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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ USJ CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS BEATRIZ ANTONIAZZI PEREIRA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA (ANEXO V), E CLINICA MÉDICA COM INTERNAÇÃO (ANEXO VI), ATIVIDADES INCLUSAS NO SIMPLES NACIONAL, PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 147/2014. SE ADERIREM A ESSE REGIME VÃO CONSEGUIR REDUZIR A SUA CARGA TRIBUTÁRIA, QUANDO COMPARADO AO LUCRO PRESUMIDO? São José 2015

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ

CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

BEATRIZ ANTONIAZZI PEREIRA

GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA (ANEXO V), E

CLINICA MÉDICA COM INTERNAÇÃO (ANEXO VI), ATIVIDADES INCLUSAS

NO SIMPLES NACIONAL, PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 147/2014. SE

ADERIREM A ESSE REGIME VÃO CONSEGUIR REDUZIR A SUA CARGA

TRIBUTÁRIA, QUANDO COMPARADO AO LUCRO PRESUMIDO?

São José

2015

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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ

CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ – USJ

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

BEATRIZ ANTONIAZZI PEREIRA

GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA (ANEXO V), E

CLINICA MÉDICA COM INTERNAÇÃO (ANEXO VI), ATIVIDADES INCLUSAS

NO SIMPLES NACIONAL, PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 147/2014. SE ADERIREM

A ESSE REGIME VÃO CONSEGUIR REDUZIR A SUA CARGA TRIBUTÁRIA,

QUANDO COMPARADO AO LUCRO PRESUMIDO?

Projeto de monografia elaborado para a Disciplina de Estágio III do curso de Ciências Contábeis do

Centro Universitário Municipal de São José – USJ.

Orientação: Prof.ª Esp. Stela Bueno Co-orientação: Prof.ª Esp.Sarita Soares

São José

2015

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BEATRIZ ANTONIAZZI PEREIRA

GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA (ANEXO V), E

CLINICA MÉDICA COM INTERNAÇÃO (ANEXO VI), ATIVIDADES INCLUSAS

NO SIMPLES NACIONAL, PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 147/2014. SE

ADERIREM A ESSE REGIME VÃO CONSEGUIR REDUZIR A SUA CARGA

TRIBUTÁRIA, QUANDO COMPARADO AO LUCRO PRESUMIDO.

Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito parcial para obtenção do grau de

bacharel em Ciências Contábeis do Centro Universitário Municipal de São José – ISJ avaliado

pela seguinte banca examinadora:

Orientadora: Prof. Stela Bueno

Prof.

Prof.

São José __ de___________2015

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É melhor calar-se e deixar que as pessoas

pensem que você é um idiota do quer falar e

acabar com a dúvida.

Abraham Lincoln

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AGRADECIMENTOS

Um obrigado a todos que contribuíram a para a realização deste trabalho.

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo, verificar se haverá redução da carga tributária, com adoção

do Simples, nas atividades, Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária e Clinica

Médica Com Internação, incluídas pela Lei Complementar n° 147/2014, no Regime

Simplificado, quando comparado com o Lucro presumido. Para atender esse objetivo, o

trabalho apresentou temas como Sistema Tributário nacional, os regimes tributários

existentes, as características do Simples. No aspecto metodologia este trabalho será elaborado

como, sendo de natureza básica; abordagem qualitativa e quantitativa; em relação ao objetivo

a pesquisa é considerada, descritiva e, quanto aos procedimentos é bibliográfica. Para elabora-

la, foram adotados faturamentos Trimestrais fictícios nos valores de R$ 150.000,00, R$

300.000,00 e R$ 600.000,00, nas duas atividades, e os faturamentos nos valores de

R$45.000,00 e R$ 900.000,00 somente na atividade Clinica Médica Com Internação, quando

a mesma se enquadrar como serviços hospitalares. Diante da aplicação dos regimes, Lucro

Presumido e Simples, nas atividades estudadas, a conclusão obtida é que para atividade,

Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária, o Simples é a não é a melhor opção, pois

aumenta a carga tributária, em todos os faturamentos. Na segunda atividade estudada, o Lucro

Presumido também é o regime mais econômico nos faturamentos, pois, as alíquotas cobradas

nesse regime, é menor, do que as devidas no Simples. Quando estudados os faturamentos,

R$45.000,00 e R$ 900.000,00, o presumido é a melhor opção, pois, nesse regime as

atividades consideradas Serviços Hospitalares possuem alíquotas reduzidas de Imposto de

Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Sobre o Lucro Liquido, reduzindo assim o valor devido

de tributos. Nesses dois últimos faturamentos é possível concluir que o Simples não é melhor

opção para as atividades, enquadradas como Serviços Hospitalares, independente da faixa de

faturamento da empresa no Simples, dado que os faturamentos estudados corresponder e

primeira e ultima faixa do Simples e, as alíquotas desse sistema são progressivas. Outra

conclusão obtida, é que as empresas na escolha do Simples tem que levar em consideração

outros aspectos como: os custos com folha salarial e a impossibilidade de seus clientes se

aproveitarem de créditos de tributos como PIS e COFINS.

PALAVRAS-CHAVES: Simples. Lucro Presumido. Carga Tributária.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio .......................................... 70

Tabela 2: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria ............................................ 72

Tabela 3: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Receitas de Locação de Bens Móveis e

de Prestação de Serviços não relacionados nos §§ 5º-C e 5º-D do art. 18 desta Lei

Complementar. .................................................................................................................... 73

Tabela 4: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de

serviços relacionados no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar. .................................... 74

Tabela 5: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de

serviços relacionados no § 5º-D do art. 18 desta Lei Complementar. .................................... 75

Tabela 6: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de

serviços relacionados no § 5o-I do art. 18 desta Lei Complementar ...................................... 78

Tabela 7: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Tributação: Lucro

Presumido e Simples com o faturamento de R$ 150.000,00.................................................. 83

Tabela 8: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Partilha do Simples

com o faturamento de R$ 150.000,00 ................................................................................... 84

Tabela 9: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Tributação: Lucro

Presumido e Simples com o faturamento de R$ 300.000,00.................................................. 85

Tabela 10: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Partilha do Simples

com o faturamento de R$ 300.000,00 ................................................................................... 86

Tabela 11: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Tributação: Lucro

Presumido e Simples com o faturamento de R$ 600.000,00.................................................. 87

Tabela 12: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Partilha do Simples

com o faturamento de R$ 600.000,00 ................................................................................... 88

Tabela 13: Atividade Clinica Médica com Internação. Tributação: Lucro Presumido e Simples

com o faturamento de R$ 45.000,00 ..................................................................................... 89

Tabela 14: Atividade Clinica Médica com Internação. Tributação: Lucro Presumido e Simples

com o faturamento de R$ 900.000,00 ................................................................................... 90

Tabela 15: Atividade Clinica Médica com Internação. Tributação: Lucro Presumido e Simples

com o faturamento de R$ 150.000,00 ................................................................................... 91

Tabela 16: Atividade Clinica Médica com Internação. Partilha do Simples com o faturamento

de R$ 150.000,00 ................................................................................................................. 92

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Tabela 17: Atividade Clinica Médica com Internação. Tributação: Lucro Presumido e Simples

com o faturamento de R$ 300.000,00 ................................................................................... 93

Tabela 18: Atividade Clinica Médica com Internação. Partilha do Simples com o faturamento

de R$ 300.000,00 ................................................................................................................. 94

Tabela 19: Atividade Clinica Médica com Internação. Tributação: Lucro Presumido e Simples

com o faturamento de R$ 600.000,00 ................................................................................... 95

Tabela 20: Atividade Clinica Médica com Internação. Partilha do Simples com o faturamento

de R$ 600.000,00 ................................................................................................................. 95

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LISTA DE SIGLAS

CF – Constituição Federal

CGSN – Comitê Gestor do Simples Nacional

COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico

CTN – Código Nacional

CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de

Créditos e Direitos de Natureza Financeira

CRC – Conselho Regional de Contabilidade

CRM – Conselho Regional de Medicina

CSLL – Contribuição Sobre o Lucro Liquído

DAS – Documento de Arrecadação do Simples Nacional

DARF – Documento de Arrecadação de Receitas Federais

DEFIS – Declaração de Informação Socioeconômicas e Fiscais

DF – Distrito Federal

EPP – Empresa de Pequeno Porte

FINSOCIAL – Fundo de Investimento Social

ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação

de Serviços

LC – Lei Complementar

IE – Imposto de Exportação

II – Imposto de Importação

INSS – Instituto Nacional do Seguro Social

IOF – Imposto sobre Operações Financeiras

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados

IPVA – Imposto sobre a Propriedade de veículos Automotores

IPTU – Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana

IRPJ – Imposto Renda Pessoa Jurídica

ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

ITBI – Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e Direitos a eles Relativos

ITCMD – Transmissão de causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos

ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

ME – Microempresa

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MEI – Micro Empreendedor Individual

MGE – Médias e Grandes Empresas

OAB – Ordem dos Advogados do Brasil

PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

PGDAS-D – Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional –

Declaratório

PIB– Produto Interno Bruto

PIS – Programa de Integração Social

PJ – Pessoa Jurídica

RBT 12 – Receita Bruta Acumulada dos 12 meses anteriores ao período de apuração

RFB – Receita Federal do Brasil

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

STN – Sistema Tributário Nacional

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12

1.1 PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS ................................................................................ 13

1.1.1 Problemática .............................................................................................................. 13

1.1.2 Objetivos .................................................................................................................... 13

1.1.2.1 Objetivo Geral .......................................................................................................... 13

1.1.2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................... 14

1.2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................... 14

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 16

2.1 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA ............................................................................... 16

2.1.1 Histórico da Contabilidade Tributária ..................................................................... 17

2.1.1.1 Histórico da Contabilidade Tributária no Brasil ........................................................ 17

2.2 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL ......................................................................... 19

2.2.1 Tributos ..................................................................................................................... 21

2.2.2 Classificação de tributos ........................................................................................... 21

2.2.3 Divisão de Tributos ................................................................................................... 22

2.2.3.1 Impostos ................................................................................................................... 22

2.2.3.2 Taxas ........................................................................................................................ 23

2.2.3.3 Contribuições ........................................................................................................... 24

2.2.3.4 Empréstimo compulsório .......................................................................................... 27

2.3 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ................................................................................... 27

2.3.1 Distribuição da Competência .................................................................................... 28

2.4 LIMITAÇÃO NO PODER DE TRIBUTAR ................................................................... 35

2.5 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ....................................................................................... 40

2.6 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ................................................................................ 41

2.6.1 Formas de Tributação ............................................................................................... 42

2.6.1.1 Lucro Presumido ...................................................................................................... 42

2.6.1.2 Lucro Real ................................................................................................................ 45

2.6.1.3 Lucro Arbitrado ........................................................................................................ 47

2.6.1.4 Simples Nacional...................................................................................................... 50

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2.7 SIMPLES NACIONAL .................................................................................................. 50

2.7.1 Conceito de ME (Microempresa) e EPP (Empresa de Pequeno Porte). .................. 51

2.7.2 Simples Federal ......................................................................................................... 52

2.7.3 Simples Nacional ....................................................................................................... 53

2.7.3.1 Características do Simples Nacional. ........................................................................ 55

2.7.3.2 CGSN (Comitê Gestor do Simples Nacional) ........................................................... 56

2.7.3.3 Quem Pode Optar pelo Simples Nacional. ................................................................ 57

2.7.3.4 Quem não pode optar pelo Simples Nacional. ........................................................... 58

2.7.3.5 Atividades que Passaram a Poder Optar pelo Simples Nacional Através da Lei

Complementar n° 147° de 7 de Agosto de 2014. ................................................................. 59

2.7.3.6 Como se da opção pelo Simples Nacional ................................................................. 60

2.7.3.7 Exclusão do Simples Nacional .................................................................................. 61

2.7.3.8 Fiscalização .............................................................................................................. 63

2.7.3.9 Alíquota e Base de Calculo ....................................................................................... 64

2.7.3.10 Pagamento e Declaração ......................................................................................... 66

2.7.3.11 Obrigações acessórias ............................................................................................. 68

2.7.3.12 Anexo do Simples Nacional ................................................................................... 70

3 METODOLÓGIA ........................................................................................................... 80

4 ANALISE E RESULTADOS .......................................................................................... 82

4.1 GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA – ANEXO V... 83

4.1.1 Faturamento Trimestral de R$ 150.000,00. .............................................................. 83

4.1.2Faturam ento Trimestral de R$ 300.000,00. .............................................................. 85

4.1.3 Faturamento Trimestral de R$ 600.000,00. .............................................................. 87

4.2 CLINICA MÉDICA COM INTERNAÇÃO – ANEXO VI ............................................. 89

4.2.1 Faturamento Trimestral R$ 45.000,00 e R$ 900.000,00 (Serviços hospitalares) ..... 89

4.2.2 Faturamento Trimestral de R$ 150.000,00 ............................................................... 91

4.2.3 Faturamento Trimestral de R$ 300.000,00 ............................................................... 93

4.2.4 Faturamento Trimestral de R$ 600.000,00 ............................................................... 94

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 97

6 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 99

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente no Brasil as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte são figuras

importantes, pois são significantes geradoras de emprego e são peças importantes na

economia do País.

Essas empresas, por conseguintes são fatores de relevância na constituição do PIB

(Produto Interno Bruto) e geram muitos empregos, conforme Lima (2014) elas são

importantes fontes geradoras de riqueza no País, tanto no comércio, quanto na indústria elas

se aproximam dos percentuais das médias empresas e no setor de serviço representa um terço

da produção nacional.

Diante dessa situação, o planejamento tributário tonar-se importante, pois, é por meio

dele que é possível, uma redução de custo visando melhorar o desempenho da empresa, e

trata-se de uma forma menos onerosa de pagar os tributos.

É nesse contexto que entra o Simples Nacional, como uma das formas de modalidades

tributárias, que visa simplificar a arrecadação através da unificação de alguns tributos e

contribuições e também possibilitando de retirar essas empresas da ilegalidade.

No entanto em 2014 o Simples sofreu alterações, validas a partir de 2015. E diante

desse acontecimento que esse trabalho, tem como objetivo geral verificar se existirá redução

da carga tributária, ou não, para duas atividades (V anexo e VI anexo do Simples) incluídas

pela Lei complementar n° 147, de agosto de 2014, entrarem no Simples nacional quando

comparado com o Lucro Presumido.

E para o melhor entendimento desse assunto, também serão tratados outros temas

como, o Sistema Tributário Nacional, os tributos existentes, trabalhando conceitos que irão

fundamentar o trabalho.

Na parte referente aos tributos, também serão demonstrados os princípios sobre qual

são regidos a contabilidade tributária. As formas de regime tributários existentes no Brasil,

também serão demonstradas nesse trabalho, para que se possa fazer, a comparação com o

Simples. Desse modo os regimes estudados serão o Lucro Real, Lucro Presumido e Lucro

Arbitrado, dando mais ênfase no Simples Nacional, pois é nesse regime que está sendo

incluídas as novas atividades.

Sobre a metodologia usada é pertinente dizer que, quanto a sua natureza é básica de

abordagem qualitativa e com objetivos classificados como explicativo e descritivo, terminado

por se uma pesquisa de procedimentos técnicos bibliográficos.

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13

No tocante a justificativa o tema é importante, pois tratar-se da questão tributária das

microempresas e empresas de pequeno porte, que são responsáveis por boa parte do produto

interno bruto.

1.1 PROBLEMÁTICA E OBJETIVOS

A seguir será apresentada a problemática do trabalho, os objetivos gerais e específicos

deste trabalho.

1.1.1 Problemática

A partir do dia 01 de janeiro de 2015, foram incluídas novas atividades, que poderão

aderir ao regime do Simples Nacional Pela Lei Complementar n° 147, de agosto de 2014. E

diante disso a problemática que irá nortear o trabalho será a seguinte. Haverá redução da

carga tributária, para as duas empresas estudadas, Gestão e Administração da Propriedade

Imobiliária (anexo V), e Clinica Médica Com Internação (Anexo VI), incluídas pela Lei

Complementar n° 147/2014, aderir ao simples, quando comparado com Lucro Presumido?

1.1.2 Objetivos

Objetivos podem ser considerados como meta, resultados que o trabalho pretende

atingir com a sua elaboração. Objetivos são divididos em geral e específicos.

O objetivo geral é amplo, é aquele que se for atendido responde a pergunta que deu a

origem do trabalho. Acrescenta (GONÇALVES, 2008) objetivos gerais são metas de longo

prazo e contribuições que trabalho pretende trazer normalmente esses objetivos é uma

resposta satisfatória ao seu problema de pesquisa.

Quantos aos específicos são os desdobramentos do objetivo geral explica

(GONÇALVES, 2008) são metas que, somadas cominarão no desfecho do objetivo geral. Ou

seja, eles são os passos que se realizados responderão ao objetivo geral.

1.1.2.1 Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo geral, verificar se ocorrerá a redução tributária, ou

não, para as duas atividades (cada uma de um anexo do Simples) incluídas pela Lei

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14

complementar n° 147, de agosto de 2014, entrarem no Simples Nacional, quando comparado

com, o Lucro Presumido.

1.1.2.2 Objetivos Específicos

Para alcançar o objetivo geral, será primeiro atendidos os objetivos específicos. Que

serão os seguintes:

• Apresentar as atividades inclusas pela Lei Complementar n° 127 de agosto de 2014 com

vigência a partir de 2015

• Comparar o Simples Nacional com o lucro Presumido

• Identificar as vantagens e desvantagens da adesão do simples das novas atividades

1.2 JUSTIFICATIVA

A importância desse tema se justifica devido, ao crescimento das MEs (Micro

Empresas) e das EPPs (Empresas de Pequeno Porte).

Conforme Fonseca (2014) uma pesquisa do SEBRAE demonstra que houve um

aumento de 25,2% de ME, quando comparado os anos de 2009 e 2012 e, as Empresas de

Pequeno Porte nesse período obtiveram um crescimento de 43,1%, superando a taxa de

crescimento das Médias e Grandes Empresas (MGE), de 31,2%.

Além do fator crescimento, esse tema também se justifica em razão dessas empresas

viverem em um ambiente cada vez mais competitivo, em virtude das novas tecnologias, da

abertura de novas empresas.

Porém mesmo com esse novo ambiente, cabe ressalta que ainda existe altos índices de

mortalidade empresarial. Diante disso o planejamento tributário pode ser utilizado como uma

forma de evitar, o fechamento ou a falência das empresas, pois com ele é possível conhecer

melhor a empresa e ter mais controle sobre a mesma, além de conseguir pagar o tributo de

forma menos onerosa e licita. Explica (SALIM, 2013) o planejamento tributário é de suma

importância para a manutenção da existência das empresas. Considerando a variedade de

tributos existentes em nosso país, a alta carga tributária, que vem representado uma parcela

importante do resultado das Empresas.

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Como consequência de um mercado cada vez mais competitivo e a pesada carga

tributária, as ME e EEP que buscam se estabilizar, devem procurar benefícios e a diminuição

de tributos, para que possam aumentar seu ciclo de vida.

O Simples Nacional entra neste contexto como uma forma opcional de regime

tributário, no caso da ME e EPP, no qual se busca uma redução na burocracia, pois unifica os

recolhimentos de diferentes tributos em uma única guia. Podendo o mesmo ser de acordo a

atividade da empresa forma de tributação menos custosa. Cabe ressalta que, para o MEI

(Micro Empreendedor Individual) ele é obrigatório.

Além das justificativas já demonstradas é importante lembrar que o Estado tem

interesse na formalização dessas empresas no mercado, pois, segundo o Portal do

empreendedor1, em 2014 as micros e pequenas empresas representam 27% do PIB (Produto

Interno Bruto) do país e isso vem aumentado durante os últimos cinco anos. Devido essa

circunstância o Simples Nacional, também veio preencher essa necessidade.

Atualmente a Lei Complementar n° 147, de agosto de 2014, a partir do dia 01 de

janeiro de 2015 incluiu novas atividades ao Regime do Simples Nacional, que poderão optar

pelo Simples Nacional. É nesse contexto que entra o objetivo do trabalho, que procura

identificar se existirá redução da carga tributária, se as seis as seis atividades estudadas,

aderirem ao Simples Nacional.

A importância desse tema, para a sociedade, encontra-se no fato de ser um assunto

relacionado com a arrecadação dos tributos, que podem influenciar na sobrevivência e na

formalização das empresas que estão listadas no Simples Nacional e o fato delas serem,

segundo o Portal do Empreendedor as maiores fontes de riqueza do comércio do país, o seu

crescimento e fechamento mexem com a economia.

Já para o acadêmico a importância desse assunto reside no fato do mesmo pertence a

uma área da contabilidade de grande importância, a fiscal, a qual tem como obrigação atender

as exigências do fisco e, do cliente que busca aumentar seus lucros.

Contudo para a academia é uma fonte de informação.

1 Retirado do site do Portal do Empreendedor. Disponível em:

<http://www.portaldoempreendedor.gov.br/noticias/noticias-do-portal/micro-e-pequenas-empresas-geram-27-do-

pib-do-brasi>. Acesso em: 13 de junho de 2014

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Antes de responder o tema deste trabalho, será abordados outros tópicos para melhor

compreensão do assunto. Que visam esclarecer, quem dispõe sobre o tributo; sua

conceituação; o que é e como funciona o Simples e entre outros fatores relevante relacionados

ao assunto.

2.1 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA

A contabilidade tributária ou contabilidade fiscal tem a função de apurar e conciliar os

tributos de uma entidade, Fabretti (1997, p.25) define a Contabilidade Tributária como sendo:

“O ramo da Contabilidade que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e

normas básicas da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada.”.

Na visão de Oliveira et al (apud ZANGIROLAMI, 2010, p.19), pode-se dizer que

contabilidade tributária é “o estudo da teoria e a aplicação prática dos princípios e normas

básicas da legislação tributária, sendo responsável pelo gerenciamento dos tributos.”

Acrescenta (FABRETTI, 1999, p.27):

o objetivo da contabilidade tributária é apurar com exatidão o resultado econômico

do exercício social, demonstrando de forma clara e sintética, para, em seguida,

atender de forma extracontábil as exigências, como por exemplo, das legislações do

Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o

lucro (CSL) determinando a base de cálculo fiscal para formação das provisões destinadas ao pagamento desses tributos, as quais serão abatidas do resultado

econômico (Contábil), para determinação do lucro liquido à disposição dos

acionistas, sócios ou titular de firma individual.

Portanto pode se concluir que esse ramo da contabilidade visa apurar os impostos e

atender as exigências do fisco. Além de ser essencial ao contador, pois trata-se de um

elemento que o ajuda escolher, o melhor procedimento para conseguir alcançar seus

objetivos. Pagando menos impostos e multas, por meio do controle das obrigações e de

planejamento tributário.

E diante do cenário Brasileiro a contabilidade tributaria ganha maior importância,

devida elevada carga tributária e complexo sistema tributário.

Conforme ribeiro (2005) a carga tributária pode ser entendida como a medida dos

esforços da sociedade para financiar as politicas públicas, ou seja, é a parcela retirada do

contribuinte para financiar as ações do governo.

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Quanto à complexidade do STN, (HIRATA, 2012), reside, na dificuldade do

entendimento da lei, como na demora do comprimento das obrigações tributárias, isso ocorre

devido à complexidade da legislação.

