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Universidade Federal da Integração Latino-Americana PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE MEDICINA FOZ DO IGUAÇU 2014

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Universidade Federal da Integração Latino-Americana

PROJETO PEDAGÓGICO

DO CURSO DE MEDICINA

FOZ DO IGUAÇU

2014

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SUMÁRIO

I APRESENTAÇÃO, 4

II O MUNICÍPIO/REGIÃO SEDE DO CURSO, 8

III A INSTITUIÇÃO SEDE DO CURSO: UNIVERSIDADE

FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA (UNILA), 19

IV CARACTERÍSTICAS GERAIS DO CURSO DE MEDICINA DA

UNILA, 23

V OBJETIVOS DO CURSO, 24

VI PERFIL DO EGRESSO, 25

VII PRINCÍPIOS DIRECIONADORES DO PROJETO

PEDAGÓGICO (PRESSUPOSTOS), 27

VIII COMPETÊNCIAS GERAIS E ESPECÍFICAS A SEREM

ALCANÇADAS, 38

IX METODOLOGIAS PRIVILEGIADAS, 41

X COORDENAÇÃO DE CURSO, 44

XI NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE (NDE), 45

XII NÚCLEO DE APOIO AO ESTUDANTE (NAE), 46

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XIII ORGANIZAÇÃO CURRICULAR, 47

XIV APROXIMAÇÃO DA MATRIZ CURRICULAR DA ETAPA PRÉ

INTERNATO, 55

XV ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO (INTERNATO),

76

XVI ARTICULAÇÃO DO ENSINO COM A PESQUISA E A

EXTENSÃO, 78

XVII NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO DOCENTE, 79

XVIII POLÍTICA DE AVALIAÇÃO, 82

XIX INFRA-ESTRUTURA NECESSÁRIA DE LABORATÓRIOS,

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1 – APRESENTAÇÃO

Este Projeto para um Curso de Medicina na Universidade Federal da

Integração Latino-Americana - UNILA vem responder a uma demanda local,

regional, nacional e latino-americana neste momento histórico de

reestruturação da formação médica no Brasil. São pontos importantes neste

contexto:

A relevância e a necessidade social do curso para a população local, de

sua vizinhança e, especialmente, da tríplice fronteira;

As necessidades do Sistema Único de Saúde em geral;

A relevância de um Curso de Medicina na UNILA neste seu momento

histórico;

As condições propícias para o abrigo de um curso de Medicina público

pelo município, pelos equipamentos do sistema de saúde local e pelas

condições adequada em relação às instalações para o início do novo

Curso;

A existência de Residência Médica em diferentes áreas no Hospital

Municipal, credenciadas pela CNRM e

A vontade política do município com a assinatura de convênio amplo de

colaboração entre Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu e a

Universidade Federal de Integração Latino-Americana.

Associado a estes diferentes fatores favoráveis à instalação imediata do

Curso, ressalta-se o apoio incondicional da Itaipu Binacional, por intermédio

da Fundação Parque Tecnológico de Itaipu e da Fundação Itaiguapi ligada ao

Hospital Ministro Costa Cavalcante.

Por intermédio desta Fundação foi possível, como parte deste amplo

projeto de instalação do Curso de Medicina, oferecer uma Pós-Graduação

Lato-Sensu em Educação Médica. Frente a um Edital aberto pela UNILA

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oferecendo 25 vagas, inscreveram-se 120 candidatos de Foz do Iguaçu,

imediações e de outras localidades do estado do Paraná e dos diferentes

Países Latino-Americanos e do Caribe.

Foram aprovados 58 candidatos, sendo que 30 profissionais de saúde,

alguns com Mestrado e mesmo Doutorado e outros tantos preceptores de

Residência Médica e potenciais preceptores dos Serviços foram convocados

e já iniciaram seus processos de capacitação docente, especificamente na

área médica. Destes, 11 estrangeiros.

O município de Foz do Iguaçu apresenta condições adequadas de

campo de estágio em Atenção Primária à Saúde, Urgência e Emergência,

Atenção Psicossocial, Atenção Ambulatorial Especializada, Atenção

Hospitalar e Vigilância em Saúde.

O Projeto Pedagógico do Curso (PPC) foi considerado o instrumento

para embasar todo o processo de gestão acadêmica e administrativa do

futuro Curso de Medicina, processo este em reconstrução permanente. As

competências e habilidades essenciais à formação de um médico é o eixo

condutor de todo o projeto.

Neste sentido, consideramos relevantes:

A inserção do estudante em cenários de prática desde o início da

Graduação.

Uma concepção curricular em eixos formativos, propiciando uma

implantação mais efetiva da interdisciplinaridade.

A adoção de metodologias ativas como a problematização e os casos

motivadores, propiciando momentos de aprendizagem mais

significativos para os estudantes.

A integração/articulação com a rede de atenção básica e de urgência

e emergência do Sistema de Saúde local e regional.

A implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para os

Cursos de Medicina, Resolução CNE/CES no 4, de 7 de novembro de

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2001. Por outro lado, este Projeto está atento às adequações destas

Diretrizes, em tramitação neste momento.

Incorporação imediata das recomendações de implantação de carga

horária mínima de 30% da Carga Horária Total do Internato dedicada

à Atenção Primária à Saúde e ao treinamento do futuro médico em

Urgências e Emergências.

Este projeto incorpora também as recomendações do Projeto Tuning

América Latina. O Projeto Alfa Tuning America Latina tem como objetivo

geral contribuir com a construção de um Espaço de Educação Superior na

América Latina a partir da convergência curricular, tendo ocorrido no período

de 2004 a 2013. Entre as áreas estudadas encontra-se a Medicina.

Os objetivos específicos foram elaborados tomando como base os

acordos alcançados pelas 182 universidades latino-americanas e os 18

acordos entre os governos nacionais que participaram da primeira fase do

projeto. Os objetivos são detalhados a seguir:

Avançar nos processos de reforma curricular com base em umenfoque sobre competências na América Latina, completando ametodologia Tuning.

Aprofundar o eixo de empregabilidade do projeto Tuning,desenvolvendo perfis de egressos vinculados às novasdemandas e necessidades sociais, construindo as bases de umsistema harmônico que consigam desenhar esse enfoque deaproximação entre as diplomações.

Explorar novos desenvolvimentos e experiências em torno dainovação social universitária e, particularmente, em relação aoeixo de cidadania do projeto Tuning.

Incorporar processos e iniciativas já implementadas em outroscontextos para a construção de quadros disciplinares e setoriaispara a América Latina.

Promover a construção conjunta de estratégias metodológicaspara desenvolver e avaliar a formação de competências naimplementação dos currículos que contribuam para melhorarcontinuamente a qualidade, incorporando níveis e indicadores.

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Desenhar um sistema de créditos acadêmicos, tanto para atransferência quanto para a acumulação, facilitando assim oreconhecimento de estudos na América Latina como região, epossibilitando ainda a articulação com os sistemas de outrasregiões.

Fortalecer os processos de cooperação regional favoráveis àsiniciativas de reformas curriculares, aproveitando ascapacidades e experiências dos diferentes países da AméricaLatina.

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2 – O MUNICÍPIO/REGIÃO SEDE DO CURSO

2.1 – A CIDADE

Em 10 de junho de 1914 foi instalado oficialmente o Município do

Iguaçu. Época em que paraguaios, argentinos e indígenas, juntando-se aos

novos colonizadores, imigrantes europeus em sua maioria alemães e

italianos tinham na exploração de grandes propriedades, de forma predatória,

com o deslocamento sazonal de trabalhadores exclusivamente para o corte

da madeira e extração da erva mate sua fonte de renda.

A partir de 1930 chegaram os primeiros agricultores do Rio Grande do

Sul dando início a instalação da agricultura na região do Extremo-Oeste

paranaense e consequente expansão da fronteira. No início, a estrutura

fundiária era baseada na pequena propriedade e, muitas vezes, era apenas

de subsistência.

A conclusão da rodovia BR-277 (1969) e a integração do Município ao

Sistema Estadual de Telecomunicação, bem como a construção do Aeroporto

Internacional marcam este novo período. Esta fase de desenvolvimento do

Município é marcada ainda pela criação do Parque Nacional do Iguaçu

(1939), que potencializou a participação do turismo na economia local. E pela

inauguração da Ponte Internacional da Amizade (1965), que intensificou o

comércio de Foz do Iguaçu com a cidade paraguaia de Porto Presidente

Stroessner (atual Cidade De Leste).

Em 1974, começa um novo ciclo de desenvolvimento do Município,

ligado a construção da usina Hidrelétrica de Itaipu, com forte impacto em toda

a região Oeste do Paraná. Inundou terras férteis e produtivas, interrompeu

vias de comunicação entre cidades e deslocou grade parcela da população

local.

Se em 1970 Foz contava com 33.966 habitantes em 1980 já eram

136.321. Um crescimento de mais de 400% em 10 anos. Todo esse

crescimento trouxe grandes transformações no quadro urbano do Município,

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acarretando elevação na demanda por serviços públicos e privados,

principalmente de saúde, pelos trabalhadores e suas famílias, atraídas pela

oferta de emprego.

É desse período também a ampliação do “turismo de compras” e do

comércio atacadista exportador para a região fronteiriça. Ainda hoje assume

importante parte da economia local, pois movimenta hotéis, restaurantes

lanchonetes, agências de turismo e outras prestadoras de serviços, bem

como absorve parte dos trabalhadores do Município.

Outro aspecto merecedor de análise é a importância do setor

exportador para a economia local. Como o país vizinho, Paraguai, não possui

bens de consumo (duráveis e não duráveis) em quantidade e qualidade

suficientes para atender sua demanda, nosso comércio exportador se

beneficiou desse mercado vendendo aquele país diversos produtos,

principalmente alimentícios, de vestuário, eletrodomésticos e para a

construção civil.

Hoje, porém, Foz do Iguaçu goza das vantagens de sua localização

estratégica no contexto do Mercosul, possuindo perspectivas otimistas de

crescimento econômico, com a possibilidade de atração de novos

investimentos e a consolidação das empresas que poderão usufruir desse

nicho de mercado potencial.

A expansão de cursos superiores na cidade, verificada nos últimos

anos, principalmente com a instalação da UNILA, além de fator de atração de

estudantes e profissionais especializados, possibilita também a consolidação

do município como polo tecnológico de referência internacional, constituindo

um novo segmento para a economia local.

Foz do Iguaçu também consolida seu papel como polo da região

devido ao crescimento do setor terciário e a própria especialização de

serviços, dentre eles o turismo de lazer e eventos e a implantação do Parque

Tecnológico Itaipu (PTI), criado em 2003 pela Itaipu Binacional como polo

científico e tecnológico no Brasil e no Paraguai. O Parque conta com uma

área de 116 hectares e reúne ações em duas vertentes: Desenvolvimento

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Regional e Retorno à Itaipu. Na primeira, o PTI coordena ações voltadas às

áreas de Educação, Ciência & Tecnologia e Empreendedorismo. Na

segunda, em parceria com a Universidade Corporativa Itaipu (UCI), vinculada

à Universidade Corporativa do Sistema Eletrobrás (Unise), opera em três

pilares: Educação Corporativa, Pesquisa & Desenvolvimento e Gestão do

Conhecimento. São ações integradas que criam um ambiente favorável para

a inovação, o desenvolvimento científico-tecnológico e a geração de novos

empreendimentos. Este ambiente inovador é constituído por meio de

parcerias estratégicas com entidades governamentais, empresas privadas e

instituições de ensino e pesquisa.

As atuais ligações rodoviárias e as perspectivas da cidade de se tornar

um entreposto comercial para o mercado do CONESUL (ampliando-se,

portanto a área do MERCOSUL), fortalecem ainda mais as projeções do

desenvolvimento local, baseado nos intercâmbios da América Latina nas

áreas da educação, cultura e atividades produtivas, atraindo indústrias e

serviços.

Foz do Iguaçu tem uma população de 256.088 habitantes (censo IBGE

2010), área territorial de 617,71 km2 (lei complementar no.116/06) e uma

taxa de crescimento anual estimada em 3%(2000-2006) . Está situada no

extremo oeste do Estado do Paraná a 637 Km de Curitiba, capital do Estado

e a 731 Km de Paranaguá, principal porto marítimo. A cidade de Foz do

Iguaçu limita-se, à oeste, com a Ciudad Del Este no Paraguai e, ao sul, com

a cidade de Puerto Iguazu, na Argentina. Integrando Foz do Iguaçu a Ciudad

Del Este no Paraguai, temos a Ponte da Amizade e a Puerto Iguazu, na

Argentina, temos a Ponte Tancredo Neves.

Outra característica é a composição étnica muito variada e

interessante. A cidade abriga cerca de 72 nacionalidades das 192

nacionalidades existentes no mundo. Caminhando nas ruas da cidade não é

surpresa nenhuma deparar-se com japoneses, chineses, coreanos,

franceses, bolivianos, chilenos, árabes, marroquinos, portugueses, indianos,

israelenses e tantas outras nacionalidades. E também com presença diária

de paraguaios e argentinos.

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No que se refere ao saneamento, 100% da população recebe água

tratada, 69,3% possui rede de esgoto e desses 100% recebe tratamento.

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2.2 – COM RELAÇÃO AOS BRASILEIROS RESIDENTES NO PARAGUAI

A emigração de brasileiros para o Paraguai teve um fluxo intenso nas

décadas de 70 e 80, por brasileiros expulsos de suas terras em função das

relações capitalistas de produção e nas décadas de 80 e 90 pelos

agricultores da região Oeste e Sudoeste do Paraná que tiveram terras

desapropriadas para construção de usinas hidrelétricas, especialmente a

Itaipu Binacional.

De acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores, o

Paraguai representou o segundo destino de emigrantes brasileiros: 43,8%

dos emigrantes teve como destino o EUA; 26,4% foram para o Paraguai;

12,7% foram para o Japão; 17,1% foram para outros países.

Incentivada pelo governo paraguaio, que criou o programa “marcha al

este” em 1961, para colonizar a fronteira com o Brasil, a emigração brasileira

para o Paraguai salta de 34.276 pessoas em 1972 para estimados 460 mil

em 1996.

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A emigração para o Paraguai é a que mais tem vínculos permanentes

com a sua origem. Apesar de residirem no Paraguai, terem filhos nascidos no

Paraguai, estes brasileiros mantêm seus vínculos afetivos e familiares com o

Brasil, especialmente com os municípios do oeste paranaense. Participam de

eleições e visitam cotidianamente seus familiares que residem no lado de cá

da fronteira.

Em relação à saúde, os brasileiros que vivem do outro lado da fronteira

buscam de forma rotineira o SUS brasileiro para resolver seus problemas.

Geralmente procuram atendimento de saúde quando a situação já demanda

níveis de assistência secundário e terciário.

