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A INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA: MERCOSUL, UNASUL E UNILA

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Page 1: A integração latino americana - mercosul, unasul e unila

A INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA: MERCOSUL, UNASUL E

UNILA

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Page 3: A integração latino americana - mercosul, unasul e unila

Política Externa Brasileira• Collor (1990-1992): o choque neoliberal• Itamar (1992-1994): retorno neodesenvolvimentista• Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) : do otimismo liberal à

globalização assimétrica• Lula: multilateralismo e geometria variável• Dança de paradigmas: desenvolvimentista/neoliberal/logístico

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Governo Dilma (2011-)

• Continuidade com o governo anterior, mas com ajustes na política externa

• Chanceler Antonio Patriota

• Maior ênfase nos direitos humanos

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Governo Dilma (2011-)

• Em 17 março, o Brasil se absteve na votação do Conselho de Segurança da ONU que autorizou a criação da Zona de Exclusão Aérea na Líbia e possibilitou os ataques desencadeados àquele país. Mas o posicionamento do Brasil não foi isolado. Alemanha, China, Índia e Rússia também se abstiveram

• Em 24 de Março, o Brasil votou favoravelmente ao envio de um relator para investigar possíveis violações dos Direitos Humanos no Irã.

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Governo Dilma (2011-)• Visita Argentina (janeiro), Portugal

(março), China (abril), Uruguai (maio), Paraguai (Junho), Peru (julho)

•Visita de Obama ao Brasil: minimizar as dificuldades de relacionamento político; mostrar interesse no petróleo do pré-sal, buscar participação norte-americana nas grandes obras preparatórias para as olimpíadas e Copa do Mundo .

•Brasil busca superação dos entraves no comércio do Brasil com os EUA, já que o comércio bilateral vem apresentando déficit para o lado brasileiro

 

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O conceito de América do Sul na diplomacia brasileira

• A política externa do Brasil até meados do século XX tinha uma visão seletiva da América Latina e da América do Sul.

• O conceito de América Latina era considerado amplo e vago demais e incluía uma região sob o domínio dos EUA (México e América Central) na qual o Brasil não expressava grande interesse

• Idéia de divisão das Américas:Enquanto os EUA hegemonizariam a América Central, o Brasil teria uma ascendência sobre a América do Sul.

• Duas questões chave (desde o século XIX): Evitar a formação de uma frente anti-brasileira e consolidação das fronteiras

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Conceito América do Sul• Entretanto, na América do Sul, o interesse prioritário da

política externa brasileira consistia nos países da Bacia do Prata

• Apenas com a intensificação do seu desenvolvimento industrial, o Brasil voltou-se cada vez mais para os países da região amazônica, vista como um mercado potencial para as manufaturas brasileiras.

• A integração da América do Sul exigia o desenvolvimento da Amazônia, que até então separava a economia industrial brasileira dos mercados as margens do Pacífico e Caribe. E o desenvolvimento da Amazônia dependia da cooperação com os países vizinhos

• Deslocamento das percepções de ameaça para a região amazônica

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O primeiro passo: o Mercosul• Pensado e articulado nos anos 1980• Idéia de um espaço de articulação contra a marginalização• Espaço da diplomacia realista nos anos 1990• 1991 – Entra em vigor Zona de Livre Comércio (Tratado de Assunção)• 1995 – Entra e vigor processo de União Aduaneira (Protocolo Ouro Preto –

1994)• 1995 – Acordo Marco de Cooperação com a UE• 1996 – Associação do Chile e Bolívia• 1999 – crise do Mercosul• 2003 – Associação do Peru• 2004 – Associação Colômbia e Equador• 2004 – Estabelecido o FOCEM• 2006 – Ingresso da Venezuela no Mercosul (depende de aprovação)• 2007 – Instituído Parlamento do Mercosul• 2007 – Inicio da criação da UNILA- Universidade Federal da Integração

Latino-Americana

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Avaliação do Mercosul: Negativa• distintas visões de relações exteriores minaram a negociação

coletiva; • a falta de coordenação comum nas políticas

macroeconômicas e nas negociações nos fóruns multilaterais;

