o diário no seu bairro - aniversário de sarandi

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MARINGÁ, PR www.odiario.com OUTUBRO DE 2015 UMA CIDADE É SUA GENTE Aos 34 anos, Sarandi está na fase da maturidade urbana, apressando a transição entre um passado de problemas e um futuro de soluções. Reorganizar a ocupação do espaço geográfico e planejar a expansão da cidade sob a plataforma da qualidade de vida se impõem como desafios imediatos. Com cerca de 90 mil habitantes, segundo estima o IBGE., o município celebra seu aniversário com índices de criminalidade em queda, economia em ascensão e uma gente orgulhosa 4. FUTURO Conrado Ferri, presidente do PSD, diz que é preciso repensar Sarandi 6. SOLIDARIEDADE Matheus precisa de sua ajuda para cirurgia e assim voltar a enxergar 7. HISTÓRIA José Lázaro, um pioneiro de ‘memória de computador’ 18. MOBILIZAÇÃO Presidente da ACIS prega união para fortalecer ações da entidade 34. FUTEBOL Bugrão continua nos gramados, agora com um ‘toque de mestre’ ANIVERSÁRIO DE SARANDI FOTO: J. C. FRAGOSO

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MARINGÁ, PR www.odiario.comOUTUBRO DE 2015

UMA CIDADE É SUA GENTE Aos 34 anos, Sarandi está na fase da maturidade urbana, apressando a transição entre um passado de problemas e um futuro de soluções. Reorganizar a ocupação do espaço geográfico e planejar a expansão da cidade sob a plataforma da qualidade de vida se impõem como desafios imediatos. Com cerca de 90 mil habitantes, segundo estima o IBGE., o município celebra seu aniversário com índices de criminalidade em queda, economia em ascensão e uma gente orgulhosa

4. FUTURO Conrado Ferri, presidente do PSD, diz que é preciso repensar Sarandi

6.SOLIDARIEDADE Matheus precisa de sua ajuda para cirurgia e assim voltar a enxergar

7. HISTÓRIA José Lázaro, um pioneiro de ‘memória de computador’

18. MOBILIZAÇÃO Presidente da ACIS prega união para fortalecer ações da entidade

34. FUTEBOL Bugrão continua nos gramados, agora com um ‘toque de mestre’

ANIVERSÁRIO DE SARANDI

FOTO

: J. C

. FRA

GOSO

2 I SARANDI O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

FUNDADA EM 1974 POR JOAQUIM DUTRA

IARIOODO NORTE DO PARANÁD Presidente

Franklin Vieira da Silva

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Minha familiaridade com Sarandi e seus problemas (e registre-se: com seu crescimento e evolução em diversos indicadores sociais e econômicos) remonta ao início dos anos de 1980, quando iniciei-me na carreira jornalística nos primeiros anos de emancipação do município. Eram recorrentes matérias om abordagens negativas, de ‘cidade-dormitório’ a crimes de homicídio e tráfico de drogas. A falta de água também era tema quase diário nos meios de comunicação.

No final da década de 1990, fui assessor de imprensa da prefeitura, na gestão do então prefeito Julio Bifon. A função me oportunizou conhecer um pouco mais de perto a realidade urbana e as dificuldades de enfrentar os problemas estruturais, como pavimentação e abastecimento de água, entre tantos outros, com recursos minguados. Os problemas sempre foram muito maiores do que o dinheiro disponível - gerado pela cidade ou recebido na forma de repasses do Estado e da União.

A primeira década de existência do município, condição conquistada com a lei 7.502, de 14 de outubro de 1981, foi de acelerada expansão urbana, fruto não de atrativos econômicos, como geração de empregos, mas resultado de um modelo de desenvolvimento excludente adotado por Maringá. A oferta de terrenos a preço baixo, sem a contrapartida da infraestrutura básica, alargou rapidamente os limites geográficos de Sarandi. Reforçava-se assim o conceito de ‘cidade-dormitório’. Incapaz de bancar o custo em ascensão

do imóvel em Maringá, para locação ou construção, o cidadão adquiria terreno (ou alugava) em Sarandi e morava aqui, mas trabalhava lá. O fluxo de trabalhadores criava enorme demanda de transporte, num tempo em que o carro era luxo para poucos. Além de coletivos, o deslocamento era feito de bicicletas e, pela manhã e à tarde, volume surpreendente de ciclistas transitava entre as duas cidades. Acidentes graves, com mortes, eram quase diários, criando mais pautas negativas para a imprensa.

Sarandi cresce, mas precisa repensar modelo de desenvolvimento EDIVALDO MAGRO

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Conrado propõe ‘agir para fazer’ Pré-candidato a prefeito, Conrado Ferri afirma que ‘falar não basta mais; é preciso interferir’

Conrado Ferri, empresário e presidente da comissão provisória do PSD de Sarandi, pré-candidato a prefeito da cidade, projeta um futuro transformador para o município. Bacharel em Direito, casado e filho de Carlos Ferri, fundador da instituição de saúde, Conrado, 37 anos, se mostra à vontade na pretensão de disputar a prefeitura, decisão, segundo ele, ‘irreversível’, tomada após longas reflexões.

