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PROGRAMA DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA
E PSICOPEDAGÓGICA - PAIP
COM ENFOQUE NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DOS ACADÊMICOS DA
FACULDADE SÃO LUCAS
Porto Velho, RO
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ----------------------------------------------------------- 04
2. OBJETIVOS ------------------------------------------------------------------ 04
2.1 Geral ---------------------------------------------------------------------------- 04
2.2 Específicos ---------------------------------------------------------------------- 04
3. PROBLEMA ------------------------------------------------------------------ 04
4. JUSTIFICATIVA ------------------------------------------------------------ 05
5. REFERENCIAL TEÓRICO ----------------------------------------------- 06
5.1 A Educação para Adultos de Nível Superior na Visão da LDB ----- 06
5.2 Definições da Dificuldade de Aprendizagem --------------------------- 08
5.3 A Psicopedagogia como foco de Intervenção para o Processo de
Aprendizagem -------------------------------------------------------------------- 09
5.3.1 A Psicopedagogia no Brasil -------------------------------------------- 11
5.3.2 Avaliação Psicopedagógica -------------------------------------------- 12
5.4 A Intervenção da Psicologia no âmbito do fenômeno da aprendizagem
5.4.1 Avaliação Psicológica --------------------------------------------------- 13
5.4.2 Epistemologia Convergente de Visca (1987) ----------------------- 16
6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ---------------------------- 17
7. PÚBLICO ALVO ------------------------------------------------------------- 19
8. ORÇAMENTO --------------------------------------------------------------- 19
9. FLUXOGRAMA ------------------------------------------------------------- 20
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ----------------------------------- 22
11. ANEXOS ----------------------------------------------------------------------- 24
IDENTIFICAÇÃO
Nome do programa: PAIP (Programa de Avaliação Psicológica e Psicopedagógica)
Nome do local onde será aplicado o programa: Instituição de Ensino Faculdade
São Lucas.
Público Alvo: Acadêmicos com dificuldades na aprendizagem.
Núcleo/Setor responsável pelo programa: NAPP (Núcleo de Atendimento
Psicopedagógico).
Profissionais do NAPP:
Lídia Macário de Souza Barros – Psicóloga e Esp. Psicopedagogia e Ed. Especial;
Alessandra Paula Martins Figueiredo – Pedagoga e Esp. Ed. Especial e Metodologia
do Ensino Superior;
Thaís Arsolino Albuquerque – Cursando Psicologia - Estagiária.
Email do NAPP: [email protected]
Colaboradores: Coordenação Pedagógica – Profª Ms. Hélia Costa Rocha.
Apoio para o projeto: Coordenação de Fonoaudiologia- Profª Ms. Viviane.
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1. APRESENTAÇÃO
O Programa de Avaliação e Intervenção Psicológica e Psicopedagógica – PAIP,
desenvolvido pelo NAPP (Núcleo de Apoio Psicopedagógico), foi criado para avaliar e
intervir na dificuldade de aprendizagem do acadêmico - no âmbito das ciências da
Psicologia e da Psicopedagogia, aplicando métodos e técnicas específicas para contribuir
no processo “ensino – aprendizagem” do contexto sócio – educacional da Instituição de
Ensino Superior.
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Realizar avaliações e intervenções através de estratégias Psicopedagógicas e
psicológicas para o acadêmico, visando à reestruturação da aprendizagem, refletindo em
mudanças significativas no cotidiano do estudo.
2.2 Específicos
Aplicar instrumentos e testes psicológicos e psicopedagógicos, tais como
os testes do Waiss III e Palográfico e o instrumento chamado “Inventário de
Administração de Tempo (ADT)”;
Verificar a relação aluno-professor;
Diagnosticar o tipo de dificuldade na aprendizagem;
Utilizar técnicas, estratégias e métodos para o sucesso da avaliação e
intervenção;
Monitorar a evolução de aprendizagem do acadêmico durante sua rotina
estudantil;
Elaborar relatório do trabalho do PAIP para as Coordenações de Curso.
3 PROBLEMA
O discente na graduação passa por alguns percalços frente às dificuldades em seu
rendimento acadêmico. Diante deste exposto surge a necessidade do PAIP visando traçar
um diagnóstico frente às necessidades no ensino aprendizagem. Portanto surgem os
seguintes questionamentos: Qual a importância de avaliar e intervir na dificuldade de
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aprendizagem do acadêmico? Quais as contribuições que a Psicologia e a
Psicopedagogia podem trazer no âmbito do processo ensino - aprendizagem?
4 JUSTIFICATIVA
A dificuldade de aprendizagem interfere de forma indireta ou diretamente no
processo cognitivo/intelectual do acadêmico. No entanto esta questão da dificuldade de
aprendizagem relaciona-se com o fato de o (a) acadêmico (a) ter incapacidades ou certas
limitações diante de suas habilidades, sendo essa situação prejudicial no contexto do
desempenho educacional.
A área da educação nem sempre é cercada somente por sucessos e aprovações.
Muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas que deixam os
acadêmicos frustrados diante do processo de aprendizagem. É importante que todos os
envolvidos no processo educativo estejam atentos a diversas dificuldades que podem
interferir na aprendizagem, observando se as dificuldades são momentâneas ou se
persistem há um grande tempo.
As dificuldades podem advir de fatores orgânicos e emocionais sendo
importante que sejam investigadas a fim de auxiliar significativamente no
desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associadas ao desânimo,
cansaço, tristeza, agitação, dentre outros, considerados fatores que também interferem no
aprendizado.