• o processo não foi erigido sobre o fortalecimento dos núcleos econômicos nacionais, mas sobre o comércio;

• não criou mecanismos de superação das desigualdades entre os membros;

• a incompatibilidade das políticas cambiais provocou desconfianças e inúmeros contenciosos;

• processo negociador muito complexo, sendo necessário acionar a cada decisão quatro processos decisórios autônomos

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Avaliação do Mercosul: Positiva• empatia entre a inteligência brasileira e argentina

(com a multiplicação de encontros e demolição de preconceitos)

• a criação de uma zona de paz no Cone Sul; • a ampliação do comércio intrazonal; • a elevação do Mercosul a sujeito de direito

internacional pelo protocolo de Outro Preto;• a produção de uma imagem positiva; • o fortalecimento da idéia de América do Sul.

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Da crise do Mercosul à nova América do Sul

• Durante os anos 1990, o Mercosul foi a base da inserção internacional do Brasil

• Em 1999, tivemos a “crise do Mercosul”• Em 2000, tivemos a primeira Cúpula de

Presidentes da América do Sul – que lança o projeto de integração física (IIRSA)

• CASA - Comunidade Sul-Americana de Nações (2004-2007)

• UNASUL- União de Nações Sul-Americanas (2007-)

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América do Sul: a base da inserção internacional brasileira

Projeto de integração na América do Sul

IRSA- CASA - Unasul

Eixo Brasil- Venezuela – Argentina

Projeto de construção de um Mega-Estado

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América Latina:crise do neoliberalismo

Venezuela – Hugo Chavez (1998) reeleito (2000 e 2006)

Brasil – Lula (2002) reeleito 2006, Dilma (2010)

Argentina – Nestor kischner (2003) Cristina Kischner (2007)

Uruguai – Tabaré Vasquez – (2004) Pepe Mujica (2009)

Bolivia – Evo Morales (2005) reeleito (2009)

Equador – Rafael Correa (2006) Reeleito (2009, Nova Const.)

Nicarágua – Daniel Ortega (2006)

Paraguai – Fernando Lugo (2008)

El Salvador – Mauricio Funes (2009)

Peru: Olanta Humalla (2011)

Fórmula: Pobreza + democracia = ascensão de governos de esquerda

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A crise do neoliberalismo e a ascensão da esquerda

• Com a vitória de governos de oposição, cujas campanhas políticas se haviam assentado na crítica ao neoliberalismo, a opinião pública avaliava negativamente a década neoliberal.

• A nova América Latina, que emerge nos últimos anos, se encaminha para propostas reformistas, com diferentes gradações de intensidade, mas que tem como laço em comum a retomada da capacidade operativa do Estado no âmbito econômico, bem como do uso intenso de políticas sociais para combater a pobreza

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Agenda comum facilitadora da diplomacia e da integração

• Crise do neoliberalismo e a emergência do terceiro paradigma (logístico)

• Convergência pela integração sul-americana• Experiência do Mercosul e, em certa

medida, da Comunidade Andina• Complementaridade econômica

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Principais temas difíceis da Agenda sul-americana do Brasil

• Agendas internas interagindo com temas de integração • Integração – integração física, aduaneira e energética• Garantia da energia (Gás e Eletricidade) – Bolívia e Paraguai• Crise gás Bolívia (2006) – Nacionalização • Crise Eletricidade Paraguai (2009) – Renegociação preços• “Regionalização” do conflito colombiano; presença de tropas norte-americanas

(Colômbia)• Militarização/securitização de temas sul-americanos • Assimetrias estruturais (tema do Mercosul)• TLCs com os EUA –TLCs+ (Peru, Colômbia e Chile) • Área de Integração Profunda (Peru, Colômbia e Chile México) • Barganha diplomática com o Brasil – Uruguai e Argentina • Articulação Eixos Brasil-Argentina/Brasil-Venezuela/Argentina -Venezuela• Relação entre a ALBA e a Unasul