“Quando tomo uma decisão, entendo que não devo recuar. Essa sem dúvida foi a decisão mais importante da minha vida e não tenho a menor intenção de mudá-la”, afirma Conrado, demonstrando atitude, virtude que também inspirou sua decisão. É preciso atitude no sentido de fazer alguma coisa para melhorar o cotidiano dessas pessoas. A gente fala, mas é preciso agir, interferir... Fazer!”, afirma.

Conrado explica que a amadureceu a ideia da candidatura nos últimos anos por acreditar ser possível transformar Sarandi na cidade que “todos queremos, desejamos e precisamos”. “Estamos aqui há mais de 30 anos. Aqui temos nossos negócios e construímos uma relação de amizade e respeito com a comunidade. Essa convivência nos exige atitude no O empresário, Conrado Ferri, presidente do PSD, propõe repensar Sarandi — FOTO: RAFAEL SILVA

Estamos aqui há mais de 30 anos. Construímos uma história de amizade e respeito com a comunidade” Conrado Ferri Empresário e presidente do PSD

sentido de fazer alguma coisa para melhorar o cotidiano dessas pessoas”, afirma.

“A gente anda muito por aí e vê o povo reclamando da falta de asfalto, de emprego, de creche... Então, é preciso enxergar a cidade de uma forma mais ampla, entendendo melhor suas urgências. Entendo que é preciso repensar Sarandi. Organizar seu crescimento futuro a partir de ações imediatas, urgentes. A cidade tem uma força enorme e é preciso canalizá-la nas organizações sociais e empresariais para que Sarandi prospere de forma democrática e justa”, afirma o pré-candidato a prefeito.

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Matheus quer voltar a enxergar Comunidade mobilizada para levantar R$ 150 mil, dinheiro que será usado para tratamento na Tailândia

Matheus Henrique Raeski Martins, de 8 anos, quer voltar a enxergar. Mas isso vai custar R$ 150 mil. É quanto se prevê gastar para submetê-lo a tratamento baseado em células-tronco, que deve lhe restituir a visão. Até os 3 anos enxerga a normalmente. “Era uma criança muita ativa. Gostava de brincar e jogar bola, como toda a criança, lembra a mãe, Fabiana.

A cegueira teria surgido como consequência de um episódio violento, quando a criança presenciou assalto no qual a família foi feita refém. Ele presenciou o pai foi amarrado e agredido, conforme relata boletim de ocorrência registrado no dia 25 de agosto de 2010. “Dormiu enxergando e acordou cego”, lamenta a mãe. Tinha início uma busca incessante para encontrar solução para o problema.

O tratamento inicial, com psicólogo, acreditando que a cegueira era decorrente do trauma, não obteve êxito. Depois de passar por diversos médicos, especialista de São Paulo constatou-se lesão do nervo ótico, descartando-se associação entre o episódio do assalto e a perda da visão. A causa poderia ser uma conjuntivite recorrente, ou seja, problema tratado, mas que havia retornado. Não era o caso.

Enfim, Matheus continua cego, mas os pais estão confiantes que a solução do problema está na Tailândia, para onde pretendem levar o menino quando juntarem a quantia suficiente para o tratamento de 18 dias. São 18 aplicações de células-tronco e o valor de R$ 150 mil devem ser pagos 30 dias antes.

Para falar com seus pais: 9838-3386/9736-8034 (Adilson ou Fabiana)

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José Lázaro te ‘memória de computador’ Aos 85 anos, pioneiro mantém a mente lúcida com leitura e longas jornadas de trabalho

“Não quero morrer na cama, quero morrer trabalhando”, lê-se na última página do currículo do pioneiro José Lázaro Pereira, assessor da Associação Comercial e Empresarial de Sarandi (Acis), sublinhando uma história dedicada não ao apenas ao exercício de muitas atividades, mas também ao conhecimento.

Nascido em 10 de agosto de 1930, em Patrocínio Paulista (cidade localizada a cerca de 400 km da capital, conhecida como ‘terra dos diamantes’ em função da garimpagem da pedra no século 19 na região), viúvo, cinco filhos, 10 netos e 13 bisnetos, ele chegou a Marialva em 1951.

O objetivo era o mesmo de milhares de famílias que se mudavam para o norte e noroeste do Paraná: o café. Dizia-se que o Paraná era lugar de ganhar dinheiro. Pessoas de outros estados não pensavam duas vezes. Mudança no caminhão e pé na estrada.

Mas Zé Lázaro, como é conhecido, não quis ficar na roça para sempre. Com o antigo primário concluído, ele foi convidado para trabalhar na Prefeitura de Marialva. De lá para cá, não parou mais de fazer cursos rápidos na sua área de atuação. O primeiro deles foi em 1961 no Rio de Janeiro, onde se aperfeiçoou em assuntos do Executivo municipal.

Naquela época dava-se importância ao curso de datilografia. Ainda no Estado de São Paulo, Zé Lázaro cursou-a numa escola na cidade de Itirapuã. “Eu carpia roça e parava mais cedo para aprender a bater máquina”, conta.

O esforço valeu a pena. No Paraná, Zé Lázaro encontrou um campo aberto para suas habilidades. Atuou nas prefeituras e câmaras de Mandaguari, Marialva, Sarandi e Doutor Camargo.

Nesses municípios, fundou várias entidades e ajudou a montar a estrutura dos poderes Executivo e Legislativo.