Diante disso o planejamento tributário se faz necessário para a gestão de uma empresa.

Nos próximos tópicos será conceituado o planejamento tributário e sua função. Pois é

através de um planejamento que se sabe qual é o melhor regime de tributação.

2.1.1 Histórico da Contabilidade Tributária

Em relação à origem, da contabilidade tributaria, se faz necessário, falar primeiro do

surgimento da contabilidade, a qual não se sabe onde se originou exatamente, mas se conhece

seu propósito de registrar as informações e controlar o patrimônio do homem.

Iudicibus (2000) acrescenta:

[...] os objetivos da contabilidade pode ser feito na base de duas abordagens

distintas: ou consideramos que o objetivo da contabilidade é fornecer aos usuários,

independentemente de sua natureza, um conjunto básico de informações que,

presumivelmente, deveria atender igualmente bem a todos os tipos de usuários, ou a

contabilidade deveria ser capaz e responsável pela a apresentação de cadastros de

informações totalmente diferenciados, para cada tipo de usuário.

Para atender ao objetivo de controlar o patrimônio, a contabilidade, se utilizou da

escrituração, para registrar os fatos, e a partir desse processo, que se começou elaborar os

livros: diário, razão e entre outros. Que são ferramentas da contabilidade tributária.

Com a transformação da sociedade, a contabilidade foi se modificado e ampliando

seus ramos de atuação, para atender, as novas necessidades da população, como exemplo: o

surgimento da área fiscal, que busca acolher todas as exigências do fisco.

2.1.1.1 Histórico da Contabilidade Tributária no Brasil

No Brasil, a contabilidade começou na era colonial, com a necessidade de controle e

desenvolvimento das alfândegas em 1530.Como explica, Reis, Silva, Silva. (2007). foram

criados os armazéns alfandegários, para controlar as alfândegas, como consequência

Portugal nomeou o primeiro Contador Geral das terras do Brasil.

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E com a chegada da Família real ao Brasil em 1808, ocorre o desenvolvimento

socioeconômico e cultural do País devido, a abertura de portos a nações amigas. Acrescenta

Feital, Oliveira, Silva (2010, p.5):

No Brasil, a vinda da Família Real portuguesa incrementou a atividade colonial,

exigindo um melhor aparato fiscal, já que houve um aumento dos gastos públicos e

também das rendas dos Estados. Com isso constitui-se o Erágio Régio ou o Tesouro

Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808).

O Erário Régio, como dito na citação, foi uma forma de controlar as contas publicas,

com ele foi aplicado os métodos das partidas dobradas. O Erário era composto por um

contador, um procurador fiscal e, um presidente que era como um inspetor.

Como explica, (REIS, SILVA, SILVA. 2007), esse órgão tinha a função de realizar a

arrecadação, administração e distribuição financeira e fiscal.

Diante do que foi demonstrado, nesse tópico, é possível perceber uma “ligação” da

contabilidade com as normas ditas pelo governo. Sendo assim, a seguir será pontuados alguns

eventos, que afetaram a contabilidade tributária, através da interferência do Estado:

Quinto, que era a quinta parte da venda de madeira, foi o primeiro tributo Cobrado.

Em 1843, ocorreu a primeira tentativa de implementação do Imposto de renda, devido ao

Brasil, ter um produto forte no mercado internacional e a falta de produtos nacionais para

suprir as necessidades internas.

No Brasil Imperial, os impostos passaram a custear gastos militares.

Na época cafeeira a região de São Paulo e Minas Gerais, tinham benefícios tributários.

Na era Vargas. O poder foi centralizado e politica tributária passar a ter um direcionamento

nacional.

Na Constituição em 1946, ocorreu alterações que mudaram a discriminação de renda no

País, explica Barros (2012,p. 7):

Constituição de 1946 ofereceu uma nova forma de discriminação das rendas tributárias, estruturando-se, essencialmente, em alguns fundamentos básicos: a

coexistência de um sistema tributário autônomo para cada unidade da federação, ou

seja, União, Estados e Municípios, e a aceitação legal de uma classificação jurídica

dos impostos. Os valores a serem cobrados na forma de impostos passaram a ser

calculados com base nos custos e despesas do ano fiscal anterior.

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Constituição de 1995, o Presidente passou possuir maiores poderes, como poder enviar

projetos ao congresso, entre outros. Do ponto Fiscal a Constituição de 1995, Barros (2012, p.

7-8), esclarece:

[...] buscava reestruturar a economia e, para isso, o Governo adotou um plano

composto por três etapas que se relacionavam entre si. No seu primeiro momento, a

adoção de medidas emergenciais; em seguida estabeleceria formas para melhorar a

arrecadação de impostos; num terceiro e último momento, a criação de uma

comissão para manejar os temas relacionados à tributação.

Com a adoção da Constituição de 1988, despontaram os Princípios gerais da tributação, o

Estado passou ter limitações em tributar, e os impostos para serem criados deveriam estar

definidos em lei.

Com esse histórico é possível, constatar que a contabilidade, tributária é muito atrelada

à legislação, pois qualquer alteração, poderá provocar um aumento em obrigações , mudanças

na forma de tributação, entre outros.

Com isso o contador, tem que se atentar à contabilidade Fiscal, pois se ela for feita de

forma correta, matem a empresa na regularidade e, se for manejada com um foco mais

gerencial, poderá reduzir a carga tributaria da empresa, por meio de um planejamento

tributário.

No Tópico a seguir será abordado o Sistema Tributário Nacional, que explicita a forma

que os tributos são arrecadados.

2.2 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

O Sistema Tributário Nacional (STN) é um conjunto de regras jurídicas, que dispõe

sobre os tributos e sua forma de arrecadação.

De acordo com Almeida (2013) o Sistema Tributário Nacional pode ser entendido

como, disposições legais que informa qual é o fato gerador da obrigação principal, ou seja, o

fato que cria a obrigação de recolher e pagar tributos seja pela posse de determinado bem

(casas, terrenos, apartamentos, veículos, barcos, aviões, etc.) ou pelo recebimento de renda,

remuneração ou faturamento. Em relação às pessoas jurídicas o fato gerador consiste da venda

de produtos, mercadorias, prestação de serviços, e outras transações comerciais previstas no

Sistema Tributário Nacional.

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O STN é regido pela Emenda Constitucional n° 18 de dezembro de 1965. A qual

descreve que o mesmo é composto por impostos, taxas e contribuições de melhoria (os

tributos abrangidos pela STN serão abordados nos próximos tópicos), além de discorre sobre,

de quem é a competência de tributar e, o que é vedado à União; aos Estados; ao Distrito

Federal e aos Municípios.

Emenda Constitucional n° 18 de dezembro de 1965.

Art. 2º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - Instituir ou majorar tributo sem que a lei o estabeleça, ressalvados os casos

previstos nesta Emenda;

II - cobrar impôsto sôbre o patrimônio e a renda, com base em lei posterior à data

inicial do exercício financeiro a que corresponda;

III - estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais;

IV - cobrar impostos sôbre:

a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros;

b) templos de qualquer culto;

c) o patrimônio, a renda ou serviços de Partidos políticos e de instituições de

educação ou de assistência social, observados os requisitos fixados em lei

complementar;

d) o papel destinado exclusivamente à impressão de jornais, periódicos e livros.

§ 1º O disposto na letra a, do nº IV é extensivo às autarquias, tão-sòmente no que se

refere ao patrimônio, à renda ou aos serviços vinculados às suas finalidades

essenciais, ou delas decorrentes. § 2º O disposto na letra a, do nº IV não é extensivo aos serviços públicos

concedidos, cujo tratamento tributário é estabelecido pelo poder concedente no que

se refere aos tributos de sua competência, ressalvados os serviços públicos federais

concedidos, cuja isenção geral de tributos pode ser instituída pela União, por meio

de lei especial e tendo em vista o interêsse comum.

Art. 3º É vedado:

I - à União, instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou

que importe distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou Município;

II - aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estabelecer diferença

tributária entre bens de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu

destino.

Outra lei pertinente ao STN e que tem a função de regulamenta-lo, trata-se da lei n°

5.172 de 25 de outubro de 1996. Que define a competência tributária e suas limitações e

conceitua o que é tributo.

Enquanto na constituição os suportes a esse sistema estão nos artigos 145° ao 160°,

que explana sobre os princípios gerais, a repartição da receita tributária e quais são os

impostos pertinentes, a União, aos Estados e aos municípios.

Como já foi dito o STN dispõe sobre os tributos, no próximo tópico os mesmos vão

ser conceituados, será conhecido como eles são classificados e outras características.

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2.2.1 Tributos

Lei n° 5.172 de 25 de outubro de 1996. “Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária

compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato

ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”

Segundo Martins (2014, p. 160-161, grifo nosso) conceitua-se tributo como:

Tributo é objeto da relação tributária. É uma prestação de dar, de pagar. Não se

trata de uma obrigação de fazer ou não fazer. Prestação pecuniária é a que pode ser exigida em moeda ou valor que nela possa

exprimir-se.

O tributo é compulsório, por interdepender da vontade da pessoa de contribuir.

A pessoa não paga o tributo por que quer ou gosta.

A previsão do tributo deve estar inserida em lei para que possa ser cobrado, de

acordo com o princípio da estrita legalidade tributária.

Não constitui o tributo em sanção de ato ilícito. Não é uma penalidade, como na

sanção pelo descumprimento da lei.

A atividade administrativa plenamente vinculada é feita pelo lançamento do

fiscal. Compreende o ato de que a autoridade administrativa não tem a liberdade de

agir, entre mais de uma situação. A autoridade fica inteiramente vinculada á previsão legal. A autoridade administrativa não tem discricionariedade para exigir

tributo.

Ou seja. É um pagamento que é obrigado pagar ao estado, independente da vontade do

contribuinte, no qual o pagamento deve ser feito em moeda corrente salvo condições

especiais. Além de ser originado por ações licitas, e não por infrações, e ser obrigatoriamente

instituído por lei valida. Conforme o art. 150° da CF: “Art. 150. Sem prejuízo de outras

garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e

aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;”.

Outra característica importante do tributo é o fato dele ser cobrado mediante a

atividade administrativa vinculada. Como explica Fabretti e Fabretti (2013, p. 37): “A

administração pública, para efetuar a cobrança dos valores dos tributos, tem que agir na forma

e nos estritos limites fixados em lei, sem o que haverá abusos ou desvio de poder, o que

tornará a referida cobrança passível de anulação.”.

2.2.2 Classificação de tributos

Os tributos podem ser divididos em fiscais, em extrafiscais, e para fiscais.

a) Fiscais. São tributos arrecadados para o poder publico, para o bem geral da sociedade.

Silva (2014) diz que o mesmo possui caráter arrecadatório, ou seja, somente arrecada para

custear suas atividades e a própria vivencia. Ex.: Imposto sobre a propriedade de veículos.

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b) Extrafiscais. São tributos que tem a função de regular a economia e restringis algumas

condutas nocivas. Silva (2014) explica, são os tributos que tem a função de se interpor na

economia para estimular ou desestimular, um setor ou uma região. Ex.: Imposto de

Exportação e o Imposto de Importação.

c) Parafiscal. São tributos vinculados a recursos que não são característicos do estado. Silva

(2014) descreve que eles servem para custear uma atividade, que a priori, não é comum do

Estado, mas que o mesmo desenvolve através de atividades especificas. Ex.: taxa anual do

CRC e da OAB.

2.2.3 Divisão de Tributos

Além da classificação acima os tributos podem ser divididos em duas espécies, em

vinculados e não vinculados. No qual as contribuições especiais integram uma terceira espécie

conforme Fabretti e Fabretti (2013, p.37) [...] o art.149 da CF, cujas normas tributárias

passaram a vigorar a partir de 1°-3-89, introduziu como nova espécie tributária as

contribuições especiais.

Ou seja, os tributos são compostos por impostos, taxa, e contribuições. E de acordo

alguns autores o empréstimo compulsório.

2.2.3.1 Impostos

São tributos não vinculados, ou seja, não estão ligados, a nenhuma atividade estatal

especifica em relação ao contribuinte. Conforme o art. 16° da lei n°5.172./66 “Imposto é o

tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade

estatal específica, relativa ao contribuinte.”.

A incidência dos impostos afirma Chimente (2007) ocorre sobre um comportamento

do contribuinte, como por exemplo, o ICMS em operações mercantis. Ou sobre a situação em

que o contribuinte se encontra como no caso do IPTU.

De acordo com e esse mesmo autor os imposto podem ser pessoais ou reais. Os

Pessoais levam em consideração os rendimentos do contribuinte (o Imposto de Renda). Os

Reais se referem a uma coisa e não ao contribuinte (o Imposto sobre a Propriedade Predial e

Territorial Urbana).

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Quanto a competência dos impostos é de responsabilidade exclusiva da União (IE, II,

IR, IPI, IOF, ITR e IGF), dos Estados e do Distrito Federal (ITD, ICMS, e IPVA) e dos

municípios (ITBI, ISS IPTU).

Os impostos extraordinários de guerra são de competência da união, e criados por lei

complementar.

2.2.3.2 Taxas

Taxa é um tributo vinculado, ou seja, está ligado á alguma atividade estatal prestada

ou colocada à disposição. Conforme Junior (2008, p.12):

A taxa é o tributo voltado a viabilizar o regular o exercício do poder de policia

administrativa prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, efetiva ou

potencialmente fruídos pelo sujeito passivo, sendo vedada utilização de fato gerador

ou base de cálculo típicos dos impostos

Trata-se, portanto de uma exação contraprestacional, na medida em que vincula-se a

uma atividade especifica desempenhada pela Estado, a qual serve de parâmetro par o

estabelecimento de sua hipótese de incidência e base de cálculo. Ou seja, deve haver

referibilidade entre a taxa e atividade estatal respectiva.

As taxas podem ser classificadas em taxas de serviço e taxas de policia. O primeiro

refere-se aos serviços publico essenciais disposto para o uso da sociedade. O segundo trata-se

da taxa cobrada devido ao exercício regular do poder de policia administrativa. Conforme

Chimente (2007, p.54) o poder de policia “É o poder de limitar e disciplinar direitos e deveres

com base no interesse público, regulando questões pertinentes á segurança, higiene, á ordem

etc.(taxa de publicidade, taxa de fiscalização e elevadores etc.)”.

Conforme Martins (2014, p.163) entende se por taxa de serviço “A taxa de serviço é a

dependente de serviços prestados ou posto à disposição do contribuinte. Exemplo seria a taxa

de limpeza pública”. Segundo o mesmo autor serviços prestados ao contribuinte é:

[...] Aquele realizado efetivamente e não mera possibilidade de ser algum dia

proporcionado. Serviço posto à disposição é o que a Administração Publica

proporciona ao contribuinte, mesmo que este não o utilize. O serviço posto a

disposição do contribuinte mediante atividade administrativa em efetivo

funcionamento. Exemplifica-se: o fato de o contribuinte deixar de colocar o lixo

para ser recolhido. Tal situação não pode implicar a inexistência do tributo, pois o

serviço está sendo colocado à disposição do sujeito passivo.

Quanto aos serviços públicos citado no artigo 77° do STN (Sistema Tributário

Nacional) eles podem ser específicos ou divisíveis.

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Específicos, quando podem ser previstos e separados em unidades autônomas de

intervenção. Já os divisíveis, são serviços que o os custos posam ser divididos, possibilitando

que as pessoas posam usar esses serviços separados dos outros usuários.

Sobre a base de calculo das taxas é importante ressaltar que a mesma não pode ter a

mesma base usada nos imposto, conforme o artigo 77° paragrafo único “A taxa não pode ter

base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada

em função do capital das empresas.”.

Em relação a competência, é de responsabilidade da União, Estados, Distrito Federal

ou Municípios, só o Poder Publico pode prestas as atividades.

2.2.3.3 Contribuições

As contribuições podem ser divididas em contribuição de melhoria e contribuições

especiais.

I. Contribuições de melhoria é um tributo vinculado que tem como objetivo de custear

obras públicas, que acarretem valorização imobiliária. Conforme o decreto lei n° 195/1967

artigo 2° será cobrada é contribuição nas obras:

Art 2º Será devida a Contribuição de Melhoria, no caso de valorização de imóveis de

propriedade privada, em virtude de qualquer das seguintes obras públicas: I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e

outros melhoramentos de praças e vias públicas;

II - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes, túneis e

viadutos;

III - construção ou ampliação de sistemas de trânsito rápido inclusive tôdas as obras

e edificações necessárias ao funcionamento do sistema;

IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações de redes

elétricas, telefônicas, transportes e comunicações em geral ou de suprimento de gás,

funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública;

V - proteção contra sêcas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento de

drenagem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos d’água e irrigação;

VI - construção de estradas de ferro e construção, pavimentação e melhoramento de

estradas de rodagem;

VII - construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos;

VIII - aterros e realizações de embelezamento em geral, inclusive desapropriações

em desenvolvimento de plano de aspecto paisagístico.

Essa contribuição tem como limite de cobrança o custo das obras, que será dividido

entre os donos dos imóveis conforme o tamanho das propriedades. Para a cobrança ser feita é

necessário fazer uma notificação ao contribuinte. Conforme o artigo 82° da lei 5.172./66,

paragrafo 2 “§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser

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notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos

elementos que integram o respectivo cálculo.”

II. Contribuições especiais são tributos que tem uma destinação especifica. Que está prevista

no artigo 49° da CF. essa contribuições estão subdivididas em: sociais, intervenção

econômica, categoria profissional e de custeio do serviço de iluminação publica.

a) Sociais, são contribuições que tem a função de custear as atividades relacionadas ao campo

social, para Chimente (2007, p.46):

Contribuições sociais são aquelas destinadas a financiar a concretização dos direito sociais previstos na Constituição Federal, ou seja, o direito à seguridade social

(sistema que engloba a previdência social a saúde pública e a assistência social), à

habitação, à educação etc. Tem função fiscal.

Outra característica dessa contribuição é o fato de ela ter referibilidade direta ou

indireta, ou seja, para o sujeito passivo ela pode funciona como imposto ou taxa.

Vale lembrar que as contribuições sociais se subdividem é previdenciárias e não

previdenciárias. As primeiras são as que servem para o custeio da Previdência Social. Já as

segundas, são voltadas para o custeio da Assistência Social e da Saúde Pública, explica

(CARDOSO, 2011).

Como exemplo de contribuições previdenciárias tem o INSS.

E como exemplos de não previdenciárias, a CSLL (Contribuição Sobre o Lucro

Liquido), PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição para o

Financiamento da Seguridade Social). Nos próximos parágrafos, serão mais bem apresentados

esses exemplos, pois eles compõem o cálculo dos regimes tributários.

I- CSLL (Contribuição Sobre o Lucro Liquido) visa o financiamento da seguridade social,

está amparada pela Lei n°7689/88. Ela tem como contribuinte as pessoas jurídicas

domiciliadas no país e as que são equiparadas a ela. Sua base de cálculo é o resultado do

exercício antes da provisão do Imposto de Renda ajustado por adições e exclusões permitidas

na lei (AGUIAR, NEVES, VICECONTI, 2009).

Quanto sua alíquota será de 20% para pessoa jurídica de seguro privado, de

capitalização financeira e as atividades descritos nos incisos I a VII, IX e X do § 1º do art. 1º

da Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001. E de 9% para as demais pessoas

jurídicas.

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II- PIS (Programa de Integração Social) foi criada pela Lei Complementar n° 7/1970 com a

intensão de promover a integração do empregado no desenvolvimento e na vida da empresa.

Além de estimular a poupança, corrigir as distorções da distribuição de renda e tornar possível

que o valor acumulado, seja utilizado para o crescimento econômico-social. Acrescenta

(AGUIAR, NEVES, VICECONTI, 2009) mas com a promulgação da Constituição de 88 os

objetivos mudaram, pois o PIS foi vinculado ao custeio do seguro-desemprego e do abono do

empregado.

Seus contribuintes são ás pessoas jurídicas de direito privados, as entidades a ela

equiparadas e as pessoas jurídicas de direito público interno. Sua base de cálculo é soma das

receitas recebidas pela pessoa jurídica e, a folha de salário para as entidades descritas no art.

13 da Medida Provisória n° 2.158-35/2001. Quanto ás alíquotas elas são de 0,65 ou 1,65, na

modalidade não acumulativa e sobre a folha de pagamento será de 1%..

III- Quanto a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) veio

substituir a contribuição FINSOCIAL, Que tinha a finalidade de gerar recursos para União

elaborar programas sociais, pois o orçamento federal não possuía recursos.

Seus contribuintes são as pessoas jurídicas de direito privado e as pessoas equiparadas

a ela pela legislação do imposto de renda, exceto as microempresas e empresas de pequeno

porte optantes pelo Simples nacional. Sua base de cálculo é o soma dos recebimentos de

receitas. Quanto suas alíquotas são de 3% ou 7,6% na modalidade não cumulativa.

b) Intervenção econômica, ou CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico),

tem a função de intervir na economia para controla-la de acordo com os princípios

econômicos e a politica. Junior (2008, p.15) explica:

Como o próprio nomen juris indica trata-se de uma contribuição destinada à

promoção de intervenção n seara econômica.

Como exemplo pode ser indica da a contribuição incidente sobre a comercialização

de combustíveis (CIDE), prevista no art.177. §4° CF.

A CIDE é de competência exclusiva da União.

c) Categoria profissional tem a função de gerar recursos para custear as atividades de

sindicatos, órgãos de fiscalização profissionais. Ou seja, é o valor pago pelos profissionais á

seus órgãos de fiscalização. Chimente (2007, p.46) diz:

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As contribuições profissionais são instituídas em favor de categorias profissionais

(sindicatos de empregados) ou econômicas (sindicatos dos empregadores). São

denominadas contribuições sindicais, que têm função parafiscal e são exigíveis de

todos os integrantes da categoria, sindicalizados ou não (já que as ações do

sindicatos beneficiam a todos).

Exemplo: Contador paga para o CRC (Concelho Regional de Contabilidade) ou, o

Médico que paga para o CRM (Concelho Regional de Medicina).

d) E por fim as contribuições, de custeio do serviço de iluminação publica, tem a função é

custear ao serviço de iluminação publica. Sendo de competência dos Municípios e distrito

federal, devido ao fato de essas entidades sejam a que estão prestando o serviço.

2.2.3.4 Empréstimo compulsório

É uma espécie tributária de competência exclusiva da união, e instituída por lei

complementar, para atender as despesas extraordinárias e investimento público de caráter

urgente relevante para o interesse nacional.

Sendo que no primeiro caso o empréstimo pode ser cobrado imediatamente depois de

sua constituição, já no segundo tem que respeitar o princípio da anterioridade, além disso,

nessa segunda situação ele se torna como uma antecipação da receita, como informa

Chimente (2007, p.44):

Em vez de esperar muitos anos pelo ingresso dos recursos necessários ao

investimento público urgente e de relevante interesse nacional, antecipa-se a receita

com o empréstimo compulsório, cujo valor deve ser restituído ao contribuinte nos

anos seguintes.

Mesmo sendo um valor que volta ao contribuinte ele não deixa de ser um tributo, pois

a natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador.