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2.3 – ORGANIZAÇÃO SANITÁRIA

Com base no principio de descentralização do SUS, a SecretariaMunicipal da Saúde mantém a distritalização como forma de organizaçãoadministrativa desde 1999. A cidade está dividida em cinco Distritos Sanitários, comcapacidades instaladas distintas objetivando atender as especificidades de cadaárea descritas a seguir:

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2.4 – CAPACIDADE INSTALADA

2.4.1 – ATENÇÃO BÁSICA

o 18 USF – UNIDADES DE SAÚDE DA FAMILIA / 32 ESF / 21ESB

o 08 UBS – UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE o 04 CENTROS DE REFERÊNCIA DA FAMILIA

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o 01 CENTRO DE ATENDIMENTO À GESTANTE o 04 CONSULTÓRIOS ISOLADOS DE ODONTOLOGIA

←←

2.4.2 – ATENÇÃO ESPECIALIZADA

o 01 CENTRO DE ESPECIALIDADES MÉDICAS – CEM o 01 POLIAMBULATÓRIO o 02 CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSOCIAL – CAPS o 01 AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL o 01 LABORATÓRIO MUNICIPAL o 01 CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS

CEO o 01 BEBÊ CLINICA ODONTOLÓGICA o 01 CENTRO MUNICIPAL DE REABILITAÇÃO AUDITIVA –

CEMURA o 01 CENTRO DE REABILITAÇÃO FISICA

2.4.3 – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

o UPA TIPO III – 24 h o PRONTO ATENDIMENTO MORUMBI 1 – 24 h o UNIDADE DE DOR TORÁCICA - HOSPITAL MINISTRO

COSTA CAVALCANTI o PRONTO SOCORRO MUNICIPAL – HOSPITAL

MUNICIPAL DE FOZ DO IGUAÇUo EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS – HOSPITAL MINISTRO

COSTA CAVALCANTIo SIATE – SERVIÇO INTEGRADO DE ATENDIMENTO AO

TRAUMA E EMERGÊNCIA o SAMU REGIONAL – SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL

DE URGÊNCIAS

2.4.4 – ATENDIMENTO HOSPITALAR

o HOSPITAL MINISTRO COSTA CAVALCANTI - 92 LEITOSSUS / 10 LEITOS UTI GERAL E 10 LEITOS UTICORONARIANA / 07 LEITOS UCI NEONATAIS

o HOSPITAL MUNICIPAL- 152 LEITOS SUS / 16 LEITOS DEPSIQUIATRIA / 10 LEITOS UTI TRAUMA E 10 LEITOS UTIGERAL E 05 UTI PEDIÁTRICA

o HOSPITAL E MATERNIDADE CATARATAS - 30 LEITOSSUS / 06 LEITOS UTI GERAL

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o SOCIEDADE CIVIL NOSSA S. APARECIDA - 08 LEITOSHOSPITAL DIA CIRÚRGICO

2.4.5 – VIGILÂNCIA EM SAÚDE

o 01 CCZ – CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES o 01 CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA o 01 CENTRO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

2.4.6 – ATENDIMENTOS ESPECIAIS

o CENTRO DE NUTRIÇÃO INFANTIL o CENTRO DE APOIO A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIAo CASA APOIO

Hospital Municipal de Foz do Iguaçu

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3 - A INSTITUIÇÃO SEDE DO CURSO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA (UNILA)

A integração sul-americana tem registrado significativos avanços na

última década e o Mercosul tem tido um papel decisivo neste processo. Com

a adesão da Venezuela, o Mercosul caminha para se tornar um Bloco que vai

da Patagônia ao Caribe, com 270 milhões de habitantes, um Produto Interno

Bruto de US$ 2,3 trilhões e um território de 12,7 milhões de quilômetros

quadrados.

Em 23 de fevereiro de 2010, em Cancún, México, a II reunião da

Cúpula da América Latina e Caribe (Calc) criou, entre outras importantes

resoluções aprovadas, a Comunidade de Estados Latino-americanos e

Caribenhos, dando mais um importante passo em direção a integração latino-

americana. O novo organismo promoverá a integração regional e o

desenvolvimento sustentável com base no direito internacional, na

democracia, nos direitos humanos e na paz.

Desde 2007 vêm sendo aprovados projetos para o tratamento de

assimetrias entre os países do Bloco que compreendem áreas sociais

(assentamentos rurais, saneamento básico e construção de moradias

populares) e de infraestrutura física (recuperação de estradas e transmissão

de energia elétrica). A criação do Instituto Social do Mercosul objetiva a

construção de uma agenda social conjunta para promover o desenvolvimento

humano integral e identificar medidas destinadas a impulsionar a inclusão

social na região, sendo dois dos seus eixos principais saúde e educação.

A convergência entre crescimento econômico e desenvolvimento

social mostra que conquistas importantes também ocorreram em áreas que

vão além das questões econômicas e comerciais.

Neste contexto a Universidade Federal de Integração Latino-

Americana – UNILA começou a ser estruturada em 2007, pela Comissão de

Implantação com a proposta de criação do Instituto Mercosul de Estudos

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Avançados (IMEA), em convênio com a Universidade Federal do Paraná e a

Itaipu Binacional.

Em 12 de dezembro de 2007, o então presidente da República

Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, apresentou projeto de lei, que,

aprovado por unanimidade pelo Congresso Nacional, deu vazão à Lei

12.189/2010, a qual criou a universidade credenciando-a para

funcionamento. As primeiras atividades acadêmicas da UNILA

estabeleceram-se em 2010 com o ensino de graduação, tendo a pós-

graduação iniciado suas atividades no ano seguinte. A lei referida coloca

como objetivo da universidade a contribuição para a formação de cidadãos

que, em seus exercícios acadêmico e profissional, estejam empenhados na

busca de soluções democráticas dos problemas latino-americanos.

Criada com a missão de “contribuir para a integracao solidaria e a

construcao de sociedades na America Latina e Caribe mais justas, com

equidade economica e social, por meio do conhecimento compartilhado e da

geracao, transmissao, difusao e aplicacao de conhecimentos produzidos pelo

ensino, a pesquisa e a extensao, de forma indissociada, integrados na

formacao de cidadaos para o exercicio academico e profissional e

empenhados na busca de solucoes democraticas aos problemas latino-

americanos” a UNILA ocupa posição estratégica na construção da integração

latino-americana através do fortalecimento da tendência de reversão do

padrão de dependência econômica e subordinação tecnológica

historicamente predominante na região.

Como universidade bilíngue (português e espanhol), com metade de

seus alunos oriundos dos demais países latino-americanos e muitos

professores também estrangeiros, além de uma proposta acadêmica

inovadora, a UNILA representa a perspectiva real de criação de um espaço

de educação superior na América Latina.

Está localizada em Foz do Iguaçu, no Extremo-Oeste do Paraná, na

região da Tríplice Fronteira formada por Brasil, Argentina e Paraguai,

principal polo de desenvolvimento econômico da região.

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Neste contexto institucional, o desenho pedagógico privilegia uma

integração que articula o bilinguismo, a diversidade cultural, a

interdisciplinaridade, a interculturalidade, a valorização da formação

humanística, produzindo modos singulares e inovadores de formar

profissionais que respondam criativa, crítica e propositivamente às demandas

e exigências do povo latino-americano e caribeno.

Assim, um diferencial da proposta pedagógica da UNILA centra-se no

Ciclo Comum: conjunto de atividades curriculares, desenvolvidas nos três

primeiros semestres de todos os cursos da universidade, que enfatizam os

campos da Epistemologia e Metodologia, das Línguas Portuguesa e

Espanhola (bilinguismo) e das dimensões históricas, políticas, econômicas e

sociais da América Latina e do Caribe.

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Configura-se que:

A finalidade do ciclo inicial de formação é oferecer ao estudante as

ferramentas básicas para a apreensão de conhecimentos sobre

América Latina e Caribe, conhecimentos filosóficos e uma língua

diferente de sua língua mãe, espanhol (para brasileiros) ou

português (para hispanos). Propõe-se formar estudantes que

sejam capazes de refletir com sentido crítico, em duas línguas,

formulando ideias e argumentações conforme o método científico,

sendo capazes de desenvolver temas de investigação sobre a

história ou sobre algum aspecto problemático da

contemporaneidade latino-americana.

O Ciclo Comum projeta os três pilares que sustentam o projeto da

Universidade: bilinguismo, interdisciplinaridade e criação de

conhecimento com olhar à integração regional. É possível

considerar que esse tripé próprio da perspectiva, a partir da qual se

compartilha conhecimento na universidade, outorga-lhe caráter

inovador. (UNILA, 2013)

Em seu caráter processual, o Ciclo Comum apresenta uma trajetória

marcada por movimentos de acompanhamento e monitoramento, (re)

construindo-se permanentemente as relações e conexões entre os eixos e os

componentes curriculares.

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4 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DO CURSO DE MEDICINA DA UNILA

Curso: MEDICINA

Nível Graduação/bacharelado

Regime Anual

Vagas anuais ofertadas60 – sendo 30 para brasileirose 30 para estrangeiros

Turno Integral

Carga Horária Etapa Pré Internato

5270 horas

Carga Horária Etapa Internato

3872 horas

Carga Horária Total 9142 horas

IntegralizaçãoMínimo: 6 anos

Máximo: 9 anos

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5 - OBJETIVOS DO CURSO

5.1 – Colaborar com a formação de médicos para adequadoatendimento ao ser humano na saúde e na doença, na perspectiva daintegralidade do cuidado aos indivíduos e comunidades no âmbito brasileiro elatino-americano.

5.2 - Propiciar uma formação médica comprometida com as DiretrizesCurriculares Nacionais com o desenvolvimento de competências gerais ehabilidades específicas para o desenvolvimento de ações de promoção,proteção e recuperação da saúde nos diferentes níveis de atenção.

5.3 – Valorizar a prática médica como eixo organizador do Currículo,inserindo o discente nos cenários reais da atuação médica do SUS domunicípio de Foz do Iguaçu e adjacências, de forma progressivamenteresponsável,

5.4 - Preparar o médico para uma adequada propedêutica edesenvolvimento de raciocínio clínico, com vistas à uma postura resolutiva nasolução de problemas prevalentes de saúde.

5.5 – Utilizar metodologias e estratégias educacionais que promovam osestudantes como sujeitos ativos de suas aprendizagens.

5.6 - Desenvolver competências colaborativas dos futuros médicos com osdemais profissionais da área da saúde, habilitando-os para o trabalho emequipes interprofissionais e de práticas compartilhadas.

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6 - PERFIL DO EGRESSO

Assume-se neste PPC o meta-perfil delineado para os egressos dos

Cursos de Medicina Latino-Americanos, consensuados no Projeto Tuning Alfa

America Latina:

“El médico general egresado de las universidades deLatinoamérica es un profesional integral con formacióncientífica, ética, humanística y con responsabilidad social.Posee habilidades básicas en una segunda lengua ygestiona su formación continua.

Entiende el proceso salud-enfermedad desde losdeterminantes de salud y ejecuta acciones de promoción,prevención, atención, rehabilitación y cuidado paliativo alindividuo, la familia y la comunidad, desde sudiversidad cultural, en los niveles y ámbitos de atenciónnacionales e internacionales, en concordancia con el perfilepidemiológico y la evidencia científica disponible. Trabajaen equipo, participa efectivamente en el sistema de salud,acorde con el marco legal vigente, a través de lacomunicación con el paciente, su familia, el equipo desalud y la sociedad en la búsqueda de la calidad de laatención”

As dimensões privilegiadas acima coadunam-se com as expectativas

para o egresso que estão expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para

o Curso da Medicina (BRASIL, 2001):

Médico, com formação generalista, humanista, crítica e

reflexiva. Capacitado a atuar, pautado em princípios éticos,

no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de

atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação

e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da

assistência, com senso de responsabilidade social e

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compromisso com a cidadania, como promotor da saúde

integral do ser humano.

Estes perfis encontram ressonância nos objetivos previstos nas

Diretrizes Curriculares reformuladas para o Curso de Medicina (BRASIL, 2014):

O graduado em Medicina terá formação geral, humanista,

crítica, reflexiva e ética, com capacidade para atuar nos

diferentes níveis de atenção do processo saúde-doença,

com ações de promoção, prevenção, recuperação e

reabilitação da saúde, nos âmbitos individual e coletivo,

com responsabilidade social e compromisso com a defesa

da cidadania e da dignidade humana, objetivando-se como

promotor da saúde integral do ser humano.

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7 – PRINCÍPIOS DIRECIONADORES DO PROJETO PEDAGÓGICO

(PRESSUPOSTOS)

O Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação

para o Século XXI (Delors, 1996:77) aponta que, “para poder dar resposta ao

conjunto de suas missões, a educação deve organizar-se à volta de quatro

aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum

modo, para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer,

isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder

agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e

cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente, aprender

a ser, via essencial que integra os três precedentes.”

Articulam-se a estas aprendizagens, as significativas transformações e

lutas pela consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), tornando evidente

e fundamental a necessidade de coadunar a formação dos médicos aos

princípios e diretrizes do sistema, na perspectiva de contribuir para melhoria

das condições de saúde da população.

Partindo destas diretrizes, este Projeto Pedagógico assume os seguintes

pressupostos epistemológicos, didático-pedagógicos e metodológicos:

7.1 PRESSUPOSTOS EPISTEMOLÓGICOS

A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão - Como os três

pilares da Universidade, o ensino em seus diferentes níveis, a pesquisa e a

extensão devem ser vistas como indissociáveis e interdependentes. Da mesma

forma que o ensino está presente na formação do pesquisador e nas atividades

extensionistas da Universidade, a pesquisa encontra na extensão e no próprio

ensino, campos fecundos de investigação. Por outro lado, as atividades de

extensão possibilitam novas dimensões do processo formativo da

Universidade, aproximando os estudantes da realidade local e regional da área

de abrangência da Universidade e alimentando os projetos de pesquisa e

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construção de novos conhecimentos.

Saúde e Educação como práticas sociais e históricas: uma postura

crítica frente ao conhecimento passa, necessariamente, pelo esforço de criar

espaços formativos na universidade que tragam o diálogo educação-saúde e

cidadania como eixo fundante, superando o enfoque na doença para a ênfase

no processo saúde-doença e tendo na transformação do modelo de atenção,

na integralidade do cuidado, caminhos para contribuir para a autonomia dos

sujeitos na promoção da saúde. As denúncias, no campo da saúde, sobre a

fragmentação disciplinar, o distanciamento dos conteúdos em relação ao

cotidiano de vida das pessoas, a desvalorização de abordagens no que se

refere à ética, à humanização e ao cuidado, o deslocamento do aluno para a

posição do sujeito que recebe passivamente a informação e a centralidade do

processo pedagógico no professor como fonte única de saber são recorrentes

e intensificam-se frente aos processos de discussão e implementação das

Novas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos Médicos.