Dono de uma memória invejável, ele conhece ou pelo menos sabe os nomes de quase todos os políticos do norte e noroeste do Paraná. “É a vivência, a atenção e o amor por aquilo que se faz”, declara.

Leitor dos livros de gramática do ex-presidente Jânio Quadros, dos romances de Érico Veríssimo e José de Alencar, Zé Lázaro acrescenta que é uma das poucas pessoas em Sarandi, onde mora, que se dedicam à leitura. “Não é esnobar, não, mas a maioria não quer saber do conhecimento, infelizmente”.

Atualmente, por falta de tempo, lê jornais e revistas. Mas de vez em quando volta aos livros, revivendo aventuras literárias já vividas em companhia de grandes autores nacionais. Os cursos rápidos continuam na agenda. Perdeu a conta de quantos fez. “Se eu for colocar os certificados na parede, não tem espaço”, afirma.

Avesso à tecnologia, de vez em quando ele contesta o computador. Alguém digita uma palavra, e o corretor sublinha em vermelho. “Está errada?” Pergunta o interlocutor. “Não, não está”, responde Zé Lázaro. Nem sempre a máquina acerta.

Com 85 anos, Zé Lázaro não pensa em parar de trabalhar. Acorda todo dia às 6 horas e às 8 chega à Acis de Sarandi. “O trabalho é o meu combustível, sem ele não sei viver”, diz, fazendo jus à frase que abre esta reportagem. O conhecimento também. Não é por acaso que é chamado pelos amigos de “memória de computador”.

(Donizete Oliveira)

Da gramática do ex-presidente Jânio Quadros aos romances de José de Alencar a Érico Veríssimo, entre tantos outros, li todos. Não é para esnobar, não, mas a maioria das pessoas não quer saber do conhecimento, infelizmente José Lázaro Pereira

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André, o pequeno notável Aos 9 anos, André Candioto já é quase uma celebridade. Desde os 6 frequenta as passarelas e encara as lentes de fotógrafos em campa-nhas publicitárias. Já estreou como ator em dois filmes com produ-ção local (O Grande Sonho e o Livro Fantástico) e atuou como prota-gonista na peça infantil Pluft, o Fantasminha.Há um ano sua carreira recebeu estímulo importante, ao ser ‘descoberto’ pelo Projeto Passa-rela, que aponta potenciais talentos. Desde então, tem realizado teste em agências e emissoras de televisão do Rio e São Paulo. Desde abril deste ano ostenta o título de Mister Infantil Top Paraná (foto) , con-quista que o colocou como representante do estado na edição nacio-nal do concurso, que será realizada no próximo dia 24, em Curitiba. Se colocar a faixa de primeiro colocado, embarcará para o Peru em março ano que vem para disputar a etapa internacional.

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Janela de Fatos

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Solução moderna para BR-376 Execução do projeto de viadutos anunciado pelo governo estimularia uma maior integração norte/sul

Anunciada em junho de 2014, quando o governo do estado assinou autorização para a elaboração do projeto executivo, as obras de construção de viadutos na BR-376, no trecho da rodovia que corta Sarandi, ainda são esperadas pela comunidade. O projeto prevê trincheiras nos cruzamentos das avenidas Londrina e Borsari Neto com a BR, e também da via marginal ligando o município ao trevo do Contorno Norte de Maringá. Os investimentos previstos à época eram de R$ 40 milhões.

À época, o prefeito de Sarandi, Carlos Alberto de Paulo, disse que a cidade e a região terão uma solução para um gargalo de mobilidade existente há muitos anos. “Temos um problema crônico, que causa transtorno grande no trânsito até Maringá, por isso também teremos a rodovia triplicada nos dois

sentidos”, disse. Pelo projeto, a rodovia seria rebaixada nos dois sentidos para viabilizar a construção de acessos por cima da via.

O movimento de veículos, ônibus e caminhão no trecho torna o trânsito lento e perigoso, além de dificultar a ligação norte-sul da própria cidade. As trincheiras (ou viadutos) são obras indispensável para ampliar a mobilidade urbana e garantir mais segurança.

Importante salientar que a Viapar executou obras de alargamento da via, intervenção que garantiu maior fluidez do tráfego, minimizando os problemas de congestionamentos nos horários de pico. Mas os viadutos proporcionaram maior integração entre o norte e o sul da cidade, hoje ‘dividida’ pela rodovia e seu grande movimento de veículos. Perspectiva artística das obras na BR-76, que resolveria definitivamente os problemas

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Livro narra a saga de religiosos ’A Experiência Missionária de Malta’, do padre João Caruana, detalha missão de padres da ilha no mun

Depois de permanecer internado por vários dias com um aneurisma na aorta, no ano passado, o padre João Caruana, que por mais de 30 anos atua em Sarandi, se recuperou e viajou a Malta, onde lançou o livro “A Experiência Missionária de Malta”, que conta a saga de missionários, religiosos, padres diocesanos e leigos daquela ilha em missão católica pelo mundo. Nascido em 3 de junho de 1941, na cidade de Mosta, Malta, Caruana diz que se encantou pela vocação missionária e pela maneira como a Igreja de Malta responde ao apelo do Evangelho.

