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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO FACULDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE PORTO ALEGRE Projeto Pedagógico do Curso de Medicina Porto Alegre - RS 2007

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO FACULDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE PORTO ALEGRE

Projeto Pedagógico do Curso de Medicina

Porto Alegre - RS 2007

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Direção Miriam da Costa Oliveira Diretora

Cláudio Augusto Marroni Vice-Diretor

Pró-Diretor de Extensão, Especialização e Aperfeiçoamento

Liselotte Menke Barea Pró-Diretora de Graduação

Cláudio Osmar Pereira Alexandre Pró-Diretor de Pós-Graduação

Evelise Fraga de Souza Santos Pró-Diretora de Desenvolvimento Institucional

Eugênio Stein Pró-Diretor de Administração

Coordenação do Curso de Medicina Ajácio Bandeira de Mello Brandão

Vice-Coordenação do Curso de Medicina Ana Guardiola

Coordenação Pedagógica Cleidilene Ramos Magalhães

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Apresentação

O Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Medicina da Fundação

Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, a seguir registrado, é

resultante de um processo de alguns anos de elaboração.

Envolveu professores, alunos e técnicos e tem como objetivo maior

adequar e, sobretudo, atualizar a proposta de ensino em todas as suas nuances -

da atividade didática ao “currículo oculto” – propiciando, desta forma, seja atingida

a meta maior – formar sempre melhores médicos, cumprindo a missão de nossa

instituição: “formar profissionais na área da saúde, através do ensino, pesquisa e

extensão, com conhecimentos sólidos, capacidade de auto-aprendizagem, éticos

e com visão humanística, capazes de promover a melhoria de qualidade de vida”

Há que se admitir a definição de currículo como além de “as matérias de

um curso”: é “o caminho” pelo qual anda o curso, e andar significa movimento. Desta forma, é viável pretender que currículo e projeto pedagógico

estejam constantemente a requerer cuidadosas observações, análises e

avaliações, embasadas naquilo que de melhor o conhecimento, a ciência e a arte

disponibilizam.

Desta forma, estaremos formando profissionais que atendam aos desafios

da realidade contemporânea e estaremos colocando a FFFCMPA como um

referencial de qualidade no ensino médico.

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Sumário 1. Introdução .................................................................................. 5 2. Justificativa e relevância do curso .......................................... 6 3. Princípios norteadores ............................................................. 9 4. Diretrizes Curriculares ............................................................ 11 5. Missão da Instituição ............................................................... 15 6. Objetivos da Instituição........................................................... 15 7. Objetivos do curso ...................................................................15

7.1 Objetivo Geral .................................................................. 15 7.2 Objetivos Específicos .................................................... 16

8. Perfil dos egressos ................................................................. 16 9. Campos de atuação dos formados ........................................ 16 10. Organização Curricular ..........................................................17

10.1 A matriz curricular ........................................................ 17 10.2 Composição curricular ................................................ 19

11. Pressupostos Metodológicos .............................................. 25 12. Avaliação do desempenho acadêmico ................................ 26 13. Coordenação Pedagógica .................................................... 28

13.1 Coordenação do Curso ................................................ 28 13.2 Comissão de Graduação .............................................. 28 13.3 Coordenação do Internato.............................................28 13.4 Assessoria Didático-Pedagógica..................................29

14. Articulação Ensino/Pesquisa/Extensão ............................... 30 15. Avaliação Institucional........................................................... 30 16. Bibliografia ............................................................................. 30 17. Anexos .....................................................................................31 4

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1- Introdução A Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre

(FFFCMPA) é uma Instituição Federal de Ensino Superior, criada pela Irmandade

da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre em 8 de dezembro de 1953, tendo

iniciado suas atividades didáticas em 22 de março de 1961. Em 22 de agosto de

1969, por força do Decreto-Lei Federal n° 781, foi transformada em Fundação de

Direito Privado com o nome de Fundação Faculdade Católica de Medicina de

Porto Alegre. Em 11 de dezembro de 1980 passou a denominar-se, de acordo

com a Lei n° 6.891, Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto

Alegre, dotada de Personalidade Jurídica de Direito Privado e vinculada ao então

Ministério da Educação e Cultura. Por força da Lei n° 7.596, de 10 de abril de

1987, foi enquadrada como Fundação Pública.

O Curso de Medicina da FFFCMPA forma profissionais e especialistas

de nível superior aptos ao exercício da medicina. Propõe-se a formar indivíduos

que adquiram conhecimentos e capacidade de auto-aprendizado, e desenvolvam

atitudes e habilidades que possibilitem o desempenho profissional competente,

crítico e ético, com perspectiva humanista fundamentada no trabalho em equipe,

na organização do sistema de saúde vigente no país e nas perspectivas de

trabalho que seu campo de atuação demanda.

A necessidade de atualização do currículo do curso de medicina da

Faculdade de Ciências Médicas fez-se sentir não apenas por motivações internas,

expressas tanto pelo corpo docente quanto pelo corpo discente, mas também por

razões externas. Estas, por sua vez, configuraram-se ao longo dos últimos 12

anos nas Diretrizes Curriculares. Desta forma, chegou-se a 2003, momento em

que se fez necessária a ampliação do número de cursos de graduação, para

futura transformação em universidade, quando passou a ter 3 cursos de

graduação e não mais apenas um - Medicina, Ciências Biológicas - Modalidade

Médica (Biomedicina) e Nutrição - colaborando, assim, para a melhoria do

número e da qualidade de profissionais formados em universidades públicas

federais brasileiras.

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2- Justificativa e relevância do curso Considerando as mudanças sócio-educacionais, as exigências dos

novos cenários e os referenciais éticos, políticos e científicos dos cursos de

graduação em medicina e considerando os resultados dos processos de avaliação

internos e externos, bem como as diretrizes curriculares para o ensino médico do

Ministério da Educação, identificou-se a necessidade de repensar o currículo de

medicina da FFFCMPA. Ainda neste contexto, a autorização para o funcionamento

de dois novos cursos de graduação (Ciências Biológicas – Modalidade Médica e

Nutrição) contribuiu para o desencadeamento das ações necessárias para a

funcionalidade destes cursos dentro da disponibilidade de recursos humanos e da

abrangência da área física da instituição.

Da representação dos órgãos colegiados da FFFCMPA (Congregação e

Conselho Departamental), emergiu em 2000, a necessidade de criação de uma

Comissão de Reestruturação e Reforma do Currículo. Desta comissão fizeram

parte representantes dos órgãos colegiados, professores convidados de todas as

grandes áreas do curso, todos os professores interessados em participar,

representantes do corpo discente e dos técnicos-administrativos. Com reuniões

regulares ao longo de 18 meses, sob a coordenação da Pró-Diretoria de

Graduação, detectaram-se alguns pontos considerados críticos do currículo do

curso de medicina:

• Dissociação entre as disciplinas dos ciclos básico e profissionalizante e, em

alguns casos, no interior dos próprios ciclos;

• Inadequação da carga horária de diversas disciplinas;

• Dissociação entre as disciplinas curriculares e o ensino ministrado no

internato;

• Metodologia de ensino centrada no professor;

• Priorização de atividades teóricas;

• Avaliação predominantemente somativa dos conteúdos teóricos.

Identificados esses problemas, passou-se ao planejamento das

mudanças requeridas pelas necessidades de uma nova realidade. Nesse

momento, optou-se pela mudança da grade curricular a qual se seguiria por

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adequações no internato e por uma reavaliação do modelo pedagógico. Esta

ordem dos eventos foi decidida em função de três determinantes:

• Urgência na adequação do currículo às novas diretrizes curriculares;

• Inadiabilidade do estabelecimento da funcionalidade dos três cursos de

graduação na instituição;

• Necessidade de uma estrutura mais lógica da grade curricular do curso de

Medicina.

Aliado a estes fatores, dados coletados junto aos órgãos/entidades de

classe (CREMERS, CFM e SIMERS) sobre o perfil epidemiológico do Estado, a

organização dos serviços de saúde e a formação profissional em saúde

apontavam para uma demanda de profissionais em Medicina que precisava ser

considerada na elaboração e desenvolvimento de projetos pedagógicos e

processos formativos nesta área.

A FFFCMPA é uma das onze escolas médicas do Rio Grande do Sul.

Este Estado tem população total de 10,6 milhões de pessoas, 80% em área

urbana, e sua capital, Porto Alegre, conta com 1,4 milhão de habitantes. É um dos

estados do país com a maior expectativa de vida ao nascer (68 anos para os

homens e 76 para as mulheres) e mortalidade infantil em torno de 15/1000; 99%

dos partos são hospitalares e o índice de fecundidade gira em torno de 1,9.

Relativamente bem aparelhado no que se refere aos equipamentos para atenção

à saúde, o RS conta com aproximadamente 400 hospitais, dos quais 362 são

vinculados ao SUS; há 4 mil postos de atendimento ambulatorial, sendo 3.543

vinculados ao sistema, dos quais 371 estão localizados em Porto Alegre.

As internações hospitalares pelo SUS variam em torno de 65 mil por

mês, das quais 15 mil são feitas na capital. Os atendimentos ambulatoriais

informados pelo sistema giram em torno de 6,7 milhões/mês, dos quais 1,8

milhões são realizados em Porto Alegre.

A mortalidade geral tem como primeira causa as doenças circulatórias,

seguidas das neoplasias, das doenças respiratórias e das causas externas.

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As internações hospitalares, no entanto, mostram doenças respiratórias,

atendimentos aos partos (peri e pós), doenças circulatórias, digestivas,

neoplásicas e infecciosas, nesta ordem.

Os médicos são 1,9/1000, os odontólogos são 1/1000 e os enfermeiros

0,9/1000 (Ministério da Saúde).

Outro aspecto importante a ser considerado aqui é a epidemiologia do

envelhecimento no Brasil: segundo o IBGE (1999), no ano de 1980, os idosos

representavam menos de 6% da população brasileira, enquanto que no ano 2000

a população total de brasileiros era de 169.500.000 habitantes, dos quais cerca de

15,5 milhões tinham 60 anos ou mais. A estimativa é de que no ano de 2025 este

índice seja de 14% da população, ou seja, 32 milhões. Isto situará o Brasil como o

sexto país com mais velhos do mundo, com uma expectativa de vida de 80 anos.

