Em 1998 com a promulgação das Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, para normalizar a LDB 9394/96, o
ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na
área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias.
Dentro do PCN, (Parâmetros Curriculares Nacionais) era enfatizado o
desenvolvimento de competências e habilidades. O PCN, não considerou suficientemente nos
conteúdos aspectos políticos e socioeconômicos.
Assim, analisando à situação do ensino público, percebeu-se a descaracterização do
objeto de estudo da disciplina de ciências e a necessidade de sua retomada. Neste sentido, as
Diretrizes Curriculares (2006), retoma uma discussão em relação ao ensino de biologia a qual
considera a concepção histórica da Ciência articulada aos princípios da Filosofia da Ciência,
partindo de dimensão histórica da disciplina e identificando marcos conceituais da construção
do pensamento biológico. Sendo assim, esses marcos permitiram a reflexão para escolha de
conteúdos estruturantes científicos, encaminhamentos metodológicos e o sistema de avaliação
que norteiam o ensino aprendizagem da disciplina de biologia.
3.3 - O ENSINO DE BIOLOGIA
A reflexão crítica é uma das condições necessárias para entender a realidade na qual o
individuo está inserido. Através dela, pode-se questionar de que forma a biologia poderá
contribuir para o desenvolvimento do aluno no processo de reelaboração do conteúdo
cientifico, em uma perspectiva crítica.
Nesse sentido, o ensino de biologia contribui significativamente para o
desenvolvimento intelectual e ético do individuo. Para tento, é necessário levar o aluno a
observar, comparar e classificar fatos e fenômenos, chegando a generalizações e à
compreensão, em novo nível de complexidade, de forma mais elaborada, do conhecimento já
produzido e, conseqüentemente, a um aproveitamento mais racional do meio ambiente. Neste
contexto, a escola não pode se eximi de apreciar, adequadamente o desenvolvimento integral
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do educando, ou seja, seu crescimento afetivo social e ético. Sendo assim, deve considerar
que a pedagogia histórico-crítica valoriza o saber historicamente acumulado pelos homens,
saber que gerou o desenvolvimento das sociedades no transcorrer dos séculos. Dessa forma o
processo de ensino e aprendizagem devem ser constantemente reorganizado sempre pensando
na aprendizagem do aluno. O professor Parte do saber, do conhecimento que os educandos já
possuem sobre o conteúdo, ou seja, a aprendizagem do educando inicia-se bem antes da
escola. Sobre isso Vygotski afirma que, em essência a escola não começa nunca no vazio.
Toda a aprendizagem com que a criança se depara na escola tem sempre uma pré-historia.
(VYGOTSKI, 1994)
O interesse do professor por aquilo que os alunos já conhecem é uma preocupação
sobre o tema que será desenvolvido, o que possibilita ao professor desenvolver um trabalho
pedagógico mais adequado, a fim de que os educandos, no decorrer do processo, apropriemse
de um conhecimento significativo para suas vidas. “conhecer a realidade dos educandos
implica em fazer um mapeamento, um levantamento das representações do conhecimento dos
alunos sobre o tema de estudo. A mobilização é o memento de solicitar a visão, concepção
que os alunos têm a respeito do objeto”. (VASCONCELLOS, 1998)
Para um ensino que dê conta dos aspectos citados é necessário clareza por parte do
professor sobre quais são os objetivos da escola, da avaliação e dos instrumentos a serem
utilizados. Os objetivos dos conteúdos ensinados e principalmente que haja planejamento da
ação educativa subsidiada pela pedagogia histórico-crítica.
3.4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO DE BIOLOGIA POR SERIE
3.4.1 - PRIMEIRO ANO
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS
- Introdução a biologia – historia da biologia – origem da vida - Composição química da célula - estrutura celular - divisão celular - - histologia - organização dos tecidos
- os genes e a síntese de proteínas (estruturas celulares: membrana celular, citoplasma e núcleo). - mutações - câncer - funções celulares - seres autótrofos e heterótrofos - fotossíntese
IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS NO FENÔMENO DA VIDA
BIODIVERSIDADE
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- sistema nervoso – stress, esclerose múltipla - sistema endócrino - envelhecimento- radicais livres e vitaminas - Valorização da vida (reprodução-sexualidade, tabagismo, alcoolismo, drogas) - colesterol - água potável desafio para a humanidade - vacinas - produção de celulose e ecologia
- ambiente - biosfera - níveis de organização dos seres vivos - equilíbrio biológico - seres produtores, consumidores e decompositores
3.4.2 – SEGUNDO ANO
3.4.3 – TERCEIRO ANO
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS - evolução da vida; - origem das espécies; - núcleo e o material genético (estrutura e função), cariótipo.
- tipos de reprodução; - reprodução humana; - embriologia; - genética: histórico, conceitos básicos, leis de Mendel, alelos múltiplos, interação gênica, sexo e herança, aberrações e anomalias.
BIODIVERSIDADE IMPLICAÇÕES E AVANÇOS NO FENÔMENO DA VIDA
-ecologia-pirâmides; -desequilíbrios ambientais;
-clonagem; -manipulação genética e bioética; -célula-tronco; -projeto genoma; -terapia gênica; -transgênicos; - sexualidade.
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS - classificação dos seres vivos; - vírus; - os cinco reinos:monera, protista, fungi, animal e vegetal-característica gerais; - biomas aquáticos e terrestres; - Taxonomia
- processos de produção de energia: respiração aeróbia e anaeróbia; - fisiologia animal comparada; - fisiologia vegetal; - Efeitos negativos das drogas no organismo.
BIODIVERSIDADE IMPLICAÇÕES E AVANÇOS NO FENÔMENO DA VIDA
- cadeia e teia alimentar, relações ecológicas; - origem da vida; - equilíbrio e desequilíbrio ecológico (extinção de espécies).
- produção de remédios - homeopatia e fitoterapia; - armamento biológico; - saúde e doenças; - sexualidade; - controle biológico de pragas; -hidroponia.
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3.5 - METODOLOGIA
O desenvolvimento os conteúdos estruturantes do ensino de Biologia deve ocorrer de
forma integrada, ou seja, sofre a influência do contexto social, histórico e econômico em que
aluno está inserido.
Nesse sentido, deve se considerar que a pedagogia histórico-critica valoriza o saberm
historicamente acumulado pelos homens. Sendo assim o professor deve contribuir com
subsídios para que o aluno construa o seu conhecimento. É importante conhecer e respeitar a
diversidade social, cultural e as idéias primeiras do aluno, como elementos que também
constitui obstáculos à aprendizagem dos conceitos científicos que levem à compreensão do
conceito vida. Sendo que os conteúdos e temas deverão ser problematizados e o professor a
partir da problematização utilizará o método dialético com aula expositiva, onde o professor
provoca e mobiliza o aluno na busca da construção do conhecimento necessário para
resolução de problemas. Considerando articulações entre conhecimentos físicos, químicos e
biológicos.
Tendo como subsídios:
• A aula introdutória, destinada a apresentar temas fornecendo uma visão geral;
• Aula expositiva com esquemas no quadro, com a metodologia dialética;
• Aulas que socializa a pesquisa: conferência, preleção e comunicação, o
professor exercendo o papel de mediador entre o conhecimento já construído;
• Aulas desenvolvidas junto a comunidade, na participação da discussão dos
problemas que envolvem a comunidade;
• Projetos interdisciplinares, ou possibilidade de relação interdisciplinar –
relações possíveis com outras disciplinas: (quando uma disciplina oferece
subsídio para uma outra disciplina contribuindo na construção do
conhecimento, diálogo entre as disciplinas);
• Leitura e discussões de textos complementares (interpretação de textos
científicos);
• Discussão de problemas;
• Produção de textos sobre temas específicos, por partes dos alunos;
• Pesquisas em: livros, revistas, internet, televisão, jornais etc.;
• Visitas: estação de tratamento de água, esgotos e outras;
• Montagem de maquetes;
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• Estudo dirigido e trabalho em grupo, tanto para atividades práticas como de
pesquisa;
• Aula prática utilizando materiais alternativos, equipamentos construídos pelos
próprios alunos (material alternativo de laboratório) ou equipamentos mais
sofisticados (de laboratório) – elaboração de relatórios de aulas práticas e
demonstrações;
• Projeção de transparências visando discussões e entendimento;
• Investigação, pesquisa de campo (entrevistas, observação etc.);
• Filmes, com a elaboração de questionamentos para promover a discussão e o
entendimento do tema abordado.
3.5.1 - ALGUMAS CONDIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA.
Para estabelecer ambiente de pesquisa e elaboração própria, são necessárias
algumas condições:
o Apoios institucionais, sobretudo biblioteca, videoteca, banco de dados,
informatização, laboratórios ou locais de experimentações;
o Um número não muito grande por sala;
o Professor pesquisador cujo argumento essencial é o bom exemplo de
produtividade, com qualidade formal e política;
o Produção de material didático, principalmente textos considerados
básicos.
3.6 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A determinação dos critérios de avaliação deve ser flexível e levar em conta as
possibilidades de aprendizagens reais de cada aluno, as características particulares das classes
em que o aluno se encontra e as condições em que o processo de ensino e
aprendizagem. Sendo assim, a avaliação não é mais considerada um momento final de
processo de ensino. A avaliação deve fornecer ao professor informações sobre o que foi
aprendido pelos alunos. Ela possibilita verificar se seus objetivos foram alcançados informa o
aluno sobre seu desempenho, avanço e dificuldades.
Não se deve considerar a prova como única forma de avaliação, pois esta deve ter uma
conotação mais abrangente. São várias as formas de instrumentos possíveis para avaliar o
aluno: prova escrita, prova oral, trabalhos realizados em casa ou em classe, trabalhos em
grupo, participação, entre outras.
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A avaliação é uma prática processual e que o indivíduo está inserido num contexto
mutável, a avaliação ocorrerá a partir da produção individual e coletiva que poderão ser
manifestados pela compreensão da construção do conhecimento.
Alguns instrumentos permitem o acompanhamento do processo na construção dos
conhecimentos, permitindo analisar se os objetivos foram alcançados.
3.7 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
• Contínua: manifestação oral e atividades desenvolvidas em sala;
• Resolução de questões, exercícios e problemas;
• Participação nos trabalhos de grupos;
• Relatórios: visitas, palestras, filmes e entrevistas;
• Participação nas práticas: práticas com a apresentação de relatórios
• Leitura e interpretação de textos
• Produção de cartazes, anúncios, panfletos, maquetes, painel etc.
• Testes com questões dissertativas, e questões múltiplas escolha e outras.
• Produção de texto;
• Trabalhos em grupos ou individual;
• Apresentação de seminários.
3.7.1 - RECUPERAÇÃO PARALELA
Embora a avaliação esteja intimamente relacionada aos objetivos visados, o nível de
alcance desses objetivos nem sempre se realiza plenamente para todos os alunos. Sendo
assim, o aluno não atingindo o conhecimento é necessário reforçar em forma de revisão cada
tópico, que seja de real significado para os alunos e propondo novas avaliações.
3.8 - BIBLIOGRAFIA ANDERY, M. A. et. al. Para compreender a ciência. São Paulo: EDUC, 1988.
ARAÚJO, I. L. Introdução à filosofia da ciência. Curitiba: UFPR, 2002.
AMABIS, José Mariano. Fundamentos da Biologia Moderna. São Paulo: Moderna, 2002.
BARRA, V. M. et all. Produção de materiais didáticos de ciências no Brasil, Período:
1950 e 1980. Revista Ciências e Cultura, v. 38, n. 12, p. 1970 – 1983, dez. 1986.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei 9394/96). Brasília: Gráfica
Oficial,1996. Coleção Memória da Pedagogia, nº 02: Liev Seminoviech Vygotskg/ Editor
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76
Manuel da Costa Pinto. Colaboradores Adriana Lia Fresyman...et al. Rio de Janeiro Edioro,
São Paulo: Segmento Duettu, 2005.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - Diretrizes Curriculares De Biologia Para
Educação Básica. Curitiba: Memvavmem, 2006
FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.
FREIRE, M. N. A ciência por dentro. Petrópolis, vozes, 1999.
FUTUYMA, D. J. Biologia Evolutiva. São Paulo:Sociedade brasileira de genética / CNPq,
1992.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores
Associados, 2002.
KUENZER, Acácia Zenaide. Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho.
São Paulo: Cortez, 2005.
MERCADANTE, Clarinda; FAVARETO, José Arnaldo. Biologia: Volume único. São
Paulo: Moderna, 2003.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃ/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA – Orientações
curriculares do ensino médio. Brasília, 2004.
PERRENOUD, Plilippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre
duas lógicas. Trd. Patrícia chittoni ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
RONAN, C. A. A historia ilustrada da ciência: da renascença à revolução cientifica. V. 3.
Rio de Janeiro: Jorga Zahar, 1987.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores
Associados, 1997.
VASCONCELLOS, Celso S. Avaliação de Aprendizagem: Prática de Mudanças por uma
práxis transformadora. São Paulo. Liberdade, 1999.
VYGOTSKY L. S. A formação social da mente. Petrópolis: Martins Fontes, 1998.
4 - DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 4.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A influência cada vez maior da Ciência na nossa vida exige que estejamos bem
informados para acompanhar as descobertas científicas. O estudo de ciências deve oportunizar
a aquisição de conhecimentos básicos da ciência naturais que permita não só compreender e
acompanhar as rápidas transformações tecnológicas como também participar de forma
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esclarecida e responsável de discussão que dizem respeito a toda sociedade em diferentes
contextos.
Nesse sentido o ensino de Ciências possibilita condições de conhecimentos científicos
que contribuam para a compreensão do mundo e suas transformações, situando o homem com
indivíduo participativo e integrante do universo a partir de análises crítica da sociedade e de
questões pertinentes ao mundo científico.
Ainda dentro de suas especificidades a ciências contribui significativamente para o
entendimento de alguns objetivos específicos:
• Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como
agente de transformações do mundo em que vive.
• Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma
atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política
e cultural.
• Identificar relações entre conhecimento científico, produção tecnológica e condições
de vida, no mundo de hoje.
• Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos
que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes.
• Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta de
dados.
• Valorizar o trabalho em grupo e ser capaz de agir critica e cooperativamente para a
construção coletiva do conhecimento.
• Possibilitar condições para o aluno apropriar-se de conhecimentos científicos para
análise criticas da sociedade onde está inserido.
4.2 - ASPECTO HISTÓRICO
Para o entendimento da Ciência, e em especial para o mundo cientifico, está à
construção de entendimento do fenômeno cientifico que parte de movimentos, revoluções,
mudanças de paradigmas, questionamentos conflitantes, de compreensão sobre este
fenômeno. Sendo assim, para compreender este fenômeno é preciso o entendimento de vários
contextos históricos nos quais pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais que
impulsionaram mudanças conceituais no modo de como o homem passou a compreender a
natureza.
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Para compreendermos os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes
formas de ensino na educação brasileira, devemos tomar por base a dimensão histórica da
educação, mesmo porque os experimentos já realizados servirão de apoio para novas
investidas.
Partindo deste contexto, os jesuítas tiveram um papel relevante nos primórdios da
educação no Brasil, já que foram os primeiros a fornecer os ensinamentos de Gramática
Latina e leitura, associados ao ensino religioso.
Houve vários momentos importantes que destacaram no campo da ciência, e um
momento marcante da ciência, no século XVIII, foi o período chamado Iluminismo que, além
de filosófico, foi um movimento artístico, literário e político. O racionalismo e o empirismo
constituiriam a base filosófica para a reflexão naquele período. As obras de filósofos,
cientistas e historiadores passaram e ser influenciadas pela ciência de Galileu e Newton e, a
partir desse século, a ciência se tornava cada vez mais independente das diversas religiões.
No Iluminismo, o pensamento científico ganhou importância considerável sob a idéia
de um resgate, não-inédito, do conhecimento acumulado até então. Com a colaboração de
diversos pensadores, foi organizada a Enciclopédia que, apesar de considerada importante
ainda hoje, enfrentou problemas para ser divulgada, de modo que foi então classificada como
antieclesiástica, anticristã teísta e herética e entrou para uma “lista negra” semelhante às do
período da Inquisição. Mesmo com todas as dificuldades, o mérito da organização e
publicação da Enciclopédia deveu-se, sobretudo, ao escritor e filósofo francês, Denis Diderot
(1713-1784), e ao filosofo e cientista, também francês, Jean-Bapste d’Alembert (1717- 1783).
Merece destaque na historia da ciência a transição definitiva da alquimia para a
química, que passou a ser considerada ciência quando o químico francês Antoine Laurent
Lasvoisier (1743-1794) publicou o Tratado elementar de Química. Tal tratado popularizou a
idéia de que flogisto não seria possível em virtude das propriedades combustíveis do oxigênio
presente no ar. A partir de então, a nomenclatura química precisou ser revista. Cada
substancia passou ser cuidadosamente redefinida em função dessa nova teoria. Assim, as
propostas de educação visada desde a família real, criação do Ministério de Educação com a
inclusão de um capítulo sobre Educação na Constituição de 1934, a Educação passa a se
articular como um sistema (Kuenzer, 2005). Nesse momento, a formação universitária passa
obrigatoriamente ao corpo docente de toda a escola e a predominância de Ciências Naturais e
Biológicas passa a ser relevante à carreira médica, farmacêutica e odontológica. Em fins da
década de 1930, o curso de História Natural formava licenciados para o ensino de Ciências
Naturais; Ciências Físicas, Biológicas e outras.
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A partir da década de 30 a disciplina de Ciência foi inserida no currículo a partir da
Reforma Francisco Campos, pelo Decreto 19.890/31. a partir de então, o Estado passou a
organizar o Sistema de Educação Nacional e propôs o ensino de “Ciências Físicas e Naturais”
nas duas primeiras séries do ensino comum e fundamental e, nas três últimas, as disciplinas de
Física, Química e Historia Natural.
Em 1946 e 1964, várias campanhas, visando à ampliação e à melhoria do atendimento
escolar, foram desenvolvidas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1961) foi a
primeira a englobar todos os graus e modalidades do ensino, objetivando princípios de
liberdade e solidariedade humana, com currículos diversificados e matérias obrigatórias. O
ensino de Ciências passa a ser disciplina obrigatória indicada pelo Conselho Federal de
Educação.
Sendo assim, o ensino buscou-se na história das ciências os contextos históricos nos
quais pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais, impulsionaram mudanças
conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza.
Em 1980 surgiu no Brasil um movimento pedagógico que reconheceria a análise do
processo de produção do conhecimento na Ciência. Já na década de 90, surgiu outro campo de
pesquisa, o da mudança conceitual. Em 1998 com a promulgação das Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio, para normalizar a LDB 9394/96, o ensino passou a ser
organizado por áreas de conhecimento.
Dentro do PCN, (Parâmetros Curriculares Nacionais) era enfatizado o
desenvolvimento de competências e habilidades. O PCN, não considerou suficientemente nos
conteúdos aspectos políticos e socioeconômicos. A questão ambiental foi tratada sob uma
concepção cientificista, sem que se lhe atribuísse uma maior relevância histórico social
(AMARAL, 2000).
Assim, analisando à situação do ensino público, percebeu-se a descaracterização do
objeto de estudo da disciplina de ciências e a necessidade de sua retomada. Neste sentido, as
Diretrizes Curriculares (2006), retoma uma discussão em relação ao ensino de ciências a qual
considera a concepção histórica da Ciência articulada aos princípios da Filosofia da Ciência,
partindo de dimensão histórica da disciplina e identificando marcos conceituais da construção
do pensamento biológico. Sendo assim, esses marcos permitiram a reflexão para escolha de
conteúdos estruturantes científicos, encaminhamentos metodológicos e o sistema de avaliação
que norteiam o ensino aprendizagem da disciplina de ciências.
4.3 - O ENSINO DE CIÊNCIAS
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O papel do ensino de Ciências possibilita condições de conhecimentos científicos que
contribui para a compreensão do mundo e suas transformações, situando o homem com
indivíduo participativo e integrante do universo a partir de análises críticas dento da sociedade
e de questões pertinentes ao mundo científico.
A reflexão crítica é uma das condições necessárias para entender a realidade na qual o
individuo está inserido. Através dela, pode-se questionar de que forma a Ciências poderá
contribuir para o desenvolvimento do aluno no processo de reelaboração do conteúdo
cientifico, em uma perspectiva crítica.
Nesse sentido, o ensino de Ciências a contribui significativamente para o
desenvolvimento intelectual e ético do individuo. Para tento, é necessário levar o aluno a
observar, comparar e classificar fatos e fenômenos, chegando a generalizações e à
compreensão, em novo nível de complexidade, de forma mais elaborada, do conhecimento já
produzido e , conseqüentemente, a um aproveitamento mais racional do meio ambiente e sua
função na sociedade.
Neste contexto, a escola não pode se eximi de apreciar, adequadamente o
desenvolvimento integral do educando, ou seja, seu crescimento afetivo social e ético. Sendo
assim, deve considerar que a pedagogia histórico-crítica valoriza o saber historicamente
acumulado pelos homens, saber que gerou o desenvolvimento das sociedades no transcorrer
dos séculos. Dessa forma o processo de ensino e aprendizagem devem ser constantemente
reorganizado sempre pensando na aprendizagem do aluno
O professor Parte do saber, do conhecimento que os educandos já possuem sobre o
conteúdo, ou seja, a aprendizagem do educando inicia-se bem antes da escola. Sobre isso
Vygotski afirma que, em essência a escola não começa nunca no vazio. Toda a aprendizagem
com que a criança se depara na escola tem sempre uma pré-historia. (VYGOTSKI, 1994)
O interesse do professor por aquilo que os alunos já conhecem é uma preocupação
sobre o tema que será desenvolvido, o que possibilita ao professor desenvolver um trabalho
pedagógico mais adequado, a fim de que os educandos, no decorrer do processo, apropriemse
de um conhecimento significativo para suas vidas. “conhecer a realidade dos educandos
implica em fazer um mapeamento, um levantamento das representações do conhecimento dos
alunos sobre o tema de estudo. A mobilização é o memento de solicitar a visão, concepção
que os alunos têm a respeito do objeto”. (VASCONCELLOS, 1998)
Para um ensino que dê conta dos aspectos citados é necessário clareza por parte do
professor sobre quais são os objetivos da escola, da avaliação e dos instrumentos a serem
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utilizados. Os objetivos dos conteúdos ensinados e principalmente que haja planejamento da
ação educativa subsidiada pela pedagogia histórico-crítica.
4.4 -CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Corpo humano e saúde – Ambiente – Matéria e energia –Tecnologia
4.4.1 - QUINTA SÉRIE
I – Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente
Conhecimentos físicos
Conhecimentos químicos
Conhecimentos biológicos
- População, fatores que influenciam a distribuição
-Ciclo biogeoquimicos -Ciclagem de energia -Fotossíntese
-Biosfera, ecossistema,comunidade,população, habitats e nicho -Teias e cadeias alimentares
II – Água no ecossistema
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Estados físicos e mudanças do estado da água -Pressão e temperatura -Densidade e empuxo -Água como fonte de energia
-Composição da água -Água como solvente universal -Pureza
-Ciclo da água -Disponibilidade na natureza -Água e os seres vivos -Preservação e contaminação da água
III – Ar no ecossistema
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Existência do ar -Camadas da atmosfera -Pressão atmosférica -Formação dos ventos -Metereologia -Energia eólica
-Composição do ar -Átomos e moléculas -Poluição do ar -Gases nobres e suas aplicações
-O ar e os seres vivos -Pressão atmosférica e audição -Contaminação do ar e as doenças -Combate a poluição
IV – Solo no ecossistema
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Tecnologia e preparo para o cultivo
-Composição do solo -Tipos de solo -Adubação orgânica e inorgânica -Queimadas -Poluição
-Combate a erosão -Rotação de culturas -Curvas de nível -Culturas associadas
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V – Poluição e contaminação da água, ar e solo
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Poluição térmica -Fontes alternativas de energia
-Chuva ácida -Efeito estufa -Buraco na camada de ozônio -Aquecimento do planeta
-Doenças pela falta de saneamento básico -Prevenção e tratamento de doenças -Saneamento básico (ETA e ETE)
VI – Astronomia e astronáutica
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Instrumentos construídos para estudar os astros (astrolábio, luneta, telescópio, satélites, estação espacial, foguetes e radiotelescópio) -Movimento de rotação e translação
-Sol: composição química -Efeitos de sua radiação na Terra
-Movimentos da Terra e suas conseqüências (ritmos biológicos, influências sobre a biosfera e marés) -A lua como satélite natural da Terra
4.4.2 - SEXTA SÉRIE
I – Biodiversidade – características básicas dos seres vivos
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Equilíbrio térmico -Transmissão de calor -Isolamento térmico
-Metabolismo – transformação de matéria e energia
-Diferenças entre seres vivos e não vivos -Relações de interdependência -Adaptações e temperatura
II – Biodiversidade – classificação e adaptações morfo-fisiológicas
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Capilaridade -Fototropismo -Geotropismo -Locomoção
-Osmose -Fotossíntese -Respiração -Transpiração -Gutação -Fermentação
-Classificação dos 5 reinos -Vírus -Adaptações dos seres vivos -Biotecnologia -Organismos geneticamente modificados -Partes dos vegetais -Animais (relações com o ambiente,evolução dos grupos e estudo comparativo dos principais
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sistemas em ordem evolutiva) -Grupos de interesse médico veterinário
III – Níveis de organização dos seres vivos
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Microscopia -Descrição da célula animal e vegetal
-Substâncias orgânicas e inorgânicas
-Diferenças entre células animais e vegetais -Aspectos morfo-fisiológicos dos tecidos animais e vegetais -Níveis de organização de átomo até biosfera
4.4.3 - SÉTIMA SÉRIE I – Corpo humano como um todo integrado
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Ação mecânica da digestão (mastigação,deglutição e movimento peristáltico) -Transporte de nutrientes -Pressão arterial -Inspiração e expiração -Tecnologia de reprodução in vitro e inseminação artificial -Tecnologias associadas a: 1)diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas aos diversos sistemas do corpo humano; 2)próteses e aparelhos construídos para corrigir deficiências físicas e de órgãos dos sentidos -Tecnologias que causam problemas no sistema nervoso (radiação, metais pesados, armas de fogo, auto medicação e acidentes de trânsito) -A luz e a visão (o olho humano como instrumento óptico e o modelo físico do processo de visão)
-utrição (necessidades nutricionais,hábitos alimentares,alimentos diet e light) -Ação química da digestão (transformação dos alimentos, aproveitamento dos nutrientes) -Eliminação de resíduos e hemodiálise -Sabores, odores e texturas -Reações que ocorrem no organismo com liberação de neurohormonios como a adrenalina -Composição química do álcool e teor alcoólico
-Morfo-fisiologia dos sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor, ósseo, nervoso, endócrino, muscular, reprodutor e sensorial -Disfunção e prevenção de doenças dos sistemas -Gravidez na adolescência e métodos anticoncepcionais (ação, causa e conseqüência) -Doação de sangue e órgãos -Tecnologia associada ao diagnóstico e tratamento de DSTs, inclusive a AIDS -Manipulação genética (células tronco, clonagem) -Aspectos éticos sobre a biotecnologia
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-O som e a audição II – Doenças, infecções, intoxicações e defesas do organismo
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Diagnóstico e tratamento (radioterapia, intoxicação por agentes físicos, elementos radioativos, pilhas e baterias)
-Imunização artificial (soro e vacina) -Tratamento quimioterápico -Intoxicação por agentes químicos, agrotóxicos, inseticidas e metais pesados
-Diagnósticos -Tratamento (alopatia e homeopatia), fitoterapia -Sistema imunológico (glóbulos brancos, anticorpos e imunidade)
4.4.4 - OITAVA SÉRIE I – Astronomia e astronáutica
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Sol: fonte de luz e calor -Medidas de tempo (instrumentos construídos pelo homem, como o relógio de sol, relógio digital e analógico e calendários) -Telecomunicações, satélites, internet, ondas e fibra óptica
-Sol: composição química do sistema solar -Matéria e energia -Átomos -Elementos químicos -Reações químicas, transformação de energia -Ácidos e bases: identificação e aplicação -pH de diversos produtos -Óxidos e sais: substâncias tóxicas de uso diário, agrícola e doméstico
-Produção de vitamina D pelo sol -Efeitos da radiação solar sobre o corpo humano -Adaptações às viagens espaciais Fotossíntese (processo de armazenamento de energia)
II – Segurança no trânsito
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Movimento, deslocamento, trajetória e referencial -Velocidade média e aceleração -Distância, tempo, inércia e resistência do ar, força de atrito, aerodinâmica, equipamento de segurança nos meios de transporte -Relação entre massa e aceleração -Máquinas simples
-Teor alcoólico da bebida e suas conseqüências no trânsito
-Acidentes de trânsito -Uso de drogas e álcool -Tempo de reação e reflexo (efeitos do álcool) comparado entre um organismo que ingeriu drogas e álcool -Prevenção de acidentes
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III – Transformação da matéria e da energia
Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos -Energia (condutores, fontes, aplicações e transformações) -Segurança e prevenção -Eletricidade (condutores, fontes, aplicações e transformação) -Magnetismo (ímãs e bússola)
-Fotossíntese -Fermentação -Respiração -Combustão
-Energia na célula (produção, transferência, utilização e armazenamento) -Nutrientes (tipos e funções)
4.5 – METODOLOGIA
O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes do ensino de Ciências deve ocorrer de
forma integrada, ou seja, sofre a influência do contexto social, histórico e econômico em que
o aluno está inserido.
