projeto educativo do agrupamento - espenalva.pt · 7.2 - aumentar as taxas de frequência diária...
TRANSCRIPT
0
PROJETO EDUCATIVO DO AGRUPAMENTO
2012
1
Índice
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
1 – CONTEXTUALIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO ............................................................. 5
1.1- Perspetiva histórico-geográfica ....................................................................................... 5
1.2- Caracterização do Concelho ........................................................................................... 7
1.3 - Uma perspetiva económico/cultural e recreativa ......................................................... 8
2 - CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO ................................................................. 12
2.1 - Oferta educativa do Agrupamento .............................................................................. 15
2.2 - Projetos .......................................................................................................................... 15
2.3 - Parcerias ........................................................................................................................ 16
3. MISSÃO, VISÃO E VALORES .......................................................................................... 17
4. PRINCÍPIOS ......................................................................................................................... 18
5 - IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS FORTES E FRACOS .............................................. 20
5.1 - Socioeconómicos e culturais: ........................................................................................ 20
5.2 - Alunos ............................................................................................................................ 22
5.3 - Espaços Físicos / Equipamento .................................................................................... 22
6 - OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ........................................................................................ 22
7 - METAS PARA O QUADRIÉNIO 2011-2015 ................................................................... 23
7.1 - Reduzir o abandono escolar ......................................................................................... 23
7.2 - Aumentar as taxas de frequência diária das crianças na educação escolar ............ 24
7.3 - Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 1.º ciclo do ensino básico ................. 25
7.4 - Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 2.º ciclo do ensino básico ................. 27
7.5 - Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 3.º ciclo do ensino básico ................. 28
7.6 - Aumentar a taxa global de sucesso escolar no ensino secundário ............................ 30
8 - PLANO DE FORMAÇÃO DO AGRUPAMENTO .......................................................... 31
9 - AVALIAÇÃO DOS ALUNOS ............................................................................................ 32
10 - AVALIAÇÃO DO PESSOAL DOCENTE ...................................................................... 32
NOTA FINAL ............................................................................................................................ 34
ANEXOS..................................................................................................................................... 35
1. Critérios para a constituição de turmas ...................................................................... 35
1.1. Educação Pré-escolar ............................................................................................ 35
1.2. Primeiro Ciclo do Ensino Básico .......................................................................... 35
1.3. Segundo Ciclo do Ensino Básico .......................................................................... 36
1.4. Terceiro Ciclo do Ensino Básico .......................................................................... 36
2
1.5. Ensino Secundário ................................................................................................. 37
2. Critérios para a elaboração dos horários .................................................................... 38
3. Critérios para a distribuição de serviço docente ........................................................ 38
3.1. Educação Pré-Escolar: .......................................................................................... 39
3.2. Primeiro Ciclo: ...................................................................................................... 39
3.3. Segundo e Terceiro Ciclos: ................................................................................... 39
3.4. Ensino Secundário: ............................................................................................... 40
3
INTRODUÇÃO
O Projeto Educativo (P.E.) é “um
contrato que compromete e vincula
todos os membros da comunidade
educativa numa finalidade comum
sendo o resultado de um consenso a
que se chega depois de uma análise de
dados, de necessidades e de
expectativas (...)”
( S. Antúnez et al. , 1991 : 20-21)
As mudanças sociais e políticas que têm vindo a ganhar forma introduziram
também uma nova conceção de escola. A mudança impôs-se como um desafio
permanente e o papel educativo da escola é sistematicamente questionado. Que
responsabilidades acrescidas cabem agora à escola? Que condições existem para que
eventuais respostas sejam colocadas em ação? Qual o papel do Estado nesta nova
conjuntura?
O princípio da democratização e a preocupação da promoção da qualidade da
educação conduziram à tomada de um conjunto de atitudes e decisões que impõem o
desenvolvimento de uma postura inovadora por parte de todos aqueles que detêm
responsabilidades nesta matéria.
Formar “cidadãos capazes de julgarem com espírito crítico e criativo o meio
social em que se integram e de se empenharem na sua transformação progressiva” é
um desafio que a escola procura vencer. E é neste sentido que a conceção de um quadro
legal de suporte define os princípios gerais pelos quais a escola se deverá orientar,
assumindo contudo, que a criação de um modelo “pronto a vestir” é desajustado, pelo
que se reconhece que cada escola possui realidades perfeitamente distintas e que o
direito à diferença é uma forma de respeitar e valorizar diferentes saberes e culturas.
A Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 46/86) e a criação de um novo
modelo de gestão constituem dois dos principais pilares de sustentação legal para a
mudança na escola. Ao mesmo tempo que transfere para a escola um maior poder de
decisão e intervenção, aumenta em simultâneo as suas responsabilidades. Pretende-se,
entre outras coisas, “favorecer um percurso sequencial e articulado dos alunos
4
abrangidos pela escolaridade obrigatória...”, “superar situações de isolamento e
prevenir a exclusão social” e “reforçar a capacidade pedagógica...”, a partir da
conceção de um projeto educativo comum (Dec.-Lei nº 75/2008).
É, pois, nesta linha de orientação que o presente projeto se apresenta como uma
proposta de desenvolvimento e mudança ao conjunto de estabelecimentos da educação
Pré-Escolar do 1º e 2º ciclos e do 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário que
compõem o Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo. Este documento é, assim,
de natureza geral e de planificação estratégica a longo prazo, definindo para os
próximos três anos as suas principais linhas orientadoras. A conceção deste projeto teve
em conta várias circunstâncias e procurou envolver toda a comunidade educativa,
dando-lhe voz através de contactos informais e de questionários elaborados para o
efeito. Os principais objetivos passam pela aspiração de criar uma verdadeira
comunidade educativa, onde todos se revejam, se sintam implicados e se tornem
elementos ativos e interventivos. Neste sentido procurámos conhecer os principais
anseios, dificuldades e expectativas dos intervenientes, dando uma perspetiva do meio
físico envolvente, a partir dos quais se procurou definir um quadro de referência
comum. Cada escola, grupo, professor e comunidade mover-se-ão neste enquadramento
prosseguindo vias diferentes mas com objetivos claros que passam pela construção de
uma oferta de ensino público de qualidade a que todos tenham acesso.
Definimos também a forma de acompanhar o andamento de todo o processo,
para que em conjunto possamos refletir, partilhar e reajustar os aspetos considerados
necessários, a fim de poderem ser alcançados os fins a que nos propomos.
5
1 – CONTEXTUALIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO
1.1- Perspetiva histórico-geográfica
Embora polémico, associa-se o nome do concelho a um castelo, construído na
margem esquerda do rio Dão sobre uma penha - “peña alva” (elevação formada por
pedra branca), junto da antiga Vila de Castelo de Penalva. Desse castelo não existem
vestígios. No entanto, há historiadores que acreditam na sua existência, reconhecendo a
sua importância estratégico – defensiva para os cristãos antes de novas conquistas para
o sul do país, aquando da Reconquista Cristã.
Se a existência ou não de um castelo tem levantado algumas interrogações, os
vestígios arqueológicos e a toponímia são testemunhos da antiguidade do povoamento
nesta terra da Beira.
Datados da pré - história podemos encontrar em Esmolfe a Anta do Penedo do
Com - Neolítico, o Castro da Paramuna e sepulturas antropomórficas, para além de
vários objetos datados deste período: pontas de setas, cerâmica campaniforme, lâminas,
machados..., encontrados neste concelho.
A passagem e fixação dos Romanos na Península Ibérica também deixou a sua
marca em terras de Penalva do Castelo. Desta época podemos observar a estrada
Romana da Quinta da Ponte - Sezures, a Ponte Romana e Estrada Romana de Castelo de
6
Penalva. São ainda reconhecidas características romanas na “Ponte das Porcas”, sobre a
ribeira de Côja e numa calçada bem conservada que sobe à Ínsua. Inscrições romanas,
vestígios de cerâmica, moedas e diversos objetos romanos que hoje fazem parte do
espólio de alguns museus também aqui foram encontrados.
