projecto curricular de escola

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Page 1: Projecto Curricular de Escola
Page 2: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 2

ÍNDICE

1. Quem somos? 1.1 – Caracterização do meio

1.2 – Caracterização da instituição

1.2.1 – Corpo discente 1.2.2 – Corpo docente 1.2.3 – Pessoal técnico 1.2.4 – Corpo não docente 1.2.5 – Actividades extra-curriculares 1.2.6 – Órgãos de gestão 1.2.7 – Caracterização das famílias 1.2.8 – Organização e funcionamento da instituição

2. Que modelo de escola pretendemos construir? 2.1 – Como surge o tema?

2.1.1 – Desenvolvendo um projecto…”educação para os valores”

Cooperação Diálogo Respeito Igualdade Ordem

2.2 – Definição de linhas orientadoras, estratégias e áreas de intervenção

educativa

2.3 – O que pretendemos atingir?

Objectivos gerais do projecto

3. Como vamos construir? 3.1 – Levantamento e envolvimento no projecto

3.2 – Concretização de estratégias previstas para a elaboração do projecto

4. Como vamos avaliar?

5. Bibliografia

Page 3: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 3

1 - QUEM SOMOS?

1.1 - Caracterização do meio

O C.I.V.A.S insere-se na Cidade da Senhora da Hora, Freguesia que

pertence ao Concelho de Matosinhos.

A Cidade da Senhora da Hora, do Concelho de Matosinhos, é uma

freguesia cuja história é conhecida desde o século XVIII, até então numa

primeira fase, uma pequena aldeia, onde a população se dedicava à agricultura

de sobrevivência.

Mas, de gente simples e trabalhadora, o povoado foi-se transformando

até que, em 1839, o lugar da Senhora da Hora foi elevado à categoria de Vila e

tornado sede do Concelho de Bouças. Assim se manteve por um período de 15

anos. Em 1853 foi, criada a Vila de Matosinhos, e para ali, foram transferidos

todos os serviços municipais e a sede do concelho.

Contudo, a povoação da Senhora da Hora, ano após ano, foi-se

desenvolvendo, não só mercê da sucessiva construção habitacional e do

aumento populacional, como também de instalação de várias unidades fabris.

Do aumento demográfico e da crescente importância religiosa e civil

resultou o surgimento da Paróquia da Senhora da Hora em 25 de Abril de

1918, tendo servido de igreja paroquial a Capela da Nossa Senhora da Hora

(construída em 1514). Junto desta capela tinha sido construída a emblemática

Fonte das Sete Bicas (1893), realizando-se nesta zona fortemente arborizada a

tradicional Romaria a Nossa Senhora da Hora, outrora considerada uma das

mais típicas e concorridas da região.

Em consequência da crescente implantação urbanística, densidade

demográfica e desenvolvimento sócio -económico, é criada, por decreto-lei de

1933, a Freguesia Civil da Senhora da Hora.

No dia 3 de Julho de 1986, a Assembleia da República votou por

unanimidade a elevação a vila da povoação e freguesia da Senhora da Hora.

Passados três anos, a Vila da Senhora da Hora mantém-se em constante

e forte expansão. Confinando com as Cidades do Porto, de Matosinhos e de

São Mamede de Infesta e integrada na Área Metropolitana do Porto, a

população da Senhora da Hora cresceu acentuadamente nos últimos anos.

Page 4: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 4

A área da Freguesia da Senhora da Hora é de cerca de 350 hectares.

Com 11.089 alojamentos (dados do Censo de 2001), tem um aglomerado

contínuo de 26.202 habitantes – considerada a população residente (dados dos

censos de 2001), dos quais 18.500 com capacidade eleitoral activa.

Entre os mais importantes ramos de actividade industrial contam-se várias

unidades fabris, transformadoras e de manufactura, a perfilagem e fundição de

metais, a moagem de cereais, a torrefacção do café, os produtos alimentares, a

construção de equipamentos e de máquinas eléctricas, além de outras

pequenas indústrias.

A actividade comercial é de grande significado. A Senhora da Hora dispõe

de dois hipermercados, dois centros comerciais, estabelecimentos de

restauração, diversas pequenas e meias superfícies ligadas aos sectores do

calçado, vestuário, mobiliário, ramo automóvel, confeitaria e panificação,

construção, informática, desporto, estética e beleza.

No que concerne a serviços, a Cidade da Senhora da Hora está dotada

dos seguintes equipamentos colectivos:

1. No sector da Educação

-Uma escola Pré, EB 1,2,3

-Uma Escola Pré, EB 1

-Duas Escolas EB 1

-Uma Escola EB 2, 3

-Uma Escola Secundária

- Dois Colégios Particulares com 1º e 2º ciclos

- Diversas Salas de estudo de iniciativa privada

- Escola Superior de Design

- Instituto Superior de Serviço Social do Porto – Cooperativa de

ensino Particular e Cooperativo

2. Na área da Segurança Social

-Lar de acolhimento a crianças abandonadas ou em risco (Casa

do Caminho)

-Lar, CAO e Serviço de Integração Precoce para atendimento de

pessoas com Deficiência Mental (A.P.P.A.C.D.M)

- Centro de Dia para a terceira idade (Civas)

- Uma Creche Familiar com dezasseis amas (Civas)

Page 5: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 5

- Residência Geriátrica “ Canto de Encanto “ (Civas/7 Bicas)