2.3 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

Nesse tópico será conceituada a Competência Tributária. Pois ela está relacionada ,

com o comportamento dos Tributos.

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Competência tributária é a capacidade a capacidade de criar, modificar e excluir

impostos. Chimente (2007, p.1) declara que:

Portanto competência tributária é o poder (para alguns, a faculdade) que a

Constituição Federal atribui a determinado ente politico pra que este institua um

tributo, descrevendo, legislativamente, sua hipótese de incidência, seu sujeito ativo,

seu sujeito passivo, sua base de cálculo e sua alíquota.

Sendo que essa competência é exercida pelo poder legislativo, conforme o art.6° da lei

5.172/66:

Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a

competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição

Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e

dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.

Os representantes da esfera legislativa da União, Estados, Distrito Federal,

Municípios. São respectivamente, o Congresso Nacional, Assembleia legislativa, a Câmara

Distrital e Câmara de Vereadores.

A competência tributária é indelegável. Ou seja, é intransferível.

2.3.1 Distribuição da Competência

Como já foi dito a competência e divida entre entes políticos. Agora vai ser exposto,

qual tributo cada ente tem a competência:

União, conforme o artigo 153° da constituição, os tributos desse ente são:

a) II (Imposto de importação): trata-se do imposto que tem como hipótese de incidência, a

entrada de produtos/mercadorias estrangeiros no território nacional para fins de inserção na

economia nacional, de modo que mera passagem não configura o fato gerador, explica Junior

(2008).

Quanto à base de cálculo, as alíquotas podem ser especificas ou ad valorem, como

informa o art.20° da STN:

Art. 20. A base de cálculo do imposto é:

I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária;

II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar,

alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre

concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País; III - quando se trate de produto apreendido ou abandonado, levado a leilão, o preço

da arrematação.

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O contribuinte desse imposto são os importadores ou que a lei o equipara e o

arrematante dos produtos apreendidos ou abandonados (art.22, STN).

A função desse imposto em maioria é extrafiscal, pois, visa mais disciplinar e proteger

uma situação econômica, do que a arrecadação (CHIMENTI. 2007).

b) IE (Imposto de Exportação): tem como contribuinte o exportador ou quem a lei o

equipara como. Explica Chimente (2007, p.175).O imposto de exportação [...], tem como

função predominante extrafiscal e incide sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos

nacionais ou nacionalizados, tendo como fato gerador a saída deste território nacional.

Quanto à alíquota ela pode ser especifica (valor fixo por quantidade) ou ad valorem

(porcentagem sobre o produto). A sua receita é destinada a formação de reserva monetária.

c) Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza: trata-se de um imposto com

função fiscal. Em que sua incidência ocorre sobre o acréscimo patrimonial. Chimente (2007,

p.178):

Menciona que o fato gerador é aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica

da renda (assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de

ambos- renda é tributo quase sempre periódico da fonte permanente da qual

promana, como elemento novo criado e que com ela não confunde) e de provento de

qualquer natureza(assim entendido os acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de renda).

Em quanto à base de cálculo é o montante de renda ou proventos adquiridos. Para

pessoas jurídicas á base é o lucro, que dependendo a empresa poderá ser o lucro real

presumido ou o arbitrado. Já para pessoas físicas é o rendimento bruto com algumas deduções

Junior (2008). (Os lucros mencionados irão ser explicados nos próximos tópicos.). As

alíquotas são variáveis de acordo com o rendimento do contribuinte.

O contribuinte o contribuinte é o titular da aquisição.

d) ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural): é um imposto de caráter

extrafiscal, cuja função é combater o latifúndio improdutivo. Em que o contribuinte é o

proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título

(art.34, STN).

Quanto a sua incidência ocorre sobre a propriedade territorial rural e, tem como fato

gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na lei

civil, localização fora da zona urbana do Município. (art.29, STN). A base de cálculo desse

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tributo é o valor da terra nua, desprovida de edificações e acessórios, Junior (2008), suas

alíquotas são progressivas, observando o grau de uso da terra, a sua produtividade e área do

imóvel rural.

e) IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): é um imposto fiscal, que também tem a

característica de extrafiscal, pois ele é seletivo em função da essencialidade do produto, ou

seja, a incidência desse tributo é mais pesada em artigos que fazem mal a saúde e nos que são

considerados supérfluos. (CHIMENTI. 2007).

Como o próprio nome diz esse tributo recai sobre os produtos industrializados, que

podem ser compreendidos como “o produto que tenha sido submetido a qualquer operação

que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para consumo, tais como a

transformação, o beneficiamento, a montagem etc.” elucida. Chimente (2007, p.184) Quanto

ao fato gerador Junior (2008), são: o desembaraço aduaneiro, no caso de produtos

estrangeiros; a saída do estabelecimento do contribuinte e na arrematação, quando apreendido

ou abandonados e levados a leilão.

Sobre o contribuinte Junior (2008, p.15) informa:

Embora o regulamento estabeleça critérios de cálculos específicos a regra geral no

CTN é a seguinte: a) no caso de importação é o preço normal acrescido do II, das

taxas e dos encargos cambiais; b) em se tratando de saída do estabelecimento do contribuinte, é o valor da operação, ou então a importância que a mercadoria

custaria no mercado atacadista; e, c) na hipótese de arrematação, é o valor pago.

Os contribuintes desse imposto são: o importador ou equiparado; o industrial ou o

equiparado; o arrematante dos produtos a apreendidos ou abandonados levados a leilão; e, o

comerciante de produtos industrializados que os forneça para industrial ou equiparado.

f) Imposto sobre Operações de Créditos, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou

valores mobiliários: esse imposto também é conhecido como IOF (Imposto sobre Operações

Financeiras), sua função é extrafiscal, pois ele serve para controlar as politicas de câmbio,

seguros e operação de crédito. Quanto ao fato gerador e a base de calculo, o artigo 63° 64° da

lei n° 5.172/66, define como:

Art. 63. O imposto, de competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e

seguro, e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários tem como fato

gerador:

I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do

montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à

disposição do interessado;

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II - quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional

ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do

interessado em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou

posta à disposição por este;

III - quanto às operações de seguro, a sua efetivação pela emissão da apólice ou do

documento equivalente, ou recebimento do prêmio, na forma da lei aplicável;

IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão,

transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável.

Parágrafo único. A incidência definida no inciso I exclui a definida no inciso IV, e

reciprocamente, quanto à emissão, ao pagamento ou resgate do título representativo

de uma mesma operação de crédito. Art. 64. A base de cálculo do imposto é:

I - quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o

principal e os juros;

II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional,

recebido, entregue ou posto à disposição;

III - quanto às operações de seguro, o montante do prêmio;

IV - quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários:

a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;

b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa,

como determinar a lei;

c) no pagamento ou resgate, o preço.

Como contribuinte o IOF possui os tomadores de créditos, os compradores de moeda

estrangeira para pagamento de importação, os seguradores, os adquirentes de títulos e valores

imobiliários e os primeiros tomadores de rédito do Sistema Financeiro de Habitação

(CHIMENTI. 2007).

Sobre as alíquotas, elas são impostas por decretos e exigidas dentro do exercício fiscal.

As receitas oriundas desse imposto são usadas para constituir reserva monetária.

g) Imposto sobre Grandes Fortunas, ele ainda não foi instituído por lei, mas consta no

artigo 153, VII, da Constituição Federal.

h) Contribuições sociais, de competência da União são as que estão dispostas no artigo

195°da CF inciso I:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,

incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a

qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo

empregatício; b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

i) Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), exemplo de CIDES

instruídas por esse ente: CIDE sobre royalties e, as sobre combustíveis.

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j) CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e

de Créditos e Direitos de Natureza Financeira) foi criada para suprir às necessidades de

verbas destinadas a saúde. Atualmente ela considerada extinta, pois não foi prorrogada depois

de sua vigência em 2007.

k) Empréstimo Compulsório, já foi explicado em tópicos anteriores. Eles são constituídos

por lei complementar e seus recursos devem ser aplicados nas despesas que á constituiu.

Estados e do Distrito Federal (DF), conforme o artigo 155° da constituição, os tributos

desse ente são:

a) ITCMD (transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos), ele incide

sobre as transmissões de direitos e de bens móveis e imóveis. (CHIMENTI. 2007) informa,

que esse tributo tem função fiscal, pois objetiva abastecer os cofres dos Estados ou DF

Competente.

Quanto as suas alíquotas elas são fixadas conforme o órgão responsável, respeitando o limite

do Senado Federal. Sua base de cálculo também será definida pelo ente, que instituiu o

imposto.

Em relação ao contribuinte (CHIMENTI. 2007) explica que quando se trata de causa mortis o

contribuinte é beneficiário do bem ou direito transmitido. No caso de doações, pode ser o

doador ou o donatário, conforme os termos da lei específica.

b) ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a

Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação,

ainda que as operações e as Prestações se Iniciem no Exterior), ou imposto sobre

circularização de mercadoria e serviço. Ele tem a função fiscal, mas também é atribuída ao

mesmo, a função extrafiscal, pois segundo a Constituição ele também pode ter alíquotas

seletivas em relação à essencialidade do produto. Chimente (2007, p.154-155) sobre as

alíquotas afirma:

Antes Da Constituição Federal, o então ICM à mesma alíquota para todas as

mercadorias. O art. 155, § 2°, III, da Constituição de 1988, contudo, faculta [...] a

seletividade em razão da essencialidade das mercadorias e dos serviços. [...] tudo

demonstrando que o ICMS também contém certa função extrafiscal.

Ainda sobre as alíquotas Junior (2008, p.62):

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O Senado, por iniciativa do Presidente ou de1/3 dos Senadores e decisão por maioria

absoluta, definirá a alíquota interestadual. O Senado também fixará a alíquota

mínima interna, por iniciativa de 1/3 e votação por maioria absoluta, bem como

poderá estabelecer uma alíquota máxima interna, por inciativa de maioria absoluta e

cotação por quórum qualificado por 2/3.

A alíquota interna nunca porá ser inferior à interestadual.

Quanto a sua base de cálculo, esse imposto tem como, o valor da mercadoria circulada

ou o serviço prestado. Sobre a sua incidência, ela ocorre sobre a operação de circularização de

mercadorias serviços de comunicação e de transporte interestadual e intermunicipal. No

tocante circularização, não incidira o tributo, quando só houver deslocamento de estoque do

contribuinte. Junior (2008).

Para esse tributo o contribuinte, conforme a Lei Complementar n°87 de 13 de 1996 art.

4°:

[...] Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com

habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de

circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e

intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem

no exterior.

Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem

habitualidade:

I - importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo

permanente do estabelecimento;

Outra característica do ICMS é o fato de ele ser não acumulativo, ou seja, é o imposto

que pago em uma etapa pode ser abatido, em etapas seguintes.

c) IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) tem função fiscal, no

qual a sua incidência ocorre devido à propriedade do veiculo automotor, terrestre ou aquático

a partir do licenciamento Junior (2008).

Referente à base de cálculo e alíquotas. O primeiro é o valor venal do veiculo. E o segundo é

fixado em lei estadual, que pode variar conforme o modelo do veiculo. Lembrando que o

percentual mínimo é fixado pelo Senado Federal.

O contribuinte desse imposto é o proprietário do automóvel.

Impostos Municipais, conforme o artigo 156° da constituição, os tributos desse ente são:

a) IPTU (Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana) é um tributo em sua

maioria fiscal, mas devido a suas alíquotas progressivas (quando a alíquota aumenta conforme

o aumento dos valores sobre qual incide o imposto), tem caráter extrafiscal.

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Referente às alíquotas elas, são ficadas em leis e tem como base de cálculo, Junior

(2008, p.64): “o valor venal da propriedade, incluindo a importância do terreno e edificações

(benfeitorias, prédios etc.). trata-se da importância que o bem teria se posto a venda, para

pagamento à vista, em condições normais de mercado.”.

A incidência desse tributo recai sobre, á propriedade, o domínio útil ou a posse do bem

imóvel localizado em zona urbana do município.

Seu contribuinte conforme. Chimente (2007, p.139-140):

É o proprietário do imóvel (quando todos os direitos da propriedade se encontram

nas mãos de um só titular), o titular do seu domínio útil (a propriedade pode estar

fracionada, a exemplo do direito real de superfície, quando o imposto deverá recair

sobre o titular do domínio útil e não sobre o senhorio direto) ou o seu possuidor a

qualquer titulo (desde que haja ânimo de dono).

Do mesmo autor, posse significar ter o direito pleno ou não, referente a terra. Já

domínio útil significa usar a terra como se fosse sua pagando ao proprietário determinado

valor.

b) ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e Direitos a eles Relativos) é um

imposto fiscal. Cuja incidência ocorre sobre “A transmissão, inter vivos, a qualquer título, por

ato oneroso, de bens imóveis de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como

a cessão de direitos para sua aquisição”, Junior (2008).

A base de cálculo afirma Chimente (2007, p.144) “é o valor venal do bem e não o

preço convencionado pelas partes. Valor venal de um bem é aquele determinado pelas

condições do mercado,”.

Quanto à alíquota, ela é fixada por lei ordinárias dos seus respectivos municípios.

Os seu contribuinte é definido por lei municipal, mas geralmente é o adquirente do

imóvel.

c) ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) tem função fiscal, sendo que sua

incidência recai sobre os serviços de qualquer natureza que não são abrangidos pelo ICMS.

Chimente (2007, p.145-146):

O fato gerador do ISS é a prestação, por empresa ou profissional autônomo, com ou

sem estabelecimento fixo de serviços de qualquer natureza enumerados em lei

complementar de caráter nacional, desde que tais serviços não estejam

compreendidos na competência dos Estados. Ou seja, somente pode ser cobrado ISS

daqueles serviços (físicos ou intelectuais) previstos na lista que acompanha a

legislação pertinente e que não estejam compreendidos nas áreas do ICMS.

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Quanto à alíquota, ela é fixada pelos municípios. No entanto os limites máximos e

mínimos por lei complementar federal.

O contribuinte é o prestador de serviço, exceto os “empregados os trabalhadores

avulsos, diretores de membros de conselho consultivos ou fiscal de sociedades e fundações.”

Junior (2008, p.65). Ou seja, é a empresa ou o trabalhador autônomo, que faz serviços

tributáveis.

Em relação às taxas elas são cobradas por todos os entes citados acima. Conforme o

art. 80° da lei 5.172/66:

Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas

no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos

Municípios, aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos

Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público.

A seguir será demonstrada a limitação do poder de tributar. Pois retrata como os Entes

podem tributar os impostos e as contribuições, desse modo afetando como o Simples Nacional

funciona.

2.4 LIMITAÇÃO NO PODER DE TRIBUTAR

Para evitar abusos por parte dos entes públicos, foram criadas limitações

constitucionais, que visam conter o poder fiscal do Estado.

De acordo Junior (2008, p.18).

A constituição estabelece certos princípios que norteiam todo o sistema tributário

nacional e estabelecem limites á competência para instituição de tributos por parte

dos entes políticos. Destaca-se, todavia, que há normas infraconstitucionais que

também estabelecem lindes ao poder de tributar, a exemplo das leis complementares

que delimitam a forma como deve se exercitar a competência legislativa em matéria

fiscal.

Em relação à limitação é vedada a união, aos Estados, ao Distrito Federal e aos

Municípios. Art. 150° CF:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em

situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional

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ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos

rendimentos, títulos ou direitos;

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei

que os houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os

instituiu ou aumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei

que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

IV - utilizar tributo com efeito de confisco; V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de

tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela

utilização de vias conservadas pelo Poder Público;

Ainda sobre a limitação do poder de tributar a seguir será demonstrado os princípios

tributários. Para melhor entender como os tributos devem se criados e implantados.

I- Princípio da Legalidade, diz que nenhum tributo pode ser instituído ou aumentado, sem

lei que o faça. De acordo (CHIMENTI. 2007) é vedado à mudança de base de cálculo que

aumente mais o tributo. Lembrado que a simples atualização monetária não caracteriza

majoração do imposto. O mesmo autor ainda explica o que uma lei tem que mostrar para

instituir um tributo. Chimente (2007, p.11):

A lei instituidora do tributo obrigatoriamente deve explicitar (art. 146, III, a, da CF):

a) o fato tributável; b) a base de cálculo; c) a alíquota, ou outro critério a ser

utilizados para o estabelecimento do valor devido; d) os critérios para a identificação

do sujeito passivo da obrigação tributária; e e) o sujeito ativo, se diverso da pessoa

pública da qual emanou a lei. Ou seja, deve fixar os elementos essências do tributo,

os fatores que influam no na debeatur (quem deve) e no quantum debeatur (quanto

deve).

É importante salientar que a imposto, que podem alterar suas alíquotas, sem

desrespeitar esse princípio, exemplo disso são os impostos de importação e exportação. No

caso das contribuições o exemplo, é a de intervenção econômica sobre combustíveis.

II- Princípio da Igualdade, ou isonomia tributária, determina que os contribuintes em

situação equivalente tenham que receber o mesmo tratamento, já os que se encontram em

situações diferentes, haverão de ter um tratamento desigual. Sobre o assunto Junior (2008,

p.20-21, grifo do autor) explica:

O princípio da isonomia tributária implica a vedação de tratamento diferente para pessoas que figuram em idênticas condições, restando autorizada a discriminação

legal para atender a peculiaridades específicas de determinados sujeitos da relação

tributária.

O princípio da uniformidade tributária, como faceta do preceito as igualdade

voltada à manutenção do equilíbrio federativo, manifesta-se sob três prismas: a)

primeiro, estabelece a uniformidade dos tributos federais em todo território nacional,

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vedada a distinção ou preferência para determinado ente político, salvo se tratando

de incentivos regionais justificados pela promoção do equilíbrio e desenvolvimento

socioeconômico entre as diversas regiões do país (art. 151, I, CF); b) segundo,

proíbe que a União tribute a renda das obrigações da dívida pública das demais

pessoas políticas e proscreve a taxação dos respectivos servidores (art. 151, II, CF);

e, c) terceiro, veda que os Estados (e DF) e Municípios estabeleçam diferenças

tributárias entre bens e serviços de qual quer natureza somente em razão de sua

procedência ou destino.

Em relação aos tributos indiretos e diretos Fabretti e Fabretti (2013), os mesmos

respeitam esse princípio, pois o primeiro obedece ao princípio essencialidade do produto, ou

seja, a alíquota é maior para produtos considerados supérfluo, e menor para os entendidos

como básicos. Já segundo recaem sobre a propriedade e a renda do contribuinte, Ou seja,

quem tem melhores condições contribui mais.

III- Princípio da Irretroatividade tributária, explica que a lei vai ser aplicada aos fatos

que ocorrerem depois de a mesma entrar em vigor. Não podendo ser aplicados a fatos que

aconteceram na vigência da lei anterior. Para Chimente (2007, p.30-31):

O princípio da irretroatividade é uma limitação a cobrança de tributos. Portanto as

leis exclusivamente interpretativas, as leis que deixem de definir um fato que não

esteja definitivamente julgado como infração, aquelas que diminuem a penalidade

prevista por ocasião da infração de fato que não está definitivamente julgado e,

sobretudo as que concedem remissão (perdão total ou parcial de uma dívida) ou

anistia (perdão das penalidades tributárias) podem ser retroativas.

Vale lembrar que na matéria penal, a lei, pode retroagir se for para beneficiar o réu.

IV- Princípio da Anterioridade revela que a lei que instituiu ou alterou o tributo só terá

eficácia a parti do próximo exercício financeiro. Porem, Junior (2008, p.20, grifo do autor)

explica que há algumas exceções a esse principio:

[...] exceções ao princípio da anterioridade: a) as contribuições para a seguridade

social somente estão sujeitas ao prazo de noventa dias [...] (art. 195, § 6°, CF), b) os

impostos de importação, exportação, produtos industrializados e operações

financeiras podem ser alterados a qualquer tempo mediante lei (salvo suas alíquotas,

as quais são modificáveis a qualquer tempo mediante decreto do Presidente); c) a

alíquota da CIDE pode ser reduzida e restabelecida a qualquer tempo por ato do

executivo (art. 177, § 4°, CF, I, ‘b’, CF), e d) as alíquotas do ICMS incidente sobre combustíveis e lubrificantes podem ser reduzidas e restabelecidas a qualquer tempo

e entrarão em vigor em noventa dias (art. 155, § 4°, IV, ‘c’, CF), sendo fixadas por

deliberação dos Estados e do DF (art. 144, § 4° e § 2°, XII, ‘g’, CF).

Como foi possível perceber, algumas exceções só respeitam o prazo de noventa dias.

Ou seja, respeitam o princípio anterioridade nonagesimal.

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V- Princípio da Noventena, esse período de noventa dias, também é conhecido como o

princípio da anterioridade nonagesimal visa impedir a cobrança de tributo, ele foi

acrescentado pela Emenda Constitucional n° 42/2003 no art.150, inciso III como alínea ‘c’,

“antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou

aumentou, observado o disposto na alínea b”. A contagem dos noventas dias começa a partir

da data em que a lei foi publicada ou medida provisória (CHIMENTI. 2007). O objetivo dessa

emenda foi evitar que os legisladores instituem leis ou modificações em 31 de dezembro e que

as mesmas comecem vigorar dia 1 de janeiro, assim violando a segurança jurídica do

contribuinte.

VI- Princípio da Capacidade Contributiva faz parte da isonomia que visa tratar o desigual

como desigual. Devido a isso as imposições tributárias, deverão se realizadas de acordo com a

capacidade econômica do contribuinte, (JUNIOR, 2008).

VII- Princípio da Vedação ao Confisco explicita que o tributo não pode ser tão oneroso que

represente confisco, ou que possa causar destruição da fonte ou que retire do contribuinte a

posse. Sobre o assunto Junior (2008, p.18) expõem:

É vedada a instituição de tributo que implique negação ao direito de propriedade ou

tenha efeito de penalidade, ou seja, o fisco não está autorizado a desapossar alguém de seus bens, devendo arrecadar apenas o necessário para a consecução das

finalidades estatais previstas na Lei Fundamental, mas sem absorver os meios de

produção.

Ou seja, é vedada a União, aos Estados e aos Municípios estipular tributos que

inviabilize a atividade licita ou que consuma grande parte da propriedade.

VIII- Princípio da Liberdade de Tráfego, explica que é impedido ao ente tributar, o tráfego

de pessoas e bens em vias interestaduais e intermunicipais. Junior (2008, p.22) comenta sobre

o assunto:

A Carta Federal proíbe a criação de tributo que onere o tráfego interestadual

intermunicipal de pessoas ou bens, de modo a assegurar a liberdade de trânsito

dentro do território nacional e garantir o livre comércio, ressalvada a possibilidade

da cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.

Ou seja, a Lei Maior, não impede a cobrança de impostos o pedágio. Nem sobre a

circulação de mercadorias em operação interestaduais e intermunicipais.

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IX- Princípio da Transparência informa que o contribuinte deverá ser informado e

esclarecido previamente sobre os impostos que incidem sob, seus bens e atividades. Ou seja,

conforme o art.15º § 5°, da CF “a lei determinará medidas para que os consumidores sejam

esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços”.