Um importante desafio no processo de transformação dos cursos

superiores na área da saúde refere-se à incorporação da concepção ampliada

de saúde e a ênfase na integralidade e no cuidado no processo de formação

profissional, bem como a aprendizagem para o trabalho em equipe

interprofissional e a discussão sobre os condicionantes trazidos pelos planos e

projetos educacionais e assistenciais. Essa ótica de saúde realça o lugar do

sujeito que a constrói nas interações que mantém com os outros, com o mundo

e consigo mesmo. Abandona a contraposição linear de saúde e doença,

reconhece os processos de autoria e de condicionamento histórico-cultural de

práticas de vida. No contexto desta concepção ampliada, têm sido produzidas

propostas de formação que buscam, em diferentes níveis, articular ensino-

serviços-comunidade, formação-controle social, ensino-realidade, ensino-

pesquisa-extensão.

A interdisciplinaridade - O desenvolvimento da tecnologia e da

ciência em vários campos disciplinares articulado com a crescente

complexidade e o avanço significativo com que novas informações são

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produzidas impõe o desafio da integração das disciplinas. Neste contexto,

emerge do conceito de interdisciplinaridade, situada nos anos 1970.

Na diversidade que marca as conceituações e práticas interdisciplinares,

é possível identificar pontos comuns: o sentido de relação, a valorização da

história dos diferentes sujeitos/disciplinas envolvidas, o movimento de

questionamento e dúvida, a busca por caminhos novos na superação de

problemas colocados no cotidiano, a ênfase no trabalho coletivo e na parceria e

o respeito pelas diferenças. É possível, assim, pensar que a

interdisciplinaridade constitui-se em um dos caminhos para que áreas

científicas delimitadas e separadas encontrem-se e produzam novas

possibilidades.

Assumimos que a ênfase interdisciplinar favorece o redimensionamento

das relações entre diferentes conteúdos, contribuindo para que a fragmentação

dos conhecimentos possa ser superada. Integrar também implica pensar em

novas interações no trabalho em equipe multiprofissional, configurando trocas

de experiências e saberes numa postura de respeito à diversidade, cooperação

para efetivar práticas transformadoras, parcerias na construção de projetos e

exercício permanente do diálogo.

Nessa reconstrução, importante frisar o lugar fundamental das disciplinas:

o espaço inter exige a existência de campos específicos que em movimentos

de troca possam estabelecer novos conhecimentos. Assim, a ênfase

interdisciplinar demanda não a diluição das disciplinas, mas o reconhecimento

da interdependência entre áreas rigorosas e cientificamente relevantes.

Aprendizagem colaborativa/interativa e significativa - Práticas

colaborativas/interativas proporcionam aprendizagens diversas e promovem

um maior fluxo de troca de informações. A troca e a partilha de experiências faz

aumentar de forma significativa a quantidade de soluções e ideias, bem como e

a qualidade das atividades realizadas. Freire (1996) aponta que o educando

deve primeiro descobrir-se como um construtor desse mundo em constante

metamorfose, saber relacionar o real e o virtual, pois a cultura precisa ser

redescoberta e reinventada, numa ação dialógica e interativa.

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Portanto, a aprendizagem deve ser significativa, desafiadora,

problematizadora e instigante, a ponto de mobilizar o aluno e o grupo a buscar

soluções possíveis para serem discutidas e concretizadas à luz de referenciais

teóricos e práticos.

A integração ensino-serviços-comunidade: no contexto da concepção

ampliada de saúde e de educação, têm sido produzidas propostas de formação

que buscam, em diferentes níveis, articular ensino-serviço-comunidade,

formação-controle social, ensino-realidade, ensino-pesquisa-extensão. Estas

propostas trazem expectativas de gerar impactos no modo de concretizar as

propostas formativas em saúde, alterando as “rotas” do ensino e da

aprendizagem tradicionais, centradas nos conteúdos biológicos e na

intervenção curativa, trazendo à tona a discussão do aprender como um

processo que integra cognição-afeto-cultura e possibilitando o desenvolvimento

de uma competência profissional vinculada a uma prática de integralidade na

assistência ao indivíduo e à comunidade.

Empreendedorismo - No atual cenário socioeconômico, emerge o

entendimento de que a condução dos cursos de graduação deixem de ser

meros instrumentos de transmissão de conhecimento e informações, para

atuarem de forma positiva para o enfrentamento de desafios do mercado de

trabalho que as rápidas transformações da sociedade apresentam (Parecer

CNE/CES no 776/1997).

Estudos apresentados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT),

do Sistema das Nações Unidas, indicam que dentre as principais

características inesperadas dos diplomados na Educação Superior destaca-se

o “espírito empreendedor”.

De acordo com Filion (1999), o empreendedor é uma pessoa criativa,

marcada pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos e que mantém alto

nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar

oportunidades de negócios.Tomando como princípio norteador o estímulo ao

espírito inventivo, inovador e empreendedor, o ensino superior deve despertar,

influenciar e induzir o aluno a adotar uma postura empreendedora através de

práticas pedagógicas que promovam experiências de mercado relacionadas ao30

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curso que ele está vinculado, enquanto trabalham valores como pró-atividade,

ética, foco em resultado, cooperação e comprometimento.

7.2 - PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa como uma prática acadêmica articuladora do ensino e da

extensão - Diante do processo de avaliação e reestruturação em que se

encontra o ensino superior no Brasil neste momento de implantação das Novas

Diretrizes Curriculares para o Curso de Medicina, onde se espera um perfil de

aluno mais ativo, questionador e construtor de seu próprio conhecimento, a

pesquisa assume papel articulador no processo de formação do profissional.

De acordo com o Fórum de Pró-Reitores de Graduação das

Universidades Brasileiras de 2000, “a pesquisa, compreendida como processo

formador, é elemento constitutivo e fundamental do processo de aprender a

aprender/aprendendo, portanto prevalente nos vários momentos curriculares,

alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo.

A atividade de pesquisa também constitui um elemento aglutinador de

conhecimentos, uma vez que integra alunos de graduação, pós-graduação e

corpo docente, promovendo a interação orientador-aluno de forma a garantir a

transferência do conhecimento em prol da produtividade acadêmica, com total

aproveitamento do potencial humano e físico disponível na Instituição.

No contexto da extensão, a atividade de pesquisa deve implicar-se com

as demandas coletivas e singulares de grupos e pessoas, traduzindo

movimentos de melhoria da assit6encai e dos modos de vida humanos.

Projeta-se uma significativa colaboração e proposição para a qualidade de vida

da população.

A integração entre os diferentes níveis de ensino e pesquisa - A

convivência entre as atividades de graduação e pós-graduação, bem como das

interfaces e interdependências que existem entre estes dois momentos de

ensino é um princípio deste Projeto Pedagógico de Curso (PPC). Reconhece-

se a necessidade de não haja uma monopolização dos interesses docentes e

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dos recursos infra estruturais/fomento em um espaço formativo ou de pesquisa

em detrimento de outros, evitando secundarizar e ou marginalizar,

especialmente, o ensino da graduação.

Dinamicidade do plano pedagógico: construção e reconstrução

permanente - Identifica-se, ainda, a necessidade de que o Projeto Pedagógico

seja objeto de estudo pelo docente e pela Instituição, produzindo-se um

conhecimento sobre sua importância no desenvolvimento do PPC e

construindo alternativas de lidar com as dificuldades e entraves que emergem

em todo o processo transformador.

Para isto, é necessária uma ampliação do conceito de currículo como uma

construção social que se elabora no cotidiano das relações institucionais,

podendo ser analisado como: função social, refletida na relação escola-

sociedade; projeto ou plano educativo; campo prático que permite analisar a

realidade dos processos educativos dotando-os de conteúdo e território de

práticas diversas; espaço de articulação entre a teoria e a prática e objeto de

estudo e investigação.

Mobilidade acadêmica - De acordo com a Portaria no 94/2009 do

Ministério de Educação e Cultura, que institui o "Programa Mobilidade

Acadêmica Brasil - MAB" entende-se por mobilidade acadêmica entre

Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) a possibilidade efetiva de

discentes e docentes vinculados a uma Universidade Federal cursarem (no

caso de discentes) e ministrarem (no caso de docentes) disciplinas em outras

Universidades Federais, bem como, complementarmente, desenvolverem

atividades de pesquisa e de extensão, dentro de um curso equivalente, no qual

terão asseguradas as mesmas condições, direitos e garantias gozadas por um

estudante regularmente matriculado ou por docente em efetivo exercício na

Universidade que os receberá.

Nesta proposta pedagógica, a mobilidade acadêmica será estimulada no

interior da instituição e entre instituições que compartilham este regime

curricular, através de convênios e parcerias com Universidades Federais e

outras IES que ofereçam cursos de Medicina, bem como em instituições

internacionais de ensino e pesquisa que desenvolvam estudos no cmapo da32

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educação médica e da educação na saúde.

Em âmbito internacional, a mobilidade acadêmica de discentes e

docentes será fomentada pela participação em iniciativas do Governo Federal

(CAPES, CNPq) com vistas ao intercâmbio científico entre IES do Brasil e do

exterior, e pela participação do Curso Médico em redes e associações voltadas

ao intercâmbio de informação e conhecimento visando a formação de recursos

humanos de alto nível em programas de graduação e pós-graduação.

Internacionalização - Considerando que o intercâmbio de informação e

experiências, e a multiplicação de iniciativas conjuntas são instrumentos

fundamentais para o progresso contínuo do conhecimento, a

internacionalização universitária visa promover não apenas o desenvolvimento

acadêmico do aluno e do docente, mas também um enriquecimento cultural

que se traduza em ampliações dos referenciais profissionais na perspectiva do

multiculturalismo e da diversidade.

Nesse contexto, importa priorizar o estabelecimento de acordos de

cooperação internacional para atividades de ensino, pesquisa e extensão,

através da concepção e implementação de estratégias de aproximação a

agências internacionais de cooperação acadêmica, representações

diplomáticas e organizações internacionais. Tal aproximação se completa

através da participação do corpo docente e discente em eventos, congressos e

missões no exterior, bem como a partir da promoção e organização de eventos,

simpósios e jornadas internacionais nos níveis de graduação e pós-graduação,

com vistas à formação e integração de redes, associações e programas de

cooperação acadêmica, científica, tecnológica e de responsabilidade social.

Incentivo ao desenvolvimento docente - Pensar em novos papéis para

o docente exige projetar espaços de formação dos professores que sejam

norteados pela valorização da prática cotidiana, privilegiando os saberes que

os professores já construíram sobre o seu trabalho assistencial e educativo e

desenvolvendo possibilidades de refletir sobre a própria prática, identificando

avanços, zonas de dificuldades e nós críticos na relação ensino-aprendizagem,

bem como formulando, em parceria com outros colegas, caminhos de

transformação da docência universitária.33

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Observa-se que, na Universidade brasileira interagem diferentes modelos

de docência: o do pesquisador com total dedicação à universidade e uma

sólida formação científica; o do professor reprodutor do conhecimento e o do

professor que se dedica à atividade acadêmica, mas carece de uma formação

consistente para a produção e socialização do conhecimento.

A institucionalização de práticas de formação docente torna-se, assim,

fundamental. Tomar a própria prática (ação-reflexão-ação) como ponto de

partida para empreender transformações no cotidiano do ensinar e aprender na

Universidade coloca-se como eixo estruturante para o processo de

formação/desenvolvimento docente

3.4.3 - PRESSUPOSTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

A postura ativa do estudante na construção do conhecimento - Parte-

se da premissa de que a aprendizagem implica em redes de saberes e

experiências que são apropriadas e ampliadas pelos estudantes em suas

relações com os diferentes tipos de informações. Aprender é, também, poder

mudar, agregar, consolidar, romper, manter conceitos e comportamentos que

vão sendo (re)construídos nas interações sociais.

A aprendizagem pode ser, assim, entendida como processo de

construção de conhecimento em que o aluno edifica suas relações e

intersecções na interação com os outros alunos, professores, fóruns de

discussão, pesquisadores.

A postura facilitadora e mediadora do docente no processo ensino e

aprendizagem - Entende-se que as transformações sociais exigem um diálogo

com as propostas pedagógicas, onde o professor assume um lugar de

mediador no processo de formação do profissional, estruturando cenários de

aprendizagem que sejam significativos e problematizadores da prática

profissional.

O docente deve desenvolver, nesse enfoque, ações de ensino que

incidem nas dimensões ativas e interativas dos alunos, discutindo e orientando-

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os nos caminhos de busca, escolha e análise das informações, contribuindo

para que sejam desenvolvidos estilos e estratégias de estudo, pesquisa e

socialização do que foi apreendido. Insere-se, ainda, o esforço em propiciar

situações de aprendizagem que sejam mobilizadoras da produção coletiva do

conhecimento.

Assumir diferentes papéis requer um envolvimento com a elaboração do

planejamento, tendo clareza dos objetivos a serem buscados e discutindo a

função social e científica das informações/conteúdos privilegiados. Essa

postura implica, também, na escolha de estratégias metodológicas que

priorizem a participação, interação e construção de conhecimentos. Nesse

cenário, mediar não equivale a abandonar a transmissão das informações, mas

antes construir uma nova relação com o conteúdo/assunto abordado,

reconhecendo que o contexto da informação, a proximidade com o cotidiano, a

aplicação prática, a valorização do que o aluno já sabe, as conexões entre as

diversas disciplinas, ampliam as possibilidades de formar numa perspectiva de

construção do conhecimento.

Diversificação de estratégias de ensino, aprendizagem e avaliação –

O foco na prática significa construir um referencial orientador diferenciado para

as decisões pedagógicas: pensar sobre o que foi realizado representa

interrogar a própria ação, os interesses e expectativas dos alunos e as

condições institucionais e sociais. Neste sentido, a reflexão “jamais é

inteiramente solitária. Ela se apoia em conversas informais, momentos

organizados de profissionalização interativa” (Perrenoud, 1999).

Nesse sentido, insere-se a discussão sobre a prática como estruturante

para o processo de ensino-aprendizagem: no processo de construção de

conhecimento, a prática necessita ser reconhecida como atividade a partir da

qual se identifica, questiona, teoriza e investiga os problemas emergentes no

cotidiano. Se lida com a realidade e dela se retira os elementos que conferirão

significado e direção às aprendizagens.

Estrutura curricular, conteúdos e estratégias de ensino-aprendizagem

alicerçadas na prática, na forma em que esta se dá no contexto real das

profissões, possibilita que o processo de construção do conhecimento ocorra35

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contextualizado ao futuro exercício profissional, reduzindo as dicotomias

teoria/prática e básico/profissional.

