princípios da agroindústria julho de 2019

36
GOVERNO DE GOIÁS Secretaria de Desenvolvimento Econômico Superintendência Executiva de Ciência e Tecnologia Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica Princípios da Agroindústria Julho de 2019

Upload: others

Post on 24-Oct-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

GOVERNO DE GOIÁSSecretaria de Desenvolvimento Econômico

Superintendência Executiva de Ciência e TecnologiaGabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica

Princípios da AgroindústriaJulho de 2019

Princípios da Agroindústria

ETAPA IIITÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

Julho 2019

ExpedienteGovernador do Estado de GoiásRonaldo Ramos Caiado

Secretário de Desenvolvimento e InovaçãoAdriano da Rocha Lima

Superintendente Executivo de Ciência e TecnologiaMárcio Cesar Pereira

Chefe De Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação TecnológicaJosé Teodoro Coelho

Coordenador Geral - PronatecMarcos Sussumo Andrade

Supervisão Pedagógica e EaD Maria Dorcila Alencastro SantanaRoger Pereira AlvesTânia Mara Ribeiro

Professor ConteudistaTaynara Martins

Projeto GráficoMaykell Guimarães

DesignerMaykell Guimarães

Revisão TécnicaJoseane Dantas Alcântara

Revisão da Língua Portuguesa Cícero Manzan Corsi

Banco de Imagens http://freepik.com

6

Apresentação

Empreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o

profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento de Goiás (SED), visam garantir o desenvolvimento dessas competências.

Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos, nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética, Desenvolvimento Educacional e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção Alimentícia, Produção Artística e Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e promoção do empreendedorismo.

Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos, ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.

Bom curso a todos!SED – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecno-

lógico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação

Conteúdo InterativoEssa apostila foi cons-truída com recursos que possibilitam a interatividade tais como hiperlinks e páginas com hipertexto.

Pré-requisitos:

Para acessar a interatividade utilize o Inter-net Explorer,

ou

salve o arquivo no computador e abra-o no Acrobat Reader.

G O V E R N O D O E S TA D O

Somos todos

GOIAS

Secretaria de Estadode Desenvolvimento

Econômico e Inovação

7

SumárioINTRODUÇÃOPrincípios da Agroindústria 9

UNIDADE IImportância Socioeconômica 10

Níveis de análise do sistema agroindustrial 13

Sistema Agroindustrial (SAI) 13Complexo Agroindustrial (CAI) 13Cadeia de Produção Agroindustrial (CPA) 14Unidades Socioeconômicas de produção (USEP) 15

UNIDADE IIIndustrialização de Alimentos por Agroindústrias 16

Fundamentos de Higiene para a manipulação de alimentos 17Higiene no Local de Trabalho 18Higiene de Manipuladores 18

UNIDADE IIILegislação e serviços de inspeção aplicados a produtos de origem animal e vegetal 20

Serviço de Inspeção Federal, Estadual e Municipal 20

UNIDADE IVLinhas de crédito para agroindústrias 23Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) 23Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Agroindústria 24Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mulher 25Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Jovem 26Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mais alimentos 27Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Agroindústria Custeio 28Pronamp 29

Moderagro 30

8

Recursos Didáticos

FIQUE ATENTO A exclamação marca

tudo aquilo a que você deve estar atento. São assuntos que causam

dúvida, por isso exigem atenção redobrada.

PESQUISE Aqui você encontrará

links e outras sugestões para que você possa conhecer mais sobre

o que está sendo estudado. Aproveite!

CONTEÚDO INTERATIVO

Este ícone indica funções interativas, como hiperlinks e páginas com

hipertexto.

DICAS Este baú é a indicação de onde

você pode encontrar informações importantes na construção e no aprofundamento do seu

conhecimento. Aproveite, destaque, memorize e utilize essas dicas para

facilitar os seus estudos e a sua vida.

VAMOS REFLETIR Este quebra-cabeças indica o

momento em que você pode e deve exercitar todo seu potencial.

Neste espaço, você encontrará reflexões e desafios que tornarão

ainda mais estimulante o seu processo de aprendizagem.

VAMOS RELEMBRAR Esta folha do bloquinho

autoadesivo marca aquilo que devemos lembrar

e faz uma recapitulação dos assuntos mais

importantes.

MÍDIAS INTEGRADAS Aqui você encontra dicas para enriquecer os seus conhecimentos na área,

por meio de vídeos, filmes, podcasts e outras

referências externas.

VOCABULÁRIOO dicionário sempre nos ajuda a

compreender melhor o significado das palavras, mas aqui resolvemos

dar uma forcinha para você e trouxemos, para dentro da apostila, as definições mais importantes na construção do seu conhecimento.

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMEste é o momento

de praticar seus conhecimentos.

Responda as atividades e finalize

seus estudos.

SAIBA MAIS Aqui você encontrará

informações interessantes

e curiosidades. Conhecimento nunca é demais, não é mesmo?

HIPERLINKSAs palavras grifadas em amarelo levam você a referências

externas, como forma de aprofundar um

tópico.

Hiperlinks de texto

9

INTRODUÇÃO

Princípios da AgroindústriaA agroindústria é o conjunto de atividades relacionadas à transformação de matérias-primas provenientes

de segmentos variados do campo, como agricultura, pecuária, aquicultura, silvicultura e outros. A agroindústria é uma empresa que trata do beneficiamento de matérias-primas agropecuárias, entre as quais de origem vegetal e animal, gerando novos produtos, como por exemplo, transformação de leite em queijo, frutas em doces ou bebidas, dentre outros. Além disso, a agroindústria responde, pelas atividades de seleção de tecnologias, de processo e produto, gestão da qualidade, logística e marketing dos produtos (WESZ JÚNIOR, 2010). De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, agroindústria é “toda atividade de beneficiamento e/ou transformação de produtos agrossilvopastoris, aquícolas e extrativistas, abrangendo desde os processos mais simples até os mais complexos”, incluindo o artesanato no meio rural (BRASIL, 2008).

Na região Centro-Oeste do Brasil, a agroindústria começou a se desenvolver a partir da década de 70, com os incentivos governamentais, que viabilizaram a instalação de empresas comerciais do setor agroindustrial. Os principais objetivos do governo com a política de modernização das lavouras do Centro-Oeste, a partir dos anos 70, foram expandir o mercado interno para gêneros agropecuários, economizar divisas através da substituição de importações, melhorar a dieta nacional, mantendo baixos os preços dos alimentos, estimular o desenvolvimento industrial e ocupar o território nacional (WARNKEN, 1999).

É de extrema importância para nosso país as agroindústrias, pois segundo o (CEPEA) estão muito presentes no país e, até maio de 2017, o segmento agroindustrial apresentou 0,36% de crescimento de seu PIB, frente ao mesmo período de 2016 (CEPEA, 2017). A gestão familiar neste nicho é predominante e a falta de conhecimento sobre leis que regem o desempenho das agroindústrias podem afetar na qualidade dos alimentos produzidos (SERAFIM & SILVA, 2012).

Neste contexto, a formação de agroindústrias pelos produtores tem grande valia pois consegue promover o enfrentamento de mercados concentrados e se molda como uma estratégia de desenvolvimento da agricultura familiar. (WESZ JUNIOR, 2010). Portanto, faz-se necessário o conhecimento de informações pertinentes a esse segmento de mercado.

http://shutterstock.com/

10

Importância SocioeconômicaUNIDADE I

Prezados alunos, iremos iniciar o aprendizado com o conceito básico do termo agroindústria, e compreen-dendo o cenário agroindustrial que o nosso país vivência atualmente.

O conjunto agropecuária-agroindústrias, sem sombra de dúvidas, é um dos setores mais importantes no país, pois se trata da produção de alimentos para a nação, além de ajudar em uma parte considerável no produto interno bruto (PIB), com cerca de 22%, com saldo positivo na balança comercial de acima 70 bilhões de reais de e sendo responsável por geração de 16 milhões de postos de trabalho (SANTOS, 2014).

Para se entender o que as agroindústrias representam em termos socioeconômicos para uma sociedade, é interessante saber o que seria classificado como uma agroindústria. Sendo assim, Instituto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (IBGE), que é o órgão responsável por realizar o Censo Agropecuário, levantando o máximo de dados que envolvem o “agro” no Brasil, definiu como:

Uma agroindústria é onde se realiza as atividades de transformação e beneficiamento

de produtos agropecuários de origem animal ou vegetal, que foram realizadas em ins-

talações próprias, comunitárias ou de terceiros, a partir de matéria-prima produzida no

próprio estabelecimento agropecuário ou adquirida de outros produtores, desde que a

destinação final do produto tivesse sido dada pelo produtor (IBGE, 2006).

O censo agropecuário no ano de 2017, realizado pelo IBGE, definiu 32 produtos processados ou beneficia-dos, para o levantamento de dados, sendo contabilizados a quantidade de empreendimentos (Tabela 1) e a quantidade produzida (Tabela 2) no país, e em cada unidade da federação. Para efeito de estudos, foram com-parados os números brasileiros com os números do estado de Goiás.

Apesar de serem resultados preliminares, ou seja, sujeitos a algum tipo de alteração, foram utilizados os nú-meros do Censo Agropecuário do ano de 2017, por serem os mais atuais. Os dados são relativos ao período de 01/10/2016 a 30/09/2017. As tabelas seguintes demonstram os dados colhidos.

