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COLÉGIO ESTADUAL GENERAL EURICO GASPAR DUTRA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Virmond – PR 2010

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COLÉGIO ESTADUAL GENERAL EURICO GASPAR DUTRA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Virmond – PR

2010

COLÉGIO ESTADUAL GENERAL EURICO GASPAR DUTRA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

“Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.” 

Paulo Freire

1.0 – APRESENTAÇÃO

Este documento contém o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual General 

Eurico Gaspar Dutra – Ensino Fundamental e Médio e visa ajudar a enfrentar os desafios do 

cotidiano  do  Colégio  de  uma  forma  sistematizada,   consciente,   científica  e   participativa.  

Denomina­se Projeto porque faz uma projeção da intencionalidade educativa, Político 

porque define uma proposta do grupo e expressa um conhecimento próprio, contextualizado, 

consciente e partilhado,  com vistas à   formação do cidadão e Pedagógico porque define a 

intencionalidade formativa, refletida e fundamentada, ou seja, a efetivação da finalidade da 

escola na formação para a cidadania. 

      Em conformidade com a LDB 9394/96 em seu artigo 12 que determina a   incumbência da 

escola em elaborar o seu Projeto Político Pedagógico e nos Artigos 13 e 24 que colocam nas 

mãos   dos   Professores   e   Pedagogos   a   responsabilidade  de  participar   da   elaboração   desse 

projeto,   construímos   o   presente   P.P.P.   envolvendo   todas   as   Instâncias   Colegiadas, 

respeitando as normas e leis vigentes. 

            Vivemos   novos   tempos   que   exigem   novos   olhares,   novas   estratégias   e   rápidas 

transformações, sejam elas no âmbito social, político, econômico e educacional. Levando em 

conta este momento de transformações sociais e, principalmente os avanços tecnológicos e 

científicos, é necessário repensar o trabalho pedagógico para que possamos ter uma escola 

que defenda uma educação de  qualidade,  pois,  é  a    partir  da formação do  indivíduo que 

acontece a transformação da sociedade. É necessário portanto, refletirmos sobre o papel da 

Escola, para quem ela está sendo dirigida e que cidadãos queremos formar.

      Elaboramos este projeto na certeza de que, com a contribuição de cada pessoa envolvida 

no processo de educar e ser educado, alcançaremos uma Educação de qualidade para nossos 

educandos, que cada vez mais, necessitam estar preparados para enfrentar os desafios que o 

meio impõe, bem como contribuir para a transformação da sociedade.

        O presente Projeto Político Pedagógico é para a comunidade escolar  o norte de todo o 

trabalho a ser desenvolvido no Colégio. Uma vez elaborado a partir da realidade e com a 

participação de  toda  a  comunidade escolar,   traz consigo as  necessidades   levantadas  pelos 

diversos segmentos do estabelecimento, bem como, as ações que devem ser realizadas visando 

superar as dificuldades identificadas no processo ensino­aprendizagem. 

             O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra é 

importante pois: 

• Estabelece uma direção, uma intencionalidade. 

• Exige uma reflexão acerca da concepção de escola e sua relação com a  sociedade. 

•  Contempla a qualidade do ensino nas dimensões: formal, técnica e política. 

• Implica em esforço coletivo e participativo. 

• Define   ações   educativas   e   as   características   necessárias   ao  Colégio   em cumprir   seus 

propósitos e sua intencionalidade. 

             O projeto é elaborado com vistas ao aproveitamento da aprendizagem tendo       como 

princípios    a       liberdade,        autonomia,           flexibilidade   e  democracia,  adotando como 

referencial teórico a Constituição Federal e a LDB, salientando que a ação educativa deve 

constituir­se como ato intencional e diversificado. 

             O Projeto Político Pedagógico leva em conta a Lei e Diretrizes e Bases da Educação 

Nacional   –   LDB   no.   9394/96,   a   Constituição   Brasileira,   o   Estatuto   da   Criança   e   do 

Adolescente ­ ECA, e a Deliberação 014/99, do Conselho Estadual de Educação do Estado do 

Paraná. 

           No art. 3º da LDB no 9.394/96 estão implícitos os princípios norteadores do projeto 

pedagógico: 

• Igualdade de condições para acesso e permanência na escola; 

• Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o  pensamento, a arte e 

o saber;

• Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas; 

• Respeito à liberdade e apreço a tolerância; 

• Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 

• Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 

• Valorização do profissional da educação escolar; 

• Gestão democrática do ensino público, na forma da lei e da legislação do sistema de 

ensino; 

• Garantia do padrão de qualidade; 

• Valorização da experiência extracurricular; 

• Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 

É   importante   ressaltar  que   este  Projeto  Político  Pedagógico  não  é   um documento 

definitivo, ao contrário, tem caráter dinâmico que possibilita mudanças que estejam sempre de 

acordo com os interesses e necessidades de uma sociedade justa e igualitária. 

                     A partir da aprovação pelo Conselho Escolar, o P.P.P. torna­se documento para o 

Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra, e seu estudo e conhecimento torna­se uma 

necessidade e obrigação para todos os que aqui trabalham, bem como a sua implementação. 

2.0 ­ IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

2.1 ­  DADOS  DO ESTABELECIMENTO

. Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra ­ Ensino Fundamental e Médio. 

. Código: 00037

. Endereço: Rua Duque de Caxias, 723

. Bairro: Centro. 

. CEP: 85390­000. 

. TEL./ FAX 0XX(42) 3618 ­1133 e 3618 – 1210

. CNPJ – 76416965/0001­21 

. Endereço eletrônico: www.vrneuricodutra.seed.pr.gov.br

. e­mail: [email protected] 

. Município: Virmond

. Código : 2878

. Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação (SEED)

. NRE: Laranjeiras do Sul

. Código: 31  

. Distância da Escola até o NRE: 25 Km.  

2.2 – HISTÓRICO

Virmond era  uma grande  fazenda pertencente  a   família  Queiroz,   sendo distrito  de 

Guarapuava. 

Mais tarde, a fazenda foi adquirida pelo Consulado Polonês e entregue aos imigrantes 

Poloneses para demarcação, onde Ladislau Radecki e Guilherme Müller fizeram o loteamento 

e venda dos quinhões. 

Nesta fazenda havia um professor chamado Litinski que lecionava para os filhos dos 

peões, os professores eram contratados e remunerados pelos pais dos alunos. Após alguns 

anos chegou o professor Henrique Radecki,   que lecionava Polonês até 1932. Nesta mesma 

época veio para a Colônia Henrique Krygier, que era polonês e substituiu Henrique Radecki, 

pois a Língua Polonesa foi proibida pelo Presidente Getúlio Vargas e, então Henrique Krygier 

foi o primeiro professor de Língua Portuguesa de Virmond. 

De   1932   à   1936     com   a   vinda   de   novas   famílias   para   Colônia   várias   entidades 

auxiliaram  no     processo     educacional, entre elas: Igreja Nossa Senhora do Monte Claro e 

Clube – Sociedade Instrutiva e Agrícola ROBOT.

Em 1934, foi construído o Colégio São José e chegaram as Irmãs da Caridade São 

Vicente,  sendo professoras  as   Irmãs  Ana Josviak,  Filomena,  Rosalina,  Balbina,  Celestina, 

Ernestina, Casemira, Josefa, Hermengarda de Andrade, Margarida, Helena e Maria. 

Por volta do ano de 1946, Henrique Krygier doou o terreno onde foi construído o 

Grupo Escolar Eurico Gaspar Dutra. O presidente do Território Federal do Iguaçú, Frederico 

Trotta, destinou verba e, com ajuda da comunidade foi construído o prédio. 

Em   1969   encerraram­se   as   atividades   do   Colégio   São   José   em   regime   de   internato   e 

continuaram as atividades do Grupo Escolar General Eurico Gaspar Dutra – Ensino de 1ª a 4ª 

série. 

Em 1978 passou a denominar­se Colégio Floriano Peixoto (Extensão de Laranjeiras do 

Sul) e atendia alunos até a 8ª Série. 

No ano de 1990 aconteceu a Emancipação Política Administrativa do Município de 

Virmond, e com isso, alterações no setor educacional. 

No ano de 1993 foi municipalizado o Ensino de 1ª a 4ª série, denominando­se Escola 

Municipal Henrique Krygier, 5ª a 8ª Série, Escola Estadual General Eurico Gaspar Dutra, em 

1994 passou a ofertar o ensino de 2ª Grau, ficando como Colégio Estadual General Eurico 

Gaspar Dutra ­ Ensino Fundamental e Médio.

Possui como particularidade, ser o único no município, atendendo alunos da sede e de 

todas  as  comunidades  do  interior,  que fazem uso do  transporte  escolar  para  chegar  até  o 

Colégio.

Atuaram como Diretores os seguintes professores:

• Antonio Duarte da Silva ­1949–1950; 

• Nair Brustolin ­ 1951–1956/ 1959–1960; 

• Irmã Hemengarda  de Andrade ­ 1957; 

• Ana Maria Falkemback ­ 1958; 

• Albertina Alberti ­ 1961–1962; 

• Zayde Rossetim Ferreira ­1962–1963/ 1967/ 1969 – 1971; 

• Helena Bugay ­ 1964–1965/1968–1969/1981–1982; 

• Laura Gralak ­ 1972­1973;

• Júlia Ludmila K. Orzechovski ­1965­1967/1974­1979; 

• Edvirges de Freitas ­ 1983­1985; 

• Angelo Romano Dagostim ­ 1985­1987; 

• Joana Dark Vieira Pontes ­ 1987 – 1992; 

• Márcia Roseli Mierzva ­ 1993 – 2005; 

• Lucimar Lazarin ­ 2006 ­ 2008 

• Angela Maria Kubiak Secundo ­ 2009­2011 

 2.3 ­ HISTÓRICO DO PATRONO 

EURICO DUTRA (Eurico Gaspar Dutra) 1883­1974, nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, 

no dia 18 de maio de 1883. Depois de uma brilhante carreira militar, foi nomeado Ministro da 

Guerra em 1936, posto no qual, permaneceu até 3 de agosto de 1936, quando se afastou para 

candidatar­se   à   presidência   da   República.   Eleito   com   larga   vantagem,   Dutra   assumiu   o 

governo no mesmo dia em que se instalou a Assembléia Constituinte (31 de janeiro de 1946). 

A promulgação da Quarta Constituição Republicana (18 de setembro do mesmo ano) 

foi o fato mais relevante do seu governo. A carta estabeleceu a responsabilidade do presidente 

e de seus ministros de Estado perante o Congresso e assegurou aos cidadãos os direitos do 

Liberalismo   Público,   além   de   manter   os   direitos   adquiridos,   anteriormente,   pelos 

trabalhadores. Em seu Governo foram construídas: a Rodovia Rio – São Paulo (Via Dutra) e a 

Companhia  Hidrelétrica  de  São  Francisco.  As   relações  diplomáticas   com a  URSS  foram 

cortadas e foram cassados os direitos do Partido Comunista Brasileiro. Faleceu no Rio de 

Janeiro, em 11 de junho de 1974. 

2.4 ­ VLE – VIDA LEGAL DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Autorização de Funcionamento do Colégio: Resolução Nº 108/83  DOE 23/02/83

Ato do Reconhecimento do Colégio: Resolução Nº 1295/89 DOE 29/05/89

2.4.1 ­ Ensino Fundamental

Reconhecimento do Curso: Resolução Nº 1295/89 DOE29/05/89                                

Renovação do Reconhecimento do Curso: Resolução Nº 2995/08 DOE 10/09/08

2.4.2 ­ Ensino Médio

Reconhecimento do Curso: Resolução Nº 2240/04 DOE 08/07/2004

Renovação de Reconhecimento de Curso em processo de tramitação.

3.0 ­ MARCO SITUACIONAL

3.1 ­ DESCRIÇÃO DA REALIDADE 

Para se efetivar um Projeto Político Pedagógico existe a necessidade de olhar como é a 

nossa   realidade,   visando   fazer   um   diagnóstico   com   o   qual   possam   ser   propostos   os 

encaminhamentos necessários e as soluções dos problemas. 

Nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, o mundo enfrentou uma 

grande mudança. A sociedade que vinha se caracterizando pela produção em massa, passa a 

conviver  com a  sociedade do conhecimento.  O alto  desenvolvimento das   tecnologias,  das 

comunicações, da industrialização, possibilitou o movimento de globalização, atingindo todos 

os segmentos da sociedade, em especial da educação. 

Agravasse   o   quadro   ao   refletir   que   em   função   da   necessidade   da   época,   o 

conhecimento   para   ser   científico   foi   organizado   e   dividido,   e,   esse   processo,   isolou   as 

emoções do homem em nome da razão, e, por consequência, deixou de contemplar processos 

de solidariedade, paz, afeto, amor e espírito de ajuda mútua. 

A   desigualdade   e   o   desrespeito   caracterizam   a   sociedade   competitiva,   levando   à 

ganância   empresarial   e   a   miopia   ecológica.   A   degradação   e   a   destruição   do   homem, 

ocasionados pela busca do capital e do poder, vêm desencadeando no mundo um processo 

degenerativo, que precisa urgentemente ser repensado. 

Vivemos uma realidade um tanto conturbada em nível de nação. São tantos problemas 

e dificuldades encontrados socialmente, sem falarmos de questões políticas. 

           Percebe­se cada vez mais acentuadas, as desigualdades sociais e o descaso de nossos 

governantes com relação a uma melhoria da qualidade de vida da nossa população, que sofre 

com altas taxas e impostos que, em sua grande maioria, são mal aplicados, não gerando o 

devido retorno. 

No âmbito Estadual e Municipal, a situação não difere muito, pois as dificuldades e os 

problemas enfrentados são semelhantes. 

Nesse contexto, cabe a sociedade propor processos de reestruturação que levem a recuperar a 

visão do todo e a reconstrução de uma sociedade mais justa, humana e igualitária, e sem 

dúvida, a educação tem um papel relevante nesse processo de reconstrução. 

Em nosso Colégio atendemos alunos oriundos de todas as localidades do interior, bem 

como os da sede do Município, portanto pertencentes a diferentes culturas, tendo igualdade de 

acesso e as mesmas oportunidades de aquisição de conhecimentos. 

Os   professores   estão   sempre   buscando   aperfeiçoamento   através   de   capacitações   e 

embasando suas práticas docentes em teorias, para assim poderem desenvolver o processo 

ensino­aprendizagem da melhor qualidade possível. 

  O município de Virmond, como toda a nossa região, é  essencialmente agrícola. A 

maioria da população reside no interior do Município e trabalha na agricultura. A população 

da sede do município trabalha no comércio e nas pequenas indústrias existentes no Município. 

           Nossos alunos são oriundos dessa população acima caracterizada. 

3.2 ­ TEMPO ESCOLAR 

Em conformidade com a LDB 9394/96, em seu Artigo 24, inciso I, que prevê uma 

carga horária mínima de 800 horas anuais, distribuídas por um mínimo de 200 dias letivos, 

adaptamos o calendário escolar de maneira a atender o previsto na lei. 

Proporcionamos cinco aulas diárias, de 50 minutos de segunda a sexta­feira, de acordo 

com as seguintes grades curriculares:

3.2.1 – Grade Curricular do Ensino Fundamental

PERÍODO: MANHà– TARDE – NOITE 

CÓDICO DISCIPLINAS COMP 5ª 6ª 7ª 8ª

725 Arte BNC 2 2 2 2

301 Ciências BNC 3 3 4 4

601 Educação Física BNC 3 3 3 3

7502 Ensino Religioso  * BNC 1 1

401 Geografia BNC 3 3 3 3

501 História BNC 3 3 3 3

106 Língua Portuguesa BNC 4 4 4 4

201 Matemática BNC 4 4 4 4

1107 LEM – Inglês PD 2 2 2 2

Total  25 25 25 25Obs.: * Não computado na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.

3.2.2 – Grade Curricular do Ensino Médio

PERÍODO: MANHà– TARDE – NOITE 

CÓDICO            DISCIPLINAS    COMP 1ª 2ª 3ª

704 Arte BNC 2 2 ­

1001 Biologia BNC 2 2 2

601 Educação Física BNC 3 3 3

901 Física BNC 2 2 2

2201 Filosofia BNC 2 ­ 2

401 Geografia BNC 2 2 2

501 História BNC 2 2 2

106 Língua Portuguesa BNC 4 3 4

201 Matemática BNC 3 4 3

801 Química BNC 2 2 2

1107 LEM – Inglês PD 2 2 2

2301 Sociologia BNC ­ 2 2

Total  25 25 25

3.3 ­ ESPAÇO ESCOLAR

Quanto ao espaço físico, o Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra, é composto 

de três blocos, sendo que no 1ª bloco estão situados: cozinha, depósito de merenda, saguão, 

cantina,   secretaria,   sala   da   Direção,   sala   da   Equipe   Pedagógica   com   banheiro,   sala   de 

professores com banheiro e biblioteca. 

             O 2º bloco é composto por um Laboratório de Informática, uma sala ambiente que é 

utilizada para aulas práticas de Ciências, Química e Biologia,  com disponibilidade de um 

funcionário para atendimento neste setor com carga horária de 18 horas semanais. E, uma 

pequena divisória que é usada para Sala de Recursos e Sala de Apoio, um pequeno saguão 

com banheiro masculino e feminino e três salas de aulas. 

        O 3º bloco possui uma sala para Arte, que é utilizada, no momento, como sala de aula, 

um pequeno saguão com banheiro feminino e masculino, uma sala pequena que é usada como 

sala de aula e mais quatro salas de aula. 

As salas de aulas são amplas, iluminadas e bem ventiladas, com carteiras em estado 

regular de conservação, equipadas com TV Multimídia.

Possuímos duas Quadras de Esportes sendo uma coberta e iluminada em bom estado e a outra 

descoberta com piso áspero e irregular causando dificuldades para a prática de esportes. Falta 

um espaço fechado destinado à prática de Tênis de mesa, xadrez, ginástica e dança e uma 

passarela com cobertura ligando o prédio escolar a quadra coberta.

             O Colégio está necessitando de nova pintura. Construção de duas salas de aula para 

atendimento  as   atividades  extracurriculares   e   adequação  dos  ambientes   já   existentes  bem 

como de um auditório para realização de eventos e reuniões,  pois no município todo não 

existe um espaço adequado, que poderia atender melhor a toda a comunidade escolar.

3.4 ­ ESTRUTURA (mobiliário)

O Laboratório de Informática está equipado com 10 mesas, 20 monitores, 20 mouses, 

20 teclados, 1 escrivaninha, 1 carteira, 12 cadeiras monobloco, 1 cadeira estofada, 15 cadeiras 

giratórias, 5 CPUs e, ainda em 2010 serão instalados mais 16 computadores do PROINFO

No Laboratório de Química, Física e Biologia temos: 2 cadeiras, 2 escrivaninhas, 2 

armários, 8 mesas, 19 banquetas.

Na Sala de orientação (pedagogas): 2 escrivaninhas de madeira, 1 escrivaninha para 

computador, 4 cadeiras giratórias, 1 armário de aço, 2 impressoras, 1 xerocadora, 2 cadeiras 

estofadas,  5  monitores,  5  mouses,  5   teclados,  2  CPUs,  1   central  Paraná  Digital,   1   caixa 

amplificadora, 3 vídeos­cassetes, 2 retroprojetores, 1 amplificador de rádio e CD, 1 DVD, 2 

mesa  para  PC,  1  balança  digital,   1   armário  de  madeira,  1  estadiômetro  e  1  aparelho  de 

telefone.

Na Sala da Direção: 1 armário de aço, 1 escrivaninha, 1 impressora, 1 estabilizador, 1 

monitor, 1 mouse, 1 teclado, 1 CPU, 1 data show, 1 máquina fotográfica, 1 cadeira giratória, 1 

balcão de madeira sofá com 3 e 2 lugares.

Na Secretaria: 3 armários de aço, 5 arquivos, 2 balcão, 1 carteira,  1  impressora, 1 

fone/fax, 1 CPU, 1 teclado, 1 mouse, 1 monitor, 2 escrivaninha, 2 cadeiras giratórias, 1 ponto 

digital,  1 Scanner.

  A   biblioteca   conta   com   um   bom   acervo   bibliográfico,   com   livros   recebidos   da 

Secretaria de Estado da Educação, bem como livros adquiridos pela APMF, que sempre busca 

atender as necessidades de nossos educandos. Do MEC recebemos a Biblioteca do Aluno com 

137 títulos e a Biblioteca do Professor com 29 títulos de Temas Paranaenses e 209 títulos 

diversos. 

    O Número de Salas de aulas é 9 ( 7 salas normais e 2 salas de aulas improvisadas).

Em 2010 estão matriculados no Colégio:

• Ensino Fundamental (matutino): 166 alunos

• Ensino Fundamental (vespertino):  130  alunos

• Ensino Fundamental (noturno):  29  alunos

• Ensino Médio (matutino): 84  alunos

• Ensino Médio (vespertino):  71  alunos

• Ensino Médio (noturno):  52  alunos

• TOTAL: 532  alunos

3.5 ­ MERENDA ESCOLAR

O   Colégio   recebe   Merenda   Escolar   da   mantenedora,   bem   como   verba   de 

complementação via Fundo Rotativo, que é utilizada para aquisição de produtos in natura. 

Pensando na melhoria da merenda, a APMF adquiriu um forno industrial para diversificar o 

cardápio. No início de 2010 enfrentamos dificuldades com relação à merenda devido ao fato 

de pouca variedade de alimentos em relação ao ano anterior onde contávamos além dos meios 

acima citados  com o PAA – Programa de  Aquisição de  Alimentos  via  Cooperativa  com 

recursos   do   Governo   Federal,   onde   pequenos   agricultores   do   município   entregavam 

semanalmente   diversos   itens   como:   verduras,   frutas   e   legumes   além   de   feijão,   fato   que 

agregava maior quantidade, variedade e qualidade  a merenda servida. O item da merenda que 

apresenta rejeição é biscoito, que, está presente em grande quantidade na pauta entregue a 

cada remessa ao  Colégio.  Para o período noturno,     recebemos alunos que vem direto do 

trabalho e para esses alunos a merenda escolar configura­se como jantar e, desta forma poderá 

ser diferenciada dos demais turnos dependendo do estoque disponível.       

3.6 ­ TURMAS E TURNOS DE FUNCIONAMENTO

No Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra, adota­se o regime seriado, onde 

frequentam aproximadamente 532 (quinhentos e trinta e dois) alunos, distribuídos entre 13 

(treze) turmas do Ensino fundamental (5ª a 8ª Séries) e 9 (nove) turmas do Ensino Médio, 

distribuídas da seguinte forma, nas   salas de aulas disponíveis por turno: 

Manhã – 

Início:   7:20h   Término:   11: 

40h

5ªA

32

6ªA

29

6ªB

29

7ªA

17

7ªB

27

8ªA

33

1ªA

30

2ªA

36

3ªA

17

Tarde – 

Início: 13h  

Término: 17:20h

5ª B

20

5ªC

24

6ªC

31

7ªC

23

8ªB

31

1ªB

32

2ªB

20

3ªB

19

Sala   de 

Recursos

Noite 

Início:18:45h   Término: 

23:05h

7ªD

14

8ªC

15

1ªC

14

2ªC

18

3ªC

21

CELEM

3.7 ­ ATIVIDADES EXTRA­CURRICULARES   DO COLÉGIO

PROJETO TURNO HORÁRIO

Viva­Escola: Xadrez Tarde Quinta­feira – Das 13h às 16:30h

Viva­Escola:   Leitura,   sucesso   na 

aprendizagem

Manhã Quarta­feira – Das 7:20h às 10: 50h

Sala   de   Apoio   em   Língua   Portuguesa   e 

Matemática

Manhã Língua   Portuguesa   –   Sexta­feira   – 

Das 7:20h às 10: 50h

Matemática   –   Terça­feira     ­   Das 

7:20h às 10: 50h

CELEM Noite Quinta­feira – Das 18:45h às 10:15h

Sala de Recursos Tarde Segunda­feira,   terça­feira,   quarta­

feira   e   sexta­feira   –   Das     13h   às 

17:20h. 

3.7.1 – Sala de Apoio à Aprendizagem

        Este projeto destina­se a alunos de 5ª série com defasagem de conteúdos nas disciplinas 

de  Língua  Portuguesa  e  Matemática.  Visa  estender  o   tempo  escolar  para  os   alunos  com 

defasagem na leitura, na escrita e no cálculo. A carga horária é de 4 horas aulas semanais por 

disciplina,   sendo   trabalhadas   por   professores   habilitados   e     preferencialmente   com 

experiência de ensino nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

Os alunos são selecionados através de avaliação diagnóstica inicial e/ou por  indicação 

dos professores inclusive de outras disciplinas. O resultado tem sido positivo, pois os alunos 

têm sanado suas dificuldades e acompanhado o desenvolvimento dos conteúdos em sala de 

aula satisfatoriamente. Mas, encontramos dificuldades com relação ao transporte escolar, pois 

muitas vezes alguns alunos que necessitam não tem o transporte, outros não vêm porque a 

família coloca dificuldades. 

3.7.2 – Sala de Recursos

Na Sala de Recursos são atendidos os alunos com baixo desempenho escolar. Trata­se 

de um serviço especializado de natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento 

educacional   realizado em classes  comuns  do   Ensino Fundamental  de  5ª  a  8ª  série.  Este 

atendimento destina­se a alunos egressos da Educação Especial ou aqueles que apresentam 

problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbio de aprendizagem e 

ou   deficiência   mental.   A   programação   a   ser   trabalhada   deverá   observar   as   áreas   do 

desenvolvimento   (cognitiva,   motora,   sócio­afetiva­emocional),   de   forma   a   subsidiar   os 

conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem para a atingir o  currículo da 

classe   comum.   O   ingresso   do   aluno   é   feito   por   uma   avaliação   pedagógica   realizada   no 

contexto do ensino regular pelo professor da classe comum, professor especializado e equipe 

técnica   pedagógica   da   escola.   A   carga   horária   é   de   2   a   6   horas   semanal,   conforme   as 

necessidades do aluno,  sendo trabalhado por professor especializado na área de Educação 

Especial.

3.7.3 – Viva a Escola

O Programa Viva a Escola, instituído pela Resolução nº 3683/08 e regulamentado pela 

instrução Normativa no 10/2009, concebe como política pública as Atividades Pedagógicas de 

Complementação Curricular.

As atividades de Complementação Curricular visam a investigação do conhecimento 

produzido   historicamente,   envolvendo   professor,   aluno   e   comunidade,   bem   como     a 

socialização do conhecimento construído nas várias instâncias de divulgação, a exemplo o 

Fera Com Ciência.

Tem como objetivo dar condições para que os profissionais da educação, os alunos da 

Rede   Pública   Estadual   e   a   comunidade   escolar,   desenvolvam   diferentes   atividades 

pedagógicas no estabelecimento de ensino ao qual estão vinculados, além do turno escolar.

O Plano de Trabalho Docente é elaborado semestralmente pelo professor da atividade 

com acompanhamento da equipe pedagógica da escola, e assessorado pela equipe pedagógica 

do NRE. Poderá ser atualizado no decorrer do semestre conforme necessidade;  poderá sofrer 

adequação no decorrer do ano conforme necessidade; A frequência dos alunos participantes se 

dará em livro registro de classe, para que se tenha o controle da sua participação e o registro 

das atividades desenvolvidas; 

O aluno deverá ter uma frequência mínima de 75% nas atividades;

­ O aluno que tiver mais de 25% de falta na atividade será considerado desistente e não terá 

registro da participação no seu histórico escolar.

­ Compete a equipe pedagógica da escola acompanhar o desenvolvimento das atividades.

3.7.4 ­ CELEM

O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas é uma oferta extracurricular e gratuita de ensino 

de Línguas Estrangeiras nas escolas da rede pública do Estado do Paraná, destinado a alunos, 

professores,   funcionários   e   à   comunidade.

           Os alunos da rede pública só poderão cursar no CELEM idioma diferente daquele que 

consta na sua grade curricular.

Cada turma possui um limite de 30 inscrições. Sendo 21 para alunos da rede púbica e 9 para 

pessoas   da   comunidade.   Os   grupos   terão   inscrições   em   datas   específicas.   As   inscrições 

restantes  ficarão numa lista de espera. 

Em   caso   de   desistência   do   curso   por   qualquer   motivo,   o   aluno   matriculado   deverá 

responsabilizar­se por encaminhar ao CELEM/CEP o pedido de cancelamento da matrícula.

          O não cumprimento do acima citado acarretará negação de nova matrícula em qualquer 

idioma neste estabelecimento.

3.8 ­ DIREÇÃO E EQUIPE TÉCNICO­PEDAGÓGICA 

NOME FUNÇÃO VÍNCULO FORMAÇÃO

Angela   Maria   Kubiak 

Secundo

Diretora  QPM ­ Licenciatura em Matemática

­ Especialização em Pedagogia Escolar e 

Psicopedagogia Institucional. 

                                      

Lucimar Lazarin Diretora 

Auxiliar

QPM ­Licenciatura   em   Letras   Português 

Literatura

­   Especialização   em   Educar   para   a 

Cidadania – Ética e Gestão de Pessoas

Natalia Ossoski 

Milani

Pedagoga QPM ­ Licenciatura em Pedagogia

– Habilitação em Orientação Educacional

­ Especialização em Pedagogia Escolar 

Neocimara  Mintkewski 

Passarin

Pedagoga QPM ­ Licenciatura em Pedagogia

– Habilitação em Orientação

­ Especialização em Supervisão Escolar. 

Márcia P. Falkembak Pedagoga PSS Pedagogia

Eloíza   de   Fátima 

Pereira

Pedagoga PSS Pedagogia:   Docência   e   Gestão 

Educacional

3.9 ­ EQUIPE ADMINISTRATIVA E SERVIÇOS GERAIS   

NOME FUNÇÃO VÍNCU

LO

FORMAÇÃO

Adriana Svilkovski Agente Educacional II 

– Secretária

QFEB ­   Licenciatura   em   Letras 

Português/Literatura

­   Especialização   e 

Psicopedagogia Institucional

Renato Jasinski Agente Educacional II  QFEB Ciências Contábeis

Edinéia   Fátima 

Peschinski

Agente Educacional II  QFEB Licenciatura   em   Pedagogia: 

Docência e Gestão Educacional

Adriane   Schio   de 

Almeida

Agente Educacional II  QFEB Licenciatura em Pedagogia

Rute Aparecida Ryzy  Agente Educacional II 

­   Assistente   de 

Execução

QFEB Licenciatura em Pedagogia; 

Especialização em: 

­   Gerenciamento   do   Ambiente 

Escolar:   Supervisão   e 

Orientação;

­ Psicopedagogia Institucional e 

Clínica

­ Técnico em Gestão Escolar ­ 

Profuncionário

Domicela       Lisovski 

Marcansoni 

Agente Educacional I QFEB Ensino Fundamental

Sebastiana   Valério 

Borba Maciel

Agente Educacional I PEAD Ensino Médio

Teodoro Burdella Agente Educacional I PEAD Ensino Fundamental

Zeni   Aparecida 

Danczuk

Agente Educacional I QFEB Ensino Médio

Verônica P. Ribeiro Agente Educacional I PEAD Ensino Médio

Kettli Suzi Ritter Agente Educacional I PSS Ensino Médio

3.10 ­ CORPO DOCENTE

Adriana Dombrovski PSS Licenciatura em Matemática;

Especialização em Ensino de Matemática

Angelita Segunda PSS Acadêmica de Filosofia

Anieli Aparecida da Cruz PSS Licenciatura em Português

Edna Mara Bugay QPM Licenciatura   em   Português   e   Pós   Graduada   em 

Psicopedagogia Institucional

Estela W. Fredrecheski PSS Licenciatura Letras com habilitação em Português e 

Literatura;

Especialização   em   Língua   Portuguesa:   Teoria   e 

Prática;

Especialização em Psicopedagogia Institucional.

Everson Pelizari PSS Licenciatura em Matemática

Janete Klossoski QPM Licenciatura em Português e Inglês;

Especialização   em   Administração,   Supervisão   e 

Orientação Educacional.

Joaniza O. Marques PSS Licenciatura em Ed. Física;

Especialização em Psicopedagogia Institucional

Léia Denise Matesco  QPM Licenciatura em Matemática e Física;

Especialização em Matemática

Luciana Grade Bortolini PSS Licenciatura em Português;

Especialização em Psicopedagogia Institucional;

Especialização em Artes

Márcia Roseli Mierzva QPM Licenciatura em Ciências Biológicas; 

Licenciatura em Pedagogia;

Licenciatura em Direito;

Especialização   em   Planejamento   e   Administração 

Escolar

Margarerte   Cherpinski 

Bigueline

QPM Licenciatura em Educação Física 

Maria Elizabete Kastel QPM Licenciatura em Português e Inglês;

Especialização em Pedagogia Escolar;

Especialização em Psicopedagogia Institucional 

Marilene Danczuk QPM Licenciatura e Bacharel em Química Especialização 

em Manejo Sustentável do Solo

Marisa Braghin Kelniar QPM Licenciatura em Geografia

Michele Bertolla Palinski QPM Licenciatura   em   Ciências   com   Habilitação   em 

Matemática;

Especialização em Pedagogia Escolar

Rafael Fritz Brandeleiro PSS Licenciatura em Ciências Biológicas

Rafael Roger Gavlik PSS Acadêmico em Geografia

Rosana Sandra Pszedzimirski QPM Licenciatura em Ciências Biológicas;

Especialização em Pedagogia Escolar 

Sandra Mara Pereira QPM Licenciatura em História

Sergio Engelmann QPM Licenciatura em Filosofia

Silmara Klak PSS Licenciatura em Educação Fisica

Silvana Catellan Neuls  QPM Licenciatura em Letras Português e Literatura;

Especialização em Arte e Educação;

Especialização   em   Administração,   Supervisão   e 

Orientação Educacional

Sueli   Mari   Pszdzimirski   de 

Vargas

QPM Licenciatura em Geografia;

Especialização   em   Interdisciplinariedade   na 

Educação

Suzana Maria Ribeiro PSS Licenciatura em Português e Espanhol;

Especialização   em   Alfabetização   e   Educação 

Especial

Tatiane Zarembski PSS Acadêmica de Geografia

Tereza Szurmiak  QPM Licenciatura em História;

Especialização em Educar para a cidadania;

Especialização em Psicopedagogia Institucional

Tiago Sureke QPM Licenciatura em Geografia;

Especialização em Educação Especial

Zenilda B. Negrello PSS Licenciatura em Português e Inglês;

Especialização   em   Língua   Portuguesa:   Teoria   e 

Prática             

3.11 ­ ORGANIZAÇÃO DA HORA­ATIVIDADE

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.º 9394/96, em seu artigo 

13, os docentes devem  ministrar os dias letivos e horas aula estabelecidos, além de participar 

integralmente  dos  períodos dedicados  ao  planejamento,  à  avaliação e  ao  desenvolvimento 

profissional e, sobre a Hora Atividade, aspecto do tempo escolar sobre o qual o artigo 67 diz 

que   “Os   sistemas   de   Ensino   promoverão   a   valorização   dos   profissionais   da   educação, 

assegurando­lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério 

público (...) VI – Período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga 

horária de trabalho.” 

       Em nosso estabelecimento, as ações que norteiam a Hora Atividade, são analisadas sob a 

perspectiva do aproveitamento do tempo e do espaço, está distribuída de forma a favorecer o 

trabalho   coletivo   dos   professores   que   atuam   nas   mesmas   turmas,   séries,   para   que   estas 

configurem­se como momento de leitura, reflexão das propostas metodológicas, conteúdos, 

estratégias de planejamento, reuniões pedagógicas, correção de tarefas dos alunos, estudos e 

reflexões   sobre   os   saberes   curriculares   e   de   ações,   projetos,   trocas   de   experiências, 

atendimento a alunos e pais. 

Contudo em algumas áreas há dificuldades na organização da hora atividade coletiva, pelo 

grande número de  professores  e  de  que parte  dos  professores   trabalham em mais  de  um 

Colégio ou município.

      O planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das ações a serem executadas na 

Hora Atividade dos professores é  de responsabilidade do conjunto de professores que vão 

desempenhar as ações, sob a orientação, supervisão e acompanhamento da Equipe Pedagógica 

e do Diretor do Colégio e, por isto vem  acompanhadas de um processo de reflexão sobre as 

necessidades e possibilidades do trabalho docente na escola. 

3.12 – ESTÁGIO

O estágio não obrigatório a ser desenvolvido no Ensino Fundamental – Séries Finais e 

no Ensino Médio é uma atividade opcional para o aluno e atenderá ao disposto na Lei nº 

11.788 a qual dispõe sobre a definição, classificação, relações de estágio bem como sobre as 

obrigações da instituição de ensino, a jornada de atividade, duração do estágio, recebimento 

de bolsa, recesso, entre outros.       

                              

    

3.13 ­ FORMAÇÃO CONTINUADA  

        As mudanças exigidas pelas reformas educacionais incidem também, como não poderia 

deixar de ser, na formação dos profissionais da educação. “A formação continuada é a saída 

para a melhoria da qualidade dentro do contexto educacional contemporâneo” (Nóvoa 1991, 

Freire 1991 e Mello 1994). “Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente 

se forma, como educador, permanentemente,  na prática e na reflexão da prática” ( Freire, 

1991). 

Zelar   pela   aprendizagem   dos   alunos   exige   dos   profissionais   envolvidos,   grande 

compromisso a fim de transformar sua relação com o saber e seu modo de ensinar. 

        O Estabelecimento como contexto de formação, planeja as atividades de acordo com as 

necessidades de seus profissionais, o que implica em formas e conteúdos variados. 

Formas de Capacitação organizados pelo Colégio:

 •  Troca de experiências pedagógicas por área de ensino em hora­atividade; 

 •  Estudo e reflexão de textos por temas (elegidos pelos profissionais); 

 •  Seleção e elaboração de material didático, discussão sobre formas de utilização; 

Formas de capacitação organizadas pela Secretaria de Estado da Educação ofertadas a 

toda a comunidade escolar:

. Grupos de Estudos aos Sábados;

. Semanas Pedagógicas;

. Seminários;

. Simpósios;

. Cursos On­line: GTR, Educação Fiscal.

Todos   os   professores   têm   por   espaço   formador   e   articulador,   a   “hora   atividade”. 

Espaço, este que permite ao professor, tempo para organização do seu trabalho pedagógico.

Para   a   Equipe   Pedagógica   e   Direção,   valoriza­se   a   participação   em   Jornadas 

Pedagógicas e demais cursos ofertados pela Secretaria de Estado da Educação.

Aos Agentes Educacionais I e II é ofertado o Pró­funcionário. 

Toda   comunidade   escolar   têm   à   sua  disposição,   através   da   Internet,   o  Portal  Dia   a  Dia 

Educação com informações, projetos, atividades entre outros. 

3.14 ­ INCLUSÃO DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS 

 

A constituição garante a todos o direito à educação e o acesso à escola. Toda escola, 

reconhecida pelos órgãos oficiais como tal, deve atender aos princípios constitucionais, não 

podendo excluir nenhuma pessoa em razão de sua origem, raça, sexo, cor, idade, necessidades 

especiais ou ausência delas. 

Portanto, é direito de qualquer pessoa portadora de necessidade especial o acesso à 

sala de aula no ensino regular.

No entanto, alunos com necessidades especiais são atendidos no Ensino Regular em 

turmas   numerosas,   fato   que   tem   proporcionado   preocupação   dos   professores   quanto   ao 

sucesso no processo de ensino­aprendizagem dos alunos inclusos. 

Temos um aluno portador de DA na 6ª série do Ensino Fundamental, mas o Colégio 

não conta com intérprete de Libras em sala de aula. Este aluno recebe atendimento no Centro 

Municipal de DA, com uma profissional capacitada para ensinar Libras   e orientação com 

relação aos conteúdos pedagógicos, em período contrário, por 4 horas semanais. O Colégio 

atende uma aluna com Síndrome de Dawn, na 8ª série do Ensino Fundamental e vários alunos 

com Deficiência Mental leve e moderado distribuído em várias turmas e turnos. Quanto aos 

alunos   provindos   de   Classe   Especial   com   deficiência   Mental   leve   ou   moderados   que 

frequentam   o   Ensino   Fundamental,   recebem   atendimento   na   Sala   de   Recursos   para   que 

possam ter sucesso em sua aprendizagem. Mas, com relação ao Ensino Médio ainda sentimos 

dificuldades por não haver nenhum atendimento especializado para os alunos com DM.

3.15 ­ DADOS DE APROVAÇÃO

2008

Média do Ensino Fundamental :  93,20%

5ª série : 91,10%

6ª série : 97,60%

 7ª série : 90,90%

 8ª série : 93,10%

2008

Média do Ensino Médio : 93,30%

 1ª série : 91%

 2ª série : 91,80%

 3ª série : 100%

2009 

Média do Ensino Fundamental :  90,70%  

2009

Média do Ensino Médio :  91,30%

5ª série : 95,40%

6ª série : 92,20%

7ª série : 85,30%

8ª série : 89,70%

 1ª série : 91,80%

 2ª série : 88,70%

 3ª série : 93,30%

IDEB da escola:   2009 = 4,8         2010 = 4,5

3.16 ­ VISÃO DOS PAIS 

           Os  pais  de  alunos  primam por  uma educação  que proporcione  uma aprendizagem 

significativa e que aos educandos seja imposto um regime disciplinar de responsabilidade. 

           Questionados a respeito do funcionamento do Colégio, concordam com as normas de 

convivência   estabelecidas   com   os   alunos,   principalmente   quanto   ao   uso   do   uniforme   e 

questões referentes à indisciplina nas dependências do Estabelecimento. 

       Em sua maioria são participativos e sempre que tem dúvidas ou reclamações, procuram a 

Direção, Equipe Pedagógica, Professores, Conselho Escolar e APMF para esclarecimentos. 

Quanto  ao acompanhamento da  vida  escolar  dos   filhos,   temos dificuldades  com algumas 

famílias, mas, a maioria   acompanha o processo ensino­aprendizagem através de reuniões, 

observam cadernos e tarefas e dialogam com seus filhos.

             De um modo geral acham que o funcionamento do Estabelecimento está bom, mas, 

alegam que é necessário mais diálogo entre professores e alunos.

3.17 ­ VISÃO DOS ALUNOS 

Na visão dos alunos o funcionamento geral do Estabelecimento é bom. Acreditam que 

não adquire maior nível de conhecimento apenas aquele aluno que apresenta falta de interesse 

e  comprometimento.  Visto que,  durante o ano  letivo é  proporcionado aos alunos diversas 

formas de retomada de conteúdos,  atividades  extra  curriculares  e  Sala  de Apoio além de 

atendimento em contra turno na hora atividade do professor.

Reivindicam Internet mais rápida, mais materiais para a prática de Educação Física, 

sendo que os materiais  solicitados pelos  professores são providenciados.  Gostariam que a 

escola oferecesse atividades como: teatro, olimpíadas internas, do soletrando e mais palestras. 

Os alunos buscam mais  liberdade sem compreender o conceito correto da palavra. 

Percebe­se, a partir das sugestões e questionamentos durante a elaboração do presente projeto, 

que querem menos responsabilidade. No entanto, esta liberdade vai contra o regimento e as 

normas  vigentes,  vindo  a  dificultar  o   trabalho  docente,  bem como,   a  organização  básica 

necessária para o bom andamento do Colégio como um todo. 

3.18 ­ VISÃO DOS DOCENTES 

           Existe uma grande preocupação do corpo docente quanto à falta de interesse de um 

número significativo de alunos, em participar das aulas e atividades propostas. 

         O maior desafio são os alunos portadores de necessidades especiais, onde os professores 

sentem   dificuldades   devido   ao   grande   número   de   alunos   nas   turmas   em   que   há   alunos 

inclusos.

Problemas   disciplinares,   pela   diferença   que   existe   na   forma   de   cobrança   do 

regulamento interno por parte dos professores.

         Quanto à organização geral do Estabelecimento, está passando por dificuldades devido 

aos   atestados   de   três   dias,   para   os   quais   não   há   substituto,   sobrecarregando   os   demais 

funcionários. 

O trabalho no Laboratório de Informática com as turmas poderia melhorar muito se 

fosse disponibilizada a Internet via fibra óptica.

3.19 ­ VISÃO DOS FUNCIONÁRIOS 

Para os funcionários,  a dificuldade encontrada é  com relação à  valorização de seu 

trabalho  com cuidados  na  conservação  da  organização,   limpeza  e  higiene  dos  ambientes. 

Percebem que  existe   dificuldade  de   algumas  pessoas   em compreender  que  no  Colégio  a 

organização de espaços e horários devem ser planejados visando o melhor atendimento da 

comunidade escolar.

Atualmente constatou­se uma mudança significativa quanto à atuação dos funcionários 

no   ambiente   escolar.   Houve   abertura   para   que   os   funcionários   participem   de   cursos   de 

capacitação, tornando­os, desta forma, mais entusiasmados e participando mais ativamente no 

processo   educacional;   opinando,   interagindo   em   questões   antes   só   analisadas   pelos 

professores e direção.

Houve uma mudança significativa na postura adotada pela comunidade escolar, vendo 

os funcionários também como educadores e não meramente como serventes e auxiliares, mas 

como parte integrante da construção de cidadãos críticos, conscientes e ativos no processo de 

construção de uma sociedade.

3.20 – FILOSOFIA DO COLÉGIO 

Fundamentada   na   legislação   vigente   e   em   teorias   progressistas   que   norteiam   a 

formação do cidadão, relatamos como ponto de partida para o direcionamento do trabalho de 

toda a Equipe do Colégio o Projeto Político Pedagógico que se constitui como o início de um 

processo. 

Para tanto, lembramos que não existe educação neutra. Se queremos tornar a educação 

viva, não podemos isolá­la do contexto social e político de onde ela se insere. 

Nesse sentido, nos baseamos na realidade imediata do educando, representada pelas 

comunidades onde vivem, pelo universo de trabalho que em nosso município é essencialmente 

agrícola, sendo estas as principais fontes de referência para seu pensamento e sua ação. 

Reconhecendo   que   o   homem   está   inserido   no   contexto   de   suas   relações   sociais, 

consideramos   importante   a   tomada   de   consciência   das   relações   de   opressão,   para   nos 

orientarmos em direção a novas formas de ação pedagógica. O que pretendemos é, portanto, 

possibilitar cada vez mais o acesso das camadas populares à educação, ao estágio atual do 

saber, mesmo reconhecendo os limites do empreendimento. É preciso tornar a escola o local 

da socialização do conhecimento elaborado. 

Assim,  a  escola  é   sem dúvida,  elemento não só  de  continuidade,  mas   também de 

ruptura,   como  local  onde  é   possível   lidar   com as  contradições   sociais   e  problematizar   a 

realidade. 

A escola tem como eixo norteador de seu trabalho o princípio da inclusão, onde os 

direitos e deveres, são realmente respeitados e os indivíduos estão comprometidos com a vida, 

com seu semelhante e com a natureza. 

É preciso ter sempre presente o propósito da transformação da sociedade, onde exista 

igualdade sem exclusão, a dignidade seja preservada, as diferenças sejam respeitadas e o saber 

esteja sempre superando o poder, pois, o homem é um sujeito de transformações, que pode 

libertar­se da ignorância, do egoísmo, da ambição e da alienação através da coletividade. 

Nesse sentido, a escola deve deixar de contribuir para manter a ordem vigente, quando esta 

não   está   em   consonância   com   os   anseios   de   seu   povo   e   transformar­se   num   espaço   de 

libertação. 

Ao analisarmos a realidade, não podemos reduzi­la a um mero material didático; a 

realidade deve ser estudada com o intuito de ser compreendida e modificada a partir de uma 

prática consequente. 

Direção, equipe pedagógica, professores e funcionários deverão ter clara a visão de 

que a escola é formada por uma diversidade de educandos, sendo    necessário   buscar   uma 

escola       pública     de     qualidade.   Assim, planejamento, execução e avaliação das práticas 

pedagógicas deverão ser discutidos por todos: professores, pais alunos e funcionários. Para 

isto   deveremos   ter   clara   compreensão   sobre   qual   sociedade,   qual   homem   e   qual   mundo 

queremos amanhã. 

Assim,  o Currículo e  práticas  pedagógicas sejam instrumento de   emancipação do 

aluno.  “Todo ato educativo é  político e   todo ato político é  educativo”,  considera Saviani, 

“Professor e alunos são agentes sociais na conquista de uma sociedade em que o problema da 

divisão do saber esteja superado”. Se os membros das camadas populares não dominam os 

conteúdos   culturais,   eles   não   podem   fazer       valer     seus       interesses,   porque         ficam 

desarmados       contra  os dominadores, que se servem exatamente desses conteúdos culturais 

para legitimar e consolidar a sua dominação. 

O conceito de professor assume assim, uma dimensão maior pela complexidade das 

funções que desempenha. 

Desse educador  espera­se competência técnica e compromisso político, características 

essas, que devem se estender a todo aquele que participa do trabalho pedagógico. 

Partindo   desse   princípio,   é   que   justificamos   a   necessidade   de   uma   “Proposta 

Pedagógica” para tentar prever, amarrar os acontecimentos no tempo futuro, prevendo ações e 

sequencia de operações a serem realizadas para a transformação da realidade.  A atividade 

educacional   é   extremamente   complexa   e   envolve   um   rol   enorme   de   determinantes.   É 

necessário  que haja  uma linha  de   trabalho  interativa,  progressista,   libertadora  e  contínua, 

levando­se em conta a comunidade escolar.      É preciso fazer um planejamento participativo, 

pois   quanto   maior   o   nível   de   participação,   maiores   as   chances   de   vermos   o   planejado 

realizado. 

A ideia fundamental de se elaborar este projeto é a continuidade dos trabalhos, mesmo 

que haja mudanças de corpo docente, técnico e administrativo. As mudanças no corpo docente 

precisam ser repensadas pelo N.R.E., no sentido de se preservar a qualidade da educação pois, 

as   inúmeras   mudanças   no   quadro   docente,   contribuem   para   a   desorganização   e   a 

descontinuidade do processo educativo. 

3.21 ­ OBJETIVO GERAL 

            Promover   uma   educação   que   proporcione   o   pleno   desenvolvimento   do   educando, 

priorizando a aprendizagem e a formação em todas as ações que envolvam a comunidade 

escolar, comprometendo­se com uma educação de qualidade. 

3.22 ­ OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Fazer uso dos conteúdos historicamente construídos como meio para formar cidadãos 

capazes de compreender e transformar a realidade; 

• Priorizar   um   ensino   significativo,   através   de   estratégias   diversificadas,         que 

estimulem a participação ativa dos alunos; 

• Formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, seguros de si e autônomos, 

que sejam capazes de ler, escrever, interpretar e analisar a realidade onde vivem situando­se e 

interferindo positivamente nela; 

• Considerar os princípios de igualdade para acesso e permanência na escola, a qualida­

de do ensino como privilégio de todos, uma gestão democrática e a valorização dos profissio­

nais da educação;

• Despertar nos alunos o interesse e o gosto pelo estudo, entendendo que é aquisição bá­

sica para a formação de indivíduos emancipados e autônomos.

4.0 ­ MARCO CONCEITUAL 

4.1 ­ CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

O   processo   educacional   deve   contemplar   um   tipo   de   ensino   e   aprendizagem   que 

ultrapasse a mera reprodução de saberes “cristalizados” e desemboque em um processo de 

produção e  de apropriação de conhecimento e   transformá­lo,  possibilitando,  assim,  que o 

cidadão torne­se crítico e que exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões sociais e 

buscando alternativas de superação da realidade. 

Uma educação que propicia a formação nos aspectos biopsíquico, econômico, social, 

religioso, político e cultural, num processo formativo e contínuo do desenvolvimento humano. 

Portanto:

• A educação personalizada que se esforça por valorizar a originalidade, percebendo, 

reanimando e fortalecendo o potencial criativo de cada pessoa.

• A educação para o pluralismo como princípio ativo de enriquecimento cultural e cívico da 

sociedade.

• A educação para a tolerância e para o respeito do outro como condição necessária à 

democracia.

• A educação na dimensão social e comunitária, sensibilizando e envolvendo o aluno com 

questões sociais.

4.2 ­ CONCEPÇÃO DE CULTURA

Cultura é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e 

comportamentais de um povo ou civilização. Portanto, fazem parte da cultura de um povo as 

seguintes atividades e manifestações:  artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, 

crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e 

todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir). 

A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem tem a 

capacidade de desenvolver culturas, distinguindo­se dessa forma de outros seres como os 

vegetais e animais. 

Uma das capacidades que diferenciam o ser humano dos animais irracionais é a 

capacidade de produção de cultura. 

Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a capacidade de se 

permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes como uma memória coletiva, 

lembrando que a cultura é um elemento social, impossível de se desenvolver individualmente. 

4.3 ­ CONCEPÇÃO DE MUNDO

  O mundo é o local onde ocorrem as interações homem/homem e homem/meio social 

caracterizadas pelas diversas culturas e pelo conhecimento. Devido a rapidez dos meios de 

comunicação e tecnológicos e pela globalização torna­se necessário proporcionar igualmente 

ao homem o alcance dos objetivos materiais, políticos, culturais e espirituais para que sejam 

superadas as injustiças sociais, diferenças, distinções e divisões na tentativa de se formar o ser 

humano. Isto será possível se a escola for um espaço que contribua para a efetiva mudança 

social.

4.4 ­ CONCEPÇÃO DE HOMEM

O ser humano, na atualidade,  é  competitivo e individualista, resultado das relações 

impostas pelo modelo de sociedade em vigor. No entanto, a luta deve ser por um homem 

social, voltado para o seu bem próprio mas, acima de tudo, para o bem estar do grupo do qual 

faz parte. O homem, que modifica a si mesmo pela apropriação dos conhecimentos, modifica 

também a sociedade.  

Partindo do que nos traz Morin (2001, p. 40) ao se referir sobre a complexidade do ser 

humano:   "ser,  ao  mesmo  tempo,   totalmente  biológico  e   totalmente  cultural",  procuramos 

estruturar nossa concepção de homem e, em consequência desta, a expectativa em relação ao 

cidadão que queremos formar. Entendendo o sujeito tanto físico como social, temos a intenção 

de desenvolver no aluno a consciência e o sentimento de pertencer a Terra, de modo que possa 

compreender  a   interdependência entre  os  fenômenos e seja  capaz de interagir  de maneira 

crítica,   criativa   e   consciente   com   seu   meio   natural   e   social.  

Concordando ainda com Morin (2001, p. 16), alguns desafios são fundamentais no que 

se refere à formação do sujeito, desenvolver uma aptidão para contextualizar e integrar, para 

situar qualquer informação em seu contexto, para colocar e tratar os problemas, ou seja, o 

grande desafio de formar sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez mais complexas 

(polidisciplinares,   transversais,   multidimensionais,   transnacionais,   globais,   planetárias). 

Assim,  acreditamos ser possível   formar um cidadão menos acuado e mais   indignado,  um 

cidadão que sabe mediar conflitos,  propondo soluções criativas em favor da solidariedade 

humana  e  do  equilíbrio   ambiental.  Para   tanto   esse   sujeito  necessita  visualizar  processos, 

enfim,   ter   uma   visão   sistêmica   da   realidade.  

4.5 ­ CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

A   educação   tem  a   intenção   de   contribuir   na   construção  de  uma  sociedade   justa, 

socialmente   equitativa   e   solidária,   politicamente   democrática,   culturalmente   pluralista   e 

religiosamente ecumênica, de diálogo, pautada pelos princípios éticos e políticos, onde todos 

sejam  verdadeiramente   reconhecidos   e   respeitados   em   sua   dignidade  humana   e   em   suas 

diferenças; tenham a possibilidade de desenvolver as suas potencialidades; contribuam para 

que a autoridade, o saber, os bens naturais e os produzidos pelo esforço comum estejam a 

serviço do crescimento e sejam partilhados coletivamente; tenham a liberdade e o direito de se 

associar; onde todos tenham a liberdade de pensamento, de expressão e consciência; tenham 

acesso   ao   conhecimento   científico   e   recursos   tecnológicos.

A  organização  da   sociedade  deve   estar   estruturada  na   comunhão  e  participação   e 

garantirá   a   cidadania   para   todos:

      • em termos econômicos: a posse e o uso dos bens indispensáveis a uma vida digna e livre 

para   cada   pessoa   e   cada   família   e   de   grupos   comunitários;

         • em termos sociais: o acesso aos bens comunitários mínimos, tais como: alimentação, 

habitação,   educação,   lazer,   saúde,   transporte   e   segurança;

   • em termos políticos: o pleno exercício dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da 

criticidade   e   do   respeito   à   ordem   democrática;

           • em termos culturais: a possibilidade de reflexão, amadurecimento intelectual, moral e 

afetivo,  direito  ao reconhecimento e  ao exercício da  criatividade e   respeito  aos  diferentes 

valores   culturais   e   costumes   dos   vários   grupos   e   etnias;

           • em termos religiosos:  a liberdade de opção religiosa e a manifestação dessa crença, 

sempre pautada por valores éticos e comprometida com o crescimento humano e social.

4.6 ­ CONCEPÇÃO DE ESCOLA 

4.6.1 – Concepção Pedagógica

As propostas pedagógicas no Ensino Fundamental e Ensino Médio baseiam­se nos 

princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem 

comum; os princípios políticos dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da criticidade 

e do respeito à ordem democrática; os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade, e 

da diversidade de manifestações artísticas e culturais.

A   prática   filosófico­pedagógica   tem   como   fundamentos   os   seguintes   enfoques 

metodológicos:  educação   contextualizada,   identificando   o   que   pretendemos   como   algo 

integrante   de   um   determinado   contexto   cultural/espacial/   temporal;  interdisciplinaridade, 

relação entre  as  diversas  disciplinas  que compõem o conhecimento;  multidisciplinaridade, 

discutindo o objeto de investigação relacionando­o com o contexto geral; currículo integrado, 

compreendendo  a   integração  do  desenvolvimento  afetivo,   emocional,   cognitivo  e   social   ; 

pensamento crítico, desmistificando a verdade única e imutável; 

4.6.2 ­ Dimensão Comunitária

A Dimensão Comunitária, na Proposta Pedagógica do Colégio Eurico Gaspar Dutra, 

fundamenta­se   nos   princípios   humanos   e   contribui   na   construção   de   uma  cultura   da 

solidariedade. Nesta dimensão, envolve­se toda a comunidade educativa nos eventos sociais 

nas seguintes modalidades: projetos curriculares, próprios do processo ensino­aprendizagem e 

incluídos no Plano Curricular; atividades diversificadas, promovendo a socialização, o resgate 

da cultura, entre outros; projetos extracurriculares, os que envolvem a comunidade local, as 

habilidades humanas e o envolvimento e engajamento social.

O   perfil   das   pessoas   envolvidas   exige  abertura  às   necessidades   e   mudanças   da 

comunidade local  e  planetária;  criatividade  no planejamento e na efetivação dos projetos; 

envolvimento  e  comprometimento  com   as   pessoas   internas   e   externas;  competência 

profissional e  habilidades políticas e humanas;  integração à comunidade  local;  inovação 

no processo pedagógico e comunitário. 

