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www.cbic.org.br NOTÍCIAS Informativo da Indústria da Construção Newsletter :: Edição 88 :: 28/04/2017 ANÚNCIO FOI FEITO DURANTE IV ENCONTRO DOS MUNICÍPIOS COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (EMDS). GOVERNO FEDERAL PRETENDE FORMALIZAR O PROGRAMA NOS PRÓXIMOS DIAS PROGRAMA DE CONCESSÕES E PPPS TERÁ INVESTIMENTO DE R$ 10 BILHÕES PARA A INFRAESTRUTURA URBANA 1 O Ministro Dyogo Oliveira anuncia o Programa de Concessões e PPPs durante o IV EMDS, em Brasília-DF. Nessa terça-feira (25), após articulação conjunta da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com o governo federal, saiu do papel o Programa de Concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs). O anúncio foi feito pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, durante a Solenidade Oficial do IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS). Os investimentos serão de R$ 10 bilhões e destinados primeiramente a iluminação, gestão de resíduos sólidos, mobilidade urbana e saneamento. “A Caixa e o Banco do Brasil também estão disponibilizando linhas de crédito com total de R$ 4 bilhões para financiar os investimentos nessas infraestruturas”, afirmou o ministro. Para a mobilidade urbana, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, também presente na solenidade, divulgou um financiamento de R$ 6 bilhões de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “A portaria de acesso deve ser publicada nas próximas semanas”, disse. O presidente da CBIC, José Carlos Martins, comemora o anúncio do programa, pois agora o gestor público terá mecanismos institucionais capazes de fortalecer e estimular a formação das PPPs e concessões em empreendimentos de infraestrutura urbana. Há quase 1 ano, a CBIC discute a questão com o governo federal, que conta com a contribuição de interlocutores como a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP); o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG); a Secretaria do Programa de Parce- PH Freitas/CBIC

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NOTÍCIAS

Informativo da Indústria da ConstruçãoNewsletter :: Edição 88 :: 28/04/2017

ANÚNCIO FOI FEITO DURANTE IV ENCONTRO DOS MUNICÍPIOS COM O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (EMDS). GOVERNO FEDERAL PRETENDE FORMALIZAR O PROGRAMA NOS PRÓXIMOS DIAS

PROGRAMA DE CONCESSÕES E PPPS TERÁ INVESTIMENTO DE R$ 10 BILHÕES PARA A INFRAESTRUTURA URBANA

1

O Ministro Dyogo Oliveira anuncia o Programa de Concessões e PPPs durante o IV EMDS, em Brasília-DF.

Nessa terça-feira (25), após articulação conjunta da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com o governo federal, saiu do papel o Programa de Concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs). O anúncio foi feito pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, durante a Solenidade Oficial do IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS). Os investimentos serão de R$ 10 bilhões e destinados primeiramente a iluminação, gestão de resíduos sólidos, mobilidade urbana e saneamento. “A Caixa e o Banco do Brasil também estão disponibilizando linhas de crédito com total de R$ 4 bilhões para financiar os investimentos nessas infraestruturas”, afirmou o ministro. Para a mobilidade urbana, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, também

presente na solenidade, divulgou um financiamento de R$ 6 bilhões de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “A portaria de acesso deve ser publicada nas próximas semanas”, disse. O presidente da CBIC, José Carlos Martins, comemora o anúncio do programa, pois agora o gestor público terá mecanismos institucionais capazes de fortalecer e estimular a formação das PPPs e concessões em empreendimentos de infraestrutura urbana. Há quase 1 ano, a CBIC discute a questão com o governo federal, que conta com a contribuição de interlocutores como a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP); o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG); a Secretaria do Programa de Parce-

PH Freitas/CBIC

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ria de Investimentos (PPI) da Presidência da Repúbli-ca; a Caixa Econômica Federal; o Banco do Brasil; o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF). Ficou es-tabelecido a tarefa entre os participantes de estruturar um programa que será implantado em todo o país, atendendo assim aos diversos perfis de municípios. Para o presidente da Comissão de Infraestrutura da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, “as medidas anunciadas foram elaboradas exatamente para suprir as principais deficiências encontradas nos municípios para o deslanche das PPPs e Concessões: estrutura técnica deficiente, limitação de garantias e dificul-dades de financiamento de projetos. Foi sem dúvida um passo da maior importância que precisa agora se traduzir em obras, serviços e empregos”, disse. PROPOSTAS PARA AMPLIAR A APLICAÇÃO EM ESTADOS E MUNICÍPIOS

