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  • 7/25/2019 Projeto de Design II

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOISFACULDADE DE ARTES VISUAIS

    GRADUAO EM DESIGN DE MODADISCIPLINA: PROJETO DE DESIGN DE MODA II

    RELATRIO ILUSTRADO

    Katianne de Sousa Almeida

    Atividade apresentada como requisitoparcial para aprovao na disciplinaProjeto de Design de Moda II, ministradapelos Professores Doutores Carlos Hoelzele Dori Medeiros.

    Goinia, 07 de Abril de 2015.

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    Antesde julgar a minha vida ou o meu carter, calce os meus sapatos e percorra o

    caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dvidas e as minhas alegrias. Percorra

    os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz.

    (Clarice Lispector)

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    SUMRIO

    1) Consideraes Iniciais. 2) O calado ao longo da histria humana. 3)Tecnologias e

    Ferramentas da Produo. 4) Designers Japoneses. 5) A sustentabilidade para aconfeco de sapatos. 6) Materialidade dentro da perspectiva regional. 6.1) Produtos

    inspirados no cerrado. 7) Delimitando o tema de pesquisa. 7.1.1) Flor de cerejeira.

    7.1.2) Origami. 7.1.3) Flor de Ip. 8) Consideraes Finais. 9) Referncias

    1. CONSIDERAES INICIAIS

    Um projeto de design visa estimular o aparecimento de novas ideias, novos

    formatos, novas perspectivas que podem possivelmente serem transformadas em

    paradigmas dentro do processo de produo. O principal objetivo de um projeto de

    design abarcar trs elementos fundamentais, tais como: conforto, usabilidade e

    esttica, tais caractersticas compem os principais aspectos, difundidos pela

    literatura especfica, como a funo, forma e ergonomia.

    A atividade projetual implica o atendimento simultneo de requisitos de

    diferentes naturezas que, de algum modo, afetaro aspectos como o desempenho, a

    interao com futuros usurios, o meio ambiente e a sociedade. Desse modo, o

    designer no responsvel s pela forma e funcionamento do produto, mas,

    principalmente, pela interao deste com o usurio, o que tange evidenciar em um

    produto as interaes que garantem ou no o seu uso efetivo e sua satisfao de

    maneira geral.

    Considera-se que o produto de moda composto essencialmente por trs

    pilares: a ergonomia, as tendncias e a subjetividade. O estudo dos aspectos de

    usabilidade, esttica e conforto esto presentes nesta pesquisa, perseguindo a

    multidisciplinaridade do assunto. Unir esses conceitos no produto de moda

    imprescindvel para a satisfao do usurio, sabendo que este no pode estar

    dissociado do conforto ergonmico.

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    Diante dos pilares acima referidos, a proposta, nesta problematizao

    inicial, investigar para compreender o objeto de estudo (produo de

    conhecimentos) e produzir solues para a construo de um objeto que se harmonize

    com os ps. Logo, o leitor pode vincular essa proposta ao que se tem no imaginrio

    como a criao de um sapato, contudo a proposta inicial no dar nome e categorizar

    as coisas, trazendo as relaes de poder e os modelos que cercam a formulao de

    conceitos e definies. Ora, um conceito , antes de nada, um processo de disputa:

    uma tentativa de aproximar ou distanciar, de igualar ou diferenciar, de limitar ou

    expandircoisas, significados, ideias, etc.

    As consideraes feitas at o momento para a problematizao do temapodem ter um sentido filosfico pouco produtivo para um processo objetificador que

    o design. No entanto, espera-se com essas fundamentaes que fogem de uma

    linearidade ter a capacidade de romper as fronteiras de um manual pr-estabelecido

    dentro do design que leva a maioria dos designers apenas a reproduzir um conceito

    j institudo sem recorrer aos processos mais artsticos e penosos como a autoria e o

    rompimento do que j fora estabelecido como norma.

    Essas divagaes seguem o princpio de produo de um sapato, mas,

    que, na verdade, no seja um sapato, com as configuraes de um modelo j

    disseminado e reverenciado tanto pelos profissionais que o produzem quanto pelos

    consumidores deste objeto. Intenta-se pela renovao do modelo do at ento

    establishment.

    Os tpicos a seguir versam quanto ao processo cientfico e metodolgico

    no tratamento da proposta indicada pelos ento professores da Disciplina: Projeto deDesign de Moda II. Fora estabelecido que o processo produtivo perpasse pela

    simbologia e o imaginrio da cultura oriental, com especificidade do contexto japons,

    mas pela intermediao da cultura goiana, tratando das qualidades dos materiais

    locais que apoiem o ideal da sustentabilidade.