4.7 ­ CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO 

As profundas transformações das formas de se comunicar ocasionadas pelos avanços 

na tecnologia da informação e nas quebras de barreiras de tempo e espaço,          exigem uma 

nova concepção de conhecimento. Uma concepção que não se baseia apenas no conhecimento 

acadêmico   explícito   mas   que   o   articula   ao   conhecimento   tácito,   que   os   indivíduos 

desenvolvem, não só em ambientes escolares, como também em ambientes extra­ escolares. 

Estamos vivendo um período de grandes mudanças que podem ser percebidos por três 

aspectos   importantes:   as   facilidades   de   se   adquirir   informação,   a   multiplicação   e   a 

diversificação das formas de saber e de conhecer    e   a  demanda     por   uma    educação 

contínua   e  eficiente, características que fazem com que a atual sociedade se torne cada vez 

mais dependente do conhecimento. 

Para  Boff,   “Conhecer   implica,  pois,   fazer  uma  experiência  e   a  partir  dela  ganhar 

consciência e capacidade de conceitualização. O ato de conhecer, portanto, representa um 

caminho   privilegiado   para   a   compreensão   da   realidade,   o   conhecimento   sozinho   não 

transforma a   realidade;   transforma a   realidade somente  a  conversão do conhecimento em 

ação”. ( 2000, p. 82 ). 

            Conforme   Freire,   “O   conhecimento   é   sempre   conhecimento   de   alguma   coisa,   é 

sempre”intencionado”, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa” (2003, p.59 ). Portanto, 

há de se ter clareza com relação ao conhecimento  escolar, pois   como    destaca  Severino, 

“educar     contra­ideologicamente   é   utilizar,   com   a   devida   competência   e   criatividade,   as 

ferramentas do conhecimento, as únicas de que efetivamente o homem dispõe para dar sentido 

às práticas mediadoras de sua existência real”. ( 1998, p.88 ). 

       Os conhecimentos devem ser aprendidos para que a sociedade continue caminhando em 

direção   aos   avanços;   e   o   indivíduo   deve   estar   sempre           atualizado,             aprendendo 

constantemente,   para    que  possa acompanhar a velocidade de transformação da sociedade 

atual. 

4.8 ­ CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO 

        Na contemporaneidade buscamos alternativas para sermos justos no ato de avaliar. Para 

avaliar é necessário pensar onde o aluno pode chegar, analisar suas potencialidades e ver o 

presente como anúncio do futuro.

A avaliação merece um destaque a parte, pois diz respeito a um processo mais amplo e 

abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na ação pedagógica, assim como todos os 

sujeitos envolvidos.

Portanto, deve estar claro para aquele que avalia que ele também é parte integrante do 

processo  avaliativo  uma vez  que  foi  o   responsável  pela  mediação no processo  de  ensino 

aprendizagem.          

A avaliação escolar tem como dimensão de análise, o desempenho do aluno, do professor e de 

toda a situação de ensino que se realiza no contexto escolar. Sua principal função é subsidiar o 

professor,   a   equipe   escolar   e   o   próprio   sistema   no   aperfeiçoamento   do   ensino.   Quando 

utilizada   com   cautela   fornece   informações   que   possibilitam   tomar   decisões   sobre   quais 

recursos     educacionais        devem     ser   organizados     para tornar   a aprendizagem mais 

significativa ou efetiva. 

O processo avaliativo parte do pressuposto de que se defrontar com dificuldades é 

inerente   ao  ato  de  aprender.  Assim,  o  diagnóstico  de  dificuldades  e   facilidades  deve   ser 

compreendido não como um veredicto que irá culpar ou absolver o aluno, mas sim, como uma 

análise da situação escolar atual do aluno, em função das condições de ensino que estão sendo 

oferecidas. 

4.9 ­ CONCEPÇÃO DE ENSINO­APRENDIZAGEM 

       O  processo   de    ensinar  e    aprender   é  fundamental    para   o desenvolvimento e 

perpetuação da espécie humana. 

           A aprendizagem está ligada ao processo de desenvolvimento biológico. A evolução é 

determinada pela genética da espécie. Nosso cérebro demora vinte anos para amadurecer. Por 

isso, a criança faz atividades que interessam ao amadurecimento. 

      Nos últimos anos, a Antropologia, a Neurociência e a Psicologia, estão nos ensinando que 

todos são capazes de aprender, sejam jovens ou adultos, mas isso também não pode ocorrer 

em qualquer circunstância. Se o professor souber como funciona a atenção e a memória nas 

diversas fases da vida da criança, com certeza vai ensinar melhor. 

           Numa   perspectiva     construtivista,   o     ensino     não   determina       a aprendizagem. 

Enquanto esta é uma atividade do sujeito que aprende, o ensino é uma intervenção externa, 

que   pode   ser   facilitadora   (ou   não).   Cabe   ao   professor   apresentar   situações   capazes   de 

favorecer a construção do 

conhecimento, de gerar conflitos cognitivos que desestabilizem hipóteses anteriores. 

      O aluno aprende em situações funcionais, que podem ser criadas na escola quando: 

­  os alunos precisam usar todo o conhecimento já construído para resolver determinada tarefa; 

­   há realmente um problema a ser resolvido e decisões a serem tomadas   pelos alunos, em 

função do que pretendem produzir; 

­  a organização da tarefa, pelo professor, garante uma efetiva circulação de  informações. 

      Cabe   ao   professor   criar   condições   favoráveis   ao   avanço   conceitual,   considerando   as 

possibilidades de cada criança, de acordo com os níveis de conceituação do aluno. 

     A função específica da escola é  o ensino intencional sistematizado e a  transmissão de 

conhecimentos historicamente construídos. Ela faz parte de um período na vida do indivíduo, 

mas a aprendizagem não se dá somente nesse período. 

Frank Smith fala que a aprendizagem ocorre durante o todo tempo; Vygotski (1989) 

chama a atenção para a aprendizagem construída na zona de desenvolvimento proximal, ao se 

realizar uma tarefa junto com quem já sabe; Piaget (1971) coloca a aprendizagem na própria 

adaptação ao meio, ou seja, a sua sobrevivência. Todos falam de aprendizagem no seu sentido 

mais amplo, fora da situação escolar propriamente dita, isto é, fora de instrução formal. 

Não se trata de negar a escola a ter uma visão “espontaneísta” de educação, mas essa 

aprendizagem extra escolar, precisa ser considerada pelo ensino formal. O aluno traz para a 

escola, conhecimentos e informações que fazem parte de sua experiência e que ele trata de 

usar para construir novos conhecimentos e assimilar novas informações. 

Vygotski enfatiza essa natureza social da aprendizagem, quando expõe sua teoria da 

zona de desenvolvimento potencial: a possibilidade que tem uma criança de produzir algo 

acima de seu desempenho habitual (zona de desenvolvimento real), quando trabalha com a 

cooperação de outra ou outras, cujos níveis conceituais são mais avançadas. Segundo Vygotski 

o  que uma criança   fizer   com a  colaboração  em uma ocasião,  poderá   ser  capaz  de   fazer 

independentemente     em   outro   momento,   pois   é  a   zona   de desenvolvimento proximal 

que a aprendizagem ocorre. A escola deve criar situações que permitam às crianças esse tipo 

de interação. 

       Segundo Ferreiro e Teberosky “ A escola se dirige a quem já sabe (...), (e ) o método está 

pensado para aqueles que já percorreram, sozinhos, um longo caminho...” (p. 277 ). Neste 

aspecto, deve sempre se preocupar em avaliar o nível de conceituação dos alunos pelo menos 

em três destes momentos, de forma sistemática. 

4.10 ­ CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO 

       O currículo é uma produção social, construído por pessoas que vivem em determinados 

contextos        históricos e sociais; portanto, não almejamos construir uma proposta curricular 

prescritiva, mas uma intervenção a partir do que está vivido, pensado e realizado na e pela 

escola.   Essa   produção,   necessariamente,   deve   se   dar   coletivamente,   num   fazer   e   pensar 

articulado. Sendo que a troca e as reflexões coletivas contribuam tanto para o crescimento 

individual, quanto para o coletivo. 

        É preciso romper com a dicotomia entre  fazer e pensar com ações efetivas. Valorizar o 

professor como sujeito que pensa, cria, produz e trabalha com o conhecimento, é valorizar a 

sua ação reflexiva e sua prática.       A sistematização da Proposta Curricular contempla as 

visões de mundo, de homem, de escola, de educação, os estudos da realidade sócio/econômica 

e cultural da região, o perfil do aluno e do professor com estudos na demanda escolar. A partir 

desta   discussão   a   base   disciplinar   que   compõem   a   proposta   curricular   de   nosso 

Estabelecimento dá ênfase nos conteúdos científicos, ou seja, nos saberes das disciplinas que 

compõem a grade curricular. 

             É importante pensar a escola como instituição de distribuição cultural. A escola não 

apenas  prepara pessoas,  mas  também prepara  conhecimentos.  Portanto,  o  currículo,  dessa 

forma, deixa de ser um instrumento institucional de ordenação de conteúdos e se converte em 

uma ferramenta do trabalho docente. Algo que o professor percebe como sendo inerente e 

fundamental em seu trabalho, algo sobre o qual ele intervém, modela, aperfeiçoa e transforma. 

   

4.11 ­ CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL 

Um dos grandes desafios do mundo contemporâneo consiste em adaptar a educação à 

tecnologia moderna e aos atuais meios eletrônicos de comunicação. 

A expressão "Tecnologia na Educação" abrange a informática, mas não se restringe a 

ela.  Inclui  também o uso da televisão, vídeo, rádio e até  mesmo cinema na promoção da 

educação.  Entende­se tecnologia como sendo o resultado da fusão entre ciência e técnica. 

O conceito de tecnologia educacional pode ser enunciado como o conjunto de procedimentos 

(técnicas) que visam "facilitar" os processos de ensino e aprendizagem com a utilização de 

meios   (instrumentais,   simbólicos   ou   organizadores)   e   suas   consequentes   transformações 

culturais. 

A tecnologia do giz e da lousa, por exemplo, é  utilizada até  hoje pela maioria das 

escolas.  Da mesma forma,  a   tecnologia  do   livro  didático  ainda  persiste  em plena  era  da 

informação e do conhecimento.  

Muitos afirmam que as máquinas trouxeram uma revolução nos processos de ensino e 

aprendizagem.   Porém,   um   quadro   negro   eletrônico   continua   sendo   um   quadro   negro. 

Comparando­se uma aula do século XIX com uma de hoje, por exemplo, nota­se que as ideias 

continuam sendo as mesmas. A escola continua sendo uma das instituições que resistem até os 

dias atuais com as mesmas características desde sua criação. 

Ao longo do tempo a tecnologia se tornou mais complexa e o uso das normas exige um 

domínio cognitivo mais apurado. 

   

4.12 ­ GESTÃO DEMOCRÁTICA

A gestão democrática  é  um processo  de aprendizado e  de   luta  que  vislumbra  nas 

especificidades da prática social e em sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de 

meios de efetiva participação de toda a comunidade escolar na gestão da escola .

Uma gestão verdadeiramente democrática  tem como base a  participação efetiva de 

todos  os   segmentos  da  comunidade  escolar  no  cotidiano  da  escola  e,  especialmente,  nos 

momentos de tomadas de decisões. 

  Entendemos que o processo democrático requer a participação ativa de seus sujeitos, 

participação essa que deve ser conquistada pouco a pouco, mas de maneira sólida.

É   por   meio   da   gestão   democrática   que   os   indivíduos   avançam   na   conquista   da 

cidadania,  pois  à  medida  que   tomam decisões   em conjunto,  percebem e  vivenciam seus 

direitos e deveres, aprendendo a respeitar limites e conviver com ideias divergentes. 

               Falar em Gestão Democrática é acreditar em uma educação com relevância social e, 

logo, em uma escola construída a partir da ação coletiva.  Assim, se o propósito é   formar 

cidadãos honestos e responsáveis, a gestão democrática é  a política   mais necessária para 

qualquer   administrador   escolar.   A  partir   dessa   administração   será   possível   desenvolver   e 

vivenciar a democracia no dia­a­dia da escola e levá­la a consolidar a participação entre toda a 

comunidade colaborando, assim, no processo de inclusão social do País. 

           Dessa forma, buscar a Gestão Democrática requer conquistar a própria autonomia 

escolar, haja visto que, sua trajetória traz a descentralização, o crescimento profissional e a 

valorização da escola, da comunidade e consequentemente do Gestor e da equipe que está 

envolvida no processo, que precisa fundamentalmente, de parcerias sólidas e comprometidas 

com uma educação melhor e inovadora, no sentido de proporcionar maiores opções de elevar 

o   conhecimento   de   seus   alunos,   com   objetivos   pautados   em   valores   humanos   que 

engrandeçam ações e ideais humanizadores. Portanto, só assim o gestor não cairá no risco de 

ações pragmáticas e tecnicistas, mas promoverá as inter­relações, compreenderá as diferenças 

e priorizará sempre o bem comum. 

4.13 – CIDADANIA

Ser cidadão é ser sujeito do processo histórico, em contraposição ao ser objeto, sobre o 

qual incide a ação do sujeito; é ser agente, produtor do espaço cultural em que deverá  viver. 

Constituir­se como cidadão é assumir­se protagonista do processo histórico. 

Não existe educação senão para a constituição da cidadania   plena,     quer    seja   do 

indivíduo, quer seja da coletividade. 

Só pode haver processo educacional pleno se os sujeitos desse processo se entendem 

como   cidadãos,   como   espaços   abertos,   inconclusos,   inacabados,   mas   com   a   irrefreável 

tendência ao infinito. Educador e educando só podem sê­lo em plenitude quando se entendem 

cidadãos plenos de direitos e deveres; quando se confundem na beleza da abertura plena, e 

não na confusão dos papéis, educando sendo educador e educador sendo educando. 

Para  o   educador  brasileiro  Demerval  Saviani,   ser   cidadão   significa   ser   sujeito  de 

direitos e deveres: “Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a participar da vida da cidade 

e, extensivamente, da vida da sociedade”.

Educar para a cidadania é  nunca permitir  que o dado seja aceito sem a necessária 

reflexão, sem consciência crítica; educar para a cidadania é ensinar a nunca se permitir ser 

objeto, mas sim, construtor de seu próprio ser, de sua própria identidade.

A sociedade é  mediadora do saber e da educação, presente no trabalho concreto dos 

homens, que criam novas possibilidades de cultura e das contradições geridas pelo processo 

de   transformação.     Buscamos   uma   sociedade   fundamentada   no   homem,   sujeito   do 

desenvolvimento pessoal, comunitário e social. Por isso queremos uma sociedade justa, não 

excludente, onde o homem possa exercer seu papel de cidadão ativo na sua íntegra, não apenas 

sabendo   seus   direitos   e   deveres   mas   tendo   consciência   e   interagindo,   transformando   a 

sociedade em que está inserido.     

  A   educação  é   esse  processo  histórico  de  criação  do  homem para  a   sociedade  e 

simultaneamente de   modificação da mesma para benefício do homem. Entendemos que o 

conhecimento é  um  instrumento que viabiliza  a  participação e atuação social  dos  nossos 

alunos na conquista da cidadania, que oportuniza o envolvimento no processo, de modo que 

todos participem e sintam­se comprometidos com o planejamento escolar  ,  com vistas ao 

desenvolvimento de uma educação transformadora, inclusiva e eficaz. 

4.14 ­ TEMPO E ESPAÇO 

O espaço, assim como o tempo, não podem ser entendidos como neutros pois, sendo 

uma construção social expressam as relações sociais que neles se desenvolvem. 

O tempo escolar pode ser entendido como um dos aspectos da cultura escolar; é um 

tempo específico, diferente de outros tempos; é institucional e organizativo; é parte de uma 

organização cultural e específica e como tal, resulta de uma construção histórica. 

O tempo escolar não é uma estrutura neutra; é um dos instrumentos mais poderosos 

para generalizar uma ideia de tempo como algo mensurável e objetivo que traz implicitamente 

determinadas   concepções   pedagógicas;   proporciona   uma   visão   da   aprendizagem   como 

processo de seleção e opções, de ganhos e perdas, de avanços e progressos. 

A   distribuição   do   horário   das   aulas   dentro   da   semana   está   ligada   ao   tempo,   às 

exigências do mundo moderno e às questões internas da escola, como o cumprimento dos 

programas das disciplinas.

             O espaço condiciona o tipo de intervenção educativa e a relação que se estabelece na 

escola, ainda que não seja uma condição determinante, o espaço e sua organização têm grande 

influência no bem­estar dos profissionais e dos alunos.

         O espaço escolar deve compor um todo coerente,  pois é  nele e a partir  dele que se 

desenvolve   a   prática   pedagógica,   sendo   assim,   ele   pode   constituir   um   espaço   de 

possibilidades,   ou de limites; tanto o ato de ensinar como o de aprender exigem condições 

propícias ao bem­estar docente e discente. 

5.0 ­ MARCO OPERACIONAL 

5.1 ­ GESTÃO DEMOCRÁTICA 

       Juntamente   com     a    democratização     econômica   e  política,  a democratização da 

educação e da escola,  através  da universalização,  da gratuidade e da permanência,  é  uma 

exigência para a emancipação do indivíduo. Nesse sentido a participação de toda comunidade 

–  estudantes,  pais,   funcionários,  professores,  pedagogos,  direção  –  na  escola,  não  é   uma 

concessão, mas uma prática que expressa princípios, que influencia na qualidade da educação 

e está vinculada a um projeto coletivo por uma sociedade não excludente. 

A gestão democrática da escola, apresenta­se como mais um dentre outros desafios 

para a construção das novas relações sociais, constituindo um espaço público de decisão e de 

discussão. 

Há toda uma legislação educacional, que pode ser acionada para favorecer a Gestão 

Democrática da escola e a existência de Conselhos atuantes e participativos. A Constituição 

de 1988, em seu art. 206, assumidos no art. 3° da LDB 9394/96, consta, explicitamente, a “ 

gestão democrática do ensino público,  na forma desta   lei  e da legislação dos sistemas de 

ensino” ( inciso VIII do art. 3ª da LDB). 

A gestão democrática na escola torna­se um processo de construção de uma cidadania 

emancipadora,             que         requer       autonomia,    participação,   transparência  e   respeito  à 

pluralidade.                                                         

Quando refletimos sobre a autonomia,  constatamos que a escola não usufrui dessa 

autonomia como está previsto na LDB pois, quase todas as ações são pré­estabelecidas pela 

SEED e a escola apenas opta por uma ou outra. Na medida do possível o colegiado escolar 

elabora   algumas   ações   respeitando   o   pensar   de   todos   os   segmentos.   Isso   ocorre   com   o 

regulamento interno, se estendendo a todas as decisões que precisam ser tomadas. 

5.2 ­ CONSELHO ESCOLAR 

O   Conselho   Escolar,   entre   outros   mecanismos,   tem   papel   decisivo   na   gestão 

democrática       da   escola,    se    for     utilizado como      instrumento comprometido com a 

construção de uma escola cidadã. 

É   um  órgão   colegiado   que   representa   a   comunidade   escolar   e   local,   atuando   em 

sintonia   com   a   administração   da   escola   e   definindo   caminhos   para   tomar   decisões 

administrativas,   financeiras   e   político   pedagógicas   condizentes   com   as   necessidades   e 

potencialidades da escola. 

      Para o exercício dessas atividades, os Conselhos têm as seguintes funções:

a) Deliberativas: quando decidem sobre o projeto político pedagógico e outros assuntos da 

escola,   aprovam encaminhamentos  de  problemas  disciplinares   e  de   frequência  de  alunos, 

garantem a elaboração de normas  internas  e  o  cumprimento das  normas dos  sistemas de 

ensino e decidem  sobre a organização e o funcionamento geral da escola, propondo à  direção 

as ações a serem desenvolvidas. 

      Colaboram na elaboração das normas internas da escola sobre questões referentes ao seu 

funcionamento nos aspectos pedagógicos, administrativos ou financeiros. Fazem parte dessas 

funções, a elaboração do Regimento Interno da Escola e do Regimento Escolar. 

b)   Consultivas:  quando   têm   um   caráter   de   assessoramento,   analisando   as   questões 

encaminhadas         pelos    diversos       segmentos   da     escola e   apresentando sugestões e 

soluções, que poderão ou não ser acatadas pela direção da unidade escolar. 

c)  Fiscais:      quando acompanham a  execução  das  ações  pedagógicas,    administrativas   e 

financeiras,  avaliando e garantindo o cumprimento das  normas das  escolas  e  a  qualidade 

social do cotidiano escolar. 

d)  Mobilizadoras:  quando promovem a  participação,  de   forma  integrada,  dos   segmentos 

representativos da escola e da comunidade local em diversas atividades, contribuindo assim, 

para   a   efetivação   da   democracia   participativa   e   para   a   melhoria   da   qualidade   social   da 

educação. 

      O Conselho Escolar é o espaço que todos os segmentos da comunidade escolar e local têm 

para discutir e encaminhar ações, que assegurem as condições necessárias à aprendizagem. 

5.2.1 – Ações a serem desenvolvidas

• Reuniões ordinárias para estudos e extraordinárias quando necessário;

 •  Discutir o trabalho pedagógico em sua especificidade; 

 •  Analisar o resultado obtido pelos alunos no processo de avaliação; 

  •   Propiciar     o   debate     e   a   geração     de     novos      rumos     no     processo   ensino­

aprendizagem e avaliativo; 

•  Promover uma rede de relações entre profissionais, conteúdos, turnos, séries e turmas. 

5.3 ­ CONSELHO DE CLASSE 

        O Conselho de Classe institui­se no interior da escola como momento  fundamental no 

acompanhamento   do   processo   de   ensino   e   aprendizagem   pela     suas   características   de 

comprometimento coletivo, tendo como foco o aluno, o   currículo e a analise de todos os 

dados intervenientes na aprendizagem.

         Manter o registro do desempenho dos alunos, identificando suas principais dificuldades, 

analisando   as     causas   do   seu   baixo   rendimento,   para  um     acompanhamento  pedagógico 

permanente que permita um diálogo entre Professores como protagonistas, Equipe Pedagógica 

como mediadora e família,  objetivando a efetivação da aprendizagem.

               A análise coletiva dos professores, bem como os dados levantados no   Conselho de 

Classe dará subsídio para o Pós Conselho, onde a Equipe   Pedagógica apresenta, discute e 

orienta aluno e família quanto a necessidade de  novos procedimentos ou simplesmente para 

tomada de conhecimento.

         A interpretação sistemática dos dados levantados e analisados no Conselho  de classe,  

deverão obrigatoriamente dar um novo redimensionamento das metas e  ações da escola. 

               Acompanhamento contínuo tanto da revisão quanto da operacionalização do   Projeto 

Político   Pedagógico,   com  a  participação   direta   do   corpo  docente,     assegurando   a  maior 

aproximação   possível   entre   o   discurso   declarado   e   a   prática     educativa,   estabelecendo 

mecanismos de interação que asseguram uma   constante autoavaliação do desempenho dos 

profissionais que apontam para  aspectos que precisam ser melhorados.

      Trabalhar junto aos alunos na orientação sobre o sistema de avaliação e  necessidade de se 

organizar para o estudo, bem como para a entrega pontual de  todas as tarefas, a utilização da 

biblioteca (estímulo à leitura) e do laboratório  (descobertas científicas);

      Promover palestras dirigidas aos alunos do período noturno   para que os mesmos possam, 

através de informações atuais,  sentir­se estimulados a frequentar as aulas, percebendo que os 

conhecimentos  adquiridos na Escola serão necessários para que possam enfrentar um mundo 

globalizado onde a mudança se faz diariamente;

    Unificação    de   linguagens  didáticas,  facilitando  o  processo   ensino  aprendizagem e  

permitindo maior entendimento dos alunos.

        Manter diálogo constante com alunos dos primeiros anos do Ensino Médio,

 orientando para o estudo e evitando as evasões.

5.3.1 ­ Como acontece o Conselho de Classe no Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra

   O Pré  Conselho de  Classe  será   realizado  uma ou duas  semanas  antes  da  data  da 

Reunião do Conselho de Classe. Por sua vez, será dividido em três fases:

1ª Fase: Agentes Educacionais I e IISerão  questionadas  as  dificuldades  que  os  Agentes  Educacionais   I   e   II   da  escola 

identificaram em seu trabalho, com relação às turmas e aos alunos. Também serão discutidas 

as sugestões apontadas. 

2ª Fase: Alunos    

O Pré Conselho de Classe será realizado em todas as turmas e turnos com o professor 

coordenador e pedagoga.

3ª Fase: Professores        Nesta fase, a equipe pedagógica, durante a hora atividade, discutirá com cada professor 

sobre os alunos que apresentam dificuldades na disciplina, apontando os prováveis motivos, 

além do conteúdo no qual houve maior incidência de notas baixas e as consequentes ações 

para recuperar o conteúdo. 

5.3.2 ­ Conselho de classe

• No Conselho de Classe os professores reunem­se juntamente com a direção e a equipe 

pedagógica. O enfoque principal será a discussão dos problemas apresentados no pré conselho 

de classe, bem como a análise do processo de avaliação aplicado no período. 

• Apresentar os problemas levantadas no pré conselho com alunos e agentes educacionais 

e professores, e na sequência buscar encaminhamentos em conjunto.

• Apresentar os gráficos de rendimento para que os professores possam realizar uma auto 

avaliação de suas práticas;

• Por fim, serão apresentados os nomes dos alunos que obtiveram mais do que três médias 

abaixo de 6,0 no período, solicitando para que todos os professores anotem seus nomes. Todas 

as  decisões  devem ser   registradas  em livro ata  e  assinadas  pelos  presentes,  colocando os 

nomes dos alunos que necessitam de maior atenção no próximo período, enfatizando as ações 

que serão tomadas para recuperá­los.

   Pós Conselho de Classe  informar aos alunos e agentes educacionais as decisões tomadas no 

Conselho de Classe e colocar em prática as ações e encaminhamentos propostos. 

 5.4 – GRÊMIO ESTUDANTIL 

        Grêmio Estudantil Eurico Dutra é o órgão máximo de representação  dos estudantes do 

Colégio. Ele deve ser visto como uma expressão da vontade coletiva dos estudantes. É  de 

fundamental   importância   esta   representação   escolar   no   debate   da   escola   para   sua 

democratização.

       O trabalho do Grêmio é definido e executado pelo conjunto dos estudantes. É um órgão 

sem fins   lucrativos  que representa  o   interesse  do  corpo discente,  e  que  tem fins  cívicos, 

culturais, educacionais, desportivos e  sociais. 

5.4.1 – Ações a serem desenvolvidas

 •  Incentivar e promover atividades educacionais, culturais, cívicas,  desportivas e sociais; 

  • Participar das reuniões da APMF e do Conselho Escolar levando as reivindicações dos 

educandos;

 •  Colaborar com  Direção, Equipe pedagógica e professores nos jogos colegiais;

  •   Organizar Mural: dos aniversariantes, noticias, destaques e informações de interesse dos 

alunos;

 •  Ajudar na organização, decoração da festa junina e nas promoções da APMF;

 •  Realizar homenagem aos professores pelo seu dia;

 •  Realizar de forma democrática, a eleição de representantes de turmas;

5.5 ­ CONSELHO DE REPRESENTANTES DE TURMAS 

           O Conselho de Representante de turmas é a instância intermediária de deliberação do 

grêmio. É o órgão de representação exclusiva dos estudantes, e será constituído somente pelos 

representantes de turmas, eleitos anualmente pelos estudantes de cada turma. 

5.5.1 – Ações a serem desenvolvidas

• Representar a turma perante a comunidade escolar;

• Participar de reuniões junto com Direção e Grêmio Estudantil levando os interesses e 

necessidades da turma;

• Repassar  aos  colegas  os  avisos  e  determinações  da  Direção,  Equipe  Pedagógica  e 

Professores;

• Estimular o respeito a colegas e professores;

• Colaborar e incentivar a limpeza na sala de aula,  corredores e pátio do  Colégio; 

• Incentivar os colegas para que sigam o Regulamento Interno do Colégio; 

• Manter o armário organizado e comunicar a necessidade de consertos, sempre que 

necessário; 

• Organizar e manter atualizado o mural da sala de aula; 

• Ser responsável pela chave do armário de livros da turma,  abrí­lo e fechá­lo, sempre 

que necessário.

• Expôr no mural da sala os compromissos assumidos pela turma no momento do Pré 

Conselho.

5.6 ­ PROFESSOR COORDENADOR DE TURMA 

A escolha do professor  coordenador será   realizado por  sorteio entre  os os  professores  da 

turma. Cada professor será coordenador de uma única turma.

5.6.1 – Ações a serem desenvolvidas

• Estabelecer um clima de confiança junto aos educandos;

• Orientar a turma a respeito da pontualidade, assiduidade, uso de uniforme, necessidade 

e importância do estudo, respeito a todos, comportamento adequado em todos os momentos; 

• Incentivar o cumprimento do Regulamento Interno do Colégio; 

• Participar com a Equipe Pedagógica do Pré Conselho;

• Repassar os resultados e decisões tomadas no Conselho de Classe, reunião de pais e 

professores; 

• Ser um  intermediário  entre  Direção, Equipe  Pedagógica  e os alunos, fazendo com 

que o processo ensino­aprendizagem ocorra da  melhor forma possível.

5.7 ­ APMF ­ ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS

              A   APMF   é   um   órgão   de   representação   dos   Pais,   Mestres   e   Funcionários   do 

Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e sem fins 

lucrativos, não sendo remunerados os seus membros. 

             Tem como responsabilidade ser um órgão cooperador com a finalidade de integrar a 

família   no   processo   educacional   e   dar   suporte   nas   ações   desenvolvidas   pela  Direção   do 

Colégio. 

5.7.1 – Ações a serem desenvolvidas

 •   Buscar a integração entre todos os setores envolvidos no processo  ensino­aprendizagem, 

bem como o entrosamento destes, através de  atividades sócio educativas; 

  •   Gerir e administrar os recursos financeiros próprios de acordo com as   prioridades do 

Estabelecimento, estabelecidas em reunião; 

 •  Colaborar com a Direção do Estabelecimento, no sentido de organizar  eventos que venham 

a propiciar aprendizagem, motivação, reflexão; 

  •    Definir,   juntamente  com o Conselho  Escolar   e   a  Direção,  o  destino  de       recursos  e 

convênios públicos, para que estes realmente atendam as  prioridades do Estabelecimento. 

        Serão observadas e cumpridas todas as responsabilidades previstas no  Estatuto próprio 

da APMF. 

6.0 ­ DIREÇÃO 

       A gestão democrática da escola pública tem sido um desafio. O horizonte deste conceito 

de   gestão é o de construção da cidadania que inclui   a noção de autonomia, participação, 

construção partilhada e pensamento  crítico. Envolve, também, responsabilidade, prestação de 

contas, bem comum e espaço público. 

             A administração da escola pública,  sem dúvida,  está  articulada com a competência 

técnica, humana e política, que vai assegurar uma adequada percepção da realidade concreta 

que cerca a escola. 

       A gestão da escola pública passa, necessariamente, pelo entendimento de que administrar 

uma escola é possibilitar que crianças e jovens, de quaisquer camadas sociais, se apropriem do 

conhecimento   e   construam   valores;   e   que   isso   só   ocorrerá   se   ela   se   organizar 

pedagogicamente para isso. 

       Ações a serem desenvolvidas: 

• Atuar   de   forma   democrática,   com   ações   voltadas   a   garantia   de   uma   educação   de 

qualidade;

• Reuniões mensais com a equipe pedagógica e agentes educacionais I e II para discutir 

ações a serem desenvolvidas no mês  e avaliações dos trabalhos realizados;

• Articular e ampliar as relações entre Escola, família e  comunidade;

• Incentivo a capacitação dos diversos segmentos da comunidade escolar.

6.1 ­ EQUIPE TÉCNICO­PEDAGÓGICA 

         A Equipe Técnico pedagógica é co responsável pela construção de uma equipe escolar 

coesa,   engajada   e,   sobretudo   convicta   da   viabilidade   operacional   das   prioridades 

consensualmente     assumidas   e   formalizadas   no   Projeto   Político   Pedagógico   do 

estabelecimento. 

       A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação, no 

estabelecimento   de   ensino,   das   Diretrizes   Curriculares   definidas   no   Projeto   Político 

Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações 

emanadas   da   Secretaria   de   Estado   da   Educação.   O   Pedagogo   irá   exercer,   seu   papel   de 

elemento­chave na orientação e gerenciamento dos resultados do desempenho escolar obtido 

pelos alunos, frente às ações devidamente planejadas pelos docentes. 

6.1.1 ­ Elementos Essenciais da Equipe Técnico­Pedagógica 

 •  Elo entre alunos, família, professores, pedagogos e Direção;

 •  Elaboração dos componentes curriculares, juntamente com os  professores;

 •  Integração do corpo docente;

 •   Parceria com o corpo docente, para a superação de dificuldades relativas ao trabalho em 

sala de aula;

• Atendimento aos pais sempre que necessitarem de esclarecimentos e encaminhamentos

.

6.1.2 ­  Ações a serem desenvolvidas

A Equipe Pedagógica busca desenvolver suas funções de acordo com o Regimento 

Escolar do Colégio, tendo em vista que muitas vezes desenvolvem funções de imediatismo 

como:   dar   aulas   quando   os   professores   estão   em   atestados   médicos,   atender   problemas 

corriqueiros de indisciplina em sala de aula. Ainda sentimos uma forte resistência por parte 

dos professores com relação ao real papel do Pedagogo.   Muitas vezes deixamos de exercer 

nossa função quando a avaliação e a   recuperação não  levam em conta  a  aprendizagem e 

quando as diferenças em sala de aula não são respeitadas.  Precisamos avançar no contexto da 

escola nas questões de escola pública como direito de todos, e o funcionário público deve ter 

clareza   de   seu   papel   nesse   processo,   ter   o   aluno   como   centro   do   processo   ensino­

aprendizagem, entendendo o aluno com suas reais necessidades e dificuldades e estimular 

para que tenha sucesso na aprendizagem.   Mas   para   isto   a   prática   das   escolas   deve   ser 

repensada no sentido de mudanças de concepções de avaliação a recuperação. Muitas vezes 

quando se fala em recuperação e avaliação na escola os professores ficam horrorizados, dizem 

que a escola cobra muito dos professores   e o aluno não necessita   realizar nenhum esforço 

para ser aprovado.

No exercício de  nossa função buscaremos  cumprir  com o Regimento Escolar  bem 

como com o Plano de Ação da Equipe Pedagógica do Colégio. 

PLANO DE ACÃO DO PEDAGOGO PARA 2010

        Coordenar a elaboração coletiva e a 

implementação do projeto político­pedagógico. l

Durante o ano

 letivo

Acompanhar o processo de distribuição de aulas. Janeiro / Fevereiro

Participar da organização da semana  Fevereiro e Agosto

pedagógica.

Acompanhar e cooperar com as matrículas bem 

como com a formação de turmas.

Janeiro

Reunião com pais dos alunos das 5ª séries. 1ª semana de março

Eleição de representantes de turma. 1ª e 2ª semana de março

Reunião com os representantes de turma. Semana de Março e Julho

Organização de Sala de Apoio e Recurso. Fevereiro

Análise do Plano de Trabalho Docente Anual. 1ª Semana de Março

Verificação e contato com a família e Conselho 

tutelar de alunos evadidos/sem matricula.

3ªsemana de fevereiro e durante o ano 

todo

Acompanhamento e encaminhamento de alunos 

para salas de apoio.

A partir de março

Acompanhar os alunos que se encontram em 

Regime de progressão Parcial

Ano todo

Acompanhar os alunos em suas dificuldades e 

encaminhando a outros profissionais quando for 

necessário

Ano todo

Coordenar junto com a direção os Pré 

Conselhos, Conselhos de Classe e Pós­conselhos

No final de cada trimestre

Atender alunos, pais e professores. Ano todo

Auxiliar no processo de Avaliação Institucional 2º Trimestre

Acompanhar a eleição do Grêmio Estudantil Março

Verificar se os conteúdos do livro de Registro de 

classe estão de acordo com o PTD, bem como 

seu preenchimento correto.

Ano todo

Organizar palestras com profissionais de 

diferentes áreas.

Ano todo

Participar e colaborar com a APMF Reuniões e eventos

Contribuir com a direção e professores para a 

organização dos Jogos Escolares

Julho e Dezembro

Acompanhar os professores no desenvolvimento 

dos projetos

Ano todo

Atender e trabalhar com os pais de alunos que 

apresentam baixo rendimento no colégio

2º trimestre

Acompanhar os professores na organização das 

turmas dos Projetos: Viva­Escola – Xadrez e 

Língua Portuguesa, auxiliar pedagogicamente, 

acompanhamento a alunos faltosos,contato com 

as famílias, manutenção no sistema, etc.  

Ano todo

Coordenar a escolha do Livro didático  Maio a julho

Reestruturação do PPP. Abril a agosto

Organizar grupos de monitoria para alunos com 

dificuldades de aprendizagem

2º semestre

Subsidiar a direção na elaboração do calendário 

escolar

Dezembro

Acompanhar o desenvolvimento do Projeto 

Bullyng

2º semestre

Acompanhar e analisar o desempenho dos 

estagiários ou acadêmicos. 

Ano todo

Auxiliar na implantação do PEP 2º semestre

6.2 ­ DOCENTES 

           Os professores  devem atuar  como mediadores  entre  o educando e a  aprendizagem, 

orientando­o com segurança, permitindo que desenvolva suas próprias habilidades. Deve estar 

comprometido com a proposta curricular para que as suas ações se concretizem na formação 

emancipatória do aluno. 

Muitos professores encontram­se insatisfeitos com relação ao desempenho acadêmico 

dos educandos, alegam que os alunos não tem interesse, não levam a sério as avaliações e 

muito menos as recuperações, são indisciplinados e não respeitam os educadores. De modo 

geral acreditam que a qualidade na educação veem decaindo com o passar dos anos. Dizem 

que   só   deveria  vir   para  a   escola  quem  realmente  quisesse  aprender,   percebe  que  muitas 

famílias não incentivam os filhos a estudarem, não acompanham o rendimento escolar, não 

valorizam os professores o que acaba dificultando o trabalho do Colégio   e dos professores. 

Pois, quando não há envolvimento, comprometimento e trabalho coletivo, a aprendizagem fica 

prejudicada.  Pensado nos problemas enfrentados pelos  professores  e pela escola de modo 

geral propomos as seguintes ações para envolver e melhorar o relacionamento com  os pais e 

consequentemente melhorar  o rendimento acadêmico dos educandos: 

AÇÕES DOS PROFESSORES

Alunos inclusos Realizar as adaptações Curriculares que 

se fizerem necessárias para o bom 

desempenho do aluno;

Preencher quadro de adaptações 

Curriculares para ser anexado ao livro 

registro de Classe;

Colaborar com o processo de Avaliação 

Pedagógica no contexto escolar.

Alunos Faltosos Preencher ficha do Fica e entregar para 

equipe Pedagógica;

No retorno do aluno procurar orientá­lo 

com relação aos conteúdos trabalhados 

durante sua ausência.

Conselho de Classe O professor coordenador auxiliar a Equipe 

Pedagógica na realização do Pré Conselho 

com a turma;

Realizar Pré Conselho referente às suas 

turmas uma Semana antes do Conselho de 

Classe com a Equipe Pedagógica;

Entregar notas na Secretária uma semana 

antes do Conselho de Classe.

Preencher parecer do aluno referente ao 

trimestre que apresentar notas abaixo 

média;

realizar os encaminhamentos propostos 

pelo Conselho de Classe.

Momento cívico Participar do momento cívico e na sua 

organização;

Momento de leitura Motivar e incentivar os educandos  para 

que o mesmo se torne um hábito.

Temas educacionais contemporâneos Proporcionar em cada disciplina 

discussões a cerca dos temas de forma 

contextualizada,  relacionando com 

conteúdos previstos no PTD

Proposta Pedagógica Curricular Elaborar o Currículo Escolar de forma a 

atender o disposto na legislação e  as reais 

necessidades dos educandos; 

Avaliação Escolar ­   Responsabilizar­se   pela   avaliação   da 

aprendizagem   dos     educandos,   tendo 

como   princípio   o   acompanhamento 

contínuo   da   aprendizagem,   utilizando 

técnicas e instrumentos diversificados de 

avaliação,   observando   o   regimento 

interno; 

­   Analisar   sistematicamente   o   resultado 

do desempenho do educando,     obtido no 

processo   de   avaliação,   para   fins   de 

planejamento e continuação   do conteúdo 

e/ou   recuperação,   concomitante   ao 

processo  ensino­aprendizagem; 

•       Realizar   processos   coletivos   de 

avaliação do próprio trabalho e da escola 

como   um   todo,   tendo   em   vista   uma 

avaliação  reflexiva  do processo    ensino­

aprendizagem;

Recursos didáticos e pedagógicos •   Utilizar   adequadamente   os   espaços   e 

materiais   didático­pedagógicos 

disponíveis,   tornando­os   meios   para 

implementar uma metodologia de ensino, 

que   respeite   o   processo   de   ensino­

aprendizagem   de   cada     educando   deste 

estabelecimento; 

  •  Preparar   e   desenvolver   as   aulas   com 

metodologias diferenciada,  valorizando o 

conhecimento   prévio   do   aluno   e 

relacionando   este   aos   conhecimentos 

historicamente construídos, preocupando­

se com a real aprendizagem do aluno; 

Feira do Conhecimento Participar   do   desenvolvimento   de 

trabalhos   acadêmicos   compartilhando 

com a comunidade escolar conhecimentos 

estudados e pesquisados pelos alunos nas 

aulas;

Atividade diferenciada Elaborar   e   aplicar   em   cada   disciplina, 

uma atividade diferenciada no ano.

Calendário Escolar Ministrar   as   aulas,   garantindo   os   dias 

letivos   e   realizar   as     horas­aula 

estabelecidas;

Violência e indisciplina Projeto Bulliyng

6.3 ­ HORA­ATIVIDADE 

           A organização do trabalho docente e,  em especial  as ações que   nortearão a Hora­

Atividade, em nosso Colégio,  serão analisadas sob a perspectiva do aproveitamento do tempo 

e do espaço para que, com o maior número de professores, se possa estabelecer as propostas, 

conteúdos, estratégias de planejamento, reuniões pedagógicas, correção de tarefas dos alunos, 

estudos   e   reflexões   sobre   os   saberes   curriculares   e   de   ações,   projetos   e   propostas 

metodológicas, trocas de experiências, atendimento a alunos e pais, entre outras atividades de 

interesse do professor. 

6.4 ­ EQUIPE ADMINISTRATIVA 

      Sendo o setor administrativo aquele que serve de suporte ao funcionamento  dos   setores, 

tem  como responsabilidade   proporcionar condições para que  cumpram suas reais funções. 

            A   organização,   a   minúcia,   a   seriedade   daqueles   que   ocupam   este   ambiente   têm, 

obrigatoriamente, que fazer parte de todas as ações. 

           A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o expediente da 

Secretaria conte sempre com a presença de um responsável, independentemente da duração do 

ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do Estabelecimento de Ensino. 

           O serviço da secretaria  é  coordenado e supervisionado pela Direção,   ficando a ela 

subordinado. 

             Cabe a Secretária distribuir     as     tarefas     dos   encargos da   Secretaria   aos   seus 

auxiliares.

6.4.1 – Ações a serem desenvolvidas

• Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,   ordens de serviço, 

circulares, resoluções e demais documentos; 

• Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor; 

• Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam   ser assinados; 

•   Manter   em   dia   a   documentação   dos   alunos,   de   forma   a   permitir   a       regularidade   e 

autenticidade dos documentos escolares; 

•  Executar  os  registros  na documentação escolar,  referentes  a  matrículas,       transferências, 

classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos  e conclusão de cursos; 

• Manter organizado o arquivo ativo e inativo da vida escolar dos  educandos no SERE; 

• Participar da Construção do Projeto Político Pedagógico, conhecer o Regimento Escolar e a 

legislação que rege o registro de documentação escolar do educando; 

• Atender os educandos, professores e o público em geral, informando     sobre o processo 

educativo, veiculado pelo Estabelecimento de Ensino; 

• Participar de reuniões, encontros e cursos, sempre que convocados e   por iniciativa própria, 

com o intuito de aprimoramento profissional; 

• Auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pelo Estabelecimento; 

•  Providenciar  o  material  a   ser  utilizado utilizados  nos  em computadores,       impressoras, 

fotocopiadoras, entre outros e conservá­los em bom estado; 

• Providenciar, quando necessário, serviços de artes gráficas, impressão e     reprodução de 

materiais, com a devida autorização da Direção.

            

                                                              

6.5 – TÉCNICO ADMINISTRATIVO 

6.5.1 – Responsável pela Biblioteca

       A Biblioteca funciona como uma ponte entre o ambiente escolar e o mundo externo, ela  

não pode restringir­se apenas a um papel meramente didático­pedagógico, ou seja, o de dar 

apoio ao programa dos professores. 

      Assim como, não pode ser apenas um depósito, de onde se retiram livros que depois são 

devolvidos. 

      A Biblioteca do Colégio tem como objetivo a mediação da informação e a apropriação do 

saber dos alunos. 

6.5.1.1 ­ Ações a serem desenvolvidas

• Indicar aos educandos livros e autores relacionados à matéria que está sendo abordada 

pelo professor, com a leitura complementar;

• Auxiliar os educandos na escolha de livros para leitura;

• Divulgar nos murais aos educandos e professores livros selecionados para vestibulares 

e PAC;

• Apoiar e auxiliar os educandos nas pesquisas sobre temas e bibliografias propostos 

pelos professores;

• Dar   suporte   ao   professor,   quanto   a   livros   e   materiais   didáticos   disponíveis   na 

Biblioteca para preparação e utilização nas aulas;

5.5.2 – Assistente de Execução: Responsável pelo Laboratório de Ciências 

         A assistente de Execução, contribui  com atendimento aos professores e alunos usuários 

do laboratório de     Ciências. Ela colabora na organização do material, que é utilizado pelo 

professor,   proporcionando assim, maior tempo para o aproveitamento do     trabalho com os 

alunos. A tarefa de arrumação antes e após as aulas, são   funções do assistente de execução 

marcar e organizar os horários de uso do local. 

        Cabe também ao assistente trazer novidades do setor e verificar os materiais  reagentes  

para que não faltem e sejam bem utilizados. 

6.6 – AGENTES EDUCACIONAIS I 

             É o setor que tem a seu encargo a manutenção, preservação, segurança e alimentação 

escolar. Desta forma requer grande responsabilidade e organização.

6.6.1 – Ações a serem desenvolvidas

•   Manter limpas e organizadas, as instalações escolares; 

•   Preparar a merenda escolar, dando relevância aos cuidados com a    higiene e a qualidade 

da   mesma   e   de   acordo   com   as   instruções   encaminhadas   a   escola   pelo   Departamento 

responsável pela merenda escolar e vigilância sanitária;

•       Zelar   pela   segurança   e   disciplina   individual   e   coletiva,     orientando   os   alunos   para 

observarem   as   normas   disciplinares   e   encaminhar   os   que   apresentam   problemas,   para 

receberem a devida orientação ou  atendimento;

•  Executar com seriedade, as tarefas destinadas a este setor de forma  organizada; 

•  Participar de reuniões, cursos e demais eventos do Colégio, sempre que  convocado ou por 

iniciativa própria. 

6.7 ­ SISTEMA DE AVALIAÇÃO 

A   avaliação   tem   por   objetivo   acompanhar   o   processo   de   construção   do   saber 

sistematizado onde o aluno é o sujeito do processo ensino­aprendizagem e o professor estuda 

e   interpreta   os   dados   da   aprendizagem   e   de   seu   próprio   trabalho   com   a   finalidade   de 

acompanhar   e   aperfeiçoar   o   processo   de   aprendizagem   dos   alunos.   Esta   avaliação   será 

contínua, progressiva e permanente. 

A avaliação será realizada em função dos conteúdos trabalhados, previstos no Plano de 

Trabalho Docente e de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular.

Deve ser observado o desempenho do aluno em atividades diversificadas.

Aos   alunos   com   dificuldades   de   aprendizagem   e   inclusos   as   avaliações   devem 

contemplar as devidas adaptações.

Na avaliação deverão ser considerados os resultados obtidos durante o ano letivo, num 

processo contínuo,  cujo resultado final  venha  incorporá­lo,  expressamente à   totalidade do 

aproveitamento escolar, tomando a sua melhor forma. 

É vedada uma só aferição: 

    1. A avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversos, tais como: pesquisas, seminários, 

debates,  entrevistas, caderno  de   amostragem,    trabalhos individuais e em grupos, gincanas, 

maratonas, testes e provas orais e escritas, bem como a participação e a produtividade diária. 

     2. Deverão ser feitas no mínimo quatro avaliações por trimestre nas   disciplinas de maior 

carga horária e três avaliações nas disciplinas de menor  carga horária. 

    3. O aluno deverá ter conhecimento de como será avaliado durante o  período letivo. 

    4. Serão analisados aspectos como: 

  ­ Preponderar os aspectos qualitativos sobre quantitativos; 

  ­ Dar­se­á maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e elaboração pessoal 

sobre a memorização. 

   5. Para controle das avaliações realizadas o professor registrará em página própria do Livro 

de   Registro   de   Classe,   especificando   data,   valor,   forma   e   conteúdo   da   avaliação,   e   nas 

observações   no   final   do   Livro   Registro   tudo   o   que   considerar   relevante   e   que   foi 

preestabelecido com a turma. 

   6. Os resultados das avaliações serão computados trimestralmente numa escala de 0 (zero) a 

10 (dez). 

   7. A computação final de notas do processo de avaliação do período letivo, deverá ser feita 

no encerramento do ano letivo, onde o aluno obterá a média anual. 

    FÓRMULA: 

                             1°T + 2°T + 3°T 

                 MA= ­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­= 6,0 

                                          3 

  8. O rendimento mínimo exigido para a aprovação será 6,0 (seis) por disciplina.

Aos  pais,   para  acompanhamento  do   rendimento,   será   fornecido  o  boletim  com os  dados 

referentes   à   vida   escolar   de   seu   filho.   Estarão   à   disposição   as   anotações   realizadas   nos 

Conselhos de Classe e no livro registro do professor.

             Semestralmente       e     ao   término   do   ano   letivo, os   pais   ou responsáveis serão 

informados quanto ao desempenho do educando, através do boletim escolar e bimestralmente 

por meio de reuniões com os professores.

6.7.1 – Recuperação de Estudos 

A função da Escola é a socialização do saber historicamente produzido, sendo assim, 

deve proporcionar ao aluno condições para que o mesmo possa apropriar­se desse saber. 

Ofertar a recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de construção 

do   conhecimento,   de   aceitá­lo   como   parte   integrante   da   aprendizagem,   possibilitando   a 

reorientação do processo ensino­aprendizagem. Ela se dará concomitantemente ao processo 

ensino­aprendizagem, considerando a apropriação       dos     conhecimentos     básicos,   sendo 

direito    dos       educandos,   independentemente  do  nível  de  apropriação  dos  mesmos.  Será 

oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de 

novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação. 

      Em caso de alunos que evadem e dentro de um tempo retornam, será proporcionado uma 

avaliação   que   possibilite   um   real   aprendizado   do   aluno.   Onde   o   aluno   precisará   se 

responsabilizar por colocar em dia o conteúdo trabalhado até o momento de acordo com as 

instruções do professor, estudá­lo, procurar o professor para sanar possíveis dúvidas, e então, 

realizar atividades avaliativas proporcionais  aquelas que perdeu.  

Nesse   contexto,   a   avaliação   deve   acontecer   dentro   de   um   processo   contínuo   e 

diagnóstico para obtenção de informações sobre o processo do aluno,   orientar  e   ajudar os 

alunos  a  vencerem       suas  dificuldades, possibilitando também ao professor avaliar o seu 

próprio trabalho. 

A   Lei   9394   de   dezembro   de   1996,   nos   seus   artigos   12   e   24,   estabelece   a 

obrigatoriedade de estudos de recuperação paralela ao período letivo, no entanto, por falta 

espaço físico e de pessoal, o Colégio ofertará a Recuperação Simultânea. 

               O compromisso da Escola não é somente com o ensino, mas   principalmente com a 

aprendizagem. O trabalho só termina quando todos  os recursos forem usados para que todos 

os   alunos   aprendam.   A     recuperação   é   parte   do   processo   ensino­aprendizagem   onde   se 

respeita a  diversidade de características e de necessidades de todos os alunos.

               A     recuperação     é   organizada     para     atender     aos   problemas   específicos     de 

aprendizagem    que   alguns   alunos   apresentam.    A  recuperação da aprendizagem precisa: 

­ ser  imediata,  assim que for   constatada a perda,  e contínua; ser dirigida às dificuldades 

específicas   do     aluno;   abranger   não   só   os   conceitos,   mas   também   as   habilidades, 

procedimentos e atitudes.

A recuperação será contínua, realizada na própria sala de aula   durante o andamento 

do programa, pelo próprio professor.  A primeira    tarefa é   fazer o diagnóstico dos alunos. 

Avaliação e recuperação andam  sempre juntas. Serão utilizados instrumentos diversificados e 

observado   o     desempenho   dos   alunos   dia   após   dia.   Se   bem   planejada   e   baseada   no 

conhecimento da dificuldade do aluno, é um recurso útil. 

Sendo   a   recuperação   uma   nova   oportunidade   de   construir     aprendizagens, 

acompanhará   a   trajetória   do   aluno   durante   todo   o   ano   e     destina­se   a   todos   os   alunos, 

independentemente do desempenho   alcançado, sendo obrigatória ao aluno que obteve nota 

abaixo da média e  facultativa ao aluno que obteve nota acima da média.

               As notas das avaliações paralelas só serão computadas se forem   superiores às notas 

adquiridas na avaliação anterior. As notas que forem  inferiores, serão ignoradas, prevalecendo 

a maior.                                                                         

6.8 ­ AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS NA VIGÊNCIA DO PROJETO

                     

PROGRAMA AÇÕES

Agenda 21;

Conferência   do   Meio 

Ambiente;

 Lei nº 9795/99, que institui a 

política   nacional   de   educação 

­  Ciclos de palestras com profissionais da área;

­   Mural com informações sobre o tema;

­   Atividades em sala de aula;

­   Distribuição de mudas de árvores nativas.

ambiental.

Fera Com Ciência ­   Montar um trabalho coletivo com os professores dentro 

das possibilidades.

Desafios   Educacionais 

Contemporâneos:

Enfrentamento a Violência nas 

Escolas 

­   Conscientização   sobre     os   valores   e   direitos   humanos, 

criando   momentos   de   reflexão   dentro   de   cada   uma   das 

disciplinas da Grade Curricular;

­  Diferenciação entre indisciplina e ato infracional;

­   Estudo   do   ECA,   para   que   se   tenha   conhecimento   das 

medidas a serem tomadas diante de atos de violência bem 

como dos direitos e deveres;

­ Buscar parcerias com a comunidade e órgãos que possam 

contribuir   no   enfrentamento   a   violência   e   drogas,   bem 

como, apoio para o trabalho com o problema da gravidez na 

adolescência.

Educação   Ambiental   –   Lei 

9795/99

Incentivar a comunidade escolar a adotar uma nova postura 

frente a questão ambiental, formando um sujeito ecológico 

capaz de identificar e problematizar as questões ambientais 

e   agir   sobre   elas.   O   assunto   será   tratado   de   forma 

aprofundada dentro de cada disciplina da grade curricular, 

num processo  contínuo de formação e informação. Além de 

ser abordado em eventos do Estabelecimento.

O ensino de História e Cultura 

Afro­Brasileira   e   Indígena 

(Resolução   CNEe/CP   nº1, 

junho de 2004) e a História do 

Paraná (Lei 13381/2001);

O ensino de História e Cultura Afro – Brasileira, Indígena e 

História do Paraná são trabalhados em sala de aula. Esses 

conteúdos   também   são   trabalhados   em   eventos   escolares 

como Feira do Conhecimento. 

Apresentações   culturais   com   danças,   capoeira,   buscando 

resgatar parte dessa cultura que é bastante rica. Bem como, 

fazer uma reflexão histórica do por quê desse dia. 

­  Estudo e reflexão com todos professores e  funcionários 

sobre o assunto e formas de combatê­lo;

Combate ao Bulliyng

­   Maior   abertura   para   os   alunos   que   sofrem   violência 

levarem   ao   conhecimento   da   Equipe   Pedagógica, 

professores, funcionários ou família;

­ Enfrentamento a indisciplina na escola;

­ Projeto de valorização das atividades escolares;

­ Todos os professores, equipe pedagógica e direção devem 

aplicar as regras internas e as leis com o mesmo rigor.

Salas apoio à aprendizagem

­ Diagnóstico para levantamento dos alunos que necessitam 

participar da sala de apoio;

­ Organização da turma;

­ Reunião com pais dos alunos;

­ Organização do ambiente acolhedor e motivador;

­ Disponibilização de  materiais para utilizar na sala durante 

as atividades;

­ Apoio individual na realização das atividades.

­ Professor regente incentivar a participação do aluno;

­  Proporcionar   momentos   lúdicos   e   desafiantes   para  que 

instiguem os alunos a superar suas dificuldades;

­ Espaço para expor atividades realizadas;

­ Priorizar atividade de leitura, interpretação e cálculo.

­   Atividades   diferenciadas   para   sanar   dificuldades 

recorrentes;

­ Identificar a classe de apoio como algo que ajuda e resgata 

o potencial do educando, reconhecendo­se participativo na 

construção de seu conhecimento;

­   Reconhecer   a   leitura   como   fonte   de   conhecimento 

informação e lazer.

­   Incentivar   os   alunos   do   colégio   para   participarem   da 

fanfarra (banda) em parceria com a Secretaria Municipal de 

Educação;

  ­Valorização  dos  Símbolos  Nacionais   (Hino  Nacional)   , 

através de aulas em sala de aula e nos momentos ;

Comemoração   e   Desfile 

Cívico   (   parceria   com   a 

Secretaria   Municipal   de 

Educação);

Respeito  ao momento de reflexão inicial

Incentivar os alunos a participar de atividades cívicas :  7 de 

setembro, Aniversário Município

Trabalhar   com   os   alunos   a   valorização   e   respeito   aos 

símbolos nacionais

Momento   Cívico   toda   quinta­feira   no   inicio   do   período 

letivo 

Estágio   não­obrigatório 

atendendo a Lei do estágio nº 

11788/2008   e   instrução   nº 

06/2009 SUED/SEED);

­ Recepção do estagiário e apresentação ao professor;

­   Diálogo com o estagiário sobre projeto que irá realizar, 

adequando­o ao conteúdo do PTD.

­   Proporcionar aos estagiários condições para que possam 

desempenhar suas atividades de forma adequada;

­  Cobrar do estagiário comprometimento com as atividades 

desenvolvidas na escola.