Aquando da Reconquista Cristã e formação de Portugal, tal como já foi referido,
as terras de Penalva, mais extensas que na atualidade, tinham grande importância
estratégica e organizativa, estabelecendo-se aqui a Ordem do Santo Sepulcro. Estes
construíram, sobranceiro ao rio Dão e apoiado por uma ponte medieval que hoje ainda
se pode admirar na freguesia de Trancoselos, o primeiro Mosteiro desta Ordem
Religiosa em Portugal. Desse templo resta uma capela – a Capela do Santo Sepulcro, de
estilo românico, votada ao abandono e pertença da Quinta do Mosteiro. Podemos ainda
encontrar cruzes da Ordem de Malta em Sezures, testemunho do domínio da Ordem do
Santo Sepulcro nestas terras.
Segundo alguns historiadores, o primeiro foral do concelho foi recebido de D.
Sancho II em 1240, sendo este mais tarde renovado por D. Manuel I – Foral Novo ou
Manuelino de Penalva, que o concede ao concelho em 10 de Fevereiro de 1514,
renovando os anteriores direitos e privilégios.
O concelho, de cariz vincadamente senhorial, é no séc. XV doado ao Infante D.
Henrique e depois ao futuro rei D. Manuel. No reinado de D. João V forma-se o
Marquesado de Penalva, sendo o 1º Marquês de Penalva D. Estêvão de Meneses, então
o 5º Conde de Tarouca.
Podemos encontrar no concelho de Penalva algumas casas senhoriais, marcos
históricos de uma outra época:
- Casa da Ínsua – É uma das mais belas casas senhoriais da Beira, construída
provavelmente na segunda metade do séc. XVIII, com magníficas linhas arquitetónicas,
enaltecidas com o Brasão dos Albuquerques. A embelezar este solar encontra-se no seu
interior um belíssimo jardim com buxos, roseiras e enorme variedade de espécies florais
e arbóreas. A ornamentar este espaço podemos ainda observar magníficos portões,
destacando-se o Portão da Sereia. A Quinta da Ínsua, antes da eletrificação do concelho,
possuía um gerador hidroelétrico que abastecia a localidade de Ínsua, sendo esta das
primeiras do país a ter eletricidade. Na quinta existiu a única fábrica de gelo da região,
encontrando-se aqui ainda outras unidades da indústria agrícola.
- Casa de Real – É uma das construções solarengas mais graciosas do concelho,
abrasonada, onde a cantaria em granito embeleza todo o conjunto. Embora na sua
7
majestosa chaminé pareça estar escrita a data de 1506, não se sabe ao certo quando foi a
sua edificação.
- Casa da Moita – Esta casa, de linhas mais suaves, está associada à antiga nobreza,
cujo apelido remonta ao tempo de D. Sancho I.
- Casa dos Magalhães Coutinho – Esta casa senhorial, de sóbrio traçado, enobrece a
via principal da vila.
Refira-se ainda, como ponto de interesse, a Casa Meneses e a Casa de Gôje.
Na sede de concelho podemos admirar o Pelourinho, supostamente levantado
depois da concessão do Foral dado por D. Manuel I. Dotado ao abandono durante vários
anos, foi restaurado em 1940. Ergue-se de uma plataforma de quatro degraus, donde
emerge o fuste ou coluna. Tem por remate uma peça semelhante a uma gaiola ou
guarita, encimada por uma cúpula piramidal com uma esfera.
A Igreja da Misericórdia apresenta linhas arquitetónicas sóbrias e simplicidade
na frontaria. Destacam-se duas torres que lhe imprimem um porte majestoso. É de
referir também a Igreja Matriz de Castelo de Penalva, com retábulos da Escola de Grão
Vasco e a Igreja Matriz de Antas.
1.2- Caracterização do Concelho
O concelho de Penalva do Castelo encontra-se localizado na região Centro
(interior), pertencendo à sub-região de Dão - Lafões. A Região Centro caracteriza-se por
uma forte clivagem, nomeadamente demográfica, entre o litoral e o interior. Este
desequilíbrio acentuou-se ao longo dos anos, na medida em que o litoral ganhou
população, em detrimento da restante região, que tem visto a sua população diminuir.
O território administrativo de Penalva do Castelo tem sede na vila de Penalva do
Castelo e é constituído por treze freguesias: Antas, Castelo de Penalva, Esmolfe,
Germil, Ínsua, Lusinde, Mareco, Matela, Pindo, Real, Sezures, Trancozelos, Vila Cova
do Covelo e cerca de 75 lugares.
No âmbito do sistema de povoamento, o concelho caracteriza-se por uma
estrutura de povoamento concentrada, constituída por uma rede de pequenas
aglomerações rurais, verificando-se, nos últimos 30 anos, uma forte dispersão da
construção e linearização dos lugares.
8
Com uma área total de 134,3 km² e uma densidade populacional de 60 Hab./
km², o Concelho no ano de 2011, apresenta uma população residente de 8001
habitantes, 56% de mulheres e 44% de homens.
Do ano de 2001 para o de 2011 houve uma variação, para menos, da população
residente na ordem dos 11,7%, indicativa da perda de população ocorrida nas últimas
décadas. É no escalão etário que compreende idades entre os 25 e os 65 anos que se
concentra a maior parte da população. O índice de envelhecimento indica que no nosso
concelho há uma percentagem elevada de população idosa.
Em termos educacionais, a taxa de analfabetismo situa-se nos 16%,
representando quase o dobro da verificada a nível nacional e superior à Região Centro e
à NUT III Dão - Lafões. A maior parte da população completou apenas o 1º ciclo
(45,0%), seguindo-se aqueles que não completaram nenhum grau de ensino (19%).
1.3 - Uma perspetiva económico/cultural e recreativa
A atividade agrícola é um dos setores mais importantes da região. Predomina
uma agricultura tradicional, por vezes praticada a tempo parcial, representando um
complemento para a economia familiar. Verificam - se, contudo, algumas inovações,
principalmente no setor vinícola, atividade que já se reveste de caráter empresarial.
Com um solo de natureza granítica e um clima com características
mediterrâneas, estas terras têm boas aptidões para o cultivo da vinha, tornando famoso o
vinho do Dão. De facto, este produto agrícola é um dos mais importantes para a
economia do concelho, estando os seus produtores organizados em cooperativa ou em
empresas individuais, que levam o nome de Penalva do Castelo para além fronteira.
A produção de fruta também é importante, destacando-se a suculenta maçã de “
Bravo de Esmolfe”, com qualidades únicas. Todos os anos, próximo do Outono, se
realiza a “Feira da Maçã Bravo de Esmolfe”, em Esmolfe.
Destaca-se ainda a produção de azeite, batata e outros produtos, que, embora
produzidos em menor quantidade, são importantes para a economia local.
A pastorícia é outra atividade com alguma importância no concelho, destacando-
se a produção artesanal de queijo. O concelho pertence à Região Demarcada do Queijo
9
da Serra da Estrela, formando os pastores e produtores a Associação de Pastores e
Produtores do Queijo da Serra da Estrela, que todos os anos dinamiza a “Feira do
Pastor e do Queijo da Serra da Estrela” no mês de Fevereiro, contribuindo assim para
uma maior divulgação deste produto de excelente qualidade.
Existe alguma diversidade industrial, ligada a empresas de pequena dimensão e
pouco significativas na estrutura económica da região. Estas estão ligadas à extração
dos recursos naturais: granito, feldspatos, madeira e resina ou transformação de matérias
- primas, realçando-se as atividades associadas ao processamento de vinhos ou azeite,
de caráter mais sazonal. A indústria têxtil, pouco significativa, também está
representada, empregando alguma mão-de-obra feminina. A construção civil ou
atividades relacionadas – carpintaria, serralharia, marcenaria, disseminadas pelo
concelho, são as que criam mais postos de trabalho, embora também de reduzida
dimensão.
A atividade artesanal, arte milenar que traduz a criatividade do homem ao
transformar os recursos naturais em seu proveito ou em construir os objetos simples de
que necessitava, levou e ainda leva o nome de Penalva por essas feiras da Beira.