    2. O CALADO AO LONGO DA HISTRIA HUMANA

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    Conhecer a histria do calado, o estudo sobre a ergonomia, os fatores

    antropomtricos e a cultura humana tornou-se indispensvel para produzir os

    calados. Registrar pocas, tendncias e realizaes levam a uma aproximao entre

    culturas em torno da elaborao de um objeto que possui modelos diferentes, porm

    com funes semelhantes, como proteo, esttica e conforto. Contudo, a iniciativa

    deste projeto, em especfico, fugir da perspectiva utilitarista que traz como modelo

    fundamental a questo da proteo dos ps pelo uso dos calados. Dentro deste

    espao de problematizao deseja-se estar alm daquilo que necessrio para a

    ampliao e possvel criao diante a determinantes to impositivos.

    Quer se dizer que, na contemporaneidade, o uso do calado tomou outrasdimenses, como a esttica e a simblica, que interagem com as caractersticas

    fsicas e funcionais percebidas pelo consumidor/consumidora.

    O calado, quando o acompanhamos dentro da linha histrica do tempo,

    apresenta uma utilidade marcantes desde os tempos antigos. As evidncias mais

    provveis da histria do calado foram encontradas em pinturas feitas em cavernas

    na Espanha e no sul da Frana. Isso mostra que a histria do calado comeou a

    partir de 10.000 a.C. (COSTA, 2013).

    Somente na Antiguidade o calado adquiriu uma dimenso artstica e

    decorativa, passando a ser um indicador de status social. No Egito, por exemplo, tipos

    diferentes de calados identificavam diferentes classes sociais, enquanto na Grcia

    chegou-se a usar um calado diferente para cada p. No imprio Romano havia a

    utilizao de calados que denunciassem a que tipo de classe social o indivduo

    pertencia, como por exemplo os senadores, que usavam o marrom com tiras em voltadas pernas, ou cnsules, que usavam o branco. Aps a revoluo industrial, e j

    entrando na modernidade, os sapatos comearam a ser fabricados em larga escala.

    Alm disso, passou a haver uma preocupao maior com o design que os mesmos

    ofereciam, ou seja, a esttica comeou a ganhar espao.

    Retomando a linha do tempo, na civilizao egpcia, uma das primeiras

    grandes civilizaes nascidas na Mesopotmia, surgiu a base do calado: o sapato, a

    bota e a sandlia. Os homens e as mulheres usavam sandlias feitas de pele, palha

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    entrelaada e folhas de palma ou papiro; as das classes sociais elevadas, como a dos

    faras, eram mais luxuosas e feitas com materiais nobres, como o outro.

    Figura 1 - Sandlia de fibra de palmeiras

    Os gregos no gostavam de usar sapatos nos ps e os usavam somente

    nos perodos frios. Nas ruas, no andavam descalos, mas utilizavam sandlias com

    tiras longas e finas enroladas nas pernas. J os povos romanos foram influenciados

    pelos gregos, porm eles criaram mais outras cinquentas formas de calados, que

    variavam de nome, de sexo e de classe social. Na Roma Antiga, o calado era tambm

    indicador de status social ou riqueza.

    Figura 2 - Sandlias greco-romanas

    Quando comeou a Idade Mdia, os calados ainda continuaram sob

    influncia dos modelos da Roma Antiga. Os calados com tiras e fitas continuaram

    por um longo perodo.

    No incio do sculo XII, os calados se alongavam nas pontas, como o

    nome de pigaches, que foram os precursores do calado a polaca(la poulaine). Ocalado a polacaera feito em pele, veludo ou brocado.

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    Figura 3 - Modelo "la poulaine"

    Os homens que participaram das Cruzadas trouxeram do Oriente o estilo

    exagerado da ponta alongada. O tamanho da ponta passou a referir-se posio

    social ocupada pela pessoa naquela sociedade. Quanto maior era o poder, maior era

    a ponta. Um detalhe que perpassa vrias culturas tambm a constatao histrica

    que o uso de saltos altos por egpcios, gregos e japoneses determinava qual posio

    social pertencia cada usurio.

    Durante o Renascimento, a roupa passa a acompanhar a opulncia

    empregada nos calados. Porm, nesta fase, houve sapatos feitos para a classe

    trabalhadora, em que os mesmos no possuam riqueza de decorao. Entre os

    sculos XIV e XVII, nos pases europeus, usou-se o termo genrico pianelleparaindicar todo tipo de calado com cunha.

    Figura 4Pianelle

    Com o passar dos tempos, os sapatos foram ganhando formas cada vez

    mais extravagantes. Na Inglaterra do sculo XIV, a extravagncia foi para as pontasdo calado. Outros modelos ganharam admiradores, como os mais largos, curtos e

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    ornados de pele, que foram substitudos pelos de ponta. Surgem, no sculo XVI, os

    de bico largo e chato.