X- Princípio da Imunidade determina que aos entes publico é vedado instituir imposto

sobre: patrimônio, renda ou serviços; templos de qualquer religião; livros, jornais, periódicos

e o papel destinado a sua impressão e, sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos

políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições

de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.

Em relação a esse princípio Junior (2008) explica sua função é resguarda a

independência da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, da liberdade religiosa, da

assistência social, de associação politica, sindical da educação, de divulgação cientifica e

cultural e dos fatos de interesse da sociedade.

XI- Princípio da Uniformidade veda a União instituir tributos não uniformes em todo o país

ou, que faça diferenciação entre os estados. Chimente (2007, p.41) acrescenta que:

Do princípio da uniformidade decorre o critério da limitabilidade da tributação da

renda das obrigações da dívida pública estadual municipal e dos proventos dos

agentes dos Estados e Municípios, expostos no art. 151, II, da Lei Maior. O critério

impede que as rendas auferidas dos Estados, Distrito Federal e Municípios sejam

tributadas pela União em níveis superiores ao da tributação paga por ela própria.

Mas vale lembrar que a Lei permite os incentivos fiscais, que visam promover o

equilíbrio econômico e o desenvolvimento das regiões do país.

XII- Princípio da Não-Diferenciação tributária informa que é vedado aos Estados e

Municípios, criarem diferenças tributaria sobre os bens e serviços baseados em sua origem ou

destino. Como descreve o art.152 da CF “Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal

e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza,

em razão de sua procedência ou destino.".

Importante ressaltar que esse princípio se destina aos Estados, Distrito Federal e aos

Municípios e, não a União, pois ela pode fazer a diferenciação que visem reduzir as

desigualdades econômicas e sociais das regiões.

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XIII- Princípio da Seletividade determina que um bem que tem maior essencialidade terá

uma alíquota menor, se a sua essencialidade for menor, a alíquota maior.

XIV- Princípio da Progressividade, nada mais é, que uma extensão do princípio da

capacidade contributiva. Que dispõem que as alíquotas aumentam conforme o aumento da

base de calculo.

Uma importante observação a ser fazer é que a progressividade não se confunde com

proporcionalidade, pois, conforme (CHIMENTI. 2007) a primeira a alíquota cresce conforme

a base de cálculo aumenta. Já a segunda, a alíquota é fixa, mas o valor do tributo muda de

acordo o montante da base de calculo.

O tópico a seguir será sobre a obrigação tributaria, que retrata a possibilidade da

cobrança de tributos ao contribuinte. Ou seja, a obrigação dos pagamentos dos tributos

exigidos no Simples Nacional.

2.5 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

A obrigação tributária pode ser entendida como a relação, da obrigação, de pagar

tributo, do contribuinte com o Ente competente devido, segundo Junior (2008, p.31):

Pode-se conceituar a obrigação tributária como a relação jurídica disciplinada pelo

direito fiscal na qual o sujeito passivo deve obedecer a imposição legal de dar em favor do sujeito ativo o dinheiro referente ao tributo incidente sobre o ato que

praticou ou fato que pode lhe ser imputado, bem como ainda pagar a penalidade

pecuniária, fazer, não fazer ou tolerar no interesse da administração.

Ainda sobre obrigação tributária Fabretti e Fabretti (2013, p. 67) explica que ela surge

da vontade do contribuinte ou, por vontade da lei e; esclarece como ela nasce:

A obrigação cuja causa é a vontade das partes é de direito privado. Já a que surge de

terminação legal é de direito público. A obrigação tributária tem como, causa a lei

(ex lege). Obrigação tributária nasce na ocorrência do fato gerador, estabelecendo

uma relação jurídica que vincula o sujeito ativo (Estado), que pode exigir do sujeito

passivo (particular) um prestação patrimonial (dinheiro), em virtude da vontade da

lei que instituiu o tributo.

Sobre a composição dessa obrigação, Zangirolami (2010) diz que ela é composta pela

lei, pois é ela que cria e determina: como cobrar os tributos; o objeto, que representa a

obrigação que o contribuinte possui segundo determinações legais e; o fato gerador, que nada

mais é do que a concretização da incidência tributária, prevista em lei.

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A obrigação pode ser dividida em principal e acessória.

a) Obrigação principal: É o dever de pagar o tributo. Exemplo o ICMS. O art. 113°, §1° da

Lei 5172/66 “A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o

pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela

decorrente.”.

b) Obrigação acessória: Não é o pagamento do tributo, mas sim, os tramites burocráticos que

serve como base para o pagamento dos tributos, uma forma de o ente controlar a o montante

tributado.

Exemplos: Emissão da nota fiscal; Emissão das guias de recolhimento; Escrituração dos livros

fiscais; Confecção e envio das declarações fiscais; Demonstrações contábeis; Folha de

pagamento, contracheques; Confecção e envio das declarações sociais.

Vale lembrar que as obrigações acessórias, ocupam bastante tempo dos escritórios

contábeis. Sua importância deriva do fato, delas servirem de cruzamento de informações e

detecção de irregularidade. E se não forem compridas podem resulta em multas, trazendo

grandes prejuízos para as empresas.

2.6 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O planejamento tributário faz parte da contabilidade tributária e tem como função

reduzir os custos com os tributos de forma licita. Explica Oliveira et al (2004, p.38) que o

planejamento tributário é:

Uma forma lícita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento

técnico e bom-senso dos responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente

corporativo. Trata-se do estudo prévio á concretização dos fatos administrativos, dos

efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o

objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte.

Ou seja, o planejamento é um estudo sobre os tributos a ser pagos por determinadas

empresas, para saber qual o regime de tributação será menos oneroso para o contribuinte,

levando em consideração a legislação tributária.

A seguir serão demonstradas as formas de tributação, pois conforme o objetivo do

trabalho é necessário esclarece-los.

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2.6.1 Formas de Tributação

As formas de tributação são os modos em que as empresas podem pagar seus

impostos, visando o menor custo. Na legislação Brasileira, as maneiras permitidas são: Lucro

Presumido; Lucro Real; Lucro Arbitrado e o Simples Nacional. A seguir será demonstra do

cada um, mas se dará mais ênfase ao Simples Nacional, pois é regime que quer ser estudado:

2.6.1.1 Lucro Presumido

Lucro Presumido é uma forma simplificada de tributação do Imposto de Renda Pessoa

jurídica e Contribuição social. Em que o rendimento tributado será determinado com base na

receita bruta, na qual, será aplicada uma alíquota de acordo a sua atividade. Conforme

Rodrigues et al (apud ZANGIROLAMI, 2010, p.43):

O lucro presumido é uma forma de tributação simplificada para a determinação da

base de cálculo do imposto de renda e da CSLL (devido trimestralmente) das

pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do

lucro real. A base de cálculo do imposto e da contribuição é apurada mediante a

aplicação de um determinado percentual sobre a receita bruta.

Como explica na citação ele é um regime trimestral, e segue o regime de caixa. Sobre

a apuração do lucro (SILVA, 2013, p. 31) explica que o mesmo será feito através da soma das

seguintes parcelas:

O lucro presumido será apurado, trimestralmente, pela soma das seguintes parcelas

(arts. 25, 51 e 53 da Lei nº 9.430/96):

1. o valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção, sobre

a receita bruta da atividade auferida em cada trimestre; e

2. demais receitas e ganhos de capital e outros acréscimos á base de cálculo.

Sobre o conceito de receita brutal nesse regime (SILVA, 2013, p.31-32):

A receita bruta sobre o qual se aplicam os percentuais de presunção compreende o

produto da venda de bens (mercadorias ou produtos) nas operações por conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta

alheia (por exemplo: comissões), observando-se que (Art. 5º da IN SRF 93/97 e Art.

224 e 519 do RIR/99):

a) não se incluem na receita bruta:

a.1) o IPI (se a empresa for contribuinte deste imposto) cobrado destacadamente do

comprador, do qual o vendedor dos bens é mero depositário;

a.2) o ICMS por substituição tributária, cobrado pelo contribuinte substituto que

figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente;

a.3) as contribuições ao PIS/PASEP e COFINS cobradas, pelo contribuinte

substituto que figura como mero depositário do imposto cobrado antecipadamente;

b) devem ser excluídos da receita bruta: b.1) as vendas canceladas (devoluções); e

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b.2) os descontos incondicionais concedidos (que consta da NF e não depende de

evento futuro);

As alíquotas usadas sobre essa receita bruta variam 1,6% a 32%, conforme a atividade

da empresa. (ZANGIROLAMI, 2010, p.46) explica a apuração dos impostos nesse regime,

“os impostos são calculados com base em um percentual estabelecido sobre o valor de venda

realizadas, independente se a empresa teve lucro ou não.”.

As pessoas que podem optar por esse sistema são as que não estão obrigadas ao lucro

real e, as que tiverem a receita total do ano-calendário igual ou inferior a R$ 78.000.000,00,

no caso de a empresa estar no inicio de funcionamento a receita tem que ser igual ou inferior a

R$ 6.500.000,00, (R$78.000.000,00/ por doze meses), multiplicados pelos meses do período.

Acrescenta (FARIA; FREIRE; SOARES; VIERA. 2009). “Podem, também, optar pela

tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas que iniciarem atividades ou que

resultarem de incorporação, fusão ou cisão, desde que não estejam obrigadas à tributação pelo

Lucro Real.”

Nesse regime os cálculos do IRPJ, CSLL, PIS E COFINS, são realizados da seguinte

forma: o primeiro e o segundo serão realizado com base na aplicação de percentuais sobre a

receita bruta mais acréscimos, no qual a alíquota do IRPJ é de 15%, e se o lucro trimestral

exceder R$ 60.000,00 será aplicado um adicional de 10%. Acrescenta, (ZANGIROLAMI,

2010, p.48) “Obtém-se o IRPJ trimestral devido e sobre esse valor poderá ser reduzidas o

IRRF pago ou retido sobre as receitas que integram a base de cálculo e o IR retido por órgãos

públicos, resultando o IRPJ a pagar,”.

Quanto ao CSLL Tem a alíquota de 9% sobre o faturamento, no qual vai se aplicado

um percentual de 32% ou 12% de acordo a atividade da empresa, Junior (2004, p.34-35):

Até 31 de agosto de 2003, qualquer que seja a atividade da empresa, o percentual

aplicável sobre a receita bruta para determinação da base de cálculo da CSLL era de 12%. Mas, a partir de 1º de setembro de 2003, por força da Lei nº 10.684/03, o

percentual passou a ser de 32% para as seguintes atividades:

a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e

de transporte;

b) intermediação de negócios;

c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos

de qualquer natureza;

d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,

mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar

e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo

ou de prestação de serviços factoring.

A base de cálculo da CSLL será o somatório de 12% ou 32% da receita bruta auferida

no trimestre, mais, os ganhos de capital, os rendimentos e os ganhos líquidos auferidos em

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aplicação financeira e as demais receitas os resultados positivos decorrentes de receitas de

atividades acessórias da empresa.

Já o PIS e COFINS tem como, base de cálculo é a receita operacional bruta da pessoa

jurídica, sem deduções em relação a custos, despesas e encargos, e alíquota respectivamente

0,65% e 3%, lembrando que sua incidência é acumulativa.

Referente à apuração do IRPJ acrescenta (SILVA, 2013, p. 31):

A partir de 1997, o Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas passou a ser

determinado trimestralmente, com base no lucro real, presumido ou arbitrado

apurado em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de

setembro e 31 de dezembro de cada ano (art. 1º da Lei nº 9.430/96), ressalvada a

alternativa de apuração com base na estimativa mensal para empresas sujeitas a

apuração do lucro real anual.

Sobre a formalização do regime será feito, quando for pago a primeira quota ou quota

única, através da DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais). Acrescenta

(SILVA, 2013, p. 31):

A pessoa jurídica que iniciar atividade a partir do segundo trimestre manifestará a

opção pelo lucro presumido com o pagamento da primeira quota ou quota única do

imposto devido relativo ao período de apuração de início de atividade (art. 26, § 2º

da Lei nº 9.430/96).

Não impede o exercício da opção pela tributação com base no lucro presumido o

fato de a empresa não ter efetuado o pagamento nos prazos legais ou ter pago com insuficiência. Ocorrida este hipótese, o débito deverá ser pago com os acréscimos

legais cabíveis.

De acordo a Lei n °9.178/98 art.13° §1 sobre a escolha desse regime, “A opção pela

tributação com base no lucro presumido será definitiva em relação a todo o ano-calendário.”.

Esse regime é interessante para as empresas que não mantenham um bom controle

fiscal e, para as que possuam lucro superior a 32% do faturamento bruto, pois mesmo tendo

um faturamento maior a alíquota é pré-fixada até 32%. As alíquotas de PIS e COFINS são

menores que o lucro real.

Já a desvantagem reside no fato, que independente do resultado obtido pela empresa,

lucro ou prejuízo, terá que pagar os impostos e, nesse regime os créditos de PIS e COFINS

não poderão ser abatidos e, além disso, eles não são dedutíveis na base de cálculo do IRPJ e

CSLL.

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2.6.1.2 Lucro Real

Lucro Real é uma forma de tributação em que se faz a apuração do Imposto de renda e

da Contribuição Social sobre o lucro liquido depois de alguns ajustes. (FARIA, 2012, p. 6) diz

sobre o lucro real:

Base de cálculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros contábeis e

fiscais efetuados sistematicamente, de acordo com as leis comerciais e fiscais. Lucro

real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal.

São exemplos de adições mencionados na citação: multa de trânsito, provisão

indedutível, CSLL e etc. E os de exclusão são: dividendos recebidos, depreciação acelerada

incentivada e etc.

Esse regime se divide em trimestral e anual. No primeiro, o pagamento, do IRPJ e da

CSLL será feito em quota única até o ultimo dia útil do mês seguinte ao encerramento do

período da apuração. Ou, podem ser parcelados em três quotas iguais e sucessivas com o

vencimento no ultimo dia útil dos três meses subsequentes. Sendo o valor mínimo de cada

quota R$ 1.000,00.

Conforme demonstra o art. 5° da lei n°9.340/96:

Art. 5º O imposto de renda devido, apurado na forma do art. 1º, será pago em quota

única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de

apuração.

§ 1º À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três

quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder.

§ 2º Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o imposto

de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única, até o

último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.

§ 3º As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial

do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, para títulos federais,

acumulada mensalmente, calculados a partir do primeiro dia do segundo mês

subsequentes ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês

anterior ao do pagamento e de um por cento no mês do pagamento.

Já o segundo, o anual, será apurado através da construção da base de cálculo em trinta

e um de dezembro, sendo que a pessoa jurídica efetuará os pagamentos mensais do Imposto

de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, calculados sob a forma de

estimativa. Os valores recolhidos sob essa forma são considerados antecipação do IRPJ/CSLL

devidos, apurados no balanço anual.

A base de calculo, para o pagamento por estimativa, será formada através da aplicação

de percentuais que variam de 1,6% a 32% sobre a receita bruta, esses valores variam de

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acordo com a atividade prestada pela empresa. Depois do resultado obtido acrescenta-se ao

mesmo: os juros ativos, desconto financeiros obtidos ganhos de capital na alienação de bens

do Ativo Permanente, receita de locação de imóveis ou de outros bens do Ativo Permanente,

quando este não for objeto social da pessoa jurídica e, outros valores. Acrescenta, (AGUIAR,

NEVES, VICECONTI, 2009).

É importante ressaltar que quem paga o IRPJ por estimativa, pagará também o CSLL

da mesma forma. No qual a base de calculo também será formada, usando percentuais de 12%

ou 32% sobre a receita bruta mensal. Sendo que o critério para a escolha da porcentagem leva

em consideração a atividade da pessoa jurídica e a época do fato gerador. Acrescenta,

(AGUIAR, NEVES, VICECONTI, 2009, p.13):

A base de cálculo da CSLL por estimativa corresponderá á soma dos seguintes

valores:

a) 12% ou 32%, conforme a atividade da pessoa jurídica e a época da ocorrência do fato gerador [...] da receita bruta mensal;

b) Juros ativos e descontos financeiros obtidos;

c) Rendimentos e ganhos líquidos provenientes de aplicações financeiras;

d) Ganhos de capital na alienação de bens do Ativo Permanente;

e) Outros valores [...].

Quanto às alíquotas do IRPJ e da contribuição social são as seguintes, 15 % no caso do

Imposto de Renda sobre o valor do lucro real e, quando a parcela ultrapassa R$ 60. 000,00

(trimestral) ou de R$ 240.000,00 (anual) incidirá um adicional de 10%.

Em relação à CSLL a alíquota será de 9% sobre o valor do lucro real.

Sobre as alíquotas de PIS e COFINS, as empresas tributadas pelo lucro real, obedecem

ao regime não acumulativo com os percentuais respectivamente de 1.65% e 7,6%. Exceto

algumas atividades no qual é usado o regime cumulativo e as alíquotas são 0,65% e 3%

respectivamente, são exemplo dessas atividades: as instituições financeiras, as cooperativas de

crédito e etc.

Essa forma de regime tributário é aconselhável para quem tem a receita inferior a 32%

da receita bruta que tenha o seguinte perfil: Folha salarial baixa; Margem de lucro baixa;

Custos operacionais altos (aluguéis, fretes, energia elétrica e etc.), Mercadorias contempladas

por benefícios do ICMS na modalidade geral; Mercadorias submetidas ao regime da

substituição tributária e Independente do cliente comprador.

As vantagens que podem se destacar desse regime são: o cálculo tem a base o lucro

efetivo; os impostos só são devidos se houver lucro; no caso de prejuízo poderá ser feita uma

compensação dos prejuízos fiscais como limite de até 30% lucro real apurado no exercício;

segue um regime de competência, e permitir utilizar incentivos fiscais do imposto de renda.

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Sendo que sua principal desvantagem, é que ele obriga a empresa manter uma

escrituração comercial e fiscal, o que demanda uma grande estrutura administrativa. (FARIA;

FREIRE; SOARES; VIERA. 2009).

Cabe lembrar que a opção pelo lucro real se dá através do pagamento da primeira cota,

que é feita por meio da DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais). Sendo que

a lei não permite a troca de regime tributário durante o ano calendário.

2.6.1.3 Lucro Arbitrado

Esse regime ocorre quando a escrituração contábil não é confiável, quando o

contribuinte não cumpre as obrigações acessórias do lucro real ou, o mesmo se recusa

fornecer documentos fiscais exigidos pela legislação. Conforme a cartilha curso prático IRPJ

2013 da COAD, (2013, p.56):

O arbitramento do lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do Imposto de

Renda utilizada pela autoridade tributária ou, pelo próprio contribuinte, se conhecida

a receita bruta, quando este deixa de cumprir obrigações acessórias relativas à

apuração do lucro real ou presumido.

O lucro arbitrado pode ser aplicado por iniciativa do Fisco, quando são deixados de

cumprir as obrigações acessórias do lucro real ou do lucro presumido. Ou por inciativa do

contribuinte, quando o mesmo sabe qual é a sua receita bruta, mas não tem documentos

contábeis e ficais para apresentar ao fisco. Explica a cartilha curso prático IRPJ 2013 da

COAD, (2013, p.56): “a iniciativa do arbitramento do lucro compete à autoridade fiscal. No

entanto, o contribuinte poderá antecipar-se à ação do Fisco, procedendo ao autoarbitramento

do lucro, desde que a receita bruta seja conhecida.”.

Sobre a determinação do lucro ela pode ser feita de dois modos. Quando a receita é

conhecida, será feita conforme os art. 15° e 16° da lei n° 9.249/95:

Art. 15. A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante a

aplicação do percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta auferida

mensalmente, observado o disposto no art. 12 do Decreto-Lei n° 1.598, de 26 de

dezembro de 1977, deduzida das devoluções, vendas canceladas e dos descontos

incondicionais concedidos, sem prejuízo do disposto nos arts. 30, 32, 34 e 35 da Lei

no 8.981, de 20 de janeiro de 1995. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)

(Vigência)

§ 1º Nas seguintes atividades, o percentual de que trata este artigo será de:

I - um inteiro e seis décimos por cento, para a atividade de revenda, para consumo,

de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; II - dezesseis por cento:

a) para a atividade de prestação de serviços de transporte, exceto o de carga, para o

qual se aplicará o percentual previsto no caput deste artigo;

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b) para as pessoas jurídicas a que se refere o inciso III do art. 36 da Lei nº 8.981, de

20 de janeiro de 1995, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 29 da referida Lei;

III - trinta e dois por cento, para as atividades de: (Vide Medida Provisória nº 232,

de 2004)

a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de

auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e

citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a

prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e

atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa;

(Redação dada pela Lei nº 11.727, de 2008)

b) intermediação de negócios; c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer

natureza;

d) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,

mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar

e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo

ou de prestação de serviços (factoring)

e) prestação de serviços de construção, recuperação, reforma, ampliação ou

melhoramento de infraestrutura vinculados a contrato de concessão de serviço

público. (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência)

§ 2º No caso de atividades diversificadas será aplicado o percentual correspondente

a cada atividade. § 3º As receitas provenientes de atividade incentivada não comporão a base de

cálculo do imposto, na proporção do benefício a que a pessoa jurídica, submetida ao

regime de tributação com base no lucro real, fizer jus.

§ 4º O percentual de que trata este artigo também será aplicado sobre a receita

financeira da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a

loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à

venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda,

quando decorrente da comercialização de imóveis e for apurada por meio de índices

ou coeficientes previstos em contrato. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)

Art. 16. O lucro arbitrado das pessoas jurídicas será determinado mediante a

aplicação, sobre a receita bruta, quando conhecida, dos percentuais fixados no art. 15, acrescidos de vinte por cento.

Parágrafo único. No caso das instituições a que se refere o inciso III do art. 36 da

Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, o percentual para determinação do lucro

arbitrado será de quarenta e cinco por cento.

E no caso de receita bruta desconhecidas será, conforme a Cartilha Curso Prático IRPJ

2013 da COAD, (2013, p.64) feita desse modo:

Quando a receita bruta da pessoa jurídica for desconhecida, a autoridade lançadora

poderá, de acordo com a natureza do negócio, arbitrar o lucro mediante a utilização

de uma das seguintes alternativas de cálculo:

a) 1,5 do lucro real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve

escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais. Quando o lucro real for

decorrente de período de apuração anual, o valor que servirá de base ao arbitramento

será proporcional ao número de meses do período considerado; b) 0,12 da soma dos valores do Ativo Circulante e Ativo Não Circulante, existentes

no último balanço patrimonial conhecido;

c) 0,21 do valor do capital, inclusive a sua correção monetária contabilizada como

Reserva de Capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou

registrado nos atos de constituição ou alteração da sociedade;

d) 0,15 do valor do Patrimônio Líquido, constante do último balanço patrimonial

conhecido;

e) 0,4 do valor das compras de mercadorias efetuadas no trimestre;

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f) 0,4 da soma, em cada trimestre, dos valores da folha de pagamento dos

empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais

de embalagem;

g) 0,8 da soma dos valores devidos no trimestre a empregados;

h) 0,9 do valor do aluguel devido no trimestre.

As alternativas previstas nas letras “e”, “f” e “g” anteriores, a critério da autoridade

lançadora, poderão ter sua aplicação limitada, respectivamente, às atividades

comerciais, industriais e de prestação de serviços e, no caso de empresas com

atividade mista, ser adotados isoladamente em cada atividade.