Em 2010, dom Mário Grech, bispo de Gozo (Malta), visitou o Paraná. Quando Caruana lhe narrava o apostolado que seus companheiros realizaram e ainda realizam em várias dioceses, o bispo exclamou: “Padre João, mas ninguém

sabe desses fatos!” Então, concordaram que a Igreja de Malta e Gozo tinham o dever de produzir um apanhado geral dessa experiência valiosa que aquela ilha proporcionou a várias regiões do planeta. Assim surgiu o livro, que está disponível online no site da Arquidiocese de Maringá e foi lançado em inglês, em Malta.

Segundo Caruana, o lançamento em Malta se justifica porque é uma história que interessa mais aos malteses. Ao pesquisar para escrever o livro, ele diz ter se surpreendido.

“Quando surgiu em minha mente a magnitude dessa tarefa, jamais imaginei que se abririam tantos contatos e caminhos ao redor do mundo”, afirma. “Encontrei bispos servindo em países dos mais diversos e em ambientes dos mais exóticos”, conta. Depois de superar problema grave de saúde, padre João viajou a Malta para lançar livro

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’Metanoia’ é desafio para a ACIS Palavra de origem grega remete ao esforço do presidente da entidade em promover ‘transformações’

Ricardo Pereira dos Santos, empresário do ramo de papelaria, evoca de imediato as dificuldades enfrentadas pelo setor nos primeiros meses do ano, mas que ainda repercutem. A greve dos professores e o cenário político e econômico imprevisível, com inflação em alta e desemprego, agravaram os problemas de sua atividade e de outros segmentos. Sublinha seus dramas pessoais de empreendedor para manter a família nos momentos mais críticos, mas assinala a correção no comportamento com fornecedores. “Não paguei nenhum título em cartório”, afirma.

Mas não confunda desabafo com perspectiva. O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sarandi (ACIS) muda rapidamente do rumo da prosa quando evoca a entidade e

Precisamos nos unir, reforçar nossas convicções coletivas de metas a alcançar para apressar conquistas Ricardo Pereira dos Santos Presidente da ACIS

sua importância enquanto referência corporativa. Não apenas na defesa de interesses de segmentos econômicos, mas de toda comunidade. O dirigente reconhece que a associação é instância de debates de assuntos

diversos, além dos específicos das categorias econômicas representadas pela entidade.

“Não se trata de politizar as funções estatutárias da entidade, mas de posicioná-la com maior representatividade”, afirma o dirigente, que já ocupou outros cargos na Acis antes da presidência. Hoje, além presidir a entidade, ocupa a vice-presidência para Assuntos da Indústria e comércio da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais das Regiões Norte e Noroeste do Paraná (Cacinor). Portanto, está bem familiarizado com entidades representativas.

Contudo, Ricardo dos Santos se incomoda com a falta de participação dos empresários na entidade. “Das quase 5 mil empresa que temos em Sarandi, menos de 10% estão

filiadas”, lamenta. Não por acaso se impõe como desafio, pessoal e da diretoria que preside, a mudança de pensamento, resumida por ele na expressão grega ‘metanoia’. “Precisamos nos unir, reforçar nossas convicções coletivas de metas a alcançar para apressar conquistas”, afirma.

Dedicado às atividades religiosas e ocupado também com quase duas dezenas de livros cuja leitura vai prepara-lo para funções mais exigentes dentro da igreja evangélica, o dirigente aborda as questões com tranquilidade, sabedor que o processo de transformação no qual está empenhado é lento. Mas outras demandas exigem mais ações que palavras, como a reforma do estatuto da associação para adequá-lo às exigências mais atuais.

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Também está empenhado em construir a nova sede da associação, outra meta que buscar atualizar a infraestrutura da entidade com as exigências da modernidade, como acessibilidade. “Precisamos de um espaço confortável e equipado para realizar cursos e palestras”, justifica o dirigente, empenhado no cotidiano das atividades da entidade, como a promoção de vendas de final de ano. Aliás, o lançamento da campanha ‘Natal Premiado’ deste ano terá uma atração especial: a Orquestra Filarmônica do Unicesumar.

Reitera, no entanto, que o alce dessas metas depende de esforço coletivo que, em resumo, significa maior participação dos empresários no fortalecimento da entidade. “Temos enfatizado muito esse aspecto, destacado a importância do associativismo como instrumento de organização social, indispensável para avançarmos não apenas no crescimento institucional, mas do desenvolvimento coletivo dos segmentos econômicos representados pela entidade. A união, definitivamente, faz a força”, prega o dirigente, convencido de que a transformação é possível. Basta esforço e determinação de todos - ele parece ter de sobra essas virtudes. Ricardo Pereira dos Santos entende que é preciso união para fortalecer o alcance de metas comuns, que promovam o desenvolvimento

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Mais de 12 mil partos depois... O médico Antonio Nogueira diz que trabalhar na cidade, onde está há mais de 30 anos, é um ‘prazer’

Em dias de chuva uma caminhonete Toyota rebocava um carro no Vale Azul, puxando-o até o centro de Sarandi. Era o carro do médico Antônio Nogueira Neto, que atendia naquela comunidade. A cena marca a trajetória dele, cuja profissão está ligada à história do município, onde atende desde o começo da década de 1980 no Hospital Metropolitano. Aos 56 anos, ginecologista e obstetra com mais de 12 mil nascimentos (partos e cesárias) realizados, ele se diz em um momento especial. “Gosto do que faço e a satisfação maior é ver o reconhecimento dos pacientes”, diz.