Os professores podem ser os mais importantes no processo de
identificação e descoberta desses problemas, porém não possuem formação específica
para fazer diagnósticos mais profundos, que devem ser feitos por uma equipe
multidisciplinar. O papel do professor está também em observar o aluno e auxiliar o seu
processo de aprendizagem, tornando as aulas mais motivadas e dinâmicas, não rotulando
o aluno, mas dando-lhe a oportunidade de descobrir suas potencialidades/qualificações.
Os funcionários da Instituição de Nível Superior devem fazer seu papel
com toda ética e profissionalismo, sabendo que de acordo com a Constituição Federal de
1988, - em relação ao artigo nº 206 de inciso II, o princípio básico da educação é “a
liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”, e
de acordo com o artigo nº 207 que está interligado ao art. 52 da LDB nº 9.394 – 96
(regulamentado pelo decreto 2.207 de 15 de Abril de 1997 que é ressaltado no art. 5º), as
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universidades “obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e
extensão”.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional na Educação
Superior (LDB), é determinada a importância de:
“I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e
do pensamento reflexivo;
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a
inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da
sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura,
e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do
ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e
possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que
vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do
conhecimento de cada geração;
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em
particular, os nacionais e regionais, prestar serviços especializadas à
comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à
difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa
científica e tecnológica geradas na instituição (LDB, Cap. IV art. 43, pág. 35
1996)”.
Portanto de acordo com os paradigmas da LDB, a Educação de Nível Superior é
de suma importância para a inserção do indivíduo para o mercado de trabalho, e em
paralelo com estas leis educacionais, o PAIP será utilizado para ajudar o acadêmico no
seu processo dialético de aprendizagem, com o intuito de promover sucesso tanto para o
acadêmico quanto para a Rede de Ensino Superior.
5. REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 A Educação para Adultos de Nível Superior na Visão da LDB
A Educação Superior pode ser ministrada tanto em instituições de ordem pública
ou privada, passando por transformações de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), aprovada em dezembro de 1996.
De acordo com os objetivos da Educação Superior, cabe a esse grau de ensino, de
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (art. 43, I) desenvolver o
espírito científico, a criação cultural, e o pensamento reflexivo.
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Desde 1988, a Educação Superior passou a ter reformas gradativas. Uma das
primeiras providências a serem tomadas, foi à aprovação da Lei n.º 9.131, de Dezembro
de 1995, que refez normas do Conselho Nacional de Educação, tendo em vista melhor
qualidade em razão do aumento de demandas para o Ensino Superior (ES). Esta Lei
baseou-se em três pontos: a competitividade, flexibilidade e o processo de avaliação.
Surgiu consecutivamente, o Provão, mais conhecido como “Exame Nacional de Cursos”,
que vem para certificar como está sendo avaliação das condições de Ensino na Instituição
de Nível Superior.
De acordo com a Constituição Federal de 1988 (art. 207), as Universidades
Brasileiras melhoraram no sentido da autonomia sobre a questão didático-científica,
administrativa e de gestão financeira.
A Educação Superior tem que procurar abranger os seguintes cursos e programas
de:
campo com diferentes ambiguidades;
cursos de especialização – lato sensu;
programas de mestrado e doutorado – strict sensu;
extensão curricular.
A Educação para Adultos (nomenclatura criada em 1972), no contexto do Nível
Superior, teve seu surgimento a partir da fundação da UNESCO (Organização das Nações
Unidas da para a Educação, Ciência e Cultura) em 1956, com o intuito de amparar a
educação permanentemente, sendo o processo de ensino educação, como:
“um prolongamento natural de ensino; um aperfeiçoamento profissional e
técnico, em todos os níveis, da graduação à pós-graduação; um meio de
proteção ao homem contra os efeitos desumanizantes da técnica e da
propaganda; uma promoção do trabalho e uma reclassificação social, em
termos de status e condições financeiras, para alguns adultos.”
(MUCCHIELLI, pag. 13, 1981).
Em síntese, de acordo com o decreto da LDB nº 9.394 – 96, de artigo nº 43 e inciso
II, a graduação possibilita o indivíduo a ter mais qualificação e subsequentemente com
isso poderá conseguir portas para o mercado de trabalho, obtendo saúde financeira para
sua estruturação de vida.
É preciso entender que no Ensino Superior há dois tipos de vindas de acadêmicos
caracterizadas pelas fases:
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• Da adolescência que começa com a idade de 16 (dezesseis) - 18 (dezoito)
anos, em que a maioria dos adolescentes são dependentes financeiramente dos pais ou
parentes;
• Da adultez, que começa com a idade a partir dos 21(vinte e um) anos;
Cabe à rede de ensino, saber lidar com o tipo de público acadêmico, seja
adolescente ou adulto, respeitando a etnia e cultura do acadêmico para que assim o
processo de ensino-aprendizagem ocorra de maneira eficaz em sala de aula. É importante
que as aulas sejam baseadas em técnicas e métodos necessários para o entendimento do
acadêmico sobre a matéria, utilizando materiais que tenham coerência, didática e mera
precisão para compreensão, para que assim sejam obtidos resultados satisfatórios na
aprendizagem.
5.2 Definições da Dificuldade de Aprendizagem
Foi a partir do ano de 1800 que começaram a fazer estudos sobre a questão dos
problemas na aprendizagem, porém foi somente em 1962, que ocorreu a nomeação
específica do termo “dificuldade de aprendizagem”.