Estabelecimentos

Produto Brasil Goiás %

Aguardente de cana 11023 87 0,79Algodão em pluma 275 4 1,45Caroço de algodão 52 1 1,92Arroz em grão 34634 25 0,07Café torrado em grão 1692 3 0,18Café torrado e moído 11410 23 0,20Cajuína 781 1 0,13Creme de leite 2318 8 0,35Doces e geleias 65480 732 1,12Farinha de mandioca 354880 3074 0,87Fubá de milho 5347 19 0,36

11

Fumo em rolo ou corda 7271 1 0,01Legumes e verduras (processadas) 9636 19 0,20Licores 1615 14 0,87Manteiga 11505 125 1,09Melado 20291 37 0,18Óleos vegetais 18013 4 0,02Pães, bolos e biscoitos 72025 313 0,43Polpa de frutas 25166 219 0,87Queijo e requeijão 175150 13332 7,61Rapadura 18151 657 3,62Sucos de frutas 52807 101 0,19Vinho de uva 8103 3 0,04Carne de bovinos (verde) 120572 298 0,25Carne de suínos (verde) 147547 714 0,48Carne tratada (de sol, salgada) 3121 6 0,19Embutidos (linguiças, salsichas, etc.) 44860 15 0,03Couros e peles 10356 2 0,02Carvão vegetal 57882 47 0,08Produtos de madeira 2991 5 0,17Outros produtos 39367 284 0,72Goma ou tapioca 71238 694 0,97

Tabela 1. Número de estabelecimentos agropecuários, por produtos da agroindústria rural, relativos ao período de

01/10/2016 a 30/09/2017 (Censo Agropecuário 2017). Fonte: IBGE

Quantidade produzida

Produto Brasil Goiás %

Aguardente de cana (Mil litros) 152694 1568 1,03Algodão em pluma (Toneladas) 938586 8807 0,94Caroço de algodão (Toneladas) 3908574 X -Arroz em grão (Toneladas) 51590 1535 2,98Café torrado em grão (Toneladas) 35371 0 0,00Café torrado e moído (Toneladas) 12356 86 0,70Cajuína (Mil litros) 1797 X -Creme de leite (Toneladas) 796 14 1,76Doces e geleias (Toneladas) 27760 1306 4,70Farinha de mandioca (Toneladas) 715070 4932 0,69Fubá de milho (Toneladas) 64514 3120 4,84Fumo em rolo ou corda (Toneladas) 6871 X -Legumes e verduras (processadas) (Toneladas) 37682 16120 42,78Licores (Mil litros) 2608 10 0,38Manteiga (Toneladas) 1751 67 3,83Melado (Mil litros) 59593 57 0,10

12

Óleos vegetais (Mil litros) 172165 0 0,00Pães, bolos e biscoitos (Toneladas) 47964 232 0,48Polpa de frutas (Toneladas) 63689 155 0,24Queijo e requeijão (Toneladas) 316453 51493 16,27Rapadura (Toneladas) 88497 6464 7,30Sucos de frutas (Mil litros) 42253 656 1,55Vinho de uva (Mil litros) 112794 566 0,50Carne de bovinos(verde) (Toneladas) 102847 532 0,52Carne de suínos(verde) (Toneladas) 42637 565 1,33Carne de outros animais(verde) (Toneladas) 345818 55205 15,96Carne tratada(de sol, salgada) (Toneladas) 482 8 1,66Embutidos (linguiças, salsichas, etc.) (Toneladas) 36651 138 0,38Couros e peles (Toneladas) 1431 X -Carvão vegetal (Toneladas) 4139823 1761 0,04Produtos de madeira (Mil metros cúbicos) 81123 19 0,02Outros produtos (Toneladas) 59874304 1777 0,00Goma ou tapioca (Toneladas) 115516 1302 1,13

Tabela 2. Quantidade produzida, por produtos da agroindústria rural, relativos ao período de 01/10/2016 a 30/09/2017 (Censo Agropecuário 2017). Fonte: IBGE

Uma questão que é de se chamar muita atenção, fazendo uma análise das duas tabelas (1 e 2) em conjunto, é que no item de legumes e verduras processadas nota-se que o estado de Goiás, participa de 0,2 % do número de estabelecimentos do Brasil voltados para o processamento desses produtos (19 de 9636 estabelecimentos), mas quando se olha para a tabela 2 (quantidade produzida), se observa que o estado de Goiás produz quase a metade (42,78 %) dos produtos processados, em âmbito nacional (16120 de 37682 toneladas), ou seja, poucos estabelecimentos fazendo o processamento ou beneficiamento de quase todo o pais.

O IBGE, com base na Lei nº 11.326, de 24 de Julho de 2006 (Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais), dividiu as agroindústrias em dois tipos: Agroindústrias Familiares (AF) e Agroindústrias não familiares (ANF). Esta separação é bem importante, pois estes dois grupos funcionam e tem objetivos bem diferentes, como: a produção AF primeiramente é dire-cionada para subsistência, para depois se pensar em venda ou troca do produto, diferentemente das ANF, que visam obter renda, assim lucro. Há uma grande diversidade da unidade de produção dentro das AFs, que visam à produção de gêneros animais e vegetais, enquanto nas ANFs prioriza- se o cultivo em grande extensão/quanti-dade para obter maiores ganhos de escala. Em relação à mão de obra, nas AFs é principalmente composta pela família, com eventual contratação de mão de obra do exterior do estabelecimento, ao contrário das ANFs, onde se predomina a mão de obra contratada (IPEA, 2016).

Segundo Wilkinson (2008), as agroindústrias tem como principal objetivo desenvolver iniciativas autô-nomas e capacidades próprias para abrir alternativas aos mercados tradicionais. Nelas se utilizam a diversidade de produtos e a diferenciação dos produtos através do beneficiamento de produtos tanto de origem animal quanto vegetal, e da transformação dos mesmos dentro da propriedade.

Portanto, diante do exposto, pode-se perceber que a implantação de agroindústrias no meio rural vem caracterizando-se, como uma importante alternativa de desenvolvimento, gerando novos postos de trabalho no campo, melhorando a renda das famílias dos agricultores e motivando os jovens a permanecerem em suas propriedades, reduzindo parcialmente o quadro de esvaziamento do meio rural.

13

Níveis de análise do sistema agroindustrial

Para Batalha (2009), os níveis de análise do sistema agroindustrial se definem na seguinte estrutura: Sistema Agroindustrial (SAI), Complexo Agroindustrial (CAI), Cadeia de Produção Agroindustrial (CPA) e Unidades Socio-econômicas de Produção (USEP).

Sistema Agroindustrial (SAI)

Um sistema agroindustrial (SAI) pode ser considerado o conjunto de atividades que concorrem para a produ-ção agroindustriais, desde a produção dos insumos até a chegada do produto final ao consumidor. Ele não está associado a nenhuma matéria-prima agropecuária ou produto final específico. O SAI pode ser visto como sendo composto pelos conjuntos de: agricultura, pecuária e pesca, indústria agroalimentares, distribuição agrícola e alimentar, comércio internacional, consumidor, indústrias e serviços de apoio. (BATALHA, 2009).

No Brasil, como em outras partes do mundo, existe uma tendência de consumo que se distancia cada vez mais dos produtos in natura para se aproximar dos produtos agroindustriais. O consumo de produtos alimen-tares industrializados no Brasil é da ordem de 49,31%, havendo, portanto, um grande potencial a ser explorado para que seja alcançado o patamar dos países ditos desenvolvidos (ABIA, 1994).

Diante disso, a importância estratégica do sistema agroindustrial está em sua finalidade de garantir abasteci-mento alimentar à população brasileira. Para isso, é necessário um setor agroindustrial eficiente e dinâmico, que garanta processos agroindustriais adequados, permitindo a diminuição dos desperdícios durante os processos de produção de alimentos e oferecendo produtos de maior qualidade para a população.

Complexo Agroindustrial (CAI)

Ambiente Organizacional: Instituições financeiras, de pesquisa e desenvolvimentoe de assistência técnica, Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento etc.

Indústrias e Serviços de Apoio

Máquinas e equipamentos

Produtor

Moinhos

Indústria depanificação e panificadoras

Indústria debiscoitos

Pequenovarejo

Supermercados

Bares erestaurantes

Empresas derefeiçõescoletivas

Mercado Institucional

Outras indústria de produtosalimentícios

Indústria defármacos

Indústria derações

Cerealista

Outros

Cooperativa

Indústrias e empresasfornecedoras de

Indústrias e empresasfornecedoras de

Ingredientes e aditivos

Embalagens

Fertilizantes e corretivos

Sementes

Máquinas e equipamentos

Combustível elubrificantes

Centeio (grão) e derivadosimportados

Ambiente Institucional: leis, normativas, resoluções, políticas agrícolas, padrões de comercialização etc.

Produção Primária e Comercialização Indústrias de Transformação Distribuição

(Atacado e Varejo) Consumo

ATACADISTAS

CONSUMIDORES

Figura 1. Esquematização do Complexo Agroindustrial do Centeio no Brasil.

14

Um complexo agroindustrial (CAI) consiste em um conjunto de processos agrícolas, de processamentos in-dustriais e comerciais, sequenciais e interdependentes, aplicados a uma determinada matéria-prima agrícola base, por exemplo, centeio, trigo, milho ou leite, que resultam diferentes produtos destinados ao consumidor final. Assim, a formação de um complexo agroindustrial exige a participação de um conjunto de cadeias de pro-dução, cada uma delas associada a um produto ou família de produtos (EMBRAPA, 2013).

O complexo agroindustrial compreende os elos de indústrias e serviços de apoio. Um exemplo de CAI é em relação ao grão de centeio, muito utilizado como matéria-prima em farinhas, rações, cervejas e outros.

Como demonstrado na imagem, o complexo agroindustrial de beneficiamento do centeio é um elo entre a produção agrícola, indústrias de primeira transformação como a moagem, indústrias de segunda transforma-ção como a panificação, de comércios internacional, atacadistas e varejistas, e de consumidores finais. Além do conjunto de elos envolvidos diretamente no processo produtivo, o complexo está inserido em um ambiente organizacional e institucional, não diretamente envolvido no processo produtivo, mas que o influencia (EMBRA-PA, 2013). Assim, a formação de um complexo agroindustrial exige a participação de um conjunto de cadeias de produção, cada uma delas associada a um produto ou família de produtos.

FIQUE ATENTOO Sistema Agroindustrial (SAI) não está associado a nenhuma matéria-prima. O Complexo Agroindustrial (CAI) tem como ponto de partida a matéria-prima.

Cadeia de Produção Agroindustrial (CPA)

Ao contrário do complexo agroindustrial que tem como premissas a matéria-prima. Uma cadeia de produção é definida a partir da identificação de determinado produto final. Uma cadeia de produção ou produtiva pode ser definida como um conjunto de elementos (empresas ou sistemas) que interagem em um processo produtivo para oferta de produtos ou serviços ao mercado consumidor. Entender o conceito de cadeia produtiva pode possibilitar uma melhor visualização da cadeia de forma integral, identificar as potencialidades, debilidades, gargalos e elementos faltantes, motivar o estabelecimento de cooperação técnica, incrementar os fatores con-dicionantes de competitividade em cada segmento (SILVA JÚNIOR, 2005).

Figura 2. Cadeia produtiva de um produto de origem vegetal, segundo metodologia da Embrapa.

Fonte: Adaptado de Silva, 2005.