O gosto pela medicina surgiu ainda menino em Icaraíma, no oeste do Paraná, onde nasceu. Filho de agricultores, Nogueira morava com os pais naquela cidadezinha. Lá, havia

”Gosto do que faço e a satisfação maior é ver o reconhecimento dos pacientes. É um grande orgulho NOMEAntonio Nogueira Neto Ginecologista e obstetra

o hospital do doutor Francisco em referência ao médico que o comandava. “Eu admirava aquele senhor de branco”, conta Nogueira. De vez em quando com outros meninos subia numa escada para observar, por uma janelinha de vidro, o

centro cirúrgico. O tempo passava e ele se encantava

com a medicina. Mas foi trabalhar no escritório de uma cerealista, passou pelo crediário das Casas Pernambucanas, enquanto cursava técnico em contabilidade, o antigo segundo grau. Prestou concurso para o Banco do Brasil, na época, uma carreira cobiçada. Aprovado, se viu numa encruzilhada. A medicina lhe falava mais alto. Sob críticas de amigos e familiares, desistiu do concurso e abriu o jogo ao pai. Queria ser médico. Este lhe disse que estava no lugar errado. Deveria ir para um grande centro.

Não titubeou. Fez as malas e seguiu para Curitiba, onde se matriculou num cursinho pré-vestibular. De lá foi para o Rio de Janeiro e ingressou na Faculdade Sul Fluminense. Particular,

teve de financiar o curso. Formado, fazia plantão no Hospital Souza Aguiar. A intenção era ficar no Rio de Janeiro, mas o assassinato de um colega na porta do hospital, numa tentativa de assalto, o fez voltar para Curitiba. “Senti que a violência começava a tomar conta do Rio”, lembra. Na capital paranaense, ele conheceu a mulher, Eleni D’áurea Ferri Nogueira, cuja família era de Marialva. Para onde ele se mudou e começou a trabalhar nos hospitais Metropolitano e São Pedro, de Marialva. Época difícil. Os diagnósticos eram feitoscom exames físicos. O ultrassom ainda não havia se popularizado. Para verificar as condições do feto colhia-se líquido do bolsão que o protegia no útero. “Se a cor tivesse branquinha, estava tudo bem; do contrário, poderia haver problema”, conta o médico.

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Satisfação que se dá por amor a Sarandi. Não faltaram convites para Nogueira deixar a cidade. Mas ele resistiu. “Eu adotei isso aqui”, afirma. Tamanha identificação com a comunidade o levou a realizar uma série de palestras pelos bairros.

“Era uma época em que havia pouca informação a respeito de gravidez, nascimentos”, relata. “Então, a gente fazia esclarecimentos à população”.

Sobre a medicina atual, ele diz que a tecnologia trouxe avanços importantes no diagnóstico

e tratamento das doenças, mas ressalva que os médicos estão sobrecarregados. Muitos trabalham em mais de um lugar para complementar o ganho, que está defasado. A tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) há anos não é

reajustada. Outros convênios também não dispõem de valores condizentes com os procedimentos. “O que nos move é esse prazer de exercer a medicina e saber que do outro lado tem o paciente, que beneficia do resultado do nosso trabalho”, afirma.

Antonio Nogueira já recusou inúmeros convites para trocar de cidade: “eu adotei isso aqui’ O médico no seu melhor momento: mais de 12 mil nascimentos entre partos e cesáreas

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Cadeia, lotada, preocupa vizinh os Com quase quatro vezes a capacidade máxima, cadeia. em más condições, vive situação ‘insustentável’

Com capacidade para 46 presos, a cadeia de Sarandi está com 162, dos quais 75 são condenados e esperam vagas em penitenciária. Uma situação insustentável, pois o prédio, deteriorado, oferece risco de fuga e não dá condições dignas para os presos cumprirem a pena. Segundo o delegado Reginaldo Silva, o ideal seria a construção de um Centro de Detenção Provisória em Sarandi.

O excesso de presos também atrapalha o desempenho da polícia. Investigadores que poderiam se dedicar às questões criminais dividem a função com trabalho relacionado aos detentos. Reformas feitas no local amenizam os problemas. Há também um médico, que vai à delegacia uma vez por semana; uma enfermeira está disponível todos os dias, das 7 às 13 horas.

A delegacia está no centro da cidade. Vizinha de uma escola, um centro de educação infantil e Clínica da Mulher. “Todo mundo sabe que aqui é um lugar impróprio para cadeia”, diz Márcio Bocato, 35, administrador de uma das escolas vizinhas. “Esperamos providências sejam tomadas”.