E sobre os percentuais, tantos os das receitas conhecidas ou não, citados serão somado

os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as

demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas.

Vale lembrar que na receita bruta não estão incluído o IPI incidente sobre venda e o

ICMS devido na condição de contribuinte substituto, as vendas canceladas e as devoluções de

venda.

Referente ao período de tributação ele é realizado trimestralmente no regime de

competência ou de caixa. Explica a cartilha curso prático IRPJ 2013 da COAD, (2013, p.68,

grifo do autor):

Desde 1º de janeiro de 2000 as variações monetárias decorrentes da atualização de

direitos de crédito e de obrigações, em função da taxa de câmbio, serão

consideradas, para efeito de determinação das bases de cálculo do Imposto de

Renda, da CSLL, do PIS e da Cofins quando da liquidação da correspondente

operação, ou seja, pelo regime de caixa. À opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na determinação da base de cálculo do imposto

e contribuições referidos, segundo o regime de competência.

A adoção do regime de competência ou a manutenção do regime de caixa

deverá ser aplicada a todo o ano-calendário.

Formalização da Opção pelo Regime de Competência De acordo com a nova

redação do artigo 30 da Medida Provisória n° 2.158-35/ 2001, dada pelo artigo 137

da Lei n°12.249/2010 e regulamentada pela Instrução Normativa n° 1.079

RFB/2010, a partir do ano-calendário de 2011, o direito de optar pelo regime de

competência somente poderá ser exercido no mês de janeiro ou no mês do início de

atividades.

A opção pelo regime de competência deverá ser comunicada à Secretaria da

Receita Federal do Brasil por intermédio da DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais relativo ao mês de adoção do regime, não sendo

admitida a sua retificação, relativa a essa comunicação, fora do prazo de entrega.

Retorno ao Regime de Caixa no Decorrer do Ano

Adotada a opção pelo regime de competência, o direito de sua alteração para o

regime de caixa, no decorrer do ano-calendário, será restrito aos casos em que ocorra

elevada oscilação da taxa de câmbio comunicada mediante a edição de Portaria do

Ministro de Estado da Fazenda. O retorno ao regime de caixa deverá ser informado à

RFB por intermédio da DCTF relativa ao mês subsequente ao da publicação da

Portaria Ministerial que comunicar a oscilação da taxa de câmbio.

Em relação à tributação do IRPJ, ele terá uma alíquota de 15% sobre as receitas já

citadas nesse trabalho e na parcela que exceder R$ 60.000,00 trimestralmente, pagará um

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50

adicional de 10%. O CSLL (9%) será a mesma alíquota do lucro presumido. No qual a base

de cálculo do CSLL será elaborado das seguintes maneiras: quando a receita é conhecida

aplicasse, sobre a mesma, um percentual que varia de 12% a 32%, acrescentando ao resultado

obtido, “os ganhos de capital, rendimentos e ganhos líquidos de aplicações financeiras e de

mais resultados positivos se atividades acessórias e outro valores”, acrescentar (AGUIAR,

NEVES, VICECONTI, 2009, p.23). E quando a receita for desconhecida, serão usados os

mesmos percentuais aplicados na elaboração do lucro quando a receita é desconhecida.

Acrescentando ao resultado os mesmos acréscimos realizados na receita conhecida usada para

forma à base de cálculo o CSLL.

Já os PIS e COFINS são de 0,65% e 3% respectivamente e de forma cumulativa,

encima do faturamento ou obtenção de receita.

A vantagem desse regime reside no fato, de que a empresa pode corrigir os erros e

começa o balanço do zero, ou seja, pode romper os laços e começar de novo.

2.6.1.4 Simples Nacional

Esse regime será mais detalhado nos próximos tópicos, devido ao fato de que é esta

forma de tributação que se mencionará neste trabalho, pois é nele que a Lei Complementar n°

147, de agosto de 2014, inclui novas atividades.

2.7 SIMPLES NACIONAL

Simples Nacional é uma forma de tributação que visa simplificar a tributação das

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Além de trazer um tratamento diferenciado, no

qual se busca reduzir a carga tributaria e, à tornando menor quando comparada com as outras

formas de tributar.

Conforme disposto no art. 1º da Lei n° 9.317/96 “o Simples é um regime tributário

diferenciado, simplificado e favorecido, aplicável às pessoas jurídicas consideradas como

microempresas e empresas de pequeno porte”. Por tanto, trata-se de uma forma de tributação

que procura descomplicar a arrecadação de impostos.

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51

Tendo como consequência de sua aplicação, uma escrituração contábil mais

simplificada já que reúne o pagamento de alguns impostos, em uma única guia. Conforme

Silva (2008, p.27): “Com isto, constitui-se em uma forma simplificada e unificada de

recolhimento de tributos, por meio da aplicação de percentuais favorecidos e progressivos,

incidentes sobre uma única base de cálculo, a receita bruta.”.

Para compreender essa Forma de tributação e suas vantagens para micro empresa ou

desvantagens, se faz necessário conhecer um pouco de seu histórico e legislação começando

primeiro por conhecer o extinto Simples Federal.

E por fim conhecer as alterações, as novas atividades incluídas e se sua adesão ao

simples Nacional é vantajosa ou não, pois é objetivo do trabalho.

2.7.1 Conceito de ME (Microempresa) e EPP (Empresa de Pequeno Porte).

Essa explicação se faz necessária, pois é sobre essas empresas que recai o Simples

Nacional. De acordo com a Lei Complementar n° 123 de Dezembro de 2006 art. 3°:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se microempresas

ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a

empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art.

966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente

registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas

Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta

igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário,

receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou

inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). § 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o

produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos

serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as

vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

Alerta, (PINTO, 2007, p. 632):

A correta definição de receita é um dos cuidados fundamentais que devemos ter, pois, se considerarmos na soma, receitas para as quais tal procedimento não é

obrigatório, poderemos apurar valores acima do real, e enquadrarmos indevidamente

uma microempresa como empresa de pequeno porte, ou deixarmos de enquadrar

determinada empresa como pequeno porte, por concluímos, erroneamente, que a

receita bruta acumulada é superior ao limite.

Vale lembrar que para se enquadrar no simples Nacional além de ser uma ME ou EPP

é necessário verificar, se a mesma não está enquadrada em alguma atividade impeditiva.

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Entendem-se como atividade impeditiva, as empresa que devido a suas atividades não

podem entrar no Simples. São exemplos dessas atividades: fabricação de vinho, fabricação de

motocicleta, caixas econômicas, cartórios, atividades de estudos geológicos e etc.

2.7.2 Simples Federal

Criada pela lei nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, buscava estabelecer um regime de

tributação diferenciados paras as microempresas e empresas de pequenos porte. Em que

institui um sistema integrado de pagamento de impostos, agindo conforme o art. 179 da CF:

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às

microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento

jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações

administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou

redução destas por meio de lei.

Esse sistema abrangia o, IRPJ; IPI; CSLL; COFINS; PIS/Pasep; Contribuições para a

Seguridade Social, a cargo da PJ2 e o ICMS e o ISS desde que a unidade em que estão

estabelecida tenha um convenio com a união, acrescenta (COSTA, 2011, p.15):

Caso o município e o estado onde se encontra estabelecida à empresa não

firmassem convênio para incluir o ICMS e o ISS no recolhimento unificado do

Simples Federal, a empresa deve apurar e recolher o ICMS e o ISS de acordo com as

modalidades de tributação previstas na legislação do estado e do município.

Em relação ao faturamento no simples Federal o teto limite era de R$ 2.400.000,00 de

receita bruta anual, mas se o faturamento fosse ultrapassado a empresa não sairia desse

regime, só teria que pagar 20% sobre o valor que exceder o limite permitido.

No entanto conforme Silva (2008, p.28):

Quando entrou em vigor o Simples Federal, o dia-a-dia das empresas simplificou

bastante, e também reduziu, em alguns casos, a carga tributaria das empresas. Com o

passar do tempo sentiu-se a necessidade de aprimorar o recolhimento deste imposto,

e depois de muitos estudos, e análise por parte de nossos legisladores, foi revogada a

Lei. Com isto, em dezembro de 2006, foi aprovado a LC n 123 que institui o

Simples [...]

E diante disso passa vigora o novo Simples Nacional.

2 PJ = Pessoa Jurídica.

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2.7.3 Simples Nacional

Como já foi dito o Simples Nacional é uma forma de tributação simplificada, regida

pela LC n° 123° de dezembro de 2006, visando aprimora o antigo Simples Federal. Sendo

que seu objetivo é regularizar as microempresas. Sobre o simples nacional (COSTA, 2011,

p.22) explica:

Não é um novo imposto, e sim um novo método de recolhimento unificado de vários

tributos e contribuições, federais, estaduais e municipais. A intenção deste novo

regime de tributação, conforme o governo federal, é permitir que as micro e

pequenas empresas sejam regularizadas e tenham oportunidade de crescimento, já

que a expectativa para quem aderir ao novo regime é uma redução da carga

tributária [...].

Diferente do Simples Federal o ICMS e o ISS entram para o grupo dos tributos

abrangidos por esse sistema, como mostra o art. 13° da LC n° 123/2006 (grifo nosso):

Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante

documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:

I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ;

II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no

inciso XII do § 1o deste artigo;

III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;

IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS,

observado o disposto no inciso XII do § 1o deste artigo; V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do §

1o deste artigo;

VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a

cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de

1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se

dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta

Lei Complementar;

VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias

e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e

de Comunicação - ICMS;

VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

Em relação aos demais impostos como o IOF; II; ITR; FGTS; e outro impostos e

contribuições descritos no Capitulo IV Seção §1° da lei que rege o Simples Nacional. O

Simples não exclui a incidência e nem o recolhimento dos mesmos. No qual será utilizado à

legislação das demais pessoas jurídicas, quando uns desses tributos forem devidos.

Quanto aos tributos abrangidos pelo Simples Nacional há exceções, em que não se

aplica essa diferenciação. Como no caso IRPJ, em situações de procedimentos ou ganhos

líquidos auferidos em aplicação de renda fixa ou variável, ganhos de capital auferido na

alienação de bens do ativo permanente, pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica

a pessoa físicas;

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A exceção no IPI, COFINS e PIS/PASEP, aparece, quando esses mesmos tributos,

incidem sobre importação de bens ou serviços; já no ISS a ressalva acontece nas seguintes

situações: serviços sujeitos a substituição tributária, serviços sujeito á retenção na fonte e

importação de serviços. Quanto ao ICMS o sistema simplificado não atinge as seguintes

situações, descritas na Lei Complementar n° 123/2006, art.13 §1 inciso XIII:

XIII - ICMS devido:

a) nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária, tributação concentrada

em uma única etapa (monofásica) e sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto com encerramento de tributação [...] nas operações sujeitas

ao regime de substituição tributária pelas operações anteriores; e nas prestações de

serviços sujeitas aos regimes de substituição tributária e de antecipação de

recolhimento do imposto com encerramento de tributação; (Redação dada pele Lei

Complementar nº 147, de 2014) (Produção de efeito)

b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação

estadual ou distrital vigente;

c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive

lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia

elétrica, quando não destinados à comercialização ou industrialização;

d) por ocasião do desembaraço aduaneiro;

e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento fiscal;

f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;

g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do

recolhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal:

1. com encerramento da tributação, observado o disposto no inciso IV do § 4º do

art. 18 desta Lei Complementar;

2. sem encerramento da tributação, hipótese em que será cobrada a diferença entre a

alíquota interna e a interestadual, sendo vedada a agregação de qualquer valor;

h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias,

não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à

diferença entre a alíquota interna e a interestadual;

Dentro do tema tratamento diferenciado a Lei determina, que:

As obrigações acessórias serão apuradas em regime único de arrecadação;

Conforme o inciso II art.1 ° da Lei complementar n° 123/06, as empresa optantes pelo

Simples estão dispensadas de algumas obrigações trabalhistas e previdenciárias e de suas

obrigações acessórias como: afixação de quadro de horário de trabalho dos empregados;

exceto do menor; empregar e matricular menores de 18 anos (aprendizes) nos cursos

especializados mantidos pelo SENAI; ter posse do livro chamado “Inspeção do Trabalho”;

comunica ao ministério do Trabalho e do Emprego a concessão de férias coletivas; anotação

das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro;

As empresas enquadradas no Simples terão um tratamento diferenciado ao acesso de crédito

no mercado, conforme o inciso III art.1° da Lei Complementar n° 123/06 as MEs e EPPs

receberão uma abordagem favorecida “ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à

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preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao

associativismo e às regras de inclusão”.

E conforme o inciso IV art.1° da Lei complementar n°123/06 haverá um tratamento

diferenciado e favorecido “ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere o inciso

IV do parágrafo único do art. 146, in fine, da Constituição Federal. (Incluído pela Lei

Complementar nº 147, de 2014)”.

Antes de tratar de que atividade pode adotar o regime tributário Simples Nacional será

necessário demonstrar outras características desse sistema, pois elas ajudaram concluir se

será vantajoso ou não, as novas atividades migrarem para o Simples Nacional.

2.7.3.1 Características do Simples Nacional.

Ele é facultativo, exceto para o MEI (Micro Empreendedor Individual) no qual ele já é

cadastrado quando se formaliza no portal do empreendedor. Quanto à arrecadação do tributo,

como já foi descrito, será realizado em um único documento, onde será disponibilizado para

as ME e EPP o Programa PGDAS-D (Gerador do Documento de Arrecadação do Simples

Nacional – Declaratório), para a realização do cálculo do valor que foi devido no mês.

Sobre as características acrescenta Silva (2008) os Prazos para o pagamento do tributo

até o último dia útil da quinzena do mês subsequente ao período de apuração. Esse regime,

exigi presentar declaração anual, única e simplificada de informações socioeconômicas e

fiscais.

Outros aspectos desse regime são: a possibilidade, das empresas poderem escolher

adotarem o regime de caixa ou competência para o reconhecimento das receitas. Acrescenta

Alerta, (PINTO, 2007, p. 632): “Que para verificação da receita bruta, deverá ser considerado

o mesmo critério que a pessoa jurídica escolheu para recolher o imposto do SIMPLES –

regime de caixa oi competência e, que o critério deverá ser mantido para todo o ano-

calendário.”.

E a permissão que os Estados possuem de adotarem sublimites de EPP em função da

respectiva participação no PIB. Em relação aos sublimites citados acima eles serão explicados

junto com os limites do Simples Nacional nos próximos tópicos.

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56

2.7.3.2 CGSN (Comitê Gestor do Simples Nacional)

O CGSN (Comitê Gestor do Simples Nacional) é órgão que regula o Simples

Nacional. Que possui a responsabilidade de tratar dos aspectos tributários da lei, como

regulamenta o §6° do art.2° da LC n° 123/2006:

I - Comitê Gestor do Simples Nacional, vinculado ao Ministério da Fazenda,

composto por 4 (quatro) representantes da Secretaria da Receita Federal do Brasil,

como representantes da União, 2 (dois) dos Estados e do Distrito Federal e 2 (dois)

dos Municípios, para tratar dos aspectos tributários; [...]

§ 6º Ao Comitê de que trata o inciso I do caput deste artigo compete regulamentar a

opção, exclusão, tributação, fiscalização, arrecadação, cobrança, dívida ativa,

recolhimento e demais itens relativos ao regime de que trata o art. 12 desta Lei

Complementar, observadas as demais disposições desta Lei Complementar.

Referente ao optante pelo Simples Nacional a mesma lei descreve que o CGSN poderá

determina:

§ 9o O CGSN poderá determinar, com relação à microempresa e à empresa de

pequeno porte optante pelo Simples Nacional, a forma, a periodicidade e o

prazo: (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) I - de entrega à Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB de uma única

declaração com dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores da

contribuição para a Seguridade Social devida sobre a remuneração do trabalho,

inclusive a descontada dos trabalhadores a serviço da empresa, do Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e outras informações de interesse do

Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, do Instituto Nacional do Seguro Social -

INSS e do Conselho Curador do FGTS, observado o disposto no § 7o deste artigo;

e (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) II - do recolhimento das contribuições descritas no inciso I e do FGTS.

Esse comitê é formado por, quatro representantes da União, dois representantes dos

Estados e Distrito Federal e dois dos Municípios, quanto ao procedimento para a designação

desses cargos explica o §8 do art.2° da LC 123/2006:

§ 8° Os membros dos Comitês de que tratam os incisos I e III do caput deste artigo

serão designados, respectivamente, pelos Ministros de Estado da Fazenda e da

Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, mediante

indicação dos órgãos e entidades vinculados.

Cabe lembrar, que um dos representantes da União será o Presidente da Republica. E

que foi esse comitê que aprovou a Resolução CGSN n. 117, que regulamenta alterações

trazidas pela Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014.

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2.7.3.3 Quem Pode Optar pelo Simples Nacional.

Quem pode optar pelo Simples Nacional são as empresas que se enquadram na

definição de Micro empresa e Empresa de Pequeno Porte (já conceituado nesse trabalho).

Lembrando que, MEs são as empresas que tiverem a receita bruta no ano-calendário, igual ou

inferior a R$ 360.000,00. Já as EPPs são as que tiverem a receita bruta no ano-calendário,

igual ou inferior a R$ 3.600.000,00.

No caso de inicio de atividades os limites de receita bruta serão proporcionais aos

meses de atividades da empresa no ano calendário, considerando as frações dos meses.

Explica o art.3°,§ 2 da Lei Complementar n° 123/2006(grifo do autor):

“§ 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se refere o

caput deste artigo será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a

empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as frações de meses.”

Os limites proporcionais são, de R$ 30.000,00 para a ME e, de R$ 300.000,00 para EPP.

Vale ressaltar que a Lei n°139 de novembro de 2011 trouxe uma alteração no limite, explica

Rodrigues (2011 p.9):

Além do limite de R$ 3.600.000,00 com receitas auferidas no mercado interno, a

EPP poderá obter, adicionalmente, receita com exportação de mercadorias até o valor de R$ 3.600.000,00, sem prejuízo do seu enquadramento como EPP e da sua

opção pelo Simples Nacional. Todavia, para fins de determinação da alíquota

aplicável no cálculo dos tributos devidos, será considerada a receita bruta total da

empresa nos mercados interno e externo.

Ressaltamos que o limite adicional referido somente se aplica para as receitas

advindas da exportação de mercadorias e não de serviços.

Exemplo: Vamos supor uma EPP que, em junho de 2012, apresente receita bruta

total acumulada no ano de R$ 4.000.000,00, sendo:

Receita de vendas internas: R$ 2.000.000,00

Receita de vendas de mercadorias para o exterior: R$ 2.000.000,00.

Essa empresa, pela nova regra permanece como empresa de pequeno porte, pois não excedeu o limite de receita no mercado interno, que é de R$ 3.600.000,00 nem o

limite adicional para exportação de mercadorias, de mesmo valor.

A Lei Complementar n°147/2014 altera a LC n°123/2006 o §14 do artigo 3°, permitindo que

as Microempresas aufiram receitas de exportação desde que, essas receitas não passem o

limite de receita bruta anual.

§ 14. Para fins de enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno

porte, poderão ser auferidas receitas no mercado interno até o limite previsto no

inciso II do caput ou no § 2o, conforme o caso, e, adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias ou serviços, inclusive quando realizada

por meio de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista

no art. 56 desta Lei Complementar, desde que as receitas de exportação também não

excedam os referidos limites de receita bruta anual.

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Ou seja, passa existir dois limites de receita uma para o mercado interno e outro para o

mercado externo.

Uma observação importante a ser feita sobre os limites de enquadramento no Simples.

Existe em tramite o projeto de Lei Complementar n° 448/14, que busca altera o faturamento,

os anexos e as alíquotas para ano 2016. O faturamento passaria de 3,6 milhões reais por ano

para 14,4 milhões reais por ano, a primeira faixa de faturamento seria de 225 mil reais e não

mais 180 mil reais. Quanto os anexos eles seria reduzido a 4.

Neste trabalho serão considerados os faturamentos, alíquotas e anexos ainda vigentes.

2.7.3.4 Quem não pode optar pelo Simples Nacional.

Além das MEs e EPPs que ultrapassarem o limite de faturamento, existem outras

características que impedem a entrada das empresas no Simples. E elas estão dispostas no art.

17° da Lei Complementar 123 de dezembro de 2006. Convêm lembrar que as atividades

impeditivas a seguir estão de acordo com as alterações realizadas pela Lei Complementar n°

147 de agosto de 2014, portanto são as atividades:

- que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria

creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber,

gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de

vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal,

estadual ou municipal;

que tenha sócio domiciliado no exterior;

que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, ou com as Fazendas

Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;

que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto

quando na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou

metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte

de estudantes ou trabalhadores; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)

(Produção de efeito)

que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;

que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;

que exerça atividade de importação de combustíveis;

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que exerça atividade de produção ou venda no atacado de:

a) cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras,

explosivos e detonantes;

b) bebidas a seguir descritas:

alcoólicas;

que realize cessão ou locação de mão-de-obra;

que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.

que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação

de serviços tributados pelo ISS.

com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou

estadual, quando exigível.

2.7.3.5 Atividades que Passaram a Poder Optar pelo Simples Nacional Através da Lei

Complementar n° 147° de 7 de Agosto de 2014.

A partir de 1º de janeiro de 2015 as atividades antes vedadas aos optantes do Simples

Nacional até 31 de dezembro de 2014 são as seguintes:

que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, quando for

prestado na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou

metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte

de estudantes ou trabalhadores;

As que exerçam atividades de produção e venda de atacados de: refrigerantes, inclusive

águas saborizadas gaseificadas; preparações compostas, não alcoólicas (extratos concentrados

ou sabores concentrados), para elaboração de bebida refrigerante, com capacidade de diluição

de até 10 partes da bebida para cada parte do concentrado;

que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade

intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua

profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviço de instrutor, de corretor, de

despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios e;

que realize atividade de consultoria.

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60

Importante ressaltar que a LC n° 147/2004 trouxe outras mudanças para Lei Geral.,

que não serão tratadas nesse trabalho, pois não são o foco desse trabalho. Mas pode-se destaca

como uma dessas alterações é que agora as novas obrigações só poderão ser criadas se for

previsto um tratamento diferenciado para as Micros Empresas e Empresas de Pequeno Porte.

2.7.3.6 Como se da opção pelo Simples Nacional

A opção para esse regime de tributação é feita somente na internet, por meio do portal

simples nacional.

Vale lembrar que as pessoas que pertenciam ao Simples Federal, que não tinham

nenhuma pendência fiscal e cadastral, e também não se enquadram em nenhumas das

atividades impeditivas, já migraram automaticamente para o Simples Nacional.

Sobre os prazos de solicitação para a opção do Simples Nacional, às empresas que já

estão em atividade à opção pelo Simples Nacional somente poderá ser realizada no mês de

janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário

da opção, conforme dispõe a resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional n° 94 de 2011

no seu art.5°, §1: “a opção pelo Simples Nacional somente poderá ser realizada no mês de

janeiro, até o seu último dia útil, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário

da opção”.