A CBIC, no âmbito da sua Comissão de Infraestrutura,

detectou as dificuldades estruturais no financiamento da infraestrutura no Brasil, e assim contratou no início de 2016 o estudo PPPs e Concessões – Propostas para Ampliar a Aplicação em Estados e Municípios, produzido pelo economista Gesner de Oliveira da GO Associados. Com esse estudo, a CBIC, em correalização com o SENAI Nacional, avançou no de-bate que tem proposto sobre alternativas para enfren-tar a crise e novas oportunidades de negócios para a construção civil. “Quando contratamos o estudo da GO Associados, queríamos concentrar esforços para remover obstáculos que ainda dificultam o desen-volvimento das parcerias público-privadas (PPPs) nos municípios”, lembra o presidente da CBIC, José Carlos Martins. “Sabíamos dos obstáculos que ainda dificultavam o desenvolvimento das PPPs nos mu-nicípios e como elas são um importante instrumento para superar problemas de infraestrutura urbana que são de interesse público e coletivo”, completa. A agenda de mudanças proposta pela CBIC visa atrair melhores projetos, mais empresas participantes e maior garantia de sustentabilidade nos processos

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de PPPs e concessões em estados e municípios, em busca de uma infraestrutura melhor. Conheça, a seguir, as propostas da CBIC para ampliar a aplicação desses instrumentos. Para acessar a íntegra do estu-do PPPs e Concessões – Propostas para Ampliar a Aplicação em Estados e Municípios, clique aqui. • Formatação de consórcios intermunicipais e a realização de PPPs e concessões por intermédio deles;

• Estimular a criação de empresas estrutura-doras de projetos com atuação regional e foco na capacitação e apoio aos municípios;

• Disseminar os procedimentos de manifes-tação de interesse nos entes federativos e constante-mente aperfeiçoar os procedimentos de manifestação de interesse existentes, de maneira a deixar o pro-cesso mais transparente e com melhor governança, com o escopo de atrair mais projetos qualitativa e quantitativamente;

• Proposição de minutas de decretos/leis de procedimentos de manifestação de interesse, para permitir a escolha do caráter de exclusividade para a realização dos estudos em que apenas uma empresa interessada seria selecionada;

• Retomada de proposições para resolver o problema das desapropriações, como a MP 700/2015;

• Ampliação dos recursos de financiamento às PPPs e concessões mediante utilização de verbas dos Regimes Próprios de Previdência Social, de maneira

a alinhar a necessidade de atingimento das metas at-uariais de longo prazo com a eliminação das grandes flutuações nas taxas de captação que os investidores têm na emissão de títulos de dívida privado;

• Utilização de fundos garantidores como al-ternativa aos acionistas das SPEs que não tiverem garantias reais suficientes para serem utilizadas nas operações de crédito;

• Adequação do retorno financeiro dos projetos às condições macroeconômicas;

• Criação de empresas garantidoras estaduais que possam prestar garantias em PPPs municipais;

• Capitalizar os fundos garantidores federais e após regulamentar o fundo garantidor federal de forma a poder prestar garantias em PPPs estaduais e municipais condicionado à apresentação de contra garantias pelos entes beneficiados, e

• Difusão dos modelos de garantias públicas para viabilizar estruturas mais robustas de project finance. FASE FINAL

O Programa de Concessões e PPPs do governo federal, que está em sua fase final de detalhamentos, é baseado em princípios como a criação de uma es-trutura para financiar a realização de estudos técnicos necessários. “Além disso, será disponibilizado um conjunto de técnicos para fazer assessoramento às prefeituras, e também estamos desenvolvendo, com a CBIC, a padronização de todos os docu-mentos necessários aplicáveis a esse conjunto de concessões”, disse Dyogo durante solenidade do IV EMDS. Uma legislação simplificada também está sendo construída.

“Essa são as iniciativas que o governo federal vem adotando no sentido de complementar sua estratégia geral de retomada do crescimento do país que começa pelo saneamento das contas públicas até a adoção de amplas reformas na área econômica”, completou o ministro da pasta. *Esta iniciativa conta com a correalização do Senai Nacional

PH Freitas/CBIC

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, e o presidente da Caixa, Gilberto Occhi estiveram presentes na solenidade de abertura do IV EMDS.

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“COM O INSTRUMENTO DE CONCESSÕES E PPPS, O BRASIL TEM A CHANCE DE DAR UM BASTA NA INEFICIÊNCIA QUE TEM NA QUALIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS”, DIZ O PRESIDENTE DA CBIC, JOSÉ CARLOS MARTINS, REAFIRMANDO QUE NÃO HÁ MAIS DISCUSSÃO DE QUE ESSA É A GRANDE SAÍDA QUE O PAÍS TEM NO MOMENTO PARA DESTRAVAR OS INVESTIMENTOS

CBIC PARTICIPA DE DEBATES SOBRE COMO VIABILIZAR PPPS E CONCESSÕES NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS

PH Freitas/CBIC

José Carlos Martins (CBIC), Marina Esteves (Masterplan), Cristiana Fortini (Carvalho Pereira Pires, Fortini e Rossi e Sejas Advogados), Gustavo Rocha (Maciel e Rocha Advogados), Marco Aurélio Barcelos, diretor do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e Rodrigo Reis, consultor da Radar PPP.