No sentido etimológico, o termo dificuldade significa: “(...) obstáculos, barreiras
ou impedimentos, com que alguém se depara ao tentar realizar algo que deseja executar”
(REBELO, pág.70,1993).
A dificuldade de aprendizagem segundo SISTO (2001) pode ser caracterizada por
diversas formas, como:
Problemas na percepção e interação social, que envolvem, por exemplo,
os déficits de atenção e hiperatividade;
Retardo mental, deficiências sensoriais, transtorno emocional, condições
culturais, ensino inadequado;
Dificuldade de aprendizagem corresponde a dificuldades intrínsecas ao
indivíduo que está relacionado à estrutura genética, neurológica e psicológica;
A dificuldade de aprendizagem engloba um grupo de diferentes
transtornos, aparecendo em formas de atrasos na leitura, interpretação, escrita, soletração,
cálculo e em deficiências auditiva (DA), visuais (DV), e motoras que podem acabar
prejudicando tanto a relação do aluno com o professor quanto sua interação no meio
social;
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Geralmente a DA não ocorre em todas essas áreas de uma só vez e pode estar
relacionada a problemas de comunicação, atenção, memória, raciocínio, coordenação,
adaptação social e problemas emocionais (SISTO, 2001).
Por meio de tantas definições, podemos concordar com a posição de FONSECA
(1995), que as interações com o meio social podem interferir na aprendizagem, pois
problemas com a família, amigos e parentes podem prejudicar o emocional do acadêmico
e consequentemente o seu rendimento escolar.
5.3 A Psicopedagogia como foco de Intervenção para o Processo de
Aprendizagem
Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Psicopedagogia é a
“ciência aplicada que consiste em aliar a Psicologia, especialmente a experimental, à
pedagogia; psicologia da educação” (HOUAISS, VILLAR, pág. 1.572, 2009).
A psicopedagogia “distingue-se em três conotações: como uma prática, como um
campo de investigação do ato de aprender e como (pretende-se) um saber científico”
(BOSSA, pág. 14, 2000). Portanto de acordo com esses critérios que utiliza a autora, a
Psicopedagogia não pode ser considerada como sinônimo da Psicologia Escolar ou
Psicologia Educacional.
As ideias trazidas da Europa sobre o processo de aprendizagem influenciaram na
perspectiva do reconhecimento da área da Psicopedagogia no Brasil, e até meados da
metade do século XX, “a abordagem utilizada na Psicopedagogia era basicamente a
PSICONEUROLÓGICA do desenvolvimento humano” (FONTES, pág. 73, 2006), pois
eram estudados problemas na aprendizagem como dislexias, disgrafias, afasias ou outras
disfunções cerebrais.
O fenômeno da Psicopedagogia faz uma intervenção capaz de trabalhar as
maneiras de solucionar a dificuldade na aprendizagem explorando a estrutura cognitiva e
comportamental do indivíduo através de questionamentos, testes e metodologias capazes
de favorecer um rico desenvolvimento satisfatório no desempenho do acadêmico.
Segundo BOSSA (1994):
“Cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo
aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo
a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as
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características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando
processos de orientação. Já que no caráter assistencial, o psicopedagogo
participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no
contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os
professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola
frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança
ou, da própria ensinagem.” (BOSSA, pág. 23,1994).
O psicopedagogo realiza trabalhos em: clínica, escolas, empresas, organizações
não governamentais como ONGS e instituições públicas/privadas, com o objetivo de
trabalhar de forma preventiva e terapêutica o processo da aprendizagem diante das
dificuldades ocorridas em salas de aula.
A atuação psicopedagógica funciona a partir de duas áreas: a da SAÚDE e da
EDUCAÇÃO, visto que na educação, o psicopedagogo tem a função de cooperar para
prevenir ou até mesmo diminuir o fracasso escolar que esteja acontecendo tanto na
instituição quanto no próprio aluno. Quanto à questão da saúde, o psicopedagogo procura
fazer o:
“diagnóstico na identificação dos múltiplos geradores desse problema, e
fundamentalmente, busca-se descobrir como o sujeito aprende. Utilizando-se,
no diagnóstico, testes para melhor conhecer o paciente e a sua problemática,
os quais são selecionados em função de cada sujeito” (BOSSA, pág. 42, 2000).
No ano de 1954, foi feito o registro do primeiro curso de Orientação
Psicopedagógica, que teve o patrocínio do Centro de Pesquisas e Orientação Educacional
(CPOE) da Secretaria de Educação e Cultura.
Depois da segunda metade da década de 1960, de acordo com BOSSA (2000),
havia o trabalho psicopedagógico ligado à área psicomotricista e às áreas da linguagem
oral, audição, voz, leitura e escrita.
5.3.1 A Psicopedagogia no Brasil
Em 1970, de acordo com FONTES (2006), surgiram os cursos de especialização
em Psicopedagogia no Brasil, para a formação de psicólogos e educadores que estivessem
em busca de ações preventivas para os problemas de aprendizagem. Como exemplo, teve
o curso na Clínica Médica -Psicopedagógica de Porto Alegre, com duração de dois anos,
depois deste curso teve outro em especialização na Faculdade de Educação da
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e outros cursos como o de
Reeducação em Linguagem e Psicorreeducação na Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC-SP).
Em 1979, foi:
“criado o primeiro curso regular de Psicopedagogia, no Instituto Sedes
Sapientiae, em São Paulo, iniciativa de Maria Alice Vassimon, pedagoga e
psicomotricista, e Madre Cristina Sodré Dória, diretora do instituto” (BOSSA,
pág. 55, 2000).