15

Um exemplo de cadeia de produção agroindustrial utilizado por Vial et al. (2009) foi de agricultores orga-nizados em cooperativas que passam a comprar e comercializar insumos, beneficiar ou transformar matérias--primas, exemplificando ações em cadeia. A cadeia de produção é composta por vários elos que envolvem os supridores de insumos básicos para a produção agrícola ou agroindustrial, as fazendas com os processos pro-dutivos, as agroindústrias, a comercialização atacadista, a rede varejista e os consumidores finais, conectados por fluxo de material, capital e informações (CASTRO e LIMA, 2010). Castro et al. (1996) concluem que, de uma forma geral, os principais objetivos das cadeias produtivas agroindustriais, são, a eficiência, a sustentabilidade, a qualidade e a equidade.

Unidades Socioeconômicas de produção (USEP)

As Unidades Socioeconômicas de Produção (USEP) asseguram o funcionamento do sistema na qual estão inseridas e têm a capacidade de influenciar e serem influenciadas por este sistema. Portanto, as USEP são res-ponsáveis por assegurar o funcionamento do sistema argumentam Batalha e Silva (2012).

Diversas são as USEP que compõem uma cadeia produtiva agroindustrial. Para entender sua dinâmica e for-ma de atuação, é preciso observar o setor funcional na qual está inserida e a forma de organização da atividade (artesanal, capitalista, cooperativa ou pública). Dessa forma, entende-se que cada estabelecimento responsável por um ou mais processos de uma cadeia de produção, nos três macros segmentos, é considerado uma dessas unidades. No caso do Sistema Agroindustrial (SAI), as Unidades Socioeconômicas de Produção (USEP) apresen-tam uma variedade de formas muito grande. Não existem, porém, dúvidas de que a eficiência do sistema como um todo passa pela eficiência de cada esta unidade (BATALHA, 2009).

Pesquise imagens referentes aos níveis de análise do sistema agroindustrial: Sistema Agroindustrial (SAI), Complexo Agroindustrial (CAI), Cadeia de Produção Agroindustrial (CPA) e Unidades Socioeconômicas de Produção (USEP) e suas aplicações em diversos produtos.

PESQUISE

16

UNIDADE II

Industrialização de Alimentos por Agroindústrias

Os dados do censo agropecuário estudados na Unidade I fornecem informações expressivas da potencialida-de do estado de Goiás sob o beneficiamento de produtos em agroindústrias, são cerca de 32 produtos proces-sados ou beneficiados em agroindústrias no estado.

Carvalheiro (2010) afirma que a agroindústria pode ser entendida como unidade de processamento, de be-neficiamento e de transformação de gêneros. Sendo caracterizada pelo processamento e/ou transformação da matéria-prima pelos agricultores. A agroindústria favorece a superação do hábito dos agricultores produzirem e entregarem seus produtos a terceiros para processamento e agregação de valor, possibilitando, dessa forma, a inclusão do produtor na cadeia produtiva. A agregação de valor aos produtos ocorre, pois há a elaboração de diversos alimentos, como embutidos, queijos, aguardente de cana, geleias, farinha de mandioca, pães e biscoi-tos, rapaduras, entre outros produtos (GAZOLLA et al., 2012).

Segundo Ordóñez et al., (2005) as estratégias de processamento e/ou transformação dos alimentos têm como intuito a elaboração de produtos diversificados, saudáveis e apetecíveis com forma ou propriedades sen-soriais diferentes da matéria-prima. O processamento para a elaboração de alimentos industrializados abrange várias fases, desde a produção e seleção da matéria-prima, até o armazenamento e a distribuição final dos produtos. Os alimentos são processados em produtos alimentícios para tornarem-se mais práticos e atrativos, além disso, as tecnologias empregadas pela indústria permitem o aumento da vida útil do alimento e o enrique-cimento dos produtos com vitaminas e minerais.

Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) em suas pesquisas realizadas nos anos de 2013 e 2014 os produtos processados nas agroindústrias podem ser divididos em três categorias, produtos de origem animal (POA), produtos de origem vegetal (POV) e bebidas. Os POA são aqueles fabricados com mais de 50% de matéria-prima de origem animal, tais como os derivados de carne, leite, ovos, pescado e mel. Os POV são aqueles em que predominam matérias-primas de origem vegetal, como produtos de panificação, vegetais em conserva, doces e geleias de frutas, café torrado e moído, derivados de milho e mandio-ca, entre outros. Bebidas são definidas como produtos de origem vegetal industrializados, destinados à ingestão humana em estado líquido, sem finalidade medicamentosa ou terapêutica, como por exemplo: fermentados de frutas, aguardentes, vinhos, sucos e polpas de frutas (INCAPER, 2015).

VOCABULÁRIO A palavra “apetecível” faz referência a um alimento apetitoso, desejável.

https://www.britannica.com/topic/vegetable https://jorgequadros.com.br/wp-content/uploads/2019/04/ovos-1068x713.jpg

17

Fundamentos de Higiene para a manipulação de alimentos

Higiene é um conjunto de medidas e cuidados que as pessoas devem ter consigo própria, com o ambiente que as cercam, e com os alimentos que produzem e consomem (ANDRADE e MACEDO, 1996). No nosso dia a dia realizamos vários procedimentos de higiene, que por serem rotineiros, acabamos fazendo sem refletir o motivo e a importância dos mesmos. Por exemplo, tomamos banho, escovamos os dentes, lavamos as mãos, fazemos a higienização de frutas e verduras antes de consumi-las, entre outros. Realizamos essas ações, com o intuito de preservarmos nossa saúde. Na agroindústria, devemos ter a mesma preocupação com a higiene que temos em nossos lares.

Ainda nos estudos realizados pela INCAPER, pode-se perceber que a maior parte dos produtos fabricados nas agroindústrias são de origem vegetal (58,28%), seguidos pelos produtos de origem animal (28,94%) e pelas bebidas (12,77%). Do total de produtos de origem vegetal processados, os panificados apresentam maior fre-quência de produção (28,1%), seguidos dos doces de frutas (14,9%), café torrado e/ou moído (9,1%), geleias (6,7%), doces diversos, como bombons, palha italiana e similares (6,2%), salgados (5,3%), massas (5,1%) e deri-vados da cana-de-açúcar (4,6%). Já em relação aos produtos de origem animal destaca-se o queijos tipo minas (41,0%), produtos lácteos, exceto queijos (13,4%), embutidos e/ou defumados (11,0%), doce de leite (7,6%) e demais tipos de queijos (6,6%). As polpas de frutas diversas são as principais bebidas fabricadas (26,6%) em se-guida, observa-se a fabricação de cachaça e aguardente realizada por 20,3% dos estabelecimentos. A fabricação de licores está presente em 14,8% dos empreendimentos, seguida da produção de fermentados de frutas e de vinhos (INCAPER, 2015).

A relevância da agroindústria de alimentos está tanto do ponto de vista da geração local de emprego e renda, quanto pela emergência da demanda de produtos no mercado consumidor. Identifica-se a implantação de siste-mas produtivos agrícolas com agregação de valor tanto a montante como a jusante. Das sementes e tecnologia utilizadas na produção agrícola e tipo de processamento dos alimentos às suas formas de distribuição, há muitos serviços que podem ser prestados e/ou qualidade de processo, produto, etc. que podem ser disponibilizados como atributo ao mercado (SANTOS, 2006).

A industrialização de alimentos em agroindústrias promove a descentralização regional da produção ao apro-ximar as agroindústrias da produção da matéria-prima, reduzir os custos com transporte, aumentar a remu-neração da mão de obra e promover o aproveitamento adequado de dejetos e resíduos, além da diminuir as migrações desordenadas. Ocorre uma valorização do meio rural, com melhor utilização do espaço territorial e busca de recuperação e preservação dos recursos ambientais. (PREZOTTO, 2005).

VOCABULÁRIO A palavra “higienização” deriva do grego hygieiné que significa “saúde”. Na

manipulação de alimentos, o processo de higienização consiste num conjunto de práticas que tem como objetivo a produção de alimentos seguro para o consumo.

CONTEÚDO INTERATIVO Refletindo a respeito da agregação de valor aos produtos beneficiados nas agroindús-

trias, assista ao vídeo que demonstra como uma família agregou valor aos produtos produ-zidos em sua propriedade.

18

Higiene no Local de Trabalho

A higiene no local do trabalho contribui para a manutenção da qualidade original dos alimentos, podendo ajudar como fonte de contaminação e ou condições ambientais que atuam como coadjuvantes no processo de contaminação e deterioração dos alimentos, podendo trazer prejuízo para a saúde dos funcionários que traba-lham sob essas condições.

Numa agroindústria, as condições de higiene devem ser uma preocupação constante. É essencial evitar a entrada e o desenvolvimento de microrganismos que possam contaminar o produto, pois a segurança do consu-midor é vital para a própria sobrevivência do empreendimento. Assim, deve-se estar sempre atento à limpeza e à manutenção dos equipamentos, dos utensílios e do ambiente de trabalho (BRASIL, 1997).

A facilidade de higienização e de limpeza deve ser sempre considerada no projeto das instalações agroindús-trias. As instalações físicas tais como, piso, teto e paredes devem ser de revestimento liso, lavável e impermeável também devem ser mantidos sempre conservados, com ausência de rachaduras, vazamentos, infiltrações, den-tre outros. Nas paredes, tem se aconselhado a utilização de tintas com base epóxi em virtude de permitirem fácil lavagem, pois seu acabamento pode ser perfeitamente liso, sem apresentar locais de difícil acesso à limpeza, a exemplo dos rejuntes entre azulejos. As paredes devem ser limpas rotineiramente. Nas instalações, deve haver água de abastecimento corrente, dispor de redes de esgotos ou fossa séptica. Os ralos devem ser sifonados e as grelhas devem possuir dispositivo que permita o fechamento (BRASIL, 2004).

Os equipamentos e utensílios que entram em contato direto com os alimentos devem ser de material que não libere resíduos tóxicos, odores, sabores. As superfícies dos equipamentos que são utilizados no processo de produção de alimentos, devem ser lisas, impermeáveis, de fácil limpeza e sem imperfeições que possam com-prometer a higienização dos mesmos e serem fontes de contaminação (BRASIL, 2004).