A coordenadora administrativa do centro de educação infantil, vizinho do local, Armelinda Regina Ribeiro, diz que a preocupação é constante. “Nunca aconteceu, mas se um dia acontecer uma rebelião aqui?”, Indaga. “A gente sempre deixa tudo fechado e temos muito medo”. Preocupação que a professora aposentada Maria Aparecida Frazato, 56, que mora no local, também demonstra. “Nunca ficamos sossegados”, afirma. “Sempre estamos alerta”. Além de superlotada, cadeia está em condições precárias para abrigar detentos. —FOTO:

JOÃO PAULO SANTOS

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26 I SARANDI O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

Um olhar atento sobre a cidade Hilário Gomes, jornalista polêmico na medida da profissão, diz que falta corporativismo da comunidade

O jornalista Hilário da Silva Gomes é um observador atento dos episódios sociais e políticos que fazem de Sarandi uma cidade em constante transformação. Polêmico na medida em que a profissão exige, Hilário Gomes se sente à vontade para falar sobre a cidade, que o acolheu há 24 anos. Observa que a cidade aos poucos vai atingindo a maturidade cultural e já deixou alcançou notável desenvolvimento econômico.

“Sarandi é resultado o exôdo rural provocado pelo fim do ciclo cafeeiro a partir da segunda metade da década de 1970, com repercussão nos anos seguintes”, lembra, apontando para a miscigenação que caracteriza a formação étnica de Sarandi. “Temos representantes de várias raças, mas japoneses em menor proporção. Por

diversas razões, os orientais preferiram se instalar em outras cidades , como Maringá e Londrina”, explica.

Hilário Gomes acredita que uma nova geração de pessoas, mais comprometidas com a cidade e suas perspectivas, redesenha o perfil de Sarandi. “Ainda temos muito para evoluir, considerando nossa jovialidade enquanto município”, afirma o jornalista, citando a necessidade de mais corporativismo por parte da comunidade.

“Precisamos nos associar em entidades representativas para assegurar conquistas em áreas de interesse coletivo, como cultura e lazer”, afirma. Cita como exemplo a necessidade de um estádio de futebol e um centro de eventos”, afirma o jornalista. Hilário defende, entre outras bandeiras, a construção de estádio e um centro de even tos

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28 I SARANDI O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

Fim de quadrilhas reduz crimes Prisão de envolvidos em tráfico de drogas que atuavam no Independência e Universal reduz homicídio

Nos últimos anos, os homicídios amedrontaram Sarandi, fazendo-a ganhar a fama de cidade violenta. Situação que começou a mudar em 2013 quando o delegado Reginaldo Caetano da Silva, 43, assumiu a delegacia local. Em 2012, foram 56 homicídios; 2013, 26; 2014, 21 e 2015 (até o momento), 10.. O desmantelamento de duas quadrilhas envolvidas com tráfico de drogas é a principal causa da queda dos homicídios.

Ambas eram rivais e atuam em dois bairros da cidade: Independência e Universal. Seus integrantes, relacionados com a maioria dos crimes, estavam soltos. A polícia começou a investigá-los e prendê-los. “Não adianta registrar o crime e acreditar na versão de um menor, por exemplo, que chega aqui acompanhado de advogado”, diz

o superintendente, Wilson Pinheiro de Barros, 34. Ele explica que, geralmente, o verdadeiro culpado é outro, que se esconde atrás do menor beneficiando-se da legislação. “A gente continua a investigar até chegar ao assassino de fato”.

Para ele, em relação à segurança, a cidade vive um bom momento, pois houve época em que Sarandi era vista com preconceito pela região, com fama de cidade violenta. “Hoje, não”, diz. “O que nos preocupa ainda são os pequenos furtos, mas esse é um problema que afeta a maioria das cidades do Brasil”. Pequenos furtos quase sempre estão relacionados ao tráfego de drogas. Barros pede que a população denuncie pelo número 181, sem identificação do denunciante. “Toda denúncia é checada”, acrescenta. Reginaldo e Wilson : dupla aperta cerco contra bandidagem e derruba índices de crimes

SARANDI I 29O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

Narguilé vicia mais que cigarro A nicotina, que provoca o vício do cigarro, está presente em doses bem maiores nesse tipo de fumo

Pesquisa Nacional de Saúde indicam que mais de 212 mil brasileiros maiores de 18 anos admitem usar narguilé. Muito difundido entre os jovens, o uso desse tipo de fumo entre 20 e 80 minutos é equivalente a fumar 100 cigarros. Nos últimos cinco anos, mais que dobrou o uso de narguilé entre homens entre 18 e 24 anos.

Assim como o uso de cigarros, o uso de narguilé contribui para o surgimento de doenças respiratórias, coronarianas e tipos de câncer de pulmão, boca, bexiga e leucemia. O compartilhamento do produto, algo que pode ser considerado uma atrativo para os jovens, também pode acarretar a transmissão de doenças infectocontagiosas como herpes, hepatite C e tuberculose.

Segundo o coordenador de Ensino do Instituto Nacional do Câncer (Inca),

Luiz Felipe Ribeiro, diferentemente do que é dito por quem usa e por quem comercializa, o filtro de água do narguilé não tem nenhum efeito de diminuição dos malefícios.

“É como se você pegasse 100 cigarros e consumisse todos eles sem qualquer filtro”, afirmou Ribeiro. Para o especialista, este tipo de fumo é mais perigoso do que o cigarro por causa do nível de exposição. Segundo ele, o mesmo composto que provoca o vício do cigarro (a nicotina) está presente e em doses bem maiores no narguilé.

