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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2012 SUMÁRIO I – INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 4 1.1 Identificação do estabelecimento de ensino......................................................................5 1

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

2012SUMÁRIO

I – INTRODUÇÃO....................................................................................................................41.1 Identificação do estabelecimento de ensino......................................................................5

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO1.2 Níveis e modalidades de ensino da Educação Básica......................................................61.3 Histórico do estabelecimento de ensino ...........................................................................9II – DIAGNÓSTICO................................................................................................................132.1 Recursos físicos...............................................................................................................132.2 Recursos materiais..........................................................................................................142.3 Recursos financeiros........................................................................................................152.4 Recursos humanos..........................................................................................................152.4.1 Perfil da Direção............................................................................................................152.4.2 Perfil dos Funcionários..................................................................................................162.4.3 Perfil da Equipe Pedagógica.........................................................................................162.4.4 Perfil do Corpo Docente................................................................................................162.4.4.1 Organização da hora-atividade..................................................................................172.5 Organograma...................................................................................................................182.6 Aspectos educacionais....................................................................................................202.7 Caracterização sócio-econômica-cultural da comunidade escolar.................................212.8 IDEB................................................................................................................................242.9 ENEM..............................................................................................................................25III – FUNDAMENTAÇÃO.......................................................................................................263.1 Concepção de Sociedade................................................................................................263.2 Concepção de Conhecimento..........................................................................................273.3 Concepção de Educação/Escola.....................................................................................283.4 Concepção de Homem....................................................................................................303.5 Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de ensino-aprendizagem.........................................................................................................................303.6 Concepção de alfabetização e letramento......................................................................393.7 Concepção de ensino/aprendizagem..............................................................................403.8 Concepção de avaliação..................................................................................................413.9 Princípios de igualdade-qualidade-autonomia.................................................................43IV – PROPOSIÇÃO DE AÇÕES............................................................................................444.1 Estágio não-obrigatório....................................................................................................444.2 Desafios Educacionais Contemporâneos e Diversidade Cultural...................................464.3 Educação Ambiental........................................................................................................464.4 História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena...................................................................484.5 Enfrentamento à violência na escola...............................................................................494.6 História do Paraná...........................................................................................................504.7 Educandos com necessidades educacionais especiais..................................................514.8 Sala de recursos..............................................................................................................524.9 Inclusão. ..........................................................................................................................524.10 Gênero e Diversidade Cultural.......................................................................................534.11 Prevenção ao Uso de Drogas........................................................................................544.12 Plano de ação................................................................................................................554.13 Gestão democrática e instrumentos de ação colegiada................................................564.13.1 APMF..........................................................................................................................574.13.2 Conselho Escolar........................................................................................................584.13.3 Grêmio Estudantil........................................................................................................594.13.4 Conselho de Classe....................................................................................................604.13.5 Representante de turma.............................................................................................644.13.6 Professor conselheiro de classe.................................................................................644.14 Valorização profissional.................................................................................................65

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COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO4.14.1 Projetos PDEs.............................................................................................................664.14.2 Profunionário...............................................................................................................684.15 Currículo.........................................................................................................................684.16 Sala de Apoio.................................................................................................................694.17 Contrato Pedagógico.....................................................................................................704.18 Avaliação........................................................................................................................714.19 Programa de Complementação Curricular....................................................................734.20 Hora treinamento...........................................................................................................744.21 Jogos escolares.............................................................................................................754.22 Olimpíadas de conhecimento........................................................................................764.23 Gincana .........................................................................................................................764.24 Excursões.......................................................................................................................774.25 Programa Cultivando Água Boa....................................................................................774.26 Semana da Pátria..........................................................................................................784.27 Formaturas – Ensino Fundamental e Médio..................................................................78V – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS . ................................................................................79

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

I - INTRODUÇÃO

A proposta pedagógica aqui sistematizada traduz o trabalho coletivo dos

profissionais compromissados com a educação. Ela apresenta, nesse momento, o projeto

político pedagógico possível e expressa a preocupação e o compromisso dos educadores

com a melhoria do ensino no sentido de responder às necessidades sociais e históricas,

que caracterizam a sociedade brasileira de hoje.

Esta proposta tem a finalidade de apresentar as linhas norteadoras da ação

pedagógica do Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e Médio,

no Município de Nova Santa Rosa, estado do Paraná.

Uma análise da conjuntura mundial e brasileira revela a necessidade de

construção de uma educação básica voltada para a cidadania. Isso não se resolve apenas

garantindo a oferta de vagas, mas sim se oferecendo um ensino de qualidade, ministrado

por professores capazes de incorporar ao seu trabalho os avanços das pesquisas nas

diferentes áreas de conhecimento e de estar atentos às dinâmicas sociais e suas

implicações no âmbito escolar.

Entendemos que uma proposta política pedagógica é o centro do processo

escolar tanto no sentido sociológico como no filosófico, pois não há processo que se efetive

sem um projeto social condutor (um futuro desejável para a sociedade), mesmo quando

não há clareza disso, mesmo quando o neguem, estarão educando ou ajudando a educar-

se, dentro de uma concepção de homem e sociedade. É o dever do que precisa ser

indicado como meta, pois todo e qualquer esforço educacional deve propor um futuro

humano explicito, a fim de que a proposta oriente todo o trabalho a ser realizado.

O marco inicial dos estudos se dá através da LDB n.º 9.394/96, que aponta o

caminho político para o novo ensino brasileiro e prevê no seu art. 12, inciso I, que “os

estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de

ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.

Sustentando esse preceito legal a escola assume, como uma das suas principais tarefas, o

trabalho de refletir sobre a sua intencionalidade educativa. Amparando seu trabalho nas

Diretrizes Curriculares Estaduais, respeitando o que prevê o Regimento Escolar e

atendendo à construção coletiva, exposta neste documento, todas as ações educativas,

devem primar pelos objetivos de formação cidadã de nossos educandos, na tentativa de

contribuir para a construção de um mundo melhor.

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COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA proposta de reformulação curricular foi retomada pela SEED, a respeito da

necessidade de constante atualização em todas as áreas do conhecimento, adotando

algumas referências para o processo de discussão, cujo envolvimento coletivo de todos na

escola é primordial.

A partir da reflexão e da realização de uma pesquisa junto à comunidade escolar

aprofundou-se o debate da reformulação, onde professores, equipe pedagógica, alunos e

pais passaram a estudar suas características econômicas, sociais, culturais, políticas e as

perspectivas de mudança da realidade na qual estão inseridos, criando assim uma

identidade e um conjunto orientador de princípios e de normas que iluminem a ação

pedagógica cotidiana.

Para dar encaminhamento a estas ações desenvolvemos uma proposta

metodológica e de avaliação para atender o Projeto na sua totalidade, considerando o

processo de ensino – aprendizagem.

Os fundamentos estabelecidos nesse projeto serão os indicadores para a

intervenção pedagógica praticada no Col. Est. Mal. Gaspar Dutra. Com eles, busca-se

responder às exigências da sociedade que se caracteriza pelo dinamismo de suas

transformações em todos os níveis: o social, o político, o tecnológico e o ético. Criar

melhores condições para ajudar na formação de um cidadão consciente, crítico e feliz, é a

grande tarefa educativa que perseguimos.

1.1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

DENOMINAÇÃO:

Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra - Ensino Fundamental e Médio.

SITE: www.nsrgaspardutra.seed.pr.gov.br

E-MAIL: [email protected]

ENDEREÇO:

Avenida Tucunduva , 1200

Nova Santa Rosa – Paraná

CEP: 85.930-000

Fone/Fax: (45)3253-1180

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COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO(45)3253-1385

(45)3253-2694

ENTIDADE MANTENEDORA:

Governo do Estado do Paraná - Secretaria de Estado da Educação

Endereço: Palácio do Iguaçu - Centro Cívico – Curitiba – Paraná

1.2. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Ensino Fundamental Regular

Ensino Médio Regular

Educação Especial

TURNOS DE FUNCIONAMENTO

MATUTINO: 6o a 9o ano – Ensino Fundamental

1ª a 3ª séries – Ensino Médio

VESPERTINO: 6º a 9º ano – Ensino Fundamental

1ª a 3ª séries – Ensino Médio

NOTURNO: 9º ano – Ensino Fundamental

1ª a 3ª séries – Ensino Médio

REGIME DE FUNCIONAMENTO DO CURSO/CURRÍCULO

Sistema: Seriado anual - Ensino Fundamental e Médio

ENSINO MÉDIO – 1º AO 3º ANO

MATUTINO, VESPERTINO E NOTURNO

MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO REGULAR DE 1ª A 3ª

SÉRIE6

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COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

NRE: TOLEDO MUNICÍPIO: NOVA SANTA ROSAESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Mal. Gaspar Dutra – Ens. Fundamental e

Médio

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná CURSO: – Ensino Médio 1/3 séries TURNO: Matutino/Vespertino/Noturno

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 Semanas

BASE

NACIONAL

COMUM

1ª série 2ª série 3ª sérieArte 02 02 -Biologia 02 02 03Educação Física 02 02 02Filosofia - 02 -Física 02 03 02Geografia 02 02 02História 02 02 02Língua Portuguesa 04 04 04Matemática 04 04 04Química 03 02 02Sociologia - - 02SUB-TOTAL 23 25 23

PARTE

DIVERSIFICAD

A

LEM - Inglês 02 - 02

SUB-TOTAL - 02 02

TOTAL GERAL 25 25 25

ENSINO FUNDAMENTAL – 6º AO 9º ANO

MATUTINO E VESPERTINO

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

NRE: 27 - TOLEDO MUNICÍPIO: 1740 – NOVA SANTA ROSA ESTABELECIMENTO: 00018 – COLEGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENDEREÇO: AV. TUCUNDUVA, 1200 TELEFONE: (45) 3253-1180 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano

TURNO: MANHÃ/TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS

6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2 Ciências 3 3 4 4 Educação Física 3 3 3 3 Ensino Religioso * 1 1 - - Geografia 3 3 3 3 História 3 3 3 3 Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4 Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. – Inglês

2

2

2 2

Subtotal 2 2 2 2

Total Geral 25 25 25 25

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.

NOTURNO

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COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

NRE: 27 - TOLEDO MUNICÍPIO: 1740 – NOVA SANTA ROSA

ESTABELECIMENTO: 00018 - COLEGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA -ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENDEREÇO: AV. TUCUNDUVA, 1200

TELEFONE: (45) 32531180

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano

TURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS

6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2 Ciências 3 3 4 4 Educação Física 3 3 3 3 Ensino Religioso * 1 1 - - Geografia 3 3 3 3 História 3 3 3 3 Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4 Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. – Inglês

2

2

2 2

Subtotal 2 2 2 2

Total Geral 26 26 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.

OFERTA DO CELEM – ESPANHOL E ALEMÃO

Turnos: ESPANHOL - Vespertino e Intermediário

ALEMÃO - Intermediário e Noturno

1.3. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Com a chegada dos pioneiros em Nova Santa Rosa houve a necessidade da

criação de uma Escola, então no dia 27 de junho de 1956 foi criado o Grupo Escolar Mal.

Eurico Gaspar Dutra, sem sede própria funcionava numa das salas do Hotel Santa Rosa.

A construção das primeiras acomodações da Escola foi iniciada em 1958 com

duas salas de aula. A inauguração oficial se deu em 1961, com sede própria à rua

Tuparandi.

A demanda escolar aumenta progressivamente havendo necessidade de

ampliação na Escola e conseqüentemente aumenta o quadro de professores.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOCom o passar do tempo muitas melhorias aconteceram na Escola, todas

realizadas pela Comunidade Escolar e apoiadas pela Prefeitura de Toledo do qual nosso

município era distrito.

Em 1975 inicia-se a construção de um novo prédio de Alvenaria – Convênio

FUNDEPAR X PREFEITURA com 4 salas de aula e dependências administrativas com

novo endereço e agora definitivo , Av. Tucunduva, 1.200; o qual foi inaugurado em 1976.

Na data de 1976 passa a ser oficialmente reconhecida a emancipação política

do município de Nova Santa Rosa.

Pela Portaria n.º 125/79 fica autorizada em caráter precário o funcionamento da

Escola Mal. Gaspar Dutra – Ensino de 1º Grau e em 1980 aprovado o Plano de

Implantação do Ensino de 1º Grau, parecer n.º 242/80.

Pela Resolução Conjunta n.º 41/81 fica criada a Escola Marechal Gaspar Dutra –

Ensino de 1º Grau, mantida pelo Estado do Paraná – classificada como Escola de Médio

porte.

Reconhecido o curso de 1º Grau Regular através da Resolução n.º 3.349/82,

forma-se a 1ª turma do 1º Grau neste ano.

A Escola Marechal Gaspar Dutra – Ensino de 1º Grau passa a denominar-se

ESCOLA ESTADUAL GASPAR DUTRA – ENSINO DE 1º GRAU, Resolução n.º 1.090/83.

A partir daí a demanda foi aumentando havendo a necessidade de ampliação e

a Escola foi recebendo novas salas de aula.

Havia no Município uma escola de 2º Grau profissionalizante tendo como

entidade Mantenedora a CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade)

funcionando no período noturno, mas a Escola não era pública e gratuita. A exigência da

clientela que gostaria de continuar estudando e que não poderiam se manter no Ensino

privado, fez com que houvesse a necessidade da implantação do Curso de 2º Grau nesse

Colégio.

Em 1989 inicia-se o processo de Implantação do Curso de Educação Geral o

qual foi aprovado pelo Parecer n.º 143/90.

A partir daí a Escola passa a denominar-se COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL

GASPAR DUTRA – ENSINO DE 1º E 2º GRAUS.

De lá para cá muitas melhorias aconteceram no Colégio: Construção de novas

salas de aula ao todo agora são 12 salas; Sala de vídeo; Biblioteca com acervo apropriado,

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOLaboratório de física, química e biologia com equipamentos; Quadra esportiva coberta;

Equipamentos tecnológicos, TV, computador, etc.

Em nosso município as políticas de incentivo educacional para jovens e adultos

excluídos da obrigatoriedade em relação à idade/série, tiveram crescimento a partir do ano

de 1998. O início da clientela se deu ao nível de Secretaria Municipal de Educação, com

uma proposta para o Ensino Fundamental 2º segmento em parceria com o PAC (Posto

Avançado do CEAD) do município vizinho de Marechal Cândido Rondon.

O Programa teve um amplo sucesso a nível municipal, abrangendo um número

elevado de jovens e adultos que há muito tempo haviam deixado os bancos escolares e até

de alguns que nunca os haviam freqüentado.

Ao concluírem essa etapa do ensino fundamental, um grande número de alunos,

alguns por necessidade de certificação e outros por projetos de vida, procuraram nossa

escola, por ser a única a ofertar o Ensino Médio, para que a mesma ofertasse o ensino

Médio na modalidade de EJA.

Assim a partir do ano de 2000 nossa escola passou a ofertar mais essa

modalidade de ensino de forma presencial e gradativa a uma clientela preocupada em

resgatar um direito conquistado. Contudo, em 2006, através de políticas públicas estaduais

o ensino da Educação de Jovens e Adultos na modalidade presencial passou por um

processo de cessação, sendo gradativo em nossa Escola, fora substituído pela modalidade

semi-presencial em esfera estadual, a qual passou a ser oferecida em outra instituição de

ensino neste Município, o que tornou inviável a oferta em nossa instituição, devido à

demanda, sendo portanto encerrada a EJA a partir do ano letivo de 2007.

Considerando a nova LDB n.º 9.394/96 nova nomenclatura do Estabelecimento

se faz, passando a denominar-se COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA –

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

A partir do ano de 2006, este estabelecimento de ensino passou a ofertar a

modalidade de ensino CELEM – Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – nas línguas

Alemã e Espanhola.

O município de Nova Santa Rosa apresenta uma comunidade de

predominância étnica alemã, formada, principalmente, de migrantes do estado do Rio

Grande do Sul e Santa Catarina, um número bem limitado de moradores é de regiões do

Norte brasileiro.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOAlém disso, o município fica no extremo Oeste do Paraná, próximo de Países

vizinhos, como Paraguai e Argentina. Possui contato bastante acentuado com a Língua

Espanhola e Guarani, devido à migração de agricultores para a região de Salto Del Guairá.

Também é sabido que a língua espanhola predomina nos países latinos americanos e é um

canal de comunicação no mundo todo, principalmente, devido ao MERCOSUL. Ambas as

Línguas tiveram muita receptividade na comunidade, além disso, é a conquista de um

sonho, a oferta de um ensino de línguas pelo poder público do Estado do Paraná.

O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas, CELEM, para os alunos de Nova

Santa Rosa tem como objetivo valorizar e reconhecer dois idiomas tão comuns nas

relações de comunicação desta região. O estudo destas duas línguas, a alemã e a

espanhola é um avanço emancipatório, é o reconhecimento de uma identidade lingüística

negada por longos anos pelo ensino público, porque muitos das famílias desses alunos

falam a língua alemã em casa, através da implantação da língua alemã se reconhece a

língua materna de muitos alunos desta comunidade de origem germânica.

Evidenciar a diversidade cultural no mundo através do estudo de uma língua

estrangeira é requisito básico para avançar no conhecimento do outro e das diferentes

formas de culturas no mundo.