Você já reparou o desuso de tábuas de corte de alimentos de material com madeiras em detrimento das bancadas de aço inoxidável? Abrishami et al (1994) observaram em seus estudos que em tábuas de corte para alimentos de madeira e plástico, a diferença do processo de adesão e tempo de sobrevivência de micro-organis-mos. Concluíram que nas tábuas de madeira, os micro-organismos sobrevivem por muito mais tempo. Welker et al (1997) também observaram uma maior retenção de micro-organismos em tábuas de corte de madeira, em comparação às tábuas de plástico, cuja desinfecção é mais facilmente realizada.

Higiene de Manipuladores

O manipulador de alimentos é a pessoa que trabalha com alimentos, equipamentos e utensílios, bem como as superfícies utilizadas no preparo dos alimentos, e o qual deve fazê-lo segundo os requisitos de higiene apro-priados (OPAS, 2007). O manipulador de alimentos merece especial atenção no processo de prevenção das doenças transmitidas por alimentos, tanto no que tange ao asseio pessoal quanto à forma de proceder com os alimentos (SILVA JÚNIOR, 2005).

De acordo com estudos estatísticos da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 60 % dos casos de doenças de origem alimentar decorrem do descuido higiênico-sanitário de manipuladores, das técnicas inade-quadas de processamento e da deficiência de higiene da estrutura física, utensílios e equipamentos (OMS, 2010).

Os manipuladores de alimentos devem estar conscien-tes da responsabilidade de produzir, preparar e oferecer alimentos com qualidade. A higiene pessoal é um dos fa-tores mais importantes porque pode evitar a contamina-ção de matérias-primas, nas linhas de processamento e do produto final. As regras básicas de higiene a serem segui-das, são também úteis também no dia a dia, tornando-se

http://noticiasenegocios.com.br/wp-content/uploads/2018/06/agroindustria_pronatec.jpg

19

um hábito frequente e saudável (FARIAS, et al., 2012).O Codex Alimentarius e a legislação sanitária federal normatizam critérios

para os manipuladores de alimentos manterem grau apropriado de higiene pessoal para que possam atuar de forma adequada, visando à proteção dos alimentos (BRASIL, 2004; OPAs, 2007). Entre os critérios destacam-se:

Os manipuladores devem ter asseio pessoal, apresentando-se com uni-formes compatíveis à atividade, conservados e limpos. Os uniformes devem ser trocados, no mínimo, diariamente e usados exclusivamente nas depen-dências internas do estabelecimento. As roupas e os objetos pessoais devem ser guardados em local específico e reservados para esse fim (BRASIL, 2004).

Os manipuladores devem lavar cuidadosamente as mãos ao chegar ao trabalho, antes e após manipular alimentos, após qualquer interrupção do serviço, após tocar materiais contaminados, após usar os sanitários e sempre que se fizer necessário. Devem ser afixados cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta lavagem e antissepsia das mãos e demais hábitos de higiene, em locais de fácil visualização, inclusive nas instalações sanitárias e lavatórios (BRASIL, 2004).

Você lava corretamente as mãos?A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio de uma car-

tilha sobre boas práticas para serviços de alimentação, seguindo a Resolução nº 216 de 15 de setembro de 2004 nos ensina como deve ser a lavagem correta das mãos, e devem-se seguir os seguintes passos:

1. Utilize água corrente para molhar as mãos; 2. Esfregue a palma e o dorso das mãos com sabonete, inclusiveas unhas e os espaços entre os dedos, por aproximadamente 15segundos;3. Enxágue bem com água corrente retirando todo o sabonete;4. Seque-as com papel toalha ou outro sistema de secagem eficiente;5. Esfregue as mãos com um pouco de produto antisséptico.Os manipuladores não devem fumar, falar desnecessariamente, cantar,

assobiar, espirrar, cuspir, tossir, comer, manipular dinheiro ou praticar ou-tros atos que possam contaminar o alimento, durante o desempenho das atividades. Além disso, os manipuladores devem usar cabelos presos e pro-tegidos por redes, toucas ou outro acessório apropriado para esse fim, não sendo permitido o uso de barba. As unhas devem estar curtas e sem esmalte ou base. Durante a manipulação, devem ser retirados todos os objetos de adorno pessoal e a maquiagem (BRASIL, 2004). Sabe-se que os adornos de-vem ser removidos, pois podem gerar perigos físicos e biológicos aos alimen-tos, além de dificultarem a higienização adequada das mãos (SILVA JÚNIOR, 2005).

Diante do exposto, mostra-se que os critérios de higiene pessoal pre-cisam ser conhecidos pelos manipuladores de alimentos, e abordados em capacitações e supervisionados diariamente nos locais de produção, com o intuito que haja o cumprimento das normas, e por consequência haja uma produção de alimentos com maior qualidade higiênico sanitária.

https://oblogdoguardiao.blogspot.com/2016/04/a-maneira-mais-eficaz-de-lavar-as-

maos.html

20

UNIDADE III

Legislação e serviços de inspeção aplicados a

produtos de origem animal e vegetal Serviço de Inspeção Federal, Estadual e Municipal

As legislações são fundamentais para a determinação de um padrão de qua-

lidade a ser seguido pelas agroindústrias. A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, através da portaria nº 326 de 30 de julho de 1997 (BRASIL, 1997), e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) através da portaria nº 368 de 04 de setembro de 1997, aprovaram o Regulamento Técnico sobre “Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Es-tabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos”, ambas as portarias tratam de forma geral as boas práticas de manipulação de alimentos, sendo res-ponsáveis principalmente por nortear os trabalhadores quanto aos fundamentos de higiene para a manipulação de alimentos já estudados.

As Boas Práticas de Fabricação de alimentos consistem em avaliar nos estabelecimentos: as instalações; os equipa-mentos e os utensílios; a tecnologia de produção empregada; as formas de controle de qualidade; os procedimentos de desinfecção e controle de roedores e vetores; o armazenamento, o transporte, a comercialização dos produtos; bem como o monitoramento da saúde dos funcionários (SILVA, 2010).

De maneira mais especifica, os produtos beneficiados em agroindústrias devem atender legislações próprias, que normatizam o registro dos produtos e dos estabelecimentos, para que assim possam ser comercializados. O processo de habilitação sanitária varia de acordo a natureza/origem da matéria-prima a ser processada, ou seja, se vegetal ou animal.

A inspeção para os produtos tanto de origem anima quanto vegetal, está organizada em três esferas administrati-vas:

Na esfera Municipal a Lei n.º 8.219, de 30 de dezembro de 2003, criou o Sistema de Inspeção Municipal de Pro-dutos de Origem Animal e Vegetal (SIM), quais sejam inspecionar a produção, beneficiamento, fracionamento, ar-mazenamento e transporte dos produtos de origem animal e vegetal no setor produtivo municipal (BRASIL, 2003). O certificado do SIM, garante aos produtores a certificação de qualidade de seus produtos, o que significa dizer que carnes, derivados de leite, ovos, mel, entre outros, quando inspecionados e certificados pelo SIM, poderão ser comer-cializados em todos os estabelecimentos do município.

Na esfera Estadual, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (AGRODEFESA) atua na inspeção industrial, sanitária e tecnológica de toda a cadeia produtiva, desde a produção da matéria-prima até o produto final, visando garantir a inocuidade e qualidade dos alimentos de origem animal e vegetal, manipulados e/ou fabricados no estado de Goiás para a proteção à saúde pública (AGRODEFESA, 2014).

O Serviço de Inspeção Federal foi criado dia 27 de janeiro de 1915, o serviço assegura a qualidade dos produtos de origem animal. O órgão é subordinado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e identifi-ca os produtos com procedência conhecida, registrados e inspecionados pelo governo. O serviço é responsável por assegurar a qualidade de produtos de origem animais comestíveis e não comestíveis destinados ao mercado interno e externo (BRASIL, 1997). Sob o comando do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), o SIF tem atuação em mais de 5 mil estabelecimentos brasileiros. Todo e qualquer produto de origem animal, deve ser registrado e aprovado pelo SIF, com o intuito de garantir produtos com certificação sanitária e tecnológica para o con-sumidor brasileiro e estrangeiro (MAPA, 2018).

21

Em relação à regulamentação dos de produtos de origem vegetal in natura e de bebidas cabe ao MAPA regulamentar o registro dos estabelecimentos e respectivos produtos. Os demais produtos vegetais tais como, conservas, doces compotas, desidratados, cereais, amidos e derivados, castanhas e amêndoas, entre outros, são regulamentados pelo Ministério da Saúde (MS) através da Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária (ANVISA), e das secretarias esta-duais e municipais de saúde através das vigilâncias sanitárias, responsáveis pelo registro dos estabeleci-mentos e respectivos produtos (PREZOTTO e VOIGT, 2002)

Na área vegetal, o MAPA fiscalizava apenas a qualidade do alimento já ofertado ao consumidor e não a forma como ele é produzido, diferentemen-te dos produtos de origem animal, os quais são ins-pecionados ainda dentro das fábricas. No entanto em 2016 houve uma proposta a lei, onde o ministé-rio poderá avaliar a inocuidade dos produtos ainda dentro das indústrias. Além disso, o MAPA através dessa nova lei propôs a unificação do símbolo do SIF, tradicional carimbo encontrado em produtos de origem animal inspecionados. Todos os alimentos vegetais aprovados pelo serviço de defesa agrope-cuária do ministério passaram a receber o símbolo (MAPA, 2016).

Na legislação brasileira além dos estabelecimentos produtores de alimentos, devem ser registrados e inspecio-nados também todos os seus produtos alimentícios. No Decreto nº 30.691 de 29 de março de 1952 consta a lista de produtos sob registro do MAPA, sendo estes: carnes e derivados, leite e derivados, pescados e derivados, ovos e derivados, mel e cera de abelha e seus derivados, as bebidas categorizadas em não-alcóolicas, dietéticas, alcoólicas fermentadas, alcoólicas destiladas, destilados alcoólicos, alcoólicos por mistura e alcoólicas retificadas e os vegetais in natura (KITAKAWA, 2017).

O decreto acima citado, foi revogado, ou seja, passou por modificações, e assim se tornou invalido, pelo Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, onde entende-se por estabelecimento de produtos de origem animal, qualquer ins-talação ou local nos quais são abatidos ou industrializados animais produtores de carnes, bem como onde são recebi-dos, manipulados, elaborados, transformados, preparados, conservados, armazenados, depositados, acondicionados, embalados e rotulados com finalidade industrial ou comercial, a carne e seus derivados, a caça e seus derivados, o pescado e seus derivados, o leite e seus derivados, o ovo e seus derivados, o mel e a cera de abelhas e seus derivados e produtos utilizados em sua industrialização (BRASIL, 2017).