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Venezuela e ALBA(Aliança bolivariana para os povos de nossa América)

• Países: Venezuela (2004), Cuba (2004), Bolívia (2006), Nicarágua (2007) Dominica (2008), Honduras (2008-2009); Equador (2009) Antigua e Barbuda (2009); São Vicente e Granadinas (2009)

• Possível entrada do Paraguai, El Salvador e Peru

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Relações Brasil- Estados Unidos - Brasil defende a multipolaridade

-Brasil defendia a Mini-Alca

-Brasil critica a posição dos americanos na OMC

Relações cordiais entre o Brasil e os EUA

“Acomodação estratégica”

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Tratados de Livre Comércio (TLC)

Chile (2003)Peru (Dez 2005)

Colômbia (Fev. 2006)

CAFTA (Acordo de Livre Comércio da América Central e República Dominicana) EUA, Costa Rica, El Salvador, Nicarágua, Honduras, Guatemala e República Dominicana

Bases americanas – Colômbia

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CONCEITOS E DESAFIOS ESTRATÉGICOSDA INSERÇÃO INTERNACIONAL DO BRASIL

• Manter e ampliar espaços de autonomia no sistema internacional•  Garantir o fortalecimento da multipolaridade – Aproximação com a China,

IBAS, Rússia, e Europa.• Alcançar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU• Barganhar a abertura e acordos econômicos• Evitar as vulnerabilidades externas, econômicas e de segurança• Garantir a soberania sobre a Amazônia• Evitar uma corrida armamentista na América do Sul• Garantir fornecimento de energia (gás, petróleo e eletricidade)• Utilizar recursos externos para promover o desenvolvimento (Exportações,

Investimentos, Empréstimos) • Construir uma terceira via entre panamericanismo e bolivarismo: o

sulamericanismo• Defesa do “modelo brasileiro” – Brasil, o país da globalização... E uma

potência em construção.

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Atividade industrial América do Sul

In:COSTA, Darc. Integrar é desenvolver a América do Sul

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Atividade Agrícola

América do sul In:

COSTA, Darc. Integrar é desenvolver a América do Sul

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América do Sul

densidade populacional

hab/km2

In:COSTA, Darc.

Integrar é desenvolver a

América do Sul

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América do Sul

Integração Espacial

In:COSTA, Darc.

Integrar é desenvolver a

América do Sul

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Produto Interno Bruto

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Reservas de Petróleo

Reservas comprovadas petróleo América Sul

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Gastos militares América do Sul

Gastos Militares

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Gastos militares/PIB

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Contingente Forças Armadas

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Bibliografia recomendada• ALTEMANI, Henrique e LESSA, Antônio. (orgs) Relações Internacionais do

Brasil: Temas e agendas. São Paulo: Saraiva, 2006.• CERVO, Amado e BUENO, Clodoaldo. História da Política Exterior do Brasil.

Brasília: EdUnB, 2002.• CERVO, Amado. Relações Internacionais da América Latina: Velhos e novos

paradigmas. Brasília: FUNAG/IBRI, 2001.• COSTA, Darc. Estratégia nacional: a cooperação sul-americana como caminho

para a inserção internacional do Brasil. Rio de Janeiro: Aristeu Souza, 2003. • DANESE, Sergio. Diplomacia presidencial: história e crítica. Rio de janeiro,

Topbooks, 1999.• GUIMARÃES, Samuel Pinheiro. Quinhentos anos de periferia: uma

contribuição ao estudo da política internacional. Porto Alegre/Rio de Janeiro: Ed. UFRGS/Contraponto, 1999.

• VIGEVANI, Tullo e CEPALUNI, Gabriel. A política externa de Lula da Silva: a estratégia de autonomia pela participação. Revista Contexto Internacional. Vol. 29, n. 2, 2007, p. 272-335.

• GUIMARÃES, Samuel Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005.

• VIZENTINI, Paulo. Relações Internacionais do Brasil: de Vargas à Lula. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2003.

• MRE.Estatísticas. Brasilia: FUNAG, 2010.