A partir do ano de 2010, iniciou-se o processo de solicitação de abertura de uma

Sala de Recursos para atendimento de alunos com necessidades educativas especiais, que

foi, no ano de 2011 implantada no período vespertino. Este atendimento,visa amparar o

aluno que possui limitações no processo de ensino-aprendizagem, constituindo-se em um

espaço de investigação e compreensão dos processos cognitivos, sociais e emocionais,

visando a superação das dificuldades de aprendizagem e o desenvolvimento de diferentes

possibilidades dos sujeitos.

No contexto educativo nacional, a partir de 2004, iniciou-se o processo de

implantação do Ensino Fundamental de Nove Anos, sendo uma regulamentação promovida

pela Secretaria de Educação Básica (SEB)/Departamento de Políticas de Educação Infantil

e Ensino Fundamental (DPE)/Coordenação Geral do Ensino Fundamental (COEF). Como

sua implantação ocorreu de forma gradativa na fase inicial do Ensino Fundamental,

somente no ano de 2012, é que passamos a receber, de forma simultânea ,estes alunos na

fase final do Ensino Fundamental.

RELAÇÃO DE DIRETORES

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

GRUPO ESCOLAR MAL. GASPAR DUTRA

1. ASILDA RÖPKE

2. DANIEL WUTZKE

3. RENI VOIGT

COLÉGIO ESTADUAL MAL. GASPAR DUTRA

1. ÉLIO MIGLIORANÇA

2. HARI BAUMGART

3. JOSÉ LUIZ DOSCIATTI

4. DANIEL WUTZKE

5. SARA T. COSTA BORGES

6. ARNO BAUMANN

7. MARISA ELIZABETHA BOLL THIELE

8. CLAUDINO TRENTIN

9. NILSE DOCHORN HITZ

II - DIAGNÓSTICO

2.1. RECURSOS FÍSICOS

O Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e Médio

possui área e estrutura física própria para o desenvolvimento de suas atividades escolares.

Suas dependências constam de 12 salas de aula, as quais possuem quadro

branco, ar condicionado, TV Multimídia e DVD. Laboratório de química, física e biologia,

laboratório de informática, banheiros masculinos e femininos, quadra esportiva polivalente

coberta com banheiros femininos e masculinos, chuveiros, cozinha, saguão para refeitório,

bebedouros, cantina. Complexo administrativo com secretaria, sala de direção, sala para

equipe pedagógica, sala dos professores e biblioteca. Espaço externo com horta, área para

estacionamento, sala ambiente no bosque, almoxarifado e sala de múltiplo uso. Foram

instaladas câmeras de segurança, portão eletrônico e portão com vídeo porteiro. Todas

essas dependências encontram-se em ótimo estado de conservação devido às reformas

realizadas e a constante manutenção feita com a parceria da APMF.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOAssim consideramos que o Colégio possui condições físicas apropriadas para o

bom desenvolvimento das atividades propostas.

2.2. RECURSOS MATERIAIS

Ao se implantar uma Proposta Pedagógica também são necessários Recursos

Materiais, para dinamizar as metodologias de trabalho, produção e extensão do

conhecimento elaborado ou refletido. Desta forma, a estrutura material de que dispomos se

compõe de:

a) Equipamentos para Laboratório Didático de Química, Física e Biologia;

b) Equipamentos do Laboratório de Informática;

c) Acervo Bibliográfico;

d) Jogos Educativos;

e) Materiais esportivos;

f) Materiais didático-pedagógicos;

g) Recursos Diversos;

Além dos recursos mencionados acima, possuímos uma secretaria

informatizada, e demais equipamentos necessários para o bom atendimento dos alunos.

Como recursos didáticos o Colégio está munido de retroprojetor, projetor

multimídia, TVs multimídia e aparelhos de DVD em cada sala de aula, equipamentos de

som, computadores, impressoras, máquina fotográfica digital, filmadora, fotocopiadora

(alugada), internet, entre outros.

A cozinha tem estrutura suficiente e moderna para a preparação das refeições

aos alunos, com cardápios diferenciados, e possui equipamentos e utensílios que agiliza o

processo de preparação dos alimentos.

2.3. RECURSOS FINANCEIROS

Os Recursos Financeiros que garantem a manutenção e melhoramento dos

aspectos físicos, materiais e pedagógicos da Escola são praticamente oriundos da própria

Mantenedora, a Secretaria de Estado da Educação (SEED), através de repasses diretos,

como Folha de Pagamento dos Professores e Funcionários e outros através de Convênios

com a SUDE (Superintendência e DAE – "Fundo Rotativo"), Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Educação – PDDE, e projetos eventuais viabilizados pelo governo.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOContribuição significativa com relação a estes recursos também tem origem no

trabalho desenvolvido pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF),

promovendo eventos junto à comunidade com finalidade lucrativa para suprir necessidades

emergenciais, além dos gastos normais previstos no planejamento, que visam melhorias

físicas, funcionais e pedagógicas do Colégio.

Em parceria com a Prefeitura Municipal o colégio assegura o acesso dos alunos

distantes da sede por meio do transporte escolar gratuito e o programa de merenda

escolar.

2.4 RECURSOS HUMANOS

O Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e Médio

possui um quadro funcional que atende a demanda escolar com recursos humanos

qualificados e habilitados para desenvolver a Proposta Pedagógica aqui apresentada.

2.4.1 Perfil da Direção

A equipe diretiva é composta por direção e direção auxiliar, com professores

comprometidos com a qualidade da educação, pois acreditam que sua forma de gestão

está intimamente ligada ao papel de educador e que ao deixarem a função continuarão

como agentes deste processo.

A forma de acesso ao papel de gestor das escolas públicas é através da eleição

direta.

Nosso Colégio é contemplado com quarenta horas para diretor e vinte horas

para diretor auxiliar, eleitos por todos os segmentos da comunidade escolar.

A Direção terá sua atuação voltada para a gestão de recursos humanos,

financeiros e pedagógicos.

Em síntese: desenvolver atividades que garantam o bom funcionamento da

Escola, em todos os segmentos.

2.4.2 Perfil dos Funcionários

Na equipe administrativa (secretaria, biblioteca, laboratório de informática), a

escola conta com um quadro de profissionais capacitados, envolvidos com o processo

educacional, não apenas como meros trabalhadores, mas como participantes do processo.

Em relação ao Laboratório de Ciência, existe carência de profissional, pois é um excelente

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOespaço pedagógico, que poderia ser melhor aproveitado, caso houvesse uma pessoa

responsável pela preparação e execução do trabalho.

No setor de serviços gerais, há defasagem de pessoal, contudo os

trabalhadores, devido a participação em capacitações, já se reconhecem enquanto agentes

também responsáveis pelo processo educativo.

2.4.3 Perfil da Equipe Pedagógica

A equipe técnica-pedagógica que trabalha na escola se constitui por

especialistas em educação, egressos das diferentes habilitações do Curso de Pedagogia.

O Colégio conta com uma demanda de cem horas para profissionais nessa área,

distribuídas nos três turnos de atendimento do Colégio, cujo trabalho tem como objetivo

geral o acompanhamento e avaliação da Proposta Política Pedagógica da Escola.

A demanda da equipe pedagógica encontra-se preenchida por profissionais da

área de Pedagogia e todas efetivas, envolvidas no processo, embora as dificuldades

encontram-se em muitas vezes não conseguir cumprir com seu real trabalho pedagógico

por situações adversas ao processo.

2.4.4 Perfil do Corpo Docente

Os docentes da nossa escola possuem graduação superior com Licenciatura,

graduados e especialistas em suas áreas de atuação. Em sua maioria são efetivos que

fazem parte do Quadro Próprio do Magistério do Estado do Paraná, sendo os demais

contratados por processo seletivo organizado pela SEED.Constituímos assim um grupo

privilegiado de professores nas áreas do Currículo. Uma das maiores dificuldades que

encontramos em relação ao corpo docente, está na rotatividade de professores a cada ano,

e mesmo durante o ano letivo, em função de saídas dos professores para o PDE e para

gozo de licença especial. Existem ainda aqueles professores que não se enquadram

administrativamente ou pedagogicamente ao processo, o que por vezes, prejudica o

trabalho coletivo.

Entre seus objetivos e ações estão:

- elaboração dos Planos de Trabalho Docentes e da Proposta Pedagógica

Curricular, de acordo com o Projeto Político Pedagógico e o Regimento, enfatizando o

previsto na LDB 9.394/96 e Diretrizes Curriculares da Secretaria de Educação do Estado;

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO - desenvolver as atividades relacionadas ao processo de ensino/aprendizagem

dos alunos tendo em vista a finalidade do Ensino Fundamental e Ensino Médio, cujo

objetivo é formar cidadãos, fomentando a busca pelos conhecimentos necessários à sua

efetiva inserção na sociedade; oferecendo os conteúdos necessários à continuidade de

estudos.

- participar dos cursos de formação continuada e reuniões, promovidas pela

escola e SEED;

- cumprir sua hora-atividade no espaço escolar, priorizando sua efetivação nos

dias determinados pela SEED;

- utilização de métodos e de técnicas que incentivem e levem ao aprendizado;

- proceder ao acompanhamento, avaliação e recuperação de estudos aos

alunos, dando prioridade a aspectos qualitativos em relação aos quantitativos, em termos

de rendimento escolar.

2.4.4.1 Organização da hora-atividade

Com o objetivo de atender o que regulamenta a Lei 9394/96, bem como a

Instrução 02/2004 – SUED-PR, a hora atividade deve ser um período reservado à estudo,

planejamento e avaliação, devendo favorecer o trabalho coletivo dos professores.

A Secretaria de Estado da Educação, em parceria com o Núcleo Regional de

Educação, com o intuito de favorecer a organização de oferta de formação continuada para

professores, sugere a adoção da Hora-Atividade Concentrada, tendo em vista a melhoria

da qualidade de ensino.

Consideramos este momento da hora-atividade indispensável para reflexão

sobre a práxis pedagógica, qualificação de novas mídias e tecnologias, planejamento de

ações didático-pedagógicas, troca de experiências entre docentes, equipe pedagógica e

direção, planejamento, correção de atividades e avaliações dos discentes, pesquisas,

estudos e reflexões sobre o exercício e implementação de sua função docente. Frente à

toda esta demanda, temos a observar que a hora-atividade ainda é insuficiente para que o

profissional possa realizar o seu trabalho com a qualidade que almeja.

2.5. ORGANOGRAMA

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA Gestão Escolar envolve instâncias colegiadas que abrangem os vários

segmentos do contexto escolar, essas organizações têm a função de assegurar o

desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico.

A escola é uma organização que, como muitas outras, lida com pessoas. Sua

peculiaridade está em ser a primeira instituição que os cidadãos, ainda crianças,

conhecem. Mais ainda, uma instituição que complementa as famílias por ter a missão de

educar.

A equipe escolar depende dos pais de alunos para ter sucesso, assim como os

pais de alunos dependem da equipe escolar para que seus filhos tenham uma experiência

satisfatória de convívio com crianças e adultos fora do círculo familiar e para que

desenvolvam curiosidade e capacidade de aprender. O sucesso da escola depende do

clima institucional, da competência didático-pedagógica da escola e da resposta dos

alunos. Mas a verdade é que esses três fatores estão condicionados ao entrosamento

entre escola e família.

Nós acreditamos que a alma da escola são os que nela convivem e aprendem:

alunos, professores, funcionários, membros da comunidade e gestores.

A diretora dessa escola tem o poder e o dever de animar, alimentar e fortalecer

a cooperação e a sinergia entre todas essas pessoas, sem os quais um prédio

arquitetônico perfeito, seria tão supérfluo como um corpo sem vida.

Nesse processo, cada um tem o seu papel, a sua importância. É da soma das

diferentes partes que se obtém uma escola mais forte e mais capaz de encontrar soluções

criativas para os desafios que enfrenta. Ë cada vez mais importante, o estabelecimento e a

manutenção de ações que privilegiam a ação coletiva, participação de todos os segmentos

da comunidade escolar no processo de tomada de decisões e o compromisso com uma

aprendizagem de qualidade.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

2.6. ASPECTOS EDUCACIONAIS

O quadro educacional brasileiro ainda é bastante insatisfatório. De acordo com a

Constituição “a educação é dever da família e do Estado”, mas o que se vê na realidade é

que a família está se eximindo completamente dos seus deveres e funções com relação à

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOeducação de seus filhos. Além disso, o próprio Estado deixa a desejar, em alguns setores,

no cumprindo com seu papel enquanto mantenedor.

A escola pública está agregando no seu contexto escolar cada vez mais a

diversidade (etnias, gênero, classes sociais, portadores de necessidades especiais, etc). A

escolarização está em pleno processo de democratização, resguarda ao cidadão o direito

de estudar, por isso se tem dentro da sala de aula um grupo muito diverso de alunos.

Muitos paliativos surgem através dos meios administrativos e pedagógicos para solucionar

questões que envolvem o baixo desempenho escolar, por isso criam-se métodos de

camuflagem da realidade para produzir um número aceitável de aprovação, deixando

muitas vezes a qualidade do ensino-aprendizagem em segundo plano.

No contexto escolar desempenha-se, além da função do ensino, a

democratização do acesso através da inclusão, no entanto a escola não pode abrir mão de

sua função de repassar conhecimentos historicamente construídos, nem ser obstáculo para

o acesso ao conhecimento de classes menos privilegiadas.

A oferta da escolarização é uma obrigação do estado, mas a organização do

processo ensino-aprendizagem está na mão do docente; este se preocupa em manter o

aluno na escola, buscando garantir a qualidade da aprendizagem.

O sistema educacional tem por responsabilidade assumir alternativas

pedagógicas que sanem situações como evasão, repetência, ineficiência na aprendizagem.

O processo de avaliação escolar tem, há vários anos, sido objeto de estudo no

magistério paranaense, no entanto, se vê ainda, que essa reflexão está atrelada ao

sistema de classificação, não se busca dentro das notas apresentadas os requisitos

mínimos exigidos, ou seja, os critérios que o professor considera importante para que o

aluno tenha avanço na série, resguardando assim os conteúdos básicos para a conclusão

da modalidade de ensino que cursa.

Educação: O município de Nova Santa Rosa possui 7 estabelecimentos de

ensino, perfazendo um total de 1.379 estudantes, sendo 42% do município e 58% do

Estado.

Mais de 77% dos estudantes encontram-se no ensino fundamental e o ensino

médio atende os outros 23% do total dos alunos.

Tabela 01 - Estabelecimentos de Ensino por Dependência

Dependência Quantidade

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

• Municipal 4• Estadual 3• Federal 0• Particular 0 Total 7

* Fonte: Censo Econômico - Proder

Distribuição das Escolas por Dependência

2.7. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA-CULTURAL DA COMUNIDADE

ESCOLAR

Nossos alunos são oriundos da zona urbana e rural e cada indivíduo tem sua

história pessoal que se apresenta de forma diferente de ser. Uma das peculiaridades dessa

comunidade é serem, em grande maioria, bilíngües, pois, falam a língua alemã e

portuguesa. Esses alunos são filhos de descendentes de imigrantes alemães vindos nos

anos de 1955 do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A escola precisa recebê-los de forma democrática e igualitária respeitando seus

direitos de acesso à educação de qualidade. Atualmente, o período matutino recebe alunos

da zona urbana central, Linha Pietrowski e Vila Cristal. No período vespertino a

comunidade escolar é composta também por alunos da zona urbana central e distritos de

Alto Santa Fé e Planalto do Oeste. O Período Noturno, conta com alunos trabalhadores da

indústria e comércio local e também alunos de Planalto do Oeste. Esses alunos, já

inseridos no mundo do trabalho, alguns precocemente, outros já adultos que voltaram a

buscar a complementação dos estudos exigida pelas empresas nas quais estão

empregados.

A escola ocupa um lugar privilegiado na vida da comunidade, influi

intencionalmente na construção da identidade dos sujeitos que por ela passam, por isso

tem o dever de assegurar o direito à educação para todos de forma igualitária.

Caracterizar a comunidade escolar de uma instituição pública não é tarefa das

mais fáceis, uma vez que há uma diversidade sócio – cultural e econômica bastante grande

e por ser o único Colégio de Ensino Médio no Município.

Nos períodos matutino e vespertino a faixa etária é caracterizada como pré -

adolescência e adolescência. No entanto há alunos com defasagem, em relação idade-

série. Neste sentido, esta se organizando um projeto de recuperação de estudos para

corrigir essa lacuna idade-série.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIONo período noturno a faixa etária é caracterizada como adolescentes, jovens e

adultos.

Muitas famílias estão expostas à situações de risco pessoal e social, o que

acaba gerando a desestruturação familiar, tendo como conseqüência, falhas na educação

de seus filhos, refletindo na aprendizagem, no comportamento e no relacionamento entre

estes, os demais colegas e também com seus professores.

Devido a tantas transformações, muitos pais e mães vêem questionados seus

próprios valores e projetos que fizeram para si e para seus filhos, pois são variados os

caminhos que se abrem e torna-se difícil saber como será o mundo quando os filhos forem

adultos.Mas, mesmo com todas as inseguranças que possam ser vividas pelos pais, a

família continua sendo, para a grande maioria dos nossos alunos, um espaço onde se

sentem seguros.

Outro aspecto que interfere no processo de integração da comunidade escolar,

diz respeito à religião. A comunidade caracteriza-se como uma comunidade conservadora,

de diversidade religiosa muito grande, onde se professam diferentes confissões. Esse

aspecto tem muitas vezes prejudicado o convívio da comunidade escolar, em função da

dificuldade de aceitação das mudanças e respeito à individualidade de cada ser humano.