Já para as empresas que estão em inicio de atividades à resolução do CGSN n° 94 de

2011 no seu art.5°, §5, explica:

§ 5º No caso de início de atividade da ME ou EPP no ano-calendário da opção,

deverá ser observado o seguinte: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, § 3 º ) I - a ME ou EPP, após efetuar a inscrição no CNPJ, bem como obter a sua inscrição

municipal e, caso exigível, a estadual, terá o prazo de até 30 (trinta) dias, contados

do último deferimento de inscrição, para efetuar a opção pelo Simples Nacional;

Ainda sobre o prazo para a opção, as empresas que estão em inicio de atividade o art.

6°§7 da mesma resolução, determina:

§ 7º A ME ou EPP não poderá efetuar a opção pelo Simples Nacional na condição

de empresa em início de atividade depois de decorridos 180 (cento e oitenta) dias da

data de abertura constante do CNPJ, observados os demais requisitos previstos no

inciso I do § 5 º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, § 3 º)

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61

Quanto à resposta da solicitação ela ocorre da seguinte forma, depois de ser analisada

pela a RFB (Receita Federal do Brasil). Para as empresas já em atividades, ocorre da seguinte

maneira: dentro do período de apuração são realizados procedimentos parciais nos dias

09/01/2015, 16/01/2015 e 23/01/2015, para deferirem os pedidos das empresas que regularam

suas pendencias antes das datas referidas. O resultado final sai no dia 13/02/2015.

Já para as que estão em inicio de atividades o resultado da solicitação de opção sai nas

seguintes datas:

- dia 06 (opção realizada entre o dia 20 ao dia 31 do mês anterior);

- dia 16 (opção realizada do dia 1º ao dia 9 do mesmo mês);

- dia 26 (opção realizada do dia 10 ao dia 19 do mesmo mês).

Ainda sobre as entrada nesse regime Silva (2008, p.28-29) explica:

O ingresso da ME e da EPP no Simples Nacional se dá por um dos seguintes modos:

· Por opção: Este ingresso ocorre quando a própria pessoa jurídica formaliza a sua

opção no Portal do Simples Nacional na internet e o sistema de processamento de

dados processa essa opção. Esse é o modo normal de uma pessoa jurídica ingressar no regime de tributação. É um ato que decorre da vontade da pessoa jurídica.

· Por inclusão administrativa (ofício): O ingresso deste é ato praticado pela

administração tributária e se dá quando a pessoa jurídica formaliza a sua opção, e a

ela é não é permitido o ingresso. Não concordando com o impedimento da opção, a

pessoa jurídica ingressa com processo administrativo no órgão de administração

tributária federal, estadual, distrital ou municipal que indeferiu, solicitando revisão

do impedimento.

· Por inclusão judicial: No caso do ingresso por inclusão judicial é ato praticado pela

administração tributária da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos

Municípios em decorrência de um mandado judicial. Cabe ao órgão de

administração tributária que se situar no pólo passivo da ação judicial incluir a pessoa jurídica no Simples Nacional.

É importante ressalta que, a opção pelo Simples Nacional é irrevogável durante o ano-

calendário.

2.7.3.7 Exclusão do Simples Nacional

A exclusão do sistema simplificado pode ser executada por oficio ou, por opção da

pessoa jurídica mediante a comunicação ou por alteração cadastral.

No caso de oficio a exclusão ocorre quando, existe a falta de comunicação obrigatória,

ou quando a empresa faz alguma ação ou omissão que constitua exclusão por oficio, o art. 29°

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da Lei Complementar n° 123/2006 descreve em que situação esse tipo de exclusão

acontecerá:

Art. 29. A exclusão de ofício das empresas optantes pelo Simples Nacional dar-se-á

quando:

I - verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória;

II - for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada

de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não

fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou

atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que

autorizam a requisição de auxílio da força pública;

III - for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao

estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;

IV - a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;

V - tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei

Complementar;

VI - a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da Lei no 9.430, de

27 de dezembro de 1996, e alterações posteriores;

VII - comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;

VIII - houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da

movimentação financeira, inclusive bancária;

IX - for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera

em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período,

excluído o ano de início de atividade; X - for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de

mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses

justificadas de aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) dos

ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;

XI - houver descumprimento reiterado da obrigação contida no inciso I do caput do

art. 26;

XII - omitir de forma reiterada da folha de pagamento da empresa ou de documento

de informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária,

segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste

serviço.

Já as exclusões feitas por comunicação da empresa poderão ser feitas por opção, ou

quando ocorrer as seguintes situações: tiver ultrapassado o limite de receita bruta anual ou o

limite proporcional da receita bruta anual no ano de início de atividade ou; se enquadrar em

situação de vedação.

Conforme explica o art. 30° da Lei Complementar 123/2006:

Art. 30. A exclusão do Simples Nacional, mediante comunicação das microempresas ou das empresas de pequeno porte, dar-se-á:

I - por opção;

II - obrigatoriamente, quando elas incorrerem em qualquer das situações de vedação

previstas nesta Lei Complementar; ou

III - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário de início de

atividade, o limite proporcional de receita bruta de que trata o § 2° do art. 3°;

IV - obrigatoriamente, quando ultrapassado, no ano-calendário, o limite de receita

bruta previsto no inciso II do caput do art. 3°, quando não estiver no ano-calendário

de início de atividade.

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Sobre o efeito das exclusões a Lei Complementar n°123/2006 em seu art.31°(grifo do

autor) explica:

Art. 31. A exclusão das microempresas ou das empresas de pequeno porte do

Simples Nacional produzirá efeitos:

I - na hipótese do inciso I do caput do art. 30 desta Lei Complementar, a partir de 1o

de janeiro do ano-calendário subsequente, ressalvado o disposto no § 4o deste artigo;

II - na hipótese do inciso II docaput do art. 30 desta Lei Complementar, a partir do mês seguinte da ocorrência da situação impeditiva;

III - na hipótese do inciso III do caput do art. 30 desta Lei Complementar:

a) desde o início das atividades;

b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente, na hipótese de não ter

ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite proporcional de que trata o §

10 do art. 3o;

IV - na hipótese do inciso V do caput do art. 17 desta Lei Complementar, a partir do

ano-calendário subseqüente ao da ciência da comunicação da exclusão;

V - na hipótese do inciso IV do caput do art. 30:

a) a partir do mês subsequente à ultrapassagem em mais de 20% (vinte por cento) do

limite de receita bruta previsto no inciso II do art. 3o; b) a partir de 1o de janeiro do ano-calendário subsequente, na hipótese de não ter

ultrapassado em mais de 20% (vinte por cento) o limite de receita bruta previsto no

inciso II do art. 3º

Quantos os efeitos das exclusões por oficio são as seguintes: Nas hipóteses previstas

nos incisos II a XII no artigo 29° da Lei Complementar n° 123/2006 , a exclusão terá efeito a

partir do próprio mês em que ocorreu, impedindo a opção pelo Simples Nacional, pelos

próximo 3 (três) anos-calendário seguintes.

No entanto será elevado para 10 (dez) se for constatado a utilização de meios

fraudulentos para enganar a fiscalização com o proposito de suprimir ou reduzir o pagamento

de tributo.

Depois de passados os efeitos das exclusões, as MEs e EPPs passaram a ter que

integrar-se a outras formas de tributação, já no caso de inicio de atividade, a Lei

Complementar n°123/2006 em seu no artigo 32° § 1°esclarece:

“[...] ficará sujeita ao pagamento da totalidade ou diferença dos respectivos impostos e

contribuições, devidos de conformidade com as normas gerais de incidência, acrescidos, tão-

somente, de juros de mora, quando efetuado antes do início de procedimento de ofício.”

2.7.3.8 Fiscalização

A fiscalização é de competência da Secretaria da Receita Federal e das Secretarias de

Fazenda ou de Finanças do Estado ou do Distrito Federal, dependendo da localização. Esses

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órgãos vão fiscalizar se as obrigações acessórias e as principais estão sendo cumpridas, e

verificar as ocorrências de exclusão por oficio (explicado no tópico anterior).

Quanto às prestações de serviços que estão sob a competência tributária do município,

o mesmo também terá a competência de fiscalizar.

As Secretarias de Fazenda ou Finanças dos Estados poderão celebrar convênio com os

Municípios, para atribuir a competência de fiscalizar, lembrando que se dispensa esse

convenio no caso do ISS. Conforme o art.33, §1-A. da LC 123 de 2006 “§ 1o-A. Dispensa-se

o convênio de que trata o § 1° na hipótese de ocorrência de prestação de serviços sujeita ao

ISS por estabelecimento localizado no Município”.

Em relação Seguridade Social das MEs e EPPs optantes pelo Simples Nacional, é

competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Cabe ressalta que a fiscalização referente o descumprimento das obrigações acessórias

é de competência exclusiva da administração tributária, na qual deveria ter sido comprido a

obrigação.

2.7.3.9 Alíquota e Base de Calculo

As alíquotas serão determinadas, pelo somatório da receita bruta dos ultimo doses

meses, (RBT12), anteriores ao período de apuração, como demonstra o art.18°, § 1 da LC

123/2006 “Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta

acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração.”.

Ainda sobre a RBT12 Costa (2011, p.28) explica:

Para a ME e EPP a receita bruta total mensal auferida é a base de calculo para

determinar o valor devido mensalmente; se possuir filiais deverá ser considerado o

somatório das receitas brutas de todos os estabelecimentos.

As ME e EPP deve se utilizar a receita bruta total recebida, na forma regulamentada

pela Resolução do CGSN, sendo essa opção irretratável para todo o ano-calendário.

É importante ressalta que a receita bruta acumulada serve para verificar se a empresa

ultrapassou o limite para permanecer no Simples Nacional.

Conforme o resultado (RTB12,) será aplicado à alíquota encontrada nos anexos LC n°

123/2006 sobre a receita bruta do mês (regime de competência) ou sobre a receita mensal

recebida (regime de caixa).

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65

Referente às MEs e EPPs que estão em inicio de atividades, o art.18°, § 2 da LC

n°123/2006 “Em caso de início de atividade, os valores de receita brutas acumuladas

constantes das tabelas dos Anexos I a VI desta Lei Complementar devem ser

proporcionalizados ao número de meses de atividade no período.”.

Quanto à escolha de qual anexo (I a VI) utilizar será de acordo com o setor da empresa

ou da receita no caso da prestação de serviço.

Cabe ressaltar que caso a receita bruta ultrapasse em menos de 20% o limite estará

sujeita às alíquotas máximas previstas nos Anexos I a V da Lei Complementar n°123/06,

proporcionalmente conforme o caso, acrescidas de 20%.

No caso da adoção de sublimites pelo Distrito Federal, Estados e Municípios, as

empresas que tiverem a receita bruta do ano-calendário maior que 1/12 (um dose avos) do

limite estabelecido multiplicado pelos meses de atividades e, que o excesso do limite seja

menor de 20%. A mesma estará sujeita, em relação aos percentuais aplicáveis ao ICMS e ao

ISS, às alíquotas máximas correspondentes a essas faixas previstas nos Anexos I a VI da LC

123/2006, proporcionalmente conforme o caso, acrescidas de 20%.

No caso de os Estados e Distrito Federal adotar valores fixos mensais para o

recolhimento do ICMS e do ISS as (ME) que tenha a obtido uma receita bruta, no ano-

calendário anterior, de até R$ 360.000,00. Ficam sujeitas a esses valores, exceto quando

ultrapassa o limite de receita bruta citado, no qual ficarão impedidas de recolher o ICMS ou o

ISS pela sistemática de valor fixo, e a partir do mês subsequente do excesso, as mesmas

estarão sujeitas apuração desses tributos na forma das demais empresas optantes pelo Simples

Nacional.

Os sublimites, citado nesse texto, se refere à possibilidade dos Estados Municípios e

Distrito Federal adotarem faixas de receitas diferentes para o recolhimento do ICMS e do ISS.

A utilização desses limites será de acordo com a participação dos Estados e Municípios e

Distrito federal. Tal como explica a Lei Complementar n°123/2006 art. 19°:

Art. 19. Sem prejuízo da possibilidade de adoção de todas as faixas de receita

previstas nos Anexos I a VI desta Lei Complementar, os Estados poderão optar pela aplicação de sublimite para efeito de recolhimento do ICMS na forma do Simples

Nacional em seus respectivos territórios, da seguinte forma: (Redação dada pela

Lei Complementar nº 147, de 2014)

I - os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja de até 1%

(um por cento) poderão optar pela aplicação, em seus respectivos territórios, das

faixas de receita bruta anual até 35% (trinta e cinco por cento), ou até 50%

(cinquenta por cento), ou até 70% (setenta por cento) do limite previsto no inciso II

do caput do art. 3o;

II - os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja de mais de

1% (um por cento) e de menos de 5% (cinco por cento) poderão optar pela

aplicação, em seus respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual até 50%

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66

(cinquenta por cento) ou até 70% (setenta por cento) do limite previsto no inciso II

do caput do art. 3o; e

III - os Estados cuja participação no Produto Interno Bruto brasileiro seja igual ou

superior a 5% (cinco por cento) ficam obrigados a adotar todas as faixas de receita

bruta anual.

Lembrando que se a empresa ultrapassar esses limites. ela não poderá recolher o ICMS

e ISS na forma do Simples Nacional, como demonstra a LC 123/2006, art.20° § 1°

1º A empresa de pequeno porte que ultrapassar os limites a que se referem os incisos

I ou II do caput do art. 19 estará automaticamente impedida de recolher o ICMS e o

ISS na forma do Simples Nacional, a partir do mês subsequente ao que tiver ocorrido o excesso, relativamente aos seus estabelecimentos localizados na unidade

da Federação que os houver adotado, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 13 do art.

3o.

O Produto Interno Bruto Brasileiro utilizado para esse cálculo será o divulgado pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.

2.7.3.10 Pagamento e Declaração

Quanto ao pagamento ele será feito em um documento único, na ausência de

regulamentação CGSN, ele deverá ser feito em até o último dia útil da primeira quinzena do

mês subsequente àquele a que se referir em banco, que integre a rede arrecadadora do Simples

Nacional.

Mas como o comitê se pronunciou por meio da resolução n°94 de 29 de novembro

2011 em seu artigo n° 38, os tributos devidos “deverão ser pagos até o dia 20 (vinte) do mês

subsequente àquele em que houver sido auferido a receita bruta (Lei Complementar n° 123,de

2006, art. 21, inciso III)”.

Ainda sobre o pagamento, a Lei Complementar n°123/2006 em seu no artigo 21°,

§ 1; § 2 e § 3 acrescenta:

§1º Na hipótese de a microempresa ou a empresa de pequeno porte possuir filiais, o

recolhimento dos tributos do Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz.

§ 2º Poderá ser adotado sistema simplificado de arrecadação do Simples Nacional,

inclusive sem utilização da rede bancária, mediante requerimento do Estado, Distrito

Federal ou Município ao Comitê Gestor.

O valor não pago até a data do vencimento terá incidência de encargos conforme

prevista na lei do imposto sobre a renda.

Referente ao recolhimento ele será feito por meio da DAS (Documento de

Arrecadação do Simples Nacional), no qual ela será elaborada por meio por meio do sistema

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67

eletrônico de cálculo (Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional

– Declaratório) PGDAS-D.

No tocante as Declarações, as microempresas e empresas de pequeno porte

enquadrada nos Simples são obrigadas apresentar anualmente uma declaração simplificada de

Informações Socioeconômicas e Fiscais (que será explicada no próximo tópico). A qual

deverá ser entregue a RFB, “até o vencimento do prazo para pagamento dos tributos devidos

no Simples Nacional em cada mês, relativamente aos fatos geradores ocorridos no mês

anterior.” Explica a LC n°123/2006.

E em caso de atraso dessa declaração será aplicado multas, explica o art.38° da LC de

123/2006:

Art. 38. O sujeito passivo que deixar de apresentar a Declaração Simplificada da

Pessoa Jurídica a que se refere o art. 25 desta Lei Complementar, no prazo fixado,

ou que a apresentar com incorreções ou omissões, será intimado a apresentar

declaração original, no caso de não-apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos

demais casos, no prazo estipulado pela autoridade fiscal, na forma definida pelo

Comitê Gestor, e sujeitar-se-á às seguintes multas:

I - de 2% (dois por cento) ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o montante

dos tributos e contribuições informados na Declaração Simplificada da Pessoa

Jurídica, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega da declaração ou

entrega após o prazo, limitada a 20% (vinte por cento), observado o disposto no § 3o deste artigo;

II - de R$ 100,00 (cem reais) para cada grupo de 10 (dez) informações incorretas ou

omitidas.

§ 1° Para efeito de aplicação da multa prevista no inciso I do caput deste artigo, será

considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente

fixado para a entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou,

no caso de não-apresentação, da lavratura do auto de infração.

§ 2° Observado o disposto no § 3o deste artigo, as multas serão reduzidas:

I - à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de

qualquer procedimento de ofício;

II - a 75% (setenta e cinco por cento), se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação.

§ 3º A multa mínima a ser aplicada será de R$ 200,00 (duzentos reais).

§ 4° Considerar-se-á não entregue a declaração que não atender às especificações

técnicas estabelecidas pelo Comitê Gestor.

§ 5° Na hipótese do § 4o deste artigo, o sujeito passivo será intimado a apresentar

nova declaração, no prazo de 10 (dez) dias, contados da ciência da intimação, e

sujeitar-se-á à multa prevista no inciso I do caput deste artigo, observado o disposto

nos §§ 1o a 3o deste artigo.

§ 6°A multa mínima de que trata o § 3o deste artigo a ser aplicada ao

Microempreendedor Individual na vigência da opção de que trata o art. 18-A desta

Lei Complementar será de R$ 50,00 (cinquenta reais).

É importante ressaltar que o DAS não será gerado se o valor devido for menor que R$

10,00 (dez reais). Esse valor será repassado para os próximos períodos, até chegar ao valor

igual ou maior que dez reais.

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68

2.7.3.11 Obrigações acessórias

As empresas devem apresentar anualmente uma declaração simplificada á Secretária

da Receita Federal. Nessa declaração deverá conter as informações socioeconômicas e fiscais

explica o art. 25° da Lei Complementar n° 123/2006:

Art. 25. A microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples

Nacional deverá apresentar anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil

declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais, que

deverá ser disponibilizada aos órgãos de fiscalização tributária e previdenciária,

observados prazo e modelos aprovados pelo CGSN e observado o disposto no § 15-

A do art. 18.

§ 1° A declaração de que trata o caput deste artigo constitui confissão de dívida e

instrumento hábil e suficiente para a exigência dos tributos e contribuições que não tenham sido recolhidos resultantes das informações nela prestadas.

§ 2°A situação de inatividade deverá ser informada na declaração de que trata o

caput deste artigo, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor.

§ 3°Para efeito do disposto no § 2o deste artigo, considera-se em situação de

inatividade a microempresa ou a empresa de pequeno porte que não apresente

mutação patrimonial e atividade operacional durante todo o ano-calendário.

Sobre a declaração anual. Faz-se importante ressalta que nos anos-calendários de

2007 a 2011 se usava a DASN (Declaração anual do Simples Nacional) no qual continha

informações econômicas e fiscais e informações referentes às atividades exercidas, redução

tributária e etc.

Essas informações eram extraídas do Programa Gerador do Documento de

Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS).

Porem a partir de 2012 a DASN deixou de existir, passado agora a declaração ser

feita pela PGDAS-D(Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional-

Declaratório) no qual as informações contidas no antigo programa agora terão cunho

declaratório nesse sistema.

E as informações socioeconômicas e fiscais serão declaradas por meio do DEFIS

(Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais).

Quanto o prazo de entrega da DEFIS será conforme a resolução do CGSN n°94 de

2011, dispuser:

Art. 66. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional apresentará a Declaração de

Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS). (Lei Complementar nº 123, de

2006, art. 25, caput ) § 1 º A DEFIS será entregue à RFB por meio de módulo do aplicativo PGDAS-D,

até 31 de março do ano-calendário subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores

dos tributos previstos no Simples Nacional. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art.

18, § 15-A; art. 25, caput )

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69

§ 2 º Nas hipóteses em que a ME ou EPP tenha sido incorporada, cindida, total ou

parcialmente, extinta ou fundida, a DEFIS relativa à situação especial deverá ser

entregue: (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 25, caput )

I - o último dia do mês de junho, quando o evento ocorrer no primeiro quadrimestre

do ano-calendário;

II - o último dia do mês subsequente ao do evento, nos demais casos.

Além das obrigações citadas ainda é exigido das MEs e EPPs, conforme o art.61° da

resolução CGSN de 2011 e o art. 25° da Lei Complementar n°123/2006:

emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com instruções

expedidas pelo Comitê Gestor;

manter em boa ordem e guarda os documentos que fundamentaram a apuração dos impostos

e contribuições devidos e o cumprimento das obrigações acessórias a que se refere o art. 25

desta Lei Complementar enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas

eventuais ações que lhes sejam pertinentes;

manter o livro-caixa em que será escriturada sua movimentação financeira e bancária;

Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no

término de cada ano-calendário, quando contribuinte do ICMS;

Presta informação relativa a terceiros

As microempresas e empresas de pequeno porte ficam sujeitas à entrega de declaração

eletrônica que deva conter os dados referentes aos serviços prestados ou tomados de terceiros,

na conformidade do que dispuser o Comitê Gestor.

Livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A, destinado à escrituração dos documentos

fiscais relativos às entradas de mercadorias ou bens e às aquisições de serviços de transporte e

de comunicação efetuadas a qualquer título pelo estabelecimento, quando contribuinte do

ICMS;

Livro Registro dos Serviços Prestados, destinado ao registro dos documentos fiscais

relativos aos serviços prestados sujeitos ao ISS, quando contribuinte do ISS (O município

poderá, a seu critério, substituir os Livros por Declaração Eletrônica dos serviços prestados);

Livro Registro de Serviços Tomados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos

aos serviços tomados sujeitos ao ISS (O município poderá, a seu critério, substituir os Livros

por Declaração Eletrônica dos serviços tomados);

Livro de Registro de Entrada e Saída de Selo de Controle, caso exigível pela legislação do

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais, pelo estabelecimento gráfico para

registro dos impressos que confeccionar para terceiros ou para uso próprio;

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70

Livros específicos pelos contribuintes que comercializem combustíveis e;

Livro Registro de Veículos, por todas as pessoas que interfiram habitualmente no processo

de intermediação de veículos, inclusive como simples Nacional depositários ou expositores.

É importante ressalta que, a ME e a EPP desse regime poderá utilizar a contabilidade

simplificada. E que os dados dos documentos fiscais podem ser compartilhados pelos Entes

Tributários.

2.7.3.12 Anexo do Simples Nacional

É através do anexo, que o contribuinte saberá qual a alíquota será utilizada para

formular o valor do tributo devido no Simples. O anexo escolhido para o cálculo terá que se

de acordo com a forma que a receita foi recebida (se é: comércio, indústria e, se receita é

advinda da locação de móvel ou prestação de serviço). Já a alíquota será selecionada

conforme a Receita Bruta.

A partir gora serão demonstradas essas tabelas (Anexos), pois para o trabalho elas são

importantes, por que serão as alíquotas que ajudaram a definir a quantidade de tributo a ser

paga.