É importante ressaltar que todos os estabelecimentos produtores que exercerem atividades pertinentes à área de alimentos devem ser inspecionados e licenciados pela autoridade sanitária e que estão sujeitos ao cumprimento dos regulamentos à legislação e os regulamentos técnicos, de acordo com os produtos a serem trabalhados, para facilitar a elaboração e aprovação do estabelecimento e dos produtos pelos órgãos de inspeção/fiscalização. Conforme o qua-dro abaixo, as unidades agroindustriais processadoras de alimentos, a regulamentação varia de acordo a origem da matéria-prima, sendo os principais órgãos regulamentadores o MAPA e ANVISA.

FÓRUMFaça uma discussão sobre boas práticas básicas de fabricação e transporte de produtos alimentícios, e os riscos da falta de fiscalização. PRF apreende carga de alimentos com risco con-taminaçãoDurante fiscalização de rotina, Polícia Rodoviária Federal apreendeu na BR-226, em Palmeiras do Tocantins, região norte do estado, 33 caixas de alimentos transportadas no mesmo compartimen-to em que estavam 215 caixas de veneno para ratos, além de produtos hospitalares veterinários; veículo e as mercadorias foram encaminhadas à Vigilância Sanitária de Palmeiras do Tocantins para as devidas providências, bem como inspeção de contaminação da carga (Foto: Aquiles Lins)

https://www.brasil247.com/geral/prf-apreende-carga-de-alimentos-com-risco-contaminacao

22

Segundo Hahn et al. (2017), a formalização da agroindústria

por meio do cumprimento das legislações vigentes promove a va-lorização e a melhoria da qualidade dos produtos, através da qual possibilita a ampliação do mercado por meio da comercialização em diversos estabelecimentos, como padarias, mercearias e su-permercados locais ou da região, bem como da venda direta ao consumidor. Além disso, proporciona aos produtores a satisfação de trabalhar dentro do mercado formal e aos consumidores a se-gurança em comprar um produto saudável e de qualidade.

Fonte: Adaptado de CARRAZZA et al (2012).

ALIMENTOS REGULADOS PELO MAPA

ALIMENTOS REGULADOS

PELA ANVISA

PRODUTOS EXCLUSIVAMENTE

DE ORIGEM ANIMAL

CARNE E DERIVADOS

LEITE E DERIVADOS

OVOS E DERIVADOS

MEL E DERIVADOS

PESCADOS E DERIVADOS

NÃO-ALCOÓLICAS

ALCOÓLICAS

FERMENTADAS

VEGETAIS IN NATURA

BEBIDAS EM GERAL

DEMAIS ALIMENTOS

PROCESSADOS

ADITIVOS ALIMENTARES(REGISTRO OBRIGATÓRIO)

ALIMENTOS COM REGISTRO OBRIGATÓRIO

ÁGUA MINERAL(REGISTRO OBRIGATÓRIO)

ALIMENTOS COM DISPENSA DE REGISTRO

PESQUISE Pesquise o conceito de Vigilância Sanitária e o que é Alvará Sanitário aplicado a agroindústrias.

FIQUE ATENTO Como as legislações e normas são modificadas constantemente, é necessário manter uma pesquisa frequente para verificar as alterações.

23

UNIDADE IV

Linhas de crédito para agroindústrias

As agroindústrias têm um papel fundamental para o desenvolvimento em vários âmbitos dentro de uma sociedade, tanto para quem realiza tais processos de transformação e beneficiamento, que agregam um valor a algum produto, tanto para o consumidor, que já recebe um produto com certa qualidade.

Uma questão bem importante é como se pode conseguir capital para começar um empreendimento rural e até para mantê-lo. Para isso, existem alguns programas governamentais, que oferecem linhas de créditos de acordo com o objetivo de negócio que se quer chegar. Perguntas comuns sobre linhas de crédito são: Quem pode pegar? O que se pode financiar? Quanto se pode pegar? Qual o prazo de pagamento? Qual a taxa de juros? Existem várias linhas de crédito, mas as mais usuais para o setor de agroindústrias serão mostradas a seguir.

Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO)

Fundo de crédito que tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico e social da Região Centro--Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal).

Quem pode pegar?

Empresas e produtores rurais, pessoas físicas e jurídicas, além das cooperativas de produção que desen-volvam atividades produtivas nos setores agropecuário, mineral, industrial e agroindustrial, preferencialmente pequenos tomadores.

O que se pode financiar?

O FCO empresarial tem como público-alvo as pessoas jurídicas de direito privado que se dedicam à atividade produtiva nos setores industrial, agroindustrial, mineral, de infraestrutura econômica, turístico, comercial, de serviços e de ciência, tecnologia e inovação. Com essa categoria pode-se financiar todos os bens e serviços ne-cessários à implantação, ampliação, modernização, reforma, adequação ambiental e sanitária ou relocalização de empreendimentos industriais, agroindustriais, de infraestrutura econômica, turísticos, comerciais, de servi-ços, de ciência, tecnologia e inovação, capital de giro associado a um projeto de investimento e capital de giro dissociado com a finalidade de amparar gastos gerais relativos à administração do negócio/empreendimento, exceto a amortização e/ou liquidação de empréstimo e/ou financiamento no Sistema Financeiro Nacional, entre outros.

O FCO rural por sua vez, tem como público-alvo produtores rurais, na condição de pessoas físicas e jurídicas, suas cooperativas de produção e associações, desde que se dediquem à atividade produtiva no setor rural. Essa categoria garante o financiamento em investimentos fixo e semifixo, custeio associado a um projeto de investi-mento, custeio agrícola e pecuário.

Quanto se pode pegar?

O teto de financiamento é de R$ 30 milhões por tomador, inclusive quando se tratar de grupo empresarial, grupo agropecuário, cooperativa de produção ou associação de produtores rurais. Porém, se o projeto for con-

24

siderado de alta relevância ou estruturante, a assistência do Fundo pode chegar a R$ 300 milhões. Para empre-endedores individuais o teto de financiamento é de R$ 30 mil.

Qual o prazo de pagamento?

Os prazos são bastante longos e variam de acordo com a linha e a finalidade do financiamento. Por exemplo, há linhas em que o prazo de financiamento de investimento pode chegar a 20 anos, incluído o período de carência de até cinco anos.

Qual a taxa de juros?

Varia de acordo com a linha e a finalidade do financiamento.

http://www.sudeco.gov.br/perguntas-frequentes/-/asset_publisher/6jD0Fawcpxjx/content/fundo-constitucional-de-financiamento-do-centro-oeste-fco?inheritRedirect=false

SAIBA MAIS

VOCABULÁRIO

Para esclarecer mais dúvidas sobre esse tipo de financiamento, acesse o link:

A palavra tomador significa que ou aquele que toma um empréstimo.

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Agroindústria

Financiamento a agricultores e produtores rurais (pessoa física e jurídica) e a cooperativas, para investimento em beneficiamento, armazenagem, processamento e comercialização agrícola, extrativista, artesanal e de pro-dutos florestais; e para apoio à exploração de turismo rural.

Quem pode pegar?

Pessoas físicas enquadradas como agricultores familiares do Pronaf desde que, no mínimo, 80% da produção a ser beneficiada, processada ou comercializada seja própria. Empreendimentos familiares rurais que apresen-tem Declaração de Aptidão ao Pronaf (são aptas a emitir a DAP as entidades cadastradas junto à Secretaria Es-pecial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário), pessoa jurídica ativa para a agroindústria familiar e que, no mínimo, 70% da produção a ser beneficiada, processada ou comercializada seja produzida por seus membros. Cooperativas, que comprovem que no mínimo, 60% de seus participantes ativos são beneficiários do Pronaf, comprovado pela apresentação de relação com o número da DAP ativa de cada cooperado ou associado no mínimo, 55% da produção beneficiada, processada ou comercializada são oriundos de cooperados ou asso-ciados enquadrados no Pronaf.

O que se pode financiar?

Implantação de pequenas e médias agroindústrias, isoladas ou em forma de rede; implantação de unidades centrais de apoio gerencial para prestação de serviços de controle de qualidade do processamento, marketing, aquisição, distribuição e comercialização da produção; ampliação, recuperação ou modernização de unidades agroindustriais de beneficiários do Pronaf já instaladas e em funcionamento; aquisição de equipamentos e de programas de informática voltados para melhoria da gestão das unidades agroindustriais; capital de giro asso-ciado, limitado a 35% do financiamento para investimento; integralização de cotas-partes vinculadas ao projeto

25

a ser financiado; investimento em tecnologias de energia renovável, como uso de biomassa, eólica, mini usinas de biocombustíveis e a substituição de tecnologia de combustível fóssil por renovável nos equipamentos e má-quinas agrícolas de uso na agroindústria.

Quanto se pode pegar?

Para pessoas físicas pode-se pegar R$ 165 mil por beneficiário, aplicável a uma ou mais operações; Para um empreendimento familiar rural (pessoa jurídica) pode-se pegar até R$ 330 mil; para cooperativas/associa-ções o teto é de R$ 35 milhões, de acordo com o projeto técnico e o estudo de viabilidade econômico-financeira do empreendimento, observado o limite individual de R$ 45 mil por associado/cooperado relacionado na Decla-ração de Aptidão ao Pronaf emitida para a agroindústria; para investimento na produção agropecuária objeto de beneficiamento, processamento ou comercialização pode ter até 30% do valor do financiamento.

Qual o prazo de pagamento?

Para empreendimentos em geral tem-se até 10 anos, com carência de até 3 anos; para caminhonete de carga tem-se até 5 anos, com carência de até 1 ano.

Qual a taxa de juros?

4,6% ao ano, respeitado o limite de R$ 45 mil por associado.

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/produto/pronaf-agroindustria

SAIBA MAIS Para esclarecer mais dúvidas sobre esse tipo de financiamento, acesse o link:

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mulher

Financiamento à mulher agricultora integrante de unidade familiar de produção enquadrada no Pronaf, in-dependentemente do estado civil.

Quem pode pegar?

Mulheres agricultoras integrantes de unidades familiares de produção, que apresentem Declaração de Apti-dão ao PRONAF (DAP) válida.

O que se pode financiar?