Dominar os conceitos básicos para auxiliar os municípios a desenvolverem de forma consistente investimentos em Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Concessões locais. Esse foi o enfoque do painel “Como as PPPs e as concessões podem transformar a sua cidade”, que fez parte da dis-cussão do IV Encontro de Municípios em Desen-volvimento Sustentável (IV EMDS), realizado esta semana em Brasília/DF, pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP), em parceria com o Serviço Bra-sileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A iniciativa conta com a correalização do Senai Nacional.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, foi um dos palestrantes no encontro, que reuniu lideranças da iniciativa privada e representantes do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Secretaria do PPI e dos bancos públicos Caixa, Banco do Brasil e BNDES. Martins falou sobre a atuação da entidade junto ao governo federal, principalmente na formulação de docu-

mentos e modelos de minutas de edital padrão previamente aprovados por agentes financeiros e órgão de controle, que poderiam facilitar o proces-so dos entes no momento da licitação. “Queimar etapas do processo é muito importante; e vem junto com isso a transparência para dar visibili-dade ao sentimento do cidadão e para ele saber que isso está melhorando a vida dele”, disse José Carlos Martins.

Com objetivo de reduzir os gastos, melhorar os serviços públicos e agregar valor aos projetos, os representantes do governo e dos bancos públicos apresentaram as ferramentas destinadas a orien-tar, desenvolver, financiar e acompanhar projetos de PPPs e Concessões em diversas áreas - ilu-minação pública, água, esgoto, resíduos sólidos e mobilidade urbana.

No decorrer do painel foram discutidas soluções que facilitem a plena execução dos projetos, como a questão das garantias que cabem aos

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municípios, por exemplo. O coordenador Geral de Monitoramento de Projetos Especiais da Secre-taria de Desenvolvimento de Infraestrutura (SDI) do Ministério do Planejamento Desenvolvimento e Gestão, Renato Rosenberg, disse que o governo vai criar um fundo de apoio às concessões munici-pais, que poderá ser instituído por meio de Medida Provisória ou Projeto de Lei.

Pela proposta apresentada, o Fundo Garantidor de Infraestrutura – (FGIE) sob a gestão da Agên-cia Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias –(ABGF), empresa ligada ao Ministério do Planejamento, irá prover as garantias. No início do mês, a proposta já havia sido colocada pelo secretário Executivo do Planejamento, Desenvolvi-mento e Gestão, Esteves Pedro Colnago Junior, no CBIC DEBATE INFRAESTRUTURA - “Novos mercados, manutenção de rodovias e concessões municipais”. Na ocasião, ele explicou que o fundo auxiliaria os municípios como se fosse um seguro, nos casos em que houvesse dificuldades de fluxo de pagamento.

PPPS E CONCESSÕES MUDAM AGENDA ECONÔMICA

As medidas preparadas pelo governo na área das parcerias e concessões trazem expectativas para o setor da construção, na visão do presidente da Comissão de Infraestrutura, Carlos Eduardo Lima Jorge. “O anúncio de medidas voltadas ao desen-volvimento de projetos de PPPs e Concessões para municípios, representou uma mudança na agenda econômica que vinha ocorrendo: o gover-no saiu da delicada posição de analisar pedidos de refinanciamento de dívidas municipais para o protagonismo de oferecer instrumentos e recursos direcionados a projetos que, além de atenderem

às demandas sociais, possibilitarão a recuperação econômica desses municípios”.

Com o funcionamento do fundo, a Caixa irá fazer um levantamento de municípios interessados em cada tipo de serviço, fará também os estudos e oferecerá aos municípios. O município deverá fi-nanciar 30% do valor dos estudos, mas os bancos poderão financiar a contrapartida. “O Valor dos estudos é ressarcido após a licitação, por meio de serviços”, destacou o assessor da SDI em sua apresentação. “A CBIC já nos enviou a primeira modelagem de contrato para pequenos projetos e uma minuta deve ir para audiência pública nos próximos dias”, disse Rosenberg.