- Seis creches de iniciativa privada e uma IPSS

- Quatro Jardins de Infância de iniciativa privada e uma IPSS

3. No sector da saúde

- Um Hospital

- Um Centro de Saúde

- Quatro farmácias

- Cinco clínicas médicas e diversos consultórios

- Quatro Clínicas de Medicina Dentária

- Cinco Laboratórios de análises Clínicas e um de Imagiologia

- Três centros de Medicina física e de Reabilitação

4. No campo do Desporto

- Um campo de futebol e outros recintos para a prática de

diversas modalidades desportivas

- Vários Courts de Ténis e escola

- Um pavilhão gimnodesportivo

- Um clube de futebol oficial e várias agremiações de desporto

- Uma piscina municipal

5. No que concerne à Cultura e ao Associativismo

- Dez salas de cinema

- Uma sala de Exposições

- Dois auditórios

- Um Centro Cultural

- Vários centros culturais, Desportivos e Recreativos associados

às cooperativas de Habitação

- Rotary clube da Senhora da Hora

- Lion’s Clube da Senhora da Hora

- Clube de Campismo e Caravanismo

- Comissão Fabriqueira

- Escuteiros

- Associação de comerciantes

6. Relativamente aos Transportes

Page 6: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 6

- Serviços de Transporte Colectivo do Porto (STCP) e um

operador privado de transportes colectivos de passageiros

- Rede de Metro

- Duas Estações dos CTT

- Dez Agências Bancárias

- Um cemitério

- Um Posto da PSP

- Parque Público

Conclui-se, em face da situação factual descrita, a evidencia de que a

anterior Vila da Senhora da Hora, do Concelho de Matosinhos, atingiu em

todos os domínios os pressupostos social e politicamente necessários,

cumprindo os requisitos que a Lei nº 11/82, de 2 de Junho exige para se ter

elevado à categoria de Cidade em 2009.

Page 7: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 7

1.2. – CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

1.2.1 – CORPO DISCENTE

No ano lectivo de 2010/2011 O C.I.V.A.S. possui um total de 201

crianças. Nestes quadros podemos observar como se encontram

distribuídos os alunos, nas valências de Creche e Jardim-de-Infância e

Creche Familiar, consoante o seu grupo etário.

Quadro n.º 1

GRUPO ETÁRIO Nº. DE CRIANÇAS

CRECHE

Bebés 10

1 ano 11

2 anos 16

GRUPO ETÁRIO Nº. DE CRIANÇAS

JARDIM DE

INFÂNCIA

3 anos 25

3,4 anos 25

4 anos 25

5 anos 25

GRUPO ETÁRIO Nº. DE CRIANÇAS

CRECHE

FAMILIAR 4 meses - 3 anos 64

No quadro n.º 2 podemos observar o nº total de crianças por valência.

Page 8: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 8

Quadro N.º 2

VALÊNCIA TOTAL DE CRIANÇAS

CRECHE 37

JARDIM INFÂNCIA 100

CRECHE FAMILIAR 64

TOTAL 201

1.2.2 – CORPO DOCENTE

O quadro seguinte, representa a distribuição das Educadoras de

Infância e Estagiária da E.S.E. Stª. Maria, pelos diferentes grupos

etários.

Quadro n.º 3

GRUPO DE

CRIANÇAS EDUCADORAS

ESTAGIÁRIAS

E.S.E. STª.MARIA

CRECHE Bébés - -

1 ano 1 -

2 anos 1 -

CRECHE

FAMILIAR

4 meses/ 3

anos 1 -

JARDIM DE

INFÂNCIA 3 anos 1 1

3/4 anos 1 -

4 anos 1 -

5 anos 1 -

TOTAL 7 1

Page 9: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 9

1.2.3 – PESSOAL TÉCNICO Neste quadro, podemos observar o pessoal técnico e respectiva

actividade que desenvolve no Centro C.I.V.A.S.

Quadro n.º 4

ACTIVIDADE PESSOAL TÉCNICO

ASSISTENTE

SOCIAL

LUÍSA PEREIRA (exerce funções em

simultâneo, no centro de apoio à 3,ª idade e

infantário)

PSICÓLOGA

CLÁUDIA OLIVEIRA (exerce funções em

simultâneo, no centro de apoio à 3,ª idade, lar e

infantário

1.2.4 – CORPO NÃO DOCENTE

No próximo quadro, podemos observar o número de pessoal não

docente e respectiva actividade que desenvolve no C.I.V.A.S.

Quadro n.º 5

ACTIVIDADE NRº. DE PESSOAS

ENCARREGADA DE

SERVIÇOS GERAIS 1

AUXILIARES DE EDUCAÇÃO 8

COZINHEIRA 1

AJUDANTE DE COZINHA 2

LAVANDARIA 1

LIMPEZA 3

MANUTENÇÃO 1

AUXILIARES GERAIS (programa

de actividade ocupacional) 3

Page 10: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 10

TOTAL 20

1.2.5 – ACTIVIDADES EXTRA-CURRICULARES, APOIO

PEDAGÓGICO E RESPECTIVOS PROFESSORES

O quadro seguinte descreve as actividades extra-curriculares

desenvolvidas pelo Centro C.I.V.A.S., bem como o número de professores

existentes em cada actividade.