Em contraposição a modelos tradicionais, a prática profissional será

exercitada pelo aluno desde o início do curso, atuando como elemento

problematizador para a busca do conhecimento necessário para o exercício

desta prática. Possibilitará assim um reconhecimento, pelo aluno, da

necessidade dos conteúdos escolhidos para compor a estrutura curricular,

especialmente dos cursos de graduação.

A problematização do ensino a partir da prática e da pesquisa - As

metodologias problematizadoras expressam princípios que envolvem assunção

da realidade como ponto de partida e chegada da produção do conhecimento,

procurando entender os conteúdos já sistematizados como referenciais

importantes para a busca de novas relações. Encontra nas formulações de

Paulo Freire um sentido de inserção crítica na realidade para dela retirar os

elementos que conferirão significado e direção às aprendizagens.

As dimensões problematizadoras procuram constituir mudanças

significativas na forma de conceber e concretizar a formação de profissionais,

configurando uma atitude propositiva frente aos desafios contemporâneos.

Assume a construção do conhecimento como traço definidor da apropriação de

informações e explicação da realidade.

A avaliação formativa como feedback do processo - A avaliação deve

subsidiar todo o processo de formação, fundamentando novas decisões,

direcionando os destinos do planejamento e reorientando-o caso esteja se

desviando. Dentro da visão de que aprender é construir o próprio

conhecimento, a avaliação assume dimensões mais abrangentes. Conforme

Luckesi (1998), “o ato de avaliar por sua constituição mesmo, não se destina a

julgamento “definitivo” sobre uma coisa, pessoa ou situação, pois que não é um

ato seletivo. A avaliação se destina ao diagnóstico e, por isso mesmo, à

inclusão, destina-se à melhoria do ciclo de vida”.

Assim, deve ser um mecanismo constante de retroalimentação, visando a

melhoria do processo de construção ativa do conhecimento por parte de

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gestores, professores, alunos, funcionários técnico-administrativos,

profissionais dos serviços de saúde e de equipamentos intersetoriais, bem

como dos usuários.

8 – COMPETÊNCIAS GERAIS E ESPECÍFICAS A SEREMALCANÇADAS

No contexto deste projeto pedagógico, competência é considerada como

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“a capacidade que o indivíduo tem de desempenhar determinada tarefa e para

a qual mobiliza conhecimentos, habilidades e atitudes”, abrangendo “os papéis

que ele será capaz de desempenhar ao final da sua formação e refletem

expectativas além dos objetivos imediatos de cada etapa do Curso de

Medicina”.

Por sua vez, “a aquisição de competências decorre da incorporação, ao

longo do curso, de sólido conhecimento técnico-científico, habilidades e

atitudes, e da capacidade de resolver problemas, atributos que, em conjunto,

conferem ao indivíduo as aptidões necessárias ao exercício da Medicina”.

As competências gerais descritas nas DCN de 2001 deverão ser

desenvolvidas pelos estudantes durante a graduação, compreendendo I -

atenção à saúde (aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção,

proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo, de

forma integrada e contínua com as demais instâncias do sistema de saúde); II -

tomada de decisões visando ao uso apropriado, a eficácia e ao custo-

efetividade da força de trabalho, de medicamentos, de equipamentos, de

procedimentos e de práticas; III - comunicação: os profissionais de saúde

devem ser acessíveis e devem manter a confidencialidade das informações a

eles confiadas, na interação com outros profissionais de saúde e o público em

geral; IV – liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais

de saúde deverão estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo

em vista o bem-estar da comunidade; V - administração e gerenciamento, tanto

da força de trabalho quanto dos recursos físicos e materiais e de informação,

devendo estar aptos a ser empreendedores, gestores, empregadores ou

lideranças na equipe de saúde; e VI - educação permanente, devendo ser

capazes, de aprender continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua

prática.

As DCNs de 2001 apontam também para a necessidade de

desenvolvimento de 24 habilidades específicas que deverão ser consideradas

na formação do médico neste Curso.

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O graduado deverá, assim, desenvolver, durante sua formação, as

competências e habilidades gerais abaixo expressas:

a) a) aplicar os princípios morais e éticos com responsabilidades legais

inerentes à profissão;

b) aplicar, para a tomada de decisão, os aspectos morais, éticos e legais

da profissão;

c) capacidade de lidar com paciente terminal e aplicar princípios de

tratamento paliativo;

d) utilizar linguagem adequada sobre o processo saúde-doença que

permita ao paciente e familiares tomadas de decisões compartilhadas;

e) comunicar-se ética e eficazmente com colegas, instituições, comunidade

e mídia;

f) valorizar a interação com outros profissionais envolvidos nos cuidados

com o paciente, por meio de trabalho em equipe;

g) compreender bases moleculares e celulares dos processos normais e

alterados, estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas aplicados à

prática médica;

h) utilizar os fundamentos da estrutura e funções do corpo humano na

avaliação clínica e complementar;

i) explicar as alterações mais prevalentes do funcionamento mental e do

comportamento humano;

j) avaliar determinantes e fatores de risco relacionados aos agravos da

saúde e sua interação com o ambiente físico e social;

k) aplicar os conhecimentos dos princípios da ação e uso dos

medicamentos;

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l) interpretar dados de anamnese valorizando aspectos econômicos,

sociais e ocupacionais;

m) analisar dados de exame físico geral e especial, incluindo o estado

mental;

n) aplicar os procedimentos diagnósticos, clínicos e complementares, para

definir a natureza do problema; e

o) executar estratégias diagnósticas e terapêuticas apropriadas para

promoção da saúde, utilizando os princípios da Medicina baseada em

evidências.

9 – METODOLOGIAS PRIVILEGIADAS

Durante o curso serão privilegiadas estratégias de aprendizagens

significativas com a utilização de metodologias ativas de ensino e

aprendizagem. A problematização com a possibilidade do estudante vivenciar

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movimentos de aproximação da realidade (ação-reflexão-ação) será sempre

enfatizada.

Outra metodologia ativa a ser usada semanalmente é a discussão de

Casos Motivadores com os estudantes. Para estes, as temáticas deverão ser

organizadas por aparelhos/sistemas, grandes temas e ciclos de vida. Deve ser

uma atividade que inicia a semana, introduzindo temáticas que serao

desenvolvidas no desenrolar das mesmas. São situações clínicas relacionadas

aos objetivos de aprendizagem da semana, que introduzem conceitos e

conhecimentos de semiologia, fisiopatologia e clínica, além de abordar

aspectos psicológicos, sociais, éticos e legais. As discussões serão realizadas

em pequenos grupos. Para cada tema serão realizadas duas discussões.

Na primeira discussão, em rodízio, o Grupo deverá escolher um

coordenador e um secretário entre os alunos. Durante as sessões, o professor

só deve interferir quando os alunos se afastarem dos objetivos propostos ou

chegarem a conclusões erradas sobre um tópico, evitando dar respostas

diretas quanto ao conteúdo e explicações ou aulas; apenas deve auxiliar com

perguntas que redirecionem a discussão, interferindo o mínimo possível.

O Grupo deve ler o caso, discutir seus conhecimentos prévios em relação

ao mesmo e definir os objetivos de aprendizagem a partir das questões

surgidas na discussão, seguindo a lista de objetivos propostos para o

semestre. Nesta discussão, deve-se enfatizar o compartilhamento de

conhecimentos dos estudantes, levantamento de hipóteses, perguntas e

dúvidas quanto a conteúdos passados, presentes e futuros. A definição dos

objetivos deve ser clara, constituindo-se em uma lista de perguntas,

preferencialmente.

A seguir, o Grupo deve organizar a busca de informações, podendo ser

auxiliados pelo professor em relação à bibliografia, laboratórios, outras

maneiras de acessar informações e opinião de especialistas, se for o caso.

Durante a semana, os studantes deverão utilizar horários livres entre as

aulas, além de todo o período final da tarde para a busca de informações. Além

disso, durante as aulas teóricas e práticas deverão buscar as relações com o

41

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Caso Motivador da semana, discutindo suas dúvidas com os professores nas

diferentes áreas do conhecimento.

Na 2ª Discussão, os estudantes deverão expor as informações coletadas

com o objetivo de esclarecer as questões levantadas. Ao final da 2ª Discussão,

deverá ser feita a auto-avaliação de cada um dos membros do Grupo,

especialmente a forma como ocorreu a discussão e a dinâmica do Grupo.

Outra metodologia privilegiada será o treinamento das habilidades

médicas que terá um lugar de destaque nesta proposta curricular. Para este

treinamento um Laboratório de Habilidades se constituirá num cenário a mais

de práticas do cuidar em Medicina tendo em vista o desenvolvimento de

competências. Estas se darão a partir da aquisição de conhecimentos,

habilidades e atitudes próprias para o exercício da profissão.

Para a formação deste profissional, portanto, será necessário que o

processo de ensino aprendizagem crie as oportunidades que permitam aos

discentes vivenciar as situações que os levem a adquirir as necessárias

competências para o exercício do Cuidado. Para a formação do médico, nem

todas as habilidades e atitudes podem ou devem ser treinadas na situação de

vida real, sendo o laboratório um cenário estratégico e valioso no

desenvolvimento das práticas de ensino.

Este laboratório deve permitir aos graduandos experimentar, testar,

repetir, errar e corrigir. Também, deve facilitar o manuseio de todo o

equipamento com liberdade, não sobrecarregando o discente com o estresse e

ansiedade determinados pelas situações reais. Será o primeiro contato do

discente com a técnica, em situação simulada, antes que ele desenvolva os

procedimentos diretamente com o usuário.

Desta forma, ao fazê-lo, o estudante deverá se sentir mais seguro,

facilitando sua aproximação, favorecendo a construção da relação com o

usuário de modo a atendê-lo integralmente, com habilidade, segurança e

tranquilidade. O LH será composto por 10 salas para realização de treinamento

de habilidades com simuladores de menor fidelidade, todas com infraestrutura

de áudio e, uma delas, deve apresentar adicionalmente estrutura de captação

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de vídeo, que permitirá o treinamento de habilidades em comunicação e

treinamentos atitudinais e comportamentais, utilizada principalmente para a

disciplina de habilidades em comunicação. Possuirá também duas salas para

treinamento com simuladores de alta fidelidade com estrutura avançada de

áudio e vídeo com duas salas de “debriefing”. Esta parte do laboratório será

adaptada de forma a possibilitar ambientes versáteis e que possam recriar

ambientes diversos, tais como uma sala de emergência, de terapia intensiva,

uma unidade de internação ou mesmo recriar um ambiente extra-hospitalar.

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10 - COORDENAÇÃO DO CURSO

O Curso de Medicina terá um Coordenador que administrará

acadêmicamente o cotidiano do curso e implementará as resoluções do

Colegiado do Curso. São atribuições do Coordenador:

I - Elaborar, de acordo com o interesse institucional, o quadro de horários do

curso.

II – Presidir o Colegiado do Curso e o Núcleo Docente Estruturante.

III – Acompanhar e avaliar periodicamente o projeto pedagógico do curso,

propiciando condições para o funcionamento adequado dos eixos que

compõem o currículo.

IV – Verificar o cumprimento dos Planos de Ensino, implantando política de

avaliação dos docentes .

V – Promover um Programa de Desenvolvimento Docente contínuo.

VI – Divulgar as atividades programadas e realizadas pelo curso.

VII – Articular-se com as Instancias competentes da Faculdade Campo Real

comprometidas com a administração acadêmica da Instituição.

VIII – Compatibilizar os horários e locais de oferta das disciplinas, respeitando

a conveniência didático-pedagógica, com anuência da Direção do Curso.

IX – Promover e estimular a ocorrência de eventos extracurriculares

relacionados à formação acadêmica dos alunos.

X – Estimular a pesquisa e a extensão no curso.

XI – Encaminhar os processos acadêmico-administrativos ao Colegiado do

Curso para pareceres e deliberações.

XII – Manter atualizados os dados históricos do curso em relação a

alterações curriculares e Plano de Ensino.

XIII – Representar o curso nas instâncias para a qual for designado.

XIV– Identificar as necessidades do curso e promover gestões para seu

Equacionamento.

XV – Promover a divulgação e inscrição dos discentes no Sistema Nacional

de Avaliação (SINAES).

XVI – Zelar pelo cumprimento das disposições legais e regimentais do curso.

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11 – NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE: NDE

O Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso de Graduação em

Medicina da UNILA terá as seguintes atribuições:

I – Discutir, elaborar, modificar e acompanhar a implantação do Projeto

Pedagógico do Curso de Medicina, definindo e adequando (quando necessário)

o perfil do egresso, à luz das Diretrizes Curriculares Nacionais.

II – Promover a articulação e a integração dos conteúdos disciplinares, tanto no

plano horizontal como no vertical.

III – Encaminhar propostas de reestruturação curricular ao Colegiado do Curso

para Aprovação, quando necessário.

IV – Supervisionar, analisar e atualizar constantemente o processo de

avaliação no Curso (tanto do ensino como do processo de ensino-

aprendizagem).

V – Desenvolver ações para os compromissos do Curso com a Comissão

Própria de Avaliação (CPA), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Superior (Sinaes), o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade)

e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI);.

VI - Emitir relatório semestral dirigido ao Colegiado do Curso.

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12 – NÚCLEO DE APOIO AO ESTUDANTE – NAE

Considerando os desafios que se apresentam para a Universidade nos

dias atuais, percebe-se a necessidade do desenvolvimento de ações que se

voltem para um ensino profissional inovador, que vise compreender as

demandas impostas pela realidade da sociedade em constante transformação.

Nesse contexto, o curso contará com um Núcleo de Apoio ao Estudante - NAE,

com o propósito de constituir-se como um espaço de acolhida ao discente

durante o período em que o mesmo realiza o curso, a contar principalmente do

momento do seu ingresso.

O NAE terá como objetivos contribuir para a implementação de uma

política de assistência aos estudantes, voltada para o acolhimento e para as

ações que favoreçam a permanência dos mesmos na vida acadêmica, tendo

em vista uma formação humana e profissional em condições de compreender e

atuar na sociedade.

Pretende-se que este Núcleo se responsabilize por analisar as

demandas discentes e sistematizá-las a partir da política de assistência

estudantil e da política interna da faculdade campo Real; acolher os alunos

ingressantes pelo vestibular ou por transferências viabilizando a sua integração

no espaço acadêmico; desenvolver estratégias individuais e/ou coletivas que

favoreçam o desenvolvimento psicológico, físico, acadêmico e social dos

discentes; executar, acompanhar, problematizar e avaliar os programas de

suporte socioeconômico; desenvolver um programa de acompanhamento de

egressos; promover a saúde e a qualidade de vida dos estudantes do campus,

a partir de ações preventivas e consultas clínicas.