O secretário de coordenação de projetos ligado à Secretaria-Executiva do PPI, Tarcísio de Gomes Freitas, explicou que o município vai poder contratar diretamente esse fundo para ajudar na estruturação de projetos. A ideia, segundo ele, é favorecer os municípios que não têm condições de estruturar projetos, para entregar produtos que possam gerar melhoria dos serviços, da renda e do emprego.” É uma maneira de alavancar os inves-timentos e apoiar os municípios na estruturação que pode ser do interesse de investimento ou de parceria do setor privado”, explicou.

BANCOS PÚBLICOS ABERTOS A FINANCIAR MUNICÍPIOS

Para o gerente de divisão da Diretoria do Gover-no do Banco do Brasil (BB), Carlos Cirqueira, a instituição tem dificuldades em operar garantias no financiamento privado dos projetos, mas admite, que, apesar disso, esta é uma das soluções. “Vamos ter um ambiente de garantia que a gente nunca teve antes. Esse ambiente de garantia

Cristiana Fortini (Carvalho Pereira Pires , Fortini e Rossi e Sejas Advogados) José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, CBIC

PH Freitas/CBIC PH Freitas/CBIC

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saindo de um fundo é uma das grandes soluções que a instituição vai colocar no mercado, disse o gerente do Governo do BB.

Os agentes financeiros aproveitaram a ocasião para apresentar os produtos de portfólio que estão sendo desenvolvidos para atender às licitações dos contratos. O diretor Executivo da Caixa, Antônio Gil Silveira,disse que o Decreto 9.036/2017, assinado na semana passada, definiu os empreendimentos municipais e estaduais nas áreas prioritárias que contarão com o apoio do governo federal .por meio dos bancos públicos ou por canais de interlocução com os investidores. “O ambiente de negócios no Brasil está cada vez mais amigável para quem quer investir no país. O assessoramento técnico de Concessões e PPPs, que a instituição oferece, permite que a prefeitura identifique oportunidades e possa fazer um termo de referência que resulte em uma proposta financiável”, explicou o gerente, acrescentando que a iniciativa ajuda o ente a melhorar o financiamento público e as condições da população de uma maneira mais assertiva. Gil Silveira disse ainda que a Caixa conta com uma carteira ativa de recursos da ordem de R$ 120,2 bilhões em 3.056 operações, pulverizadas em mais de 4 mil agências no país.

O superintendente da Área de Desestatização do BNDES, Rodolfo Torres, detalhou as condições das linhas de desembolso para contratação e ressarcimento dos investimentos em projetos de concessão. Segundo ele, o banco há 30 anos apoia os municípios e que a instituição tem dis-posição para antecipar recursos. “O momento é muito oportuno e ímpar para iniciar o processo. Da crise se faz oportunidade”.

Um panorama da situação das concessões e parcerias público-privadas no Brasil coube ao consultor da Radar PPP, Rodrigo Reis. Segundo ele, há mais de 900 projetos no país em diferentes estágios de maturidade de ciclo de vida. Estão catalogados mais de 129 projetos de iluminação pública, 59 de modelagem inicial, 96 PMI iniciado e 218 PMI encerrado pelo setor privado. “Gasta-se muito dinheiro em PMI e há uma incapacidade institucional de transformá- los em projetos, disse o consultor em relação à expressiva marca de PMI encerrados.

A Radar PPP monitora as diversas fases do ciclo de vida dos projetos. Levantamento apresentado aponta que a experiência brasileira em PPPs soma 101 projetos assinados. Nas 3 áreas prioritárias definidas pelo governo federal a avaliação da consultoria registra os seguintes projetos: 23 em resíduos sólidos, 19 em saneamento e 10 em ilu-minação pública. O setor de iluminação pública foi identificado como um dos mais aquecidos para a ex-periência municipal, com 120 projetos catalogados. As vantagens quando o modelo de PPI é escolhido para transformação da infraestrutura urbana foi um dos temas abordados pelo diretor do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Marco Aurélio Barcelos. Segundo o diretor, é importante que os agentes públicos tenham em mente a governança na estruturação dos projetos para que, no longo prazo, o controle tenha impacto para as gerações. “É preciso ter unidades internas que concentrem as unidades de PPPs. Barcelos considera funda-mental que se pense em modelos de concessões que se comuniquem entre si e que possam gerar carteira de investimentos. “Iniciativas racionais

Rodrigo Reis , consultor da Radar PPP Marco Aurélio Barcelos, diretor do Programa de Parcerias de Investimentos

(PPI)

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que consumam recursos do município de forma racional’. Defendeu também o diálogo para a for-malização dos contratos. “É possível um diálogo sério para a realização de projetos que tenham

aderência no mercado. Não há no Brasil uma política de diálogo com o governo e a iniciativa privada”.