São financiáveis os bens e serviços necessários ao empreendimento, desde que diretamente relacionados com a atividade produtiva e de serviços.

Quanto se pode pegar?

Pode-se pegar R$ 330 mil para as atividades de suinocultura, avicultura, aquicultura, carcinicultura e fruticul-tura; e R$ 165 mil para as demais finalidades.

26

Qual o prazo de pagamento?Para empreendimentos em geral tem-se até 10 anos, com carência de até 3 anos, já para caminhonete de

carga tem-se até 5 anos de prazo máximo.

Qual a taxa de juros?

2,5% ao ano para os seguintes empreendimentos e finalidades: adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais, incluindo a correção da acidez e da fertilidade do solo e a aquisição, transporte e aplicação dos insumos para estas finalidades; formação e recuperação de pastagens, capineiras e demais espécies forrageiras, produção e conservação de forragem, silagem e feno destinados à alimentação ani-mal; implantação, ampliação e reforma de infraestrutura de captação, armazenamento e distribuição de água, inclusive aquisição e instalação de reservatórios d’água, infraestrutura elétrica e equipamentos para a irrigação; aquisição e instalação de estruturas de cultivo protegido, inclusive os equipamentos de automação para esses cultivos; construção de silos, ampliação e construção de armazéns destinados à guarda de grãos, frutas, tubércu-los, bulbos, hortaliças e fibras; e aquisição de tanques de resfriamento de leite e ordenhadeiras. E 4,6% ao ano para os demais empreendimentos e finalidades.

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/produto/pronaf-mulher

SAIBA MAIS Para esclarecer mais dúvidas sobre esse tipo de financiamento, acesse o link:

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Jovem

Financiamento a agricultores e produtores rurais familiares (pessoas físicas), para investimento nas ativi-dades de produção, desde que os beneficiários sejam maiores de 16 anos e menores de 29 anos.

Quem pode pegar?

Pessoas físicas com idade entre 16 e 29 anos, integrantes de unidades familiares que, além da apresentação de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa, atendam a uma ou mais das seguintes condições: tenham concluído ou estejam cursando o último ano em centros familiares rurais de formação por alternância, que aten-dam à legislação em vigor para instituições de ensino; tenham concluído ou estejam cursando o último ano em escolas técnicas agrícolas de nível médio ou, ainda, há mais de um ano, curso de ciências agrárias ou veterinária em instituição de ensino superior, que atendam à legislação em vigor para instituições de ensino; tenham orien-tação e acompanhamento de empresa de assistência técnica e extensão rural reconhecida pela SAF/MDA e pela instituição financeira; e tenham participado de cursos de formação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) ou do Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo).

O que se pode financiar?

Investimentos diretamente relacionados com a implantação, ampliação ou modernização da estrutura das atividades de produção, de armazenagem, de transporte ou de serviços agropecuários ou não agropecuários, no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas, sendo passível de financiamento, ainda, a aqui-sição de equipamentos e de programas de informática voltados para melhoria da gestão dos empreendimentos

27

rurais, de acordo com projetos técnicos específicos.

Quanto se pode pegar?

R$ 16,5 mil, observado que só podem ser concedidos três financiamentos para cada cliente, ficando condi-cionada a nova contratação à previa liquidação do crédito anterior. O financiamento para mais de um jovem produtor rural pode ser formalizado no mesmo instrumento de crédito, respeitado o limite de financiamento por cliente.

Qual o prazo de pagamento?

Até 10 anos, incluídos até 3 anos de carência, que poderá ser ampliada para até 5 anos quando a atividade assistida exigir esse prazo e o projeto técnico comprovar a sua necessidade.

Qual a taxa de juros?

2,5% ao ano.

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/produto/pronaf-jovem

SAIBA MAIS Para esclarecer mais dúvidas sobre esse tipo de financiamento, acesse o link:

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mais alimentos

Financiamento destinado a agricultores e produtores rurais familiares para investimento em sua estrutu-ra de produção e de serviços.

Quem pode pegar?

Agricultores e produtores rurais familiares, pessoas físicas, que apresentem Declaração de Aptidão ao PRO-NAF (DAP) válida.

O que se pode financiar?

Projetos de investimento ou aquisição isolada de bens e serviços que estejam diretamente relacionados com a implantação, ampliação ou modernização da estrutura das atividades de produção, de armazenagem, de transporte ou de serviços agropecuários ou não agropecuários, no estabelecimento rural ou em áreas co-munitárias rurais próximas; equipamentos e de programas de informática voltados para melhoria da gestão dos empreendimentos rurais, de acordo com projetos técnicos específicos.

Quanto se pode pegar?

LIMITES POR ANO AGRÍCOLA: Limite individual: R$ 330 mil para as atividades de suinocultura, avicultura, aquicultura, carcinicultura (cria-

ção de crustáceos) e fruticultura; e R$ 165 mil para as demais finalidades.

28

Limite coletivo: R$ 20 milhões, exclusivamente para o financiamento de construção, reforma ou amplia-ção de benfeitorias e instalações permanentes, máquinas, equipamentos, inclusive de irrigação, e implementos agropecuários e estruturas de armazenagem, de uso comum, respeitados os limites individuais descritos.

Qual o prazo de pagamento?

Para aquisição de caminhonetes de carga, até 5 anos, sem carência. Para demais itens financiáveis, até 10 anos, incluídos até 3 anos de carência

Qual a taxa de juros?

2,5% ao ano para os seguintes empreendimentos e finalidades: adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais, incluindo a correção da acidez e da fertilidade do solo e a aquisição, transporte e aplicação dos insumos para estas finalidades; formação e recuperação de pastagens, capineiras e demais espécies forrageiras, produção e conservação de forragem, silagem e feno destinados à alimentação ani-mal; implantação, ampliação e reforma de infraestrutura de captação, armazenamento e distribuição de água, inclusive aquisição e instalação de reservatórios d’água, infraestrutura elétrica e equipamentos para a irrigação; aquisição e instalação de estruturas de cultivo protegido, inclusive os equipamentos de automação para esses cultivos; construção de silos, ampliação e construção de armazéns destinados à guarda de grãos, frutas, tubér-culos, bulbos, hortaliças e fibras; e aquisição de tanques de resfriamento de leite e ordenhadeiras. 4,6% ao ano para os demais empreendimentos e finalidades.

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/produto/pronaf-mais-alimentos

SAIBA MAIS Para esclarecer mais dúvidas sobre esse tipo de financiamento, acesse o link:

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Agroindústria Custeio

Crédito para beneficiamento, industrialização e armazenagem da produção.

Quem pode pegar?

Empreendimentos familiares rurais (pessoa jurídica), cooperativas e produtores familiares.Grupo A: assentados pelo Programa Nacional de Reforma Agraria (PNRA) ou beneficiários do Programa Ca-

dastro de terras e Regularização Fundiária (PCRF) ou beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).

Grupo A/C: assentados pelo PNRA ou beneficiários do PCRF ou beneficiários do PNCF que tenham contrata-do a primeira operação no Grupo A e que não tenham contratado financiamento de custeio, exceto no próprio Grupo A/C.

Grupo B: beneficiários cuja renda bruta familiar anual não seja superior a R$ 23.000,00 (vinte e três mil reais) e que não contratem trabalho assalariado permanente.

O que se pode financiar?

Com o Pronaf Agroindústria Custeio é possível financiar a formação de estoque de insumos (fertilizantes,

29

defensivos, sementes, medicamentos veterinários, rações ou seus ingredientes, entre outros), matéria-prima e produto final, além de serviços de apoio à comercialização, armazenagem e conservação de produtos para venda futura.

Quanto se pode pegar?

Pessoa física: até R$ 12 mil, por beneficiário/ano agrícola. Pessoa jurídica: até R$ 210 mil, respeitado o limite individual por sócio/participante. Cooperativa singular: até R$ 15 milhões, respeitado o limite individual de R$ 12 mil por cooperado. Cooperativa central: até R$ 30 milhões, respeitado o limite de R$ 10 milhões por cooperativa filiada e R$ 12 mil por produtor associado.

Qual o prazo de pagamento?

Até 12 meses.

Qual a taxa de juros?

Taxa fixada de 4,6% ao ano.

https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/agronegocios/agronegocio---produtos-e-servicos/credito/credito-para-custeio/pronaf-agroindustria-custeio#/

SAIBA MAIS Para esclarecer mais dúvidas sobre esse tipo de financiamento, acesse o link:

Pronamp

Financiamento para investimentos dos médios produtores rurais em atividades agropecuárias.

Quem pode pegar?

Proprietários rurais, posseiros, arrendatários ou parceiros que: tenham, no mínimo, 80% de sua renda bruta anual originária da atividade agropecuária ou extrativa vegetal; e possuam renda bruta anual de até R$ 2 mi-lhões.

Obs. 1: O cálculo da renda bruta anual deve considerar a soma dos valores correspondentes a 100% do Va-lor Bruto de Produção (VBP), 100% do valor da receita recebida de entidade integradora e das demais rendas provenientes de atividades desenvolvidas no estabelecimento e fora dele e 100% das demais rendas não agro-pecuárias.

Obs. 2: Quando o produtor rural (pessoa jurídica) integrar um grupo econômico, deverá ser considerada a Receita Operacional Bruta consolidada do grupo.

Obs. 3: O cliente que tomar crédito neste Programa fica impossibilitado de receber, no mesmo Ano Agrícola, crédito de custeio ou de investimento com recursos controlados fora do PRONAMP, exceto aqueles dos fundos constitucionais de financiamento regional.

O que se pode financiar?

30

Projetos de investimentos individuais ou coletivos diretamente relacionados com a atividade produtiva do médio produtor rural: construção, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações permanentes; obras de irrigação, açudagem, drenagem; florestamento, reflorestamento e destoca; formação de lavouras permanentes; formação ou recuperação de pastagens; eletrificação e telefonia rural; aquisição de equipamentos empregados na medição de lavouras; despesas com projeto ou plano; recuperação ou reforma de máquinas, tratores, embar-cações, veículos e equipamentos, bem como aquisição de acessórios ou peças de reposição, salvo se decorrente de sinistro coberto por seguro; aquisição de veículos, tratores, colheitadeiras, implementos, embarcações e aeronaves, desde que destinados especificamente à atividade agropecuária; proteção, correção e recuperação do solo, inclusive a aquisição, transporte e aplicação dos insumos para estas finalidades; instalações, máquinas e equipamentos de provável duração útil não superior a 5 anos; aquisição de máquinas e equipamentos de pro-vável duração útil superior a 5 anos.