Quadro nº 6

1.2.6 – ORGÃOS DE GESTÃO

Quadro nº 7

PRESIDENTE Guilherme do Nascimento de Macedo Vilaverde

SECRETÁRIO José Teixeira

TESOUREIRO José Ribeiro Leal

VOGAL Joaquim Alexandre Freitas Coutinho

ACTIVIDADES EXTRA-

CURRICULARES

NRº. TOTAL DE

PROFESSORES

PROFESSOR DE NATAÇÃO 2

PROFESSOR DE MÚSICA 1

PROFESSOR DE GINÁSTICA 1

PROFESSOR DE INFORMÁTICA 1

PROFESSOR DE BALLET 1

TOTAL 6

Page 11: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 11

VOGAL António dos Santos Silva

CONSELHO FISCAL

PRESIDENTE Leonel da Silva Oliveira

SECRETÁRIO Manuel Marinho

VOGAL Abel Ferreira Ribeiro

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

PRESIDENTE Serafim Pereira Lopes

1º. SECRETÁRIO António de Oliveira Pinho

Branco

2º. SECRETÁRIO Antero Ribeirinho de Almeida

Page 12: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 12

1.2.7 – CARACTERIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS

Gráfico 1

Através da Gráfico 1, verificamos que, apesar de haver pouca diferença, o

número de crianças do sexo masculino é superior (51%) ao número de

crianças do sexo feminino (49%).

Havendo, assim, na instituição 67 meninas e 70 meninos.

Gráfico 2

Idade dos pais

51%49%

NÚMERO TOTAL DE CRIANÇAS

MENINOS

MENINAS

21%

43%

29%

7%

MÃE

24-30 ANOS

31-35 ANOS

36-40 ANOS

41-45 ANOS

Page 13: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 13

Através da Gráfico 2 verificamos que a idade das mães varia entre os 24

e os 45 anos de idade, sendo que uma grande parte (43%) se encontra entre

os 31 e os 35 anos.

Observamos também que apenas 7% se encontra na faixa etária mais

elevada que vai dos 41 aos 45 anos.

Gráfico 3

Através do gráfico 3 verificamos que a idade dos pais varia entre os 24 e

os 50 anos de idade, havendo uma maior incidência (43%) na casa dos 31 aos

35 anos.

Verificamos também que apenas 4% se encontra na faixa etária mais

elevada que vai dos 46 aos 50 anos.

13%

43%

33%

7%

4%

PAI

24 -30 ANOS

31 -35 ANOS

36 -40 ANOS

41 - 45 ANOS

46-50 ANOS

Page 14: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 14

Gráfico 4

Habilitações literárias dos Encarregados de Educação

Através da Gráfico 4 verificamos que as habilitações literárias das mães

são, em maior percentagem, a licenciatura (42%), seguindo-se o ensino

secundário (26%). O grau académico com menor percentagem é o bacharelato,

mestrado, 1º Ciclo e 2º Ciclo, com apenas 1%, 2%, 3% e 4%, respectivamente.

Gráfico 5

3% 4%

22%

26%

1%

42%

2%

MÃE

1º CICLO

2 º CICLO

3° CICLO

ENS. SECUNDÁRIO

BACHARELATO

LICENCIATURA

MESTRADO

2% 9%

24%

42%

4% 17%

2%

PAI

1º CICLO

2° CICLO

3° CÍCLO

ENS. SECUNDÁRIO

BACHARELATO

LICENCIATURA

MESTRADO

Page 15: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 15

Podemos verificar que no Gráfico 5 os pais têm maioritariamente o ensino

secundário (42%). O grau académico com menor percentagem é o mestrado e

o 1º Ciclo com 2% .

Gráfico 6

Sector Profissional

No que diz respeito ao sector profissional dos Encarregados de

Educação, podemos verificar no gráfico 6 que as mães ocupam em maior

percentagem o grau II da escala de Graffer (ver legenda) (45%).

O grau I é o menos predominante no gráfico apresentado com 6%.

5%

45%

11%

20%

6% 13%

MÃE

GRAU I

GRAU II

GRAU III

GRAU IV

GRAU V

GRAU VI

Page 16: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 16

Gráfico 7

Relativamente ao sector profissional dos pais podemos verificar no gráfico

7 que os pais encontram-se maioritariamente no grau II da escala de Graffe

(ver legenda) (43%) seguindo-se o grau IV com 17%.

O grau I é o apresenta uma menor percentagem no gráfico com apenas

5%.

Legenda: Escala de Graffer adaptado

Grau I – Profissões liberais; Professores universitários; Directores

empresas/fábricas/bancos Executivos; oficiais das forças armadas

Grau II – Administradores de empresas públicas ou privadas; funcionários com cargos

de responsabilidade; técnicos superiores especializados; comerciantes

Grau III – Pequenos industriais ou comerciantes; encarregados; operários qualificados;

técnico intermédio

Grau IV – Operários semi – qualificados; empregados comércio

Grau V – Mão –de –obra não qualificada; serventes de obras; pessoal das limpezas;

trabalhadores rurais

Grau VI – Estudantes; Desempregados; Beneficiários R.S.I; pensionistas.

5%

43%

13%

17%

15%

7%

PAI

GRAU I

GRAU II

GRAU III

GRAU IV

GRAU V

GRAU VI

Page 17: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 17

1.2.8– ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA

INSTITUIÇÃO

HORÁRIOS LECTIVOS

Quadro n.º 8

HORÁRIOS NÃO LECTIVOS

Quadro n.º 9

CRECHE JARDIM DE INFÂNCIA

7h 00 às 9h 00 7h 00 às 9h 00

16h 00 às 19H00 16h 00 às 19h 00

ACTIVIDADES EXTRACURRICULARES

Quadro n.º 10

CRECHE JARDIM DE INFÂNCIA

9h 00 às 12h 30 9h 00 às 12h 30

14h 00 às 16h 00 14h 00às 16h 00

ACTIVIDADES

EXTRA-CURRICULARES HORÁRIO

NATAÇÃO 4.ª Feira e 6.º feira das 10h 15 às 10h 50

MÚSICA De 3.ª a 6.ª feira das 13h às 14 h

GINÁSTICA 2. ª Feira das 9h às 11h30 (sessões de meia

hora)

INFORMÁTICA 3.ª Feira das 15h 30 16h 30 e 16h 30 17h 30

Page 18: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 18

SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

O CIVAS também tem à disposição Serviços Administrativos a funcionar

nos seguintes horários:

Manhã - Das 08h 00 h às 13h 00

Tarde - Das 16h 00 às 19h 00

Page 19: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 19

2 – Que modelo de escola pretendemos construir?