“É preciso ter uma unidade de gente qualificada que acompanhe os projetos de longo prazo. Você precisa verificar o que o município terá que enfrentar , pois vai ser ele que será cobrado. Acredito nas PPPs, mas o governo tem que estar apto a acompanhar a gerência dos projetos.”

Marina Esteves (Masterplan)

“Pode-se criar ótimas condições nos consórcios municipais. Mas, como con-clusão pessimista há o risco político de desavenças entre os entes políticos, ou o risco financeiro, com a saída do município que não pagou. Na visão otimista é possível a sinergia e ganhos de escala.”

Gustavo Rocha (Maciel e Rocha Advogados)

“O Consórcio Porto Maravilha, de 5 milhões de hectares de área degradada, é a maior PPP que existe no país”.

Antônio Barbosa, presidente da CDURP (Companhia de Desenvolvimento Ur-bano da Região do Porto)

“ O PMI é uma ferramenta dentro e uma caixinha. Um instrumento à disposição do setor público para dialogar com o setor privado”.

Charles Schramm, sócio da KPMG

Uso de contratos na Cidade da California /EUA: “Governos estaduais contratam prestação de serviços entre municípios diferentes para coleta de lixo. Não pre-cisa depender de um servidor público para fazer isso”.

Fank V. Zerunyan, professor of the pratice of Governance

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PARA O SETOR, A MODERNIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA É ESSENCIAL PARA A CONSTRUÇÃO DE UM NOVO AMBIENTE DE NEGÓCIOS NO PAÍS

INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO COMEMORA AVANÇO DA REFORMA TRABALHISTA

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A proposta de Reforma Trabalhista aprovada

na madrugada da última quinta-feira (27/04)

pelo plenário da Câmara dos Deputados, em

Brasília, e que agora segue para apreciação no

Senado Federal, é avaliada como positiva pelo

setor da construção por modernizar as relações

trabalhistas, com a atualização da Consolidação

das Leis do Trabalho (CLT), que é de 1943. Para

o presidente da Câmara Brasileira da Indústria

da Construção (CBIC), José Carlos Martins, a

Reforma Trabalhista é de grande relevância para

o País e também para a construção civil. “É um

passo essencial no esforço para a construção de

um novo ambiente de negócios no Brasil. Combi-

nada com a terceirização, que já foi sancionada,

a modernização da CLT terá um impacto positivo

sobre o mercado de trabalho e trará mais pro-

dutividade para as empresas”, avalia Martins. “A

reforma também dará mais segurança jurídica a

convenções e acordos coletivos, reduzindo litígios

ao usar instrumentos da conciliação prévia”, diz o

executivo. A proposição prevê, entre outros, que

a negociação coletiva tem prevalência sobre a lei,

quando tratar, por exemplo, de questões referentes

à jornada de trabalho, salário, intervalo intrajorna-

da e troca de dia de feriado. Além disso, o texto

não altera direitos previstos para os trabalhadores

na Constituição Federal, como Fundo de Garantia

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do Tempo de Serviço (FGTS), 30 dias de férias a

cada ano e 13º Salário.

Na avaliação do líder do projeto Modernização da

Legislação Trabalhista da Comissão de Políticas e

Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC e asses-

sor jurídico do Sinduscon-MG, Fernando Guedes,

o texto aprovado é uma evolução. Ele defende sua

manutenção pelo Senado Federal. “A essência do

que foi discutido na Câmara é favorável ao setor

da construção. Esperamos que o Senado aprove

o texto já que, dentre outras questões, traz maior

segurança jurídica para as empresas, essencial

para a oferta de empregos”, ressalta Guedes.

As principais alterações aprovadas na forma do

substitutivo do relator, deputado Rogério Marinho

(PSDB-RN), ao Projeto de Lei 6787/16, de autoria

do Poder Executivo, podem ser conferidas no

quadro abaixo. Para acessar a redação final do PL

nº 6787/2016, que segue agora para apreciação

do Senado Federal, clique aqui.

• Prevê que a negociação coletiva tem prevalência sobre a lei, quando, entre outros temas, dispuser sobre: jornada, salário, intervalo intrajornada, troca de dia de feriado;

• Veda a ultratividade de instrumentos coletivos;

• Insere rol taxativo de matérias que não podem ser negociadas, entre as quais: salário mínimo, seguro desemprego, aposentadoria, aviso prévio;

• Estabelece que o desconto da contribuição sindical passará a depender de prévia e expressa autorização;

• Institui a representação de empregados nas empresas pela figura da comissão de empregados, que, dentre outras funções, deverá representar os empregados perante a administração da empresa e acompanhar o cumprimento das leis, bem como dos instrumentos coletivos. As prerrogativas da comissão são mandato de um ano e e estabilidade da candidatura até um ano após o mandato. Terá a comissão a composição de: três empregados em empresas com mais de 200 e até 3000 empregados; cinco empregados em empresas com mais de 3000 e até 5000 empregados; e sete empregados em empresas com mais de 5000 empregados.