Nesse sentido, deve se considerar que a pedagogia histórico-critica valoriza o saber
historicamente acumulado pelos homens. Sendo assim o professor deve contribuir com
subsídios para que o aluno construa o seu conhecimento.
Sendo que os conteúdos e temas deverão ser problematizados e o professor a partir da
problematização utilizará o método dialético com aula expositiva, onde o professor provoca e
mobiliza o aluno na busca da construção do conhecimento necessário para resolução de
problemas. Considerando articulações entre conhecimentos físicos, químicos e biológicos.
Tendo como subsídios:
• A aula introdutória, destinada a apresentar temas fornecendo uma visão geral;
• Aula expositiva com esquemas no quadro, com a metodologia dialética;
• Aulas que socializa a pesquisa: conferência, preleção e comunicação, o
professor exercendo o papel de mediador entre o conhecimento já construído;
• Aulas desenvolvidas junto a comunidade, na participação da discussão dos
problemas que envolvem a comunidade;
• Projetos interdisciplinares, ou possibilidade de relação interdisciplinar –
relações possíveis com outras disciplinas: (quando uma disciplina oferece
subsídio para uma outra disciplina contribuindo na construção do
conhecimento, diálogo entre as disciplinas);
• Leitura e discussões de textos complementares (interpretação de textos
científicos);
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• Discussão de problemas;
• Produção de textos sobre temas específicos, por partes dos alunos;
• Pesquisas em: livros, revistas, internet, televisão, jornais etc.;
• Visitas: estação de tratamento de água, esgotos e outras;
• Montagem de maquetes;
• Montagem e manutenção de aquários e terráreos;
• Estudo dirigido e trabalho em grupo, tanto para atividades práticas como de
pesquisa;
• Aula prática utilizando materiais alternativos, equipamentos construídos pelos
próprios alunos (material alternativo de laboratório) ou equipamentos mais
sofisticados (de laboratório) – elaboração de relatórios de aulas práticas e
demonstrações;
• Projeção de transparências visando discussões e entendimento;
• Investigação, pesquisa de campo (entrevistas, observação etc.);
• Filmes, com a elaboração de questionamentos para promover a discussão e o
entendimento do tema abordado.
4.5.1 - ALGUMAS CONDIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA
Para estabelecer ambiente de pesquisa e elaboração própria, são necessárias algumas
condições:
o Apoios institucionais, sobretudo biblioteca, videoteca, banco de dados,
informatização, laboratórios ou locais de experimentações;
o Um número não muito grande por sala;
o Professor pesquisador cujo argumento essencial é o bom exemplo de
produtividade, com qualidade formal e política;
o Produção de material didático, principalmente textos considerados
básicos.
4.6 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A determinação dos critérios de avaliação deve ser flexível e levar em conta as
possibilidades de aprendizagens reais de cada aluno, as características particulares das classes
em que o aluno se encontra e as condições em que o processo de ensino e aprendizagem.
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Sendo assim, a avaliação não é mais considerada um momento final de processo de
ensino. A avaliação deve fornecer ao professor informações sobre o que foi aprendido pelos
alunos. Ela possibilita verificar se seus objetivos foram alcançados informa o aluno sobre seu
desempenho, avanço e dificuldades.
Não se deve considerar a prova como única forma de avaliação, pois esta deve ter uma
conotação mais abrangente. São várias as formas instrumentos possíveis para avaliar o aluno:
prova escrita, prova oral, trabalhos realizados em casa ou em classe, trabalhos em grupo,
participação, entre outras.
A avaliação é uma prática processual e que o indivíduo está inserido num contexto
mutável, a avaliação ocorrerá a partir da produção individual e coletiva que poderão ser
manifestados pela compreensão da construção do conhecimento.
Alguns instrumentos permitem o acompanhamento do processo na construção dos
conhecimentos, permitindo analisar se os objetivos foram alcançados.
4.7 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
• Contínua: manifestação oral e atividades desenvolvidas em sala;
• Resolução de questões, exercícios e problemas;
• Participação nos trabalhos de grupos;
• Relatórios: visitas, palestras, filmes e entrevistas;
• Participação nas práticas: práticas com a apresentação de relatórios
• Leitura e interpretação de textos
• Produção de cartazes, anúncios, panfletos, maquetes etc.
• Testes com questões dissertativas, e questões múltiplas escolha e outras.
• Produção de texto.
• Confecções de maquetes;
• Trabalhos em grupos ou individual;
• Apresentação de seminários.
4.7.1 - RECUPERAÇÃO PARALELA
Embora a avaliação esteja intimamente relacionada aos objetivos visados, o nível de
alcance desses objetivos nem sempre se realiza plenamente para todos os alunos. Sendo
assim, o aluno não atingindo o conhecimento, é necessário reforçar em forma de revisão cada
tópico, que seja de real significado para os alunos e propondo novas avaliações.
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4.8 - BIBLIOGRAFIA AMARAL, I. A. do . Currículo de ciências: das tendências clássicas aos movimentos
atuais de renovação. In: BARRETO, E. S. de S. (Org.). Os currículos do ensino
fundamental para as escolas brasileiras. São Paulo: Autores associados, 2000.
ANDERY, M. A. et. al. Para compreender a ciência. 5. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo,
1994.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei 9394/96) . Brasília: Gráfica
Oficial,1996. Coleção Memória da Pedagogia, nº 02: Liev Seminoviech Vygotskg/ Editor
Manuel da COSTA, Pinto. Colaboradores Adriana Lia Fresyman...et al. Rio de Janeiro
Edioro, São Paulo: Segmento Duettu, 2005.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - Diretrizes Curriculares De Ciências
Para Educação Básica. Curitiba: Memvavmem, 2006
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores
Associados, 2002.
JUNIOR, C. da Silva et. al. Ciências: entendendo a natureza. São Paulo. Saraiva, 2001.
KUENZER, Acácia Zenaide. Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho.
São Paulo: Cortez, 2005.
FREIRE, M. N. A ciência por dentro. Petrópolis, vozes, 1999.
PERRENOUD, Plilippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre
duas lógicas. Trd. Patrícia chittoni ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores
Associados, 1997.
VALLE, C. Coleção ciências. Curitiba. Positivo, 2004.
VASCONCELLOS, Celso S. Avaliação de Aprendizagem: Prática de Mudanças
por uma práxis transformadora. São Paulo. Liberdade, 1999.
VYGOTSKY L. S. A formação social da mente. Petrópolis: Martins Fontes, 1998.
5 – DIRETRIZES CURRILARES PARA O ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 5.1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A educação física é a área do conhecimento que introduz e integra os alunos na cultura
corporal do movimento, com finalidade de lazer, expressão de sentimento, afetos emoções, de
manutenção e melhoria da saúde, evitando favorecer alunos que já tenham aptidões, adotando
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como eixo estrutural da ação pedagógica o princípio da inclusão, apontando para perspectivas
metodológicas de ensino aprendizagem, que busquem o desenvolvimento da autonomia,
dacooperação, da participação social e da afirmação de valores e princípios democráticos.
Nesse sentido, garante a todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes, danças, lutas e
ginásticas em benefício da saúde e do lazer, proporcionando o exercício crítico da cidadania e
o bem estar físico, social e mental, garantindo integralmente a saúde do indivíduo.
Atualmente, quando falamos sobre a Educação Física escolar sempre há algum fator
que reforça a sua importância como um processo permanente de desenvolvimento humano e
de qualidade de vida. Reconhece-se também que ela é uma disciplina capaz de influir direta e
favoravelmente na formação integral do individuo. Com o objetivo de educar, aprimorar e
melhorar os movimentos, bem como desenvolver a inteligência e personalidade.
Torna-se, portanto, importante o seu conhecimento como saber escolar, pois contribui
para a formação e transformação do estudante nos aspectos acima mencionados.
5.2 – OBJETIVOS GERAIS
Participar das atividades corporais, estabelecendo relações construtivas com os outros,
reconhecendo e respeitando características físicas, o desempenho de si mesmo e dos outros
sem discriminar por fatores pessoais, físico, sexuais ou sociais.
Transcender aquilo que se apresenta com senso comum, desmistificando formas já
arraigadas e equivocadas sobre o entendimento das diversas praticas e manifestações
corporais.
Priorizar a construção do conhecimento sistematizado como oportunidade impar de
reelaboração de idéias e praticas que por meio de ações pedagógicas intensifiquem a
compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos produtivos pela humanidade e suas
implicações pela vida.
Ampliar a visão biológica, democratizando, humanizando, problematizando e
diversificando a pratica pedagógica para as dimensões afetivas, cognitivas, socioculturais e
interdisciplinares. Incorporando de forma organizada os conteúdos estruturantes onde são
incluídas: a ginástica, esporte, jogos, danças, lutas, que interagem com os elementos
articuladores como a desportivização, mídia, saúde, corpo, tática e técnica, o lazer e a
adversidade.
5.3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 5.3.1 - ENSINO FUNDAMENTAL
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Conteúdos Estruturantes:
Jogos e brincadeiras - ginástica - dança e lutas
Conteúdos Específicos
Jogos e brincadeiras
- Jogos populares
- jogos cooperatives
- construção de brinquedos
Manifestações Ginásticas
• origem e evolução da ginástica
• ginástica artística
Manifestações Esportivas
• iniciação esportiva de Atletismo, Basquetebol, Handebol, Futsal e Voleibol
• teoria do esporte (aspectos técnicos, sociais, culturais, psicológicos e
econômicos)
Manifestações Estético-corporais na dança e no teatro
• danças regionais do Brasil
• dança criativa livre
Lutas
• capoeira (enfatizar como surgiu a capoeira, influência da cultura afro, seus
instrumentos, ritmos e estilos)
Conteúdos Estruturantes
Jogos e brincadeiras - ginástica - dança e lutas
Conteúdos Específicos
Jogos e brincadeiras
-Jogos populares
- jogos cooperatives
- construção de brinquedos
Manifestaçõães Ginásticas
- Conceitos e características dos diferentes tipos de giná¡stica
- ginástica rítmica
Manifestações Esportivas
• Esportes individuais e coletivos
• teoria do esporte II
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Manifestações Estético-corporais na dança e no teatro
• danças atuais (Street Dance, dança de rua, axé, funk, sertanejas, hip hop,
reague, samba, discoteca, music dance).
• Reflexão e discussão em relação à banalização do corpo e empobrecimento
das letras das musicas vulgarizando e tratando o corpo enquanto mercadoria.
Lutas
• capoeira II
Conteúdos Estruturantes
Jogos e brincadeiras - ginástica - dança e lutas
Conteúdos Específicos
Jogos e brincadeiras
-Jogos populares
• jogos cooperativos
• construção de brinquedos
Manifestações Ginásticas
• ginástica de academia ou de condicionamento físico
Manifestações Esportivas
• Esportes individuais e coletivos II
• teoria do esporte III
Manifestações Estético-corporais na dança e no teatro
• dança étnica e dança criativa contemporânea (temas sociais e culturais)
Lutas
• capoeira III
5.3.2 - ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes
Jogos e brincadeiras - ginástica - dança e lutas
Conteúdos Específicos
Jogos e brincadeiras
-Jogos populares
• jogos cooperativos
• construção de brinquedos
Manifestações Ginásticas
• Ginástica laboral I
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Manifestações Esportivas
• Esportes individuais e coletivos III
• teoria do esporte IV
Manifestações Estético-corporais na dança e no teatro
• danças atuais (Street Dance, dança de rua, axé, funk, sertanejas, hip hop,
reague, samba, discoteca, music dance).
• Reflexão e discussão em relação à banalização do corpo e empobrecimento
das letras das musicas vulgarizando e tratando o corpo enquanto mercadoria.
Lutas
• capoeira IV
5.4 - METODOLOGIA
A educação física terá como eixo não a educação física tradicional e renovada, mas
uma educação física com abordagem histórica e crítica, valorizando a alção pedagógica
enquanto inserida na pratica social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos
conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto, e com articulação do saber
criticamente reelaborado não bastando que os conteúdos sejam apenas inseridos, ainda que
bem ensinados; é preciso que se liguem, de forma indissociável, a sua significação humana e
social, introduzindo, portanto a possibilidade de uma reavaliação critica frente a esses
conteúdos.
O conhecimento, nessa forma de pensar educação física, é a reflexão, a critica e a
reconstrução sobre a cultura corporal. Os alunos aprendem a praticar e refletir sobre os jogos,
as danças, as ginásticas, as lutas, as acrobacias, as mímicas, e outras manifestações que
compõem a cultura corporal.
Podemos dizer que o objeto de estudo da educação física, nessa perspectiva é a cultura
corporal como linguagem e como saber histórico.
Essa cultura corporal no ambiente escolar pode ser expressa enquanto elementos
articulantes e conteúdos estruturantes. Os conteúdos técnicos serão trabalhados a partir do
entendimento da técnica enquanto um meio que permite ao homem vivenciar e se apropriar de
uma dada pratica. Também, enquanto um conhecimento específico, socialmente produzido
historicamente sistematizado pela humanidade. Por isso, um conhecimento a que os seres
humanos têm direito a ter acesso. Mediar à técnica dos elementos da cultura corporal significa
permitir que os alunos se apropriem de um conhecimento necessário a sua participação ativa e
leitura critica do mesmo. Essa visão se contrapõem aquela da técnica como um meio que
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permite ao atleta atingir seu rendimento máximo no gesto motor, em um fundamento. O
motivo da técnica, na visão do trabalho desenvolvido e aqui relatado, se desloca do resultado
esportivo, da busca desmedida da vitória, para a apreensão da expressão corporal como forma
de linguagem, para a compreensão das relações humanas.
Os conteúdos específicos de educação física são abordados por intermédio dos
elementos articuladores, visando um maior aprofundamento (com grau de complexidade
superior a serie anterior) e diálogo com as diferentes expressões do corpo.
Para analise critica dos alunos serão proposto o estudo dos elementos articuladores:
mídia, desportização, saúde (aspectos individuais e sociais), corpo e sociedade, lazer,
diversidade, tática e técnica, inovações tecnológicas se o mundo do trabalho, legislações
relativas a educação, educação física, esporte e lazer, acontecimentos atuais (mundiais,
nacionais e locais).
5.5 - AVALIAÇÃO
Para a avaliação da aprendizagem e desenvolvimento de forma atuada e consciente,
será utilizada avaliação diagnostica, que além de ser continua é no processo que ela tem a
característica de retomada dos conteúdos, usando o avanço e o crescimento do aluno que será
de forma global durante todas as aulas através dos critérios: interesse, participação,
organização para o trabalho cooperativo, respeito aos materiais, colegas e professores,
disciplina, conhecimento, integridade, socialização onde ampliara a compreensão dos alunos
para alcançar responsabilidade na trajetória a ser percorrida.
5.6 BIBLIOGRAFIA Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental (Secretaria de Estado
da Educação – Superintendência da Educação).
6 – DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO RELIGIOSO PARA ENSINO FUNDAMENTAL 6.1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino religioso como componente do sistema de ensino, é elemento integrante do
conjunto das disciplinas que estão a serviço do desenvolvimento harmônico de todas as
dimensões do ser humano.
É elemento qualitativo no desempenho do papel de favorecer o desabrochar da
dimensão religiosa do educando. A valorização da vida, respeito, diferença social. O ser
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94
qualificado como “religioso”, é submetido a uma área específica de atuação como “ensino”
está atrelado a um contingente escolar e pedagógico mais amplo.
6.2 - OBJETIVOS
• Compreender a base cultural sobre o sagrado, de modo a promover um espaço
de reflexão na sala de aula em relação a diversidade religiosa;
• Ampliar o conhecimento sobre a abordagem ampla dos conteúdos propostos da
disciplina;
• Atuar como estância articulada nos meios que proporcionam às gerações do
presente e do futuro, as razões d ser e de estar no mundo;
• Fortalecer as predisposições naturais de cada ser humano, em perceber a vida
como um dom gratuito e o mundo como um todo onde pensa, sente, decide e
age como alguém chamado a realizar aí um projeto existencial.
6.3 - METODOLOGIA
Os conteúdos devem ser enriquecidos pelo professor, desde que contribuam para a
construção, a reflexão, a socialização do conhecimento religioso, proporcionando assim
conhecimentos que favoreçam a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio
com o diferente.
6.4 - CONTEÚDOS
5ª Série:
1 Respeito à diversidade religiosa;
2 Lugares Sagrados;
3 Textos Orais e Escritos Sagrados.
6ª Série:
1 Universo simbólico religioso;
2 Ritos;
3 Festas Religiosas;
4 Vida e Morte.
6.5 - AVALIAÇÃO
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95
Mesmo na reprovando o aluno, a avaliação não deixa de ser um dos elementos
integrantes no processo educativo.
Cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar
o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe.
6.6 - BIBLIOGRAFIA Textos variados: de revistas, livros, jornais, tais como:
ASSINTEC – Equipe pedagógica.
CISALPIANO, Murilio. Religiões. São Paulo: Ed. Scipione. 1994.
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental (Secretaria de Estado
da Educação – Superintendência da Educação).
7 – DIRETRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO DE FÍSICA NO ENSINO MÉDIO 7.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física é a ciência básica da natureza e está presente em todos os momentos da nossa
vida, seja no simples ato de caminhar, no cair de um objeto, no bater das asas de um beija-flor
e até nas complexas leis que explicam a existência de fenômenos cosmológicos como os
buracos negros, as gigantes vermelhas e outros corpos celestes que fascinam os cientistas. A
compreensão dessa ciência nos habilita a explicar diversos assuntos que instigam a nossa
curiosidade de compreensão do mundo e mesmo fenômenos que nos passam despercebidos é
também elemento crucial para o entendimento da tecnologia que cada vez mais se faz
presente no dia-a-dia do cidadão.
Deste modo cresce a importância do ensino de física dentro do ensino médio, no
sentido de prover aos estudantes condições que lhes permitam não só comtemplar a beleza do
mundo que nos cerca, mas como também compreender que a ciência é resultado da
construção humana e como tal falível, podendo ser bem ou mal usada. Os antigos gregos
buscaram na física e em outras ciências o conhecimento que achavam que lhes permitiram
compreender o significado da vida. Os positivistas colocaram as ciências e entre elas a física
como solução de todos os problemas e de todos os males. O paradigma Newton-Cartesiano há
décadas subjuga as ciências e o seu ensino, levando a humanidade a um desenvolvimento
tecnológico que avança em progressão geométrica, isso faz com que ocorra a destruição do
meio ambiente consequência de um consumo desenfreado das reservas naturais do planeta.
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Cabe, portanto também a física como disciplina preparar os futuros cidadãos para uma
participação ativa na tomada de decisões que envolvam o desenvolvimento da ciência e da
tecnologia e as consequêcias benéficas ou maléficas que esse desenvolvimento trará para a
sociedade e para o mundo que nos cerca.
7.2 - OBJETIVOS GERAIS
• Contribuir para a formação de uma cultura científica, permitindo ao sujeito a
interpretação de fatos, fenômenos e processos naturais, e redimensionando sua relação com a
natureza em transformação.
• Criar condições pedagógicas para que o aluno compreenda que a atividade científica
não é uma produção de alguns “génios”, mas sim uma atividade humana, com acertos,
virtudes, falhas e limitações acessíveis a qualquer pessoa. Bem como capacitá-la a mensurar
grandezas conhecendo suas unidades e instrumentos de medida.
• Possibilitar a formação crítica, valorizando desde a abordagem de conteúdos até suas
implicações e a ética de seu desenvolvimento.
7.3 - METODOLOGIA
A maior dificuldade em possibilitar um determinado conhecimento é o como ensinar,
ou seja, qual metodologia mais adequada a ser utilizada no processo de ensino-aprendizagem.
A abordagem dos diversos temas propostos não pode se dar como se a física fosse um
ente abstrato, inacessível para a grande maioria dos seres humanos. Muito pelo contrário, o
fato de se tratar de uma ciência que estuda os fenômenos que nos cercam e permeiam o nosso
dia-adia nos permite afirmar que todos os seres humanos já possuem interpretações próprias
sobre esses fenômenos. Os professores devem então descobrir qual é essa interpretação e a
partir dela delinear ações pedagógicas para que o aluno compreenda o fenômeno envolvido,
iniciase com esta ação a avaliação diagnostica, esta avaliação pode se dar tanto por um
questionamento escrito como por debates, que poderão ser promovidos na sala de aula no
início da abordagem de cada tema proposto.
Poderão ainda ser utilizados, quando for o caso textos extraídos de livros didáticos,
sites de Internet, revistas informativas ou de cunho científico, recursos audio-visuais,
seminários e pesquisas feitas pelos alunos.
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97
Eventualmente, dependendo dos temas abordados e dos recursos disponíveis o aluno
será chamado a participar como elemento ativo de experimentos, onde o mesmo possa
observar o fenômeno e apresentar relatórios de suas conclusões.
7.4 - AVALIAÇÃO
A avaliação deve fornecer informações sobre o desenvolvimento do aluno e também
sobre a pratica pedagógica do professor, pois quando os resultados forem insatisfatórios
caberá ao professor buscar as causas do fracasso tomando as medidas necessárias para
reverter o quadro.
Dessa forma a avaliação será diagnostica e continua, iniciando-se sempre no início de
cada tema proposto, verificando-se o seu conhecimento prévio e suas opiniões sobre o assunto
e terá continuidade através da observação do desempenho do aluno na realização de trabalhos
individuais ou em grupo. Na elaboração de relatórios de experiências vivenciadas em sala de
aula ou em laboratório e finalizando, poderá haver avaliações escritas.
7.5 - CONTEÚDOS
1ª Série
Conteúdo Estruturante: Movimento
Conteúdo Específico: Momento e Impulso
Conservação de Momento e Energia
Leis de Newton
Mecânica de Fluidos
2ª Série
Conteúdo Estruturante: Termodinâmica
Conteúdo Específico: Termometria
Dilatação Térmica
Leis Zero da Termodinâmica
1ª e 2ª Leis da Termodinâmica
Conteúdo Estruturante: Oscilações
Conteúdo Específico: Ondas (Conceito, classificação, velocidade de propagação,
frequência, período)
Acústica (Som, fenômenos acústicos, aplicações)
3ª Série
Conteúdo Estruturante: Eletricidade
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Conteúdo Específico: Conceitos Básicos
Força Elétrica
Campo Elétrico
Trabalho e Potencial Elétrico
Corrente Elétrica
Resistores
Associação de Resistores
Geradores e Receptores
Conteúdo Estruturante: Eletromagnetismo
Conteúdo Específico: Magnetismo (Fenômenos magnéticos, substâncias magnéticas,
campo magnético, força magnética)
Óptica (Princípios fundamentais, reflexão e refração da luz)
7.6-BIBLIOGRAFIA Física/vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006 (Livro didático público)
Luz, Antônio M. R da. Álvares, Beatriz A. Física: volume único. São Paulo. Scipione, 2003.
Amaldi, Ugo. Imagens da Física. São Paulo. Scipione, 1995.
Bonjorno, Regina Azenha. Física Fundamental. São Paulo. FTD, 1993.
Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. Física 1, 2, 3/ GREF. São Paulo. Editora da
Universidade de São Paulo, 1990.
8 - DIRETRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO 8.1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A história e a natureza da Filosofia; A Filosofia e a questão do conhecimento; A
racionalidade; A verdade; O bom senso e o senso comum; Os campos de estudo e discurso da
Filosofia - O mito e a Filosofia; A teoria do conhecimento; A ética; A Filosofia Política; A
Filosofia da ciência; A Estética; A Metafísica e a lógica.
8.2 - OBJETIVOS GERAIS
Conformo as finalidades e objetivos da educação, apontadas pela LDB, a disciplina de
Filosofia deve promover, não somente, o domínio dos conteúdos necessários ao exercício da
cidadania, mas também, propiciar ao educando afirmar sua singularidade e problematizar seus
valores, para sua leitura e olhar mais consciente sobre a realidade e para sua critica e tomada
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de decisão. Mais ainda, deve levar os educandos a dialogar, julgar por si mesmos e confrontar
argumentos, já que o pensamento filosófico opera por conceitos e categorias do pensamento
que buscam articular a totalidade espaço – temporal e sócio – histórico em que se dá o
pensamento e a experiência humana.
8.3 - CONTEÚDOS
Dada a amplitude da Filosofia com seus conteúdos, sua história, seus filósofos e a
limitada oferta de aulas, se faz necessário para esta proposta curricular de Filosofia, optar pelo
trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que se
constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e
sociedades diferentes.
Tal opção irá propiciar a capacidade de dialogar de forma crítica com o presente. Os
conteúdos estruturantes se encontram presentes em todos os períodos da história da Filosofia
• Período antigo, medieval, moderno e contemporâneo. No entanto, cada período
trata tais conteúdos de forma diversa, daí a necessidade de promover a
comunicação entre os mesmos. Ademais, o ensino de Filosofia não deve ser
considerado, simplesmente, como ensino de conteúdos, mas sim, deve
promover a problematização, a investigação e a criação de conceitos a partir
dos problemas que cada conteúdo nos remete a pensar. Conteúdos:
• Mito e Filosofia: O que é mito? O que é Filosofia? A passagem do mito ao
lógos (Filosofia); As características culturais e sociais do local de nascimento
da Filosofia; A relação entre o pensamento mítico e o pensamento racional.
• Teoria do conhecimento: A importância do conhecimento; A origem, a
essência e a certeza do conhecimento; A verdade; O Idealismo, o Empirismo e
a Fenomenologia.
• Ética: O que é ética? O que é moral? Relação entre sujeito e norma; A ética e
os valores; Idéia de moral e sua relação com a ética; Liberdade e autonomia.
• Filosofia Política: O que é cidadania? O que é democracia? O que é a justiça?