Diante do aumento da evasão e repetência de alunos nas escolas, no ano de 1980,
a Psicopedagogia assumiu o papel de favorecer ao ensino-aprendizagem pesquisas
diretivas para o estudo da aprendizagem, na perspectiva de não apenas estudar a
aprendizagem do aluno, mas também a maneira com que os professores estão oferecendo
a aprendizagem ou realizando as aulas.
Um dos marcos históricos da Psicopedagogia, segundo BOSSA (2000), foi o 1º
Encontro de Psicopedagogos, em Novembro de 1984 na cidade de São Paulo, com a
explanação das atividades dos psicopedagogos em Porto Alegre. A partir desse encontro,
houve a mudança do nome “Grupo Livre de Estudos em Psicopedagogia” para
“Associação de Psicopedagogos”.
Foi no início do século XIX, que houve o aparecimento de duas concepções: a
ABORDAGEM CLÍNICA e a ABORDAGEM INSTITUCIONAL, para poder
compreender de que maneira o conhecimento e a compreensão psicológica dos
fenômenos interferem na conquista da aprendizagem, buscando também entender o papel
da família como forte apoio para o processo educativo.
Muitas vezes a Psicopedagogia verifica que para uma não ocorrer consequências
diante da dificuldade da aprendizagem, é importante uma boa relação do acadêmico com
o professor ou vice-versa das partes, pois se ocorrer brigas ou conflitos dentro de sala de
aula, o desempenho do acadêmico poderá não ter eficazes progressos.
5.3.2 Avaliação Psicopedagógica
A Avaliação Psicopedagógica é complexa, porém consegue analisar e intervir na
aprendizagem do 0indivíduo ou grupo envolvendo tanto o psicopedagogo quanto os
professores, colegas, entes familiares, etc.
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“O trabalho psicopedagógico [...] implica compreender a situação de
aprendizagem do sujeito, individualmente ou em grupo, dentro do seu próprio
contexto. Tal compreensão requer uma modalidade particular de uma atuação
para a situação em estudo, o que significa que não há procedimentos
predeterminados. Defino esta característica como configuração clínica da
prática psicopedagógica. A metodologia do trabalho, ou seja, a abordagem e
tratamento, enfim a forma de atuação se vai tecendo em cada caso, na medida
em que a problemática aparece. Cada situação é única e requer do profissional
atitudes específicas em relação àquela situação. (BOSSA, pág. 85, 2000).
Dentre as formas de avaliação psicopedagógica, estão àquelas feitas por meio da
análise: da fala do sujeito, da fala dos pais e dos professores; dos desenhos ou produções
escolares e lúdicas; dos resultados de testes que verificam o tipo de personalidade.
No processo avaliativo é preciso que avalie a questão pedagógica, pois:
“A avaliação pedagógica não se limita ao conteúdo escolar. [...] É necessário
que se pesquise o que o paciente já aprendeu, como articula os diferentes
conteúdos entre si, como faz uso desses conhecimentos. É importante definir
o nível pedagógico para se verificar a adequação à série que cursa. Algumas
vezes a defasem entre o nível pedagógico e as exigências escolares atuais pode
agravar dificuldades do paciente anteriores à escola, e outras vezes criar
situações que podem vir a formar dificuldades de aprendizagem ou produção
escolar.” (WEISS, pág. 93, 2004).”
A partir do que se lê é possível fazer críticas, considerações teóricas e
compreensões para artigos científicos. Através da leitura é que se amplia o conhecimento
de modo a capacitar o indivíduo de forma eficaz e preponderante.
A escrita é suma relevância para o critério avaliativo do psicopedagogo para com
o aluno, pois através de uma boa análise de como ocorre a escrita do (a) aluno (a), pode-
se identificar erros quanto às interpretações, pontuações e coerências na ortografia. Para
que ocorra um bom processo da escrita, é preciso que o professor saiba ensinar
adequadamente o analfabeto, para que assim o (a) aluno (a) não tenha dúvidas na hora de
descrever um texto. É importante avaliar:
“o texto não com os detalhes de uma prova escolar de Português, mas nos seus
aspectos mais globais e que auxiliam na compreensão da queixa formulada
inicialmente. Assim, analisa-se a noção de realidade e fantasia, a coerência
interna do significado, a fluência e a criatividade, a temática e a estrutura do
texto em relação com outros dados obtidos no diagnóstico, por exemplo, se há
ideia de perda, medo, fracasso, sucesso, vitória e luta, que podem aparecer no
grafismo” (WEISS, pág. 98, 2004).
A relação aluno-professor também é preciso ser avaliada como contribuição para
o diagnóstico da aprendizagem do (a) aluno (a), já que péssimos relacionamentos dentro
de sala, ou maus conteúdos explicados pelo professor podem interferir na aprendizagem
escolar.
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5.4 A Intervenção da Psicologia no âmbito do fenômeno da aprendizagem
A prática do estudar/aprender não é fácil, mas nem por isso muitos acadêmicos
devem desistir de estudar quando se deparam com dificuldade no processo da
aprendizagem. A Psicologia, nesse sentido, trabalha a motivação para que o acadêmico
continue na luta diária pelo estudo, mostrando o quanto é importante aprender para se
obter qualificação diante do mercado de trabalho.