2.1 - Como surge o Tema:

“Educação Para os Valores”

FORMAR O CARÁCTER

É TAREFA NOSSA… VIVER APROPRIADAMENTE

É A NOSSA GRANDE E GLORIOSA OBRA-PRIMA. TODAS AS OUTRAS COISAS - GOVERNAR ACUMULAR RIQUEZAS, CONSTRUIR – SÃO, QUANTO MUITO, PEQUENOS APÊNDICES E SUPORTES……

Michel de Montaigne

Qualquer sociedade humana retira a sua coesão dum conjunto de

actividades e projectos comuns, mas também, de valores partilhados, que

constituem outros tantos aspectos da vontade de viver juntos.

A educação tem como objectivo essencial, o desenvolvimento ser

humano na sua dimensão social.

Designa-se como uma ligação de culturas e valores, como construção de

um espaço de socialização, e caminho de preparação de um projecto comum.

Devido à constante ameaça de desorganização e ruptura dos laços

sociais em que se vive nas sociedades de hoje, os sistemas educativos

encontram grandes dificuldades causadas por um conjunto de tensões, dado

que se trata, de respeitar a diversidade dos indivíduos e grupos humanos,

Page 20: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 20

mantendo contudo, o princípio de homogeneidade que implica a necessidade

de observar regras comuns.

A sociedade actual baseia-se no facilitismo, o que não é nem construtivo

nem enriquecedor e muito menos educativo formativo. O facto de haver regras

e limites, princípios a cumprir e valores a respeitar vai ajudar o individuo a

crescer harmoniosa e equilibradamente.

A crise moral trás como consequência o desenvolvimento da violência e

da criminalidade. Desta forma os valores são postos em causa, o que se torna

particularmente preocupante.

É através dos meios de comunicação social que nos chegam diariamente

informações preocupantes no que se refere á prática gratuita: de violência

entre professor e aluno, nos alunos e seus pares; na destruição de material

colectivo; no desrespeito constante das regras da escola, etc.

A educação dos cidadãos deve ser feita ao longo da sua vida para que se

possa tornar uma linha de força da sociedade civil e de democracia viva.

A educação para a cidadania deve ser vista como um conjunto de práticas

sociais num sistema de valores, ou seja, leva a uma participação voluntária do

cidadão como indivíduo livre num projecto colectivo, implicando esse colectivo

no destino individual.

A criança, ainda que exerça uma cidadania parcial, por via indirecta, é

apenas um cidadão em potência.

Este enriquecimento é operado essencialmente na escola, a instrução

cívica refere-se essencialmente a noções e a conhecimentos, tais como, os

valores, que antes de revelarem a ordem do saber, a formação cívica revela o

saber estar como membros da colectividade nacional, sendo os valores que

irão determinar a conduta social do indivíduo.

A escola tem de ter em conta o respeito pela dignidade de cada um para

que haja uma aquisição de saberes e conhecimentos, e o desenvolvimento de

atitudes, tendo em vista a vida em sociedade.

Tem-se verificado nos últimos anos, por parte das nossas crianças do

Jardim-de-Infância (C.I.V.A.S.) um constante desrespeito pelas normas e

respeito pelos outros, em que os valores são cada vez mais difíceis de serem

interiorizados e postos em prática uma vez que a própria sociedade está

“perdida” na definição dos mesmos, em que as vontades de cada indivíduo

Page 21: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 21

prevalecem ao bem-estar de uma sociedade. Valores como: a Cooperação; o

Diálogo; o Respeito; a Igualdade e a Ordem, estão confusos para a criança, em

que na escola por exemplo é-lhes ensinado e pedido para respeitarem a vez do

outro e têm exemplos diários dos seus modelos (o adulto) em: passarem à

frente dos outros; mentirem; não respeitarem as regras de trânsito e

segurança; etc.,

Foi no seguimento desta análise por parte do corpo docente, que se

chegou á conclusão que existe uma necessidade imperativa de trabalhar com

as crianças este tema: Educação para os Valores.

Os valores, e em particular a tolerância não podem ser ensinados no

estrito sentido do termo: querermos impor valores que não foram escolhidos

pelo indivíduo, leva à recusa da sua prática, por que só fará sentido para o

mesmo se estes forem seleccionados por ele. A escola cria assim condições

para a prática da tolerância, mostrando e pedindo às crianças que respeitem os

pontos de vista dos outros, estimulando deste modo “trabalhos” e conversas

sobre dilemas morais, de casos que impliquem opções éticas, etc.

Para além disso é fundamental que o núcleo familiar (eles que são os

alicerces da formação das crianças) participe activamente na interiorização

destes mesmos valores para que no futuro possamos ter bem definidos os

mesmos na nossa sociedade e possamos dizer que contribuímos para uma

sociedade de, Respeito; Cooperação; Diálogo; Igualdade e Ordem.