Assim consideramos fundamental que a escola assuma a valorização cultural

dos seus alunos e, ao mesmo tempo, busque ultrapassar seus limites, propiciando a todos

adolescentes e jovens o acesso ao saber historicamente construído, bem como formá-los

enquanto cidadãos capazes de viver e atuar em sociedade, com vistas à reduzir as

desigualdades sociais.

Uma escola de qualidade é condição necessária quando se almeja efetivamente

intervir no aprendizado dos alunos, porém, não é suficiente para, por si só, resolver as

questões de desigualdades de renda existentes em nosso município.

Pontuamos alguns aspectos de contradições e dificuldades que encontramos em

nossa comunidade-escola para que o processo ocorra:

Espaço físico – não está atendendo a demanda, o que prejudica a qualidade do

ensino-aprendizagem;

Política educacional – mudanças em pouco espaço de tempo e a maioria delas

não atende a realidade; as questões de estudo envolvem muita dedicação de tempo para

leituras, debates e as devoluções sempre são exigidos em tempo não hábil.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOEducação Profissional – necessidade de uma formação específica, com vistas à

inserção dos jovens ao mercado de trabalho.

Participação política – a participação não tem o mesmo significado para todos.

No que se refere à escola já avançou-se, mas ainda persistem dificuldades quanto à

organização e disponibilidade para participação nas diretorias e conselhos da escola.

Evasão/repetência – continuam acontecendo apesar das políticas de tentar

saná-los. Observamos abaixo, o quando demonstrativo de nossa realidade escolar nos

últimos anos:

ANO 2006 2007 2008 2009 2010Modalidade FUND MÉDIO FUND MEDIO FUND MEDIO FUND MEDIO FUND MEDIOAlunos

aprovados

359 339 380 311 358 300 353 264 351 273

Aprovados

em

Conselho

de Classe

109 37 77 46 114 70 89 62 77 78

Reprovados 67 36 45 12 46 33 48 40 59 42Desistentes 14 9 6 24 13 27 3 11 1 6Total de

matrículas

468 398 467 377 428 373 432 329 430 330

Ensino-aprendizagem – o processo ainda emperra na dificuldade de

diversificação de metodologias; resistência dos professores em modificá-las, apesar das

capacitações; relacionamento professor X aluno; falta de interesse e motivação dos alunos;

entre outros fatores.

Avaliação – esse é um aspecto que constitui permanente desafio para os

educadores, pois ela é elemento central na organização da prática pedagógica, na medida

em que favorece o processo de construção do conhecimento.

Abaixo, apresentam-se os instrumentos de avaliação nacional, que demonstram

o desempenho de nosso Colégio:

2.8 IDEB

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb é calculado a partir de

dois componentes: taxa de rendimento escolar (aprovação no Ensino Fundamental) e

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOmédias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Inep aos alunos

concluintes do Ensino Fundamental – Prova Brasil. Os índices de aprovação são obtidos a

partir do Censo Escolar, realizado anualmente pelo Inep. As médias de desempenho

utilizadas são as da Prova Brasil (para Idebs de escolas e municípios).

O Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra, tem conseguido superar as

expectativas e projeções realizadas na perspectiva da melhoria deste índice e conta com o

apoio de seus profissionais e também do empenho e dedicação de seus alunos.

Ano 2005 2007 2009

Dis

cip

lina

Ma

tem

átic

a

L.P

ort

ug

uesa

Ma

tem

átic

a

L.

Po

rtu

gu

esa

Ma

tem

átic

a

L.P

ort

ugu

esa

Nota

PROVA BRASIL 262,86 225,13 266,89 236,30 264,05 262,67

Média

Padronizada

4,8 5,05 5,45

2.9 ENEM

Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o objetivo de

avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Todos os anos

buscamos incentivar o maior número possível de concluintes do Ensino Médio para

participarem.

O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem

concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni) e também ao SUSI.

Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de

seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o

vestibular. O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame

Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos

processos seletivos das universidades públicas federais. A proposta tem como principais

objetivos democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior,

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOpossibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino

médio.

As universidades possuem autonomia e poderão optar entre quatro

possibilidades de utilização do novo exame como processo seletivo:

•Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line;

•Como primeira fase;

•Combinado com o vestibular da instituição;

•Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.

Os números do Colégio Est. Mal. Gaspar Dutra, no decorrer dos anos é o

seguinte:

An

o

Pa

rtic

ipan

tes

da

pro

va o

bje

tiva

Ta

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e p

art

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Pa

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ipa

nte

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red

açã

o

Méd

ia d

a r

eda

ção

dia

fin

al

2009 41 461,1 513,492010 63 67% 499,63 533,16 522,19 496,44 512,86 61 542,21 527,3

III - FUNDAMENTAÇÃO

3.1 Concepção de Sociedade

Os homens associam-se de diversos modos e pelos mais variados propósitos.

Um só homem envolve-se em vários e diversos grupos, nos quais os seus associados

podem ser bastante diferentes. Freqüentemente parece não terem nada em comum exceto

serem modos de vida associativa. Em cada organização social maiores existem numerosos

grupos menores: não só subdivisões políticas, mas também associações industriais,

científicas, religiosas.

Os termos sociedade, comunidade, são ambíguos. A sociedade é concebida

como única pela sua própria natureza. As qualidades que acompanham esta unidade, uma

comunidade com méritos de ter objetivos, bem estar, lealdade e simpatia, são realçados.

Mas quando olhamos para os fatos que o termo denota em vez de confinarmos a nossa

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOatenção na sua conotação intrínseca, não encontramos unidade, mas uma pluralidade de

sociedades, boas e más.

Qualquer educação dada por um grupo tende a socializar os seus membros,

mas a qualidade e valor da socialização dependem dos hábitos e objetivos do grupo.

Visto que a educação é um processo social e existem vários tipos de sociedade,

o critério para a crítica e a construção educacional implica um ideal social particular. Os

dois fatores selecionados pelos quais se deve medir o valor de uma forma de vida social

são o prolongamento no qual os interesses de um grupo são partilhados por todos os seus

membros, e a plenitude e liberdade com que cada um interage com outros grupos. Uma

sociedade indesejada, por outras palavras, é aquela que internamente e externamente

estabelece barreiras à livre relação e comunicação da experiência. A sociedade que

providencia a participação nos seus bens de todos os membros em igualdade de

circunstâncias e que assegura um reajuste flexível das suas instituições através da

interação das diferentes formas de vida associativa é democrática. Tal sociedade deve ter

um tipo de educação que dê aos indivíduos um interesse pessoal nas relações e controle

sociais e hábitos da mente que assegurem alterações sociais sem introduzirem desordem.

Segundo Demerval Saviani (1992), o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem

o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas

sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

3.2 Concepção de Conhecimento

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os

homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais

mediadas pelo trabalho.

Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de seu trabalho e

nem dos conhecimentos produzidos nestas relações porque o trabalhador não domina as

formas de produção e sistematização do conhecimento. Segundo Marx e Engels “a classe

que tem à disposição os modos de produção material controla concomitante os meios de

produção intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as idéias daqueles que

carecem desses meios ficam subordinadas a ela” (Frigotto, 1993, p. 67).

Ainda neste sentido, Andery (1998, p.15) confirma que “nesse processo do

desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter-relações e interferências

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOrecíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica será o determinante

fundamental”. Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas: senso

comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes

antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições

sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as

necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver

a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando, portanto a

forma de interferir na realidade. Essa interferência traz conseqüências para a escola,

cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas

suas relações. Conforme Veiga (Veiga, Ilma Passos, Projeto político da escola: uma

construção coletiva – 1995, p. 27). “o conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera

simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses

dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, e

generalizações, sendo portanto, o objeto de trabalho do professor.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando

mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

A qualificação, a formação e ampliação dos conhecimentos envolvidos nesse

processo, ao tratar do conhecimento de uma maneira unificada, criam a possibilidade de

um entendimento melhor da realidade, contribuindo para a desalienação dos envolvidos,

provocando, desta forma, a interação entre os sujeitos e, ao mesmo tempo, sendo

condição necessária para sua própria efetivação.

3.3 Concepção de Educação/Escola

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado

pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. “Educação é um fenômeno

próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência

do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho”

(Saviani, 1992).

É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história individual

do ser humano e da sociedade em sua evolução. É um fato existencial porque o homem se

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOfaz ser homem - processo constitutivo do ser humano. É um fato social pelas relações de

interesses e valores que movem a sociedade, num movimento contraditório de reprodução

do presente e da expectativa de transformação futura. É intencional ao pretender formar

um homem com um conceito prévio de homem. É libertadora porque segundo Boff (2000,

p.77) se faz necessário desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia

integral, capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente

sustentado.

Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que formam o ser humano

para gestar uma democracia aberta. São eles:

• “A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados para

pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizante da

realidade que o possa orientar em sua vida”.

• A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico, político,

cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a

satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;

• “A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de

avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novo

conhecimento através de todas as faculdades cognitivas humana...”.

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem

suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita

para constituir-se e transformar a realidade. Segundo Paulo Freire “ninguém educa

ninguém, mas ao mesmo tempo, ninguém se educa inteiramente sozinho”. As

pessoas se educam mediadas por determinado objeto de conhecimento que é a

própria realidade. A educação não é uma doação de uma pessoa que sabe aqueles

que não sabem, mas é um desafio para o educador e o educando, um desafio, que

é a própria realidade com situações - problema, de inquietações, de angústias e de

aspirações.

Com vistas à formação da personalidade, a educação deve ter no homem seu

ponto final de convergência. Não se trata do homem somente sob o aspecto de sua

formação, mas também sob o ponto de vista de suas atividades, de suas ocupações e

operações. A escola deve se preocupar com o homem não apenas formado em todos os

aspectos do seu ser, mas do homem formado e colocado em seu verdadeiro lugar e no

rumo certo de suas realizações.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOOs educadores e a escola não devem parar com sua capacidade de sonhar, de

inventar, com sua coragem de denunciar e de anunciar. Precisam visitar de vez em

quando o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e com o

agora. Ai daqueles que em lugar desta constante viagem ao amanhã se atrelam a um

passado de exploração e de rotina.

A estética da sensibilidade estimula a criatividade, o espírito inventivo, a

curiosidade pelo novo, a afetividade, para facilitar as constituições capazes de suportar a

inquietação, conviver com o incerto, o imprevisível e o diferente. Valoriza a leveza, a

delicadeza e a sutileza.

A estética da sensibilidade é também educar pessoas que saibam transformar o

uso do tempo livre num exercício positivo. E que aprendem a fazer do prazer, do

entretenimento, da sexualidade, um exercício de liberdade responsável. A ética da

identidade se expressa por um permanente reconhecimento da identidade própria e do

outro, e tem como fim mais importante a autonomia, a responsabilidade e a solidariedade.

É, portanto ancorada na ética, incorporando a estética, e a política, que está a

possibilidade de construir uma pedagogia de qualidade, integradora e potencializadora da

tensão de finalidades do ensino médio para uma formação básica e comum, para o

trabalho e para as demais tarefas da vida.

3.4 Concepção de Homem

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele

envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula

experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e

planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são

apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani (1992):

“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em

lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la

pelo trabalho”.

Considerando o homem em ser social, ele atua e interfere na sociedade, se

encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na

organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas

da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro “... é aquele que 29

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOna sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais, transcende-as e

reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua

emancipação participante da história coletiva”

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se

necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é,

antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.

3.5 Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de ensino-

aprendizagem

Para uma implementação qualitativa do ensino fundamental de 9 anos, é

importante compreender que o conceito de infância sofreu transformações

historicamente, o que se evidencia tanto na literatura pedagógica, quanto na

legislação e nos debates educacionais, em especial a partir da década de 80, no

Brasil. Os debates políticos em torno da constituição de 1988 e os estudos de

diversas áreas do conhecimento contribuíram para o questionamento da

concepção de naturalização das desigualdades sociais e educacionais, até então

predominante, para o reconhecimento de que as condições de desigualdade das

crianças eram determinadas por fatores econômicos, culturais e sociais. Assim,

à medida que a sociedade organizada exerceu pressões sobre o Estado, este

passa a incorporar, nos textos legais, a infância como uma construção social.

Exemplos destes textos legais são a constituição de 1988, o Estatuto da Criança

e do Adolescente, nos anos 90, a LDB 9394/96, além de textos curriculares que

tratam da especificidade da infância. (KRAMER, 2006) Se no contexto político, as

diferentes concepções sobre a infância influenciaram ou justificaram as políticas

educacionais, com limites e possibilidades; no contexto pedagógico, a discussão

e definição de uma concepção de infância é primordial na condução do trabalho.

Esta concepção orientará os conceitos sobre ensino, aprendizagem e

desenvolvimento, a seleção dos conteúdos, a metodologia, a avaliação, a

organização de espaços e tempos com atividades desafiadoras, enfim, o

planejamento do trabalho organizado não apenas pelo professor, mas por todos

os profissionais da instituição.

30

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOEntre os estudos sobre uma concepção de infância como fase distinta da

vida adulta, ganha destaque o historiador francês Ariés. Em seus estudos, Ariés

analisa diferentes significados atribuído à infância, em especial nos séculos XVII

e XVIII. Segundo este autor, até o fim da Idade Média não existia um sentimento

de infância como etapa específica da vida humana, portanto com características

e necessidades próprias. Áries afirma que é no fim da Idade Média que se inicia

um processo de mudança, pois a infância passa a ser encarada como sinônimo

de fragilidade e ingenuidade, sendo alvo de atenção dos adultos. Já no século

XVIII, a concepção sobre a infância passa pelo disciplinamento e pela moral,

exercidas especialmente por um processo educacional impulsionado pela Igreja

e pelo Estado. Esta concepção marca a educação das crianças, particularmente

no período do capitalismo industrial, no século XIX. Embora com ressalvas, sua

pesquisa é considerada relevante pelo fato de que contribuiu para a

compreensão da infância como um conceito construído historicamente.

Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa

compreender que esta é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta

da fase adulta. (KUHLMANN, 1998) Significa reconhecer que esta condição da

criança, a infância, é resultado de determinações sociais mais amplas do âmbito

político, econômico, social, histórico e cultural. Significa ainda considerar, no

contexto da práxis pedagógica, que a criança emite opiniões e desejos de

acordo com as experiências forjadas nos diferentes grupos sociais e de classe

social ao qual pertence. Portanto, é importante perceber que “as crianças

concretas, na sua materialidade, no seu nascer, no seu viver ou morrer,

expressam a inevitabilidade da história e nela se fazem presentes, nos seus

mais diferentes momentos.” (KUHLMANN, 1998, p. 32)

Para KRAMER (1995) o conceito de infância se diferencia conforme a

posição da criança e de sua família na estrutura sócio-econômica em que se

inserem. Portanto, não há uma concepção infantil homogênea, uma vez que as

crianças e suas famílias estão submetidas a processos desiguais de socialização

e de condições objetivas de vida. Nesse sentido, cabe à escola, reconhecer

estes sujeitos da Educação Infantil como capazes de aprender os diferentes

31

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOconhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados como conteúdos

pela escola, respeitando a singularidade da infância.

Algumas singularidades que marcam esta fase da vida explicitam as

formas que as crianças desenvolvem, na interação social, para aprender e

relacionar-se com o mundo: a grande capacidade de aprender; a dependência

em relação ao adulto, o que exige proteção e cuidados; o desenvolvimento da

autonomia e auto-cuidados; o intenso desenvolvimento físico-motor; a ação

simbólica sobre o mundo e o desenvolvimento de múltiplas linguagens; o

brincar como forma privilegiada de apropriar-se da cultura; a construção da

identidade, por meio do estabelecimento de laços sociais e afetivos. (FARIA &

SALLES, 2007)

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção

histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygostsky (2007)

que, ao analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na

formação da inteligência e das características essencialmente humanas. Em

outras palavras, nos tornamos humanos a partir da interação com outros seres

humanos. É, portanto “a partir de sua inserção num dado contexto cultural, de

sua interação com membros de seu grupo e de sua participação em práticas

sociais historicamente construídas, que a criança incorpora ativamente as

formas de comportamento já consolidadas na experiência humana.” (REGO,

1995, p. 55). Os estudos de Vygostsky (2007) indicam que é importante analisar

criticamente o contexto social, a fim de compreender com que criança se está

trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitar que todas as crianças

se apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar. Isso significa, por

exemplo, que, se vivemos numa sociedade letrada, espera-se que todas as

pessoas, na idade socialmente reconhecida como adequada, tenham

asseguradas as condições para se apropriar deste conhecimento.

A compreensão da infância como historicamente situada implica que a

escola, em seu conjunto, efetive um trabalho articulado e com unidade de

propósitos educativos. Estes propósitos orientarão o trabalho desenvolvido pelos

professores, portanto devem ser discutidos e compreendidos pelo conjunto dos

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOprofissionais da unidade escolar, além de devidamente sistematizados na

proposta pedagógica.