    No sculo XVIII, houve muitas revolues e, assim, os franceses usavam

    tamancos e escarpins (o calcanhar ficava descoberto). Entretanto, no prximo sculo

    houve uma fuso de estilos e a influncia na orientao da moda dos ps

    desapareceu por um determinado momento.

    Figura 5 - Sapatos no Ocidente - Sculo XVIII

    No sculo XIX a mulher usava botas de l, chamadas de sapato de baile,

    feitas de couro finamente polido, cetim ou seda, que aderiam ao p, ligado aotornozelo com fitas. Eram frgeis e sobreviviam a um baile apenas. No calado

    masculino predominavam os escarpins estilo Imprio, fabricados em couro e verniz,

    decorados com fivela.

    At esse momento a humanidade conhecia os tipos bsicos de calados,

    como o tamanco e as sandlias egpcias. Entretanto, essa circunstncia mudou com

    Perugia, que criava tipos variados, como o salto-torsade, feito de metal, e o sapato

    com formato de peixe.

    Figura 6 - Andr Perugia

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    O sapato que mais se destacou no sculo XX foi o tnis, principalmente na

    Amrica. A exaltao dos esportes aconteceu por meio dos sapatos tambm.

    Para este projeto, a ateno maior para os dados histricos envolvendo os

    sapatos dada para os anos 1920 em que os sapatos passaram a apresentar as

    linhas geomtricas por meio de tiras que se prendiam no peito do p, recortes e

    aberturas.

    Figura 7 - Publicidade da Miezco apresentando caractersticas dos calados associados a geometria em1920.

    3. TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS DA PRODUO

    Quando se fala em tecnologia, muitas vezes, vem em mente situaes inusitada de

    uma vida futura muito longe da nossa realidade, mas o fato que a tecnologia pode ser coisas

    simples que nos ajudam a lidar com uma situao de forma mais gil. Nas fabricaes de

    sapatos existem cada vez mais estudos de tecnologias para deixa-los cada vez mais

    confortveis e sem perder a beleza, a atrao em ter um para desfil-los nos ps.

    Conforme avanamos e superamos um meio tecnolgico para produzi-los sempre h

    outras buscas para continuar superando as ltimas tecnologias e com ideias de ser sempre

    inovador entrou em cena um elemento crucial para a fabricao e elaborao de calados

    verde, o sapato sustentvel que visa poluir menos, mas sem perder o charme nos ps. Esta

    ideia no nova, mas vem sendo cada vez mais aprimorada para que um dia vigore, em

    geral, nas grandes marcas de sapatos diminuindo o impacto ambiental, poupando a vida

    animal e nos deixando com uma vida mais leve, limpa e sustentvel.

    Existem vrios matrias que contribuem para elaborao e criao de um novo sapato

    verde baseado nas ideias da sustentabilidade tais como lonas que so muito utilizados nos

    sapatos tendo o tnis como um dos principais embaixadores da matria, fibras de garrafas

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    pet para turbinar a produo sustentvel, borracha de pneu muito utilizado para dar firmeza e

    um solado aos sapatos tendo, em geral, as sandlias masculinas e chinelos tambm, fibras

    de juta que do aos calados um acabamento artesanal de aspecto delicado e sem falar nas

    tintas a base dgua para dar cor e vida aos acessrios do p. Enfim, hoje existem inmerasferramentas e, muitas delas, dotada de uma tecnologia especial para o produto sustentvel e

    cada dia mais uma nova forma estudada para logo entrar neste mercado tambm.

    Figura 8

    Fonte: http://essaseoutras.xpg.uol.com.br/sapatos-de-

    cordas-e-fibras-naturais-moda-2012-modelos-de-espadrille/.

    Acesso em 7 de abril de 2014.

    O fato que o maior marco para este mercado o da conscientizao humana para

    utilizao correta e ecolgica deste material e isto, claro, est em crescimento e muitas

    pessoas se preocupam em saber as origens de seus produtos. Mas muitas vezes este olhar

    para o verde no sustentado pelo fato de faltar opes que agradam a todos, lgico, para

    toda regra h uma exceo s que como qualquer outro estudo, outra inovao leva-se um

    tempo at que todos adaptem a novidade.

    Figura 9

    Fonte: http://www.copyepaste.com/2011/03/colecao-da-alma.html. Acesso em 7 de abril de 2014

    Somo bombardeados de informaes durante todo o dia e lgico que sabemos que h

    presenas de produtos qumicos na produo dos calados alm da crueldade com animaise entristecedor uma pessoa dizer que no sabia de tais informao, pois internet hoje nos

    deus esta liberdade de pesquisar e saber mais sobre a origem destes produtos e para se ter

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    uma base o couro e as peles saem dos curtumes repletos de aditivos qumicos sem ideia da

    grande quantidade que .