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13 – ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

13.1 - ETAPA PRÉ-INTERNATO

Para atingir o perfil do egresso proposto, em consonância com os

princípios norteadores assumidos, especialmente o caráter integrado e

interdisciplinar, o preparo para o trabalho em equipe na perspectiva da

integralidade no cuidado, a formação de um profissional preparado para a

Atenção Primária à Saúde e um currículo baseado em competências e

habilidades, propõe-se um desenho curricular com 5 (cinco) eixos formativos.

Por eixos formativos entende-se caminhos a serem percorridos pelos

estudantes, organizados em unidades curriculares (módulos, disciplinas,

estágios) condizentes com o objetivo final a ser trilhado. Os cinco eixos devem

convergir para o alcance do perfil delineado para o egresso do curso de

Medicina da UNILA.

Entende-se a necessidade de dinamismo e integração entre os eixos

curriculares, convergindo para o objetivo final do Curso, ou seja, o perfil

delineado para o seu egresso. Por outro lado, eixos devem, no modelo da

pirâmide de Miller, ter um crescimento gradativo do nível de competência,

partindo do ‘saber’ para o ‘fazer’, passando pelas etapas do ‘saber como’ e do

‘demonstrar’.

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Os cinco eixos formativos são:

1– Eixo “Formação médica para o cuidado”

2- Eixo “Desenvolvimento de Habilidades Médicas”

3- Eixo “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do SerHumano”

4- Eixo “Formação crítica e investigativa do Médico”

5- Eixo “Formação Humanística e Cidadã do Médico Latino-Americano”

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13.1.1 – Eixo “Formação Médica para o Cuidado”

O Eixo “Formação Médica para o Cuidado” objetiva a aproximação

progressiva do estudante à prática profissional do médico comprometida com a

integralidade do cuidado, centrada na pessoa, no trabalho em equipe

interprofissional e pautada por princípios éticos, humanísticos e socialmente

comprometidos. Neste sentido, com níveis de complexidade e responsabilidade

crescentes, neste eixo o estudante deve vivenciar, de maneira ativa, atividades

teóricas e práticas voltadas à formação em Atenção Básica à Saúde, à Saúde

Coletiva, ao entendimento do Sistema Único de Saúde como campo

privilegiado de práticas.

Nos oito primeiros semestres do Curso compõem este Eixo:

1. Introdução à Medicina e ao Ensino Médico: contexto histórico, 40h

2. A Medicina no contexto da Atenção à Saúde, 40h

3. Bases do Desenvolvimento Humano, 40h

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4. O ser humano e seu entorno, 40h

5. Acolhimento e Políticas de Segurança do Paciente, 40h

6. Introdução à Saúde Coletiva, 80h

7. Saúde Coletiva II, 80h

8. Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente, 40h

9. Atenção Integral à Saúde da Mulher, 40h

10. Atenção Integral à saúde do Adulto e do Idoso/Idosa, 80h

11. Cuidados Paliativos, 40h

12. Saúde Mental, 40h

13.1.2 - Eixo “Desenvolvimento de Habilidades Médicas”

Neste eixo, o estudante se aproximará e vivenciará as principais

habilidades médicas, em graus crescentes de autonomia e complexidade

crescentes.

Nos oito primeiros semestres, compõem este Eixo as seguintes

unidades curriculares:

1. Suporte Básico de Vida – BLS, 40h

2. A comunicação e a prática Medica, 40h

3. Procedimentos básicos no atendimento em saúde, 40h

4. Habilidades de comunicação na prática do Médico: o conhecimento de Libras, 40h

5. Anamnese nos ciclos de vida, 80h

6. Exame físico normal, 40h

7. Técnicas de Coleta de Exames Subsidiários, 40h

8. Habilidades em Procedimentos Invasivos I, 40h

9. Propedeutica Médica I, 160h

10. Habilidades em Procedimentos Invasivos II, 40h

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11. Propedeutica Médica II, 120h

12.Bases da Clínica Cirúrgica, 80h

13. Administração e Gerenciamento da Prática Médica, 40h

13.1.3 - Eixo “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

Neste eixo, inicialmente o Ser Humano é estudado em sua dimensão

biológica a partir dos sistemas orgânicos e de maneira interdisciplinar (bases

morfofuncionais). A partir do segundo ano do curso, de forma integrada com a

clínica, a patologia e a farmacologia serão discutidas as bases fisiopatológicas

do adoecimento humano, a partir de grandes síndromes. Também serão

discutidos os principais mecanismos de agressão e defesa do ser humano.

Finalmente nos terceiro e quarto anos, as doenças e agravos prevalentes são

discutidos, mesclando-se sistemas orgânicos com ciclos de vida.

Compõem este eixo as seguintes unidades curriculares:

1. Do Átomo à Célula e Da Célula aos Tecidos I, 160h

2. Bases Morfofuncionais do Aparelho Locomotor e Sistema Tegumentar, 80h

3. Bases Morfofuncionais dos Aparelhos Cardiovascular e Respiratório, 120h

4 . Do Átomo à Célula e Da Célula aos Tecidos II, 80h

5 . Bases Morfofuncionais dos Aparelhos Genitourinário e Reprodutor I, 80h

6. Bases Morfofuncionais dos Aparelhos Neurológico e Endocrinológico I, 160h

7. Bases Morfofuncionais dos Aparelhos Neurológico e Endocrinológico II, 80h

8. Mecanismos de Agressão e Defesa I, 80h

9. Bases Fisiopatológicas e Farmacológicas dos Aparelhos Cardio Vascular, Respiratório e Gênito-Urinário, 160h

10. Bases Fisiopatológicas e Farmacológicas do Aparelho Digestório e do Sistema neuro-endócrino, 160h

11. Mecanismos de Agressão e Defesa II, 120h

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12. Medicina Geral da Infância e da Adolescência I, 160h

13. Obstetrícia I, 80h

14. Medicina Geral: doenças infecciosas e parasitárias, 80h

15. Medicina Geral: endocrinopatias e dermatopatias prevalentes, 120h

16. Medicina Geral: doenças e agravos sensoriais prevalentes, 80h

17. Medicina Geral da Infância e da Adolescência II, 80h

18. Ginecologia e Obstetricia II, 80h

19. Medicina Geral: doenças e agravos ósteo-articulares prevalentes, 80h

20. Medicina Geral: doenças e agravos cardio-respiratórios prevalentes, 80h

21. Medicina Geral: doenças e agravos onco-hematológicos prevalentes, 40h

22. Medicina Geral: doenças e agravos neuro-psiquiátricos prevalentes, 160h

23. Gerontologia e Geriatria, 40h

24. Medicina Geral: doenças e agravos digestórios prevalentes, 80h

25. Medicina Geral: doenças e agravos nefro-urológicas prevalentes, 80h

25. Medicina Legal e Deontologia, 40h

13.1.4 - Eixo “Formação critica e Investigativa do Medico”

Este eixo objetiva o desenvolvimento do raciocínio técnico científico na

adequada tomada de decisão embasado em informações científicas e

baseadas em evidências.

Nos primeiros oito semestres do curso, neste eixo serão incorporados o

restante dos conteúdos do núcleo comum direcionado a todos os estudantes

da UNILA (Epistemologia da Ciência, Ética e Ciência)

1 . Seminários Integrativos: a relevância da pesquisa no desenvolvimento da

Medicina, 20h2- Casos Motivadores 1, 20h3. Ciclo Comum: Pensamento Científico, 60h4. Casos Motivadores 2, 20h5. Ciclo Comum: Ética e Ciência, 60h6. Casos Motivadores 3, 20h

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7. O método científico, 80h8. Casos Motivadores 4, 20h9. Bioestatística, 80h10. Casos Motivadores 5, 20h11. Medicina Baseada em Evidências, 40h12. Casos Motivadores 613. Introdução ao TCC: projetos de intervenção, 40h14. Casos motivadores 7, 20h15. Elaboração do projeto de intervenção , 40h16. Casos Motivadores 8, 20h

13.1.5 - Eixo “Formação Humanística e Cidadã do Médico Latino-Americano”

Neste eixo serão desenvolvidos, nos primeiros 3 semestres, parte do

núcleo comum adotado em todos os cursos da UNILA (Fundamentos da

América Latina e Domínio de Espanhol e Português). A partir do quarto

semestre, este eixo continuará com temáticas mais específicas do Curso de

Medicina.

1. Português/Espanhol Adicional Básico, 120h

2. Fundamentos da América Latina I, 60h

3. Português/Espanhol Intermediário I, 120h

4. Fundamentos da América Latina II, 60h

5. Português/Espanhol Intermediário II, 60h

6. Fundamentos da América Latina III, 30h

7. Humanização na Prática Médica e em Saúde , 40h

8. Direitos Humanos e Saúde , 40h

9. Bioética e Cidadania, 40h

10. Seminários Integrativos: A medicina e a Prática Médica nos Países Latino-Americanos e do Caribe I, 40 h

11. Seminários Integrativos: A medicina e a Prática Médica nos Países Latino-Americanos e do Caribe II, 40 h

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14 – APROXIMAÇÃO DA MATRIZ CURRICULAR DA ETAPA PRÉ INTERNATO

COMPONENTE PERÍODO CONTEÚDO

Duração(horas)

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO – Introdução àMedicina e ao Ensino Médico: contexto histórico

1º Semestre História da Medicina. Diversidade dasabordagens médicas. Medicina Ocidental:pré e pós modernidade. MedicinaOriental.. Medicina pós moderna. OEnsino Médico no Brasil: contextualizaçãohistórica.

40

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO – A Medicina no contexto da Atenção à Saúde

1º Semestre Atenção à Saúde no Brasil e no contextolatino- americano. significados econcepções de Saúde, Conceito ampliadode Saúde. Saúde como campo deatuação e cenário de práticas.Integralidade no cuidado. Profissões desaúde e o Trabalho em equipe. Práticascompartilhadas. EducaçãoInterprofissional

40

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO – Suporte Básico de Vida - BLS

1º Semestre Manobras de suporte básico à vida.Suporte básico à vida na criança, onadulto e no idoso. Avaliação depermeabilidade das vias aéreas.Massagem cardíaca externa. Controle desangramentos externos (compressão,curativos). Imobilização provisória detraumatismos.

40

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO – A Comunicação e a práticaMedica

1º Semestre A importância da comunicação noexercício profissional. As interaçõeshumanas. Técnicas de entrevistas.Trabalho em grupo. A comunicação narelação médico-paciente, professor-aluno,entre profissionais.

40

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO: Do Átomo à Célula e da Célula aos Tecidos

1º Semestre Moléculas da vida e reações enzimáticas.Estrutura celular: principais componentese organelas. Integração celular: junçõescelulares, adesão celular e matrizextracelular. Etapas e controle do ciclocelular. Replicação gênica. Transcrição esíntese protéica. Técnicas de biologiamolecular. Metabolismo celular e

160

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produção de energia. Receptores demembrana e os sistemas de transduçãode sinais biológicos. Noções básicas dosfenômenos moleculares para acompreensão dos aspectos fisiológicos epatológicos. Estrutura e função dasprincipais biomoléculas. Proteínas,carbohidratos, lipídios e ácidos nucléicos.

Eixo 3 - “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO Bases Morfofuncionais do Aparelho locomotor e Sistema Tegumentar

1º Semestre Embriologia do sistema muscular eesquelético. As características gerais dostecidos ósseo e muscular. As relaçõesanatômicas do esqueleto e músculos docorpo humano. As estruturas do corpohumano e as correspondentes imagens..As características mecânicas dos ossos edos músculos. Transporte através damembrana. Potencial de membrana e osmecanismos envolvidos no potencial deação. Função das fibras muscularesesqueléticas.

80h

Eixo 4 “Formação críticae Investigativa do Medico”

Seminários Integrativos: a relevância da pesquisa no desenvolvimento da Medicina

Casos Motivadores

1º Semestre Seminários interdisciplinares sobretemáticas atuais de pesquisa em saúde eética em pesquisa.

20

20

Eixo 5 “Formação Humanística e Cidadã doMédico Latino-Americano”

MÓDULO – Referente ao ciclo comum (Fundamentos da América Latina e Estudode Linguas)

1º Semestre Programa elaborado pelo ciclo comum daUnila

180

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO – Bases do Desenvolvimento Humano

2º Semestre Desenvolvimento humano: instâncias dapersonalidade e as fases dodesenvolvimento. Estágios do ciclo vital.Cognição e aprendizagem. Aspectospragmáticos da comunicação. O ciclo devida familiar. Aspectos psico-afetivos de

40

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uma vida saudável.

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO – O ser Humano e seu entorno

2º Semestre Territorialização de riscos em espaçosgeográficos e sociais específicos.Diagnóstico de saúde da comunidade.Intervenção em saúde: na prática desaúde pública, na prática clínica e naprática da pesquisa médica em nívelpopulacional. Conceito de comunidade. Avida comunitária e a teia social.

40

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO – Procedimentos Básicos no atendimento em saúde

2º Semestre Procedimentos Básicos de enfermagemno cuidado ao paciente. Técnicas deadministração de medicamentos:subcutânea, intradérmica, intra-musculare endovenosa. Curativos. Imobilizações,Sinais vitais. Medida da pressão arterial.Primeiros socorros .

40

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO – Habilidades de Comunicação na prática do Médico: o conhecimento de Libras

2º Semestre Conhecimento sobre o histórico e culturados surdos, fundamentados pelos DireitosHumanos. Legislação oficial: Decreto5626 de 22 de dezembro de 2005; Lei nº.10.436 de 24 de abril de 2002.Declaração de Salamanca. Acomunicação na LIBRAS (prática).

40

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO Bases Morfofuncionais do Aparelho Cardiovasculare Respiratório

2º Semestre Embriogênese do aparelho circulatório.Estruturas do sistema circulatório ecorrespondentes imagens. Relaçõesanatômicas do coração e dos vasossanguíneos no corpo humano.Características gerais dos tecidoscardíaco e vascular. Propriedadeseletromecânicas do coração e suarepresentação eletrocardiográfica. O ciclocardíaco. Hemodinâmica. Embriogênesedo sistema respiratório. Os componentesdo sistema respiratório, suascaracterísticas histológicas ecorrespondentes imagens. Fisiologia darespiração. Principais vias de inervação evascularização do sistema respiratório.Relações funcionais entre ventilação eperfusão pulmonar. O processo dahematose e ajustes metabólicos.

120

Eixo 3 - “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

2º Semestre Gametogênese e fertilização humana.Implantação e desenvolvimento do ovo.Formação do embrião humano emalformações congênitas. Placenta emembranas fetais. Desenvolvimento dos

80

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MÓDULO: Do Átomo à Célula e da Célula aos Tecidos II

tecidos e órgãos do corpo humano. Operíodo fetal. Fundamentos damicroscopia ótica. Características geraisdos principais tecidos do corpo humano.Morfofisiologia do sistema hematopoético.Coagulação do sangue. Morfofisiologia dosistema imunológico. O princípio dahomeostase. Células pluripotenciais;células totipotenciais. Células do cordãoumbilical; células-tronco.