Quando todos participarem na construção de uma sociedade responsável

e solidária, e respeitadora dos Direitos do Homem, então podemos dizer que

vivemos numa sociedade verdadeiramente democrática.

2.1.1 - Definição de linhas orientadoras e de áreas de intervenção educativa:

A criança “absorve” na escola uma série de experiências sociais onde se

cruzam valores e normas, vivendo-as no sentido que rege a nossa Nação e

sociedade, a Democracia. A distinção entre valores e normas, encontra-se na

maneira como se exerce o seu poder de obrigação ou de persuasão. O

Page 22: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 22

objectivo comum é o de assegurar a coesão de uma sociedade, a eficácia das

acções colectivas e individuais, a permanência de uma identidade. Os valores

morais e cívicos caracterizam-nos como indivíduos que pertencem a uma

civilização e a uma cultura.

É na inter-relação que a criança vai aprendendo a atribuir valor a

comportamentos e atitudes seus e dos outros, conhecendo, reconhecendo e

diferenciando modos de interagir.

A educação para os valores, aparece assim como processo pessoal e

social na procura do próprio bem e bem colectivo.

O contexto social e relacional é facilitador na educação de valores, uma

vez que, a prática do educador e o dia-a-dia no Jardim de Infância permite esta

concretização, pois as relações e interacções que o educador tem com cada

uma das crianças e com o grupo e a forma como os apoia, assenta na forma

como a criança é valorizada e escutada, contribuindo para o bem-estar e auto-

estima da criança. A relação que o educador estabelece com cada criança,

estimula e encoraja os seus progressos e constitui ainda um exemplo para as

relações que as crianças estabelecem entre si.

Este processo de construção de um auto-conceito positivo, supõe ainda

um apoio ao processo de crescimento de cada criança e do grupo, que

gradualmente se vão tornando mais independentes e autónomos.Com base

nisso propomo-nos a “trabalhar” alguns desses Valores, tais como:

A Ordem

A ordem surge através de normas que acontecem como modelos de

conduta social através do uso e da interiorização das mesmas, mesmo que

estas sejam mais ou menos obrigatórias e em ocasiões determinadas

imperativas, são sempre fortemente indutoras.

A Cooperação/Diálogo

Para a sua formação pessoal e social, o assumir gradualmente as

responsabilidades, implica já uma autonomia e capacidade individual e

Page 23: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 23

colectiva. Este processo decorre de uma partilha do poder entre o educador a

criança e o grupo, em que as regras são elaboradas e negociadas entre todos,

são compreendidas e aceites pelo grupo, que por sua vez se compromete a

respeita-las, assim como as tarefas necessárias ao bom funcionamento do

grupo são equitativamente distribuídas, colaborando cada um para o bem-estar

colectivo.

Esta participação está presente em todo o processo de aprendizagem, em

que as crianças são consultadas sobre a organização do espaço e do tempo,

tomam iniciativas, colaboram nas propostas do educador e das outras crianças,

cooperando em projectos comuns.

Respeito pela diferença

A vida em grupo implica o confronto de opiniões e a solução de conflitos,

em que a tomada de consciência de valores diferentes é muito importante, uma

vez que irão suscitar debates e negociações, de forma a fomentar atitudes de

tolerância, compreensão do outro, e o respeito pela diferença. Tudo isto vai do

respeito que o educador manifesta por cada criança e pela sua cultura ,

interagindo com o outro, permite à criança tomar consciência de si própria em

relação ao outro.

O respeito pela diferença valoriza a diversidade de contributos individuais

para o enriquecimento do grupo, favorecendo a construção da identidade, a

auto-estima e o sentido de pertença a um grupo, favorecendo o

desenvolvimento colectivo. E é através do respeito por outras culturas que

também faz parte o desenvolvimento da identidade.

Igualdade

A aquisição de novos saberes e culturas por parte da criança, através da

aceitação da diferença sexual, social e étnica, e da igualdade de oportunidades

num processo educativo que respeita diferentes maneiras de ser e de saber,

constrói uma maior igualdade de oportunidades entre mulheres e homens,

entre indivíduos de diferentes classes sociais e de diferentes etnias.

Page 24: Projecto Curricular de Escola

PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 24

2.2 - Definição de linhas orientadoras e de áreas de intervenção

educativa

A intencionalidade do processo educativo que caracteriza a intervenção

profissional do educador passa por diferentes etapas interligadas que se vão

sucedendo e aprofundando, o que pressupõe:

Planear o processo educativo de acordo com o que o educador sabe do

grupo e de cada criança, do seu contexto familiar e social é condição para que

a educação pré-escolar proporcione um ambiente estimulante de

desenvolvimento e promova aprendizagens significativas e diversificadas que

contribuam para uma maior igualdade de oportunidades.

Planear implica que o educador reflicta sobre as suas intenções

educativas e as formas de as adequar ao grupo, prevendo situações e

experiências de aprendizagem e organizando os recursos humanos e materiais

necessários à sua realização. O planeamento do ambiente educativo permite

às crianças explorar e utilizar espaços, materiais e instrumentos colocados à

disposição, proporcionando-lhes interacções diversificadas com todo o grupo,

em pequenos grupos e entre pares, e também a possibilidade de interagir

diferentes áreas de conteúdo e a sua articulação, bem como a previsão de

várias possibilidades que se concretizam ou modificam, de acordo com as

situações e as propostas das crianças.