Em Vila Cova do Covelo encontramos esteiros, feitos de junça colhida nas
margens dos rios e ribeiras. No concelho desenvolveu-se também a cestaria, com verga
de castanho, de carvalho ou de vime. Os latoeiros de Pindo e da Matela constroem
francelas e cinchos, lampiões e candeias, potes de azeite e baldes de zinco; os tanoeiros
de Penalva do Castelo, tonéis, pipas, dornas e selhas para a colheita e armazenamento
do vinho do Dão. A cantaria desenvolveu-se em Esmolfe, onde mãos de mestre
moldavam blocos de granito. Associados a festas e romarias, os fogueteiros de Lusinde
animam os festejos populares e de Cantos surgem os estalinhos de Carnaval.
O comércio e os serviços do concelho também se caracterizam por alguma
diversidade, embora constituídos por unidades de pequena dimensão.
Neste setor ganha maior expressividade o comércio ligado a mercearias e cafés,
que se distribuem pelo concelho. Os restantes subsetores comerciais estão concentrados,
tendo a população de se deslocar à sede de concelho para adquirir bens essenciais.
Assim, a vila de Penalva do Castelo ganha mais vida às sextas – feiras, dia de feira
municipal.
10
A vila tem um conjunto de organismos públicos e privados que prestam serviços
à população em várias áreas: saúde, educação, administração central e local, assistência
social, consumo privado.
Os serviços de saúde são prestados pelo Centro de Saúde, alguns espaços de
medicina privada, duas farmácias e dois postos de recolha de sangue para análises a
funcionar duas vezes por semana.
As instituições escolares vão desde o pré – escolar até ao ensino secundário,
estando as escolas que abrangem os níveis de escolaridade mais elevado localizadas na
sede do concelho: a Escola Básica Integrada de Ínsua e a Escola Básica 3/S de Penalva
do Castelo.
Os serviços administrativos são prestados pelas Juntas de Freguesia, Câmara
Municipal, Finanças, Notário, Conservatória e Correios.
Existem ainda três agências bancárias.
Relativamente à rede social, existem três Lares de Terceira Idade, localizados na
sede do Concelho, Castelo e em Germil, bem como vários Centros de Dia a funcionar
em algumas sedes de freguesia (Antas, Ínsua, Sezures, Pindo, Germil, Vila Cova do
Covelo e Matela). Todos eles prestam um serviço de extrema importância para a
população mais idosa, incluindo o apoio domiciliário. Algumas destas estruturas
possuem também serviços de apoio à infância, quer na componente de apoio à família
quer na oferta de espaços de ocupação de tempos livres. Estão também formalmente
constituídas e a funcionar o Conselho Local de Ação Social de Penalva do Castelo e a
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco.
O comércio e serviços mais especializados praticamente não existem no
concelho, tendo a população de se deslocar aos centros urbanos limítrofes ou outros
centros de nível hierárquico superior.
A atividade cultural e recreativa é desenvolvida por um conjunto de associações que
estão distribuídas por todo o concelho.
A maioria dessas associações está ligada ao desporto, principalmente futebol, ou
à preservação da cultura popular, tais como Banda de Música de Penalva do Castelo,
Associação Cultural e Recreativa Castro de Pena Alba (freguesia de Castelo de
11
Penalva), Associação Cultural e Recreativa Rancho Folclórico de Penalva do Castelo,
Tuna de São Martinho de Pindo, Grupo de Cantares de Pindo e Rancho Folclórico da
Matela.
Destaca-se ainda a A.D.D. (Associação de Desenvolvimento do Dão) e a
Associação de Bombeiros Voluntários e Santa Casa da Misericórdia de Penalva do
Castelo, que prestam apoio à população em várias áreas. Os pastores criaram a
Associação de Pastores e Produtores do Queijo Serra da Estrela já referida
anteriormente. Existe uma Associação de Bonecos Nossa Senhora da Consolação, em
Casal das Donas. Na Ínsua também está fixado o Corpo Nacional de Escutas, que
envolve as camadas mais jovens da população. É de referir ainda a Associação de Pais e
Encarregados de Educação e a Associação de Estudantes do Agrupamento de Escolas de
Penalva do Castelo.
12
2 - CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO
O Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo abrange todo o território do
concelho que lhe dá o nome. Foi constituído no ano letivo 2010/2011 a partir da
Resolução do Conselho de Ministros nº 44/2010, de 14 de Junho na qual foi
institucional e legalmente enquadrada a possibilidade de serem criados e reorganizados
agrupamentos de escolas desde a Educação Pré-escolar até ao 12º ano de escolaridade.
Assim, por despacho do Sr. Secretário de Estado da Educação, de 25 de Junho
de 2010, foi criado, com efeitos a 1 de Agosto de 2010, o Agrupamento de Escolas de
Penalva do Castelo, resultante da agregação das duas unidades de gestão existentes até
então: Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo e Escola E.B. 2,3/S de Penalva
do Castelo. Integra atualmente a Escola E.B. 3/S de Penalva do Castelo (Escola Sede), a
Escola Básica Integrada de Ínsua, 3 Escolas Básicas (Roriz, Castelo de Penalva e
Sezures) do 1º Ciclo e 6 Jardins-de-Infância (Corga, Germil, Castelo de Penalva,
Esmolfe, Antas e Penalva do Castelo). Em termos de reorganização e a requalificação
da rede escolar não há previsão no imediato para a redução do número de unidade
educativas.
A dispersão geográfica dos estabelecimentos ainda é acentuada o que dificulta,
em parte, a articulação e a operacionalização de projetos comuns. Um dos objetivos
principais do Agrupamento é diminuir o isolamento geográfico e social das Escolas
disseminadas pelo concelho, tendo sido feito um esforço nesse sentido que poderá ser
rentabilizado com a concentração dos alunos em escolas de maior dimensão.
As escolas e jardins integrados no Agrupamento encontram-se em bom estado de
conservação, pois têm sido sujeitos a sucessivas obras de recuperação por parte da
Autarquia, no sentido de serem otimizados os espaços exteriores e as condições das
salas onde decorrem as atividades letivas e da componente de apoio à família. É de
realçar também que todos os jardins oferecem a Componente de Apoio à Família.
Frequentam o Agrupamento 1057 crianças e
alunos, sendo 150 da educação pré-escolar, 264
do 1º ciclo, 148 do 2º Ciclo, 264 do 3º ciclo e
222 do Ensino Secundário. Cerca de 6,3% da
população discente apresenta necessidades
educativas especiais. 4% dos alunos têm
naturalidade estrangeira. Distribuição alunos Ensino Básico
13
Habilitações do corpo docente
Dispõem de computador e internet em casa 81%
dos alunos; 13% não têm computador nem internet.
Destes, 5% são do Ensino secundário. 6% dos
alunos têm computador mas não têm internet.
A percentagem de alunos apoiados pelos
serviços de ação social escolar é muito
elevada: 61% dos alunos são abrangidos
pelo Apoio Social Escolar e 50%
encontram-se abrangidos pelos Escalões
do Abono de Família tendo aderido ao
programa e-iniciativas ASE.
Relativamente às habilitações dos encarregados de educação é de referir que
15,3% não têm escolarização, 69% possui o ensino básico, 9,7% têm ensino secundário,
6% possuem ensino superior.
No que concerne à atividade profissional é de realçar que 26,1% dos
encarregados de educação trabalha no setor da produção, 29% no comércio e nos
serviços, 6,6% são pequenos empresários.
O corpo docente do Agrupamento é
constituído por 151 professores e
educadores, sendo 12 docentes das
atividades de enriquecimento curricular
do primeiro ciclo. A maioria dos
docentes é do género feminino. A
grande maioria dos docentes possui
Alunos com computador e internet
Alunos com Apoio Social
14
licenciatura, destacando-se 10 com mestrado e 9 com bacharelato.
A maior parte dos docentes (78%) é de
nomeação definitiva e (22%) possui
Contrato a Termo. Face ao exposto
considera-se que o corpo docente é
estável e possui bastante maturidade.
O corpo não docente pertencente ao
Ministério da Educação é composto por 67
Assistentes sendo que 14 estão afetos aos
Serviços Administrativos. Para além deste
pessoal pode contar-se com oito
Assistentes Operacionais pertencentes à
Autarquia e algumas tarefeiras que
asseguram essencialmente o serviço do
almoço e apoiam as atividades da
Componente de Apoio à Família.
Tal como acontece com o corpo docente a
maior parte do corpo não docente é do género
feminino. 52% do Pessoal não Docente possui
habilitações iguais ou superiores ao 12.º ano e
apenas 16% possui o 4.º ano de escolaridade.