• Altera a Lei da Terceirização para explicitar que se considera prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução;

• Amplia o trabalho em regime de tempo parcial (30 horas sem horas extras e 26 horas com até 6 horas extras), equiparando as férias neste regime às férias do contrato de trabalho regular;

• Regulamenta o regime de teletrabalho como uma das hipóteses às quais não se aplicam a jornada de trabalho normal (não sujeito a horas extras), na qual o trabalho será prestado fora do estabeleci-mento, com uso de tecnologias de informação e comunicação, sendo o empregador responsável por, dentre outras coisas, instruir os empregados a respeito das precauções a serem tomadas para evitar doenças e acidentes de trabalho;

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• Regulamenta o trabalho intermitente como aquele cuja prestação não é contínua, com alternância de períodos de serviço e inatividade, determinados em dias, horas ou meses. A remuneração será por hora, não inferior ao mínimo-hora, sendo o empregado chamado em até 3 dias antes, tendo 1 dia para resposta. Será devida a indenização recíproca de 50% em caso de cancelamento do trabalho por qualquer das partes. Os direitos trabalhistas são garantidos proporcionalmente;

• Determina que deverá ser afastada a empregada (i) de atividades insalubres de grau máximo durante toda a gestação, ou (ii) de atividades insalubres de grau médio ou mínimo se atestado recomendar o afastamento durante toda a gestação, ou (iii) de quaisquer atividades insalubres se assim recomendar atestado médico durante a lactação;

• Dispõe que, quando não for possível que a gestante ou lactante afastada exerça suas ativi-dades em local salubre, a hipótese será considerada gravidez de risco e ensejará a percepção de auxílio-doença;

• Prevê que os horários de descanso para amamentação serão acordados entre empregada e empregador;

• Concede eficácia legal e preponderância sobre instrumentos coletivos à livre estipulação entre empregador e empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social;

• Disciplina que o banco de horas poderá ser pactuado por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, desde que a compensação ocorra no período máximo de 6 meses; • Institui o acordo de rescisão por acordo entre empregado e empregador, no qual serão devidos por metade o aviso prévio, se indenizado, e a indenização do FGTS e na integralidade as demais verbas trabalhistas, registrando que esta hipótese de rescisão permite a movimentação de até 80% do FGTS, mas não autoriza o ingresso no Progama de Seguro Desemprego;

• Destaca que as dispensas individuais, plúrimas e coletivas dispensam a autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação;

• Confere eficácia plena e irrevogável à quitação concedida por Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho;

• Regulamente o dano extrapatrimonial como o dano que atinge a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, únicas titulares do direito à reparação, limitada a sua indenização a 3 vezes o último salário contratual do ofendido se a ofensa tiver natureza leve, a 5 vezes se tiver natureza média, a 20 vezes se tiver natureza grave, a 50 vezes se tiver natureza gravíssima;

• Registra que não se considera tempo à disposição aquele despendido por escolha do empregado dentro das dependências da empresa, e também que não será computado na jornada de trabalho o tempo gasto da residência do empregado até seu posto de trabalho;

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• Estabelece requisitos mais rigorosos para a edição de súmulas e proíbe a restrição ou a criação de direitos por meio delas;

• Permite que o regime de trabalho 12x36 seja estabelecido por acordo individual, convenção coleti-va ou acordo coletivo de trabalho, e destaca que a utilização desta jornada em atividades insalubres dispensa autorização por licença prévia;

• Registra que o intervalo intrajornada não concedido implica pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido;

• Permite o parcelamento de férias a todos os empregados, desde que em até três períodos, sendo um deles não inferior a 14 dias corridos e os demais não inferiores a 5 dias corridos;

• Permite que o empregador defina o padrão de vestimenta no local de trabalho, inclusive com logo-marcas e itens de identificação, ficando o empregado responsável pela sua higienização, salvo se para tanto forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para vestimentas comuns;

• Estabelece que as importâncias pagas a título de ajuda de custo, auxílio alimentação (vedado pagamento em dinheiro), diárias de viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração;

• Registra que as promoções poderão ser feitas por antiguidade, merecimento ou por apenas um destes critérios dentro de cada categoria profissional;

• Estabelece novos procedimentos para a rescisão, devendo o empregador proceder à anotação da CTPS, comunicar os órgãos competentes e pagar as verbas rescisórias até 10 dias contados do término do contrato;