É importante para a melhoria da aprendizagem segundo FERNANDÉZ (1990):
“A participação do professor, por inteiro, (corpo, organismo, inteligência e
desejo) nessa relação, na sala de aula, no processo ensino-aprendizagem
demanda a participação dos alunos também por inteiro. O organismo,
transversalizado pela inteligência e o desejo, irá se mostrando em um corpo, e
é deste modo que intervém na aprendizagem, já corporizado. ” (“A
participação do professor, por inteiro, (corpo, organismo, inteligência e desejo)
nessa relação, na sala de aula, no processo ensino-aprendizagem demanda a
participação dos alunos também por inteiro. O organismo, transversalizado
pela inteligência e o desejo, irá se mostrando em um corpo, e é deste modo que
intervém na aprendizagem, já corporizado.” (FERNANDÉZ, pág. 62, 1990).
Quando dizemos “dificuldade de aprendizagem”, é preciso lembrar que este tema
retrata vários conflitos tanto psicológicos quanto comportamentais que interferem na vida
escolar do indivíduo. Portanto o indivíduo que sofre no processo de aprendizagem precisa
do apoio tanto da família, quanto de profissionais da área da Psicopedagogia e Pedagogia
para que o mesmo tenha confiança para conseguir aprender com sucesso.
5.4.1. Avaliação Psicológica
Para a qualidade da avaliação psicológica, é preciso entender que:
“As dificuldades de aprendizagem específicas dizem respeito à forma como
um indivíduo processa a informação – a recebe, a integra, a retém e a exprime
–, tendo em conta as suas capacidades e o conjunto das suas realizações. As
dificuldades de aprendizagem específicas podem, assim, manifestar-se nas
áreas da fala, da leitura, da escrita, da matemática e/ou da resolução de
problemas, envolvendo difíceis que implicam problemas de memória,
preceptivos, motores, de linguagem, de pensamento e/ou metacognitivos. Estas
dificuldades, que não resultam de privações sensoriais, deficiência mental,
problemas motores, déficit de atenção, perturbações emocionais ou sociais,
embora exista a possibilidade de estes ocorrerem em concomitância com elas,
podem, ainda, alterar o modo como o indivíduo interage com o meio
envolvente.” (CORREIA, pág. 46, 2008).
Portanto, dentre os tipos de dificuldades na aprendizagem que podem ser avaliadas
no indivíduo, estão a (o):
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Dislexia – O termo deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “lexia” (leitura,
reconhecimento das palavras). De acordo com a Associação Internacional da Dislexia em
2003, a dislexia aparece através de dificuldades na ortografia e na interpretação e correção
de leituras/palavras.
Disgrafia - Disgrafia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “grafia”
(escrita), e considera-se como uma perturbação funcional que afeta a qualidade da escrita
do sujeito.
Disortografia – Sua derivação vem de “dis” (desvio) + “orto” (correto) +
“grafia” (escrita), ou seja, é uma dificuldade que aparece pelo conjunto de erros na escrita
que afeta na compreensão da leitura. Os erros podem aparecer devido à conflitos
emocionais. A disortografia afeta nos métodos de organização, estruturação e composição
de textos escritos;
Discalculia – Deriva do “dis” (desvio) + “calculare” (calcular, contar), ou
seja, é “um distúrbio de aprendizagem que interfere negativamente com as competências
de matemática de alunos que, noutros aspetos, são normais” (REBELO, pág. 230, 1998).
Segundo FILHO (2007), trata-se de uma desordem neurológica que afeta a questão da
habilidade para a compreensão dos números.
TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) – consiste no
distúrbio neurobiológico crônico que resulta na impulsividade, desatenção, como também
no desassossego das atitudes praticadas.
Outras questões que o Psicólogo pode analisar se interfere ou não na
aprendizagem, são:
história de vida;
problemas sociais como exemplo: brigas físicas e verbais com familiares
e amigos; uso e abuso de substâncias psicoativas / tóxicas;
motivação;
ocorrência de transtornos psicológicos;
PIAGET (1995) tem a compreensão de que o aprender ocorre do interior (das
bases biológicas – neurológicas) para o exterior (meio social) e que para o benefício da
aprendizagem é preciso ter uma abstração reflexiva centrada em ações/comportamentos
gerais construídos através da história do indivíduo. Tal autor mostra a importância da
reconstrução e reorganização dos pensamentos para melhor coerência na aprendizagem.
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É preciso a reflexão dos conteúdos para o processo de conscientização da
aprendizagem, visto que:
“Todo reflexionamento de conteúdos (observáveis) supõe a intervenção de
uma forma (reflexão), e os conteúdos assim transferidos exigem a construção
de novas formas devido à reflexão. Há, assim, pois, uma alternância
ininterrupta de reflexionamentos – reflexões – reflexionamentos; e (ou) de
conteúdos – formas – conteúdos reelaborados – novas formas, etc., de
domínios cada vez mais amplos, sem fim e, sobretudo, sem começo absoluto”
(pag. PIAGET et. al, pág. 292, 1995).
De acordo com a visão epistemológica piagetiana, quando ocorre a aprendizagem,
as estruturas cognitivas e comportamentais se modificam, interferindo
indiretamente/diretamente no contexto biológico para o social, sendo esta questão
analisada pelo profissional da Psicologia, de acordo com avaliações feitas através de
questionários, análise multifatorial e testes psicológicos.
Pode-se afirmar que a aprendizagem ora modifica a estrutura já existente, como
destaca LIMA (1984) dizendo que a aprendizagem muda à estrutura (que se relaciona ao
meio, objeto/pessoa) de modo a obter experiências que se acrescentem no contexto
histórico do indivíduo.
De acordo com PIAGET (1995), é importante ressaltar também, que o processo
de assimilação e de suma importância para a aprendizagem, já que o esquema de
assimilação tende a se moldar de acordo com os elementos que são exteriores e
compatíveis com o meio.
O processo de abstração reflexiva é importante para que não haja dificuldades de
aprendizagem, pois se baseia:
“sobre as formas e sobre todas as atividades cognitivas do sujeito (esquemas
ou coordenações de ações, operações, estruturas etc.) para delas retirar certos
caracteres e utilizá-los para outras finalidades (novas adaptações, novos
problemas etc.)” (PIAGET, et al., p.06, 1995).
5.4.2 Epistemologia Convergente de Visca (1987)
É importante ressaltar que o argentino VISCA (1987), contribuiu com publicações
em seu país e em outras localidades estrangeiras, criando a Epistemologia Convergente
que faz ligação com as linhas da psicogenética de PIAGET (1995) com considerações de
NOGUEIRA (2009), da Escola Psicanalítica e da Psicologia Social de RIVIÈRE (2004).
A linha epistemológica psicogenética:
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“tem como foco principal o sujeito epistêmico, ou seja, o sujeito que constrói
conhecimentos. Ao refletir sobre esse processo no decorrer do
desenvolvimento humano, Piaget parte da relação entre o sujeito e o objeto
(meio físico e social), postulando que estes estabelecem contínuas relações
entre si, em que um constitui o outro mutuamente [...] Na epistemologia
genética, Piaget aborda o processo de construção do conhecimento pelo
sujeito, do nascimento até a idade adulta [...] seu enfoque principal é no
desenvolvimento infantil” (NOGUEIRA, pág. 40, 2009).
PIAGET (1995) considera sobre essa questão da psicogenética, que a adaptação
do homem ao meio ocorre diante à equilibração dos fenômenos que ocorrem no contexto
das experiências sociais. Quando ocorre um problema, se o sujeito não estiver preparado
para lidar com o problema, o mesmo fica em desequilibração, não conseguindo resolver
a problematização ocorrida.
A epistemologia sóciointeracionista se baseia nas informações de RIVIÈRE
(2004) sobre a Psicologia Social para entender os fatores que provocam interações no
meio e que por meio disto, ocorrem as transformações das estruturas que envolvem a
cognição e os comportamentos.
VISCA (1987) seguindo a linha da Psicologia Social segue quatro tipos de
modalidades em que podem encaixar para avaliar as dificuldades de aprendizagem:
EPISTEMOLÓGICO – É uma palavra que vem do grego, aceita por
RIVIÈRE (2004), que significa a ciência do conhecimento que estuda a cientificidade dos
problemas relacionados à crença e ao conhecimento em relação à sua natureza e
limitações do ser humano durante sua vida. Quando a percepção da epistemologia (modo
de conhecimento do indivíduo sobre o meio e os objetos) ocorre de maneira inadequada,
o indivíduo pode sofrer com alterações emocionais que prejudiquem na aprendizagem na
escola/rede de ensino.
.EPISTEMOFÍLICO – Termo utilizado por RIVIÈRE (2004), sendo um
conceito com base na teoria psicanalítica no qual explica que o indivíduo tem medo de
receber novos conteúdos, pensando que estes conteúdos podem afetar negativamente seu
instinto emocional/comportamental ou social, sendo essa questão prejudicial para o
processo da aprendizagem.
EPISTÊMICO – Relacionada à teoria piagetiana, é o tipo de conceito que
explica que o indivíduo é epistêmico por conta da sua cognição que influencia de forma
direta/indiretamente na construção e estrutura do conhecimento.
17
FUNCIONAL – É o tipo de conceito que caracteriza-se por estudar os
pensamentos como funcionais, de mútua ajuda para o desenvolvimento cognitivo e
comportamental do indivíduo. A funcionalidade dos pensamentos quando ocorre de
maneira incoerente/inadequada, pode acarretar sérios problemas na aprendizagem do
indivíduo.
6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O PAIP utilizará procedimentos metodológicos em quatro momentos:
1º Momento:
Selecionar os acadêmicos com dificuldades na aprendizagem, usando
como critérios o baixo: desempenho, assiduidade e reprovações. A Coordenação irá se
reunir para a melhor forma de seleção dos mesmos.
Encaminhar o acadêmico ao setor do NAPP, através de formulário
impresso em duas vias (conforme modelo em anexo).
Agendar o atendimento e apresentar o Termo de Responsabilidade e o de
Recusa, a partir do momento em que o acadêmico for ao encontro dos profissionais do
NAPP.
Solicitar laudos ou parecer técnico-profissional, caso o acadêmico esteja
tendo atendimento psicoterapêutico com algum profissional da Psicologia que não seja
da Faculdade São Lucas e São Matheus, para que assim possa ser analisado de forma mais
perspicaz suas questões de saúde.
2º Momento:
Preencher ficha cadastral, contendo informações necessárias para dar
início ao programa;
Realizar entrevista semiestruturada com questões abertas e fechadas,
buscando pontuar as hipóteses que interferem no processo ensino – aprendizagem e
aplicação do Inventário ADT (Administração do Tempo) - que tem como função avaliar
e administrar o tempo para estudar;
18
Orientar e esclarecer sobre os procedimentos futuros, verificando se o
acadêmico dará continuidade no PAIP, ou participará de outros programas ofertados pelo
NAPP.
3º Momento:
Permanecerá no PAIP os acadêmicos que apresentarem dificuldades de
aprendizagem diante do estabelecido pelo programa.