Se fizermos uma retrospectiva do crescimento populacional brasileiro, temos

desde a década de 70, um crescimento de cerca de 50% da população geral,

enquanto que, na população de idosos, esse crescimento foi de 130%.

Estes dados trazem um desafio para a área da saúde, no sentido da

busca e obtenção de melhor qualidade de vida para a população em geral e para

a do idoso, em específico. A título de exemplo, podemos citar algumas das

principais patologias que acometem os idosos: doenças cardiovasculares;

neoplasias; diabetes mellitus; doenças pulmonares; doenças ósseas e

musculares; demências (Doença de Alzheimer) e depressão.

Nos últimos anos, pesquisas têm sido feitas no sentido de esclarecer os

fatores que contribuem para o chamado "envelhecimento bem-sucedido", o que

seria uma "condição individual e grupal de bem-estar físico e social, referenciada

aos ideais da sociedade, às condições e aos valores existentes no ambiente em

que o indivíduo envelhece e às circunstâncias de sua história pessoal e seu grupo

etário" (SOLOMONS & MAZARIEGOS, 1992). São preocupações e dados que

poderão dar subsídio para a atuação dos diversos profissionais da saúde, em

particular os médicos que estão sendo formados e que tenham este campo de

atuação contemplados em sua formação.

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O quadro geral sobre a saúde no Rio Grande do Sul apresentado acima,

bem como a emergência da necessidade de formação de profissionais em saúde

para atuação em setores de maior fragilidade do sistema de saúde e ainda para

atender às demandas sociais da população são preocupações presentes e

norteiam os esforços pela sua resolução no cotidiano da instituição.

Ainda nesta linha de pensamento, as Diretrizes Curriculares dos Cursos

de Medicina, publicadas e, portanto, vigentes como embasamento legal, dão a

tônica do caminho a seguir: apontam a necessidade de formar médicos

generalistas, éticos e humanistas, críticos e reflexivos, aptos a atuar nos três

níveis de atenção e comprometidos com o seu meio social.

Diante deste contexto e do entendimento de que as disciplinas ou

componentes curriculares devem propiciar o ensino voltado ao preenchimento de

um perfil médico atualizado, bem como, à participação mais ativa dos alunos no

seu processo de formação, levou à atual composição curricular do Curso de

Graduação em Medicina da FFFCMPA, cujos princípios norteadores indicamos a

seguir.

3- Princípios norteadores Os principais fundamentos que embasaram a atual composição da

matriz curricular do Curso de Medicina da FFFCMPA foram a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação, em função dos seus artigos 43 ao 57, que tratam da

Educação Superior, e as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de

Graduação, que permitem uma diminuição do número de atividades curriculares

com a criação de “áreas livres” para participação em atividades extracurriculares

(tutoria, monitoria, PIC, PIBIC, disciplinas optativas ou eletivas); diminuição do

número de disciplinas obrigatórias cursadas, propiciando envolvimento em

disciplinas individualizadas que não tenham pré-requisitos; adequação da

estrutura curricular da FFFCMPA aos modelos pedagógicos propostos para re-

estruturação do processo ensino-aprendizagem; criação de disciplinas

consideradas fundamentais para a formação deste novo perfil profissional, como

por exemplo: inglês instrumental, informática médica e metodologia científica.

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O currículo se propõe a ser flexível e interdisciplinar, desenvolvido de

forma contextualizada. Para isto é necessária uma constante reavaliação e

redefinição de conteúdos, metodologia, carga horária e processos de avaliação

das disciplinas, construídos com uma visão de integração de conteúdos.

As disciplinas devem incorporar, necessariamente, o denominado

núcleo específico, com o objetivo de contemplar a diversidade do conhecimento

ao qual o aluno deva ter acesso como referência para reflexão.

O núcleo constitui a essência do saber característico da Medicina, ou

seja, aquilo que o aluno de Medicina não pode deixar de aprender. O núcleo

curricular foi estruturado a partir de atividades acadêmicas curriculares

obrigatórias, que são distribuídas ao longo das quatro primeiras séries.

A redefinição do que constitui o núcleo básico das disciplinas do

curso teve como conseqüência a redução da carga horária total, possibilitando ao

aluno a adoção de novas alternativas para explorar os "percursos" de

aprendizagem (formação complementar) colocados à sua disposição.

A formação complementar representa, no mínimo, 5% do currículo, e

propicia uma adequação do saber específico a outro que o complemente. Deste

modo pode-se subdividir a formação complementar em dois tipos:

a) Formação Complementar Pré-estabelecida A formação complementar pré-estabelecida constitui a possibilidade de

realização de certo número de atividades eletivas (Programa de Desenvolvimento

de Conhecimentos Integrados eletivos e atividades de tutoria) que permitam ao

aluno a contemplação, de forma eficiente, de suas aspirações intelectuais e a

obtenção do perfil profissional que melhor lhe convier.

b) Formação Complementar Livre A formação complementar livre é pensada a partir da proposição

construída pelo aluno. Esta é proposta como a possibilidade de o aluno ampliar

sua formação através de disciplinas ou atividades optativas livres e que sejam

aproveitadas para fins de integralização curricular.

Neste caso, devem-se considerar, como passíveis de crédito,

alternativas outras que não só as disciplinas. Com isto, permite-se que várias

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atividades acadêmicas, já desenvolvidas pelo aluno durante o curso, sejam

contabilizadas no seu histórico escolar, entre elas: iniciação científica, monitorias,

estágios extracurriculares de vivência profissional complementar, participação em

eventos científicos, trabalhos publicados, participação em cursos e em atividades

de extensão/ação comunitária, participação em comissões e colegiados.

Deste modo, o aluno terá a oportunidade de cumprir o currículo básico,

essencial à sua formação, e ainda construir um percurso próprio, conforme seu

interesse e necessidades pessoais/profissionais que melhor se adeqüem ao seu

aprendizado e campo profissional almejado, participando desta forma de maneira

mais autônoma do seu processo de formação. Isto é almejado e sugerido pelas

Diretrizes Curriculares, conforme definições de competências gerais,

conhecimento, habilidades e atitudes específicas indicadas a seguir e que foram

pano de fundo da proposta aqui apresentada.

4- Diretrizes Curriculares para o Curso de Medicina (competências gerais, conhecimentos, habilidades e atitudes específicas)

A formação do médico tem por objetivo dotar o profissional dos

conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e

habilidades gerais:

I - Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito

profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção, promoção,

proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo. Cada

profissional deve assegurar que sua prática seja realizada de forma integrada e

contínua com as demais instâncias do sistema de saúde, sendo capaz de pensar

criticamente, de analisar os problemas da sociedade e de procurar soluções para

os mesmos. Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos

padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em conta que a

responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim,

com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como coletivo;

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II - Tomada de decisões: o trabalho dos profissionais de saúde deve estar

fundamentado na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado,

eficácia e custo-efetividade da força de trabalho, de medicamentos, de

equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os mesmos devem

possuir competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as

condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas;

III - Comunicação: os profissionais de saúde devem ser acessíveis e

devem manter a confidencialidade das informações a eles confiadas na interação

com outros profissionais de saúde e o público em geral. A comunicação envolve

comunicação verbal, não-verbal e habilidades de escrita e leitura; o domínio de,

pelo menos, uma língua estrangeira e de tecnologias de comunicação e

informação;

IV - Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de

saúde deverão estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo em

vista o bem-estar da comunidade. A liderança envolve compromisso,

responsabilidade, empatia, habilidade para tomada de decisões, comunicação e

gerenciamento de forma efetiva e eficaz;

V - Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a

tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho

quanto dos recursos físicos e materiais e de informação, da mesma forma que

devem estar aptos a serem empreendedores, gestores, empregadores ou

lideranças na equipe de saúde; e

VI - Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de

aprender continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática. Desta

forma, os profissionais de saúde devem aprender a aprender e ter

responsabilidade e compromisso com a sua educação e o treinamento/estágio das

futuras gerações de profissionais, mas proporcionando condições para que haja

benefício mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos serviços,

inclusive estimulando e desenvolvendo a mobilidade acadêmico/profissional, a

formação e a cooperação por meio de redes nacionais e internacionais.

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A formação do médico tem por objetivo dotar o profissional dos

conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e

habilidades específicas:

I - promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto dos

seus clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como agente de

transformação social;

II - atuar nos diferentes níveis de atendimento à saúde, com ênfase nos

atendimentos primário e secundário;

III - comunicar-se adequadamente com os colegas de trabalho, os pacientes e

seus familiares;

IV - informar e educar seus pacientes, familiares e comunidade em relação à

promoção da saúde, prevenção, tratamento e reabilitação das doenças, usando

técnicas apropriadas de comunicação;

V - realizar com proficiência a anamnese e a conseqüente construção da

história clínica, bem como dominar a arte e a técnica do exame físico;

VI - dominar os conhecimentos científicos básicos de natureza biopsicosocio-

ambiental subjacentes à prática médica e ter raciocínio crítico na interpretação dos

dados, na identificação da natureza dos problemas da prática médica e na sua

resolução;

VII - diagnosticar e tratar corretamente as principais doenças do ser humano em

todas as fases do ciclo biológico, tendo como critérios a prevalência e o potencial

mórbido das doenças, bem como a eficácia da ação médica;

VIII - reconhecer suas limitações e encaminhar adequadamente pacientes

portadores de problemas que fujam ao alcance da sua formação geral;

IX - otimizar o uso dos recursos propedêuticos, valorizando o método clínico em

todos seus aspectos;

X - exercer a medicina utilizando procedimentos diagnósticos e terapêuticos

com base em evidências científicas;

XI - utilizar adequadamente recursos semiológicos e terapêuticos, validados

cientificamente, contemporâneos, hierarquizados para atenção integral à saúde,

no primeiro, segundo e terceiro níveis de atenção;

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XII - reconhecer a saúde como direito e atuar de forma a garantir a integralidade

da assistência entendida como conjunto articulado e contínuo de ações e serviços

preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso, em todos

os níveis de complexidade do sistema;

XIII - atuar na proteção e na promoção da saúde e na prevenção de doenças,

bem como no tratamento e reabilitação dos problemas de saúde e

acompanhamento do processo de morte;

XIV - realizar procedimentos clínicos e cirúrgicos indispensáveis para o

atendimento ambulatorial e para o atendimento inicial das urgências e

emergências em todas as fases do ciclo biológico;

XV - conhecer os princípios da metodologia científica, possibilitando-lhe a leitura

crítica de artigos técnico-científicos e a participação na produção de

conhecimentos;

XVI - lidar criticamente com a dinâmica do mercado de trabalho e com as

políticas de saúde;

XVII - atuar no sistema hierarquizado de saúde, obedecendo aos princípios

técnicos e éticos de referência e contra-referência;

XVIII - cuidar da própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como

cidadão e como médico;

XIX - considerar a relação custo-benefício nas decisões médicas, levando em

conta as reais necessidades da população;

XX - ter visão do papel social do médico e disposição para atuar em atividades

de política e de planejamento em saúde;

XXI - atuar em equipe multiprofissional; e

XXII - manter-se atualizado com a legislação pertinente à saúde.