Campanhas   realizadas   pelo 

Colégio:   Semana   de 

Orientação sobre a gravidez na 

adolescência   (lei   nº 

16105/2009).       Educação 

Ambiental .

­   Gravidez   na   adolescência:   Trabalhar   de   forma 

interdisciplinar,  abordando questões pertinentes ao assunto 

dentro das diversas disciplinas a partir de informações que 

relacionem ao conteúdo;  promover  palestras  aos  alunos e 

pais.

­

Método   Pedagógico   que 

privilegie   a   reflexão   e 

construção do conhecimento

• Através   de   aulas   dinâmicas   e   baseadas   na 

participação dos alunos;

Gestão democrática

­ Diálogo constante entre todos os membros da comunidade 

educativa

­   Levar   ao   conhecimento   de   toda   a   comunidade   escolar 

informações,  decisões  e   as  medidas  a   serem  tomadas  no 

estabelecimento, através de diálogo, reuniões e exposições 

em lugares que todos tenham acesso.

­   Reuniões   ordinárias   com:   Conselho   Escolar,   APMF   e 

Grêmio Estudantil 

 ­ Adotar instrumentos  variados de avaliação escolar  para 

minimizar os problemas de repetência e evasão escolar.

Avaliação Pedagógica ­   Adotar   critérios   e   instrumentos   que   valorizem     a 

participação   nas   aulas,   o   desempenho,   a   criatividade,   a 

frequência, entre outros.

Acompanhamento Pedagógico.

 

­ Acompanhar e orientar os alunos que tenham dificuldades 

de aprendizagem no sentido de avanços nos resultados  e no 

pleno desenvolvimento individual, social e pedagógico

­   Através   de   conversas   individuais     e   coletivas     com: 

direção, equipe pedagógica e professores;

­ Reunião com a família e caso necessário encaminhamento 

a   atividades   extra­curriculares   ou   atendimento 

especializado.

FICA

­   Entrar   em   contato   com   a   família   dos   alunos   faltosos 

através de convocações ou comunicados por escrito;

­   Após   cinco   faltas   seguida   ou   sete   alternadas   no   mês 

preenchimento   da   Ficha   do   Fica   pelo   professor   e 

encaminhamento   ao   Conselho   Tutelar   pela   Equipe 

Pedagógica e Direção;

­ Identificar os problemas que levaram o aluno a deixar de 

frequentar a escola e propor ações de acolhimento a esses 

alunos;

­ Encaminhar a atividades extra­curriculares se for o caso de 

dificuldades de aprendizagem.

Integração escola/comunidade

­ Festa Junina

­ Feira do conhecimento

­ Tarde de talentos

­ Jogos Colegiais

­ Palestras com pessoas da comunidade

­ Reuniões de pais por turmas e reuniões coletivas

­ Atendimento individual quando necessário ou quando os 

pais procuram a escola

Capacitação   dos   profissionais 

da escola

­ Através da participação da Semana de Pedagógica, Grupo 

de   Estudos   aos   Sábados,   Profuncionário,   estimulo   a 

participação   no   GTR,   estudos   na   Hora­Atividade,   bem 

como   divulgação   na   escola   de   simpósios,   eventos   e 

seminários para que todos que tenham interesse possam se 

inscrever e participar.

Semana   Cultural­Feira   do 

Conhecimento

­ Todos os professores   juntamente com os alunos devem 

expor e  apresentar   trabalhos  desenvolvidos durante o ano 

letivo para a comunidade em geral.

Jogos Escolares

Será realizado e organizado pelos professores de Educação 

Física,   com   apoio   dos   demais   professores,   Grêmio 

Estudantil  e    da  Direção e  Equipe  Pedagógica.  Os   jogos 

acontecerão nas datas previstas em Calendário Escolar.

Prestação   de   Contas   a 

Comunidade

­ Apresentando demonstrativos das contas, bem como notas 

fiscais nas reuniões do Conselho escolar e APMF;

­   Propiciar   informações     e   esclarecimentos     sobre   a 

aplicação    dos   recursos   financeiros   em reuniões  de  pais, 

professores e funcionários.

­   Expor em mural demonstrativo de despesas realizadas

Hora – Atividade

­ Hora atividade organizada por disciplinas de acordo com 

as  possibilidades  e  disponibilidades  dos  professores   e  da 

escola;

­ Espaço destinado a estudos, reflexões, preparação de aulas 

, atendimento aos alunos e pais.

Merenda Escolar ­   Orientação   e   elaboração   do   Cardápio   com   auxilio   da 

Nutricionista do Município;

Sala de Recursos ­   Avaliação   pedagógica   no   contexto   escolar   e 

acompanhamento   da   Equipe   Pedagógica   para   que   as 

adaptações  pedagógicas  no Ensino Regular  sejam de fato 

efetivadas

PEP – Programa ….. 1º semestre

­  Reunião  para   repasse  com:  Equipe  Pedagógica,  APMF, 

Funcionários, Grêmio Estudantil e Professores;

­ Palestra para professores, funcionários, representantes da 

APMF e representantes do Grêmio Estudantil;

­ Identificação de situações de risco no ambiente escolar;

2º semestre

­ Reuniões com pais e alunos para repasse de informações;

­ Construir corrimão nas escadas laterais do Colégio;

­ Treinamento para uso de extintores;

­   Professores   trabalharão   conteúdos   que   abrangendo 

situações preventivas e informativas;

­ Formação de brigada para situações sinistras e treinamento 

com diferentes situações de emergência.

Inclusão Os professores deverão realizar adaptação dos conteúdos no 

ensino regular de acordo com a necessidade do aluno.

SAREH ­    Realizar   solicitação   ao  NRE de  professor   responsável 

para   atendimento   educacional   aos   educandos   ,   que   se 

encontram   impossibilitados   de   frequentar   a   escola   em 

virtude de situação de tratamento de saúde, permitindo­lhes 

a continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a 

reinserção em seu ambiente escolar.

6.9 ­ BIBLIOGRAFIA 

ANDRÉ,  Marli  E.  D. A. A avaliação da escola e  a avaliação na escola.   In: Cadernos de 

Pesquisa, n.o 74. São Paulo. Fundação Carlos Chagas, 1990, p. 68­70. 

APPLE, Micael W. : Educação e Poder. trad. De Maria Cristina Monteiro. Porto Alegre: Artes 

Médicas, 1989.                                                                    

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional. Lei n° 9394/96. Brasília, 1996. 

ECA Estatuto da Criança e do Adolescente. LEI No 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

FICA   comigo/Paraná.   Secretaria   de   estado   da   educação.   Superintendência   de   Educação. 

Assessoria de relações Externas e Interinstitucionais. ­ Curitiba: SEED –

 Pr., 2005.

HOFMANN,   Jussara.   Avaliação   Mediadora:   uma   prática   em   construção   da   pré­escola   à 

universidade. Porto Alegre: Editora Mediação, 1993. 20a Edição revista, 2003. 

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escola: estudos e proposições. 17a 

ed. ­ São Paulo, Cortez, 2005. 

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. 

Grêmio Estudantil na rede estudantil do ensino do Paraná. Curitiba: SEED/SUED, 2005. 

PARANÁ.   Secretaria   de   Estado   de   Educação.   Superintendência   da   Educação.   Tempos   e 

Mudanças   na   prática   Docente.   Subsídios   para   reflexão   sobre   hora­atividade.  Curitiba: 

SEED/SUED, 2004. 

PARO, Vitor Henrique.  Gestão democrática na escola pública.  3a ed.  – São Paulo,  Ática, 

2005. 

PERRENOUD, P. A avaliação entre duas lógicas. In: Perrenoud, P. Avaliação: da excelência à 

regulação de aprendizagens – entre duas lógicas. 

Trad. Patricia C. Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999,p. 09­23. 

SAVIANI, Dermeval. Sobre a natureza e especificidade da Educação. Pedagogia Histórico­

crítica: primeiras aproximações. 3ª . São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1992, p. 19­30. 

SILVA, Tomas Tadeu da.  Desconstruindo o construtivismo pedagógico.  In: Construção do 

Conhecimento: Marx, Piaget e Freire. Revista da Educação & Sociedade. Porto Alegre, RS: 

Faculdade da Educação UFRS, v. 18, n°1, jan/jun/1993, p. 3­10. 

VEIGA,   I.  P.  A.  Perspectivas  para   reflexão  em  torno  do  projeto  político­pedagógico.   In: 

Veiga, I. P. a e Resende, L. M. G. de (orgs). Escola: espaço do projeto Político­Pedagógico. 

Campinas, SP: Papirus, 1998, p. 9­32. 

Educação ambiental  /  Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. 

Departamento da   Diversidade. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. ­ 

Curitiba : SEED – PR., 2008. ­ 112 p.  ­ (Cadernos Temáticos da Diversidade, 1).

Enfrentamento   à   Violência/   Secretaria   de   Estado   da   Educação.   Superintendência   da 

Educação.   Diretoria     de   Políticas   e   Programas   Educacionais.   Coordenação   de   Desafios 

Educacionais Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008. ­ 93 p. – (Cadernos Temáticos 

dos Desafios Educacionais Contemporâneos, 4).

Prevenção ao uso indevido de drogas/ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência 

da Educação.

  Diretoria  de Políticas e  Programas Educacionais.  Coordenação de Desafios  Educacionais 

Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008. ­ 152 p. – (Cadernos temáticos dos desafios 

educacionais contemporâneos, 3).

Educando   para   as   Relações   Étnico­Raciais   II  /   Secretaria   de   Estado   da   Educação. 

Superintendência   da   Educação.   Diretoria   de   Políticas   e   Programas   Educacionais. 

Coordenação de Desafios Educacionais   Contemporâneos. – Curitiba: SEED – Pr., 2008. ­ 

208 p. ­ (Cadernos temáticos dos desafios educacionais

 contemporâneos, 5).

7.0 ­ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE

7.1 ­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 

  A arte tem uma função tão importante quanto à dos outros conhecimentos no processo 

de ensino aprendizagem. Pois a educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento 

artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido a 

experiência humana ­ o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto 

realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por eles 

e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas.

Ao estudar arte o aluno relaciona­se criadoramente com as outras disciplinas. A arte 

faz com que a  imaginação seja exercitada,  fazendo com que o aluno seja mais criativo e 

estratégico.

Conhecendo a arte de outras culturas, o aluno poderá compreender a relatividade dos 

valores que estão enraizados nos seus modos de pensar e agir, que pode criar um campo de 

sentido para a valorização do que lhe e próprio e favorecer abertura a riqueza e a diversidade 

da imaginação humana. Além disso, torna­se capaz de perceber sua realidade cotidiana mais 

vivamente,   reconhecendo   objetos   e   formas   que   estão   a   sua   volta,   no   exercício   de   uma 

observação crítica do que existe na sua cultura, podendo criar condições para uma qualidade 

de vida melhor.

7.2 ­ OBJETIVO GERAL

         Propiciar ao aluno, desde as séries iniciais, as diferentes posições em que a arte 

pode servir. Abordando em seus conteúdos a ética, a política, a religião e a  ideologia, entre 

outros tratar os conteúdos de arte a partir de uma análise histórica com base na superação das 

desigualdades   e   injustiças.   Mostrar   que   o   sujeito,   por   meio   de   suas   criações   artísticas, 

ampliará e enriquecerá a sua realidade já humanizada pelo trabalho.

7.3 ­ OBJETIVOS ESPECÍFICOS

•   Desenvolver nos alunos, o pensamento artístico.

•  Ampliar a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação do aluno.

•  Realizar trabalhos artísticos que façam o aluno apreciar e refletir sobre eles.

• Levar o aluno a conhecer, apreciar e refletir sobre artes de distintas culturas e épocas.

• Favorecer ao aluno relacionar­se criadoramente com as outras disciplinas.

• Desenvolver um conjunto de diferentes tipos de conhecimentos, que visam a criação de 

significações, exercitando fundamentalmente a constante possibilidade de transformação do 

ser humano.

•  Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em arte (artes visuais, 

dança, música, teatro).

• Edificar   uma   relação   de   autoconfiança   com   a   produção   artística   pessoal   e 

conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas.

• Compreender   e   saber   identificar   a   arte   como   fato   histórico   contextualizado   nas 

diversas culturas.

• Compreender e saber identificar aspectos da função e dos resultados do trabalho do 

artista.

• Buscar   e   saber   organizar   informações   sobre   a   arte   em   contato   com   artistas, 

documentos, acervos da escola e fora dela (livros, revistas, jornais, ilustrações, vídeos, discos 

e cartazes) e em acervos públicos (museus, centros de cultura, bibliotecas e videotecas).

• Mostrar   que   toda   produção   artística   e   cultural   é   um   modo   pelo   qual   os   sujeitos 

entendem e marcam a sua existência no mundo.

• Propiciar   aos   alunos   a   elaboração   de   trabalhos   artísticos   que   relacionem   o 

estabelecimento de seus conhecimentos de seu dia a dia.

7.4 ­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.

7.4.1 – Elementos Formais

No   conteúdo   estruturante   elementos   formais,   o   sentido   da   palavra   formal   está 

relacionado a palavra propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados numa obra. São 

elementos da cultura presente nas produções humanas e na natureza; são matéria prima para a 

produção artística e o conhecimento em arte. Esses elementos são usados para organizar todas 

as áreas artísticas e são diferentes em cada uma delas. Eis alguns exemplos: o  timbre em 

música, a cor em artes visuais, a personagem em Teatro ou movimento corporal em Dança.

7.4.2 – Composição

Composição é o processo de organização e desdobramento dos elementos formais que 

constituem uma produção artísticas. Num processo de composição na área de arte visuais, os 

elementos formais – linha, superfície, luz e cor ­ “não tem significados preestabelecidos, nada 

representam, nada descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – 

nada, antes de entrarem  num contexto formal” (OSTROWER 1983, p. 65). Ao participar de 

uma   composição,   cada   elemento   formal   configura   o   espaço   de   modo   diferente   e,   ao 

caracterizá­lo, os elementos também se caracterizam. Na área de música, todo som tem sua 

duração,   a   depender   do   tempo   de   repercussão   da   fonte   sonora   que   o   originou.   É   pela 

manipulação   das   durações,   mediada   pelo   conhecimento   estético,   que   esse   som   passa   a 

constituir um ritmo ou uma composição. Com a organização dos elementos formais, por meio 

dos conhecimentos de composição de cada área da arte, formulam­se todas as obras, sejam 

elas visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.

7.4.3 – Movimentos e períodos

O conteúdo estruturante Movimentos e Períodos se caracteriza pelo contexto histórico 

relacionado   ao   conhecimento   em arte.  Esse   conteúdo   revela   aspectos   sociais,   culturais   e 

econômicos presentes numa composição artística, e explicita as relações internas ou externas 

de um movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e concorrentes artísticas.

7.5 ­ CONTEÚDOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

7.5.1 ­ 5ª Série

– Artes Visuais

ELEMENTOS FORMAIS:

Linha;

Ponto;

Forma;

Textura;

Superfície;

Volume;

Cor;

Luz.

COMPOSIÇÃO:

Bidimensional, Tridimensional, Figurativo, Abstrata, Geométrica;

Técnicas: pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura e arquitetura...

Gêneros: cenas da mitologia,  retrato, paisagem.

MOVIMENTO E PERIODOS:

Arte Greco­Romana;

Arte Africana;

Arte Oriental;

Idade Média;

Arte Popular (folclore);

Arte Pré­histórica;

Renascimento;

Barroco;

– Área Teatro

ELEMENTOS FORMAIS:

PERSONAGEM: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação;

Espaço;

COMPOSIÇÃO:

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara;

Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro;

Espaço Cênico;

 Circo;

 Adereços ;

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Greco­Romana;

Teatro Oriental;

Africano;

Teatro Medieval;

Renascimento;

Teatro Popular;

– Área Dança

ELEMENTOS FORMAIS:

Movimento corporal, Tempo e Espaço.

COMPOSIÇÃO:

Eixo, Deslocamento, Ponto de apoio.

MOVIMENTO E PERÍODO:

Pré­ História;

Greco­Romano;

Medieval;

Idade Média;

Arte Popular (folclore);

– Área Música

ELEMENTOS FORMAIS:

Altura, Duração, Timbre, Intensidade, Densidade.

COMPOSIÇÃO:

Ritmo, Melodia, Escala (diatônica, pentatônica, cromática, maior, menor e improvisação)

Gênero: erudito e popular

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Greco­Romano;

Oriental;

Ocidental;

Idade Média;

Música Popular (folclore).

7.5.2 ­ 6ª  SÉRIE 

– Artes Visuais

ELEMENTOS FORMAIS:

Linha;

Ponto;

Forma;

Textura;

Superfície;

Volume;

Cor;

Luz.

COMPOSIÇÃO:

Bidimensional, Tridimensional, Figurativo, Abstrata, Geométrica;

Técnicas: pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo...

Gêneros: natureza­morta, retrato, paisagem.

MOVIMENTO E PERIODOS:

Arte Indígena;

Arte Popular Brasileira e Paranaense;

Abstracionismo;

Expressionismo;

Impressionismo;

– Área Teatro

ELEMENTOS FORMAIS:

PERSONAGEM: Expressões corporais, vocais, e gestuais e faciais;

Ação;

Espaço;

COMPOSIÇÃO:

Representação,   Leitura   Dramática,   Cenografia.   Gêneros:   Rua,   Comédia,   Arena, 

Caracterização;

Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, mímica, improvisação, formas animadas;

MOVIMENTO E PERÍODOS:

Comédia Dell'arte;

Teatro Popular;

Teatro Popular Brasileiro e Paranaense;

– Área Dança

ELEMENTOS FORMAIS:

Movimento corporal;

Tempo;

Espaço;

COMPOSIÇÃO:

Gênero ­ folclórica, popular, étnica;

Ponto de apoio;

Formação;

Rotação;

Coreografia;

Salto e queda;

Níveis (alto, médio e baixo).

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Dança Popular Brasileira Paranaense;

Africana; 

Indígena;

Renascimento;

– Área Música

ELEMENTOS FORMAIS:

Altura;

Duração;

Timbre;

Intensidade;

Densidade;

COMPOSIÇÃO:

Ritmo;

Melodia;

Escalas;

Estrutura;

Gêneros ­ folclórico, popular étnico;

Técnicas ­ vocal, instrumental, mista, improvisação.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Música popular e étnica (ocidental e oriental);

Africana;

Renascimento;

Música Brasileira;

Paranaense;

Neoclássica;

Caipira/Sertaneja;

Raiz.

7.5.3 – 7ª Série

Artes Visuais

ELEMENTOS FORMAIS:

Linha;

Ponto;

Forma;

Textura;

Superfície;

Volume;

Cor;

Luz;

COMPOSIÇÃO:

Bidimensional,   tridimensional,   figurativo,   abstrato   semelhanças,  contrastes,   ritmo  visual  e 

cenografia;

Técnicas ­ pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura;

Gêneros; natureza­morta, retrato, paisagem.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Industria Cultural; 

Vanguardas;

 Arte contemporânea;

Op Art;

Pop Art;

Classicismo;

– Área Teatro

ELEMENTOS FORMAIS:

Personagem; expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação;

Espaço;

COMPOSIÇÃO:

Representação no cinema e mídias (vídeo, TV e computador);

Texto dramático;

Cenografia, maquiagem;

Sonoplastia;

Roteiro e enredo;

Técnicas; jogos teatrais, sombra, adaptações cênicas.

MOVIMENTO E PERÍODOS:

 Industria Cultural;

Realismo;

Expressionismo;

Cinema novo;

Vanguardas;

Classicismo;

– Área Dança

ELEMENTOS FORMAIS:

Movimento corporal; tempo e espaço.

COMPOSIÇÃO:

Direções;

Dinâmicas;

Aceleração;

Improvisação;

Coreografia;

Sonoplastia;

Gênero ­ Industria Cultural, espetáculo.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Indústria cultural;

Expressionismo;

Musicais;

Dança moderna;

Dança clássica;

Hip­Hop;

– Área Música

ELEMENTOS FORMAIS:

Altura;

Duração;

Timbre;

Intensidade;

Densidade;

COMPOSIÇÃO:

Ritmo;

Melodia;

Harmonia, tonal, modal e a fusão de ambos;

Técnicas ­ vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Indústria cultural;

Eletrônica;

Vanguardas; 

Rap, Rock, Tecno;

Sertanejo Pop;

Clássica.

7.5.4 ­ 8º Série

– Artes Visuais

ELEMENTOS FORMAIS:

Ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor e luz.

COMPOSIÇÃO:

Bidimensional,   tridimensional,   figurativo,   geométrico,   figura­fundo,   perspectiva, 

semelhanças, contrastes, ritmo visual e cenografia;

Técnica ­ pintura, desenho e performance;

Gêneros ­ paisagens urbanas, idealizada, cenas do cotidiano.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Realismo, Romantismo, Dadaísmo, Grafite (Hip­Hop).

– Área Teatro

ELEMENTOS FORMAIS:

Personagem – expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação e espaço;

COMPOSIÇÃO:

Técnicas – monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio;

Teatro imagem;

Representação;

Roteiro, enredo;

Dramaturgia;

Cenografia;

Sonoplastia;

Iluminação;

Figurino;

Gêneros.

 MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Teatro do oprimido;

Romantismo;

Teatro do absurdo;

Teatro pobre.

– Área Dança

ELEMENTOS FORMAIS:

Movimentos corporais; tempo e espaço.

COMPOSIÇÃO:

Ponto de apoio;

Níveis (alto, médio e baixo);

Rotação;

Deslocamento;

Gênero; salão, espetáculo, moderno e coreografia.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Romantismo;

Dança contemporânea;

Vanguardas.

– Área Música

ELEMENTOS FORMAIS:

Altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

COMPOSIÇÃO:

Ritmo, melodia, harmonia, estrutura;

Técnicas – vocal, instrumental e mista;

Gêneros – popular, folclórico e étnico.

MOVIMENTOS E PERÍODOS:

Romantismo;

Música contemporânea;

Hip­Hop, Rock, Punk;

Música Popular  Brasileira.

7.6 ­ CONTEÚDOS PARA O ENSINO MÉDIO

7.6.1 – Área Música

– Elementos Formais

Altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

­ Composição

Ritmo, melodia, harmonia, tonal, modal, contemporânea, escalas, sonoplastia, estrutura.

Gêneros – erudita, folclórica, contemporânea.

Técnicas – instrumental, vocal, mista, improvisação.

– Movimentos e Períodos

Arte   Greco­Romana,   Oriental,   Africana,   Medieval,   Renascimento,   Rap,   Tecno,   Barroco, 

Neoclassicismo,   Romantismo,   Vanguarda,   Engajada,  Música  Serial,   Minimalista,   Popular, 

Indígena, Brasileira,  Paranaense, Industria Cultural, Latina Americana...

7.6.2 – Artes Visuais

– Elementos Formais

Ponto, linha, superfície, textura, volume, luz e cor.

­ Composição

Figurativo,   abstrata,   figura­fundo,   bidimensional,   tridimensional,   semelhança,   contrastes, 

ritmo.

Gênero – paisagem, retrato, natureza­morta...

Técnica – pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia e vídeo.

 – Movimentos e Períodos

Arte   Pré­Histórica,   Egito   Antigo,   Greco­Romano,   Pré­Colombiano,   Oriental,   Africano, 

Medieval,   Bizantina,   Romântico,   Gótica,   Neoclassicismo,   Renascimento,   Realismo, 

Impressionismo,   Expressionismo,   Fauvismo,   Cubismo,   Abstracionismo,   Dadaísmo, 

Construtivismo,   Surrealismo,   Op­Art,   Pop­Art,   Vanguardas,   Arte   Popular,   Indígena, 

Paranaense, Latino Americana e Muralismo.

7.6.3 – Área Teatro

– Elementos Formais

Personagem, ação, e espaço.

­ Composição

Representação, texto dramático, dramaturgia, roteiro, espaço cênico, sonoplastia, iluminação, 

cenografia, figurino, adereços, máscaras, caracterização e maquiagem.

Gênero ­ tragédia, comédia, drama, épico, rua...

Técnicas – jogos teatrais, teatro indireto, improvisação, monólogo, jogos dramáticos, direção e 

produção.

 – Movimentos e Períodos

Arte Greco­Romana, Oriental, Africana, Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, 

Romantismo,   Teatro   Dialético,   Do   Oprimido,   Do   Pobre,   Essencial,   Popular,   Brasileiro, 

Paranaense, Latino Americano.

7.6.4 – Área dança

– Elementos Formais

Movimento corporal, tempo e espaço.

­ Composição

Eixo, dinâmica, aceleração, ponto de apoio, salto e queda, rotação, e formação, deslocamento, 

sonoplastia, coreografia.

Gênero – folclórico, de salão, étnica. 

Técnica – improvisação e coreografia.

 – Movimentos e Períodos

Arte Pré­Histórica,  Arte Greco­Romana, Oriental,  Africana,  Vanguarda,  Popular, Indígena, 

Brasileira, Paranaense, Latino Americana, Dança Circular, Dança Clássica, Contemporânea, 

Hip­Hop, Moderna.

7.7 – METODOLOGIA

As aulas serão ministradas de forma a abranger teoria e prática, de modo a apresentar 

ao aluno as reflexões sobre a diversidade cultural, suas produções e manifestações. Estarão 

presentes nas aulas, conteúdos que englobem a cultura do campo e dos afros­descendentes.

Os   alunos   terão   acesso   à   teoria,   em   forma   de   conteúdo   e   explicações   sobre   o 

determinado assunto, tendo assim um ponto de partida para a pratica. Essa será avaliada em 

sala de aula de forma individualizada ou, dependendo da atividade, coletivamente. Os mesmos 

terão acesso, também, as tecnologias presentes na escola tais como; TV Paulo Freire, Internet, 

Tv Pendrive, laboratório de informática, etc.

Os   alunos   com   necessidades   especiais   serão   trabalhados   de   forma   que   possam 

progredir dentro de suas possibilidades. 

Serão utilizados nas aulas de artes recursos audiovisuais, coleta de materiais, aulas 

praticas dentro do ambiente escolar e, também, em outros ambientes.

7.8 ­  AVALIAÇÃO

A avaliação será  diagnóstica,  processual  e  contínua,   levando em conta  as   relações 

estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e sua realidade, evidenciados tanto 

no processo, quanto na produção individual e coletiva desenvolvidas em sala de aula.

 

7.9 ­ RECUPERAÇÃO SIMULTÂNEA

Aos alunos que demonstrarem rendimento escolar insuficiente após avaliações, serão 

oferecidas atividades de forma a assegurar oportunidades de recuperação.

A recuperação será prioritariamente desenvolvida de forma simultânea e contínua por 

meio de atividades diversificadas.

O professor fará registro de desempenho apresentado pelos alunos e incluirá os dados 

relativos a este processo na composição da menção bimestral.

7.10 ­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A IMAGEM NO ENSINO DA ARTE – anos oitenta e novos tempos. São Paulo; perspectiva, 

1996.

O SENTIDO DOS SENTIDOS – a educação (do) sensível. Curitiba; criar, 2001.

AZEVEDO, F. a cultura brasileira. 5º edição, revista e ampliada. SP; melhoramentos, editora 

da USP, 1971.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo Martins fontes, 1992.

BARBOSA, A. M. metodologia do ensino da arte.São Paulo Cortez, 1993.

BARBOSA,  A.  M.   a   imagem no  ensino  da   arte   –   anos  80  e   novos   tempos.  São  Paulo; 

perspectiva, 2º ed. 1996.

BARRETO, Luiza leite. O teatro na educação artística. São Paulo; Achiamé, 1986.

BOAL, Augusto. 200 exercícios e jogos para o ator e não ator com vontade de dizer algo 

através do teatro. 10º ed. Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1991.

BOSI, A. reflexões sobre a arte. São Paulo; Ática, 1991.

BUORO,   A.  B.   olhos  que  pintam;   a   leitura  da   imagem  e  o   ensino  da   arte.  São   Paulo; 

educ/fapsp/Cortez, 2002.

CALDEIRA, Eny. Ensino da arte; os pioneiros e a influência estrangeira na arte educação em 

Curitiba. Tese de mestrado, UFP. 1998. Entrevista concedida por a Tereza Cristina para a tese 

de mestrado de Dulce Osinski.

CANDAU, V. M. (org). Sociedade, educação e cultura(s); questões e propostas. Petrópolis, R; 

Vozes, 2002.

CATELE, Bruna Renata; arte e linguagem visual. Ensino fundamental. Ed. Ibep volumes 1, 2, 

3.

CAVALCANTI, Tereza Koch. Ensino da arte; os pioneiros e a influencia estrangeira na arte 

educação em Curitiba. Tese de mestrado, UFP. 1998. Entrevista concedida a Dulce Osinski.

CHARLOT, B. Da relação com o saber. Porto Alegre; Artmed, 2000. 

COSTA,C. B. & CAMPOS, N. B. (ORG) artes visuais e escol; para aprender e ensinar com 

imagens. Florianópolis; NUP/CED/UFSC, 2003.

DONDIS, D. Sintaxe da linguagem visual. Tradução de Jéferson Luiz Camargo. 2ºed. SP; 

Martins fontes, 1997.

DUARTE JUNIOR, J.F. Fundamentos estéticos da educação. 4º ed. Campinas, SP; Papirus, 

1995.

JAPIASSU, R. Metodologia do ensino do teatro. SP. Papirus, 2001.

KAUDELA, I.D. Jogos teatrais. 4º ed. SP; Perspectiva, 2001.

KRAMER, S. LEITE, M. I. F. P. Infância e produção cultural. Campinas, papirus, 1998.

LAPONTE, L. G. O ensino da arte na nova LDB; resgate histórico e perspectivas. São Paulo; 

perspectiva, 1996.

MARCHESI, Isaias. Desenho. SP; Ática, 1997.

MARQUES, I. Dançando na escola. 2º ed. SP; Cortez, 2005.

PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº 007/99, de 09 de abril de 1999.

PARANÁ.   Secretaria   do   Estado   de   Educação.   Departamento   do   Ensino   fundamental. 

Diretrizes   Curriculares   de   Educação   Artística   para   o   Ensino   fundamental.   Curitiba; 

SEED/DEF, JULHO ­ 2006.

PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. SP; Martins Fontes, 1984.

PAZ, O./Versão Campos, H. Barulhinho bom; uma viagem musical, Marisa Monte.

PRIOLLI, Maria Luiza de Mattos. Princípios básicos da música. SP. COML, 1986. RJ; EMI 

Music, 1996 2 CD (47;16)

SIMÃO, G.T. Emma Koch e a implantação das escolinhas de arte na rede oficial de ensino; 

mudanças   na   cultura   escolar   e   curitibana.   Curitiba,   2003.   Dissertação.   Mestrado   em 

Educação, UFP.

VALADARES, Solange e DINIS, Célia; arte no cotidiano escolar. Ed. FAPI; VOLUMES 1, 2, 

3, 4  5º ED. 2001.

VYGOTSKY,   Lev   Semenovit   CATELE,   Bruna   Renata;   arte   linguagem   visual.   Ensino 

Fundamental. Ed. IBEP Volumes 1, 2, 3.

8.0 ­ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

8.1­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

  A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da 

história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno, numa 

tentativa de explicá­lo, e, ao mesmo tempo, compreendê­lo. Assim, a Biologia como parte do 

processo   de   construção   científica   deve   ser   entendida   e   compreendida   como   processo   de 

produção do próprio desenvolvimento humano. Compreendida assim, é mais uma das formas 

de   conhecimento   produzido   pelo   desenvolvimento   do   homem   e   determinada   pelas 

necessidades materiais em cada momento histórico.

O conhecimento de Biologia deve fundamentar o julgamento de questões polêmicas, 

que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de  recursos naturais e a utilização 

de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente cuja avaliações 

deve levar em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, do modo como a natureza 

se comporta e a vida se processa.

A  decisão   sobre  o  que   e   como   se   ensinar  Biologia,   no  Ensino  Médio,   não  deve 

estabelecer como uma lista de tópicos em detrimento de outra, por manutenção tradicional, ou 

por inovação arbitrária, mas sim de forma a promover, no que compete à Biologia, os objetos 

educacionais, estabelecidos pelas Diretrizes Curriculares. Não é possível   tratar, no Ensino 

Médio,   de   todo   o   conhecimento   biológico   ou   todo   o   conhecimento   tecnológico   a   ele 

associado. Mais importante é tratar esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando 

como e porque foram produzidos, em que época, apresentando a história da Biologia como 

um movimento não linear e freqüentemente contraditório. Mais do que fornecer informações é 

fundamental  que  o ensino  de  Biologia  se  volte  ao desenvolvimento  de competências  que 

permitam ao aluno lidar com as informações, compreendê­las, elaborá­las, refutá­las, quando 

for  o   caso,   em  fim  compreender  o  mundo  e  nele   agir   com autonomia,   fazendo  uso  dos 

conhecimentos   adquiridos   da   Biologia   e   da   Tecnologia.   O   desenvolvimento   de   tais 

competências se inicia na escola fundamental, mas não se restringe a ela. Cada um desses 

níveis  de  escolaridade   tem características  próprias,   configuram momentos  particulares  de 

vida,  de desenvolvimento dos  estudantes,  mas  guardam em comum o fato de envolverem 

pessoas desenvolvendo capacidades, potencialidades que lhe permitam o exercício pleno da 

cidadania.

Entende­se   que   a   disciplina   de   Biologia   contribui   para   formar   sujeitos   críticos   e 

atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo, 

que é o fenômeno VIDA em sua complexidade de relações, ou seja: na organização dos seres 

vivos,   no   funcionamento   dos   mecanismos   biológicos,   no     estudo   da   biodiversidade,   em 

processos biológicos, de variabilidade genética, e de hereditariedade e relações ecológicas e 

na análise da manipulação  genética.

E por ser histórica, a ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos 

contextos sociais, político, econômico e cultural dos diferentes momentos históricos. Nesse 

contexto será considerado o aluno com deficiência intelectual, visual ou auditiva, onde se faz 

necessário, para o êxito acadêmico, elaborar estratégias educacionais que atendam de fato à 

maneira de processar  e construir suas estruturas cognitivas.

8.2 ­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

8.2.1 ­ 1ª Série

ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS: A Constituição química dos organismos.

MECANISMOS BIOLOGICOS: Organização básica das células; Sistemas Biológicos: 

anatomia, morfologia e fisiologia.

BIODIVERSIDADE: Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

MANIPULAÇAO GENETICA: Metabolismo Celular.

8.2.2 ­ 2a Série

ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS: Classificação dos seres vivos:  critérios taxonômicos 

e filogenéticos.

MECANISMOS BIOLOGICOS: Anatomia, morfologia e fisiologia dos seres vivos.

BIODIVERSIDADE: Biotipo dos seres vivos.

MANIPULAÇAO GENETICA: Organismos geneticamente modificados.

8.2.3 ­ 3a Série

ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS: Origem da Vida; Teorias Evolutivas.

MECANISMOS BIOLOGICOS: Dinâmica dos Ecossistemas: relações entre os seres vivos e 

interdependência com o ambiente.

BIODIVERSIDADE: Transmissão das características hereditárias.

MANIPULAÇAO GENETICA: berrações cromossômicas; Genética Humana; Clonagem

Manipulação do DNA; Bioética.

8.3 – METODOLOGIA

Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de 

relações significa pensar em uma ciência em transformação, cujo caráter provisório garante 

reavaliação de seus resultados e possibilita o repensar e a mudança constante de conceitos e 

teorias elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico, ético e cultural.

Para   que   o   processo   ensino   aprendizagem   se   efetive   levando   em   consideração   a 

heterogeneidade dos educadores, serão utilizados vários métodos e procedimentos, tais como:

­ Utilização do ambiente natural para pesquisa e observação;

­ Aulas teóricas e práticas;

­Relatórios;

­ Utilização de vídeos;

­ Trabalho em grupo e apresentações;

­ Trabalhos individuais;

­ Debate em sala de aula;

­ Retroprojetor;

­ Transparências.

Em concordância com as Diretrizes Curriculares do Ensino de Biologia, a abordagem 

dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que, ao 

introduzir   a   classificação   dos   seres   vivos   como   tentativa   de   conhecer   e   compreender   a 

diversidade biológica,  agrupando­os e categorizando­ os, seja possível,  também, discutir  o 

mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento 

natural e induzido de novos seres vivos. 

Deste modo, a abordagem do conteúdo classificação dos seres vivos não se restringe a 

um único conteúdo estruturante.

Ao adotar esta abordagem pedagógica,  o início do trabalho poderia ser o conteúdo 

específico organismos geneticamente modificados, partindo­se da compreensão das técnicas 

de   manipulação   do   DNA,   comparando­as   com   os   processos   naturais   que   determinam   a 

diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos.

Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos 

estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que constituem 

os diferentes grupos de seres vivos. Ressalta­se a importância de trabalhar as seguintes Leis: 

10.639/03,   11.645/08   e   9.795/99,   sendo  no   transcorrer   do  Ano  Letivo,   incorporados  nos 

conteúdos   citados   anteriormente,   em   consonância   com   o   assunto   pertinente.   Como   por 

exemplo, na Teoria da Evolução, inserir o Estudo sobre Teorias Antropológicas. 

Analisar­se­á   os   seguintes   conteúdos   estruturantes:   Mecanismos   Biológicos   e 

Organização dos Seres Vivos, os quais permitirão estabelecer a comparação entre os sistemas, 

envolvendo, inclusive, a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é 

importante  que  se  perceba  que  a   célula   tanto  pode   ser   compreendida  como elemento  da 

estrutura dos  seres  vivos  quanto um elemento que permite  observar,  comparar,  agrupar  e 

classificar   os   seres   vivos.   Da   mesma   forma,   a   abordagem   do   conteúdo   estruturante 

Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos 

biológicos que determinam a diversidade,  envolvendo a variabilidade genética,  as relações 

ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os 

seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo homem.

8.4­ AVALIAÇÃO

A   avaliação   caracteriza­se   como   um   processo   que   objetiva   explicar   o   grau   de 

compreensão da realidade, emergente na construção do conceito.

Para   tanto,   faz­se  necessário   estabelecer   formas  de  avaliação  onde  se  processe  de 

modo contínuo,   interagindo  entre  professor   e   aluno para  que se   efetive  a   apropriação  de 

conceitos,   a   capacidade  de   entendimento  de   textos  pelos   alunos  que   envolvam conceitos 

biológicos.

Os erros não devem ser apenas constatados como uma forma de verificar­se o que o 

aluno não  aprendeu,  mas  devem ser  um ponte  de  partida  para  que o  professor   retome o 

conteúdo de forma mais significativa. 

Assim sendo, a avaliação passa a ser um processo abrangente; Formativo e sistemático, 

pois prioriza a construção do conhecimento, das habilidades, limitações e competências no 

processo ensino aprendizagem, fornecendo subsídios para que se retome o conteúdo sempre 

que se fizer necessário.

Os instrumentos de avaliação devem elaborados com cuidado e técnica, como provas 

orais   e   escritas,   relatórios,   trabalhos  de  pesquisa,   entrevistas,   como  observações  diária   e 

anotação em ficha própria, possibilitando assim avaliar o aluno como um todo.

Na avaliação do aluno com deficiência   intelectual,  visual  ou  auditiva,  deverão ser 

contemplados os elementos que intervém no processo de aprendizagem, levando em conta o 

relacionamento do aluno com seu ambiente, sendo estes: contexto escolar , escola e sala de 

aula e o contexto familiar do aluno.

8.5 ­ REFERÊNCIAS  BIBLIOGRAFICAS

PARANÁ.  Secretaria  de  Educação.  Superintendência  de  Educação.    Departamento  de 

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.

OBRAS CONSULTADAS:

PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO. Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra. 

Virmond, 2006.

9.0 ­ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

9.1­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que 

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende­se por Natureza o 

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao 

Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das 

relações   entre   elementos   fundamentais   como   tempo,   espaço,   matéria,   movimento,   força, 

campo, energia e vida. A Natureza legitima, então, os objetos de estudo das ciências naturais e 

da disciplina de Ciências. 

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que 

influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas 

(KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998). Este ensino não pode ser reduzido à integração de 

campos de referência como a Biologia, a Física, a Química, a Geologia, a Astronomia, entre 

outras.   Portanto,   deve­se   possibilitar   ao   educando   a   compreensão   dos   conhecimentos 

científicos   que   resultam   da   investigação   da   Natureza,   em   um   contexto   histórico­social, 

tecnológico, cultural, ético e político. 

A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir 

da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e Fourez (1995), 

modelos   científicos   são   construções   humanas   que   permitem   interpretações   a   respeito   de 

fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõe a Natureza. 

Muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias.

Diante da complexidade dos fenômenos naturais, os modelos são incapazes de uma 

descrição de sua universalidade, tendo em vista “que é impossível, mesmo ao mais completo 

cientista, dominar todo o conhecimento no âmbito de uma única especialidade” (MENEZES, 

2000, p.51).

Por isso, conceituar ciência exige cuidado epistemológico, pois para conhecer a real 

natureza da ciência faz­se necessário   investigar  a história  da construção do conhecimento 

científico (KNELLER, 1980). 

9.2 ­  CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BASICOS

Conforme orientação das Diretrizes Curriculares da Disciplina de Ciências do Estado 

do Paraná (2008), são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na História 

da Ciência, base estrutural de integração conceitual para a Disciplina de Ciências no Ensino 

Fundamental:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

• Biodiversidade

9.2.1 – Astronomia

A Astronomia   tem um papel   importante  no  Ensino  Fundamental,  pois   é   uma das 

ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Numa 

abordagem histórica traz as discussões sobre o geocentrismo e o heliocentrismo, bem como 

sobre   os   métodos   científicos,   conceitos   e   modelos   explicativos   que   envolveram   tais 

discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes porque 

por meio deles buscam­se explicações alternativas para acontecimentos regulares da realidade, 

como o movimento aparente do sol, as fases da lua, as estações do ano, as viagens espaciais, 

entre outros.

9.2.2 – Matéria 

No conteúdo estruturante Matéria propõe­se a abordagem de conteúdos específicos 

que   privilegiem   o   estudo   da   constituição   dos   corpos,   entendidos   tradicionalmente   como 

objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto 

de vista científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como 

também   sobre   sua   constituição,   indo   além   daquilo   que   num   primeiro   momento   vemos, 

sentimos ou tocamos. 

9.2.3 – Sistemas Biológicos

Orgânicos e fisiológicos, bem como suas características específicas de funcionamento, 

desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas 

que   constituem os  diferentes   grupos  de   seres  vivos,   como  por   exemplo,   a   locomoção,   a 

digestão e a respiração.

Parte­se do entendimento do organismo como um sistema  integrado e amplia­se a 

discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de 

compreender  o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de 

sistemas que integram o organismo vivo.

9.2.4 ­ Energia

Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito 

de energia,  relativamente novo a se considerar  a  história  da ciência desde a Antigüidade. 

Discute­se   tal   conceito   a   partir   de   um   modelo   explicativo   fundamentado   nas   idéias   do 

calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o 

calor em substituição à teoria do calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais 

importantes da ciência: a lei da conservação da energia.

9.2.5 ­ Biodiversidade

O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da mera 

diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de espécies seria 

o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada ao entendimento de que eles 

são organizados fora do ambiente em que vivem.

Pensar   o   conceito   biodiversidade   na   contemporaneidade   implica   ampliar   o 

entendimento   de   que   essa   diversidade   de   espécies,   considerada   em   diferentes   níveis   de 

complexidade   orgânica,   habita   em   diferentes   ambientes,   mantém   suas   inter­relações   de 

dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997).

9.3 ­ 5ª SÉRIE

9.3.1 ­ Astronomia

Universo:

­ Instrumentos astronômicos, história da astronomia, inovação tecnológica

­ Sistema solar

­ Movimentos terrestres

­ Movimentos celestes e astros

9.3.2 ­ Matéria

­ Constituição da matéria

9.3.3 – Sistemas Biológicos

­ Níveis de organização Celular

9.3.4 ­ Energia

Contaminação da água, desertificação, poluição da água, queimadas, desmatamento, 

manejo   do   solo   para   agricultura,   compostagem,   contaminação   do   solo,   conservação   dos 

aqüíferos, tratamento da água, lixo tóxico, aquecimento global,etc.

­ Formas de energia

­ Conversão de energia

­ Transmissão de energia

9.3.5 ­ Biodiversidade

­ Organização dos seres vivos

­ Ecossistema: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida, fósseis.

­ Evolução dos seres vivos

9.3.6 ­ Relações Interdisciplinares

Territórios   brasileiros,   lendas   indígenas,   leituras   de   diferentes   narrativas   (língua 

portuguesa   e   língua   estrangeira   moderna),   medidas   de   grandezas,   pinturas   rupestres, 

renascença, esportes aquáticos.

Instrumentos astronômicos, história da astronomia, inovação tecnológica, fermentação, 

contaminação   da   água,   desertificação,   minerais   e   a   tecnologia:   jóias   relógios   e   outros, 

mineração,   sismógrafos,   poluição   do   solo,   poluição   da   água,   queimadas,   desmatamento, 

manejo   do   solo   para   agricultura,   compostagem,   contaminação   do   solo,   conservação   dos 

aqüíferos,   tratamento   da   água,   lixo   tóxico,   aquecimento   global,   biotecnologia,   plástico 

biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente, coleta seletiva de lixo, 

tratamento de esgotos, reservas ambientais – APA, unidades de conservação, código florestal 

brasileiro, fauna brasileira ameaçada de extinção, ocupação da mata atlântica, exploração da 

Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata das araucárias, tráfico de animais, 

panela de pressão, ultra­sonografia, máquina fotográfica, óculos, telescópios, poluição sonora.

9.4 ­ 6ª Série

9.4.1 ­ Astronomia

­ Astros

­ Movimentos terrestres

­ Movimentos celestes

9.4.2 ­ Matéria

­ Constituição da matéria

9.4.3 – Sistemas Biológicos

­ Célula

­ Morfologia e fisiologia dos seres vivos

9.4.4 ­ Energia

­ Formas de energia

­ Transmissão de energia

9.4.5 ­ Biodiversidade

­ Origem da vida

­ Organização dos seres vivos e sistemática

9.4.6 – Possíveis Relações (entre outras)

­ RELAÇÕES CONCEITUAIS

Efeito estufa, ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio.

­   RELAÇÕES   INTERDISCIPLINARES:   literatura   brasileira   e   os   casos   de   doenças, 

influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, 

distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, 

as doenças e as condições sociais de moradias, representação da natureza em obras de arte.

­   RELAÇÕES   CONTEXTUAIS:   Ação   humana   nos   ecossistemas,   Espécies   exóticas, 

desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e pesca, 

tráfico   de   animais   e   vegetais,   poluição   do   ar,   balões   e   aviões,   instrumentos   de   vôo, 

aquecimento   global,   resíduos   químicos   no   ambiente,   uso   de   agrotóxicos   na   agricultura, 

Instituições  governamentais  e  ONG,  tecnologia na produção vegetal  –  estufas,  bactérias  e 

degradação   de   petróleo,   dengue   e   saúde   pública   no   Brasil,   vigilância   epidemiológica, 

biotecnologia dos fungos,  automedicação: antibióticos polinização provocada pelo homem, 

hidroponia,   interferência   do   ser   humano   na   produção   de   frutos   de   comercialização, 

saneamento básico, comercialização de carnes exóticas, vacinas e soros, história da penicilina, 

a Amazônia e os frutos exóticos, aranha­marrom no Paraná, animais em extinção, proteção, 

preservação e conservação dos  ecossistemas,  história  da ciência,   institutos Oswaldo Cruz, 

Butantan, Pasteur, e outros, projeto Tamar, medicamentos, pasteurização.

9.5 ­ 7ª Série

9.5.1 ­ Astronomia

­ Origem e evolução do Universo

9.5.2 ­ Matéria

­ Constituição da matéria

9.5.3 – Sistemas Biológicos

­ Célula

­ Morfologia e fisiologia dos seres vivos

9.5.4 ­ Energia

­ Formas de energia

9.5.5 ­ Biodiversidade

­ Evolução dos seres vivos

9.5.6 – Possíveis Relações (entre outras)

­ RELAÇÕES CONCEITUAIS: A ação de substâncias químicas no organismo, gases.

­   RELAÇÕES   INTERDISCIPLINARES:   Evolução   cultural   do   ser   humano,   formas   de 

comunicação   humana,   o   ser   humano   e   suas   relações   com   o   sagrado,   mitos   e   outras 

explicações   sobre   a   origem   da   vida,   distribuição   da   população   humana,   importação   e 

exportação de alimentos, práticas esportivas.

­ RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões 

de   higiene,   tecnologia   e   testes   diagnósticos,   saneamento   básico,   obesidade,   anorexia   e 

bulimia,  melhoramento  genético  e   transgenia,  alimentos   transgênicos,   exames  sangüíneos, 

transfusões e doações sangüíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise, terapia gênica, 

CTNBio, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, 

Organização Mundial da Saúde.

9.6 ­ 8ª SÉRIE

9.6.1 ­ Astronomia

­ Astros

­ Gravitação universal

9.6.2 ­ Matéria

­ Propriedades da matéria

9.6.3 – Sistemas Biológicos

­ Morfologia e fisiologia dos seres vivos

­ Mecanismos de herança genética

9.6.4 ­ Energia

­ Formas de energia

­ Conversão de energia

9.6.5 ­ Biodiversidade

­ Interações ecológicas

9.6.6 ­ Possíveis Relações (entre outras)

­ RELAÇÕES CONCEITUAIS: fontes de energia renováveis e não­renováveis Ilhas de calor, 

máquinas simples­alavancas, polia, engrenagens.

­  RELAÇÕES   INTERDISCIPLINARES:   taxas  de  natalidade,  mortalidade   e   fecundidade, 

medidas  de  grandezas,  o  contexto  da  Revolução científica,   instrumentos  musicais,  órgãos 

sensoriais e a arte.

­   RELAÇÕES   CONTEXTUAIS:   Instrumentos   de   medidas,   tecnologias   em   produtos   de 

eletrônica,   dessanilização,   panela   de   pressão,   ligas   metálicas,   aterro   sanitário,   biodiesel, 

corantes   e   tingimento   de   tecidos,   estações   de   tratamento   de   esgoto,   biogás,   adubos   e 

fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia, instrumentos 

e escalas termométricas, acidentes, forno microondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo 

de  energia  elétrica   residencial,  bússola,  microfone e  alto­falante,  pára­quedas  e  asa delta, 

tecnologia da comunicação, reprodução humana assistida, projeto Genoma Humano, gravidez 

precoce,  DSTS, Pilhas, baterias e questões ambientais,  Código de Trânsito – acidentes de 

trânsito.

9.7­ METODOLOGIA 

O   ensino­aprendizagem   da   disciplina   de   Ciências   está   intimamente   relacionado   a 

interações   entre   aluno   professor   que   busquem   o   aprendizado   significativo   por   parte   do 

educando. Para que isso aconteça o professor deve estar atento à interatividade desse processo, 

que não deve estar baseado em técnicas únicas de praticas visando à comprovação da teoria, e 

nem somente na teoria que se comprova por si só. Mas através de um bom planejamento que 

priorize os conteúdos mais pertinentes ao cotidiano dos alunos da escola, que em sua maioria 

são provenientes do campo, o professor vai conseguir trazer a disciplina e suas inter­relações 

para o dia a dia dos educandos. Partindo desse contexto a interdisciplinaridade será abordada 

de tal maneira que os conceitos será significativos a todos.

Conforme   as   DCE’s   sugerem,   alguns   encaminhamentos   metodológicos   a   serem 

utilizados durante o Ensino de Ciências são:

• Problematização  ­o professor   levara  em conta o conhecimento prévio do aluno e fará 

perceber a necessidade do conhecimento científico par resolver problemas apresentados por 

eles;

• Contextualização ­o professor deve priorizar a aproximação dos conteúdos científicos com 

a   realidade  do   s   alunos,   principalmente   tendo   em  vista   que   a  maioria   deles   são   alunos 

advindos do meio rural;

• Interdisciplinaridade   ­buscar   em   outras   disciplinas   contribuições   para   o   pleno 

entendimento das ciências;

• Atividade em grupo – esse tipo de atividade pretende estimular o educando a troca de 

idéias, para que assim, os mesmos possam colaborar entre si para o aprendizado mútuo;

• Observação ­para que o aluno consiga relacionar o observado com a teoria e ele mesmo 

seja capaz de construir hipóteses;

• Atividades   experimentais   ­atividades   estas   que   busquem   promover   discussões   e 

interpretações, na busca da construção do conhecimento.

Ainda  outros   encaminhamentos  podem ser  dados,  dependendo  da  necessidade  dos 

alunos, e das oportunidades apresentadas no decorrer das aulas.

Os   temas   Historia   e   Cultura   Afro   indígena,   bem   como,   Meio   Ambiente   serão 

abordados e desenvolvidos em todos os conteúdos que possibilitarem tal abordagem, para que 

dessa forma, sejam enfatizados por varias vezes no decorrer do ano letivo.

Propõe­se,   então,   que   o   ensino   de   Ciências   ocorra   por   meio   de   uma   integração 

conceitual   que   estabeleça   relações   entre   os   conceitos   científicos   escolares   de   diferentes 

conteúdos   estruturantes   da   disciplina   (relações   conceituais);   entre   eles   e   os   conteúdos 

estruturantes das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre 

os   conteúdos   científicos   escolares   e   o  processo  de  produção  do   conhecimento   científico 

(relações contextuais).

9.8 – AVALIAÇÃO

A avaliação visa à construção de conceitos face à ciência, reconhecendo que se trata de 

um empreendimento humano, permanentemente inacabado e sujeito a influências de natureza 

diversa que condicionam o seu desenvolvimento.

Possibilitar a compreensão de conceitos e modelos que permitam construir uma visão 

geral  e  globalizante  do  âmbito  das  ciências  naturais,  bem como uma formação  científica 

básica indispensável à   integração no mundo do trabalho e ao desenvolvimento de estudos 

posteriores; Mobilização de saberes científicos e tecnológicos para compreender fenômenos 

naturais ou situações do dia­a­dia, particularmente as que exigem a análise crítica de saberes 

do senso comum, a ponderação de argumentos ou a tomada de posição.

De   acordo   com a  Projeto  Político  Pedagógico  do  Colégio,   a   avaliação  deverá   ser 

contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos 

sobre os quantitativos; valorizando os conhecimentos alternativos do estudante, construídos 

no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvem 

recursos  pedagógicos   e   instrucionais   diversos.  Valorizará­se   também o  que   se   chama  de 

“erro”     de  modo  a   retomar  a   compreensão   (equivocada)   do  aluno  por  meio  de  diversos 

instrumentos  de  avaliação,  quais  sejam:  avaliações  escritas  e  orais,   trabalhos  e  pesquisas, 

apresentação de seminários, relatórios de aulas práticas e de  aulas de campo, entre outros. 

Portanto, a avaliação do Ensino de Ciências visa intervir para que o aluno compreenda 

o real conhecimento dos conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, 

visando uma aprendizagem significativa para sua vida. 

 9.9 – REFERÊNCIAS

ANDERY, M. A.; MICHELETTO, N.; SERIO, T. M. P. [et al]. Para compreender a ciência:

uma perspectiva histórica. 14. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; São Paulo: EDUC, 2004.

FOUREZ, G. A construção das Ciências: introdução à filosofia e à ética das Ciências. 3.

ed. Ujuí: Unijuí, 1995.

KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar; São Paulo:

EDUSP, 1980.

MENEZES,   L.   C.   de.   Ensinar   Ciências   no   próximo   século.   In:   HAMBURGER,   E.   W.; 

MATOS, C. O desafio de ensinar Ciências no século XXI. São Paulo: Edusp/Estação Ciência; 

Brasília: CNPq, 2000. p. 48­54.

PARANÁ.  Secretaria  de  Educação.  Superintendência  de  Educação.    Departamento  de 

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO.  Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra. 

Virmond, 2006.

RUSS, J. Dicionário de filosofia. São Paulo: Scipione, 1994.

WILSON, E. O. Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

10.0 ­ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

10.1­ APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA

As práticas pedagógicas escolares de Educação Física, foram fortemente Influenciadas 

pela Instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios 

sistematizados pela instituição militar foram reelaborados pelo conhecimento médico numa 

perspectiva pedagógica. Para Atender aos objetivos de adquirir, conservar, promover 

restabelecer a saúde por meio de exercício físico, foram importados da europa praticas 

conformativas, como o modelo de saude e os sistemas ginásticos. Estes, foram fundamentais 

para o surgimento e a incorporação da Educação física brasileira nos currículos Escolares.

( Diretrizes Curriculares de Educação Física, 2006,p15.).

Melhorar o funcionamento do corpo dependia de técnicas construídas com base no 

conhecimento   biológico,   conhecimento   este,   que   atribuiria   a   educação   física   e   tarefa   de 

construir corpos, saudáveis e doceis que permitissem uma melhor adaptação dos sujeitos ao 

processo produtivo, tendo como referencia o conhecimento médico cientifico.

Por não existir um plano nacional de Educação Física, a pratica nas escolas se dava 

pelo método francês de ginastica,  adotado   pelas forças armadas e tornando obrigatório a 

partir de 1931. A Educação física se consolidou, especificamente no contexto escolar, a partir 

da constituição de 1937, sendo, então, utilizada com o objetivo de doutrinação, denominação e 

contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. 

Alem desses objetivos ,  a educação física seguiu a guisa dos princípios higienistas para o 

corpo forte e saudável,com atividades ligadas a formação  de um corpo  forte e saudável, com 

atividades ligadas a formação de um corpo masculino robusto, delineado para a defesa e a 

proteção da família e da pátria. As atividades dirigidas pela mulher, por sua vez, deveriam 

desenvolver “a Harmonia de suas formas femininas e as exigências da maternidade futura” 

(Castellani Filho, 1991,p.58).

Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularize confundindo se com a 

educação   física.  Houve  um  incentivo   as   praticas   desportivas   com  o   intuito  de  promover 

politicas nacionalistas pensadas para um país. Uma série de medidas foram implantadas para 

ressaltar o sentido de valorização da pátria por meio do esportes.( Diretrizes curriculares de 

Educação física, 2006,p 165.).

A educação física continuou tendo caráter Obrigatório na escola, com a promulgação 

da lei 5692/71, através do seu artigo 7ºe,  pelo decreto 69450/71, a disciplina passou a  ter 

legislação especifica,  institui­se, assim, a integração   da disciplina como atividade escolar 

regular  e obrigatória no currículo  de todos os cursos  e níveis dos sistemas de ensino.

Ainda nesse período, a Educação física era perspectivada, aos olhos do regime militar, 

como  importante  momento  de   formação  do homem que  serviria   ao  projeto  do  Brasil.  A 

disciplina estava então ligada a aptidão física, considerada importante para o desenvolvimento 

da capacidade produtiva da classe trabalhadora, e ao desporto, pela intenção de tornar o país 

uma potencia olímpica. (Diretrizes curriculares de Educação Física, 2006, p.16).

