princípios do direito ambiental1

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  • 7/21/2019 Princpios Do Direito Ambiental1

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    1. Princpios do Direito Ambientala. Princpio do direito ao meio ambiente equilibrado

    Este princpio visa proteger o equilbrio vital entre os ecossistemas, de

    modo que, mesmo dinmico, todos possam usufruir de um meio ambiente

    sadio. Cabe, portanto, aos cientistas decidir as mudanas e inovaes que so

    positivas ou negativas.

    O equilbrio defendido neste princpio no utpico, tendo em vista que

    boa parte do ambiente !" passou por alteraes antrpicas, mas que na medida

    em que formos alterando nosso modo de viver este respeite a diversidade e

    manten#a o equilbrio do meio ambiente.

    b. Princpio do direito sadia qualidade de vida

    $endo como norteador a qualidade de vida do ser #umano, o poder

    p%blico deve se ater a uma maneira de adequar o desenvolvimento sem dei&ar

    de mo a sustentabilidade e as condies de vida de seus cidados.

    c. Princpio do acesso equitativo aos recursos naturais

    Este princpio rege'se pela ideia de que todos devem ter acesso aos

    bens naturais, sendo que se incluem as futuras geraes, no devendo,

    portanto, serem utili(ados os bens ambientais de modo desmensurado visando

    as necessidades atuais e futuras, mas somente das atuais, pois, de outra

    forma, estaramos implicando em e&clusividade do uso destes.

    d. Princpio do usurio-pagador e poluidor-pagador (69!" art. #"

    $%%&

    O usu"rio'pagador aquele que usa o bem ambiental e por isso devearcar com os custos destinados a tornar possvel a utili(ao do recurso e os

    custos advindos da prpria utili(ao. )ssim, este princpio institui o pagamento

    *quele utili(ador diretamente, evitando com que terceiros ou o +oder +%blico

    arquem com estes custos.

    o mesmo sentido temos o poluidor'pagador, o qual,

    independentemente de danos supervenientes, deve pagar pela poluio que

    causou ou que poder" causar. o trata'se de uma punio por infrao, trata'

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    se de obrigatoriedade para poder utili(ar um recurso ou pela sua poluio,

    ainda que ten#a autori(ao ou licena para tal.

    o #" que se falar tambm em um direito de poluir por estar pagando

    tarifa, tributo ou preo p%blico, mas que em decorr-ncia de estar causandodanos ou de ter riscos de caus"'lo o poluidor deve pagar.

    sto no o e&ime da responsabilidade residual de reparar o dano, posto

    que o custo que o poluidor'pagador arca !ustamente de car"ter preventivo,

    posto que a responsabilidade residual ou integral do predador-pagador no

    est" vinculada *quele pagamento, mas * obrigatoriedade de reparar o dano

    causado.

    /ma das formas de se efetivar o princpio do usu"rio'pagador atravs

    da compensao ambiental, que uma forma de tentar restabelecer o

    equilbrio do meio afetado, que pode ocorrer antes do dano ou aps.

    e. Princpio da precau'o

    )plicamos o princpio da precauo sempre que #" incerte(a acerca da

    ao ou inao diante de algo, sendo que no #" como esperar para ter

    certe(a das consequ-ncias daquilo. 0iferente da +reveno, a +recauo

    cuida da proteo do simples risco e no do perigo. 1+erigos so geralmente

    proibidos, o mesmo no acontece com os riscos.2

    ) Conveno da 0iversidade 3iolgica no e&ige que se!a uma ameaa

    irreversvel ou sria, mas simplesmente sensvel, tendo o condo de evitar ou

    minimi(ar danos ao meio ambiente.

    ) aplicao desse princpio inverte o 4nus da prova, fa(endo com que oautor da ao ten#a que provar, previamente, que no causar" danos.

    o caso de d%vida deve'se sempre utili(ar a precauo, sendo utili(ado

    muito na d%vida cientfica.

    1O princpio da precauo consiste em di(er que no somente somos

    respons"veis sobre o que ns sabemos, sobre o que ns deveramos ter

    sabido, mas tambm, sobre o de que ns deveramos duvidar2

    f. +rincpio da +reveno

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    +revenir, em sua origem etimolgica, significa agir antecipadamente.

    Este princpio encontra'se previsto no art. 556 da C7, sendo considerado um

    dos mais importantes em matria ambiental.

    sso porque tem o condo de afastar condutas dolosas ao meioambiente, como por e&emplo prevendo multas altas * atividades degradantes

    ilegais, estudo prvio de impacto ambiental, tombamento, liminares, sanes

    administrativas.

    )ssim, a preveno tem lugar quando temos certe(a, cientificamente ou

    no, da imin-ncia do dano ambiental, no mais restando d%vida 8precauo9.

    g. Princpio da )epara'o

    ) :io ;5 instituiu o princpio

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    informaes condi(entes * meio ambiente, inclusive sobre atividades perigosas

    em sua comunidade.