O que é a igualdade e a liberdade? Estado e forma de governo; Estado,
sociedade e poder; Ideologia.
• Filosofia da Ciência: O que é Filosofia da ciência? O processo da ciência do
ponto de vista lógico, lingüístico, sociológico, político, filosófico e histórico; O
conhecimento cientifico como provisório ou definitivo; Os métodos da ciência.
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100
• Estética: O que é a estética? O que é o Belo? O que é a arte? Conceito de arte;
Realidade e sensibilidade; O conhecimento e a sensibilidade.
8.4 - METODOLOGIA
As aulas serão desenvolvidas por meio de unidades temáticas, sendo utilizado, além
dos conteúdos teóricos propostos, materiais auxiliares e atividades que visem desenvolver nos
educandos a reflexão autônoma e crítica. Permitindo, assim, a efetiva participação dos
mesmos no processo de ensino e aprendizagem. O processo de sensibilização ocorrerá através
de filmes, músicas, entre outros, o qual buscará instigar e motivar possíveis relações entre o
cotidiano do educando e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido, podendo, assim, aproximar
a questão filosófica (reflexão) o máximo possível da realidade do educando.
O contato com os problemas, os conceitos e os textos filosóficos desenvolverá nos
educandos a capacidade de argumentação, reflexão, o pensamento critico e a construção de
conceitos. A utilização dos textos filosóficos promoverá o entendimento das estruturas lógicas
e argumentativas, da precisão dos enunciados, do encadeamento das idéias e do caráter
fragmentário e imediatista do conhecimento. Para tanto, será necessário problematizar,
realizar leituras filosóficas, fazer analise dos problemas filosóficos, organizar debates, ou seja,
ensinar a pensar filosoficamente.
8.5 - AVALIAÇÃO
Avaliar no educando o domínio dos conteúdos filosóficos, a capacidade de dialogar de
forma crítica, a capacidade de reflexão, de raciocínio, de argumentação, de discernimento, de
problematização e de escrita.
8.6 - BIBLIOGRAFIA CHAUI, Marilena. Primeira Filosofia. SP: Editora Brasiliense, 1986.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 1997.
CHAUI, Marilena. Introdução à História da Filosofia. SP: Editora Brasiliense.
CHAUI, Marilena. Cultura e Democracia. SP: Editora Cortez, 2000.
MARÍAS, Julián. História da Filosofia. Porto: Edições Souza e Almeida.
REALI, Giovani. História da Filosofia. Vol. I, II e III. SP: Edições Loyola, 1993.
FOLSCHEID, Dominique. Filosofia. SP: Martins Fontes, 1997.
JAEGER, Werner. Paidéia. SP: Martins Fontes, 1995.
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Introdução à Filosofia. SP: Ed. Moderna, 1986.
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101
DURANT, Will. História da Filosofia: Vida e Idéias dos Grandes Filósofos. Tradução:
Godofredo Rangel e Monteiro Lobato. SP: Editora Nacional, 1956.
DURANT, Will. Os Grandes Pensadores. SP: Editora Nacional, 1968.
HORKHEIMER, Max. Filosofia e Teoria Crítica. SP: Editora Cultural, 1983.
LOCKE, John. Segundo Tratado Sobre o Governo. In: Dois Tratados Sobre o Governo.
Introdução, notas e aparato crítico: Peter Laslelt. Tradução: Júlio Fische. SP: Martins Fontes,
1998.
LALANDE, André. Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia. SP: Martins Fontes,1999.
9 - DIRETRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 9.1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A geografia é uma ciência que estuda as relações entre o homem e o espaço em que
vivemos. Através do estudo de Geografia pode-se compreender melhor a natureza e os
recursos que ela oferece, para então não agredi-la ao transformá-la. O estudo da geografia é
muito importante para que tenhamos capacidade de analisar, interpretar e criticar as relações
entre o homem e o espaço. Assim o conhecimento do espaço geográfico possibilita ao homem
organizá-lo de acordo com suas necessidades e interesses, visto que o espaço geográfico é a
inter-relação com a dimensão econômica, produção do/no espaço; a dimensão sócio-
ambiental; a dinâmica cultural demográfica e a questão da geopolítica.
9.2 - OBJETIVOS GERAIS
O ensino da geografia deve ser trabalhado com a perspectiva de elaborar os conteúdos
de maneira a articular os aspectos naturais, econômicos, sociais, políticos e culturais
interagidos em escalas geográficas nacional, global, local e as relações urbanas, mas,
buscando as abordagens dos conteúdos num espaço de análise crítica do objeto da geografia, o
espaço geográfico.
9.3 - METODOLOGIA
Propõe-se que os conteúdos sejam trabalhados de forma crítica e dinâmica,
interligando teoria e prática. Mantendo coerência dos fundamentos teóricos e utilizando a
cartografia como elemento primordial.
COLÉGIO ESTADUAL OLAVO BILAC – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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102
O desenvolvimento de habilidades será através de: leitura, interpretação de texto,
gráficos, mapas e fotografias, estabelecimento de relações entre informações, análise e
síntese, criticidade, representação do espaço, produção de gráficos, orientação e localização
de fatos e fenômenos. Não separar os fenômenos físicos dos humanos, atribuindo a todos uma
abordagem socioambiental e cultural.
9.4 - CONTEÚDOS
9.4.1 - Ensino Fundamental:
5ª Série
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
A produção do espaço geográfico;
Os tipos de mapas;
As coordenadas geográficas;
GEOPOLÍTICA
Espaço rural e espaço urbano;
Os fusos horários;
DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL
O sistema solar;
Os movimentos da Terra;
A bioesfera;
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA
Os pontos de orientação;
Os fusos horários;
6ª Série:
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
A produção econômica do espaço brasileiro;
GEOPOLÍTICA
A localização do Brasil e a Cartografia;
As regiões brasileiras;
DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL
Ecossistemas brasileiros – impactos ambientais;
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA
As origens culturais do povo brasileiro;
1 A dinâmica populacional brasileira;
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103
7ª Série
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
A dinâmica econômica do continente americano;
GEOPOLÍTICA
A organização do espaço mundial
DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL
A formação dos continentes;
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA
A dinâmica populacional do continente americano;
8ª série
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
Economia desigualdades sociais;
GEOPOLÍTICA
Globalização;
Blocos econômicos;
Guerra fria;
Estado, nção e território;
DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL
Desigualdades dos paises: norte e sul;
Conceito de espaço geográfico;
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA
Conflitos mundiais;
Economia e desigualdades sociais;
9.4.2 - Ensino Médio
1º ano
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
A utilização dos solos;
GEOPOLÍTICA
O uso dos recursos naturais;
DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL
Principais conceitos geográficos;
O estudo sócio-ambiental e econômico do Brasil
Estrutura interna da terra;
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Placas tectônicas;
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA
1 Evolução da Terra;
2º ano
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
Brasil: localização geográfica e fusos horários;
Divisão política administrativa e regional;
População brasileira: distribuição e estrutura;
Indicadores socioeconômicos;
GEOPOLÍTICA
População da Terra e suas diversidades;
I.D.H. índice de desenvolvimento humano;
DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL
A geografia como ciência;
Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras;
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA
Movimentos populacionais do Brasil;
Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras;
3º Ano
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
Problemas ambientais dos grandes centros urbanos;
Os grandes biomas terrestres;
GEOPOLÍTICA
Convenções mundiais sobre mudanças climáticas;
Economia mundial – os sistemas socioeconômicos;
Atual divisão do sistema global;
Blocos econômicos;
Globalização;
DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL
Introdução ao clima;
Fatores e elementos do clima;
Classificação climática geral e do Brasil;
Ecossistemas brasileiros – impactos ambientais;
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA
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Blocos econômicos;
9.5 - AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo ensino aprendizagem, por isso ela não deve ser
reduzida a um momento ou a um determinado período de tempo. Ela deve ser formativa,
diagnóstica e contínua, considerando que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagens diferentes.
Por isso deve se usar instrumentos que contemplem várias formas de expressão dos
alunos, como: leitura, interpretação e produção de textos, fotos e imagens, gráficos, tabelas e
mapas, pesquisas e relatórios, etc.
Em geografia, os principais critérios a serem observados na avaliação são a formação
dos conceitos geográficos e o entendimento das relações sócio-espaciais.
Para que isso aconteça o professor deve estabelecer as devidas articulações entre a
teoria e a prática e também compreender a concepção de ensino de geografia na perspectiva
crítica.
Finalmente, é necessário que os alunos sejam informados sobre os critérios e formas
de avaliação, pois, os mesmos têm como direito acompanhar toso o processo.
9.6 - BIBILIOGRAFIA Diretrizes curriculares da disciplina de geografia para a educação básica. Governo do Est. Do
Paraná. Versão preliminar, Julho 2006.
Castrogiovanni, Antonio Carlos ( org). Ensino de Geografia. Porto Alegre. Mediação, 2000.
Castrogiovanni, Antonio Carlos; Callai, Helena C.; Schaffer, Neiva O. ; Kaercher, Nestor A.
(org). Geografia em sala de aula. 2 ed. Porto Alegre. Ed. Da UFRGS 1999.
10 – DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 10.1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estudo da construção da sociedade brasileira remete ao conhecimento das
comunidades primitivas da América antes e após a chegada dos europeus, bem como a
organização das sociedades humanas em outros continentes possibilitando a apreensão de
conhecimentos que permitam o entendimento da realidade do aluno.
O ensino de História proposto a partir da pedagogia histórico-crítica pretende superar
os desafios, quais sejam: desenvolver o senso crítico, compreender as formas de produção do
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106
conhecimento e as relações estabelecidas pelas sociedades no decorrer do tempo, onde
professor e aluno são indivíduos produtores de conhecimento, possibilitando ao aluno pensar-
se como cidadão do seu tempo.
Para tanto, é preciso entender a História como produto do pensamento e da ação do
homem, de um conjunto da humanidade (uma produção não somente material) no decorrer do
tempo. Trata-se de um movimento contínuo, dinâmico, plural, uma vez que seu objeto são as
sociedades humanas no tempo e no espaço, a teia de relações que foram e são estabelecidas no
âmbito do poder, da cultura, do trabalho, etc.
Nessa direção, possibilitar os meios para que os alunos se compreendam enquanto
sujeitos do conhecimento e permitir-lhes o desenvolvimento da historicidade, da noção de
temporalidade, das mudanças e permanências na sociedade, onde o professor é o mediador
desse processo estabelecendo recortes para facilitar este estudo sem perder de vista a
totalidade.
Desse modo o ensino de História visa contribuir para a construção do conhecimento, o
respeito ao outro, a compreensão da diversidade étnico-cultural brasileira.
• A origem do homem e a formação das sociedades humanas no tempo e no espaço até o
Século XVI;
• A constituição do sistema colonial: contestação, mudanças, permanências e
independência do Brasil.
• A construção do Brasil Nação: os ideais de um projeto para o progresso do País;
• Do imperialismo do século XIX ao século XXI – o Brasil Nação, da construção da
modernidade à sociedade contemporânea.
10.2 - OBJETIVO GERAL
Desenvolver condições para que o aluno compreenda a constituição da sociedade
humana, sua trajetória e ações que causaram e causam transformações ou permanências no
meio em que ele vive, em sua forma de pensar e agir no decorrer do tempo.
10.3 - METODOLOGIA
Auxiliar na compreensão da construção do conhecimento histórico enquanto processo
contínuo, a partir do conhecimento do aluno, desenvolvendo a relação ensinoaprendizagem
através da pesquisa em livros didáticos, periódicos, documentos, entre outras fontes,
utilizando o método dialético e a aula expositiva onde a pedagogia histórico-crítica propicia
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ao professor a elaboração de meios e alternativas que possibilitem ao aluno construir o
conhecimento para compreender a realidade em que está inserido sem perder de vista que as
relações estabelecidas no decorrer do tempo pelas sociedades humanas que se alteram em
cada contexto histórico exercendo influência sob outra forma de relação seja social, política,
econômica ou cultural.
Nessa direção, o professor procura estabelecer uma relação interdisciplinar, onde se
apropria do conhecimento de outras áreas do saber para possibilitar o estudo e entendimento
do aluno.
Desenvolver projetos interdisciplinares ou possibilidades de relações possíveis com
outras disciplinas (quando uma disciplina oferece subsídios para uma outra) contribuindo na
construção do conhecimento dialógico entre as disciplinas.
10.4 – CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE
* A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO:
- O historiador e a produção do conhecimento histórico.
- Tempo e temporalidade.
- Fontes históricas: escrita e não escritas.
- Patrimônio material e imaterial.
- A história e as outras áreas do conhecimento: Antropologia, Arqueologia,
Paleontologia, Geologia, Sociologia, Etnologia, Economia, Biologia, Geografia, entre outras.
* A HUMANIDADE E A HISTÓRIA:
- De onde viemos? Quem somos?
- A origem do homem.
- Mitos e lendas sobre a origem do homem.
- Teorias sobre o surgimento do homem no Continente Americano.
- Repensar o conceito: Pré-História, Pré-História brasileira: fósseis.
- História oral e local: memória e sociedade.
* AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES: ÁFRICA, ÁSIA, EUROPA:
- Os berberes, Egito, Núbia.
- Mesopotâmia, Hebreus, Fenícios, Persas.
- Índia, China, Japão.
- Grécia, Roma.
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108
* OS REINOS E SOCIEDADES AFRICANAS ANTES E DEPOIS DO CONTATO
EUROPEU:
- Etiópia, Congo, Ghana, Mali, Songhai. Mossis, Benin, Bosquímanos, Hotentotes,
entre outros.
- Sociedade e Cultura.
- Política e Economia.
- Religiosidade e Tradições.
* AS CIVILIZAÇÕES E POVOS DO CONTINENTE AMERICANO:
- Os povos indígenas norte-americano.
- Astecas, Maias, Incas.
* ARQUEOLOGIA NO BRASIL:
- Sítios arqueológicos.
- Sambaquis.
* POVOS INDÍGENAS: O BRASIL ANTES DA CHEGADA DOS EUROPPEUS:
- Indígenas brasileiros: potiguares, Caetes, Tupinambás, Tamoios, entre outros.
- Indígenas paranaenses: Kaingang, Guarani, Xetá, Xokleng.
* PENÍNSULA IBÉRICA NOS SÉCULOS XIV E XV:
- A Reconquista.
- Religiões: Cristianismo, Islamismo, Judaísmo.
- O comércio de especiarias e artigos exóticos.
- A chegada dos europeus à América.
* OUTRAS CULTURAS, OUTROS OLHARES:
- O choque entre as culturas indígena e européia.
- Resistência e dominação.
- Escravização indígena: mão-de-obra.
- Catequização: “civilizar pela fé”.
* A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE NAS TRÊS
- América franco-inglesa.
- América espanhola.
- América portuguesa.
- A organização político-administrativa colonial no Brasil: capitanias hereditárias,
sesmarias.
- A mão-de-obra escrava: da África para o Brasil.
- Economia: pau-brasil, cana-de-açúcar, erva mate, mineração.
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109
- Uma cultura, três elementos: indígena, europeu, africano.
6ª SÉRIE
* A EXPANSÃO E CONSOLIDAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASIL:
- As missões jesuíticas.
- As bandeiras.
- As invasões estrangeiras.
* O SISTEMA COLONIAL: ECONOMIA ESCRAVISTA
- Relações de trabalho: escravidão e trabalho livre.
- O tráfico de escravos.
- o escravo como mercadoria.
* A COLONIZAÇÃO DO PARANÁ:
- Sociedade e Cultura.
- Política e Economia.
* MOVIMENTOS DE CONTESTAÇÃO:
- As revoltas nativistas e separatistas.
- Revolta de Beckman.
- Guerra dos Emboabas.
- Guerra dos Mascates.
- A Revolta de Felipe dos Santos.
- Inconfidência Mineira.
- Conjuração Baiana.
- Os Quilombos.
* A CONSOLIDAÇÃO DOS ESTADOS EUROPEUS E A REFORMA
POMBALINA:
- Reforma e Contra-Reforma.
- Iluminismo.
* A INDEPENDÊNCIA DAS TREZE COLÔNIAS INGLESAS:
- A exploração inglesa.
- A busca de autonomia.
- Colônias de povoamento e exploração: os dois lados da moeda.
- O fim do domínio colonial da Inglaterra.
* A REVOLUÇÃO FRANCESA:
- A queda do Antigo Regime.
- Idéias que se espalharam fora da Europa.
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- Invasão napoleônica na Península Ibérica.
- O Bloqueio Continental.
* A VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL:
- A abertura dos portos e o tratado de 1810.
- A elevação da colônia a Reino Unido.
- Desenvolvimento urbano e cultural.
* O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA LATINA:
- Colônias Espanholas.
* A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL:
- O retorno de Dom João VI a Portugal.
- O Primeiro Império e o governo de Dom Pedro I.
- A Constituição de 1824.
- A unidade territorial e a permanência das estruturas coloniais.
- A Confederação do Equador e a Província Cisplatina.
- O Período Regencial.
- As revoltas regenciais: Cabanagem, Revolução Farroupilha, Sabinada, Balaiada,
Revolta dos Malês.
- O índio e o negro na sociedade atual.
7ª SÉRIE
* O SEGUNDO IMPÉRIO: O GOVERNO DE DDM PEDRO II:
- A construção da Nação.
- O Instituto Histórico Geográfico Brasileiro.
- O fim do tráfico: crise do sistema escravista.
- Economia: latifúndio, braço escravo e a riqueza do país: o café.
- Lei de Terras, Lei Euzébio de Queirós – 1850.
- Movimentos Messiânicos: Canudos e Contestado.
- A Imigração Européia: um projeto, duas urgências:
- substituição do braço escravo;
- núcleos coloniais (desenvolvimento, miscigenação, branqueamento da população),
Promotores de progresso e civilidade.
- Movimento abolicionista.
* REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:
- Produção e Relações de Trabalho.
* A GUERRA DO PARAGUAI
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111
* PARANÁ: EMANCIPAÇÃO POLÍTICA - 1853:
- Sociedade e organização político-administrativa.
- Núcleos coloniais europeus.
- Desenvolvimento econômico.
- Os povos indígenas e a terra indígena.
- Uma cultura, vários elementos.
* PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA:
- Os primeiros anos da República.
- A Constituição Republicana.
- Sociedade e política.
- Economia e Cultura.
- A República oligárquica.
* IMPERIALISMO NO SÉCULO XIX:
- A partilha da África e da Ásia.
- Separatismo e Apartheid.
- América Latina e imperialismo norte-americano.
8ª SÉRIE
* A REFORMA URBANA DO RIO DE JANEIRO:
- A capital do progresso.
- Outros tempos, outras revoltas: Vacina, Chibata, Tenentismo, Coluna Prestes, etc.
* PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL:
- A política de alianças.
- O conflito.
- Os tratados de paz.
- A participação do Brasil.
* A REVOLUÇÃO RUSSA:
- A Sociedade, a política e a economia.
- A revolução de 1917.
- Bolcheviques e Mencheviques.
- A ditadura do proletariado.
- Formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
* A DÉCADA DE 1920 NO BRASIL E NO MUNDO:
- Sociedade e organização político-administrativa.
- Produção cultural e critica social.
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- Economia.
- Crise de 1929.
* A REVOLUÇÃO DE 1930 E A ERA VARGAS (1930 a 1945).
- Leis trabalhistas.
- Industrialização, trabalho e desenvolvimento.
- O trabalho: disciplina e ordem.
- A mulher: o direito ao voto.
* O POPULISMO NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA:
- Integralismo.
* OS REGIMES TOTALITÁRIOS:
- Nazismo e Fascismo.
- A expansão dos regimes totalitários.
* SEGUNDA GUERRA MUNDIAL:
- Política de alianças.
- O conflito.
- O fim da guerra.
- A participação do Brasil.
* A GUERRA FRIA:
- A bipolarização do mundo.
- O muro de Berlim.
* O REGIME MILITAR NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA:
- Revolução Cubana.
- Chile: a deposição de Salvador Allende.
- O golpe militar no Brasil (1964).
- Repressão, censura e os meios de comunicação.
- Produção cultural.
- Futebol: o uso ideológico – o despertar da Nação.
* O PARANÁ DOS ANOS 50 À ATUALIDADE:
- Os governos e a estatização no Estado.
- Movimentos sociais no campo e na cidade.
- As populações indígenas.
- Sociedade e Política.
- Economia e Cultura.
- A Usina de Itaipu.
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113
* MOVIMENTOS SOCIAIS, CULTURAIS E CONTESTAÇÃO:
- Europa.
- África.
- América.
- Ásia.
* DESCOLONIZAÇÃO:
- África.
- Ásia.
* O FIM DA GUERRA FRIA:
- A queda do muro de Berlim.
- A dissolução do socialismo.
- A unificação da Alemanha.
* GLOBALIZAÇÃO:
- MERCOSUL.
- ALCA.
- OTAN, entre outros.
* ATUALIDADE:
- A sociedade brasileira.
- O Oriente Médio.
- A América Latina.
- Desenvolvimento, exploração, consciência, conservação, ecologia: preservar para
conhecer e usufruir.
10.5 - AVALIAÇÃO
Considerando a avaliação uma prática processual em que o indivíduo está inserido
num contexto mutável, a avaliação ocorrerá a partir da produção individual e coletiva que
poderão ser manifestadas pela compreensão da construção do conhecimento através dos
objetivos estabelecidos de acordo com os temas.
10.6 – ENSINO MÉDIO
A História tem como objeto de estudo os processos históricos e as relações umanas
praticadas no decorrer do tempo, bem como os sentidos que os indivíduos deram às esmas em
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114
sua forma de pensar e agir, possibilitando reflexões a cerca dos contextos istóricos em que os
saberes foram e são produzidos.
Nesse sentido, a história é produto do pensamento e da ação do Homem, do onjunto da
humanidade ao longo do tempo e do espaço, considerando-a como um ovimento contínuo,
dinâmico e plural, onde os sujeitos históricos atuam.
Assim, estudar e compreender a teia de relações que foram e são estabelecidas no
mbito do poder, da cultura e do trabalho é uma questão sine qua nom para que os alunos se
ompreendam enquanto indivíduos possibilitadores de mudanças ou permanências que
aracterizam as sociedades de outros e de seu tempo.
Nessa perspectiva, ao propor para o Ensino Médio a formação de um aluno
esquisador, busca-se através do estudo da História construir a identidade das sociedades
studadas, bem como a sociedade brasileira, fruto da diversidade étnico-cultural, favorecendo
construção do conhecimento através do estudo/análise de fontes, que não somente o livro
idático.
Nessa direção, o professor é o agente mediador desse processo de construção do
onhecimento, apropriando-se dos conhecimentos de outras áreas do saber para facilitar a
prendizagem do aluno caracterizando assim a interdisciplinaridade como meio da ompreensão
do estudo/conteúdo para o aluno.
* As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: da ntigüidade ao
Século XV - A organização da sociedade e as relações que se estabeleceram m seu interior.
Como se organizou o trabalho?
* As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: do Século XV o
Século XIX – Como estas relações foram estabelecidas? Houve mudanças ou ermanências?
* As relações de Trabalho, Cultura e Poder no Tempo e no Espaço: do Século XIX
Atualidade – O que mudou nessas relações? Como estamos inseridos nelas?
10.6.1 - OBJETIVO GERAL
Possibilitar ao aluno meios para que o mesmo possa construir o conhecimento para
entender as mudanças e as permanências nas sociedades no decorrer do tempo e do espaço em
todos os seus aspectos, de modo a compreender-se como sujeito histórico e agente do
processo histórico.
10.6.2 - METODOLOGIA
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115
Utilização do método dialético e da aula expositiva, de modo a possibilitar através dos
conteúdos a construção do conhecimento para compreender a realidade a qual os alunos estão
inseridos, atuando o professor como mediador de possibilidades e produção através da
pesquisa, entendimento e compreensão para análise da sociedade em todos os seus aspectos.
Nesse sentido, deve-se considerar que a pedagogia histórico-crítica possibilita ao
professor a elaboração de instrumentos que levem o aluno a construir o conhecimento e ainda
essa pedagogia valoriza o saber historicamente acumulado pelos Homens permitindo o
entendimento de novos conhecimentos e possibilitando a percepção de que as relações
construídas no passado exercem influência ainda na atualidade embora em contextos
históricos diferentes.
Desenvolver projetos interdisciplinares ou possibilidades de relações possíveiscom
outras disciplinas (quando uma disciplina oferece subsídio para uma outra), contribuindo na
construção do conhecimento dialógico entre as disciplinas.
10.6.3 - CONTEÚDOS
* A ANTIGÜIDADE ORIENTAL:
- Sumérios, Babilônios, Persas, Fenícios, Hebreus,etc.
* EGITO:
- Sociedade e Cultura.
- Política e Economia.
* REINOS E SOCIEDADES AFRICANAS ANTES E DEPOIS DO CONTATO
EUROPEU:
-Etiópia, Congo, Ghana, Mali, Songhai, Mossis, Benin, Bosquímanos, Hotentotes.
-Sociedade e Cultura.
-Política e Economia.
-Religiosidade e Tradições.
*ANTIGÜIDADE CLÁSSICA:
- Grécia:
- Berço da Civilização e da Democracia.
- Sociedade e Cultura.
- Política e Economia.
- Religiosidade.
- Roma:
- Lenda e Realidade.
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- Sociedade e Cultura.
- Política e Economia.
- A construção de um Império.
- A desagregação do Império Romano.
* BIZÂNCIO:
- O Império Romano do Oriente.
- A prosperidade da Cultura.
- A cristandade dividida: o cisma do Oriente.
- A conquista de Constantinopla:1453.
* O ISLÃ:
-Uma cultura diferente.
- Sociedade e Cultura.
- Política e Economia.
- Religiosidade e Tradição.
* A IDADE MÉDIA:
- Período de Trevas ou uma nova organização da sociedade?
- As invasões bárbaras.
- A ruralização da economia.
-A fragmentação do poder.
- A sociedade feudal.
- O feudo: unidade de produção auto-suficiente.
- A servidão.
- A Igreja medieval e o poder.
- Tribunais da Inquisição.
- As Cruzadas: a reconquista da Terra Santa.
- A Baixa Idade Média: renascimento comercial e urbano.
- A Cultura Medieval: educação, filosofia, literatura, música, arquitetura e ciência.
* O ESTADO MODERNO:
- A centralização do Poder.
- O absolutismo monárquico.
- As Monarquias Nacionais: Portugal, Espanha, França e Inglaterra.
* O RENASCIMENTO:
- A origem do Renascimento.
- O homem renascentista.
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- Elementos do Renascimento: individualismo, materialismo, concorrência, divisão
social do trabalho, racionalismo.
- Renascimento Científico.
- Grandes nomes do Renascimento na Itália e em outros países europeus.
* A REFORMA E A CONTRA-REFORMA:
- Mentalidade e Religiosidade.
- Os valores burgueses.
- Martim Lutero, Jean Calvino, Henrique VIII: a Reforma Anglicana.
- A reação da Igreja Católica.
- A Ordem dos Jesuítas/Companhia de Jesus.
- A volta do Tribunal do Santo Ofício.
* AS CIVILIZAÇÕES E POVOS DO CONTINENTE AMERICANO:
- Os povos indígenas norte-americanos.
- Astecas, Maias, Incas.
- Povos indígenas brasileiros e paranaenses.
* A CONQUISTA DA AMÉRICA:
- A chegada dos europeus à América.
- Outras culturas, outros olhares.
- O choque entre as culturas indígena e européia.
- Resistência e dominação.
- Escravização indígena.