Na   área   pedagógica,   uma   das   primeiras   referencias   a   ganhar   destaque   entre   os 

profissionais, foi a psicomotricidade, por buscar uma suposta  legitimação da disciplina na 

escola.   Os   fundamentos   da   psicomotricidade   foram   defendidos   em   contra   posição   as 

perspectivas   teórico  metodológica  direcionadas  a     automatização   e   ao   rendimento  motor, 

expressos no método didático da desportivação da Educação física. (Diretrizes curriculares de 

Educação física,2006, p.16).

A educação psicomotora surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da 

criança.

Em meados dos anos 80, surgiram propostas, visando a construção de um movimento 

renovador na disciplina. Tias propostas dirigiram suas criticas ao paradigma da aptidão física 

e da esportivização.

Já no inicio da década de 90, um momento significativo para o estado do Paraná foi a e 

laboração do Currículo Básico.

O currículo básico da educação física está embasado na pedagogia histórico­crítica da 

Educação Física.  Tendencia esta,  denominada,  por alguns teóricos,  como Educação Física 

progressista, revolucionaria e critica , com os fundamentos teóricos pautados no materialismo 

histórico­dialético.   O   documento   propôs,   um   modelo   de   superação   das   contradições   e 

injustiças sociais.( Diretrizes curriculares de Educação física,2006,p.17).

O currículo se caracterizou por uma proposta avançada onde a instrumentalização do 

corpo deveria dar lugara formação humana do aluno em todas as suas dimensões. No entanto 

apresentava   uma   rígida   listagem   de   conteúdos   que   limitava   o   trabalho   do   professor, 

enfraquecendo seus presupostos teórico metalológicos.( Diretrizes Curriculares De Educação 

Física,2006, p.18).

Essa contradição interna do documento, a insuficiente oferta de formação continuada 

necessária   a   implementação   da   proposta   e,posteriormente   as   mudanças   de   politicas   de 

educação assumidas pelas novas gestões governamentais no estado, enfraqueceram as forças 

politicas pedagógicas do currículo básico. Em função desse contexto a prática de ensino de 

Educação física recaia ainda com enfase nas dimensões tradicionais, ou seja, com enfoque 

biológico, mecânico ou na dimensão psicológica.

  No   mesmo   período   foi   elaborado   também   um   documento   de   reestruturação   da 

Proposta  Curricular  do  Ensino  de  Segundo  grau  para  a  disciplina  de  educação   física.  A 

proposta     também fundamentou­se  na  concepção  historico­crítica  de  educação  e,  naquele 

momento,  pretendia­se o resgate do compromisso social de ação pedagógica de Educação 

Física.   Vislumbrava­se   a   perceptiva   de   mudanças   e   transformação   de   uma   sociedade 

fundamentada   em   valores   individuais   para   uma   sociedade   mais   igualitária.(   Diretrizes 

Curriculares   De   Educação   Física,   2006,   p.18),   levando   o   sujeito   a   ser   critico,   capaz   de 

questionar e transformar a realidade social em que vive.

Todos esses avanços teóricos da Educação Física sofreram um retrocesso na década de 

90 quando após as discussões e aprovação da lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional 

(LDB),     apresentou­se   a   proposta   dos   parâmetros   Curriculares   Nacionais   (PCNs)  para   a 

disciplina de Educação Física. (Diretrizes Curriculares de Educação Física, 2006, p.18)

Com  uma  politica     educacional   fortemente   marcada   pela   concepção   neoliberal,   o 

documento elaborado para o ensino fundamental pelo ministério da educação e do desporto 

apresentou­se como referencial curricular comum a  elaboração  de proposta curriculares com 

a função de subsidar propostas de estados e municípios. No entanto, o que deveria ser um 

referencial curricular, tornou­ se um currículo minimo, ultrapassando a ideia de parâmetros 

para     propor   objetivos,   conteúdos,   métodos   avaliação   e   temas   transversais.   O   tempo 

pedagógico da   aprendizagem dos alunos do ensino fundamental era determinado por ciclos 

com base em conteúdos atitudinais, procedimentais e conceituais, priorizando assim , uma 

abordagem   psicológica   e   sociológica   dos   conteúdos   atenuando   o   desenvolvimento   do 

pensamento critico (Diretrizes Curriculares de Educação Física,2006, p18).

O parâmetros  curriculares    Nacionais  de  Educação Física  Do ensino  Fundamental 

buscaram   romper   com   as   expetativas   da   aptidão   física,   destacando   outras   questões 

consideradas   relevantes relacionadas as dimensões culturais , sócias, politicas, efetivas no 

tratamento dos conteúdos baseada em concepções teóricas que discutem corpo e movimento. 

Porém, o documento não apresenta uma coerência interna da proposta curricular, analisada 

por alguns críticos como eclético teóricos. Ou, seja, há elementos da pedagogia construtivista 

piagetiana, abordagem tecnicista com a ideia de eficacia e também a perspectiva de saúde e 

qualidade de vida do aluno pautada na aptidão física.( Diretrizes Curriculares de Educação0 

Física, 2006,p. 18).

Na gestão 2002, no governo do Paraná foram elaboradas novas diretrizes Curriculares, 

que buscam superar  as  concepções   fundadas  na   logica  instrumental,  anátomo funcional  e 

esportivizada   provenientes   de   outras   matrizes   teórico­metodológicas   fundadas, 

principalmente,   no  modelo  de   inspiração  positivista,   originário   das   ciências   da  natureza. 

(Diretrizes Curriculares de Educação Física, 2006, p.19).

Considerando   contexto   histórico   citado   até   o   momento,   onde     a   Educação   física 

transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até as mais criticas, 

tornou­se   possível   sistematizar   propostas   pedagógicas  que  orientem  estas   diretrizes,   com 

vistas a avançar sobre a visão homogênea que aplicou e continua aplicando a educação Física 

a função de treinar o corpo, sem qualquer  reflexão sobre o fazer corporal.

Nessa  perspectiva, acordamos que a Educação Física busca a formação de um sujeito 

que reconheça o próprio corpo em movimento e, também, a sua subjetividade, devendo ser 

trabalhada sob o viés   de interlocução com disciplinas variadas,  que permitam entender o 

corpo   em   sua   complexidade:   ou,   seja,   sob   uma   abordagem   biológica,   antropológica, 

sociológica, psicológica, filosófica e política, justamente por sua constituição interdisciplinar.

A Educação Física é parte do projeto geral da escolarização e, como tal, deve estar 

articulada ao projeto Politico Pedagógico da escola. Se atuação do professor é na quadra e nos 

outros lugares do ambiente escolar, seu compromisso e com o projeto de escolarização ali 

instituído, sempre em favor da formação humana.( Diretrizes Curriculares de Educação Física, 

2006,p.20).

A finalidade das praticas corporais deve ser a modificação das relações sociais, onde 

os   conteúdos   esporte,   jogos   e   brincadeiras,   ginasticas,   dança   e   lutas   devem   estar 

comprometidos com uma Educação Física Transformadora, formando sujeitos críticos frente a 

cultura corporal, capazes de refletir sobre a realidade e transformá­la, se necessário for.

10.2­  CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

10.2.1 ­ 5ª Série

Conteúdo estruturante Conteúdos Básicos

Esporte *Coletivos

*Individuais

Jogos e brincadeiras *Jogos e brincadeiras populares

*Brincadeiras e cantigas de rodas

*Jogos de tabuleiro

*Jogos cooperativos

Dança *Danças folclóricas

*Danças de rua

*Danças criativas

Ginasticas * Ginastica rítmicas

*Ginasticas circense

*Ginastica geral

Lutas *Lutas de aproximação

*Capoeira

10.2.2 ­ 6ª Série

Conteúdo Estrturante Conteúdo Básicos

Esporte * Coletivos

* Individuais

Jogos e brincadeiras *Jogos e brincadeiras populares

*Brincadeiras e cantigas de rodas

*Jogos de tabuleiro

*Jogos cooperativos

Dança *Danças folclóricas

*Danças de rua

*Danças criativas

*Danças circulares

Ginásticas * Ginástica rítmica

*Ginásticas circense

*Ginástica geral

lutas *Lutas de aproximação

*Capoeira

10.2.3 ­ 7ª Série

Conteúdo Estrturante Conteúdo Básicos

Esporte * Coletivo

* Radicais

Jogos e brincadeiras *Jogos e brincadeiras populares

*Jogos dramáticos

*Jogos de tabuleiro

*Jogos cooperativos

Dança *Danças criativas

*Danças circulares

Ginásticas * Ginástica rítmicas

*Ginásticas circences

*Ginástica geral

lutas *Lutas com instrumento mediador

*Capoeira

10.2.4 ­ 8ª Série

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

Esporte * Coletivo

* Radicais

Jogos e brincadeiras *Jogos dramáticos

*Jogos de tabuleiro

*Jogos cooperativos

Dança *Danças criativas

*Danças circulares

Ginásticas * Ginástica ritmicas

*Ginástica geral

lutas *Lutas com instrumento mediador

*Capoeira

10.2.5 – Ensino Médio

Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos

Esporte * Coletivo

*Individuais

* Radicais

Jogos e brincadeiras *Jogos dramáticos

*Jogos de tabuleiro

*Jogos cooperativos

Dança *Danças folclóricas

*Danças de salão

*Danças de rua

Ginásticas * Ginástica artística/olímpica

*Ginásticas de academia

*Ginástica geral

lutas *Lutas com aproximação

*Lutas que mantêm a distância

*Lutas com instrumento mediador

*Capoeira

10 3­ METODOLOGIA

   As aulas de Educação Física não são uma apêndice das demais disciplinas e atividades 

escolares, nem um momento subordinada e compensatório para as durezas das tarefas em sala 

de aula. (Diretrizes Curriculares de Educação Física, p.17).Por meio das praticas corporais, 

seja do esporte, da dança, da ginástica, dos jogos, das brincadeiras e brinquedos, levar em 

conta   as   multiplicidades  de   experiências   manifesta   pelo   corpo,   os   quais   permeiam  estas 

práticas, ou seja, manifestam­se as expressões de alegria, raiva, dor, violência, preconceito, 

sexualidade dentre outras que tem sentido amplo no corpo e são historicamente produzidos, 

refletindo criticamente sobre tais práticas.

        O professor em sua metodologia, deve considerar o objeto de estudo da Educação Física, 

que é a cultura corporal, que visa levar ao aluno o conhecimento historicamente construído e 

acumulado, a respeito do movimento humano e tendo como referencial a cultura corporal, 

organizar e sistematizar práticas corporais que possibilitam a comunicação e o dialogo com as 

diferentes cultura; identificar os elementos centrais que compõem o cotidiano dos alunos para 

compreender como constroem determinadas formas de identidade corporal; pensar e repensar 

as diversas praticas pedagógicas constantemente;produzir uma cultura escolar de Educação 

Física que mobilize práticas que afirmem valores e sentidos, que ampliem as possibilidades 

formativas; mediar situações conflitantes que envolvam a corporalidade por meio do dialogo e 

da reflexão, dispondo de argumentos que favoreçam o esclarecimento dos sujeitos envolvidos 

no processo educativo.

           Observando o exposto, pode­se concluir uma aula de Educação Física compõe­se de: 

preposição do que vai ser executado; execução do que foi proposto e reflexão sobre o que foi 

executado.

           Nas atividades propostas considerar a importância do contato corporal e o necessário 

respeito mutuo que este reclama; do grupo, em estabelecer criterios que contemple todos os 

participantes; do respeito por aqueles que, de alguma forma, não consegue realizar o que foi 

proposto pelo próprio grupo, devendo refletir, com elementos que levem o sujeito a questionar 

formas já  “naturalizadas” de preconceito,  sobre a domesticação e violência em relação ao 

corpo.

                     Assim, almeja­se que os alunos tenham condições tanto de entender e respeitar o 

diferente como também de posicionarem frente ao mundo.

                 Como suporte pedagógico serão utilizados os recursos tecnológicos/didáticos: vídeo, 

computador, som, retroprojetor, bolas, quadro de giz, jogos, sala, quadras, cordas, bambolês, 

colchonetes. 

         Em relação às leis: História e Cultura Afro, Indígena (11.645/3/2008) e meio Ambiente 

(9795/99),   serão   discutidas   conforme   surgirem   oportunidades   e   brechas,   dentro   dos 

conteúdos.

10.4­ AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo 

que permeie o conjunto das  ações pedagógicas   e  não como um elemento externo e este 

processo.

Na  avaliação  diagnostica,   qualitativa,   tanto  o  processo  quanto  aos   alunos  poderão 

revisitar o processo desenvolvido atá  então para identificar  lacunas no processo de ensino 

aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação 

das dificuldades constatadas.

Será um processo continuo, permanente e cumulativo, onde o professor organizará o 

seu   trabalho   visando   as   diversas   manifestações   corporais,   evidenciadas   nas   formas   da 

ginástica,  do esporte,  dos jogos,  da dança e das lutas, possibilitando assim que os alunos 

reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o 

mundo.

O   aluno   será   avaliado   continuamente,   considerando   os   critérios   de   avaliação 

Comprometimento   e   envolvimento   –   se   os   alunos   entregam   as   atividades,   se   houve 

assimilação  dos conteúdos, se o aluno consegue resolve situações problemas, se o aluno se 

mostra   envolvido  nas   atividades   segundo  as   (Diretrizes  Curriculares  de  Educação  Física, 

2008,   p.77).   Como   instrumento   avaliativos,   podem   ser   utilizados:   dinâmicas   de   grupo, 

seminário,  debates,  (re)criação de jogos, pesquisa em grupos,  produção de texto,  questões 

discursivas e objetivas, relatório, atividades a partir de recursos audiovisuais, entre outros.

10.5 – REFERÊNCIAS

CASTELLANI   FILHO,  Educação   Física   no   Brasil:  a   história   que   não   se   conta.2ª   ed. 

Campinas: Papirus, 1991.

PARANÁ.   Secretária   de   Estado     da   Educação.   Departamento   de   Ensino   Fundamental. 

Orientações Curriculares – Educação Física. Curitiba; SEED/DEF, Fevereiro – 2006

PARANÁ.  Secretária   de   Estado   de   Educação.   Superintendência   de   Educação. 

Departamento de Educação Básica.  Diretrizes  Curriculares  de  Educação Física    para  o 

Ensino Fundamental e pra o Ensino médio. Curitiba, 2008.

OBRAS CONSULTADAS

PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO.  Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra. 

2006­ Virmond­PR

11.0 ­ PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

11.1­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A   escola   é   um  espaço   privilegiado   de   construção  de   conhecimento,   expansão  da 

criatividade,  valorização da  vida  e  da  educação  para  que possamos  viver  em um mundo 

melhor  que   faça  das  diferenças  um ponto   socializador   e   não  um defeito.  Que  na  escola 

possamos desenvolver valores de humanização, vivencia, promoção do dialogo inter­religioso.

O Ensino Religioso tem o compromisso de transformação social e histórica, e assim 

contribuir para estabelecer novas relações do ser humano com o outro, com a natureza e o 

transcendente.

A   educação   religiosa   tem   o   compromisso   te   contribuir   para   eliminar   quaisquer 

preconceitos sociais e religiosos, culturais e econômicos entre os alunos.

O   educando   necessita   para   tanto,   de   conhecimento,   que   lhe   permita   perceber   e 

compreender as diferenças e semelhanças.

O ensino   religioso  procura  promover  diálogo,  o  entendimento,   respeito  mútuo  e  a 

integração entre os alunos. Para que isso se efetive é necessário adotar alguns procedimentos 

tais como: dinâmica que resultem na sensibilidade e promova a integração dos alunos para 

convivência harmoniosa.

O ensino religioso orienta na formação humana e favorece o desenvolvimento para 

uma integração harmoniosa consigo mesmo, com os outros e com o mundo.

A  tradição   religiosa   esta   intrinsecamente   ligada   à  ética.  Por   tanto,   as   aulas   serão 

permeadas nos valores por elas apontadas, pois através desta vertente é que as religiões se 

aproximam uma das outras,  sendo possível   levar os  alunos a perceberem que mesmo nas 

diferenças religiosas é possível uma convivência fraterna e pacífica.

A disciplina propõe­se a subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à compreensão, 

comparação,   interpretação e análise  da  diferentes  manifestações  do sagrado,  com vistas  à 

interpretação dos seus múltiplos significados, também fornecerá subsídios aos educandos na 

compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre 

influências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negações do sagrado.

O   Ensino   Religioso,   valoriza   o   pluralismo   e   a   diversidade   cultural   presente   na 

sociedade brasileira, facilita a compreensão das formas que exprimem a transcendência na 

superação  da   finitude  humana   e  que  determina,   a   subjetividade,   o   processo  histórico  da 

humanidade.

11.2 ­ OBJETIVOS GERAIS

 Proporcionar ao educando a compreensão de sua identidade religiosa numa construção em 

reciprocidade com o outro e na percepção da ideia do transcendente, expressada de maneiras 

diversas   pelos   símbolos   e   valores   da   religiosidade,   buscando   sempre   a   imparcialidade 

evitando direcionamentos.

 A construção das verdades dos discursos religiosos, sempre buscando o respeito mútuo.

 Entender e conhecer os fenômenos religiosos como sendo manifestações culturais, valorizá­

las e respeitá­las, com tal.

 Conscientizar os alunos de que o mal deve ser evitado e praticando o bem, analisar que a 

vida é uma só e deve ser bem vivida.

  Reconhecer que toda forma de religiosidade é  importante para aquele grupo, evitando o 

radicalismo e o fanatismo.

  Incentivar a vivencia e convivência de valores que possam contribuir par os crescimentos 

pessoais, emocionais e religiosos do educando.

  Desfazer  e  superar  preconceitos,  construir   relações  de  reciprocidade onde as  diferenças 

sejam respeitadas e que o educando seja visto como parte integrante e atuante na construção 

da sua personalidade e religiosidade.

11.3 ­ CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES

11.3.1 ­ 5ª Série

 Paisagem;

 Símbolo;

 Texto sagrado;

 Respeito a diversidade religiosa;

 Lugares sagrados;

 Textos orais e escritos;

 Sagrados;

 Organizações religiosas.

11.3.2 ­ 6ª Série

 Paisagem;

 Símbolos;

 Textos sagrados;

 Universo simbólico religioso;

 Ritos;

 Festas religiosas;

 Vida e morte.

11.4 – METODOLOGIA

O  conteúdo  de  Ensino  Religioso  deve  destacar   sua   contribuição  para   a   forma  de 

superação   do   preço,   de   todo   o   proselitismo,   bem   como   da   discriminação   de   qualquer 

expressão do sagrado.

A   disciplina   não   tem   o   propósito   de   que   se   faça   juízo   desta   ou   daquela   prática 

religiosa,  mais  buscar   formas de respeitar  o  direito  à   liberdade de  consciência e  à  opção 

religiosa de  educando,  ou seja,  as   reflexões  e  analises  se darão por  meio dos  conteúdos, 

destacando­se os aspectos científicos do universo das diferentes culturas nas quais se firmam 

o sagrado e suas expressões do coletivo.

O que se pretende é  que o aluno desenvolva um constante olhar   reflexivo ante as 

diversidades das religiões,  buscando sempre explicações e  informações que o auxiliem na 

construção de uma analogia, a interpretação e a síntese do mundo em que vive.

11.5 – AVALIAÇÃO

A   avaliação   da   aprendizagem   necessita,   para   cumprir   seu   verdadeiro   significado, 

assumir a função de construção da aprendizagem, para isso a avaliação não pode ser vista 

como recurso autoritário, que decide a vida do educando e sim assuma o papel de auxiliar o 

crescimento pessoal e humano de cada um. Que cresça no educando o envolvimento em todo 

o processo de aprendizagem inclusive a avaliação,  que deverá   ser de forma diagnóstica e 

continuada, vindo assim a somar toda a prática e as habilidades do educando em sala de aula e 

fora  dela.  Não   se   caracteriza  por   acerto  de   contas   ou  penalidade  do   fracasso,  mas  pelo 

estimulo e valorização das expectativas de aprendizagem.

Propor   novos   questionamentos,   fornecer   novas   informações,   estimular   a   troca   de 

conhecimento e promover trabalhos interdisciplinares.

A   avaliação   terá   caráter   de   acompanhamento,   dessa   forma   não   deverá   existir 

preocupação com a verificação de quantidade de conteúdos, mas tão somente com a qualidade 

da reelaboração e produção de conhecimentos empreendida por cada aluno.

11.6 ­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ELAIDE,  Mircea,  O  sagrado   e  o  profano:  a   essencia   das   religiões.  São  Paulo:Martins 

Fontes, 1992.

________ Tratado de história das religiões. 2ª EDIÇÕA São Paulo: Martins Fontes, 1998.

MACEDO,   Carmen   Cinira.Imagem   do   eterno:   religiões   do   Brasil,  São   Paulo:Editora 

Moderna LTDA.1988.

CHAUI, Marilena .Convite a filosofia. São Paulo: Ática, 1994.

DELEMEAU, Jean, As grandes religiões do mundo. Lisboa: Editorial Presença.1997.

PARANÁ. Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares.

12.0 ­ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

12.1 ­  APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Na atual polêmica, mundial e brasileira, acerca de dois, possíveis sentidos de valores 

Éticos,  políticos,  estéticos  e  epistemológicos,  a   filosofia   tem um espaço a  ocupar  e  uma 

Imensa riqueza de conteúdos a oferecer.Esses conteúdos, basicamente problemas e conceitos, 

gerados através da longa história da filosofia, costumam, se devidamente trabalhados, gerar 

discussões promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes,ações e transformações, 

por  isso  eles permanecem válidos e insubstituíveis .

Como entendimento, sendo a finalidade do ensino médio a formação pluridimensional 

e democrática plena, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de   compreensão das 

complexidades   de     um   mundo   contemporâneo,   com   suas   múltiplas   particularidade   e 

especializações,   que     se   manifesta   quase   sempre     de   forma   fragmentada,   não   se     pode 

prescindir   de     um   saber   que     opera   por   questionamentos,   conceitos   e   categorias   de 

pensamento no sentido de articular a totalidade espaço­temporal e sócio­histórica  em que  se 

dá o pensamento e a experiência humana .Esse caminho, da busca da superação do caráter 

fragmentário da realidade e, em grande parte é garantido pelo estudo da  filosofia.

Na medida em que cria seus conceitos a partir de  problemas, de  questões, de análises 

e de   sínteses,  ordenando a organizando sistemática e logicamente as   suas   produções,  a 

filosofia garante a segurança de  um pensamento racional e crítico, não aceitando que  a mera 

aparência das   coisas   de faça passar   por realidade. Para a filosofia, só pode   se   postular 

como verdadeiro, o  conhecimento que  possa ser demonstrado racionalmente. Lembre­se que 

a filosofia não  se  satisfaz coma problematização  e o questionamento da  realidade  externa 

ao pensamento, ela se coloca a exigência da reflexão ou seja do questionamento da  validade 

das  suas  próprias questões  formulações.

Nessa   perspectiva,   o   espaço   para   a   aparição   e/ou   sedimentação   de   dogmas, 

preconceitos e intolerância, vai se tornando cada vez menor e, da mesma forma as   ficções 

engendradas   pelo   senso   comum   ou   para   ele,   deixam   de   ter   seu   estatuto   de     realidade 

garantidos a priori. A dimensão do estranhamento é fundamental para o pensar filosófico .

A explanação acima deixa claro que ao aceitar o desafio de oferecer a filosofia   aos 

estudantes  do  Ensino  médio,   a  SEED/PR   através  do  DEM, compreende    que  não  pode 

considerando a carga horária  da disciplina,   incorrer  no erro de assumir  uma trajetória  de 

impossível através da história da filosofia, ou reduzi­la a uma visão panorâmica de  conteúdos 

clássicos e polêmicos acumulados ao longo de naus de vinte e cinco séculos, o que não seria 

um erro menor. Ora, todo currículo implica numa escolha, e toda escolha demanda perdas e 

ganhos.

Apesar de todo entusiasmo comas  experiência bem sucedidas, Sabe­se o quanto custa 

para  conseguir obter algum sucesso nessa empreitada filosófica, sobretudo, se estiver os pés 

no chão e conscientes de que se vive os tempos em que a comunicação se dá de forma quase 

imediata, tempos em que a mídia assedia os  jovens em formação  com a informação mais que 

facilitada, com o quase não­pensamento, com um combate silencioso à todas   as formas de 

mediação. Como falar em pensamento abstrato sob essas condições? Por isso, a filosofia não 

pode prescindir de   elementos   da atualidade, exemplos, problemas, para então abstrair ao 

nível   dos conceitos. Se quisermos ter os benefícios da filosofia, estas questões deverão ser 

compreendidas e enfrentadas em toda sua extensão, profundidade e consequências.

É  evidente que a filosofia foi subtraída dos   currículos do ensino médio durante a 

ditadura   militar,   exatamente   pelas   qualidades   que   lhe   são   imanentes   –   estranhamento, 

questionamento,   problematização,   analise,   reflexão   e   critica.  Nenhum desses   ingredientes 

interessava as protagonistas e defensores da ditadura. O pensamento deveria ser reprimido, 

bem como as  possíveis ações dele decorrentes.

A democracia está de volta e com ela pode­se aspirar ao retorno da filosofia, mas não 

se pode desconsiderar que é preciso investir na formação inicial dos nossos professores, bem 

como   nos   processos   de   formação   continuada,   de   forma   a   superar   as   possíveis   criticas 

(algumas   da   quais   antecedem,   mesmo   o   seu   retorno   numa   perspectiva   mais   ampla)   já 

existentes em outros tempos, a saber – o indesejável viés escolásticos e patrísticos  e também a 

sua   inconveniente   banalização,   por   parte   de   professores   mal   preparados   que   retiram   da 

filosofia a sua especificidade­ o pensamento, para transformá­la em aulas de   experiências 

místicas ou de  auto­ajuda.

Na   trilha   das   escolhas   que   determinam   a   identidade   de   uma   proposta   curricular, 

consideramos a defesa do Renato Janine Ribeiro, de que a filosofia só  é viável no ensino 

médio   se   acontecer   através   de   parcerias   ,   que   no   jargão   pedagógico   aparece   como 

interdisciplinaridade. 

A filosofia precisa trabalhar em parceria com as demais disciplinas, como português. Se os 

alunos   não   conhecerem   as   riquezas   da   língua,   não   entenderão   a   precisão   de   um   texto 

filosófico.

A   disciplinas   de   história   associa   a   filosofia   com   a   política,   com   a   cultura,   as 

descobertas ;  nas ciências , discutindo o ‘espírito cientifico’ e suas mudanças no século XX e 

XXI; até na  educação físicas, pois  os filósofos pensaram muito o corpo.

O artigo 36 da LDB 9394/96 determina que ao final do ensino médio o estudante 

deverá “dominar os conhecimentos de filosofia   e de sociologia necessários ao exercício da 

cidadania”. Se considerar os últimos trinta anos, pode­se pensar que é um avanço importante 

porque a filosofia passou de disciplina obrigatória na década de sessenta para  figurar como 

coadjuvante em alguns poucos currículos posteriormente .

O   caráter   transversal   dos   conteúdos   filosóficos   aparece   com   bastante   clareza   nos 

documentos oficiais, cumprindo a exigência da LDB quanto à necessidade de domínio dos 

conhecimentos   filosóficos   sema necessidade  da   implementação  efetiva  da    disciplinas  na 

grade curricular das  escolas de nível médio.

A defesa da permanência da filosofia na transversalidade se dá principalmente por três 

motivos,   constantemente   identificáveis   no   discurso   das   pessoas   que   são   contra   a 

disciplinaridade, a precariedade na formação de   professores da   área;a   elevação dos gastos 

dos estados e municípios coma contratação de pessoal; a redução da filosofia e um discurso 

puramente pedagógico, o que se descaracterizaria naquilo que lhe é  peculiar.

  Considera­se  que   as   atividades   filosóficas,   que  não   subtrai  nenhuma  idéia  à   livre 

discussão, que se esforça em precisar as definições exatas das noções utilizadas, em verificar a 

validade dos raciocínios, em examinar com atenção os argumentos dos outros, permite a cada 

um aprender   e  pensar   por   si  mesmo.   (...)  O   ensino  de   filosofia   deve   ser   preservado  ou 

estendido   onde   já   existe,   criado   onde   ainda   não   exista,   e   denominado   explecitamente 

“filosofia”.     

12.2 ­ Objetivos Geral

Através dos conteúdos estruturantes mito e filosofia, Teoria do conhecimento, ética 

filosofia política, estética e filosofia da ciência estimular o trabalho da mediação intelectual, o 

pensar a busca da profundidade dos conceitos e das duas relações históricas, em oposição ao 

caráter imediatista que se assedia a permeia a experiência do conhecimento e as ações dela 

resultantes.

12.3 ­ Objetivos Específicos 

­ Apropiar­se de conhecimentos e modos discursivos específicos da filosofia .

­   Compreender   as   configurações   de   pensamento,   de   sua   constituição   histórica   e   de   seu 

funcionamento interno, tendo em vista a constituição de sistemas de referencia.

­ Entender da reflexão critica como processo sistemático e interpretativo do pensamento.  

­ Desenvolver métodos e técnica da leitura e analise de textos.

­ Produzir textos analíticos e reflexivos.

­ Desenvolver a discussão oral de modo sistemático.

­ Adquirir e reutilizar (transferir) conhecimentos, conceitos e procedimentos

12.4 ­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos   estruturantes   são   conhecimentos   basilares   de   uma   disciplina,   que   se 

constituíram historicamente em contextos e sociedades diferentes, mas que neste memento 

ganham sentido e significado político,  social e   educacional,   tendo em vista  estudante de 

ensino médio .

Está   diretriz   ao   propor   a   organização   do   ensino   de   filosofia   por   conteúdos 

estruturantes : Mito e filosofia, teoria do conhecimento, Ética Filosofia Política ,estética e 

filosofia   da   ciência,   em   seguida   esboçados,   objetiva   estimular   o   trabalho   da   mediação 

intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos  conceitos e das suas relações históricas, em 

oposições ao caráter imediatista que assedia a permeia a experiência do conhecimento e as 

ações dela resultante.

O professor da filosofia, dada sua formação sua especialização, suas leituras, poderá 

fazer   seu   planejamento   a   partir   dos   conteúdos   estruturantes   e   fará   o   recorte­conteúdo 

especifico   que   julgar   adequado   e     possível   .Por   exemplo:para   trabalhar   os   conteúdos 

estruturantes Ética e/ou Filosofia política ; o professor poderá fazer um recorte a   partir da 

perspectiva da filosofia latino­americana ou de qualquer outro sistema filosófico tendo em 

vista a pluralidade filosófica da contemporaneidade .Importante é que o ensino de filosofia de 

dê na perspectiva do diálogo filosófico, sem dogmatismo, puritanismo, niilismo, doutrinação, 

portanto sem qualquer condicionamento do estudante para o ato de filosofar.

O livro didático público de filosofia desenvolve conteúdos específicos a  aprtir de recortes dos 

conteúdos estruturantes proposto por esta diretriz.

O trabalho com os conteúdos estruturantes não exclui, de forma alguma, a história da 

filosofia   e,   tampouco,   as   perspectivas  que   aqui   denominamos  geográficas.  Os   conteúdos 

estruturantes   fazem parte  da  história  da   filosofia  e  podem ser   trabalhados      em diversas 

tradições,  como na   filosofia  européia,  na   ibero­americana,  na   latino­americana,  na  norte­

americana, na hispano­americana ,etc.

Filosofia é, notadamente,  os espaços da critica a toda a forma de dogmatismo, e, por 

ter como fundamento o exame da própria razão. Não se furta à discussão e à superação das 

perspectivas de cunho eurocêntrico.

Na perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo conteúdo não se refere 

apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos estudantes para que estes conheçam, 

memorizem, compreendam, apliquem, relacionem etc. O valor é   atribuído ao conhecimento 

no âmbito de uma cultura particular de um determinado momento histórico.

Os   conteúdos   estruturantes   não   devem   ser   entendidos   como   isolados   entre   si, 

estanques sem comunicação. Eles são dimensões da realidade que dialogam  continuamente 

entre si, com as ciências, com a arte, com  a historia, enfim, com as demais disciplinas.

Franklin Leopoldo e Silva  ao tratar da relação intra e interdisciplinar pergunta:

Qual   seria   o   papel   da   filosofia   no   currículo   do   Ensino   Médio?   A  filosofia aparece  como [...]   lugar e   instrumento de  articulação [...]  realiza o trabalho de articulação cultural. Pensar e repensar a cultura  não se confunde com compatibilização de métodos e sistematização de  resultados; é uma atividade autônoma e critica. Não devemos entender  que  a filosofia esta no currículo [...] em função das outras disciplinas,  quase  num papel  de  assessoria  metodológica.[...]  A   filosofia   tem a  função de articulação cultural e, ao desempenhá­la, realiza também a articulação do individuo enquanto personagem social, se entendermos  que   o   autentico   processo   de   socialização   requer   consciência   e   o  reconhecimento   da   entidade   social   e   uma   compreensão   critica   da  relação homem­mundo. ( Leopoldo e Silva, 1992, p.162).

               Além disso outro problema no ensino da filosofia  no Ensino Médio diz  respeito 

fundamentalmente àquilo que se pretende ensinar e como desenvolver esse ensino. A escola 

habituou o estudante a identificar a aprendizagem com a aquisição de conteúdos estáveis de 

conhecimento, acumulados progressivamente.

             Muitos   concursos  vestibulares  vêm reforçar   essa  pratica,   com seus  programas  de 

conteúdos  que  devem  ser   aprendidos  e  medidos  por  meio  de  prova.  Com a   inclusão  da 

filosofia nos concursos vestibulares, há de haver preocupação em não transformá­la em apenas 

alguns conhecimentos contidos nessa ou naquela escola filosófica, nessa ou noutra doutrina, 

nesse autor ou em outro. Esse tipo de educação não é adequado ao ensino de filosofia por suas 

próprias características aqui já expostas.

                 Considera­se que, do ponto de vista didático­pedagógico o ensino de qualquer das 

disciplinas do currículo escolar não pode prescindir de conteúdos objetivamente mediadores 

da construção do conhecimento.  Por   isso o currículo  de  filosofia  coloca­se frente  a  duas 

exigências que emergem da fundamentação desta proposta: e b) enquanto disciplina análoga a 

qualquer   outra   disciplina   do   currículo,   tem   nos   seus   conteúdos   elementos   mediadores 

fundamentais   para   que   possa   desenvolver   o   especifico   do   ensino   da   filosofia   a 

problematização, a investigação e a criação de conceitos.

                 Ao procurar romper com uma concepção enciclopédica da filosofia,  esta diretriz 

curricular   não   pretende  desvalorizar   conteúdos   que   possam   ser   trabalhados   ao   longo  do 

percurso filosófico. A aprendizagem de conteúdos esta articulada necessariamente à atividade 

reflexiva do sujeito, que aprende interrogando  e agindo sobre sua situação. Nesse sentido, o 

ensino de filosofia não se dá no vazio, no indeterminado, na generalidade, na individualidade 

isolada, mas requer dos estudantes compromissos consigo menos, com o outro e o mundo.

        Os conteúdos, como mediadores da reflexão filosófica, devem estar vinculados à tradição 

filosófica,  confrontado diferentes  pontos  de vista  e  concepções,  de modo que o estudante 

perceba  a  diversidade  de  problemas  e  de  abordagens.  Num ambiente  de   investigação,  de 

redescobertas e recriações,  pode­se garantir  aos educandos a possibilidade de elaborar, de 

forma problematizadora, duas próprias questões e tentativas de respostas. Com esse objetivo é 

que esta  diretriz  busca  justificar  e   localizar  cada conteúdo estruturante no Ensino Médio, 

indicando possíveis recortes a partir de problemas sobre os quais cada conteúdo estruturante 

nos remete a pensar. Além de tais recortes aqui apresentados, muitos outros são possível.

        

12.4.1 ­ Mito e filosofia

O   homem   pode   ser   identificado   a   caracterizado   como   um   ser   que   pensa   e   cria 

explicações. Criando explicações cria pensamento. Na criação de pensamento está presente 

tanto   o   mito   como   a   racionalidade.  Ou   seja,   base  mitológica,   enquanto  pensamento  por 

figuras, e a base racional, enquanto pensamento por conceitos são constituintes do processo de 

formação do conhecimento filosófico.Esse fato não pode deixar de ser considerado, pois é a 

partir dele que o homem desenvolve idéias, inventa sistemas, elabora leis, códigos, práticas. A 

compreensão histórica de como surgiu o pensamento racional, conceitual  entre os gregos foi 

decisiva  no  desenvolvimento   da   cultura  da   civilização   ocidental.Entender   a   conquista   da 

autonomia da racionalidade diante do mito marca o advento de uma etapa fundamental do 

pensamento e do desenvolvimento de todas as concepções cientificas produzidas ao longo da 

história.

O conhecimento de como isso se deu e quais foram as condições que permitiram a 

relação   do   pensamento   mítico   com   o   pensamento   racional   elucida   uma   das   questões 

fundamentais para a compreensão das grandes linhas de força que dominam todas as nossas 

tradições culturais. Dessa forma, é  de fundamental importância que o estudante do ensino 

médio conheça o contexto histórico e político do surgimento da filosofia e o que ele significou 

para a cultura helênica. Essa   relação do pensamento mítico com o pensamento racional no 

contexto grego é importante para que o estudante do Ensino Médio perceba que os mesmo 

conflitos vividos pelos gregos entre mito e razão são problemas presentes ainda hoje nossa 

sociedade, em que, por exemplo, a própria ciência ao deparar­se com o elemento da crença 

mitológica apresenta­se como neutra, escondendo interesses políticos e econômicos em sua 

roupagem sistemática.

12.4.2 ­ Teoria do Conhecimento

A teoria do conhecimento,  constituída como campo do conhecimento filosófico de 

forma autônoma apenas no inicio da idade moderna, ocupa­se de forma sistemática com a 

origem, a essência e a certeza do conhecimento humano. Aborda basicamente questões como 

estás:  quanto ao critério da verdade  “ O que permite reconhecer o verdadeiro?”;quanto à  

possibilidade do conhecimento”  Pode o sujeito apreender o objeto?”;  quanto ao âmbito do 

conhecimento  “abrange   ele   a   totalidade   do   real   ou   se   restringe   ao   sujeito   que 

conhece?”;quanto a origem do conhecimento “qual a fonte do conhecimento?”.

O estudante do ensino médio, em contato com questões como as descritas acima e 

deparando­se   com   a   realidade   que   o   cerca,   pode   exercer   a   atividade   reflexiva   tentando 

encontrar caminhos  e respostas diferentes para elas.

Além de evidenciar para o estudante os limites do conhecimento, a teoria do conhecimento 

possibilita­lhe perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e assim 

retomar problemáticas já pensadas na perspectivas de novas soluções relativas ao seu tempo.

      

12.4.3 ­ Ética

Ética é o estudo dos fundamentais da ação humana, Um dos grandes problemas do 

campo   da   ética   é   o   da   relação   entre   o   sujeito   e   norma.   Essa   relação   é   eminentemente 

conflituosa, uma vez que todo estabelecimento de norma implica cerceamento da liberdade “e, 

que compete à tessitura das forças sociais convencionar entre ambos alguma  de equilíbrio; ou 

então, por vezes, reconhecer que o equilíbrio se faz difícil e mesmo impossível (BORNHEIM, 

1997, P.247).

      A ética possibilita análise crítica para atribuição de valores. Nesses sentido, ela pode ser 

ao mesmo tempo especulativa e normativa, crítica da heteronomia e da anomia e propositiva 

na busca da autonomia. Por isso,  a ética possibilita o desenvolvimento de valores, mas pode 

ser também o espaço da transgressão,  quando valores imposto pela sociedade se configuram 

como instrumentos  de repressão, violência e injustiça.

         A  reflexão  ética  no  espaço  escolar   tem Poe   foco  a   ação   individual  ou  coletiva  na 

perspectiva da filosofia. Mais do que de ensinar valores específicos, trata­se de mostrar que o 

agir fundamento propicia conseqüências melhores e mais racionais que o agir sem razão ou 

justificativas

      No Ensino Médio importa chamar atenção para os novos desafios da reflexão ética na vida 

moderna,  quando enfrentamos, por exemplo,  a contradição entre projeto de construção de 

sociedades   livres   e   democráticas   e   crescimentos   dos   fundamentalismo   religiosos   e   do 

pragmatismo político que visa a reordenação dos espaços privados e públicos .

12.4.4 ­ Filosofia política 

Regimes democráticos são exceção no espaço e no tempo. Temos de reconhecer que a 

modernidade   trouxe   conquistas   fundamentais,   como   a   valorização   da   subjetividade   a   da 

liberdade individual. Se, por um lado, o modelo da representação política foi a única forma 

encontrada para viabilizar  o retorno da democracia nas sociedades modernas,  por outro  é 

preciso admitir que vivemos hoje uma crise da representação política que colocam em questão 

atual modelos das chamadas republicas democráticas liberais. Vivemos uma  hera em que os 

direitos humanos e políticos conquistados a partir do século XVIII não garantem os direitos 

sociais mais elementares para a maioria das pessoas.

No plano das reações internacionais, os recentes acontecimentos, como as guerras de 

invasão, as ações terroristas estatais ou não, o desrespeito aos direitos humanos nos impõe 

uma serie de questões sobre o sentido do poder, da soberania, da democracia, da liberdade e 

dá tolerância.

         A filosofia política busca discutir  as relações de poder e compreender os mecanismos 

que estruturam e   legitimam os  diversos  sistemas  políticos.  No Ensino  Médio,   a   filosofia 

política   tem   por   objetivo   problematizar   conceitos   como   o   de   cidadania,   democracia, 

soberania, justiça, igualdade e liberdade, dentre outros, de modo que se atenda ao dispositivo 

da LDB preparando o estudante para uma ação política efetiva.

      

12.4.5 ­ Filosofia da ciência 

       Filosofia da ciência é o estudo critico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das 

diversas ciência. Consiste em refletir criticamente o conhecimento científico, para conhecer a 

analisar     todo o  processo  de  construção  da  ciência  do  ponto  de  vista   lógico,   lingüístico, 

sociológico, interdisciplinar, político, filosófico e histórico. Ciência e tecnologia são frutos da 

cultura do nosso tempo e envolvem o universo empirista e pragmatista  da pesquisa aplicada, 

daí  por  que surge necessidade de  entendê­las,  e  é  exatamente  ai  que está   importância  da 

filosofia da ciência. 

      Ela nos mostra que o conhecimento cientifico é provisório, jamais acabado ou definitivo, 

sempre tributário de fundamentos   ideológicos, religiosos, econômicos, políticos e históricos. 

Vivemos um momento de triunfo da ciência­  genoma,  transgênicos,  clonagem, que fazem 

parte do nosso cotidiano, são apresentados de forma cristalizadas, e definitiva, indicando que 

fazemos  parte  de  uma  civilização  que   elabora   sob  medida  as   condições   ideais   de  nossa 

existência  numa perspectiva   técno­cientifica  a   filosofia  da ciência  serve como ferramenta 

capaz de questionar  tal visão.

           No  contexto  do  ensino  médio,  portanto,   importa   estudar   a   filosofia  da  ciência  na 

perspectiva   da   produção   do   conhecimento   cientifico,   problematizando   o   método, 

possibilitando o contato com o modo como os cientistas trabalham e pensam.

12.4.6 ­ Estética

      As atitudes problematizadora investigativa característica da filosofia voltam – se também 

para a realidade sensível. Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão 

intuitiva do mundo concreto e a forma com elas determinam as relações do homem com o 

mundo   e   com   sigo   mesmo   é   objeto   do   conteúdo   estruturante   de   estética.   Voltada 

principalmente para a beleza e a arte, a estética está     intimamente ligada a realidade e às 

pretensões humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir, completar, alterar, apropiar­

se  do mundo enquanto realidade humanizada.

       Na contemporaneidade, a estética possibilita­lhes compreender a apreensão da realidade 

pela   sensibilidade,   perceber   que   o   conhecimento   não   pe   apenas   resultado   da   atividade 

intelectual,  mas  também da  imaginação,  da  intuição e da fruição,  que contribuem para a 

constituição de sujeitos críticos e criativos. 

12.5 ­ CONTEÚDOS PARA O ENSINO MÉDIO

12.5.1 ­ 1ª série 

PARA QUE FILOSOFIA

­ Para que filosofia 

­ Atitude filosófica 

­ Atitude crítica 

­ Filosofia: Um pensamento sistemático 

          

 MITO E FILOSOFIA 

­ O mito: o que é?

­ Os poetas gregos

­ O saber mítico

­ Deuses e seres mitologicos

­ Nascimento da filosofia 

­ Condições para o nascimento da filosofia

­ Passagem do mito para razão

­ Características da filosofia nascente

­ Os períodos da filosofia: ­ Pré­socráticos – Sócrates, ­ Aristóteles, ­ Platão 

­ Aspectos da filosofia contemporânea

­ A razão e a filosofia

­ A verdade e a filosofia

­ A razão: inata ou adquirida

TEORIA DO CONHECIMENTO 

­ A preocupação com o conhecimento

­ Heráclito, Parmênides e Demócrito

­ Sócrates e os sofistas

­ Platão e Aristóteles

­ Princípios gerais

­ Os modernos e a teoria do conhecimento

­ Bacon e Descartes

­ Locke

­ A consciência: o eu, a pessoa, o cidadão e o sujeito

­ Subjetividade

­ A percepção

­ A memória

­ A imaginação

­ A linguagem 

­ O pensamento 

­ A consciência pode conhecer tudo?

ÉTICA

• Senso moral e consciência moral

• Ética e violência

• Juízo de fato e de valor

• Os constituintes do campo ético

• Natureza humana e dever

• Cultura e dever

• Virtude e vicio

• Razão, desejo e vontade

• Ética das emoções e do desejo

• A liberdade

• Três concepções de liberdade

• Vida e morte

• Amizade

• Felicidade

• Amor

• O homem e seus sentimentos

12.5.2 ­ 3º série           

FILOSOFIA POLITICA

           ­    Origem da vida política

• Finalidade da vida política

• Os regimes políticos

• O poder teológico­politico

• O ideal republicano

• Ética e política

• A construção do Príncipe

• Autorictas e potestas

• Dualismo do poder

• Antes de “O Príncipe”

• O mundo desordenado

• Estado de natureza, contrato social e estado civil

• Liberalismo e antigos regimes

• A cidadania liberal

• A idéia de revolução

• Significado política das revoluções

• A política contra a servidão voluntária

• Gêneses da sociedade e do estado

• A questão democrática

• O totalitarismo

• A sociedade democrática

• A democracia no Brasil

FILOSOFIA DA ARTE (ESTÉTICA)

• O universo das artes

• Unidade do eterno e do novo

• Arte e técnica

• Arte e religião

• Arte e filosofia

• Arte e sociedade

• Relação entre arte e natureza

• Relação entre arte e humano

• Finalidade e função da arte

• Industria cultural e cultura de massa

• Os meios de comunicação

• Cinema e televisão

• A presença virtual

• A industria da moda

• Os padrões de beleza

• O belo e o grotesco (categorias estéticas)

FILOSOFIA DA CIÊNCIA 

• Atitude cientifica

• O senso comum

• Características do senso comum

• A ciência na historia: 3 concepções

• Diferença entre ciência antiga e ciência atual

• As mudanças das ciências

• Desmentindo a evolução e o progresso da ciência

• Classificação das ciências

• O campo das ciências da natureza

• As ciências da vida

• As ciências humanas

• O ideal cientifico

• Ciência desinteressada e utilitarismo

• Ideologia cientifica

• A ilusão da neutralidade da ciência

• A razão instrumental

• Confusão entre ciência e técnica

• O uso da ciência

• A bioética

12.6­ METODOLOGIA 

O trabalho com os conteúdos  estruturantes da filosofia e seus conteúdos específicos 

se Dara em quatro momentos: A sensibilização, a problematização, a investigação e a criação 

de conceitos. 

 ensino da filosofia pode começar pelas exibição de um filme ou de uma imagem ; da 

leitura   de   um   texto   jornalístico   ou   literária;   da   audição   de   uma   musica   tanta   são   as 

possibilidades   para   atividades   geralmente   conduzidas   pelo   professor,   com   o   objetivo   de 

investigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a 

ser desenvolvido. A isso se chama sensibilização. 

Após   a   sensibilização   inicia­se   o   trabalho   propriamente   filosófico­   a 

problematização,a   investigação,a   criação   de   conceitos,o   que   não   significa   dizer   que   a 

sensibilização não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo problematizado.

  A problematização ocorre quando o professor e estudantes, a partir do conteúdo em 

discussão, levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo em discussão, 

levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. È importante ressaltar que 

os   recursos  utilizados  para   a   sensibilização,   sejam   filme,  musica  ou  o   texto,   podem  ser 

retomadas a qualquer  momento.

   O ensino da filosofia não pode prescindir do acontecimento   de onde   emergem os 

devires que orientam a elaboração de problemas. Os problemas filosóficos não se encontram 

(somente)   nos   textos   filosóficos   e   se   quer   podem   ser   comunicadas  pelos  professores   de 

filosofia; eles estão submetidos aos devires, as orientações e às direções que não pertencem à 

historia da filosofia, mas do acontecimento. Mesmo que os problemas estejam orientados para 

o passado ou para o futuro, estão submetidos às multiplicidades   aos devires que emergem 

como  forças  que  operam em silencio.  Os  problemas  emergem dos  acontecimentos  e  das 

experimentações (GALLINA, 2004, P.361).

  Problematizando, o professor convida o estudante a analisar o problema, o que se faz 

por  meio  de   investigação,  que  pode   ser  o  primeiro  passo  para  possibilitar   a   experiência 

filosófica.   Recorrendo   a   historia   da   filosofia   aos   clássicos   o   estudante   defronta­se   com 

diferentes maneiras de enfrentar o problema e com as possíveis soluções já elaboradas, que 

embora não resolvam o problema, orientam a discussão.

 O ensino da filosofia deve estar  na perspectiva de quem dialoga com a vida com isso 

é   importante que na busca de resolução do problema haja preocupação também com uma 

analise da atualidade, como abordagem contemporânea que remeta o estudante a sua própria 

realidade.   Dessa   forma,   partindo   de   problemas   atuais   estudadas   a   partir   da   historia   da 

filosofia,   do   estudo  dos   textos   clássicos,   de   interpretação   cientifica   e   de   sua   abordagem 

contemporânea, o estudante do ensino médio podem formular seus conceitos construir seu 

discurso   filosófico.   O   texto   filosófico   que   ajudou   os   filósofos   a   entender   e   analisar 

filosoficamente o problema em questão será trazido para o presente com o objetivo de fazer 

entender o que acorre hoje e como podemos, a partir da filosofia, entender os problemas de 

nossa sociedade.

          Ao final desse processo, o estudante, via de regra, encontrar­se –á apto a elaborar um 

texto, um construtor teórico; terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e 

criativo   e   socializara  para  discussão.  È   este  o   sentido  que   se  deve  atribuir   a   criação  de 

conceitos no nível médio. [...] é mais fácil expor o pensamento alheio do que pensar por conta 

própria. Expressão, alias, redundante, porque, ou se pensa por conta própria, ou não se pensa, 

não sendo possível, como é obvio, pensar com a cabeça dos outros. (CORBISIER, 1986, P.82­

83).

Após esse exercício, o estudante terá condições de perceber o que esta implícito nas 

idéias   e   como   elas   se   tornam   conhecimento   e   por   vezes   ideologia,   criando   assim   a 

possibilidade argumentar filosoficamente por meio de raciocínio lógicos num pensar coerente 

e critico.

É imprescindível que o ensino da filosofia seja permeada por atividades investigativas 

individuais  e  coletivas  que organize  e  orienta  o  debate   filosófico,  dando­lhe  um   caráter 

dinâmico e participativo.

O ensino da filosofia, uma vez que articula vários elementos, pressuponha um bom 

planejamento que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outros estratégias, afim de 

que a investigação seja de fato a diretriz do ensino.

  Na proposta de trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas significativos 

para estudantes de Ensino Médio é importante que haja preocupação de não ser superficial e 

de demorar o tempo necessário para realização de todo o processo de ensino proposto, desde a 

sensibilização para problema passando para o estudo do texto filosófico, até a elaboração de 

conceitos, para que se garanta de fato a reflexão filosófica. 

Na perspectiva, sabe­se de onde se parte no ensino da filosofia que pode surpreender 

com as possibilidades criadas, dada dinâmica do processo. O bom planejamento impede  que 

se caia no vazio e nos prováveis desastres do espontaneísmo.

O   livro   didático   publico   de   filosofia   incorporou,   dentro   de   seus   limites   e 

possibilidades, os quatro momentos do ensino de filosofia incorporou, dentro de seus limites e 

possibilidades,   os   quatro   momentos   do   ensino   de   filosofia:   a   sensibilização,   a 

problematização, a investigação e a criação de conceitos. Se o conteúdo filosófico. O livro 

didático é  sempre um ponto de partida e  nunca um fim em si.  Além dele,  muitos outros 

recursos poderão ser utilizados para enriquecer a investigação filosófica, como por exemplo, a 

consulta ao acervo da biblioteca do professor, disponível em todas as escolas de Ensino Médio 

do Estado do Paraná com a finalidade de subsidiar a pesquisa de professores e estudantes de 

filosofia. Ou ainda, acessar o Portal Dia a Dia  Educação e explorar os recursos de estudo e 

pesquisa lá disponíveis.

12.7 ­  AVALIAÇÃO

             A avaliação para o ensino de filosofia não deve se restringir ao mero cumprimento de 

exigências legais, para a mensuração de notas. A avaliação deve estar inserida no contexto da 

própria aula de filosofia e sua especificidade. Esta especificidade deve ser levada em conta no 

processo de avaliação como advertem Koham & Wakasman (2002, p. 32): a filosofia como 

pratica,  como discussão  com o  outro,   como construção  de  conceitos,   encontra   então   seu 

sentido   na   experiência   de   pensamento   filosófico.   Entendemos   por   experiência   esse 

acontecimento inusitado que o educador pode propiciar, preparar, porém, não determinar e, 

menos ainda, avaliar ou medir.

           A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não possui uma 

finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação 

do   processo   ensino­aprendizagem,   tendo   em   vista   garantir   a   qualidade   do   processo 

educacional, que professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo 

coletivamente.  No ensino  de   filosofia,  a  avaliação não se   trata  meramente  de  perceber  o 

quanto   a   aluno   assimilou   o   conteúdo   presente   na   historia   de   filosofia,   o   problema   dos 

filósofos, nem tão pouco sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.

         Ao avaliar o professor deve ter um profundo respeito pela pessoa e pelas posições dos 

estudantes mesmo que o professor não concorde com elas, o que esta em jogo é a capacidade 

de argumentar e identificar os limites da própria posição.

O   que   deve   ser   levado   em   consideração   é   a   atividade   com   conceitos,   a   capacidade   em 

construir   e  avaliar  posições  em detectar  os  princípios   subjacentes   aos   temas  e  discursos. 

Lembremos   da   divisão   canônica   de   Deleuze   e   Guattari,   que   referem   as   três   idades   do 

conceito.

Os pós­kantianos giraram em torno de uma enciclopédia universal do conceito, que 

remeteria sua criação a uma pura subjetividade, em lugar de propor uma tarefa mais modesta, 

uma pedagogia do conceito, que deveria analisar as condições de criação como fatores de 

momentos que permanecem singulares. Se as três idades do conceito são a enciclopédia, a 

pedagogia e a formação profissional comercial, só a segunda pode nos impedir de cair, dos 

picos do primeiro,  no desastre absoluto do  terceiro,  desastre absoluto para o pensamento, 

quaisquer que sejam, bem entendido, os benefícios sociais do ponto de vista do capitalismo 

universal.(DELEUZE, G; GUATTARI, F. 1992. P 21).

            Avaliar a capacidade do estudante do ensino médio em criar conceitos. Que conceitos 

foram elaborados. Que pré­conceitos foram quebrados. Qual o discurso que se tinha antes e 

qual o discurso se tem após o estudo, aula de filosofia. Neste sentido  a avaliação de filosofia 

tem inicio já com a sensibilização, coletando que o aluno pensa antes (preconceitos) e o que 

pensa após o processo de criação de conceitos. Nesse sentido é possível entender a avaliação 

como um processo que se dá no interior da própria aula de filosofia e não um momento em 

separado destinado a avaliar.

        A avaliação deve ser concebida na sua função diagnostica, isto é, ela não tem finalidade 

em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso de ação no 

processo   ensino­aprendizagem,   tendo   em   vista   garantir   a   qualidade   que   professores, 

estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. Sendo assim, 

apesar  de sua  inequívoca  importância  individual,  no ensino de filosofia,  avaliação não se 

resumiria apenas a perceber quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na historia de 

filosofia, do texto, ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade de 

tratar deste ou daquele tema.

O ensino de filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, conforme salienta Langón: 

Ora, parece­me que a atividade filosófica do mestre consiste em gerar ou dar poder ao outro: 

isto   quer   dizer   também   fazê­lo   responsável.   Nisto   reside   à   fecundidade,   a   atividade   de 

“produzir”   a   capacidade   de   pensar,   dizer   e   agir   de   outro,   que   implica   a   realização   de 

pensamentos,   palavras,   ações  diferentes   das  do  mestre,   que   lhe   escapam  ao  querer   e   ao 

“controle” [...] Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto não é um querer fácil 

(2003, p.94).

Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo 

que não concorde com elas, pois o que esta em jogo é a capacidade dele de argumentar e de 

identificar os limites dessas posições. O que deve ser levado em consideração é a atividade 

com   conceitos,   a   capacidade   de   construir   e   tomar   posições,   de   detectar   os   princípios   e 

interesses subjacentes aos temas e discursos.

           É   relevante avaliar a capacidade do estudante do ensino médio de  trabalhar  e  criar 

conceitos: qual conceito trabalhou e criou; qual discurso tinha antes e qual discurso tem após 

o estudo de filosofia. A avaliação de filosofia tem inicio já com a sensibilização, coletando o 

que o estudante pensava antes e o que pensava após o estudo. Com isso é possível entender 

avaliação como um processo que se dá no processo e não como um momento separado, visto 

em si mesmo.

12.8 ­ RECUPERAÇÃO SIMULTÂNEA

               A recuperação simultânea será  feita após o professor anotar os conteúdos que não 

houveram aprendizagem.

          Será realizada a critério do professor, porém obrigatório, pois é um direito do aluno.

          Os instrumentos usados serão;

• Aula expositiva e individual;

• Trabalhos de pesquisa;

• Execução de exercícios;

• Avaliações.

12.9 ­  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASPIS, R.  O professor de filosofia:o ensino da filosofia no ensino médio como experiência 

filosófica.   In.   Cadernos   CEDES,   nº   64.   A   filosofia   e   seu   ensino.   São   Paulo:   Cortez; 

Campinas, CEDES, 2004)

BORNHEIM, G. O sujeito e a norma. In. NOVAES, Adauto. Ética. São Paulo: Companhia das 

letras, 1997.

CHAUI, M. Convite a filosofia. 13ª edição. São Paulo. Àtica.2003.