Cabe, assim, ao educador planear situações de aprendizagem que sejam

suficientemente desafiadoras, de modo a interessar e a estimular cada criança,

apoiando-a para que chegue a níveis de realização a que não chegaria por si

só, mas acautelando situações de excessiva exigência de que possa resultar

desencorajamento e diminuição de auto-estima.

O planeamento realizado com a participação das crianças, permite ao

grupo beneficiar da sua diversidade, das capacidades e competências de cada

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PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 25

criança, num processo de partilha facilitador da aprendizagem e do

desenvolvimento de todas e de cada uma.

Agir, concretizando na acção as suas intenções educativas, adaptando-as

às propostas das crianças e tirando partido das situações e oportunidades

imprevistas. A participação de outros adultos - auxiliar de acção educativa,

pais, outros membros da comunidade - na realização de oportunidades

educativas planeadas pelo educador é uma forma de alargar as interacções

das crianças e de enriquecer o processo educativo.

Observar cada criança e o grupo para conhecer as suas capacidades,

interesses e dificuldades, recolher as informações sobre o contexto familiar e o

meio em que as crianças vivem, são práticas necessárias para compreender

melhor as características das crianças e adequar o processo educativo às suas

necessidades.

O conhecimento da criança e da sua evolução constitui o fundamento da

diferenciação pedagógica que parte do que esta sabe e é capaz de fazer para

alargar os seus interesses e desenvolver as suas potencialidades. Este

conhecimento resulta de uma observação contínua e supõe a necessidade de

referências tais como, produtos das crianças e diferentes formas de registo.

Trata-se fundamentalmente de dispor de elementos que possam ser

periodicamente analisados, de modo a compreender o processo desenvolvido

e os seus efeitos na aprendizagem de cada criança. A observação constitui,

deste modo, a base do planeamento e da avaliação, servindo de suporte à

intencionalidade do processo educativo.

Avaliar o processo e os efeitos, implica tomar consciência da acção para

adequar o processo educativo às necessidades das crianças e do grupo e à

sua evolução.

A avaliação realizada com as crianças é uma actividade educativa,

constituindo também uma base de avaliação para o educador. A sua reflexão, a

partir dos efeitos que vai observando, possibilita-lhe estabelecer a progressão

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PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 26

das aprendizagens a desenvolver com cada criança. Neste sentido, a avaliação

é suporte do planeamento

2.3 - Objectivos gerais do projecto:

- Fomentar uma educação para a tolerância e pelo respeito

pelo outro.

- Promover uma boa articulação com todas as salas do

Jardim de Infância e creche, com vista a um trabalho de

Educação para os Valores de forma contínua e coerente

- Ter em consideração o papel dos educadores enquanto

modelos significativos para as crianças, no que se refere aos

comportamentos relacionados com os Valores.

- Fomentar o diálogo e partilha de poder entre educador e

educando

- Fomentar a inter-relação de forma a criança a aprender e

atribuir Valor a comportamentos e atitudes na sua forma de

interagir

- Promover a participação das famílias na interiorização de

normas e condutas no dia-a-dia da criança,

- Favorecer a prática da tolerância, mostrando e pedindo às

crianças que respeitem os pontos de vista dos outros.

- Promover a participação da criança na cooperação de

projectos comuns na Instituição.

- Promover a aceitação da diferença sexual, social e étnica.

- Promover o respeito pela opinião e formas diferentes de ser

dos outros.

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PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 27

3 - COMO VAMOS CONSTRUIR?

Que escola queremos para as nossas crianças?

Hoje em dia exige-se cada vez mais da escola. Pais e alunos esperam

que a escola alargue o domínio das suas funções e que acrescente á sua

missão tradicional de ensino e formação as de educação e protecção.

Para que serve a escola onde passamos grande parte da nossa vida?

Deve-se pensar na missão da escola consistindo em responder às expectativas

de pais e alunos, tendo em conta as necessidades do novo público escolar. O

sentido utilitário da escola não deve ser encontrado como máquina de cidadãos

nem como agência de resolução de problemas no emprego, mas sim deve-se

educar para uma valorização dos valores preparando-os para a cidadania.

A escola procurou responder a necessidades de grupo, de classe, a

escola é para a sociedade uma instituição que serve para assegurar a

integração das novas gerações no seio do estado nacional, inculcando as suas

normas, regras e valores.

A formação da personalidade das crianças e as suas relações afectivas

entre os adultos fazem parte na relação da família, na formação e na vida do

indivíduo como sujeito.

Dubet e Martuccelli dizem que a escola da contemporaneidade já não

pode funcionar como uma máquina que socializa os indivíduos a partir de

valores considerados homogéneos uma vez que valores e normas não podem

ser percebidos como uma forma rígida para a formação das crianças.

A escola já não pode ser uma máquina social cujo sentido, se difunde e

se transforma em personalidades sociais através de papéis. A função da

socialização da escola já não pode ser identificada com a de um aparelho de

inculcação de valores comuns, interiorizados pelos indivíduos e modelando as

suas personalidades. Essa escola pode estruturar um ambiente, um meio de

vida no seio da qual o indivíduo vai realizar uma experiencia, seja para

conhecer o mundo de regras, normas produzidas, seja para construir uma boa

parte da sua identidade de actor social e cidadão.

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PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 28

A escola deve seguir na educação para a autonomia sem esquecer das

tarefas a realizar pelo educador, deve-se colocar o papel da escola na

educação do cidadão seja ao nível da elaboração dos seus vectores seja ainda

no plano da sua operacionalização estratégica. Uma forma adequada de

educar para os valores é tirar partido da concepção e realização de projectos,

tanto individuais como colectivos, reforçar a capacidade do educando em

desenhar e realizar projectos pessoais, consistindo sim numa boa metodologia

para estimular o seu crescimento nas competências de autonomia. O educador

não pode esquivar certas orientações de conduta quando aposta na

autonomização do educando.