Eixo 4 “Formação críticae Investigativa do Médico”

MÓDULO – Pensamento Científico

2º Semestre Programa elaborado pelo ciclo comum daUnila

60

Eixo 5 “Formação Humanística e Cidadã doMédico Latino-Americano”

MÓDULO – Referente ao ciclo comum (Fundamentos da América Latina e Estudode Linguas)

Casos Motivadores

2º Semestre Programa elaborado pelo ciclo comum daUnila

180

20

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO – Acolhimento e Políticas de Segurançado Paciente

3º Semestre Tecnologias para a abordagem afamília/comunidade e Individuo.Conceitos. Objetivos. Resolutividade.Implantação-Matriz de Gerenciamento.Classificação de Risco. Assistência.Encaminhamento Protocolos deAcolhimento nos diferentes ciclos devida / agravos. Satisfação do Usuário

40

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO – Anamnese nos ciclos de vida

3º Semestre Importancia da anamnese. Treinamentoda coleta da historia do paciente.Abordagem do paciente. Relação médico-paciente. Listagem de problemas dopaciente. A Classificação Internacionalde Doenças. O prontuário médico. Osdireitos do paciente. A responsabilidademédica e o sigilo profissional.

80

Eixo 3 “A Dimensão 3º Semestre Embriogênese do sistema gênito-urinário. 80

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biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO Bases Morfofuncionais dos Aparelhos Gênito-Urinário e Reprodutor

Anatomia, histologia e imagens dos rins,bexiga, órgãos reprodutores e genitálias.As relações morfológicas do sistemaurinário e reprodutor, masculino efeminino. Principais vias de inervação evascularização do sistema gênito-urinário.Fisiologia renal. Hormônios sexuaismasculinos e femininos. O ciclomenstrual.

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO Bases Morfofuncionais do Aparelho Neurológico e endocrinológico I

3º Semestre Embriogênese do sistema nervoso.Principais tipos celulares componentes dosistema nervoso. Estruturas anatômicas eorganização do sistema nervoso central eperiférico. Imagens das estruturas.Impulso nervoso. Estrutura e organizaçãodo sistema nervoso autônomo. Sistemassensitivos gerais e especiais da audição eda visão. Metabolismo dos alimentos.Controle hormonal do metabolismonormal e suas alterações. Anatomia ehistologia do sistema endócrino.

160

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO Bases Morfofuncionais do Aparelho Digestório

3º Semestre Embriogênese do tubo digestivo.Histologia dos componentes do sistemadigestório. Estruturas do sistemadigestório e as imagens correspondentes.Principais vias de inervação evascularização do sistema digestório.Secreção gástrica cloridro-péptica.Motilidade gastrointestinal. Digestão eabsorção dos alimentos. Absorção daágua, dos sais, e das vitaminas. Fígado evias biliares.

80

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO: Mecanismos de Agressão e Defesa I

3º Semestre Protozoários, helmintos e artrópodes deinteresse médico - modelos paradescrição de aspectos morfobiológicosdos parasitos e aspectos clínicos eepidemiológicos das parasitoses maisfreqüentes nas diferentes regiõesbrasileiras. Diagnóstico parasitológico dasprincipais patologias.

80

Eixo 4 “Formação críticae Investigativa do Médico”

MÓDULO – Ética e Ciência (Ciclo Comum)

3º Semestre Programa elaborado pelo ciclo comum daUnila

60

Eixo 5 “Formação 3º Semestre Programa elaborado pelo ciclo comum da 90

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Humanística e Cidadã doMédico Latino-Americano”

MÓDULO – Referente ao ciclo comum (Fundamentos da América Latina e Estudode Linguas)

Casos Motivadores

Unila

20

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO – Introdução àSaúde Coletiva

4º Semestre O processo saúde-doença. Evolução daspráticas médicas. Políticas de saúde.Organização dos serviços de saúde. .A reforma sanitária. Sistema Único deSaúde. Diretrizes e objetivos do SUS.Planejamento em saúde. Gerenciamentoem saúde. Sistema de referência econtra-referência. Integração docenteassistencial.

80

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO – Exame físico normal

4º Semestre Manuseio do material básico utilizado noexame do paciente: estetoscópio,esfigmomanômetro, lanterna, termômetro,martelo de reflexos, diapasão, fitamétrica, abaixador de língua,oftalmoscópio e otoscópio. Técnicasbásicas do exame físico: inspeção,mensuração, percurssão, palpação eausculta. Exame físico geral.Somatoscopia, lesões elementares pele.Sinais Vitais. Exames cabeça, pescoço,aparelho respiratórios, sistemacardiovascular, abdome, sistemageniturinário, osteoarticular e neurológico.

40

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO – Técnicas de Coleta de Exames Subsidiários

4º Semestre Exames Laboratoriais / Imagenologia /Traçados gráficos / Para a resoluçäo de85 por cento dos problemas diagnósticosque ocorrem na atenção primária àsaúde, 13 exames complementares säoconsiderados mais importantes e devemestar disponíveis em todo Centro deSaúde: hemograma, leucograma,hemossedimentaçäo, urina (rotina),abreugrafia, exame de escarro(bacteriologia, citologia), exameparasitológico de fezes (Kato-Katz,

40

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Baermann-Moraes), secreção vaginal(bacteriologia, citologia), VDRL, secreçãouretral (Gram), glicemia de jejum,eletrocardiograma convencional,urocultura.

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO Bases Morfofuncionais do Aparelho Neurológico e endocrinológico II

4º Semestre Integração neuroendócrina. Ritmosbiológicos. Regulação da postura elocomoção. Funções corticais superiores.Fisiologia do eixo hipotálamo-hipofisário edas glândulas tireóide, paratireóide,adrenal e pâncreas.

80

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO:

Bases Fisiopatológicas efarmacológicas dos Aparelhos Cardiovascular, Respiratório e Genito-urinário

4º Semestre A elaboração do diagnóstico clínico:anatômico, sistêmico, sindrômico,nosológico e etiológico. Correlação dossintomas e sinais com a fisiopatologia.Conceito de síndrome. Basesfisiopatológicas do aparelhocardiovascular na insuficiência cardíaca,insuficiência venosa e insuficiênciaarterial. Processos patológicos gerais doaparelho cardiovascular. Basesfisiopatológicas do sistema respiratório naDPOC. Processos patológicos gerais dosistema respiratório. Basesfisiopatológicas do aparelho gênito-urinário na hispertensão arterial.Processos patológicos gerais do aparelhogênito urinário. Lesão celular. Reaçãoinflamatória aguda e crônica, as células eos mediadores envolvidos, manifestaçõessistêmicas. Angiogênese e reparação.Alterações do crescimento e dadiferenciação celular. Evolução históricae conceitos básicos da Farmacologia.Identificação dos mecanismosfarmacocinéticos relacionados àabsorção, à distribuição,biotransformação e à excreção dosfármacos (farmacocinética).

160

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO:

Mecanismos de Agressão e Defesa II

4º Semestre Bactérias, fungos e vírus envolvidos naspatologias mais importantes em nossomeio - modelos para descrição deaspectos morfofuncionais epatogenéticos. Relação parasito-hospedeiro: principais mecanismos devirulência e de escape dos agentesbiopatogênicos e a resposta imunológica.

120h

60

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Reações de hipersensibilidade.Diagnóstico microbiológico e imunológicodas principais patologias. As grandesendemias do Brasil.

Eixo 4 “Formação críticae investigativa do médico”

MÓDULO - O Método Científico

Casos motivadores

4º Semestre O trabalho Científico: objetivos e formas;O processo de planejamento da pesquisacientífica; Definição do Problema dePesquisa; Revisão e organização daliteratura; Enfoques quantitativos equalitativos; Elaboração do Projeto dePesquisa; Tipos de Pesquisa e seusDelineamentos: revisão sistemática,levantamento (survey), pesquisacorrelacional, pesquisa causal-comparativa, (ex pos-facto), narrativa(história de vida e história oral). Pesquisado tipo etnográfico, estudo de caso epesquisa-ação.

80

20

Eixo 5: “Formação Humanística e Cidadã doMédico Latino Americano

MÓDULO – Humanizaçãona Prática Médica e em Saúde

4º Semestre Dimensões da Humanização; Avalorização dos diferentes. O processo detrabalho e as relações interprofissionais.A rede assistencial: complementaridadeentre a rede básica e o sistema dereferência; Interação entre equipes e adimensão subjetiva nas práticas deatenção a saúde; Horizontalização edescentralização da saúde.

40

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO – Saúde Coletiva II

5º Semestre Planejamento em saúde. VigilânciaSanitária: infecção hospitalar e saúde dotrabalhador. Vigilância Ambiental: ar,água, dejetos líquidos e sólidos; medidasde controle. Farmacovigilância. ProgramaNacional de Imunização (PNI). Programade Agentes Comunitários de Saúde(PACS). Identificação de gruposvulneráveis em todas as faixas etárias.Acidentes e violência. Principaiselementos da legislação sanitária. Níveisde complexidade eorganização/hierarquização do Sistemade Saúde Brasileiro. Distritos sanitários

80

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de saúde.

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO:

Atenção Integral à Saúde da Criança e do adolescente

5º Semestre Atenção à saúde do recém-nascido;Incentivo e Qualificação doAcompanhamento do Crescimento eDesenvolvimento; Promoção, Proteção eApoio ao Aleitamento Materno;Prevenção de Violências e Promoção daCultura de Paz; Vigilância a mortalidadeinfantil e fetal. Prevenção de acidentes nainfância. Prevenção de maus tratos.Estatuto da Criança e do Adolescente. Aestratégia de atenção integrada àsdoenças prevalentes na infância (AIDPI).Atenção básica à criança comnecessidades especiais. Relacionamentomédico-paciente-família. Assistêncianeonatal. Alojamento conjunto. Recém-nascido normal

40

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO – Habilidades em Procedimentos Invasivos I

5º Semestre Anestesia local; pré, per e pós-operatório;cicatrização; curativos e retirada desuturas; infecção, antibióticos eprevenção de infecção; traumatismossuperficiais; tumores benignos de pele esubcutâneo; tumores malignos de pele esubcutâneo; lesões pré-malignas de pele;úlceras de MMII; queimaduras; corposestranhos; punções; cirurgia da unha;doenças infecciosas e parasitárias nacirurgia ambulatorial; abscessos.

40

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO – PropedêuticaMedica I

5º Semestre Somatoscopia e exame da cabeça e dopescoço: estado geral, estado nutricional,peso, estatura, biotipo, atitude/postura,fácies, nível de consciência, orientação,hálito, hidratação, cianose, icterícia,enchimento capilar, alterações da pele,dos pelos e das unhas, edema, circulaçãocolateral, sinais vitais. Conceitos básicose características semiológicas da dor,febre, edema, perda e ganho de peso,astenia, fraqueza, tonteira, vertigem,síncope, dispnéia, palpitações, anemia,tosse, expectoração, cianose, icterícia,disfagia, anorexia, náuseas, vômitos,regurgitação, pirose, dispepsia, diarréia,constipação, sangramentos respiratórios,digestivos e ginecológicos.

160

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções

5º Semestre Bases fisiopatológicas do aparelhodigestório a partir da úlcera péptica,

160

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prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO - Bases Fisiopatológicas e farmacológicas do Aparelho Digestório e do Sistema Neuroendócrino

insuficiência hepática e carcinomaintestinal. Processos patológicos geraisdo aparelho digestório. Lesão celular.Reação inflamatória aguda e crônica, ascélulas e os mediadores envolvidos,manifestações sistêmicas. Basesfisiopatológicas do sistema neuro-endócrino. Mecanismos gerais de açãodos fármacos (farmacodinâmica).Interação entre fármacos. Interaçõesmedicamentosas. Uso indevido demedicamentos.

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MODULO: Medicina Legal e Deontologia

5 Semestre Aspectos práticos e legais do exercício daprofissão. O Código de Ética Médica.Responsabilidade, direitos e deveres domédico. Conduta em situações críticas:morte, situações de emergência.Comunicação a pacientes e a familiaresde más notícias e perdas. Prescrição demedicamentos, atestados e licenças.Relação médico-paciente: Aspectoséticos e direitos dos pacientes crônicos,terminais, com neoplasias. Aspectoséticos e legais nos transplantes. Omédico e a saúde pública: doenças denotificação compulsória. A morte e osfenômenos cadavéricos; procedimentospara determinação das causasdeterminantes de morte. O diagnóstico demorte encefálica. Legislação. Eutanásia.Problemas médico-legais relativos àidentidade, à traumatologia, à tanatologia,à infortunística, à sexologia, aomatrimônio. Investigação de paternidade.Estatuto da Criança e do Adolescente.

40

Eixo 4 “Formação críticae investigativa do médico”

MÓDULO:

Bioestatística

5º Semestre Estatística e pesquisa científica. Técnicasde amostragem. Natureza e níveis demensuração das variáveis. Apresentaçãotabular e gráfica de dados para variáveiscategóricas e numéricas. Medidas detendência central e de variabilidade.Variáveis categóricas e numéricas:proporção, média, mediana, moda.Variância e desvio padrão. Intervalo deConfiança para proporções e paramédias. Medidas de Associação. Medidasde Correlação. Regressão Linear. Análisede variância.

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Casos Motivadores 20

Eixo 5 “Formação Humanística e Cidadã doMédico Latino-Americano”

MÓDULO: Direitos Humanos e Saúde

5º Semestre Direitos Humanos: concepções etrajetórias históricas. Direitos, diversidadee igualdade.Políticas Públicas e DiretitosHumanos. Saúde como Direito.

40

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO:

Atenção Integral à saúde da Mulher

6º Semestre Atenção clínico-ginecológica, inclusivepara as portadoras da infecção pelo HIV eoutras DST; Implantação eimplementação da assistência emplanejamento familiar; Promoção àatenção obstétrica e neonatal, qualificadae humanizada, incluindo a assistência aoabortamento em condições inseguras,para mulheres e adolescentes; Promoçãoa atenção às mulheres e adolescentesem situação de violência doméstica esexual; Promoção, prevenção e controledas doenças sexualmente transmissíveise da infecção pelo HIV/aids na populaçãofeminina; Redução da morbimortalidadepor câncer na população feminina;Implantação e implementação da atençãoà saúde da mulher no climatério;

40

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO – Atenção Integral à Saúde do Adulto e do Idoso/Idosa

6º Semestre Melhoria das condições de saúde dapopulação masculina; redução damorbimortalidade; enfrentamento racionaldos fatores de risco; facilitação do acessoàs ações e serviços de atenção integral àsaúde; implantação e implementação daassistência à saúde sexual e reprodutiva;ampliação do acesso dos homens àsinformações sobre medidas preventivascontra agravos e enfermidades.