Na perspectiva de superação do distanciamento muitas vezes evidenciado

entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, considera-se que este é um

momento propício para aliar o acervo de conhecimentos sistematizados destes

dois importantes níveis da Educação Básica. Esta aproximação é possível a

partir de um trabalho que possibilite complementaridade e continuidade de

processos de aprendizagem, assegurando a característica de aprofundamento

da complexidade dos conhecimentos sistematizados. Isso significa que os

conteúdos próprios do Ensino Fundamental estão articulados aos conteúdos de

outros níveis de ensino e se ampliam gradualmente, conforme as possibilidades

de compreensão dos alunos. Com atenção a estas características, foram

reunidos professores especialistas de todas as disciplinas curriculares, com o

objetivo de possibilitar a reflexão sobre os conhecimentos obrigatórios para esse

nível de ensino, definidos nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental

(DCN), a qual estabelece que

Em todas as escolas, deverá ser garantida a igualdade de acesso dos alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional; a base nacional comum e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que visa estabelecer a relação entre a educação fundamental com: a) a vida cidadã, através da articulação entre vários dos seus aspectos como: a saúde a sexualidade; a vida familiar e social, o meio ambiente, o trabalho; a ciência e a tecnologia; a cultura; as linguagens; com b) as áreas de conhecimento de: Língua Portuguesa; Língua Materna (para populações indígenas e migrantes); Matemática, Ciências, Geografia; Língua Estrangeira, Educação Artística, Educação Física; Educação Religiosa. (na forma do art. 33 da LDB) (LDB, art. 9º. In: PARECER CEB 04/98, p.7)

A inclusão das crianças de seis anos no Ensino Fundamental suscita

inúmeros debates acerca do processo ensino-aprendizagem que,

inevitavelmente, vem à tona com diferentes visões sobre este processo por

parte de professores e famílias. Um dos aspectos que merece destaque é a

organização do trabalho pedagógico e a concepção que o conduzirá. Nesse

sentido, é fundamental que os professores tenham clareza acerca da

perspectiva teórica adotada e expressa no projeto político-pedagógico da escola

e ainda sobre como conduzir este processo de trabalho, conferindo importância

a todas as disciplinas escolares.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA realidade da nossa Escola é a de receber os alunos no Ensino

Fundamental – séries finais, onde trabalhamos com crianças no 6º e 7º ano e

adolescentes e jovens a partir do 8º ano, 9º ano e Ensino Médio.

A organização didática impõe certos desafios aos professores como, por

exemplo, a adequação dos diferentes conteúdos no tempo escolar, de modo que

todas as disciplinas tenham a mesma importância e se estabeleçam interações

entre as mesmas. Acredita-se que a característica da unidocência dos

professores que atuam nos 6ºs e 7ºs anos do Ensino Fundamental, fortalece a

possibilidade de um trabalho interdisciplinar, uma vez que pode impulsionar

uma ação de maior “cooperação e coordenação crescente entre as disciplinas”

(FAZENDA, 1992, p. 38. Apud: SAVIANI, 2006, p. 117), aliando-se ainda a

dimensão dos cuidados pertinentes às crianças pequenas.

Nessa perspectiva, vale destacar que a criança pequena apresenta um

pensamento sincrético, ou seja, não separa os conhecimentos em campos

específicos e se apropria do mundo por meio de diferentes linguagens,

expressando-se através do movimento, da oralidade, do desenho e da escrita.

Esta forma de apreensão da cultura pelas crianças exige atividades encadeadas

e que possibilitem a ampliação do conhecimento, garantindo que a ludicidade,

eixo integrador no Ensino Fundamental – séries iniciais, se efetive também no

Ensino Fundamental – séries finais.

Este encaminhamento pedagógico que sugere uma interação entre os

diferentes conhecimentos foi também incorporado pela legislação educacional,

onde se destaca, por exemplo, a “interação entre as diversas áreas de

conhecimento” (DCNs para a Educação Infantil, art. 3º, parágrafo IV) e que “as

aprendizagens são constituídas na interação entre os processos de

conhecimento”, no Parecer nº 04/98, que institui as DCNs para o Ensino

Fundamental.

Este período requer, portanto, uma adequada compreensão das

especificidades da criança, por parte de todos os profissionais da escola, o que

deve se estender durante todo o ano letivo. Estes aspectos precisam ser

contemplados na organização dos espaços físicos e tempos da escola e ainda no

planejamento dos professores. A atenção a estes cuidados contribui, entre

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOoutros aspectos, para a construção da autonomia das crianças, para o bom

relacionamento entre crianças e adultos e para aprendizagens significativas.

Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como uma

categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de serem

essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005): a naturalização da adolescência e sua

homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria sociedade. Assim, as

características “naturais” da adolescência somente podem ser compreendidas quando

inseridas na história que a geraram. Mas não foi sempre deste modo que se falou da

adolescência. Para a maior parte dos estudiosos do desenvolvimento humano, ser

adolescente é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e sociais que, juntas,

ajudam a traçar o perfil desta população. Atualmente, fala-se da adolescência como uma

fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta.

Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é compreendida como um período

atravessado por crises, que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade.

Porém, a adolescência não pode ser compreendida somente como uma fase de transição.

Na verdade, ela é bem mais do que isso.

Para a Psicologia histórico-cultural o desenvolvimento humano acontece no

decorrer de toda a vida do individuo, tendo em vista que este se constitui nas/pelas

relações que estabelece com os outros. Portanto a adolescência é uma etapa do

desenvolvimento construída culturalmente.

De acordo com Ariès (1981) o conceito de adolescência era inexistente até o século

XVIII. Oliveira e Egry (1997) realizaram um levantamento histórico, onde afirmam que a

adolescência aparece como produto da Revolução Industrial, quando foi instituído que a

criança deveria ficar mais tempo no sistema educacional, o que estendeu a dependência

do individuo à sua família, reconhecendo esse período como uma nova etapa do

desenvolvimento humano, com características históricas, culturais e sociais.

A adolescência, desde o início do século XX, tem sido estudada sob perspectivas

teóricas que a naturalizam e a universalizam. Nessas concepções tradicionais, o jovem é

compreendido como um ser instável e desequilibrado devido à crise inerente à fase que

vivencia. Tais idéias desconsideram a inserção histórica, social e cultural do jovem, em

suas condições concretas de vida, o que pode constituir-se em ações ideologizantes,

legitimadoras das desigualdades sociais.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOPor outro lado, a visão sócio-histórica busca vincular o desenvolvimento do indivíduo

ao da sociedade, ou seja, entende-se que a sociedade, construída por sujeitos, limita e

possibilita a constituição desses mesmos sujeitos. Sob este enfoque, o normal e o

patológico são compreendidos como construções sociais e a adolescência deixa de ser

vista como fase natural, repleta de conflitos e crises, para ser analisada dentro de um

determinado contexto, que produz significações próprias (AGUIAR; BOCK; OZELLA, 2007).

Ainda de acordo com os autores supra-citados, na visão histórico-cultural, o normal

e o patológico são compreendidos como construções sociais e a adolescência deixa de ser

vista como fase natural, repleta de conflitos e crises, para ser analisada dentro de um

determinado contexto, que produz significações próprias.

Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade cronológica, da

puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou de

elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A adolescência deve ser

pensada como uma categoria que se constrói se exercita e se re-constrói dentro de uma

história e tempo específicos.

A escola não e importante apenas pelo conteúdo pedagógico que transmite; ela

exerce vários outros efeitos sobre o aluno. Diversos aprendizados que não estão escritos

no currículo formal são experimentados pelo adolescente em sua vida escolar. A escola é

uma grande experiência de socialização, de convívio com as diferenças, de todos os tipos

e em todos os níveis. E onde, muitas vezes, o adolescente busca formar o seu "grupo de

iguais". A experiência escolar tem uma repercussão marcante na consolidação da auto-

estima, seja contribuindo para o seu fortalecimento ou prejudicando a. Na escola o

adolescente tem a oportunidade de conviver com outros adultos alem de seus pais e de

identificar outros modelos de referência, tanto no sentido positivo quanto no negativo. A

escola representa o microcosmo da sociedade, no qual o adolescente se prepara para lidar

com situações com que se defrontara "no mundo lá fora".

Na escola o aluno também desenvolve (ou não) varias capacidades, tais como ouvir,

negociar, ceder, participar, cooperar, perseverar e, desenvolver autodisciplina e

responsabilidade. Essas capacidades são fundamentais para o êxito do ser humano. Êxito

não pode ser entendido apenas nos campos profissional e financeiro, mas sim, em todas

as esferas da vida.

Então, se a escola tem todos estes efeitos e repercussões sobre o adolescente, se

ela não é apenas um local onde informações são repassadas, mas uma experiência que

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOafeta todos setores da vida da criança e do adolescente, então cabe uma pergunta: Qual e

o papel da escola, do professor? Para podermos responder a esta pergunta ha outra que

vem antes: O que e educação? Uma vez que a escola e um elemento chave da educação

precisamos questionar o que é realmente a educação. Mas para se discutir o que é

educação, precisamos ter antes, clareza quanto a esta questão: O que é o ser humano?

Porque para termos uma visão do que é educação, precisamos de uma visão do que é o

ser humano, qual é a natureza desse homem que a educação pretende desenvolver.

Discutir o papel do professor nos remete em primeiro lugar a sua principal atividade

que é ensinar. O ensino, para KLEIN (2002, p. 121) designa as “mais diversas situações de

exercício e transmissão das produções humanas.” Faz parte de um processo mais amplo, a

educação, definida na LDB 9394/96 como “os processos formativos que se desenvolvem

na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e

pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações

culturais. Neste texto, tratamos do ensino situado no contexto próprio da escola, que

exige um profissional com formação específica, o professor. (LDB 9394/96, título

I, art. 1º)

A educação, por sua vez, é um dos aspectos da cultura entendida como,

“por um lado, a transformação que o homem opera sobre o meio e, por outro, os

resultados dessa transformação.” (SAVIANI, 1991, p. 40) Transformação que se

efetiva pelo trabalho humano, uma vez que, pela ação que exerce sobre a

natureza, transformando-a, o homem extrapola o meramente natural e cria o

mundo da cultura, o mundo humano.

Educar, portanto, é humanizar. Isso significa afirmar que “a natureza

humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida sobre a base da

natureza bio-física. Conseqüentemente, o trabalho educativo é o ato de

produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade

que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens.” (SAVIANI,

1992, p. 21). Destaca-se que o trabalho é elemento central na constituição do

homem como ser social. É por meio do trabalho que o homem supera a

condição meramente animal e produz capacidades especificamente humanas.

Pode-se afirmar esta passagem do ser natural para o social porque, o homem,

ao trabalhar, além de modificar a natureza, modifica-se a si mesmo, em todos

os aspectos que o constituem social e biologicamente. LUKÁCS (1981)37

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIONesse sentido reside a importância do professor, como o sujeito que

possibilita aos estudantes a compreensão de que os conteúdos escolares são

resultados do trabalho humano. Trabalho que pode resultar tanto em produtos

materiais quanto intelectuais. É por meio do trabalho que a humanidade produz,

além de objetos, também valores, hábitos e os conhecimentos das mais

diferentes áreas das ciências, as formas de expressão artística, musical,

corporal, afetiva, etc. É a práxis pedagógica, como responsabilidade direta dos

professores, que possibilitará aos alunos esta compreensão, por meio de um

trabalho que evidencie desde os anos iniciais a relação teórico-prática, portanto

intencional e transformadora, como marca da ação humana.

O professor é diretamente responsável pelo processo pedagógico na sala

de aula, portanto, cabe a este profissional, num encontro dialógico com outros

profissionais da escola, tais como outros professores, pedagogos e direção,

definir, de maneira organizada e planejada, o processo intencional de ensino.

Nesse sentido, cabe à escola a superação do conhecimento espontâneo, por

meio do acesso e aquisição do conhecimento sistematizado, conferindo um

tratamento articulado a esses conhecimentos, visando uma análise crítica da

realidade. Efetivar uma práxis pedagógica de superação do conhecimento

espontâneo pressupõe que o professor esteja consciente de que

Os conceitos científicos não se aprendem ou se assimilam de maneira simples, como

hábitos mentais, uma vez que são exigidas relações mais complexas entre o ensino e o

desenvolvimento destes conceitos. Assim, o ensino desempenha um papel primordial no

surgimento e na aprendizagem dos conceitos científicos. (GASPARIN, 2003, p. 65.)

Ao cumprir a especificidade própria da educação, reafirma-se o

compromisso político pedagógico necessário ao desenvolvimento de um

trabalho qualitativo na escola, com todos os alunos. (SAVIANI, 1985). Nesse

sentido, é papel do professor o domínio acerca dos conteúdos a serem

ensinados e da metodologia mais adequada à sua assimilação pelos alunos, o

conhecimento sobre as características de desenvolvimento das crianças e dos

adolescentes, a construção de vínculo afetivo fundamentado em teorias do

desenvolvimento humano e na relação de autoridade do professor, a adequada

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOutilização do tempo no planejamento das atividades (visando a assimilação do

conhecimento por parte das crianças e dos adolescentes), o incentivo à

expressão dos alunos em sala de aula e em outras instâncias de participação da

escola.

Espera-se contribuir para reflexões acerca do papel da escola na

construção de uma educação igualitária. Uma educação que, embora situada

num contexto de desigualdades, não forma sujeitos conformados com esta

condição, mas pessoas conscientes de seu papel para a construção de uma

sociedade que garanta o acesso de todas as pessoas aos bens produzidos

coletivamente. A formação destes sujeitos críticos requer como já refletimos

anteriormente, a superação do conhecimento cotidiano ou de senso comum,

pela assimilação do conhecimento sistematizado, intencional. É com este

intuito, de contribuir com as discussões da escola sobre as grandes questões

que norteiam o trabalho pedagógico, como: qual a função social da escola, o

homem que se pretende formar e para que sociedade, partindo de questões não

menos importantes, como: o que ensinar, como ensinar, quando e para quê

ensinar.

3.6 Concepção de alfabetização e letramento

É preciso considerar que a base para o processo de construção do

conhecimento e ensino-aprendizagem se inicia com a alfabetização e

letramento de nossos educandos. Esse processo se dá a partir do momento que

a criança ingressa nas séries iniciais do ensino fundamental, se expandindo até

as séries finais, exigindo por parte da escola e dos profissionais da educação

uma análise e reflexão crítica e consciente a respeito das práticas pedagógicas

e das necessidades dos mesmos.

Nesse sentido é fundamental destacar as diferenças entre

alfabetização e letramento: o primeiro conceito pode ser definido como uma “...

ação de se apropriar do alfabeto, da ortografia da língua que se fala...”. (ROJO,

2010, p.23) Já o segundo são “... os modos culturais de se utilizar a linguagem

escrita com que as pessoas lidam em suas vidas cotidianas”. (ROJO, 2010, p.26)

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIODurante décadas para ser considerado alfabetizado, bastava saber

assinar o próprio nome e saber ler algumas palavras. Mas com o crescimento e

ampliação do trabalho nas indústrias e a intensificação das práticas letradas nas

cidades, isso passou a ser insuficiente. Diante desse novo cenário de

desenvolvimento social, econômico, cultural, não bastava ser alfabetizado, era

necessário ir além e dar sentido a leitura e a escrita no cotidiano, isto é, ser

letrado.

Segundo Magda Soares, “Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler

e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e

façam parte da vida do aluno”, ou seja, o educando deve saber fazer uso e

envolver-se nas atividades de leitura e escrita em seu contexto social diário.

(SOARES, 2003, p. 3)

Sendo assim, a escola possui um papel de democratizar os

letramentos, em suas diferentes disciplinas, proporcionando o acesso qualitativo

a prática social da leitura e da escrita, através de livros, jornais, revistas, mapas,

gráficos, para “... garantir que os estudantes tenham direito de aprender a ler e

escrever de maneira contextualizada, assim como é essencial buscar assegurar

a formação de estudantes que lêem, escrevem, interpretam, compreendem e

fazem uso social desses saberes e, por isso, têm maiores condições de atuar

como cidadãos nos tempos e espaços além da escola”. (BEAUCHAMP, 2007, p.

11)

Letrar na escola consiste, portanto, “... em criar eventos que possam

integrar os alunos a práticas de leitura e escrita socialmente relevantes que

estes ainda não dominam”. (ROJO, 2010, p.26) Significa dizer que é importante

conectar-se a cultura local dos alunos e buscar compreende-la para relacioná-la

à cultura e bens culturais que estes ainda não tiveram acesso, levando em

consideração suas necessidades e interesses.

3.7 Concepção de Ensino/Aprendizagem

Ao se tratar de aprendizagem na escola verifica-se que, numa concepção de

educação em que a transmissão de conhecimentos é o único objetivo e a manutenção da

realidade é a finalidade, nessa ótica, o professor é simplesmente aquele que detém o

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOconhecimento e, portanto, o transmite para os estudantes. A capacidade de ver o outro, de

captar a aprendizagem já existente no estudante, tende a não ser considerada pelo

professor. De outro lado, numa educação emancipadora, que busca a transformação da

realidade, o conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva, e, assim, o

professor é mais do que mero “ensinante” e o processo de ensino-aprendizagem adquire

movimento de troca e decrescimento mútuo. Nessa percepção, como Paulo Freire tão bem

desvelou, o processo de ensino-aprendizagem é uma seta de mão dupla: de um lado, o

professor ensina e aprende e, de outro, o estudante aprende e ensina, num processo

dialético, isto é, permeado de contradições e mediações.

O processo pedagógico caracteriza-se, portanto, como um movimento próprio de

vindas, de construções sobre construções. São inúmeras as variáveis que interferem nesse

processo, tais como as condições materiais e as relações simbólicas. E toda essa

complexidade deve ser compreendida e trabalhada por aqueles que constroem o cotidiano

escolar.

Assim, a responsabilidade pela aprendizagem escolar dos estudantes é

igualmente dividida entre seus componentes: gestores, professores, estudantes e pais.