Deve-se respeitar os princípios num processo de educação para os

valores:

- Respeitar a singularidade pessoal do educando

- Criar um clima de confiança, segurança e protecção

- Acreditar na capacidade de auto-organização do educando e nas suas

possibilidades de progresso para mais autonomia

- Reconhecer e aceitar as limitações no processo de ajuda

- Mostrar interesse pelo acompanhamento do educando

- Ser capaz de dupla escuta: de si mesmo e do outro da relação

- Reconhecer competência ao educando na resolução de problemas e na

tomada de decisões

- Aceitar pesquisar com o educando as soluções para os seus problemas

- Dar provas de paciência e perseverança

- Suscitar interrogações

- Estar disposto a assumir que o educando é o Autor e Actor da sua vida.

A educação para os valores configura a necessidade de promover uma

aprendizagem da autonomia, da participação e da cooperação. Deve-se ajudar

e apoiar a construção dos valores no espaço escolar.

O papel da escola deve consistir na fabricação de indivíduos socialmente

preparados para assumir as normas, regras e valores da sua comunidade. A

escola deixa de ser a maquina socializadora de indivíduos a partir de normas e

valores considerados inquestionáveis e homogéneos e passa a ser um espaço

estruturado onde o individuo experimenta um mundo social e onde constrói a

sua identidade. Passamos da escola como agência autoritária para a escola

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PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

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como espaço onde se constrói uma identidade de cidadão. A escola deve

investir na criação de um clima democrático que potencie a participação das

crianças. Deve-se estimular as crianças a pensar por si mesmas dando

oportunidade de aprender experimentando.

A comunidade vai por a criança em contacto com os valores da cidadania

(solidariedade/responsabilidade/iniciativa). É fundamental promover com as

nossas crianças a autonomia afectiva através do diálogo, aprendendo a

dialogar, a criança em formação aprende a escutar e a reconhecer que os

outros precisam de ser respeitados nas suas opiniões.

O fundamental na educação escolar do cidadão activo, participativo,

democrático e responsável é transformar a escola para a cidadania, para a

cultura, para a educação dos valores.

3.1 – Levantamento e envolvimento no projecto

Sendo como tema do nosso projecto curricular “Educação para os

Valores”, cada educadora irá trabalhar com o seu grupo os vários sub - temas,

Cooperação/Diálogo/Respeito/Igualdade/Ordem, em cada uma das salas.

3.2 – Concretização de estratégias previstas para a elaboração

do projecto

O Centro de Infância e Velhice de Acção Social, irá participar neste

projecto englobando todos os profissionais da instituição com o objectivo de

desenvolver actividades de acordo com as necessidades e interesses

individuais e colectivos de cada sala ao longo ano lectivo.

Vão contribuir para o enriquecimento do desenvolvimento do projecto as

actividades livres e dirigidas.

Para a valorização deste projecto, é fundamental outro tipo de

actividades como por exemplo:

- Registos Gráficos

- Visitas de estudo

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PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

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- Exposição de trabalhos no exterior da instituição

- Jornal de parede semanal

- Boletim informativo da instituição

- Sessões de sensibilização (pais e comunidade envolvente)

- Estabelecer Redes solidárias

- Exposição sobre os Valores

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4 - COMO VAMOS AVALIAR?

Na creche o educador vai ajudar a conseguir o desenvolvimento

harmonioso da personalidade da criança, vai ajudar a criança na iniciação da

aquisição de valores e atitudes adquirindo comportamentos sociais para a vida

na comunidade, fomentando a liberdade de escolha e iniciativa própria. A

creche não é um local de guarda, nem um local que substitui o ambiente

familiar mas sim um espaço amplo privilegiando o bem-estar da criança, a

comunicação, a interacção com o meio, o convívio com as outras crianças. A

creche atende às necessidades emocionais, de amor e segurança, isto é a

presença do adulto faz com que a criança sinta uma relação calorosa e afável

mas esta tem de experimentar sozinha novas experiencias.

Para trabalharmos os valores na creche há que desenvolver com a

criança a linguagem:

Compreendendo o significado da palavra

Reproduzir sons

Exprimir o que deseja

Reconhecer objectos

Imitar a linguagem gestual

Dizer pequenas frases

Há que desenvolver também a auto-ajuda:

Satisfazer as necessidades alimentares

Reconhecer as partes do corpo

Ter o controlo esfincteriano

Reconhecer as regras da higiene

No que respeita ao desenvolvimento motor a aquisição da marcha vai

contribuir para a autonomia da criança.

Também se vai trabalhar a socialização desenvolvendo a afectividade

convivendo com o adulto e crianças.

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PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

CIVAS 32

Assim, na creche a educação para os valores vai-se aplicar de uma forma

mais flexível sendo algo mais global e adaptado á realidade das crianças da

mesma valência.

Em relação ao jardim-de-infância a educação para os valores vai ser

avaliada em determinados objectivos fundamentais para o desenvolvimento da

criança, tais como:

A independência/ autonomia:

Adquirir maior independência significa ir dominando determinados

saber/fazer (vestir-se, despir-se, lavar-se, comer usando os talheres, limpar-se,

usar determinados materiais: pincéis, tintas, lápis, …). Esta independência

passa também por uma apropriação do espaço e do tempo de cada criança e

do grupo, em que ela vai aprendendo a fazer escolhas, preferências, a tomar

decisões.