- Catequização: “civilizar pela fé”.
* A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE NAS TRÊS AMÉRICAS:
- América Franco-inglesa.
- América Espanhola.
- América Portuguesa.
* O MERCANTILISMO:
- O comércio de especiarias e artigos de luxo.
- A política econômica do Estado.
- Os princípios mercantilistas.
- Os tipos de mercantilismo.
* O SISTEMA COLONIAL:
- A Exploração Colonial: garantir a posse da terra.
- a Exploração Colonial: inglesa, francesa, espanhola e portuguesa.
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- Colônias de povoamento e colônias de exploração.
- A empresa açucareira.
- A mão de obra compulsória: o negro.
- O tráfico negreiro.
- A administração colonial e o pacto colonial.
- O domínio espanhol e a expansão do território brasileiro.
- O Paraná no contexto da colonização do Brasil.
* O ILUMINISMO:
- O Século das Luzes: o pensamento burguês.
- Sociedade e Cultura.
- Política e Economia.
- Os déspotas esclarecidos.
- As idéias iluministas no Brasil.
* REVOLUÇÃO INGLESA:
- Origens da Revolução.
- O processo revolucionário.
- O rompimento entre o Rei e o Parlamento: derrota do absolutismo.
* REVOLUÇÕES BURGUESAS:
- revolução Industrial.
- Produção e relações de trabalho.
* INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS:
- A exploração inglesa.
- A busca de autonomia.
- Colônias de povoamento e de exploração: os dois lados da moeda.
- O fim do domínio colonial da Inglaterra.
* REVOLUÇÃO FRANCESA:
- A queda do Antigo Regime.
- Idéias que se espalharam fora da Europa.
- Invasão Napoleônica na Península Ibérica.
- O Bloqueio Continental.
* A VINDA DA FAMÍLIA REAL PARA O BRASIL:
- A abertura dos portos.
- A elevação da colônia a Reino Unido.
- O desenvolvimento urbano e cultural.
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* A INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA:
- Sociedade e Cultura.
- Política e Economia.
* O BRASIL NO SÉCULO XIX:
- A Independência do Brasil.
- O retorno de D. João a Portugal.
- O Primeiro Reinado: o governo de D. Pedro I.
- A Constituição de 1824.
- A unidade territorial e a permanência das estruturas coloniais.
- A Confederação do Equador e a Província Cisplatina.
* O PERÍODO REGENCIAL:
-O governo das Regências: Trina e Uma.
* AS REVOLRTAS REGENCIAIS:
- Cabanagem, Revolução Farroupilha, Sabinada, Balaiada, Revolta dos Malês.
* O SEGUNDO IMPÉRIO: governo de D. Pedro II.
- A construção da Nação.
- O fim do tráfico: crise do sistema escravista.
- Economia: latifúndio, braço escravo e o café.
- Lei de Terras, Lei Eusébio de Queirós – 1850.
- A imigração Européia – um projeto duas urgências:- substituição do braço escravo e
os núcleos coloniais (desenvolvimento, miscigenação e branqueamento da população)
promotores de progresso e civilidade. (desenvolvimento, miscigenação e branqueamento da
população)
- Uma Sociedade/Nação, três elementos: o índio, o europeu e negro.
- Movimento Abolicionista.
- A Guerra do Paraguai.
* PARANÁ: EMANCIPAÇÃO POLÍTICA – 1853.
- Sociedade e organização político-administrativa.
- Núcleos coloniais europeus.
- Desenvolvimento econômico.
- Os povos indígenas e a Terra indígena.
- Uma cultura, vários elementos.
* UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA E DA ALEMANHA:
- Sociedade e Cultura.
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-Política e Economia.
* O IMPERIALISMO NO SÉCULO XIX:
- Potências Européias.
- Neocolonialismo.
- A partilha da África e da Ásia: separatismo e apartheid.
- A América Latina e o Imperialismo norte-americano.
* O BRASIL – REPÚBLICA VELHA:
- Os primeiros anos da República.
- A Constituição Republicana.
- Sociedade e Cultura.
- Política e Economia.
- A República Oligárquica.
- Revoltas na República Velha.
- Movimentos Messiânicos: Canudos e Contestado.
* A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL:
- A Política de alianças.
- Questão: Marroquina e Balcânica.
- O Conflito.
- Os tratados de paz.
- A participação do Brasil na guerra.
* A REVOLUÇÃO RUSSA:
- Sociedade e Cultura.
- Política e Economia.
- O ensaio de 1905.
- A Revolução de 1917.
- Bolcheviques e Mencheviques: idéias de uma nova sociedade.
- A ditadura do proletariado.
- A formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
* A CRISE DE 1929:
- A década de 1920: produção cultural e crítica social.
- Superprodução econômica.
- Quebra da bolsa de valores de Nova York.
- A repercussão da crise na Europa e no Brasil.
* REGIMES TOTALITÁRIOS:
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- Nazismo.
- Fascismo.
- A expansão dos regimes totalitários: Espanha e Portugal.
- A recuperação econômica.
* A ERA VARGAS:
- A revolução de 1930 e a era Vargas (1930 – 1945).
- Leis trabalhistas.
- Industrialização, trabalho e desenvolvimento.
- Trabalho: disciplina e ordem.
- A mulher, o índio e o negro na sociedade brasileira.
- O populismo na América Latina.
* A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL:
- A política de alianças.
- O conflito.
- O fim da guerra e a fundação da ONU.
- A participação do Brasil.
- O mundo pós-guerra.
* GUERRA FRIA:
- A bipolarização do mundo.
- O muro de Berlim.
- Revolução chinesa, Guerra da Coréia, Revolução Cubana.
* O BRASIL PÓS-GUERRA:
- O fim do Estado Novo.
- De Dutra a João Goulart.
* O REGIME MILITAR (1964 a 1984).
- Liberdade vigiada.
- As canções de protesto.
- O milagre econômico.
- Diretas já.
- Novo período democrático.
* DESCOLONIZAÇÃO:
- África.
- Ásia.
* O FIM DA GUERRA FRIA: uma nova ordem.
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- A queda do muro de Berlim.
- A desagregação da URSS e a “hegemonia norte-americana”.
* ATUALIDADE:
- Novos conflitos, velhas lutas, muitos interesses.
- O Oriente Médio.
- A América Latina.
- O Brasil, a globalização, a ALCA, o MERCOSUL, a OTAN, entre outros.
- Desenvolvimento, exploração, consciência, conservação, ecologia: preservar para
conhecer e usufruir.
* A SOCIEDADE BRASILEIRA:
- Índios, brancos, negros e mestiços: somos todos brasileiros.
- Religiosidade e tradições.
- O Brasil e as culturas regionais.
10.6.4 - AVALIAÇÃO Considerando a avaliação uma prática processual e que o indivíduo está inserido num contexto mutável a avaliação ocorrerá a partir da produção individual e coletiva que poderão ser manifestadas pela compreensão da construção do conhecimento através dos objetivos estabelecidos de acordo com os temas. 10.7 - BIBLIOGRAFIA AGUIRRE ROJAS, Carlos Antonio. Os Annales e a Historiografia Francesa: tradições e críticas de Marc Bloch a Michel Foucault. Maringá: EDUEM, 2000. - BITTENCOURT,Circe (org). O Saber Histórico na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 2002. - BURKE, Peter. A Escrita da História. São Paulo: Unesp, 1992. _______Uma História Social do Conhecimento: de Gutemberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. - CARDOSO, Ciro Flamarion;VAINFAS,Ronaldo(orgs).Domínios da História. Campinas: Campus, 1997. - CHARTIER, Roger. “-O Mundo como Representação” Estudos Avançados 11(5),1991. ------A Aventura do Livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora UNESP/Imprensa Oficial do Estado, 1999. - COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 1997. - DOSSE, François. A História em Migalhas. São Paulo: Ensaio, 1994. - ELLIAS, Norbert. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993/1994, 1v e 2v. - FONTANA e LÁZARO. Josep. Análise do passado e projeto social. Bauru, SP: EDUSC, 1998. - GAPARIN, J.L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas. Autores Associados, 2002.
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- GIORDANI, Mário Curtis. História da África Anterior Aos Descobrimentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985. - GINZBURG, Carlo. O Queijo e os Vermes: o cotidiano e as idéias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. -------------Mitos, Emblemas, Sinais: morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. - MESGRAVIS, Laima. PINSKY, Carla Bassanezi. natureza O Brasil que os Europeus encontraram: a, os índios, os homens brancos. São Paulo: Contexto, 2000. - HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. -------------Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. - LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1996. - RODRIGUES, Jaime. O Infame Comércio: propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil (1800-1850). Campinas, SP: Editora da UNICAMP/CECULT, 2000. - THOMPSON, E.P. Costumes em Comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. - SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. São Paulo: Ática, 2006. - STAROBINSKI, Jean. As Máscaras da Civilização: Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. - VASCONCELOS, Celso. Avaliação da Aprendizagem: práticas de Mudanças – por uma práxis transformadora. São Paulo: Libertard,1998. - VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1994. - Coleção Memória da Pedagogia, nº2; Liev Seminovich/ Editor Manuel da Costa Pinto; [colaboradores Adriana Lia Frizman et al].Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Segmento Dueto, 2005. - Coleção Memória da Pedagogia, nº6 Educação no Século XXI: perspectivas e tendências/Editor Manuel Costa Pinto; [colaboradores Moacir Gadotti et al]. Rio de Janeiro: Relume Dumar: Ediouro; São Paulo: Segmento-Duetto, 2006. 11 - DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA (INGLÊS) PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 11.1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil, bem como o cenário do seu currículo, sofrem constantes interferências na sua organização social, no decorrer da história. Desde o início da colonização do território brasileiro houve a preocupação do estado em promover a educação com o objetivo de facilitar o processo de dominação e promover a expansão do catolicismo. Neste contexto, a língua ensinada era o latim. A partir de então, inúmeros fatos políticos e interesses de alguns grupos levaram a alternâncias da língua estrangeira. Criou-se a cadeira para o inglês, o francês, o alemão, o italiano e o espanhol. Em 1931, a reforma Francisco de Campos, atribuiu à escola secundária a responsabilidade pela formação geral de preparação para o ensino superior. A partir daí foi criado o primeiro método de ensino de Línguas: O Método Direto. Após a segunda guerra mundial a dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos intensificou-se e com isso a “necessidade” de aprender-se inglês tornou-se cada vez maior.
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Em 1976, professores insatisfeitos com as reformas no ensino de Línguas organizaram movimentos em prol da pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas públicas. Em virtude dessas mobilizações a secretaria de Estado de Educação criou os centros de Línguas Estrangeiras Modernas como forma de valorização étnica. Atualmente, os CELENS estão presentes em mais de 300 estabelecimentos de ensino, ofertando aulas de Francês, Espanhol, Alemão, Italiano, Japonês e Ucraniano. A partir de 1970 surge a abordagem comunicativa em decorrência de uma demanda político-social. Tal abordagem concebe a língua como instrumento de comunicação. A partir de 1990, ela passa a ser criticada por adeptos à Pedagogia Crítica. Em 2005, atendendo novamente a interesses políticos-econômicos foi criada a lei 11.161 de 05 de agosto de 2005, que decreta a obrigatoriedade da oferta da língua espanhola nos estabelecimentos de ensino médio. A oferta sendo obrigatória para a escola, mas a matrícula facultativa para o aluno. Sendo que os estabelecimentos de ensino têm cinco anos para implementá-la. 11.2 - OBJETIVOS GERAIS 1 Contemplar relações com a cultura, a ideologia, o sujeito e a identidade. 2 Ensinar sobre percepções de mundo e maneiras de construir sentidos. 2 Formar subjetividades. 3 Interagir entre professores e alunos, através de representações e visões de mundo que vão sendo reveladas no dia-a-dia. 4 Conduzir os alunos a uma análise das questões da nova ordem global, suas implicações e desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade. 5 Voltar-se para a formação básica do cidadão no Ensino Fundamental e para a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos do Ensino Médio com vistas ao prosseguimento de seus estudos. 6 Compreender criticamente a sociedade, com vistas à sua transformação, de forma a superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino desta disciplina. 7 Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem as possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a LE e: a inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades transformadoras. 8 Possibilitar aos alunos uma comunicação que atravesse fronteiras geopolíticas e culturais, pois as sociedades contemporâneas não podem sobreviver isoladas. 9 Incluir socialmente os alunos, através de situações significativas de produção. 10 Proporcionar a consciência sobre o que é língua e suas potencialidades na interação humana, alargando horizontes e expandindo suas capacidades interpretativas e cognitivas. 11.3 - CONTEÚDOS POR SÉRIE – ANO- ENSINO FUNDAMENTAL - Leitura - Oralidade - Escrita - Gramática contextualizada Os níveis de organização lingüística (fonético-fonológico, léxico-semântico e de
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sintaxe) devem servir ao uso da linguagem na compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não verbal. Esses níveis serão trabalhados a partir de textos com fins educativos, apresentando possibilidades de tratamento em sala de aula de assuntos polêmicos adequados à faixa etária e com diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística. Os textos devem ser capazes de: possibilitar o trabalho com a língua em situações de comunicação oral e escrita, possibilitar relações entre ações individuais e coletivas, abranger significados sociais e historicamente construídos, abranger o papel das línguas e a diversidade lingüística e cultural. 11.4 - METODOLOGIA Desenvolver um trabalho visual, oral e cognitivo partindo do texto. A interpretação dever ser desenvolvida, através da intra e da inter línguas, do conhecimento de mundo e da abstração e da reflexão. Livro didático, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVDS, fitas de áudio, CDROMS, internet, entre outros, poderão ser usados para o desenvolvimento do domínio lingüístico que o aluno possa vir a ter, de forma critica, observando as diferentes leituras que podem haver partindo de um mesmo texto. 11.5 AVALIAÇÃO A avaliação deve superar o aspecto punitivo e de controle. Para tanto, deve haver coerência entre a própria avaliação, a concepção de língua e os objetivos de ensino com o processo de ensino e de aprendizagem. Sugere-se portfólios para que a avaliação tenha um caráter diagnóstico e formativo. 11.6 - BIBLIOGRAFIA BRASIL. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação, Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para Ensino Fundamental.2006 11.7 - ENSINO MÉDIO O conhecimento da língua estrangeira hoje se faz necessária, porque contribui para o desenvolvimento social e cultural do aluno. Para que possa efetuar estudos posteriores mais complexos e para que ingresse mais preparado na vida profissional, tendo ciente que nessa sociedade capitalista globalizada se faz necessário conhecer outras línguas. 11.8 -OBJETIVOS GERAIS 1 Levar o aluno a compreender que no mundo atual o conhecimento de língua inglesa torná-se imprescindível, pois contribui para o seu desenvolvimento: psicológico, social, cultural e afetivo. Proporcionando-lhe conhecimentos gerais que lhe permitam efetuar estudos posteriores mais complexos ou encaminhar-se para o trabalho voltado para o sistema global. 2 Orientar o aluno para que perceba que conhece o inglês, visto que o mesmo se depara diariamente com termos em inglês inseridos no vocabulário da língua portuguesa e em produtos diversos (higiene, alimentos, roupas, etc). 3 Despertar o interesse do aluno pelo conhecimento da língua bem como pela cultura de outros povos, para que ele seja capaz de comparar ou contrastar essa cultura com a sua.
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11.9 - METODOLOGIA Para a leitura compreensão, apresentar o texto, fazer a leitura oral, destacar os vocábulos desconhecidos, discutir o texto através de debates ou perguntas feitas pelo professor que possam levar o aluno a encontrar a idéia principal do texto. Em textos que apresentam temas culturais, levar a discusão sobre os costumes e modos de outros povos e fazer a comparação com os nossos. Para textos publicitários, discutir e levar o aluno a compreensão da mensagem que esse pretende transmitir. A gramática é trabalhada dentro do texto com apresentação, discussão e compreensão de regras básicas. Para a apresentação e leitura de um texto, levar em consideração o que o aluno já conhece, os conceitos que ele tem a respeito do assunto e levá-lo a apresentar sua opinião, interagindo com os demais colegas. 11.10 - CONTEÚDOS 1ª Série 1 Revisão dos conteúdos básicos (gramática contextualizada); 2 Verbo to be (presente e passado); 3 Verbo there to be (presente e passado); 4 Presente progressivo _ presente; 5 Presente simples; 6 Adjetivos possessivos; 7 Passado simples. 2ª Série 1 Revisão contextualizada; 2 Passados simples – verbos regulares e irregulares; 3 Pronomes possessivos; 4 Caso possessivo; 5 Passado progressivo; 6 Future simples; 7 To be going to (future); 8 To be going to (passado). 3ª Série 1 Presente perfeito – Present perfect; 2 Passado perfeito - Past perfect; 3 Pronomes reflexivos; 4 Verbos modais; 5 Preposições. 6 Leitura e compreensão textual; 7 Noção de gramática (tempos verbais, preposições, artigos, numerais, etc). 8 Conversação, listening and talking. 9 Produção de pequenos textos; 10 Compreensão de textos originais, como propagandas, humor, biografias, etc. 11 Apresentação do texto não verbal, fazer inferências, discutir as possibilidades (problematizar) e buscar as respostas para depois encontrar no texto verbal a compreensão e reflexão da mensagem. 11.11 - AVALIAÇÃO
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- Ter ciência do conhecimento adquirido pelo aluno como leitura, compreensão e produção de pequenos textos; - Diagnosticar as dificuldades apresentadas e retomar os conteúdos em dinâmicas diferenciadas; 1 A avaliação servirá para repensarmos nossa prática pedagógica, identificar os pontos falhos e retomar o aprendizado. 11.12 - BIBLIOGRAFIA Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna Para o Ensino Médio. Versão Preliminar – julho-2006. 12 - DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 12.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A história da Língua Portuguesa teve inicio nos anos 30 do século XX com a chegada dos europeus. Com confronto dessas culturas a alfabetização adquiriu um caráter político, social e de organização e controle de classes. O ensino de Língua Portuguesa tornou-se obrigatório e transformou-se em disciplina em meados do século XVIII sob a denominação de Português dotado de característica elitista até o século XX. Começou-se então um processo de democratização do ensino essa expansão provocou choques nos registros lingüísticos e nas diferentes culturas. Esses confrontos fizeram, nesses anos todos, a disciplina adquirir denominações diferentes (comunicação e expressão, Língua Portuguesa, Português) e trouxe o livro didático retirando do professor a autonomia e a responsabilidade da prática pedagógica. A partir da década de 70, estudos lingüísticos e novos paradigmas fizeram acontecer várias mudanças que incluem uma concepção de linguagem como um conjunto de práticas interacionais, social e historicamente constituída a cerca dos usos de linguagem oral e escrita. 12.2 - OBJETIVOS GERAIS 1 Aperfeiçoar e empregar a linguagem oral em diferentes contextos sabendo adequá-lo a cada situação e interlocutor, descobrindo as intenções que estão claras nos discursos do cotidiano possibilitando diversas interpretações. 2 Fazer uso da língua escrita e desenvolve-la em situações adversas realizadas por meio de práticas sociais considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção e leitura. 2 Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos atualizando o gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramáticos empregados na sua organização. 3 Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos. 12.3 – CONTEÚDOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 5ª Série 4 Oralidade (debates, exposição de idéias, trabalhos expositivos, dramatização) 5 Escrita: Produção de textos (observando cada gênero textual), produção de
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HQ, poemas, bilhete, receita, texto de opinião, texto narrativo, reprodução e outros; gramática aplicada. 6 Leitura: Verbal e extra verbal, textos diversificados, livros literários, textos jornalísticos, textos poéticos. 6ª Série 7 Oralidade: exposição oral de livros literários, exposição de textos jornalísticos, dramatização (narrativas de livros literários ou histórias contadas), júri simulado. 8 Escrita: produção de textos (descritivo e narrativo), reprodução e interpretação de textos, gramática contextualizada, produção de HQ, reprodução de livros literários (infanto-juvenis), produção de resumo. 9 Leitura: Textos curtos e longos, linguagem jornalística, textos poéticos, livros literários. 7ª Série 10 Oralidade: debates (filmes com temas polêmicos), dramatização (temas polêmicos), dinâmicas, apresentação das histórias (livros literários, músicas, músicas regionais, paródias, jograis, etc.). 11 Escrita: textos argumentativos e dissertativos, produção de textos informativos, produção de textos poéticos, cartas (comercial, requerimento, ofício, declaração, correspondência, etc), produção de crônicas. 12 Leitura: leitura de contos e crônicas, livros literários, leitura de textos (científicos, jornalísticos, poéticos, literários, etc), gibis, revistas e jornais. 8ª Série 13 Oralidade: debates (temas polêmicos), dramatização, dinâmicas, apresentação das histórias (livros literários, músicas, paródias, jograis, etc.). 14 Escrita: diversidade de tipologia textual, correspondência, reprodução de texto mudando o foco narrativo, produção de jornal. 15 Leitura: livros literários, leitura de textos (científicos, jornalísticos, poéticos, literários, etc), revistas, jornais e etc. 12.4 - METODOLOGIA Oralidade 1 Desenvolver a prática social interativa. Partindo da informalidade para a formalidade em situação de uso diversos. 2 Ser a leitura na escola como prática consistente do leitor perante a realidade, não centralizando somente no livro didáticos, pois há infinidades de textos, a fim de desenvolver a subjetividade do aluno, considerando a preferência e opinião dele ao selecionalo. Escrita 2 A escrita deve ser pensada e trabalhada em uma perspectiva discursiva que aborda o texto como unidade potencializadora de sentidos, através da prática textual. Análise lingüística Considerando a interlocução como ponto de partida para todo o trabalho com o texto, os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre o seu próprio texto, atividade de revisão, de reestruturação ou refração do texto, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos de diversos gêneros. O estudo do texto e da sua organização sintética-semântica permite ao professor a exploração das categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Não perder de vista que, o que vale não é a categoria em si é a função que ela desempenha para os sentidos do
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texto. 12.5 - AVALIAÇÃO Que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A avaliação formativa é o melhor caminho para garantir a aprendizagem de todos os alunos, pois dá ênfase ao aprender. Considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnostica, aponta as dificuldades possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa os sujeitos do processo (professor e alunos) ajuda-os a refletir. Na oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência de sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista. Quanto à leitura, o professor deverá propor aos alunos questões abertas a outras atividades que lhe permitem avaliar as estratégias que elas empregam no decorrer da leitura. Na escrita é preciso ver os textos de alunos com uma fase do processo de produção, nunca como um produto final. É preciso haver clareza na produção textual, os parâmetros em relação ao que se vai avaliar devem estar bem definidos para o professor e para o aluno. O trabalho com a língua oral e escrita supõe um processo de formação inicial e continuada que possibilita ao professor estabelecer devidas articulações entre teoria e prática. 12.6 - ENSINO MÉDIO A diretriz curricular de língua portuguesa do Colégio Estadual Olavo Bilac – Ensino Fundamental e Médio, localizado no município de Sarandi, núcleo de Maringá, se fundamenta nas diretrizes curriculares do Estado do Paraná, documento elaborado após uma ampla discussão que envolveu parte significativa dos professores da rede. Nossa filiação às teorias que sustentam as diretrizes não se deu somente pelo fato de estarmos hierarquicamente subordinados ao departamento da secretaria de estado da educação. Mas se deu, principalmente, por acreditarmos que o trabalho com a língua deve ser um trabalho centrado no uso e no funcionamento da língua enquanto forma de interação de sujeitos, e o texto, o resultado dessa interação. Embora, conscientes de todas as dificuldades porque passa a educação e o ensino da língua portuguesa, entendemos que o ensino da linguagem não comporta mais uma visão reducionista presa a aspectos conceituais e normativos. O homem é um ser de linguagem e por meio dela se constitui enquanto sujeitos no mundo. É a linguagem que nos dá humanidade nos acompanha. É essa natureza social da linguagem que pretendemos permeie o trabalho com a língua portuguesa no Ensino Médio. É com caráter dialógico, interacional que as atividades com a linguagem serão propostas. Ou seja, nosso trabalho será com práticas de linguagem, isto é, o uso da linguagem em situações reais de uso. Com base nestes pressupostos, três idéias básicas constituirão a espinha dorsal da nossa proposta com a língua: 1. O complexo universo das relações sociais determina aquilo que vamos dizer e como vamos dizer. 2. Dizemos coisas para alguém que está socialmente situado. 3. Dizemos coisas do ponto de vista social e da época a que pertencemos. Estas idéias se completam quando entendemos também todo o sentido ideológico que se coloca implícito às condições de produção dos enunciados. Faz-se essencial, neste momento, buscarmos Bakhtin que diz: Na realidade, não são palavras o que pronunciamos ou escutamos, mas verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou desagradáveis.