Com base nestas competências, a formação do médico deve

contemplar o sistema de saúde vigente no país, a atenção integral à saúde num

sistema regionalizado e hierarquizado de referência e contra-referência e o

trabalho em equipe.

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5- Missão da Instituição Formar profissionais na área da saúde, através do ensino, pesquisa e

extensão, com conhecimentos sólidos, capacidade de auto-aprendizagem, éticos

e com visão humanística, capazes de promover a melhoria de qualidade de vida.

6- Objetivos da Instituição A FFFCMPA tem como objetivos fundamentais, a educação, o ensino, a

pesquisa, a formação profissional e de pós-graduado, bem como o

desenvolvimento científico e tecnológico, estruturando-se de modo a manter e

ampliar a sua natureza orgânica, social e comunitária. Como objetivos específicos

destacamos:

a) A formação de profissionais na área de saúde aptos ao exercício

profissional;

b) O desenvolvimento de profissionais especializados através da

residência médica e/ou curso de especialização, capazes de exercerem atividades

qualificadas na assistência e na extensão;

c) O desenvolvimento da pós-graduação “stricto sensu”;

d) A realização de pesquisas, estímulo a atividades criadoras e a

divulgação científica e tecnológica;

e) A extensão do ensino e da pesquisa à comunidade mediante cursos e

serviços especiais.

7- Objetivos do curso 7.1 Objetivo Geral

Formar médicos éticos, dotados de conhecimentos, competências e

habilidades que lhes permitam atuar em todos os níveis de atenção à saúde de

forma integral e comprometidos com o corpo social em que se inserem, críticos e

reflexivos.

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7.2 Objetivos específicos • Prover conhecimento médico geral amplo, integrado e integrador;

• Prover conhecimento do processo saúde-doença que possibilite a

definição de atitudes;

• Prover domínio sobre os conhecimentos científicos básicos da

natureza biopsicosocial subjacente à prática médica que favoreça a definição do

exercício de habilidades;

• Desenvolver competências possibilitando o desempenho de prática

médica:

- Inserida no meio social e agente de sua transformação;

- Capacitada a reconhecer e atuar - diagnosticando, tratando e

encaminhando a solução adequada - sobre os eventos que atingem o ser humano

em qualquer fase do seu ciclo vital;

- Capacitada a atuar visando liderança, responsabilidades, tomada de

decisões, comunicação, administração e gerenciamento.

• Desenvolver a necessidade de busca permanente de aprendizado e

auto-avaliação

8- Perfil dos egressos O médico formado na FFFCMPA deverá ser capaz de promover a

melhoria da qualidade de vida de seus pacientes e da sua comunidade – através

de atuação norteada por princípios éticos, embasada em conhecimentos sólidos e

praticada com habilidade e competência.

9- Campos de atuação dos formados O Curso de Medicina da FFFCMPA visa proporcionar ao médico

formação sólida e ampla, que lhe permita atuar nos níveis classicamente aceitos e

definidos: promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. O médico

aqui formado estará apto a atuar nos diferentes níveis de atendimento, em

ambulatórios e hospitais, através de procedimentos clínicos e cirúrgicos, inseridos

no amplo contexto do sistema de saúde vigente no Brasil. Tem caminhos abertos

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ao longo do seu curso e poderá fazer as escolhas próprias, pessoais e dentro do

contexto configurado pela realidade sócio-político-econômica do País.

Em pesquisas recentes (2003), o Conselho Federal de Medicina revelou

que 11% dos médicos do país estão na Pediatria, 17% atuam na ginecologia e

obstetrícia. A maioria tem uma carga horária de trabalho bastante elevada, alguns

chegam a trabalhar cerca de 80 horas por semana. O salário médio de um médico

é de cerca de 5 mil reais.

10- Organização Curricular 10.1- A matriz curricular

O desenho da matriz curricular do Curso de Medicina da FFFCMPA

orienta-se pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em

Medicina, consideradas marco teórico da atualização necessária ao contexto

vigente. Desta forma, as atividades propostas indicam conteúdos nucleares –

que ocuparão até 75% da formação do aluno e compreenderão os conteúdos, as

atitudes e as habilidades fundamentais para a formação do médico, definidos a

partir dos problemas mais freqüentes da população - a serem desenvolvidos em

diferentes disciplinas; conteúdos vinculantes a serem desenvolvidos em

atividades transdisciplinares e conteúdos complementares, a serem

desenvolvidos de forma eletiva pelos alunos e que venham a ser não só

enriquecedores, mas facilitadores e orientadores de sua formação.

O Curso foi estruturado para desenvolver e formar o aluno em 6 anos –

12 semestres – com 200 dias letivos mínimos por ano. É seriado anual e não

conta com pré-requisitos estabelecidos, pois a possibilidade de avanço no curso

depende de aprovação na série, com, no máximo, uma dependência.

Os dois primeiros anos contêm:

1. Disciplinas até então ditas “básicas” ;

2. Atividades de acolhimento ao aluno ingressante, ligadas e

coordenadas por um programa de tutoria, que visam aproximar/vincular a

realidade própria aos estudantes com o ambiente onde estão inseridos – no

ensino, na pesquisa e na extensão;

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3. Atividades que propiciam a transdisciplinaridade através de

integração de conhecimentos vinculantes e complementares;

4. Período de tempo livre – as chamadas “ áreas verdes”, que visam

propiciar ao aluno oportunidade de desenvolvimento de atividades que sejam

indicadoras da sua própria definição profissional futura e do seu percurso de

formação.

O reforço à intencionalidade curricular da FFFCMPA se faz mediante a

apresentação “precoce” do aluno às atividades assistenciais como tempo de

observação e análise desde o primeiro ano do curso.

Nos 3º e 4º anos, o aluno tem possibilidade de dar andamento à sua

trajetória no curso, passando de análise e observação para interferência. Neste

período, da mesma forma, o aluno conta com tempo livre e oferta de atividades

complementares, transdisciplinares vinculantes e integradoras, além das áreas

verdes, que comporá conforme seu interesse e necessidades formativas.

Os dois últimos anos compõem o Internato, quando, além de

observação, análise e interferência, o aluno estará apto a iniciar o processo de

intervenção no contexto do meio em que estará inserido, levando-o a

complementar o perfil que lhe foi proposto quando de seu ingresso no curso.

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10.2 - Composição Curricular

1ª série

Disciplina Carga Horária

Anatomia Humana 300

Biofísica 60

Bioquímica 150

Citologia e Histologia 150

Embriologia 45

Informática Médica 30

Medicina e Comunidade 60

Metodologia Científica 30

Parasitologia Médica 75

Psicologia Médica 60

CH série 960

2ª série

Disciplina Carga Horária

Deontologia 60

Diagnóstico por Imagem 60

Fisiologia Humana 150

Genética Humana 60

Hematologia 60

Imunologia e Imunopatologia 60

Medicina Legal 60

Microbiologia Médica 120

Patologia Geral 45

Medicina Social 60

Semiologia Geral 90

CH série 825

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3ª série

Disciplina Carga Horária

Cardiologia 90

Dermatologia 60

Endocrinologia 90

Epidemiologia 60

Farmacologia Básica e Clínica 150

Gastroenterologia 90

Infectologia 90

Introdução à Cancerologia 30

Oftalmologia 60

Otorrinolaringologia 60

Patologia em Clínica Médica 60

Pediatria 90

Pneumologia 90

Psiquiatria 90

Reumatologia 75

Semiologia 120

Técnica Operatória 60

CH série 1395

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4ª série

Disciplina Carga Horária

Anestesiologia 90

Angiologia e Cirurgia Vascular 60

Cirurgia Geral 90

Cirurgia Pediátrica 60

Cirurgia Plástica 60

Cirurgia Torácica 60

Coloproctologia 60

Genética Clínica 60

Ginecologia 90

Nefrologia 90

Neurocirurgia 30

Neurologia 90

Obstetrícia 90

Ortopedia e Traumatologia 60

Patologia em Clínica Cirúrgica 45

Pediatria 75

Pediatria Comunitária 75

Medicina de Urgência e Trauma 90

Urologia 60

CH série 1305

Carga Horária Total do Curso de Medicina

Atividades Obrigatórias (1ª a 4ª séries) 4485 horas-aula

Atividades Complementares (eletivas) 300 horas-aula

Internato 4442 horas-aula

TOTAL 9227 horas-aula

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Internato O Internato ou Estágio Curricular Pré-profissional é o último ciclo do curso

de graduação em Medicina, livre de disciplinas acadêmicas, durante o qual o

estudante deve receber treinamento intensivo, contínuo, sob supervisão docente,

em instituição de saúde vinculada ou não à escola médica, e tem como objetivos:

• Representar a última etapa da formação escolar do médico geral, dando-lhe

capacidade de resolver, ou bem encaminhar, os problemas de saúde da

população a que vai servir;

• Oferecer oportunidades para ampliar, integrar e aplicar os conhecimentos

adquiridos ao longo do curso de graduação;

• Desenvolver no aluno as técnicas e habilidades indispensáveis ao exercício

da medicina;

• Promover o aperfeiçoamento de atitudes adequadas à assistência aos

pacientes;

• Possibilitar a prática da assistência integrada, pelo estímulo à interação dos

diversos profissionais da equipe de saúde;

• Proporcionar uma experiência acadêmico-profissional através da vivência

no mercado de trabalho hospitalar e extra-hospitalar;

• Estimular o interesse pela promoção e preservação da saúde e pela

prevenção das doenças;

• Desenvolver a consciência das limitações, responsabilidades e deveres

éticos do médico, perante o paciente, a instituição e a comunidade;

• Fortalecer a idéia da necessidade de aperfeiçoamento profissional

continuado.