3.8 Concepção de Avaliação

A escola é responsável pela verificação do rendimento do estudante, mediante

instrumentos previstos no regimento escolar e observadas as diretrizes da lei. Esse é um

aspecto que constitui um permanente desafio para os educadores. De acordo com a

legislação vigente, podem ser consideradas a avaliação contínua e a cumulativa, em que

prevalecem os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, bem como os resultados ao

longo do ano sobre os de provas.

A avaliação constitui um elemento central na organização da prática pedagógica,

na medida em que favorece o processo de construção do conhecimento. De fato, pode-se,

por meio dos critérios e instrumentos de avaliação, constatar, compreender e intervir nos

processos de construção do conhecimento. Processual, reflexiva e cumulativa, a avaliação

concorre, entre outros aspectos, para a definição do tempo e das formas de promoção do

estudante.

41

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Para a efetivação dessas avaliações, o tempo terá que ser considerado, tendo

em vista que o resultado do processo de aprendizagem aparece ao longo da vida.

Contudo, todos sabem que o desempenho dos estudantes é aferido em diversos

momentos durante o ano letivo, e há o reconhecimento de que a ampliação do tempo

escolar é imprescindível para o seu amadurecimento intelectual e afetivo.

Vale salientar que o resultado do desempenho escolar nos fornece apenas uma

“fotografia”, em um determinado tempo, das condições de aprendizado do estudante, mas

não avança na indicação do que é necessário fazer para melhorar o ensino e as práticas

pedagógicas. É preciso ir mais fundo, em busca das causas do sucesso ou insucesso

escolar, examinando a lógica político-pedagógica que norteia o ambiente escolar.

Certamente, nessa busca, o tempo necessário à aprendizagem constituirá um fator

determinante.

Em relação à avaliação, recuperação de estudos e cálculo da média final para

aprovação, será considerado o constante no Regimento Escolar do Colégio, o qual, em

linhas gerais, expõem o seguinte:

• A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno;

• Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração

pessoal, sobre a memorização, evitando a comparação dos alunos entre si;

• A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas

expressas neste documento;

• É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de

avaliação;

• O resultado da avaliação proporciona dados que permitam a reflexão sobre a ação

pedagógica, contribuindo para que a escola/o professor possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino;

• O sistema de Avaliação Bimestral será composto pela somatória da nota 3,0 (três

vírgula zero) referente a atividades diversificadas; mais a nota 7,0 (sete vírgula zero)

42

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOresultante de no mínimo 02 avaliações, totalizando nota final de 10,0 (dez vírgula

zero);

• A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos;

• A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem;

• A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados, constituindo-se em mais um

componente do aproveitamento escolar;

• A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, no

mínimo 6,0 (seis vírgula zero) aliada à apuração da sua freqüência, mínima de 75%

(setenta e cinco por cento), para tanto, será utilizada a seguinte fórmula;

MA = 1º B(x1) + 2º B(x2) + 3º B(x3) + 4º B(x4)

_______________________________

10

3.9 Princípios de Igualdade – Qualidade - Autonomia

Igualdade preconiza a possibilidade de acesso ao conhecimento científico,

cultural e socialmente construído pela humanidade, para todos, possibilitando, ainda, aos

diferentes, diferentes formas, tempos e espaços de aprendizagem. A ótica do direito ao

conhecimento garante ao estudante a permanência na escola, sua promoção escolar,

como condição necessária ao seu desenvolvimento.

A escola está inserida num meio social que leva à definição de vocações

próprias, que se diversificam ao incorporar as necessidades locais e as características dos

alunos e participação dos professores e das famílias no desenho institucional considerado

adequado para cada escola.

Inspirada na política da igualdade, a diversidade reconhece que a equidade se

alcança pela igualdade de oportunidades com diversidade de tratamento.

É indispensável mecanismos de avaliação dos resultados para se verificar se os

pontos de chegada estão sendo comuns. A análise dos resultados das avaliações e dos

indicadores de desempenho deverá permitir às escolas e às instancias de execução da 43

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOpolítica educacional, avaliar seus processos, verificar suas debilidades e qualidades, e

planejar a melhoria do processo educativo.

O termo qualidade tem tomado forma e conteúdo diferentes, com o passar

dos anos. Infelizmente, o sentido de qualidade da educação tem-se baseado, nos últimos

anos, na lógica econômica, oriunda do mundo empresarial. A educação emancipadora

rompe com qualquer padrão preestabelecido de qualidade, em decorrência do próprio

desenvolvimento das relações sociais.

Numa educação emancipadora, o sentido de “qualidade” precisa ser decorrente

do desenvolvimento das relações sociais (políticas, econômicas e culturais)

contextualizadas e sua gestão contribuir para o fortalecimento da escola pública,

construindo uma relação efetiva entre democratização e qualidade.

Autonomia capacita o sujeito à reflexão, ao debate, à tomada de decisão de

acordo com interesses, necessidades e motivações próprias. A autonomia é entendida no

sentido democrático e se efetiva para além do que é particularmente pensado e desejado,

com prioridades baseadas em critérios de escolha que considerem o que é importante para

o sujeito e, ao mesmo tempo, o que é relevante para a coletividade.

A proposta pedagógica em permanente construção é a forma pela qual a

autonomia se exerce. Seu objetivo é por em prática um processo contínuo de mobilização

para alcançar as metas propostas. A proposta pedagógica não existe e nem alcançará

êxito sem um forte protagonismo do professor e sem que este dela se aproprie,

colaborando na transformação da realidade educacional que aí está.

A autonomia escolar não implica na omissão do Estado, pois a autonomia

escolar desligada dos pressupostos éticos poderá levar a atitudes contrárias à convivência

democrática. O Estado tem a obrigação de viabilizar as condições materiais e humanas

para que esta proposta alcance suas metas.

Na sala de aula a autonomia do professor tem como pressuposto sua

capacidade didática e seu compromisso com o aluno, confiando na capacidade de todos

para aprender. Deve buscar o aprimoramento e a qualidade dos alunos inspirado na

política da sensibilidade buscar a qualidade e garantir a todos as oportunidades iguais de

aprendizagem e tratamento adequado às suas características pessoais. Esta autonomia

depende de qualificação permanente, garantindo-se aos professores que aprendam a

aprender e continuem aprendendo.

44

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Por fim, todos estes procedimentos exigem contínua avaliação, onde os

resultados sejam públicos e sirvam para se estabelecer às correções necessárias para o

pleno exercício da proposta pedagógica da escola.

IV – PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

4.1 Estágio não-obrigatório

O Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam

freqüentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação

profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino

fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.

A inserção do educando no mercado de trabalho, através do estágio é uma

oportunidade para este apropriar-se da vivência na prática, de conceitos apreendidos nos

bancos escolares e vice-versa.

O estágio visa ao aprendizado de competências próprias da atividade

profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando

para a vida cidadã e para o trabalho.

Em nosso Colégio estaremos atendendo os alunos através da perspectiva do

estágio não obrigatório, caracterizado como aquele desenvolvido como atividade opcional,

acrescida à carga horária regular e obrigatória. Através deste, não se cria vínculo

empregatício de qualquer natureza, pois devem ser observados os seguintes requisitos:

I – matrícula e freqüência regular do educando no curso de ensino médio,

II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio

e a instituição de ensino;

III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no

termo de compromisso.

O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter

acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por

supervisor da parte concedente, comprovado por vistos em relatórios próprios para tal fim.

45

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a

instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal,

devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e

não ultrapassar 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes

do ensino médio regular, sendo que nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio

será reduzida à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o

bom desempenho do estudante nas atividades escolares.

A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2(dois)

anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.

O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha

a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na

hipótese de estágio não obrigatório. Todavia esta eventual concessão de benefícios

relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo

empregatício.

Também deve ser assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha

duração igual ou superior a 1 (um) ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser

gozado preferencialmente durante suas férias escolares, com direito à remuneração, caso

tenha sido acordado entre as partes. Caso o período de duração seja inferior a 1(um) ano,

os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira proporcional.

Todas as formas de estágio, que estão em desconformidade com a Lei nº

11.788, caracterizam vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio

para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.

4.2 Desafios Educacionais Contemporâneos e Diversidade Cultural

Desafios Educacionais Contemporâneos são demandas que possuem uma

historicidade, por vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais, outras vezes fruto

das contradições da sociedade capitalista e, por isso, premente na sociedade

contemporânea. São de relevância para a comunidade escolar, pois estão presentes nas

experiências, práticas, representações e identidades de educandos e educadores.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOBuscando oferecer suporte para o enfrentamento destas questões, a escola

concentra seus trabalhos em dois eixos: formação continuada dos educadores e produção

de material de apoio.

Subsidiados os educadores voltam-se para um trabalho de atendimento da

diversidade, não mais em forma de Projetos, mas incluso na Proposta Pedagógica

Curricular, tendo como documento orientador da abordagem pedagógica, as Diretrizes

Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.

4.3 Educação Ambiental

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOEm cumprimento à Lei nº 9.795/99, em relação à Educação Ambiental, este

Estabelecimento de Ensino procura proporcionar aos educandos processos por meio dos

quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,

atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso

comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Além dos

conteúdos intrínsecos do currículo de cada disciplina a este respeito, a Escola desenvolve

ações e engaja-se em campanhas de níveis municipal, estadual e nacional sobre esta

temática, tida hoje como um desafio educacional contemporâneo.

Os princípios básicos da educação ambiental: enfoque humanista, holístico,

democrático e participativo; concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando

a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural; o pluralismo de

idéias e concepções pedagógicas; a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as

práticas sociais; a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; a

permanente avaliação crítica do processo educativo; a abordagem articulada das questões

ambientais locais, regionais, nacionais e globais; o reconhecimento e o respeito à

pluralidade e à diversidade individual e cultural.

Temos como objetivos fundamentais da educação ambiental: o desenvolvimento

de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas

relações; a garantia de democratização das informações ambientais; o estímulo e o

fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; o

incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do

equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um

valor inseparável do exercício da cidadania; o estímulo à cooperação entre as diversas

regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma

sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade,

solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; o fomento e

o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; o fortalecimento da cidadania,

autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da

humanidade.

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COLÉGIO ESTADUAL MARECHAL GASPAR DUTRA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA Política Nacional de Educação Ambiental também compreende a capacitação

de recursos humanos para atuação, pesquisa e experimentação dentro desta temática,

devendo constar nos currículos de formação de professores, em todos os níveis e em todas

as disciplinas. Os professores em atividade devem receber formação complementar em

suas áreas de atuação.

A educação ambiental será desenvolvida como uma prática educativa integrada,

contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal, não sendo

implantada como disciplina específica no currículo de ensino.

4.4 História e da Cultura Afro-Brasileira e Indígena

A partir da Lei 10.639/03, de 09 de janeiro de 2003, Deliberação Estadual 04/06

e Diretrizes Curriculares Nacionais, organizou-se que os conteúdos de todas as disciplinas

da matriz curricular deveriam obrigatoriamente contemplar o ensino de História e Cultura

Afro-Brasileira e Africana.

No entanto, essa lei não contemplava a cultura indígena, então, a Lei 10.639/03

foi substituída pela Lei 11.645/2008 que estabelece a obrigatoriedade da temática “História

e Cultura Afro-brasileira e Indígena” nas diretrizes curriculares. Portanto, estabelece-se que

nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados,

torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. O conteúdo

programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura

que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos,

tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos

indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação

da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e

política, pertinentes à história do Brasil. Os conteúdos referentes à história e cultura afro-

brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo

escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras."

(NR)

Devemos ter claramente definido, que este tema não necessita ser trabalhado

em forma de projeto e nem somente no Dia da Consciência Negra - 20 de novembro, mas

que sua temática permeia nossa práxis pedagógica diariamente.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO4.5 Enfrentamento à violência na escola

Segundo Cleo Fantes, "um dos maiores desafios da humanidade, postergado ao

século XXI, é o de extirpar as principais causas que ameaçam a construção da paz, dentre

as quais se destaca a violência" dentro do contexto mundial de violência o ambiente

escolar não está isento de enfrentamentos como: pouca tolerância em relação ao outro;

agressões físicas e psicológicas.

A principal causa é:

1- A Família. É neste núcleo que as crianças e jovens adquirem os modelos de conduta

que exteriorizam. A pobreza, violência doméstica, alcoolismo, toxicodependência,

promiscuidade, desagregação dos casais, ausência de valores, detenção prisional,

permissividade, demissão do papel educativo dos pais são as principais causas

que deterioram o ambiente familiar. Outra questão é que a família, núcleo

primordial de educação, tem vindo dissimuladamente a delegar esse papel para a

escola, dado que é no contexto educativo familiar que os filhos passam a maior

parte do dia.

Todavia, nenhuma outra instituição poderá jamais substituir as condições

educativas da família, nem parece ser razoável que seja unicamente a escola a ensinar

valores tão necessários para o normal desenvolvimento dos jovens tais como: a

democracia, as regras para a sã convivência, o respeito pelo outro, a solidariedade, a

tolerância e o esforço pessoal.

2-Os alunos. O que faz com que um aluno exerça violência? Muitas vezes a raiz do

problema não se centra na educação. O jovem apresenta problemas que deveriam

ser direcionados para a saúde mental infantil e adolescente, para a proteção social

ou até judicialmente, esse último encontra muita resistência entre os educadores,

porque o educador sente-se impotente, frustrado para ajudar o aluno na sua

educação, no entanto, devem-se reconsiderar as instâncias pedagógicas de

responsabilidade do professor e o fato indisciplinar, perturbação do trabalho do

professor, agressões verbais e físicas, entre os alunos e profissionais do ambiente

escolar.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO3- Os grupos e turmas. Esses enquanto conjunto estruturado de indivíduos tem muita

importância nos processos de socialização e de aprendizagem nos jovens.

Influenciam certos comportamentos, positivos ou negativos, que os adolescentes

demonstram, sendo o resultado de processos de imitação de outros membros do

grupo, portanto são referenciais de conduta. Além disso, é recorrente a escola ser

palco de acertos externos desses grupos, porque o ambiente escolar é espaço de

encontro.

4- A escola. A escola apresenta estrutura física e características pedagógicas do passado,

no entanto, a demanda social no qual todos estão inseridos exige dos profissionais

da educação estratégias de reorganização para lidar com a violência no ambiente

escolar agregando profissionais da área da saúde e educadores sociais, pois

somente punir o aluno judicialmente e obrigá-lo a frequentar as aulas sem um

acompanhamento profissional não leva a um resultado positivo.

O sistema educacional tem responsabilidade sobre a construção de normas e

modelos de conduta, uma das alternativas é o Regimento Escolar e Regulamento Interno

do Colégio que têm a função formadora no sentido de regrar condutas de convivência a

partir do ambiente escolar. Os Professores e funcionários têm o dever de exercer

intencionalmente influências positivas nos alunos, porque a escola é um dos referenciais

positivos e esta não pode ignorar que os conflitos e problemas sociais existem.

4.6 História do Paraná

Com a Lei Estadual nº 13.381 - 18 de Dezembro de 2001 torna-se obrigatório,

no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual de Ensino, conteúdos da

disciplina História do Paraná, objetivando a formação de cidadãos conscientes da

identidade, potencial e valorização do nosso Estado.

Os conteúdos relativos ao ensino da História do Paraná deverão permanecer, no

currículo da disciplina de História e a aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão

oferecer abordagens e atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores

da cidadania paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e microrregiões

do Estado.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOSerá feita alusão a respeito dos símbolos de nosso Estado, como por exemplo, a

Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná. A Escola também deve propiciar momentos nos

quais o hasteamento da Bandeira do Estado e o canto do Hino do Paraná se constituirão

atividades diárias regulares e, também, nas comemorações festivas.

4.7 Educandos com necessidades educacionais especiais

Levando-se em consideração a Deliberação Nº 02/03 aprovada em 02/06/03,

que trata das normas para a Educação Especial, modalidade da Educação Básica para

alunos com necessidades educacionais especiais, no Sistema de Ensino do Estado do

Paraná, cabe aos estabelecimentos de ensino assegurar a educação de qualidade a todos,

em todas as etapas da educação básica, e apoio, complementação e/ou substituição dos

serviços educacionais regulares. Em nossa realidade, obedecendo ao direito ao acesso

dos educandos com necessidades educacionais especiais, conquistamos a partir do ano

de 2011 a abertura da sala de recursos para atendimento à esta clientela, pois

necessitam da complementação/suplementação para auxiliá-los no processo qualitativo de

aprendizagem.

As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas de

aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário ou permanente, bem como

pelos recursos e apoios que a escola deverá oportunizar objetivando a superação das

barreiras para a aprendizagem.

Com o funcionamento da Sala de Recursos estamos ofertando atendimento

educacional especializado aos alunos com necessidades educacionais especiais

decorrentes de: dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de

desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, não

vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações ou

deficiências; dificuldades de comunicação e sinalização demandando a utilização de

outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis; condutas típicas de síndromes e quadros

psicológicos neurológicos ou psiquiátricos; superdotação ou altas habilidades que, devido

às necessidades e motivações específicas, requeiram enriquecimento, aprofundamento

curricular e aceleração para concluir, em menor tempo, a escolaridade, conforme normas a

serem definidas por Resolução da Secretaria de Estado da Educação.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIONa medida do possível, este estabelecimento de ensino, em parceria com sua

mantenedora, compromete-se em garantir a acessibilidade nas edificações, com a

eliminação de barreiras arquitetônicas nas instalações, no mobiliário e nos equipamentos,

conforme normas técnicas vigentes e adaptações já realizadas; dispor de professores e

equipe técnico-pedagógica habilitados ou especializados; prestar apoio docente

especializado, conforme a oferta regimentada, levando-se em consideração clientela e

profissional habilitado; redução de número de alunos por turma, com critérios definidos pela

mantenedora, quando estiverem nela incluídos alunos com necessidades educacionais

especiais significativas os quais necessitam de apoios e serviços intensos e contínuos;

atendimento educacional especializado complementar e suplementar; flexibilização e

adaptação curricular, em consonância com a proposta pedagógica da escola; projeto de

enriquecimento curricular e de aceleração para superdotados.