• Extingue o procedimento de homologação obrigatória da rescisão pelo respectivo Sindicato;

• Permite que seja pactuada cláusula compromissória de arbitragem no contratos de trabalho cuja remuneração seja superior a 2 vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, desde que por iniciativa do empregado ou mediante sua concordância expressa;

• Cria a possibilidade de se firmar termo de quitação anual de obrigações trabalhistas perante o sindicato durante a vigência do contrato de trabalho, discriminando-se as obrigações cumpridas mensalmente, com eficácia liberatória das parcelas ali especificadas;

• Permite que as partes peçam à Justiça do Trabalho a homologação de um acordo extrajudicial (realizado fora de uma reclamação trabalhista);

• Prevê o pagamento de honorários de sucumbência e indenização por má-fé na Justiça do Trabalho.

(Quadro elaborado com informações da Confederação Nacional da Indústria - CNI)

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PROJETO SERÁ ESTENDIDO TAMBÉM ÀS CIDADES DE NATAL (RN), ITAPEMA (SC) E CAXIAS DO SUL (RS) AINDA NESTE PRIMEIRO SEMESTRE

O FUTURO DA MINHA CIDADE CONQUISTARÁ NOVOS APAIXONADOS PELO BRASIL

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Romay Garcia, IBGE; Rogério Menezes, secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e presidente Nacional da ANAMMA (Associação

Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente); e Nilson Sarti, presidente da Comissão de Meio Ambiente da CBIC.

O projeto “O Futuro da Minha Cidade”, baseado no modelo bem sucedido de gestão do ex-prefeito de Maringá (PR) e consultor da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Silvio Barros, avança mais uma vez. Neste primeiro semestre, três novas cidades demonstraram interesse em aderir à ação coordenada pela Comissão de Meio Ambiente (CMA) da CBIC, com a correalização do SESI Nacional e patrocínio nacional da Caixa Econômica Federal. Os próximos eventos de sensibilização serão nas cidades de Natal (RN), Itapema (SC) e Caxias do Sul (RS), nos dias 5, 8 e 13 de junho, respectivamente, encerrando o ciclo do primeiro semestre de 2017. A ideia é reunir lo-calmente as principais lideranças municipais, com a parceria da sociedade e da prefeitura. O objetivo é tornar a sociedade protagonista na gestão das suas cidades e não refém das mudanças, desen-volvendo soluções para a sustentabilidade urbana.

O modelo já conquistou apaixonados nas cidades de Goiânia (GO), Chapecó (SC), Cascavel (PR), Manaus (AM), Uberlândia (MG), São Luís (MA), Porto Velho (RO), Joinville (SC), Volta Redonda (RJ), Vitória (ES) e Brasília (DF).

A proposta disseminada pela CBIC, a partir de experiências bem sucedidas de cidades que se tornaram referências na prática da gestão urbana, propõe a estruturação de um modelo de plano de trabalho como facilitador para gestores públicos e a própria sociedade local na implantação de programas de planejamento e desenvolvimento sustentável que sejam permanentemente ativos. Maringá é um desses casos de sucesso. Desde 1996, o seu Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem) tem auxiliado o governo local na gestão de políticas públicas de médio e longo prazo. A cidade é hoje referência

PH Freitas/CBIC

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nacional em educação, saúde e serviços públicos municipais.

Na avaliação das entidades associadas à CBIC que já aderiram ao modelo, a iniciativa tem sido considerada uma oportunidade valiosa para as cidades por reunir as lideranças e governanças da sociedade organizada em prol de um plano de desenvolvimento sustentável de médio e longo prazos para as cidades e tem encontrado nas ad-ministrações municipais entusiasmo e apoio para a continuidade do projeto.

Os eventos de Natal, Itapema e Caxias do Sul vão apresentar aos diferentes atores locais o potencial transformador da parceria entre socie-dade e prefeitura e expor a estrutura do plano de trabalho para a implantação de um Programa de Desenvolvimento da Cidade. A forma de trabalho proposta pela CBIC consiste na implantação de programas de planejamento e desenvolvimento sustentável envolvendo as principais lideranças do município. Sua principal característica é a participação voluntária de pessoas que possuem interesse na gestão de sua cidade, com a visão de planejar o futuro. A intenção é planejar e formar alianças, alinhando ações locais entre a sociedade e o trabalho do poder público. Silvio Barros defende que o futuro das cidades depende dos cidadãos, mas para isso é preciso planejar. Segundo ele, a sociedade já planeja a Maringá de 2047 para comemorar os seus 100 anos. “A Maringá de 2047 já está sendo planejada, com estudo financiado pela sociedade civil para fazer com que a cidade funcione como seus habitantes querem”, menciona.