    4. DESIGNERS JAPONESES

    frente do nosso tempo, Japo coleciona profissionais talentosos. Alm

    da tecnologia, o pas aposta na inovao e seus projetos alavancam a popularidade

    da trinca design, arquitetura e arte, ganhando as pginas de cultura mundo afora.

    Oki Sato, um dos 100 homens mais respeitados do Japo, o designer

    responsvel pelo Nendo Studio. Sua proposta oferecer, atravs dos produtos, uma

    srie de pequenos momentos prazerosos ou de alegria instantnea, aqueles mesmos

    que no so reconhecidos ou que acabam sendo ignorados em nosso cotidiano.

    Figura 10

    Figura 11 Sapato Oki Sato para Camper.

    Fonte: Bontempo

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    Figura 12

    Rei Kawakubo, estilista por trs da badalada Comme des Garons, revelou

    que sua inteno no criar simplesmente roupas. Suas peas nada convencionais

    redefiniram conceitos at ento imutveis. Sem levar em conta as formas do corpo,

    numa modelagem desestruturada, Rei , atualmente, um nome consagrado no mundo

    todo, e continua a propor uma moda que sempre surpreende.

    Figura 13

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    Figura 14 Comme des Garons Spring 2015 Fonte: Fashion Week Daily

    Kei Kagami cursou Arquitetura e cria sapatos inusitados. Os calados

    esculturais so artesanalmente confeccionados por ele, que utiliza uma grande

    variedade de materiais, como couro, ferro e castiais.

    Figura 15

    Figura 16 - Exposio de sapatos exticos

    Masaya Kushinogosta de chocar o pblico. Ele cria calados marcantes

    decorados com ornamentos barrocos, peles, penas e flores.

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    Figura 17 Massaya Kushino. Fonte: Elefante mdia

    Figura 18

    Figura 19

    Noritaka Tatehana o designer por trs dos exticos sapatos de Lady

    Gaga. Ele cria sapatos cujo saltos podem passar dos 45 centmetros um desafio lei da gravidade.

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    Figura 20 - Lady Gaga

    Figura 21

    Figura 22Noritaka Tatehana

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    A coleo de vero 2013 do designer Jeffrey Campbell um tanto quanto

    assustadora e causou polmica. Isto porque o salto vem com uma espcie de vo em

    acrlico que permite inserir cabeas de bonecas dentro.

    Figura 23 - Jeffrey Campbell

    Figura 24

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    Figura 25 - Jeffrey Campbell

    5. SUSTENTABILIDADE

    Projeto Arrasto

    uma ONG que rene voluntrios do Bairro do Campo Limpo promovendo

    o desenvolvimento social, educacional e cultural da regio. Os calados so feitos

    com tecidos como lonitas e chitas e o solado produzido a partir da borracha de pneus

    de avies. As matrias-primas so doadas e reutilizadas pela ONG na confeco das

    sapatilhas.

    Figura 26

    Insecta Shoes

    A dupla Brbara Mattivy e Pamella Magpali se uniram para produzir

    calados sem utilizao de material de origem animal. A inteno reaproveitarmateriais que seriam jogados no lixo. Vale tudo, desde que nada seja de origem

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    animal: retalhos, tecidos velhos, acessrios de outras peas, etc. Alm disso,

    pretendem aumentar o uso de um tecido ecolgico, feito de algodo modo e fibras de

    garrafa PET.

    Figura 27

    Vegano Shoes

    Marca exclusivamente vegana cujos produtos so isentos de matrias-primas de origem animal ou de qualquer processo produtivo ou logstico que maltrate

    os animais. At a cola rastreada para garantir que nenhum produto de origem animal

    seja usado. Um dos modelos mais vendidos, o Braquiossauro produzido em

    poliuretano altamente resistente e sola de borracha.

    Ahimsa

    A marca, criada em 2013, j entrou de cabea no mercado vegano. Todos

    os calados so produzidos em tecido de algodo de alta resistncia e tem

    acabamento perfeito. As palmilhas so de Biolatex, totalmente reciclveis e as colas

    utilizadas no contem compostos que agridem o meio ambiente e insumos de origem

    animal.

    Outer Shoes

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    Desde 2004, a marca traz a proposta de reaproveitar materiais que seriam

    jogados no lixo, como couro manchado ou riscado. As solas so feitas com restos de

    borracha descartados pela indstria.

    Figura 28

    King55

    A marca King55 lanou, em 2013, sua primeira coleo de tnis

    sustentvel. No tem componente de origem animal e so produzidos a base de

    materiais sintticos, como juta ecolgica e algodo. A cola a base de gua, atxica

    e no poluente.

    6. MATERIALIDADE DENTRO DA PERSPECTIVA REGIONAL:

    O cerrado abriga um rico universo de tradies, expressos na relao de

    seus povos e comunidades tradicionais com seu territrio. As espcies vegetais tm

    grande importncia por seu potencial de uso como matria-prima para artesanato,

    permitindo gerao de renda de forma sustentvel.