No Internato a metodologia de ensino corresponde a treinamento-em-

serviço, sob supervisão, complementada por sessões do Programa de Educação

Continuada do corpo clínico do hospital e/ou atividades didáticas especialmente

destinadas aos alunos, tais como: sessões clínicas, anátomo-clínicas, clínico-

radiológicas, clubes de revista, sessões de revisão e atualização de temas, etc.

Estas atividades didáticas devem ocupar um período não inferior a 4 horas

semanais dentre as atividades de treinamento-em-serviço.

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O Internato tem duração de 23 meses, com carga horária global de 4442

horas. Este período é dividido em 7 módulos, assim definidos: 1º estágio - Módulo

1: 3 meses; 2º estágio - Módulo 2: 3 meses ; 3º estágio - Módulo 3: 3 meses; 4º

estágio - Módulo 4: 3 meses; 5º estágio - Módulo 5: 3 meses; 6º estágio - Módulo

6: 3 meses; 7º estágio - Módulo 7: 5 meses.

Tratando-se de treinamento contínuo, não há subdivisão de carga horária.

Os alunos exercem as atividades de rotina ao longo do dia, nos turnos da manhã e

da tarde, de acordo com as características e necessidades da área onde estão

estagiando.

Além das atividades de rotina, o aluno realiza plantões no turno da noite,

feriados e finais de semana, em regime de escalas, de acordo com as

características e necessidades da área em que atua.

Durante os 6 primeiros módulos, os alunos realizam estágios rotativos nas

áreas de pediatria, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, medicina interna (2) e

medicina comunitária.

Estes estágios são realizados no hospital-escola (Irmandade da Santa Casa

de Misericórdia de Porto Alegre), ou em instituições conveniadas com a FFFCMPA

(Instituto de Cardiologia - Fundação Universitária de Cardiologia, Hospital

Materno-Infantil Presidente Vargas, Centro de Saúde Murialdo). A distribuição de

cada área dentro dos módulos é a seguinte:

Pediatria (HCSA): 1 módulo (3 meses); •

Cirurgia (ISCMPA): 1 módulo (3 meses);

Ginecologia e obstetrícia (ISCMPA): 1 módulo(3 meses);

Medicina Interna (ISCMPA e IC-FUC): 2 módulos (6 meses, 2 em

cada especialidade diferente) + 1 mês em UTI ou Emergência em outro módulo;

Medicina geral e comunitária (CSM): 2 meses

No sétimo módulo, os alunos realizam estágio em uma área de sua

escolha, podendo este ocorrer no hospital-escola (Irmandade da Santa Casa de

Misericórdia de Porto Alegre), em instituições conveniadas com a FFFCMPA

(Instituto de Cardiologia - Fundação Universitária de Cardiologia, Hospital

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Materno-Infantil Presidente Vargas, Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre,

Centro de Saúde Murialdo), ou em Instituições não vinculadas à FFFCMPA1. O estágio é cumprido de forma contínua (4 meses) em área e local

escolhidos pelo aluno.

O planejamento do Programa do Internato é da responsabilidade da

Pró-Diretoria de Graduação da FFFCMPA. A Instituição mantém uma Comissão

de Internato com o objetivo de avaliar o Programa do estágio e sugerir

modificações, dela participando um coordenador representando cada uma das

grandes áreas do estágio, dois alunos representantes do primeiro e segundo anos

do Internato, e o Pró-Diretor de Graduação, como coordenador Geral.

Oferta de Atividades Complementares O projeto pedagógico do Curso de Graduação em Medicina prevê a

oferta de atividades complementares, tendo sido criados mecanismos de

aproveitamento de conhecimentos, adquiridos pelo aluno, mediante estudos e

práticas independentes, presenciais e/ou a distância, através de:

• Disciplina eletiva ou PDCI

• Programa de Tutoria

• Iniciação à Pesquisa (IC)

• Iniciação à Docência (Monitorias)

• Atividade de Vivência Profissional Complementar

• Participação em Evento de Extensão

• Publicações

• Palestra em Evento de Extensão

• Participação em atividade de extensão/ação comunitária

1 **Estágio em instituições não vinculadas à FFFCMPA

Se for desejo do aluno, a FFFCMPA pode permitir que o estágio do sétimo módulo seja realizado em um hospital ou uma instituição de ensino não vinculada a FFFCMPA, dentro ou fora do Brasil.

Fica a critério da Comissão de Internato definir se o estágio é adequado para a formação do aluno, podendo este ser aceito ou não. No caso do estágio ocupar período inferior a quatro meses, o restante do estágio é cumprido em uma área nas instituições ligadas a FFFCMPA.

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• Participação em comissões (organização de eventos) ou colegiados

(Diretório Acadêmico, Conselho Departamental, Congregação)

11 - Pressupostos Metodológicos O modelo pedagógico proposto tem o aluno como centro, sujeito da

aprendizagem, e o professor como facilitador deste processo. As atividades

teóricas têm, no máximo, 50% do total da carga horária do curso. As estratégias

de ensino utilizadas devem envolver aulas expositivas e dialogadas ou variações,

com o auxílio de recursos audiovisuais e multimeios, como ambientes virtuais de

aprendizagem, tele ou videoconferências etc; seminários de discussão de textos

lidos previamente; observações de pessoas, grupos ou situações profissionais;

análises de vídeos ou textos; leituras comentadas de artigos ou textos;

apresentação de trabalhos em pequenos e grandes grupos; realização de

trabalhos em grupo; realização de trabalhos individuais; dinâmica de grupos;

entrevistas com profissionais; visitas a locais onde atuam médicos; realização de

experimentos em laboratório; elaboração de projetos de pesquisa e realização dos

mesmos; análise de dados de pesquisa, simulados ou reais.

As atividades complementares disponibilizadas aos alunos são parte do

modelo em aplicação - atividades de iniciação científica e de extensão, de

monitoria, estágios extracurriculares – e enriquecem o processo de trocas de

experiências e de aprendizagens entre discentes e docentes.

As atividades desenvolvidas no curso deverão ser objeto de reflexão

teórica e crítica, a serem realizadas em conjunto pelos alunos e o professor que

estiver propondo ou coordenando a tarefa. Outras modalidades de atividades e/ou

estratégias de ensino poderão, ainda, ser empregadas, dependendo das

especificidades, dos objetivos e das características de cada disciplina no curso.

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12 - Avaliação do desempenho acadêmico Das Disciplinas

No acompanhamento permanente do processo de ensino-

aprendizagem, a avaliação é instrumento que qualifica o desenvolvimento das

atividades de alunos. Será, portanto, além de somativa, formativa, e deste

processo resultam parâmetros orientadores, em retro-alimentação, das correções

necessárias. O aproveitamento escolar é avaliado através de acompanhamento

contínuo do aluno e dos resultados por ele obtidos nos exercícios escolares no

decorrer do processo e no exame final.

A avaliação do desempenho escolar é feita por disciplina, incidindo

sobre a freqüência e o aproveitamento. A freqüência às aulas e demais atividades

escolares é obrigatória, vedado o abono de faltas.

Os exercícios escolares, em número mínimo de três (3) por disciplina

visam à avaliação progressiva do aproveitamento do aluno e constam de provas

escritas, orais, práticas e outras formas de verificação previstas no plano de

ensino da disciplina.

O exame final, realizado ao fim do ano letivo, visa à avaliação da

capacidade do domínio do conjunto da disciplina e consta de uma prova prática e

de uma prova oral ou quando for o caso, a critério do professor, de uma prova

escrita com questões de natureza doutrinária e outra com questões teórico-

práticas.

A cada verificação de aproveitamento é atribuída uma nota, expressa

em grau numérico de 0 (zero) a 10 (dez). Atendida em qualquer caso a freqüência

mínima de 75% às aulas e demais atividades escolares, é aprovado:

I - Independentemente de exame final, o aluno que obtiver nota de

aproveitamento não inferior a 7 (sete), correspondente à média ponderada ou

aritmética das notas dos exercícios escolares, conforme previsto no plano de

ensino da disciplina;

II - Mediante exame final, o aluno que obtiver nota de aproveitamento

inferior a 7 (sete), e obtiver neste exame nota não inferior a 4 (quatro) e média não

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inferior a 5 (cinco). Para cálculo da média final, a média de aproveitamento tem

peso 6 (seis) e o exame final tem peso 4 (quatro).

É promovido à série seguinte o aluno aprovado em todas as disciplinas

da série cursada ou promovido com dependência em uma disciplina. O aluno

promovido em regime de dependência deverá matricular-se obrigatoriamente na

disciplina de que depende, condicionando-se a matrícula nas disciplinas da nova

série à compatibilidade de horários, e aplicando-se a todas as disciplinas as

mesmas exigências de freqüência e aproveitamento. Entretanto, não se admite

nova promoção, com dependência de disciplina de série não imediatamente

anterior, ressalvada a hipótese do não oferecimento da disciplina.

Do Internato A avaliação dos alunos, no Internato, incide sobre a freqüência e o

aproveitamento. É obrigatória a freqüência integral em todas as atividades

programadas para o Internato, não sendo permitido, sob hipótese nenhuma, o

abono de faltas.