Partilha do poder:

Para a sua formação pessoal e social, o assumir gradualmente as

responsabilidades implica uma autonomia e capacidade individual e colectiva.

Este processo decorre de uma partilha do poder entre o educador, a criança e

o grupo, em que as regras são elaboradas e negociadas entre todos, são

compreendidas e aceites pelo grupo, que por sua vez se compromete a

respeita-las, assim como as tarefas necessárias ao bom funcionamento do

grupo são equitativamente distribuídas, colaborando cada um para o bem-estar

colectivo. Esta participação está presente em todo o processo de

aprendizagem em que as crianças são consultadas sobre a organização do

espaço e do tempo, tomam iniciativas, colaboram nas propostas do educador e

das outras crianças, cooperando em projectos comuns.

Respeito pela diferença:

A vida em grupo implica o confronto de opiniões e a solução de conflitos

e a tomada de consciência de valores diferentes é muito importante, uma vez

que iram suscitar debates e negociações, de forma a fomentar atitudes de

tolerância, compreensão do outro e o respeito pela diferença. O respeito pela

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PROJECTO CURRICULAR DE ESCOLA “EDUCAÇÃO PARA OS VALORES”

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diferença valoriza a diversidade de contributos individuais para o

enriquecimento de grupo, favorecendo o desenvolvimento colectivo; e é através

do respeito por outras culturas que também faz parte o desenvolvimento da

identidade.

Multiculturalismo:

Aquisição de novos saberes e culturas por parte da criança é feita

através da aceitação da diferença social, étnica e sexual e da igualdade de

oportunidades num processo educativo de oportunidades entre mulheres e

homens, entre indivíduos de diferentes classes sociais e de diferentes etnias.

A criança “absorve” na escola uma serie de experiencias sociais onde se

cruzam valores e normas, revendo-as no sentido que rege a nossa nação e

sociedade, a democracia a distinção entre valores e normas encontra-se na

maneira como exerce o seu poder de obrigação ou persuasão. O objectivo

comum é o de assegurar a coesão de uma sociedade, a eficácia das acções

colectiva e individuais, a permanência de uma identidade, os valores morais e

cívicos que nos caracterizam como indivíduos que pertencem a uma civilização

e a uma cultura. As normas acontecem como modelos de conduta social,

através do uso e da interiorização das mesmas, mesmo que estas sejam mais

ou menos obrigatórias e, em determinadas ocasiões, imperativas são sempre

fortemente indutoras. O objectivo comum é o de assegurar a coesão de uma

sociedade, a eficácia da s acções colectivas e individuais, a permanência de

uma identidade, os valores morais e cívicos que nos caracterizam como

indivíduos que pertencem a uma civilização e uma cultura.

As normas acontecem como modelos de conduta social, através do uso e

da interiorização das mesmas, mesmo que estas sejam mais ou menos

obrigatórias, em determinadas ocasiões, imperativas são sempre fortemente

indutoras.

É na inter-relação que a criança vai aprendendo a atribuir valor aos seus

comportamentos e atitudes e aos dos outros, conhecendo, reconhecendo e

diferenciando modos de interagir. A educação aparece, assim, como um

processo pessoal e social na procura do próprio bem e do bem colectivo.

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O contexto social e relacional é facilitador na educação de valores uma

vez que a pratica do educador e o dia-a-dia no jardim-de-infância permite esta

concretização, pois as relações e interacções que o educador tem com cada

uma das crianças e com o grupo, e a forma como os apoia assenta na forma

como a criança é valorizada e escutada, contribuindo para o seu bem-estar e

auto estima. A relação que o educador estabelece com cada criança estimula e

encoraja os seus progressos e constitui ainda um exemplo para as relações

que as crianças estabelecem entre si. Este processo de construção de um auto

conceito positivo supõe ainda um apoio ao processo de crescimento de cada

criança e do grupo, que gradualmente se vão tornando mais independentes,

mais autónomos.

Todo este trabalho “Educação para os valores” irá ser realizado através

de observação directa com as crianças; nós, educadores vamos ajudar as

crianças a compreender a respeitar as ideias dos outros, a respeitar os mais

velhos (os adultos), a respeitar as regras existentes no jardim-de-infância (o

saber estar na sala, o saber estar no refeitório, o saber estar na higiene, o

perceber que nas saídas externas á que obedecer a uma forma ordenada,

(como por exemplo, o comboio); o saber escutar e permanecer em silencio

quando for necessário.

No fundo as crianças precisam de conhecer minimamente o seu meio

envolvente, precisam reconhecer á aceitação de normas de comportamento

pré estabelecidas durante a realização de qualquer actividade na escola

durante os passeios, o descanso, refeições, de aprender a saber estar num

jardim-de-infância, em sociedade, no mundo que os rodeia…

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BIBLIOGRAFIA :

BARBOSA, Manuel (1999). Para Construir uma Nova Utilidade da Escola: Educar Para a Autonomia e Preparar Para a Cidadania. In BARBOSA,

Manuel (Coord.). Olhares Sobre Educação, Autonomia e Cidadania. Braga: Universidade do Minho.

SILVA M. (1997). Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar

Editorial do Ministério da Educação. Lisboa.

SOARES, Eduardo Pinto,( 2009 8 Maio) Senhora da Hora elevada a Cidade,

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Giolitto, Pierre (2000). Como Ensinar a Educação Cívica na Escola.

Didáctica Editora