Quanto se pode pegar?

Para empreendimento individual: até R$ 430 mil por ano-safra e em todo o Sistema Nacional de Crédito Ru-ral. Para empreendimento coletivo: R$ 20 milhões, respeitado o limite individual de R$ 430 mil por participante.

Qual o prazo de pagamento?

Até 8 anos, incluída a carência de até 3 anos.

Qual a taxa de juros?

Taxa pré-fixada: até 6,0% ao ano. Taxa pós-fixada: até 0,33% ao ano acrescida de atualização monetária.

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/produto/pronamp-investimento

SAIBA MAIS Para esclarecer mais dúvidas sobre esse tipo de financiamento, acesse o link:

Moderagro

Financiamento para projetos de modernização e expansão da produtividade nos setores agropecuários, e para ações voltadas à recuperação do solo e à defesa animal.

Quem pode pegar?

Produtores rurais (pessoas físicas); produtores rurais (pessoas jurídicas); e cooperativas de produtores rurais (inclusive para repasse a seus cooperados).

O que se pode financiar?

Projetos de investimento, individuais ou coletivos, relacionados com os seguintes objetivos: apoio a produ-ção, beneficiamento, industrialização, acondicionamento e armazenamento de produtos; fomento de ações re-lacionadas à defesa animal; apoio a recuperação de solos por meio do financiamento para aquisição, transporte, aplicação e incorporação de corretivos agrícolas; e apoio a construção e a ampliação das instalações destinadas

a guarda de máquinas e implementos agrícolas e a estocagem de insumos agropecuários.Itens financiáveis: construção, instalação e modernização de benfeitorias; aquisição de equipamentos de

uso geral, inclusos os para manejo e contenção dos animais investimentos necessários ao suprimento de água, alimentação e tratamento de dejetos relacionados às atividades de criação animal ao amparo deste Programa; implantação de frigorífico e de unidade de beneficiamento; industrialização, acondicionamento e armazenagem de pescados e produtos da aquicultura; aquisição de máquinas, motores, equipamentos e demais materiais utilizados na pesca e produção aquícola, inclusive embarcações, equipamentos de navegação, comunicação e ecossondas, e demais itens necessários ao empreendimento pesqueiro e aquícola; aquisição de matrizes e de reprodutores ovinos e caprinos; reposição de matrizes bovinas ou bubalinas, por produtores rurais que tenham tido animais sacrificados em virtude de reação positiva a testes detectores de brucelose ou tuberculose; obras decorrentes da execução de projeto de adequação sanitária e/ou ambiental relacionado às atividades constan-tes do objetivo deste Programa; custeio associado ao projeto de investimento quando relacionado com gastos de manutenção até a obtenção da primeira colheita ou produção, ou quando relacionado à aquisição de matri-zes e de reprodutores bovinos, na atividade pecuária leiteira, limitado a 35% do valor do financiamento; e ferti-lizantes, corretivos, defensivos agrícolas ou sementes fiscalizadas ou certificadas, comprovadamente adquiridos até 180 dias antes da formalização do crédito e destinados à lavoura financiada.

Obs.: Os bens devem ser novos e credenciados pelo BNDES; ou importados sem similar nacional, com a devida comprovação.

Quanto se pode pegar?

Empreendimento individual: R$ 880 mil por cliente; empreendimento coletivo: R$ 2,64 milhões por cliente, respeitado o limite individual acima; e aquisição de animais: R$ 400 mil por cliente.

Obs.: Admite-se a concessão de mais de um financiamento para o mesmo cliente, por ano-safra, respeitado o limite do programa, quando a atividade assistida requerer e ficar comprovada a capacidade de pagamento do cliente.

Qual o prazo de pagamento?

Até 10 anos, incluída a carência de 3 anos.

Qual a taxa de juros?

Taxa pré-fixada: até 7,0% ao ano. Taxa pós-fixada: até 1,28% ao ano acrescida de atualização monetária.

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/financiamento/produto/moderagro

SAIBA MAIS Para esclarecer mais dúvidas sobre esse tipo de financiamento, acesse o link:

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ABIA (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos) Programa brasileiro de qualidade e produtividade: subprograma setorial do sistema agroindustrial. Termo de referência. ABIA, São Paulo, 1994.

ABRISHAMI, S. H.; TALL, B.D.; BRUURSEMA, T. J.; EPSTEIN, P. S.; SHAH, D. H. Bacterial adherence and viability on cutting board surfaces. Journal of food safety. V.14, p. 153 – 172, 1994.

AGRODEFESA, Inspeção de Produto de Origem Animal, 2014. Disponível em: http://www.agrodefesa.go.gov.br/post/ver/179916/apresentacao---inspecao-de-produto-de-origem-animal Acesso out. 2018.

ANDRADE, N. J.; MACÊDO, J. A. B. Higienização na indústria de alimentos. São Paulo: Varela, 182 p., 1996.

BATALHA, M. O. Gestão Agroindustrial 1: GEPAI: Grupo de estudo e Pesquisas Agroindustriais. São Paulo: 3º Edição Atlas, p. 770, 2009.

BATALHA, M. O.; SILVA, A. L. Gerenciamento de sistemas agroindustriais: definições, especialidades e corren-tes metodológicas. In: BATALHA, C. M. O. (Org.). Gestão Agroindustrial. São Paulo, 2012.

BATALHA, M. O.; SILVA, A. L. Gestão Agroindustrial: GEPAI: Grupo de estudos e pesquisas agroindustriais. In: BATALHA, M. O. (Coord). 3. ed. – 2. reimpr. – São Paulo: Atlasp., p. 1-62, 2008.

BRASIL, LEI Nº 8.219, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2003. Cria o Sistema Municipal de Inspeção em Produtos de Origem Animal e Vegetal e dá outras providências. Disponível em: https://www.goiania.go.gov.br/html/gabi-nete_civil/sileg/dados/legis/2003/lo_20031230_000008219.html Acesso out. 2018.

BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 216 de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. 2004.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regulamento Técnico Sobre as Condições Higi-ênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Portaria nº 368 de 04 de setembro de 1997.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Aprova o novo Regulamento da Inspeção Indus-trial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. RIISPOA - Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA. Divisão de Normas Técnicas. Brasília, 1997.

CARRAZZA, L. R.; NOLETO, R. AL.; FILIZOLA, B. C. Cadernos de normas fiscais, sanitárias e ambientais para regu-larização de agroindústrias comunitárias de produtos de uso sustentável da biodiversidade. Brasília: Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), 2º ed., 2012.

CARVALHEIRO, E. M. A construção social de mercados para os produtos da agroindústria familiar. Porto Ale-gre, p. 17-191, 2010. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/36384/000817135.pdf?se-quence=1 , Acesso em: set. 2018.

CASTRO, A. D., PAEZ, M. L. A., GOMES, G. C., & CABRAL, J. R. Priorização de demandas da clientela de P&D em agropecuária. Revista de Administração. v. 31, n. 2, 1996.

CASTRO, A.M.G.de; LIMA, S.M.V. Fundamentos do Estudo. Complexo Agroindustrial de Biodiesel no Brasil: competitividade das cadeias produtivas de matérias-primas. EMBRAPA, Brasília, cap. 1, p. 21-44, 2010.

CEPEA. CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA. PIB do agronegócio brasileiro CEPEA--USP/CNA. Piracicaba, São Paulo, 2017 [acesso out. 2018]. Disponível em: https://www.cepea.esalq.usp.br/br/pib-doagronegocio-brasileiro.aspx.

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. O complexo agroindustrial do centeio. Embrapa Tri-

go. Documentos online 142. Passo Fundo, RS. 2013. Disponível em: http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/do/p_do142_6.htm. Acesso: out. 2018

FARIAS, A. X.; ROCHA, E. S.; SILVA, F. T.; COSTA, D. O. Princípios de Higiene Pessoal Para Manipuladores da indústria de latícinios. Engormix, 2012. https://pt.engormix.com/pecuaria-leite/artigos/higiene-pessoal-indus-tria-laticinios-t37896.htm

GAZOLLA, M., NIEDERLE, P. A., & WAQUIL, P. D. Agregação de Valor nas Agroindústrias Rurais: uma análise com base nos dados do Censo Agropecuário. Revista Paranaense de Desenvolvimento-RPD p. 241-262, 2012.

HAHN, C. L.; CASARIN, V. A.; DOS SANTOS, A. V.; MIRANDA, R. L. ; ORTIZ, L. C. V. (2017). Análise de mercado dos produtos da agroindústria familiar: Estudo de caso do perfil do consumidor e do produtor Santo-Angelense. vol. 38 n. 21, Revista Espacios, Rio Grande do Sul, 2017.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo agropecuário de 2006. Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA). 2007. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/>. Acesso: out. 2018.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo agropecuário de 2017. Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA). 2018. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/>. Acesso: out. 2018.

INCAPER, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural. AGROINDUSTRIALIZAÇÃO DOS PRODUTOS DA GRICULTURA FAMILIAR DO ESPÍRITO SANTO. ATIVIDADES RURAIS NÃO AGRÍCOLAS. Vitória, Espirito Santo, 2015.

KITAKAWA, S. A. Guia de elaboração de projetos de agroindústrias comunitárias.– Brasília-DF; Instituto Socie-dade, População e Natureza (ISPN), 1ª edição, 2017.

MAPA, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Produtos de origem vegetal vão ganhar selo de inspeção federal, 2016. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/noticias/produtos-de-origem-vegetal--vao-ganhar-selo-de-inspecao-federal Acesso out. 2018.

MAPA, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Serviço de Inspeção Federal – SIF. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/inspecao/produtos-animal/sif Acesso out. 2018.

MIOR, L. C. Agricultores familiares, Agroindústrias e território: A dinâmica das redes de desenvolvimento rural no Oeste Catarinense. Florianópolis: UFSC, 2003. Tese (Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas), Cen-tro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, 2003.

OMS. Organização Mundial de Saúde. Foodborne disease, 2010. Disponível em: <http://www.who.int/>

OPAS - ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Codex Alimentarius: higiene dos alimentos textos básicos. p. 64 Brasília, 2007.

ORDÓÑEZ, J. A.; RODRÍGUEZ, M. I. C.; ÁLVAREZ, L. F.; SANZ, M. L. G. MINGUILLÓN, G. D. G. F.; PERALES, L. H.; CORTECERO, M. D. S. Tecnologia de alimentos: alimentos de origem animal. Porto Alegre, 2005.