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Nesta concepção de linguagem a língua é resultante de um trabalho coletivo e histórico. E, é guiado por esta concepção que o trabalho com a língua no Ensino Médio pretende ser desenvolvido. É importante que se diga também que o trabalho com a linguagem não abandonará as questões gramaticais. Ao contrário, o trabalho com a gramática será feito na perspectiva do uso da funcionalidade dos elementos gramaticais fundamentais para o desenvolvimento da leitura, da escrita e da oralidade. Entendemos a importância da gramática desde que seja para compreender os fatos lingüísticos e não para saber metalinguagem. Outra questão importante no trabalho com a linguagem diz respeito as variações lingüísticas que , na nossa compreensão, é o reflexo da experiência histórica e social de determinados grupos de falantes, refletindo, assim, a diversidade humana. Além de mostrar estas faces da diversidade, o trabalho com as variedades lingüísticas servirá também para desvelar o preconceito lingüístico e quem sabe junto com ele os preconceitos sociais. 12.7 - METODOLOGIA Sabemos que toda atividade desenvolvida em sala de aula é resultado de uma opção política. Sabemos que o encaminhamento metodológico é fruto da nossa concepção de língua. É claro que estamos cientes das dificuldades que é realizar a transposição didática, ou seja, sabemos o quanto é difícil a aplicação da teoria na prática da sala de aula. Ainda que seja difícil, o trabalho com a linguagem terá como preocupação a interação verbal, isto é, a ação entre sujeitos historicamente situados que, via linguagem, se apropriam e transmitem um tipo de experiência historicamente acumulada. A nossa prática na sala de aula será construída a partir do trabalho com o texto. Este deverá ser entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão de mundo, de uma intenção e de um momento de produção. Parece estar na compreensão deste fato o núcleo do trabalho: criar situações de contato com visões do real, via texto, para que o aluno desenvolva cada vez melhor, um controle sobre os processos interacionais. Metodologicamente, é importante deixar entrar na sala de aula a diversidade textual: texto literário, informativo, publicitário, dissertativo – colocar estas linguagens em confronto, não apenas as suas formas particulares ou composicionais, mas o próprio conteúdo veiculado nelas. É iumportante, também, ter claro que todos os textos estão marcados ideologicamente e o papel do professor é explicitar, desmascarar tais marcas e apresentá-las ao aluno, desmontando o funcionamento ideológico dos vários tipos de discursos, sensibilizando o aluno à força ilocutória presente em cada texto, tornando-o consciente de que a linguagem é uma forma de atuar, de influenciar, de intervir no comportamento alheio, que outros atuam sobre nós usando-a e que igualmente cada um de nós a pode usar para atuar sobre os outros. É portanto, instaurando a polêmica, assumindo o conflito como um dado altamente positivo e necessário para as descobertas das potencialidades da linguagem que estaremos criando situações concretas para que o aluno se aproprie da linguagem oral e escrita. 12.7.1 - DOMÍNIO DA LEITURA O trabalho com a leitura em sala de aula numa perspctiva inteacionista busca uma compreensão mais profunda onde os sujeitos instituem trocas de experiência por meio do texto escrito. As atividades devem permitir que o aluno leia o implícito, o subentendido, o extra-lingüístico bem como a intenção do autor. O escritor Ignácio de Loyola Brandão disse num encontro que uma das formas para fazer o aluno gostar de ler é não levar textos chatos para a sala de aula. Nestas palavras do escritor está implícito: O ato de leitura deve ser prazeroso, sedutor. É justamente o viés do prazer e da sedução que guiará nosso trabalho com a leitura. Além disso, é nosso objetivo, desenvolver uma proposta de ensino da leitura que contemple a diversidade textual. Ou seja,
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priorizar um trabalho com todos os tipos de textos que circulam socialmente. O contato com a diversidade possibilitará mostrar a especificidade dos textos e revelar determinada interpretação sobre o real. A leitura será para além da decodificação e da leitura superficial cujo objetivo é simplesmente responder questões formuladas pelo professor ou pelo autor do livro didático. Um outro enfoque será um trabalho com a leitura para além do utilitarismo dos ensinamentos e da veiculação de valores. O leitor, nesta perspectiva, será alguém que constrói concordando ou discordando do texto sua consistência argumentativa. Também faz parte deste trabalho desenvolver o gosto pela leitura e o despertar pelo prazer de ler proporcionados por momentos de interação entre professor e alunos e entre alunos, por meio de diálogo sobre textos lidos e da valorização à leitura do outro. 12.8 - CONTEÚDOS Considerando a concepção de linguagem que assumimos e reforçando que buscamos, por meio das nossas práticas pedagógicas, desenvolver um ensino de leitura emancipador. Elencamos conteúdos que permitem desencadear uma relação dialógica via materialidade lingüística, considerando as condições históricas de produção e interpretação dos textos. Com estes conteúdos ainda propomos um trabalho de leitura crítica que pressupõe descobrir “outras vozes” que se complementam, conflitam, se calam, a fim de que o aluno possa formar o próprio ponto de vista a respeito do tema enfocado. Com vistas a contemplar estes objetivos, os procedimentos serão mantidos nas três séries: 2 Prática de leitura de textos da ordem do narrar, expor, relatar, argumentar, descrever ações. 3 Prática de interpretação: o Identificar as idéias básicas apresentadas no texto; o Reconhecer nos textos as suas especificidades; o Identificar o processo e o contexto de produção; o Confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas; o Atribuir significados que extrapolem o texto lido; o Proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas diferentes; o mesmo tema sob perspectivas diferentes); 4 No que se refere à análise de textos lidos: o Avaliar o nível argumentativo; o Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática; o Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos); 5 No que se refere à mecânica da leitura: o Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação. 12.8.1 - A LEITURA DA LITERATURA O trabalho pedagógico com a literatura no Ensino Médio deve priorizar a formação do leitor, suas experiências reais de leitura e a interação do aluno com o texto literário. Um trabalho realizado nestas bases tem como foco principal despertar o prazer de ler, ou seja, a formação do gosto pela leitura de literatura. Para que isso aconteça não se pode perder de vista o estético, o como as coisas são ditas. Assim, o trabalho com o texto literário será desenvolvido com base no método rizomático e no método recepcional que conduz à libertação do pensamento em oposição ao
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que vem sendo feito nas escolas. Ou seja, um trabalho com a literatura centrado na historiografia literária. Na perspectiva rizomática e recepcional, cabe a nós professores leitores compor os mapas de leitura, selecionando textos, mas também deixando lacunas que permitam a inserção de outros textos que integrem os temas propostos. A construção do significado não será mais condicionada ao contexto histórico. Ao contrário, deve proporcionar liberdade de ler textos de qualquer época a partir da concepção de mundo dele. Neste processo, a interpretação não estará reduzida a verdades ou falsidades, mas a uma contínua construção de consciência argumentativa na ordem do discurso e da proliferação do pensamento. A composição dos mapas de leitura será orientada pelo diálogo com outras disciplinas da tradição curricular. Para concretizar esta proposta pedagógica, os mapas de leitura serão organizados, nas respectivas séries, pelas seguintes temáticas: 12.9 - CONTEÚDOS 1ª Série: 2 O humano no ser humano 3 Erotismo/pornografia 4 Relação pais e filhos 2ª Série: 5 O humor 6 O amor 7 Adolescência 3ª Série: 8 Protagonismo juvenil 9 Miséria 10 Velhice 12.9.1 - DOMÍNIO DA ORALIDADE Um dos desafios propostos ao professor de hoje é desenvolver a competência lingüística dos alunos. Quando pensamos em competência lingüística podemos destacar dois processos fundamentais: fala e escrita. A criança quando entra na escola começa a se tornar letrada, ou seja, aprende a escrever e, naquele ambiente, vai deixando a oralidade se tornar secundária. Entretanto, a escola não pode permitir, principalmente nos dias atuais, que a oralidade fique em segundo plano, não seja objeto de ensino de língua portuguesa. É no ensino médio que o aluno deverá ter capacidade de articulação, elaboração das idéias e maturidade para a exposição oral objetiva e compreensível. No que se refere às ações necessárias para se desenvolver, no aluno, a sua expressão oral, é preciso partir do seguinte pressuposto: a linguagem é uma prática social e como tal serve para articular as experiências sociais e históricas dos homens. Esta concepção de linguagem implica numa determinada opção metodológica e na criação de estratégias pedagógicas que auxiliem, efetivamente, o aluno a se apropriar da língua enquanto expressão de visão de mundo particularizada – não no sentido da criação individual, mas na perspectiva da individualização a partir do coletivo. Para tanto, há que se transformar a sala de aula num espaço de debate permanete, num local onde o aluno deverá escutar a voz do outro e, ao mesmo tempo, adequar o seu discurso ao outro. É obrigação da escola proporcionar ao aluno o domínio da variedade padrão. Talvez a
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estratégia mais adequada para sensibilizar o aluno no que se refere ao uso de determinada variedade esteja no confronto de estruturas diferentes. A partir disso, será mais fácil pensar em termos de adequação da norma a contextos específicos. Nosso trabalho com a oralidade está voltado, sobretudo, à busca da clareza na exposição de idéias e da consistência argumentativa na defesa de pontos de vista. Com vistas a contemplar estes objetivos, os procedimentos, no trabalho com a oralidade, serão mantidos nas três séries: 12.10 - CONTEÚDOS 11 Relatos de experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programas de TV, filmes, entrevistas, etc.; 12 Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas, etc.); 13 Criação (histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, etc.); 14 No que se refere às atividades da fala: o Clareza na exposição de idéias; o Seqüência na exposição de idéias; o Objetividade na exposição de idéias; o Consistência argumentativa na exposição de idéias; o Adequação vocabular; 15 No que se refere à fala do outro: o Reconhecer as intenções e objetivos; o Julgar a fala do outro na perspectiva de adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa; 16 No que se refere ao domínio da norma padrão: o Concordância verbal e nominal; o Regência verbal e nominal; o Conjugação verbal; o Emprego de pronomes, advérbios, conjunções. 12.10.1 - DOMÍNIO DA ESCRITA As atividades de escrita na escola devem procurar se desligar das tendências simuladas e artificiais, em que se escreve para o professor corrigir e dar uma nota no final do bimestre. Deste modo, é importante desenvolver uma concepção de escrita clara e objetiva , ou seja, ressaltar as condições em que a produção acontece ( quem escreve, o que, para quem, para que, por que, quando, onde e como se escreve). Uma outra questão a ser abordada é a compreensão das diferenças entre a linguagem oral e escrita. Na fala, existe uma ampla variedade; a escrita exige o uso de uma modalidade única, a linguagem padrão. A produção de textos deve ser uma atividade decorrente de uma discussão. Ou de leitura contrastiva de outros textos; abordando pontos de vista diferente sobre o mesmo tema. Nessa perspectiva, as aulas de Língua Portuguesa devem possibilitar aos alunos a ampliação do uso das linguagens verbais e não verbais, através do contato direto com textos dos mais variados gêneros. A prática de escrita deverá ser conduzida duma forma em que o aluno cria o hábito de planejar, escrever, revisar e reescrever seus textos, percebendo que este processo reflete seu ponto de vista, sua fantasia e sua criatividade. Também é relevante se lembrar de que o trabalho com a escrita é um processo, e não algo acabado, e deve valorizar o esforço daquele que escreve, reescreve, até que o texto lhe
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pareça bom para entender a intenção e claro para o outro que lerá. Este processo se dá através da interação, pois retoma princípios comuns no que toca ao modo de conceber a relação entre homem e linguagem, homem, homem e mundo. A lógica de uma proposta de ensino e de aprendizagem deve promover e conceber a leitura e a escrita como ferramentas de empoderamento e inclusão social. Assim, o professor deve procurar, também, resgatar do contexto das comunidades em que a escola está inserida as práticas de linguagem e os respectivos textos que melhor representam sua realidade. 12.11 - CONTEÚDOS 17 Atividades de produção escritas e de leitura de textos gerados nas diferentes esferas de atividades. 18 Atividades de produção de textos (palestras, debates, seminários, teatro, etc.) em eventos da oralidade 19 Atividades de escuta de textos (palestras, debate, seminários, etc.) em situação de leitura em voz alta 20 Atividades de retextualização: produção escrita de textos a partir de outros textos, orais ou escritos, tomados como base ou fonte 12.12 - AVALIAÇÃO A avaliação, numa perspectiva interacionista de língua, deve estar focada no domínio dessa atividade intelectual complexa de modo mais amplo. Assim, a avaliação deve servir para apontar pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para se apropriar, efetivamente, das atividades verbais – a fala, a leitura e a escrita. A base da avaliação será a produção de texto do aluno que permitirá ao professor acompanhar a evolução do domínio da linguagem. Cada um dos conteúdos estruturantes serão avaliados seguindo os critérios aqui listados. 12.12.1 - Critérios para a avaliação da produção escrita 21 Problemas de coesão textual – refere-se ao domínio da estrutura do texto tanto no aspecto temático (unidade temática), quanto à articulação entre as frases, os períodos e as três partes constitutivas do texto (introdução, desenvolvimento e conclusão). 22 Problemas de argumentação – refere-se à clareza e consistência argumentativa que o texto precisa ter para atingir o objetivo ao qual se propõe. Nesse caso, esses elementos devem ser avaliados levando-se em contao nível de produção do aluno, o interlocutor a que se destina o texto e o objetivo do texto. 12.12.2 - Critérios para a avaliação da leitura 23 Fluência e entonação correta, a postura adequada para ler. 24 Reflexão do aluno a respeito do texto lido. 25 Apreender as idéias relevantes do texto. 26 Compartilhar as experiências de leitura e tudo o que ela pode suscitar. 27 Capacidade de sintetizar as idéias por escrito, o que envolve a capacidade de apreender e organizar as idéias principais do texto. 28 Desenvolvimento das estratégias de leitura: seleção, antecipação, inferência, verificação. 29 Capacidade de estabelecer relações com outros textos. 12.12.3 - Critérios para avaliação da oralidade
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30 Participação individual do aluno. 31 A sua exposição de idéias de modo claro. 32 A fluência de sua fala. 33 A participação organizada. 34 O desembaraço. 35 A consistência argumentativa de sua fala. 36 Uso adequado de recursos coesivos. 37 Uso de conjunções para encadear orações. 38 Capacidade de perceber a flexibilidade da língua, ou seja, de reconhecer as diversas possibilidades que a língua oferece de permitir que se duga a mesma coisa de várias maneiras. A avaliação será usada como subsídio para a revisão do processo ensinoaprendizagem, como instrumento diagnóstico do trabalho pedagógico. A avaliação é uma atividade ampla e complexa. É importante que, ao exercê-la, tenhamos sempre em vista de que ela é mais do que instrumento de dar nota: a avaliação é um instrumento valiosíssimo para verificar o domínio gradativo das atividades verbais por parte dos alunos. 13 – DIRETRIZES CURRICULARES DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 13.1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Matemática é uma ciência construída socialmente, desta forma faz-se presente na vida da sociedade, mesmo quando não é percebida. Assim é preciso que o saber informal da Matemática esteja relacionado com os conteúdos tratados na escola, pois só assim os conhecimentos matemáticos auxiliará os educandos em questões vivenciadas em seu dia-dia. Possibilitando o desenvolvimento do senso crítico, raciocinio lógico, busca de possibilidades, análise de situações sob diferentes perspectivas. Considerando a Matemática como a arte de possibilitar a resolução e compreensão do mundo real, bem como, decodificar a linguagem matemática, os conteúdos serão organizados de acordo com os conteúdos estruturantes, são eles: Números, Operações e Álgebra; Medidas; Geometria e Tratamento da Informação. 13.2 – OBJETIVOS GERAIS: 1 Desenvolver a capacidade de compreensão de conceito e procedimento; matemáticos, relacionandos-os com situações de seu dia-dia; 2 Compreender e fazer uso da linguagem matemática; 3 Proporcionar investigações, discussões, pesquisa, análise de dados, dentro da disciplina vinculando-a com outras áreas e temas. 13.3 – CONTEÚDOS PARA ENSINO FUNDAMENTAL 5ª Série 1 Números, Operações e Álgebra § Sistema de numeração decimal e não decimal; § Números naturais e suas representações; § As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação); § Números fracionários e suas representações; § Noções de porcentagem; § Transformação de numero fracionários em numero decimais;
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§ As quatro operações suas inversas com número decimal (adição, subtração, multiplicação e divisão); § Expressões numéricas. 2 Medidas 1 Organização do sistema métrico decimal e o sistema monetário; 2 Perímetro área volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas. 1 Geometria § Elementos da geometria Euclidiana (noção ; § Condições de paralelismo e perpendicularismo; § Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos; § Classificação de triângulos. 2 Tratamento da Informação 1 Coleta e organização de dados; 2 Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas e gráficos; 3 Gráficos de barra, coluna. 6ª Série 1 Números, Operações e Álgebras. § Números inteiros e suas representações; § As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação); § Porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo (razão, divisão, fração e decimais); § Noções de proporcionalidadel; § Noções de variáveis e incógnito e a possibilidade de cálculo a partir da subtração de letras por valores numéricos; § Expressões numéricas. 2 Medidas 1 Transformações de medidas de massa, capacidade, comprimento e tempo; 2 Capacidade volume e suas relações; 3 Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas. 1 Geometria § Patrões entre base, fases e arestas de pirâmides e prisma; § Estudo dos poliedros de Platão (poliedros regulares); § Estudo de polígonos encontrados a partir de prisma e pirâmides. 2 Tratamento da Informação 1 Coleta, organização e descrição de dados; 2 Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, letras, diagramas quadros e gráficos; 3 Gráficos de barra, colunas e setores. 7ª Série 1 Números, Operações e Álgebras § Números racionais e suas representações; § As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação); § Juros e porcentagem; § Expressões numéricas; § Equações, inequações e sistemas de equações de 1º grau;
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§ Polinômios e os casos notáveis; § Produtos notáveis; § Fatoração; § Ângulos; § Cálculos dos números de diagonais de um polígono. 2 Medidas 1 Transformação de unidade de medidas de massa, capacidade, comprimento e tempo; 2 Perímetro, área, volume, unidade correspondente e aplicação na resolução de problemas algébrica; 4 Triângulos quaisquer. poliedros regulares e suas relações. 1 Geometria § Construções e representações no espaço e no plano; § Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas; § Condição de paralelismo e perpendicularismo; § Desenhos geométricos com régua e confecção de gráficos; § Representações geométricas dos produtos notáveis; § Interpretação geométrica de equações, inequações e sistema de equações; § Ângulos, polígonos e circunferência. 2 Tratamento da Informação 1 Coleta, organização e descrição de dados; 2 Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos; 3 Gráficos de barras, colunas, linhas, poligonais e setores; 4 Noções de probabilidade; 5 Medidas. 8ª Serie 1 Números, Operações e Álgebras § Conjuntos numéricos (naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais); § As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação); § Juros e porcentagens nos seus deferentes processos de cálculo; § Equações, inequações e sistemas de equações de 1º e 2ºgraus; § Produtos notáveis; § Fatoração; § Expressões numéricas; § Funções; § Trigonometria no triângulo retângulo. 2 Medidas 1 Perímetro, área, volume, unidade correspondente e aplicação na resolução de problemas algébrica; 2 Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo; § Congruência e semblances de figuras planas teorema de Teles; 3 Triângulo retângulo - Relações métricas e Teorema de Pitágoras. 1 Geometria § Definição e construção do baricentro, ortocentro ,incentro e circuncentro; § Representação cartesiana e confecção de gráficos; § Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações; § Construção de polígonos inscritos em circunferência; § Desenho geométrico com régua e compasso;
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§ Circulo e cilindro; § Noções de geometria espacial. 2 Tratamento da Informação 1 Coleta, organização e descrição de dados; 2 Leitura interpretação e representação de dados por meio de tabelas, letras, diagramas, quadros e gráficos; 3 Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e histogramas; 4 Noções de estatística (média, moda e mediana) 5 Probabilidade 13.4 - METODOLOGIA O trabalho de sala de aula do professor de matemática pode ser enriquecido com recursos didáticos, tais como: 1 História da matemática: através desta abordagem o educando sentirá que a matemática é criação humana e se desenvolve como ciência com o passar do tempo; 2 Abordagem dos conteúdos a partir de situações – problema; 3 Recursos tecnológicos, como vídeos informativos e de aplicabilidades dos temas, calculadoras, informáticas e outros; 4 Jogos matemáticos; 5 Atividades coletivas; 6 Produção de textos matemáticos como ajuda e formação de conceito; 7 Construção de materiais referentes aos conteúdos como dobraduras, construção de figuras planas e espaciais; 8 Atividades decorativas de aplicabilidade dos conteúdos; 9 Uso de materiais como revistas, jornais e panfletos de propaganda, que colaboram na contextualização. 13.5 AVALIAÇÃO Objetivando atender as expectativas da nova proposta curricular do ensino fundamental, a avaliação deve ser continua e formativa, pois, é um meio para refletir sobre o processo ensino – aprendizagem, valorizando os acertos e erros como forma de superação do educando. Os instrumento de avaliação a ser aplicados são: trabalhos individuais ou em grupos, observação e registros das atividades realizadas em sala e extraclasse, trabalho de pesquisa, verificação oral e escrita. 13.6 - BIBLIOGRAFIA Lezzi, Gelson: Dolce, Osvaldo:Machado, Antônio “Matemática e Realidade” Ed. Atual –5ª Edição –2005- São Paulo. Giovanni , José Ruy; Castrucci, Benedito: Jose Rui Junior – A conquista da Matemática - editora FTD - 2002 São Paulo. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental, Estado do Paraná, julho 2006. Coleção Matemática para todos. Imenes e Lelis. Coleção Matemática - Pensar e descobrir, Giovanni e Giovanni Jr. Editora FTD. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Olavo Bilac. Dante, Luiz Roberto; Didática da resolução de problemas de Matemática, Editora Ática. 13.7 - ENSINO MÉDIO.
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Admitindo-se o conhecimento matemático como social e históricamente produzido, pretende-se levar ao aluno experiências, com informações relevantes em horas oportunas. Esse trabalho será gradativo interagirão quatro eixos da matemática: números e álgebra, geometrias, funções e tratamento da informação. 13.8 – OBJETIVO GERAL Proporcionar ao aluno na medida do possível um contato mais prático com a matemática, aproximando-a de sua realidade. Através da resolução de situações problemas, utilizando leitura de jornais e revistas para ampliar sua capacidade da linguagem matemática. Garantir a continuidade dos estudos adquiridos no ensino fundamental. Levar o aluno a compreender a importância da Matemática no desenvolvimento científico e tecnológico. 13.9 - CONTEÚDOS 1ª Série - Conjuntos - Relações e funcões - Logarítmos - Progressões 2ª Série - Matrizes - Determinantes - Trigonometria - Análise Combinatória - Estastística 3ª Série - Geometria Analítica - Numeros Complexos - Polinômios - Sólidos 13.10 - METODOLOGIA O professor pode mostrar aos alunos que a matemática está presente em várias atividades humanas; iniciando os conteúdos com perguntas que estimulem a curiosidade e busquem o relacionamento do conceito matemático com a vida prática. Em seguida, utilizando-se do quadro de giz, de livros textos, etc., exemplificar o desenvolvimento dos conteúdos a serem trabalhados. 13.11 - AVALIAÇÃO A avaliação será contínua e diagnóstica, observando-se: os trabalhos individuais e em grupo; e análise das provas escritas. 13.12 - BIBLIOGRAFIA SILVA, Jorge Daniel e FERNADES, Walter dos Santos. Matemática. IBEP SP. Coleção horizontes. FACCHINI, Walter. Matemática: Volume único. Editora Moderna, SP. 2ª edição, Coleção Base. 14 - DIRETRIZES CURRICULARES DE QUÍMICA PARA O ENSINO MÉDIO
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14.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA O ensino de química enfatiza fenômenos, composições propriedades e transformações da matéria e sua natureza, além de ser base fundamental em diversas áreas, tais como, biologia, agricultura, medicina, fármacos, nutrição, entre inúmeras outras. Portanto, visa uma proposta na qual as informações, conhecimento, competência, habilidade e os valores desenvolvidos sejam instrumentos de percepção, interpretação julgamento, atuação e desenvolvimento pessoal. Sendo assim, de suma importância à interação do aluno com a química, buscando um ser critico sobre os acontecimentos químicos de sua realidade para melhor compreensão dos fatos. 14.2 - OBJETIVOS GERAIS A partir das relações políticas, econômicas, sociais e culturais, direcionar o aluno a construção/reconstrução dos conhecimentos prévios de química, refletindo criticamente sobre o mesmo, visando a sua interação com o cotidiano, utilizando-se de aulas ministradas com abordagem teórica e experimental, desenvolvendo uma visão atualizada do mundo, por meio do entendimento dos princípios científicos através da observação, reflexão, experimentação e teorização. 14.3 - CONTEÚDO POR SERIE/ANO. 1° ANO. Matéria e sua natureza; Introdução ao estudo da química Estudo da matéria: composição e classificação. Noções de radioatividade; Estrutura atômica; Tabela periódica; Ligações químicas; Funções químicas inorgânicas; 2º ANO Biogeoquímica; Relações químicas; Soluções ; Termoquímica; Cinética química; Eletroquímicas; 3º ANO Química sintética; Introdução à química orgânica ( química do carbono); Histórico de química orgânica; Funções orgânicas; Isomeria; Compostos orgânicos naturais e sintéticos; Radioatividade; 14.4 - METODOLOGIA O ensino de química fundamenta-se em conceitos científicos pré-estabelecidos, que procuramos associar ao cotidiano do aluno, através de apresentação, debates de teorias e exposição de conteúdos, valorizando pontos fundamentais que devem ser básicos na
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construção de conhecimento, através de exercícios e trabalhos escritos. O aluno é estimulado a expor o seu conhecimento prévio sobre o assunto, e cabe ao professor fazer a interação e propiciar condições para construção do conhecimento científico, orientando as pesquisas teóricas e trabalhos práticos. Existem conteúdos que são trabalhados de forma expositiva e outros, dentro das possibilidades do laboratório, são apresentados e discutidos na prática. 14.5 - AVALIAÇÃO A avaliação em química contempla as várias formas de expressão do aluno, como: prova escrita, leitura e interpretação de materiais científicos, produção de textos, pesquisas bibliográficas, relatórios e apresentação de seminários. As formas de avaliação são selecionadas levando-se em conta os conteúdos e as diferentes dificuldades apresentadas pelos segmentos da disciplina e ficam evidenciadas a partir dos planejamentos semestrais, sendo que as formas para casa conteúdo específico são apresentadas previamente ao aluno. 14.6 - BIBLIOGRAFIA CARVALHO, G.C. de & SOUZA, C.L. de. Química para o ensino médio. De olho no mundo do trabalho. Vol. Único. S.Paulo, Scipione, 2003. SALVADOR, U. Química. 1ª edição. Vol. Único. S. Paulo, Saraiva, 1997. SARDELLA, a. Química. Série novo ensino médio. Vol. Único. S.Paulo, Ática, 2003. 15 - DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO 15.1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Em meados do século XIX, muitos pensadores e cientistas investigam a necessidade da institucionalização de uma ciência voltada aos estudos, investigações e observações dos homens em suas interações sociais, ou seja, como o indivíduo atua no meio onde vive. Para tanto, é fundamental o esclarecimento de conceitos específicos que relevem a importância de uma ciência que não apresentará semelhanças com outras, como a Psicologia, a Economia, a Física, etc. Enfim, o caráter científico se dá com a definição de um objeto de estudo e os métodos utilizados para explicar sua relevância. Mas, a Sociologia não foi criada porque alguns intelectuais desejavam institucionalizar uma ciência. Ela apresentou especificidades até então incabíveis às análises já existentes, pois define fenômenos, fatos, acontecimentos sociais que abrangiam sujeitos, e não mais o indivíduo da Psicologia; adequado num contexto histórico específico – o das transformações ocorridas no mundo do trabalho, oriundas da Revolução Industrial – e em suas relações com outros homens e com as instituições sociais. Sem dúvida, tais preocupações geraram contradições e conflitos científicos. Estará a Sociologia no ramo das Ciências Naturais? É possível determinar com exatidão fatos e suas conseqüências? Antes mesmo da ciência, que estudaria fenômenos na sociedade, ganhar um nome, o pensador Auguste Comte (1798-1857) se referiu à uma física social, devido à possibilidade de observação e experimentação. A posterior “Sociologia” se aproximava, então, das Ciências Naturais. Isto porque, para Comte, ela se encontra no estágio positivo da evolução do pensamento, que passara pelos teológico e metafísico. A preocupação dos estudos se voltava à problemas, crises na sociedade, e foi Durkheim (1858-1917) quem apresentou um estudo voltado à observação e análise de um FATO SOCIAL, iconizado no problema do suicídio. Daí, todo um corpo de conceitos vai moldar o que veio a se chamar POSITIVISMO, com o