    Uma central de cooperativas sem fins lucrativos que Funciona como uma

    ponte entre produtores comunitrios e consumidores, seus produtos de destaque so

    os de capim dourado

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    Bordana

    Na regio Centro-Oeste, o foco tambm est no bordado Fundada em

    2009 a BORDANA (juno de bordado e Ana) surgiu, a partir de uma iniciativa do

    INSTITUTO ANA CAROL, que visa desenvolver aes sociais voltadas para o

    atendimento de jovens, mulheres e crianas. Na concretizao de sua misso

    pretende oferecer a comunidade do Conjunto Caiara e Regio as condies para,

    atravs de um trabalho solidarioe cooperativo, construir oportunidade, aprimorar suas

    habilidades, conquistar autonomia e emancipao. Vrias so as mulheres que temconstrudo as linhas dessa historia. Atravs dos bordados os desenhos vo ganhando

    cor e forma. A beleza das flores e frutos do Cerrado ganha novos contornos e se torna

    uma vibrante forma de expresso e conscientizao preservao desse importante

    bioma Celma Grace

    Figura 29: Capim dourado. Fonte: central do cerrado

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    Teares do Xix

    A arte de tecer tambm faz parte da cultura goiana Esta tradio estava

    quase relegada ao esquecimento, da mesma forma, as cantorias que so entoadas

    em grupo, que tem muita identidade local, traz recordaes do tempo da infncia de

    muitas pessoas e que com a formao do grupo Teares do Xix vem sendo

    relembradas e retomadas.(...) O Projeto de Pesquisa Teares do Xix, foi

    desenvolvido por dois professores na UEG/ Itapuranga, fazendo o levantamento da

    situao da tecelagem manual no municpio encontrando aproximadamente 400

    fiandeiras. Um projeto que rene mulheres em sua maioria de idade avenada que

    voltam a cardar, tecer e fiar o algodo. So mulheres que no foram alfabetizadas,

    mas fazem peas estruturadas sem erros, misturam texturas e cores com muita

    criatividade e excelncia

    Figura 30 Cooperativa de Bordadeiras do cerrado Goino.Empreendimento solirio

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    Figura 31 Fiandeira. Autor: Abadia Maria

    COOPEMIN - Cooperativa de Produo do Empreendedor Arteso Mineral de Minau

    Os alunos do curso do Programa Sambaba, ministrado pelo Sesi/Senai

    transformaram-se em cooperados. A entidade responsvel pela produo e

    distribuio das peas artesanais. 31 jovens, contemplados pelo programa, fazem

    parte da Coopemin, responsvel pelo aprendizado e comercializao das peas

    produzidas, a partir da matria-prima mineral, aplicando corretos critrios

    ocupacionais e ambientais. Dessa forma a entidade tambm promove o

    desenvolvimento socioeconmico de uma importante parcela da populao, por meio

    de uma atividade eco-responsvel. A comercializao de peas artesanais produzidas

    em rocha estril de serpentinito, oriunda da minerao do amianto crisotila, extrada

    da Sama S.A. Mineraes Associadas trouxe novas perspectivas profissionais para

    os jovens, adolescentes de baixa renda e portadores de necessidades especiais,

    moradores da cidade de Minau.

    Figura 32 Crisotila. Fonte: ICB brasil

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    Samambaia uma rvore bastante comum no cerrado goiano. Dela tudo

    se aproveita, de uma forma direta ou indireta. Sua vida se renova em diferentes e

    infindveis ciclo

    Artesanato com palha de milho

    Foi desenvolvido no Centro Comunitrio Dona Margarida, em Quirinpolis.

    Um curso para aproveitamento da palha do milho, transformando-a em

    artesanato.Para assim, oportunizar mais uma fonte de renda aproveitando essa

    matria prima que existe em abundncia em lavouras de milho.

    APL de artesanato mineral

    O Programa de Desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local (APL) de

    Artesanato Mineral de Cristalina atuou em todas as etapas do processo produtivo do

    artesanato, desde a aquisio de matria-prima (no garimpo) at a comercializaodas peas, que foram assistidas e otimizadas. As aes desenvolvidas incluram a

    capacitao dos artesos, assistncia tcnica e tecnolgica dos processos de

    produo, visita e participao em feiras do setor, cursos e palestras sobre design e

    acompanhamento no desenvolvimento de design para os produtos.

    Vale lembrar que tanto Cristalina como Pirenpolis so conhecidas por

    seus artesanatos envolvendo joias

    Figura 33 Artesanato com palha. Fonte: EMATER

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    Figura 34 - manipulao de cristal.