A avaliação do aproveitamento do aluno é realizada pelo coordenador e

pelos preceptores de cada área, com observância aos seguintes critérios:

I. Avaliação de habilidades e de conhecimento cognitivo ao final de

cada estágio do Internato;

II. Desempenho profissional, mediante análise contínua dos seguintes

aspectos: comportamento ético; relacionamento com a equipe de trabalho e com o

paciente; interesse pelas atividades; responsabilidade; receptividade à crítica;

iniciativa; assiduidade e pontualidade.

É considerado aprovado o aluno que obtiver média final igual ou

superior a seis e freqüência integral em cada uma das áreas do Internato. Na

hipótese de o aluno ser reprovado em qualquer uma das áreas do Internato, fica

obrigado a repeti-la por ocasião de uma nova oferta.

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13 - Coordenação Pedagógica 13.1 Coordenação do Curso

O Curso de Medicina da FFFCMPA é Coordenado por um docente da

Instituição, vinculado à Pró-Diretoria de Graduação, e nomeado pelo Diretor da

FFFCMPA.

13.2 Comissão de Graduação A Comissão de Graduação traça as diretrizes e zela pela execução do

Projeto Pedagógico dos Cursos de Graduação da FFFCMPA, obedecida a

orientação geral estabelecida pelos Colegiados Superiores.

A comissão é presidida pelo Coordenador de Curso, e composta por 01

representante por Departamento de Ensino com vínculo com o Curso, com

mandato de 2 anos, e por 02 representantes discentes, com mandato de 01 ano,

permitida a recondução em ambos os casos, por mais um período.

Compete à Comissão de Graduação:

• Acompanhar a execução dos programas e planos de ensino de cada

disciplina;

• Normatizar e acompanhar as atividades complementares dos cursos

de graduação;

• Encaminhar aos Departamentos análise e parecer circunstanciado

nos pedidos de dispensa por aproveitamento de disciplinas;

• Promover a integração intra e interdisciplinares e departamentais;

• Propor alterações do currículo do curso ao Conselho Departamental;

• Encaminhar ao Conselho Departamental análise dos casos de

desligamento de alunos.

13.3 Coordenação do Internato O Internato é coordenado pela Pró-Diretoria de Graduação e por uma

Comissão de Internato, constituída pelo Pró-Diretor de Graduação, como

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coordenador geral; pelos coordenadores de cada área do Internato; pelos alunos

representantes do primeiro e segundo anos do Internato.

Esta Comissão é designada pelo Diretor da FFFCMPA e a ela compete

o exercício das seguintes atribuições:

I. Aprovar os Programas das diversas áreas do Internato;

II. Supervisionar, acompanhar e avaliar a execução dos Programas do

Internato;

III. Identificar e solucionar os problemas existentes no Internato;

IV. Apoiar os preceptores no exercício de suas atribuições;

V. Propor medidas com a finalidade de aperfeiçoar o processo pedagógico do

Internato;

VI. Zelar pelo cumprimento da legislação relativa ao Internato, do Regimento

da FFFCMPA, do Regulamento do Internato e das normas de organização e

funcionamento das instituições onde ocorre o Internato.

13.4 Assessoria Didático-Pedagógica A Assessoria Didático-Pedagógica do Curso de Medicina da FFFCMPA

é realizada pelo NÚCLEO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO (NAP), órgão

suplementar, subordinado à Pró-Diretoria de Graduação.

Este núcleo presta apoio às ações didático-pedagógicas empreendidas

no âmbito de toda a FFFCMPA, que visem à melhoria constante do processo de

ensino-aprendizagem e tem por atribuições, entre outras:

• Apoio ao aluno ingressante;

• Apoio ao aluno em repetência;

• Apoio ao aluno em situação de crise;

• Programa de Sensibilização ao problema do abuso de álcool e drogas na

comunidade acadêmica;

• Apoio ao Professor: capacitação didática pedagógica;

• Promoção de cursos, palestras, grupos de reflexão sobre orientação

psicopedagógica.

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14- Articulação Ensino/Pesquisa/Extensão As atividades de extensão e de pesquisa são entendidas como

instrumentos básicos do processo de ensino-aprendizado. A organização

curricular coloca e valoriza, como práticas curriculares, as atuações na extensão e

na pesquisa, considerando-as atividades complementares com peso específico na

construção final do histórico escolar do graduando. Fica definida a atividade

prática de pesquisa e a de extensão como fundamento do processo de formação

teórica.

15 - Avaliação Institucional (Docente, Discente, Instituição) O processo de avaliação institucional, abrangente, conta com

acompanhamento das atividades docentes e seus resultados em termos de ensino

e aprendizagem – avaliação discente. A avaliação institucional, ampla, envolve

estas outras duas quando entrecruza resultados demonstrados pelos instrumentos

em prática. Este processo é feito e mantido pela Comissões de Avaliação

Institucional (Comissão Própria de Avaliação e Comissão Interna de Avaliação).

16 – Bibliografia Fundação Nacional da Saúde [site na internet]. Ministério da Saúde; c1999-2003

[citado em 16 de março de 2004]. Disponível em http://www.funasa.gov.br

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília (DF).

RESOLUÇÃO - CNE/CES Nº 4 DE 07 DE NOVEMBRO DE 2001. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina.

SANTOS, Márcia M. C. dos (Org.).Projeto pedagógico: subsídios para elaboração e avaliação. Caxias do Sul: EDUCS, 1999. 62p.

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17 – Anexos ANEXO I - REGULAMENTO DO INTERNATO

CAPÍTULO IDA NATUREZA E DOS OBJETIVOS

Art. 1°. Os alunos do Curso de Graduação em Medicina serão submetidos, em

caráter obrigatório, ao Programa de Internato, durante o transcurso dos dois

últimos anos letivos, com estrita observância da legislação pertinente, do

Regimento da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre

e das disposições contidas neste Regulamento.

Parágrafo único. Entende-se por Internato o período destinado a complementar a

formação do aluno através do aprendizado prático e do desempenho de atividades

relacionadas com o ensino, pesquisa e extensão, nos campos onde deverá

desenvolver-se sua futura atuação profissional.

Art. 2°. São objetivos do Internato:

I. representar a última etapa da formação escolar do médico geral, dando-lhe

capacidade de resolver, ou bem encaminhar, os problemas de saúde da

população a que vai servir;

II. oferecer oportunidades para ampliar, integrar e aplicar os conhecimentos

adquiridos ao longo do curso de graduação;

III. desenvolver no aluno as técnicas e habilidades indispensáveis ao exercício

da medicina;

IV. promover o aperfeiçoamento, ou a aquisição, de atitudes adequadas à

assistência aos pacientes;

V. possibilitar a prática da assistência integrada, pelo estímulo à interação dos

diversos profissionais da equipe de saúde;

VI. proporcionar uma experiência acadêmico-profissional através da vivência

no mercado de trabalho hospitalar e extra-hospitalar;

VII. estimular o interesse pela promoção e preservação da saúde e pela

prevenção das doenças;

VIII. desenvolver a consciência das limitações, responsabilidades e

deveres éticos do médico, perante o paciente, a instituição e a comunidade;

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IX. fortalecer a idéia da necessidade de aperfeiçoamento profissional

continuado.

CAPÍTULO IIDA DURAÇÃO

Art. 3°. O Internato será realizado pelo prazo mínimo de vinte e três meses

ininterruptos, devendo-se observar, em qualquer caso, a carga horária de 3864

horas.

CAPÍTULO IIIDA ÁREA DE ATUAÇÃO

Art. 4º. Durante o Internato o aluno realizará estágios rotatórios contínuos nas

áreas de Medicina Interna, Cirurgia, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria e

Medicina Comunitária.

§ 1º. A ordem dos estágios rotatórios será definida pela Comissão de Internato.

§ 2º. Além dos estágios citados no caput deste artigo, os alunos realizarão um

estágio de quatro meses em área de sua opção, observando-se a concordância da

Comissão de Internato.

CAPÍTULO IVDO CAMPO DE ESTÁGIO

Art. 5°. Os estágios rotatórios do Internato serão realizados no âmbito da

Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre e em

instituições conveniadas à Instituição.

§ 1º. Para que o Internato possa se desenvolver fora do âmbito da Instituição de

Ensino, será necessária a realização de convênio, conforme estabelece o Artigo 2º

da Resolução nº 9, de 24 de maio de 1983 e o Artigo 3º da Resolução nº 1, de 04

de maio de 1989, do Conselho Federal de Educação.

§ 2º. O estabelecimento dos termos dos convênios, bem como das demais

condições operacionais, é da competência da Comissão de Internato que

considerará, para cadastramento das instituições prestadoras de serviços

médicos, os seguintes critérios e/ou exigências:

I. localização preferencial do campo de estágio no estado do Rio Grande do

Sul;

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II. prova de funcionamento regular e existência de condições técnicas e

científicas da instituição convenente compatíveis com as exigências da

formação a ser dispensada ao estagiário, a juízo do Colegiado Superior da

Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre;

III. existência de pessoal médico capacitado para exercer a função de

Preceptor, a juízo do Colegiado Superior da Fundação Faculdade Federal

de Ciências Médicas de Porto Alegre;

IV. prova final de avaliação do aproveitamento do estágio, realizada na

Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre.

CAPÍTULO VDO PROCESSO DE SUPERVISÃO

Art. 6°. Entende-se por supervisão do Internato a atividade destinada a

acompanhar e orientar o aluno, no decurso de sua prática profissional, de forma a

garantir a consecução dos objetivos estabelecidos em cada Programa.

Art. 7°. A supervisão do Internato será exercida pelos preceptores e pelo

coordenador de cada área.

CAPÍTULO VIDOS COORDENADORES E PRECEPTORES

Art. 8°. Cada área do Internato terá um coordenador, escolhido pelo Conselho

Departamental, entre os docentes de suas respectivas disciplinas, competindo-

lhes exercer as seguintes atribuições:

I. coordenar, acompanhar, controlar e avaliar a execução do Internato, em

sua respectiva área de atuação;

II. orientar os alunos em relação às suas atividades e a seus direitos e

deveres;

III. coordenar as reuniões dos preceptores;

IV. prestar informações em relação ao desenvolvimento do Internato;

V. enviar ao Departamento de Registro e Controle Acadêmico - DERCA os

resultados das avaliações dos alunos.