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objetivo de remediar ANOMIAS sociais. Tanto Comte quanto Durkheim vão dar fundamental importância à educação como um mecanismo de adequação de indivíduos na sociedade. O marco acaba sendo representado por Durkheim com seu ingresso na Universidade de Bordeaux, em 1887. E no Brasil, em 1870, já sugeriam a introdução da Sociologia nos currículos oficiais, pelo conselheiro Rui Barbosa, em substituição do Direito Natural que trazia o pensamento dos jusnaturalistas dos séculos XVII e XVIII. Porém, somente em 1890 passa à obrigatoriedade no Ensino Secundário, quando houve a Reforma do mesmo com Benjamin Constant, no então primeiro governo republicano. Neste período, a Sociologia se aproximava dos estudos sobre moral. A partir de então, a disciplina passa a ocupar os currículos no ensino superior também, e é ministrada por advogados, médicos e militares, ora com o objetivo de transformar os homens e os seus interesses, ora para conservar os mesmos. Além da escola secundária, a Sociologia passará a integrar o currículo da Escola Normal e da Preparatória, entre 1925 e 1942, com a Reforma Rocha Vaz e a atuação de Francisco Campos. O curso superior de Ciências Sociais, que inclui o estudo da Sociologia, é introduzido na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo com a Escola Livre de Sociologia e Política (1928) e na Universidade do Distrito Federal. Apesar de avanços consideráveis no papel da Sociologia no Brasil, já em 1961 se inicia um desmantelamento do seu papel, que se torna optativa ou facultativa ao ensino secundário – já chamado colegial – com a aprovação da primeira Lei de Diretrizes e Bases – LDB de nº 4.024. Isto porque, passa a haver uma crescente preocupação com o caráter técnico na profissionalização dos alunos nos mais variados níveis de ensino. Nos anos 70, com o período ditatorial, a Sociologia será banida e reprimida as mais variadas vertentes de investigações, sendo substituída, legitimamente, por Educação Moral e Cívica, OSPB (Organização Social dos Problemas Brasileiros) e Ensino Religioso com objetivos claros: moralização e disciplina. Somente na década de 1980, devido à queda na demanda de técnicos para o trabalho – nitidamente, em São Paulo – é recomendado a inserção não somente da Sociologia, mas também da Filosofia e da Psicologia. Inicia-se, então, pesquisas voltadas à elaboração de propostas curriculares para estas disciplinas, assim como de livros didáticos públicos. Percebe-se que não é dada à Sociologia tamanha importância quando os interesses econômicos e políticos se restringem ao tecnicismo. Daí, o caráter positivista se expressa mesmo historicamente, como se a disciplina fosse auxiliar na “cura” dos problemas sociais. E, concomitantemente, a Sociologia vai sendo “utilizada” conforme o interesse políticoeducacional. A LDB nº 9.394/96, por exemplo, determina a obrigatoriedade da disciplina, porém, interpretará como auxiliar interdisciplinar para as Ciências Humanas. Apenas alguns estados brasileiros determinarão no currículo do Ensino Médio sua obrigatoriedade. Em 1997, o deputado Padre Roque (PT/PR) altera artigo que possibilita outras interpretações e define a obrigatoriedade das disciplinas Sociologia e Filosofia. A lei apenas permanece tramitando no congresso e será vetada pelo então presidente, sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, em 08 de outubro de 2001, após já aprovada pelos congressistas. Se inicia uma luta pelo Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo (Sinsesp), diretamente, intervindo junto ao MEC (Ministério da Educação). Somente no final de 2005, a Câmara do Ensino Básico constrói parecer, com base na mesma LDB de 1996, que reclama uma nova realidade nas escolas médias. A partir de então, passa a haver a coleta de assinaturas das mais variadas entidades nacionais. E muitos mais desafios serão enfrentados pelos professores de Sociologia e, também, de Filosofia, desde a formação até a preparação e elaboração dos conteúdos e os livros didáticos. Devido aos fatos recentes, explicitados acima, não foi produzido na Sociologia efetivo conteúdo curricular, suas metodologias e recursos de ensino. Em suma, não possuímos uma
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tradição de ensino na área. E devemos estar atentos, criticamente, à pré-determinações que se dá à disciplina como sendo responsável pela formação de jovens, principalmente, se tratando de questões políticas como a cidadania. Sem falar na vinculação da Sociologia nos períodos democráticos. A disciplina tanto pode assumir análises conservadoras (lembrando a Moral e Cívica) ou transformadoras. E, como já foi dito sobre o caráter positivista, a prática do ensino pode adaptar os objetivos político-econômicos de períodos específicos, legitimando interesses classistas. Em suma, o que a disciplina deve propor é a desnaturalização de discursos das mais variadas matizes ideológicas. Deverá o aluno estar preparado para reconhecer os posicionamentos ideológicos, assim como seus objetivos e suas manipulações. E isto está também voltado à Filosofia e às outras ciências, tanto naturais quanto humanas, já que o sujeito precisa duvidar, estranhar, estar curioso para compreender todo e qualquer fenômeno, aparentemente, natural, óbvio. Para tanto, a problematização, tão conhecida nos meios pedagógicos, auxiliará na atividade de formulação de questões, com o uso de termos que fazem parte do vocabulário dos alunos. É o que se chama mediação. O professor precisa buscar estratégias de ensino adequadas aos jovens e não focar no caráter, puramente, científico da Sociologia. Para apresentar temas, mesmo que sejam relevantes aos alunos, é preciso atrair a atenção, despertar a curiosidade. Muito mais dificuldades se têm neste estado atual do comportamento das pessoas, onde a complexidade é ainda maior, tanto nas estruturas sociais, quanto nas políticas. São conceitos sobre a “sociedade moderna”, os processos que contribuem ou não à manutenção de um sistema social, as estruturas sociais e a atuação dos atores/sujeitos, enfim, construções científicas que devem ser, intensamente, questionadas e refletidas. Por isso se está buscando propostas que implementem a disciplina no Ensino Médio, já sem o apoio de uma tradição que resgataria experiências. No entanto, seu objetivo é claro: apresentar novos paradigmas, as idéias de objetividade e de subjetividade, diferentes interpretações que promovem a abertura da mente para múltiplos olhares. Deste modo, os educandos compreenderão a importância do seu papel como sujeitos voltados às práticas sociais, já que terão conhecido as construções que o ser humano realizou sobre as formas de ver o mundo. Então, aguçado o senso crítico do educando, disponibilizado os elementos necessários (conceitos, métodos e práticas sociológicas) para que haja uma substancial e qualitativa mudança na leitura do mundo, sua percepção sobre a realidade social não se mantém estanque, sobressaindo, daí, o dinamismo intrínseco à relação do homem social com a natureza. 15.2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES A relação dos itens programáticos compõe temas fundamentais, porém, dificilmente trabalháveis na íntegra devido à carga horária. Daí, ser bem sucedido o professor que selecional um tema conforme a realidade dos alunos, da comunidade onde vivem, do trabalho que executam. Enfim, é possível relacional cada um dos temas com os interesses dos alunos. E interconectar o trabalho de um tema com teorias e conceitos sociológicos, ambos em seu contexto histórico, continuamente, esclarecendo a diversidade de construções do pensamento, suas explicações e pontos de vista. 1. Construção do conhecimento · Senso comum e conhecimento científico · Ciências sociais e a definição de Sociologia · Reflexão sobre problemas sociais e as diversas concepções sociológicas 2. O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
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· Socialização · Funções sociais · Papéis Sociais · Interação 3. Cultura e Indústria Cultural · Cultura x Natureza · Antropologia · Diversidades culturais: igualdade x diferenças · Cultura popular · Cultura do consumo: indústria de consumo · Manifestações culturais ( folclore, valores, arte) 4. Trabalho, Produção e Classes sociais · Histórico das diferentes atividades humanas e a idéia de trabalho · Sociedade capitalista e forma de trabalho: taylorismo, fordismo e toyotismo. · Conceito de alienação · Sociedade globalizada: novas relações de produção e suas conseqüências. · Desemprego e exigências profissionais. · Características econômicas, políticas e culturais. · Exclusão social. · Nova ordem mundial e Brasil. · Brasil: ícone das desigualdades. · Cotidiano e qualidade de vida. 5. Poder, Política e Ideologia. · Conceitos: política, poder e autoridade. · Funcionamento do Estado no Brasil – poderes. · Democracia: formas diretas e indiretas de participação. 6. Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais · Histórico e características · Análises sociológicas dos principais movimentos sociais do país. · Cidadania, educação e participação. 15.3 - METODOLOGIA Analisando o contexto no qual está inserido a Sociologia, cabe ao professor trabalhar com os conteúdos de forma a conectar o aprendizado dos conceitos e a formação de teorias em relação a temas priorizados. É como orientado pelos consultores do MEC: Um tema não pode ser tratado sem o recurso a conceitos e a teorias sociológicas senão se banaliza, vira senso comum (...) Do mesmo modo, as teorias são compostas por conceitos e ganham concretude quando aplicadas a um tema ou objeto da Sociologia, mas a teoria a seco só produz, para esses alunos, desinteresse (MEC, 2006, p. 117). Daí, os alunos estarão sendo orientados à compreensão da disciplina e de seu conteúdo. Tendo os temas problematizados, a proposta de instrumentalização é a pesquisa. Poder-se-á colocar em prática as orientações para uma análise sociológica a partir de aulas expositivas; leitura, análise e interpretação de textos, e também de tiras, charges, fotografias, vídeos, enfim, aulas preparadas para os devidos encaminhamentos estão passíveis de gerarem conflitos que promovam reflexões distanciadas do senso comum. O ensino de Sociologia deve estar associado aos eixos “natureza, espaço, cultura e tempo”, priorizando o trabalho do homem, que produz seu modo de vida, no tempo e no espaço, a partir de suas relações com outros homens. Nessa disciplina, o professor deve ser o mediador entre o conhecimento e a vivência que o aluno traz e o conhecimento formal,
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permitindo, assim, a compreensão dos conceitos. Assim, o trabalho a ser desenvolvido deve ser variado, incluindo pesquisas de campo, bibliográficas, desenvolvimento de projetos interdisciplinares, além de momentos em que os assuntos são expostos pelo professor, bem como momentos de diálogo, quando o aluno pode expor suas idéias. Ainda, também, atividades em que se envolvam debates e análises de situações do cotidiano, permeados por leituras específicas de Sociologia, permitindo uma maior e melhor compreensão da realidade social. O trabalho de pesquisa de campo vinculado ao desenvolvimento e domínio de conceitos característicos da disciplina serve como ocasião em que os alunos poderão analisar e interpretar a realidade à luz do conhecimento teórico, podendo, assim, tomar uma posição mais crítica frente a ela. Também os projetos, que, a partir de um problema presente no cotidiano, devem possibilitar que os alunos busquem formas de resolvê-lo, devem proporcionar o desenvolvimento de habilidades para a mudança de atitude frente às situações, colocando o aluno como agente no processo de aprendizagem. Essa forma de trabalho pode envolver os conhecimentos de outras disciplinas, como a História, a Geografia e a Filosofia. O trabalho do professor pode ser aprimorado com o uso de recursos visuais que permitam enriquecer os momentos de análise e reflexão dos assuntos desenvolvidos, além de sintetizar e caracterizar as relações sociais, extraindo o saber, o pensar e o agir sobre o meio, para se atingir um nível de compreensão mais organizado, com uma consciência política mais apurada frente às necessidades sociais. 15.4 - AVALIAÇÃO A avaliação é um processo que deve ser contínuo, a fim de acompanhar o desenvolvimento dos alunos. A avaliação também deve se efetivar em situações em que professor possa observar o desenvolvimento dos alunos, podendo ocorrer nos trabalhos em grupos, nas participações das atividades, na exposição de argumentos, nos debates, etc. Além disso, ela também pode se utilizar de instrumentos avaliativos mais formais, como os testes escritos. Nesse aspecto, pode-se destacar as atividades em que, dadas as situações, os alunos possam expor seu raciocínio e poder de argumentação, sendo essa a fonte para o professor analisar se seus objetivos estão sendo alcançados quanto à questão da reflexão crítica, bem como, uma oportunidade para que ele reveja seu trabalho, mudando sua metodologia quando necessário. 15.5 - BIBLIOGRAFIA ARCO VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Introdução às Diretrizes Curriculares. SEED-PR, 2006. MEC. Conhecimentos de Sociologia. In: Ciências Humanas e suas Tecnologias: orientações curriculares para o ensino médio; vol. 3. MORAES, Amaury César; GUIMARÃES, Elisabeth da Fonseca; TOMAZI, Nelson Dacio (consultores). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. PARANÁ. Identidade no Ensino Médio. SEED, 2006. ________ Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio. SEED, 2006. SCURO, Pedro. Sociologia: Ativa e Didática. São Paulo: Saraiva, 2004. TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 2000. TORRE. M. B. L. DELLA. O Homem e a Sociedade - Uma Introdução à Sociedade: Companhia Editora Nacional. São Paulo. 1977. VIEIRA, Liszt. Direito, Cidadania, Democracia: Uma Reflexão Crítica. In: Revista DIREITO ESTADO E SOCIEDADE (periódico semestral). Visitado no http://www.pucrio. br/sobrepuc/depto/direito/revista/online/rev09_listz.html em 01/09/2006.
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16 – PROJETOS
16.1 – UMA JANELA PARA O MUNDO
1 - UMA JANELA PARA O MUNDO : Nossa Viagem Começa Pelo Paraná
Justificativa
As mudanças estão acontecendo em todos âmbitos da sociedade, trazendo inúmeras
inovações em diversos campos do saber. Acompanhá-las exige uma nova postura da escola,
na qual só a prática pedagógica responderá as novas demandas da sociedade. Nesse sentido,
suscitou-se a discussão e a reflexão coletiva das disciplinas de Biologia, História do Paraná e
Geografia do Paraná sobre concepção, princípios, eixos norteadores e metodologia destas
áreas visando um trabalho de caráter interdisciplinar, com objetivo de fundamentar as relações
teoria-prática, por meio da pesquisa de campo com a intencionalidade da produção científica
do ensino dessas disciplinas envolvidas no projeto.
Nessa perspectiva, espera-se que a partir desse processo coletivo de discussão e
reflexão, o professor incorpore os princípios específicos de cada disciplina e suas relações e
inter-relações, oferecendo condições para os educandos efetuarem análises críticas nas várias
dimensões e espaço da sociedade.
Objetivo Geral
Propor um trabalho de caráter interdisciplinar entre as disciplinas de Geografia do
Paraná, Biologia e História do Paraná, com a intenção de registrar e observar a
biodiversidade, aspectos geográficos e os fatos históricos e culturais dos diferentes pontos
turísticos em percurso no Estado do Paraná
Objetivos Específicos
− Identificar as relações significativas do homem para a conservação da
biodiversidade;
− Observar a diversidade biológica e suas interações nos diferentes
ecossistemas;
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− Verificar a forma de relevo e a inter-relação entre homem/natureza,
tempo e espaço;
− Na disciplina de história do Paraná espera-se aproximar o
conhecimento de nossa realidade. A intenção é atingir através da
observação, uma noção ampla da história paranaense e procurar
entender os contornos culturais e sociais que determinaram a formação
do povoamento a partir do litoral do estado.
Metodologia
Pesquisa de Campo (excursão)
− Os alunos foram organizados em grupos de estudos para facilitar a
pesquisa;
− Observação em: placas, documentos, monumentos, postais, obras de
arte e objetos;
− Coleta de dados: a partir de fonte oral;
− Observação local – biodiversidade, rochas, forma de relevo,
arquitetura, etc;
− Coleta de dados: registro em planilha;
− Fotos para registro;
− O resultado obtido da pesquisa, será apresentado na feita cultural, em
forma de painéis pelos alunos sob a orientação dos professores
envolvidos.
16.2 - RECICLAGEM - BRINQUEDOTECA
RECICLAGEM E O LÚDICO: BRINQUEDOS E JOGOS COM SUCATAS
1. JUSTIFICATIVA O lixo urbano é um problema complexo e abrange diferentes aspectos em sua produção diária.
A variedade destes aspectos inclui desde a era dos descartáveis ao lixo orgânico. Tendo em
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vista que a população da cidade de Sarandi ainda necessita da conscientização do destino do
lixo produzido diariamente, se faz necessário abordar este tema nos conteúdos do Ensino
Fundamental e Médio. Este trabalho visa compreendermos melhor os problemas relativos ao
lixo, e os diferentes sistemas de tratamento, bem como sua transformação e reutilização.
Nesse sentido, o projeto “Reciclagem E O Lúdico: Brinquedos E Jogos Com Sucatas” é de
caráter interdisciplinar e permanente, o qual caracteriza um estudo complementar e que vai
além dos conteúdos de sala de aula. Sendo assim, através das mais diferentes formas de
brincar, a aprendizagem torna-se mais fácil e divertida, pois o aluno vivencia de forma
prática, muitos dos conteúdos trabalhados em sala de aula.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Planejar e confeccionar brinquedos educativos com sucatas, bem como a organização de um
espaço lúdico que possibilitará ações pedagógicas nas diferentes disciplinas.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Proporcionar momentos de reflexão sobre as possibilidades de reaproveitamento do lixo e
seu destino;
- Promover oficina de brinquedos, produção de papéis e outros a partir de materiais
recicláveis;
- Verificar a produção diária de lixo na escola e em casa a fim de observar os tipos de lixos
produzidos;
- Analisar os diferentes sistemas de tratamento do lixo urbano, observando suas vantagens e
desvantagens.
3 - BRINQUEDOS E JOGOS COM SUCATAS: ELEMENTOS QUE CONTRIBUEM PARA APRENDIZAGEM 3.1 Sucata : Peça Mágica Na Construção Do Brinquedo
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Na sociedade consumista em que nos encontramos, podemos verificar que a importância do material utilizado para a fabricação de brinquedos precisa ser repensada, não só pelo fator financeiro, mas também pela segurança e saúde de nossas crianças. Atualmente se fala e se tenta fazer algo pela ecologia e o meio ambiente. Parece haver, no pensamento de algumas pessoas conscientes, uma preocupação com o “lixo”. É muito importante a participação da criança nessa situação, pois ela, sendo um cidadão, deve começar a cuidar da qualidade do mundo que a cerca. Independente disso, a criança é por natureza detalhista; valoriza pedacinhos de materiais como se fossem verdadeiras jóias preciosas. Muitas vezes os adultos até as magoam, quando não dão os mesmos valores a tais objetos. Aproveitando essa capacidade infantil, podemos mostrar à criança um processo de transformação - o trabalho de reaproveitamento do lixo natural ou industrializado, promovendo sua criatividade na fabricação de objetos lúdicos, utilizáveis em diferentes brincadeiras. 3. 2 O Brinquedo no Contexto da Educação As mudanças estão acontecendo em todos os âmbitos da sociedade, trazendo inúmeras inovações em diversos campos do saber. Acompanhá-las exige uma nova postura da escola, na qual a prática pedagógica já não responde às novas demanda da sociedade, evidenciando uma comunidade escolar insatisfeita. Sendo assim, a escola frente às novas transformações, tem que buscar reestruturação de sua prática pedagógica para contribuir significativamente, no sentido de formar indivíduos capazes de refletir criticamente diante das situações postas na contemporaneidade. Nesse sentido, ao pensarmos o brinquedo como meio educacional, devemos situá-lo a partir da definição de objetivos mais amplos, numa atividade lúdica onde podemos enquadrá-lo em contextos específicos da educação. Sendo que esta deve privilegiar o contexto socioeconômico e cultural, reconhecendo as diferenças existentes entre as crianças (considerando os valores e a bagagem que elas já têm); ter a preocupação de apropriar a todas as crianças um desenvolvimento integral e dinâmico (cognitivo, afetivo, lingüístico, social, moral e físico-motor), assim como a construção e o acesso aos conhecimentos socialmente disponíveis do mundo físico e social. A educação deve instrumentalizar as crianças de forma a tornar possível a construção de sua autonomia, criticidade, criatividade, responsabilidade e cooperação. O lúdico desempenha papel fundamental para o desenvolvimento da criança, pois possibilita experiências agradáveis e prazerosas por meio de jogos e brincadeiras. A atividade lúdica oferece informações sobre a criança: emoções, a forma como relaciona com os colegas, seu desempenho físico e intelectual. Sendo assim, brincar é uma necessidade em todos os aspectos, sejam eles pedagógicos, psicológicos, físicos e imaginários despertam o lúdico e a criatividade, permitindo que as crianças possam ir além do mundo real. Podemos afirmar que realmente “brincar é viver”, e as crianças brincam porque esta é uma necessidade básica na infância.
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Para tanto, é imprescindível a busca por fundamentação teórica que subsidie a prática docente. Sendo que o professor pode desempenhar o papel de mediador do conhecimento e propiciar ao estudante a compreensão do mundo cientifico. Para a aproximação social dos conteúdos, cabe um repensar sobre os diferentes sujeitos envolvidos no processo ensino-aprendizagem e nos papéis da escola, do professor e do aluno. 3.3 Recursos Pedagógicos Na Educação
Recursos pedagógicos são todos os elementos que contribuem para aprendizagem dos alunos, não é necessário diferenciar o recurso para os alunos com necessidades especiais e sim o encaminhamento que será dado no processo de ensino aprendizagem. Como o Ser Humano Aprende?
[...] o aspecto mais essencial de nossa hipótese é a noção de que os processos de desenvolvimento não coincidem com os processos de aprendizado. ou melhor, o processo de desenvolvimento progride de forma mais lenta e através do processo de aprendizado; desta sequenciação resultam, então, as zonas de desenvolvimento proximal. [...] um segundo aspecto essencial de nossa hipótese é a noção de que, embora o aprendizado esteja diretamente relacionado ao curso do desenvolvimento da criança, os dois nunca são realizados em igual medida ou em paralelo. [...] (VYGOTSKY, 1998)
A teoria de Vygotsky tem implicações pedagógicas por ressaltar a importância da aprendizagem para o desenvolvimento e explicitar o papel da escolarização. Por diferenciar a aprendizagem da escola de outras aprendizagens adquiridas nas relações sociais, ressalta o papel da educação escolarizada e o papel do professor na formação do sujeito.
A educação escolar é um mecanismo que pode contribuir para o processo de humanização dos indivíduos, uma vez que a educação seja um processo intencional e sistematizado, permitindo que o aluno vá além dos conhecimentos cotidianos e que possa ter esse conhecimento superado pela incorporação dos conhecimentos científicos. 3.4 Dicas De Como Proceder Durante As Atividades Lúdicas Antes de dar início a qualquer jogo ou brincadeira, deve-se dar uma explicação bem clara e breve aos alunos: - é muito importante que se conheça bem o jogo ou a brincadeira, antes de propô-lo aos alunos; - é fundamental estimular os alunos para que criem novas situações, variando os jogos e as brincadeiras; - todo o material utilizado nas aulas deverá ser preparado com antecedência; - nunca estipule regras em que os alunos não consigam cumpri-las; - incentive os alunos, para que ninguém deixe de participar; - evite jogos e brincadeiras em locais escorregadios ou molhados; - seja justo e imparcial; - o jogo ou a brincadeira deve se encerrar antes que o interesse e a satisfação dos alunos se acabem.
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4. METODOLOGIA
Quanto aos meios de investigação a pesquisa tem caráter qualitativo
acompanhado de pesquisa bibliográfica e da pesquisa explicativa.
A pesquisa bibliográfica segundo Trivinos (1987), consiste na procura de
referências teóricas publicadas em livros, artigos e documentos para que o pesquisador
tome conhecimentos e analise as contribuições científicas sobre o assunto em questão.
No que tange a pesquisa explicativa segundo Ruiz (2005), comenta que é o
tipo de pesquisa mais complexo que busca aprofundar o conhecimento da realidade.
Na realização desse projeto serão desenvolvidas as seguintes etapas:
- Pesquisa bibliográfica sobre o tema;
- Palestras: reutilização do lixo urbano e preservação ambiental;
- Levantamento de dados: observar, coletar e registrar diferentes informações a
respeito da temática (fotografias, relatos, documentos etc.);
- Proposta de oficinas de brinquedos pedagógicos a partir de sucatas, com a
participação da comunidade escolar (pais, equipe pedagógica, professores, alunos e
brinquedistas);
- Organização de uma brinquedoteca que irá possibilitar um trabalho interdisciplinar de
auxilio pedagógico (sala de apoio, sala de recurso) e nas diferentes disciplinas.
REFERÊNCIAS
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender – o resgate do jogo infantil. São
Paulo: Moderna, 1996.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2002. MOYLES, J. R. Só brincar ? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre:
Artmed, 2002.
PEREIRA, Natividade. Jogos, Brinquedos e Brincadeiras. São Paulo: Paulinas, 2004.
Revista Nova Escola, Editora Abril, Setembro/2005.
Revista Super Interessante, Edição 175 – Abril/2002.
RUIZ, Marcos. Como Elaborar uma pesquisa: Petrópolis, Vozes, 2005
SARIEGO, José Carlos; Educação Ambiental: as ameaças ao planeta azul. São
Paulo, Scipione, 1994.
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TETRA PARK Ltda, A Embalagem e o Ambiente – 2003.
TRIVINOS, Nivaldo Augusto. A Pesquisa Qualitativa. Porto alegre: Artmed, 1997.
VALESCO, C. G. O despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprint, 1996.
VYGOTSKY L. S. A formação social da mente. Petrópolis: Martins Fontes, 1998.
16.3 - TERRA VIVA: A HORTA COMO LABORATÓRIO NATURAL
INTEGRANDO ESCOLA E COMUNIDADE
1. JUSTIFICATIVA
Considerando o grande fluxo de imigrantes (êxodo rural, mineiros e paulistas
atraídos pela cultura cafeeira no Norte do Paraná) nesta região que possui forte potencial de
produtividade agrícola, há uma heterogeneidade no que tange ao domínio da prática do
trabalho na terra.
No marco de uma sociedade competitiva como a nossa trata-se cotidianamente uma
batalha cultural pelo entendimento do que é cidadania, pluralidade e igualdade em favor da
pessoa que trabalha no campo.
Nesta mescla de identidades, a troca, o aprofundamento e o estabelecimento do
conhecimento certo dessa prática milenar: a prática agrícola, da qual o homem encontra-se
intrinsecamente dependente, pois vive do que a terra oferece como resposta ao seu trabalho
através da produção.
Diante disso, a agricultura orgânica vem de encontro com esta perspectiva, pois tem
forte relação entre a saúde do solo e do ser humano, ainda, ela trata do gerenciamento total
da produção agrícola, o que promove e realça a saúde do meio ambiente preservando a
biodiversidade.
Sendo assim, este trabalho pretende ultrapassar o senso comum civilizatório no
sentido de combater as idéias e práticas discriminatórias que estigmatizam as pessoas,
principalmente as que vivem no campo. Nesta perspectiva o trabalho de forma
interdisciplinar se faz presente, permitindo um projeto que se concretize o sonho da
participação efetiva, oferecendo a toda comunidade escolar uma aprendizagem qualificada,
vertendo para a preservação ambiental e a produção.
Estas questões constantemente formuladas por educadores que se preocupam com o
desenvolvimento integral do aluno no processo de ensino aprendizagem.
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Assim, diante do exposto os professores do Colégio Olavo Bilac propõem o projeto
“Terra Viva: A Horta como Laboratório Natural Integrando Escola e Comunidade” para
responder e conscientizar a comunidade escolar em relação ao tema abordado.
2. OBJETIVOS:
2.1 Objetivo Geral
Oportunizar a toda comunidade escolar situações de avaliação e aproveitamento de
recursos e possibilidades regionais para a realização de uma atividade produtiva, buscando
evitar o desencadeamento de problemas ambientais e possibilitando a experimentação e a
vivência no ambiente onde se localiza sua comunidade.
2.1.1 Objetivos Específicos
- Oferecer aos educandos condições para o cultivo de hortaliças, através de método natural,
visando á melhoria da qualidade de sua alimentação;
- Incentivar o respeito á terra e ao seu produto, valorizando a natureza e estabelecendo a
relação harmônica homem/meio;
- Instrumentalizar os alunos no cultivo de hortaliças, ervas aromáticas, condimentares e
medicinais, subsidiando-os com a técnica operacional da cultura;
- Promover a integração e ação dos alunos, seu comprometimento com a produção e com
as questões de ecologia;
- Possibilitar a realização de atividades relacionadas com a alimentação escolar e voltadas
para o julgamento da qualidade das hortaliças, através de análise comparativa de
indicadores como tamanho, cor, sabor de produtos de hortaliças de diferentes procedências;
- Incentivar a aprendizagem através do Laboratório Natural “horta”;
- Resgatar a cultura popular através das plantas;
- Implantação do projeto Compostagem;
- Implantação do projeto de uma Estufa;
- Implantação do projeto de captação da Água da Chuva.