Na pesquisa, entre os que afirmaram que fumam diariamente o “cachimbo de água”, 63% tem entre 18 e 29 anos. Entre os que usam narguilé, 53% disseram que o fazem esporadicamente, 13% uma vez por mês, 27% semanalmente e 7% afirmaram consumir diariamente.

30 I SARANDI O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

Matrículas para ano letivo 2016 Calendário, que inclui rematrículas, começa dia 30 de novembro; aulas recomeçam dia 29 de fevereiro

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná definiu o cronograma das matrículas e rematrículas da rede estadual de ensino para o ano letivo de 2016.

De 30 de novembro a 11 de dezembro serão feitas as rematrículas dos alunos do Ensino Fundamental, Médio, Educação Profissional Técnica em Nível Médio e para a Educação Especial.

De 7 a 11 de dezembro será feita a entrega da carta matrícula para os alunos de 5º ano e 9º ano do Ensino Fundamental das redes municipal e estadual de ensino. “Caso tenham dúvidas, procurem as escolas perto de onde moram”, explica a superintendente da Educação, Fabiana Campos.

A confirmação da vaga/matrícula para os alunos do 6º ano do Ensino

Fundamental e 1º ano do Médio será feita de 14 a 18 de dezembro. Neste mesmo período serão feitas as matrículas iniciais nas escolas de educação básica na modalidade Educação Especial.

De 21 de dezembro a 29 de janeiro de 2016 a Secretaria da Educação fará o levantamento das vagas que sobraram para serem disponibilizadas para novas matrículas.

De 1 a 12 de fevereiro os alunos de todas as séries e modalidades de ensino, de outras redes de ensino, de outros municípios ou Estados podem fazer a solicitação de vagas. A previsão é que o ano letivo de 2016 comece em 29 de fevereiro. As inscrições para os cursos técnicos profissionais na rede estadual de ensino serão feitas de 16 a 20 de novembro. (Fonte:AEN) Estudantes retornam às salas de aula dia 29 de fevereiro, prevê Secretaria de Educação

SARANDI I 31O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

32 I SARANDI O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

Tempo para 1ª CNH é reduzido Prazo de agendamento para exames da primeira habilitação foi reduzido em dez dias com novo sistema

O novo sistema do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) distribui eletronicamente as vagas para o exame prático de direção e reduziu em dez dias, em média, o tempo de espera dos candidatos à primeira habilitação. O projeto foi desenvolvido em parceria com os Centros de Formação de Condutores (CFC) e diminuiu o prazo de agendamento de um mês para 20 dias.

A principal mudança no modelo é a adoção de um sistema digital que calcula matematicamente o número de vagas para cada autoescola e faz a divisão de forma proporcional. Antes, a distribuição de vagas era feita, em média, uma vez por mês para cada unidade do Detran, informando o número de processo do candidato, o dia e a hora desejada. Agora, o gerenciamento das vagas

é feito no CFC, que pode adequar às necessidades de cada candidato, conforme a disponibilidade.

Com o modelo eletrônico, cada autoescola pode fazer o agendamento até às 15 horas do dia útil anterior ao exame. A vaga estará garantida pelo processo, de acordo com a demanda e capacidade da empresa, garantido uma cota mínima de exames para cada autoescola e, com isso, colocando fim aos encaixes de horários. O Detran dividiu também os dias de abertura de vagas por Ciretran. Desta forma, o acesso ao sistema de agendamento não fica mais sobrecarregado, o que acontecia quando 900 autoescolas de todo o Estado tentavam agendar os exames simultaneamente. O Detran faz, em média, 97,8 mil exames práticos por mês em todo o Paraná. (Fonte: AEN) Exames para obtenção da 1ª carteira de motorista já podem ser realizados em até 20 dias

SARANDI I 33O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

34 I SARANDI O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

Bugrão ainda vive nos gramados Jogador que começou aos 17 anos no Grêmio Maringá, em 1975, se mantém em campo com escolinha

João Francisco do Nascimento não evoca lembranças de quem acompanhava futebol há duas décadas. Mas o apelido Bugrão logo traz lembranças do artilheiro volumoso, mas rápido, que encarava os zagueiros com a ousadia e resistência de quem pegou na enxada muito cedo para depois, aos 17 anos, se tornar jogador profissional, com passagens gloriosas pelo Grêmio de Esportes Maringá.

Essa história começa na zona rural, numa propriedade da Estrada Jaguaruna, km 115, em Sarandi, onde a família de João Francisco cuidava de lavouras. Nos ‘rachões’ de finais

de semana o menino já demonstrava enorme habilidade, pelo domínio de bola, velocidade, qualidade do passe e do drible. Não demorou para chamar a atenção e, em 1975, já jogava como profissional no time maringaense.

“Devo minha indicação ao Arnaldo Mariani”, lembra Bugrão, referindo-se ao ex-patrão, que insistiu com Elnio Pohlmann, o Apucarana, então presidente do time, para testá-lo. “Se não jogar eu o levo para o Londrina”, ameaçou Mariani.

A conversa entre os jogadores era de que estava para chegar um ‘menino do XV’ (XV de Novembro, de Picaraciba,

Bugrão como jogador: vigor físico, oportunismo e determinação eram suas qualidades Hoje orientando a garotada na escolinha : exigente com relação ao treino físico e às táticas

time paulista de respeito à época). Na verdade, era do km 115.