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Art. 9°. Os preceptores serão os professores e profissionais médicos que atuam

em cada área (estes últimos designados a critério do Conselho Departamental),

competindo-lhes exercer as seguintes atribuições:

I. elaborar, em conjunto com os representantes dos alunos, o Programa do

Internato;

II. cumprir e fazer cumprir os Programas do Internato;

III. acompanhar e avaliar o desempenho dos alunos em suas atividades

teóricas e práticas;

IV. coordenar as reuniões e demais eventos programados com os alunos;

V. prestar informações aos coordenadores sobre o desenvolvimento dos

Programas.

CAPÍTULO VIIDOS PROGRAMAS

Art. 10°. Os Programas de cada área do Internato serão elaborados pelo

coordenador e seus respectivos preceptores, com participação dos representantes

dos alunos de cada área, estando, porém, a sua execução sujeita à aprovação

prévia da Comissão de Internato.

Art. 11º. Na formulação do Programa, deverão ser incluídas, entre outras, as

seguintes informações:

I. nome dos preceptores e coordenadores;

II. objetivo geral;

III. objetivos específicos;

IV. especificação das atividades teóricas e práticas, com sua respectiva carga

horária;

V. definição da carga horária diária e semanal;

VI. mecanismos de supervisão e avaliação do aproveitamento;

VII. locais e serviços onde será desenvolvida a programação.

CAPÍTULO VIIIDO PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Art. 12º. A avaliação é parte integrante do processo pedagógico, devendo ser

efetivada sob dois enfoques:

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I. avaliação do Internato;

II. avaliação dos alunos.

Art. 13º. A avaliação do Internato será realizada pelos coordenadores, preceptores

e alunos, ao final de cada período, através de questionários elaborados pela

Comissão de Internato e aplicados pelo Pró-Diretor de Graduação, visando

subsidiar o Curso de Graduação em Medicina de informações e dados que

possam contribuir para a melhoria do processo de formação e qualificação

profissional.

Art. 14º. A avaliação dos alunos incidirá sobre a freqüência e o aproveitamento.

Art. 15º. É obrigatória a freqüência integral em todas as atividades programadas

para o Internato, não sendo permitida, sob hipótese nenhuma, o abono de faltas.

§ 1°. Observada a disponibilidade de recuperação da abstenção no período das

férias, será permitido que o aluno falte nas seguintes situações:

I. incapacidade física;

II. luto por falecimento de cônjuge, filho, pais e irmãos;

III. convocação pelo Poder Judiciário ou pelos órgãos colegiados da Fundação

Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre;

IV. casamento do aluno.

§ 3°. As faltas poderão ocorrer por um período não superior a 15 (quinze) dias.

§ 4°. Em qualquer das hipóteses mencionadas nas alíneas do parágrafo 1º, o

aluno deverá apresentar documento comprobatório à Direção da Fundação

Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, ficando a critério desta

aceitar a justificativa.

Art. 16º. A avaliação do aproveitamento do aluno será realizada pelo coordenador

e pelos preceptores de cada área, com observância aos seguintes critérios:

I. prova de avaliação de habilidades e de conhecimento cognitivo ao final de

cada estágio do Internato;

II. desempenho profissional, mediante análise contínua dos seguintes

aspectos: comportamento ético; relacionamento com a equipe de trabalho e

com o paciente; interesse pelas atividades; responsabilidade; receptividade

à crítica; iniciativa; assiduidade e pontualidade.

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Parágrafo único. A média das avaliações indicadas nos incisos I e II deste artigo

deverão ser encaminhados ao Departamento de Registro e Controle Acadêmico -

DERCA, para efeito de registro no histórico escolar de cada aluno.

Art. 17º. Será considerado aprovado o aluno que obtiver média final igual ou

superior a seis e freqüência integral, em cada uma das áreas do Internato.

Parágrafo único. Na hipótese do aluno ser reprovado em qualquer uma das áreas

do Internato, fica o mesmo obrigado a repeti-la por ocasião de uma nova oferta

pela Faculdade.

CAPÍTULO IXDA COMISSÃO DE INTERNATO

Art. 18º. O Internato será coordenado pela Pró-Diretoria de Graduação e por uma

Comissão de Internato, assim constituída:

I. o Pró-Diretor de Graduação da Fundação Faculdade Federal de Ciências

Médicas de Porto Alegre, como coordenador geral;

II. os coordenadores de cada área do Internato;

III. os alunos representantes do primeiro e segundo anos do Internato, em

número total de 2 (dois), indicados pelos seus respectivos pares.

§ 1º. A Comissão de Internato será designada pelo Diretor da Fundação

Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre através de ato formal

próprio.

§ 2º. O mandato dos coordenadores será de dois anos, podendo haver

recondução.

§ 3º. O mandato dos representantes dos alunos será de um ano.

Art. 19º. A Comissão de Internato reunir-se-á, ordinariamente, a cada dois meses

e, em caráter extraordinário, quando for convocada pelo Pró-Diretor de Graduação

ou por dois terços de seus membros, devendo, em ambos os casos, ser divulgado

o seu temário.

§ 1º. As reuniões somente poderão ser iniciadas com a presença da maioria

simples de seus membros, em primeira convocação e, com um mínimo de um

terço, em segunda convocação, após trinta minutos.

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§ 2º. As deliberações ou decisões da Comissão de Internato somente produzirão

efeito mediante aprovação de mais da metade de seus membros presentes à

reunião.

§ 3º. Nas faltas ou impedimentos do Pró-Diretor de Graduação, a coordenação

dos trabalhos será exercida pelo Vice-Coordenador, devidamente eleito pelos

demais membros, entre os coordenadores na primeira reunião da Comissão de

Internato.

Art. 20. Compete à Comissão de Internato exercer as seguintes atribuições:

I. aprovar os Programas das diversas áreas do Internato;

II. supervisionar, acompanhar e avaliar a execução dos Programas do

Internato;

III. identificar e solucionar os problemas existentes no Internato;

IV. apoiar os preceptores no exercício de suas atribuições;

V. propor medidas com a finalidade de aperfeiçoar o processo pedagógico do

Internato;

VI. zelar pelo cumprimento da legislação relativa ao Internato, do Regimento da

Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, deste

Regulamento e das normas de organização e funcionamento das

instituições onde ocorre o Internato.

CAPÍTULO XDA COORDENAÇÃO DO INTERNATO

Art. 21º. O Coordenador do Internato será o Pró-Diretor de Graduação da

Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre.

Art. 22º. Compete ao Coordenador do Internato exercer as seguintes atribuições:

I. convocar e presidir as reuniões da Comissão de Internato;

II. manter um sistema de informações relativas ao acompanhamento e

desenvolvimento do Internato;

III. articular-se com os Departamentos Acadêmicos que atuam no Programa de

Internato, visando aperfeiçoar o processo de formação e qualificação

profissional;

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IV. articular-se com o Departamento de Registro e Controle Acadêmico -

DERCA, visando dirimir dúvidas no cumprimento da legislação relativa ao

Internato;

V. informar, periodicamente, ao Diretor da Fundação Faculdade Federal de

Ciências Médicas de Porto Alegre sobre o desenvolvimento do Programa

de Internato;

VI. comunicar ao Diretor da Faculdade as transgressões disciplinares dos

alunos, para as providências cabíveis;

VII. elaborar relatório anual das atividades da Comissão de Internato,

para efeito de encaminhamento ao Diretor da Faculdade;

VIII. conduzir, em estreita articulação com os órgãos competentes da

Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, os

processos de avaliação do Programa de Internato.

CAPÍTULO XIDOS ALUNOS

Art. 23º. Serão assegurados aos alunos os seguintes direitos:

I. alojamento e alimentação nos dias de plantão;

II. encaminhamento de recurso à Comissão de Internato, em primeira

instância e, em segunda instância, ao Conselho Departamental.

Art. 24º. São deveres dos alunos:

I. cumprimento dos horários estabelecidos, bem como dos plantões que

lhes forem destinados;

II. cumprimento do calendário da Fundação Faculdade Federal de Ciências

Médicas de Porto Alegre;

III. dedicação aos estudos e às atividades programadas:

IV. freqüência obrigatória aos cursos, reuniões e outros eventos incluídos no

Programa de Internato;

V. relacionamento ético e cortês para com os pacientes, docentes,

servidores, colegas e demais alunos da Faculdade;

VI. cumprimento das disposições contidas neste Regulamento, no Regimento

da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre e

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nas normas de organização e funcionamento das instituições onde ocorre o

Internato.

Art. 25º. Os representantes dos alunos, junto à Comissão de Internato, terão

direito a voz e voto, competindo-lhes exercer as seguintes atribuições.

I. reunir-se, regularmente, com os alunos para efeito de conhecimento do

desenvolvimento do Programa;

II. submeter à apreciação e aprovação da Comissão de Internato as

reivindicações dos alunos.

CAPÍTULO XIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 26º. Somente poderá matricular-se no Internato aquele aluno que tiver obtido

aprovação em todas as disciplinas cursadas anteriormente.

Art. 27º. Sem prejuízo dos objetivos e das atividades do Internato, bem como das

exigências de cada Serviço, será permitido ao aluno um período de quatro

semanas de férias, mediante escala determinada pela Comissão de Internato.

Art. 28º. Observadas as disposições contidas na legislação pertinente, no

Regimento da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre

e neste Regulamento, compete à Comissão de Internato baixar normas, de caráter

complementar e procedimental, objetivando a plena e efetiva consecução dos

objetivos do Internato do Curso de Graduação em Medicina.

Art. 29º. Os casos omissos serão analisados e resolvidos pela Comissão de

Internato.

Art. 30º. Revogadas as disposições em contrário, o presente Regulamento passa

a vigorar a partir de sua assinatura.

* Regulamento aprovado pelo Conselho Departamental da

Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre em vinte e

quatro de novembro de mil novecentos e noventa e oito.

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ANEXO 2 – EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS 1ª série

Anatomia Humana Estuda a morfologia humana, tanto nos seu aspecto sistemático como topográfico,

com uma abordagem funcional indispensável ao melhor entendimento da

morfologia. Introduz ao aluno a nomenclatura anatômica e a linguagem médica.