54% do Pessoal não Docente é de Nomeação
definitiva.
Vínculo do corpo docente
Idade do pessoal não docente
Habilitações corpo não docente
Vínculo do pessoal não docente
15
2.1 - Oferta educativa do Agrupamento
Regime DIURNO
EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR; ENSINO BÁSICO: 1º, 2º e 3º CEB E ENSINO
SECUNDÁRIO:
Regime PÓS-LABORAL: CURSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE
ADULTOS, de dupla certificação (escolar de nível III - secundário e profissional de
nível IV): – Técnico de Turismo Ambiental e Rural
2.2 - Projetos
o Projeto “Iniciativa Escolas,
o Projeto de Promoção e Educação para a Saúde ,
o Plano Nacional de Leitura,
o Sistema Integrado de Gestão Escolar ,
o Projeto “Caminho dos Galegos”
Curso Modalidade
Nível de
Educação
/
Formação
Nível de
Qualificação
Saídas Profissionais
Ciências e Tecnologias (10º, 11º e
12º) Curso
Científico –
Humanístico
Secundário
Nível 3
----------------- Prosseguimento de
Estudos
Línguas e Humanidades (10º) -----------------
Técnico de Restauração, variante
Cozinha-Pastelaria (1º ano)
Curso
Profissional
Nível 4, do
QEQ –
Quadro
Europeu de
Qualificações
Técnico de
Cozinha-Pastelaria
Técnico de Eletrónica, Áudio,
Vídeo e TV (1º ano)
Técnico de Eletrónica
de Equipamento de
Som e Imagem
Técnico de Viticultura e Enologia
(2º ano)
Técnico de
Viticultura e Enologia
Técnico de Restauração, variante
Restaurante-Bar (2º ano)
Técnico de
Restaurante-Bar
Técnico de Energias Renováveis –
variante Sistemas Solares
(3º ano)
Técnico Instalador de
Sistemas Solares
Térmicos e
Fotovoltaicos
Técnico de Processamento e
Controlo de Qualidade Alimentar
(3º ano)
Técnico de
Processamento e
Controlo de Qualidade
Alimentar
16
o Jornal da Escola “PENA JOVEM”
o Portal da Escola
o Plataforma moodle com áreas diversificadas
o Projeto Testes Intermédios (Básico e Secundário)
o Parlamento dos Jovens
o OTES (Observatório dos Trajetos do Ensino Secundário)
2.3 - Parcerias
o Câmara Municipal de Penalva do Castelo;
o Instituto E.F.P.;
o Centro Regional da Segurança Social de Penalva do Castelo;
o Centro de Formação – EDUFOR (Formação de Pessoal Docente e Não Docente)
o Rede de Bibliotecas Escolares;
o Rede de Bibliotecas de Mangualde e Penalva do Castelo
o CNO – Escola Secundária Felismina Alcântara;
o Santa Casa da Misericórdia de Penalva do Castelo;
o Hotel Portas do Dão;
o Carpintaria Leonel Silva e Filhos Lda.;
o Jaime Ferreira Grilo e Carpintaria Lda.;
o Hotel de Charme Casa da Ínsua;
o Associação Cultural, Social, Recreativa e Desportiva “Os Melros”- Germil;
o Adega Cooperativa de Penalva do Castelo, CRL;
o Peugeot Citroën Automóveis de Portugal, S.A.;
o Outras empresas de acordo com as áreas profissionais dos nossos cursos.
o Centro de Saúde, incluindo protocolos ministeriais
o GNR , incluindo protocolos ministeriais
o Bombeiros
o Banda Musical e Recreativa de Penalva do Castelo
17
3. MISSÃO, VISÃO E VALORES
MISSÃO:
Educar/Formar pessoas e cidadãos cada vez mais autónomos, responsáveis,
empreendedores, cultos e solidários.
Promover competências individuais respeitando as diferenças, formando para o
comprometimento democrático e cívico na construção de um destino coletivo e de um
projeto de sociedade que potenciem a afirmação das mais nobres e elevadas qualidades
de cada ser humano.
VISÃO:
O Agrupamento de Escolas de Penalva do Castelo pretende vir a afirmar-se e a
ser reconhecida como uma instituição de referência e de excelência, pela qualidade ao
nível do ensino e da formação, pelo desenvolvimento de práticas educativas inovadoras,
pela qualidade na formação de cidadãos responsáveis e empreendedores.
VALORES:
A intenção educativa do Projeto impregna práticas organizacionais e relacionais
que refletirão os seguintes valores matriciais do Agrupamento:
Valores culturais de ordem cognitiva relacionados com a transmissão e aquisição
de uma componente curricular humanística e científica (espírito crítico, abertura ao
futuro, participação na mudança, gosto pelo conhecimento);
Valores históricos, estéticos ou artísticos, patrimoniais e locais ou de identidade
local (recuperar a memória histórica, assegurar a preservação do património, reabilitar
contextos histórico-culturais locais, fornecer situações de apreciação estético - artística e
criativa);
Valores de ordem moral e espiritual, com uma dimensão pessoal e social,
relacionados com a aquisição/promoção de princípios relativos à educação cívica e à
promoção das diferentes expressões de autonomia e individualidade (valores pessoais -
18
criatividade, inovação, persistência, rigor, lealdade, trabalho, perseverança,
desenvolvimento integral; valores sociais: pontualidade, assiduidade, solidariedade,
democraticidade, participação e responsabilidade individual);
Valores ecológicos e de saúde, na defesa do ambiente e na promoção de estilos de
vida saudáveis.
4. PRINCÍPIOS
Ao partirmos para uma ação concertada, em que nos empenharemos durante
quatro anos, aceitamos como princípios de relação e de decisão as seguintes
convicções:
Princípio da educação integral – O nosso Agrupamento de Escolas, no seu todo,
deve ser um espaço crítico, um local de reflexão, um lugar vocacionado para o exercício
do pensamento, da experimentação, do desenvolvimento de competências, do exercício
da cidadania plena, um espaço de liberdade e de criatividade, de aperfeiçoamento social
e cultural.
Princípio da qualidade educativa – O nosso Agrupamento de Escolas deve ser
rigoroso, exigente e criterioso, quer na conceção, desenvolvimento e avaliação do
Projeto Educativo, quer na gestão dos seus recursos e na organização das suas ofertas
educativas e formativas, tendo em vista a maximização do impacto do resultado das
aprendizagens e das atividades educativas.
Princípio da cidadania e da participação democrática - Pretendemos ser um
Agrupamento de Escolas que promova uma cidadania responsável e participativa,
encarando cada indivíduo da comunidade escolar e educativa como um elemento ativo e
capaz de intervir de forma responsável, solidária e crítica, na escola e no meio
envolvente.
Princípio da eficácia – O nosso Agrupamento de Escolas devem orientar a sua ação
para a consecução do sucesso educativo. Assim, as suas ações nos planos pedagógico,
organizacional, psicossocial e cultural devem exigir rigor na realização das tarefas,
19
disciplina e cultura de trabalho, bem como relações humanas de cooperação entre todos
os elementos da comunidade escolar.
Princípio da eficiência – O nosso Agrupamento de Escolas deve otimizar a
utilização dos seus recursos materiais e humanos, no sentido de cumprir as METAS
apresentadas no Projeto Educativo, por via das suas opções de gestão e dos seus
projetos pedagógicos.
Princípio da equidade social - O nosso Agrupamento de Escolas deve proporcionar
o acesso a apoios diversos aos alunos e famílias socialmente carenciadas, no sentido de
viabilizar o êxito nas aprendizagens e no desenvolvimento pessoal.
Princípio da inclusão e do respeito pela diferença - O nosso Agrupamento de
Escolas deve assumir-se como instituição de suporte social que se ajuste a todos os
alunos, independentemente das suas condições físicas, sociais, étnicas, religiosas,
linguísticas, ou outras, que aceite as diferenças e apoie as aprendizagens, promovendo
uma educação diferenciada que responda às necessidades individuais.
Princípio da cooperação e da abertura ao meio – O nosso Agrupamento de
Escolas deve promover uma cooperação com o meio em que está inserida e uma ligação
às realidades sociais exteriores à Escola.