    Com a informao vem a participao, pois que, alm de ter direito *s

    informaes, todo cidado tem direito * participao, desta forma, podeinterferir, ser consultado acerca das tomadas de decises na seara ambiental,

    bem como participar de processos deliberativos.

    ) informao ambiental fa( parte da educao, tendo em vista que

    aquela visa dar capacidade ao cidado de opinar em assuntos ambientais,

    agindo como fiscal de um bem, constitucionalmente dito, difuso.

    ) participao, portanto, a efetivao de todo o con#ecimento

    adquirido atravs da informao amplamente difundida a fim de que todos

    participem de forma efica( e %til, posto que, participar sem ter con#ecimento

    no adiantaria de nada.

    >egundo +aulo )fonso, a Conveno de )ar#us, em seus arts. 5 e 6

    garante a participao de OFs que ten#am seu fim a defesa do meio

    ambiente e ten#am condies e&igidas pelo direito interno dos pases, mas que

    o 3rasil ainda no signat"rio.

    Entretanto, as OFs so plenamente capa(es de e&ercer a participao

    ambiental, tanto que so legitimadas a propor )C+ a fim de defender o meio

    ambiente. >endo assim, a possibilidade de as OFs participarem das

    deliberaes ambientais se mostram como uma nova forma de democracia

    participativa, tendo em vista que so independentes de presses polticas,

    sendo caracteri(adas como uma forma de 1participao genuna2, conforme a

    agenda 5

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    @ entendido como um direito ao futuro, uma preocupao para

    com o outro que ainda no e&iste, um (elo para que o meio ambiente

    permanea sadio, ou que mel#ore.

    Este princpio tem fundamento no princpio da solidariedade, que,por sua ve(, bem e&plicada pela teoria da !ustia de :aGls, que afirma que

    uma gerao no tem prefer-ncia sobre as geraes futuras pelo fato de se

    situarem em uma fase anterior na lin#a do tempo.

    . Princpio da obrigatoriedade da interven'o estatal no meio

    ambiente

    Este princpio transforma o +oder +%blico em um guardio de um

    bem que no dele, mas da coletividade.

    Oprincpio da obrigatoriedade da interveno

    estatal complementa o outro H da participaoH e mais delineado no I

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    )ssim, t-m poder de polcia aquelas autoridades que, em virtude

    de lei ou constituio, ten#a recebido o poder de edita medidas de polcia adm.

    uanto aos limites do e&erccio do poder de polcia ambiental,

    estes sero previstos em lei, sendo que no estaria vinculado a interessep%blico, mas a interesse difuso.

    . )esponsabilidade civil obetiva

    esse tipo de responsabilidade, 7iorillo afirma que 1no importa

    em nen#um !ulgamento de valor sobre os atos do respons"vel. 3asta que o

    dano se relacione materialmente com estes atos, porque aquele que e&erce

    uma atividade deve assumir os riscos2.

    ) Pei da +oltica acional do Neio )mbiente !" previa antes da

    constituio a responsabili(ao ob!etiva pelos danos ambientais, mas a C7

    veio consagrar esse tipo de responsabili(ao em seu art. 556, I,

    recepcionando a norma.

    +ortanto, basta que este!a caracteri(ado o dano e a autoria deste

    para que #a!a a responsabili(ao 8art.

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    +ara essa teoria, basta que #a!a os pressupostos do dano e do ne&o causal,

    dispensando'se os demais elementos, como a culpa e&clusiva da vtima, fato

    de terceiro, caso fortuito ou fora maior.

    ) atividade geradora do dano lcita, mas causou dano a outrem. 0essa forma,

    aquele que e&erce tal atividade tem o dever de ressarcir o dano, bastando,

    como !" foi dito, a prova do ne&o causal e do dano.

    @ a modalidade mais e&tremada do risco, e por isso como afirma Caio Nario

    uma teoria su!eita a crticas, !ustamente por ser to e&tremada e porque 1trata'

    se de uma tese puramente negativista. o cogita de indagar como ou porque

    ocorreu o dano. @ suficiente apurar se #ouve o dano, vinculado a um fatoqualquer, para assegurar * vtima uma indeni(ao2

    0. )esponsabilidade ,olidria

    ) solidariedade ser" obrigatria entre todos, se!a +oder +%blico

    ou particulares, tal qual entendimento do >$Q e art. , da Pei B.;DRDendo

    facultativo o litisconsrcio.

    +ode ser solidariamente respons"vel por ao ou omisso,segundo o >$Q.

    6. briga'o propter rem

    @ aquela que adere * coisa.

    2. 3un'o ,ocial da Propriedade urbana

    ) funo social da propriedade urbana tem sua previso legal no

    art.