CHAUI, M. O retorno do teológico – político. In:  retorno ao republicanismo. Sérgio Cardoso 

(org). Belo horizonte: Editora UFMG, 2004.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. E Alberto 

Alonso muñoz. Rio de janeiro: ed.34, 1992. 288 p.(Coleção trans )­ Título Original: qu’est­ ce 

que la philosophie? 

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ­SEE­SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO.

Diretriz curriculares de filosofia para o Ensino Médio. Versão preliminar , 2006.

GALLO,S.; KOHAN, W.O.(orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis; Vozes, 2000.

KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas Atuais do ensino de filosofia no Brasil.in; FÁVERO A 

A;  KOHANN, W.O.;  RAUBER,     J.J  Um olhar   sobre  o  ensino  de   filosofia.   Ijuí:  Ed.  Da 

UNUJUI, 2002.

MARCUSE, H.  Eros e civilização. Uma interpretação filosófica do pensamento de Freud. 

Tradução de Álvaro Cabral. Rio de janeiro: Guanabara koogan. 

MARX, K.  Manuscrito econômico­filosóficos.  Tradução do original alemão (MEGA), por 

Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo, 2004.

RANCIÉRE, J.  A partilha do sensível. Estética e política. Tradução de Mônica Costa Netto. 

São Paulo:EXO experimental org.; Ed34,2005. 

13.0 ­ PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA

13.1 ­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O   olhar   sobre   a   natureza   tem   origem,   provavelmente   no   período   paleolítico,   na 

tentativa humana de resolver seus problemas de ordem prática e garantir  sua subsistência. 

Assim, a astronomia é, talvez, a mais antiga das ciências tendo encontrado a sua racionalidade 

pelo interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas observadas nos céus. Muitos foram 

os estudos e contribuições, mas a história da física nos mostra que até  o Renascimento, a 

maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à Geometria euclidiana, a Astronomia 

geocêntrica de Ptolomeu e a Física de Aristóteles, a qual foi bastante divulgada na Idade 

média a partir de traduções dos árabes.

A Física tal qual a conhecemos hoje foi inaugurada por Galileu Galilei, no século XVI, 

com   uma   nova   forma   de   se   conceber   o   universo   através   da   descrição   matemática   do 

fenômenos físicos.

Newton e seus sucessores carregam a idéia de que o universo se comporta com uma 

regularidade  mecânica,   conhecido  como mecanismo,   e   está   alicerçado  em dois  pilares:   a 

Matemática, como linguagem para expressar leis, idéias e elaborar modelos para descrever os 

fenômenos físicos e a experimentação, como forma de questionar a natureza, de comprovar 

idéias de testar nossos modelos.

No final da segunda grande guerra marca uma euforia no ensino da ciências de uma 

maneira geral, provocando mudanças no currículo escolar da disciplina. Essa busca por novas 

tecnologias de guerra, iniciada com o desenvolvimento da bomba atômica ampliar o clima de 

rivalidade,   levando   as   grandes   potências   a   uma   corrida   armamentista.   No   ano   de   1957 

aconteceria   o   lançamento   do   primeiro   satélite   artificial,   o   Sputnik,   pela   antiga   União 

Soviética, antes dos Estados Unidos. O fato foi atribuído ao avanço tecnológico e científico 

soviético e ao seu ensino.

Portanto a ciência surge na tentativa humana de decifrar o universo físico, determinada 

pela   necessidade   humana   de   resolver   problemas   práticos   e   necessidades   materiais   em 

determinada época, logo é histórica constituindo­se em visão do mundo. Disciplina associada 

a dois tipos de trabalho: um teórico e um experimental. Em ambos o objetivo é estabelecer um 

“modelo” de representação de um fenômeno. No teórico é feito um conjunto de hipóteses, 

acompanhadas de um formalismo matemático, cujo conjunto de equações devem permitir que 

se façam previsões, podendo, as vezes, receber o apoio de experimentos, onde se confronta os 

dados coletados com os previstos pela teoria. 

Entende­se que uma abordagem histórica dos conteúdos ser apresenta como útil e rica, 

pois pode auxiliar os sujeitos a reconhecerem a ciência como um objeto humano, tornando o 

conteúdo   científico   mais   interessante   e   compreensível,   humanizando   a   ciência   e, 

aproximando­a dos estudantes.

Assumindo para o ensino de Física o pressuposto fundamental que considera a Ciência 

como uma  produção  cultural,   um objeto  humano  construído  e  produzido    pelas   relações 

sociais   e,   a   partir   desse   pressuposto,   consensuamos:   a)   que   o   processo   de   ensino 

aprendizagem, em física, deve partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como 

fruto de suas experiências de vida em seu contexto social e que, na escola se fazem presentes 

no momento em que se inicia aquele processo. b) que a experimentação no ensino de Física é 

importante se entendido como uma metodologia de ensino que pode contribuir para fazer a 

ligação entre teoria e prática, por proporcionar uma melhor interação entre professor e alunos 

e,   entre   grupos   de   alunos,   contribuindo   para   o   desenvolvimento   cognitivo   e   social   dos 

estudantes.   c)   Física   não   se     separa   das   outras   disciplinas.e)   que   é   preciso   localizar   os 

conteúdos a serem trabalhados num contexto social, econômico, cultural e histórico, situando­

se no tempo e no espaço.

A  física   é   um conhecimento  que  permite   elaborar  modelos  de  evolução   cósmica, 

investigar os mistérios do mundo submicroscópico das partículas que compõem a matéria, ao 

mesmo   tempo  que  permite   desenvolver   novas   fontes   de   energia   e   criar   novos   materiais, 

produtos e tecnologias.

Espera­se que o ensino de física da escola média contribua para a formação do ser 

humano   com   a   natureza   em   transformação.   É   necessário   que   essa   cultura   inclua   a 

compreensão das diversidades, das origens afro e seus descendentes dando a elas seu devido 

valor.

13.2 ­ OBJETIVOS GERAIS

•  Desenvolver a capacidadade de leitura, possibilitando análise do fenômeno físico.

• Explorar  cronologicamente  a  evolução científica,  obtida  em decorrência  do  estudo 

físico.

•  Identificar e aplicar os conceitos físicos juntamente com a tecnologia científica.

• Compreensão dos fenômenos físicos e estabelecer correlação com nosso cotidiano.

• Compreender   tecnologia   ambientalmente   sustentável,   e   adicionalmente   discutir 

possíveis parâmetros físicos envolvidos nas propostas estabelecidas pela Agenda 

13.3 ­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

 ­ MOVIMENTO A mecânica de Newton está ligada às questões externas ao meio científico como, por 

exemplo, as guerras, o comércio, os mitos e a religião. Ela teve suas origens na astronomia e a 

cosmologia, na Geometria e as técnicas de construção de máquinas, ciências que surgiram 

pelas necessidades postas pelas diversas civilizações que nos antecederam.

Mas,   não   só   por   isso,   também   porque   o   estudo   dos   movimentos   permite   a 

compreensão de fenômenos ligados ao cotidiano do estudante como o caminhar, o movimento 

de projéteis e dos automóveis, o equilíbrio de corpos num meio fluido, o movimento dos 

planetas em torno do sol e o da Lua em torno da Terra. Ressalta­se ainda a importância de 

algumas   entidades   físicas,   aplicadas   tanto   a   partículas   como   nas   ondas,   por   exemplo,   o 

momentum e a energia, cuja compreensão é extremamente importante para estudos que vão 

desde colisão de duas bolas de gude, até a compreensão de processos que envolvem a moderna 

cosmologia.

Dentro do estudo dos movimentos também é possível avançar em questões já antigas, 

mas nem por isso desatualizadas, por exemplo: Como surgiu o universo? Houve um início de 

tudo?

13.3.1 ­  1ª Série

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA SÉRIE• Reconhecer  e  utilizar  adequadamente  na  forma oral  e  escrita,  símbolos,  códigos e 

nomenclatura da linguagem científica.

• Observar os diferentes movimentos executados por um móvel.

• Reconhecer força como uma grandeza física.

• Verificar a aplicabilidade das leis Físicas às leis de trânsito.

• Caracterizar grandezas vetoriais.

• Compreender as leis de Newton.

• Diferenciar o conceito de peso e massa.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Histórico

Transformação de unidades

Conceitos básicos da física

Notação científica

Princípios da cinemática

Velocidade escalar média e instantânea

Movimento uniforme

Movimento uniformemente variado

Queda de corpos

Movimento circular

Leis de newton

13.3.2 ­ 2ª Série

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA SÉRIE• Compreender os diferentes tipos de energia mecânica.

• Reconhecer as diversas formas de atrito.

• Analisar as diferentes formas de energia.

• Observar  o uso da  energia no desenvolvimento da Sociedade e as   formas alternativas 

possíveis ou existentes em sua cidade.

• Compreender os conceitos de velocidade e aceleração, bem como sua aplicabilidade no 

cotidiano.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Gravitação universal Energia

Impulso e conservação da quantidade de movimento

Colisões

Equilíbrio de um ponto material

Equilíbrio de um corpo externo

13.3.3 ­ 3ª Série

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA SÉRIE• Analisar o funcionamento de alavancas.

• Compreender o que significa fluido e como se apresenta.

• Reconhecer os diferentes aspectos da pressão.

• Analisar a relação entre densidade e empuxo.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Pressão

Empuxo

­ TERMODINÂMICA A palavra termodinâmica é derivada do grego thermê (calor) e dynamis (força) e seus 

estudos  baseiam­se  nos   conceitos   de   temperatura,   calor   e   entropia   e,   pela   etimologia  da 

palavra, das relações entre calor e trabalho mecânico. A partir do desenvolvimento das ideias 

da   Teoria   Cinética   dos   gases   e   da   Mecânica   Estatística,   ambas   ocorridas   no   âmbito   da 

Termodinâmica,   foi  possível  o  entendimento do mundo microscópico  da  matéria,  abrindo 

novos e vastos campos de estudos.

Entender os processos em que ocorrem trocas de calor, tão presentes no cotidiano dos 

estudantes, e os seus principais conceitos, torna­se fundamental para um estudante ao qual se 

deseje   apresentar   a   Física   como   uma   Ciência   em   construçãoe,   portanto,   compreender   o 

universo em que vivemos.

O aperfeiçoamento da máquina a vapor trouxe uma grande variedade de máquinas, 

progresso e mudanças sociais em todo mundo.

 13.3.4 ­ 1ª Série

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA SÉRIE• Distinguir calor e temperatura, bem como as condições como ocorrem.

• Caracterizar as diferentes formas de propagação de calor e em que estado ocorrem.

• Analisar as diferenças climáticas, valorizando cada lugar, povo e etnia, dando ênfase as 

afro descendentes.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Temperatura e calor

Termômetro

Escalas termométricas

Dilatação térmica

Calorimetria

Transformações gasosas

Termodinâmica

 13.3.5 ­ 2ª Série

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA SÉRIE• Conhecer os tipos de radiação existentes.

• Conhecer os diferentes tipos de termômetros e sua evolução.

• Compreender os diversos tipos de dilatação e como se apresentam.

• Conhecer o motivo do congelamento superficial da água e sua importância na manutenção 

da vida em nosso planeta.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Introdução à óptica

Reflexão da luz

Refração da luz

13.3.6 ­ 3ª Série

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA SÉRIE• Conhecer as leis das principais transformações gasosas.

• Distinguir fontes de luz primária e secundária.

• Entender as leis de reflexão da luz

• Distinguir   reflexão e refração da  luz e as  condições  para que estes  fenômenos 

ocorram.

• Analisar as consequências da propagação retilínea da luz.

• Conhecer o funcionamento do olho humano bem com as doenças da visão.

• Textos informativos alunos / comunidade: leitura e confecção.

• Visita á lojas de eletrodomésticos.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Reflexão total

Lentes esféricas

Ondulatória

­ ELETROMAGNETISMO  Torna­se um importante campo de estudos para o estudante do Ensino Médio, visto 

que seu conhecimento e aplicação não estão ligados apenas à compreensão da natureza, mas 

também às   inúmeras   inovações   tecnológicas  surgidas  nos  últimos  cem anos,  a  partir  dos 

trabalhos  de Maxwel,  cujas equações  levam às  quatro  leis  do Eletromagnetismo Clássico. 

Aliás,   foram  às   dificuldades  de   transformação  de   referencial   nestas   equações  que  deram 

origem à teoria da Relatividade Especial, proposta em 1905, por Einstein.

O desenvolvimento de seus campos de estudos é favorecido pela Segunda Revolução 

Industrial   e,   talvez,   o   único   com   aplicações   tecnológicas   imediatas,   tornando­se   uma 

contribuição fundamental para o estabelecimento da sociedade capitalista, a partir do século 

XIX. Certamente, o breve século XX, parafraseando Hobsbawm, teria sido mais longo se não 

tivessem ocorrido tantas descobertas propiciadas por esse campo de estudos que unificou a 

eletricidade e o magnetismo, a partir da descoberta de Oersted em 1820.

13.3.7 ­ 1ª Série

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA SÉRIE• Compreender a formação da corrente elétrica.

• Reconhecer e entender os diferentes corpos condutores e isolantes. 

• Relacionar   as   contribuições   que   a   descoberta   da   eletricidade   proporciona   para   o 

desenvolvimento da tecnologia.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Carga elétrica

Condutores e isolantes elétricos

Processos de eletrização

Lei de Coulomb

Campo elétrico

Equilíbrio eletrostático

Capacitores

Corrente elétrica

 13.3.8 ­ 2ª Série

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA SÉRIE• Conhecer o funcionamento dos imãs naturais e artificiais.

• Aprender a ação da força magnética sobre as diferentes formas de condutores.

• Compreender a indução eletromagnética e sua finalidade.

• Descrever os processos de utilização da indução eletromagnética.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Magnetismo

Campo magnético

Força magnética

Indução eletromagnética

Física moderna

Princípios da Relatividade

Mecânica Quântica

13.3.9 ­ 3ª Série

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA SÉRIE• Reconhecer os diversos componentes de um circuito elétrico.

• Compreender como a D.D.P interfere no funcionamento de eletrodomésticos.

• Análise de contas de consumo de energia elétrica e medidores e de energia elétrica.

• Textos   informativos   alunos/comunidade:   leitura   e   confecção   bem   como   prevenção   de 

acidentes com energia elétrica.

• Analisar os avanços tecnológicos a partir da eletricidade, suas aplicações e evoluções.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Circuitos elétricos

Resistência elétrica

Associação de Resistores

Redes elétricas

Potência elétrica

Geradores

Associação de Geradores

Rendimento de um gerador

Receptores

Medidores

13.4 ­ METODOLOGIA 

É imprescindível, que o estudante compreenda os fenômenos físicos através da leitura, 

interpretação   e   análise.  Adicionalmente   estabelecer   relações  dos   conceitos   físicos   com o 

cotidiano. Estes conceitos físicos devem ser associados com exemplos do dia­a­dia, incluindo 

a   execução   de   experimentos   laboratoriais.   Aula   experimental   será   de   fundamental 

importância, pois o aluno se colocará na condição de um cientista e, evidentemente que o 

aluno será induzido a refletir sobre determinado assunto.

Correlacionando   teoria   com   a   prática,   o   estudante   identificará   e   levantará 

questionamentos de “como” aplicar conceitos físicos juntamente com a tecnologia. Portanto, 

essa postura será um fator determinante na construção de seu conhecimento, que contribuirá 

para sua formação como cidadão.

Realizar pesquisas, com auxílio do livro didático, revistas científicas e internet, por 

exemplo; funcionam como um instrumento de mediação na sala de aula, entre aluno­aluno e 

aluno­professor,   levando a novas questões e discussões.  A elaboração de relatórios  leva o 

estudante   a   refletir   sobre   o   fenômeno   discutido.   A   resolução   dos   exercícios   reforça   a 

compreensão dos temas abordados.

Nota: Atividades desenvolvidas desempenhadas com alunos portadores de deficiência. 

Na   resolução  de  problemas,   primeiramente   será   retirado  os  dados  do   enunciado   e   então 

executado a resolução detalhada. Além disso, o aluno terá acompanhamento na resolução dos 

demais   exercícios,   ou   então   na   compreensão   das   fórmulas.   Para   facilitar   o   nível   de 

compreensão   do   tema,   os   conceitos   serão   abordados   com   a   descrição   de   exemplos   do 

cotidiano do aluno. Para verificação da aprendizagem, o aluno desenvolverá um roteiro de 

estudo, respondendo um questionário, baseado em um texto, por exemplo. Vale ressaltar, que 

se   for   necessário,   haverá   alteração   nas   atividades   descritas   acima,   para   adequação   das 

estratégias de aprendizagem e, portanto obtenção de melhores resultados.

Permitir  que o aluno analise os avanços da física,  os  cientistas,  responsáveis,  suas 

diferentes  origens   e   contribuições  de  modo   a  valorizarem as  diferentes   culturas.  Pois   os 

avanços   conquistados   são   em   função   do   estudo   e   dedicação   de   cada   um   em   particular, 

independente de sua origem.

13.5 ­ AVALIAÇÃO 

A   avaliação   deve   ser   processual   e   diagnóstica;   individual   e   escrita,   avaliação   em 

grupo, recuperação simultânea, auto – avaliação, participação nas atividades desenvolvidas, 

pesquisa de campo, debates e seminários serão utilizados como ferramentas para verificar o 

progresso do estudante na disciplina de Física.

O processo avaliativo parte do pressuposto de que se defrontar com dificuldades é 

inerente   ao  ato  de  aprender.  Assim,  o  diagnóstico  de  dificuldades  e   facilidades  deve   ser 

compreendido não como um veredicto que irá culpar ou absolver o aluno, mas sim como uma 

análise da situação escolar atual do aluno, em função das condições de ensino que estão sendo 

oferecidos.

O objetivo atual da avaliação é investigativo no sentido de apontar os pontos negativos, 

trabalhando com a  sensibilidade e   indo além dos números,   resgatando a palavra  diálogo, 

sendo que o erro deve ser visto como diagnóstico para que o professor possa rever sua prática, 

percebendo assim que auxílio cada aluno precisa, para continuar avançando no seu processo 

de construção do conhecimento.

Dessa forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração 

todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto, 

seja ele literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em conta o conteúdo físico; a 

capacidade de elaborar  um relatório  sobre um experimento ou qualquer  outro evento que 

envolva a Física, como por exemplo, uma visita a um parque de Ciências, dentre outros.

13.6 ­ RECUPERAÇÃO SIMULTÂNEA

Na   Física   particularmente,   percebemos   que   os   conteúdos   dados   são   sempre   pré­

requisitos para os desenvolvidos posteriormente. E isso implica que a recuperação deve ser 

sempre de conteúdos, e não de notas; visando um melhor aproveitamento do que foi exposto.

Podemos   utilizar   para   essa   recuperação   trabalhos,   provas,   projetos,   pesquisas, 

experimentos, entre outros; dependendo do assunto, em questão.

Na primeira série de Física, é o primeiro contato que o educando tem com a disciplina; 

o aluno tem contato com o ensino de Mecânica, com cálculos importantes, exigindo dedicação 

e atenção, é fácil o aluno ter muitas dúvidas; tanto conceituais como em relação ao cálculo, 

transformações de unidades de medida,  notação científica, etc. Portanto é   indispensável, o 

professor tratar com cautela os assuntos, evitando que o aluno se decepcione com a disciplina 

de Física, pois no seu seguimento percebemos mais aplicações, onde as dúvidas e dificuldades 

tendem a diminuir.

A recuperação simultânea permite esse resgate da identidade da disciplina, dando a 

opção ao aluno de buscar esse conhecimento, priorizando sempre a melhor e mais completa 

aquisição de conhecimentos possíveis.

Na segunda  série   se   faz  necessário  um aprofundamento  dos  conceitos  e   assuntos, 

porém, as dúvidas são mais limitadas, e o processo e evolução da reflexão do educando se 

torna   mais   amplo.   A   recuperação   pode   ser   realizada   com   experiências   práticas   dos 

conhecimentos adquiridos, ou seja, ele tem acesso à informação de maneira aplicada.

Na  terceira   série  a  eletricidade e  a   física  moderna  vem concluir  e  completar  uma 

bagagem fundamental de conhecimentos e a recuperação quando necessária deve ser voltada 

ao assunto,  porém propor  trabalhos  de pesquisa complementares,  dar  oportunidade a esse 

aluno de contato com Olimpíadas, vestibulares, Enem, concursos, etc; fazem o aluno melhorar 

seu   conhecimento;   e   a   resolução  de   tais   questões  de  Física  pelo  professor   leva  o   aluno 

perceber toda integração de matérias já vista, de forma aplicada.

13.7 ­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONJORNO,   R.   A.;   BONJORNO,   J.   R.;   BONJORNO,   V.;   RAMOS,   C.   M.:  Física 

Completa: Ensino Médio. Volume único. São Paulo – SP, editora FTD. S.A, 2000.

 SILVA, D. N.: Física: Série Novo Ensino Médio, Edição Compacta Paraná. Volume único, 

1a edição. São Paulo – SP, editora Ática, 2003.

  RAMALHO, F.  Jr....[et  al.]:  Os Fundamentos da Física.  Volume 3.  São Paulo,  Editora 

Moderna, 1976.

 Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Governo do Estado do Paraná – 

Secretaria de estado da educação – Superintendência da Educação. Versão preliminar, Julho 

2006 .

14.0 ­ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR  DE GEOGRAFIA

14.1 ­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A   discussão   acerca   da   disciplina   de   geografia   inicia­se   pelas   reflexões 

epistemológicas do seu objeto de estudo. Muitas foram as denominações propostas para este 

objeto, hoje entendida como Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica – lugar, 

paisagem, região, território natureza, sociedade,entre outros.

Como contribuir para formar o homem por inteiro, no sentido   de torná­lo capaz de 

exercer sua cidadania, suprindo suas necessidades e contribuindo para a construção de uma 

nova ordem mundial.

Para o aluno do ensino fundamental, o relevante é o desenvolvimento de um raciocínio 

geográfico,   ou,   como   sugerem   outros,   de   um   conhecimento     espacial,   que   o   auxilie   na 

compreensão do mundo, privilegiando a sua dimensão espacial e regional.

Para   o   aluno   do   ensino   fundamental,   o   relevante   é   o   desenvolvimento     de   um 

raciocínio geográfico, ou, como sugerem outros, de um conhecimento espacial, que o auxilie 

na compreensão do mundo, privilegiando a sua dimensão espacial e regional.

O trabalho do docente precisa ser integrada com as demais disciplinas no sentido de se 

buscar a humanização ou a sua formação por inteiro, evitando o ensino compartilhamento ou 

fragmentado.

Uma formação que possibilite ao cidadão manifestar criticamente em relação à forma 

como foi, está  sendo , ou será  construído, é  um dos principais fundamentos do ensino de 

geografia.  Ela  não pode  ser   encarada apenas  com uma ciência  que serve  para  dotar  nos 

indivíduos de conhecimento sobre o mundo. Ele deve ir mais adiante questionando sobre os 

problemas da região, sobre as contradições existentes na vida econômica, social e politicas e 

tentar buscar as soluções que beneficiam a todos os segmentos da sociedade, principalmente 

aqueles que estão a margem de todo o processo.

Estabelecer   relações  com a  natureza   faz  parte  das   estrategia  de   sobrevivência  dos 

grupos  humanos  desde   sua  primeiras   formas     de  organização.  Pra  os  povos   caçadores   e 

coletores,   foi   fundamental   observar   a   dinâmica   das   estações   do   ano   e   conhecer   o   ciclo 

produtivo   da   natureza.   Para   os   povos   navegadores   e,   predominantemente,   pescadores, 

conhecer a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento dos mares e as correntes marítimas 

eram a condição de existências. Para os primeiros povos agricultores, foi essencial conhecer as 

variações  climáticas   e  a     alternância  entre  período  seco e  chuvoso.  Esses   conhecimentos 

permitiram as sociedades relacionar­se com a natureza  e modificá­la em beneficio próprio.

Hoje a geografia possui um papel essencial e de investigar a e debater o ser humano e 

a   natureza   podendo   provocar   a   descoberta   do   “grande   segredo   da   humanidade”:   a   ação 

humana pode construir um espaço melhor para todos.

14.2 ­ CONTEUDO ESTRUTRURANTES

­ DIMENSÃO ECONOMICA DO ESPAÇO

­ DIMENSÃO POLITICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

­ DIMENSÃO SÓCIO­AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRAFICO

­ DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRAFICA DO ESPAÇO

14.3 ­ CONTEUDOS BÁSICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

14.3.1 ­ 5ª Série

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO:

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração de 

produção;

A   distribuição   espacial   das   atividades   produtivas   e   a   reorganização   do   espaço 

geográfico.

DIMENSÃO SOCIO­AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

As relações entre o campo e a cidade na  sociedade capitalista.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRAFICA DO ESPAÇO:

A   evolução   demográfica,   a   distribuição   espacial   da   população   e   os   indicadores 

estatísticos;

A mobilidade populacional e as manifestações sócias espaciais da diversidade cultural.

DIMENSÃO POLITICA DO ESPAÇO GEOGRAFICO:

As diversas regionalizações  do espaço geográfico;

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

14.3.2 ­ 6ª Série

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO:

A formação, mobilidade das fronteiras e a re­configuração do território brasileiro;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e 

produção;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

A   distribuição   espacial   das   atividades   produtivas   produtivas,   a   reorganização   do 

espaço geográfico;

A circulação de mão­de­obra, das mercadorias e das informações.

DIMENSÃO   POLITICAS   DO   ESPAÇO   GEOGRAFICO   DIMENSÃO   SOCIO­

AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRAFICO:

 As  diversas regionalizações  do espaço brasileiro.

DIMENSÃO SOCIO­AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRAFICO:

A   formação   e   o   crescimento   das   cidades,   a   dinâmica   dos   espaços   urbanos   e   a 

urbanização.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRAFICA DO ESPAÇO:

As  manifestações  Socio­espaciais da diversidade Cultural;

A   evolução   demográfica   da   população,   sua   distribuição   espacial   e   indicadores 

estatísticos;

Movimentos migratórios e suas motivações.

14.3.3 ­ 7ª Série

DIMENSÃO ECONOMICA DO ESPAÇO:

O comercio e suas implicações  Socio­espaciais;

A circulação da mão­de­obra, do capital, das mercadorias e das informações;

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

DIMENSÃO POLITICA DO ESPAÇO GEOGRAFICO:

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente 

americano;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;

A   distribuição   espacial   das   atividades   produtivas,   a   reorganização   do   espaço 

geografico.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRAFICA DO ESPAÇO:

A   evolução   demográfica   da   população,   sua   distribuição   espacial     e   os 

indicadores estatísticos;

Os movimentos migratórios e suas motivações;

As manifestações sócios espaciais da diversidade cultural.

14.3.4 ­ 8ª Série

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO:

O comercio mundial e as implicações sócio­espaciais.

DIMENSÃO POLITICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

A revolução técnico­científico informacional e os arranjos no espaço da produção;

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

A   distribuição   das   atividades   produtivas,   a   transformação   da   paisagem   e   a 

reorganização do espaço geográfico;

O   espaço   em   rede:   produção,   transporte   e   comunicação   na   atual   configuração 

territorial.

DIMENSÃO SOCIO­AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRAFICO:

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e 

produção.

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRAFICA DO ESPAÇO:

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores.

14.4 ­ ENSINO MÉDIO

14.4.1 ­ 1ª Série

CONTEUDOS 

ESTRUTURANTES

CONTEUDOS BÁSICOS ENFOQUE   SEGUNDO   OS 

CONTEUDOS 

ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço 

geográfico

Dimensão   politica   do   espaço 

geográfico

Dimensão cultural demográfica 

do espaço geográfico

Dimensão   socioambiental   do 

espaço geográfico

1)   Representação   cartográfica 

do espaço geográfico.

2)A dinâmica da natureza  e sua 

alteração   pelo   emprego   de 

tecnologias   de   exploração   e 

produção.

­ A dinâmica da terra.

­ As dinâmicas das águas

­ A dinâmica da atmosfera

3)As grandes paisagens naturais 

da terra

4) A formação e transformação 

das paisagens.

5)   A   distribuição   espacial   das 

atividades   produtivas,   a 

transformação   da   paisagem,   a 

(re)organização   do   espaço 

DIMENSÃO   SOCIO 

AMBIENTAL

­Água   (recurso   natural 

poluição...)

­   Solos   (produção   agrícola, 

desertificação...)

­   Vegetação,   desmatamento, 

questões climáticas;

­   fenômenos   climáticos   (locais 

regionais globais).

DIMENSÃO   CULTURAL   E 

DEMOGRÁFICA

­ Conceitos de lugar, paisagem, 

região,   território,natureza   e 

sociedade.

­ Ocupação humana do planeta 

geográfico.

6)   A   formação,   localização   e 

exploração   dos   recursos 

naturais.

­ Recursos naturais

7)   A   revolução   técnico 

cientifico   informacional   e   os 

novos   arranjos   no   espaço   da 

produção;

(distribuição demográfica)

DIMENSÃO ECONOMICA

­   Recursos   renováveis   e   não 

renováveis;

­   Recursos   naturais 

(extrativismo   animal,   vegetal   e 

mineral);

­   Recursos   energéticos 

(produção de energia)

­ Solos: produção agrícola;

DIMENSÃO POLITICA

­Desenvolvimento sustentável:

movimentos e mobilizações.

14.4.2 ­ 2ªSérie

CONTEUDOS 

ESTRUTURANTES

CONTEUDOS BÁSICOS ENFOQUE   SEGUNDO   OS 

CONTEUDOS 

ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço 

geográfico

Dimensão   politica   do   espaço 

geográfico

Dimensão cultural demográfica 

do espaço geográfico

1)   A   evolução   demográfica,   a 

distribuição   espacial   da 

população   e   os   indicadores 

estatísticos.

­ Teorias demográficas

­   As   diversidades   sócios 

culturais   da   população   e   suas 

marcas   na   paisagem   e   no 

espaço; 

2)  Os  movimentos  migratórios 

e suas movimentações.

DIMENSÃO   SOCIO 

AMBIENTAL

­   A   produção   do   espaço 

mundial;

­ Movimentos e mobilizações;

­   O   uso   da   agua   no   meio 

urbano;

­   A   poluição   dos   rios   pelos 

dejetos urbanos;

­ Ocupação urbana das encostas 

e várzeas;

Dimensão   socioambiental   do 

espaço geográfico

3) A mobilidade populacional e 

as   manifestações     sócio 

espaciais   da   diversidade 

cultural.

4)   O   espaço   rural   e   a 

modernização da agricultura.

5) As relações entre o campo e 

a   cidade   na   sociedade 

capitalista.

6) A formação e o crescimento 

das   cidades,   a   dinâmica   dos 

espaços   urbanos   e   a 

urbanização recente.

7)   Os   movimentos   sociais, 

urbanos e rurais e a apropriação 

do espaço.

8)   Comercio   e   as   implicações 

sócios espaciais

­   Politicas   publicas   e 

saneamentos   básicos   nas 

cidades;

­ O lixo urbano;

­ Poluição nas cidades;

­ O uso da agua no meio rural;

­ O uso dos agrotóxicos;

­ Desmatamento no campo;

­ Desmatamento no campo;

­ Desertificação dos solos;

­   Politicas   publicas   ambientais 

para o campo;

­ Desenvolvimento sustentável.

DIMENSÃO   CULTURAL   E 

DEMOGRAFICA

­   Estrutura   e   distribuição   da 

população;

­ Indicadores demográficos;

­ Movimentos populacionais;

­ Etnias, religiões e cultura;

­ Índices demográficos;

­ Crescimento populacional;

­ Migrações internacionais;

­ Teorias demográficas;

­   Movimentos   migratórios   e 

ocupação urbana;

­ Movimentos sociais urbanos;

­ As relações etnicos­raciais  no 

ambiente urbana;

­Movimentos sociais urbanos;

­ As relações etnicos­raciais no 

ambiente urbano;

­ Os sistemas de cultivo;

­   Movimentos   migratórios   e 

ocupação rural;

­ Movimentos sociais rurais;

­ Reforma Agraria

DIMENSÃO ECONOMICA

­ Desigualdades regionais;

­Bolsão de pobreza;

­   Migrações   por   razões 

econômicas;

­   Desigualdades 

Socioeconômicas   e   espaço 

urbano;

­Crescimento  desordenados  das 

cidades;

­   Industrialização  e  o  processo 

de urbanização;

­ Ocupação do solo urbano;

­ As relações urbanos rurais;

­     O   modo   de   produção 

capitalista no campo;

­   Os   sistemas   agrário   e   a 

propriedade rural;

­   Desigualdade 

socioeconômicas   no   espaço 

rural;

­Revolução   tecnológicas   no 

campo;

­ Agroindústria no campo;

­ O agronegócio;

­   Politicas   internacionais 

voltadas para a agricultura;

­ Cooperativismo rural;

­ Conflitos rurais.

DIMENSÃO POLITICA

­Migrações internacionais;

­ Conflitos étnicos e culturais;

­ As cidades globais;

­ Os micro­território urbanos;

­ A hierarquia das cidades;

­ Rede  urbana

­ Conflitos urbanos.

14.4.3 ­ 3ªSérie

CONTEUDOS 

ESTRUTURANTES

CONTEUDOS BÁSICOS ENFOQUE   SEGUNDO   OS 

CONTEUDOS 

ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço 

geográfico

Dimensão   politica   do   espaço 

geográfico

Dimensão cultural demográfica 

do espaço geográfico

Dimensão   socioambiental   do 

espaço geográfico

1) O espaço em rede: produção, 

transporte   e   comunicação   na 

atual configuração territorial.

2)   A   circulação   de   mão­de­

obra,   do   capital,   das 

mercadorias e das informações

3)   Formação,   mobilidade   das 

fronteiras   e   a   reconfiguração 

dos territórios.

4)  As   diversas   regionalizações 

do espaço geográfico.

5)   As   implicações   sócio 

espaciais     do   processo   de 

mundialização.

DIMENSÃO   SOCIO 

AMBIENTAL

­   Politicas   ambientais 

internacionais;

­   A   produção   industrial   e   os 

impactos ambientais;

­   Interesses   econômicos   e   a 

questão ambiental;

DIMENSÃO   CULTURAL   E 

DEMOGRAFICA

­ Conflitos étnicos culturais no 

mundo contemporâneo;

­ Nacionalismo e separatismo;

6)   A   nova   ordem  mundial,   os 

territórios   supranacionais   e   o 

papel do Estado.

­   Conflito   na   América   Latina, 

Africa e Asia;

­ Migrações Internacionais;

­   Os   sistemas   sócios 

econômicos   no   mundo 

contemporâneo;

­   Indicadores   de 

desenvolvimento   econômico 

social.

DIMENSÃO ECONÔMICA

­   Formação   de   blocos 

econômicos;

­ As empresas transnacionais;

­ Globalização de mercados, da 

produção   e   das   relações   de 

trabalho;

­   As   empresas 

transnacionais(   origem, 

formação, expansão).

­ Mercado consumidor e sistema 

de credito.

­Mercado de capitais.

DIMENSÃO POLITICA

­ Tipos de estados nacionais;

­   A   guerra   fria   e   seus 

desdobramentos   no   espaço 

mundial; 

­ Redefinições de fronteiras;

­   Demarcações   de   territórios 

indígenas;

­ A circulação de pessoas, bens 

e   capitais   no   mundo 

globalizado;

­   Barreiras   comerciais   e   de 

circulações de pessoas.

   

14.5 – METODOLOGIA

        No desenvolvimento das aulas, o tratamento metodológico assume o papel relevante no 

ensino de Geografia, uma vez que se torna imprescindível ao professor realizar um trabalho 

criativo com aulas não só de modelo tradicional como aulas inovadoras, com o auxílio da 

tecnologia, fugindo um pouco das atitudes padronizadas do cotidiano escolar que elimina a 

multiplicidade de ações. 

       O papel do professor frente a estas tecnologias nas interações educativos é fundamental, 

ora  de  criador  e  orientador  de desafios  perante  os  conteúdos  propostos,  que  por  sua vez 

poderão estar revelando a realidade do mundo do aluno.

O espaço apropriado para a  interações dos fatores envolvidos na aprendizagem desde 

o campo da efetividade, o nível de maturidade e a individualidade, o nível de conhecimentos 

prévios, a natureza do espaço físico e dos materiais e recursos didáticos é a sala de aula que 

deverão ser propiciadas as condições para:

                     Que seja desenvolvido um clima de aceitação e respeito em que erro seja encarado 

como desafio para o aprimoramento do conhecimento e construção da personalidade e que 

todos se sintam seguros e confiantes para pedirem ajuda.

Considerando   o   objeto   de   estudo  de   geografia   (Espaço   Geográfico)   os   principais 

conceitos   geográficos   ,   os   conteúdos   estruturantes   bem   como,   seus   conteúdos   básicos   e 

específicos,  cabem apontar  que  os  mesmos  devem ser  abordados no  ambiente  escolar  de 

forma crítica e dinâmica, integrando teoria, prática e dinâmica, mantendo uma coerência dos 

fundamentos teóricos aqui propostos, utilizando­se a cartografia como ferramenta essencial, 

possibilitando assim transitar em diferentes escalas especiais, ou seja, do local ao global e 

vice­versa, sendo utilizado para tal, além do livro didático para o embasamento científico dos 

conteúdos, pesquisas bibliográficas, trabalho em grupo, pesquisa de campo, utilização de fitas 

de vídeo e imagens (TV Multimídia), trabalhos com mapas, gravuras, artigos, debates.

                 Quanto à educação ambiental, a história e cultura Afro e Indígena por serem temas 

atuais de grande relevância, serão abordados dentro de vários conteúdos básicos de geografia, 

principalmente no que se referem ao estruturantes  e  dimensão sócio ambiental,  cultural  e 

demográfica   do   espaço   geográfico.   Em   alguns   conteúdos   de   determinadas   séries   serão 

trabalhados e avaliados na nota trimestral.

  

14.6 – AVALIAÇÃO

             A avaliação da  disciplina  de  Geografia  deve ser  entendida  como um processo  de 

compreensão do desenvolvimento do aluno e das práticas docentes.

             O professor deve observar, então, se os alunos compreendem e utilizam os conceitos 

geográficos e as relações espaço­tempo e sociedade ­ natureza para a compreensão do espaço 

nas diversas escalas geográficas.

       Quanto aos critérios a serem utilizados na avaliação, serão levada em consideração o uso 

de instrumentos que contemplam várias formas de expressão dos alunos,  e que priorize a 

formação dos conceitos geográficos  e a  compreensão dos fenômenos nas  diversas  escalas 

geográficas, a questão da operacionalização de conceitos, os procedimentos e as atitudes do 

educando   tendo   em   vista   os   conteúdos   ministrados   as   competências   e   habilidades 

desenvolvidas.

        Conforme o regimento,  a avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir 

o   desenvolvimento   global   do   aluno   e   considerar   as   características   individuais   deste   no 

conjunto   dos   componentes   curriculares   cursados,   com   preponderância   dos   aspectos 

qualitativos sobre os quantitativos. 

           Os critérios serão os seguintes:

Atividades  de   leitura  e   interpretação de  fotos,   imagens,   tabelas,  mapas,  gráficos  e 

vídeos;

Trabalhos de pesquisa bibliográfica, em grupos ou individuais;

Exposição oral;

Debates;

Pesquisa de campo;

Apresentações (Seminários);

Provas escritas: objetivas e subjetivas, dupla, individual, com pesquisa e sem pesquisa.

      Quanto à recuperação, conforme regimento interno. Sua finalidade principal é reavaliar o 

aluno   e   compreender   as   possibilidades   de   suas   limitações,   levando   o   aluno   a   conseguir 

instrumentos necessários para acompanhar suas atividades cotidianas, para isso é necessário 

retomar os conteúdos: fazendo a correção das provas e trabalhos, para que o aluno verifique 

seu erro, além de refazer as avaliações e escritas.

14.7 – BIBLIOGRAFIA

VESENTINI, J. William & VLACH, Vânia: Geografia Crítica: O Espaço natural e a ação 

humana. Editora Ática, 2ª edição, São Paulo, 2004. 

VESENTINI, J. William & VLACH, Vânia: Geografia Crítica: O Espaço social e o Espaço 

brasileiro. Editora Ática, 2ª edição, São Paulo, 2004.

VESENTINI,   J.   William   &   VLACH,   Vânia:  Geografia   Crítica:   Geografia   do   mundo 

industrializado. Editora Ática, 2ª edição, São Paulo, 2004.

VESENTINI,   J.   William   &   VLACH,   Vânia:  Geografia   Crítica:   Geografia   do   mundo 

subdesenvolvido. Editora Ática, 2ª edição, São Paulo, 2004.

BOLIGIAN,   Levon  –   MARTINEZ,  Rogério   –  GARCIA,  Wanessa   &  ALVES,  Andressa: 

Geografia: Espaço e vivência. Editora Atual, 1ª  edição, São Paulo, 2001.

GARCIA,   Hélio   Carlos   &   GARAVELLO,   Tito   Marcio:  Lições   de   Geografia.  Editora 

Scipione, 9ª edição, São Paulo, 1998.

ARAUJO, Regina – GUIMARÃES, Raul Borges &  RIBEIRO, Wagner Costa: Construindo 

a Geografia. Editora moderna.

PARANÁ. SEED. DIRETRIZES CURRICULARES DE GEOGRAFIA.

ANDRADE, M.C. de Geografia Ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.

CASTRO, I. E. E outros (Orgs.)  Geografia: Conceitos e Temas.  Rio de Janeiro: Bertrand 

Brasil, 1995.

CORRÊA,   R.   L.;   ROSENDAHL,   Z.  Introdução   à   geografia   cultural.  Rio   de   Janeiro: 

Bertrand Brasil, 1003.

CORREIA, R. L. Região e organização Espacial. São Paulo: Ática, 1986.

GOMES, P. C. da  C. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

LACOSTE,  Y.    A Geografia  – Isso Serve,  em Primeiro  Lugar para Fazer a Guerra. 

Campinas: Papirus, 1988.

MOREIRA, R. O Círculo e a Espiral ( A Crise Paradigmática do Mundo Moderno). Rio de 

Janeiro: Cooautor, 1993.

REFESTIN, C. N. Por uma Geografia do Poder. São Paulo: Ática, 1993. 

SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: record, 2.000.

____________.  Técnica,     Espaço,   Tempo   ­     Globalização   e   meio   Técnico­   científico 

Informacional. São Paulo: Hucitec, 1996a.

____________.  A Natureza do Espaço Técnica e Tempo Razão e Emoção.  São Paulo: 

Hucitec, 1996b.

____________. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.

___________. Por Uma Geografia Nova.  São Paulo: Hucitec, 1986.

SMALL, J. e WITHERICK, M.  Dicionário de Geografia. Lisboa, Dom Quixote, 1992. 

VESENTINI, J. W. (org). Geografia e textos críticos.  Campinas: Papirus, 1995. 

___________.  (org). O ensino de Geografia no século XXI. Campinas: Papirus, 2004.

15.0 ­ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR  DE HISTÓRIA

15.1 ­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O   Ensino   de   História,   busca   suscitar   reflexões   a   respeito   de   aspectos   políticos, 

econômicos, culturais, sociais e das relações entre o ensino da disciplina com a produção do 

conhecimento histórico. 

A História é uma forma de conhecimento muito particular e ao mesmo tempo muito 

abrangente. ela é abrangente porque pode permitir a explicação das relações entre fatos de 

uma totalidade muito ampla, ou uma reunião entre arte, política e sociedade. e é uma forma de 

conhecimento particular porque tem a virtude de poder explicar e representar situações sutis e 

peculiares.

Essa disciplina é uma narrativa e seu aprendizado é acima de tudo uma construção de 

conhecimentos,   portanto   deve­se   ter   uma   consciência   histórica   que   leve   em   conta   a 

diversidade das práticas culturais dos sujeitos, sem abandono do conhecimento histórico.

É necessário que a história não se imponha como um conjunto de verdades definitivas. 

porque   todo   historiador   vai   ao   trabalho   de   pesquisa   e   análise   a   partir   de   preocupações, 

angústias,   conceitos   e   preconceitos   de   seu   tempo,   e   o   passado   não   pode   fugir   dessa 

perspectiva do presente, por mais objetiva que seja a narrativa histórica. por isso mesmo a 

História é e continuará sendo reescrita e reinterpretada pelas gerações sucessivas.

Segundo o historiador Marc Bloch, “a incompreensão do presente nasce da ignorância 

do passado”.  mas,  para  ele  de  nada adianta  conhecermos o passado se nada sabemos  do 

presente.   em   outras,   não   se   pode   perder   de   vista   o   compromisso   com   os   problemas   e 

indagações do tempo presente. por essa razão, o historiador em seu trabalho de investigação, 

deve   utilizar   o   método   do   duplo   movimento:   conhecer   o   passado   através   do   presente   e 

conhecer o presente através do passado. ( Bloch, Marc. introdução à história).

15.1.1 ­ 5ª SÉRIE ­OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E HISTÓRIAS

CONTEÚDOS 

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

RELAÇÕES  DE 

PODER,  CULTURA 

E TRABALHO

1)A  EXPERIÊNCIA  HUMANA  NO  TEMPO:  A  MEMÓRIA  LOCAL  E  MEMÓRIA  DA 

HUMANIDADE;  O  TEMPO  (AS  TEMPORALIDADES  E  AS  PERIODIZAÇÕES);  O  PROCESSO 

HISTÓRICO (AS RELAÇÕES HUMANAS NO TEMPO)O LOCAL E O BRASIL A RELAÇÃO COM O MUNDO

­  O  JOVEM  ALUNO  E  SUAS  PERCEPÇÕES  DO 

TEMPO  HISTÓRICO  (TEMPORALIDADES  E 

PERIODIZAÇÕES):  MEMÓRIAS  E  DOCUMENTOS 

FAMILIARES E LOCAIS

­  O  JOVEM  E  SUAS  RELAÇÕES  COM  A 

SOCIEDADE  NO  TEMPO  (FAMÍLIA,  AMIZADE, 

LAZER,  ESPORTE,  ESCOLA,  CIDADE,  ESTADO, 

PAÍS, MUNDO)

­  A  FORMAÇÃO  DO  PENSAMENTO 

HISTÓRICO

­  OS  VESTÍGIOS  HUMANOS:  OS 

DOCUMENTOS HISTÓRICOS

­  O  SURGIMENTO  DOS  LUGARES  DE 

MEMÓRIAS:  LEMBRANÇAS,  MITOS, 

MUSEUS,  ARQUIVOS,  MONUMENTOS 

ESPAÇOS  PÚBLICOS,  PRIVADOS, 

SAGRADOS

­  AS  DIVERSAS  TEMPORALIDADES  NAS 

SOCIEDADES  INDÍGENAS,  AGRÁRIAS  E 

INDUSTRIAIS

AS  FORMAS  DE  PERIODIZAÇÃO:  POR 

DINASTIAS,  POR  ERAS,  POR  EVENTOS 

SIGNIFICATIVOS,ETC.2) OS SUJEITOS E SUA RELAÇÃO COM O OUTRO NO TEMPO: AS GERAÇÕES E AS ETNIAS

O LOCAL E O BRASIL

­  OS  POVOS  INDÍGENAS  E  SUAS  CULTURAS  NA 

HISTÓRIA  DO  PARANÁ:  XETÁS,  KAIGANGS, 

XOKLENGS E TUPI­GUARANIS

­  COLONIZADORES  PORTUGUESES  E  SUAS 

CULTURAS  NA  AMÉ  RICA  E  NO  TERRITÓRIO 

PARANAENSE

­  OS  POVOS  AFRICANOS  E  SUAS  CULTURAS  NO 

BRASIL E NO PARANÁ

­  OS  IMIGRANTES  EUROPEUS  E  ASIÁTICOS  E 

SUAS CULTURAS NO BRASIL E NO PARANÁ

A RELAÇÃO COM O MUNDO

­  O  SURGIMENTO  DA  HUMANIDADE  NA 

ÁFRICA E A DIVERSIDADE CULTURAL NA 

SUA EXPANSÃO: AS TEORIAS SOBRE SEU 

APARECIMENTO

­ AS SOCIEDADES COMUNITÁRIAS

­ AS SOCIEDADES MATRIARCAIS

­ AS SOCIEDADES PATRIARCAIS

­ O SIGNIFICADO DAS CRIANÇAS, JOVENS 

E IDOSOS NAS SOCIEDADES HISTÓRICAS

­  A  CONDIÇÃO  DAS  CRIANÇAS,  DOS  JOVENS, 

DOS IDOSOS NA HISTÓRIA

 DO BRASIL E DO PARANÁ

3) A CULTURA LOCAL E A CULTURA COMUM: OS MITOS, LENDAS, A CULTURA POPULAR, 

FESTAS E RELIGIOSIDADES; A CONSTITUIÇÃO DO PENSAMENTO CIENTÍFICO; AS FORMAS DE 

REPRESENTAÇÃO  HUMANAS;  A  ORALIDADE  E  A  ESCRITA;  AS  FORMAS  DE  SE  NARRAR  A 

HISTÓRIA

­  OS  MITOS,  RITUAIS,  LENDAS  DOS  POVOS 

INDÍGENAS PARANAENSES

­  AS MANIFESTAÇÕES POPULARES NO PARANÁ: 

A  CONGADA,  O  FANDANGO,  CANTOS,  LENDAS, 

RITUAIS E AS FESTIVIDADES RELIGIOSAS

­  PINTURAS  RUPESTRES  E  SAMBAQUIS  NO 

PARANÁ

­  A  PRODUÇÃO  ARTÍSTICA  E  CIENTÍFICA 

PARANAENSE

­  PENSAMENTO  CIENTÍFICO:  A 

ANTIGÜIDADE  GREGA  E  EUROPA 

MODERNA

­ A FORMAÇÃO DA ARTE MODERNA

­ AS RELAÇÕES ENTRE A CULTURA ORAL 

E  A  CULTURA  ESCRITA:  A  NARRATIVA 

HISTÓRICA

4) AS RELAÇÕES DE PROPRIEDADE: A PROPRIEDADE COLETIVA; A PROPRIEDADE PÚBLICA; 

A PROPRIEDADE PRIVADA; A TERRA

O LOCAL E O BRASIL

A  PROPRIEDADE  COLETIVA  ENTRE  OS  POVOS 

INDÍGENAS,  QUILOMBOLAS,  RIBEIRINHAS,  DE 

ILHÉUS E FAXINAIS NO PARANÁ

A FAMÍLIA E OS ESPAÇO PRIVADO: A SOCIEDADE 

PATRIARCAL BRASILEIRA

A  CONSTITUIÇÃO DO  LATIFÚNDIO NA  AMÉRICA 

PORTUGUESA  E  NO  BRASIL  IMPERIAL  E 

REPUBLICANO

AS  RESERVAS  NATURAIS  E  INDÍGENAS  NO 

BRASIL

A REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL

A  PROPRIEDADE  DA  TERRA  NOS 

ASSENTAMENTOS

A RELAÇÃO COM O MUNDO

A A CONSTITUIÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO 

DA ANTIGÜIDADE NA PÓLIS GREGA E NA 

SOCIEDADE ROMANA

A  REFORMA  AGRÁRIA  NA  ANTIGÜIDADE 

GRECO­ROMANA

A  PROPRIEDADE  COLETIVA  NAS 

SOCIEDADES  PRÉ­COLOMBIANAS 

RELAÇÃO COM O MUNDO

5) O MUNDO DO CAMPO E O MUNDO DA CIDADE

O LOCAL E O BRASIL

AS  PRIMEIRAS  CIDADES  BRASILEIRAS: 

FORMAÇÃO  DAS  VILAS  E  DAS  CÂMARAS 

MUNICIPAIS

A RELAÇÃO COM O MUNDO

AS CIDADES NA ANTIGÜIDADE ORIENTAL

AS  CIDADES  NAS  SOCIEDADES  ANTIGAS 

CLÁSSICAS

15.1.2 ­ 6ª Série ­ A Constituição Histórica dos Mundos Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços

CONTEÚDOS 

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

RELAÇÕES  DE 

PODER, 

CULTURA  E 

TRABALHO

1) O MUNDO DO CAMPO E O MUNDO DA CIDADE

O LOCAL E O BRASIL A RELAÇÃO COM O MUNDO

O ENGENHO COLONIAL

A CONQUISTA DO SERTÃO

AS MISSÕES JESUÍTICAS

A BELLE ÉPOQUE TROPICAL 

MODERNIZAÇÃO DAS CIDADES 

CIDADES AFRICANAS E PRÉ­COLOMBIANAS

A RURALIZAÇÃO DO IMPÉRIO ROMANO E 

A  TRANSIÇÃO  PARA  O  FEUDALISMO 

EUROPEU

A  CONSTITUIÇÃO  DOS  FEUDOS  (EUROPA 

OCIDENTAL,   JAPÃO  E  SOCIEDADES  DA 

ÁFRICA  MERIDIONAL)  E  GLEBAS  SERVIS 

(EUROPA OCIDENTAL)

AS  TRANSFORMAÇÕES  NO  FEUDALISMO 

EUROPEU

O  CRESCIMENTO  COMERCIAL  E  URBANO 

NA EUROPA

2) AS RELAÇÕES ENTRE O CAMPO E A CIDADE

O LOCAL E O BRASIL A RELAÇÃO COM O MUNDO

AS CIDADES MINERADORAS

AS CIDADES E O TROPEIRISMO NO PARANÁ

OS  ENGENHOS  DA  ERVA  MATE  NO  LITORAL  E 

NO PRIMEIRO PLANALTO

RELAÇÕES  CAMPO  –  CIDADE  NO 

ORIENTE

AS FEIRAS MEDIEVAIS

O COMÉRCIO COM O ORIENTE

OS  CERCAMENTOS  NA  INGLATERRA 

MODERNA

O  INICIO  DA  INDUSTRIALIZAÇÃO  NA 

EUROPA

A  REFORMA  AGRÁRIA  NA  AMÉRICA 

LATINA NO SÉCULO XX3) GUERRAS E REVOLUÇÕES:O LOCAL E O BRASIL A RELAÇÃO COM O MUNDO

­AS HERESIAS MEDIEVAIS

­AS  GUERRAS  FEUDAIS  NA  EUROPA 

OCIDENTAL E AS CRUZADAS

­A  CONQUISTA  E  COLONIZAÇÃO  DA 

AMÉRICA PELOS POVOS EUROPEUS

15.1.3 ­ 7ª Séire ­ O do trabalho e a luta pela cidadania

CONTEÚDOS 

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

RELAÇÕES  DE 

PODER, 

CULTURA  E 

TRABALHO

1) HISTÓRIA DAS RELAÇÕES DA HUMANIDADE COM O TRABALHO

O LOCAL E O BRASIL A RELAÇÃO COM O MUNDO

­O TRABALHO NAS SOCIEDADES INDÍGENAS

­SOCIEDADE PATRIARCAL E ESCRAVOCRATA

­MOCAMBOS/QUILOMBOS  AS  RESISTÊNCIAS 

NA COLÔNIA

­REMANESCENTES DE QUILOMBOS

­  A  HISTÓRIA  DO  TRABALHO  NAS 

PRIMEIRAS SOCIEDADES HUMANAS

­ O TRABALHO E A VIDA COTIDIANA NAS 

COLÔNIAS ESPANHOLAS: A MITA

­ O TRABALHO ASSALARIADO

2) O TRABALHO E A VIDA EM SOCIEDADE

O LOCAL E O BRASIL A RELAÇÃO COM O MUNDO

A  DESVALORIZAÇÃO  DO  TRABALHO  NO 

BRASIL COLÔNIA E IMPÉRIO

A  BUSCA  PELA  CIDADANIA  NO  BRASIL 

IMPÉRIO

OS SABERES NAS SOCIEDADES INDÍGENAS:

MITOS  E  LENDAS  QUE  PERPETUAM  AS 

OS  SIGNIFICADOS  DO  TRABALHO  NA 

ANTIGÜIDADE  ORIENTAL  E 

ANTIGÜIDADE CLÁSSICA

AS  TRÊS  ORDENS  DO  IMAGINÁRIO 

FEUDAL

AS CORPORAÇÕES DE OFICIO

TRADIÇÕES

CORPOS  DÓCEIS:  O  PAPEL  DA  ESCOLA  NO 

CONVENCIMENTO  PARA  UM  BOM 

TRABALHADOR

O  ENTRETENIMENTO  NA  CORTE  E  NAS 

FEIRAS

O NASCIMENTO DAS FÁBRICAS E A VIDA 

CULTURAL AO REDOR

3) O MUNDO DO TRABALHO

O LOCAL E O BRASIL A RELAÇÃO COM O MUNDO

­ A DESVALORIZAÇÃO DO TRABALHO

­ O LATIFÚNDIO NO PARANÁ E NO BRASIL 

­ A SOCIEDADE OLIGÁRQUICO­LATIFUNDIÁRIA

­  A  VIDA  COTIDIANA  DAS  CLASSES 

TRABALHADORAS NO CAMPO E AS

­ CONTRADIÇÕES DA MODERNIZAÇÃO

­ A PRODUÇÃO E A ORGANIZAÇÃO SOCIAL 

CAPITALISTA

­ A ÉTICA E MORAL CAPITALISTA

4) AS RESISTÊNCIAS E AS CONQUISTAS DE DIREITO

O LOCAL E O BRASIL A RELAÇÃO COM O MUNDO

­ O MOVIMENTO SUFRAGISTA FEMININO

­ A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E LINGÜÍSTICA (O 

CAIPIRA NO CONTEXTO DO CAPITAL)

­   AS  CONGADAS  COMO  RESISTÊNCIA 

CULTURAL

­  A  CONSCIÊNCIA  NEGRA  E  O  COMBATE  AO 

RACISMO

­   MOVIMENTOS  SOCIAIS  E 

EMANCIPACIONISTAS

­  OS  HOMENS,  AS  MULHERES  E  OS 

HOMOSSEXUAIS NO BRASIL E NO PARANÁ

­ O MOVIMENTO SUFRAGISTA FEMININO

­  A  DECLARAÇÃO  DOS  DIREITOS  DO 

HOMEM E DO CIDADÃO

­ O LUDDISMO

­  A  CONSTITUIÇÃO  DOS  PRIMEIROS 

SINDICATOS DE TRABALHADORES

OS  HOMENS,  AS  MULHERES  E  OS 

HOMOSSEXUAIS  NO  MUNDO 

CONTEMPORÂNEO

­AS  REVOLTAS  RELIGIOSAS  NA  EUROPA 

MODERNA

­O ESTADO ABSOLUTISMO EUROPEU

­A  CONSTITUIÇÃO  DA  REPÚBLICA  NO 

OCIDENTE

15.1.4 ­ 8ª Série ­ Relações de dominação e resistência: a formação do estado e das instituições sociais

CONTEÚDOS 

ESTRUTURANTES

RELAÇÕES  DE 

PODER, CULTURA 

E TRABALHO

CONTEÚDOS BÁSICOS

1)   A  FORMAÇÃO  DAS  INSTITUIÇÕES  SOCIAIS:  AS  INSTITUIÇÕES  POLÍTICAS;  AS 

INSTITUIÇÕES  ECONÔMICAS;  AS  INSTITUIÇÕES  RELIGIOSAS;  AS  INSTITUIÇÕES  CULTURAIS; 

AS INSTITUIÇÕES CIVIS

O LOCAL E O BRASIL A RELAÇÃO COM O MUNDO

O  SURGIMENTO  DOS  CARTÓRIOS,  HOSPITAIS, 

PRISÕES,  BANCOS,  BIBLIOTECAS,  MUSEUS, 

ARQUIVOS,  ESCOLAS  E  UNIVERSIDADES  NO 

BRASIL

A FÇÃO DOS SINDICATOS NO BRASIL

as associações e clubes esportivos no 

Brasil

a república chega ao Brasil

a instituição da Igreja no Império 

Romano

as ordens religiosas católicas

as   guildas   e   as   corporações   de 

ofício na Europa medieval

o surgimento dos bancos, escolas 

e universidades medievais

a  organização  do  poder   entre  os 

povos africanos

a   formação   das   associações   de 

trabalhadores e dos sindicatos no 

Ocidente

o   surgimento   das   empresas 

transnacionais   e   instituições 

internacionais (ONU, FMI, OMC, 

OPEP, FIFA, Olimpíadas)2) A formação do Estado: a monarquia; a república (aristocracia, ditadura 

e democracia); os poderes do Estado

O local e o Brasil A relação com o Mundo

­as constituições do Brasil imperial e 

republicano

­a   instituição da  república  no Brasil: 

a formação dos reinos africanos

­o Estado Absolutismo europeu

­a   constituição   da   república   no 

as ditaduras e a democracia

­os   poderes   do   Estado   brasileiro: 

executivo, legislativo e judiciário

­as empresas públicas brasileiras

­a constituição do Mercosul

Ocidente

­o imperialismo no século XIX

­a formação dos Estados nacionais 

nos   séculos   XIX   a   XXI:   as 

ditaduras e as democracias

­a   constituição   dos   Estados 

socialistas e dos Estados de Bem­ 

Estar Social

­a   formação   dos   blocos 

econômicos

3)  Guerras  e   revoluções:  os  movimentos   sociais:  políticos,   culturais  e 

religiosos; as revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais 

e religiosas); guerras locais e guerras mundiais

O local e o Brasil A relação com o Mundo

­as   guerras   e   revoltas   indígenas   e 

quilombos  na   América   portuguesa   e 

no Brasil imperial

­as  revoltas  republicanas  na América 

portuguesa

­as revoltas sociais no Brasil imperial 

e republicano

­as  guerras cisplatinas e  a  guerra do 

Paraguai

­os   movimentos   republicano   e 

abolicionista no Brasil imperial

­o movimento anarquista, comunista e 

tenentista no Brasil

­o Brasil nas Guerras Mundiais

­os   movimentos   pela 

redemocratização  do  Brasil   (carestia, 

feministas, etno­raciais e estudantis)

­as   revoltas   democráticas   nas 

pólis gregas

­as   revoltas   plebéias,   escravas   e 

camponesas na república romana

­as revoluções modernas

­os movimentos nacionalistas

­as guerras mundiais

­as   revoluções   socialistas   no 

século XX

­as guerras de independência das 

nações africanas e asiáticas

­os   movimentos   camponeses 

latino­americanos e asiáticos

O local e o Brasil A relação com o Mundo

­o movimento anarquista, comunista e 

tenentista   no     Brasil   nas   Guerras 

Mundiais

­os   movimentos   pela 

redemocratização  do  Brasil   (carestia, 

feministas, etno­raciais e estudantis)

Era Vargas

Democracia e ditadura no Brasil

­ as revoluções modernas

­ s movimentos nacionalistas

­ as guerras mundiais

­   as   revoluções   socialistas   do 

século XX

­ as guerras de independência das 

nações africanas e asiáticas

­ a nova ordem mundial

15.1.5 ­ 1ª Série

CONTEÚDO 

ESTRUTUR

ANTE

PROBLEMÁTI

CA

TEMÁTICA CONTEÚDOS 

ESPECÍFICOS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Relações   de 

trabalho, 

poder   e 

cultura

Porquê o homem 

é   um   ser 

histórico?