20
5 - IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS FORTES E FRACOS
5.1 - Socioeconómicos e culturais:
Com base no documento Diagnóstico Social do Concelho de Penalva do Castelo,
verificou-se que existem várias áreas problemáticas que têm influência direta na vida
escolar dos alunos, tendo em conta o agregado familiar em que estão inseridos e que
deverão ser combatidas.
SAÚDE
Alcoolismo
Pontos fracos Pontos fortes no combate
o Aceitação cultural do consumo de
álcool
o Hábitos alimentares
o Família enquanto veículo transmissor
do consumo
o Alcoolismo não sentido como doença
o Escola
o CPCJ
o Serviços Sociais
o Centro de Saúde
Toxicodependência
Pontos fracos Pontos fortes no combate
o Consumo de drogas
o Falta de oportunidades para jovens
o Falta de ocupação dos tempos livres
o Escola
o Família
o Serviço social
FAMÍLIAS DISFUNCIONAIS
Pontos fracos Pontos fortes no combate
o Baixa valorização da importância da
escola
o Baixas qualificações escolares e
profissionais dos pais
o Famílias com baixas competências
parentais
o Baixos rendimentos
o Violência doméstica
o Alcoolismo
o Escola (oferta educativa)
o CPCJ
o Centro de Saúde
o IPSS
EDUCAÇÃO E QUALIFICAÇÃO ESCOLAR
Pontos fracos Pontos fortes no combate
o Elevada taxa de analfabetismo
o Fraca participação dos pais na vida
escolar
o Baixas qualificações escolares da
população
o Famílias com baixas competências
parentais
o Estabelecimentos escolares do Concelho
com diversificação de cursos profissionais
o Juntas de Freguesia
o Movimento Associativo
21
Para ajudar a colmatar os problemas identificados, as famílias e as entidades
identificadas, com responsabilidades em matéria de Infância e Juventude (pontos
fortes), deverão coordenar ações entre si e recorrer também a outros
parceiros/entidades/instituições interiores e exteriores ao Concelho, tais como:
o Plano Municipal de Prevenção das Toxicodependência
o Projeto «Problemas Ligados ao Álcool»
o Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT)
o Plano Nacional Contra a Violência Doméstica
o Alargamento da Escolaridade Obrigatória
o Cursos Profissionais
o Cursos de Educação e Formação
o Conselho Municipal de Educação
o Plano de Formação do Centro de Emprego
o Intervenções técnicas (Sessões coletivas de orientação; Programas de
Desenvolvimento de Competências)
o Parcerias das Instituições do Concelho com o Instituto de Emprego e Formação
Profissional
o Rede Local da Segurança Social
o Rede Social do Concelho de Penalva do Castelo
o Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco
o GNR
o Centro de Saúde de Penalva do Castelo
EMPREGO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Pontos fracos Pontos fortes no combate
o Falta de oferta de emprego a nível
concelhio (Público e Privado)
o Trabalho precário
o Câmara Municipal
o Juntas de Freguesia
o Associações/Instituições do Concelho
o Potencialidades Turísticas
22
5.2 - Alunos
ALUNOS
Pontos fracos Pontos fortes
o Fracos hábitos de trabalho e de
estudo
o Baixas expectativas em relação ao
futuro
o Abandono escolar
o Muitos alunos com necessidade de
apoio económico e educativo
o Boa recetividade às
orientações/propostas dadas pelos
adultos
o Fraca ocorrência de comportamentos
violentos
o Domínio das novas tecnologias
o Adesão ao programa e.escolas
5.3 - Espaços Físicos / Equipamento
ESPAÇOS FÍSICOS/EQUIPAMENTOS
Pontos fracos Pontos fortes
o Falta de sala de convívio para os alunos o Escasso número de gabinetes de trabalho
para os professores o Falta de um espaço apropriado para
apresentação/representação de projetos culturais
o Falta de espaços exteriores adequados para a prática desportiva
o Bibliotecas/Centro de Recursos adequadas à população escolar
o Salas de estudo o Salas de informática o Auditório com equipamento audiovisual
e informático o Espaços desportivos o Coberto exterior o Requalificação de alguns espaços o Quadros interativos o Número elevado de computadores com
ligação à internet o SIGE
6 - OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
Formar cidadãos ativos, intervenientes, solidários e respeitadores dos princípios do
estado de direito democrático.
Preparar cidadãos aptos para equacionar e viver num mundo globalizado onde se
valorize o respeito pelo Homem e pelo Ambiente.
23
Promover o sucesso pessoal, educativo e profissional dos seus alunos, a formação
contínua da população escolar e contribuir para a melhoria de qualificações da
população da região.
Servir bem a comunidade educativa, de acordo com os parâmetros de exigência,
rigor, qualidade, disponibilidade e imparcialidade que devem ser, hoje, exigidos por
todos os cidadãos de uma sociedade moderna, tecnologicamente avançada e
globalizada.
Promover a atualização, qualificação e renovação dos quadros do Pessoal Docente e
Não Docente sem pôr em causa a sua estabilidade e os padrões de qualidade exigidos.
Proporcionar a toda a comunidade escolar as melhores condições de segurança, de
ensino/aprendizagem, de trabalho e de lazer.
Promover ações que a aproximem de outras instituições e comunidades escolares,
nacionais e internacionais, fomentando o estabelecimento de intercâmbios, acordos e
parcerias com outras pessoas e organizações.
Comprometer-se em implementar e desenvolver medidas de diferenciação positiva,
graduais e de acordo com as necessidades, tendentes a assegurar reais oportunidades de
sucesso escolar e educativo a todos os seus alunos.
Implementar e desenvolver meios técnicos e formas de comunicação que visem
conferir maior eficácia à sua ação, ao nível da circulação de informação interna e
externa.
7 - METAS PARA O QUADRIÉNIO 2011-2015
7.1 - Reduzir o abandono escolar
Estratégias
- Criar ofertas de formação em áreas que correspondam às expectativas dos alunos com
caráter prático.
24
- Criar um observatório do abandono escolar, com registo sistemático de todos os casos
de abandono escolar antes da conclusão da escolaridade obrigatória e/ou do fim do ciclo
de estudos frequentado, de modo a conhecer melhor o perfil do aluno em risco de
abandono ou saída precoce.
- Identificar os casos de alunos que optem por outras vias de ensino noutras instituições,
de forma a que não contribuam para a taxa de abandono/saída precoce.
- Utilizar métodos de recolha de informação que permitam conhecer as causas do
abandono escolar.
- Estabelecer parcerias com entidades locais no sentido de prevenir o abandono escolar,
nomeadamente a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
- Consolidar o desenvolvimento de parcerias capazes de dar respostas contextualizadas,
articuladas, eficazes e especializadas através da implementação de medidas de transição
para a vida ativa.
Metas
- Criar uma oferta de formação em áreas que correspondam às expectativas dos alunos,
com caráter prático, no quadriénio de 2011-2015;
- Atingir ou aproximar o abandono escolar de 0%
- Registar duas diligências efetuadas (reuniões, contactos telefónicos, ofícios, e-mails),
por ano letivo.
Indicadores
- Fluxo escolar
- Nº alunos inicial /ano
- Nº alunos final / ano
- Taxa de abandono
- Taxa de absentismo
- Nº de diligências efetuadas (reuniões, contactos telefónicos, e-mails, ofícios) por ano
letivo.
7.2 - Aumentar as taxas de frequência diária das crianças na educação escolar
Estratégias
-Sensibilizar os encarregados de educação para a importância da Educação Pré-Escolar.
-Criar mecanismos de controlo e alerta sobre a assiduidade das crianças.
25
-Diversificar as possibilidades de mobilidade das crianças.
-Manter a organização dos serviços da Educação especial para que se estabeleçam
respostas especializadas, eficazes e eficientes, em parceria com os serviços locais,
competentes, para os alunos com necessidades educativas especiais.
7.3 - Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 1.º ciclo do ensino básico
Estratégias
- Divulgar os critérios gerais de avaliação e de correção aos alunos.
- Clarificar os critérios de avaliação específicos junto dos alunos.
-Adotar procedimentos uniformes e de transparência na correção/classificação de testes.
-Elaborar materiais pedagógico - didáticos e de avaliação destinados ao estudo
autónomo dos alunos e à sua autoavaliação.