A) Tabela I refere-se ao setor comercial. No qual é possível observar que a alíquota começa

em 4,00% e termina em 11,61%.m demonstrando uma grande variação.

Tabela 1: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio

Receita Bruta em

12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS

PIS/

PASEP CPP ICMS

Até 180.000,00 4,00 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%

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71

Fonte: Sitio de internet do Planalto. (2015).

Serão tributadas de acordo essas tabelas, as revendas de mercadorias e atividades

(incluída pela LC 147°/2014) como: Lojas, Pizzaria, Bares, Restaurantes, Lanchonetes,

Comércio de vestuários, calçados e etc.

Ex.: uma loja que constitua uma receita bruta de venda no valor de R$ 12.000,00 no

mês, e que sua receita bruta acumulada no ano-calendário até o mês de apuração, não

ultrapassar os limites de Faturamento do Simples. O cálculo do Simples mensal será

realizado da seguinte forma: primeiro se descobre o valor da receita bruta total dos doze

meses (não conta o período de apuração), nesse caso será de R$ 144.000,00. Depois de

descoberta a RBT12 verifica-se em que faixa do anexo ela se enquadra. Nesse exemplo será a

segunda faixa, no qual a alíquota a ser aplicada, na receita bruta do mês de apuração, será de

4%. Por fim o tributo devido no mês será de R$ 480,00 (12.000,00 x 0,04).

B) Tabela II define as alíquotas com base na Receita Tributa de 12 meses, para as atividades

de indústria. Pode- se perceber que nesta tabela quando comparada com anterior, se verifica a

inclusão do IPI.

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%

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72

Tabela 2: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria

Fonte: Sitio de internet do Planalto. (2015).

São alguns exemplos de atividades, que são tributadas por este anexo, as vendas de

mercadorias industrializadas pelo contribuinte (incluída pela LC n°147°/2014), e qualquer

indústria permitida pelo Simples Nacional. (este anexo não tem exemplo, pois a formula de

calculo é semelhante ao da tabela um. Apenas mudando o ramo de atividade e o valor da

alíquota).

C) Tabela III, esse anexo trata das alíquotas que recaem sobre, as receitas geridas pela locação

de imóveis e prestação de serviços. Cabe ressalta que nessa tabela é incluído o Imposto Sobre

Serviço.

Receita Bruta em

12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS

PIS/

PASEP CPP

I

CMS IPI

Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50%

De 360.000,01 a 540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50%

De 720.000,01 a 900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,62% 0,42% 0,42% 1,26% 0,30% 3,62% 3,10% 0,50%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50%

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73

Tabela 3: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Receitas de Locação de Bens Móveis e

de Prestação de Serviços não relacionados nos §§ 5º-C e 5º-D do art. 18 desta Lei

Complementar.

Fonte: Sitio de internet do Planalto. (2015).

Nesta tabela se enquadram atividades como (as atividades que estão grifadas foram

incluídas pela LC n°147/2014):

creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais

e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem,

preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres, exceto as previstas nos incisos II e

III do § 5º-D deste artigo;

agência terceirizada de correios;

agência de viagem e turismo;

R Receita Bruta em

1 12 meses (em R$) ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS

PIS/

PASEP CPP ISS

Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%

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74

centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de

passageiros e de carga;

agência lotérica;

serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda,

tratamento e revestimento em metais;

transporte municipal de passageiros

escritórios de serviços contábeis, observado o disposto nos §§ 22-B e 22-C deste artigo.

produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou

apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais,

cinematográficas e audiovisuais.

fisioterapia e,

corretagem de seguros.

Este anexo não tem exemplo, pois a formula de calculo é semelhante ao da tabela um.

Apenas mudando o ramo de atividade e o valor da alíquota.

D) Tabela IV, também se refere às atividades derivadas da prestação de serviços, mas essas

agora são atribuídas a atividades especificamente expressas no §5-c do art.18 da Lei

Complementar n° 123/2006, sem que entre em confronto com as vedações existente, e nesse

regime não existe a incidências da Contribuição Previdenciária Patronal.

Tabela 4: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de

serviços relacionados no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar.

Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/ PASEP

ISS

Até 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00%

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75

Fonte: Sitio de internet do Planalto. (2015).

Exemplos de atividades tributadas nesse anexo são (a atividade que está grifada

ingressou nesse anexo e nesse regime pela LC n°147/2014):

construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de sub

empreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de

interiores;

serviço de vigilância, limpeza ou conservação e;

serviços advocatícios.

Este anexo não tem exemplo, pois a formula de calculo é semelhante ao da tabela um.

Apenas mudando o ramo de atividade e o valor da alíquota.

E) Tabela V corresponde às alíquotas sobre a prestação de serviços descritas no §5-D. art.18°

da LC n° 123/2006. Sendo importante ressaltar, que para utilização da alíquota certa, é

necessário fazer a conexão entre a Folha de Salários de 12 meses (com os encargos incluídos)

e a Receita Bruta de 12 meses. Conforme o resultado do primeiro, dividido pelo o segundo,

será utilizado uma das alíquotas (da tabela V-A), qual abrangem os seguintes impostos: IRPJ;

PIS/PASEP; COFINS e o CPP. Depois de descoberta a alíquota a ser usada, acrescentasse na

apuração o ISS, conforme o anexo IV da Lei do Simples Nacional, como expresso no próprio

anexo V da LC 123/2006.

Tabela 5: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de

serviços relacionados no § 5º-D do art. 18 desta Lei Complementar.

Receita Bruta em

12 meses (em R$) (r)<0,10

0,10≤(r)

(r)< 0,15

0,15≤(r),

(r)<0,20

0,20≤(r),

(r)<0,25

0,25≤(r)

(r)<0,30

0,30≤ (r)

(r)<0,35

0,35≤(r)

(r)<0,40

(r)

≥0,40

Até 180.000,00 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00%

De 180.000,01 a

360.000,00 17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,48%

De 360.000,01 a 17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 9,03%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00%

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76

540.000,00

De 540.000,01 a

720.000,00 17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34%

De 720.000,01 a

900.000,00 18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06%

De 900.000,01 a

1.080.000,00 18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60% 10,60%

De 1.080.000,01 a

1.260.000,00 18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68%

De1.260.000,01 a

1.440.000,00 18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69%

De 1.440.000,01 a

1.620.000,00 18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08%

De 1.620.000,01 a

1.800.000,00 18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09%

De 1.800.000,01 a

1.980.000,00 18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87%

De 1.980.000,01 a

2.160.000,00 19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28%

De 2.160.000,01 a

2.340.000,00 19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68%

De 2.340.000,01 a

2.520.000,00 19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26%

De 2.520.000,01 a

2.700.000,00 20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29%

De 2.700.000,01 a

2.880.000,00 21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23%

De 2.880.000,01 a

3.060.000,00 21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17%

De 3.060.000,01 a

3.240.000,00 22,20% 20, % 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51%

De 3.240.000,01 a

3.420.000,00 22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94%

De 3.420.000,01 a

3.600.000,00 22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18%

Fonte: Sitio de internet do Planalto. (2015).

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77

Conforme está tabela serão tributadas as seguintes atividades (a atividade que está

grifada ingressou nesse anexo e nesse regime pela LC n° 147/2014):

administração e locação de imóveis de terceiros;

academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;

academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;

elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que

desenvolvidos em estabelecimento do optante;

licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que

realizados em estabelecimento do optante;

empresas montadoras de estandes para feiras;

laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica;

serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos

óticos, bem como ressonância magnética e;

serviços de prótese em geral.

Para o melhor entendimento do cálculo do Simples Nacional nessa tabela a seguir será

demonstrado um exemplo:

Uma academia de dança com uma receita bruta mensal de R$ 20.000,00, com uma

receita bruta acumulada dos doze meses anteriores ao período de apuração de R$240.000,00 e

com a folha de salário dos doze últimos meses de anteriores ao período de apuração, no valor

de R$ 30.000,00.

Primeiro se descobre o resultado da divisão dos salários com a receita bruta

acumulada, que no caso, será de 0,12. De acordo com esse resultado, a alíquota usada, sob R$

20.000,00, será de 15,75%, acrescida de 2,79% referente ao ISS, encontrado no anexo IV de

acordo com a RBT12 da academia. Depois de aplicado o percentual a ser pago será de R$

3.708,00.

F) Tabela VI, alude sobre as alíquotas que incide nas receitas de prestação de serviço do §5-I

do art.18° da LC n° 123/2006, Lembrando que a alíquota utilizada independe do calculo

relativo a folha de salário.. É importante ressaltar que, foi nesse anexo que a maioria das

novas atividades, incluídas pela LC 147/2014, ingressaram:

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78

Tabela 6: Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de

serviços relacionados no § 5o-I do art. 18 desta Lei Complementar

Receita Bruta

em 12 meses (em R$)

Alíquota IRPJ, PIS/Pasep, CSLL,

COFINS e CPP

ISS

Até 180.000,00 16,93% 14,93% 2,00%

De 180.000,01 a 360.000,00 17,72% 14,93% 2,79%

De 360.000,01 a 540.000,00 18,43% 14,93% 3,50%

De 540.000,01 a 720.000,00 18,77% 14,93% 3,84%

De 720.000,01 a 900.000,00 19,04% 15,17% 3,87%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 19,94% 15,71% 4,23%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 20,34% 16,08% 4,26%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 20,66% 16,35% 4,31%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 21,17% 16,56% 4,61%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 21,38% 16,73% 4,65%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 21,86% 16,86% 5,00%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 21,97% 16,97% 5,00%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 22,06% 17,06% 5,00%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 22,14% 17,14% 5,00%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 22,21% 17,21% 5,00%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 22,21% 17,21% 5,00%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 22,32% 17,32% 5,00%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 22,37% 17,37% 5,00%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 22,41% 17,41% 5,00%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 22,45% 17,45% 5,00%

Fonte: Sitio de internet do Planalto. (2015).

Como já foi dito nesse trabalho, é nesse anexo que ocorreu maior ingresso das

atividades, que são interesse desse trabalho, ou seja, as atividades incluídas no Simples

Nacional pela Lei Complementar 147° de 08/09/2014. Diante disso serão mostrado agora, as

atividades que são tributadas por esse anexo, (as atividades que estão grifadas foram incluídas

pela LC n°147/2014):

medicina, inclusive laboratorial e enfermagem;

medicina veterinária

Odontologia

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79

psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia,

clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite;

serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação;

arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodesia, testes,

suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia;

representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços

de terceiros;

perícia, leilão e avaliação;

auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração;

jornalismo e publicidade;

agenciamento, exceto de mão de obra;

outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de

serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica,

desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, desde

que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III, IV ou V desta Lei

Complementar.

Diante a exposição desse anexo é possível nota que houve, um aumento considerável

de atividades incluídas pela a LC n° 147° de 07/08/2014,

Referente aos cálculos das alíquotas deve-se ter maior atenção ao ISS e ao ICMS, pois

eles estão sujeitos, recolhimento a valor fixo (os Municípios, Distrito Federal e o Estados

podem adotar valores fixos para o ISS e ICMS), a redução e isenção.

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80

3 METODOLÓGIA

A metodologia cientifica usada neste trabalho, segundo Rodrigues (2007, p.2) pode se

conceituada como, “um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados pela ciência

para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de uma maneira

sistemática.”.

Sobre a natureza da pesquisa, ela pode ser caracteriza como de natureza básica, pois

como explica Moresi (2003, p.8) “objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da

ciência sem aplicação prática prevista”. E nesse trabalho são criadas situações hipotéticas, e

não reais.

Quanto a abordagem do problema, será qualitativa e quantitativa, pois o trabalho tem

como objetivo saber se é ou não vantajoso para as atividades incluídas no simples Nacional a

partir de 2015, entrarem para esse regime. Ou seja, se será menos oneroso para empresa,

portanto são resultados obtidos por interpretação e por números, através da comparação da

característica de cada regime. Conforme Moresi, pesquisa qualitativa é (2003, p.8, grifo do

autor):

Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e

o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade

do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e

a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta

para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento- chave. É descritiva. Os

pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu

significado são os focos principais de abordagem.

Já a Pesquisa quantitativa, explica (GERHARDT, SILVEIRA, 2009), enfatiza o

raciocino lógico e os atributos mensuráveis, é mais objetiva, e acredita que a realidade só

pode ser entendida com a analise dos dados brutos, recolhidos por instrumentos padronizados.

O objetivo da pesquisa pode ser classificado como descritivo, Gil apud (1996,

KARKOTLI; SILVA, 2011, p. 10), ou seja, visa “descrever as características de determinada

população ou fenômeno ou estabelecimento de relações entre as variáveis”, nesse caso

descreve a utilização do Simples Nacional.

E explicativa, pois conforme Gil (2008) é uma pesquisa que tem como objetivo

principal identificar fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência de

fenômenos. É a pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, devido a isso está

sujeita a erros, mas de grande utilidade, pois geralmente possui aplicação prática.

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81

Em relação aos procedimentos técnicos, esse é Analítico, pois avalia as

informações na tentativa de explicar o contexto de um fenômeno, explica (FARIAS;

FONTELLES; FONTELLES; SIMÕES, 2009). E bibliográfico, pelo fato de ter sido

elaborado a partir de artigos de sitio de internet, livros e manuais.

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82

4 ANALISE E RESULTADOS

O capítulo de análise e resultados irá apresentar, através de tabelas, o valor dos

tributos devidos nas seguintes modalidades de tributação: Lucro Presumido e Simples

nacional. Contudo se fazem necessárias algumas observações:

Os cálculos serão feitos encima de faturamentos fictícios e empresas fictícias.

Os faturamentos trimestrais fictícios estudados são: R$ 150.000,00, R$ 300.000,00 e R$

600.0000,00, nas duas atividades, o primeiro faturamento foi escolhido, pois se enquadra nas

primeiras faixa de faturamento do Simples, já os demais faturamentos são o dobro do

faturamento anterior. Além dos faturamentos já mencionados, serão estudados mais dois

faturamentos, R$ 45.000,00 e R$ 900.000,00, no entanto, esses faturamentos serão aplicado,

somente na atividade do anexo VI, para poder analisar qual é o melhor regime, se essa

atividade se enquadrar em serviços hospitalares, esses dois faturamentos correspondem a

primeira a última faixa de faturamento do Simples.

As atividades escolhidas para esse cálculo são duas, cada uma pertence á um anexo

diferente do Simples Nacional. Sendo escolhidas as prestadoras de serviço.

Todas as atividades foram introduzidas no Simples pela Lei Complementar n° 147/2014.

As empresas retiram R$ 788,00 a titulo de Pró-labore.

As empresas possuem dois empregados, que recebem cada um R$ 1.000,00.

O percentual do INSS patronal (para quem não é optante do Simples) utilizado será de

26,8%. Esse valor deriva da soma de 20% INSS patronal mais o 1% referente ao risco de

acidente do Trabalho, grau leve e mais 5,80% valor destinado a entidades como SENAI,

SESC e SESI.

Sobre o pró-labore alíquota usada para o INSS será de 20%.

Referente à alíquota usada na atividade do anexo V. Vale ressalta que para descobrir a

alíquota foi realizado o calculo do fator r, da seguinte forma: R$ 33.456,00 [(R$ 788,00 x 12)

+ (R$ 2000,00 x 12)] / R$ 180.000,00 (R$ 15.000,00 x 12). O resultado dessa operação foi de

aproximadamente 0,1858. Como consequência a alíquota do Simples usada foi à localizada na

terceira coluna (anexo V), conforme a receita bruta em 12 meses. Para aplicação da alíquota

correta será somado o ISS do anexo IV(conforme a receita bruta acumulada em 12 meses.).

As atividades estudadas são as seguintes (incluídas pela Lei Complementar 147/2014):

Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária – Anexo V,

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83

Clinica Médica com Internação – Anexo VI,

OBS: Os cálculos serão realizados sobre faturamento trimestral, e não mensal. pois trata-se de

um planejamento tributário. Mas para saber o Faturamento mensal do Simples basta dividir o

Faturamento trimestral por três.

Esses anexos foram escolhidos, pois se referem às atividades de prestação de serviço.

E Quantos as atividades, elas foram escolhidas de forma aleatória.

Para maior entendimento do comportamento dos tributos incluídos no Simples serão

apresentadas tabelas (além das que evidenciam o valor cobrado pela adoção dos regimes de

tributação estudados) que demonstrarão quanto representa cada tributo, no valor arrecadado

pelo Simples, ou seja, a partilha do Simples.

4.1 GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA – ANEXO V

A seguir serão demonstradas as tabelas, que apresentam o valor pago de tributo, pela

atividade pertencente ao anexo V. em três citações diferente, ou seja, três faturamentos

distintos.

4.1.1 Faturamento Trimestral de R$ 150.000,00.

A seguir será apresentada a tabela com os valores de impostos pagos nos dois regimes

estudados, com o faturamento de R$ 150.000,00.

Tabela 7: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Tributação: Lucro

Presumido e Simples com o faturamento de R$ 150.000,00

Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária - anexo V

Lucro Presumido

Faturamento trimestral R$ 150.000,00

COINS 3,0% R$ 4.500,00

PIS 0,65% R$ 975,00

CSLL (9%*32%) 2,88% R$ 4.320,00

IRPJ (15% * 32%) 4,80% R$ 7200,00

IRPJ Adicional (10%) 0,000% R$ 0,00

CPP 1,387% R$ 2080,80

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84

ISS 5% R$ 7.500,00

Total 17,5% R$ 26.575,80

Simples

Faturamento trimestral R$ 150.000,00

Alíquota do Simples 15,00%

ISS 3,84%

Total 18,84% R$ 28.260,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Pode se observar que o Lucro presumido, nesse caso se tornou mais vantajoso, pois se

a empresa adotar o Simples sua economia seria de R$ 1.684,20 (R$ 28.260,00 – R$

26.575,80). Essa situação demonstra uma das principais características do Simples, A

progressividade das alíquotas do Simples, ou seja, a alíquota aumenta de acordo com o

aumento de faturamento da empresa.

Tabela 8: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Partilha do Simples

com o faturamento de R$ 150.000,00

Alíquota do Simples 15,00% R$ 22.500,00

Porcentagens correspondentes 100%

CPP 38,32 R$ 8.622,28

IRPJ 24,90 R$ 5.601,88

CSLL 8,30 R$ 1.867,29

COFINS 21,36 R$ 4.806,41

PIS/PASEP 7,12 R$ 1.602,14

Total 100 R$ 22.500,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Em relação ao comportamento dos tributos, é possível notar que, no Lucro presumido,

quem possui a maior percentual, “peso”, é o ISS, que arrecada R$ 7.500,00. Já no Simples o

mais oneroso é a CPP, que custa para empresa, R$8.622,26. Isso acontece porque a base de

calculo muda. Olhando de forma geral todos os tributos tiveram um aumento

Outro ponto, importante a ser exposto é o aspecto referente às contribuições

previdenciárias patronais. Pois o Simples pode não ser favorável às empresas que possuem

gastos com a folha de salário baixa, em razão de que o cálculo da CPP no Lucro Presumido é

realizado encima da folha dos empregados (20%), já no Simples essa conta é feita encima do

faturamento.

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85

Como demonstrou a tabela estudada, no qual a CPP foi mais onerosas no Simples

correspondendo, R$8.622,56 e R$ 2.080,80 no Lucro Presumido.

4.1.2 Faturamento Trimestral de R$ 300.000,00.

A seguir será apresentada a tabela com o faturamento trimestral no valor de R$

300.000,00. No qual é possível constatar, que o Lucro presumido continua sendo a opção

mais vantajosa, gerando uma economia de R$4.609,20 (R$ R$ 59.280,00 – 54.670, 80).

Isso demonstra uma das desvantagens do Simples, desincentivo ao crescimento das

MEs e EPPs, pois, já é possível notar que com o aumento do faturamento a diferença de carga

tributária entre os dois regimes tem um incremento considerável, ou seja, quando empresa sair

do Simples o volume de tributos a ser pago é maior.

Fazendo com que o gestor talvez prefira não crescer, ou divida suas empresas o

máximo possível.

Tabela 9: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Tributação: Lucro

Presumido e Simples com o faturamento de R$ 300.000,00

Lucro Presumido

Faturamento trimestral R$ 300.000,00

COFINS 3,0% R$ 9.000,00

PIS 0,65% R$ 1.950,00

CSLL (9%*32%) 2,88% R$ 8.640,00

IRPJ (15% * 32%) 4,80% R$ 14.400,00

IRPJ Adicional (10%) 1,20% R$ 3.600,00

CPP 0,0059904 R$ 2.080,80

ISS 5% R$ 15.000,00

Total 18,1% R$ 54.670,80

Simples

Faturamento trimestral R$ 300.000,00

Alíquota do Simples 15,50%

ISS 4,26%

Total 19,76% R$ 59.280,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

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86

Quanto ao comportamento dos Tributos no faturamento de R$ 300.000,00.

Tabela 10: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Partilha do Simples

com o faturamento de R$ 300.000,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Nota-se que o ISS não aparece na tabela (na tabela acima). Isso ocorre porque, esse

imposto tem alíquota encontrada no anexo IV do simples nacional. Que nesse caso foi de

4,26%, correspondendo a R$ 12.780,00.

No tocante ISS, é visível que no Lucro Presumido esse imposto é o segundo maior

cobrado, responsável por R$15.000,00, “perdendo” apenas, para IRPJ que nessa ocasião se

verificou a existência do adicional do imposto de renda (R$3600,00).

Vale salientar, para as MEs e EPPs com faturamento muito alto, ISS no Simples pode

não representar nenhuma vantagem, pois no Regime Simplificado a alíquota máxima é 5%,

igual que no presumido e são cobrados pela mesma base de calculo, ou seja, o faturamento.

Em relação ao PIS e COFINS, a arrecadação no Regime Simplificado é mais onerosa,

quando comparado com o presumido. No entanto, seus clientes não poderão usa-los como

crédito. Pois, empresas do Simples não demonstram PIS e COFINS em suas notas fiscais.

Assim, tornando-se uma dificuldade na hora de conseguir clientes.

Outro ponto relevante percebido é a CPP, que no Lucro presumido onera R$

2.080,80 enquanto no Simples R$ 16.199,44. Demonstrando que nesse aspecto, o regime

Simplificado, mais uma vez, pode não ser aconselhável para quem tem folha salarial baixa.

Alíquota do Simples 15,50% R$ 46.500,00

Porcentagem correspondente 100%

CPP 34,84 R$ 16.199,44

IRPJ 26,30 R$ 12.231,12

CSLL 8,77 R$ 4.077,04

COFINS 22,57 R$ 10.494,30

PIS/PASEP 7,52 R$ 3.498,10

Total 100 R$ 46.500,00

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87

4.1.3 Faturamento Trimestral de R$ 600.000,00.

Com o faturamento trimestral de R$ 600.000,00, analisado a seguir é possível perceber

que o Simples continuou, sendo a pior opção, visto que a economia gerada pela escolha do

Lucro presumido, será de R$ 9.739,20 ( R$ 129.000,00 - R$ 113.260,80 ).