4.8 Sala de recursos

A Sala de Recursos é um serviço da educação especial que identifica, elabora e

organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena

participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas e complementa

e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela,

constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino e está atrelada a inclusão dos

alunos “público alvo” no Ensino Regular.

A sala de recursos está pronta para servir pedagogicamente a alunos com

necessidades educativas especiais, avaliando cada caso, atendendo-os individualmente ou

em pequenos grupos, em sala de aula, dando apoio complementar aos professores e pais

que atuam diretamente com as dificuldades de seus filhos e discentes. Alunos que podem

ser atendidos:

- alunos com distúrbios de aprendizagem dislexia, discalculia, disortografia, disgrafia;

- alunos com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade;

- alunos com deficiência intelectual.

4.9 Inclusão

Analisando a evolução histórica dos movimentos para universalizar acesso às

escolas, conclui-se que o paradigma da inclusão vem caracterizar uma orientação que,

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOnecessariamente, diz respeito à melhoria da qualidade das respostas educativas de nossas

instituições de ensino-aprendizagem para todos.

Embora este movimento esteja predominantemente relacionado ao alunado da

Educação Especial, é um equívoco supor que a proposta diz respeito a esses sujeitos,

apenas. A inclusão educacional implica no reconhecimento e atendimento às diferenças de

qualquer aluno que, seja por causas endógenas ou exógenas, temporárias ou

permanentes, apresenta dificuldades de aprendizagem.

Neste sentido, promover o desenvolvimento das potencialidades dos alunos

exige a avaliação permanente da eficácia dos serviços educacionais prestados, permitindo,

quando indicada, a mobilidade dos educandos entre as diferentes opções de apoios e

serviços especializados ofertados.

Desse modo, desloca-se o foco do especial ligado ao aluno para o enfoque do

especial atribuído à Educação. Mesmo que os alunos apresentem características

diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas, também, de condições

socioculturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios

diferenciados daqueles normalmente oferecidos no contexto da escola regular.

Esse novo ponto de vista sinaliza para a necessária revitalização do Currículo da

escola e da provisão de recursos humanos, materiais, técnicos e tecnológicos pelos

Sistemas de Ensino, conforme prevê a Deliberação nº. 02/03 – CEE.

Com este propósito, busca-se que o processo de inclusão educacional seja

efetivo, assegurando o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não

significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços

especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades. É

partindo desse princípio que entendemos que embora a escola regular seja o local

preferencial para a promoção da aprendizagem e inclusão de alunos com necessidades

educacionais especiais (e para isso estamos trabalhando), há uma parcela de alunos que,

em função de seus graves comprometimentos ou necessidade de comunicação

diferenciada, requer atenção individualizada e adaptações curriculares significativas, e que

necessitam que seu atendimento seja realizado em classes ou escolas especiais.

4.10 Gênero e Diversidade Cultural

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA temática de gênero e diversidade cultural, tem entrado em pauta, ultimamente,

nas discussões que abordam questões relativas à direitos humanos, educação, cidadania,

entre outros.

Pensar em diversidade no Brasil, significa levar em conta a origem das famílias e

reconhecer as diferenças de referências culturais. Significa também, reconhecer que no

interior destas famílias e na relação de umas com as outras encontramos indivíduos que

não são iguais, que tem especificidades de gênero, raça/etnia, religião, orientação sexual,

valores, e outras diferenças definidas a partir de suas histórias pessoais. A convivência

com a diversidade implica o respeito, o reconhecimento e a valorização do/a outro/a. Sem

isso não há como promover a tão necessária igualdade de direitos.

Gênero e Diversidade Cultural também são temas que permeiam a escola e a

ação educativa, especialmente no que diz respeito às relações e ao diálogo que se

estabelece no ambiente escolar. O objetivo principal é contribuir na ampliação do debate e

para o aprimoramento da formação em torno do respeito à diversidade e do combate às

formas de discriminação envolvendo gênero, sexualidade e relações étnico raciais.

Neste contexto, é fundamental salientar que o currículo escolar não é neutro e

que a diversidade está presente em cada entrelinha, em cada imagem, em cada dado, nas

diferentes áreas do conhecimento. Sendo assim, a escola, cumprindo sua responsabilidade

de formar cidadãs e cidadãos, deve formar para a valorização da diversidade,

possibilitando o desenvolvimento e a inclusão de todos os sujeitos.

4.11 Prevenção ao Uso de Drogas

A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas na Escola pode ser considerado um

processo complexo e desafiador, que requer conhecimento fundamentado e desprovido de

preconceitos e discriminações, além de debates sobre assuntos presentes no cotidiano,

como: drogadição, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, violência, influência

da mídia, entre outros.

Nesse processo, é de suma importância o estudo e discussão, na e com a

comunidade escolar, sobre leis, artigos, textos e vídeos auxiliares, para o enfrentamento e

prevenção destas questões, através de um diálogo constante, com vistas a tornar a escola

um espaço de superação das relações de dominação da sociedade, mantendo a

centralidade do processo pedagógico no ensinar e no aprender.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA concepção de educação da Rede Estadual de Ensino visa “contribuir para

minimizar desigualdades sociais e... [conquistar] uma sociedade justa e humana”

(PARANÁ, 2006, p. 11),pois as desigualdades sociais, presentes no processo histórico

brasileiro e paranaense, são influenciadas por práticas econômicas, políticas, sociais

elitistas e privatistas. Em decorrência desta concepção destacam-se nesta abordagem: o

papel das escolas públicas diante da situação das drogas, a questão da formação dos

profissionais da educação sobre este assunto e a prevenção ao uso indevido de drogas

como um dos desafios educacionais contemporâneos.

Portanto, é na escola pública que o processo de reflexão se desenvolve pela

prática dialógica e problematizadora, favorecendo diferentes leituras de mundo e

possibilitando condições para que “sejam produzidas as bases de uma nova sociedade que

se contraponha ao modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas

políticas educacionais de inspiração neoliberal” (PARANÁ, 2006, p. 11).

Com relação à formação dos professores constata-se algumas dificuldades para

tratar pedagogicamente a prevenção ao uso indevido de drogas, as quais são

compreensíveis ao considerar que a formação inicial dos mesmos é insuficiente, não sendo

capaz de dar conta de conhecimentos científicos relacionados às drogas. Pois, “tanto na

área específica quanto na formação pedagógica dos professores, os cursos de licenciatura

não preparam especificamente os professores para o enfrentamento [deste desafio], com

exceção das áreas próprias da temática” (PARANÁ, 2006, p. 41).

Assim, a escola, como toda instituição social é permeada por relações de poder

e necessita compreender suas atribuições neste contexto para atuar, intervir e realizar

ações preventivas em consonância aos desafios atuais.

Esta temática vem sendo abordada das seguintes formas:

• Participação dos professores em capacitações promovidas pela

SEED/SENAD e outras instituições;

• Inserção deste conteúdo obrigatório em todas as disciplinas da proposta

curricular;

• Busca de parcerias com Secretarias Municipal e Estadual de Saúde para

palestras e concursos;

4.12 Plano de ação

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOA busca da excelência pressupõe o conhecimento e o desenvolvimento das

potencialidades da escola, a partir de suas características peculiares, clarificando onde e

como cada comunidade escolar pretende chegar.

Excelência é um grau de qualidade que responde às expectativas dos sujeitos

envolvidos no processo e que assegura os efeitos desejados dentro da escola e na

comunidade externa, a partir dos resultados produzidos no coletivo, orientado por dois

critérios: satisfação e efetividade.

O projeto de ações é um instrumento para comunicar a mudança pretendida, e

deverá ser utilizado como um recurso que acompanhará os esforços da escola, seus

desempenhos, os resultados obtidos, permitindo a avaliação do quanto já foi possível fazer

acontecer, como parte do sistema, visando aperfeiçoá-lo em sua totalidade.

Como linhas de ação apresentam:

• Organizar toda a política de educação da escola;

• Promoção do aperfeiçoamento e atualização dos profissionais envolvidos no processo

educacional;

• Estimulação dos profissionais na elaboração e desenvolvimento de projetos que

contribuam com inovações para a melhoria educacional;

• Melhoria dos acervos bibliográficos, materiais de laboratórios de ciências e informática;

• Dinamizar a participação das instâncias colegiadas (APMF, Conselho Escolar, Grêmio

Estudantil, Conselho de Classe, Representantes de turma);

• Dinamizar o processo de inclusão, de acordo com o princípio de igualdade de

oportunidades educacionais para todos;

• Desenvolver o processo de avaliação para a construção do conhecimento que seja

democrático, dialético e permanente;

• Acompanhar o processo de aprendizagem de forma permanente;

• Organizar a implantação da proposta das Orientações Curriculares nas disciplinas do

Ensino Fundamental e Médio;

Todas essas metas e ações estão detalhadas no Plano de Ação que, a cada triênio, são

enviadas ao Núcleo Regional.

4.13 Gestão democrática e os instrumentos de ação colegiada

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Algumas características da gestão escolar democrática são: o

compartilhamento de decisões e informações, a preocupação com a qualidade da

educação e com a relação custo-benefício, a transparência (capacidade de deixar claro

para a comunidade como são usados os recursos da escola, inclusive os financeiros).

Compartilhar decisões significa envolver pais, alunos, professores e outras

pessoas da comunidade na administração escolar. Quando as decisões são tomadas pelos

principais interessados na qualidade da escola, a chance de que dêem certo é bem maior.

A interação dos membros da comunidade escolar, que são: Direção, Direção

Auxiliar, Equipe Pedagógica, Conselho Escolar, APMF, Conselho de Classe, Grêmio

Estudantil, Representantes de turma, Corpo Docente e Discente, Funcionários e Equipe

Administrativa; favorecem a identificação dos fatores críticos e de sucesso na escola, estes

indicam a necessidade de elaboração do Projeto Pedagógico e do Regimento Escolar,

instrumentos chave do processo democrático de gestão escolar. A gestão escolar

democrática requer o seguinte:

• A descentralização do poder do diretor;

• A autonomia do corpo docente e do quadro administrativo;

• A participação de alunos e comunidade na construção coletiva e na definição dos

objetivos da escola;

• Escolha de estratégias e ações, compromissos e competências

• Garantir a representatividade do Conselho Escolar;

• A construção de uma escola comprometida com a transformação social.

A escola constitui espaço de produção de novas experiências e relações:

• Ao mesmo tempo interação, união de idéias e ações;

• Respeito mútuo à individualidade de cada um.

Nesta perspectiva, a gestão participativa desenvolve capacidade decisória,

possibilitando a percepção e a compreensão das diferentes alternativas, pois a vida é um

processo dinâmico, flexível, atualizado, técnico, criativo, adaptável, interdependente

(nossas ações representam o contexto em que vivemos).

Com a gestão colegiada cria-se um clima de confiança para aprender a fazer e a receber

criticas, sem reações emocionais intensas, torna forte o crescimento dos componentes do

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOprocesso de gestão, possibilitando a identificação dos avanços e dificuldades, tendo como

principio o desenvolvimento do ser humano como cidadão.

São esses os instrumentos de ações colegiadas deste estabelecimento:

4.13.1 APMF

Composta por mães e pais de alunos, membros da equipe escolar e

funcionários, a APMF tem força para realizar um trabalho de cooperação extremamente

importante na escola.

A APMF é uma instituição auxiliar da escola responsável pelo recebimento e

aplicação das verbas públicas repassadas às escolas e pelo recebimento de doações.

Em nossa escola a APMF ocupa um lugar de destaque pela ação realizada

durante anos. A articulação do trabalho da APMF com o da equipe da direção do Colégio

tem sido de fundamental importância juntamente com o Conselho Escolar.

A APMF possui um estatuto próprio onde estão definidas suas reais funções e

atribuições de cada membro da instituição.

É importante definir algumas funções da APMF:

- As APMFs foram criadas para promover a integração escola – comunidade

por meio da organização de atividades sociais (festas, sessões de teatro,

campeonatos, etc.) e, além disso, oferecer suporte material ao trabalho

pedagógico;

- Como uma associação a serviço da escola, a APMF é responsável pelo

recebimento e aplicação das verbas repassadas às escolas pelos órgãos

públicos e pelo recebimento de doações;

- O MEC e a SEED, têm feito repasses de verbas para as APMFs, destinadas à

compra de materiais e equipamentos pedagógicos, à manutenção do prédio e

equipamentos, ou mesmo a pequenas reformas.

4.13.2 Conselho escolar

Acreditamos que os voluntários e parceiros podem ter um papel fundamental no

fortalecimento das instâncias de gestão demográfica da escola, integrando-se ativamente a

elas, divulgando sua existência, finalidades e ações;

Nossa escola possui o Conselho Escolar que trabalha em conjunto com a APMF.

60

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOO Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização

e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em

conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a

Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o Regimento da Escola, para

o cumprimento da função social e específica da escola.

A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e

linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras quanto ao

direcionamento das políticas públicas, desenvolvidas no âmbito escolar.

A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir dúvidas e

tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito

de sua competência.

A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações

educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas e

alternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo o cumprimento das normas da

escola bem como, a qualidade social da instituição escolar

A função fiscalizadora refere-se ao acompanhamento e fiscalização da gestão

pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar, garantindo a legitimidade de

suas ações.

Algumas atribuições do Conselho Escolar que implicam em tomar decisões

sobre o funcionamento geral da escola e implementar ações que fortalecem a integração

escola – comunidade, para que possam contribuir precisam saber que o Conselho decide

sobre:

- calendário escolar e horário de funcionamento da escola:

- medidas pedagógicas para melhoria do aproveitamento escolar dos alunos –

proposta curricular, sistema de avaliação, recuperação e reforço escolar;

- uso de verbas públicas, em conjunto com a APMF;

- propostas de combate à evasão escolar;

- ações da escola em relação a serviços de formação continuada para

professores: estabelecimento de parcerias com a Universidade;

- organização de visitas às casas dos alunos evadidos ou dos que apresentam

dificuldades de aprendizagem.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO4.13.3 Grêmio Estudantil

Em nossa escola o Grêmio Estudantil funciona com o nome de “Grêmio

Estudantil Novo Milênio”.

Acreditamos que é fundamental envolver os alunos na vida da escola para que

se identifiquem com ela e a vejam como um bem que lhes pertence, que “tem a sua cara.”

O Grêmio estudantil possui um estatuto próprio que rege sua organização e as

atribuições de cada participante. Possui uma sala própria com aparelho de som e

microfone para o funcionamento de uma rádio.

Eis algumas das atividades que o grêmio pode desenvolver, das quais muitas já

vêm sendo realizadas:

- organização periódica de reuniões de alunos representantes de classe para

debater os acontecimentos de dentro e de fora da sala de aulas;

- participação nas reuniões do Conselho de Classe participativo;

- divulgação para todos os alunos por meio do mural, da rádio ou jornal mural,

das decisões tomadas e de problemas detectados ou avisos;

- participação nas diferentes ações de voluntariado desenvolvidas pela escola

nos vários focos: estímulo à leitura, reforço escolar, artes e esportes, prédios

e equipamentos, saúde escolar, etc.

- organização de atividades de lazer e cultura: passeios, campeonatos, festivais

de poesia, música e dança, bailes, apresentação de grupos de teatro.

- participação em campanhas de saúde e de orientação ambiental;

- organização de palestras e debates sobre assuntos de interesse geral como

eleições , drogas, AIDS, orientação Sexual, etc.

- auxiliar no horário do recreio orientando e auxiliando os alunos;

- organização de recreação para crianças e/ou alunos enquanto mães e pais

estiveram participando de reuniões com professores.

Enfim o Grêmio Estudantil é uma alternativa para o desenvolvimento da

participação dos alunos na gestão democrática da escola e na definição de ações.

4.13.4. Conselho de Classe

Pensarmos sobre conselho de classe implica antes de tudo definição de

critérios, metodologias, ações, enfim de um referencial sobre avaliação. Neste sentido,

conselho de classe pode ser entendido como um instrumento de transformação da cultura

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOescolar sobre avaliação e da prática de avaliação em sala de aula, auxiliando na

aprendizagem.

Segundo Carlos Henrique Carrilho Cruz, o conselho de classe deve refletir a

ação pedagógico-educativa e não apenas se ater a notas ou problemas de determinados

alunos, o conselho verifica se os objetivos, processos, conteúdos e relações estão

coerentes com a proposta pedagógica. O Conselho de Classe deve constituir-se numa

ação pedagógica histórica, isto é, inserida dentro do processo de vida que a escola vive,

intencionalmente executada e com um fim claro. O Conselho está inserido no processo

educativo e é, ele mesmo, etapa dinamizadora deste processo; é um espaço de avaliação

do professor e dos serviços pedagógicos sobre seu próprio trabalho e busca conjunta de

alternativas de ação que levem à consecução dos objetivos, além disso ajuda para que o

grupo se conheça como grupo, avalie sua ação como grupo que interage com os alunos da

série ou da turma e descubra meios mais eficientes e eficazes para que os alunos cresçam

como pessoas e como estudantes, pessoal e coletivamente. Este momento deve

representar além de tudo que fora exposto, um momento alegre, prazeroso e ao mesmo

tempo sério, enquanto momento de emersão e crescimento da consciência pessoal e de

grupo.