A   Construção 

do   sujeito 

histórico

Relações   de 

Gênero   na 

história local

Homem   e 

mulher:   sujeitos 

históricos   e 

transformadores

Compreender que o homem é 

o   verdadeiro   sujeito   e 

construtor da história

Relações   de 

trabalho, 

poder   e 

cultura

Como os grupos 

humanos 

registram   sua 

história   e   como 

ela   é 

reconstruída 

pelos 

historiadores?

A produção do 

conhecimento 

histórico

A   ciência 

histórica

O   tempo 

cronológico/ 

tempo histórico

Fontes históricas

As   diferentes 

cronologias   no 

Ocidente   e   no 

Oriente

Patrimônio 

histórico/cultura

A  identidade  do 

Relacionar   as   diversas 

concepções   de   tempo     e 

espaço   ,     bem   como   as 

diversas   formas   de 

construções   culturais     e 

históricas

Entender   o   trabalho   da 

historiografia   na   construção 

do passado da humanidade

homem 

americano

Sambaquis 

(Paraná)Relações   de 

trabalho

O que se entende 

por trabalho?

Que   significado 

o   trabalho   vem 

adquirindo   no 

decorrer   da 

história?

O   mundo   do 

trabalho   em 

diferentes 

sociedades

Conceito   e 

divisão   do 

trabalho

Mundo   do 

trabalho   nas 

sociedades 

Teocráticas; Pré­

Colombianas; 

Antigüidade 

Clássica   e 

Sociedade 

Feudal

Elaborar   uma   definição   de 

trabalho,   articulada   com   os 

contextos sócio­históricos de 

sua produção

Relacionar   os   contextos 

sócio­históricos 

determinantes   nas 

transformações   e 

permanências em relação aos 

respectivos   modos   de   vida 

das diferentes sociedades.Relações   de 

Poder

O   Estado   surgiu 

do   interesse   de 

uma pessoa?  De 

um   grupo?   Ou 

da   necessidade 

de um povo?

O   Estado   nos 

mundos   antigo 

e medieval

Conceito   de 

Estado/Política

Poder   político   e 

religioso   na 

Antigüidade 

oriental   e   no 

período feudal

Islamismo,

Império 

Bizantino

Conceituar   “Estado”   e   suas 

diferentes   organizações   nos 

mundos antigos e medieval

Compreender a influência do 

Estado   e   da   religião   na 

constituição da sociedade do 

passado e atual

Relações 

Culturais

Viver   nas 

cidades   sempre 

foi igual?

Observando 

fatos,   imagens   e 

representações 

do   passado,   que 

­     As   cidades 

na História

­Relações 

culturais   nas 

sociedades 

Grega   e 

Romana   na 

Surgimento   das 

cidades­ 

urbanização

Organização/ 

Relação   e 

contribuições 

culturais: 

Compreender   o   surgimento 

das cidades

Explicar   as   características 

próprias   das   cidades   em 

determinadas sociedades

Entender   os   processos   de 

dominação e resistências das 

relações 

culturais   com   o 

hoje,   você 

percebe?

Dominação   e 

resistência, o quê 

estas   palavras 

significam?

Antigüidade: 

mulheres, 

plebeus   e 

escravos

­Relações 

culturais   na 

sociedade 

medieval 

européia: 

camponeses, 

artesãos, 

mulheres, 

hereges   e 

doentes

antigüidade     e 

medieval

Sociedades 

medievais: 

resistência   e 

dominação

sociedades

Compreender   a   influência 

cultural   nos     aspectos 

econômicos,   sociais   e 

político

Relações   de 

Poder, 

Trabalho   e 

Cultura

Por que no Brasil 

existe   tanta 

desigualdade 

social?

Formação   da 

Sociedade 

Colonial 

Brasileira

Colonização: 

domínio, 

submissão   e 

resistência   dos 

povos   indígenas 

e   dos   povos 

africanos

Analisar   as   formas   de 

ocupação   usadas   pelos 

europeus   na   formação   da 

sociedade brasileira

Compreender   o   impacto   da 

conquista   européia   sobre   as 

populações   nativas   da 

América   e   sobre   a   própria 

mentalidade dos europeus da 

época

Conhecer   a   influência 

africana   na   formação   da 

sociedade colonial brasileira

15.1.6 ­ 2ª Série

CONTEÚDO 

ESTRUTURA

NTE

PROBLEMÁTI

CA

TEMÁTICA CONTEÚDOS 

ESPECÍFICOS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Relações   de 

Trabalho

Trabalho   e 

salário.   Há 

relação real entre 

esses   dois 

termos?

O   que   é 

trabalho?

Sempre   existiu 

salário?

­  A  construção 

do   trabalho 

assalariado

­   Transição   do 

trabalho 

escravo   para   o 

trabalho livre: a 

mão de obra no 

contexto   de 

consolidação 

do   capitalismo 

nas   sociedades 

brasileira   e 

estadunidense

Corporações   de 

ofício

Trabalho 

assalariado

Revolução 

Industrial   ­ 

sistema fabril

Escravismo/ 

trabalho livre

Imigração

Trabalho 

infantil/feminino

Colonização   e 

independência 

americana 

(espanhola, 

inglesa e po

Compreender   as 

transformações   nas   relações 

sociais,   políticas   e 

econômicas,   e de produção, 

fornecendo   subsídios   para 

reflexão sobre como se deu a 

construção   do   trabalho 

assalariado   e   suas 

conseqüências

Conhecer   as   mudanças   no 

processo   da   trabalho: 

escravo/livre,   e   suas 

influências

Analisar o trabalho infantil e 

feminino,   a   partir   da 

formação   do   trabalho 

assalariado

Relações   de 

Poder

Formas   de 

governo.   Quais 

você conhece?

O   Estado e as 

relações   de 

poder: 

formação   dos 

Estados 

Nacionais

Formação   dos 

Estados 

Nacionais

Revolução 

Francesa

In

Mostrar   como   se   deu   a 

formação   do   Estado 

moderno e suas  relações de 

poder

Entender/   diferenciar 

liberdade de Independência

Relações   de 

Trabalho

As   lutas   pela 

liberdade   e 

igualdade   ao 

longo   dos 

séculos 

mudaram 

mundo?

Como   se 

relacionaram 

com   o   processo 

de construção da 

cidadania?

Como   ser   um 

real cidadão?

Relações   de 

dominação   e 

resistência   no 

mundo   do 

trabalho 

contemporâneo 

(séc.   XVIII   e 

XIX)

Movimentos 

revolucionários

Greves/ manifest

Identificar   semelhanças   e 

diferenças   e   as   respectivas 

mudanças e permanências na 

organização   das   diversas 

categorias de trabalhadores

Desenvolver a consciência de 

classe e de cidadão

Relações   de 

Poder, 

Trabalho     e 

Cultura

Por   que   quanto 

mais 

produzimos, 

mais   pobres 

somos?

Desenvolvimen

to   Tecnológico 

industrialização

Consumismo em 

massa

A exploração da 

mão­de­obra 

infantil

Os   meios   de 

comunicação   a 

serviço   das 

grandes 

empresas

Tempo/ 

trabalho/Lucro

Compreender   as   mudanças 

tecnológicas   e   industriais   e 

suas   influências   na 

sociedade

Analisar   a   influência   dos 

meios   de   comunicação   no 

consumo em massa

Relações 

Culturais

Reivindicar, 

contestar   são 

práticas   comuns 

ao   dia­a­dia? 

Você   já 

participou   de 

algum 

Movimentos 

sociais, 

políticos, 

culturais   e 

religiosos   na 

Sociedade 

Moderna

Reforma 

religiosa   / 

Protestantismo

Revolução 

inglesa

Revolução 

gloriosa

Caracterizar   os   movimentos 

sociais, políticos, culturais e 

religiosos   na   sociedade 

moderna

Conhecer   as   ideologias 

desses   movimentos   e   suas 

influências   na   sociedade 

movimento   de 

contestação?

Iluminismo

Mudanças 

políticas   e 

sociais

Conflitos   no 

Brasil/ 

movimentos 

sociais

ocidental

Relações   de 

Poder

No   século   XIX 

novas   formas de 

Estado   se 

configuraram, 

principalmente 

na   Europa.   O 

que   a   palavra 

Império lembra a 

você?

O   Estado 

Imperialista   e 

sua crise

Imperialismo 

(formação   e 

crise,   África   e 

Ásia)

Disputas 

coloniais   (D. 

Pedro   I, 

Regencial,   D. 

Pedro II)

Regimes 

totalitários

Compreender como se deu a 

rivalidade   entre   as   nações 

imperialistas

Analisar   o   Estado 

Imperialista,   seu   apogeu   e 

crise

Estimular atitudes contrárias 

ao racismo, ao preconceito e 

a   qualquer   forma   de 

discriminação

Entender a contradição entre 

capitalismo e socialismoRelações   de 

Poder

Por   que   alguns 

relacionam 

África   à 

miséria?

neocolonialism

o

A   situação   da 

África   na 

atualidade

Corrida 

imperialista

Analisar   as   mudanças 

ocorridas a partir da corrida 

imperialista   e   as 

conseqüências   na   sociedade 

africana contemporânea

15.1.7 ­ 3ª Série

15.2 – METODOLOGIA

A   história   se   caracteriza   pela   pluralidade   de   interpretações   e   concepções 

metodológicas, cada uma delas com significados e princípios próprios.

A   produção do conhecimento histórico deve ser problematizado considerando que a 

apropriação dos conceitos deve ser retomado constantemente pelo educador.

Para adotar essa produção o professor deverá ir além do livro didático, buscando novos 

referenciais para completar os temas abordados, buscando na pesquisa um procedimento em 

que o professor possa orientar seus alunos na busca de um conhecimento mais amplo.

Não há  manual  didático que substitua uma boa formação e a postura do professor 

educador,   esses  manuais   são   instrumentos  elaborados  para  auxiliar   a  viabilização  do   seu 

trabalho. Mingúem melhor que o professor de história pode estabelecer as relações entre o 

presente e o passado. Nesse processo, ele deve considerar as experiências de seus alunos e 

auxiliá­los na busca de sua própria perspectiva, estudando a história e incorporando conteúdos 

de modo que os alunos adquiram hábitos de problematizar o que é apresentado.

Sob   a   perspectiva   de   inclusão   social,   priorizará   a   diversidade   cultural   como 

cumprimento das leis: 10.639/03 – História e Cultura Afro­brasileira e Africana, História e 

Cultura dos Povos Indígenas ( 11.645/03/2008) e Política Nacional de Educação Ambiental 

( 9.795/99).

Quando   se   pretende   que   o   ensino   de   História   contribua   para   a   construção   da 

consciência   histórica   é   imprescindível   que   o   professor   retome   constantemente   com   seus 

alunos como se dá  o processo de construção do conhecimento histórico. Para estudá­lo, o 

historiador  adota um método de pesquisa de forma que possa problematizar  o passado,  e 

buscar,  por meio dos documentos e das perguntas que faz aos mesmos, respostas às suas 

indagações.  A partir  desse trabalho o historiador  produz uma narrativa histórica,  que tem 

como   desafio   contemplar   a   diversidade   das   experiências   políticas,   econômico­sociais   e 

culturais.

Técnicas a serem utilizadas:

Propiciar   informações,   idéias   e   conceitos   históricos   através   da   leitura  de  diversos 

textos,  para que os educandos saibam distinguir que os fenômenos históricos não são naturais 

e irresistíveis, mas produzidos por sujeitos coletivos em relação dialética com seus contextos 

históricos;

Valorizar o conhecimento histórico oriundo das diferentes instâncias sociais utilizando letras 

de música, poesias etc.

Propor estudos individual e coletivo valorizando a identidade étnica e cultural da humanidade;

Trabalhar­se­á os conteúdos de forma temática, desdobrando os conteúdos, produzindo 

narrativas, descrições e produções textuais.

15.3 – AVALIAÇÃO

A avaliação do processo ensino­aprendizagem pode realizar­se por meio de diversos 

recursos, de maneira continuada que permita um retrato do conjunto do aluno e da classe. A 

avaliação deve ser um processo, não uma série de obstáculos e deverá ser assumida como um 

instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo 

em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de 

aprendizagem.  

Quando se discute um assunto e depois registra­se por escrito, individualmente ou em 

grupo, serve para avaliar a capacidade de interpretar o texto, elaborar conclusões, relacionar 

assuntos   e   definir   conceitos.   A   síntese   presta­se   muito   bem   para   avaliar   o   grau   de 

compreensão global do assunto. O debate serve para avaliar a competência de refletir sobre 

uma situação presente e encontrar  soluções para ela.  As imagens constituem recurso para 

avaliar o nível de entendimento do aluno, estabelecer relações com uma situação presente.

Na avaliação é importante evitar ater­se somente a memorização, mas na capacidade 

de   raciocinar,   concluir,   encontrar   soluções,   relacionar   fatos,   comparar.   O   resultado   do 

processo educativo deve manifestar­se  no  comportamento   intelectual  e  no  comportamento 

social do aluno.

Avaliação diagnóstica e processual possibilitando a compreensão do estágio de ensino­

aprendizagem   objetivando   propiciar   a   reflexão   sobre   o   processo   avaliativo,   buscando   a 

superação   das   dificuldades   constatadas,   respeitando   o   papel   do   aluno   nesse   processo 

avaliativo.

A  avaliação,   como parte   do  processo  de  ensino­aprendizagem,   é   um elemento  de 

articulação entre o educando e o professor, e que possibilita acompanhar o desenvolvimento 

do  conhecimento histórico de cada educando.

As avaliações serão feitas através da análise de produções escritas ou orais, trabalhos 

pesquisas bibliográficas, sistematizações de conceitos históricos, apresentação de seminários, 

tendo como base a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos.

A   recuperação   paralela   dos   conteúdos   será   feita   imediatamente   após   cada 

avaliação,tendo em vista que a recuperação das notas ocorrerá em um único momento ao final 

do trimestre.

15.4 ­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História. Curitiba: 

SEED,1990.

SEED. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná, Curitiba, 1990.

SEED. Diretrizes Curriculares de História ­ Versão Preliminar, julho de 2006.

DREGUER. Ricardo e TOLEDO. Eliete. História ­ Cotidiano e Mentalidades, ed. Atual, SP, 

2000.

SEED. Livro Didático Público do Estado do Pr.

 16.0 ­ PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA­ INGLÊS

16.1 ­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O  Ensino  da  Língua   Inglesa   é   também uma   forma  de  oportunizar   ao   aluno  uma 

reflexão sobre seu universo pessoal e social, visto que o conhecimento de língua estrangeira é 

também uma forma de conhecimento do mundo, de outra cultura, podendo compará­la a sua.

Do ponto  de  vista   social,  o  aprendizado da   língua é   altamente  valorizado,  dada a 

grande influência da cultura norte ­ americana no nosso meio. Levamos em conta, também, 

que além da valorização pessoal desse conhecimento, existe um estimulo familiar ligado ao 

aspecto utilitário da Língua Inglesa.

O Ensino da Língua Inglesa:

• Permite o crescimento pessoal ­ intelectual e cultural;

• Oportuniza   o   conhecimento   de   cultura,   muito   diferente   da   nossa,   o   que   permite 

reflexão a respeito de nossa língua e hábitos.

• Prepara o educando para situações em que o conhecimento de uma segunda língua.

16.2 ­ OBJETIVOS 

• Perceber   a   importância   da   língua   inglesa,   considerada   hoje   como   instrumento   de 

comunicação universal.

• Levar o educando a considerar o estudo da língua inglesa como meio de penetração do 

pensamento e da cultura dos países que falam inglês.

• Levar o educando a integrar­se no mundo atual e independente,  caracterizado pelo 

avanço tecnológico e pelo grande intercâmbio entre os países.

• Cultivar   a   linguagem   para   um   melhor   relacionamento   com   semelhantes,   como 

expressão do mundo interior e exterior do educando.

• Com este ensino não se prende o total domínio da língua inglesa, entretanto, tem­se 

como objetivo chegar o mais próximo possível desse domínio, tanto no nível escrito quanto 

oral.

• Descrever pessoas e lugares

• Comparar, em seus diversos aspectos, as culturas dos países envolvidos nesse processo 

de aprendizagem.

• Ampliar o vocabulário a fim de compreender os contextos propostos pelos diversos 

tipos de textos.

16.3 ­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Estabelecem­se   como   elementos   indispensáveis,   integradores   e   que   estarão 

presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, seja em que 

pratica for: conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio ­ pragmáticos.

A Língua como interação,  enquanto espaço de produção de sentidos,  marcada por 

relações contextuais de poder, tem como conteúdo estruturante o discurso, enquanto prática 

social efetivado por meio das práticas discursivas: prática de leitura, prática de escrita, prática 

de oralidade.

Assim o trabalho em sala de aula deve partir de um texto num contexto de uso, sob a 

proposta de construção de significados por meio do engajamento discursivo e não pela mera 

pratica de estruturas linguísticas. Com o foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do 

trabalho pedagógico é a interação ativa dos sujeitos com o discurso.

16.3.1 – Gêneros Discursivos

O discurso como Prática Social, se constitui a partir de situações de interação verbal, 

por isso as mudanças de gênero, bem como o surgimento de novos gêneros. E importante que 

o   aluno   tenha   acesso   a   textos   de   vários   gêneros:   publicitários,   jornalísticos,   literários, 

informativos de opinião etc.

É necessário que se identifiquem as diferenças estruturais e funcionais, a autoria, o 

público a que se destina, e que se aproveite o conhecimento já adquirido de experiência com a 

língua materna.  O objetivo será   interagir  com a infinita variedade discursiva presente nas 

diversas práticas sociais. E importante que o professor crie estratégias para que os alunos 

percebam a heterogeneidade da língua.

16.3.2 – Conteúdos Básicos – 5ª Série

Leitura

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como 

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como 

aspas, travessão, negrito);

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

Oralidade

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.…;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Pronúncia.

16.3.3 – Conteúdos Básicos – 6ª Série

Leitura

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como 

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguisticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como 

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

Oralidade

• Elementos extralínguisticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Pronúncia.

16.3.4 ­ Conteúdos Básicos – 7ª Série

Leitura

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como 

aspas, travessão negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como 

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

Oralidade

• Elementos extralínguisticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia.

16.3.5 ­ Conteúdos Básicos – 8ª Série

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como 

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como 

aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

Oralidade

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia.

16.3.6 ­ Conteúdos Básicos – Ensino Médio

Leitura

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Marcadores do discurso;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, 

travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia.

Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Vozes verbais;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como aspas, 

travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

Oralidade

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia.

16.4 – METODOLOGIA

Estas Diretrizes propõem redirecionar o ensino de Língua Estrangeira Moderna nas 

escolas da Rede Pública Estadual do Paraná. O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de 

aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros 

instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, 

expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.

A partir do conteúdo estruturante Discurso como prática social será abordada questões 

linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as praticas do uso da língua: 

leitura, oralidade e escrita.

16.5 – AVALIAÇÃO

A   avaliação   da   aprendizagem   em   Língua   Estrangeira   Moderna   deve­se   superar   a 

concepção de mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos, visto que se configura 

como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acercadas dificuldades e avanços 

dos alunos a partir de suas produções. Caberá ao professor observar a participação dos alunos 

e considerar que o engajamento discursivo na sala de aula, se faça pela interação verbal, a 

partir dos textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na 

turma;   na   interação   com o  material   didático,   nas   conversas   em  língua  materna   e   língua 

estrangeira, no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o 

desenvolvimento de  idéias.  A fim de possibilitar  o   trabalho com o novo,  numa dimensão 

criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem e assim estabelecendo o verdadeiro 

sentido da avaliação.

16.6 ­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ.  Secretaria  de  Educação.  Superintendência  de  Educação.    Departamento  de 

Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.

OBRAS CONSULTADAS:

PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO. Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra. 

Virmond, 2006.

 

17.0 ­  PROPOSTA CURRICULAR DE  LÍNGUA PORTUGUESA  

17.1 ­ APRESENTAÇAO  DA DISCIPLINA

      O  processo de aprendizagem em Língua Portuguesa está embasado na concepção sócio­

interacionista que envolve a abertura de novos horizontes para o conhecimento do mundo. Por 

sua   vez,   conhecer   o   mundo   é   interagir   com   ele.   A   aprendizagem   da   língua   é   um   dos 

instrumentos dessa interação, pois por seu intermédio que nos relacionamos com as múltiplas 

realidades que nos envolvem.

       Dominar o idioma em seus vários registros é condição fundamental para a formação do 

indivíduo como sujeito de sua própria historia. Por esta razão, sua aprendizagem não deve ter 

objetivo  apenas  em  temas consagrados pela   leitura   ficcional.  Precisa  encarar   também, de 

forma corajosa e frontal, questões que dizem respeito à inserção do aluno numa sociedade 

marcada por problemas que ele não deve desconhecer.

      Todas as propostas de ensino hoje tem se comprometido com o projeto de formação de um 

ser  humano  crítico  e   reflexivo.  Contudo,  de  que  forma por  em prática  esse  objetivo  nas 

diferentes áreas de linguagem em conteúdos significativos para o aluno.

      O ensino da Língua portuguesa requer situações de uso e efeito da linguagem portanto, as  

atividades   deverão   ser   embaladas   em   decorrência   com   uma   concepção   de   educação,   de 

desenvolvimento   e   de   linguagem   que   considere   a   ação   entre   sujeitos   concretos   situados 

historicamente.

           A linguagem é constituída do homem. E é efetivamente dominada através da troca de 

experiência entre  professor que deve proporcionar  as condições  desse uso,  pois  quando o 

aluno sabe para quem fala e escreve num lugar e momento determinado, e por que ele fala e 

escreve, o significado da linguagem emerge desse uso contextualizado. Não serão exercícios 

repetitivos   e   mecânicos   sem   finalidade   que   contemplarão   essa   dimensão   discursiva   da 

linguagem. É trabalhado a linguagem como um todo, na prática com leitura e a produção de 

textos,  que poderemos chegar  ao ponto desejado,  o  domínio  das  atividades  com a  língua 

escrita, para que os alunos possam  produzir textos significativos. As atividades de linguagem 

na escola não deverão se limitar apenas ao material lingüístico (letras, palavras, sentenças), 

pois na linguagem em uso é importante estarem claros o “quanto”, o “como”, o “porquê”, o 

processo de interpretação das diferentes significações determinadas pelo contexto.

           Ao contemplarmos não só  a materialidade linguística,  mas também seu significado, 

dependendo do momento em que é enunciado estamos mergulhando na dimensão discursiva 

da linguagem. É ao considerarmos a concepção histórica social e interlocutora constitutiva das 

significações,   estamos   assumindo   a   concepção   sócio­interacionista,   pois   estamos 

considerando o outro como indispensável no processo de interlocução e na constituição da 

significação, concebendo a linguagem não apenas como um sistema.

           Então,   focalizando   a   linguagem  enquanto  processo   interlocutivo   e   considerando   a 

interação verbal como lugar de produção da linguagem, estamos assumindo que a língua não é 

apenas um código, um sistema pronto. Seu todo significativo é obtido no uso da linguagem 

entre pessoas.

      Por isso, considera­se que a linguagem é um trabalho social e histórico no qual as pessoas 

se constituem, e na constituição da linguagem, os discursos operam os recursos linguísticos e 

com recursos da situação , sempre retomando experiências anteriores.

      É nessa perspectiva que precisamos analisar as diversas variedades lingüísticas. É preciso 

compreender  que  nenhuma  língua  é  homogênea,  que  ela   se  constitui  de  um conjunto  de 

variedades determinadas pela situação geográfica, histórica e social. Embora diferente todas 

essas   formas prestigiadas  socialmente  ou não,   tem organização estrutural  e   respondem às 

necessidades de seus falantes.

                   No processo de ensino/aprendizagem dos diferentes ciclos do Ensino Fundamental, 

espera­se   que   o   aluno   amplie   o   domínio   ativo   do   discurso   nas   diversas   situações 

comunicativas, sobretudo nas instancias publicas de uso da linguagem, de modo a possibilitar 

sua   inserção   efetiva   da   escrita,   ampliando   suas   possibilidades   de   participação   social   e 

exercício da cidadania.

Utilizar a linguagem na escrita e produção de textos orais e na leitura e produção de textos 

escritos de modo a atender as múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos 

comunicativos expressivos, e considerar as diferentes condições de produção no discurso;

                 Será   oportunizado  ao  aluno  a   ampliação  de   seu  conhecimento   sobre  a  Língua 

Portuguesa,  melhorando o  domínio  das  atividades  de   leitura,  escrita  e   fala.  O aluno  terá 

oportunidade de:

• Utilizar a   linguagem para estruturar  a experiência e  explicar a realidade,  operando 

sobre as representações constituídas em varias áreas do conhecimento;

• Saber   como   proceder   para   ter   acesso,   compreender   e   fazer   uso   de   informações 

contidas nos textos, reconstituindo o modo pelo qual se organizam em sistemas coerentes;

• Ser   capaz   de   operar   sobre   conteúdos   representacional   dos   textos,   identificando 

aspectos relevantes, organizando notas, roteiros, resumos, índices e esquemas. 

• Aumentar e aprofundar seus esquemas cognitivos pela ampliação de seu léxico e de 

suas respectivas redes semânticas;

• Analisar  criticamente os  diferentes  discursos,   inclusive o próprio,  desenvolvendo a 

capacidade de avaliação dos textos;

• ­Contrapor as interpretações da realidade a diferentes opiniões;

• Inferir as possibilidades intencionais do autor marcadas no texto;

• Perceber o processo de convencimento utilizado para atuar sobre o interlocutor/leitor;

• Identificar  e   repensar   juízos de valor   tanto sócio  ideológico  (preconceitos  ou não) 

quanto histórico cultural (inclusive estético) associados à linguagem e à língua;

• Reafirmar sua identidade pessoal e social;

• Conhecer e valorizar as diferentes variedades do Português procurando combater o 

preconceito linguístico;

• Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e 

eficiente   na   comunicação   cotidiana,   na   elaboração   artística   e  mesmo   nas   intenções   com 

pessoas de grupos sociais que se expressam por meio de outras variedades;

• Usar  os  conhecimentos  adquiridos  por  meio  da  prática  de  análise   lingüística  para 

expandir sua capacidade de monitoração das possibilidades de uso da linguagem, ampliando a 

capacidade de análise crítica.

17.2 ­ CONTEÚDOS BÁSICOS E ESTRUTURANTES

17.2.1 – 5ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL 

CONTEÚDOS BÁSICOS 

GÊNEROS DISCURSIVOS 

História em quadrinho, piadas, adivinhas, lendas , fábulas, contos de fadas, poemas, 

narrativa de enigma, narrativa de aventura, dramatização, exposição oral, comercial para TV, 

causos, carta pessoal, carta de solicitação, e­mail, receita, convite, autobiografia, cartaz, carta 

do leitor, classificados, verbete, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, 

horóscopo, regras de jogo, anedotas, entre outros.

LEITURA

Interpretação textual, observando:

•  Conteúdo temático;

•  Interlocutores;

•  Fonte;

•  Intencionalidade;

•  Intertextualidade;

•  Ideologia;

•  Informatividade;

•  Marcas linguísticas;

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

• Inferências;

• Informações implícitas em textos;

• As vozes sociais presentes no texto;

• Estética do texto literário;

ORALIDADE

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto oral

• Argumentação

• Papel do locutor e do interlocutor:

• Participação e cooperação

• Particularidades de algumas palavras

­ turnos de fala

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

ESCRITA

• Unidade temática

• Adequação ao gênero

• Elementos composicionais

• Marcas linguísticas

• Argumentação

• Paragrafação

• Clareza das ideias

• Refacção textual

ANÁLISE LINGÜÍSTICA 

• Coesão e coerência textual do texto lido e produzido pelo aluno

• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

• Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, 

como: felizmente, comovedoramente...)

• Semântica 

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos 

do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

• Acentuação gráfica

• Estrangeirismos, neologismos, gírias

• Procedimentos de concordância verbal e nominal

• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

• A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

17.2.2 – 6ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL 

CONTEÚDOS BÁSICOS 

GÊNEROS DISCURSIVOS 

Entrevista   (oral   e   escrita),   crônica   de   ficção,   música,   notícia,   estatutos,   narrativa 

mítica, tiras, propaganda, exposição oral, mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos, álbum de 

família, literatura de cordel, carta de reclamação, diário, carta ao leitor, instruções de uso, 

cartum,   história   em   quadrinhos,   placas,   pinturas,   provérbios,   entre   outros,   histórias   em 

quadrinhos e poesia.

LEITURA

Interpretação textual, observando:

­ Conteúdo temático;

­ Interlocutor;

­ Fonte;

­ Ideologia;

­ Papéis sociais representados;

­ Intertextualidade;

­ Intencionalidade;

­ Informatividade;

­ Marcas linguísticas;

­ Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

• As   particularidades   (lexicais,   sintáticas   e   textuais)   do   texto   em   registro   formal   e 

informal;

• Texto verbal e não­verbal.

ORALIDADE

Adequação ao gênero: 

•  Conteúdo temático;

•  Elementos composicionais;

•  Marcas linguísticas;

• Procedimentos  e  marcas   linguísticas   típicas  da conversação  (entonação,   repetições, 

pausas...)

•  Variedades linguísticas

•  Intencionalidade do texto

•  Papel do locutor e do interlocutor: ­ participação e cooperação

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras

ESCRITA

•  Adequação ao gênero: 

• Conteúdo temático;

•  Elementos composicionais;

•  Marcas linguísticas;

•  Linguagem formal/informal;

• Argumentação;

• Coerência e coesão textual;

• Organização das ideias/parágrafos;

• Finalidade do texto;

• Refacção textual.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA 

• Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do 

texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen

• Acentuação gráfica

• A representação do sujeito no texto ( determinado/indeterminado; ativo/passivo)

• Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

• Linguagem digital

• Particularidades de grafia de algumas palavras;

17.2.3 – 7ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL 

CONTEÚDOS BÁSICOS 

GÊNEROS DISCURSIVOS 

Regimento, slogan, telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto 

fantástico,   narrativa   de   terror,   charge,   narrativa   de   humor,   crônica   jornalística,   paródia, 

resumo,   anúncio   publicitário,   sinopse   de   filme,   poema,   biografia,   narrativa   de   ficção 

científica, relato pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa e acusação, 

mesa redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricatura, escultura, entre outros.

LEITURA

Interpretação textual, observando:

•  Conteúdo temático;

•  Interlocutores;

•  Fonte;

•  Ideologia;

•  Intencionalidade;

•  Informatividade;

• Marcas linguísticas;

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

• As diferentes vozes sociais representadas no texto;

• Linguagem verbal, não­verbal, midiático, infográficos, etc.;

• Relações dialógicas entre textos.

ORALIDADE

 ­ Adequação ao gênero

­ Conteúdo temático

­ Elementos composicionais

­ Marcas linguísticas

­ Coerência global do discurso oral 

­ Variedades linguísticas

­ Papel do locutor e do interlocutor:

­ Participação e cooperação

­ Turnos de fala

­ Particularidades dos textos orais

­ Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

­ Finalidade do texto oral

ESCRITA

• Adequação ao gênero: 

• Conteúdo temático

•  Elementos composicionais

• Marcas linguísticas

• Argumentação

• Coerência e coesão textual

• Paráfrase de textos

• Paragrafação

• Refacção textual

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

• Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral

• Conotação e denotação

• A função das conjunções na conexão de sentido do texto

• Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...)

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos 

do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

• Acentuação gráfica

• Procedimentos de concordância verbal e nominal

• Estrangeirismos

• As irregularidades e regularidades da conjugação verbal

• A função do advérbio: modificador e circunstanciador

• Complementação do verbo e de outras palavras

17.2.4 – 8ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL 

CONTEÚDOS BÁSICOS 

GÊNEROS DISCURSIVOS 

Artigo de opinião, debate, reportagem oral e escrita, manifesto, seminário, relatório 

científico, resenha crítica, narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, música, 

charges,   editorial,  curriculum vitae,   entrevista  oral   e   escrita,   assembléia,   agenda cultural, 

reality   show,  novela   fantástica,   conferência,   palestra,  fotoblog,   depoimento,   imagens, 

instruções, entre outros. 

LEITURA

Interpretação textual, observando:

• Conteúdo temático

•  Interlocutores

•  Fonte

•  Intencionalidade

•  Intertextualidade

•  Ideologia

•  Informatividade

•  Marcas linguísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

• Informações implícitas em textos

• As vozes sociais presentes no texto

• Estética do texto literário

ORALIDADE

•       Adequação ao gênero: 

•  Conteúdo temático

•  Elementos composicionais

•  Marcas linguísticas

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto oral

• Argumentação

• Papel do locutor e do interlocutor:

• turnos de fala

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

ESCRITA

• Adequação ao gênero

• Conteúdo temático

• Elementos composicionais

• Marcas linguísticas

• Argumentação

• Resumo de textos

• Paragrafação

• Paráfrase

• Intertextualidade

• Refacção textual

ANÁLISE LINGÜÍSTICA 

• Coesão e coerência textual

• Vícios de linguagem

• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

• Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, 

como: felizmente, comovedoramente...)

• Semântica 

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos 

do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

• Acentuação gráfica

• Estrangeirismos, neologismos, gírias

• Procedimentos de concordância verbal e nominal

• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

• A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

17.2.5 – Conteúdos do Ensino Médio

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO  PRÁTICA SOCIALCONTEÚDOS BÁSICOS  GÊNEROS DISCURSIVOS

                 Textos dramáticos, romance, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada 

contemporâneo, fábulas, diários, testemunhos, biografia, debate regrado, artigos de opinião, 

editorial, classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, 

carta   de   reclamação,   tomada   de   notas,   resumo,   resenha,   relatório   científico,   dissertação 

escolar,   seminário,   conferência,   palestra,   pesquisa   e   defesa   de   trabalho   acadêmico,   mesa 

redonda, instruções, regras em geral, leis, estatutos, lendas, mitos, piadas, histórias de humor, 

tiras, cartum, charge, caricaturas, paródia, propagandas, placas, outdoor, chats, e­mail,  folder, 

blogs,  fotoblog,  orkut,    fotos,   pinturas,   esculturas,   debate,   depoimento,   folhetos,   mapas, 

croqui, explicação,  horóscopo,  provérbios, e outros...

LEITURA

• Interpretação textual, observando:

• conteúdo temático

• interlocutores

• fonte

• intencionalidade

• ideologia

• informatividade

• situacionalidade

• marcas linguísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

• Inferências

•  As particularidades (lexicais,  sintáticas e composicionais)  do texto em registro formal e 

informal

•  As vozes sociais presentes no texto

• Relações dialógicas entre textos

• Textos verbais, não­verbais, midiáticos, etc.

• Estética do texto literário

• Contexto de produção da obra literária

• Diálogo da literatura com outras áreas

• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, observando as relações dialógicas.

• Considerar os conhecimentos prévios dos alunos

• Leitura de informações implícitas nos textos

• Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...

• Referente à literatura, selecionar obras que contemplem os diversos movimentos literários

• Leitura de vários textos para a observação das relações intertextuais.

 Espera­se que o aluno:

• Identifique o tema e a finalidade do texto

• Estabeleça relações intertextuais entre diferentes textos

• Reconheça diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam 

do mesmo tema, considerando as condições de produção e recepção

•  Interprete textos com o auxílio de material gráfico diverso (propaganda, gráficos, mapas, 

infográficos, fotos...)

• Identifique informações implícitas nos textos

• Identifique informações em textos com alta complexidade linguística

ORALIDADE

• Adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• Apresentação de textos produzidos pelos alunos

• Dramatização de textos

• Narração de fatos reais ou fictícios

Espera­se que o aluno:

• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal,informal)

• Reconheça a intenção

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto

• Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala;

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras

• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação, repetições, pausas...)

• Finalidade do texto oral

• Materialidade fônica dos textos poéticos.

•  Seleção de discurso de outros, como: filme, entrevista, cena de novela/programa, debate, 

mesa redonda, reportagem.

• Análise dos recursos próprios da oralidade

• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado do discurso do outro

• Elabore argumentos convincentes para defender suas ideias

• Identifique as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto oral

ESCRITA

• Adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

• Argumentação

• Coesão e coerência textual

• Finalidade do texto

• Paragrafação

• Paráfrase de textos

• Resumos

• Diálogos textuais

• Refacção textual

• Discussão sobre o tema a ser produzido

• Seleção do gênero, finalidade, interlocutores

• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado

• Produção textual

• Revisão textual

• Reestrutura e reescrita textual

Espera­se que o aluno:

•  Produza   textos  atendendo  as   circunstâncias  de  produção  proposta   (gênero,   interlocutor, 

finalidade...)

• Adeque a linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal

• Elabore argumentos consistentes

• Produza textos respeitando o tema

• Estabeleça relações entre partes dos textos, identificando repetições ou substituições

• Estabeleça relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá­la

ANÁLISE LINGÜÍSTICA 

• Conotação e denotação

• Figuras de pensamento e linguagem

• Vícios de linguagem

• Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

• Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: 

felizmente, comovedoramente...)

• Semântica

• Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

• Progressão referencial no texto

•  Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do 

texto

• Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

• Coordenação e subordinação nas orações do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

• Acentuação gráfica

• Gírias, neologismos, estrangeirismos

• Procedimentos de concordância verbal e nominal

• Particularidades de grafia de algumas palavras

•  Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:   de gêneros selecionados para leitura ou 

escuta de textos produzidos pelos alunos, das dificuldades apresentadas pela turma

Espera­se que o aluno:

• Distingua o sentido metafórico do literal nos textos orais e escritos

•  Utilize  adequadamente,   recursos   linguísticos,  como o  uso  da  pontuação,  do  artigo,  dos 

pronomes...

•  Identifique  marcas  de   coloquialidade   em   textos  que  usam  a  variação   lingüística   como 

recurso estilístico

•  Estabeleça   relações   semânticas   entre   as   partes   do   texto   (de   causa,   de   tempo,   de 

comparação...)

•  Reconheça   a   relação   lógico­discursiva   estabelecida   por   conjunções   e   preposições 

argumentativas

•Amplie o horizonte de expectativas.

17.3 – METODOLOGIA

 

• Aulas expositivas e participativas;

• Trabalhos individuais e em grupos;

• Leitura e análise de textos variados, principalmente poesias e romances;

• Síntese e resenha de contos e romances, orais e escritos;

• Debates e discussões sobre obras literárias e temas em voga, para desenvolver o senso 

crítico e a habilidade de argumentação;

• Seminários;

• Teatro, releitura e interpretação de obras clássicas;

• Uso de textos para o trabalho com a gramática;

• Leitura e discussão e produção de textos;

• Análise  de   textos  variados,   interpretação dos  mesmos,  discussão e posterior  produção 

embasadas neles e no conhecimento de mundo do aluno;

• Identificação dos variados pontos de vista de uma mesma obra;

• Exemplificação sobre temas gramaticais, buscando a criação de um conceito pelo próprio 

aluno sem expor conceitos prontos para apenas memorização;

• Desenvolver a habilidade de argumentação, utilizando para isso leitura de textos variados, 

letras de músicas, e promovendo debates  em voga;

• Argumentar com clareza seja no discurso oral ou no escrito fundamentando suas opiniões;

• Narrar e descrever observando as características de cada tipo de composição, usando­as 

corretamente e conscientemente;

• Identificar  os  mais  variados  tipos  de  textos,   tendo habilidade para  ler,  compreender  e 

discutir;

• Produzir textos, reconhecendo e adequando o tipo de texto necessário para cada situação, a 

linguagem que  nele deve ser empregada, etc. 

• trabalho dar­se­á  de forma a desenvolver a capacidade dos alunos de acordo com suas 

habilidades e limitações:

• Empregar as formas de comunicação em diferentes situações de uso sabendo adequá­la a 

cada contexto;

• Aprimorar pelo contato com os  textos a capacidade de pensamento e a sensibilidade dos 

alunos,   propiciando   através   de   literatura,   práticas   da   oralidade,   da   leitura   e   da   escrita   e 

garantir a socialização do conhecimento sem que haja exclusão.

17.4 ­ AVALIAÇÃO 

               A avaliação deve ser como conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter 

sobre o que o aluno aprendeu,  de que forma e em quais condições.  Para tanto,  é  preciso 

elaborar um conjunto de procedimentos investigativos que possibilitem o ajuste e a orientação 

da intervenção pedagógica para tornar o ensino e a aprendizagem de melhor qualidade.

               Deve funcionar, por um lado, como instrumento que possibilite ao professor analisar 

criticamente sua prática e, por outro, como instrumento que apresente ao aluno a possibilidade 

de saber seus avanços, dificuldades e possibilidades. Nesse sentido, deve ocorrer durante todo 

o processo de ensino e aprendizagem, e não apenas em momentos específicos caracterizados 

como fechamento de grandes etapas de trabalho.

     A avaliação precisa acontecer num contexto em que seja possibilitada ao aluno a reflexão 

tanto sobre os conhecimentos constituídos – quanto sobre os processos pelos quais ocorreu. 

Ao reconhecer  o que sabe,  o  aluno  tem a possibilidade de  delimitar  o  que precisa  ainda 

aprender. Ao reconhecer como conseguiu aprender, conhecer e de fazer. A apropriação de 

novos conceitos e procedimentos permitem que o aluno possa realizar as atividades propostas 

com maior eficiência e autonomia. Nesse sentido, a avaliação precisa ser compreendida como 

reflexiva e autonomizada.

      Ao se avaliar, deve­se buscar informações não apenas ao tipo de conhecimento que o aluno 

construiu,  mas   também e,   sobretudo,   responder   as   questões   como  aprendeu,   o  que  mais 

aprendeu e o que deixou de aprender.

               É necessário também que o aluno seja informado de que maneira qualitativamente 

diferentes das usuais o que precisa aprender, o que precisa fazer  melhor. Assim, as anotações, 

correções e comentários do professor sobre as produções do aluno devem oferecer indicações 

claras para que eles possam efetivamente melhorar.

        A avaliação não   é, portanto, unilateral monóloga, mas dialógica. Deve­se realizar num 

espaço   em   que   sejam   considerados   aquele   que   ensina,   aquele   que   aprende   e   a   relação 

intrínseca   que   se   estabelece   entre   todos   os   participantes   do   processo   de   aprendizagem. 

Portanto,   não   se   aplica   apenas   ao   aluno,   considerando   unicamente   as   expectativas   de 

aprendizagem,  mas  aplica­se  para  avaliar   as   condições  oferecidas  para  o  aprendizagem e 

implica avaliar também o ensino oferecido.

17.4.1­ Recuperação Simultânea

           Aos alunos que demonstrarem rendimento escolar insuficiente após as avaliações, será 

oferecido atividades de forma a assegurar oportunidades de recuperação.

           A recuperação será prioritariamente desenvolvida de forma simultânea e continua por 

meio de atividades diversificadas.

         O professor fará o registro do desenvolvimento das atividades propostas, bem como do 

desempenho   apresentado   pelos   alunos   e   incluirá   os   dados   relativos   a   este   processo   na 

composição da menção bimestral.

17.5 ­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

FARACO & MOURA. Linguagem Nova. São Paulo:6a. Edição. Editora Ática, 1992.

FARACO, Carlos Emílio, 1946 – Linguagem Nova: Faraco & Moura. São Paulo: Ática, 2002.

DE NICOLA, josé.Língua, literaturae redação. São Paulo: Scipione, 1998.

FIORIN, José  Luís.  SAVIOLI,  Francisco Platão.  Lições de texto,   leitura e redação.  São 

Paulo: 4ª edição. Editora Ática, 2002.

Paraná.   Secretaria   de   Estado   da   Educação.   Superintendência   de   Educação. 

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Português para os anos finais 

do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

Saconi, Luiz Antonio. Nossa Gramática: Teoria e Prática. São Paulo, 18ª edição, atual, 1994.

TERRA, Ernani. Guia prático de Língua, Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 2002.

18.0 ­ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ­ MATEMÁTICA

18.1 ­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A concepção que se tem atualmente em relação à Matemática é a de que é uma ciência 

viva  e  dinâmica,  produto histórico,  cultural  e  social,  definida     como “ um bem cultural 

construído nas relações  do homem com o mundo em que vive e  no interior  das relações 

sociais.” (PARANÁ, 1992, p. 65)

As   primeiras   manifestações   matemáticas   surgiram   da   necessidade   do   homem 

primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas. Ao longo do processo de desenvolvimento 

histórico,   esse   conhecimento   foi   sendo   desenvolvido   a   partir   das   necessidades   de 

sobrevivência   fazendo   com   que   o   homem   gradativamente   elaborasse   códigos   de 

representações, sejam de quantidades ou dos objetos por ele manipulados.

A sobrevivência na sociedade depende cada vez mais de conhecimentos matemáticos, 

pois diante da complexidade da organização social, a falta de recursos para obter e interpretar 

informações, impede a participação e a tomada de decisões em relação aos problemas sociais. 

Impede, ainda o acesso ao conhecimento mais elaborado e compromete a evolução do homem 

como um todo.

O   objetivo   da   educação   matemática     é   fazer   o   aluno   superar   o   senso   comum, 

proporcionar a construção de seu conhecimento,  valorizar a participação do mesmo como 

sujeito   ativo  no  processo  de  construção  das   idéias  matemáticas,   analisando,  pesquisando, 

questionando,   comparando,   experimentando,   avaliando,   sobre   as   várias   situações   que 

envolvem uma mesma idéia, para que através da leitura crítica e interpretação de dados o 

aluno possa chegar a uma verdadeira compreensão, pois, “Aprender matemática é muito mais 

que manejar fórmulas, saber fazer contas, ou marcar X na resposta correta. É interpretar, criar 

significados,   construir   seus  próprios   instrumentos  para   resolver  problemas,   desenvolver   o 

raciocínio lógico...”(Paraná, 1992, p. 66).

O conhecimento matemático é indispensável para que as pessoas possam exercer sua 

cidadania ao argumentar, calcular, medir, vender, comprar. Esse conhecimento é considerado 

como um instrumento de compreensão e intervenção para a transformação da sociedade: nas 

relações de trabalho, na política, na economia, nas relações sociais e culturais.

Essa  ciência,   ajuda  a  humanidade  a  pensar   sobre  a  vida,   revendo  a  história,  para 

compreender   o   presente   e   pensar   o   futuro.   Segundo   FREIRE,   1998,31:  “É   fundamental  

conhecer o conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e aptos à produção do  

conhecimento ainda não existente”.  Isto porque a ciência (Matemática) está  em constante 

movimento. A dúvida, a pesquisa e as experimentações devem ser estimuladas na sala de aula 

para que os alunos sintam­se capazes de produzir novos conhecimentos.

O século  em que  vivemos  apresenta  um gigantesco  avanço   tecnológico.  A   informação  é 

processada rapidamente e chega em fração de segundos a praticamente todas as partes do 

mundo. Mas, a informação só se transforma em conhecimento mediante análise, discussão, 

comparação. Portanto, apenas receber uma informação não significa adquirir conhecimento. 

Aí é que entra a escola, o professor e cada uma das áreas de conhecimento.

A matemática   trabalhada  na  escola,  deve  estar   comprometida  com a   formação  do 

aluno, desenvolvida de forma dinâmica e criativa despertando o interesse do mesmo. Dessa 

forma,   através   da   matemática,   o   aluno   passa   a   ter   uma   visão   mais   ampla   da   realidade, 

tornando­se mais apto a analisar e intervir no mundo em que vive, sendo assim agente ativo de 

transformação.

18.2 ­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

NÚMEROS E ALGEBRA:

Os números estão presentes na vida do homem desde os tempos remotos. Ocorreram 

progressos no conhecimento de valores numéricos e passaram a conhecer noções de relações 

espaciais. Juntamente com os números está a Álgebra, a qual se constitui como campo de 

conhecimento matemático sob as contribuições de diversas culturas. Trabalhar com álgebra é 

estabelecer, nas relações entre desdobramentos possíveis, o pensamento algébrico enquanto 

linguagem. Dessa forma, somar, subtrair, multiplicar, dividir, agrupar, desagrupar, algebrizar 

são termos que se fazem presentes no dia – a – dia. 

GEOMETRIAS:

A Geometria tem por objetivo analisar, organizar e sistematizar o conhecimento espacial. As 

representações   geométricas   estão   a   nossa   volta   em   forma   de   gráficos,   figuras   planas   e 

espaciais.

GRANDEZAS E MEDIDAS:

O   conteúdo   estruturante   Medidas   é   proposto   como   elemento   de   ligação   entre   os 

conteúdos de numeração e geometria. A idéia presente nesse conteúdo estruturante é a de que 

medir é essencialmente comparar.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:

O   Tratamento   da   Informação   trata   de   problemas   de   contagem   exigindo   cálculos 

elaborados e englobando uma grande variedade de técnicas de resolução. Exige, também a 

capacidade  de  analisar  e   interpretar   informações  expressas  por  meio  de   tabelas,  gráficos, 

dados percentuais, indicadores e conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de 

eventos. Além disso, propicia o desenvolvimento do raciocínio combinatório.

CONTEÚDOS: ENSINO FUNDAMENTAL

18.2.1 ­ 5ª Série

Números e Álgebra

Sistemas de numeração;

Os números naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação

Números fracionários;

Números decimais.

Geometrias

Geometria  plana; 

Geometria espacial.

Grandezas e Medidas

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de tempo;

Medidas de ângulos;

Sistema monetário.

Tratamento da informação

Dados, tabelas e gráficos;

18.2.2 ­ 6ª Série

Números e Álgebra

• Números inteiros

• Números racionais

• Razão e Proporção;

• Regra de três;

Porcentagem;

• Equações e inequação do 1º grau.

Geometrias

• Geometria plana

• Geometria espacial

• Geometrias não­euclidianas

Grandezas e Medidas

• Medidas de temperatura 

• Ângulos;  

Tratamento da Informação

• Pesquisa estatística;

• Média aritmética; 

• Moda e mediana;

• Juros Simples;

18.2.3 ­ 7ª Série

Números e Álgebra

• Números Irracionais;

• Potências;

• Monômios e Polinômios

• Produtos notáveis;

• Sistemas de equações do 1º grau;

Geometrias

• Geometria plana;

• Geometria espacial;

• Geometria analítica;

• Geometria não­ euclidiana

Grandezas e Medidas

• Medidas de comprimento;

• Medidas de área;

• Medidas de ângulos.

Tratamento da Informação

• Gráfico e informação;

• População e Amostra.

18.2.4 ­ 8ª Série

Números e Álgebra

• Números Reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2º grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações irracionais;

• Equações biquadradas;

• Regra de três composta.

Geometrias

• Geometria plana;

• Geometria espacial;

• Geometria analítica;

• Geometria não­ euclidiana

Grandezas e Medidas

• Relações métricas no triângulo retângulo;

• Trigonometria no triângulo retângulo.

Funções

• Noção intuitiva de função afim;

• Noção intuitiva de função quadrática.

18.3 ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O encaminhamento das atividades iniciará  a partir  do conhecimento que os alunos 

possuem sobre o assunto, relacionando ao conteúdo. 

As  situações  de  aprendizagem estarão centradas  na  construção  de  significados,  na 

elaboração de  estratégias  para  a   resolução de  problemas  onde o  aluno aplicará  processos 

importantes   como:   intuição,   analogia,   indução   e   dedução.   Serão   também   estimuladas   a 

capacidade de ouvir, discutir, ler, escrever, interpretar idéias matemáticas significativas.

As diferentes tendências da Educação Matemática (História da Matemática, Resolução 

de Problemas,  Mídias Tecnológicas,  Modelagem Matemática,   Investigações Matemáticas e 

Etnomatemática), associadas com o uso de jogos, livro didático, quadro e giz, ajudarão no 

processo de desenvolvimento do raciocínio.

Na matemática, os conteúdos estruturantes se articulam entre si e com os conteúdos 

específicos em relações de interdependências que enriquecem o processo pedagógico, visando 

um processo  não fragmentado.  

Serão realizados trabalhos (escritos ou orais), coletivos e individuais, visando trocas de 

experiências,     e   sempre  que  possível   o  desenvolvimento  de   atividades   com o   auxílio   de 

materiais concretos que possibilitem melhor compreensão dos conteúdos.

É importante oferecer ao aluno um ambiente de trabalho estimulante e adequado, onde 

ele possa criar, discutir, rever, ampliar suas idéias e associá­las a conceitos matemáticos e a 

situações práticas de seu cotidiano, pois é indispensável estimular o educando a valorizar o 

local onde vive.

Visando atender aluno com Deficiência Auditiva poderão ser adotados procedimentos 

como:  grifar  o  que  for   essencial   e  o  que  será   cobrado  em avaliações;   aplicar   avaliações 

diferenciadas e com consulta; incentivar e auxiliar os cálculos com a calculadora; o tempo 

para desenvolvimento das atividades poderá ser estendido, conforme necessidade e dentro das 

possibilidades;   não   serão   descontados   erros   ortográficos;   procurar   avaliar   o   aluno   sob 

diferentes aspectos (prova escrita, trabalhos, participação em sala de aula, etc).

Para atender caso de hiperatividade, poderão ser adotados os seguintes procedimentos: 

o professor na medida do possível deve instruir e mostrar quais são as atividades ou tarefas 

diretamente ao aluno ou seja, trabalhar com o aluno num nível pessoal; propiciar mais tempo 

para que o aluno desenvolva a atividade proposta, considerando que ele leva muito mais tempo 

que os demais alunos para escrever algo que parece simples; avaliá­lo pelo conjunto de suas 

atividades; limitar/reduzir a quantidade de tarefas; procurar evitar o ridículo, porque a auto­

estima de tais alunos é frágil, preservá­la é primordial para ajudá­los a serem bem sucedidos 

na vida. Então, o caminho é apelar à inteligência dele e desenvolver a empatia; destacar aquilo 

que ele sabe fazer bem; evitar a comparação com colegas. 

Em relação aos alunos portadores de outras necessidades educacionais especiais, na 

medida do necessário, serão estudados/buscados métodos específicos para o trabalho. 

Os Desafios Educacionais Contemporâneos,   como o PEP, Gênero e Diversidade na 

Escola, entre outros serão abordados dentro do conteúdo estruturante Geometria e  grandezas 

e medidas. A abordagem do tema Educação Ambiental pode se dar sempre que um conteúdo 

proporcionar, como é o caso do estudo de área, tratamento da informação, números naturais 

ou inteiros com dados atuais e, com análise e reflexão.   São diversas as possibilidades de 

realizar   trabalhos  envolvendo estes   temas,  no  entanto  cabe ao  professor  desenvolver  cada 

assunto de modo específico adequado à série .

18.4 – AVALIAÇÃO

A avaliação servirá como diagnóstico, para acompanhamento e como fonte de dados 

regulares da sequencia do trabalho docente, de forma contínua e cumulativa.

A   avaliação   acontecerá   durante   o   processo   pedagógico,   e   assim   permitirá   que   o 

professor e o educando percebam as falhas, identifiquem suas causas e que as dúvidas sejam 

esclarecidas, a fim de que o educando possa realmente construir seu conhecimento.