    Alm do croch e de couros artesanais comuns em outras cidades do

    interior do estado

    6.1 Produtos inspirados no cerrado

    Figura 35 - anis inspirados no cerrado.

    Inspiradas nas fotografias deJoo Caetano, as novas peas daJoalheria

    Alwahchvm com referncias do cerrado em peas em muito ouro ros e ouro

    amarelo. SegundoPriscila Alwahchdiretora criativa na marca,As tonalidades que

    usamos no ouro e a escolha das pedras refletem o ambiente que encontrei na reserva

    ambiental de Anpolis. O olhar aguado e sensvel do Joo me guiou por um ambiente

    extremamente rico e inspirador

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    .

    Folhas, frutas e sementes do Cerrado so a matria-prima das joias

    folheadas a ouro fabricadas por uma artes do Distrito Federal. Tnia Helou

    transforma a vegetao nativa da regio em anis, brincos, colares e pingentes. A

    folha moeda marca registrada do negcio. Ela vem de um arbusto do Cerrado e

    a matria-prima no s do meu produto, como de diversos artesos, diz a

    empresria.

    7.DELIMITANDO O TEMA DE PESQUISA

    7.1Apr oximaes en tre F lo r de Cere jeir a e a Flo r de Ip pe la in ter veno do

    or igami

    O trabalho do designer parte da relao que este tem com as tecnologias.

    A produo visual traz uma personalidade prpria daquele que a projeta. Tendo esse

    princpio como fundamento, para o processo de criao do produto proposto, houve o

    interesse em delimitar a rea de pesquisa, dentro do tema geral: cultura japonesa,

    escolhendo a flor de cerejeira, por meio dos diagramas de origami, tentando aproxim-

    la com a cultura goiana por meio do cone de cores que advm dos ips.

    7.1.1. Flor de cerejeira

    Figura 36 - Jias inspiradas no cerrado.Fonte: sebrae nacional

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    A flor da cerejeira, Sakura em japons a flor smbolo do Japo. A

    simbologia to intensa que o povo cultua e respeita como a prpria bandeira

    japonesa ou o hino nacional.

    Figura 37 - Detalhe Sakura

    Diz a lenda que Sakura vem da princesa Konohana Sakuya que teria cado

    do cu nas proximidades do Monte Fuji e teria se transformado nesta bela flor.

    Acreditam se tambm que tem sua origem na cultura de arroz. A parte KURA significa

    deposito onde se guardava arroz, alimento bsico dos japoneses considerado ddiva

    divina.

    A florada da cerejeira um acontecimento nacional. Mais de cem milhes

    de japoneses aguardam o desabrochar da SAKURA com muita ansiedade.

    Diariamente os meios de comunicao emitem juntamente com o servio de

    meteorologia as localidades de floradas. Nesta poca o Japo inteiro entra em

    festividades para apreciar esta flor to bela e to fugaz que dura apenas alguns dias.

    Figura 38 - Florada Sakura

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    No Japo, a primavera comemorada com muita nfase por toda a

    populao com seus HANAMI (apreciao das flores) ou piquenique sob a florada.

    Vrios outros paises como Brasil, Estados Unidos e outros tambm festejam a florada

    da cerejeira. Um dos maiores eventos realizado nos Estados Unidos, Washington

    National Cherry Blossom Festival com seus quase 8.000 cerejeiras onde em 1912

    foram plantadas as primeiras 3.000 mudas doadas pelo Governo Japons em

    comemorao a amizade entre os dois pases.

    Os samurais, os guerreiros japoneses, eram grandes apreciadores da flor

    de cerejeira. Desde aqueles tempos, passou a estar associada efemeridade da

    existncia humana e ao lema dos samurais: viver o presente sem medo. Assim, a flor

    de cerejeira est tambm associada ao cdigo do samurai, o Bushido.A cerejeira fica pouco tempo florida, por isso suas flores representam a

    fragilidade da vida, cuja maior lio aproveitar intensamente cada momento, pois o

    tempo passa rpido e a vida curta.

    A popular tatuagem da flor de cerejeira uma aluso fugacidade da vida

    e que por isso temos que apreci-la e aproveitar cada momento ao mximo,

    lembrando que assim como a flor da cerejeira levada pelo vento em pouco tempo,

    a nossa vida tambm pode terminar abruptamente. Esta forma de viver era muitocaracterstica dos samurais.

    uma flor muito desenhada no Moku Hanga, uma arte japonesa

    tradicional semelhante xilogravura, em que a madeira serve de matriz para

    impresso de gravuras e estampas japonesas. A flor de cerejeira muito usada na

    decorao, e flores de cerejeira artificiais so usadas para embelezar ambientes.

    A flor de cerejeira tambm muito popular na arte tradicional japonesa do origami,

    que atravs de dobras especficas em papel, cria objetos e animais. Uma flor decerejeira em origami representa uma juno de dois aspetos fundamentais da cultura

    japonesa.