Para que o conselho de classe surta o efeito necessário, é importante que se

faça uma análise da turma, apontando as causas dos problemas que o grupo apresenta,

para que se possam propor ações concretas ou atitudes que podem produzir as

modificações desejadas. Importante também é que se percebam quais fatores influenciam

positiva ou negativamente no rendimento da turma, que são as causas dos problemas

apresentados.

Sendo assim, o CC é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe de Estabelecimento

de Ensino, constituído pela Direção, Equipe Pedagógica, por todos os professores que

atuam numa mesma classe, alunos e pais, quando convocados. Sua função essencial é a

participação direta, efetiva e entrelaçada dos profissionais que atuam no processo

pedagógico, sendo o foco central o processo de ensino a aprendizagem dos educandos,

constatada através da avaliação.

No colegiado são coletadas sugestões, idéias, para redefinir práticas

pedagógicas e ações coletivas e/ou individuais pela escola, bem como aperfeiçoar o

processo de avaliação, tanto em seus resultados sociais como pedagógicos.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

1º CONSELHO DE CLASSE – DIAGNÓSTICO

1 – Cada professor, preencherá uma ficha de Pré-conselho, referente as turmas onde

ministra aulas, considerando aspectos relativos ao cumprimento de seu PTD e também

registro individual de alunos enumerando as dificuldades dos mesmos. Esta será entregue

para equipe pedagógica.

2 – De posse da ficha preenchida pelo professor, será elaborada pela equipe pedagógica

uma ficha de acompanhamento de Conselho de Classe com dados básicos de cada aluno:

identificação e vida escolar. Esta ficha será utilizada durante a realização do Conselho

propriamente dito, nos quatro bimestres.

3 – Na reunião do Conselho de Classe, a equipe pedagógica e os professores, de posse de

suas fichas de anotações, discutirão quais procedimentos para melhorar o rendimento

escolar dos alunos.

4 – Logo após o CC, o professor conselheiro trabalhará o retorno das informações e

encaminhamentos com a turma em sala de aula, esclarecendo o resultado do conselho, as

dificuldades encontradas, apresentando as sugestões dos professores, buscando com

alunos sugestões e compromisso para a superação de tais problemas. Estes combinados

serão registrados e assinados pela turma.

6 – Em reunião específica serão entregues aos pais resultados em forma numérica, de

acordo com o sistema de avaliação, em boletins escolares. Caso haja necessidade serão

atendidos os pais cujos filhos possuem maiores dificuldades ou outras necessidades.

2º CONSELHO DE CLASSE

1 – Cada professor preencherá uma ficha de Pré-conselho, referente às turmas onde

ministra aulas, considerando aspectos relativos ao cumprimento de seu PTD e também

registro individual de alunos enumerando as dificuldades dos mesmos. Esta será entregue

para equipe pedagógica.

2 - De posse da ficha de avaliação para o Pré-conselho de Classe o professor conselheiro

realizará com a turma a auto-avaliação do processo ensino-aprendizagem, onde serão

avaliados itens, como: participação, entrega de trabalhos, hábitos de estudo, indisciplina,

disciplinas/conteúdos, métodos utilizados, instrumentos de avaliação, entre outros. Esta

será entregue para a equipe pedagógica, que repassará os dados para a ficha de

acompanhamento do Conselho de Classe.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO3 – Realização do Conselho propriamente dito, onde a partir das fichas, serão discutidos os

resultados e comparados com o 1º Bimestre, verificando se houve resolução e/ou

permanência de problemas e novas situações.

4 – Será realizada convocação aos pais para reunião, juntamente com professores, equipe

pedagógica e alunos, onde serão repassados dados discutidos no CC. Após a reunião,

será realizada a entrega dos boletins e caso haja necessidade os professores ficarão à

disposição dos pais para conversa acerca das dificuldades e/ou necessidades de seu filho.

3º CONSELHO DE CLASSE

1 - De posse da ficha de avaliação para o Pré-conselho de Classe o professor conselheiro

realizará com a turma a auto-avaliação do processo ensino-aprendizagem, onde serão

avaliados itens, como: participação, entrega de trabalhos, hábitos de estudo, indisciplina,

disciplinas/conteúdos, métodos utilizados, instrumentos de avaliação, entre outros. Esta

será entregue para a equipe pedagógica, que repassará os dados para a ficha de

acompanhamento do Conselho de Classe.

2 – Realização do CC propriamente dito, com a apresentação do professor conselheiro da

ficha preenchida com a turma.

3 – Análise da ficha de acompanhamento de CC preenchida no 1º e 2º bimestre com a

situação e desempenho de cada aluno.

4 – Em data previamente marcada, a Equipe Pedagógica procederá a entrega de boletins

aos pais e/ou responsáveis, e repassará as informações contidas nas fichas de

acompanhamento escolar, discutidas durante o Conselho de Classe. Caso seja necessário,

será agendado um momento de encontro entre responsáveis, aluno(a) e professor(a) na

hora atividade, a fim de debaterem a respeito do desempenho e postura escolar frente ao

processo de ensino aprendizagem.

4º CONSELHO DE CLASSE

O colegiado de cada turma é soberano.

Analisar criteriosamente cada caso:

Evolução do aluno durante o ano, a partir do diagnóstico (registro em ficha de

acompanhamento em CC);

Se buscou solucionar o(s) problema(s);

Teve oportunidade de fazê-lo.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIODivulgação dos resultados com entrega de boletins.

4.13.5. Representante de turma

A cada inicio de ano letivo tem-se por costume a eleição do líder de classe e/ou

representante de turma em nossa escola. De maneira geral, procuramos conscientizar os

alunos que escolham alguém que os represente quando for necessário e também são

algumas atribuições do aluno líder:

• Ser elemento de ligação da turma com os professores e os serviços da Escola;

• Participar das reuniões solicitadas pela Direção / Professores/Equipe Pedagógica;

• Transmitir à turma recados e informações sobre assuntos de interesse coletivo recebidos da Escola;

• Proporcionar à turma um ambiente de amizade e união;

• Seja justo na sala de aula. Que prevaleça sempre a verdade;

O representante de turma deve um aluno ou aluna que saiba utilizar essa liderança para

o bem da turma como um todo, sabendo que a melhor liderança é aquela que reverte no

maior bem para o maior número de pessoas. Não havendo postura de líder e liderança

positiva, o aluno escolhido através do voto dos colegas será substituído.

O líder de classe é o representante da classe para tratar dos problemas junto a

todos os órgãos escolares.

4.13.6. Professor conselheiro de classe

A escola é espaço de construção, sistematização, apropriação e socialização do

conhecimento. Ao mesmo tempo pela pluralidade de idéias, valores e as múltiplas formas

de expressar, os mesmos tornam-se também espaço de conflitos, oposições.

Entendendo que o professor, por ser o profissional dentro da escola que mantêm

o maior tempo de contato com o aluno e que possui uma relação direta com o mesmo, é o

elemento chave para construir boas relações, procurando minimizar a indisciplina,

expressa através da indiferença, agressividade, resistência às atividades, palavrões.

Assim considerou-se necessário a implantação de um mecanismo de

representatividade dos professores junto aos alunos e comunidade escolar, o professor

conselheiro de classe, que é o elemento mediador entre a respectiva turma, a Direção,

Equipe Pedagógica, demais professores e comunidade escolar.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Em nossa escola, utilizam-se diferentes estratégias, sempre acordadas com os

professores, para efetuar a escolha do professor Conselheiro de Classe, a cada início de

ano.

Ações:

Analisar e conhecer o perfil da turma no que ser refere ao aproveitamento, disciplina,

frequência.

Estabelecer diálogo junto a turma de sua responsabilidade no sentido de incentivá-

la, sensibilizá-la, proporcionando momento de reflexão e discussão que favoreça a

melhoria do perfil da turma.

Receber informações dos colegas sobre a turma, registrar os problemas e

encaminhá-los oficialmente a direção e a supervisão.

Encaminhar alunos com problemas de aprendizagem indisciplina para a direção e

supervisão através da ficha de encaminhamento.

Acompanhar a turma em atividades gerais da escola, acompanhar o rendimento

bimestral da turma, buscando junto a secretaria e supervisão a síntese do resultado

de cada bimestre;

Favorecer a criação de ambiente social relacional, favorável ao processo

pedagógico;

Encaminhar alunos com problemas de aprendizagem/indisciplina para a direção e

supervisão através da ficha de encaminhamento.

Representar a turma sob sua responsabilidade no conselho de classe e em entrega

de boletins aos pais.

4.14 Valorização profissional

As correntes pedagógicas já são unânimes na concepção de que educar implica,

essencialmente, mergulhar no universo do aluno e exercer um papel formador. Para tanto,

é preciso que o docente domine recursos, posturas, técnicas e métodos que levem o

estudante a pensar investigar e descobrir o mundo por si mesmo, a construir um

aprendizado autônomo, mas a formação contínua do professor não pode se limitar apenas

a novas concepções, metodologias e técnicas de ensino e sim deve ter uma relação direta

com os fatos da atualidade.

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIONossa escola tem como primeira opção o plano de formação continuada, o

Programa de Capacitação Continuada oferecida pela Secretaria Estadual de Educação,

tendo como objetivo desenvolver e aprimorar as competências necessárias ao bom

desempenho do profissional.

A formação do professor não termina nunca, o professor não baseia mais suas

aulas unicamente no livro didático. Ser bem informado é requisito básico para qualquer

professor. Como fonte de informação, deve considerar revistas, jornais e livros de literatura

(essenciais para a formação cultural) . Obras sobre Educação são um capítulo à parte. Por

meio desse tipo de leitura o docente pode se atualizar profissionalmente, conhecendo

novas metodologias e os resultados das últimas pesquisas em sua área.

Um dos maiores desafios do professor hoje é a informática, um curso de

computação com programas educacionais e/ou a Internet, juntamente com projetos

envolvendo alunos e outros professores é essencial na formação do docente.

4.14.1 Projetos PDEs

O PDE é uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores da

educação superior e os da educação básica, através de atividades teórico-práticas

orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na

prática escolar da escola pública paranaense.

O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, integrado às atividades da

formação continuada em educação, disciplina a promoção do professor para o nível III da

carreira, conforme previsto no "Plano de carreira do magistério estadual", Lei complementar

nº 103, de 15 de março de 2004.

O objetivo do PDE é proporcionar aos professores da rede pública estadual

subsídios teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais

sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática.

A orientação pedagógica está fundamentada nos princípios educacionais da

SEED e nas diretrizes curriculares da SEED.

O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE oferece cursos e atividades

nas modalidades presencial e a distância e disponibiliza apoio logístico e meios

tecnológicos para o funcionamento do programa.

O professor que ingressa no PDE tem garantido o direito a afastamento

remunerado de 100% de sua carga horária efetiva no primeiro ano e de 25% no segundo

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOano do programa. Este afastamento é regulamentado pela Resolução 1670/2009.

A titulação dos cursos de mestrado e/ou doutorado será aproveitada para a

obtenção da certificação do PDE, nos termos da Lei complementar nº 103/04, art. 11, inciso

IV.

O processo formativo dos professores participantes do PDE culmina com a

implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, considerado como

destacado espaço pedagógico de articulação teórico-prática, o qual deverá atender os

aspectos pedagógicos e administrativos constantes da Instrução da SEED.

O Professor PDE deverá apresentar para a Direção e Equipe Pedagógica da

escola seu Projeto, informando qual será o seu tema e objeto de estudo, assim como o

diagnóstico que deu origem a seu problema, o que espera atingir ao longo da

implementação e de que maneira os sujeitos da escola estarão envolvidos neste processo.

Este projeto teve sua primeira turma no ano de 2007, em nosso Colégio tivemos

os seguintes professores participantes, com duas devidas propostas de trabalho:

Antonio Marcos Diniz – PRÁTICA PEDAGÓGICA: A QUESTÃO DA EDUCAÇÃO

FÍSICA NO COTIDIANO ESCOLAR

Arno Baumann – A CONTRIBUIÇÃO DA MUSICA NO ENSINO DA

MATEMÁTICA

Claudino Trentin – JOGOS COOPERATIVOS E COMPETITIVOS NAS AULAS

DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Darci Eichlt – CONHECENDO OS EFITOS DA INGESTÃO DE ÁLCOOL SOBRE

O ORGANISMO HUMANO

Ivone Francisco da Silva – CONSTRUINDO E APRENDENDO ATRAVÉS DA

CONSTRUÇÃO CIVIL

Maidi Migliorança – MONTEIRO LOBATO, GRACILIANO RAMOS, JOÃO

GUIMARÃES ROSA E RADUAN NASSAR: UM OLHAR ATRAVÉS DO SÉCULO XX

Maria Ester Philippsen Baumann – GESTÃO EM ESCOLA DO CAMPO

Marisa Elisabetha Boll Thiele – O MAL ESTAR DOCENTE

Marli Eberhardt Juan – CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS, UM ESTÍMULO À

LEITURA

Nilse Dockorn Hitz – VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

4.14.2 Profuncionário

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOO Profuncionário é um programa que visa a formação dos funcionários de

escola, em efetivo exercício, em habilitação compatível com a atividade que exerce na

escola. A formação em nível técnico de todos os funcionários é uma condição importante

para o desenvolvimento profissional e aprimoramento no campo do trabalho e, portanto,

para a carreira. O Decreto 7.415 de 30 de dezembro de 2010 institui a política nacional de

formação dos profissionais da educação básica e dispõe sobre a formação inicial em

serviço dos funcionários da escola. Entre seus objetivos fundamentais, está a valorização

do trabalho desses profissionais da educação, através do oferecimento dos cursos de

formação inicial em nível técnico proporcionados pelo Profuncionário. Funcionários que já

participaram desse programa e estão no Colégio Gaspar Dutra são: JANETE MORANDI

MULLER e INI FRONZA LORENZATTO. Cursando atualmente e com conclusão prevista

para 2012 estão: MIRIAN B.W.KLEIN, BRUNO JOSE STEFFENS, LUCIANA J. ALVES

DOS SANTOS e SUELI M. HENZ

4.15 Currículo

Propomos um projeto pedagógico onde o Currículo não esteja separado da

totalidade social, mas que esteja historicamente situado e culturalmente denominado.

A discussão a respeito de currículo é um desafio que já marcou décadas e que

continua em processo continuo de construção. Participando deste processo, o Estado do

Paraná, mais especificamente desde o ano de 2003 lançou a proposta de reformulação

curricular, que tem sua culminância prevista para este ano de 2005, toda esta caminhada

dividiu-se em seis fases, sendo elas:

• 1ª Fase – A partir de seminários promovidos pela SUED/SEED (2003), foi feita

discussão e levantamento da situação concreta das diretrizes curriculares da Rede

Estadual de Ensino do Paraná;

• 2ª Fase – Por meio de diversos cursos, eventos e reuniões técnicas (2003 e 2004) com

o coletivo de professores foram discutidas propostas pedagógicas por áreas de ensino;

• 3ª Fase – nos anos de 2004 e 2005, o trabalho de reformulação das diretrizes

curriculares vem ocorrendo nas escolas, onde o protagonista das reflexões tem sido o

próprio professor;

• 4ª Fase – iniciou-se em 2004 e continua em 2005, constitui-se na sistematização das

propostas curriculares por disciplinas, níveis e modalidades de ensino, partindo dos

documentos construídos coletivamente;

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

• 5ª Fase – consiste no preparo, elaboração, efetivação e avaliação deste Projeto Político

Pedagógico, que ocorre concomitantemente à discussão curricular;

• 6ª Fase – permanente e continua avaliação e acompanhamento das propostas com a

finalidade de amparar a sua implementação nas escolas.

A Organização Curricular do Estado do Paraná dará ênfase nos conteúdos científicos,

nos saberes escolares das disciplinas que compõem a grade curricular. A versão mais

recente das Diretrizes Curriculares é de 2008, sob a qual cada grupo de professores da

mesma disciplina construiu a Proposta Pedagógica Curricular, que dá sustentação a todo

trabalho pedagógico que acontece na Escola.

4.16 Sala de Apoio

A sala de apoio à aprendizagem é oferecida aos alunos das 5ªs séries com o

objetivo de implementar uma ação pedagógica para enfrentamento dos problemas

relacionados ao ensino de Língua Portuguesa e Matemática, no que se refere aos

conteúdos de aprendizagem na leitura, na escrita e no cálculo.

Nosso Colégio oferece esse recurso desde o ano de 2006, e conta com turmas

de Língua Portuguesa e Matemática, nos dois turnos, que são freqüentadas pelos alunos

com defasagens de aprendizagem nas respectivas disciplinas. O Programa Salas de Apoio

à Aprendizagem tem o objetivo de atender às dificuldades de aprendizagem de crianças

que frequentam as séries finais do Ensino Fundamental.

Para os alunos do 6º Ano e 9º ano, a abertura da Sala de Apoio se dá de forma

automática. Para as demais séries, a abertura deve ser solicitada.

Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e Matemática no contra

turno, participando de atividades diferenciadas e diversificadas que visam à superação das

dificuldades referentes aos conteúdos básicos dessas disciplinas.