Serão realizadas atividades individuais e em grupo, trabalhos, pesquisas, avaliações 

escritas e orais, auto ­ avaliações e os dados servirão para a análise do trabalho desenvolvido e 

para promover situações de integração de aprendizagem, visando um melhor aproveitamento. 

Será valorizada a criatividade e as habilidades de cada aluno, bem como, sua capacidade na 

tomada de decisões. Após cada avaliação será ofertada a recuperação simultânea aos alunos 

que não atingirem 60 % do valor da mesma.  

Segundo KAMII, 1998,64: “Considerando que o erro é um reflexo do pensamento da criança, a  

tarefa do professor não é a de corrigir a resposta, mas de descobrir como foi que a criança fez o erro. Baseado nessa compreensão, o professor pode muitas vezes, corrigir a resposta”. Na medida do possível, durante a realização das atividades serão analisados os erros dos alunos. Buscando valorizar cada tentativa,  estimulando o aluno a encontrar respostas a partir  do conhecimento que possui, utilizando suas próprias estratégias. 

18.5 ­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, Paulo.  Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa.  São 

Paulo: Paz e Terra, 1998.

KAMII, Constance. A criança e o número: implicações educacionais da teoria de Piaget. 

Campinas: Papirus, 1988.

PARANÁ.   Secretaria   de  Estado  da  Educação.  Superintendência  de  Educação.  Currículo 

Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. 2ª ed. Curitiba, 1992.

Diretrizes Curriculares de Matemática para as séries finais do  Ensino Fundamental e 

para o Ensino Médio – Paraná 2008

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra 

Lei de Diretrizes e Bases 9394/96

19.0 ­ PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA

19.1 ­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A aplicação da Química sempre esteve no desenvolvimento das civilizações. Mesmo 

antes de ela ser assim denominada, iniciou­se o desenvolvimento e estudo través de alquimia, 

evoluindo e passando pela  latroquimica até  ser considerada como uma ciência essencial à 

evolução humana.

O século XIX foi o período no qual a ciência moderna se consolidou  e passou a deixar 

marcas  na caminhada da humanidade.  Nesse contexto,   John Dalton  apresentou sua   teoria 

anatômica em uma serie de conferencias realizadas na Royal Institution de |Londres. Para ele, 

a matéria era constituída de partículas esféricas maciças e indivisíveis, denominadas átomo, as 

quais seriam  reorganizadas pelas reações químicas.

No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo química, surgiram a 

partir   do   inicio   do   século   XIX,   provenientes   das   transformações   de   ordem   política   e 

econômica que ocorriam na Europa.

A partir de 1931, com a Reforma Francisco Campos, a disciplina Química passa a ser 

ministrada de forma regular no currículo do Ensino Secundário no Brasil.

O   conhecimento  químico   interage  com o  homem em diversos  meios,   evendo  não 

apenas pensar nele como problema para sociedade,e sim, como caminho para controlar fontes 

poluidores, melhorar os processos industriais e tornar eficaz o tratamento de efluentes.

Conforme a DCE, o conhecimento químico interage com o homem em diversos meios, 

devendo não apenas pensarmos nele como problema para a sociedade, e sim, como caminho 

para amenizar os efeitos das fontes poluidoras, melhorar os processos industriais de diversos 

gêneros alimentícios, vestuário, medicamentos entre outros, e tornar  mais eficaz o tratamento 

de efluentes.

A química tem como objetivo o conhecimento da matéria e suas transformações no 

mundo físico, assim sendo capaz de interferir nas suas aplicações tecnológicas, ambientais e 

sociais , políticas  e  econômicas.

É claro que o conhecimento químico, aliado aos conhecimentos de outras disciplinas 

afins de dar embasamento à  compreensão do mundo em que vivemos. A preocupação em 

caráter   interdisciplinar do estudo da química tem como objetivo estimular a percepção da 

inter­relação entre  outros   fenômenos,  dos  aspectos  mais   relevantes  do seu caráter  para as 

diversas   tecnologias.   Enfim,   os   objetivos   propostos   para   o   ensino   da   química,   podem 

contribuir para a formação da pessoa humana, como cidadão critico e transformador de sua 

sociedade.

Como consequência dessa abordagem, o ensino de química, no cotidiano da sala de 

aula, deve considerar o grau de maturidade dos alunos, estar voltado para o seu dia­a­dia, bem 

como mostrar­se mais flexível quanto à ordem dos conteúdos pragmáticos a serem estudados, 

desenvolver­se de maneira critica, para que o aluno não aprenda apenas formulas e cálculos, 

mas,   principalmente,   como   interpretar   macro   e  microscopicamente  o   mundo   da   matéria, 

fazendo analogias e se posicionando sobre os aspectos sociais, políticos econômicos e éticos 

do mundo que o cerca.

19.2 ­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, CONTEÚDOS BÁSICOS E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Matéria e sua Natureza;

Biogeoquímica;

Química Sintética. 

19.2.1 ­ 1ª Série

Conteúdo Básico: MATÉRIA 

Conteúdos Específicos: 

• ­ Constituição da matéria;

•  Estados de agregação.

•  Natureza elétrica da matéria;

•  Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr e outros)

•  Tabela Periódica. 

Conteúdo Básico: SOLUÇÃO

Conteúdos Específicos:

•  Substância: simples e composta;

•  Misturas;

•  Métodos de separação;

•  Solubilidade.

Conteúdo Básico: LIGAÇÃO QUÍMICA

Conteúdos Específicos: 

•  Tabela Periódica (propriedades periódicas e aperiódicas);

•  Propriedade dos materiais (metais, ametais gases etc)

•  Tipos de ligação química em relação às propriedades dos materiais;

•  Solubilidade e as ligações químicas;

•  Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;

•  Ligações de hidrogênio;

•  Ligação metálica (elétrons semi­livres).

•  Ligações sigma e pi;

•  Ligações polares e apolares;

•   Alotropia.

Conteúdo Básico: RADIOATIVIDADE

Conteúdos Específicos:

•  Modelos Atômicos (Rutherford);

•  Elementos químicos radioativos;

•  Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear).

•  Tabela Periódica.

Conteúdo Básico: FUNÇÕES QUÍMICAS

Conteúdos Específicos:

•  Funções Inorgânicas;

•  Tabela Periódica.

19.2.2 ­ 2ª Série

Conteúdo Básico: SOLUÇÃO

Conteúdos Específicos:

• Concentração;

• Forças intermoleculares;

• Temperatura e pressão;

• Densidade;

• Dispersão e suspensão;

• Tabela periódica.

Conteúdo Básico: VELOCIDADE DAS REAÇÕES

Conteúdos Específicos: 

•  Reações químicas;

•  Lei das reações químicas;

•  Representação das reações químicas;

•   Condições   fundamentais   para   ocorrência   das   reações   químicas   (natureza   dos 

reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão); 

•  Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, 

catalisador, concentração dos reagentes);

•  Lei da velocidade das reações químicas;

•  Inibidores da velocidade das reações químicas;

•  Tabela periódica.

Conteúdo Básico: EQUÍLIBRIO QUÍMICO

Conteúdos Específicos: 

•  Reações químicas reversíveis;

•  Concentração dos reagentes e produtos;

•  Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);

•   Deslocamento   de   equilíbrio   (princípio   de   Le   Chatelier):   concentração,   pressão, 

temperatura e efeito dos catalisadores;

•  Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, contante de ionização, Ks);

•  Tabela periódica.

Conteúdo Básico: REAÇÕES QUÍMICAS

Conteúdos Específicos: 

•  Reações de oxi­redução;

•  Reações exotérmicas e endotérmicas;

•  Variação da entalpia;

•  Calorias;

•  Princípios e equações da termodinâmica;

•  Lei de Hess;

•  Entropia e energia livre;

•  Calorimetria;

•  Tabela periódica.

Conteúdo Básico: GASES

Conteúdos Específicos: 

•  Estados físicos da matéria;

•  Tabela periódica;

•  Propriedades dos gases densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x 

volume e temperatura x volume); 

•  Modelo de partículas para os materiais gasosos; 

•  Misturas gasosas;

•  Diferença entre gás e vapor;

• Leis dos gases.

19.2.3 ­ 3ª Série

Conteúdo Básico: FUNÇÕES QUÍMICAS

Conteúdos Específicos: 

•  Funções orgânicas;

•  Isomeria;

•  Reações orgânicas;

•  Polímeros.

19.3 ­ FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

O ensino da Química deve partir do conhecimento prévio dos estudantes, utilizando­o 

para a elaboração de um conhecimento cientifico.

A   complexidade   crescente   dos   conteúdos   será   alcançada   através   da   abordagem 

dinâmica   as   interações   entre   as   visões   macroscópicas,   tornando   desta   maneira   conceitos 

significativamente entendidos.

Sendo que a  química utiliza  uma linguagem própria  para  a   representação do  real, 

símbolo   formula  convenções  e  códigos  necessários  que  o  aluno  desenvolva  competências 

adequadas para reconhecer e saber utilizar tal linguagem, sendo capaz de entender e empregar, 

a partir das informações, a partir das informações, a representação simbólica. 

Os   conteúdos   abordados   a   partir   de   temas   que   permitam   a   contextualização   do 

conhecimento   ganham   flexibilidade   e   interatividade   e   permitem   que   se   desenvolvam 

competências para identificar fontes de informação e de obter formas de informações, sabendo 

interpretá­las nos aspectos químicos e considerando também as implicações sócio­políticas, 

culturais e econômicas, promovendo discussões que levem a valorização de temas emergentes 

do dia­a­dia como política nacional da educação ambiental (9795/99), assim como a história 

da química, a história da cultura brasileira e africana (10639/03) e cultura dos povos indígenas 

(11645/3/2008), com isso reconhecer os limites éticos e morais do conhecimento científico, 

tecnológico e das suas relações. 

No   primeiro   momento   da   aprendizagem   de   Química   prevalece   a   construção   dos 

conceitos a partir de fatos. 

Sendo uma das estratégias que pode colaborar para que os alunos tenham uma visão 

mais abrangente do universo é a utilização da experimentação, porém pensando nela como 

ponto de partida para a compreensão de conceitos e não apenas para comprovar um fato já 

estudado teoricamente, dando ao aluno a falsa idéia da ciência como pronta e acabada. Essa 

experimentação pode se dar  com a utilização de materiais  simples  de uso cotidiano sem, 

necessariamente precisar de um laboratório com equipamentos sofisticados.

A aula expositiva (demonstrativa) também deve ser utilizada como um recurso que 

propicia ao estudante condições para o entendimento da natureza e dos fatos tecnológicos ou 

culturais.

Outro   recurso   que   consideramos   de   grande   valia   é   a   utilização   de   leituras 

complementares   que   contribuam   para   a   formação   e   identificação   cultural   do   aluno, 

motivando­o a aprendizagem da  Química. 

Devemos   considerar   a   flexibilização   dos   conteúdos   e   da   maneira   de   ensiná­los, 

procurando contemplar de forma satisfatória todos os estudantes, respeitando suas diversas 

diferenças. 

Estas e outras estratégias adotadas nas aulas de Química visam integrar o aprendizado 

do aluno já com a realidade de seu meio. 

Já no segundo momento, prevalece o conhecimento de informações ligadas as reações 

e transformações químicas. Na interpretação dessas informações, utilizam­se os conceitos e 

equações químicas já bem como se constroem outros, necessários para a compreensão dos 

assuntos tratados. A primeira leitura do mundo físico sob a ótica da química é reutilizada e, 

nesse processo, podem ser aperfeiçoadas, de acordo com a complexidade das situações em 

estudo. 

A abordagem qualitativa e suas interações é a primeira ação a ser desenvolvida e após 

introduz­se   o   tratamento   quantitativo   para   que   dessa   forma   o   aluno   perceba   as   relações 

quantitativas sem utilização de algoritmos. Só então a partir de entendimento do assunto o 

aluno terá suporte para construir seus próprios algoritmos. 

Com   “esses   dois   momentos”,   visa­se   uma   aprendizagem   ativa   e   significativa,   as 

abordagens   dos   temas   através   de   atividades   elaboradas   para   provocar   a   especulação,   a 

construção de ideias. 

No terceiro momento reconhecemos a importância do modelo molecular orgânico, os 

quais constituem a maior parte das substancias. Trabalhando seus mecanismos, reações e a 

conservação de suas massas. Valorização da importância dos compostos de carbono para os 

seres vivos, também estudar suas obtenção e elaboração através de laboratórios, bem como 

seu uso em produtos industriais, alimentícios e farmacêuticos. 

Ainda tratar da relação e influência do homem sobre a natureza,  levando benefícios,  bem 

como   agressões,   com   isto   levar   os   alunos   a   ter   uma   consciência   do   bom   uso   dos 

conhecimentos adquiridos. 

Todos   os   momentos   de   estudo   serão   estruturados   de   tal   forma   a   permitir   os 

desenvolvimentos   (representação  e  comunicação,   compreensão e   investigação e  percepção 

social e histórica).

No processo coletivo da construção do conhecimento em sala de aula,os valores com 

respeito   pela   opinião   dos   colegas,   pelo   trabalho   em   grupo,   responsabilidade,   lealdade   e 

tolerância serão enfatizados para desenvolver valores humanos que fazem parte dos processo 

educativo. 

Como o processo ensino­aprendizagem é um processo ativo e coletivo, baseado nas 

interações alunos, aluno­professor, objeto do conhecimento, essas interações serão auxiliadas 

por recursos tais como: 

• Leitura de textos, onde o importante é a discussão de idéias; 

• Experimentação   formal,   com discussão  pré   e   pós   laboratório   visando   a   construção   e 

ampliação de conceitos;

• Demonstrações experimentais, como recurso para coleta de dados e posterior discussão;

• Estudo do meio, através do qual permite a interdisciplinaridade e contextualização;

• Aulas dialógica, instigando sobre o objeto de estudo;

• Áudio­visual, com período de pré e pós­discussão para facilitar a construção e ampliação 

dos conceitos;

• Informática, como fonte de dados e informações;

• Contextualização do objeto de estudo, visando à aproximação com o cotidiano;

• Projetos e oficinas;

•     Biblioteca, como fonte de dados e informação;

• Através da mediação, pois dota o aluno de instrumento para pensar.

19.4 – AVALIAÇÃO

Avaliação é  uma questão do cotidiano e se  traduz na interação professor­aluno, no 

acompanhamento   individual  e  coletivo  no  convencimento  e   reconhecimento  de  avanços  e 

limites. A avaliação só tem sentido se for para um aprendizado, pra que na escola e na vida ele 

se avalie e se auto­avalie sempre e se construa dessa maneira. É uma ação que ocorre durante 

todo o processo de ensino­aprendizagem e não apenas em momentos caracterizados como 

fechamento  de  grandes  etapas  de   trabalhos  e  que  envolve  não   somente  o  professor,  mas 

também pais e comunidade escolar. A avaliação para verificar, os valores e atitudes serão em 

Química um processo contínuo para que sirva de orientação na prática pedagógica, avaliação 

formativa   e   como  promoção  do   aprendizado   incluirá   registros   e   comentários,   adquirindo 

caráter   fornecedor  do  processo  pessoal   e  da  autonomia  do  aluno  para  permitir   a  mesma 

consciência de sue próprio crescimento intelectual e crescimento como ser humano atuante 

capaz de interagir na sociedade onde convive. 

Portanto, é  objeto da avaliação o progresso do aluno em relação aos domínios dos 

conceitos, das capacidades e das atitudes, dando informações sobre: 

• A capacidade para aplicar os conhecimentos na resolução de problemas do cotidiano.

• A capacidade par usar as linguagens das ciências e das tecnologias;

• Comunicar ideias;

• Habilidades de pensamentos, como: analisar, generalizar e tirar conclusões. 

Será  eixo  norteador  na  prática  pedagógica  os  pressupostos  e  princípios  da  avaliação,   tais 

como: 

• Que avaliação é um processo contínuo e sistemático,é um meio, um recurso;

• De que a avaliação é funcional, porque se realiza em função dos objetivos previstos;

• Em que a avaliação é orientadora, porque indica os avanços e dificuldade do aluno, 

ajudando­o no sentido de atingir os objetivos propostos;

Sendo,   portanto,   a   avaliação   formativa   e   processual   visando   orientar   e   facilitar   a 

aprendizagem.

O   objetivo   principal   da   avaliação   é   a   verificação   da   apropriação   de   conceitos 

científicos. 

Vários   instrumentos  de avaliação que contemplem várias   formas  de expressão dos 

alunos devem ser utilizados, como: leitura e interpretação de textos, leitura e interpretação da 

tabela periódica, relatórios de atividades experimentais, entre outros.

Devemos também levar em conta a flexibilização dos conteúdos e das avaliações para 

que todos os alunos sejam contemplados. 

19.5 ­REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAGAS, Aécio Pereira; Como se faz Química. Editora UNICAMP. 3ª edição. São Paulo, 

2001.

COVRE, Geraldo José. Química TOTAL. Editora FTD S.A. São Paulo, 2001. 

MATEUS, Alfredo Luiz; Química na Cabeça. Editora UFMG. Belo Horizonte, 2005.

PARANÁ,  Secretaria  de Estado da Educação.  Departamento de Ensino Médio.  Diretrizes 

Curriculares de Química. Curitiba: SEED/DEM, 2008.

RUSSEL, John B.. Química Geral. Vol. 1 e 2. Pearson Makron Books. 2ª edição. São Paulo, 

1994.

SANDELLA, Antônio, Curso de Química. Editora Ática. 16ª edição. São Paulo, 2001.

TITO & CANTO;   Química na abordagem do cotidiano. Editora Moderna. 1ª edição. São 

Paulo, 1995.

VANIN, José Atílio. Alquimista e Químicos. Editora Moderna. 2ª edição. São Paulo, 2005.

BRASIL, Ministério da Educação. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei: 

9394/96. Brasília: Ministério da Educação, 1996.

20.0 ­ PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

20.1 ­ APRESENTAÇÃO  DA DISCIPLINA

 Todo professor lúcido geral da disciplina, e mais ainda  o   sociólogo,   se   pergunta   o   quê   e   como   ensinar.   A  maioria logo reprime essas perguntas; outros procuram  afogá­las   no   conservadorismo   reprodutor   da   ordem social ou, inversamente, no revolucionário de um futuro  promissor. O pesquisador dialético vai encará­las como um   sistema   de   contradições   em   movimento.     René  Barbier,1995   

  A   mundialização   proporciona   um   paradoxo:   excesso   de   informação   e   sensação 

simultânea de não pertencimento a um grupo social. Fenômeno indiscutivelmente polemico, a 

globalização   promoveu   o   rompimento   das   fronteiras   geográficas,   a   transferência   de 

conhecimentos, tecnologias e informação de forma acelerada agravando, ainda mais, a crise 

de ensino.

Diante   desse   processo,   a   cultura   escolar   sacralizada   através   de   práticas   de   aula 

convencionais e de conteúdos programáticos selecionados a partir de padrões estabelecidos 

aleatoriamente,   se  vê   as   voltas   com a  necessidade  de   responder   ao  questionamento  e   as 

inquietações da juventude que frequenta os bancos escolares e que exigem novas posturas 

daqueles que ensinam.

Destaca­se assim, a importância que determinados temas vem adquirindo no bojo das 

reformas educativas, até o presente momento restritos as disciplinas de historia, sociologia e 

filosofia tais como ética, valores morais e cidadania, dando nova dimensão as questões sociais 

que conquistaram relevo no currículo do Ensino Fundamental e Médio.

A sociologia surgiu no contexto das revoluções burguesas, consolidadas a partir século 

XVIII  e  que configuraram a sociedade contemporânea capitalista,  afirmando­se no século 

XX, na tentativa de explicar a sociedade que surgiu com o desenvolvimento do capitalismo, 

muitas vezes servindo para justificar esse sistema econômico, social e político.

Os   principais   teóricos   e   pensadores   sociais   se   defrontam,   atualmente,   com 

preocupação cultural e política ou pelo menos, de observá­la a partir de outras perspectivas.

A globalização derruba fronteiras provocando a sensação de que pertencemos a uma 

sociedade  com características  únicas,  mas  não  apaga as  diferenças   sociais,   econômicas  e 

culturais  entre   regiões  e  povos.  Elas  persistem e   tendem a se agravar.  Para compreender, 

analisar, criticar e atuar na sociedade contemporânea, é de fundamental importância o ensino 

da sociologia.

Nesse contexto, há um percurso histórico de construção dos conceitos e categorias que 

conferiram  estatuto   cientifico   a  Sociologia,   possibilitando  que   nos   dias   atuais,   as   graves 

questões   que   marcam   as   dinâmicas   sociais,   econômicas,   políticas   e   culturais   sejam 

questionadas de perspectivas diferentes entre si.

Pensadores  sociais  diversos  como Montesquieu   (1689/1755),  Rousseau  (1712/1778), 

Saint­Simon   (1776/1825),   Herbert   Spencer   (1820/1903),   Augusto   Comte   (1798/1857),   e 

focalizaram   o   olhar   sobre   as   relações   sociais   e   as   complexas   instituições   modernas. 

Discutiram   sua   origem,   as   divisões   de   poderes   do   Estado   e   a   nova   organização   social 

constituída no bojo do declínio da sociedade feudal, as conseqüências do desenvolvimento da 

ciência e das inovações técnicas e, particularmente, Comte e Durkheim se preocuparam com a 

administração dos inevitáveis conflitos sociais e políticos.

No século XX, a sociologia incorporou o pensamento  de Karl Marx (1818/1883) e seu 

principal colaborador, Friederich Engles (1829/1903). Pensadores que realizaram estudos no 

âmbito da economia, da filosofia política e da historia, passaram a influenciar boa parte da 

produção teórica do pensamento social a partir do inicio deste século, através de uma teoria 

que conquistou estatuto cientifico: o “materialismo histórico”.

Mais contemporaneamente , outros pensadores marcaram a produção sociológica: Max Weber 

(1864/1920), um dos mais instigantes pensadores da questão social e política, construiu um 

campo teórico denominado de analise compreensiva.

As   influencias   do   positivismo   cotidiano,   do   marxismo   e   da   teoria   compreensiva, 

conformaram o estatuto cientifico da área de ciências sociais: a antropologia, a sociologia e a 

política ganharam espaço das investigações acadêmicas em nível superior e passaram a fazer 

parte do currículo da escola de Ensino Médio.

No Brasil, em 1865, sob forte influencia do positivismo comtiano, foi publicada a obra 

“Escravatura no Brasil”, de F. ª Brandão Junior. Em seguida, um dos precursores da sociologia 

no Brasil, Silvio Romero publicou “Etnologia Selvagem”, em 1872 e “Etnografia Brasileira”, 

em 1888.

  Atualmente, a nova LDB ressaltou a importância da disciplina, que os alunos, ao final 

do ensino médio, detenham conhecimentos filosóficos e sociológicos.

A construção de sociedade deve permitir ao estudante do Ensino Médio estabelecer 

relações entre os diferentes elementos que a compõem compreendendo seus mecanismos de 

funcionamento como uma totalidade mais sendo capaz de expressar  o que é diverso e parcial.

A partir da construção dessa concepção de sociedade é possível ao aluno compreender 

a emergência dos temas que hoje ocupam o cenário das manifestações sociais, tais como os de 

ordem étnica, religiosa, racial, sexual, ecológica que exige uma discussão sobre a diversidade 

cultural.

Aliados a esses, permanecem os temas consagrados pela produção teórica da área: a 

compreensão da industria cultural e suas relações entre a cultura de massa e a cultura de elite.

O estado pode ser visto como instituição social a partir da discussão de suas origens, 

no   contexto   histórico   e   político   que   construiu,   e   nas   suas   diferentes   formas   de 

desenvolvimento e dinâmicas de funcionamento.

Deve­se ainda possibilitar ao aluno, a apreensão da tradição autoritária da sociedade 

brasileira, visando a construção de noções sobre as relações sociais e políticas daí decorrentes. 

Tal contradição pode contribuir com que o aluno aprenda as diferenças e semelhanças entre as 

varias formas de hierarquização das relações sociais existentes na mesma.

Podemos  também, ampliar,  as  possibilidades  de exercício  da cidadania  a  partir  do 

conhecimento sobre a  construção histórica dos  direitos  e  deveres  dos  cidadãos,   tende em 

coletivos, legitimidade e governabilidade, representação, participação e poder.

20.2 ­ OBJETIVOS GERAIS

• Reconstruir dialeticamente o conhecimento que o aluno do Ensino Médio já dispõe 

(uma   vez   que   está   imerso   numa   prática   social),   num   outro   nível   de   compreensão,   da 

consciência  das determinações históricas nas quais ele existe e da capacidade de intervenção 

e transformação dessa pratica social.

20.2.1­ Objetivos Específicos

•  Apropriar­se de conhecimentos e modos discursivos específicos da Sociologia.

•  Compreender as configurações de pensamento, de sua constituição histórica e de seu 

funcionamento interno, tendo em vista a constituição de sistemas de referência.

•   Articular   as   teorias   sociológicas  e  o   tratamento  de   temas  e  problemas  cientifico 

tecnológicos, ético­politicos, sócio­culturais e vivenciais.

•  Entender a reflexão critica como processo sistemático e interpretativo do pensamento.

•  Desenvolver métodos e técnicas de leitura e analise de textos.

•  Produzir textos analíticos e reflexivos.

•  Desenvolver a discussão oral de modo sistemático.

•  Adquirir e reutilizar (transferir) conhecimentos, conceitos e procedimentos.

•   Compreender  criticamente  o  saber   sistematizado,  a   trama das   relações  sociais  de 

classe, gênero e etnia, na qual os sujeitos da sociedade capitalista neoliberal estão inseridos.

20.3 ­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

 Esta proposta propõe­se metodologicamente que o ensino da sociologia da sociologia 

seja fundamentado em conteúdos estruturantes, que não se resumem a uma listagem de temas 

e   conceitos   encadeados   de   forma   engessada   e   rígida.   Conteúdos   estruturantes,   são   os 

conteúdos   representativos   dos   grandes   campos   de   saber,   da   cultura   e   do   conhecimento 

universal   e   devem  ser   compreendidos   (eles   também)  a  partir   do  práxis   pedagogia   como 

construção histórica. Os conteúdos estruturantes devem poder istrumentalizar professores e 

alunos­   sujeitos   da   educação   escolar/   pratica   social­   na   seleção,   organização   e 

problematizaçao dos conteúdos específicos a partir das necessidades locais e coletivas, sem 

perder de vista a busca da totalidade, através do estabelecimento de inter­ relações e não da 

simples soma da partes.

  A compreensão de conceitos e pratica no campo de ensino da sociologia deve ser 

encaminhada pela necessidade de entender e explicar a dialética dos fenômenos sociais do 

cotidiano   de   uma   perspectiva   que   não   seja   a   do   senso   comum   ,   chegando­se   a   síntese 

necessária ao enendimento da sociedade , a luz do conhecimento cientifico. Não esta escrito 

na realidade social sua divisão ou compartimentaçao em áreas ou conteúdos disciplinares . no 

entanto   ,   a   dificuldade   em   compreendê­la   em   sua   complexidade   e   totalidade   impõe   a 

necessidade em dividi­la em partes como objetivos analíticos e didáticos com a finalidade de 

torna­la  acessível e compreensível a um maior estanqeu , e muito menos compreendida em si 

mesma , mas deve ter a preocupação de estar continuamente em dialogo com a totalidade a 

qual se refere , assim como em dialogo com a transformações sociais , culturais , econômicas 

e políticas emergentes no mundo contemporâneo . assim , é possível no campo da sociologia 

critica  discutir   exclusão   ,   reforma agrária  educação  e   saúde  precárias   ,   desvinculados  de 

transnacionalizaçâo   da   economia,   sujeição   de   paises   as   exigências   do   capitalismo 

multinacional   ,superdimensionamento   do   mercado   ,   estado   mínimo   privatista   , 

mercantilizaçâo das relações sócias , conflitos étnico­raciais , celebração da cultura de massas 

, estilos de vida individualista e consumistas. 

É   importante   ressaltar   que   não   se   pretende   através   dos   conteúdos   estruturantes 

responder  pela   totalidade  da   sociologia   e  nem pelos   seus  desdobramentos  em conteúdos 

específicos , pois se tem a claresa da dimensão e da dinâmica próprias da sociedade e do 

conhecimento  cientifico que a acompanha, as quais , no entanto , não podem ser ignoradas, 

quando   se  objetiva  uma  analise   atenta   e   critica  das  problemáticas   sociais.  Os   conteúdos 

estruturantes   ,  e  os  conteúdos específicos  deles  desdobrados  ,  não devem ser  pensados  e 

trabalhados de maneira autônoma ,  como se bastassem a si  próprios  ,  como também não 

devem   ser   pensados   e   trabalhados   de   forma   seqüencial   como   se   exigissem   obediência 

incondicional .

O surgimento da sociologia  e teorias sociológicas

Para   que   os   alunos   tenham   facilidade   em   compreender   o   porque   do   estudo   da 

sociologia , logo de inicio se faz necessário a fundamentação do surgimento da sociologia e 

da apresentação dos principais pensadores sociológicos . 

Pensadores que precisam ser compreendidos para compreender a sociologia:

Karl Marx (1818 a 1883) concebe a sociologia capitalista como relação de exploração e a 

educação   como   possibilidade   de   emancipar   o   sujeito   da   opressão   exercida   por   essa 

desigualdade. Sua teoria teve a finalidade de compreender a natureza da sociedade capitalista 

e apontar uma direção para sua transformação, investigou os mecanismo de enquadramento 

social   dos   indivíduos   pela   analise   das   forças   sociais   capazes   de   controlar   a   consciência 

humana.

Emili Durkheim (1858­1917) concebe a sociedade capitalista como vinculo moral entre 

os homens e a educação como forma de manutenção estabilidade e da ordem social. De modo 

distinto, existe a solidariedade orgânica que é a do tipo que predomina nas sociedades ditas 

“modernas” ou “complexas” do ponto de vista da maior diferenciação individual e social (o 

conceito   deve   ser   aplicado   as   sociedades   capitalistas)   além   de   não   compartilharem   dos 

mesmos   valores   e   crenças   sociais,   os   interesses     individuais   são   bastante   distintos   e 

consciência de cada individuo é mais acentuada.

  A divisão econômica do trabalho social é mais desenvolvida e complexa e se expressa 

nas diferentes profissões e variedade das atividades industriais.  Durkheim emprega alguns 

conceitos das ciências naturais, em particular da biologia (muito em uso na época em que ele 

começou   seus   estudos   sociológicos)   com   o   objetivo   de   fazer   uma   comparação   entre   a 

diferenciação crescente sobre a qual se assenta a solidariedade orgânica. Durkheim concebe as 

sociedades complexas como grandes organismos vivos, onde os órgãos são diferentes entre si 

(neste caso corresponde a divisão do trabalho), mas todos dependem um do outro para o bom 

funcionamento do ser vivo. A crescente divisão de trabalho faz aumentar também o grau de 

interdependência entre os indivíduos.

  Para garantir a coesão social,  portanto, onde predomina a solidariedade orgânica, a 

coesão social não esta  assentada em crenças e valores sociais, religiosos, na tradição ou nos 

costumes compartilhados, mas nos códigos e regras de conduta que estabelecem direitos e 

deveres a se expressam em normas jurídicas: isto é, o direito.

Max   Weber,   sociólogo   alemão   falecido   em   1918,   foi   um  dos   primeiros   cientistas 

sociais importantes a levar em conta a importância da religião ou da mentalidade religiosa na 

configuração da economia política. O objetivo dele foi refutar a tese de Karl Marx, segundo a 

qual o capitalismo nascera somente da exploração do homem pelo homem. Para Weber, o 

moderno   sistema   econômico   teria   sido   impulsionado   por   uma   mudança   comportamental 

provocada pela Reforma Luterana do século 16.  ocasião quando dela emergiu a seita  dos 

calvinistas com seu forte senso de predestinação e vocação para o trabalho.

Florestan Fernandes nasceu em São Paulo, no dia 22 de julho de 1920. Sua luta pela 

vida começou já na infância, para conquistar o próprio nome – já que patroa de sua mãe o 

chamava de Vicente,  por  considerar  que Florestan não era nome de pobre – e  sobreviver 

começou a trabalhar com seis anos, o que impediu de completar o curso primário e o levou a 

se formar no curso de madureza (supletivo). Doutorou­se em 1951 e foi assistente catedrático, 

livre docente e professor titular na cadeira de sociologia, substituindo o sociólogo e professor 

francês Roger Bastide em caráter interino até 1964, ano em que efetivou na cátedra. O nome 

de  Florestan  Fernandes  esta  obrigatoriamente  associado  a  pesquisa   sociológica  brasileira. 

Sociólogo e professor universitário com mais de cinquenta obras publicadas, transformou as 

ciências   sociais   no   Brasil   e   estabeleceu   um   novo   estilo   de   pensamento.   Foi   mestre   de 

sociólogos renomados, como Octavio Ianni e Fernando Henrique Cardoso. Cassado com base 

no AI­5, em 1969,deixou o país e lecionou nas universidades de Columbia (EUA), Toronto 

(Canadá) e Yale (EUA). Retornou ao Brasil em 1972 e passou a lecionar na PUC­SP. Não 

procurou reintegrar­se à USP, da qual recebeu o titulo de professor emérito em dezembro de 

1985. Florestan não via o destino da ex – URSS como o fim do socialismo e marxismo, nem a 

globalização como esperança dos excluídos – ao menos, dizia, enquanto o “capitalismo da 

fase atual não conseguir uma equação definitiva para a questão social”.

Florestan Fernandes morreu em São Paulo no dia 10 de agosto de 1995.

O Processo de Socialização e as Instituições Sociais

A socialização,  ou   seja,   a   inserção   /construção   /transmissão  de  valores,  normas  e 

regras capazes de desenvolver a vida em sociedade constitui­se no processo que possibilita a 

compreensão das diferentes formas de organização social. A vida em sociedade exige que seus 

membros conheçam e internalizem as expectativas de comportamentos estabelecidos pelos 

valores, regras e normas presentes nela. Isso se da fundamentalmente através das instituições 

sociais, as quais estão sempre vinculadas às situações econômicas, políticas e culturais das 

sociedades situadas no tempo e no espaço.

A abordagem que o estudo das instituições sociais deve receber hoje da sociologia 

reside, primeiramente, no sentido da recuperação de sua historicidade nas diversas sociedades 

humanas  objetivando   a  desnaturalização  dos  processos   sociais,  para   então  promover­se  a 

critica   e   explicação   de   aspectos   aparentemente   estáticos   e   imutáveis   da   sociedade.   As 

instituições sociais devem ser estudadas em sua constante dinâmica, a qual manifesta­se de 

forma sempre conflituosa, e que muitas vezes mostram­se em face mais conservadoras do que 

poderíamos imaginar no inicio do século XXI.

Tradicionalmente, as instituições sociais têm sido estudadas pela sociologia de forma 

histórica e como responsáveis pela manutenção da ordem social,  sem levarem os alunos a 

refletirem   a   respeito   de   sua   construção   histórica,   considerando­as   quase   como   um   dado 

natural, sobre o qual não cabem questionamentos e duvidas.

A simples apreensão e constatação da existência das instituições na sociedade em nada 

contribui   para   a   construção  de  um pensamento   sociológico  critico  nos   alunos  do  ensino 

médio, mas apenas reforça a senso comum e o “status quo”. Importa a disciplina de sociologia 

desenvolver sim um olhar critico, explicativo, mas principalmente interrogador  e que conduza 

a mudanças de atitudes a respeito da organização da sociedade.

Portanto,   podemos   assim   justificar,   resumidamente,   a   importância   do   estudo   das 

instituições sociais na disciplina de sociologia – contribuir para mudanças de atitudes, para o 

desenvolvimento de pensamento reflexivo,  livre de noções  preconceituosas e estanques da 

sociedade.

Considerando­se   a   dimensão   dos   conteúdos   estruturantes,   apontamos   somente 

comoum balizamento os possíveis conteúdos escolares a serem desenvolvidos nas três séries 

do ensino médio.

Instituição familiar – origens históricas, diferentes configurações nos diversos lugares 

sociais,e principalmente a dinâmica das famílias das sociedades contemporâneas. Importa ao 

aluno compreender  a   importância da família  como parte  constituinte  das  sociedades,  mas 

principalmente livrar­se de qualquer tipo de pré julgamentos e preconceitos em relação a uma 

ou   outra   forma   de   organização   familiar.   A   leitura   e   a   discussão   de   textos   ligados   a 

antropologia, que demonstram povos com organizações sociais totalmente distintas da nossa, 

contribui para romper com visões etnocêntica ; a exibição de filmes que provoquem a reflexão 

e remetam o aluno a situações próximas ou distantes da sua realidade também levam o jovem 

a pensar, a rever  e buscar modelos familiares adequados às suas necessidades; a realização de 

investigações na própria comunidade também podem contribuir para o alcance dos objetivos 

pretendidos.

A instituição escolar – origem históricas, diferentes teorias “olhares” construídos sobre 

a constituição escolar, diferentes modelos escolares presentes em sociedades diversas, reflexão 

sobre a importância e o papel da escola e de seus atores (professores, alunos, funcionários, 

direção) nas sociedades atuais.

A instituição religiosa – origens  e   importância do pensamento religioso,  diferentes 

praticas religiosas, reflexão sobre idéias pré­concebidas e sectarismos.

Cultura e Industria Cultural

Teoricamente o conceito de cultura vem com a Antropologia quando ela se configura 

como uma ciência no final do século XX, a partir do encontro do “velho” (Europa) com o 

novo mundo (América e África). O choque proporcionado pela diversidade cultural entre os 

europeus  e  os   “outros”  povos   (diferentes   e   exóticos),  produziu   ideologias  que  afirmaram 

existir uma superioridade cultual desses, sobre os demais, que era justificado cientificamente . 

No decorrer do século XX, esse discurso reproduzido, passou a ser questionado por vertentes 

mais criticas das Ciências Sociais, que analizavam as sociedades em suas especifidades, e não 

apenas a partir da comparação entre culturas.

Quando   tentamos  definir   o   conceito,   temos  que   ter   clareza  que   existem muitos   a 

respeito,   mas,   comumente,   incorporamos   aquele   que   diz   que   ela   é   “todo   conhecimento 

adquirido, crenças, arte, moral, leis e costumes “. Esses conhecimentos nos revelam que a 

cultura não é natural nos indivíduos, que é um comportamento aprendido e se difere de um 

grupo   para   outro.   Assim,   não   nascemos   com   um   comportamento   específico,   nós   o 

aprendemos de acordo  com o nosso processo de socialização.

A cultura se reproduz a medida que os anos vão passando, no entanto, uma de suas 

características é a de que ela é dinâmica e se transforma muito rapidamente, incorporando 

aspectos  que vem de  fora  dos  grupos ou simplesmente modificando aqueles  que  já   estão 

dentro dela. Não podemos dizer que uma sociedade possui uma cultura única, porque dentro 

dela temos vários grupos distintos.

É importante problematizar para o aluno de Ensino Médio o conceito de cultura e suas 

derivações, para que ele perceba que não existem culturas superiores ou inferiores, mas temos 

grupos   que   são   diferentes   e   que   tem   uma   apropriação   distinta   de   menos   aspectos   de 

constituição de vida como a família,  o  trabalho,  o  lazer,  a religião e etc.  Assim,  poderão 

questionar  que a dominação cultural  que algumas sociedades  “naturalmente”  impõe sobre 

outras, não é apenas nessa instância, mas ela parte de outro foco, muito mais econômico e 

cultural.

A partir  dessas concepções os conteúdos específicos relacionados a cultura estarão 

todos  interligados,   já  que quando propormos a contextualização e construção histórica do 

conceito,   diretamente   nos   remetemos   aos   conteúdos   –   diversidade   cultural,   relativismo, 

etnocentrismo, gênero, etnia e minorias.

Quando falamos que num mesmo grupo temos percepção e práticas culturais distintas, 

temos os conteúdos – Cultura Euridita e Cultura Popular – que muitas vezes são trabalhados a 

partir do senso comum e que tendem a separar distintamente os grupos pelas suas práticas, 

naturalizando essas diferenças.

Assim,  chegamos ao conteúdo específico chamado Indústria  Cultural,  que  também 

pode   ser   problematizado   como   cultura   de   massa.   Surgido   no   contexto   europeu   da 

industrialização,   tem como  objetivo   transformar   em mercadoria   consumível   igualmente   a 

todos os grupos sociais, as diferentes manifestações culturais, como teatros, circos, obras de 

arte,   literatura,  fotografia,  cinema entre outros,  deixando – os com a mesma linguagem e 

intensificando   a   passividade   social.   Pode   –   se   dizer   que   o   que   se   pretende   com   essa 

“indústria” é a universalização das culturas, ou seja, é vender para todas as pessoas aquilo que 

foi produzido especificamente para umas determinada classe social,  retirando dela as suas 

especificidades.

Devemos questionar aos alunos do Ensino Médio como isso se tornou possível, quer 

dizer, como nos transformamos em meros consumidores de informações muitas vezes sem 

nenhum   questionamento?   É   aí   que   entram   os   meios   de   comunicação   de   massa 

(televisão,rádio,cinema) que também podem ser caracterizados como produtos de mercado de 

uma sociedade capitalista. Eles produzem bens simbólicos para o mercado consumidor que 

está   cada   vez   mais   massificado   e   intensificam   a   produção   de   conceitos   para   indivíduos 

alienados, inertes   e sem memória social. No entanto, ao efetuarmos esses questionamentos 

com   os   alunos,   podemos   permitir   outras   abordagens   dessa   temática   que   não   sejam 

necessariamente   a   mera   reprodução,   apontando   que   existem   outras     formas  de   consumo 

cultural.

Trabalho, Produção e Classes Sociais

O trabalho é a condição de sobrevivência humana. Ao agir sobre a natureza com a 

finalidade  de   suprir   as   condições  materiais   de   sua   existência,   os   homens   transformam a 

natureza com o seu trabalho e reproduzem a si mesmos e, ao reproduzirem a vida, produzem 

riqueza.

É   impossível   uma  pessoa   individualmente   retirar   sozinha  da  natureza   tudo  o  que 

necessita para sobreviver. Para tanto, é necessário que ela troque, venda ou compre algo que 

disponha por algo que não possui. Ou seja, o trabalho é uma atividade social, pois prescinde 

de mais de uma única pessoa para realizar­se. Assim, o trabalho mais do que uma utilidade 

(garantir a existência humana) é também e principalmente uma relação social que pode ser 

organizado de variadas formas. Tanto pode­ser resultado de cooperação, como de confronto e 

concorrência, pela sobrevivência, entre os homens.

Na   forma  de  organização   social   e   capitalista   a   produção  da  vida  material   e   baseada  na 

propriedade privada, no trabalho assalariado e numa determinada divisão social do trabalho.

Na visão de Émile Durkheim, a divisão social do trabalho é uma forma de justamente 

atenuar   a   concorrência   e   a   competição   entre   os   homens,   pois   o   fato   de   cada   individuo 

depender do trabalho especializado do outro para sobreviver, acaba provocando uma maior 

solidariedade entre os mesmos.

Para   Karl   Marx   o   capitalismo   organiza­se   da   tal   forma   que   origina   duas   classes 

sociais: a do trabalhador/ proletário, provido apenas da sua força de trabalho, a qual troca por 

um salário e a classe do empresário/ burguês, detentor dos meios de produção e que compra 

(no mercado) a força de trabalho do proletário. Sendo assim, para Marx as classes sociais tem 

sua origem na organização das relações de produção da sobrevivência e na organização da 

sociedade   capitalista   essas   relações   entre   essas   classes   são   antagônicas   e   desiguais, 

caracterizando uma luta entre elas: o trabalhador por uma vida melhor e o empresário por 

mais lucro ( ao explorar o trabalho).

Para Max Weber a noção de classe  esta baseada em indicadores de status. O acesso a 

determinados tipos de bens de consumo, aos próprios meios de produção , aos serviços é o 

que identificara as diversas classes sociais. Mas uma, a dos desprovidos de propriedade e 

totalmente sem “qualificação” são obrigados e ganhar sua via por meio de seu trabalho em 

ocupações inconstantes. As diferenças de prestigio, de poder e de status entre os grupos que 

compõe a sociedade, bem como os conflitos entre eles, são resultados da organização de cada 

sistema social.  Diante disso a relação entre  trabalho e organização de sociedade­  seja em 

castas, estamentos ou classes sociais é que possibilitara o reforço ou não da especialização e, 

conseqüentemente , o lugar (maioria/ minoria) de cada grupo na sociedade ou em lugar de 

cada individuo no grupo.

Por conta do avanço das tecnologias, a divisão do trabalho nas sociedades industriais 

acabou por qualificar como de maior importância trabalhadores das fabricas e aos capitalistas 

industriais (que vivem em áreas urbanas) do que aos trabalhadores do campo. Para entender as 

demandas   industriais,   inclusive   da   mecanização   nas   áreas   rurais,trabalhadores   do   campo 

acabam por abandonar suas atividades e se submetem a ser mão de obra nas cidades, por sua 

vez, não lhes oferece as condições mínimas de sobrevivência.  Anthony Giddens  indica, por 

exemplo   um   encaminhamento   metodológico   para   compreender   a   dimensão   dessa 

problemática:

Em   face   da   estrutura   e   do   modo   de   produção   sociais   das   sociedades   capitalistas 

adiantadas, as tarefas da analise de classe são bastante simples. Primeiro, a analise envolve a 

identificação minuciosa das classes e subclasses que compõe essas sociedades – em outras 

palavras, o desenho de um mapa social que seja mais pormenorizado e preciso possível inclua 

as numerosas complexidades que envolve a natureza de classe. Segundo, analise de classe 

deve demonstrar as estruturas e os mecanismos exatos de denominação e exploração nessa 

sociedade e as diferentes maneiras pelas quais a mais – valia se extrai, apropria­se e aloca­se. 

Terceiro, e de maneira correlata, a análise de classes deve estar preocupada com o conflito 

entre classes, sobre tudo o capital e o estado, de um lado, e o trabalho, do outro, embora se 

deva   também prestar   atenção  as  pressões  exercidas   sobre  outras   classes   e   agrupamentos, 

como, por exemplo, os diferentes setores da pequena burguesia ou os movimentos sociais com 

suas queixas e reivindicações especificas.

É igualmente importante, através da análise dos processos históricos e das diferentes 

linhas interpretativas, discutir com um aluno do ensino médio que a organização social não é 

algo dado, natural. O objetivo é que esse aluno perceba que a exclusão e o desemprego na 

sociedade   brasileira   é   resultado   de   processos   e   determinações   sociais,   políticas   e 

especialmente econômicas e como tal podem ser revertidas dependendo da organização das 

forças sociais.

Como   processo   de   globalização,   foi   intensificada   a   tendência   os   processos   de 

acumulação de capital organizarem – se em corporações multinacionais cuja atividades de 

busca do lucro não são contidas  pelas fronteiras dos estados nacionais,  algumas inclusive 

percebem receitas monetárias que excedem a de alguns estados – nação. Daí,  o crescente 

papel   das   coordenações   de   integração   supranacionais   como   o   NAFTA   ,   dos   acordos 

econômicos regionais e mundiais com poderes assimétricos (desiguais), da divisão global do 

trabalho, do mercado (que não é  uma entidade e sim constituído por relações sociaisentre 

pessoas)   como   um   “   universal   econômico”,   de   mecanismo   concretos   e   ideológicos   de 

desregulação   comum   a   todos,   de   tal   modo   que,   qualquer   acontecimento   mesmo   que 

geograficamente distante, interfira nos demais. Contudo, a “internacionalização” do capital, 

assim   como   a   incorporação   da   microeletrônica   ao   processo   produtivo   (expandindo 

excepcionalmente   a   produtividade)   não   extingue   as   classes   sociais   (portanto   suas 

contradições),   mas,   extingue   postos   de   trabalho,   aumentando   o   desemprego   estrutural, 

aumentando o excedente de trabalhadores. Na forma de organização capitalista, nas quais as 

relações   se   estabelecem   a   partir   da   propriedade   privada,   trabalhador   desnecessário,   a 

produção significa miséria, fome, colapso social. A relação entre capital e estado tanto a nível 

nacional como internacional possui o mesmo objetivo : a defesa de um “interesse nacional”, 

ou seja, o interesse da classe dominante, esses interesses tem adquirido um alcance global e o 

que menos visam são os benefícios dos trabalhadores.

Numa perspectiva critica, que contemple diferentes linhas de interpretativas, a análise 

sociológica da categoria trabalho na contemporaneidade deve também, pela sua relevância na 

prática social, problematizar o lugar da mulher, do negro, do índio, ou seja, das denominadas 

“minorias”. É legitimo que esses grupos busquem   visibilidade social da definição de suas 

entidades, com tudo é importante demonstrar para o aluno do ensino médio as maneiras pelas 

quais  essas  “minorias”,  assim como todos os   trabalhadores  vivenciam a  descriminação,  a 

exploração e a opressão também por conta da classe social da qual fazem parte para Guiddnes. 

As   mulheres   burguesas,   e   os   negros   burgueses,   vivenciam   efetivamente   a 

discriminação e podem ser oprimidos e explorados de maneiras variadas. Mas eles vivenciam 

a discriminação, a opressão e a exploração diferentemente das mulheres proletárias ou dos 

negros proletários; e uma negra proletária vivencia – as   como negra, como mulher e como 

proletária. Isso testemunha o fato de que o “ser social” é na verdade um conjunto múltiplo e 

complexo de elementos, um espécie de DNA social. No entanto é a classe que influi e afeta 

mais profundamente todos os outros elementos. 

Cabe   a   educação   escolar,   através   de   apropriação   do   conhecimento   sistematizado, 

garantir ao aluno do ensino médio a compreensão crítica  das mudanças ocorridas no processo 

histórico brasileiro, a partir do binômio trabalho – emprego, problematizando,que o emprego 

passa pela precarização e não pelas instabilidade, ampliando o quadro de exclusão.Pode – se, 

então, a partir daí, entender como tem se organizado e estruturado tanto a esfera formal quanto 

a informal do trabalho, na realidade dos alunos. Alguns conteúdos específicos e relativos ao 

campo de trabalho que podem ser problematizados nas aulas de sociologia, numa perspectiva 

histórico  –   critica,   são   :   salário,   lucro,   desemprego   ,   conjuntural,   desemprego   estrutural, 

subemprego, informalidade,  tercerização, voluntariado, cooperativismo, empreendedorismo, 

agronegócios,   empregabilidade,   produtividade,   capital   humana,   reforma   trabalhista, 

organização   internacional   do   trabalho,   economia   solidária,   flexibilização,   neoliberlismo, 

reforma agrária,   reforma sindical,   toyotismo,   fordismo,  estatização,  privatização,  parcerias 

público – privada, relações de mercado, entre outros.

Poder, Política e ideologia

Inicialmente   deveremos   ressaltar   ao   aluno   de   ensino   médio   que   os   conteúdos 

específicos   derivados   desse   conteúdo   estruturante   discute   as   relações   de   poder   e   são 

permeados por ideologias. Então o que é poder?  É uma relação assimétrica onde, uma pessoa 

consegue que outra faça aquilo que não faria por si próprio, mas o faz por ordens dela, e 

muitas vezes isso ocorre no sentido de cooperação, sem que haja uma percepção de que foi 

ordenado. Nesse sentido, verificamos que o uso do poder não se faz ou não se limita ao uso da 

força   estritamente,   ele   se   faz   através   da   linguagem,   dos   símbolos   e   das   práticas 

efetivamente.Por isso também está permeado pela ideologia. 

A ideologia é uma visão de mundo que se mostra verdadeira, mas nem sempre o é, 

pois varia de acordo com os grupos que estão no poder, com o tipo de sociedade e com os 

interesses objetivado por esse. O poder e a ideologia que o permeia são exercidos sobre a 

forma de organizações formais como o estado, mas estão presentes também na sociedade civil 

e todas a suas relações são política.

Pretendemos questionar aqui, como será o poder configurado pelo estado? Que tipos 

de estados existem? Como delimitar as tarefas que só podem ser realizadas por ele e as que 

não são de sua  competência ?  a  educação,  a   saúde,  a  segurança,  a   infra­estrutura para a 

produção industrial e agrícola, o controle das atividades econômicas cabem ou não a ele? Ou 

são questões que devem estar nas mãos da iniciativa privada?  Como   separar   o   que   é 

publico do que é particular? Veremos que essas respostas variam de acordo com a organização 

da sociedade.

Na sociedade socialistas, por exemplo, o estado deve atender a todas as necessidades 

da   população,   por   que   a   iniciativa   privada   não   existe.   Ele   deve   gerir   os   interesses   da 

população e atende – la em sua totalidade. Já nas sociedades capitalistas, ele age como o 

órgão  representante do público em geral, nos cobra determinados valores (impostos e taxas); 

com isso tem a obrigação de nos devolver bens públicos, como a educação, segurança, saúde e 

a proteção, por exemplo. Então, essas ações devem traduzidas em praticas que poderão ser 

cobradas pelos governados (os cidadãos), que devem participar politicamente de todas essas 

ações,  no uso delas ou na cobrança quando elas não são efetivadas.  Alem das funções já 

citadas acima, ele pode atender a determinados interesses políticos que nem sempre são os 

seus governados.

O estado enquanto nação, pode contribuir relações políticas com outros estados (ou 

nações) e podem atualmente ter a sua fronteira (não geográfica, mas comercial) rompida em 

nome de um processo que se instalou em séculos anteriores, mas que se acentuou no século 

XX, denominado globalização. Diante do processo de globalização no domínio político, não 

temos apenas paises isolados, mas unidades chamadas de supranacionais com blocos políticos 

e até militares, como coalizões de formas dominantes, (grupo dos oito, mercosul, nafta)  que 

acabam fazendo do sistema de democracia parlamentar uma  “verdade universal” válida para 

todos. Temos que ter em mente que essas verdades devem ser questionadas, pois tem sua base 

temos o mesmo problema do “novo imperialismo” por que permite a participação de paises 

intermediários economicamente.

As analises dessas relações mostram que, de acordo com a organização econômica, 

social   e   política   de   cada   momento   histórico,   outros   grupos   se   articulam   para   defender 

determinada proposta ideológica e assim configurar nova organização para o poder estatal, 

como os  grupos nacionalistas  que defendem a unidade étnica (cultural),  a  preservação de 

diferenças e mais do que isso a aceitação dessas. No entanto, a grande discussão parte da 

imposição que determinados paises fazem e que já foi falado anteriormente, ou seja, o novo 

imperialismo. 

Para   finalizarmos   questionamos   que   o   que   chamamos   de   realidade,   partem,   não 

daquilo que os homens dizem, mas do processo de produção e reprodução da vida material. É 

importante mostrarmos aos alunos do ensino médio que o poder e a ideologia  que permeiam 

as relações políticas , podem e devem ser sempre problematizadas. 

Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

Na analise da questão dos direitos, deve se considerar se esses foram sendo inscritos 

nas leis, lentamente, ou foram sendo conquistadas pela pressão dos que não tinham direitos, 

sejam   civis,   políticos   ou   sociais.   São   os   direitos   que   definem   a   cidadania,   ou   seja,   a 

possibilidade de sermos indivíduos atuantes com direitos e deveres. Mas os direitos só  se 

tornam direitos plenos, portanto elementos da cidadania, se forem exercidos no cotidiano das 

ações das pessoas. Direito na lei, que não é exercido, é apenas um direito formal. Por isso, a 

vinculação dessa temática com os movimentos sociais. Estes tem sua existência vinculada a 

criação de novos direitos ou no sentido de fazer valer os que ja estão inscritos na lei. 

A   organização   é   a   luta   de   grupos   sociais   estão   presentes   no   âmbito   de   varias 

sociedades de vários tempos  históricos, no entanto, o conceito de movimentos sociais como 

entendemos   é   próprio   das   sociedades   capitalistas,   sejam   eles   urbanos   ou   rurais.   Os 

movimentos sociais são praticas civis de confronto, que desempenha o papel de criadoras de 

novas políticas, que acabam por impactar o desenvolvimento desta mesma sociedade, e criar 

possibilidade de novos projetos sociais. Resultado dessas praticas, são os rearranjos que o 

capital tem que fazer para satisfazer algumas das reivindicações desses  movimentos.

No cenário atual da sociedade neoliberais, faz – se necessária pensar em novas formas 

de   organização,   com   maior   alcance   político,   diante   da   força   do   capital   e   da   ausência 

intencional do estado na mediação dos conflitos entre capital e trabalho.  

É   importante   ressaltar  o  papel  que  as  chamadas  organizações  não  governamentais 

(ONGS), tem ocupado nos espaços deixados pelos movimentos sociais de cunho político. Elas 

se inscrevem nas dimensões mais de adequação a sociedade capitalista do que de propostas de 

mudanças radical. Essas organizações veiculam a ideologia de que o estado nacional não tem 

mais sentido, pois a final tudo esta globalizado. Portanto, contra quem os trabalhadores devem 

se organizar e lutar, uma vez que o discurso é de que não existe mais classes sociais. 

O   estudo   desse   conteúdo   estruturante   possibilitará   aos   alunos   a   compreensão   da 

dinâmica  que os cerca, como também a capacidade de inserir­se e participar de movimentos 

já organizados ou em processo de organização. A mídia, constantemente tem trazido a tona 

noticias de grupos sociais que estão se manifestando em prol da conquista e da garantia de 

direitos sociais, e é fundamental que os alunos estejam aptos a fazerem uma leitura critica 

desses fatos noticiados. 

     

Conteúdos específicos:

• Movimentos sociais urbanos – estudo dos problemas decorrentes do processo crescente de 

urbanização, como a falta de moradias e de serviços públicos de educação, saúde, transporte, 

segurança, que acabam por gera situações de tensão e conflitos. 

• Movimentos   estudantis   –   formas   de   inserção   e   de   organização   estudantis     ­   gêmeos 

estudantis, UPES, UNE.

• Movimentos   sociais   rurais   –   cooperativismo  –   origens  históricas   da   estrutura   agrária 

brasileira, formas de distribuição da terra no Brasil, movimentos de luta pela terra – ligas 

camponesas, movimento dos sem terras.

• Movimentos sociais conservadores (golpe militar, TFP,UDR).

20.4 ­ CONTEÚDOS ORGANIZADOS PARA SÉRIES 

20.4.1 – 1ª Série

CONTEXTOS HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA: 

O que é sociologia;

Sociedades e tipos de sociedades;

Desenvolvimento do pensamento sociológico.

TEORIAS SOCIOLOGICAS:

August Comte;

Émile Durkheim;

Max Weber;

Karl Marx.

PERSPECTIVAS RECENTES:

Funcionalismo;

Conflito;

Ação social.

A PRODUÇÃO SOCIOLÓGICA BRASILEIRA:

 Sociólogos Brasileiros da década de 30 a atualidade.

INSTITUIÇÕES SOCIAIS:

 Instituição familiar;

 Conceitos de família;

 Perspectivas teóricas sobre família;

Casamento e divórcio;

Alternativas ao casamento;

Violência e abuso na vida familiar;

Educação dos filhos;

 Valores familiares;

Instituição religiosa: Como definir a religião; A diversidade de religiosa; Teoria sobre a 

religião; Tipos de organização religiosa; O gênero e a religião; O fundamentalismo religioso.