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    Figura 39 - Diagrama 1 - flor de cerejeira

    Figura 40 - Diagrama 2 - flor de cerejeira

    7.5.2. Origami

    No ano 105 A.C. TSai Lun, administrador no palcio do imperador chins,

    comeou a misturar cascas de rvores, panos e redes de pesca para substituir a

    sofisticada seda que se utilizava para escrever. O imprio chins manteve segredo

    sobre as tcnicas de fabricao do papel durante sculos. No sculo VI, por

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    intermdio de monges budistas chineses, a tcnica de fabricar papel chegou ao Japo

    e um sculo mais tarde, os rabes obtiveram o segredo desse processo. Na Europa

    a tcnica de fabricao de papel chegou por volta do sculo XII, e dois sculos mais

    tarde j se espalhava por todos os reinos cristos.

    A palavra japonesa Origami composta por dois caracteres. O primeiro,

    ori, deriva do desenho de uma mo e significa dobrar. O segundo, kami, deriva do

    desenho de seda e significa papel

    Ori Kami

    A histria do Origami pode ser dividida em trs grandes perodos. Durante

    o perodo Heian (794-1185) o Origami era um divertimento das classes altas, as

    nicas que podiam comprar papel, que era um artigo de luxo.

    Alguns modelos em Origami foram introduzidos nas cerimnias religiosas

    (Shinto). Os casamentos eram celebrados com copos de saqu (vinho tinto) dobrados

    em papel com borboletas, representando a noiva e o noivo. As borboletas fmea e

    macho, simbolizavam a unio. Os guerreiros Samurai trocavam, entre si, presentes

    enfeitados com noshi, pedaos de papel dobrados em leque, de vrias formas,

    seguros com faixas de carne seca.

    Os mestres das cerimnias de ch recebiam diplomas dobrados de forma

    especial. Depois de os diplomas abertos estes no podiam voltar sua forma inicial

    sem se realizarem outras dobras no papel.

    Hoje em dia ainda se utiliza a expresso Origami Tsuki que significa

    certificado ou garantia, que funcionam como um selo de qualidade, conferindo

    autenticidade aos documentos de valor.

    No Perodo Muromachi ( 13381576 ) o papel tornou-se um produto mais

    acessvel e o Origami comeou a ser utilizado para distinguir as diversas classes

    sociais, conforme os adornos que as pessoas usavam.

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    A democratizao do Origami surge durante o Perodo Tokugawa (1603-

    1867). neste perodo que surgem os primeiros livros de Origami. O primeiro livro

    com instrues surgiu em 1797Sembazuru Oricata ( como dobrar mil tsurus).

    Figura 41 - Pgina da primeira proposta de sistematizao do origami

    No se dobrou apenas no Japo, os muulmanos tambm praticaram esta

    arte e levaram-na para Espanha. Os muulmanos proibiam a criao de figuras, pois

    contra os princpios do Islo, permitindo apenas o uso das dobras de papel para

    estudos matemticos e astronmicos.

    Os rabes optaram por investigar as diversas formas e propriedades de

    dobrar um quadrado e explorar diversas formas de cobrir as paredes de Alhambra

    com tessellacions, tendo aplicado tambm os seus avanados conhecimentos de

    trigonometria para mapearem as estrelas. Aps os rabes terem sido expulsos da

    Pennsula Ibrica, pela inquisio, os espanhis desenvolveram esta arte, chamando-

    a de Papiroflexia.O pai do Origami moderno o japons Akira Yoshizawa. a Yoshizawa

    que se deve a simbologia atual de instrues de como dobrar os modelos (Sistema

    YoshizawaRandlett, 1956 ). Este sistema a contribuio mais importante para o

    Origami desde a inveno do papel, j que permite a difuso internacional das vrias

    criaes. Para Yoshizawa o Origami uma filosofia de vida.

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    Figura 42 - Origamis de Akira Yoshizawa

    Hoje em dia pessoas, de todo o mundo, dedicam-se ao Origami, de vrias

    formas. Tanto no desenvolvimento de figuras cada vez mais complexas, como no

    estudo matemtico das vrias dobras. Os japoneses utilizam, actualmente, esta forma

    de arte para realizer projetos.

    7.5.3 Ips

    Contrariando a natureza, as flores do ip desabrocham em dias secos e

    cinzentos de inverno. E assim, antes mesmo do surgimento da nova folhagem, que

    elas anunciam a proximidade da Primavera.Encontrado em todas as regies do Brasil, o ip sempre chamou a ateno

    de poetas, escritores e at de polticos. Em 1961, o ento presidente Jnio Quadros

    declarou o pau-brasil a rvore Nacional e o ip-amarelo, da espcie Tabebuia vellosoi,

    a Flor Nacional.