Promoção do Envelhecimento Ativo eSaudável; Atenção Integral e Integrada àSaúde da Pessoa Idosa; Estímulo àsAções Intersetoriais, visando àIntegralidade da Atenção; Provimento deRecursos Capazes de AssegurarQualidade da Atenção à Saúde daPessoa Idosa; Estímulo à Participação eFortalecimento do Controle Social;

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Política Nacional de Saúde da PessoaIdosa. Promoção de CooperaçãoNacional e Internacional das Experiênciasna Atenção à Saúde da Pessoa Idosa.

Eixo 2 – DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES MÉDICAS

MÓDULO

HABILIDADES NOS PROCEDIMENTOS INVASIVO II

6º Semestre Acesso venoso central, gasometria,intubação orotraqueal, toque retal, toquevaginal, punção lombar, debridamento,cantoplastia

40

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO

Propedêutica Medica

6º Semestre Exame do aparelho respiratório:consolidação pulmonar, atelectasia,hiperinsuflação pulmonar, pneumopatiaintersticial, difusa, derrame pleural epneumotórax. Exame do aparelhocardiovascular: estenoses einsuficiências das válvulas mitral, aórtica,tricúspide e pulmonar, prolapso mitral,CIA, CIV, PCA, alterações de pulsos epressão arterial, síndrome hipercinética ede baixo débito cardíaco, insuficiênciacardíaca, cardiopatia isquêmica epericardiopatias. Exame do abdome:aumento do volume e tumoraçõesabdominais, pneumoperitônio,hepatomegalia, hipertensão porta,insuficiência hepática,esplenomegalia,ascite, abdome agudo clínico e cirúrgico esuas principais causas, obstruçãointestinal e hérnias de parede abdominal,alterações genitourinárias. Exameneurológico: síndromes do primeironeurônio motor, segundo neurônio motor,cerebelar, meníngea, hipertensãointracraniana, síndromes extrapiramidais,síndromes medulares, lesões dos parescranianos, cefaléia, neuropatiasperiféricas e coma. Exame osteoarticular:artrites e sua classificação, periartrites,alterações da coluna vertebral,compressão radicular, miopatias efibromialgia.

120

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

6º Semestre Conduta diagnóstica e terapêutica nasafecções mais prevalentes nas diferentesfases da infância e da adolescência.Distúrbios nutricionais da criança e doadolescente: desnutrição proteico-

160

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MÓDULO – Medicina Geral da Infância e da Adolescência !

energética; obesidade; dislipidemias;erros alimentares; distúrbios alimentares,carências nutricionais específicas;.Recém-nascido de baixo peso; .Infecções neonatais, otites; Doençasexantemáticas. Períodos críticos dodesenvolvimento: puberdade, climatério esenilitude.. Conduta diagnóstica eterapêutica nas afecções mais comuns.

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO – Obstetrícia I

6º Semestre Partograma. Analgesia obstétrica.Mecanismo e assistência do trabalho departo normal e distócico. Amniorrexeprematura. Parto cirúrgico: indicações,assistência e cuidados. Puerpério normale anormal: hemorragias e sangramentos,depressão pós-parto. Prenhez ectópica.Dequitação placentária. Abortamento.Infecções maternas na gestação.Crescimento e desenvolvimento fetal.Vitalidade e viabilidade fetal:monitorização fetal. Prematuridade.Condição fetal não tranquilizadora.Isoimunização do sistema Rh e ABO.Recepção neonatal: ressuscitação,avaliação neonatal - prevenção, profilaxiae cuidados.

80

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO –

Medicina Geral: DoençasInfecciosas e Parasitárias

6º Semestre Doenças infecciosas prevalentes.Doenças virais: AIDS, citomegalovirose,mononucleose infecciosa, caxumba,hepatites, dengue, poliomielite, raiva,meningoencefalites. Doençasbacterianas: cólera, coqueluche, difteria,salmoneloses, tuberculose, hanseníase,estreptococcias e estafilococcias, peste,tétano, meningites e doençameningocócica. Doenças causadas porespiroquetídeos: leptospirose e sífilis.Doenças causadas por fungos: micosessuperficiais, cutâneas, subcutâneas,sistêmicas e oportunistas. Doençascausadas por parasitos: malária, doençade Chagas, leishmanioses visceral etegumentar, toxoplasmose e parasitosesoportunistas. Protozoozes intestinais ehelmintoses. Prevenção das doençasinfecciosas e parasitárias.

80

Eixo 4 “Formação críticae investigativa do médico”

6º Semestre Medicina Baseada em Evidências.Conceitos gerais e aplicabilidade.Pesquisa em sites da internet. Revisão

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MÓDULO - Medicina baseada em evidências

Casos Motivadores

sistemática da literatura. Avaliação críticada literatura.

20

Eixo 5 “Formação Humanística e Cidadã doMédico Latino-Americano”

MÓDULO - Bioética e Cidadania

6º Semestre Principios da bioética: beneficiencia, nãomaleficiencia, justiça e sigilo. Asqualidades do médico e seu compromissocom a vida. A posição da Bioética comoconstrutora de cidadania. A Bioética comobalizadora da legitimidade profissional naárea da Saúde. A relação médico-paciente pelo prisma da Bioética. Bioéticae pesquisa, em humanos e em animais.Bioética na fertilização e reproduçãoassistida. Bioética e transplantes. Bioéticae novas fronteiras do conhecimento:técnicas de clonagem, terapias comcélulas-tronco. Bioética e clínica (estudode casos).

40

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO – Atenção integral à Saúde Mental

7º Semestre O normal e o patológico. As funçõespsíquicas elementares: consciência,atenção, orientação, senso-percepção,memória, afetividade, vontade,psicomotricidade, pensamento, juízo darealidade, linguagem, personalidade einteligência. As grandes síndromespsiquiátricas: ansiosas, depressivas emaníacas, psicóticas, volitivomotoras,relacionadas ao uso de substânciaspsicoativas, Psicorgânicas e relacionadasao desenvolvimento da personalidade. Aavaliação psiquiátrica. O diagnósticopsiquiátrico.

40

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO –

7º Semestre Conduta diagnóstica e terapêutica nasafecções mais prevalentes Respostaendócrino-metabólica ao trauma cirúrgico;preparo do paciente para o ato cirúrgico;equilíbrio hidro-eletrolítico; princípios deassistência respiratória; fundamentos de

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Bases da Clínica Cirúrgica

anestesia geral; generalidades de pré epós-operatório; princípios do cuidado prée pós-operatório em situações especiais;complicações pós-operatórias; infecçõese antibióticos em cirurgia; profilaxia dotromboembolismo venoso; princípios deonco-hematologia; tumores do aparelhodigestivo; abordagem do paciente ictérico;hipertensão portal; hemorragia digestivaalta; hemorragia digestiva baixa; nutriçãoem cirurgia.

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO -

Medicina Geral: Endocrinopatias e Dermatopatias

7º Semestre Conduta diagnóstica e terapêutica nasendocrinopatias mais freqüentes:doenças hipofisárias, da tireóide eparatireóides, do pâncreas endócrino eadrenais. Diabetes mellitus. Obesidade.Implicações clínicas do metabolismoanormal das lipoproteínas. Distúrbios dometabolismo da água e doseletrólitos Lesões elementares emDermatologia. Conduta diagnóstica eterapêutica nas afecções mais comuns.Dermatoses do âmbito da DermatologiaSanitária: hanseníase, leishmaniosetegumentar americana, câncer de pele,doenças sexualmente transmissíveis.Doenças dermatológicas alérgicas.Farmacodermias. Dermatosesprofissionais. Diagnóstico histopatológicoe microbiológico. O impacto dasdermatopatias sobre o paciente e afamília.

120

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO -

Medicina Geral: Doençase Agravos Sensoriais Prevalentes

7º Semestre Doenças infecciosas agudas e crônicasdo ouvido nariz e garganta. Deficiênciasauditivas congênitas e adquiridas.Doenças obstrutivas da vias aéreassuperiores. Disfonias e doenças daspregas vocais. Doenças alérgicas.Abordagem ao paciente e exame clínico.Prevenção das doenças oculares e dacegueira. Doenças da córnea, trato uveal,retina e cristalino. Fundo de olho nahipertensão arterial, na arteriosclerose, nodiabetes, na gravidez e nas doençasrenais. Doenças das pálpebras e doaparelho lacrimal. Ametropias e correçõesda refração. Estrabismos. Transplante decórnea. Traumas ouvido, nariz, garganta.

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Traumatismos oftalmológicos

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO –

Medicina Geral da Infância e da Adolescência II

7º Semestre Prematuridade e seus riscos. Triagemneonatal. Icterícia neonatal. Distúrbiosrespiratórios do recém-nascido. Infecçõesperinatais. Manuseio das patologiasneonatais de alta prevalência. Infecçõescongênitas. Intoxicações exógenas:prevenção e atendimento inicial. Doençasprevalentes do aparelho respiratório:asma; infecções respiratórias; afecçõescongênitas. Métodos de diagnóstico emGinecologia. Distúrbios menstruais.esterilidade feminina e masculina,esterilização feminina e masculina.Infecções genitais. Doenças sexualmentetransmissíveis. HIV/AIDS, sífilis,hepatites, cancróide, condilomas,gonorréia herpes, Chlamydia, vaginosebacteriana, molusco contagioso,pediculose, escabiose. Afecçõesendócrinas (diabetes mellitus,tireoidopatia, afecção adrenais),hirsutismo, acne, alopecia.

80

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO –

-Ginecologia e Obstetrícia II

7º Semestre Doenças da vulva e vagina. Sexologia.Distúrbios sexuais nas diferentes fases davida da mulher. Estados intersexuais.Puberdade normal e anormal.Adolescência: saúde da adolescente.Doenças sistêmicas: sexualidade ereprodução. Bases técnicas das cirurgiasginecológicas mais frequentes. Cuidadospré e pós-operatórios. Gestação naadolescência. Gestação prolongada.Amniorrexe prematura. Parto cirúrgico:indicações, assistência e cuidados.Puerpério anormal: hemorragias esangramentos, depressão pós-parto.Prenhez ectópica. Dequitação placentária. Abortamento. Infecções maternas nagestação. Endometriose

80

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO –

7º Semestre Manifestações comuns das doençasnefrológicas e urológicas. Avaliação dopaciente com doença nefrológica ouurológica. Glomerulopatias primárias esecundárias. Insuficiência renal aguda.Insuficiência renal crônica. Hipertensãoarterial. Litíase urinária. Infecção urinária.

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Medicina Geral: Doençase Agravos Nefro-urológicos Prevalentes

Câncer de rim, de testículo e de pênis.Tumores uroteliais. Urologia feminina.Infertilidade masculina. Disfunção erétil.Bexiga neurogênica. Trauma urogenital.Métodos diagnósticos: laboratoriais, porimagem e endoscópicos. Doença renal nagravidez. Transplante renal. Hiperplasiaprostática benigna. Prostatite. Câncer depróstata. Câncer de rim. Métodosdialíticos. Prevenção das doençasnefrológicas e urológicas.

Eixo 4 “Formação críticae investigativa do médico”

MÓDULO - Introdução TCC – Projeto de Intervenção

Casos Motivadores

7º Semestre TCC: significados na formação domédico. Possibilidades de trabalho.Monografia. Projetos de Pesquisa.Planejamento das atividades.Cronograma.

40

20

Eixo 5 “Formação Humanística e Cidadã doMédico Latino-Americano”

MÓDULO: Seminários Integrativos: A Medicinae a Prática Médica nos Países Latino-Americanos e do Caribe I

7º Semestre Saúde e Cuidado: demandas e dilemasno contexto latino-americano. A práticamédica e os desafios dainterprofissionalidade e intersetorialidadenos diferentes contextos latinoamericanos.

40

Eixo 1 – Formação Médica para o Cuidado

MÓDULO –

Cuidados Paliativos

8º Semestre O impacto do envelhecimento e aperspectiva da morte. Relação médico-paciente-cuidador. Aspectos éticos emgeriatria

40

Eixo 2 – Desenvolvimento de Habilidades Médicas

MÓDULO - Administração e Gerenciamento Prática Médica -

8º Semestre Governança das redes de atenção;planejamento, monitoramento eavaliação; judicialização da saúde;participação e controle social.

40

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções

8 Semestre Conceitos e aspectos epidemiológicos doenvelhecimento. O processo do

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prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO –

Gerontologia e Geriatria

envelhecimento e alterações fisiológicas.Princípios da prática geriátrica - processosaúde doença. Grandes síndromesgeriátricas: distúrbios mentais,incontinências e traumatismos (quedas).Doenças degenerativas do sistemanervoso central: Alzheimer, demências,doença de Parkinson. Aspectosfarmacológicos e psicológicos. Interaçõesmedicamentosas. Interpretação deexames complementares. Emergênciasno idoso. Intoxicações medicamentosas erisco de iatrogenia no idoso. Reabilitaçãogeriátrica e promoção da saúde.

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO –

Medicina Geral: Doençase Agravos Osteoarticulares Prevalentes

8º Semestre Lesões osteoarticulares e epifisárias.Politraumatismo. Fraturas e luxações.Deformidades congênitas e adquiridas.Lesões de esforço repetitivo. Infecçõesósteo-articulares, tuberculose,osteomielite, artrite séptica. Tumoresósseos. Diagnóstico por imagem.Abordagem do paciente com queixasreumáticas. Laboratório nas doençasreumáticas. Síndromes dolorosas dacoluna. Reumatismo de partes moles:bursite, tendinite, fibromialgia, síndromescompressivas. Osteoartroses eosteoartrites. Osteoporose. Doenças docolágeno: LES, artrite reumatóide,esclerose sistêmica, dermatopolimiosite.Espondilite anquilosante, artrite reativa,artrite psoriática. Gota. Condrocalcinose.Artrite infecciosa. Artrites crônicas dainfância. Prevenção das doençasreumáticas.

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Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO –

Medicina Geral: Doençase Agravos Cardiorespiratórios Prevalentes

8º Semestre Conduta diagnóstica e terapêutica nasafecções mais comuns. Insuficiênciacoronariana aguda. Insuficiência cardíacacongestiva. Cardiopatia isquêmica,hipertensiva, reumática, chagásica,alcoólica, miocardiopatia. Endocarditeinfecciosa. Arritmias cardíacas.Pericardite aguda, pericardite constritiva,tamponamento cardíaco. Cardiopatiascongênitas comuns: comunicaçãointeratrial, interventricular, persistência docanal arterial, tetralogia de Fallot.Hipertensão arterial e suas complicações.Métodos diagnósticos em cardiologia -ECG, ecodopplercardiograma, teste

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ergométrico, holter, MAPA, cintilografiamiocárdica, cineangiocoronariografia.Prevenção das doenças cardiovascularese melhoria da qualidade de vida.Diagnóstico e conduta terapêutica nasdoenças pulmonares prevalentes:pneumonias, doença pulmonar obstrutiva,tuberculose, câncer, abscesso,bronquiectasia. Derrame pleural.Insuficiência respiratória crônica.Doenças do mediastino. Métodosdiagnósticos em Pneumologia.