Inicialmente são estudados os diferentes sistemas: ósseo, muscular, articular,

vascular, nervoso, etc.; seguido do estudo topográfico da cabeça, membros

superior e inferior, região cervical, tórax, abdome e pelve.

Biofísica Estuda os fenômenos físico-químicos relacionados à vida, ao meio ambiente e à

interação dos mesmos com os seres vivos e os eventos biológicos com base nos

conceitos da Física e com ênfase primordial na prática médica, clínica e cirúrgica.

São abordados tópicos relacionados com a biofísica do meio interno, as soluções

neste meio, os compartimentos e líquidos do organismo. Os mecanismos

determinantes do pH, como é feita sua regulação, os meios de transporte através

da membrana celular, a gênese dos potenciais elétricos e a forma de condução do

impulso nervoso, juntamente com os mecanismos e funções básicas dos sistemas

homeostáticos. Além disso, estuda as características do som e da audição, bem

como, os mecanismos de geração da luz e a captação luminosa pela visão serão

discutidos. Para tanto, serão utilizados resultados experimentais ou advindos da

prática clínica e cirúrgica.

Bioquímica Estuda as estruturas, propriedades e funções dos principais constituintes químicos

celulares e da catálise enzimática, necessários para o entendimento das

transformações que ocorrem no ser vivo. A partir do conhecimento das

biomoléculas são abordados os mecanismos de síntese e degradação destes

compostos nos diferentes tecidos, estabelecendo correlações clínicas. Os

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processos de biossinalização e da integração e regulação hormonal do

metabolismo intermediário no homem. A compreensão dos conceitos de

bioenergética e da respiração celular possibilitará a entendimento das

transformações energéticas que ocorrem no ser vivo, tanto no estado saudável

como em estados patológicos. Aspectos básicos da Biologia Molecular também

são estudados buscando o entendimento dos processos síntese dos ácidos

nucléicos.

Citologia e Histologia Estuda a organização da biologia celular no corpo humano, dos diferentes tipos

celulares e sua classificação funcional. Análise morfofuncional dos diferentes tipos

de tecidos e suas características microscópicas. Observação e reconhecimento

dos tecidos ao microscópio de luz. Estuda a organização e distribuição dos tecidos

nos órgãos que compõem os sistemas do corpo humano.

Embriologia Introduz o estudo de Embriologia abordando fundamentos sobre aspectos do

desenvolvimento biológico desde a gametogênese masculina e feminina,

fecundação e principais etapas do desenvolvimento embrionário, desenvolvimento

dos órgãos e sistemas, assim como as malformações congênitas voltados para os

aspectos clínicos.

Informática Médica Promove o contato com os recursos básicos da Informática e as suas diversas

aplicações à área da saúde, incentivando os alunos no seu uso como uma

ferramenta de trabalho importante para o desenvolvimento das suas atividades

curriculares e práticas em saúde.

Medicina e Comunidade Orienta o aluno a desenvolver conhecimentos sobre o processo de saúde e

doença no âmbito da família, da comunidade e da sociedade brasileira.

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Metodologia Científica Desenvolve uma atitude crítica nos alunos em relação às diversas formas de

evidências científicas, discutirem cada etapa da elaboração de um trabalho

científico e proporcionar a vivência de elaboração de um projeto de pesquisa com

todos os seus elementos.

Parasitologia Médica Estuda os parasitos e fungos de importância clínica. Morfologia, ciclo evolutivo,

diagnóstico laboratorial e profilaxia. Estudo dos artrópodes produtores e

transmissores de doenças.

Psicologia Médica Estuda os conceitos de saúde mental dentro da perspectiva da saúde coletiva.

Reflete sobre os aspectos psicossociais das doenças clínicas, a importância da

relação médico-paciente, do trabalho em equipe e do cuidado humanizado em

saúde. Estabele relações entre os diferentes pressupostos científicos que

norteiam a atenção em saúde mental. Desenvolve dinâmicas pedagógicas grupais

que estimulam a cooperação, criatividade e autonomia do aluno. Permite que o

aluno observe e vivencie situações e práticas de atuação multiprofissional de

cuidado em saúde mental em serviços comunitários de atenção.

2ª série Deontologia Aborda os conceitos deontológicos e bioéticos fundamentais e sua aplicabilidade

na prática diária do profissional da saúde e do estudante de medicina.

Diagnóstico por Imagem Aborda considerações anatômicas, considerações técnicas e introdução aos

diagnósticos por imagem das principais situações patológicas encontradas na

prática médica, relacionadas à Radiologia Pulmonar e Cardíaca; Radiologia

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Musculoesquelética; Radiologia Urinária e Digestiva; Neurorradiologia e

Radiologia Craniofacial; Ecografia e Radiologia Ginecológica e Medicina Nuclear.

Fisiologia Humana Promove a obtenção de conhecimentos sobre o funcionamento normal do

organismo humano. São abordados em profundidade os tópicos que dizem

respeito a todos os sistemas orgânicos e sua aplicação para a prática médica. São

discutidos assuntos visando integrar as funções coexistentes em organismo uno e

com seu meio buscando a manutenção da homeostasia.

Genética Humana Estuda a identificação da estrutura, organização e função do genoma humano

com a finalidade de compreender as bases das patologias genéticas.

Apresentação dos princípios das técnicas básicas de análise dos genes e

cromossomos humanos e discussão de suas aplicações no diagnóstico e na

investigação clínica.

Hematologia Estuda os elementos formadores do sangue, os constituintes do sangue, a

coagulação e os órgãos envolvidos ou que interagem com estes processos.

Relaciona os conhecimentos de fisiopatogênese das principais doenças do

sangue com sinais e sintomas das doenças. Estuda a semiologia das principais

doenças hematológicas. Introduz os conceitos fundamentais do tratamento das

doenças hematológicas mais prevalentes. Proporciona contato direto com

pacientes hematológicos. Estimula a adoção de uma postura médica ética e

baseada no raciocínio clínico. Identifica a metodologia de pesquisa clínica aplicada

no desenvolvimento dos conhecimentos e novos tratamentos hematológicos.

Imunologia e Imunopatologia Promove o conhecimento dos mecanismos imunológicos na saúde e na doença e

a aplicação prática no diagnóstico clínico.

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Medicina Social Prepara o aluno para a atuação profissional e tomada de decisões no âmbito

pessoal, clínico e principalmente, coletivo. A ênfase dada é no cuidado de saúde

baseada em evidências, doenças de impacto social e sistema/políticas de saúde.

Medicina Legal Desenvolve os conteúdos relacionados ao indivíduo e à violência, abordando os

aspectos periciais relacionados ao dano físico, suas diferentes formas, seus

aspectos jurídicos, suas conseqüências, bem como o estudo da morte e seus

fenômenos. Analisa ainda os eventos epidemiológicos relacionados com a

violência e maus-tratos à criança e ao adolescente, à violência doméstica e o

papel médico no esclarecimento da justiça. Aborda as novas tecnologias em

saúde e sua aplicabilidade nos eventos de aplicabilidade jurídica.

Microbiologia Médica Aborda a presença de microrganismos e sua relação com o hospedeiro humano.

Explora a relação parasita-hospedeiro com a intenção de preparar o estudante

para a tomada de decisão e definição de estratégias de prevenção e controle das

doenças infecciosas.

Patologia Geral Aborda os conceitos da patologia humana e as relações clínico-patológicas do

organismo humano.

Semiologia Geral Desenvolve as habilidades necessárias para a realização do exame clínico geral

do paciente adulto ao mesmo tempo em que procura entender o paciente e a

doença dentro do seu contexto socio-econômico e psicosocial.

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3ª série Cardiologia Aborda o conhecimento dos principais sintomas relacionados às doenças

cardiovasculares; Estuda as manifestações físicas das doenças cardiovasculares

e suas relações com o envolvimento de outros sistemas orgânicos e dos

fundamentos básicos de semiologia cardiovascular e cardiologia clínica

diagnóstica e terapêutica.

Dermatologia Estuda a semiologia dermatológica, lesões melanocíticas benignas, neoplasias

cutâneas, eczemas, piodermites, dermatoviroses, micoses superficiais e

profundas, dermatozoonoses, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis,

farmacodermias, dermatoses relacionadas à síndrome da imunodeficiência

adquirida e a outras doenças sistêmicas e dermatoses de interesse pediátrico.

Demonstra os aspectos fundamentais da consulta dermatológica, observando-se o

raciocínio para o diagnóstico e o manejo das dermatoses de maior freqüência

ambulatorial.

Endocrinologia Estuda as principais síndromes endocrinológicas, os mecanismos patogenéticos e

fisiopatológicos destas síndromes e os exames subsidiários fundamentais para

confirmar o seu diagnóstico e a definição das bases do tratamento.

Epidemiologia Estuda a Epidemiologia Geral: Introdução ao estudo da Epidemiologia. Saúde e

doença. Método epidemiológico. Epidemiologia descritiva. Epidemiologia analítica.

Epidemiologia clínica. Epidemiologia Especial: Vigilância epidemiológica. Testes

diagnósticos e métodos de associação.

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Farmacologia Básica e Clínica Prepara o aluno para o estudo sistemático e continuado dos medicamentos,

compreendendo desde a Farmacologia Pré-Clínica até a Clínica, para apoiar o uso

correto de medicamentos no processo terapêutico; Estuda a classificação dos

medicamentos, apontando sua estrutura química, mecanismo de ação,

farmacocinética, indicações, contra-indicação, modos de uso, efeitos adversos e

interações com outros medicamentos, alimentos e drogas de abuso de forma a

justificar a opção do arsenal terapêutico e a prescrição correta e a legislação

referente a dispensação e prescrição de medicamentos. Além disto, desenvolve

habilidades para prescrição e para aplicação dos medicamentos.

Gastroenterologia Estuda conceitos de fisiopatologia, diagnóstico e manejo das principais doenças

gastroenterológicas; promove a elaboração de hipóteses diagnósticas, baseado na

história clínica e exame físico do paciente; familiariza o aluno na propedêutica

específica para chegar ao diagnóstico etiológico e fornece os princípios básicos da

terapêutica gastroenterológica.