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3. O ENSINO - APRENDIZAGEM: UMA ABORDAGEM A PARTIR DO
TRABALHO PEDAGÓGICO INTERDISCIPLINAR NO CONTEXTO SOCIAL
As mudanças estão acontecendo em todos os âmbitos da sociedade, trazendo
inúmeras inovações em diversos campos do saber. Acompanhá-las exige uma nova postura
da escola, na qual a prática pedagógica já não responde às novas demanda da sociedade,
evidenciando uma comunidade escolar insatisfeita. É neste sentido, que a escola frente às
novas transformações, tem que buscar reestruturação de sua prática pedagógica para
contribuir significativamente, no sentido de formar indivíduos capazes de refletir
criticamente diante das situações postas na contemporaneidade.
Diante das crises evidentes que o mundo moderno vem demonstrando neste início
de século, em todos os âmbitos do saber e do fazer humanos, notadamente no âmbito da
Educação Escolar atingindo conceitos de autonomia, emancipação e liberdade, cumpre-
nos, repensarmos e refletimos sobre as novas competências para ensinar, novos
entendimentos sobre ensinar e aprender, numa perspectiva ética do agir pedagógico em
relação à aplicação das diferentes práticas pedagógicas do ensino. Estratégias e
oportunidades devem ser criadas para um melhor resultado do processo de ensino
aprendizagem. Os educadores comprometidos com a educação de qualidade devem
“buscar” mecanismos para este fim. Isto deve ocorrer para que posamos compreender e
ensinar a pensar sobre os problemas existentes, diante da pluralidade dos diferentes
contextos culturais de uma sociedade que altera profundamente seus processos de
socialização e de formação de identidade na sua ação como cidadão e execução da
cidadania.
Fazemos parte de uma sociedade altamente tecnológica em que aprendizagem
busca forma e capacidade de adaptação às mudanças abruptas e imprevisíveis que
acontecem como fruto da tecnologia. Isto nos força a admitir que quanto melhor
conhecermos com funcionam os poderes cognitivos, ou seja, o ato de conhecer, captar,
integrar, elaborar e exprimir informações, mais forças teremos de vencer os novos desafios
do cotidiano. Assim, para Hermann (2001: 90), “embora a sociedade imprima a Educação
um caráter de constante mutação, como incontrolável, nós devemos entender este processo
como de desorientação”. E é neste contexto que se torna descrente de sustentar um modelo
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ideal de educação, mas pertinente de se construir um, onde educadores e educandos estão
inseridos, isto é, no contexto social onde a prática do ensinar esta sendo aplicada. Sendo
assim, a contextualização e a interdisciplinaridade são propostas que visam contemplar um
ensino do conhecimento escolar, onde os múltiplos conhecimentos se interligam e se
relacionam com a realidade da comunidade na qual o aluno está inserido.
Rios (1994) afirma “só é possível falarmos em interdisciplinaridade na
interlocução criadora, na qual se transcende o espaço da subjetividade para ir ao encontro
de muitas subjetividades/disciplinas em diálogo”. No entanto, essas não são características
facilmente encontradas nas escolas em geral.
A visão interdisciplinar corresponde, portanto, a estabelecer a interligação de
concepções que, a cada momento, em cada circunstância, se veja o homem por inteiro,
reconhecendo a intervenção dialética entre duas dimensões: materialidade –
espiritualidade, corpo-alma, de modo “a por termo à visão de uma natureza não humana e
de um homem não natural”, de acordo com (FAZENDA, 1994).
Para o desenvolvimento da interdisciplinaridade, é fundamental que haja diálogo,
engajamento, participação dos professores, na construção de um projeto comum voltado
para a superação da fragmentação do ensino e de seu processo pedagógico.
O tratamento contextualizado dos conteúdos é o recurso que a escola tem para
retirar o aluno da condição de espectador passivo. O cotidiano e as relações estabelecidas
com o ambiente físico e social devem permitir dar significado a qualquer conteúdo
curricular, fazendo a ponte entre o que se aprende na escola e o que se faz, no dia-a-dia.
Neste sentido, deve considerar que a pedagogia histórico-crítica valoriza o saber
historicamente acumulado pelos homens, saber que gerou o desenvolvimento das
sociedades no transcorrer dos séculos.
Um dos nomes expressivos para a compreensão da pedagogia interacionista
histórico-crítico-social é Vygotsky; suas idéias enfatizam a construção do conhecimento.
Ele destaca a influência e a importância do social sobre o desenvolvimento humano.
Palavras-chave como mediação, interação, função social e níveis de desenvolvimento
(proximal, potencial e real) são contribuições responsáveis pelas modificações e avanços
na educação (Vygotsky, 1984). Portanto, Vygotsky nos levam a refletir sobre as questões
da educação proporcionando a criação de um trabalho significativo que privilegie ao aluno
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a argumentação, a visão crítica da realidade, a observação, a reflexão e a apropriação de
instrumentos que permitam a modificação e a interação social.
Partindo dessa concepção, entendemos conhecimento como algo que se constrói
num processo educacional e que leva ao crescimento, aproximando o aluno dos
significados, reflexo este, das experiências postas em prática levando em conta os fatores
onde aluno esta inserido.
Essa prática compreende atividades de reflexão consistente sobre os fatos
humanos, de modo a pôr em discussão os valores implicados quer nas ações de âmbito
interindividual, quer nas de alcance coletivo. Compreende, também, a inserção do aluno
em práticas cotidianas de exercícios da participação coletiva, permitindo-lhe compreender
a importância e a responsabilidade dessa participação, criando oportunidades de debates,
propostas, decisões e de práticas coletivas.
Sendo assim, a participação de alunos em diferentes projetos e atividades
práticas desenvolvidas pelos professores, permite que atuem como sujeitos ativos de sua
aprendizagem, que colaborem progressivamente na construção do seu conhecimento, que
relacionem conceitos de todas as áreas de conhecimentos físicos, formando redes que
entrelacem esses conhecimentos com outros saberes historicamente produzidos. Dentro
dessa perspectiva um trabalho de caráter interdisciplinar com a adequação dos conteúdos a
temas da vida cotidiana possibilitará melhores resultados na aprendizagem, nas
transformações sociais concretas e melhoria na qualidade de vida humana. Sendo que em
determinados conteúdos científicos devem ser inseridos projetos de ensino, onde os alunos
coletarão dados por meio de experimentos (jogos, brincadeiras, observação de fenômenos
naturais, hipótese, análises etc). Possibilitando assim, conclusões, divergências, e a efetiva
construção de idéias e de posicionamento crítico em relação aos conteúdos e o objeto de
pesquisa. Portanto, a educação escolar deve ser entendida como um processo educacional
a ser definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais,
organizados institucionalmente para apoiar, como preconiza as leis nacionais das
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96).
Para que o trabalho pedagógico ocorra é imprescindível que seja contemplada em
todas as áreas do conhecimento (nas diferentes disciplinas-trabalho interdisciplinar), deve
garantir que todos os membros da comunidade escolar possam divulgar e reafirmar valores
positivos em relação à questão da melhoria da qualidade de vida humana, bem como
possibilitar a reflexão dos comportamentos que necessitam serem modificados, para que a
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qualidade de vida da coletividade seja melhorada valorizando o ser humano como sua
diversidade cultural e étnica. Sendo assim, o professor diante das diversas situações onde o
indivíduo esta inserido é necessário incorporar conteúdos significativos através de
metodologia que favoreça o ensino aprendizagem para formar um cidadão com
capacidades de auxiliar a construção de uma nova sociedade com valores éticos e morais.
Para tanto, é imprescindível a busca por fundamentação teórica que subsidie a
prática docente. Sendo que o professor pode desempenhar o papel de mediador do
conhecimento e propiciar ao estudante a compreensão do mundo cientifico. Para a
aproximação social dos conteúdos, cabe um repensar sobre os diferentes sujeitos
envolvidos no processo ensino-aprendizagem e nos papéis da escola, do professor e do
aluno.
4. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DE UMA CIDADANIA
RESPONSÁVEL
4.1 Horta na Escola
A escola que temos é, via de regra, a escola que queremos, a partir do princípio de
que a construção do conhecimento deve ser fruto da interação, das vivências de práticas
prazerosas, criativas e inerentes ás necessidades humanas.
A premissa Construir educação é sobrepor-se á suprema ação que norteia a
tomada de conhecimentos representou a alavanca geradora de criação do Projeto Terra
Viva. A educação dos tempos que ladeiam o novo século tem fortalecido a matéria
referente ás relações do homem com o meio ambiente. Quando nos reportamos ás escolas,
demonstramos, através de impulsos educativos, a importância do trabalho de preservação e
propomos aos nossos alunos a reflexão sobre o tema.
Considerando a educação como forma de comportamento humano intransferível,
enquanto formação do indivíduo, o Projeto vem em defesa da construção do conhecimento,
em defesa da interação do ser humano com o meio ambiente, sendo reconhecido como
fonte das múltiplas relações estabelecidas nas comunidades escolares em tratativas
ambientais, ecológicas, de saúde, nutrição, dada a troca de experiências pela socialização.
A merenda escolar recebe do Projeto Terra Viva os produtos da horta escolar,
enriquecendo e fortalecendo os cardápios. A interdisciplinaridade se faz presente,
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construindo o maior dos projetos, o projeto da educação, para que se concretize o sonho da
participação efetiva, oferecendo a toda comunidade escolar uma aprendizagem qualificada,
vertendo para a preservação e a produção.
Somos seres pensantes, reflexivos, atuantes e em busca permanente de espaços para
a efetivação do exercício da cidadania que garantem, através do desenvolvimento da
proposta, a mudança de atitudes, isto é, a real aprendizagem, incidindo na conquista da
qualidade comportamental em defesa da vida pessoal e coletiva, bem como do
fortalecimento da consciência ecológica pelo fazer da educação.
Entendendo a Escola como espaço público e local onde a criança dará seqüência
ao seu processo de socialização, é fundamental o papel da Educação Ambiental na
formação de uma cidadania responsável. O que nela se faz, se diz e se valoriza, representa
um exemplo daquilo que a sociedade quer e aprova. Comportamentos ambientalmente
corretos devem ser aprendidos na prática, no dia-a-dia da escola, desde as primeiras séries.
A escola é um dos agentes fundamentais para a divulgação dos princípios da Educação
Ambiental. Porém a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e
transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental
de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares.
Em 1996 foi elaborada a proposta dos “Parâmetros Curriculares Nacionais”, onde no
documento “Convívio Social e Ética – Meio Ambiente”. É apresentada a dimensão
ambiental como um tema transversal nos currículos do ensino fundamental e médio.
Em relação ao poder público a Constituição do Brasil deixa claro, “Cabe ao
poder público promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente” (Constituição Federal,
1988).
Sendo assim, Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do
currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a
perceber a correlação dos fatos e ter uma visão integral do mundo em que vive. Para isso é
importante que o professor trabalhe no sentido de desenvolver com os alunos uma postura
crítica frente á realidade, ás informações e aos valores veiculados pelos meios de
comunicação, além daqueles trazidos pelos próprios alunos.
5. METODOLOGIA
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A área de abrangência trabalhada é “Terra Viva: A Horta como Laboratório
Natural Integrando Escola e Comunidade”
Quanto aos meios de investigação a pesquisa tem caráter qualitativo acompanhado
de pesquisa bibliográfica e da pesquisa explicativa.
A pesquisa bibliográfica segundo Trivinos (1987), consiste na procura de
referencias teóricas publicadas em livros, artigos e documentos para que o pesquisador tome
conhecimentos e analise as contribuições científicas sobre o assunto em questão.
No que tange a pesquisa explicativa segundo Ruiz (2005), comenta que é o tipo de
pesquisa mais complexo que busca aprofundar o conhecimento da realidade.
Na realização desse projeto serão desenvolvidas as seguintes etapas:
- Pesquisa bibliográfica sobre o tema;
- Levantamento de dados junto à escola;
- Trabalho em sala de aula com os alunos e professores sobre o projeto explicando seus
objetivos e o porquê da educação sustentável;
- Divulgação do projeto em sala de aula, convidando os alunos a participarem;
- Ações de preservação ambiental;
- Realizar palestras com profissionais e estudantes de Agronomia (UEM);
- Organizar de grupos para as atividades teóricas e práticas que acontecerão no decorrer do
desenvolvimento do projeto;
- Será organizado uma pasta para os registros das atividades desenvolvidas:
- Recursos pedagógicos pelos professores envolvidos e estagiários de Agronomia - UEM.
Subsídios relativos a construção de canteiro (forma e posição), espécies de sementes e
períodos de cultivo, orientação prática de semeaduras e transplantes, práticas ecológicas e de
saúde que incluem as funções dos alimentos energéticos, construtores e reguladores;
- Possibilidade de relação interdisciplinar, desencadeamento interdisciplinar, provocando
múltiplos movimentos de características elaboradas pelo direcionamento do pensar, do agir,
do relacionar, da construção dos conceitos e do aproveitamento do produto final de forma
prazerosa e comparativa.
Assim, nomeia-se o projeto dos múltiplos movimentos:
- Movimento do crescer, a partir do desenvolvimento de sementes e mudas;
- Movimento da mente, na construção dos conceitos para a aprendizagem;
- Movimento do prazer de ensinar e do prazer de aprender;
- Movimento psicomotor;
- Movimento, enfim, da vida, envolvendo no aprender o exercício da cidadania.
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O projeto em questão conta com subsídios de outros Subprojetos que contempla o
seu desenvolvimento, entre eles está: Compostagem, Estufa e de Captação da Água da
Chuva.
6. RECURSOS
6.1 Materiais: Instrumentos agrícolas o necessário para a construção de canteiros
(enxadas, rastelos etc.), o lixo orgânico, adubos, sementes, divisórias, arame, madeiras ,
livros, vídeos e outros.
6.2 Humanos: Comunidade Escolar (funcionários, alunos, pais, professores e equipe
pedagógica), projeto escola (coordenadora Maria Aparecida), estagiários do curso de
Agronomia (UEM), estagiários do curso de biologia (UEM) e outros.
REFERÊNCIAS
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Janeiro:
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BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei 9394/96) . Brasília: Gráfica
Oficial, 1996.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.
EMATER-PR. Disponível em: www.pr.gov.br/emater, acesso: 15 de dezembro de 2006.
FAZENDA, Ivani A. C. Interdisciplinaridade – um projeto em parceria. São Paulo,
Loyola, 1991.
FREIRE, Paulo. Educando Como Prática de Liberdade. 14 ed. Rio de Janeiro. Paz e Terra,
1983.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores
Associados, 2002.
HERNANN, Nadja. Pluralidade e Ética em educação. Rio de Janeiro; DPZA Editora,
2001.
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NOVA ESCOLA. São Paulo, agosto, 2004.
REVISTA DO PROFESSOR. Porto Alegre, 17 (65): 47 – 48, janeiro/março, 2001.
RIOS, T. A. Ética e competência. São Paulo, Cortez, 1994.
RUIZ, Marcos. Como Elaborar uma pesquisa: Petrópolis, Vozes, 2005.
SARIEGO, J. C. Educação ambiental. São Paulo: Scipione, 1994.
SOARES, J. L. Dicionário etmológico e circunstaciado de biologia. São Paulo: Scipione,
1993.
VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
TRIVINOS, Nivaldo Augusto. A Pesquisa Qualitativa. Porto alegre: Artmed, 1997.
16.4 - ESTUFA: UMA ALTERNATIVA DE PRODUÇÃO DAS DIFERENTES CULTURAS
INTRODUÇÃO
São inúmeros estudos que abordam os diferentes aspectos que implicam no fracasso
escolar nos alunos de escola pública. Estes estudos incluem desde variáveis físicas até
sociais, perpassando pelos aspectos psicológicos, pedagógicos institucionais.
O movimento nacional para incluir todas as pessoas na escola e o ideal de uma
escola para todos que vem dando novo rumo às expectativas educacionais para atender a
diversidade.
Esses movimentos evidenciam grande impulso desde a década de 90 no que se refere
à colocação de “todos” na rede regular de ensino e têm avançado aceleradamente em alguns
países desenvolvidos, constando-se que na regular bem sucedida desses educandos requer
um sistema educacional diferente do atualmente disponível.
Implicam a inserção de todos, sem distinção de condições lingüísticas, sensoriais,
cognitivas, físicas, emocionais, éticas, socioeconômicas ou outras e requer sistemas
educacionais planejados e organizados que dêem conta da diversidade dos alunos e ofereçam
respostas adequadas às suas características e necessidades. Aqui enfocando os educandos do
campo.
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Neste sentido, mesmo a escola inserida na cidade mas recebendo alunos do campo
tem que valorizar suas características do campo, mas também oferecer subsídios que possam
colaborar para a formação de pessoas conscientes em relação ao seu contexto.
A Política Nacional de Educação no Brasil, entende que “todos” deverão ser
incluídos na educação, e portanto tendo a garantia a um atendimento especializado. Já na
Lei das Diretrizes e Bases da Educação lei 9394/96 preconiza uma proposta pedagógica
ajustada às necessidades educacionais do aluno. Sendo assim, enquanto direitos a
Constituição (1988), garante a inclusão “todos”.
Ao analisarmos o processo histórico da educação no Brasil, sua constituição e
desdobramentos nos deparam com um o entendimento da educação para todos. E neste
sentido amplia-se as discussões sobre a educação com os diversos ministérios, diferentes
órgãos públicos, movimentos sociais e organizações não-governamentais, com vistas à
formulação e implementação de políticas de educação para atender a “ todos”.
Sendo que o papel fundamental da educação amplia-se gradativamente a partir do
século XXI e apontando para a necessidade de se construir uma escola voltada para a
formação de cidadãos, criativos, habilidosos e competentes.
1. JUSTIFICATIVA
O presente trabalho caracteriza uma proposta permanente e interdisciplinar entre as
disciplinas de biologia e história com alunos do ensino fundamental e médio do Colégio
Estadual Olavo Bilac, do município de Sarandi/PR, o qual atende alunos do campo e tem
por objetivo a educação como vetor para proporcionar momentos de reflexão sobre a
realidade da vida no campo bem como possibilitar com bases nas técnicas de cultivo de
plantas a partir de estufa, a articulação de conhecimentos que viabilizem alternativas de
produção de diferentes culturas que possam atender interesse desses alunos como sujeitos
de possível mudanças nas relações de trabalho e da vida, que garantam a melhoria da
qualidade de vida dos que vivem e sobrevivem no campo.
Sendo assim, o presente trabalho contribui no processo de ensino aprendizagem das
disciplinas inseridas. E como processo a educação é um mecanismo estratégico para o
desenvolvimento sustentável de inovações onde o sujeito esta inserido. Assim a educação é
uma força mobilizadora capaz de transformar a realidade no âmbito produtivo, ambiental,
político e social dentro de contexto.
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163
Neste contexto a construção de uma estufa no colégio permitirá o conhecimento
técnico do manejo de plantas ornamentais e subsidio para o projeto “Terra Viva: A Horta
como Laboratório Natural Integrando Escola e Comunidade” . Desta forma, o projeto em
questão viabiliza uma proposta de ensino a qual estimula o interesse vinculado pelos
alunos a uma cultura que se produz por meio de relações mediadas, pelo saber, pelo
trabalho, sendo este como produção material e cultural de existência humana, tanto no
campo como no meio urbano.
2. ABORDAGEM GERAL DO PROBLEMA
No marco de uma sociedade competitiva como a nossa trata-se cotidianamente uma
batalha cultural pelo entendimento do que é cidadania, pluralidade e igualdade em favor da
pessoa .
São batalhas que pretendem ultrapassar o senso comum no sentido de combater as
idéias e práticas discriminatórias que estigmatizam as pessoas que vivem no campo e do
campo.
Estas questões constantemente formuladas por educadores que se preocupam com o
desenvolvimento integral do aluno no processo de ensino aprendizagem.
Assim, diante do exposto levanta-se o seguinte problema.
Os alunos do campo que freqüentam a escola urbana são contemplados na escola
onde estão inseridos?
2 .1 OBJETIVOS:
2.1.1 Objetivo geral
- Com base nas técnicas de cultivo de plantas a partir de estufa, o presente projeto
objetiva a articulação de conhecimentos que possibilitem aos alunos alternativas de
produção de diferentes culturas.
2.1.2 Objetivos Específicos
- Possibilitar trabalhos interdisciplinares com a interação de diferentes disciplinas afins
como ferramenta de auxilio as aprendizagens;
- Verificar o processo de produção agrícola no município de Sarandi;
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- Permitir a Inclusão Social enfocada nas Políticas Publica;
- Possibilitar aplicabilidade de procedimentos técnicos e metodológicos diferenciados na
produção de plantas.
- Observar a diversidade, anatomia, e fisiologia das plantas cultivadas em estufas;
- Verificar a influencia química e física no desenvolvimento de determinadas plantas em
estufa.
2.3 PRESSUPOSTOS
A partir dos objetivos citados anteriormente, formulamos pressupostos que
norteiam o desenvolvimento deste trabalho
- A efetivação da inclusão social e o trabalho interdisciplinar propiciam um suporte
adequado no processo de aprendizagens para os alunos do campo que são atendidos pela
escola urbana.
3. EDUCAÇÃO EM FAVOR DA DIVERSIDADE
3.1 Que é educação?
Procura-se atualmente definir as múltiplas concepções do se entende por educação e
no que consiste modelo de intervenção educativa e um posicionamento mais didático que
incida no processo de ensino aprendizagem em favor da diversidade em sala de aula, na
escola e na sociedade.
Assim, dentro da filosofia da educação que se fundamenta nos direitos humanos,
preconiza a todos os seres humanos o direito de aprender e de desenvolver suas capacidades,
para, assim, alcançar a independência social e econômica, bem como poder integrar-se
plenamente na vida comunitária.
Por essa razão, as mesmas oportunidades oferecidas pela sociedade às pessoas
consideradas como “urbanas” devem ser extensivas aos educandos do campo e no campo.
3.2 Concepção de Educação do Campo
Ao longo da última década, ocorreu no Paraná o processo de nucleação das
Escolas do Campo e municipalização das séries iniciais do Ensino Fundamental. Com
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165
isso, muitas escolas foram retiradas das comunidades, passando a se localizar nas sedes dos
municípios. Assim, a escola do Campo não se define pela localização geográfica, e sim
pelos sujeitos que a compõem, mesmo que a escola não esteja próximo ao local de
moradia, ela deve ser concedida como uma Escola do Campo e não pode somente
privilegiar a cultura da cidade, desvalorizando a identidade desses alunos, sejam crianças,
adolescentes, jovens e adultos.
Neste sentido, mesmo a escola inserida na cidade mas recebendo alunos do campo
tem que valorizar suas características do campo, na produção, na diversão, enfim no modo
de vida desses sujeitos, sendo que estes produzem saberes que foram acumulados ao longo
das experiências vividas por suas famílias. Sendo assim, para que a escola tenha um
significado e possibilite que os alunos se reconheçam nela, estes saberes devem estar
presentes nas práticas pedagógicas e na organização do trabalho pedagógico da instituição
escolar.
Portanto, não podemos perder de vista que a concepção de Educação do Campo
entende que a escola deve valorizar os diferentes saberes no processo educativo. A
Educação do Campo deve compreender que os sujeitos possuem histórias, participam de
lutas sociais, sonham, tem modos de vida diferenciados, gêneros e etnias diferenciadas. Há
diferentes contextos e forma de viver em cada território ocupado e em cada tempo, a
exemplo da orientação das pessoas e de organização do trabalho pelos ciclos da terra.
Tendo em vista estas considerações, sem dúvida, e preciso que a escola proporcione
um trabalho pedagógico que possa atender os sujeitos que vem do campo para uma
educação de integração social que propicie um entendimento das várias culturas em
diferentes contextos.
3.3 Interdisciplinaridade
A interdisciplinaridade, no campo da educação, corresponde à necessidade de superar
a visão fragmentada de produção do conhecimento, como também de articular e produzir
coerência entre os múltiplos fragmentos que estão postos no acervo de conhecimentos da
humanidade.
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Busca-se estabelecer o sentido de unidade na diversidade, mediante uma visão de
conjunto, que permita ao homem fazer sentido dos conhecimentos e informações dissociados
e até mesmo antagônicos que vem recebendo, de tal modo que possa reencontrar a identidade
do saber na multiplicidade de conhecimentos.
De acordo com Santos (2006), o objetivo da interdisciplinaridade é, portanto, o de
promover a superação da visão restrita de mundo e a compreensão da complexidade da
realidade, ao mesmo tempo resgatando a centralidade do homem na realidade e na produção
do conhecimento, de modo a permitir ao mesmo tempo uma melhor compreensão da realidade
e do homem como o ser determinante e determinado.
Sendo assim, para o desenvolvimento da interdisciplinaridade, é fundamental que haja
diálogo, engajamento, participação dos professores, na construção de um projeto comum
voltado para a superação da fragmentação do ensino e de seu processo pedagógico.
Nesse sentido, Rios (1994) afirma “só é possível falarmos em interdisciplinaridade na
interlocução criadora, na qual se transcende o espaço da subjetividade para ir ao encontro de
muitas subjetividades/disciplinas em diálogo”. No entanto, essas não são características
facilmente encontradas nas escolas em geral.
A visão interdisciplinar corresponde, portanto, a estabelecer a interligação de
concepções que, a cada momento, em cada circunstância, se veja o homem por inteiro,
reconhecendo a intervenção dialética entre duas dimensões: materialidade – espiritualidade,
corpo-alma, de modo “a por termo à visão de uma natureza não humana e de um homem não
natural”, de acordo com (FAZENDA, 1994).
Desse modo, privilegia-se a prática de uma educação em que professores e alunos se
visualizem por inteiro no processo, estabelecendo um mudança de atitude à respeito da
formação e ação do homem, das quais fazem parte, os aspectos afetivos, relacionais e éticos,
concomitantemente com os racionais, lógicos e objetivos.
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3.4 Técnicas e Cultivos em Estufas
3.4.1 Estufa
Estufa é uma galeria envidraçada cuja finalidade é obter uma atmosfera favorável ao
cultivo de certas plantas fora da estação propicia ou de sua região natural. Originou-se a partir
da experiência dos camponeses e lavradores das zonzas temperadas, ao observarem que os
frutos cultivados em costas ensoraladas se desenvolviam com maior rapidez.
3.4.2 Cultivo
As estufas podem ser usadas tanto nos climas frios quanto nos quentes. Neste ultimo
caso, denomina-se estufa fria. Ambos os tipos têm larga aplicação. Podem ser usadas para o
cultivo de flores, para acelerar a produção de hortaliças, formar sementeiras ou abrigar mudas,
que serão transplantadas na época propicia. Podem também abrigar coleção de plantas
valiosas ou servir à exposição de plantas ou flores.
A aplicação da estufa também favorece o estudo da fisiologia vegetal e da ecologia,
uma vez que permite variar plenamente os fatores de crescimento, como temperatura,
umidade, qualidade, intensidade e duração da iluminação, a fim de obter a reprodução
artificial das variações climáticas e nutritivas a que estão submetidas as plantas nos diferentes
ambientes naturais, ou mesmo a combinação de condições de ordem puramente experimental.
3.4.3 Técnicas
A técnica da construção de estufas leva em consideração determinadas condições,
como a boa iluminação e a ventilação adequada, pois a regulagem da circulação do ar é
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essencial para manter a temperatura e umidade desejada. É também fundamental a perfeita
drenagem da estufa e sua colocação a salvo de gases tóxicos deve-se fazer um exame
permanente para evitar goteiras, vidros partidos, aquecimentos ou resfriamento excessivo.