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO –

Medicina Geral: Doençase Agravos Onco-Hematológicas Prevalentes

8º Semestre Epidemiologia do câncer no Brasil e nomundo. Princípios da biologia molecularaplicados à oncologia. Prevenção edetecção precoce do câncer.Oncogênese, genes supressores ecitogenética do câncer. Classificação dostumores e aspectos básicos da condutaterapêutica. Manifestações comuns dasdoenças hematológicas: anemia,hemorragia, linfadenopatias, dor óssea,massa abdominal palpável. Doençashematológicas comuns: anemias,leucemias, linfomas malignos, síndromesmielodisplásicas. Distúrbiosmieloproliferativos não leucêmicos.Hemostasia e distúrbios hemorrágicos:vasculares e plaquetários. Distúrbios dacoagulação. Trombofilias. Mieloma edoenças relacionadas. Hemoterapia edoação de sangue. Transplante demedula óssea. Prevenção dasenfermidades hematológicas.

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Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO –

Medicina Geral: Doençase Agravos Neuropsiquiátricas Prevalentes

8º Semestre Principais síndromes neurológicas.Diagnóstico e conduta inicial nas doençasneurológicas prevalentes. Estadosconfusionais agudos. Síndrome dehipertensão intracraniana e edemacerebral. Comas. Morte cerebral e suasimplicações legais e éticas. Epilepsias esíncope. Cefaléias. Demências eamnésias. Lesões focais do cérebro.Distúrbios do movimento. Síndromescerebelares e ataxias. Doenças damedula espinhal, das raízes, plexos enervos periféricos. Doenças dosmúsculos e da junção neuromuscular.Doença vascular cerebral. Tumores.Doenças desmielinizantes. Lesões

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traumáticas. Hidrocefalia. Alcoolismo esuas manifestações neurológicas.Neuropatias periféricas. Métodosdiagnósticos em Neurologia.Neurobiologia das doenças mentais.Diagnóstico e classificação dasenfermidades psiquiátricas. Transtornosdo humor. Esquizofrenia. Transtornos deansiedade e alimentares. Transtornossomatoformes. Transtornos dapersonalidade. Manejo clínico ePsicofarmacologia dos transtornosmentais. Abordagens psicossociais.Dependência química. Emergênciaspsiquiátricas. Psiquiatria em populaçõesespeciais: criança, gestante e idoso.

Eixo 3 “A Dimensão biológica e as afecções prevalentes do Ser Humano”

MÓDULO –

Medicina Geral: Doençase Agravos Digestórios Prevalentes

Refluxo gastroesofágico e hérnia hiatal,neoplasia. Dispepsia, gastrite, doençapéptica, neoplasia. Doenças intestinaisinflamatórias, síndrome desabsortiva,diarréia aguda e crônica, neoplasia. Opaciente colostomizado. Colecistite,litíase biliar, neoplasia. Pancreatite agudae crônica, tumores. Hipertensãoportal,cirrose, hepatites, tumores.Hemorragia digestiva alta e baixa.Doenças psicossomáticas do sistemadigestório. Métodos complementares dediagnóstico em Gastroenterologia.Prevenção das doenças do aparelhodigestório.

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Eixo 4 “Formação críticae investigativa do médico”

MÓDULO - Elaboração Projeto de Intervenção II

Casos Motivadores

8º Semestre TCC: significados na formação domédico. Possibilidades de trabalho.Monografia. Projetos de Pesquisa.Planejamento das atividades.Cronograma

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20

Eixo 5 “Formação Humanística e Cidadã doMédico Latino-Americano”

MÓDULO: Seminários Integrativos: A Medicinae a Prática Médica nos Países Latino-

8º Semestre Políticas públicas e prática médica: astensões das lutas e conquistas de direitosna America Latina e Caribe. A práticamédica, as políticas deinternacionalização e formação naperspectiva da integração latinoamericana e do Caribe.

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Americanos e do Caribe II

5270h

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15 – ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO (INTERNATO)

Do nono ao décimo segundo semestres do Curso de Graduação em

Medicina, os alunos passam pelo Estágio Curricular Obrigatório (ECO)

considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais de Graduação do Curso de

Medicina (Resolução 4/2001) e em processo final de adequação, face às novas

DCNs.

Neste sentido, o Internato deve ser realizado em serviços próprios,

conveniados ou em regime de parcerias estabelecidas por meio de Contrato

Organizativo da Ação Pública Ensino-Saúde com as Secretarias Municipais e

Estaduais de Saúde, conforme previsto no art. 12 da Lei n.o 12.871, de 22 de

outubro de 2013”, com supervisão de docentes da IES.vO Contrato

Organizativo já foi estabelecido entre a UNILA e a Prefeitura Municipal de Foz

de Iguaçu, intermediado pela Secretaria Municipal de Saúde.

A carga horária proposta para o Internato do Curso de Medicina da

UNILA é de 42,3% da carga horária total do Curso (equivalente a 3.872 horas).

No cômputo desta carga horária total foi considerado o limite de 44 horas

semanais de atividades, aí incluidos os plantões.

Também está planejado 30% desta carga horária no treinamento em

Atenção Básica à saúde e Urgências e Emergências, priorizando o estágio

curricular obrigatório na área da Medicina Geral de Família e Comunidade.

Em regime de rodízio, os 70% (setenta por cento) da carga horária

restante do internato consta de treinamentoi em serviço nas áreas de Clínica

Médica, Cirurgia, Ginecologia- Obstetrícia, Pediatria, Saúde Coletiva, Saúde

Mental e estágio eletivo, respeitando o limite máximo de 20% (vinte por cento)

do total por estágio em atividades predominantemente teóricas. Também será

respeitado o limite de 25% da carga horária dos 70% referidos anteriormente

nos estágios eletivos ou tambem os que possam ocorrer fora da sede.

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A problematização é a metodologia utilizada, inclusive na definição

dos conteúdos teóricos a serem trabalhado com os estudantes.

A matrícula do aluno no Internato só poderá ser efetuada após a

integralização de todas as atividades curriculares do primeiro ao oitavo

semestre, de acordo com o currículo proposto.

O Internato será realizado nas dependências das Unidades da rede

básica de saúde e Hospitais (Municipal e Conveniados), conforme descrito no

tópico relacionado com a estrutura dos Serviços de Saúde de Foz do Iguaçu. O

detalalhmento dos rodízios do Internato estão em fase avançada de conclusão,

assim como seu Regimento.

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16 – ARTICULAÇÃO DO ENSINO COM A PESQUISA E A EXTENSÃO

O curso de medicina deve estar integrado com os demais cursos da área

da Saúde bem como os de áreas afins da UNILA e com os serviços de saúde

nos diversos níveis de atenção e esferas governamentais e, principalmente, o

estimulo continuo da participação social nesse processo, constituindo-se em

um ato balizador para a formação de excelência médica voltada às

necessidades reais centradas nas pessoas e comunidades, na lógica do SUS.

16.1 – Articulação com a Residência Médica

Os Programas de Residência médica já implantados no Hospital

Mumicipal deverão estar integrados longitudinalmente com o curso de

graduação, possibilitando um processo de ensino e aprendizagem

compartilhado, respeitando os respctivos graus de autonomia dos residentes e

dos alunos da graduação.

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17. NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO DOCENTE

A Implementação do Curso de Medicina na UNILA demanda uma série

de atividades complementares que vão da adequação de uma infra-estrutura

física, material e pedagógica ao desencolvimento contínuo de seu corpo

docente e técnico administrativo. O investimento no desenvolvimento docente

como uma política institucional deve constituir uma opção acadêmica e um

modo de trabalhar no Curso de Medicina da UNILA

Encontros, reuniões, discussões teóricas sobre currículo e sobre a

avaliação deverão ser desenvolvidas, em meio a todos os processos de

implantação de um Curso que também deve se constituir em potentes espaços

de formação e aprendizagem sobre docência universitária em medicina.

O desenvolvimento docente no Curso compõe um conjunto de práticas

interdisciplinares em construção, demandando avaliação crítica das

experiências, redimensionamento das propostas, incorporação de novas

dinâmicas de trabalho e fundamentalmente, a participação dos professores nos

momentos coletivos de estudo.

Numa primeira fase, o Programa de Desenvolvimento Docente toma

uma importância fundamental, considerando apossibilidade de detalahamento

do projeto pedagógico proposto, bem como de seus princípios direcionadores.

17.1 OBJETIVOS INICIAIS (etapa que antecederá o início do Curso)

Inserir os novos docentes na UNILA, particularmente no Curso de

Medicina

Envolver os professores na elaboração do detalhamento do Projeto

Pedagógico do Curso, particularmente em relação aos eixos e módulos

para o ano de 2014/2015.

Implementar um processo de desenvolvimento docente, a partir de

discussões das práticas dos professores envolvidos no Curso, com ênfase

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nos princípios que orientam o Projeto Pedagógico do Curso de Medicina da

UNILA

O Programa envolverá:

Encontros quinzenais com o Núcleo de Desenvolvimento Docente

Momentos presenciais de trabalho em pequenos grupos

Momentos de discussões à distância

Nesse sentido, estão previstos 2 encontros presenciais por mês com o

Núcleo de Desenvolvimento Docente privilegiando-se oficinas de trabalho,

planejamento participativo, leitura/ discussão de textos e socialização dos

trabalhos realizados pelos grupos.

No âmbito dos momentos em pequenos grupos, projeta-se o detalhamento

da Proposta Curricular dos eixos, módulos e Casos Motivadores do 1º ano do

Curso, bem como o delineamento do desenho curricular dos anos

subseqüentes.

Assim, espera-se que ao final desta primeira fase do Desenvolvimento

Docente:

Detalhamento do Projeto Pedagógico Institucional do Curso de Medicina

da UNILA

Planejamento detalahado de cada módulo, eixo e Casos motivadores do

primero semestre do Curso, feito pelos próprios professores, mediado

pelo Núcleo Docente Estruturante

Formação docente para o início das atividades curriculares

É importante destacar a implementação, no mês de março de 2014, de

um Curso de Especialização em Educação Médica, oferecido pela UNILA,

como um movimento concreto de formação de docentes e preceptores para o

desenvolvimento de uma graduação crítica, reflexiva, trasnformadora e

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comprometida com as demandas e necessidades da população da América

Latina e do Caribe.

A procura pelo curso foi bastante expressiva (120 candidatos para 25

vagas), o que evidencia o interesse da comunidade pelas oportunidades de

formação e inserção neste momento histórico de criação e implantação do

Curso de Medicina da UNILA.

17.2. CONTINUIDADE E SUSTENTABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO

DOCENTE

O Programa de Desenvolvimento Docente continuará suas atividades

com momentos presenciais quinzenais envolvendo todos os professores do

Curso , assumindo os seguintes objetivos:

Configurar espaços interdisciplinares de estudo e aprofundamento

teórico-metodológico sobre temáticas significativas no cotidiano

acadêmico dos professores da universidade

Refletir, a partir dos saberes docentes, sobre possibilidades e nós

críticos que estão presentes no processo ensino-aprendizagem,

construindo alternativas coletivas e significativas para o grupo.

Contribuir para a consolidação do Projeto Pedagógico do Curso,

investindo na formação docente como um processo intencional,

permanente, crítico e dialógico.

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18 - POLÍTICA DE AVALIAÇÃO (EM CONSTRUÇÃO)

18.1 - Avaliação da Aprendizagem

Neste projeto pedagógico, entendemos que a avaliação necessita ser

concebida num modelo de oposição do ''transmitir-verificar-registrar'', mas sim

como uma ação reflexiva e desafiadora do educador com vista a contribuir,

favorecendo troca de ideias entre e com seus alunos, a partir da compreensão

dos fenômenos estudados.

Concordamos, assim com Luckesi (1990), ao relacionar a avaliação com

um “instrumento de verificação dos resultados que estão sendo obtidos, assim

como

para fundamentar decisões que devem ser tomadas em função dos

resultados”.

Neste mesmo sentido, entendemos que o ideal é uma perspectiva

mediadora da avaliação, comprometida com o desenvolvimento do estudante

de medicina.

Para atingir estes pressupostos, o uso da avaliação formativa deve ser

priorizada, permitindo momentos para os estudantes expressarem suas ideias

e retomarem dificuldades diagnosticadas. Assim a avaliação estará

contribuindo para o aprimoramento da própria aprendizagem.

A frequência e o aproveitamento do estudante durante o período letivo

devem ser critérios a serem observados e previstos nos planos de ensino das

unidades curriculares do Curso.

A avaliação da aprendizagem deverá ser coerente com os princípios dao

Curso e da UNILA e desenvolvida de forma processual, mediadora, formativa e

contínua. Assim, o Plano de Ensino de cada Unidade Curricular deve explicitar

sua forma de avaliação da aprendizagem a ser utilizada.

Importante também enfatizar a necessidade de avaliação das

habilidades que os alunos vão desenvolvendo ao longo do Curso. Estas

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avaliações, como por exemplo o OSCE deve ser planejado tanto no nível das

unidades curriculares como no internato.

Outra estratégia a ser utilizada será a incorporação do Teste do

Progresso, uma vez ao ano, permitindo assim a construção da matriz de

crescimento cognitivo dos estudantes.

18.2 - Avaliação do Ensino

As Unidades Curriculares também serão avaliadas com periodicidade

anual pelos estudantes, por meio de instrumento especialmente produzido para

este fim.

18.3 - Avaliação externa

O curso estará sempre atualizado com referência à avaliação externa,

especialmente com o SINAES.

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19 . INFRA-ESTRUTURA NECESSÁRIA DE LABORATÓRIOS

Para o completo desenvolvimento das atividades acadêmicas propostas

no PPC, o curso de Medicina contará com os seguintes ambientes/laboratórios:

− Laboratório de Anatomia Humana −

Laboratório de Biologia Celular e Molecular

− Laboratório de Bioquímica

Laboratório de Histologia e Embriologia

− Laboratórios de Fisiologia

− Laboratório de Farmacologia

− Laboratório de Imunologia

− Laboratório de Microbiologia

− Laboratório de Parasitologia

− Laboratório de Patologia

− Laboratório de Técnicas Cirúrgica

− Laboratório de Habilidades e Simulação

− Laboratórios de Informática

Além desta rede de laboratórios, conta-se também com a Biblioteca.

(O detalhamento desta infra-estrutura também se encontra em fase de elaboração)

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