Bugrão, apelido dado por um goleiro (‘parece um índio, um indião cabeludo, um bugrão’, teria dito o arqueiro) se tornou ídolo da torcida maringaense e ficou por aqui, revezando-se entre o Grêmio, Jandaia, Umuarama, Pato Branco... Depois, passou por Goiás, Novo Horizonte, Anapolina, Fortaleza, Novo Hamburgo, Hercílio Luz... Encerrou a carreira aos 37 anos, mas não deixou os gramados. Hoje comanda uma escolinha de futebol, a Toque de Mestres, que revelou, entre outros craques, Robinho, jogador do Palmeiras.

Bugrão acredita que a falta de craques no futebol brasileiro - ou a redução de oferta de jogadores de grande qualidade - está associada ao fim dos campinhos, aquelas estruturas precárias que existiam em todas as esquinas e fundos de vale, onde a molecada passava o dia correndo atrás de uma bola. “Não existe mais isso e está cada vez mais raro ver um talento despontando”, afirma o ex-jogador, cujo olhar treinado costuma enxergar de longe virtudes físicas e habilidades que distinguem um garoto com vocação natural para o futebol. Do passado como jogador, Bugrão guarda muitas virtudes, entre elas a humildade.

SARANDI I 35O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

36 I SARANDI O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

Saber antes garante vida melhor Mal de Alzheimer atinge cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil, mas só a metade está diagnosticada

A doença, que na maioria das vezes se manifesta a partir dos 60 anos, não tem cura conhecida. É progressiva e faz com que a pessoa perca gradualmente a memória, a capacidade de orientar-se no tempo e no espaço, além de trazer dificuldades de comunicação, raciocínio lógico e alterações comportamentais. Atualmente, estima-se que no Brasil cerca de 1.2 milhão de pessoas sofram de Alzheimer, mas só a metade está diagnosticada. “Quanto mais cedo se diagnosticar, mais cedo se consegue tratar e mais cedo se posterga os problemas que a doença acarreta para as pessoas”, alertam especialistas.

Os especialistas recomendam prestar atenção a sinais da doença. A pessoa com a doença passa ter comprometimento de atividades recentes. O paciente fica repetitivo,

não sabe onde guardou objetos, esquece compromissos e atrapalha-se em trajetos que antes lhe eram familiares.

“Se comprometer a função cotidiana de uma pessoa que sempre foi organizada para pagar suas contas e, de repente, começa a se desorganizar frequentemente ou começa a esquecer compromissos, repete histórias como não tivesse contado antes, isso merece atenção”, explica o geriatra Otávio Castelo.

“O mais importante é comparar o individuo com ele mesmo. Se isso for um padrão frequente, merece uma avaliação por um neurologista ou geriatra”, orienta. O mundo gasta, anualmente cerca de US$ 800 bilhões com doença. Em 2010 será US$ 1 trilhão. (Fonte: EBC).

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38 I SARANDI O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Outubro de 2015

Obesidade infantil: sinal de alerta Prevenção deve começar durante gravidez, com a gestante comendo bem para evitar ganho de peso

A obesidade infantil é um dos maiores problemas de saúde atualmente. Várias complicações – como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, problemas de colesterol e triglicérides – já afetam crianças e adolescentes obesos. Além disso, criança obesa tem 80% de chance de ser um adulto obeso se não for tratada adequadamente na infância.

A prevenção da obesidade infantil deve iniciar já na gestação: a gestante deve ter bons hábitos alimentares e evitar excesso de ganho de peso na gravidez. O aleitamento materno é um dos pilares da prevenção de obesidade: criança amamentada no peito tem menos risco de desenvolver obesidade.

A introdução de novos alimentos na infância também é tarefa importante para evitar obesidade. Deve ser incentivada a introdução e manutenção

Alimentação pobre em acúcares e gorduras e atividades físicas previnem obesidade

de verduras, frutas e legumes e evitar alimentos industrializados. Leites industrializados com excesso de proteínas podem levar à obesidade. Não devem ser utilizado “engrossantes” ou farináceos nas mamadeiras.

Cuidado na introdução de alimentos com excesso de açúcar e gordura é fundamental. Oferecer precocemente esses alimentos muda o paladar da criança, assim ela poderá deixar de aceitar alimentos saudáveis por serem menos palatáveis.

A educação alimentar é fundamental para toda a população. A forma mais eficaz de se combater a má alimentação é por meio do conhecimento dos grupos alimentares, da importância de cada um deles, das quantidades que devem ser ingeridas por refeição, dos horários a serem seguidos e das consequências de

uma dieta desequilibrada. Criança precisa gastar energia.

Brincadeiras como pega-pega, esconde-esconde, amarelinha, pular corda, jogar bola devem ser incentivadas. Vídeo game, jogos eletrônicos, computador e TV devem ser limitados em torno de 2 horas por dia. A prática de esportes também ajuda na prevenção da obesidade.

Detecção precoce de ganho acelerado de peso é fundamental para prevenção de obesidade. Para isso a criança deve ter um acompanhamento pediátrico de rotina, no mínimo três vezes ao ano, para que o pediatra examine a criança, faça uma investigação sobre os hábitos alimentares e confirme o peso, a estatura e o índice de massa corpórea dessa criança.

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