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    Figura 43 - Florada Ip rosa

    Conhecidos por sua beleza e pela resistncia e durabilidade de sua

    madeira, os ips foram muito usados na construo de telhados de igrejas dos sculos

    XVII e XVIII. Se no fosse por eles, muitas teriam se perdido com o tempo. At hoje a

    madeira do ip muito valorizada, sendo bastante utilizada na construo civil e naval.

    Ip uma palavra de origem tupi, que significa rvore cascuda, e o nome

    popular usado para designar um grupo de nove ou dez espcies de rvores com

    caractersticas semelhantes de flores brancas, amarelas, rosas, roxas ou lils. Os ips

    ocorrem principalmente em florestas tropicais, mas tambm aparecem no cerrado e

    na caatinga.

    No entanto, nem todos sabem que, dentre o grande universo de plantas

    nativas do pas, o ip sempre foi considerado a rvore nacional brasileira. No dia 7 de

    dezembro de 1978, porm, a lei n 6507 veio declarar que o pau brasil (caesalpinia

    echinata)seria a rvore Nacional e, a flor do ip, a flor do smbolo nacional. Ela

    estabeleceu tambm, alm disso, que o dia 3 de maio seria, dali por diante, o dia do

    pau-Brasil.

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    Figura 44 - Desenho flor de Ip.

    8. CONSIDERAES FINAIS

    Para o desenvolvimento de um calado, necessita-se de uma busca de

    conhecimentos na memria da histria deste objeto, numa reconstruo tambm

    terica, que articula conhecimentos de mltiplas disciplinas, como a biologia, a

    histria, antropologia e a matemtica. Esse conhecimento interdisciplinar incorpora

    contedo tericos e prticos essenciais que hoje so requeridos para o

    desenvolvimento eficaz no campo caladista.

    Em resumo, a inicial problematizao do projeto aqui proposto tem a

    inteno de unir duas referncias imagticas: flor de cerejeira e flor de Ips, em que

    se traduz uma tentativa de aproximao entre a especificidade da cultura do Japo e

    a cultura do cerrado, pois so dois cones que representam a fertilidade e o

    renascimento de duas espcies orgnicas. Como mtodo de trabalho, a

    instrumentalizao, via origami, segue a proposta da geometria, linearidade e o

    minimalismo to caros a esttica japonesa. Portanto, o desafio deste trabalho seria

    colocar em dilogo o orgnico e o geomtrico.

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    9. REFERNCIAS

    ARTESANATO EM PALHA. Disponvel em:https://www.google.com.br/search?q=artesanato+com+palha&es_sm=93&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=MUslVbnlBsLvggSK5ICoBw&ved=0CB0QsAQ&biw=1680&bih=881>. Acesso em 06 de Abril de 2015.

    COSTA, Clia Regina. Uma anlise nos principais aspectos da construo caladistapara o desenvolvimento de um solado prottipo feito a partir de fibra de coco.Dissertao.177 p. Programa de Ps-Graduao em Txtil e Moda. Escola de Artes,Cincias e Humanidade da Universidade de So Paulo, 2013. Disponvel em:. Acesso em 05 de Abril de 2015.

    DETALHE SAKURA. Disponvel em:. Acesso em 06 de Abril de 2015.DIAGRAMA I FLOR DE CEREJEIRA. Disponvel em:. Acesso em 06 deAbril de 2015.DIAGRAMA II FLOR DE CEREJEIRA. Disponvel em:. Acesso em 06 de Abril de 2015.

    FERREIRA, Paulo Alexandre Matos. Origami. Disponvel em:. Acesso em 28 de Maro de 2015.

    FLORADA DO IP. Disponvel em:< http://www.amazoninterart.com/wp-content/uploads/2009/09/ipa3.jpg> . Acesso em 06 de Abril de 2015.FLORADA SAKURA. Disponvel em:. Acesso em06 de Abril de 2015.

    LUZ, Juliana da. Ip a flor smbolo do Brasil. Disponvel em:. Acesso em: 02 de Abril de 2015.

    ORIGAMIS DE AKIRA YOSHIZANA. Disponvel em:. Aceem 04 de Abril de 2015.PUBLICIDADE DA MIEZCO. Disponvel em:. Acessoem 06 de Abril de 2015.SANDLIA DE FIBRA DE PALMEIRAS. Disponvel em:. Acesso em 07 de Abril de 2015.SANDLIAS GRECO-ROMANAS. Disponvel em:< http://2.bp.blogspot.com/-Bo0YDktaFUs/TeWNmnlMyXI/AAAAAAAAB4U/7eBeemVNO5o/s200/SAND%25C3%2581LIAS+ROMANAS.gif>. Acesso em 05 de Abril de 2015.

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    SAPATO ANDR PERUGIA. Disponvel em: