pró-reitoria de graduação curso de biomedicina trabalho de ... · diminuição do consumo...

41
Pró-Reitoria de Graduação Curso de Biomedicina Trabalho de Conclusão de Curso ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE Autora: Belkiss Cristtina Santos Gonçalves Orientador: Me. Misael Rabelo de Martins Custódio. Brasília - DF 2015

Upload: ngonga

Post on 10-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Pró-Reitoria de Graduação Curso de Biomedicina

Trabalho de Conclusão de Curso

ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE

Autora: Belkiss Cristtina Santos Gonçalves

Orientador: Me. Misael Rabelo de Martins Custódio.

Brasília - DF

2015

BELKISS CRISTTINA SANTOS GONÇALVES

ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE

Monografia apresentada ao curso de

graduação em Biomedicina da Universidade

Católica de Brasília, requisito parcial para a

obtenção do grau de Bacharel.

Orientador: Me. Misael Rabelo de

Martins Custódio.

Brasília

2015

FOLHA DE APROVAÇÃO

Monografia, de autoria de Belkiss Cristtina Santos Gonçalves, intitulado

“ACUPUNTURA NO TRATAMENTO DA OBESIDADE”, apresentado como requisito

parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Biomedicina da Universidade Católica de

Brasília, em 28/05/2015, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

____________________________________________________

Prof. Me. Misael Rabelo de Martins Custódio - Orientador

Curso de Biomedicina - UCB

____________________________________________________

Profª Me. Patrícia de Souza Kanno

Curso de Nutrição - UNIPLAN

____________________________________________________

Esp. Luís Gustavo de Oliveira

Biomédico

Dedico esse trabalho ao meu orientador

Me. Misael Rabelo de Martins Custódio, aos

meus amigos e aos meus pais que sempre

torceram por mim.

AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus pela força, aos meus pais pela confiança, ao meu orientador e

Mestre pela oportunidade, aos colegas do projeto de acupuntura pela amizade e por me

ajudarem a crescer dentro da área e ao meu namorado pela paciência e todo o amor.

“O reino dos céus é semelhante a um

grão de mostarda, que um homem tomou e

plantou no seu campo; o qual grão é, na

verdade, a menor de todas as sementes, mas

depois de crescido, é a maior das hortaliças e

faz-se árvore, de tal modo que as aves do céu

vêm pousar nos seus ramos”. (Mateus 13: 31-

32).

RESUMO

Referência: GONÇALVES, Belkiss Cristtina Santos. Acupuntura no Tratamento da

Obesidade. 2014. 40 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Biomedicina) – Universidade

Católica de Brasília, Taguatinga – DF, 2014.

A obesidade é uma doença crônica, que é vista como um dos principais agravantes

para intercorrência de diversas enfermidades como diabetes mellitus, doença coronariana,

acidente vascular cerebral, câncer de mama e outras. Dentro da população adulta existem 32%

de obesos, dentre os quais 25% são casos graves. O princípio de um bom tratamento é a

diminuição do consumo energético e o respectivo aumento de seu gasto pelo paciente. Porém,

existem vários tipos de tratamento a exemplo de dietas, cirurgias e, inclusive, a acupuntura. A

Medicina Tradicional Chinesa - MTC - é uma ciência milenar que tem como base os

conceitos Taoístas, em que o individuo é considerado uma parte integrante do universo.

Assim, o ser humano é um conjunto de energias, provenientes da natureza, que fluem por todo

o corpo e que devem estar em constante equilíbrio. Quando isso não ocorre, têm-se as

enfermidades, como fatores predispostos a obesidade. Desta forma, a terapêutica da MTC tem

como objetivo reestabelecer o fluxo da energia vital pelo corpo e reestabelecimento dos

fatores corporais como a readequação do percentual de gordura corporal. Com isso, este

trabalho tem como objetivo verificar a diminuição do peso em pacientes obesos, após

procedimentos de acupuntura. Para tanto, foram avaliados alguns estudos que relacionam a

obesidade com a Medicina Tradicional Chinesa.

Palavras-Chave: Acupuntura. Medicina Tradicional Chinesa. Obesidade. Adipócitos.

ABSTRACT

Coronary heart disease, cerebrovascular accident, breast cancer and so many other

diseases are caused, mainly, by obesity. In Brazil, 32% of the adult population is obese, which

25% are serious cases. The began of the treatment of obesity starts with a reduction of

consume of energy by the patient and, at the same time, the increase of its loss. However,

there are treatments like diet, surgery and acupuncture. The Traditional Chinese Medicine is

an ancient science based on Taoist conception, which the human body is part of the entire

universe. Thus, the human person is a mix of energies from the environment, that goes thru

the body. This energy ought to be balanced. When this is not happening, became the illnesses,

including the obesity. Therefore, the Traditional Chinese Medicine recover the flow of the

vital energy of the body, restoring the damaging effects, including reduction of fatness.

Considering that, this monograph has the purpose to verify the reduction of weight in patients

obeses, after procedures of acupuncture. For this purpose, we have made studies relating

obesity with the Traditional Chinese Medicine.

Keywords: Acupuncture. Traditional Chinese Medicine. Obesity. Adipocytes.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 9

2 OBJETIVO ...................................................................................................... 10

2.1 GERAL ............................................................................................................. 10

2.2 ESPECÍFICOS .................................................................................................. 10

3 METÓDO ........................................................................................................ 11

4 DESENVOLVIMENTO ................................................................................. 13

4.1 OBESIDADE .................................................................................................... 13

4.1.1 Conceito ........................................................................................................... 13

4.1.2 Aspectos Epidemiológicos .............................................................................. 14

4.1.3 Fisiopatologia................................................................................................... 17

4.1.4 Tratamento ...................................................................................................... 20

4.2 MEDICINA TRADICIONAL CHINESA ........................................................ 21

4.2.1 Conceito ........................................................................................................... 21

4.2.2 Contesto Histórico ........................................................................................... 21

4.2.3 Fundamentos ................................................................................................... 23

4.3 OBESIDADE NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA ......................... 27

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 29

6 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 31

7 ANEXO ............................................................................................................ 37

9

1 INTRODUÇÃO

A obesidade tem como causador principal o distúrbio alimentar e o sedentarismo, os

quais podem levar o indivíduo ao acúmulo de tecido adiposo. É considerada uma epidemia

pelo aumento exagerado de pessoas obesas em todo o mundo, até mesmo no Japão, que tem

como característica uma população magra (BRASIL, 2010; RUYAK, 2013; MELO; SILVA;

CALLES, 2014).

A obesidade tem sido vista ultimamente como um dos problemas de saúde pública de

grande relevância, nos últimos anos houve um crescimento da prevalência, até mesmo em

crianças, das quais 20% são consideradas obesas. Como efeito dessa grande prevalência tem

uma gama de estudos relacionados com as doenças que a obesidade pode causar, como: a

doença coronariana, acidente vascular, diabetes entre outros (OHZEKI, 2013; SILVA; MAIA,

2013; DRAGER, 2013, FONSECA-JUNIOR et al.,2013).

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é uma ciência milenar que tem como base os

conceitos Taoístas onde o individuo é considerado uma parte integrante do universo. Para ela,

o ser humano é um conjunto de energias, provenientes da natureza, que fluem por todo o

corpo e que devem estar em constante equilíbrio. Quando isso não acontece, temos as

enfermidades, e terapêutica segundo a MTC tem como objetivo reestabelecer o fluxo da

energia vital pelo corpo (CUNHA; REGO, 2007).

A MTC conquista cada vez mais espaço no ocidente e está incluída até mesmo na rede

de atenção a saúde. Entre as diferentes formas de tratamento, a acupuntura é o método

complementar mais popular. Ela é utilizada na terapêutica da obesidade e também em

problemas osteoarticulares, orgânicos e psicossomáticos (ABDI et al., 2012).

Com isso o objetivo deste trabalho foi avaliar estudos que relacionam a obesidade e a

Medicina tradicional Chinesa, para tentar comprovar a eficácia dos procedimentos na

diminuição do peso.

10

2 OBJETIVO

2.1 GERAL

Realizar revisão bibliográfica sobre Obesidade relacionada com a Acupuntura.

2.2 ESPECÍFICOS

Realizar pesquisa bibliográfica sobre Obesidade;

Realizar pesquisa bibliográfica sobre Medicina Tradicional Chinesa;

Realizar pesquisa bibliográfica sobre Acupuntura;

Realizar Fichamento de todos os trabalhos achados;

Selecionar os trabalhos que tenham relação direta com a temática do trabalho.

11

3 METÓDO

Com base em uma revisão de sistemática, foi realizada busca com as bases científicas

eletrônicas, PubMed, Scielo e banco de dados de outras Universidades com as seguintes

palavras e suas combinações: obesidade, obesity (conceito, concept, epidemiologia,

epidemiology, fisiopatologia, pathophisiology, tratamento, treatment, bariátrica, bariatric,

balão intragástrico, intragastric balloon, farmacológico, pharmacologycal), acupuntura,

acupuncture, medicina tradicional chinesa, traditional chinese medicine (histórico, history,

conceito, concept, fundamentos, fundamentals).

Inicialmente, os artigos foram selecionados de acordo com os títulos e os resumos

apresentados, após busca eletrônica, com filtros para artigos científicos publicados nos

últimos dez anos. Optou-se pela seleção de estudos gratuitos (com preferência pelos mais

atuais), assim como pesquisas e relatos realizadas em humanos adultos (> 19 anos), de ambos

12

os sexos. Também foram consultadas algumas revisões sistemáticas, teses de banco de dados

de outras universidades e livros de acupuntura.

Em pesquisa a teses e dissertações, foram utilizados: um artigo do Biocursos do Curso

de Pós Graduação em acupuntura da faculdade Ávila de Manaus; um artigo da Universidade

do Vale do Itajaí, Balneário Camboriú; um dissertação da Universidade da Beira Interior de

Corvilhá, Portugal; um tese da Universidade do Oeste de Santa Catarina e um tese da

Universidade de São Paulo.

Para a parte da epidemiologia da obesidade foi usado, dois arquivos da ABESO –

Associação Brasileira de obesidade; um da VIGITEL - Vigilância de Fatores de Risco e

Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico; um arquivo do Ministério da

Saúde; um arquivo do SUS e um arquivo do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística. Mais três referências correspondentes a imagens relacionadas à Medicina

Tradicional Chinesa e uma sobre fisiopatologia da obesidade.

Assim, para cada estudo selecionado, foi realizada uma análise crítica para

avaliar a validade dos resultados obtidos e a possibilidade de suas conclusões estarem

fundamentadas em dados viciados.

13

4 DESENVOLVIMENTO

4.1 OBESIDADE

4.1.1 Conceito

Obesidade é uma doença crônica que é vista como um dos principais agravantes para

intercorrência de diversas enfermidades como, diabetes mellitus, doença coronariana, acidente

vascular cerebral, câncer de mama entre outras. É caracterizada pelo acúmulo de gordura no

tecido adiposo, o que coincide com um aumento de peso (BRASIL, 2010; QUEIROZ et al.,

2009; LANG, 2014).

Para definir se a pessoa é obesa, ou se apenas está com sobrepeso, existem várias

formas, como a bioimpedância e a antropometria, essa definição é importante para auxiliar no

tratamento médico. Assim como saber se o paciente tem alguma das enfermidades citadas.

O índice de massa corpórea (IMC) é o método mais utilizado para qualificar o paciente

com peso normal, sobrepeso, obesidade grau I, II ou III, no entanto não é a forma mais

indicada para diagnóstico, pois o IMC nada mais é do que uma relação de peso e altura, o qual

ignora o percentual real de gordura. Existem formas de diagnóstico mais precisas, como a

bioimpedância ou a antropometria, que são consideradas mais sensíveis e seguras. (ABESO,

2009; PAVÃO; WERNECK; CAMPOS, 2013).

A bioimpedância baseia-se na condutividade elétrica dos diferentes tecidos biológicos,

onde são expostos a frequências distintas. Cada parte representa um mecanismo da condução

elétrica, a água e a massa livre de gordura são a resistência, o condensador seria as

membranas celulares e a gordura, e os fluídos extracelulares os condutores. Com isso, é

possível quantificar a água corporal e a proporção da massa livre de gordura e da gordura

corpórea (GUEDES, 2013; ANGÉLOCO NETO et al., 2012).

A bioimpedância é uma técnica que oferece resultados eficientes e suficientes na

quantificação de gordura, no entanto, devido ao custo, o uso da antropometria através do

adipômetro é mais utilizado. A medida de dobras cutâneas é utilizada porque a maior parte da

gordura corporal encontra-se no tecido subcutâneo, e desta forma é possível identificar a

quantidade de gordura na região avaliada, para isso, devem ser avaliadas várias partes do

corpo para ter a quantificação da gordura corpórea. Vale ressaltar que os resultados não

equivalem à quantidade real de gordura, devido ao armazenamento de gordura em outros

locais (GUEDES, 2013; NEVES et al., 2013).

14

4.1.2 Aspectos Epidemiológicos

Nos Estados Unidos, mais de um terço de adultos e um sexto de crianças e

adolescentes são obesos, ou seja, possuem o IMC ≥30 kg/m2. Esse índice ultrapassa mais que

o dobro da prevalência do ano de 1994. E os indivíduos com obesidade mórbida também

aumentaram de 3,9% para 6,6% em 10 anos, do ano de 2000 até 2010 (SKOLNIK; RYAN,

2014; ACCF, 2015).

Estima-se que cerca de 20% das crianças brasileiras tenham algum grau de obesidade

e que dentro da população adulta exista 32% de obesos, destes 25% são casos graves. Este

fato ocorre em todo o Brasil, no entanto, na região sul do país tem-se índices mais elevados. A

Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição revela que a doença está presente em sua maioria em

mulheres adultas, que possuem 20 a 59 anos de idade (BRASIL, 2010; OHZEKI, 2013;

SILVA; MAIA, 2013).

Gráfico 1: Prevalência de déficit de peso, excesso de peso e obesidade na população com 20 ou mais anos de

idade, por sexo – Brasil – períodos 1974 – 1975 de 2002 – 2003 e de 2008 – 2009.

Fonte: IBGE (2009)

Ao observar os três itens é possível notar que a tendência de ser obeso é cada vez

maior, os itens são diretamente proporcionais, conforme o tempo passa o déficit de peso

diminui, e o excesso de peso (os futuros obesos) aumenta gradativamente. Mostra dados de

indivíduos com mais de 20 anos. No item obesidade as mulheres estão com o peso maio do

que os homens, porém no item de sobrepeso, os homens são os que estão na frente.

15

A renda familiar também influência na quantidade de obesos, os indivíduos acima do

peso estão mais concentrados na área urbana, e em mulheres de alto poder aquisitivo. No

entanto, está realidade pode se estabilizar ou diminuir. E a classe menos favorecida vem a ter

um aumento no peso pela falta de orientação alimentar e atividade física (BRASIL, 2010).

Na tabela 1 podemos observar a diferença significativa entre os homens e mulheres e

entre a região sul e as demais. Em todas as idades as mulheres são mais obesas que os

homens, exceto de 20 a 29 anos na região norte e sul. É visível ainda, que o total de pessoas

com IMC maior do que 30 kg/m2 cresce com o passar dos anos.

Tabela 1: Prevalência (%) de excesso de peso em adultos de 20 a 59 anos de idade, por região, segundo

componente, faixa etária e sexo

Fonte: SUS (2009)

Vigitel (2013) apresenta dados de periodicidade anual, desde 2006, realizado em 26

capitais em maiores de 18 anos, por pesquisa telefônica.

16

Gráfico 2: Excesso de peso e obesidade por sexo

Fonte: Vigitel (2013)

Gráfico 3: Frequência de excesso de peso

Fonte: Vigitel (2014)

Gráfico 4: Frequência de Obesidade

Fonte: Vigitel (2014)

17

Apesar do Ministério da Saúde, mostrar que o índice de obesidade está estável no

Brasil, o número de indivíduos acima do peso está cada vez mais elevado. O excesso de peso

já chegou á 52,5% da população adulta. Essa taxa há nove anos, era de 43%. Também é

preocupante a proporção de indivíduos maiores de 18 anos considerados obesos, 17,9%.

Apesar deste número não ter sofrido alterações nos últimos anos, a obesidade continua a ser

um fator de risco para doenças crônicas, que correspondem a 72% dos óbitos no Brasil

(ABESO, 2015).

4.1.3 Fisiopatologia

A obesidade é uma síndrome causada por diversos fatores, como, por exemplo:

genéticos, comportamentais, psicológicos, sociais, metabólicos e endócrinos. O primeiro pode

influenciar de forma intrínseca na aquisição da obesidade, assim considerado um fator

atribuído à predisposição. A ingestão calórica, a realização de atividade física e o estilo de

vida são determinantes críticos nessa doença, pois, a obesidade nada mais é do que um

desequilíbrio entre ingestão de alimentos e o gasto energético, onde o excesso de energia

produzida é armazenado em forma de gordura. Principalmente no tecido adiposo branco, que

é uma célula madura capaz de alterar de forma significante o seu tamanho, a partir do

armazenamento de triglicerídeos (SKOLNIK; RYAN, 2014; WASEEM, 2007; TCHERNOF;

DESPRÉS, 2013; SCHLEINITZ et al., 2011).

Um aumento no número e tamanho dos adipócitos faz com que o tecido adiposo

branco comesse a expandir, o que pode levar, a obesidade. A Adipogênese leva a obesidade

central, caso ocorra depósito de gordura abdominal e obesidade periférica, quando o acúmulo

é no tecido subcutâneo. É um processo bem organizado, que necessita da ativação dos fatores

de transcrição, a fim de atingir a maturidade. Essas células devem passar por duas etapas

vitais: determinação dos adipócitos e diferenciação dos adipócitos (ALI et al., 2013).

Além do tecido adiposo branco, temos também o tecido adiposo marrom, que nada

mais é do que um tecido termogênico, que deve manter a temperatura e o peso do corpo,

quando houver queda de temperatura ou em uma dieta hipocalórica. O tecido adiposo marrom

e morfologicamente diferente do tecido adiposo branco, ele contém gotículas de

triacilglicerol, numerosas mitocôndrias e diferente do adiposo branco tem alta capacidade de

estocar ácidos graxos (BOSCHINI; GARCIA JÚNIOR, 2005).

É interessante ressaltar que o tecido adiposo tem a capacidade de se expandir e invadir

outros territórios, como vísceras e músculos a partir dos vasos sanguíneos. Locais de

armazenamento de gordura:

18

Subcutânea – localizada logo abaixo da camada mais externa da pele, coberta pelos

músculos (LIMA, 2008).

Intra-abdominal ou visceral – está localizada por trás da parede abdominal e entre os

órgãos do abdômen. Este tipo de gordura afeta diretamente a saúde e ocasiona a

inflamação dos órgãos. Causa a diminuição da sensibilidade à insulina, hipertensão,

aumento de triglicérides, aterosclerose, colesterol elevado, predisposição a diabetes

entre outras enfermidades (LIMA, 2008; RIBEIRO FILHO et al., 2006; TCHERNOG;

DESPRÉS, 2013; CASTRO et al., 2014).

4.1.3.1 Regulação da oxidação de ácidos graxos pelo músculo esquelético quando há

oferta abundante de glicose

Figura 1: Ciclo de Krebs

Fonte: Curi et al, (2003).

A metabolização elevada da glicose pelo músculo esquelético reduz a

oxidação de ácidos graxos. O efeito da glicose sobre a oxidação de ácidos graxos

ocorre da seguinte maneira: a glicose ao ser metabolizada pela via glicolítica gera

piruvato e este através da piruvato desidrogenase forma acetil CoA. Este condensa-

19

se ao oxaloacetato pela citrato sintase levando à produção de citrato. Este sai da

mitocôndria para o citoplasma e pela ação da ATP-citrato liase gera acetil CoA. O

acetil CoA é convertido em malonil CoA pela acetil CoA carboxilase. O citrato é um

ativador importante da acetil CoA carboxilase. Portanto, este metabólito além de

precurssor ativa a produção de malonil CoA (CURI et al., 2003).

O malonil CoA é um potente inibidor da CAT-I. Assim, ocorre

inibição da oxidação de ácidos graxos na mitocôndria. Os ácidos graxos que

permanecem no citoplasma na forma de acil CoA são então esterificados em

triglicerídeos, fosfolípides ou ésteres de colesterol. Este mecanismo da interação

glicose-ácidos graxos leva à redução da oxidação de ácidos graxos e o seu acúmulo

como macromoléculas lipídicas (CURI et al., 2003).

Com relação aos ácidos graxos, aqueles provenientes do tecido adiposo, o primeiro

passo para sua utilização é hidrólise do triacilglicerol. O metabolismo do adipócito é

controlado pelos hormônios e também pelo sistema nervoso. A insulina inibe a lipólise e

estimula o processo de lipogênese e esterificação. E a adrenalina, noradrenalina, cortisol e

hormônio do crescimento são estimulados pela mobilização dos ácidos graxos.

Fonte: Farias (2014).

20

É sabido que a diminuição da atividade física e alteração dos hábitos alimentares

levam ao aumento de peso, mas não se pode dizer que é ocasionado somente pela falta de

força de vontade do doente, pode ser devido a uma alteração metabólica, ou até mesmo um

distúrbio emocional, algumas pessoas obesas tem uma compulsão alimentar devido à raiva ou

a ansiedade, por exemplo (SLAWIK; BEUSCHLEIN, 2006).

4.1.4 Tratamento

O princípio de um bom tratamento é diminuir o consumo energético e aumentar o

gasto. Para isso existem diversas formas, entre ela os procedimentos naturais e artificiais.

Procedimentos naturais:

a) Exercícios físicos e dietas sem o uso de fármacos (PAVÃO et al., 2013; FONSECA-

JUNIOR et al., 2013).

b) Terapias alternativas: Medicina Tradicional Chinesa (SOUSA; VIEIRA, 2005).

Procedimentos Artificiais:

c) Farmacológicos: Existem diversos mecanismos que podem agir na moderação do

apetite, na redução da compulsão alimentar, na saciedade, no controle da ansiedade e

na diminuição de absorção de gordura pelo intestino (FARIA et al., 2010;

PAUMGARTTEN, 2011; SCHAMROTH, 2012; GONZALEZ et al., 2010).

d) Balão intragástrico: É uma prótese de silicone, que é colocada no estômago por meio

da endoscopia e insuflada com líquido ou ar. Com a finalidade de reduzir a fome e

promover uma saciedade precoce, ao fazer com que o indivíduo se alimente menos e

com consequência perca peso (DIAS et.al., 2010; CARVALHO et al., 2011).

Castro et al. (2013) diz que, o balão intragástrico, apesar de ser utilizado há muitos

anos não conseguiu comprovar a sua eficiência de perca de peso inicial. Seu estudo tenta

comprovar a eficiência do mesmo e conclui que sim, é eficiente, no entanto a eficácia diminui

a longo prazo e ainda relata complicações na retirada do mesmo.

Já, Milone et al, (2014) cita estudos de insuficiência renal aguda, ocasionada devido à

utilização do balão, e mostra um relato de caso que apresenta insuficiência aguda devido a

vômitos persistentes que levaram a desidratação, ocasionado após posicionamento do mesmo.

e) Cirurgia: Para casos mais graves, com o IMC acima de 40, ou seja, que possuem

obesidade mórbida ou IMC acima de 35, associado à outra doença é indicado à

cirurgia bariátrica (GARCÍA et al., 2012).

21

No entanto qualquer procedimento que não seja natural pode ter algum prejuízo, os

fármacos podem causar efeitos colaterais, desde uma simples dor de cabeça até uma

taquicardia ou uma dependência. Qualquer cirurgia de grande porte ameaça a vida do

paciente, e o mesmo tem que estar preparado parar possíveis alterações psicológicas. Apesar

de não existir estudos que impeçam a cirurgia bariátrica por motivos psicológicos, a presença

de transtornos depressivos, afetivo bipolar ou psicótico são considerados contraindicação para

a realização da cirurgia (SILVA; MAIA, 2013; WASEEM et al., 2007; WEE et al., 2013;

COURCOULA et al., 2013; CHUANG et al., 2013).

Contudo, em muitos casos, mesmo após procedimentos artificiais, como cirurgias, e os

naturais com uma vida saudável, não são suficientes para diminuir ou melhorar o Peso

Corporal, e diminuir o percentual de Gordura. Neste caso, existem algumas alternativas que

auxiliam neste processo sendo natural com efeitos expressivos quanto um Artificial, como por

exemplo: Medicina Tradicional Chinesa.

4.2 MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

4.2.1 Conceito

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é uma ciência milenar que tem como base os

conceitos Taoístas onde o individuo é considerado uma parte integrante do universo. Assim, o

ser humano é um conjunto de energias, provenientes da natureza, que fluem por todo o corpo

e que devem estar em constante equilíbrio. Quando isso não ocorre, têm-se as enfermidades, a

terapêutica segundo a MTC tem como objetivo reestabelecer o fluxo da energia vital pelo

corpo. Onde se existe um desequilíbrio ou adoecimento, o mesmo se dá a partir dos

desequilíbrios do Yin e Yang e na circulação dos canais de energia (CUNHA; REGO, 2007;

MORÉ et al., 2011).

Toda essa filosofia está atrelada com um contexto histórico longo e intenso. Desta

forma, serão descritos os principais fatos históricos que complementam e explicam os

procedimentos filosóficos e processos.

4.2.2 Contesto Histórico

É do século XVIII a.c que se tem a primeira informação sobre a técnica de

Acupuntura, que estava registrada em manuscritos chineses, o conhecido Imperador Amarelo

ou em chinês Nei Jing. Porém estima-se que a acupuntura surgiu antes de 2000 a.C. pois

22

escavações nas ruínas de Yang-Shao, evidenciaram o uso de Bian-Shi (uma pedra) (LIU et

al., 2014).

No século III antes de Cristo já se utilizava a MTC como atividade médica, com

agulhas e facas de bronze, ferro prata e ouro. A foto 1, irá mostrar as agulhas utilizadas nesta

época, segundo Maciocia (2007), eram nove agulhas cada uma como um objetivo diferente:

Agulha Chai, (ponta de flecha) – Para ser usada superficialmente.

Agulha Yuan (ponta redonda) - Recomendada para massagens dos músculos.

Agulha Ti (extremidade curta e pontuda) - Trata a dor, utilizada para sangria.

Agulha Feng (ponta triangular) - Para doenças crônicas, drenagem de abscessos e

sangria.

Agulha Pi (forma de espada) - Para abscessos e sangria.

Agulha Yuan Li (extremidade redonda) - Tratar dor articular.

Agulha Hao (filiforme) Mais comum possui ponta fina e longa, penetra a nível

profundo.

Agulha Chang - Para tratar reumatismos em pontos profundos.

Agulha Huo (“Fogo”- Aquecida) - São feitas de cobre, para artrite.

Figura 2: Nove tipos de agulha

Fonte: Pinheiro (2011)

De 1100 a 221 a.c foi desenvolvida a teoria da MTC, começou a se ter noção do que é

o Qi (energia). Descoberta dos meridianos de energia, do Yin /Yang, localização e função dos

pontos de acupuntura, substituição do Bian-Shi por agulhas de bronze, ferro prata e ouro

(SCOGNAMILLO; BECHARA, 2010; VECTORE, 2005).

De 221 a.c a 220 d.c. desenvolveu-se o Moxabustão, feito de artemísia, com aparência

de um grande charuto, utilizado para esquentar os acupuntos (pontos de acupuntura). Já na

23

china moderna, em 1912 tentou-se abolir a MTC, em 1931 fundou-se o colégio de Medicina

Chinesa, e em 1962 foi feito o primeiro livro aprovado pelo governo. Já no ano de 1974, foi

criado em Pequim um instituto de pesquisa, que em 1958 já havia 27 institutos com o mesmo

intuito, neste mesmo ano há relatos do inicio da prática de analgesia por acupuntura

(ROCHA; GALLIAN, 2013; SCOGNAMILLO; BECHARA, 2010; DELGADO et al.,

2012).

No Brasil, a MTC chegou junto com os imigrantes chineses, ou japoneses, não se tem

relatos exatos, mas sua difusão só começou a surtir efeito em 1950 quando um fisioterapeuta

fundou a Sociedade Brasileira de Acupuntura e Medicina Oriental. A partir de 1995 os

conselhos de biomedicina, enfermagem, fisioterapia, medicina e medicina veterinária,

reconheceram a Acupuntura como uma especialidade. Nos tempos atuais existe uma disputa

entre os difusores da MTC e o Conselho Federal de Medicina, quanto ao reconhecimento da

Acupuntura como uma atividade estritamente médica (SCOGNAMILLO; BECHARA, 2010;

VECTORE, 2005).

4.2.3 Fundamentos

4.2.3.1 Tao

Tao é a primeira energia que surgiu no universo e é traduzida como “caminho”, pode

ser considerada uma energia reguladora tanto do universo quanto do corpo humano. É uma

energia sem limites, sem fim (CINTRA; PEREIRA, 2012).

4.2.3.2 Yin/Yang

O Yin/Yang é visto em diferentes pensadores como uma parte do Qi (energia vital). É

uma teoria que a partir de uma energia única, temos a distinção em outras duas, que são

opostas e ao mesmo tempo complementares. Onde o Yin é visto como o frio, o esquerdo, o

escuro, o feminino, o material e o Yang é visto como o oposto, o quente, o direito, o claro, o

masculino, o funcional (DORIA; LIPP; SILVA, 2012; VECTORE, 2005).

Segundo Vector (2006), podemos dividir o Yin/Yang em quatro princípios:

a) Oposição – nada é totalmente Yin ou Yang, os dois sempre estão juntos mesmo que em

quantidades diferentes.

b) Interdependência – um não existe sem que aja o outro, não existiria o frio se não fosse

pelo calor e nem o dia se não fosse pela noite.

c) Consumo mútuo – é necessário que se tenha equilíbrio para não haver predominância

ou déficit de um deles.

24

d) Inter-relacionamento – o Yin e o Yang não são estáticos depende dos estágios, e de

condições internas, externa e do tempo.

Quando se aplica o Yin/Yang ao corpo, diferencia-se os orgãos (Zang) das vísceras

(Fu), onde as vísceras são os orgãos somente de passagem (orgãos ocos), como o intestino, o

estômago, a bexiga e a visicula biliar. Na MTC, entende-se que a doença é um desequilíbrio

entre Yin/Yang onde o tratamento tenta reestabelecer este equilíbrio (LIVRAMENTO;

FRANCO; LIVRAMENTO, 2010; VECTORE, 2005).

Figura 3: Yin e Yang.

Fonte: Kono (2011).

4.2.3.3 Os Cinco Elementos

Figura: O pentagrama.

Fonte: Yang (2014)

Essa teoria parte da ideia de que a natureza é constituída de Cinco elementos, os quais

estão em um constante estado de movimento e tem uma dependência entre eles. Esses

elementos são gerados mutualmente na seguinte ordem como no Pentagrama, a Madeira gera

Fogo, ou seja, Madeira é considerada mãe de Fogo, com essa logística, Fogo é mãe de Terra,

25

que é mãe de Água, que é mãe de Madeira. Esse círculo é chamado de geração, este constante

movimento levaria ao desequilíbrio da natureza, se não houvesse uma barreira, esta barreira é

chamada de lei da dominância. A lei da dominância segue a linha pontilhada da figura onde a

Madeira domina a Terra (penetra-o com suas raízes), a Terra domina a Água (absorve-a), a

Água domina o Fogo (apaga-o), o Fogo domina o metal (derrete-o), o metal domina a

Madeira (corta-o como uma lâmina) (SILVA, 2007).

Pode haver também o círculo de contra dominância, onde se um elemento estiver com

deficiência, o dominado pode passa a dominar, por exemplo, se a terra que domina a Água

está em pouca quantidade, o excesso de Água não seria absorvido, e o contrário também se

aplica, se é a Água é quem está em excesso (MACIOCIA, 2007).

Os Cinco elementos assim como o Yin/Yang aplica-se além da natureza, ao corpo

humano e tudo no universo, cada elemento possui um Zang Fu. A Tabela 2 mostra alguns

fatores que se aplicam aos Cinco elementos.

Tabela 2: Os Cinco Elementos e algumas relações.

Fonte: Vectore (2005)

4.2.3.4 Teoria do Zang Fu

Essa teoria é baseada em como os sistemas são compreendidos dentro da MTC. Em relação

tanto ao aspecto físico/material quanto ao aspecto energético. As Teorias estão sempre

interligadas de alguma forma, cada órgão Zang e cada víscera Fu representam um Yin e Yang

26

de cada elemento do pentagrama, além disso, para cada Zang e cada Fu existe um canal de

energia (SANTOS; SPEROTTO; PINHEIRO, 2013; TORRES, 2011).

O canal do Coração, por exemplo, tem relação tanto com a função do seu Zang (o

próprio coração) quanto com seu Fu (O Intestino Delgado), Assim como os outros

meridianos, cada um com seu acoplado, Fígado – Vesícula Biliar, Baço/Pâncreas – Estômago,

Pulmão – Intestino Grosso e o Rim – Bexiga (MACIOCIA, 2007).

O Meridiano é um dos nomes pelos quais se chama os canais de energia, que são

utilizados pela MTC para diagnóstico e tratamento. São 12 meridianos da grande circulação

que se encontram bilateralmente no corpo, destes 12, cinco são órgãos principais e cinco são

vísceras principais, temos mais dois elementos relacionados ao elemento fogo o

Circulação/Sexo. Da pequena circulação, existem dois vasos, Vaso Concepção e Vaso

Governador que são meridianos impares localizados na Linha Mediana. Além destes existem

pontos Extras (ROCHA; GALLIAN, 2013; SILVA, 2007).

4.2.3.5 Teoria das Substâncias Vitais

Qi 氣 (Energia) 4.2.3.5.1

É um dos conceitos mais importantes da medicina oriental, é a energia que está

presente em todas as coisas, semelhante às ondas de rádio que não podem ser vistas, são

reconhecidas pelo o efeito que causam, são seis Qi denominados, Yin, Yang, Vento, Chuva,

Escuridão e Claridade. Com o desequilíbrio destes, ocorrerão doenças ou desastres naturais.

Além destes o Qi é dividido em três tipos: Yuan Qi – a energia ancestral que nasce da união

do óvulo com espermatozoide. Yong Qi – a energia da alimentação. Wei Qi – a energia de

defesa, responsável pela imunidade (ILKIU, 2010).

Xue 血 (Sangue) 4.2.3.5.2

Na MTC o Xue é considerado uma forma de Qi, só que denso e material, além disso, o

Xue não se separa do Qi, pois, é o Qi quem proporciona a vida ao Xue. O Xue deriva em maior

parte dos alimentos, e tem como função levar estes nutrientes para o organismo, além de

promover a defesa e hidratação do mesmo (MACIOCIA, 2007).

Jin Ye 津液 (Líquidos Corpóreos) 4.2.3.5.3

São provenientes dos alimentos, é são divididos em Jin – onde circula o Qi defensivo,

pele, músculos, ligamentos e tendões; e o Ye – onde circula o Qi nutritivo e sua função

27

consistem em umedecer as articulações, espinha, cérebro e medula óssea, lubrificam os

orifícios dos órgãos dos sentidos. O Jin é eliminado como, suor, lágrimas, saliva e muco. E o

Ye, como fezes, urina (TORRES, 2011).

Jing 精 (Essência) 4.2.3.5.4

É a energia fundamental que reside nos rins, é a energia que determina as fazes de

crescimento, desenvolvimento, reprodução, e concepção do feto. Têm dois aspectos o Pré

Natal e o Pós Natal, a primeira é a essência inata, ancestral, que não pode ser reposta ao longo

da vida, a segunda é a essência adquirida a partir dos alimentos, líquidos e do ar (ILKIU,

2010; SANTOS et al., 2013)

Shen 神 (Espírito/Mente) 4.2.3.5.5

Shen é considerado mente, espírito ou consciência, reside no coração e oferece

vitalidade, saúde mental e força de personalidade. É percebido pelo brilho dos olhos e pelo

estado emocional do individuo (FERREIRA; LUZ, 2007; ILKIU, 2010).

4.3 OBESIDADE NA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA

Obesidade segundo a teoria do Yin/Yang 4.3.1.1.1

Segundo a Medicina Tradicional, a obesidade surge de um desequilíbrio do Yin

e do Yang que origina a desordem da energia dos cinco elementos e de órgão e vísceras. A

MTC, a obesidade é uma doença moderna causada pela má alimentação, consumo excessivo

de doces, comidas gordurosas e falta de atividade física, com esses sucessivos erros o corpo

acaba a expressar sintomas (MARTINI; CARDOSO; SANTOS, 2009).

Na obesidade os sintomas diferem de quando o individuo Yang ou Yin. Tem Sintomas

que são Yang como: alimentação exagerada, face rosada, pele quente, sudorese abundante,

sexualidade ativa, mãos quentes e úmidas, dormir pouco entre outros, produzidos pelo

excesso de Yang. E tem sintomas que são Yin, como: cansaço, varizes, pele fria, transpiração

fria, baixa de libido, pressão baixa, celulite, otite e vários outros causados pelo excesso de Yin

(LUCA, 2008).

A obesidade segundo os cinco elementos 4.3.1.1.2

A MTC classifica a obesidade, entre três dos cinco elementos, os quais se relacionam

entre si (DORIA et al., 2012; SANTOS et al., 2013).

28

o Obesidade fisiológica, relacionada ao elemento terra (O principal causador encontrado

na literatura), no entanto como os elementos estão relacionados, distúrbios em outros

elementos também podem causar obesidades como: Obesidade emocional, relacionada ao

elemento madeira; Obesidade mental compulsiva, relacionada ao elemento fogo (AZEVEDO

et al., 2008) .

Elemento Terra: O baço/pâncreas e o estômago estão relacionados com a regulação e

transporte dos alimentos, se essa função estiver deficiente terá carência de energia (Qi). Com

isso poderá ter um aumento de líquidos orgânicos em forma de umidade e mucosa. Com essa

deficiência relacionada com a alimentação exagerada, pode surgir a obesidade, ou seja, o

acúmulo de massa gorda e mucosidade nos membros.

Elemento Madeira: Fígado controla a harmonia do corpo, se as emoções são alteradas,

o organismo entrará em desarmonia com o ambiente externo, altera a capacidade de tomada

de decisões, que envolve além do fígado a vesícula biliar. A vesícula biliar ajuda na digestão

ao liberar a bile para o intestino delgado. Quando o fluxo do Qi está prejudicado o

funcionamento do baço/pâncreas e estômago são prejudicados.

Elemento Fogo: O intestino delgado é responsável por receber os alimentos e separar o

bom do ruim, onde o que é bom vai para o baço/pâncreas e o ruim vai para o intestino grosso.

Ele também é responsável no aspecto emocional de distinguir o certo do errado. O coração

assim como o fígado é responsável por manter as emoções em harmonia, quando em

desequilíbrio, aparecem os sintomas como irritabilidade, ansiedade, entre outros que podem

levar a compulsão por alimentos (MACIOCIA , 2007; SCOGNAMILLO; BECHARA,

2010).

29

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Então pode-se concluir que a obesidade é um desequilíbrio energético causado pela

forma com que o indivíduo age com a natureza. Como a acupuntura, ajuda no equilíbrio e

normalização do organismo, pode ser um auxiliador na perda de peso (SEBOLD; RADUNZ;

ROCHA, 2006).

Segundo Souza e Mejia (2011, apud FERNANDES, 2008), quando o Qi do Baço está

diminuído, suas funções ficam comprometidas, ou seja, sua capacidade de transporte e

transformação não são realizadas com eficiência, isso faz com que aja acúmulo de

mucosidade, que pela visão oriental é a fleuma interior. Ainda menciona, dois tipos de obesos

o obeso Yin (dieta hipercalórica, por distúrbios emocionais e/ou culturais) e o obeso Yang

(distúrbios hormonais).

Como lembra Martini, Cardoso e Santos (2009), o tratamento está diretamente ligado à

redução do apetite, a partir da diminuição da ansiedade e preocupação, através de acupuntos

específicos como o VC10, 12 e 13 (Vaso concepção), indicados em distúrbios digestórios

gástricos, E21, 24, 25 e 26 (Estômago), indicados na digestão, irritação e ansiedade, BP6 e 9

(Baço Pâncreas), transporte de líquidos e umidade além de serem indicados para irritabilidade

e preocupação. E IG4 (Intestino Grosso), E36 (Estômago) e F3 (Fígado), para harmonizar a

energia como um todo e equilibrar as emoções. Sugere ainda a auriculoterapia, para sedar os

pontos do aparelho digestório e pontos Fome e Ansiedade.

Haddad e Marcon (2011) realizaram um estudo em 37 trabalhadores obesos de um

hospital universitário, com o objetivo de diminuir o apetite dos mesmos. Estes foram

submetidos a 8 sessões de eletroacupuntura nos postos VG20 (Vaso Governador) e Ytang.

Além de auriculopuntura nos pontos Shemmem, Fome, Boca, Ansiedade 1e 2. Apresentou

uma perda média de 2cm na razão cintura quadril, apesar de não apresentar diminuição do

peso. Obteve alteração no desejo por alimentos doces, assim como na saciedade e plenitude,

chega à conclusão que a acupuntura foi eficaz no controle do apetite.

Através de uma combinação de dieta, homeopatia, e acupuntura Padilla (2013)

realizou um estudo com 80 pacientes, divididos em dois grupos, onde um passou por

procedimentos de acupuntura e o outro não. Chega à conclusão que o grupo que receberá

tratamento de acupuntura, teve uma redução de peso mais significativa, ao atingir o peso

normal com 6 meses de antecedência.

Já Abdi et al. (2012) realizou um ensaio clínico randomizado com 196 indivíduos,

com o objetivo de verificar a eficácia da acupuntura na perda de peso, perfil lipídico,

marcadores imunogênicos e inflamatórios. Foram separados em casos e controles, com a

30

junção de uma dieta hipocalórica. Houve uma melhora em ambos os grupo, porém as

alterações foram mais evidentes nos casos. Conclui que a associação de acupuntura e dieta

aumenta a perda de peso e melhora a dislipidemia.

Wu et al. (2014) realizou um estudo com setenta e dois pacientes com obesidade

abdominal, adultos com deficiência baço e umidade, foi usado um método de fluxo da meia-

noite ao meio-dia, fez aplicações diárias de acupuntura no horário de 9 ás 11 (horário do Baço

Pâncreas). E concluiu ser um método eficaz para tratar obesidade com um valor de

0.01<P<0.05.

Diversos estudos como Souza e Mejia (2011) demostraram a importância do controle

da obesidade, pois não é só uma questão estética é um fator de risco para várias patologias. É

possível verificar também a dificuldade encontrada nos tratamentos convencionais. Desta

forma a Medicina Tradicional Chinesa com suas várias vertentes, pode ajudar desde a perda

de peso e gordura localizada, ao controle da ansiedade, a partir da escolha de pontos

adequados, irá promover o aumento do metabolismo ao equilibrar o funcionamento digestivo,

além do controle dos fatores emocionais através do equilíbrio energético.

Podemos concluir que Medicina Tradicional Chinesa, principalmente através de

acupontos é eficiente na diminuição de peso e percentual de gordura, no entanto a revisão

bibliográfica é inconsistente por ter pouco material que se correlacionam, apesar de existirem

muitos estudos, é sugerido mais estudos experimentais que utilizem a mesma logística de

pontos

31

6 REFERÊNCIAS

ABDI, H. et al. The effects of body acupuncture on obesity: anthropometric parameters, lipid

profile, and inflammatory and immunologic markers. Scientific World Journal, v. 2012,

11p., 2012.

ABESO. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

Cresce sobrepeso, obesidade se estabiliza, aponta Vigitel. São Paulo, 2015. Disponível em:

<http://www.abeso.org.br/noticia/cresce-sobrepeso-obesidade-se-estabiliza-aponta-vigitel>

Acesso em: 5 de maio de 2015.

ABESO. Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

Diretrizes brasileiras de obesidade. São Paulo, 2009. Disponível em:

<http://www.abeso.org.br/pdf/diretrizes_brasileiras_obesidade_2009_2010_1.pdf> Acesso

em: 30 de outubro de 2014.

ACCF - American College of Cardiology Foundation. The Natural Course of Hearthy Obesity

Ouver 20 Years. Journal of the American College Cardiology. v. 65, n. 1, p. 101-102,

2015.

ALI, T.A; et al. Adipocyte and adipogenesis. European Journal of Cell Biology. V. 92, n. 6-

7, p. 229-236, 2013.

ANGÉLOCO NETO, L. R. et al. Bioelectrical impedance analysis and anthropometry for the

determination of body composition in rats: effects of high-fat and high-sucrose diets. Rev. de

Nutrição, v. 25, p. 331-339, 2012.

AZEVEDO, C. J. D. et al. Estudo Comparativo dos efeitos da eletrolipólise por acupontos e

da eletrolipólise por acupontos associada ao trabalho aeróbico no tratamento da adiposidade

abdominal grau I em indivíduos do sexo feminino com idade entre 18 e 25 anos. Rev. Univ.

Posit. Biol. Saúde, v. 1, n. 2, p. 64-71, 2008.

BOSCHINI, R. P.; GARCIA JÚNIOR, J. R. Regulação da expressão gênica das UCP2 e

UCP3 pela restrição energética,jejum e exercício físico. Rev. de Nutrição, v. 18, p. 753-764,

2005.

BRASIL. Ministério da Saúde. Obesidade e Desnutrição. Brasília, DF, 2010. Disponível

em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/obesidade_desnutricao.pdf>.

CASTRO, A. V. B. et al. Obesity, insulin resistance and comorbidities - Mechanisms of

association. Arq Bras Endocrinol Metab, v. 58, n. 6, p. 600-609, 2014.

CASTRO, M.L; et al. Safety and effectiveness of gastric balloons associated with hypocaloric

diet for the treatment of obesity. Rev. Esp. Enferm. Dig., v.105, n. 9, p. 529-536, 2013.

CARVALHO, M. R. ; et al. Balão Intra-gástrico no Tratamento da Obesidade Mórbida. Acta

Med. Port. v. 24 p.489-498, 2011.

CINTRA, M. E. R.; PEREIRA, P. P. G. Percepções de corpo identificadas entre pacientes e

profissionais de medicina tradicional chinesa do Centro de Saúde Escola do Butantã. Saúde e

Sociedade, v. 21, p. 193-205, 2012.

32

COUCOULAS, A. P; et al. Weight Change and Health Outcomes at Three Years After

Bariatric Surgery Among Patients with Severe Obesity. JAMA, v. 22, p. 2416–2425, 2013

CHUANG, J.; et al, Bariatric Surgery for Severe Obesity in Two Adolescents With Type 1

Diabetes. PEDIATRICS, v. 132, n.4, p. 1031-1034, 2013.

CUNHA, M. P. E.; REGO, A. O retorno é o Movimento do Tao: Uma abordagem dialéctica

da eficácia organizacional. Psicologia, v. 21, p. 107-131, 2007.

CURI, R.; et al, Ciclo de Krebs como fator limitante na utilização de ácidos graxos durante o

exercício aeróbico. Arq Bras. Endócrino. Metab., v. 47, n. 2, p. 135-143, 2003.

DELGADO, P. J.; et al. China y los actuales programas docentes de su medicina tradicional

en la Educación Superior. Rev. Med. Electrón., v. 34, n. 4, p. 476-482, 2012 .

DIAS, C. et al. Balón intragástrico: Una alternativa endoscópica en el tratamiento de la

obesidad. Gen, v. 64, p. 93-99, 2010.

DRAGER, L. F. Obstructive Sleep Apneia. Journal of the American College of

Cardiology. v. 62, n. 7, p. 569-576, 2013.

DORIA, M. C. D. S.; LIPP, M. E. N.; SILVA, D. F. D. O uso da acupuntura na

sintomatologia do stress. Psicologia: ciência e profissão, v. 32, p. 34-51, 2012.

FARIA, A. M. et al. Progressos recentes e novas perspectivas em farmacoterapia da

obesidade. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., v. 54, p. 516-529, 2010.

FARIAS, J. M. Effects of physical exercise in molecular parameters of the route of obesity

and insulin signaling. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum., v. 16, n. 5, p. 588-595,

2014.

FERREIRA, C. D. S.; LUZ, M. T. Shen: categoria estruturante da racionalidade médica

chinesa. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 14, p. 863-875, 2007.

FONSECA-JUNIOR, S. J.; et al . Exercício físico e obesidade mórbida: uma revisão

sistemática. ABCD, arq. bras. cir. dig., v. 26, n. 1, p. 67-73, 2013.

GARCÍA, M. J. A. et al. Micronutrientes en cirugía bariátrica. Nutrición Hospitalaria, v.

27, p. 349-361, 2012.

GONZALEZ, L. C. et al. Long-term randomized clinical trials of pharmacological treatment

of obesity: Systematic review. Colomb. Med. v. 41, n. 1, p. 17-25, 2010.

GUEDES, D. P. Procedimentos clínicos utilizados para análise da composição corporal. Rev.

Bras. de Cineantropometria & Desempenho Humano, v. 15, p. 113-129, 2013.

HADDAD, M. L; MARCON, S. S. Acupuntura e apetite de trabalhadores obesos de um

hospital universitário. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 24, n. 5, p. 676-682, 2011.

33

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares.

Rio de Janeiro, RJ. 2008 - 2009. Disponível em:

<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000000108.pdf >.

ILKIU, M. A. D. M. Contribuições do Pensamento Filosófico Chinês para consolidar

atitudes Transdiciplinares na Educação e na Saúde. 2010. 129 f. Tese (Mestrado em

Educação na área de Ciências Humanas e Sociais), Universidade do Oeste de Santa Catarina,

Joaçaba- SC, 2010.

KONO, A. Consumo Mutuo Yin/Yang, 2011. Disponível em:

<http://pontoacupuntura.blogspot.com.br/2011/04/consumo-mutuo-yin-yang.html >. Acesso

em: 21 de setembro de 2014.

LANG, J. E. Exercise, obesity, and asthma in children and adolescents. J. Pediatr. (Rio

J.), v. 90, n. 3, p. 215-217, 2014 .

LIMA, F. B. Tecido adiposo: uma breve perspectiva histórica e o momento atual. Arq. Bras.

Endocrinol. Metab., v. 52, p. 927-928, 2008.

LIU, P. et al. History and experience: a survey of traditional chinese medicine treatment for

Alzheimer's disease. Evid. Based. Complemento Alternativo Med, v. 2014, 5 p., 2014.

LIVRAMENTO, G.; FRANCO, T.; LIVRAMENTO, A. A ginástica terapêutica e preventiva

chinesa Lian Gong/Qi Gong como um dos instrumentos na prevenção e reabilitação da

LER/DORT. Rev. Bras. de Saúde Ocupacional, v. 35, p. 74-86, 2010.

LUCA, A. C. B. D. Medicina tradicional chinesa: acupuntura e tratamento da síndrome

climatérica. 2008. 225 f. Tese (Doutorado em Ciências na área de Obtetrícia e Ginecologia),

Universidade de São Paulo, SP, 2008.

MACIOCIA, G. Os Fundamentos da Medicina Chinesa: Um Texto Abrangente para

Acupunturistas e Fisioterapeutas. 2ª ed. São Paulo: Roca, 2007.

MARTINI, L; CARDOSO, M; SANTOS, M, C. Medicina tradicional chinesa no

tratamento da obesidade. 2009. 17 f. Artigo científico (Graduação em Cosmetologia e

Estética), Universidade do Vale do Itajaí, Balneário Comboriú, 2009.

MARTINS, E. I. S. Atlas dos Pontos de Acupuntura: Guia de Localização. 1ª ed. São

Paulo: Roca, 2011.

MELO, L.C.; SILVA, M. A. M.; CALLES, A. C. N.Obesity and lung function: a systematic

review. Einstein, v. 12, n. 1, p. 120-125, 2014.

MILONE, M; et al. An early onset of acute renal failure in a young woman with obesity and

infertility who underwent gastric balloon positioning. A case report. G. Chir., v. 35, n. 3/9, p.

73-74, 2014.

MORÉ, A. O. O. et al. Acupuntura e dor numa perspectiva translacional. Ciência e Cultura,

v. 63, p. 44-48, 2011.

34

NEVES, E. B. et al. Comparação do percentual de gordura obtido por bioimpedância,

ultrassom e dobras cutâneas em adultos jovens. Rev. Bras. de Med. do Esporte, v. 19, p.

323-327, 2013.

OHZEKI, T. Causes and pathophysiology of pediatric obesity and its diagnostic criteria.

Nihon Rinsho, v. 71, n. 2, p. 303-9, 2013.

PADILLA, K. R; et al . Tratamiento alternativo de la obesidad exógena. Rev. Ciencias

Médicas, Pinar del Río, v. 17, n. 1, p. 73-81, 2013.

PAUMGARTTEN, F. J. R. Tratamento farmacológico da obesidade: a perspectiva da saúde

pública. Cad. Saúde Pública, v. 27, n. 3, p. 404, 2011.

PAVÃO, A. L. B.; WERNECK, G. L.; CAMPOS, M. R. Autoavaliação do estado de saúde e

a associação com fatores sociodemográficos, hábitos de vida e morbidade na população: um

inquérito nacional. Cad. de Saúde Pública, v. 29, p. 723-734, 2013.

PINHEIRO, F. M. As agulhas de acupuntura. 2011. Disponível em:

<http://fernandompinheiro.blogspot.com.br/2011/01/as-agulhas-de-acupuntura.html>. Acesso

em: 23 de setembro de 2014.

QUEIROZ, J. C. F. D. et al. Controle da adipogênese por ácidos graxos. Arq. Bras.

Endocrinol. Metab., v. 53, p. 582-594, 2009.

RIBEIRO FILHO, F. F. et al. Gordura visceral e síndrome metabólica: mais que uma simples

associação. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., v. 50, p. 230-238, 2006.

ROCHA, S. P.; GALLIAN, D. M. C. Uma nova abordagem dos estudos da medicina

tradicional chinesa no Ocidente. Physis: Rev. de Saúde Coletiva, v. 23, p. 995-1001, 2013.

RUYAK, S.L.; CORWIN, E. Concept Analysis Prenatal Obesity. A Psychoneroimmunology

Perspective. Nurs Forum. v. 48, n. 3 p. 174-184, 2013.

SANTOS, D. R. D.; SPEROTTO, D. F.; PINHEIRO, U. M. S. A medicina tradicional chinesa

no tratamento do transtorno de ansiedade: Um Olhar Sobre o Stress. Revista Contexto &

Saúde, v. 11, n. 20, p. 103-112, 2013.

SCOGNAMILLO M. V. R. S; BECHARA, G. H. Acupuntura: histórico, bases teóricas e sua

aplicação em Medicina Veterinária. Ciência Rural, v. 40, p. 461-470, 2010.

SEBOLD, L. F.; RADUNZ, V.; ROCHA, P. K. Acuputura e enfermagem no cuidado à pessoa

obesa. Cogitare enferm, v. 11, n. 3, p. 234-8, 2006.

SCHAMROTH, C. Case Report: The perils of pharmacological treatment for obesity: a case

of sibutramine-associated cardiomyopathy and malignant arrhythmias. Carddiovascular

Journal of Africa, v. 23, n. 2, p. 11-12, 2012.

SCHLEINITS, D,; et al. Genetic and Evolutionary Analysis of the Human Bone

Morphogenetic Protein Receptor 2(BMPR2) in the Pathophysiology of Obesity. Plos One, v.

6, n. 2, 11p. 2011.

35

SILVA, D. F. D. Psicologia e acupuntura: aspectos históricos, políticos e teóricos. Psicologia:

ciência e profissão, v. 27, p. 418-429, 2007.

SILVA, S. S. P. D.; MAIA, A. D. C. Psychological and health comorbidities before and after

bariatric surgery: a longitudinal study. Trends in Psychiatry and Psychotherapy, v. 35, p.

264-271, 2013.

SKOLNIK, N. S.; RYAN, D. H. Management of obesity in adults: pathophysiology,

epidemiology, and assessment of obesity in adults. J Fam Pract, v. 63, n. 7, p. S3-S10, 2014.

SLAWIK, M.; BEUSCHLEIN, F. Genetics and pathophysiology of obesity. Internist (Berl),

v. 47, n. 2, p. 721-725, 2006.

SOUSA, I. M. C. D.; VIEIRA, A. L. S. Serviços públicos de saúde e medicina alternativa.

Ciência & Saúde Coletiva, v. 10, p. 255-266, 2005.

SOUSA, J. N. S; MEJIA, D. P. M. A medicina tradicional chinesa no tratamento da

obesidade. 2011. 13 f. Artigo (Pós Graduação em Acupuntura), Biocursos do Curso de Pós

Graduação em acupuntura da faculdade Ávila, Manaus, AM, 2011.

SUS, D. Prevalência de excesso de peso em adultos. 2008 - 2009. Disponível em: <

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/idb2012/g07_08.htm >. Acesso em: 21 de setembro de 2014.

TCHERNOF, A.; DESPRÉS, J. P. Pathophysiology of human visceral obesity: An update.

Physiol, v. 93, n. 10, p. 359-404, 2013.

TORRES, L. D. S. Fundamentos da medicina tradicional chinesa: elementos para uma

comparação com as bases filosóficas da medicina da antiguidade clássica. Dissertação

(Mestrado em Medicina) Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal, 2011.

VIGITEL. Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito

Telefônico. Excesso de peso e obesidade. São Paulo, 2013. Disponível em:

<http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/30/Lancamento-Vigitel-28-04-ok.pdf>

Acesso em: 5 de maio de 2015

VECTORE, C. Psicologia e acupuntura: primeiras aproximações. Psicologia: ciência e

profissão, v. 25, p. 266-285, 2005.

WASEEM, T. et al. Pathophysiology of obesity: why surgery remains the most effective

treatment. Obes Surg, v. 17, n. 10, p. 1389-98, 2007.

WEE, C.C.; et al. Sex, Race, and Consideration of Bariatric Surgery Among Primary Care

Patients with Moderate to Severe Obesity. J Gen Intern Med., v. 29, n. 1, p. 68-75, 2013.

WU, J; et.al. Clinical research on using acupuncture to treat female adult abdominal obesity

with spleen deficiency and exuberant dampness. J Tradit Chin Med., v. 34, p. 274-278,

2014.

36

YANG, M. D. Uma introdução aos cinco elementos, 2014. Disponível em:

<https://www.epochtimes.com.br/introducao-cinco-elementos/#.VU0A-Y5Viko>. Acesso em:

23 de setembro de 2014.

37

7 ANEXO

Anexo dos pontos citados nas Considerações Finais.

VC10 e VC12

Martins (2011)

VC 13 e E21

Martins (2011)

38

E24 e E25

Martins (2011)

E26 e BP6

Martins (2011)

39

BP9 e F3

Martins (2011)

IG4 e E36

Martins (2011)

40

VG20 e YTANG

Martins (2011)