-Diversificar as formas de apoio para os alunos em situação de dificuldades de
aprendizagem.
- Melhorar a eficácia das medidas de apoio pedagógico para os casos identificados.
- Assegurar a planificação das atividades letivas com base no diagnóstico adequado.
-Assegurar estratégias de apoio aos alunos em situação de possível retenção/
dificuldades de integração.
- Implementar projetos de apoio à Língua Portuguesa no âmbito do Plano Nacional de
Leitura (PNL), para alunos cuja Língua Materna não é o Português.
Metas (global)
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 1º ciclo para 92.0% em 2012
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 1º ciclo para 93.0% em 2013
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 1º ciclo para 94.0% em 2014
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 1º ciclo para 95.0% em 2015
- 57% de alunos com parâmetros de avaliação BOM/MUITO BOM em 2012
- 58% de alunos com parâmetros de avaliação BOM/MUITO BOM em 2013
- 59% de alunos com parâmetros de avaliação BOM/MUITO BOM em 2014
- 60% de alunos com parâmetros de avaliação BOM/MUITO BOM em 2015
26
- 87% de alunos sem parâmetros de avaliação INSUFICIENTE em 2012
- 88% de alunos sem parâmetros de avaliação INSUFICIENTE em 2013
- 89% de alunos sem parâmetros de avaliação INSUFICIENTE em 2014
- 90% de alunos sem parâmetros de avaliação INSUFICIENTE em 2015
Metas (Provas de Aferição/Exames)
-Aumentar gradualmente entre 2012 e 2015 a taxa de sucesso na prova de
aferição/exame de Língua Portuguesa de forma a atingir os 95% em 2015.
-Aumentar gradualmente entre 2012 e 2015 a taxa de sucesso na prova de
aferição/exame de Matemática de forma a atingir os 92% em 2015.
-82% de classificações iguais ou superiores a C na prova de aferição/exame de
Matemática (4º ano) em 2012.
-83% de classificações iguais ou superiores a C no exame de Matemática (4º ano) em
2013.
-84% de classificações iguais ou superiores a C no exame de Matemática (4º ano) em
2014.
-85% de classificações iguais ou superiores a C no exame de Matemática (4º ano) em
2015.
-82% de classificações iguais ou superiores a C na prova de aferição de Língua
Portuguesa (4º ano) em 2012.
-83% de classificações iguais ou superiores a C no exame de Língua Portuguesa (4º
ano) em 2013.
-84% de classificações iguais ou superiores a C no exame de Língua Portuguesa (4º
ano) em 2014.
-85% de classificações iguais ou superiores a C no exame de Língua Portuguesa (4º
ano) em 2015.
Indicadores
-Resultados anuais das provas de aferição/exames.
-% de classificações iguais ou superiores a C nas provas de aferição/exames de
Matemática e Língua Portuguesa.
27
- Envolvimento nas atividades do PAA
- Número de horas de apoio.
- Número de alunos com apoio.
- Sucesso dos apoios.
- Taxa de alunos sem qualquer menção Insuficiente.
7.4 - Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 2.º ciclo do ensino básico
Estratégias
- Divulgar os critérios gerais de avaliação e os de correção aos alunos.
- Clarificar os critérios de avaliação específicos junto dos alunos.
- Adotar procedimentos uniformes e de transparência na correção/classificação de
testes.
- Elaborar materiais pedagógico - didáticos e de avaliação destinados ao estudo
autónomo dos alunos e à sua autoavaliação
-Diversificar formas de apoio para os alunos em situação de dificuldades de
aprendizagem.
- Melhorar a eficácia das medidas de apoio pedagógico para os casos identificados.
- Assegurar a planificação das atividades letivas com base no diagnóstico adequado.
-Assegurar estratégias de apoio aos alunos em situação de possível retenção /
dificuldades de integração.
- Implementar projetos de apoio à Língua Portuguesa no âmbito do Plano Nacional de
Leitura (PNL).
- Fomentar a vertente formativa da avaliação.
Metas (global)
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 2º ciclo para 89% em 2012.
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 2º ciclo para 90% em 2013.
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 2º ciclo para 91% em 2014.
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 2º ciclo para 92% em 2015.
- 62% de alunos sem níveis negativos em 2012.
28
- 63% de alunos sem níveis negativos em 2013.
- 64% de alunos sem níveis negativos em 2014.
- 65% de alunos sem níveis negativos em 2015.
Metas (Provas de Exame)
- Aumentar gradualmente entre 2012 e 2015 a taxa de sucesso na prova de exame de
Língua Portuguesa de forma a atingir os 85% em 2015.
- Aumentar gradualmente entre 2012 e 2015 a taxa de sucesso na prova de exame de
Matemática de forma a atingir os 75% em 2015.
Indicadores
- Resultados anuais dos exames de Língua Portuguesa e Matemática.
- % de alunos aprovados no 2º ciclo (avaliação final interna).
- Número de horas de apoio.
- Número de alunos com apoio.
- Sucesso dos apoios.
- Taxa de alunos sem qualquer classificação negativa.
7.5 - Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 3.º ciclo do ensino básico
Estratégias
-Divulgar os critérios gerais de avaliação e os de correção aos alunos.
-Clarificar os critérios de avaliação específicos junto dos alunos.
-Adotar procedimentos uniformes e de transparência na correção/classificação de testes.
-Elaborar materiais pedagógico - didáticos e de avaliação destinados ao estudo
autónomo dos alunos e à sua autoavaliação
-Diversificar as formas de apoio para os alunos em situação de dificuldades de
aprendizagem.
- Melhorar a eficácia das medidas de apoio pedagógico para os casos identificados.
-Assegurar a planificação das atividades letivas com base no diagnóstico adequado.
29
-Assegurar estratégias de apoio aos alunos em situação de possível retenção /
dificuldades de integração.
-Implementar projetos de apoio à Língua Portuguesa no âmbito do Plano Nacional de
Leitura (PNL), para alunos cuja Língua Materna não é o Português.
Metas (global)
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 3º ciclo para 87% em 2012.
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 3º ciclo para 88% em 2013.
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 3º ciclo para 89% em 2014.
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 3º ciclo para 90% em 2015.
- 60% de alunos sem níveis negativos em 2012.
- 61% de alunos sem níveis negativos em 2013.
- 62% de alunos sem níveis negativos em 2014.
- 63% de alunos sem níveis negativos em 2015.
Metas (Provas de Exame)
-Aumentar gradualmente entre 2012 e 2015 a taxa de sucesso na prova de exame de
Língua Portuguesa de forma a atingir os 65% em 2015.
-Aumentar gradualmente entre 2012 e 2015 a taxa de sucesso na prova de exame de
Matemática de forma a atingir os 55% em 2015.
Indicadores
- Resultados anuais dos exames de Língua Portuguesa e Matemática.
- % de alunos aprovados no 3º ciclo (avaliação final interna).
- Sucesso dos apoios.
- Taxa de alunos sem qualquer classificação negativa.
30
7.6 - Aumentar a taxa global de sucesso escolar no ensino secundário
Estratégias
-Divulgar os critérios gerais de avaliação e os de correção aos alunos.
-Clarificar os critérios de avaliação específicos junto dos alunos.
-Adotar procedimentos uniformes e de transparência na correção/classificação de testes.
- Elaborar materiais pedagógico - didáticos e de avaliação destinados ao estudo
autónomo dos alunos e à sua autoavaliação
-Diversificar as formas de apoio para os alunos com dificuldades de aprendizagem.
-Melhorar a eficácia das medidas de apoio pedagógico para os casos identificados.
-Assegurar a planificação das atividades letivas com base no diagnóstico adequado.
-Assegurar estratégias de apoio aos alunos em situação de possível retenção /
dificuldades de integração.
-Implementar projetos de apoio à Língua Portuguesa no âmbito do Plano Nacional de
Leitura (PNL).
- Colocar a BE ao serviço do desenvolvimento curricular e das aprendizagens dos
alunos.
Metas (global)
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 12º ano para 65% em 2012.
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 12º ano para 66% em 2013.
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 12º ano para 67% em 2014.
- Aumentar a taxa global de sucesso escolar no 12º ano para 68% em 2015.