PREZOTTO, L. L. Sustentabilidade da agricultura familiar implicações e perspectivas da legislação sanitária. Fortaleza: Fundação Konrad Adenauer, Instituto de Assessoria para o Desenvolvimento Humano, 2005.

PREZOTTO, L. Uma Concepção de Agroindústria Rural de Pequeno Porte, Florianópolis, Revista de Ciências Hu-manas, Série Especial Temática, n. 7, Florianópolis, 2002.

SANTOS, G.R.; Agroindústria no Brasil: Um olhar sobre indicadores de porte e expansão regional; Radar nº 31 IPEA; fevereiro de 2014.

SANTOS, S. J. Agroindústria familiar rural no Alto Uruguai do Rio Grande do Sul: uma análise do processo de comercialização. 130 f. Dissertação (Mestrado em Agrossistemas) – Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, 2006.

SERAFIM, L. C.; SILVA, L. O. N. Implementação da Ferramenta “Boas Práticas de Fabricação” na Produção de Polpas de Frutas. Revista de Ciências Exatas, v. 27, n. 31, p. 1-11, 2012.

SILVA JÚNIOR, E. A. Segurança alimentar. Manual de controle higiênico sanitário em serviços de alimentação. 6. ed., p. 139-227. São Paulo, 2005.

SILVA, E. A. Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação. 6 ed. p. 623. São Paulo, 2010.

SILVA, L. C. da. Cadeia Produtiva de Produtos Agrícolas. Universidade Federal do Espírito Santo: Departamento de Engenharia Rural. Boletim Técnico: MS: 01/05 em 21/04/2005, 2005.

VIAL, L.A.M.; SETTE, T.C.C.; SELLITO, M.A.; Cadeias Produtivas - Foco na cadeia produtiva de produtos agrícolas; III Encontro de Sustentabilidade em Projeto do Vale do Itajaí Dias 15, 16 e 17 de abril de 2009.

WARNKEN, P. A Influência da Política Econômica na Expansão da Soja no Brasil. Revista de Política Agrícola. n. 01. Brasília, 1999.

WELKER, C., FAIOLA, N., DAVIS, S., MAFFATORE, I., & BATT, C. A. Bacterial retention and cleability of plastic and wood utting boards wiyh commercial foods service maintenance practices. Journal of Food Protection. V. 60, n.4, p. 407 – 413, 1997.

WESZ JUNIOR, V. J. Política pública de agroindustrialização na agricultura familiar: uma análise do Pronaf-A-groindústria. Rev. Econ. Sociol. Rural, Brasília , v. 48, n. 4, p. 567-596, Dec. 2010.

WILKINSON, J. Mercados, redes e valores: o novo mundo da agricultura familiar. Porto Alegre: UFRGS, Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural, 2008.

Inaciolândia

Gouvelândia

Quirinópolis

V icentinópolis

Acreúna

Santo Antônioda Barra

Rio Verde

Jataí

Turvelândia

Porteirão

Maurilândia

Castelândia

Portelândia

Santa Ritado Araguaia

Serranópolis

Aporé

Itajá

Itarumã

CachoeiraAlta

Paranaiguara

Represa deSão Simão

Doverlândia

Baliza

Bom Jardimde Goiás

Aragarças

Nerópolis

Urutaí

Cristianópolis

Ipameri

Campo Alegrede Goiás

RioQuente

CaldasNovas

NovaAurora

Corumbaíba

Marzagão

Buriti Alegre

Itumbiara

Panamá

Bom Jesusde Goiás

Cachoeira Dourada

MorrinhosJoviânia

Aloândia

Pontalina

Diorama

Arenópolis

Palestinade Goiás

V ianópolis

Silvânia

Leopoldo de Bulhões

Terezópolis de Goiás

Ouro V erde de Goiás

Inhumas

Caturaí

Goianira

Brazabrantes

NovaVeneza

Bonfinópolis

Goianápolis

Caldazinha

Bela V istade Goiás

São Miguel doPassa Quatro

Orizona

PalmeloSanta Cruzde Goiás

Pires do Rio

SenadorCanedo

Edéia

Edealina

Professor JamilCromínia

Mairipotaba

Varjão

Cezarina

Indiara

Montividiu

Paraúna

São João da Paraúna

Aurilândia

Firminópolis

Turvânia

Nazário

A velinópolis

AraçuAdelândia

Sanclerlândia

Fazenda Nova

São Miguel do AraguaiaNovoPlanalto

SantaTerezade Goiás

Montividiudo Norte

Trombas Minaçu

Campinaçu

Colinasdo Sul

Cavalcante

Alto Paraísode Goiás

Teresinade Goiás

Divinópolisde GoiásMonte Alegre

de Goiás

CamposBelos

Nova Roma

Guaranide Goiás

Iaciara

Posse

Buritinópolis

Alvoradado Norte

Sítio D'Abadia

Damianópolis

Mambaí

Flores deGoiás

FormosoMutunópolis

Amaralina

Mara Rosa

Campinorte

AltoHorizonte

NovaIguaçude Goiás

Uruaçu

Pilar de Goiás

Hidrolina

Guarinos

ItapaciNovaAmérica

Morro Agudo de Goiás

NovaGlória

São Patrício

Carmo doRio Verde

Itapuranga

FainaMatrinchã

Montes Clarosde Goiás

Itapirapuã

Jussara

Santa Féde Goiás

Britânia

Guaraíta

Rialma

Santa Isabel

Rianápolis

Pirenópolis

Vila Propício

Padre Bernardo Planaltina

Águas Lindasde Goiás

Novo Gama

Cidade Ocidental

Damolândia Abadiânia

Alexânia

Corumbáde Goiás

Cocalzinhode Goiás

JaraguáItaguaru

JesúpolisSãoFranciscode Goiás

Petrolinade Goiás

Heitoraí

Formosa

V ila Boa

Cabeceiras

Mimoso de Goiás

Água Friade Goiás

São JoãoD'Aliança

São Luiz do Norte BarroAlto

Santa Ritado NovoDestino

Crixás

Estrelado Norte

Bonópolis

Mundo Novo

Nova Crixás

Uirapuru

SantaTerezinhade Goiás

CamposVerdes

Mozarlândia

Araguapaz

Aruanã

Itauçú

Taquaralde Goiás

Itaguari

SantaRosade Goiás

Itaberaí

Americanodo Brasil

Buritide Goiás Mossâmedes

Novo Brasil

Jaupaci

AnicunsSão Luís deMontes Belos

Córrego do Ouro

Cachoeira de Goiás

Ivolândia

Moiporá

IsraelândiaIporá

Amorinópolis

Jandaia

PalminópolisPalmeirasde Goiás

Campestre de Goiás

TrindadeSantaBárbarade Goiás

Guapó

Aragoiânia

Abadia de Goiás

ÁguaLimpa Goiandira

Cumari

Anhanguera

Ouvidor

TrêsRanchos

Davinópolis

Represa deCachoeira Dourada

Repr esa deItumbiara

Repr esa deEmbocaçãoCaçu

Aparecida do Rio Doce

Chapadãodo Céu

Perolândia

SãoDomingos

Lagoa Santa

Gameleirade Goiás

Campo Limpode Goiás

Ipiranga de Goiás

Luziânia

SED - SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECÔNOMICOwww.sed.go.gov.br Gabinete de Gestão: (62) 3201-5438 / 3201-5443

Regional 2

Regional 1

Regional 4

Regional 5

Regional 3

Regionais

Léo lince do Carmo AlmeidaAcesse: www.ead.go.gov.br

Niquelândia

Ceres

Uruana

Goianésia

Santo Antôniodo Descoberto

Anápolis

Goiás

Porangatu

Catalão

Piracanjuba

CristalinaGoiânia

Goiatuba

Santa Helenade Goiás

Caiapônia

Piranhas

Mineiros

Hidrolândia

Aparecidade Goiânia

Valparaíso de Goiás

Encontre um Itego mais próximo de você

São Simão

Rubiataba

ESTADODE GOIÁS

ITEGOs em expansão CATALÃO: GOIÁSTEC / NIQUELÂNDIA / PIRACANJUBA / LUZIÂNIA / POSSE APARECIDA DE GOIÂNIA: INOV@PARECIDA / QUIRINÓPOLISHIDROLÂNDIA: TECNOPARQUE / INHUMASPLANALTINA: JK PARQUE TECNOLÓGICO

ITEGOs em funcionamento - 24 unidadesANÁPOLIS ITEGO - Governador Onofre QuinanAPARECIDA DE GOIÂNIA ITEGO - Dr. Luiz RassiCAIAPÔNIA ITEGO - Ruth Vilaça Correia Leite CardosoCATALÃO ACN ITEGO - Aguinaldo de Campos NettoCATALÃO LF ITEGO - Artes Labibe FaiadCERES ITEGO - Célio Domingos MazzonettoCIDADE DE GOIÁS ITEGO - Goiandira Ayres do CoutoCRISTALINA ITEGO - Genervino Evangelista da FonsecaFORMOSA ITEGO - Carmen Dutra de AraújoGOIANÉSIA ITEGO - Governador Otávio LageGOIÂNIA SS ITEGO - Sebastião de SiqueiraGOIÂNIA ABF ITEGO - Artes Basileu FrançaGOIÂNIA JLB ITEGO - José Luiz BittencourtGOIÂNIA LL ITEGO - Educação a Distância Léo Lince do Carmo AlmeidaGOIATUBA ITEGO - Jerônimo Carlos do PradoMINEIROS ITEGO - Raul Brandão de CastroPALMEIRAS ITEGO - Artes Padre Antônio VérmeyPIRANHAS ITEGO - Fernando Cunha JúniorPORANGATU ITEGO - Maria Sebastiana da SilvaSANTA HELENA ITEGO - Luiz Humberto de MenezesURUANA ITEGO - Celso Monteiro Furtado St. ANTÔNIO DO DESCOBERTO ITEGO - Sarah Luísa Lemos Kubitschek de OliveiraITABERAÍ ITEGO - Aparecido Donizete Rodrigues da SilvaVALPARAÍSO ITEGO - Paulo Renato de Souza

G O V E R N O D O E S TA D O

Somos todos

GOIAS

Secretaria de Estadode Desenvolvimento

Econômico e Inovação