Aplicar técnicas psicológicas/psicopedagógicas, buscando avaliar as
estrutura intelectual e comportamental, como:
O teste Waiss III (Escala de Inteligência Wechsler) – que faz avaliação da
capacidade intelectual, resultando na mensuração de dados qualitativos e quantitativos;
O teste paleográfico com o objetivo de avaliar o perfil psicológico e
comportamental;
Avaliar os resultados obtidos e dar feedback ao acadêmico, e ao setor de
Fonoaudiologia se necessário, para dar continuidade ao programa;
Enviar relatório ao setor de Fonoaudiologia com informações pertinentes
e hipótese diagnóstica.
4º momento:
Elaborar relatório da avaliação final, contemplando os avanços obtidos e
os programas realizados pelo NAPP;
Monitorar o desempenho do acadêmico enquanto estiver fazendo parte da
IES;
Enviar para as Coordenações de Curso a mensuração dos dados estatísticos
sobre os atendimentos realizados.
7. PÚBLICO ALVO
O público alvo serão os acadêmicos da graduação da IES que apresentam
dificuldade de aprendizagem em relação ao baixo desempenho, reprovações e a falta de
assiduidade.
O PAIP será executado através dos profissionais:
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Lídia Macário de Souza Barros – Psicóloga de CRP 3633-RO
Alessandra Paula Martins Figueiredo – Pedagoga
Thaís Arsolino Albuquerque – Estagiária de Psicologia
8. ORÇAMENTO
Material Quantidade Custo unitário (R$)
Inventário da ADT
(Administração de Tempo) 100 unidades R$ 9,00
Teste Palográfico 04 blocos
R$ 30,00 (bloco - 25
folhas)
Teste Waiss 01 coleção R$ 1.595,00
Teste Waiss – Caderno de
Aplicação 20 unidades R$ 22,00
Impressora multifuncional (para
tirar cópias e digitalizar
documentos)
01 unidade R$ 629,00
Cartucho Colorido 04 unidades R$ 63,00
Mesa média para escritório com
gavetas 01 unidade R$ 285,00
Quadro branco - 0,90 x 0,90cm 02 unidade R$ 72,00
9. FLUXOGRAMA
20
Listagem dos acadêmicos com dificuldades de aprendizagem - feito pela
Cordenação de Curso
Encaminhamento do acadêmico feito pela Coordenação de Curso para o NAPP
O acadêmico procurará o NAPP para o agendamento e posterior assinatura do
Termo de Compromisso ou Recusa
Verificação se o acadêmico tem parecer médico de um profissional
externo da IES
Preenchimento da ficha cadastral
Aplicação do questionário semi-estruturado e do
Inventário ADT
Resultados do questionário e do ADT explicados para o acadêmico
Verificar através dos resultados do questionário e do ADT, a permanência no
PAIP ou a participação de outros atendimentos do NAPP
21
Para os acadêmicos que irão ficar no PAIP serão aplicados as técnicas psicológicas/psicopedagógicas
Aplicação do teste Palográfico
Aplicação da Escala de Inteligência Wechsler
( Waiss III)
Feedback para o acadêmico sobre os resultados dos testes
e encaminhamentos para Fonoaudiologia se necessário
Envio do relatório da avaliação da dificuldade de
aprendizagem para o setor de Fonoaudiologia
Monitorar o desempenho do acadêmico enquanto estiver
fazendo parte da IES;
Elaboração de relatórios com dados estatísticos para as Coordenações de Cursos.
22
10. REFERENCIAL TEÓRICO
BOSSA, N. A. A Psicopedagogia no Brasil. Porto Alegre: Artes Médicas, pág. 23, 1994.
BOSSA, N. BOSSA, N. Dificuldades de aprendizagem: o que são? como tratá-las? São
Paulo: Artmed, págs. 14, 42, 55 e 85. 2000.
BRASIL - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 5ª Ed. – 2010
pág. 35, 20/12/1996.
CORREIA, L. M. Dificuldades de Aprendizagem Específicas – Contributos para uma
definição portuguesa. Coleção Impacto Educacional. Porto: Porto Editora. pág. 46.
2008.
FERNANDÉZ, A. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artmed, pág. 62, 1990.
FILHO, C. R. C. Jogos Matemáticos para estimulação da inteligência nos distúrbios
de Discalculia. http://www.webartigos.com/articles/2067/1/Jogos-Matemaacuteticos-
Para-Estimulaccedilatildeo-Da-Inteligecircncia-Nos-Distuacuterbios-De-
Discalculia/pagina1.html#ixzz1JnDUXM53 – 2007.
FONTES, M.A., Psicopedagogia e sociedade: história, concepções e contribuições.
São Paulo: Vetor, pág. 73 e 81, 2006.
FONSECA, V. Introdução às Dificuldades de Aprendizagem. 2. ed. rev.. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1995.
HOUAISS, A.; VILLAR, M. de S. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de
Janeiro: Objetiva, pág. 1572, 2009.
LIMA, L. A construção do homem segundo Piaget: uma teoria da Educação. São Paulo:
Summus, 1984.
MUCCHIELLI, R. A formação de adultos. São Paulo: Martins Fontes, pág. 13, 1981.
23
NOGUEIRA, M. O. G. Aprendizagem do aluno adulto: implicações para a prática
docente no ensino superior. Curitiba, Ibpex: pág. 40, 2009.
PIAGET, J. et al. Abstração reflexionante: relações lógico-elementares e ordem das
relações espaciais. Porto Alegre: Artes Médicas, págs. 6 e
292, 1995.