Metas (Provas de Exame)
- Aumentar gradualmente entre 2012 e 2015 a taxa de sucesso na prova de exame de
Português (12º ano) de forma a atingir os 65% em 2015.
- Aumentar gradualmente entre 2012 e 2015 a taxa de sucesso na prova de exame de
Matemática (12º ano) de forma a atingir os 50% em 2015.
- Aumentar gradualmente entre 2012 e 2015 a taxa de sucesso nas restantes disciplinas
sujeitas a provas de exame nacional de forma a atingir uma média superior a 60% em
2015.
31
Indicadores
- Resultados anuais dos exames de Português e Matemática.
- Resultados anuais das restantes disciplinas sujeitas a exame nacional.
- % de alunos aprovados no ensino secundário (avaliação final interna).
- Sucesso dos apoios.
- Taxa de alunos sem qualquer classificação negativa.
8 - PLANO DE FORMAÇÃO DO AGRUPAMENTO
Consideramos fundamental centrar a formação no Agrupamento de escolas,
equacionando o desenvolvimento pessoal e profissional dos indivíduos com o
desenvolvimento da organização escolar.
Assim, o (EDUFOR) Centro de Formação de Associação de Escolas dos
Concelhos de Nelas, Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva
não deve dissociar este Agrupamento de muitas das tarefas relacionadas com a
formação dos seus professores, tais como ajudar a identificar as necessidades internas
de formação, contribuir para a elaboração do Plano de Formação ou acompanhar a
implementação e avaliação das ações que, nesse âmbito, envolvam os agentes
educativos do mesmo.
Devem ainda criar-se as condições para o desenvolvimento de ações de
formação, de acordo com o Plano de Formação da Escola e as prioridades do Ministério
da Educação.
Centrar a formação dos membros da comunidade educativa (pessoal docente e
não docente) no próprio Agrupamento, potenciando os recursos humanos que nela
existem, incentivando o intercâmbio de experiências, saberes e conhecimentos e
privilegiando as áreas de formação que respondam a necessidades efetivas e imediatas.
Quer o pessoal docente quer o pessoal não docente devem criar o seu próprio
Plano de Formação que terá por base o Plano de Formação da Escola e que servirá de
orientação para o Plano do Centro de Formação. Este deverá, o mais possível, organizar
formação para os diversos setores da comunidade educativa, de acordo com as suas
especificidades e necessidades.
32
9 - AVALIAÇÃO DOS ALUNOS
A avaliação dos alunos é um elemento integrante e regulador da prática
educativa. Deve permitir uma recolha contínua e sistemática de informação que traduza
em cada momento os diversos níveis de aprendizagem dos alunos.
Os instrumentos e as técnicas de avaliação utilizados devem ser diversificados e
todo o processo deve ser rigoroso e transparente. Os critérios de avaliação são
aprovados pelo Conselho Pedagógico, sob proposta dos Departamentos Curriculares, do
Conselho dos Diretores de Turma e das Equipas Pedagógicas dos Cursos Profissionais.
O Agrupamento construiu e fez aprovar um dispositivo de avaliação próprio, já
em vigor, e que se espera, traga maior uniformidade e transparência a todo o processo
de avaliação.
Os critérios de avaliação adotados terão que ser explicitados e divulgados junto
de todos os intervenientes e servirão de referenciais comuns para todo o Agrupamento,
sendo operacionalizados pelo Conselho de Turma, no âmbito do respetivo Projeto
Curricular de Turma.
10 - AVALIAÇÃO DO PESSOAL DOCENTE
A avaliação do pessoal docente decorrerá de acordo com os normativos em
vigor.
11 - AVALIAÇÃO DO PESSOAL NÃO DOCENTE
A avaliação do pessoal não docente decorrerá de acordo com a legislação em
vigor.
12 - AVALIAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO
Com a avaliação do projeto pretende-se regular e acompanhar as diferentes
ações definidas para cada uma das metas/princípios nele enunciadas, de forma a
verificar se os objetivos pretendidos estão a ser alcançados.
33
– Instrumentos
-Inquéritos e questionários dirigidos aos diversos intervenientes;
-Relatórios de:
o Execução do Plano Anual de Atividades
o Taxa de inserção no mercado de trabalho, após conclusão, dos alunos dos
Cursos Profissionais, Tecnológicos ou de prosseguimento de estudos;
o Cumprimento da escolaridade obrigatória;
o Resultados dos exames nacionais;
o Número de ações de formação promovidas pelo Agrupamento e Centro
de Formação, por tipo de destinatário (pessoal docente, não docente);
o Taxa de participação dos docentes em ações de formação.
– Calendarização
A avaliação deve ser realizada:
- Ao longo do desenrolar de todo o processo:
- No final de cada ano letivo:
- No final do período de vigência:
– Participantes
A responsabilidade pela avaliação cabe à equipa de coordenação e avaliação do projeto
que constrói/recolhe/trata os instrumentos/evidências necessários e elabora um relatório
com um destaque particular no conjunto de recomendações e sugestões que permitam
eventuais correções ao projeto ou indicações para um novo projeto.
– Divulgação
A divulgação do Projeto Educativo junto da Comunidade Educativa é fundamental. O
seu conhecimento permite construir uma cultura de Agrupamento identitária e
apropriada por todos. Assim será disponibilizado:
-Na Plataforma Moodle da Escola;
34
-Na página da escola
-Na Biblioteca;
-Nos Departamento Curriculares;
-Na Coordenação de Direções de Turma:
-No Conselho Geral.
NOTA FINAL
Espera-se que este Projeto Educativo contribua para uniformizar os planos de ação,
mobilizando a generalidade dos atores da comunidade educativa na procura
sistemática das melhores estratégias, tendo em vista dar uma resposta de qualidade
ao que é expectável por toda a comunidade.
Aprovado em reunião do Conselho Geral realizada em 12/7/2012
35
ANEXOS
1. Critérios para a constituição de turmas
A composição das turmas é um momento chave para a resolução ou prevenção
de situações de insucesso e de indisciplina. Será sempre necessário que se faça com o
máximo conhecimento das características dos alunos. Desta forma, para além das
orientações dos normativos deve atender-se aos critérios que se seguem.
1.1.Educação Pré-escolar
Dar continuidade aos grupos provenientes da creche;
Organizar as crianças em grupos heterogéneos tendo em conta a idade e o
género;
Construir grupos turma tendo por base o grupo turma do ano letivo anterior,
mantendo no grupo os alunos que continuam no mesmo jardim;
Constituir os grupos turma de acordo com a rede escolar;
Distribuição equilibrada dos alunos com NEE pelos diversos grupos.
1.2.Primeiro Ciclo do Ensino Básico
A formação das turmas no 1.º Ciclo obedece aos seguintes critérios:
Na formação de turmas do 1º Ano manter os grupos oriundos do mesmo grupo
no Jardim de Infância. Caso não possam integrar a mesma turma, os alunos
serão divididos de acordo com as informações das Educadoras de Infância;
Dar continuidade aos grupos;
Em casos excecionais, devidamente fundamentados pelo professor e por um
técnico especializado, nomeado pelo Diretor, com a concordância do
encarregado de educação e com a aprovação do Conselho Pedagógico, um aluno
retido pode ser integrado numa turma do ano que efetivamente vai frequentar;
Distribuição dos alunos com NEE de forma equilibrada pelas diferentes turmas;
Distribuição equilibrada dos alunos retidos;
36
De acordo com a ordem de inscrição nos Serviços de Administração Escolar, os
alunos que realizaram a sua inscrição fora de prazo e os que são transferidos
serão colocados a seguir a todos aqueles que efetuaram a matrícula dentro do
prazo, exceto os alunos com Necessidades Educativas Especiais comprovadas
pelo Núcleo de Apoios Educativos do Agrupamento que têm prioridade de
colocação.