3.5 Agricultura
Há cerca de 10 mil anos atrás, durante a Pré-história, no período do neolítico ou
período da pedra polida, alguns indivíduos de povos caçadores-coletores notaram que alguns
grãos que eram coletados da natureza para a sua alimentação poderiam ser enterrados, isto é,
"semeados" a fim de produzir novas plantas iguais às que os originaram. Essa prática permitiu
o aumento da oferta de alimento dessas pessoas. Com o tempo, as pessoas foram selecionando
os melhores grãos selvagens, aqueles que possuíam as características que mais interessavam
aos primeiros agricultores, tais como: tamanho, quantidade produzida, sabor, etc. Assim
surgiu o cultivo das primeiras plantas domesticadas, entre as quais se inclui o trigo e a cevada.
Com a nova sociedade agrícola que se formou, enfrentamos diversos problemas,
principalmente ambientais, como podemos citar o desmatamento da vegetação nativa para
implantação da monocultura, na procura de maior quantidade com menor variedade,
posteriormente passando a utilizar pesticidas e outros elementos químicos, causando um
grande impacto no solo, na água, na fauna e na flora da região.
O desenvolvimento de Maringá e sua região metropolitana deram-se basicamente em
função das atividades agrícolas que dominaram a região, a começar pelas grandes colheitas de
café, a exemplo que ocorreu em todo o Paraná. Segundo GARCIA (2006), “atualmente, as
principais culturas são a soja, o milho e o trigo (...)”, produtos de que já obteve safras
recordistas, na competição com outros estados. A cultura da soja é a mais recente das três e
expandiu-se tanto no norte como no oeste do estado e, posteriormente, no sul. Também é
importante a produção de algodão herbáceo, principalmente no norte. A cafeicultura, que se
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segue entre as riquezas da terra, se não goza do mesmo esplendor do passado, ainda conserva
entre os maiores produtores do Brasil.
Região de Maringá – oferta de produtos primários – 2002/2003
Produto Unidade Região Paraná % região
Milho Ton. 2.108.308 13.328.054 15,82
Soja Ton. 2.850.171 10.979.172 25,96
Mandioca Ton. 1.131.520 2.420.690 46,74
Café Ton. 27.828 118.322 23,52
Cana-de-açúcar Ton. 17.323.976 30.693.068 56,44
Algodão Ton. 39.706 69.105 57,5
Trigo Ton. 453.734 2.704.119 16,78
Fonte: Deral – Seab/PR (2005) – apud GARCIA (2006)
4. METODOLOGIA
A metodologia caracteriza-se com pesquisa exploratória, visando proporcionar uma
maior familiaridade com o problema.
A área de abrangência trabalhada é inclusão social dos alunos que vivem no campo
e são atendidos na escola urbana.
Quanto aos meios de investigação a pesquisa tem caráter de revisão bibliográfica
acompanhado de pesquisa local
A pesquisa bibliográfica segundo Triviños (1987)) consiste na procura de
referências teóricas publicadas em livros, artigos e documentos para que o pesquisador
tome conhecimentos e analise as contribuições científicas sobre o assunto em questão.
Na realização dessa pesquisa serão desenvolvidas as seguintes etapas:
- Pesquisa bibliográfica sobre o tema;
- Levantamento de dados junto à escola;
- Realização de entrevista com agricultores (pais de alunos da escola);
- Construção de uma estufa na escola.
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REFERENCIAS
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Oficial,1996.
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Senado Federal. Centro Gráfico, 1988.
FAZENDA, Ivani A. C. Interdisciplinaridade – um projeto em parceria. São Paulo,
Loyola, 1991.
GARCIA, Júlio César. Maringá Verde? O desafio ambiental da gestão das cidades.
Maringá: Eduem, 2006.
RIOS, T. A. Ética e competência. São Paulo, Cortez, 1994.
SANTOS, Jose Nunes dos. A inclusão e a integração das crianças portadoras de insuficiência motora das escolas da cidade de Sarandi. Tese (doutorado) – Uninorte, Asunción, PY, 2006. SANTOS, S. M. dos . Questões paradigmáticas para o Projeto Político Da Educação do Campo. Coleção por uma Educação do Campo. Vol.5, Brasília. TRIVIÑOS, N. A. A Pesquisa Qualitativa. Porto alegre: Artmed, 1987. 16.5 - PROJETO DE XADREZ Pressuposto Teórico A idéia básica de se levar o xadrez até as crianças e adolescentes reside no fato de ele ser um esporte pedagógico, auxiliando no desenvolvimento de seu raciocínio e cultura. O jogo de xadrez como auxiliar na educação, visa, principalmente, formar um pensamento organizado e desenvolver uma imaginação criativa capacitado à um uso construtivo, contribuindo para o futuro adulto vencer as dificuldades da vida. O xadrez surgiu por volta do século V, porém as normas do jogo de xadrez moderno foram afixadas no século XV, nessa época era um jogo praticado somente pela elite, sendo proibido para os pobres, conhecido como “jogo dos reis e rei dos jogos”. Hoje em dia países da Europa, e também Canadá e Estados Unidos já convivem com a prática e ensino de xadrez nas escolas, tendo parte nos currículos escolares, reconhecendo a importância da xadrez na formação plena da mente e personalidade dos jovens. Isso acontece também em países menos desenvolvidos, Cuba é um exemplo, onde além de fazer parte dos currículos escolares, atletas de outras modalidades esportivas são incentivados a pratica de xadrez para o desenvolvimento do seu raciocínio, e também alcança toda a população sendo que em um único evento na praça Che Guevara chegou a reunir aproximadamente 13.000 participantes.
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O xadrez é considerado jogo, esporte e ciência. Jogo pois os que não o conhecem atribuem a vitória, derrota, ou empate a sorte ou azar. Esporte, por conter elementos de lazer e competição. Ciência pois seu domínio exige estudo e aplicação. Aprimorar o raciocínio, a cultura e a formação de crianças e adolescentes, bem como de todos os que o praticam é uma das atribuições do jogo de xadrez. Justificativa Estando o município de Sarandi incluído entre os que sempre participam de eventos desta modalidade, mais que no entanto não se tem um local para que aqueles que o praticam possam continuar a sua prática ou aprimorar seus conhecimentos, assim também impossibilitando que outras pessoas possam conhecer este esporte. Gostaríamos de em princípio podermos ter este espaço, bem como divulgar amplamente sua prática nas escolas municipais. A idéia de se levar o xadrez até as escolas está baseado no fato de ser um esporte pedagógico, que auxilia no desenvolvimento das demais disciplinas. Todos nós precisamos adquirir uma boa memória para guardar acontecimentos e datas em uma aula de história, temos necessidade de ter precisão nos cálculos matemáticos, e ainda o xadrez oferece um ambiente ímpar para desenvolvermos nossa criatividade, sendo ainda um excelente meio de recreação e formação do caráter dos jovens. Contamos com a colaboração de alguns profissionais que trabalham em escolas estaduais que gostariam de ver o crescimento deste esporte no município. O xadrez pode ser jogado por pessoas de qualquer idade e quanto mais cedo acontecer seu contato com a modalidade, maior o seu desenvolvimento. O xadrez, pode ser jogado entre uma criança e um senhor da terceira idade, pois o que conta é o conhecimento e raciocínio. Pensando alto, gostaríamos que esta modalidade fosse difundida dentro do nosso município, para que futuramente em cada lar haja um praticante de xadrez, como acontece em países em que o esporte é tradição. Entendemos que nossa comunidade é de trabalhadores que merecem a oportunidade de aprendizagem. Sarandi pode ser transformada em um reduto de praticantes sendo para lazer, competição, e forma positiva de ocupação do tempo. Portanto, gostaríamos de implantar este projeto no município, contando com a colaboração da prefeitura para dar um primeiro impulso, para que este processo possa tornar-se contínuo. Objetivos Objetivos gerais: Divulgar amplamente a prática do xadrez para que Sarandi se torne um município em que sua população possa ter o acesso e conhecimento deste esporte que de fato contribui na formação de cidadãos, que reconheçam as estratégias para que em sua vida como no jogo possam raciocinar da melhor maneira suas decisões, com valores sociais e de respeito como cidadão. Objetivos específicos: - Ensinar o xadrez como esporte e lazer. - Divulgar a prática na comunidade. - Realizar torneios. - Envolvera sociedade para a prática sadia da modalidade.
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- Promover eventos onde possam participar pessoas de todas as idades. - Atentar para a concentração exigida no jogo e a necessidade do mesmo para a vida - Tornar Sarandi um município reconhecido e incentivador desta modalidade. - Trabalhar com oficinas de aprendizagem nas escolas. Metodologia O curso envolve aulas teóricas e práticas onde cada aluno inicia com a regra e noções elementares e gradativamente vai se integrando a elementos mais sutis do jogo, notação dos lances, ou seja, abertura, meio-jogo e final. Os alunos serão incentivados a participar de competições em níveis escolares, municipais e futuramente outros. Nesses torneios eles desenvolvem o espírito de decisão, assim como a firmeza de caráter, sendo portanto um imagem adequada para as lutas da vida.
16.6 –PROJETO JORNAL DA ESCOLA Coordenação: Profª Célia Aparecida dos Santos
Justificativa:
Analisando o espaço escolar como um ambiente propício para a promoção de atividades
que possibilitem ampliar o uso das linguagens verbais e não verbais e ressaltando as
condições de produção (quem escreve, o que, para quem, para que, por que, onde e como
se escreve), vimos através deste projeto oportunizar aos alunos a chance de possuírem um
veículo concreto para que suas produções se expressem como experiências reais do uso da
língua, ressaltando a concepção da língua como uma prática social.
Objetivos:
•••• Concretizar a função social da escrita, tendo um interlocutor real e dessa forma uma
motivação para a produção;
•••• Divulgar os trabalhos desenvolvidos pelos professores em sala de aula e a participação em
eventos esportivos, culturais e pedagógicos.
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Desenvolvimento:
O projeto será desenvolvido pela professora no período da tarde, juntamente com
alunos do Ensino Médio que se disponham a participar dentro das condições oferecidas. Os
grupos não precisam ser fixos, podendo haver um rodízio entre os alunos interessados.
Realizaremos reuniões periódicas para tomadas de decisões quanto a aquisição de patrocínios,
matérias que serão divulgadas, organização do material nas páginas disponíveis e eventual
produção de material para o jornal.
Disponibilizares um e-mail para que os professores, equipe pedagógica e demais
funcionários da escola encaminhem o material produzido pelos seus alunos ou por eles
próprios e que tenham interesse que seja publicado (textos, jogos, experiências...). Caso
haja interesse que o material escrito venha acompanhado por foto, existe a possibilidade do
pessoal da gráfica zira-la, mas deve ser comunicado a coordenação com antecedência.
A periodicidade do jornal será bimestral, no encerramento de cada bimestre, de acordo
com o calendário escolar. Desta forma pretendemos distribuir o 1º exemplar de 2007 na
última semana de abril, o 2º na última semana de junho, o 3º na última semana de setembro e
o 4º na última semana de novembro. Em função do período de seleção, diagramação e
finalização do processo, as matérias para publicação, em cada edição, serão recebidas somente
até 15 dias antes da data prevista para a distribuição. Podendo ficar para a próxima edição as
que não chegarem em tempo hábil.
Como não dispomos de recursos próprios para a publicação do jornal, as edições previstas
só serão concretizadas se tivermos apoio de patrocinadores. O orçamento para a publicação
de 2000 exemplares é de R$ 210,00, fornecido pela gráfica CSE, sendo que a mesma será
uma das patrocinadoras. Os recursos adquiridos serão registrados em livro-ouro,
juntamente com os recibos de pagamento emitidos pela gráfica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
COLÉGIO ESTADUAL OLAVO BILAC – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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FARACO, Carlos A.; TEZZA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com Bakhtin.
Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.
FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2º Grau.
Curitiba, 1988.
SOARES, Magda B. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 5.ed. São Paulo:
Ática, 1991.
16.7 - PROJETO: DESFILE DE BELEZAS ETNICAS OBJETO: AUTO ACEITAÇÃO PÚBLICO ALVO: ALUNOS ACIMA DE 14 ANOS DO COLÉGIO OBJETIVO GERAL Fazer com que os alunos se aceitem, acreditem que são capazes, valorizem suas raízes e ressaltem suas belezas externas, internas e culturais. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Respeitar as diferenças; Valorizar suas raízes; Resgatar sua auto-estima; Aprender a buscar suas raízes. INTRODUÇÃO Cada aluno preenche uma ficha de inscrição dentro da etnia escolhida por eles, e assim mostra mais cada beleza, concorrendo dentro de cada etnia. O júri é escolhido com cuidado de não escolher professores do colégio, por uma questão de neutralidade. A premiação é dentro de cada etnia, tendo no final 24 premiados, sendo 12 do sexo feminino e 12 do sexo masculino. METODOLOGIA Resgatar a origem através da ajuda dos pais, decidindo a qual etnia pertence, deixando livre a escolha: negro, branco, amarelo e pardo. Lembrando que suas descendências vão até cinco gerações. PROFESSORES ENVOLVIDOS Ezia Aparecida Adão ( matemática) Aderlita Amaral Germano ( ed. Física) Giordany Regina R. Arantes ( inglês)
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Roberto Gonçalves Barbosa ( física) Rita Vieira ( língua Portuguesa) JUSTIFICATIVA A Lei nº 10.639. de 9 de janeiro de 2003, altera a Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da
rede de ensino a obrigatoriedade do estudo da temática “História e Cultura Afro-Brasileira, e
dá outras providências:
“Art 1º A Lei nº 9.394/1996 passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos: 26-A, 79-A e 79-
B:
Art. 26-A Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-
se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
1º O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História
da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na
formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,
econômica e política pertinentes à História do Brasil.
2º Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito
de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e
História Brasileiras”.
Apesar de passados quatro anos da aprovação da respectiva Lei, ainda se questiona a
necessidade da existência de uma legislação para garantir que o ensino da História e Cultura
Afro-Brasileira se efetive no cotidiano do currículo escolar. Para que não precisemos nos
estender na justificativa, um exemplo: a contribuição dos negros na formação do Brasil
sempre foi ignorada – ou negada – basta lembrar dos nomes que são lembrados quando se
pergunta que povos formaram este país. A reposta imediata é: europeus (portugueses) e
indígenas. Os africanos sequer são mencionados, e dificilmente o seriam, afinal, no
imaginário coletivo deste País, o africano/negro sempre evocou a imagem do escravo, que,
por sua vez, está associado ao não-humano. Em tempos em que se fala tanto da importância
da inclusão, é preciso valorizar a história, a cultura e a identidade dos descendentes de
africanos e finalmente reconhecer a importância dos povos de África na formação do Brasil. E
se ainda restarem dúvidas, vale lembrar que o outrora almejado “ideal” de branqueamento do
Brasil está de uma vez por todas superado, visto que, segundo o último censo promovido pelo
IBGE (2001), 47% dos brasileiros são afrodescendentes,– terminologia esta sugerida pela
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ONU, em 2001, por ocasião da Terceira Conferência Mundial contra a Discriminação Racial,
a Xenofobia e a Intolerância, realizada na África do Sul, e da qual o Brasil é signatário.
Embora os estudos voltados à questão do preconceito racial no Brasil ainda sejam bastante
incipientes, visto que faltam dados ilustrativos da trajetória do aluno negro/mestiço, está
comprovado que, para estes, a vida escolar é mais difícil e acidentada, revelando níveis
inferiores de escolaridade na população de ascendência africana. Quando se considera a média
de anos de estudo e instrução formal das pessoas com idade acima de 25 anos, a diferença é
de dois anos de escolaridade a menos para a população negra. Em 2001, a população não-
negra apresentou 6,9 anos de estudo, contra 4,7 anos dos afrodescendentes. E ao compararmos
tais dados com aqueles de 1992, percebemos que a diferença pouco se alterou, pois a
população não-negra apresentava 5,9 anos de estudo e a negra, 3,6 anos. Considerando a
universalização do ensino e o aumento da média de anos de estudo no Brasil, constatamos que
se manteve o nível de desigualdade entre as populações de origem étnica diferente, e tal
diferença se mantém mesmo quando isolamos os dados de condição econômica e renda
familiar.
Esses (e outros) dados nos levam a refletir sobre como a educação centrada nos valores
eurocêntricos tem contribuído decisivamente para a reprodução das desigualdades entre
negros e não-negros, a tal ponto que Vale Silva e Hasenbalg (1999) afirmam que “é no
processo de aquisição da educação que reside o núcleo de desvantagens que indivíduos negros
ou pardos sofrem na sociedade brasileira”. Se entendemos a escola como espaço de
sociabilidade, como podemos, no cotidiano do trabalho pedagógico, ter a ilusão de
neutralidade na transmissão de conteúdos do conhecimento social, ou, em outras palavras,
como podemos pretender que o a população negra que freqüenta as escolas assuma-se como
sujeito, que resgate a sua auto-estima, se o conceito de negro historicamente construído ao
longo de séculos de escravização e marginalização foi o de que o africano/negro é um ser (ou
raça) inferior?
Mudar essa realidade implica que nós, professores, pensemos sobre as implicações das visões
sociais que o currículo oficial produz, bem como a que relações ele está vinculado em nossa
sociedade, afinal, o currículo não é neutro, ao contrário, ele está e sempre esteve imbricado
em relações políticas de poder e de controle social sobre a produção desse conhecimento. E,
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ao transmitir visões de mundos particulares, ele reproduz valores que participarão de
identidades individuais e sociais, portanto, de sujeitos sociais.
Passa por essas relações a escolha dos conteúdos curriculares, tanto os conteúdos conceituais
e temáticos, quanto os valores morais. Nesse contexto, a aprovação da Lei nº 10,639/2003
quer eliminar do currículo escolar a omissão consentida das informações acerca da presença e
da participação dos negros na história brasileira, cujos resultados foram extremamente
prejudiciais à vida escolar dos alunos de ascendência africana, que foram impedidos de
construir sua identidade na experiência escolar. Agora entendemos por que são empregados
tantos eufemismos na denominação e autodenominação do negro (moreno, chocolate, moreno
claro, bombom,etc., etc.), ou as frases falsamente apreciativas: “Imagine, você não é negro(a),
é moreno!”, “É negro, mas é honesto/trabalhador/limpinho!”, “Eu não sou preconceituoso(a),
meu melhor amigo(a) é negro(a)!” (Desde quando é preciso alardear que não é preconceituoso
simplesmente por ter um amigo negro?”)
Precisamos rever o currículo escolar, no qual o negro permanece invisível ou é considerado
mero objeto na história brasileira, trazendo à luz a presença de negros, pardos e mulatos não
só na cotidianidade da sociedade colonial, como nas discussões políticas que fundamentaram
a formação do Estado nacional brasileiro. Há que se superar os estereótipos e os “folclores”
acerca do continente Africano (in)conscientemente reduzido à “pobreza” de todo tipo
(humana, cultural, política, econômica), à epidemia de aids, às florestas/savanas habitadas por
animais selvagens, revelando a África que, como todos os demais continentes, não deve ter
sua imagem reduzida aos problemas. Aliás, um dos costumeiros “deslizes” é o de pensar a
África como um país e os africanos como um só povo. Aqueles que dizem “os africanos que
vieram para o Brasil” cometem dois graves erros, primeiramente porque os africanos não
vieram para cá (como o fizeram os italianos, os japoneses, os alemães e tantos outros povos),
a verdade é que os diferentes povos de origem africana (como os nagô, os mina, os gêge)
foram seqüestrados e trazidos para o Brasil e, apesar das diferenças étnicas e das condições
desumanas a que foram submetidos, organizaram lutas de resistência à escravidão, depois,
porque, apesar de todas de todas as adversidades que enfrentaram, trouxeram consigo marcas
das diferentes culturas que inscreveram em nossa língua, nossos gestos, nosso ritmo, nossos
comportamentos, nossa religiosidade, nossas festas e nossa arte. Dado o grau de
interpenetração de traços ou elementos das culturas africanas na cultura brasileira,
dificilmente se pode dizer que os negros compartilham valores culturais fundamentais que não
estejam presentes e reproduzidos na cultura brasileira.
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Ao implementar o ensino da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” no currículo
cotidiano da escola, estaremos finalmente dizendo a todos os alunos que mesmo sob a égide
da escravidão que os reduzia à condição de peças, os homens e mulheres africanos se
constituíram em umas das matrizes fundadoras do nosso povo (RIBEIRO, 1995) e que os
dados sobre as condições de vida da população negra são os indicadores de que o preconceito
e a discriminação racial são causas da desigualdade de acesso às posições sociais e aos baixos
índices socioeconômicos. É papel social da escola, como uma das instituições responsáveis
pela construção de identidades, a formação de valores e a inclusão social dos alunos negros e
mestiços, papel este que se manifesta nas intenções contidas nos currículos e nos programas
escolares, na forma como trata as manifestações explícitas ou sutis do preconceito e da
discriminação racial, que visam a naturalizar a idéia de inferioridade do cidadão negro. Em
suma, o real comprometimento da escola se evidencia na forma como vivencia na prática
cotidiana o princípio universal da dignidade humana.
BIBLIOGRAFIA JUNIOR, Henrique Cunha. Construções históricas Africanas e Construtivismo Etnomatemático em sala de aula de escola pública de maioria afrodescendente. 2º Congresso Brasileiro de Etnomatemática. ARRUDA, Jorge. Educando pela diversidade afrobrasileira e africana. Dinâmica. João Pessoas/PB, 2006. LEI Nº 10.639 DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Sancionada pelo Presidente da República.
16.8 - VISITA AO ALUNO
FINALIDADE: A elaboração deste projeto tem por finalidade motivar os alunos com baixa freqüência escolar. Desta maneira conscientizar as famílias da importância do acompanhamento dos pais no aprendizado de seus filhos. Acreditamos que essas visitas melhoram a auto-estima dos alunos, levando os familiares a serem participantes ativos da vida escolar dos filhos. CONSIDERAÇÕES GERAIS: O projeto visita os alunos a partir das informações que os professores repassam para a orientação da escola. Os professores responsáveis pelo projeto visitam a casa com prévio agendamento . Num segundo momento se faz o retorno a casa visitada para melhor acompanhamento. Nas conversas com familiares fica claro que o objetivo é trazer o aluno de volta para a sala de aula, procurando sempre incentivar e valorizar os alunos e dar significado ao aprendizado.
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PROFESSOR AUTOR DO PROJETO Nilton Valério Costa PROFESSORES COLABORADORES Jiro Omura Elenice de Fátima Farias Raquel Dutra Faleiros
16.9 – PROJETO PLANTA AZUL Programa Educacional Planeta Azul O Programa Educacional Planeta Azul foi desenvolvido pela Divisão Educacional da Fundação Mokiti Okada entendendo que o processo de aprendizado da criança é muito importante não somente para a aquisição de conhecimentos, mas também para a formação de cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade. Foi pensado em um projeto que pudesse criar mecanismos capazes de possibilitar o envolvimento tanto das crianças, como também da escola que ela estuda, da sua familia e da comunidade em que ela vive. Seguindo nessa direção, foi elaborada para atuar diretamente com as crianças, a revista em quadrinhos Planeta Azul – Por um Mundo Melhor. Através de histórias simples, de situações cotidianas que ocorrem no interior da escola e no ambiente familiar, vividas por personagens divertidas e bem-humoradas, foram desenvolvidos conteúdos relacionados, basicamente, com quatro temas elementares: saúde, arte, meio ambiente e Ética. As revistas são individuais e distribuídas mensalmente pelo professor. Foram desenvolvidos como um material paradidático e extracurricular voltado para a utilizados em sala de aula durante o ano letivo. A cada mês são trabalhadas quatro histórias diferentes baseadas em experiências relatadas pelas crianças, pais e professores através de cartinhas enviadas pelas crianças. à Divisão Educacional. A idéia é que as histórias contadas pelas personagens sirvam como uma via de acesso para a compreensão dos fundamentos da filosofia de Mokiti Okada e para a discussão de valores relacionados à ética, ao altruísmo e à cidadania. Irão propiciar, de maneira divertida e interativa, o estímulo ao hábito da leitura e o gosto pela escrita. Professor Outro elemento do Programa Educacional é o treinamento e capacitação dos professores para utilização do material disponibilizado. A cada mês a distribuição das revistas em quadrinhos é acompanhada por uma nova edição do Ponto de Apoio. Esse material é uma publicação destinada aos professores, contendo sugestão de temas e atividades a serem trabalhadas, partindo do contexto apresentado na revista do mês. Ademais, a cada fim de mês são realizados encontros mensais entre a equipe técnica do projeto e os professores da escola, a fim de trocarem experiências, esclarecimento de dúvidas, avaliação do projeto e sugestão de novos roteiros para as histórias.
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Paralelamente ao trabalho de orientação e troca de experiências com os professores, é feito um acompanhamento do projeto com os pais. Em encontros bimestrais, realizados na escola, são avaliados os resultados obtidos com a implantação do projeto, bem como recolher sugestões de melhorias e de material para novas histórias. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO O Projeto Planeta Azul segue o ano letivo da escola e vem sendo desenvolvido na escola desde o ano de 2005, como projeto-piloto, com duas quintas séries. São nove edições por ano, distribuídas todos os meses para as crianças participantes e começam com a Campanha do Obrigado. Campanha do Obrigado A Campanha do Obrigado é uma parceria entre os educadores, crianças e pais, com duração de um mês, cujo intuito é de, pelo menos 15 minutos durante as aulas despertar na criança a noção da importância de se fazer boas ações e ajudar o próximo. Através da leitura diária da revista da Campanha do Obrigado, do incentivo a prática de boas ações e do agradecimento, procura criar um instrumento para desenvolver a iniciativa, a vontade própria, a espontaneidade e a criatividade da criança, bem como promover a transformação do seu comportamento e o aproveitamento nas salas de aula. E a seguir, dando continuidade ao projeto, passa-se a ser utilizado a Revista Planeta Azul- Por um Mundo Melhor. Implantação da Revista Planeta Azul Por um Mundo Melhor A Revista Planeta Azul Por um mundo Melhor foi desenvolvida para a utilização em sala de aula durante o ano letivo, agregando diferenciais que demarcam claramente a importância da educação para a cidadania. A sua aplicação acontece imediatamente após o primeiro mês da Campanha do Obrigado. Cada revista é composta por várias histórias trabalhadas uma em cada semana e seus personagens são inspirados na natureza, representados por animais em extinção, criando laços de afeto, carinho, zelo e estimulando a bondade e cortesia. OBJETIVOS DO PROJETO Para a Escola e Educadores: * Auxiliar em questões como: aproveitamento, evasão, indisciplina e comportamento dos alunos no ambiente escolar;
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* Valorizar as atividades e a vida na escola, enquanto extensão da família; * Estimular a formação de redes de voluntários como alternativa eficaz na integração da comunidade, como participante do sistema de educação e formação social. Para os alunos: * Contribuir para a melhoria da sua formação educacional; * Difundir idéias relacionadas a ética, a prática da cidadania e o respeito ao meio ambiente e ao próximo; * Desenvolver sua capacidade criativa participativa, colaboração e consciência coletiva; * Auxiliar na formação de cidadãos responsáveis e conscientes; * Desenvolver o hábito da leitura e o gosto pela escrita. Para a família: Atuar na formação e fortalecimento do elo existente na relação criança/escola/pais, como objetivo de contribuir na construção de um diálogo; Incentivar a participação dos pais nas atividades escolares dos filhos. JUSTIFICATIVA A Revista Planeta Azul ao mesmo tempo diverte, ensina e conscientiza as crianças de que elas podem contribuir para a formação de um mundo melhor, através de pequenas práticas. As histórias contadas por personagens da natureza e retratam experiências reais, fazendo com que as crianças se identifiquem e passem a repensar alguns comportamentos. O material baseia-se em histórias em quadrinhos para que possa educar divertindo, isso porque, infelizmente são notáveis os problemas de indisciplina e de falta de abertura para diálogo entre aluno e professor.