4.17 Contrato Pedagógico

De acordo com Groppa (1998), como em todas as outras relações

sociais/institucionais, na relação pedagógica existe um “contrato” implícito – um conjunto de

regras funcionais - que precisa ser reconhecido e respeitado para que a ação possa se

concretizar a contento. E é curioso constatar que os próprios alunos têm uma clareza

impressionante quanto a essas balizas contratuais do encontro pedagógico. Sem dúvida

nenhuma, eles sabem reconhecer quando o professor está exercendo suas funções,

71

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOcumprindo seu papel. O professor competente e cioso de seus deveres não é, em absoluto,

um desconhecido para os alunos; muito ao contrário. Eles sabem reconhecer e respeitar as

regras do jogo quando ele é bem jogado, da mesma forma que eles também sabem

reconhecer quando o professor abandona seu posto.

Nessa discussão é interessante lembrar que a escola é lugar de trabalho árduo

e complexo e de engendramento de relações onde o professor não é pai e o aluno não é

filho; nem o professor é mero difusor de informações e muito menos um animador de

platéia, da mesma forma que o aluno não é um expectador ou ouvinte. O aluno é um

sujeito atuante, co-responsável pela cena educativa, parceiro imprescindível do contrato

pedagógico.

Trata-se, portanto, o contrato pedagógico, da proposta de que as regras de

convivência muitas vezes implícitas, que orientam o funcionamento da sala de aula – e

daquele campo de conhecimento em particular – precisam ser explicitadas para todos os

envolvidos, conhecidas e compartilhadas por aqueles inseridos no jogo escolar, mesmo se

tiverem de ser relembradas todos os dias. Portanto, uma medida profícua é jamais iniciar

um ano letivo sem que as regras de funcionamento dessa sala de aula sejam reconhecidas

e, se possível, negociadas por todos. É na medida em que todos se sentem co-

responsáveis pelo código de regras comuns que se pode ter parceria por um projeto

contínuo – o que, no caso d trabalho pedagógico, é uma necessidade, uma condição, ou

seja, um dos instrumentos do processo de avaliação.

Desta forma, incentivamos a construção do contrato pedagógico como

instrumento a ser utilizado pelos professores com a finalidade de registrar as regras e

conteúdos que devem ser trabalhadas com os alunos na primeira semana do ano/semestre

letivo, onde constam os direitos e deveres dos alunos e professores e, também como meio

de organização do cotidiano escolar.

Nesse contrato são pautados, entre outros assuntos, itens ou temas que

esclarecem dúvidas, reforçam a lembrança e estabelecem o pacto sobre: objetivo da

disciplina; conteúdos do semestre; metodologia a ser desenvolvida; avaliação e

encaminhamentos; direitos e deveres dos alunos e professores e avaliação e retomada do

contrato.

Partindo desse pressuposto, frisamos a importância do Contrato Pedagógico

porquanto, apresente-se como instrumento da avaliação, que articule as relações

interligadas com o conselho de classe, expressando-se como indicador da intencionalidade

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOde se partir dessa prática, para construir um ensino aprendizagem que se queira de

qualidade.

4.18 Avaliação

Pensar avaliação nesta proposta é pensar processos avaliativos condizentes

com o público alvo, a organização do ensino, a diversidade curricular e metodológica. A

Educação, como processo de construção humana e resultado de relações sociais, dá a

dimensão formadora de um homem que interage na sociedade como sujeito capaz de

interpretar e participar das transformações e soluções dos problemas do meio em que vive.

Exercitar o aluno como sujeito cidadão requer práticas da democracia do diálogo, da

solidariedade e da parceria entre professor e aluno com a responsabilidade conjunta na

construção do cidadão.

A avaliação da aprendizagem, bem como outras práticas educativas, deve estar

direcionada para a construção do conhecimento. Na perspectiva crítico-construtiva do

conhecimento, a avaliação deve estar a serviço da aprendizagem efetiva dos conteúdos

socioculturais, dos temas emergentes da sociedade tecnológica, sem deixar de pensar que

tudo isso deva levar os alunos ao objetivo maior da educação que é a formação para a

cidadania, base fundamental da sociedade democrática, da mesma forma que o domínio

do conhecimento do mundo do trabalho é que vai ajudá-lo a chegar a uma maior

participação na sociedade em que vive.

Entendida como parte integrante do processo ensino-aprendizagem, a avaliação

tem a finalidade de alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica. Será diagnóstica,

contínua, cumulativa, formativa e permanente, para interpretar qualitativamente o

conhecimento construído pelo aluno, cujos resultados servirão de parâmetro para análise,

reflexão e aperfeiçoamento, subsidiando o docente na sua prática, na criação de novos

instrumentos de trabalho, na retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou

reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou do grupo,

e, ao estudante, deve ser o instrumento para tomada de consciência das conquistas, das

dificuldades, das possibilidades para reorganizar o seu investimento na tarefa de aprender.

Tradicionalmente, a avaliação se faz por meio da simples medição de domínio

de conteúdos. Sem entrar no mérito sobre a qualidade dos instrumentos utilizados para

aferir os conhecimentos, é indiscutível que se atribui um valor ao desempenho, muitas

vezes, retendo os alunos de forma definitiva como se aquele conhecimento não pudesse

73

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOser incorporado ao longo de um processo de desenvolvimento e através de outras

oportunidades curriculares.

Neste aspecto, sempre estará presente o processo de recuperação de estudos,

visando suplementar, corrigir, aperfeiçoar, dinamizar, atualizar o processo de ensino-

aprendizagem com vistas à promoção do aluno. Para tal não se levará em conta o

conteúdo em si, mas as causas que de fato levaram a não obtenção da produtividade

esperada, observada as características e potencialidades de cada educando.

Conforme o previsto no Regimento Escolar, o resultado da avaliação, após os

instrumentos diversificados, tais como: provas, trabalhos individuais e coletivos, registro de

participação dos alunos, observações, explanações, etc, na combinação dos resultados

será expresso na forma de uma escala de notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), na

periodicidade bimestral, isso para o Ensino Regular.

Os alunos do Ensino Médio participam do Exame Nacional do Ensino Médio

(ENEM), programa esse vindo do Governo Federal e que a escola considera importante,

pois o mesmo funciona como um elemento de mobilização em favor da melhoria da

qualidade de ensino e auxilia professores, diretores e demais dirigentes educacionais na

identificação de deficiências e boas práticas no âmbito da escola.

Com relação à avaliação do Projeto Político Pedagógico, este Colégio realiza,

dentro do possível, ações principalmente no sentido de acompanhamento do coletivo

escolar dos aspectos que permeiam este documento. Este procedimento normalmente se

dá a cada início de ano letivo, pois neste momento, coletivamente traçamos metas,

(re)inventamos e (re)organizamos questões pertinentes para o êxito das atividades

pedagógicas.

4.19 Programa de Complementação Curricular

Este programa, que entre 2009 a 2010 denominava-se Viva Escola, em 2011

passou a chamar-se Programa de Complementação Curricular, tendo como principal

objetivo expandir as atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação

curricular, vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades

da formação do aluno e de sua realidade. Compreende quatro núcleos de conhecimento:

expressivo corporal; científico cultural; apoio a aprendizagem e integração comunidade-

escola.

As atividades pedagógicas desenvolvidas têm como objetivos:

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

• Dar condições para que profissionais da educação, discentes da Rede Pública e

comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades pedagógicas no

estabelecimento de ensino ao qual estão vinculados, além do turno escolar;

• Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades de

seu interesse;

• Possibilitar aos educandos maior integração com a comunidade escolar.

Nos anos de 2009 e 2010, estiveram em funcionamento quatro atividades

pedagógicas diferentes: NOSSOS OLHARES, PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR,

JOGOS MATEMÁTICOS e BEM-ME-QUER. A partir de 2011, houve uma reformulação

desta atividade, na qual a demanda do Colégio passou a ser de somente duas atividades,

sendo: PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR e APERFEIÇOAMENTO MATEMÁTICO.

Cada proposta de complementação curricular tem carga horária de quatro horas

semanais para ser desenvolvidas com os alunos, mais uma hora atividade para o

professor. As atividades em funcionamento são devidamente cadastradas em sistema

próprio, que é alimentado periodicamente, sendo o registro, acompanhamento e avaliação

de responsabilidade do diretor e da equipe pedagógica do Colégio.

A atividade pedagógica desenvolvidas no programa deve partir do coletivo, que

compreende todos os segmentos da comunidade, apresentando uma inter-relação entre as

atividades e a concepção das disciplinas, partindo das necessidades sócio-educacionais do

educando, utilizando encaminhamento teórico-metodológico de caráter investigativo. Além

disso, pretende-se que as atividades auxiliem na formação dos alunos enquanto sujeitos

críticos em relação aos saberes, mostrando que o espaço escolar é lugar de produção do

conhecimento.

Faz parte do processo de construção do conhecimento o momento de

socialização, de apresentar os resultados da pesquisa, partilhar experiências, exibir aquilo

que foi investigado e construído. A divulgação do conhecimento produzido nas atividades

de complementação curricular ocorre nas semanas culturais, no Projeto Fera Com Ciência

e sempre que o estabelecimento considerar necessário partilhar com a comunidade

escolar.

4.20 Hora treinamento

A partir de 2011, passou a vigorar a possibilidade de implantação da hora

treinamento, com o intuito de possibilitar aos educandos um espaço maior de participação

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOna escola, interagindo com colegas de outras salas e séries, aproveitando o caráter lúdico

das atividades esportivas para o desenvolvimento de conceitos e atitudes para melhor

utilização do seu tempo livre, bem como, propiciar condições para o desenvolvimento de

qualidade moral, físico, psicológica e social, essenciais à boa convivência em sociedade.

RESULTADOS ESPERADOS:

Para o aluno:

- oportunizar os alunos que demonstrarem maior aptidão e interesse pelas

atividades desportivas, participando em aulas especializadas, integradas à proposta

pedagógica da escola;

- promover o gosto pela atividade física, procurando torná-la algo perene e

preponderante na melhoria da qualidade de vida dos educandos;

- concorrer para o senso de responsabilidade;

- desenvolver habilidades para o relacionamento social;

- elevação da autoestima dos educandos;

- contribuir para a elevação das notas nas disciplinas de maior dificuldade;

- desenvolver o espírito competitivo, ressaltando os valores morais que o mesmo

encerra como compromisso, disciplina, força de vontade, companheirismo e entre outros.

Para a escola:

- diminuição da evasão escolar;

- redução da repetência;

- diminuição da indisciplina em sala de aula;

- redução da agressividade entre os educandos;

- propiciar a oportunidade para o surgimento de novos talentos esportivos, sem

perder de vista os valores educacionais;

- propiciar à clientela escolar melhor condições e oportunidades de participação

em eventos esportivos na escola, na comunidade e, principalmente nos Jogos Colegiais do

Paraná;

- promover o desporto educacional através de jogos, dando oportunidade de

participação a um número maior de estudantes, despertando o gosto pela prática dos

esportes, com fins educacionais.

Para a comunidade:

- Diminuição da evasão escolar;

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO- promover o desporto educacional, através de jogos, dando oportunidade de

participação a um número maior de estudantes;

- Fazer com que a comunidade veja o esporte como um meio de comunicação,

onde agrega valores importantes na boa convivência com a escola;

- maior integração dos pais com a escola e os filhos.

4.21 Jogos escolares

Os Jogos Escolares do Paraná (JEPS), como parte dos Jogos Oficiais do

Paraná, são organizados pelo Governo do Paraná, através da Secretaria de Estado da

Educação, Secretaria Especial de Esporte, Paraná Esporte, Núcleos Regionais de

Educação, Centros Regionais de Esportes e Lazer, com apoio das Prefeituras Municipais e

Entidades de Administração do Desporto do Paraná, regulamentar-se-ão genericamente,

pela legislação vigente aplicável e, especificamente, pelas disposições contidas neste

Regulamento e atos administrativos expedidos pela autoridade pública, no exercício de

suas atribuições.

.A realização dos jogos tem por objetivo a movimentação da comunidade escolar

em torno de atividades esportivas, envolvendo alunos, professores e profissionais da

educação física na prática das mais diversas modalidades.

Ultrapassando os limites das quadras, pistas, gramados e piscinas, o esporte

une culturas e aproxima as pessoas. No ambiente escolar, esse estreitamento produz

resultados extraordinários, com reflexos diretos no processo de aprendizagem dos alunos.

Além do aspecto social, os jogos escolares proporcionam a identificação de novos talentos

esportivos e se consolidam como uma importante alternativa para o desenvolvimento de

nossos atletas.

Nosso Colégio, em todas as edições é representado nesta competição em nível

local, geralmente classificando-se para a fase regional e já consagrou-se Campeão

Estadual na modalidade de futsal feminino.

4.22 Olimpíadas de conhecimento

Temos como princípio, possibilitar aos nossos alunos o contato com as diversas

formas de expressar os saberes escolares, e uma delas é a participação em Olimpíadas

realizadas em âmbito local, regional e nacional. Citamos como exemplo, a OBMEP

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO(Matemática), Viagem do Conhecimento (Geografia), OBF (Física), OBA (Astronomia),

Escrevendo do Futuro (Língua Portuguesa) e OPRQ (Química).

Percebe-se que os alunos sentem-se motivados e desafiados a participar destes

eventos, contribuindo para que os professores envolvam-se, oportunizando atividades

diversificadas, com o intuito de prepará-los para a participação. Ao longo do tempo,

tivemos vários destaques a nível nacional e estadual, com o recebimento de menções

honrosas, premiações, viagens e outros.

4.23 Gincana

A Gincana realiza-se anualmente no período de junho à agosto, em virtude dos

festejos alusivos a Festas Juninas e Dia do Estudante.

Possui como objetivos principais: promover o lazer e o desenvolvimento cultural

e estimular o trabalho em equipe através da cooperação.

A Gincana está sob a responsabilidade e organização do Grêmio Estudantil,

professores, equipe pedagógica e direção do Colégio, que se constituem como a Comissão

Organizadora.

Poderão participar alunos do Colégio do 6º Ano do Ensino Fundamental a 3ª

série do Ensino Médio.

Para melhor organização e realização da gincana, a mesma obedece a um

regulamento próprio que atende as especificidades de cada turma. A gincana é dividida em

três fases de competição: cultural, esportiva e conhecimento. São realizados em dias pré-

determinados e engloba campanha de solidariedade, de acordo com a necessidade

apresentada pela comunidade escolar ou local.

4.24 Excursões

As excursões são realizadas com o intuito de:

• estimular à observação, socialização das idéias e interação com todos os membros

do grupo;

• desenvolver compreensão crítica da realidade através do passado, presente e

futuro;

• valorizar as riquezas do Patrimônio Histórico e Cultural;

• Reconhecer a responsabilidade de todos no processo de preservação da natureza

e manutenção de valores culturais;78

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• Desenvolver atividades de pesquisa e iniciação científica de modo interdisciplinar e

participativa;

• Contribuir para o desenvolvimento integral do ser humano: Aprendizagem +

Diversão!

Anualmente são realizadas excursões de acordo com o tema ou conteúdo

trabalhados em cada disciplina atendendo os objetivos propostos para esta atividade.

4.25 Programa Cultivando Água Boa

A busca pelo desenvolvimento sustentável, da preservação do meio ambiente e

da responsabilidade social passou a ser um fator estratégico para as organizações,

provocando mudanças nos valores e nas orientações dos sistemas de gerenciamento. O

Programa Cultivando Água Boa (CAB) foi criado no ano de 2003, para envolver todas as

comunidades pertencentes à Bacia do Paraná 3(BP3) e através da

compreensão/consciência de que ações locais influenciam na problemática global, com

uma série de programas, projetos e ações interconectados de forma holística e sistêmica,

tendo como documentos de base: A carta da Terra, o Tratado de Educação Ambiental para

Sociedades Sustentáveis, Agenda 21 e os Objetivos do Milênio. Os programas são

detalhados em ações, que por sua vez são viabilizadas por meio de projetos e atividades, e

são monitorados pelo Sistema de Gestão por Programas e Ações (GPA). Em Nova Santa

Rosa, em parceria com os Educadores Ambientais, EMATER, Administração Pública e

Itaipu Binacional acontece um trabalho de conscientização junto à comunidade escolar e

produtores rurais próximos às nascentes de rios e outros.

4.26 Semana da Pátria

A comemoração da “Semana da Pátria” é indispensável em nossas escolas, pois

proporciona:

• Formação cidadã quanto ao conceito de Pátria;

• Despertar o sentimento de patriotismo;

• Formar atitude de respeito aos símbolos do Brasil;

• Desenvolver a compreensão do passado histórico e da significação da data “sete de

Setembro”;

• Incentivar o amor à Pátria;

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO• Compreender a razão dos festejos da Semana da Pátria;

• Conhecer o fato mais importante da História do Brasil;

• Saber a letra e poder cantar os hinos pátrios;

• Valorizar a escola como participante de grandeza da Pátria.

Além desta semana especificamente, durante todo o ano, são oportunizados

momentos de reflexão e entoação dos hinos pátrios, na perspectiva da formação para o

respeito à pátria.

4.27 Formaturas – Ensino Fundamental e Médio

O Colégio Estadual Marechal Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e Médio,

ainda mantém a tradição de comemorar estes momentos importantes na vida de seus

alunos. A Formatura, o evento cívico e religioso acontece ao final de cada ano letivo no

Centro Cultural e o jantar de formatura, fica a critério de cada modalidade de ensino.

V - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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