Infectologia Estuda o diagnóstico, o tratamento e a prevenção de doenças infecciosas e

parasitárias transmissíveis mais freqüentes e sua correlação com a saúde pública

global e local.

Introdução à Cancerologia Promove a introdução ao estudo da cancerologia; da biologia tumoral; da etiologia;

da fisiopatologia do câncer e dos meios diagnósticos do câncer; dos princípios

gerais do tratamento do câncer; da epidemiologia, diagnóstico e tratamento do

câncer: da pele, da cabeça, do pescoço, da mama, dos ossos, do pulmão,

ginecológico, do aparelho digestivo, da próstata e a prevenção do câncer.

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Oftalmologia Desenvolve conteúdos de interesse prático para o médico generalista e assuntos

específicos da Oftalmologia, bem como os exames rotineiros da prática médica,

tais como: Fundo de Olho, Medida da Pressão Intra-Ocular e examine do paciente

na lâmpada de Fenda.

Otorrinolaringologia Promove o estudo do reconhecimento, diferenciação e formas de tratamento

preventivo ou curativo das afecções otorrinolaringológicas mais comuns no nosso

meio. Fornece uma visão global do paciente, chamando a atenção para os

condicionantes sócio-econômico-culturais das doenças otorrinolaringológicas

(especificidade de estágios de certas doenças à população de baixa renda, má

higiene, procura tardia de assistência, exposição ao ruído industrial, alcoolismo,

tabagismo ativo e passivo), fornecendo, assim, elementos incentivadores do

enfoque da promoção da saúde.

Patologia em Clínica Médica Aborda os conceitos e aspectos clínico-patológicos de enfermidades de alguns

dos órgãos e sistemas do organismo humano, através da integração de

conhecimentos com as disciplinas clínicas e cirúrgicas.

Pediatria Estuda a apresentação da criança normal desde o período neonatal até a

adolescência, o crescimento e o desenvolvimento normal da criança e a

importância da sua vigilância. Alimentação da criança desde o aleitamento

materno bem como a introdução dos diversos alimentos e os procedimentos de

imunizações.

Pneumologia Promove o estudo da pneumologia, a ênfase no uso de critérios diagnósticos

objetivos e no planejamento terapêutico, as bases da anatomia do tórax, da

fisiologia pulmonar , os mecanismos de defesa dos pulmões e das vias aéreas, as

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principais manifestações das doenças respiratórias - desenvolver a habilidade de

colher e entender os principais dados da história clínica, com base no

conhecimento da história natural das doenças.

Psiquiatria Promove o estudo da identificação, do registro, da avaliação e do atendimento

e/ou encaminhamento de problemas de saúde mental em geral com ênfase nos

problemas prioritários de populações brasileiras.

Reumatologia Estuda os mecanismos etiopatogênicos das doenças reumáticas e suas

correlações com as manifestações clínica, as condutas terapêuticas e a

identificação dos diversos quadros clínicos das enfermidades reumáticas, bem

como os exames subsidiários, que auxiliam no diagnóstico e no acompanhamento

das doenças e o arsenal terapêutico.

Semiologia Propõe o estudo do exame clínico integrado, do prontuário médico e da lista de

problemas através da semiologia baseada em evidências, introduzindo o aluno no

processo do raciocínio diagnóstico baseado no conhecimento das informações

obtidas no exame clínico.

Técnica Operatória Estuda os princípios de assepsia e anti-sepsia, técnicas básicas de pequenos

procedimentos, metabologia cirúrgica, equipe operatória, princípios de pré e pós-

operatório e centro cirúrgico, introduzindo o aluno na arte e na técnica operatória,

bem como a nomenclatura e o manuseio do material cirúrgico corrente.

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4ª série Anestesiologia

Promove o estudo do preparo do doente para a anestesia, da medicação

pré-anestésica, da manutenção das vias aéreas, da respiração artificial, da

reanimação cárdio-respiratória e reposição volêmica, bem como os tipos de

anestesia (geral e condutiva), a anestesia em eventualidades especiais, a

recuperação pós-anestésica e a fisiopatologia e terapêutica da dor.

Angiologia e Cirurgia Vascular Estuda os aspectos básicos da epidemiologia, prevenção, diagnóstico simplificado

e complementar das Moléstias Vasculares Periféricas, viscerais, cérebro-

vasculares, os tratamentos disponíveis para cada situação, com apresentação

simultânea do custo/benéfico de cada procedimento e do risco agregado.

Cirurgia Geral Estuda as técnicas cirúrgicas e conceitos básicos de técnica cirúrgica, da assepsia

e antiassepsia, do ambiente cirúrgico, da equipe cirúrgica, do Instrumental, da

terminologia cirúrgica e dos atos operatórios fundamentais, bem como dos riscos

relacionados à cirurgia.

Cirurgia Pediátrica Estuda as patologias cirúrgicas, congênitas ou adquiridas, que acometem o

recém-nascido, o lactente, o pré-escolar e o escolar, excetuando-se as doenças

relacionadas às especialidades de Cirurgia Cardíaca, Traumato-Ortopedia e a

Neurocirurgia.

Cirurgia Plástica Estuda as rotinas básicas das diferentes áreas da especialidade, como

queimaduras, trauma, congênitas, enxertos, retalhos, reconstruções com retalhos

livres, cirurgia reparadora e cirurgia estética. Rotinas de atendimento ambulatorial

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e rotinas de bloco cirúrgico. Treinamento básico em suturas de uma maneira geral.

Enfoque de aspectos psicológicos do paciente que apresenta dismorfofobia.

Cirurgia Torácica Estudo das doenças pulmonares agudas e crônicas dos exames de apoio

diagnóstico e do tratamento clínico e cirúrgico de doenças pulmonares mais

freqüentes.

Coloproctologia Estuda os aspectos básicos da área, a semiologia e a propedêutica

coloproctológica; a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças do

intestino grosso. Promoção da saúde através da prevenção, diagnóstico e cura

das doenças.

Genética Clínica Fornece conhecimentos gerais sobre as doenças genéticas, os métodos de

diagnóstico e prevenção, os grupos de risco de anomalias genéticas e/ ou

congênitas, bem como o papel do médico no aconselhamento genético dos

pacientes com tais anomalias e seus familiares.

Ginecologia Introduz o ensino da Ginecologia, estudando aspectos funcionais, infecciosos,

neoplásicos benignos e malignos, dando ao aluno uma visão clara da

especialidade e de seus recursos diagnósticos e terapêuticos.

Medicina de Urgência e Trauma Busca a preparação teórico-prática do aluno para o atendimento às urgências e ao

trauma. Os temas são apresentados com ótica generalista, ressaltando condutas e

procedimentos universais empregados nestas circunstâncias. São exercitados o

manejo de via aérea, ventilação, choque, reanimação, trauma, exame mini-

neurológico, procedimentos emergenciais, imobilização e o uso de métodos

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auxiliares. A sistematização e a confiabilidade conferida a avaliação clínica são a

base do processo.

Nefrologia Estuda as principais patologias clínicas do aparelho urinário, complicações e

tratamento das mesmas, anamnese, exame físico, diagnóstico, tratamento e

prognóstico de casos propostos. Desenvolvimento de habilidades de comunicação

e relacionamento com os pacientes, mantendo uma conduta ética.

Desenvolvimento de hábito e técnicas de estudo visando manter sua auto-

educação permanente.

Neurocirurgia Enfoca o tratamento cirúrgico e o manejo global das patologias do sistema

nervoso.

Neurologia Estuda as principais síndromes do sistema nervoso e as moléstias a elas

relacionadas.

Obstetrícia Promove o estudo da atenção da mulher. Ações destinadas à promoção e

proteção da saúde da gestante e do recém-nascido; fisiologia da gravidez;

assistência pré-natal; fisiologia e assistência ao parto e puerpério. Noções básicas

de sexualidade humana; afecções do aparelho reprodutor feminino, doenças

mamárias, doenças sexualmente transmissíveis, neoplasias. Cirurgia

tocoginecológica. Informações e avaliação de conhecimentos, em nível hospitalar

e ambulatorial, primário e secundário. Perturbação da menstruação. Reprodução

humana e planejamento familiar.

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Ortopedia e Traumatologia Estuda os aspectos significativos em relação a fraturas, patologias ortopédicas,

complicações e tratamento dos mesmos de forma, a saber, examinar, diagnosticar

e tratar os casos propostos.

Patologia em Clínica Cirúrgica Aborda os conceitos da patologia humana e as relações clínico-cirúrgico-

patológicas do organismo humano.

Pediatria Aborda a consulta pediátrica, suas peculiaridades e possíveis diferenças com

outros tipos de consulta. A anamnese e o exame físico do paciente pediátrico,

variações dos sinais vitais por faixas etárias. Estudo das principais patologias

atendidas a nível ambulatorial e hospitalar em crianças.

Pediatria Comunitária Estuda os principais problemas das crianças em relação e decorrentes de seu

contexto social. Instrumentaliza para o acompanhamento do crescimento normal

da criança, independente do ambiente social onde está inserida.

Urologia Aborda os princípios fundamentais da urologia gênito-urinária masculina e

feminina desde a infância até o “envelhecimento”, tanto no que tange ao sintomas,

diagnóstico e tratamento dos eventos mais comuns. Enfoca com ênfase a

prevenção em todas as áreas, focalizando diagnóstico precoce tanto em

anomalias congênitas incluindo as genitais, como doenças adquiridas (doenças

venéreas, trauma, tumores, etc.), evitando seqüelas futuras. Estuda os fatores de

risco, frutos do estilo de vida (obesidade, fumo, drogas, álcool, sedentarismo, etc.)

e a melhor qualidade de vida futura evitando cirurgias de grande porte, invasivas e

mutilantes (cistectomia, nefrectomia, derivação urinária, orquiectomia, etc.).

Orienta para a dismistificação de princípios culturais latinos no que concerne à

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valorização dos sinais e sintomas gênito-urinários (hematúria, hemospermia,

nódulos testiculares, etc.), reprodução humana e função sexual.

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