Tabela 11: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Tributação: Lucro

Presumido e Simples com o faturamento de R$ 600.000,00

Lucro Presumido

Faturamento trimestral R$ 600.000,00

COFINS 3,0% R$ 18.000,00

PIS 0,65% R$ 3.900,00

CSLL (9%*32%) 2,88% R$ 17.280,00

IRPJ (15% * 32%) 4,80% R$ 28.800,00

IRPJ Adicional (10%) 2,20% R$ 13.200,00

CPP 0,3468% R$ 2.080,80

ISS 5% R$ 30.000,00

Total 18,9% R$ 113.260,80

Simples

Faturamento trimestral R$ 600.000,00

Alíquota do Simples 16,50%

ISS 5,00%

Total 21,50% R$ 129.000,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Por meio da tabela acima é possível constatar que o menor tributo cobrado é a CPP, e

que não sofreu variação quando analisado em conjunto com os demais faturamentos (no

Lucro presumido). No entanto foi nesse faturamento que a Contribuição Previdenciária ficou

mais cara quando adotado o regime simplificado, resultando no valor de R$ 26.441,66, que

pode ser visto na tabela a seguir. Sendo o IRPJ, R$ 29,288,89, o mais oneroso nesse

faturamento.

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88

Tabela 12: Atividade Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária. Partilha do Simples

com o faturamento de R$ 600.000,00

Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária – Anexo V,

Alíquota do Simples 16,50% R$ 99.000,00

Porcentagem correspondente 100%

CPP 26,71 R$ 26.441,66

IRPJ 29,58 R$ 29.288,89

CSLL 9,86 R$ 9.762,96

COFINS 25,38 R$ 25.129,87

PIS/PASEP 8,46 R$ 8.376,62

Total 100 R$ 99.000,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Portanto é possível verificar que para a atividade, incluída pela Lei Complementar n°

147/2014, Gestão e Administração da Propriedade. Nos três faturamentos estudados

(R$150.000,00, R$ 300.000,00 e 600.000) o Simples não foi a melhor opção, pois ocorreu

redução da carga tributária quando adotado o lucro presumido de 5,96%, 7,78% e 7,92%, no

primeiro, segundo e terceiro faturamento respectivamente.

Mas é importante salientar que para se verificar qual regime tributário é melhor, para

uma determinada empresa, é necessário se fazer um estudo mais amplo sobre a mesma, pois

certas características podem influenciar na decisão, como um exemplo que pode ser citado é

se a empresa exporta, uma vez, que o Simples tem um limite para exportar serviços e

mercadorias de R$ 3.600.000,00 sem afetar o limite referente a operações no País, ou seja,

possibilitando a exportação sem que empresa saia do Regime Simplificado.

Outras vantagens encontradas no regime simplificado são as seguintes:

• As empresas não precisam entregar e nem apresentar a Declaração de Débitos e Créditos de

Tributos Federais e de outros demonstrativos e declarações específicas, relativamente aos

períodos abrangidos por esse sistema;

• As microempresas e empresas de pequeno porte que não estão em atividades há mais de três

anos, poderão dar baixa, mesmo que ainda tenham pendencia tributária nesses períodos;

• Não existe a necessidade de cadastros Estaduais e Municipais;

• Caso a ME ou as EPP estejam participando de um processo de licitação o Simples servirá de

desempate;

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89

• As microempresas e empresas de pequeno porte que não estão em atividades há mais de três

anos, poderão dar baixa, mesmo que ainda tenham pendencia tributária nesses períodos;

• Não existe a necessidade de cadastros Estaduais e Municipais;

• Poderão ser compensados na Declaração os impostos pagos antecipadamente.

• Podem optar pelo regime caixa.

4.2 CLINICA MÉDICA COM INTERNAÇÃO – ANEXO VI

A seguir serão demonstradas tabelas, referente à atividade Clinica Médica com

Internação, com os valores devidos em decorrência dos tributos, em dois regimes: Lucro

Presumido e Simples.

A analise dessa atividade abrangerá cinco faturamentos trimestrais: R$ 45.000,00,

R$ 150.000,00 R$ 300.000,00, R$ 600.000,00 e R$ 900.000,00. Sendo que o primeiro e o

último faturamento serão aplicados quando a empresa se enquadrar em serviços hospitalares,

pois eles se enquadram na primeira e ultima faixa de limite do Simples.

Lembrando que esses faturamentos e empresas estudadas são fictícios.

4.2.1 Faturamento Trimestral R$ 45.000,00 e R$ 900.000,00 (Serviços hospitalares)

A primeira tabela e a segunda, dessa atividade, demonstrará os tributos devidos pela

atividade Clinica Médica com Internação, em duas circunstâncias: na adoção do Lucro

Presumido e na adoção pelo Simples, com os faturamentos trimestrais de R$ 45.000,00 e R$

900.000,00.

Tabela 13: Atividade Clinica Médica com Internação. Tributação: Lucro Presumido e Simples

com o faturamento de R$ 45.000,00

Lucro Presumido

Faturamento trimestral R$ 45.000,00

COFINS 3,0% R$ 1.350,00

PIS 0,65% R$ 292,50

CSLL (9%*12%) 1,08% R$ 486,00

IRPJ (15% * 8%) 1,20% R$ 540,00

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IRPJ Adicional (10%) 0,00% R$ 0,00

CPP 4,6240% R$ 2080,80

ISS 5% R$ 2.250,00

Total 15,6% R$ 6.999,30

Simples

Faturamento trimestral R$ 45.000,00

Alíquota do Simples 14,93% R$ 6.718,50

ISS 2% R$ 900,00

Total 16,93% R$ 7.618,50

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Ao analisar a tabela é possível perceber, que da mesma forma que a atividade anterior,

o Simples não é a escolha mais vantajosa, pois com adoção do lucro presumido se obtém uma

economia, (mesmo que não significativa quando comparado a atividade anterior) de R$ 619,

20, (R$ 7.618,50 – R$ 6.999,30 ).

O lucro presumido teve o melhor resultado, devido ao fato de atividades que prestam

serviços hospitalares, possuíram alíquotas diferenciadas, para a formação da base de cálculo,

do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, que de 32% passa para 8%, e da Contribuição Social

sobre o Lucro Liquido que também era de 32% passa para 12%.

A instrução normativa RFB n° 1540 no art.30 entende como serviço hospitalares:

São considerados serviços hospitalares aqueles que se vinculam às atividades

desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente à promoção da saúde, prestados

pelos estabelecimentos assistenciais de saúde que desenvolvem as atividades

previstas nas atribuições 1 a 4 da Resolução RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002,

da Anvisa.

Além do que esclarece essa instrução normativa, é importante ressaltar que os médicos

devem estar registrados como sociedade empresarial.

A seguir será apresentada a tabela com o segundo faturamento, com empresa,

reconhecida como serviços hospitalares.

Tabela 14: Atividade Clinica Médica com Internação. Tributação: Lucro Presumido e Simples

com o faturamento de R$ 900.000,00

Lucro Presumido

Faturamento trimestral R$ 900.000,00

COFINS 3,0% R$ 27.000,00

PIS 0,65% R$ 5.850,00

CSLL (9%*12%) 1,08% R$ 9.720,00

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91

IRPJ (15% * 8%) 1,20% R$ 10800,00

IRPJ Adicional (10%) 2,53% R$ 22800,00

CPP 0,2312% R$ 2080,80

ISS 5% R$ 45.000,00

Total 13,7% R$ 123.250,80

Simples

Faturamento trimestral R$ 900.000,00

Alíquota do Simples 17,45% R$ 157.050,00

ISS 5% R$ 45.000,00

Total 22,45% R$ 202.050,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Observando a tabela acima é possível notar que a diferença entre o lucro Presumido e

o Simples, aumenta quando comparo com o faturamento de R$ 45.000,00, pois de R$ 619, 20

passa para R$ 78.799,20 (202.050,00 – 123.350,20).

O maior responsável por essa diferença é o aumento da alíquota do Simples, já que ela

passa de 16,93% para 22,45%, quanto que no Lucro Presumido de 15,6% para 13,7%.

Demonstrando uma das debilidades do Simples que é progressividade da alíquota, que

consequentemente faz com que as empresas, talvez, não queiram mais crescer. Além de

demonstrar que quando comparado ao anexo I, II, III as alíquotas ficam mais altas.

O mais importante ao observar, essas duas tabelas, é notar que mesmo com todas as

vantagens do Regime Simplificado, ele não é a opção vantajosa, nem na primeira faixa de

faturamento do Simples e nem na ultima, devida a alíquota reduzida do Lucro presumido.

4.2.2 Faturamento Trimestral de R$ 150.000,00

Na tabela a seguir será apresenta a tabela com o faturamento R$ 150.000,00. Sendo

relevante relembrar que a partir desse faturamento a atividade, Clinica Médica com

Internação, não se enquadrará em serviços hospitalares.

Tabela 15: Atividade Clinica Médica com Internação. Tributação: Lucro Presumido e Simples

com o faturamento de R$ 150.000,00

Lucro Presumido

Faturamento trimestral R$ 150.000,00

COFINS 3,0% R$ 4.500,00

PIS 0,65% R$ 975,00

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92

CSLL (9%*32%) 2,88% R$ 4.320,00

IRPJ (15% * 32%) 4,80% R$ 7.200,00

IRPJ Adicional (10%) 0,000% R$ -

CPP 1,387% R$ 2.080,80

ISS 5% R$ 7.500,00

Total 17,7% R$ 26.575,80

Simples

Faturamento trimestral R$ 150.000,00

Alíquota do Simples 14,93% R$ 22.395,00

ISS 3,84% R$ 5.760,00

Total 18,77% R$ 28.155,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

A primeira analise que pode se fazer, com o fato da empresa não se qualificar como

serviços hospitalares, é que o Lucro Presumido continuou sendo vantajoso, pois se verifica

que o valor pago de tributos com a adoção desse regime, a empresa obteve uma economia de

R$ 4.760,81 (R$28.155,00 – R$26.575, 80). Realçando mais uma vez, que antes de adotar o

Simples, é necessário fazer um estudo sobre a empresa.

Para melhor exame do Regime Simplificado será apresentada a partilha desses

tributos. Sendo que alíquota usada na partilha, não leva em consideração o ISS, pois esse

tributo, já possui uma alíquota definida, que nessa situação é 3,84%.

Tabela 16: Atividade Clinica Médica com Internação. Partilha do Simples com o faturamento

de R$ 150.000,00

Clinica Médica com Internação – Anexo VI

Alíquota do Simples 14,93% R$ 22.395,00

Porcentagens correspondentes 100%

CPP 38,32 R$ 8.582,04

IRPJ 24,90 R$ 5.575,74

CSLL 8,30 R$ 1.858,58

COFINS 21,36 R$ 4.783,98

PIS/PASEP 7,12 R$ 1.594,66

Total 100 R$ 22.395,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Pode-se perceber, que quando comparado, ao comportamento dos tributos no Lucro

presumido (tabela anterior), os mesmos se comportam de forma diferente, como por exemplo,

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93

a CPP e IRPJ são os que oneram mais, com a adoção do Simples, quanto que no Presumido,

são o ISS e o IRPJ.

Um tributo que teve um aumento significativo no valor a ser pago, é a contribuição,

que no Lucro Presumido, representa R$ 2.080,80 do faturamento, enquanto que no Simples,

R$ 8.582,04, ou seja, um aumento de R$6.501,24. Relembrando uma das fraquezas do

Simples, que para a empresa que possui custo baixo com a folha salarial o Regime

Simplificado pode não ser a melhor opção, apesar, da empresa optante desse regime não ser

obrigada recolher INSS patronal, situação que diminuiria os custos com empregado.

4.2.3 Faturamento Trimestral de R$ 300.000,00

A seguir será apresentada a tabela com o faturamento trimestral de R$ 300.00,00. No

qual é possível notar que o Simples continua sendo a melhor opção

Tabela 17: Atividade Clinica Médica com Internação. Tributação: Lucro Presumido e Simples

com o faturamento de R$ 300.000,00

Lucro Presumido

Faturamento trimestral R$ 300.000,00

COFINS 3,0% R$ 9.000,00

PIS 0,65% R$ 1.950,00

CSLL (9%*32%) 2,88% R$ 8.640,00

IRPJ (15% * 32%) 4,80% R$ 14.400,00

IRPJ Adicional (10%) 1,20% R$ 3.600,00

CPP 0,6936% R$ 2080,80

ISS 5% R$ 15.000,00

Total 18,2% R$ 54.670,80

Simples

Faturamento trimestral R$ 300.000,00

Alíquota do Simples 16,08% R$ 48.240,00

ISS 4,26% R$ 12.780,00

Total 20,34% R$ 61.020,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Ao observar a tabela é possível verificar a redução dos tributos, quando adotado o

Lucro Presumido, essa situação ocorre, devido à alíquota utilizada, 18,2%, enquanto que no

outro regime 20,34%. Um ponto importante salientar que, ao comparar com a alíquota do

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94

Simples usado no faturamento anterior, 18,77%, percebesse que essa alíquota aumentou em

7,72% [(18,77% / 20,34%) – 100%)], quando empresa saiu da quarta faixa do Simples para a

sétima.

Já no Presumido a variação é pequena, de 17,7% para 18, 2%, revelando, assim mais

uma vez que a alíquotas progressivas podem fazer os gestores reavaliar seus projetos de

crescimento, pois as mesmas não vão querer obter uma carga tributaria maior.

Para uma analise mais detalhada será apresentado a partilhado Simples.

Tabela 18: Atividade Clinica Médica com Internação. Partilha do Simples com o faturamento

de R$ 300.000,00

Clinica Médica com Internação – Anexo VI

Alíquota do Simples 16,08% R$ 48.240,00

Porcentagens correspondentes 100%

CPP 34,84 R$ 16.805,61

IRPJ 26,30 R$ 12.688,80

CSLL 8,77 R$ 4.229,60

COFINS 22,57 R$ 10.886,99

PIS/PASEP 7,52 R$ 3.629,00

Total 100 R$ 48.240,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Quanto ao comportamento dos tributos no simples é possível perceber que a CPP é a

que possui o maior peso R$16.805,61, representado 34,84% do tributo arrecadado.

Demonstrando mais uma vez a necessidade de uma atenção redobrada nesse item. Nos

demais tributos verificou-se uma redução, no valor a ser pago, no IRPJ que de R$ 18.000,00

(Lucro Presumido), passa para R$ 12.688,80 (Simples), gerando uma economia de R$

5.311,20, que em primeiro momento pode ser uma grande vantagem, mas para se obtiver uma

boa escolha, de qual regime adotar, terão que se analisados outros fatores, como exemplo: o

os clientes, o ramo da empresa entre outros e os demais tributos, como nessa situação.

4.2.4 Faturamento Trimestral de R$ 600.000,00

A próxima tabela apresenta os valores pagos em tributos, calculados sobre o

faturamento trimestral de R$ 600.000,00. No qual será possível perceber que, mesmo

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95

atividade não se enquadrando em serviços hospitalares, o Simples não é a opção mais

vantajosa.

Tabela 19: Atividade Clinica Médica com Internação. Tributação: Lucro Presumido e Simples

com o faturamento de R$ 600.000,00

Lucro Presumido

Faturamento trimestral R$ 600.000,00

COFINS 3,0% R$ 18.000,00

PIS 0,65% R$ 3.900,00

CSLL (9%*32%) 2,88% R$ 17.280,00

IRPJ (15% * 32%) 4,80% R$ 28.800,00

IRPJ Adicional (10%) 2,20% R$ 13.200,00

CPP 0,2995% R$ 1.797,12

ISS 5% R$ 30.000,00

Total 18,8% R$ 112.977,12

Simples

Faturamento trimestral R$ 600.000,00

Alíquota do Simples 17,14% R$ 102.840,00

ISS 5% R$ 30.000,00

Total 22,14% R$ 132.840,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Como é possível observar na tabela o Simples, não é a opção adequada, em virtude da

alíquota utilizada, ser mais alta da que aplicada pelo Lucro Presumido, demostrando outra vez

que o Regime Simplificado, pode fazer com que o gestor repense o crescimento da empresa, e

dependendo do faturamento e atividades, a alíquota do Simples pode ser mais pesada do que

os outros regimes por causa da progressividade da alíquota.

Para saber qual é o tributo mais oneroso nessa situação será apresentada a seguir a

partilha do Simples.

Tabela 20: Atividade Clinica Médica com Internação. Partilha do Simples com o faturamento

de R$ 600.000,00

Clinica Médica com Internação – Anexo VI

Alíquota do Simples 17,14% R$ 102.840,00

Porcentagens correspondentes 100%

CPP 26,71 R$ 27.467,28

IRPJ 29,58 R$ 30.424,94

CSLL 9,86 R$ 10.141,65

COFINS 25,38 R$ 26.104,60

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PIS/PASEP 8,46 R$ 8.701,53

Total 100 R$ 102.840,00

Fonte: Elaborado pelo Acadêmico (2015)

Ao analisar a tabela é possível verificar que a IRPJ é o valor mais oneroso e a CPP é o

segundo (não considerando o ISS). Evidenciando, assim mais uma vez que o gasto com a

folha salarial é um aspecto importante a ser avaliado, para escolher qual o regime de

tributação, mais adequado.

O segundo tributo, mais oneroso é mesmo que no Lucro Presumido, ou seja, o ISS,

que onera a empresa em R$ 30.000,00, 5% encima do faturamento, tanto no Simples, quanto

que no Presumido, assim não sendo um fator determinante para a escolha de qual é o melhor

regime.

Ao analisar a atividade, Clinica Médica com Internação, foi possível verificar, que se

a empresa se enquadrar como atividades que prestam serviços hospitalares o Simples não é a

melhor escolha, pois no Lucro Presumido a alíquota é reduzida nessa situação, por isso o

Regime Simplificado, termina por não ser a opção certa, nos faturamentos trimestrais

estudados (R$ 45.000,00 e R$ 900.000,00), essa constatação aumenta ainda se os

faturamentos são maiores, uma vez que as alíquotas do Regime simplificado são progressivas,

O mesmo acontece, quando atividade não possui, a alíquota reduzida, pois o Simples

também não é melhor opção em três faturamentos estudados, (R$150.000,00 e R$ 300.000,00,

R$ 600.000,0). Evidenciando, assim a necessidade de se elabora um planejamento tributário,

para verificar qual é o melhor regime, pois o Simples, nem sempre é a melhor opção.

Outro ponto importante, a ser revelado, ao analisar essa tabela é que a Contribuição

Previdenciária é um ponto que tem de ser estudado com atenção, dado que a CPP no Simples

é calculado encima do faturamento, e no Lucro Presumido, a conta é feita sobre a

remuneração dos empregados, assim podendo não ser vantajoso para às empresas com folha

salarial baixa, adotarem o simples.

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97

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho buscou responder a seguinte pergunta: haverá redução da carga

tributária, para as duas atividades estudadas, Gestão e Administração da Propriedade

Imobiliária (anexo V), e Clinica Médica Com Internação (Anexo VI), incluídas pela Lei

Complementar n° 147/2014, aderir ao simples?

Para responder a pergunta realizada, foram elaborados os seguintes objetivos:

Sendo objetivo geral, verificar se correrá a redução tributária, ou não, para as duas

atividades (cada uma de um anexo do Simples) incluídas pela Lei complementar n° 147, de

agosto de 2014, entrarem no Simples Nacional, quando comparado com, o Lucro Presumido.

Já, os objetivos específicos, são: Apresentar as atividades inclusas pela Lei

Complementar n° 127 de agosto de 2014 com vigência a partir de 2015; Comparar o Simples

Nacional com os o lucro Presumido; Identificar as vantagens e desvantagens da adesão do

Simples das novas atividades.

Para atender, os objetivos apresentados, a fundamentação foi constituída com tópicos e

sub-tópicos, que conceituam as formas de tributação existente, o Sistema Tributário Nacional,

os tributos, as atividades inclusa pela Lei Complementar n° 127 de agosto de 2014.

A analise foi composta, com elaboração de tabelas, para a apuração dos tributos

devidos, nos dois regimes de tributação estudado, com os faturamentos trimestrais de: R$

150.000,00, R$ 300.000,00 e R$ 600.0000,00, nas duas atividades, e, R$ 45.000,00 e R$

900.000,00, somente na atividade do anexo VI. Assim podendo comparar qual regime seria a

opção mais adequada, em todos os faturamentos estudados.

Diante dessa comparação (analise), foi possível concluir que o Simples, na primeira

atividade, Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária, foi a opção menos vantajosa,

pois ocorreu um aumento da caga tributária.

Outra observação constatada é referente à contribuição previdenciária, no Simples ela

é mais onerosa que no Lucro presumido, na maioria das vezes, fazendo que nesse aspecto o

Regime Simplificado, não seja bom para as empresas que possuem folha salarial baixa.

Já, na segunda atividade, Clinica Médica Com Internação, a conclusão obtida foi, que

quando empresas se enquadram, como serviços hospitalares, faturamentos R$ 45.000,00 e R$

900.000,00, o Lucro Presumido é mais econômico, dado que, foi aplicada uma alíquota

reduzida de IRPJ e CSLL, 8% e 12% respectivamente, pelo fato de ser entendida, como

serviço hospitalar. Dado que o cálculo, foi realizado, com faturamentos que e enquadram na

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primeira (R$ 45.000,00), e última faixa(R$ 900.000,00), de faturamento do Simples, e o

regime simplificado possui alíquotas progressivas, é possível concluir, que independente da

alíquota do Simples, nessa situação o Lucro presumido é a melhor opção.

Nos demais faturamentos estudados, percebeu-se que nos faturamentos, R$

300.000,00, R$ 600.0000,00, e R$ 900.000,00, o Lucro presumido é melhor, pois as alíquotas

utilizadas no Simples foram maiores, do que as cobradas no Presumido. Evidenciando assim

uma das desvantagens do Simples, a alíquota progressiva, que faz com que as empresas

repensem no crescimento do seu negócio, para não arcar com uma carga tributária mais alta.

Outras desvantagens encontradas no Regime Simplificado, que podem interferir na

escolha desse regime são: empresas que possuem gastos baixos com a folha salarial, pois

poderão pagar mais CPP no Simples; e a impossibilidade das empresas aproveitarem dos

créditos de PIS, COFINS (esse último também ocorre no Lucro Presumido).

Quanto às vantagens são: pagamento de oito tributos em guia única; ME e EPP, que

participarem de Licitação, o Simples será o critério de desempate; não recolhe ISS; pode optar

pelo regime de caixa; o limite de R$ 3.600.000,00, para exportação de mercadoria e serviço;

não precisam entregar e nem apresentar a Declaração de Débitos e Créditos de Tributos

Federais e de outros demonstrativos e declarações específicas, relativamente aos períodos

abrangidos por esse regime.

Assim é possível concluir que a pergunta deste trabalho foi respondida, pois foi

respondida que a adoção do Simples para as atividades estudadas é a opção mais onerosa.

Importante observar que as conclusões obtidas, com a analises das tabelas servem

apenas para esse trabalho, pois para realização de um planejamento tributário é necessário

avaliar as característica da empresa estudada, que podem influencia nos cálculos e na tomada

de decisão.

Como Sugestão de trabalho: comparação do Simples com o Lucro Real, um estudo de

caso com empresas reais e uma analise sobre as alterações do Simples para 2016.

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