REBELO, J. A. Dificuldades de Aprendizagem em Matemática: as suas relações com
problemas emocionais. Coimbra: Revista Portuguesa de Pedagogia, pág. 230. 1998.
RIVIÈRE, E.P., Psicopedagogia Brasil. Disponível em:
<http://psicopedagogiabrasil.com.br/biografia_pichon_riviere_htm>, 2004.
SISTO, F. Dificuldades de Aprendizagem. In: SISTO, Fermino et al. Dificuldades de
aprendizagem no contexto psicopedagógico. Ed. 2. Petrópolis: Vozes, 2001.
VISCA, J. Clínica Psicopedagógica: epistemologia convergente. Porto Alegre, Artes
Médicas, 1987.
WEISS, M.L.L., Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de
aprendizagem escolar. Ed. 10. Rio de Janeiro: DEP&A, pág. 93 e 98, 2004.
TERMO DE RESPONSABILIDADE
Eu_________________________________________________________________
___
do Curso __________________, do ______período do ano de ________, assumo o
compromisso de participar do PAIP (Programa de Avaliação e Intervenção
Psicológica e Psicopedagógica) da Faculdade São Lucas de Porto Velho – Rondônia,
nos dias e horários abaixo pré estabelecidos:
DIAS DA SEMANA HORÁRIO
_____/_____/_____ _____:_____
_____/_____/_____ _____:_____
_____/_____/_____ _____:_____
_____/_____/_____ _____:_____
_____/_____/_____ _____:_____
O não comparecimento do (a) acadêmico (a) em até dois atendimentos
consecutivos sem justificativas, acarretará na exclusão do programa PAIP dando
oportunidade a outro acadêmico. Sendo de inteira responsabilidade, os prejuízos
causados em sua aprendizagem.
OBS:_______________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
________
Porto Velho/RO, _______de________________________de________________
___________________ ______________________
Responsável NAPP Responsável pelo (a) Acadêmico (a)
TERMO DE RECUSA
Eu, acadêmico,
__________________________________________________________ do Curso de
______________________, do período ______ do ano de ________, assumo inteira
responsabilidade do ato de recusar a participar no PAIP (Programa de Avaliação e
Intervenção Psicológica e Psicopedagógica) da Faculdade São Lucas de Porto Velho
– Rondônia.
Porto Velho/RO, _______de________________________de_________________
______________________ ______________________________
Responsável NAPP Responsável do (a) Acadêmico (a)
FICHA DE CADASTRO
Data: ____/ ____/____
Nome:_____________________________________________________________________
Data de Nascimento: ____/ ____/____
Idade:________________ Estado Civil: __________________
Endereço: __________________________________________________________________
Telefone celular e fixo:_____________________________________________
Email:_______________________________________________
Curso atual: _______________________
Data de início do curso de graduação: ____/ ____/____
Participa de Incentivo estudantil ou Financiamento: ( ) Sim ( ) Não
Se sim, qual:________________________________________________
Assinatura do acadêmico: ____________________________________
Datas de Atendimento:
1. ___/___/___
2. ___/___/___
3. ___/___/___
4. ___/___/___
5. ___/___/___
______________________
Assinatura do Encaminhado
FICHA DE ENCAMINHAMENTO DA COORDENAÇÃO DOS CURSOS AO
PAIP (PROGRAMA DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA E
PSICOPEDAGÓGICA)
Nome do encaminhado: ___________________________________________________
Motivo do encaminhamento: _______________________________________________
Data: ___/___/___
Responsável pelo encaminhamento: _________________________________________
Função que exerce: _______________________________________________________
Setor e/ou Coordenação:___________________________________________________
___________________________ ___________________________
Assinatura do (a) Responsável Assinatura do Encaminhado
FICHA DO ENCAMINHAMENTO DO NAPP AO SETOR DE
FONOAUDIOLOGIA
Do NAPP:
Ao setor:
Nome do acadêmico:
Curso de origem: _________________ Início do Curso de Graduação:
___/___/___
Relatório
Hipótese diagnóstica psicopedagógica e breve relato de suas dificuldades
acadêmicas incluindo reprovações:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
_________________________________________________
NAPP
(Assinatura e carimbo)
SETOR
(Assinatura e carimbo)
DEVOLUTIVA
Do setor:
Para o NAPP:
Relatório
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________
____________________________________________________________________
__
____________________________________________________________________
__
____________________________________________________________________
__
____________________________________________________________________
__
____________________________________________________________________
_
SETOR
(Assinatura e carimbo)
NAPP
(Assinatura e carimbo)
ENTREVISTA
1- Nome: __________________________________________________________
2- Casada (o)? ( ) Sim ( ) Não
3- Filhos? ( ) Sim ( ) Não. Se sim, quantos: ______
4- Trabalha? ( ) Sim ( ) Não. Se sim, qual a função:
________________________________________________________________
5- Período: _________
6- Quais as disciplinas? _______________________________________________
7- Quantas vezes fez a mesma disciplina? _________________________________
8- Onde cursou o Ensino Fundamental e o E. Médio? Tinha dificuldades, em que? Quantas
vezes repetiu a série? Com que idade aprendeu a ler?
R - _____________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
_____________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
9- Como foi a escolha desse curso? E o que você espera dele?
R - _____________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
10 – Qual o tempo que você dedica aos estudos?
R - _____________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
11 – E a que você atribui essas dificuldades?
R - _____________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
12 - Se você pudesse mudar o que você faria, para ter melhor desempenho?
Tanto na docência quanto em você? Sugestões para melhorar:
R - _____________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
__________________________________________________________