Instituição escolar:

Escola : natural ou criação;

História da instituição escolar;

Educação formal ;

Educação tribal;

Atual organização da educação.

CULTURA E INDUSTRIA CULTURAL:

Conceito de cultura;

Valores e nomes;

Diversidade cultural;

Identidade cultural;

Aspecto material e não material e da cultura;

Os elementos da cultura;

O patrimônio cultural;

Aculturação e contracultura;

Industria cultural;

Jornais e televisão;

O impacto da televisão;

Telefones celulares;

Internet;

Musica;

Cinema;

As super empresas da mídia;

O imperialismo da mídia.

                                           

20.4.2 – 3ª Série

TRABALHO, PODER E CLASSES SOCIAIS:

 Trabalho;

Classes sociais;

Desemprego.

CLASSES SOCIAIS :

Teoria das classes e estratificação;

A mensuração da classe;

As divisões de classe social na sociedade ocidental de hoje;

Gênero e estratificação;

Pobreza; 

Exclusão social.

Trabalho e vida econômica:

 O que é trabalho;

 A divisão do trabalho e da dependência econômica;

 A transformação do trabalho;

 As mulheres e o trabalho;

O trabalho e a família;

 O desemprego;

A insegurança no desemprego;

O trabalho passa a ser mais importante?;

Poder, política e ideologia:

Governo, política e poder;

Conceito de estado;

Tipos de regime político;

O avanço global da democracia liberal;

Os partidos políticos e a votação;

Mudança política e social; 

Movimentos nacionalistas;

Estado, nação, identidade nacional e globalização;

Ideologia.

DIREITO CIDADANIA E DIREITO SOCIAIS:

Cidadania;

Os direitos humanos e a cidadania;

Comunidade;

Grupos sociais;

Direito e deveres;

Direitos humanos;

Direitos ECA;

Direitos idosos;

Movimentos sociais;

Os meios governamentais de auxilio ao povo.

20.5 – METODOLOGIA

Metodologicamente, uma proposta norteadora de currículo deve levar em consideração 

as diferentes matrizes de pensamento para ampliar as possibilidades de analise, tendo em vista 

a complexidade hoje dos fenômenos sociais, pois nenhuma deles pode ser explicada apenas a 

partir de uma única perspectiva teórica.

Dessa forma, a construção de um campo de analise que amplie a capacidade de 

compreensão da vida e do mundo, passa, necessariamente, pela busca de pensamentos 

diversos que possam colocar referencias para uma investigação dos problemas 

contemporâneos.

Desse modo, o educando deve sentir – se como sujeito social, inserido numa sociedade 

composta por vários tecidos sociais. Deve­se entender o que é sujeito e como ele interage em 

seu contexto social político, econômico e cultural, compreendendo suas possibilidades de 

intervenção na realidade.

A compreensão teórica permitira uma leitura da realidade de forma cientifica, 

construindo uma visão de estrutura social. O aluno se compreendera no centro desse 

movimento, dessa dinamicidade social  como sujeito do processo, com uma perspectiva de 

intervenção.

Precisamos oferecer aos nossos alunos o contato com a linguagem sociológica e por 

isso trabalhar com textos dos clássicos é fundamental. Além disso pode­se perceber como eles 

fizeram suas pesquisas, suas analises  e que métodos utilizaram.

É de fundamental importância proporcionar uma visão sobre a constituição das 

relações sociais em nível internacional e nacional. Da mesma forma, é importante perceber, o 

processo de globalização da economia e da inserção do pais no mercado internacional.

A construção de uma concepção de sociedade deve permitir ao estudante do ensino 

médio estabelecer relações entre os diferentes elementos que a compõem compreendendo seus 

mecanismos de funcionamento como uma totalidade mas sendo capaz de expressar o que é 

diverso e parcial.

A partir da construção dessa concepção de sociedade é possível ao aluno compreender 

a emergência dos temas que hoje ocupam o cenário das manifestações sociais, tais como de 

ordem étnica, religiosa, racial, sexual, ecológica que exige uma discussão sobre a diversidade 

cultural.

Pode­se proporcionar, assim, a compreensão de que diferentes manifestações culturais 

são a legitima expressão de povos, nacionalidades, raças e etnias que, atualmente, buscam 

novas significações para as suas identidades coletivas. Pretende­se, através dessa discussão, 

possibilitar a formação de uma identidade social e pessoal que permita ao aluno respeitar o 

outro a partir do principio de respeito mútuo.

Aliados a esses, permanecem os temas consagrados pela produção teórica da área: a 

compreensão da industria cultural e suas relações entre a cultura de massa e a cultura de elite.

O estado pode­ser visto como instituição social a partir de discussão de suas origens, 

no contexto histórico e político que o constituiu, e nas diferentes formas de desenvolvimento e 

dinâmicas de funcionamento.

Entre as questões que podem marcar os debates sobre os estados e seus mecanismos clássicos 

de funcionamento podemos citar: a conquista de direitos e deveres; os exercícios da cidadania; 

a representação política e as eleições em todos os níveis; o atendimento as demandas básicas 

sociais.

De outro lado, podemos ampliar as possibilidades de exercício da cidadania a partir do 

conhecimento sobre a construção histórica dos direitos e deveres dos cidadãos, tendo em vista 

a construção de noções de sociedade política, sociedade civil, direitos individuais e coletivos, 

legitimidade e governabilidade, representação, participação e poder.

Trabalhar com filmes, musicas e com a leitura também pode ajudar a compreender melhor 

determinada teoria ou conceito, ale de ajudar os alunos a desenvolverem o raciocínio 

sociológico.

Para desenvolver o conteúdo da sociologia na sala de aula podem­se criar 

metodologias diversas. O importante é tentar problematizar sempre. Partir de situações 

problemas significa construir o conhecimento, partir da pratica social do aluno, do cotidiano 

comunidade na qual esta inserido, lembrando sempre que o resgate de saberes já construídos 

pelos alunos torna essa pratica muito mais acessível para os nossos alunos.

Reflexões  e pesquisas a respeito do ensino d sociologia, são ainda bastante iniciais 

devido principalmente a excessiva tradição bacharelesca da disciplina e conseqüente 

desvalorização da área de ensino pela universidade. Conseqüentemente, o que se vê nas 

escolas é o “transplante” direito de praticas acadêmicas para as salas de aula de ensino médio, 

acarretando um grande distanciamento entre as necessidades do aluno e o desejo dos 

professores que acabam por frustrarem­se mutuamente.

Consideramos pertinente abrirmos aqui um grande parênteses com a intenção de 

contribuir para a reflexão sobre algumas praticas pedagógicas presentes no ensino de 

sociologia, nas quais, se não forem trabalhadas com método, em nada contribuirão para a 

construção de pensamento cientifico. A titulo de exemplo apresentaremos duas propostas de 

encaminhamento metodológico:

Pesquisa de campo­ Implica numa discussão com o grupo para a definição do tema a ser 

pesquisado e do enfoque ou recorte a ser privilegiado;

­ Elaboração de um pré­projeto de pesquisa;

­ Revisão bibliográfica;

­ Elaboração de roteiro de observação ou de entrevistas;

­ Ida à campo para levantamento dos dados;

­ Organização de dados coletados;

­ Confecção de tabelas ou gráficos, se necessário interpretação dos dados;

 ­Explicação/ articulação com a teoria.

Exibição de filme ­ O filme deve ser entendido também como “texto”, e como tal o aluno 

deve aprender a fazer sua “leitura”. Para atingir seus objetivos, importa também o professor 

seguir alguns passos, que inicia­se com a escolha do filme que deve atender não somente aos 

interesses do conteúdo, mas também à faixa etária e repertorio cultural do aluno:

­ Fornecer a ficha técnica do filme;

­ Proceder a contextualização;

­ Elaborar um roteiro que contemple aspectos fundamentais para o conteúdo em estudo;

­ Exibição propriamente do filme;

­ Discussão e articulação das temáticas contempladas com a teoria;

­ Sistematização através de produção de texto ou utilização de outra linguagem (visual, 

musical,etc).

20.6 – AVALIAÇÃO

Transformar a pratica avaliativa significa questionar a educação desde as suas 

concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocráticas. Significa 

mudanças conceituais, redefinição dos conteúdos, das funções docentes entre outros. O 

professor, ao mesmo tempo em que procura ensinar bem, deve, ordenar e reordenar as noções 

a serem ensinadas para tornar os alunos pesquisadores, inquiridores, enfim busca constante. 

Tal postura implica em se pensar avaliação da aprendizagem como um processo continuo, 

formativo, integral que privilegia a relação professor­aluno que se inserem historicamente, que 

assume um caráter diagnostico, isto é, pretende verificar não só o aproveitamento do aluno, 

como eficácia da proposta pedagógica desenvolvida pelo professor.

O ensino da sociologia ao considerar as ações sociais organizadas que possibilitaram a 

transformação da realidade brasileira a nível social, econômico, político e ideológico em 

diferentes momentos históricos, busca a, fundamentalmente, passar para o aluno a idéia de 

que os homens estão a todo momento transformando a realidade, portanto a realidade de hoje 

é resultante de uma serie de intervenções dos homens na historia do pais.

A apreensão dessa característica fundamental deve se dar a nível critico, a fim de que o 

aluno incorpore instrumentais científicos que ajudem na compreensão  das contradições 

fundamentais que permeiam as relações dos homens entre si. E assim, instrumentalizado por 

essa compreensão possa incorporar em sua visão de mundo e em sua pratica no mundo e 

responsabilidade de transformá­lo.

Precisamos  oferecer aos nossos alunos o contato a linguagem sociológica e por isso 

trabalhar com textos dos clássicos é fundamental. Além disso pode­se perceber como eles 

fizeram suas pesquisas, suas analises e que métodos utilizaram.

A avaliação do aluno em sociologia como ciência que estuda os fenômenos sociais, 

deverá privilegiar o confronto de ideias formadas no processo de apreensão dos conteúdos.

Para tanto, o professor pode sugerir a leitura de textos relativos ao conteúdo 

desenvolvido, para diagnosticar a capacidade do aluno em extrair centrais do texto lido, 

através da elaboração de resumos, de fichas bibliográficas, de esquemas.

O professor deve considerar também para avaliação, os trabalhos em grupos realizados 

em sala de aula e como atividades extraclasse, nas quais o aluno devera demonstrar intensa 

atividade de pesquisa e capacidade de expor, por escrito, de forma clara, as suas ideias.

Os instrumentos de avaliação da aprendizagem devem ser organizados de forma a 

constatar se o aluno reelaborou os conhecimentos adquiridos, numa perspectiva de 

contextualização na realidade brasileira.

Se a avaliação contribui para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, pode­se 

dizer que ela se converte em uma ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a 

aprendizagem do aluno e a qualidade de ensino.

O processo de avaliação no âmbito de ensino da sociologia, deve perpassar todas 

atividades relacionadas a disciplina, portanto necessita de um tratamento metódico e 

sistemático. Deve ser pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus 

critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos pela 

disciplina. A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a pratica 

social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e a coerência na 

exposição de ideias, seja no texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de serem 

verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar para os problemas 

sociais assim como a iniciativa e autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, que 

rompam com a acomodação e senso comum, são dados que informarão aos professores, o 

alcance  e a importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.

As formas de avaliação em sociologia portanto, acompanham as próprias praticas de 

ensino aprendizagem da disciplina, seja a reflexão critica nos debates, que acompanham os 

textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a produção de textos que 

demonstrem capacidade de articulação entre teoria e pratica, enfim varias podem ser as 

formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná­las, a clareza dos objetivos que se 

pretende atingir, no sentido da apreensão/ compreensão/ reflexão dos conteúdos pelo aluno. 

Para tanto, se faz necessário que só o aluno, mas também os professores  e a instituição 

escolar constantemente ser avaliados em suas dimensões praticas e discursivas e 

principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.

20.6.1 ­ Recuperação Simultânea

A recuperação simultânea será feita após o professor anotar os conteúdos que não 

houveram aprendizagem.

Será realizada a critério do professor, porem obrigatório, pois é um direito do aluno.

Os instrumentos usados serão:

 ­ Aula expositiva e individual;

­ Trabalhos de pesquisa;

­ Execução de exercícios;

­ Avaliações.

20.7 ­ REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICAS

ARANHA,M.L. de A. Historia da Educação, 2. ed. São Paulo: Moderna, 2000...................

 Avaliação mito & desafio: uma perspectiva construtivista. 29ª ed. Porto Alegre; 

mediação, 2000.

HOFFMANN,j. Avaliação Mediadora: uma pratica em construção da pré­escola à 

universidade. 14ª ed. Porto Alegre: mediação, 1998.

GONÇALVES, L. A. O.. Currículo e políticas Publicas. Belo Horizonte: Autentica, 2003.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ – SEE – SUPERINTENDÊNCIA DA 

EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares de sociologia para o ensino médio. Versão Preliminar; 

2006.

KUENZER, A. Ensino Médio. Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 

São Paulo: Cortez, 2000.

MORAES, A. C. GUIMARÃES, E . da F., TOMAZI, N. D. Orientações curriculares do 

ensino médio – sociologia, MEC – SEB – Departamento de Políticas de Ensino Médio, 

Brasília, 2004.

ORIENTAÇÕES CURRICULARES, Departamento de Ensino Médio, Sociologia, Governo 

do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação, 2005.

OLIVEIRA, P S. de. Introdução à Sociologia. 20ª ed. São Paulo: Ática, 2001.

MARX, K. O Capital: Critica da economia política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

MARX, K. e ENGLES, F. O manifesto do partido comunista. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 

1998.

PARANÁ. Secretaria do Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes 

Curriculares  para o Ensino Fundamental e Médio. Curitiba; SEED/DEF,  ­ 2008.

WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 11ª. ed. São Paulo: Pioneira, 

1996.

21.0 ­ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – VIVA ESCOLA

21.1 ­ JUSTIFICATIVA

O presente trabalho justifica­se devido ao fato de que muitos de nossos alunos ainda 

não têm o hábito da leitura e por isso também não gostam de escrever. Assim pretende­se 

transformar o espaço da sala de aula em momento produtivo de leitura e escrita, pois os 

alunos serão instigados a ler e produzir diferentes tipos de textos, contribuindo para a inserção 

social e cultural, destacando a importância da atividade para o desenvolvimento pessoal e para 

o exercício da cidadania.

Dessa forma pretende­se implementar ações que permitam um maior contato com a 

literatura, pois sabe­se da importância desta na vida dos seres humanos, e por outro lado, 

verifica­se a ausência de interesse, não apenas por parte dos educandos, mas também da 

sociedade em geral.

Assim os educandos serão motivados para que sintam que têm capacidade e que 

podem realizar tarefas significativas para sua formação como cidadãos criticos e conscientes.

21.2 ­ OBJETIVOS

­ Propiciar oportunidades para que o aluno possa se expressar de forma oral ou escrita a partir 

dos materiais estudados.

­ Tendo como ponto de partida a leitura almeja­se a construção do pensamento lógico, 

incentivando a importância da leitura diária buscando resgatar valores a partir de boas 

leituras.

­ Despertar no aluno o interesse pela busca de conhecimento.

­ Conscientizar sobre a importância do domínio da linguagem oral e escrita para a  interação 

social.

­ Oportunizar momentos para a narração oral de historias e comentários sobre textos lidos.

­ Valorizar a capacidade criadora e autor estima do aluno. 

­ Oferecer condições ao aluno para que este possa se apropriar corretamente das diversas 

linguagens. 

­ Resgatar valores a partir de boas leituras.

­ Ampliar o conhecimentos de leitura dos mais variadas obras e escritores.

      A implementação do trabalho atende aos ditames das Diretrizes Curriculares, através de 

uma perspectiva rizomática do texto literário, conforme posto nas "Diretrizes Curriculares da 

Educação do Paraná" (p.39):"Nos textos de Deleuze e Guatari (1995), o rizoma se contrapõe à 

árvore que, com sua verticalidade, constitui metáfora da autoridade inquestionável, (...) o 

rizoma sugere mobilidade que leva à libertação do pensamento em relação à linha do tempo 

(...)". Portanto, pretende­se que as obras propostas ampliem suas relações de leitura, conforme 

a metáfora do rizoma, e que possibilitem a percepção do cruzamento dos vários saberes 

subjacentes à relação do homem contemporâneo com o mundo.

21.3 – CONTEÚDOS

­ Conteúdos Estruturantes: Leitura, Oralidade e Escrita

­ Conteúdos Básicos: Como conteúdos básicos serão adotados os gêneros discursivos 

conforme suas esferas sociais de circulação. Serão selecionados gêneros em conformidade 

com as características da escola e em conformidade com a turma. 

­ Conteúdos referentes a oralidade:tema do texto, finalidade, adequação do discurso ao 

gênero, contexto de produção, vozes sociais presentes no texto, elementos composicionais do 

gênero, elementos extra­linguísticos:entonação, expressão facial corporal e gestual, pausas,etc; 

adequação da fala ao contexto(uso de conectivos, gírias, repetições,etc), diferenças e 

semelhanças entre o discurso oral e a escrita.

­ Referente a leitura: tema do texto, finalidade do texto, argumentos do texto, 

intertextualidade, informações explícitas e implícitas, interlocutor, intencionalidade do texto, 

contexto de produção, elementos composicionais do gênero, marcas linguísticas: coesão, 

coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos; semântica, 

ambiguidade, sentido figurado, expressões que denotam ironia e humor no texto, vozes sociais 

presentes no texto.

­ Referente a escrita: conteúdo temático, interlocutor, intencionalidade do texto, 

informalidade, contexto de produção, intertextualidade, vozes sociais presentes no texto, 

elemetos composicionais do gênero, partículas conectivas do texto, elementos composicionais 

do gênero, particulas conectivas do texto.

­ Marcas lingúisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, 

recursos gráficos, como aspas, travessão, negrito, etc;

­ Concordâcia verbal e nominal, finalidade do texto, discurso direto e indireto e contexto de 

produção. 

Os conteúdos serão trabalhados a partir de textos como: contos, crônica, drama, 

poema, cordel, história infanto­juvenil, fábula, história em quadrinhos, lendas, apólogo, 

piadas, música, etc..

21.3.1 – Conteúdos Específicos

Leitura de:

­ poemas;

­ contos;

­ produções do aluno;

­ artigos; 

­ revistas;

­ jornais;

­ narrativas;

­ crônicas; 

­ histórias em quadrinhos;

­ lendas;

 ­ piadas;

­ músicas;

Oralidade:

­ Histórias vivenciadas pelos alunos;

­ Histórias lida em livros;

­ Comentários de artigos,  jornais e revistas;

­ Declamação de poesias.

Escrita:

­ Produção de poemas, narrativas, paródias, historias em quadrinhos, relatos pessoais(diário), 

etc;

­ Interpretação de textos: tema, finalidade, argumentos, intertextualidade, informações 

explicitas e implícitas e elementos dos  textos;

­ Adequação a ortografia,  pontuação e acentuação.

21.4 ­ ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Durante o desenvolvimento do trabalho serão utilizados os materiais disponíveis na 

biblioteca do colégio, pesquisas na Internet no laboratório de informática e também relatos de 

familiares e pessoas da comunidade e debates.

Através do material disponibilizado os alunos serão instigados a realizar a leitura de 

diferentes textos literários, bem como a produzir textos escritos e a contar histórias oralmente, 

em forma de dramatização, teatro, etc.

As atividades serão realizadas em sala disponibilizada nas dependências do colégio, de 

acordo com a atividade a ser desenvolvida.

­ Leitura individual  e coletiva de diversos textos. 

­ Releitura e observação da pontuação e entonação dos períodos.

­ Reflexão e discussão de temas referentes a leituras e produções.

­ Produção escrita de textos.

­ Leitura e reescrita dos textos produzidos pelos alunos.

­ Pesquisas no laboratório de informática.

­ Materiais diversos da biblioteca, bem como este espaço para leitura.

21.5 ­ RESULTADOS ESPERADOS

Ao final do trabalho espera­se  que os educandos sejam capazes de identificar e 

produzir textos de diferentes gêneros literários, como: contos, crônica, drama, poema, cordel, 

história infanto­juvenil, fábula, história em quadrinhos, apólogo, piadas, etc..

Almeja­se que o aluno adquira conhecimento para produzir tais textos de forma 

coerente e bem estruturada.

21.6 ­ CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Alunos com dificuldades na leitura, interpretação e escrita, alunos em risco social e os 

que gostam desta atividade.

 22.0 ­ PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ­ ESPANHOLA 

22.1 ­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 

         Retomando momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória do ensino 

de LEM no Brasil, percebe­se que, a escola pública foi marcada pela seletividade, tendências 

e   interesses.   Então,   diante   da   realidade   brasileira,   o   acesso   a   uma   língua   estrangeira 

consolidou­ se historicamente como privilégio de poucos. Atualmente, o interesse da escola 

pública vem demonstrando mudanças e propostas para que o ensino de LEM possa ter um 

papel democratizante das oportunidades e um instrumento de educação que auxilie o aluno 

como sujeito e construa seu processo de aprendizagem. 

Considerando que o Espanhol,  é  uma das   línguas mais   importantes  do mundo e  que seu 

crescimento está se difundindo muito, também trás um enriquecimento profissional e pessoal. 

Tendo,   a leitura, a oralidade e a escrita como   eixos que se configuram em discurso como 

prática social e portanto, instrumento de comunicação.  

          Na escola o ensino da LEM contribui para a construção do conhecimento dos jovens,  

auxiliando   também   a   formação   de   cada   um,   pretendendo   desta   maneira   formar   pessoas 

capazes de compreender as diversidades culturais e lingüísticas da sociedade.

22.2 – JUSTIFICATIVA

O ensino da língua espanhola teve expansão nos últimos anos.

Um fato que comprova essa afirmação é que o espanhol adquiriu maior importância  e 

ganhou mais força no contexto educacional brasileiro, passando a  integrar o currículo das 

escolas.

Ao enfatizar o papel educativo da LEM na escola regular busca desenvolver o senso 

de cidadania, a capacidade reflexiva e a autonomia intelectual.

22.3 – OBJETIVOS

 • Ler e compreender pequenos textos retirando deles informações necessárias;

• Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, constatando seus benefícios 

para o desenvolvimento cultural do país;

• Despertar a curiosidade em conhecer a língua espanhola;

•  Levar  ao aluno a aquisição de estruturas  básicas  da  língua espanhola,  bem como,   ler  e 

escrever mediante estruturas e vocábulos;

• Ser capaz de usar a língua em situações básicas de comunicação; 

• Levar ao conhecimento do aluno a diferença entre a pronúncia e a escrita;

. Levar o educando a integrar­se no mundo atual e independente caracterizado pelo avanço 

tecnológico e pelo intercâmbio  entre povos;

• Ser capaz de usar a língua em situações básicas de comunicação.

22.4 ­ CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.

22.4.1 – Conteúdos Básicos – 1ª Série

  ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

  Esfera cotidiana de circulação:

Bilhete;

Carta pessoal;

Cartão felicitações;

Cartão postal;

Convite;

Letra de música;

História da Cultura Brasileira;

Receita culinária.

Esfera publicitária de circulação:

Anúncio;**

Comercial para radio;*

Folder;

Paródia;

Placa;

Publicidade Comercial;

Slogan.

Esfera produção de circulação:

Bula;

Embalagem;

Placa;

Regra de jogo;

Rótulo.

Esfera jornalística de circulação:

Anúncio classificado;

Cartum;

Charge;

Entrevista;**

Horóscopo;

Reportagem;**

Sinopse de filme.

Esfera artística de circulação:

Autobiografia;

Biografia.

 Esfera escolar de circulação:

Cartaz;

Diálogo;**

Exposição oral;*

Mapa;

Resumo.

Esfera literária de circulação:

Conto;

Crônica;

Fábula;

História em quadrinhos;

Poema;

Esfera midiática de circulação:

Correio eletrônico (e­mail);

Mensagem de texto (SMS);

Telejornal;*

Telenovela;*

Videoclipe;*

 

22.4.2 – Conteúdos Básicos – 2ª Série

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

   Esfera cotidiana de circulação:

Comunicado;

Curriculum Vitae;

Exposição oral;*

Ficha de inscrição;

Lista de compras;

Piada;**

Telefonema;

História da Cultura Africana e Indígena;

Esfera publicitária de circulação:

Anúncio;**

Comercial para televisão;*

Folder;

Inscrições em muro;

Propaganda;**

Publicidade Institucional;

Slogan

Esfera produção  de circulação:

Instrução de montagem;

Instrução de uso;

Manual técnico;

Regulamento;

 Esfera jornalística de circulação:

Artigo de opinião;

Boletim do tempo;**

Carta do leitor;

Entrevista;**

Notícia;**

Obituário;

Reportagem.**

Esfera jurídica de circulação:

Boletim de ocorrência;

Contrato;

Lei;

Ofício;

Procuração;

Requerimento.

Esfera escolar de circulação:

Aula em vídeo;*

Ata de reunião;

Exposição oral;

Palestra;*

Resenha;

Texto de opinião.

Esfera literária de circulação:

Contação de história;*

Conto;

Peça de teatro;*

Romance;

Sarau de poema.*

Esfera midiática de circulação:

Aula virtual

Conversação chat

Correio eletrônico (e­mail);

Mensagem de texto (SMS);

Videoclipe.*

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.

** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.

22.5 ­ ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho a ser desenvolvido com a língua espanhola segue uma abordagem 

discursiva onde a língua é vista como instrumento de interação, investigação, interpretação, 

reflexão e construção. Nessa concepção, levar­se­á em consideração a realidade do educando, 

valorizando sua bagagem de conhecimentos  e respeitando suas necessidades  e características 

individuais.

            Esse trabalho em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas na sociedade 

como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são 

possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir 

significado.

            O conteúdo “Discurso como prática social” é o ponto de partida para abordar questões 

lingüísticas, sócio­pragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas de uso da 

linguagem, oralidade e escrita. 

           Nas aulas de língua espanhola serão abordados vários gêneros textuais analisando a 

função do gênero estudado; sua composição, a distribuição de informações; o grau de 

informação presente nele; a intertextualidade; os recursos coesivos; a coerência e também os 

tópicos gramaticais presentes nos textos. Nesta abordagem o ensino deixa de priorizar a 

gramática, no entanto, sem abandoná­la.

              Será oportunizado ao aluno o acesso a textos de vários gêneros: publicitários, 

jornalísticos, literários, informativos, de opinião e outros. Ele precisa discernir entre a 

estrutura de uma bula de remédio e um poema, por exemplo, e identificar as diferenças 

estruturais e funcionais, a autoria e o público a que se destina.

A reflexão crítica será baseada no contato com textos verbais e não verbais.

               A produção de textos (escrita) se fará a partir do contato com outros textos que 

servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos.

               No trabalho pedagógico com textos se buscará uma problematização  e a busca por 

sua solução para que o aluno, despertado seu interesse, desenvolva uma prática analítica e 

crítica.

               A prática da leitura na abordagem discursiva parte dos conhecimentos existentes na 

memória do leitor, os quais são articulados e relacionados às informações materializadas no 

texto, valorizando o conhecimento de mundo e as experiências dos alunos.  

             O trabalho com a produção de textos na aula de Língua Estrangeira Moderna precisa 

ser concebido como um processo dialógico ininterrupto, no qual escreve­se sempre para 

alguém de quem se constrói uma representação. Conforme Bahktin “um discurso nasce de 

outros discursos e se produz para um outro sujeito, sendo que este outro é construído 

imaginariamente pelo sujeito autor”(Apud MUSSALIN, 2004,p.250).

              A escrita será vista como uma atividade sócio­interacional e significativa, pois em 

situações reais de uso escreve­se sempre para alguém, ou para um alguém de quem se constrói 

uma representação.

            A língua espanhola apresenta algumas variantes específicas de alguns países e 

diferenças culturais entre eles, que o professor deve ter conhecimento e repassar aos seus 

alunos para mantê­los constantemente motivados.

              Com relação à literatura, ao propor os textos literários aos alunos, serão feitas 

atividades que colaborem para que os mesmos analisem os textos e os percebam como prática 

social de uma sociedade em um determinado contexto sociocultural.

            A Literatura Espanhola e Hispano­americana, também será contemplada durante o 

curso com textos de obras dos autores mais conhecidos como: Miguel de Cervantes, Frederico 

García Lorca, Camilo José Cela, Rubén Darío, Gabriel García Márquez, Pablo Neruda, 

Gabriela Mistral, Augusto Roa Bastos, Juana Ibarburu, Jorge Luiz Borges, Ernesto Sábato, 

Mario Benedetti, Octavio Paz entre outros.

              As leis 11.645/03/2008 (História da Cultura Brasileira, Africana e da Cultura 

indígena) e a lei 9795/99 (Do meio ambiente) serão contempladas através de pesquisa 

envolvendo (danças, músicas, costumes, tradições, comidas, vestuário  e curiosidades das 

culturas) e também dentro dos gêneros discursivos, haja vista sua importância histórica no 

Brasil. Buscar­se­á a articulação com as demais disciplinas para relacionar os vários 

conhecimentos, fazendo com que o aluno perceba que conteúdos de disciplinas distintas estão 

relacionados.

Nas aulas de espanhol serão utilizados os seguintes materiais e recursos tecnológicos:

­ Utilização de materiais audiovisuais (músicas, filmes, DVDs, CDs, informativos, jornais, 

revistas);

­ Leitura de livros infantis e juvenis;

­ Dramatizações, simulações e jogos;         

­ Estudo das diferentes culturas hispano­americanas;

­ Uso da tv pendrive, para enriquecimento dos conteúdos culturais e históricos, costumes e 

tradições.

22.6 – AVALIAÇÃO

A avaliação é um elemento do processo de ensino aprendizagem que deve ser 

considerado em direta associação com os demais. A avaliação informa ao professor o que foi 

aprendido pelo estudante, informa ao estudante quais são seus avanços, dificuldades e 

possibilidades, encaminhando o professor para a reflexão  sobre a eficácia de sua prática 

educativa e, desse modo, orienta  sua intervenção pedagógica  para que o estudante aprenda. 

Possibilita também a equipe escolar definir prioridades em suas ações educativas.

            Em língua espanhola, são muitas as formas de avaliação possíveis: individual, coletiva, 

oral e escrita. Os instrumentos de avaliação serão a observação sistemática durante as aulas 

sobre as perguntas feitas pelos alunos, as respostas dadas, os registros de debates, de 

entrevistas e as avaliações escritas, orais em individuais ou coletivas.   

          Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos quando apresentarem:

              I. Frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do 

aproveitamento escolar;

              II. Frequência superior a 75% do total de horas letiva e média inferior a 6,0 (seis 

vírgula zero) em cada disciplina.

              III. Para cálculo da Média Anual será adotada a seguinte fórmula: 

              

               MA = 1T + 2T + 3T = 6,0

                                   3     

22.6.1 – Critérios de Avaliação

­ Leitura

Espera­se que o aluno: 

­ Identifique o tema; realize leitura compreensiva do texto localizando informações explicita e 

identificando a idéia principal do texto.

­ Escrita

Espera­se que o aluno:

­ Expresse as idéias com clareza, elaborando e reelaborando  textos de acordo com 

encaminhamentos  do professor atendendo assim às situações propostas (gênero, interlocutor e 

finalidade), à continuidade temática, diferencie o contexto de uso da linguagem formal e 

informal.

­ Oralidade

Espera­se que o aluno:

­ Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e informal), apresentando 

suas idéias com clareza, coerência mesmo que na língua materna utilizando adequadamente 

entonação, pausas e gestos. 

22.7 ­ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

­ PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. 

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de  Língua Estrangeira Moderna 

para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.

23.0 ­ PROPOSTA PEDAGÓGICA DAS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES

23.1 ­ LEITURA:  SUCESSO NA APRENDIZAGEM

23.1.1 – Justificativa

O presente trabalho justifica­se devido ao fato de que muitos de nossos alunos ainda 

não têm o hábito da leitura e por isso também não gostam de escrever. Assim pretende­se 

transformar o espaço da sala de aula em momento produtivo de leitura e escrita, pois os 

alunos serão instigados a ler e produzir diferentes tipos de textos, contribuindo para a inserção 

social e cultural, destacando a importância da atividade para o desenvolvimento pessoal e para 

o exercício da cidadania.

Dessa forma pretende­se implementar ações que permitam um maior contato com a 

literatura, pois sabe­se da importância desta na vida dos seres humanos, e por outro lado, 

verifica­se a ausência de interesse, não apenas por parte dos educandos, mas também da 

sociedade em geral.

Assim os educandos serão motivados para que sintam que têm capacidade e que 

podem realizar tarefas significativas para sua formação como cidadãos criticos e conscientes.

23.1.2 ­ Conteúdos Estruturantes: Leitura, Oralidade e Escrita

23.1.3 ­ Conteúdos Básicos

  Como conteúdos básicos serão adotados os gêneros discursivos conforme suas esferas 

sociais de circulação. Serão selecionados gêneros em conformidade com as características da 

escola e em conformidade com a turma. 

Conteúdos referentes a oralidade:tema do texto, finalidade, adequação do discurso ao 

gênero, contexto de produção, vozes sociais presentes no texto, elementos composicionais do 

gênero, elementos extra­linguísticos:entonação, expressão facial corporal e gestual, pausas,etc; 

adequação da fala ao contexto(uso de conectivos, gírias, repetições,etc), diferenças e 

semelhanças entre o discurso oral e a escrita.

Referente a leitura: tema do texto, finalidade do texto, argumentos do texto, 

intertextualidade, informações explícitas e implícitas, interlocutor, intencionalidade do texto, 

contexto de produção,

elementos composicionais do gênero, marcas linguísticas: coesão, coerência, função das 

classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos; semântica, ambiguidade, sentido 

figurado, expressões que denotam ironia e humor no texto, vozes sociais presentes no texto.

Referente a escrita: Conteúdo temático, interlocutor, intencionalidade do texto, informalidade, 

contexto de produção, intertextualidade, vozes sociais presentes no texto, elemetos 

composicionais do gênero, partículas conectivas do texto, elementos composicionais do 

gênero, particulas conectivas do texto, marcas lingúisticas: coesão, coerência, função das 

classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, como aspas, travessão, negrito, etc; 

concordâcia verbal e nominal, finalidade do texto, discurso direto e indireto e contexto de 

produção. Os conteúdos serão trabalhados a partir de textos como: contos, crônica, drama, 

poema, cordel, história infanto­juvenil, fábula, história em quadrinhos, lendas, apólogo, 

piadas, música, etc.

23.1.4 ­ Objetivos

Propiciar oportunidades para que o aluno possa se expressar de forma oral ou escrita a 

partir dos materiais estudados.

Tendo como ponto de partida a leitura almeja­se a construção do pensamento lógico, 

incentivando a importância da leitura diária buscando resgatar valores a partir de boas 

leituras.

A implementação do trabalho atende aos ditames das Diretrizes Curriculares, através 

de uma perspectiva rizomática do texto literário, conforme posto nas "Diretrizes Curriculares 

da Educação do Paraná" (p.39):"Nos textos de Deleuze e Guatari (1995), o rizoma se 

contrapõe à árvore que, com sua verticalidade, constitui metáfora da autoridade 

inquestionável, (...) o rizoma sugere mobilidade que leva à libertação do pensamento em 

relação à linha do tempo (...)". Portanto, pretende­se que as obras propostas ampliem suas 

relações de leitura, conforme a metáfora do rizoma, e que possibilitem a percepção do 

cruzamento dos vários saberes subjacentes à relação do homem contemporâneo com o 

mundo.

23.1.5 ­ Encaminhamentos Metodológicos

Durante o desenvolvimento do trabalho serão utilizados os materiais disponíveis na 

biblioteca do colégio, pesquisas na Internet no laboratório de informática e também relatos de 

familiares e pessoas da comunidade e debates.

Através do material disponibilizado os alunos serão instigados a realizar a leitura de 

diferentes textos literários, bem como a produzir textos escritos e a contar histórias oralmente, 

em forma de dramatização, teatro, etc.

23.1.6 ­ Infraestrutura

As atividades serão realizadas em sala disponibilizada nas dependências do colégio, de 

acordo com a atividade a ser desenvolvida.

23.1.7 ­ Resultados esperados

Ao final do trabalho espera­se  que os educandos sejam capazes de identificar e 

produzir textos de diferentes gêneros literários, como: contos, crônica, drama, poema, cordel, 

história infanto­juvenil, fábula, história em quadrinhos, apólogo, piadas, etc..

Almeja­se que o aluno adquira conhecimento para produzir tais textos de forma 

coerente e bem estruturada.

23.1.8 ­ Critérios de participação

­ Alunos com dificuldades na leitura, interpretação e escrita

­ Alunos em risco social e os que gostam desta atividade.

23.2 ­  APRENDENDO COM O JOGO DE XADREZ

23.2.1­ Justificativa

O Jogo enquanto um conteúdo da Educação Física Escolar, numa perspectiva da 

Cultura Corporal, é entendido como uma possibilidade para o aluno ampliar a sua capacidade 

de percepção, atenção e interpretação da realidade na qual está inserido. Desse modo, 

conhecer as regras, as estratégias que podem ser adotadas durante o jogo, o contexto onde 

surgiu, realizar uma reflexão estabelecendo relações entre o jogo a ser praticado com o que 

acontece ao seu redor representa para o aluno uma oportunidade de aprender a se mover entre 

a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo; a respeitar os combinados, 

as regras, como também criar e discutir a flexibilização de novas e das regras que constituem 

esta prática corporal num jogo. E assim, o Jogo assume um papel fundamental na formação 

do aluno enquanto um sujeito, capaz de realizar uma leitura da realidade ao seu redor, e se 

posicionar de modo a diminuir as desigualdades que acontecem no meio em que está inserido.

23.2.2 ­ Conteúdos

Conteúdo Estruturante: Jogos e Brincadeiras

Conteúdo Básico: Jogo de tabuleiro

Conteúdo Especifico: Xadrez

23.2.3 ­ Objetivos

­ Conhecer a origem, as regras e os fundamentos do jogo do Xadrez;

­ Refletir sobre a origem, as regras e os fundamentos do xadrez, estabelecendo relações com a 

sociedade onde surgiu e com aquela que estamos inseridos;

­ Criar um momento lúdico para estimular o desenvolvimento do raciocínio, atenção, 

concentração e imaginação através da prática do jogo do Xadrez;

­ Vivenciar diferentes possibilidades de jogar Xadrez;

­ Elaborar coletivamente novas regras alternativas para jogar; 

­Construir tabuleiro e peças do jogo do Xadrez;

­Pintar tabuleiros nas mesas do pátio do colégio para a prática do jogo;

­Organizar e promover torneios de Xadrez para todos os alunos do colégio;

­Desenvolver a autonomia e a determinação.

23.2.4 ­ Encaminhamentos Metodológicos

Inicialmente realizaremos um mapeamento em relação ao conhecimento que os alunos 

participantes   da   atividade   possuem.   Este   levantamento   acontecerá   através   de   atividades 

lúdicas.

Na seqüência o encaminhamento metodológico adotado nas aulas seguirá   os passos 

propostos   nas   DCEs   de   Educação   Física(2008)   que   consiste   na   prática   social   inicial, 

problematização,   instrumentalização,   catarse  e   prática   social   final,  ou   seja,   apresentar   ao 

aluno o objetivo do conteúdo a ser trabalhado, suas implicações, de modo a explorar o que o 

aluno   sabe   em   relação   ao   conhecimento   que   irá   ser   abordado.   Após,     através   da 

problematização deste conteúdo, instigar o aluno a ampliar o seu conhecimento em relação a 

este   conteúdo.   Para   tanto,   passado   esse   momento   deve   ser   apresentado   o   conhecimento 

sistematizado,   por   meio   estratégias   e   recursos   didáticos   diversificados,   como:   textos, 

pesquisas em livros, artigos da internet, a vivência prática do jogo do xadrez entre os pares 

que   fazem   parte   desta   atividade,   vivência   de   jogos   eletrônicos   de   xadrez   utilizando   os 

computadores no laboratório de informática, leitura individual e em grupo, debate e discussão 

das vivências práticas e do conhecimento abordado, e outros. A partir da vivência do aluno 

com o conhecimento   sistematizado,  o  mesmo  irá   ampliar  este   conhecimento,  elaborando, 

novas formas no caso de jogar e conseqüentemente ampliar sua percepção. E desse modo 

superar as dificuldades iniciais em relação ao conteúdo, ressignificando­o e tendo uma nova 

interpretação da realidade que o cerca.

Visando a socialização da atividade serão confeccionados pelos alunos tabuleiros de 

xadrez nas mesas do pátio do Colégio e a realização de torneio de envolvendo todos os alunos 

do Colégio.

23.2.5 ­ Infraestrutura

Para   a   realização   da   proposta   poderão   ser   utilizados   diversos   espaços   escolares, 

dependendo da atividade programada para cada aula, como por exemplo: sala de aula, saguão, 

biblioteca, laboratório de Informática, mesas do pátio do colégio.

23.2.6 ­ Resultados esperados

Esperamos   através   da   participação   do   aluno   nesta   atividade   de   complementação 

curricular,   levá­lo   a   ampliar   a   sua   capacidade   de   percepção,   reflexão,   interpretação   do 

conteúdo e da realidade que o cerca,  bem como melhorar a sua convivência em grupo, a 

descobrir   seus   limites,   respeitar   seus   pares   e   aumentar   sua   capacidade   de   concentração, 

raciocínio e atenção e, consequentemente melhorar seu desempenho escolar. Que a atividade 

venha a contribuir para o aumento da responsabilidade e do interesse dos alunos pelas aulas, 

assim como sua atuação como cidadãos, para além do espaço escolar.

23.2.7 ­ Critérios de participação

­Alunos com defasagem de conteúdo, em relação ao Jogo Xadrez.

­Alunos com dificuldade de concentração, atenção e déficit de aprendizagem;

­Alunos com carência afetiva.

­Alunos com dificuldade de relacionar­se com os colegas e professores.

Sumário

1.0 – APRESENTAÇÃO............................................................................................................42.0 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO...............................................................6

2.1 - DADOS DO ESTABELECIMENTO.....................................................................62.2 – HISTÓRICO.............................................................................................................6 2.3 - HISTÓRICO DO PATRONO .................................................................................82.4 - VLE – VIDA LEGAL DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO...........................8

2.4.1 - Ensino Fundamental.....................................................................................92.4.2 - Ensino Médio................................................................................................9

3.0 - MARCO SITUACIONAL..................................................................................................93.1 - DESCRIÇÃO DA REALIDADE .............................................................................93.2 - TEMPO ESCOLAR ...............................................................................................10

3.2.1 – Grade Curricular do Ensino Fundamental..................................................113.2.2 – Grade Curricular do Ensino Médio............................................................11

3.3 - ESPAÇO ESCOLAR..............................................................................................123.4 - ESTRUTURA (mobiliário).....................................................................................123.5 - MERENDA ESCOLAR..........................................................................................13 ........................................................................................................................................133.6 - TURMAS E TURNOS DE FUNCIONAMENTO..................................................143.7 - ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES DO COLÉGIO...............................15

3.7.1 – Sala de Apoio à Aprendizagem..................................................................153.7.2 – Sala de Recursos.........................................................................................153.7.3 – Viva a Escola..............................................................................................163.7.4 - CELEM.......................................................................................................16

3.8 - DIREÇÃO E EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA ..............................................173.9 - EQUIPE ADMINISTRATIVA E SERVIÇOS GERAIS .....................................183.10 - CORPO DOCENTE..............................................................................................193.11 - ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE.......................................................213.12 – ESTÁGIO.............................................................................................................213.13 - FORMAÇÃO CONTINUADA ...........................................................................223.14 - INCLUSÃO DE PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS ..............23 ........................................................................................................................................233.15 - DADOS DE APROVAÇÃO.................................................................................233.16 - VISÃO DOS PAIS ...............................................................................................243.17 - VISÃO DOS ALUNOS .......................................................................................243.18 - VISÃO DOS DOCENTES ...................................................................................253.19 - VISÃO DOS FUNCIONÁRIOS ..........................................................................253.20 – FILOSOFIA DO COLÉGIO ...............................................................................263.21 - OBJETIVO GERAL ............................................................................................283.22 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................28

4.0 - MARCO CONCEITUAL ................................................................................................294.1 - CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO...........................................................................294.2 - CONCEPÇÃO DE CULTURA..............................................................................294.3 - CONCEPÇÃO DE MUNDO..................................................................................304.4 - CONCEPÇÃO DE HOMEM..................................................................................304.5 - CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE...........................................................................314.6 - CONCEPÇÃO DE ESCOLA .................................................................................32

4.6.1 – Concepção Pedagógica...............................................................................324.6.2 - Dimensão Comunitária...............................................................................32

4.7 - CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ................................................................334.8 - CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO .........................................................................33

4.9 - CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM .................................................344.10 - CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO .......................................................................364.11 - CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL .......................................364.12 - GESTÃO DEMOCRÁTICA.................................................................................374.13 – CIDADANIA........................................................................................................384.14 - TEMPO E ESPAÇO .............................................................................................39

5.0 - MARCO OPERACIONAL .............................................................................................405.1 - GESTÃO DEMOCRÁTICA ..................................................................................405.2 - CONSELHO ESCOLAR .......................................................................................415.3 - CONSELHO DE CLASSE ....................................................................................42

5.3.1 - Como acontece o Conselho de Classe no Colégio Estadual General Eurico Gaspar Dutra..........................................................................................................435.3.2 - Conselho de classe......................................................................................43

5.4 – GRÊMIO ESTUDANTIL .....................................................................................445.4.1 – Ações a serem desenvolvidas.....................................................................44

5.5 - CONSELHO DE REPRESENTANTES DE TURMAS ........................................445.5.1 – Ações a serem desenvolvidas.....................................................................45

5.6 - PROFESSOR COORDENADOR DE TURMA ....................................................455.6.1 – Ações a serem desenvolvidas.....................................................................45

5.7 - APMF - ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS...................465.7.1 – Ações a serem desenvolvidas.....................................................................46

6.0 - DIREÇÃO ........................................................................................................................466.1 - EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA ....................................................................47

6.1.1 - Elementos Essenciais da Equipe Técnico-Pedagógica ..............................486.1.2 - Ações a serem desenvolvidas.....................................................................48

6.2 - DOCENTES ...........................................................................................................506.3 - HORA-ATIVIDADE .............................................................................................546.4 - EQUIPE ADMINISTRATIVA ..............................................................................54

6.4.1 – Ações a serem desenvolvidas.....................................................................54 ...........................................................................556.5 – TÉCNICO ADMINISTRATIVO ..........................................................................55

6.5.1 – Responsável pela Biblioteca.......................................................................555.5.2 – Assistente de Execução: Responsável pelo Laboratório de Ciências .......56

6.6 – AGENTES EDUCACIONAIS I ............................................................................566.6.1 – Ações a serem desenvolvidas.....................................................................56

6.7 - SISTEMA DE AVALIAÇÃO ................................................................................576.7.1 – Recuperação de Estudos ............................................................................58

6.8 - AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS NA VIGÊNCIA DO PROJETO...........596.9 - BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................65

7.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE..............................................677.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ..................................................................677.2 - OBJETIVO GERAL...............................................................................................677.3 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................................687.4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES......................................................................68

7.4.1 – Elementos Formais.....................................................................................697.4.2 – Composição................................................................................................697.4.3 – Movimentos e períodos..............................................................................69

7.5 - CONTEÚDOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL..........................................697.5.1 - 5ª Série........................................................................................................707.5.2 - 6ª SÉRIE ...................................................................................................727.5.3 – 7ª Série........................................................................................................747.5.4 - 8º Série........................................................................................................77

7.6 - CONTEÚDOS PARA O ENSINO MÉDIO...........................................................797.6.1 – Área Música...............................................................................................797.6.2 – Artes Visuais..............................................................................................797.6.3 – Área Teatro.................................................................................................797.6.4 – Área dança..................................................................................................80

7.7 – METODOLOGIA...................................................................................................807.8 - AVALIAÇÃO........................................................................................................817.9 - RECUPERAÇÃO SIMULTÂNEA.........................................................................81

7.10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................818.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA.....................................84

8.1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA..........................................848.2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS.................................................85

8.2.1 - 1ª Série........................................................................................................858.2.2 - 2a Série.......................................................................................................858.2.3 - 3a Série.......................................................................................................86

8.3 – METODOLOGIA...................................................................................................868.4- AVALIAÇÃO..........................................................................................................878.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...................................................................88

9.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS......................................899.1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ...................................................................899.2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BASICOS................................................90

9.2.1 – Astronomia.................................................................................................909.2.2 – Matéria ......................................................................................................909.2.3 – Sistemas Biológicos...................................................................................909.2.4 - Energia........................................................................................................919.2.5 - Biodiversidade............................................................................................91

9.3 - 5ª SÉRIE..................................................................................................................919.3.1 - Astronomia..................................................................................................919.3.2 - Matéria........................................................................................................929.3.3 – Sistemas Biológicos...................................................................................929.3.4 - Energia........................................................................................................929.3.5 - Biodiversidade............................................................................................929.3.6 - Relações Interdisciplinares.........................................................................92

9.4 - 6ª Série.....................................................................................................................939.4.1 - Astronomia..................................................................................................939.4.2 - Matéria........................................................................................................939.4.3 – Sistemas Biológicos...................................................................................939.4.4 - Energia........................................................................................................939.4.5 - Biodiversidade............................................................................................939.4.6 – Possíveis Relações (entre outras)...............................................................94

9.5 - 7ª Série.....................................................................................................................949.5.1 - Astronomia..................................................................................................949.5.2 - Matéria........................................................................................................949.5.3 – Sistemas Biológicos...................................................................................959.5.4 - Energia........................................................................................................959.5.5 - Biodiversidade............................................................................................959.5.6 – Possíveis Relações (entre outras)...............................................................95

9.6 - 8ª SÉRIE..................................................................................................................959.6.1 - Astronomia..................................................................................................959.6.2 - Matéria........................................................................................................969.6.3 – Sistemas Biológicos...................................................................................969.6.4 - Energia........................................................................................................96

9.6.5 - Biodiversidade............................................................................................969.6.6 - Possíveis Relações (entre outras)................................................................96

9.7- METODOLOGIA ...................................................................................................979.8 – AVALIAÇÃO........................................................................................................98 9.9 – REFERÊNCIAS....................................................................................................9910.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA.......10010.1- APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA................................................................10010.2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS.............................................103

10.2.1 - 5ª Série....................................................................................................10410.2.2 - 6ª Série....................................................................................................10410.2.3 - 7ª Série....................................................................................................10510.2.4 - 8ª Série....................................................................................................10510.2.5 – Ensino Médio.........................................................................................105

10 3- METODOLOGIA................................................................................................10610.4- AVALIAÇÃO......................................................................................................10710.5 – REFERÊNCIAS.................................................................................................108

11.0 - PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO...........................................10911.1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA................................................................10911.2 - OBJETIVOS GERAIS........................................................................................11011.3 - CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES................................................110

11.3.1 - 5ª Série....................................................................................................11011.3.2 - 6ª Série....................................................................................................111

11.4 – METODOLOGIA...............................................................................................11111.5 – AVALIAÇÃO....................................................................................................11111.6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................112

12.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA................................11312.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA..............................................................11312.2 - Objetivos Geral...................................................................................................11512.3 - Objetivos Específicos .........................................................................................11612.4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES..................................................................116

12.4.1 - Mito e filosofia........................................................................................11812.4.2 - Teoria do Conhecimento.........................................................................11912.4.3 - Ética........................................................................................................11912.4.4 - Filosofia política ....................................................................................12012.4.5 - Filosofia da ciência ................................................................................12112.4.6 - Estética....................................................................................................121

12.5 - CONTEÚDOS PARA O ENSINO MÉDIO.......................................................12212.5.1 - 1ª série ....................................................................................................12212.5.2 - 3º série ..........................................................................................124

12.6- METODOLOGIA ...............................................................................................12612.7 - AVALIAÇÃO....................................................................................................12812.8 - RECUPERAÇÃO SIMULTÂNEA.....................................................................13012.9 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................130

13.0 - PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA...................................................................13213.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA...............................................................13213.2 - OBJETIVOS GERAIS........................................................................................13313.3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES..................................................................134

13.3.1 - 1ª Série...................................................................................................13413.3.2 - 2ª Série....................................................................................................13513.3.3 - 3ª Série....................................................................................................136 13.3.4 - 1ª Série...................................................................................................136 13.3.5 - 2ª Série...................................................................................................137

13.3.6 - 3ª Série....................................................................................................13713.3.7 - 1ª Série....................................................................................................138 13.3.8 - 2ª Série...................................................................................................139

Princípios da Relatividade......................................................................................................13913.3.9 - 3ª Série....................................................................................................139

13.4 - METODOLOGIA ..............................................................................................14013.5 - AVALIAÇÃO ....................................................................................................14113.6 - RECUPERAÇÃO SIMULTÂNEA.....................................................................14213.7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................143

14.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA.............................14414.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA...............................................................14414.2 - CONTEUDO ESTRUTRURANTES..................................................................14514.3 - CONTEUDOS BÁSICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL....................145

14.3.1 - 5ª Série....................................................................................................14514.3.2 - 6ª Série....................................................................................................14614.3.3 - 7ª Série....................................................................................................14614.3.4 - 8ª Série....................................................................................................147

14.4 - ENSINO MÉDIO................................................................................................14814.4.1 - 1ª Série....................................................................................................14814.4.2 - 2ªSérie.....................................................................................................14914.4.3 - 3ªSérie.....................................................................................................152

....................................................................................................................................15414.5 – METODOLOGIA...............................................................................................15414.6 – AVALIAÇÃO....................................................................................................15514.7 – BIBLIOGRAFIA................................................................................................156

15.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA.................................15815.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA...............................................................158

15.1.1 - 5ª Série -Os Diferentes Sujeitos, Suas Culturas e Histórias....................15815.1.2 - 6ª Série - A Constituição Histórica dos Mundos Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços...............................................16115.1.3 - 7ª Séire - O do trabalho e a luta pela cidadania......................................16215.1.4 - 8ª Série - Relações de dominação e resistência: a formação do estado e das instituições sociais................................................................................................16415.1.5 - 1ª Série....................................................................................................16615.1.6 - 2ª Série....................................................................................................16815.1.7 - 3ª Série....................................................................................................171

15.2 – METODOLOGIA...............................................................................................17115.3 – AVALIAÇÃO....................................................................................................17315.4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS................................................................174

16.0 - PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA- INGLÊS.................................................................................................................................................175

16.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA...............................................................17516.2 - OBJETIVOS .......................................................................................................17516.3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES..................................................................176

16.3.1 – Gêneros Discursivos...............................................................................17616.3.2 – Conteúdos Básicos – 5ª Série.................................................................17716.3.3 – Conteúdos Básicos – 6ª Série.................................................................17816.3.4 - Conteúdos Básicos – 7ª Série..................................................................17916.3.5 - Conteúdos Básicos – 8ª Série..................................................................18016.3.6 - Conteúdos Básicos – Ensino Médio.......................................................182

16.4 – METODOLOGIA...............................................................................................18316.5 – AVALIAÇÃO....................................................................................................184

16.6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................18417.0 - PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA .................................185

17.1 - APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA..............................................................18517.2 - CONTEÚDOS BÁSICOS E ESTRUTURANTES.............................................187

17.2.1 – 5ª Série....................................................................................................18717.2.2 – 6ª Série....................................................................................................18917.2.3 – 7ª Série....................................................................................................19117.2.4 – 8ª Série....................................................................................................19317.2.5 – Conteúdos do Ensino Médio..................................................................196

17.3 – METODOLOGIA...............................................................................................20017.4 - AVALIAÇÃO ....................................................................................................201

17.4.1- Recuperação Simultânea..........................................................................20217.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................202

18.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - MATEMÁTICA..............................20418.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA...............................................................20418.2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS.............................................205

18.2.1 - 5ª Série....................................................................................................20618.2.3 - 7ª Série....................................................................................................20718.2.4 - 8ª Série....................................................................................................208

18.3 - METODOLOGIA DA DISCIPLINA.................................................................20918.4 – AVALIAÇÃO....................................................................................................21018.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................211

19.0 - PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA..............................................................21219.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA...............................................................21219.2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, CONTEÚDOS BÁSICOS E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA.................................................................................213

19.2.1 - 1ª Série....................................................................................................21319.2.2 - 2ª Série....................................................................................................21419.2.3 - 3ª Série....................................................................................................216

19.3 - FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA.............................21719.4 – AVALIAÇÃO....................................................................................................21919.5 -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................220

20.0 - PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA.......................................................22220.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA..............................................................22220.2 - OBJETIVOS GERAIS........................................................................................224

20.2.1- Objetivos Específicos...............................................................................22420.3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS.............................................22520.4 - CONTEÚDOS ORGANIZADOS PARA SÉRIES ............................................237

20.4.1 – 1ª Série....................................................................................................23720.4.2 – 3ª Série....................................................................................................23920.5 – METODOLOGIA.....................................................................................240

20.6 – AVALIAÇÃO....................................................................................................24320.7 - REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................245

21.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – VIVA ESCOLA.................................................................................................................................247

21.1 - JUSTIFICATIVA................................................................................................24721.2 - OBJETIVOS........................................................................................................24721.3 – CONTEÚDOS....................................................................................................248

21.3.1 – Conteúdos Específicos...........................................................................24921.4 - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO.....................................................25021.5 - RESULTADOS ESPERADOS...........................................................................25021.6 - CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO....................................................................251

22.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOLA ................................................................................................252

22.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ..............................................................25222.2 – JUSTIFICATIVA...............................................................................................25222.3 – OBJETIVOS.......................................................................................................25322.4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS.............................................253

22.4.1 – Conteúdos Básicos – 1ª Série.................................................................25322.4.2 – Conteúdos Básicos – 2ª Série.................................................................255

22.5 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS.................................................25722.6 – AVALIAÇÃO....................................................................................................259

22.6.1 – Critérios de Avaliação............................................................................26022.7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................260

23.0 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DAS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES........26123.1 - LEITURA: SUCESSO NA APRENDIZAGEM................................................261

23.1.1 – Justificativa............................................................................................26123.1.2 - Conteúdos Estruturantes: Leitura, Oralidade e Escrita...........................26123.1.3 - Conteúdos Básicos..................................................................................26123.1.4 - Objetivos.................................................................................................26223.1.5 - Encaminhamentos Metodológicos..........................................................26323.1.6 - Infraestrutura...........................................................................................26323.1.7 - Resultados esperados..............................................................................26323.1.8 - Critérios de participação.........................................................................263

23.2 - APRENDENDO COM O JOGO DE XADREZ................................................26323.2.1- Justificativa..............................................................................................26323.2.2 - Conteúdos...............................................................................................26423.2.3 - Objetivos.................................................................................................26423.2.4 - Encaminhamentos Metodológicos..........................................................26423.2.5 - Infraestrutura...........................................................................................26523.2.6 - Resultados esperados..............................................................................26523.2.7 - Critérios de participação.........................................................................266