GESTÃO DAS CIDADES

A sociedade como protagonista na gestão das ci-dades, como propõe “O Futuro da Minha Cidade”, foi um dos temas apresentados pelo presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), Nilson Sarti, no IV Encontro dos Municípios com o Desenvolvi-mento Sustentável (IV EMDS), realizado durante a manhã desta sexta-feira (28/04), em Brasília.

Sarti foi um dos palestrantes convidados a compor a Mesa 10 – Licenciamento, Compensação e Pa-gamento de Serviços Ambientais, que fez parte da programação. “Nossa sociedade é muito afastada

dos interesses das cidades”, disse em referência à iniciativa da CMA/CBIC de promover pelas cidades brasileiras sensibilização para implantação de um programas de planejamento e desenvolvimento sustentável, conforme preconiza o projeto “O Fu-turo da Minha Cidade”. Segundo o presidente da CMA, já estão formados Conselhos nas cidades de Brasília, Cascavel, Goiânia, Uberlândia e Volta Redonda.

A programação da CMA/CBIC para o 89º Encontro Nacional da Construção Civil (Enic), marcado para os dias 24, 25 e 26 de maio, desenvolvida em parceria com o Senai Nacional, foi também anun-ciada por Nilson Sarti. Na ocasião, será assinado um acordo de cooperação entre a CBIC e o Banco Mundial, por meio do IFC, instituição de desen-volvimento global voltada para o setor privado nos países em desenvolvimento.

Em sua apresentação, Nilson Sarti comentou sobre a participação ativa do segmento da construção civil nas discussões em torno da elaboração da nova Lei de Licenciamento Ambiental. O substi-tutivo de autoria do deputado Mauro Pereira ao Projeto de Lei n.º 3.729/2004 – Lei Geral do Licen-ciamento Ambiental tem sido objeto de discussão de diversos segmentos da sociedade. Durante o IV EMDS, Rogério Menezes, secretário do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e presidente Nacional da ANAMMA (Associação Na-cional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente), apresentou uma carta aberta divulgada durante o encontro onde apresenta críticas ao projeto de lei que cria a Lei de Licenciamento Ambiental (PL 3729/2004), principalmente, no que se refere às atividades a cargo dos órgãos municipais de meio ambiente.

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EXPEDIENTE:Presidente da CBIC: José Carlos MartinsEquipe de Comunicação:Doca de Oliveira – [email protected] Ana Rita de Holanda – [email protected] Bezerra – [email protected]

Paulo Henrique Freitas de Paula – [email protected] Cunha - [email protected] Barbosa - Coordenador de Marketing - [email protected] Gráfico: RadiolaDiagramação: Paulo Henrique Freitas de PaulaTelefone: (61) 3327-1013

AGENDA

24 a 26 de Maio89º ENIC – ENCONTRO NACIONAL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃOLocal: Complexo Brasil 21 – Brasília-DF

05 de JunhoFUTURO DA MINHA CIDADELocal: Natal - RN

03 de MaioSEMINÁRIO ÉTICA E COMPLIANCE PARA UMA GESTÃO EFICAZHorário: 8h30 às 12h30Local: Sinduscon-SP, em São Paulo

05 de MaioSEMINÁRIO ÉTICA E COMPLIANCE PARA UMA GESTÃO EFICAZHorário: 8h30 às 12h30Local: Sinduscon-AL, em Maceió (AL)

08 de JunhoFÓRUM PPPS E CONCESSÕESLocal: São PauloMais informações: http://pppforum.com.br/

03 de MaioENCONTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O MERCADO IMOBILIÁRIOHorário: 14hLocal: Sede do Secovi-SP, em São Paulo

CBIC DADOS

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Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)/ Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Construção Civil - saldo na geração de vagas com carteira assinada(Saldo = admitidos - desligados)

Nível geográfico mar/17 Acumulado jan-mar/17Acumulado em 12 meses

(abr/16 a mar/17) Total Brasil -9.059 -21.149 -342.134RegiõesNorte -899 -5.133 -30.355Nordeste -3.248 -9.289 -83.874Sudeste -4.132 -11.283 -185.268Sul -964 4.786 -26.510Centro Oeste 184 -230 -16.127

Regiões MetropolitanasBelém 212 448 -1.547Fortaleza -1.093 -998 -13.379Recife -247 -619 -10.695Salvador -407 -2.965 -17.506Belo Horizonte 925 398 -15.097Rio de Janeiro -550 -2.783 -53.389São Paulo -3.095 -6.185 -58.537Curitiba 110 960 -3.308Porto Alegre -112 238 -3.555