1.3.Segundo Ciclo do Ensino Básico
Na constituição das turmas do 2.º Ciclo, deve-se:
Atender às indicações pedagógicas fornecidas pelo professor do 1º Ciclo
(parecer do Professor Titular de Turma) e/ou Psicóloga sobre os alunos do 4º
Ano;
Divisão da mesma turma do 1º Ciclo, de acordo com o parecer do Professor
Titular de Turma;
Distribuir de forma equilibrada os alunos com NEE pelas diferentes turmas, não
devendo as turmas incluir mais de dois alunos de acordo com a lei, ouvida a
psicóloga e os professores dos Apoios Educativos;
Distribuir equilibradamente os alunos retidos;
Constituir turmas com níveis etários próximos e número equilibrado de alunos e
alunas;
Incluir os alunos nas turmas cujos pedidos de transferência de outras escolas
entraram nos serviços de Administração Escolar após a afixação das listas.
1.4.Terceiro Ciclo do Ensino Básico
Na organização das turmas do 3.º Ciclo, deve ter-se em conta os seguintes
critérios:
Distribuição equilibrada dos alunos retidos;
Sempre que possível, respeitar as indicações do Conselho de Turma e/ou Equipa
Pedagógica. As transferências de turma dos alunos ocorrerão por indicação do
Conselho de Turma (1º) ou ouvido o Diretor de Turma (2º);
37
Distribuição dos alunos com NEE pelas diferentes turmas, de acordo com a lei,
ouvidos os professores dos Apoios Educativos e/ou psicóloga;
Constituição de turmas com níveis etários próximos e número equilibrado de
alunos e alunas;
No caso de o número de alunos inscritos numa Língua Estrangeira II ser superior
ao número de vagas existentes, o critério de seleção será a idade, tendo
prioridade os mais novos;
A inscrição dos alunos nos Cursos CEF deve ser feita de acordo com a lei e por
indicação dos conselhos de turma depois de ouvidos os serviços de psicologia e
orientação.
1.5.Ensino Secundário
Na constituição de turmas do ensino secundário, devem aplicar-se os seguintes
critérios:
No 10º ano de escolaridade, nos cursos com mais de uma turma, desde que os
alunos apresentem as mesmas opções, consideram-se relevantes as propostas dos
diretores de turma para a indicação de alunos na constituição dessas turmas;
Nos anos sequenciais deve ser garantida a continuidade do grupo/turma, desde
que os alunos apresentem as mesmas opções e desde que não haja indicações de
caráter pedagógico que apontem em sentido contrário;
Deve ser garantida a possibilidade de matrícula em qualquer uma das disciplinas
de opção previstas nos diferentes cursos do ensino secundário regular (desde que
cumprido o número mínimo de inscritos previsto na lei para funcionamento das
respetivas disciplinas). Funcionarão as disciplinas com maior número de alunos
inscritos;
No ato da matrícula, dado o enquadramento legal em vigor, os(as) alunos(as)
devem indicar, por ordem de preferência, nas disciplinas de opção, o máximo de
disciplinas possível (um mínimo de três disciplinas);
A Direção, por razões de serviço, para garantir o cumprimento dos princípios
enunciados na lei e na sequência das competências que lhe estão atribuídas,
reserva a possibilidade de proceder a alterações às propostas enunciadas pelos
conselhos de turma, diretores de turma ou pais e EE, alunos, sobre esta matéria.
38
2. Critérios para a elaboração dos horários
Na Educação Pré-escolar, 1º, 2º e 3º Ciclos e Secundário, os horários devem
seguir o disposto na legislação, considerando-se ainda o seguinte (em termos gerais):
As aulas mais teóricas devem ser colocadas nos primeiros tempos;
O último segmento da manhã deverá ser destinado, preferencialmente, para
atividades de enriquecimento curricular ou outras;
Evitar aulas às mesmas disciplinas em dias consecutivos;
Evitar que disciplinas de língua estrangeira sejam lecionadas no mesmo dia;
Nas disciplinas com carga horária semanal igual a 90 minutos, estes deverão ser
distribuídos por períodos de 45 minutos, com exceção das disciplinas da área
artística;
A tarde de quarta-feira deverá ser destinada ao Desporto escolar e outros clubes
A área curricular não disciplinar, no 2.º ciclo, deverá ser lecionada por
professores do Conselho de Turma de áreas disciplinares diferentes;
Não deverá ser atribuída mais que uma direção de turma ao mesmo docente;
A Direção de Turma deve ser entregue a docente do quadro, dando cumprimento
aos pressupostos já enunciados para o Diretor de Turma
3. Critérios para a distribuição de serviço docente
A distribuição do serviço letivo baseia-se nos seguintes critérios gerais:
Continuidade pedagógica, desde que não haja orientações em contrário do
Conselho Pedagógico ou da Direção.
Constituição de equipas pedagógicas.
Perfil do professor para lecionar turmas mais heterogéneas do 1º, 2º , 3º ciclos e
Secundário as orientações do Decreto-Lei nº 15/2007, de 19 de janeiro,
respeitando a ordem profissional seguinte: 1) Professor do Quadro de Escola; 2)
Professor Destacado do Quadro de Escola; 3) Professor Destacado do Quadro de
Zona Pedagógica; 4) Professor Contratado Profissionalizado; 5) Professor
Contratado.
39
Não atribuição de turmas a docentes que integrem alunos com familiares seus, a
não ser que não exista outra possibilidade.
Apresentação ao diretor, uma proposta de distribuição de serviço sem caráter
vinculativo realizada em reunião de grupo disciplinar.
3.1.Educação Pré-Escolar:
Para efeitos da titularidade do grupo de crianças, quer na possível deslocação de
Educadores de infância do quadro do agrupamento para outros estabelecimentos de
ensino que não aqueles onde exerceram funções, quer na colocação de docentes que
venham a ficar colocados de novo no Agrupamento, respeitar-se-á o posicionamento
usualmente utilizado nos concursos dos docentes.
3.2.Primeiro Ciclo:
Para efeitos da atribuição da titularidade de turma serão respeitados os seguintes
critérios de ordenação:
1º Critério – graduação profissional dos professores pertencentes ao Quadro do
Agrupamento;
2º Critério – Graduação profissional dos professores que não pertencem ao
Quadro do Agrupamento tendo em conta a seguinte ordem: em primeiro lugar o serviço
será atribuído aos professores colocados por destacamento com base na ausência da
componente letiva; por último os professores colocados em destacamento por
aproximação à residência.
Nota 1:
Estes critérios serão observados apenas nos casos em que há professores sem
turma atribuída.
Permuta – admite-se a possibilidade de haver permutas, quando concluída a
distribuição do serviço docente e desde que haja comum acordo.
3.3.Segundo e Terceiro Ciclos:
A distribuição de serviço no 2.º Ciclo deve ser feita, sempre que possível, de
modo a colocar um professor por área: Língua Portuguesa/História e Geografia de
40
Portugal e Matemática /Ciências da Natureza, proporcionando a existência de um menor
número de turmas e de alunos por professor, menos professores por turma e condições
de trabalho mais profícuas no próprio Conselho de Turma.
No 2º Ciclo a área curricular não disciplinar de Apoio ao Estudo é atribuída a
docentes de Matemática, Português e Inglês.
O serviço deve ser distribuído de modo a que a mesma disciplina dentro do
mesmo ano de escolaridade seja lecionada por mais do que um docente de modo a
proporcionar trabalho de grupo entre os docentes.
3.4.Ensino Secundário:
No ensino secundário deve ser preferencialmente assegurada a continuidade
pedagógica (disciplina/turma) e se possível, respeitar os seguintes critérios:
Distribuição das disciplinas com exame nacional, de 11.º ou 12.º ano, a docentes
do Quadro da Escola e tendo em atenção a experiência de lecionação ou/e
formação desenvolvida no âmbito dos Novos Programas e do GAVE;
Distribuição das disciplinas das áreas específicas ou técnicas dos cursos
profissionais ou de educação e formação a docentes com experiência de
lecionação ou/e formação desenvolvida nessa área;
Deve ser assegurado, a cada docente, uma distribuição de serviço de molde a,
considerados os correspondentes programas, assegurar-lhe o necessário
equilíbrio global, garantindo um elevado nível de qualidade ao ensino (ECD);
Deve evitar-se a atribuição de mais de três níveis, a não ser em casos
devidamente fundamentados;
A Direção, por razões de serviço, para garantir o cumprimento dos princípios
acima enumerados ou estabelecidos na lei, na sequência das competências que
lhe estão atribuídas, reserva a possibilidade de proceder às alterações
consideradas convenientes no sentido de uma melhor gestão dos recursos
humanos.